Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA-UNEC
ENGENHARIA CIVIL
ADEMAR NEVES DE SOUZA
TORNANDO CONTAINERS EM MORADIAS SUSTENTAVEIS
NANUQUE-MG
Junho/2025
Folha de Rosto
Ademar Neves de Souza
TORNANDO CONTAINERS EM MORADIAS SUSTENTÁVEIS
Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Caratinga – UNEC, como parte dos requisitos para avaliação da Extensão como Componente Curricular do Curso de Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Gabriel de Oliveira Alves
NANUQUE - MG
JUNHO/2025
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................... 3
2. OBJETIVOS.............................................................................. 4
2.1 Objetivo Geral...................................................................... 4
2.2 Objetivos Específicos.......................................................... 4
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................ 5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................6
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................7
INTRODUÇÃO 3
 O Brasil vive hoje um momento econômico delicado, imerso em uma crise política e financeira,
onde vemos empresas de pequeno e médio porte fechando as portas e pessoas perdendo seus 
empregos.
 É nesse cenário vemos a importância da utilização de matérias sustentáveis e recicláveis no 
ramo da construção civil. 
 Já dizia Félix Guattari em sua obra, Às Três Ecologias: ´´ Não haverá resposta à crise ecológica 
a não ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, 
social e cultural reorientando os objetivos da produção de bens materiais e imateriais`` (1990).
 As questões de sustentabilidade são de grande importância para a construção civil. 
Levantamentos foram realizados e identificaram um consumo de aproximadamente uma tonelada
de materiais de construção por metro quadrado de área edificada. Quanto mais sustentável for uma
obra, mais responsável será por aquilo que é consumido, gerado, processado e descartado. 
 
 A construção sustentável utiliza de matérias que provocam pouco impacto ambiental tanto 
durante a construção quanto após. É importante destacar que, com toda a crise politica e financeira 
que o Brasil enfrenta atualmente, a construção sustentável trará para os ocupantes bem-estar, além 
desvantagens econômicas e de valorização do produto ali utilizado.
 As práticas sustentáveis na área da construção civil são limitadas e na maioria das vezes a 
matéria prima utilizada se torna inacessível ao consumidor de baixa renda devido seu alto preço de 
comercialização. (WIECZYNSKI, 2015)
 É de grande importância o envolvimento da sociedade nessa busca, necessitando aprofundar-
se neste assunto para termos o quanto antes habitações mais eficientes e com valores mais 
acessíveis a população.
 A sociedade está buscando saídas através do desenvolvimento de produtos que não agridem o 
meio ambiente, como estímulo do consumo consciente, reuso de recursos e reciclagem de matérias.
Hoje em dia existe a possibilidade de aproveitar os recursos e materiais disponíveis, como 
Iluminação, ventilação, consumo de água, área de coleta seletiva e matérias que diminuem o impacto
ambiental. (MATOS,2008)
 Relatórios ambientalistas apontam para um colapso ambiental, caso o consumo de recursos 
naturais continue a crescer a níveis insustentáveis. O desenvolvimento sustentável foi adotado
 
pela construção civil, que é o setor responsável por grande parte das atividades geradoras de 
resíduos.
 A evolução das habitações não ocorreu apenas com o passar do tempo, mas também sofreu
influências de outra natureza, como as modificações dos solos, do clima e a necessidade de
proteção do homem face aos perigos externos. Desta forma, o homem começou a fazer as casas
com materiais disponíveis, adotando técnicas de construção dominadas por certos grupos através
do planejamento e da arquitetura.
 O ganho de importância da sustentabilidade na construção civil iniciou-se principalmente na II 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 
1992 no Rio de Janeiro (RIO 92), através do documento: Agenda 21, o qual se atentou, por exemplo
em avaliar a redução de resíduos e poluentes, a extração da matéria prima e o consumo nacional
de água e energia (SCHENINI et al 2004: HOLDERBAUM 2009).
