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MANUAL BOAS PRÁTICAS EM UAN Setor de Nutrição e Dietética Santa Izabel do Pará Março de 2023 Elaborado por: Sálvia Amaral Freire da Silva Data: 05/03/2023. Revisado: 04/01/2024. Elaborado e aprovado: Nutricionista Sálvia Amaral Freire da Silva - CRN7: 13565 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 4 2. OBJETIVOS 4 2.1 CAMPO DE APLICAÇÃO 5 3. DEFINIÇÕES 5 3. RECURSOS HUMANOS 10 3.1. Admissão e Quadro de Funcionários 10 3.2. ASOS: 11 4. SAÚDE DOS MANIPULADORES 11 5. HIGIENE PESSOAL: 12 5.1. PROCEDIMENTOS BÁSICOS: 12 5.2. HÁBITOS PESSOAIS: 13 5.3. HIGIENE DAS MÃOS: Os funcionários devem lavar as mãos. 13 5.4. Uniforme 14 5.5. Treinamentos aplicados aos colaboradores responsáveis pela manipulação dos alimentos: 15 5.6. Equipamentos de proteção individual – EPI’S: 15 5.7. Comportamento pessoal no trabalho: 16 5.8. Visitantes 16 6. DESCRIÇÃO DAS ÁREAS 16 6.1 – Área de cocção: 16 6.1.1. Estoque: 17 6.1.2. Área para armazenamento de produtos perecíveis: 17 6.1.3. Área de higienização de hortifrúti: 18 6.1.4. Área de pré-preparo – perecíveis: 18 6.1.5. Área de higienização de utensílios, bandejas e panelas: 18 6.1.6. Área de distribuição: 18 6.1.7. Armazenamento do Lixo: 18 6.1.8. Vestiário e Sanitários: 18 7. DESCRIÇÃO DAS EDIFICAÇÕES DAS ÁREAS 19 7.1. Área externa: 19 7.2. Área interna: 19 7.3. Distribuição das áreas: 20 7.3.1. Teto e forro: 20 7.3.2. Piso: 20 7.3.3. Paredes: 20 7.3.4. Portas: 20 7.3.5 Ralos e canaletas: 20 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 7.3.6. Iluminação: 21 7.3.7. Ventilação: 21 7.3.8. Sistema de água e outros fluídos: 21 7.3.9. Sistema elétrico e de iluminação: 21 8. HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 22 8.1.1. Pias, bancadas e prateleiras: 23 8.1.2. Liquidificador, multiprocessador, fatiador de legumes demais: 23 8.1.3. Cronograma de higienização de equipamentos e utensílios: 24 8.1.4. Fogão, chapa quente: 24 8.1.5. Forno: 25 8.1.6. Tachos, assadeiras e similares: 25 8.1.7. Utensílios, Panelas e similares: 26 8.1.8. Placas de polipropileno: 27 8.1.9. Pias e cubas: 27 8.1.10. Coletores de lixo 27 8.1.11. Caixa d’água: 28 9. CRONOGRAMA DE HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES 29 9.1. Limpeza da Caixa de Gordura 30 9.2. Descrição da higienização dos equipamentos que necessitam de desmonte 31 9.3. Ações corretivas 31 10. CONTROLE DE VETORES E PRAGAS (ROEDORES, BARATAS, ETC) 32 11. MANEJO DE RESÍDUOS 33 11.1. Descrição do número, modelo e distribuição de coletores 33 11.2. Área e modo de manutenção de resíduos sólidos e líquidos (óleo, etc.) para coleta 33 11.3. Método de higienização de coletores e áreas de manutenção 33 11.4. Firma responsável pela coleta 34 12. HIGIENE DOS ALIMENTOS 35 12.1. Recebimento de mercadorias: 35 12.2. Principais características sensoriais e embalagem dos alimentos: 37 12.2.1. Açúcar: 37 12.2.2. Sal: 38 14.2.3. Carnes frescas: 38 12.2.4. Cereais leguminosas e farinhas: 39 12.2.5. Coco: 39 12.2.6. Doce de leite: 39 12.2.7. Frutas cristalizadas e secas: 39 12.2.8. Hortifrúti: 40 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 12.2.9. Ovos: 40 12.2.10. Óleos: 40 12.2.11. Leite: 41 12.2.12. Produtos salgados, curados e defumados: 41 12.2.13. Massas e sucos: 42 12.2.14. Peixes e frutos do mar: 43 12.3. Pré-higienização: 43 12.4. Acondicionamento: 44 12.5. Armazenamento: 46 12.6. Manipulação de alimentos: 48 12.6.1. Higienização de hortifrúti 48 12.7. Utilização de alimentos enlatados e em outras embalagens: 49 12.8. Utilização (pré-preparo) para cereais e leguminosas: 49 12.9. Como realizar o dessalgue: 50 12.10. Recomendações para óleo de fritura, em tachos ou panelas: 50 12.12. Descongelamento: 51 12.13. Controle de produção cadenciada: 51 12.14. Controle de tempo e temperatura: 52 12.15. Contaminação cruzada: 55 12.16. Coleta de amostras: 56 13. REGISTROS DE TEMPERATURA ALIMENTOS X EQUIPAMENTOS 57 13.1. Medição de temperatura dos alimentos 57 13.1.1. Instruções para verificação da Temperatura dos Alimentos 58 13.2. Medição da temperatura dos equipamentos 58 13.3. Temperaturas adequadas: 59 14. DEGUSTAÇÃO DAS PREPARAÇÕES 60 15. CONTROLE DE QUALIDADE 62 15.1. Procedimento para suspeita de toxinfecção alimentar 62 15.2. Controle da Potabilidade da Água 62 16. RESPONSABILIDADE 64 ANEXOS 65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE APOIO 66 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Razão Social: Hospital Municipal