 Entre os elementos que podem ser reaproveitados na construção civil, o que tem se destacado 
nas últimas décadas é o contêiner, utilizado para o transporte de cargas marítimas. Apesar de sua
grande utilidade, a vida útil do contêiner é curta, de aproximadamente 10 anos. Após o uso, os
contêineres são descartados e ficam depositados nas áreas portuárias, criando transtornos para o 
meio ambiente. Seu uso trata-se de uma solução sustentável e de baixo custo. (ROMANO; PARIS;
NEUENFELDT, 2014). 
2. OBJETIVO 4
 O objetivo geral deste trabalho é fazer um relato sobre a reutilização do contêiner, levantar as 
questões sustentáveis envolvidas, bem como listar às vantagens e desvantagens de seu uso. E os
objetivos específicos: Casa contêiner autossuficiente substituindo casas populares de projetos socias
como Minha Casa Minha Vida, uso de painéis solares e reutilização de água pluvial em usos 
domésticos e comparação de custos.
 Para Gil (2015), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos 
utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento cientifico, é 
necessária a identificação dos passos para sua verificação, ou seja, determinar o método que 
possibilitou chegar ao conhecimento.
 O método cientifico é fundamental para validar as pesquisas e seus resultados serem aceitos.
Dessa forma, a pesquisa, para ser cientifica, requer um procedimento formal, realizado de modo 
sistematizado, utilizando para isto método próprio e técnicas especificas.
 Como parte fundamental da pesquisa, a metodologia visa responder ao problema formulado e 
atingir os objetivos do estudo de forma eficaz, com o mínimo possível de interferência da 
subjetividade do pesquisador referindo-se às regras da ciência para disciplinar os trabalhos, bem 
como para oferecer diretrizes sobre os procedimentos a serem adotados.
 Para a realização do presente trabalho fez-se uso de uma pesquisa bibliográfica, ou seja, uma 
metodologia de pesquisa cientifica que quanto à abordagem reflete uma pesquisa qualitativa. 
 Deste modo, para a pesquisa qualitativa, há subjetividades e nuances que não são 
quantificáveis por si só. Pode-se caracterizar a presente pesquisa em relação aos objetivos como 
metodologia de pesquisa exploratória, pois objetiva proporcionar maior familiaridade com um 
problema, ou seja, explorar.
 Por meio de um estudo bibliográfico, buscou-se identificar, descrever e estudar as 
características da reutilização de contêineres de armazenamento e transporte como meio 
sustentável, levando em consideração questões técnicas, funcionais e estéticas. A importância
deste trabalho consiste no maior aprofundamento do conhecimento sobre o assunto e, possivelmente
contribuir para o alargamento da utilização deste material da construção civil.
 A engenharia sempre procura otimizar e inovar. Ao longo dos últimos anos, a importância de
construções sustentáveis e geração de resíduos sólidos têm sido pauta obrigatória em congressosno mundo todo. O saneamento básico nesse ponto deixa de ser apenas um problema governamental 
e passa a ser social. Com isso, surge uma nova abordagem habitacional, o uso de contêiner como 
um novo modelo de moradia. No ano de 1987, Phillip Clarck registrou a patente da ideia de casas 
containers, ele acreditava que serviriam como a perfeita matéria prima em construções de casa pré-
fabricadas. Ou seja, redução quase total do processo de alvenaria estrutural.
 As casas modulares (pré-fabricadas) reduzem tempo de obra e custo de produção, 
automatizando recursos e causando menos impacto ambiental. A escolha por um container surge 
não só pela praticidade e demanda, mas também, uma possibilidade de reciclar já que, o material 
feito de aço é usado primordialmente em balsas para transportes de materiais que, com o tempo
exposto a intempéries como sal do mar, inviabiliza o seu uso contínuo. 
 O trabalho foi organizado em 3 capítulos, sendo apresentado no primeiro capítulo, a introdução 
do tema, destacando-se: O objetivo, a motivação, a justificativa e a metodologia do trabalho.
 O segundo capítulo apresenta a revisão bibliográfica, a contextualização do tema, construção
em containers, aproveitamento de materiais, documentos a serem utilizados, legislação pertinente
e escopo para realização, realizada a partir de pesquisas sobre o tema abordado neste trabalho.
 No terceiro capítulo, são identificadas as principais obras. Observa-se os resultados e 
discussões, e é apresentada a conclusão deste trabalho.
2.1 CONSTRUÇÃO EM CONTAINERS 4
 A sustentabilidade é marcada por um tripé, o famoso ´´3P``: People, Planet and Profit 
(MUSSNICH, 2015). Tomando como base a arquitetura em contêineres, pode-se dizer que a primeira
vertente (People) resgata o bem-estar social e tem como preocupação central as próximas gerações.
 A edificação em contêiner auxilia os indivíduos que a frequentam, a exercerem seu papel de 
cidadãos engajados de maneira mais eficaz. É uma nova concepção de viver em que o ser humano,
além de alcançar qualidade, estará contribuindo para a preservação da natureza, ponto em que se
encaixa a segunda questão. Planet está diretamente relacionado à responsabilidade ambiental 
enquanto cidade.
 A ideia é dar uso a uma estrutura que após transportar mercadorias no mundo todo, torna-se
em qualquer outro setor da economia, podendo ser implantado como uma arquitetura inovadora e 
criativa, reduzindo a possibilidade de mal-uso ou descarte impróprio do recurso. O uso de 
contêineres para construção, além de ser ambientalmente correto, tem como característica marcante
uma obra limpa. Com a atual preocupação sobre o meio ambiente, desperdício de materiais e 
reciclagem, as caixas metálicas são uma ótima alternativa para a construção sustentável. Ao mesmo
tempo, é possível aliar diversas outras soluções ecoeficientes à edificação que trazem impactos 
positivos à natureza.
 O seu uso na construção gera rapidez na obra e economia de recursos naturais que são 
utilizados, como: Areia, tijolo, cimento, água, ferro, o que se difere da construção convencional.
Com o passar dos anos, foi cada vez mais sendo utilizada. Hoje, apresenta inúmeras possibilidades
na construção de edificações, as quais vão desde moradias até postos de gasolina, escritórios,
hotéis, escolas, bares, restaurantes, lojas e estandes em eventos.
 As vantagens são notáveis: Custos menores, tempo de obra extremamente reduzido, estética
moderna e diferenciada e, além disso, tem como ponto de partida, valores socialmente corretos 
como a reciclagem e a sustentabilidade. Os contêineres têm sido mais utilizados em projetos 
comerciais devido á rapidez na execução da obra, possibilitando que o empreendimento seja
concluído em poucas semanas.
 Este tipo de construção também pode servir para comércios situados em áreas alugadas, 
tornando possível que a edificação seja removida e instalada em outra localidade, desde que essa
mobilidade esteja prevista na fase inicial do projeto (YAZBEK, 2015).
 Dado o cenário atual de degradação ambiental, promovendo a sustentabilidade e o crescimento 
do setor da construção civil, cada vez mais medidas alternativas estão sendo usadas para reduzir os 
impactos antropológicos. Cada projeto deve encontrar soluções economicamente viáveis e levar a 
sistemas construtivos que sejam integrados ao meio ambiente, promovam bem-estar e justiça social
e sejam culturalmente aceitos (CBIC, 2008), isto é, que sejam comprometidas com os pilares do 
desenvolvimento sustentável.
 A engenharia sustentável é a engenharia que atende às necessidades de seus habitantes a 
qualquer momento e em qualquer lugar, sem comprometer o bem-estar e o desenvolvimento das 
gerações futuras. Portanto, engenharia sustentável significa um compromisso honesto com o 
desenvolvimento humano e a estabilidade social, usando estratégicas arquitetônicas para otimizar
recursos e materiais, minimizar o consumo de energia, estimulando o uso de fontes de energia 
renováveis, minimizar o desperdício e as emissões, minimizando a manutenção e custos dos 
edifícios, melhorando a qualidade de vida de seus habitantes (GARRIDO, 2010).
 
 Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que
 visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o 
 
 suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das
 próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao 
 desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os 
 recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro
 (FERMENTEC, 2017, p.2).
 Um estudo publicado pelo Centro de Construção de Tecnologias e Consultoria Criativa em 104 
empresas brasileiras, representando 41% de fábricas brasileiras, mostrou que 84% delas consideram
a sustentabilidade como um ativo estratégico (FEBRABAN, 2010).
 No entanto, soluções precisam ser formuladas na visão do sistema, uma vez que a cadeia de 
construção, indiretamente atinge diferentes indústrias e milhões de empregos, desde a extração de 
matérias-primas, indústria de processamento, segmentos comerciais e serviços para distribuição de 
resíduos gerados no prédio. Portanto, a responsabilidade socioambiental perante terceiros no 
cumprimento das normas de segurança que garantem a conformidade é importante, contratos 
formais, gestão ambiental e outros (SILVA, 2012), o que leva à maioria das condições de trabalho e 
de vida dos trabalhadores à redução do impacto do setor. 
2.2 CONTÊINER COMO SISTEMA CONTRUTIVO 4
 O reuso de contêineres se mostra capaz como estrutura modular para construção civil, pois é
um material superdimensionado. O mesmo é feito para suportar até 25 toneladas de carga e pode 
ser empilhado em até 8 unidades em cima de um navio.
 Para ser utilizado na engenharia, o contêiner passa por um processo de tratamento e recupera-
ção que inclui limpeza, funilaria, serralheria, pintura, revestimentos e acabamentos. Laudos de habi-
tabilidade e de descontaminação contra agentes químicos, biológicos e radiativos são documentos 
que certificam a segurança do contêiner como estrutura da construção.
 Na engenharia e arquitetura, a reutilização de contêineres vem conquistando espaço como 
habitação em vários países. Além do fatorambiental, possivelmente o proprietário poderá usufruir
de um espaço para moradia, em pouco tempo e com alto índice de estética e conforto. Podem-se 
encontrar trabalhos realizados com contêineres, que mostram ser possível tornar uma velha caixa de 
metal em sofisticadas e modernas habitações.
 Na última década, o uso de container não ficou restrito a edifícios temporários, ou de caráter
emergencial, mas sim tem emergido como uma tecnologia altamente solicitada para vários tipos de
construções, como habitações residenciais, edifícios comerciais, públicos, assim como estruturas 
efêmeras como protótipos de habitação móvel, ou unidades portáteis (ISMAIL; et al., 2015).
 A utilização do contêiner para moradia sustentável auxilia o meio ambiental, dando a caixa
metálica utilizada em transportes uma nova utilidade, disponibilizando conforto, segurança e funcio-
nalidade para novo uso (PRIMAPAGINA, 2012).
 Segundo a NR-18 solicita que algumas medidas sejam tomadas, tais como (SAURIN; FORMO-
SO, 2006):
· Que o container receba ventilação natural de no mínimo 15% da área do piso e possua no 
no mínimo duas aberturas;
· A estrutura do container deve ser aterrada eletricamente, para prevenção de choques elétri-
cos;
· Containers usados no transporte e/ou acondicionamento de cargas devem apresentar atesta-
do de salubridade com relação a riscos radioativos, químicos, e biológicos, seguidos dos 
dados da empresa responsável.
 Entre as principais vantagens e desvantagens desse tipo de moradia, destaca-se a : Durabilida-
de. Por contado período de serviço marítimo, os containers, naturalmente possuem boa resistência 
ás diversas intempéries e ás grandes cargas. Na maioria das vezes, não requerem serviços com-
plexos de fundação e terraplanagem para sua implantação, além de possuírem vida útil bastante 
elevada.
 Economia: Uma residência realizada com esse material tem potencial para atingir até 30%
de economia em seu custo total, segundo especialistas, desde a fundação da casa até o revestimen-
to externo, além de menor custo de manutenção. Esta economia terá principal variação de acordo 
com o valor da mão de obra contratada, dependendo da oferta e da demanda da mesma região.
 Limpeza: Devido ao uso reduzido de recursos naturais como matéria prima e ao fato de ser 
uma construção modular e racionalizada, há uma grande redução de entulho e de outros materiais.
 Flexibilidade: O fato dessas construções serem modulares, permite reformas futuras e até 
mudanças de local sejam realizadas com o mínimo de transtorno.
 Isolamento: Por serem constituídos, em sua grande maioria, de aço, que conduz calor e não
isola acusticamente de forma tão eficaz. Os containers necessitam de um processo de isolamento
térmico e acústico a fim de proporcionar conforto ao usuário e solucionar esses impasses.
 Transporte: Cidades portuárias ou próximas a elas são as melhores opções para a implementa-
ção desse método, obviamente, porém isso não exclui a possibilidade de aquisição dos containers 
para demais localidades, no entanto, quanto mais se afastar dos portos, mais o transporte terá um 
valor elevado no custo geral. Ainda no quesito transporte, é necessário um cuidado quanto à monta-
gem dos containers no terreno, sendo necessário um bom espaço para o guindaste agir sem maiores
transtornos.
 Rapidez: O tempo total de construção de uma casa pelo método convencional é, sem dúvidas, 
Maior que de uma casa container. Essa possibilidade se deve ao fato de o container possuir paredes,
piso e cobertura, formando uma única estrutura autoportante, que, dependendo da situação, pode 
chegar pronta em módulos na obra, para ser montada em questão de horas com o caminhão e guin-
daste adequados.
3 TÉCNICAS SUSTENTAVÉIS ULTILIZANDO ÁGUA. 5
 No que se refere ao reuso das águas cinza, este, pode surgir como uma alternativa em aplica-
ções que não necessitam do uso de água potável, como por exemplo: Uso industrial, irrigação, 
descarga de banheiro e lavagem de roupas, dessa forma, reduzindo o consumo de água doce, além
da geração de influentes. Para que esta racionalização seja possível, faz-se necessário uma coerên-
cia dos paradigmas burocráticos, uma política institucional mais ágil, que promova a união entre
organizações publicas e privadas, em conjunto com o setor educacional, com o objetivo de conduzir
à reflexão de cada indivíduo sobre o assunto e consequentemente, estabelecer ás adequações 
mercadológicas necessárias (TELLES; COSTA, 2010).
 De acordo com a NBR 13969 (ABNT, 1997), é possível tratar o efluente de esgoto de modo a 
torna-lo sanitariamente seguro, de forma que seja possível este reuso para fins menos nobres, que 
não exijam a qualidade de uma água potável, como por exemplo, na irrigação dos jardins, lavagem 
de pisos e dos veículos automotivos, na descarga dos vasos sanitários, na manutenção paisagísticas 
de lagos e canais com água, na irrigação dos campos agrícolas, pastagens, entre outros 
(CARVALHO, 2014).
 Para transformar as águas cinzas em fonte de água não potável, a água de banhos, chuveiros,
pias e máquinas de lavar, deve ser coletada separadamente da água preta, tratada e eventualmente
desinfetada para reutilização. Os sistemas avançados de reciclagem de águas cinzas, coletam, 
filtram e tratam as águas cinzas para aplicações internas, como descarga de vasos sanitários ou
lavagem de roupas. As águas cinzas da lavanderia é fácil de capturar e as águas cinzas tratada pode
ser reutilizada para regar o jardim, irrigação, descarga de banheiro ou lavagem de roupa. Os encana-
mentos com baixo consumo de água são vitais ao projetar um sistema doméstico de reutilização de 
águas cinzas.
 Outra opção bastante viável, ainda mais em um país com índices pluviométricos altos como o
Brasil, é a utilização do sistema de captação de água de chuva nas edificações. Essa solução, além 
de diminuir a escassez de água, reduz o risco de enchentes.
 O sistema de aproveitamento de águas pluviais consiste em captação, condução, armazena-
mento e utilização da água para fins não potáveis. Para a captação das águas pluviais, são instala-
das calhas nas coberturas, as quais devem sofrer limpeza constante. Essa água é encaminhada
através de tubos que levam a água para um filtro responsável por reter as partículas maiores e, 
posteriormente, estas são destinadas para um reservatório próprio, situado abaixo da laje de cober-
tura. Logo em seguida, com a utilização de uma bomba, a água passa por um segundo filtro que rea-
liza a retenção das impurezas menores. Finalmente, a água é encaminhada para um reservatório
específico para armazenamento, o qual alimenta as descargas sanitárias, o sistema de irrigação para
armazenamento, o qual alimenta as descargas sanitárias, o sistema de irrigação dos jardins e as 
torneiras externas utilizadas para a lavagem das garagens.
 
 
 O termo esquadrias é geralmente utilizado para designar janelas e portas. Em síntese, denomi-
na-se esquadria o elemento de vedação usado no fechamento de vãos que propicia a circulação de 
pessoas, luz (caráter de luminosidade e térmico) e ar (caráter térmico).
 São exemplos de esquadrias: Portas e janelas, os quais são os dois exemplos que receberão
melhor tratamento no presente trabalho pois são itens tradicionais em construção, de segurança de 
uma edificação, visto que podem controlar a entrada e saída de pessoas e também contribuem para
diminuir a deterioração da residência diante das intempéries climáticas. Também são exemplos de 
esquadria: Telas, alçapões, brises, grades, portões, cobogós, entre outros. Importante salientar que
portas e janelas podem ser regulamentadas por instrumentos legais, que tem como propósito deter-
minar dimensões e requisitos mínimo para a execuçãode projetos de modo a garantir padrões de 
segurança, habitabilidade e conforto (SILVA, 1992 apud FERNANDES, 2004). Desse modo, algumas
das escolhas durante o projeto e a execução ficam restritas aos padrões definidos em legislação.
 
 Outras práticas que minimizam o impacto ambiental, promovem a eficiência energética, a 
gestão de recursos, e garantem a saúde e o bem-estar dos ocupantes são:
Telhado verde:
· Melhora o conforto térmico interno da edificação.
· Ajuda no isolamento da transmissão de ruídos.
· Devolvem o verde as cidades
· Agrega valor ao projeto arquitetônico.
· Reduzem o escoamento da água da chuva, ajudando desta forma no combate às enchentes.
· Contribuição significativa para diminuir a poluição do ar, efeito produzido pela vegetação da cobertura.
 Figura 4 – Telhado verde
 
 Fonte: Carluc (2019)
 
Aquecimento solar:
A energia solar no Brasil auxilia na economia da conta de luz, na redução do uso de sistemas elétricos e na diminuição e impactos ambientais ao país.
 
Energia fotovoltaica:
A energia fotovoltaica é hoje a fonte de energia limpa que mais cresce no mundo, e pode ser diretamente convertida em energia elétrica. Ela usa materiais semicondutores como o silício cristalino para converter a energia luminosa em energia fotovoltaica (Energia elétrica).
O sistema solar fotovoltaico é composto por:
· Painéis solares
· Inversor solar
· Sistema de fixação das placas solares
· Cabeamentos 
· Conectores e outros materiais padrões.
 Figura 6 – Energia solar fotovoltaica
 
 
 Figura 7 – Construção casa container
 
 O preço de uma casa container irá depender muito do tipo de projeto, os materiais utilizados e 
do grau de sofisticação. Segundo Freitas (2021), um projeto básico no Brasil, pode variar entre 5 mil 
a 60 mil reais, entretanto, container mais elaborado como apresentado na figura acima, pode 
ultrapassar 150 mil reais. 
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS. 6
 Entende-se por desenvolvimento sustentável, a prática capaz de desenvolver a sociedade
Atual com os recursos naturais disponíveis, preservando-a para as próximas gerações. Desde o 
surgimento da revolução industrial, houve a necessidade, pelo homem do consumo de matéria
prima, e uso dos recursos naturais, para o desenvolvimento das cidades. Com a globalização, o 
desenfreado recursos e os problemas ambientais nas últimas décadas, busca-se cada vez mais
por padrões de desenvolvimento sustentável, produtos e serviços que visam respeitar o meio 
ambiente.
 A sociedade capitalista, o atual cenário econômico em que se vive é um dos grandes proble-
mas para o desenvolvimento sustentável. Primeiramente é preciso observar as ações antrópicas 
como as principais causadoras dos problemas ambientais. Com os crescentes problemas surgem 
diversos desafios, entre eles: Minimizar problemas ambientais (desmatamento e feito do clima),
consumo de água e energia, desperdício, entre eles a fome ainda presente no país, garantir saúde
e bem-estar e garantir o desenvolvimento sustentável. É necessário unir os três eixos sustentabili-
dade econômica (buscar o crescimento econômico de maneira sadia, pensando no curto, médio e 
longo prazo), a sustentabilidade ambiental, consumindo responsavelmente os recursos naturais, 
reciclando, investindo em energia limpa, diminuindo o ritmo de consumo, tendo como problemática
a quantidade de resíduos que é produzido, e também buscando a sustentabilidade social, buscando
o bem-estar de toda a sociedade através da qualidade de vida, buscando fortificar a relação do 
homem com a economia, p meio ambiente e o equilíbrio entre áreas distintas.
 Logo tais problemas precisam de investimentos, politica publica eficiente, fiscalização, bem 
como as formas de interferência do estado no setor público, privado e dando base e diretrizes para
a população.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7
ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica – Informações técnicas.2021
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12023. Solo-cimento:
Ensaio de compactação. Rio de Janeiro, 1992.
CAPELLO, G. Entulho vira matéria prima: Agregados reciclados chegam aos canteiros 
das construtoras, adquirindo de empresas especializadas ou gerados na própria obra. Téchne, 
São Paulo, n.112, p. 32-35, jul. 2006.
CARVALHO N.L; HENTZ, P; SILVA, J.M; BARCELOS, A. L. Reutilização de águas residuárias.
Revista Monografias Ambientais, v.14, n .2, p.3164-3171, mar. 2014.
GARRIDO, L. Conceito de sustentabilidade. Revista Vitruvius, Valencia, 12 março 2011. Entrevista
concedida a Giuliano Augusto Pelaio.
FEBRABAN. Construção Sustentável. In: CAFÉ COM SUSTENTABILIDADE, 17,2010, São Paulo.
FORMOSO, C. T; PEIXOTO; M. ROSA, F. P ; SILVA, M. K. Proposta de uma classificação de
perdas para a construção civil. Congresso Latino-americano Tecnologia e Gestão na Produção de
Edifícios. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo- Depto de Engenharia de Construção
Civil – PCC-USP. 1998, p. 1998, P.347 – 354.
FOSTER, N. Foster; Partners: Catalogue 1° Edição. Londres: Publisher Prestel, 2008.
FREITAS, M. R; SANTOS, E.T. Sistema para apoio ao planejamento e projeto do leiaute de canteiro
de obras – IV TIC – Rio de Janeiro, 2009.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2017.
ISMAIL, M; AL – OBAIDI, K. M: RAHMAN, A. M A. : AHMAD, M. I. Container Archiecture in the 
Hot – Humid Tropics: Potencial and Constraints. Internacional Conference on Environmental 
Research and Technology ( ICERT 2015), p.141-148, maio 2015.
JÚNIOR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. 6. Ed. São Paulo:
Blucher, 2013.
SCHENINI, P. C ; et al. Gestão de residuos da construção. In: Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário, out. 2004, Florianópolis. Anais. Florianópolis. Anais. Florianopolis: UFDC, 2004.
image1.png
image2.png
image3.png
image4.jpg
image5.png
image6.png
image7.png

Mais conteúdos dessa disciplina