Dr. Edilson Abreu CNPJ: 11.745.308/0001 Endereço: Rua João Casa Nova. 1310 Jurunas - Santa Isabel CEP: 68790000 Telefone: E-mail: hospmsi@gmail.com Horário de Funcionamento: 24h Ramo de Atividade: Urgência e Emergência MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 2. OBJETIVOS O serviço de alimentação da empresa Hospital Municipal Dr. Edilson Abreu tem como objetivo contribuir na saúde de seus clientes de acordo com as atividades inerentes do serviço que concerne: Estabelecer as normas de boas práticas de fabricação para assegurar que os envolvidos conheçam, entendam e cumpram e, desta forma, se alcance segurança dos alimentos, assim como a higiene dos manipuladores, a sanitização e controles aplicados aos processos e produtos, assegurando que os mesmos cheguem aos clientes e consumidores com a qualidade inicial do produto e livres de qualquer tipo de contaminação, garantindo assim as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. 2.1 CAMPO DE APLICAÇÃO Aplica-se ao Serviço de Alimentação do Hospital Municipal Dr. Edilson . MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 3. DEFINIÇÕES Alimento: Toda substância ou mistura no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. Alimento apto para o consumo humano: aqui considerado como alimento que atende ao padrão de identidade e qualidade pré-estabelecido, nos aspectos higiênico-sanitários e nutricionais. Alimento "in natura": todo alimento de origem vegetal ou animal para cujo consumo imediato se exija apenas a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para sua perfeita higienização e conservação. Alimentos preparados: são alimentos manipulados e preparados em serviços de alimentação, expostos à venda embalados ou não, subdividindo-se em três categorias: a) Alimentos cozidos, mantidos quentes e expostos ao consumo; b) Alimentos cozidos, mantidos refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente, que necessitam ou não de aquecimento antes do consumo; c) Alimentos crus, mantidos refrigerados ou à temperatura ambiente, exposto ao consumo. Alimento embalado: é todo alimento que está contido em uma embalagem pronta para ser oferecida ao consumidor. Alimentos mantidos à temperatura ambiente: Alimentos que não necessitam de condições especiais de temperatura para seu transporte e armazenagem. (SBCTA, 1996) MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Alimentos resfriados ou refrigerados: Alimentos que necessitam de condições especiais de temperatura para seu transporte e armazenagem, condições estas especificadas pelos fabricantes e superiores a 0°C. (SBCTA, 1996) Alimentos Congelados: Alimentos que necessitam de condições especiais de temperatura para seu transporte e armazenagem, condições estas especificadas pelos fabricantes e inferiores a 0°C. Anti-Sepsia: operação destinada à redução de microrganismos presentes na pele, por meio de agente químico, após a lavagem, enxágue e secagem das mãos. Armazenamento: é o conjunto de atividades e requisitos para se obter uma correta conservação de matéria-prima, insumos e produtos acabados. Autoridade Sanitária: é o servidor que tem a função de aplicar as medidas sanitárias apropriadas, de acordo com as leis e regulamentos vigentes, na sua demarcação territorial, com livre acesso a todos os locais sujeitos à legislação sanitária, observados os preceitos constitucionais. Bactéria: organismo vivo, invisível a olho nu, possui vida própria e prefere ambientes úmidos, ou seja, alimentos que tenham algum teor de água, embora algumas espécies de bactérias possam se desenvolverleite e produtos para coffee break a degustação é realizada ao término de cada preparação. Os produtos industrializados como bolachas e pães, são avaliados visualmente e não necessitam de degustação. Os demais alimentos são degustados em três etapas, ou seja, ao término de cada preparo, no período intermediário e trinta minutos antes do término da distribuição. Para realizar a degustação utilizam-se os utensílios próprios para a distribuição, como prato, cumbucas, colheres, bandejas, etc. Degustar separadamente cada preparação para que não haja alterações ou mistura no sabor. Na degustação de diferentes preparações deve-se ingerir água para retirar o sabor da preparação anteriormente degustada. A responsabilidade da degustação é o dos funcionários qualificados para a realização cujo certificado esteja vigorando e da nutricionista. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 15. CONTROLE DE QUALIDADE A unidade dispõe 2 termômetros, tipo Espeto, onde é feito o controle térmico de todas as preparações, são aferidas 3 temperaturas em cada tipo de refeição. O mesmo acontece com os equipamentos, todos são aferidos temperaturas e registradas em planilha. Na unidade é feito o controle das amostras de todas as preparações, ou seja; 2 Acompanhamentos, 2 Guarnições, 1 Prato Principal, 1 Opção do Prato Principal, 2 tipos de saladas, 1 sobremesa e suco. As amostras são coletadas no meio dos turnos de cada refeição e são direcionadas para a freezer sólido e para a resfriada líquidos, onde ficam por 72 horas e posteriormente desprezadas. 15.1. Procedimento para suspeita de toxinfecção alimentar As DTAS (Doenças Transmitidas Por Alimentos) ocorrem quando algum alimento se encontra contaminado por um agente patológico, em deterioração ou contaminação cruzada. Os principais sintomas são dor de cabeça, náusea, febre, diarreia e vômito. Em caso de possível surto, é feito uma investigação junto ao funcionário que relata os referidos sintomas e requisitado as amostras e feito análises para detectar possível contaminação. As análises, quando necessárias, são feitas no laboratório Central do Pará, localizado na Rod. Augusto Montenegro , 524 - Parque Guajará, Belém - PA, 66823-010 15.2. Controle da Potabilidade da Água Toda a água utilizada para o preparo ou que de alguma forma entre em contato com o alimento é potável, fornecida pela própria unidade, pois possui poço artesiano, conforme recomendação da RDC n. º 216/2004 da MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ANVISA, assim como o gelo e o vapor, não representando fonte de contaminação. Não é utilizada nenhuma fonte de água que não seja potável. A água também não é reutilizada. O reservatório de água é livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos, dentre outros defeitos e em adequado estado de conservação, devidamente tampado. O reservatório de água é higienizado em um intervalo de no máximo seis meses, sendo mantidos registros de operação em planilha interna: “ Controle de higienização e manutenção dos reservatórios de água”. A empresa contrata um responsável comprovadamente capacitado para a higienização dos reservatórios de água e guarda os registros dessa higienização do reservatório em local apropriado, conforme previsto pela RDC n. º 275/2002 da ANVISA. (Obs.: Processo de licitação da empresa em andamento.) MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 16. RESPONSABILIDADE A responsável por supervisionar e capacitar as atividades de manipulação dos alimentos é a nutricionista Sálvia Amaral Freire da silva portadora do CRN- 7 13565. Os manipuladores de alimentos foram comprovadamente submetidos ao curso de capacitação de Boas Práticas, que aborda, entre outros, os seguintes temas: ➔ Contaminantes alimentares; ➔ Doenças Transmitidas por Alimentos; ➔ Manipulação Higiênica dos Alimentos ➔ Boas Práticas de Manipulação. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ANEXOS 1. CERTIFICADO DE TREINAMENTO EM BOAS PRÁTICAS 2. LAUDOS 3. PLANILHAS DE CONTROLE 4. EMPRESA PRESTADORA DO SERVIÇO DE CONTROLE DE PRAGAS 5. POP´S MANUAL DE BOAS PRÁTICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE APOIO FIGUEIREDO, Roberto Martins. Programa de Redução de Patógenos / Padrão e Procedimentos Operacionais de Sanitização. São Paulo, 1999. LIMA, Cláudio, Lima. Manual Prático de Controle de Qualidade em Supermercados. 1° ed. São Paulo, Varela, 2001. SILVA JÚNIOR, E. A. Manual de Controle Higiênico Sanitário em Alimentos. São Paulo: Varela,1995.www.anvisa.gov.br Portaria CVS 15 de 07 de novembro de 1991. Portaria nº 1428/MS, de 26 de novembro de 1993. Portaria SVS/MS nº 326 de 30 de julho de 1997. Portaria CVS 05 de 09 de abril de 2013. RDC nº 216, de 15 de novembro de 2004. RDC n° 52, de 22 de outubro de 2009. Portaria SMS 2619, de 02 de dezembro de 2011.em alimentos mais secos. As bactérias preferem alimentos que sejam ricos em proteínas, como carnes, ovos, leite e derivados. São encontrados nos alimentos, no intestino, no trato genital masculino e feminino, no nariz, na boca, no pulmão, nas mãos do homem. Estão presentes também nos animais e no meio ambiente. Boas práticas: são normas e procedimentos técnico-sanitários adotados para garantir a produção de alimentos seguros. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Cadeia alimentar: Todas as etapas envolvidas na elaboração do alimento desde os insumos, embalagens, produção, armazenagem, distribuição e comercialização. Contaminação: Presença de todo e qualquer material estranho, inclusive, organismos e microrganismos indesejáveis no produto. (SBCTA, 2000) Contaminação Cruzada: Contaminação gerada pelo contato indevido de insumo, superfície, ambiente, pessoas ou produtos contaminados. (SBCTA, 2000) Controle de Qualidade: É o conjunto de atividades planejadas e sistematizadas que objetivam avaliar o desempenho de processos e a conformidade de produtos e serviços com especificações e prover ações corretivas necessárias. (Prazeres, 1996) Controle Integrado de Pragas: sistema que incorpora ações preventivas e corretivas, destinadas a impedir a atração, o abrigo, acesso e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a segurança do alimento. Desinfecção: operação de redução, por método físico e/ou químico, do número de microrganismos a um nível que não comprometa a segurança do alimento. Higienização: operação que se divide em duas etapas, limpeza e desinfecção. Inspeção Sanitária: é o procedimento técnico efetuado pela autoridade sanitária com o objetivo de apurar e intervir sobre os riscos à saúde presentes nas etapas de produção, mediante a avaliação de processos. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Limpeza: operação de remoção de terra, resíduos de alimentos, sujidades e/ou outras substâncias indesejáveis. Manipulador: qualquer indivíduo que trabalha na produção, preparação, processamento, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e venda de alimentos. Manipulação de Alimentos: são as operações que são efetuadas sobre a matéria até a obtenção de um alimento acabado, em qualquer etapa de seu processamento, armazenamento e transporte. Manual de Boas Práticas: documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo no mínimo os requisitos sanitários dos edifícios, a manutenção de higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água do abastecimento, o controle integrado de pragas urbanas, controle da higiene e saúde dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do produto final. Perigo: agente ou propriedade microbiológica, química, e/ou física que torne o alimento não seguro para o consumo. Praguicida: Qualquer substância química utilizada para controle de pragas animais ou vegetais; (SBCTA, 2000) Procedimento Operacional Padronizado - POP: procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras específicas na produção, armazenamento e transporte de alimentos. Produção de Alimentos: é o conjunto de todas as operações e processos efetuados para obtenção de um alimento acabado. Produtos Perecíveis: produtos alimentícios, alimentos “in MANUAL DE BOAS PRÁTICAS natura”, produtos minimamente processados ou produtos preparados para o consumo que, pela sua natureza ou composição, necessitam de condições especiais de temperatura para sua conservação. Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos da área de produção e das demais áreas do estabelecimento. Responsável Técnico: é o profissional legalmente habilitado, responsável pela implantação do asseguramento de qualidade e segurança do produto perante o órgão de vigilância sanitária. Risco: estimativa da probabilidade da manifestação do perigo. Serviço de alimentação: estabelecimento onde o alimento é manipulado, preparado, armazenado e ou exposto à venda, podendo ou não ser consumido no local. Sobra de indigesto: o alimento excedente que não foi distribuído e que foi conservado adequadamente, incluindo a sobra do balcão térmico ou refrigerado, quando se tratar de alimento pronto para consumo. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 3. RECURSOS HUMANOS 3.1. Admissão e Quadro de Funcionários Os funcionários da unidade Hospital Municipal Dr. Edilson Abreu são admitidos através de processo seletivo constituídos de aplicação de testes psicológicos e entrevistas. Nesta unidade possui 7 funcionários totais, sendo que 1 cozinheiro, 5 auxiliares de cozinha, 1 Estoquista e 1 RT nutricionista 3.2. ASOS: Os colaboradores da unidade Hospital Municipal Dr. Edilson Abreu realiza exames médicos admissionais, periódicos (anual) e demissionários, que compreendem avaliação clínica e o exame complementar (hemograma e coprocultura). O funcionário somente poderá exercer suas funções na empresa após a avaliação médica. A responsabilidade pela execução dos exames é de uma clínica externa contratada, cujo nome é vigilância sanitária situada na Av. Guilherme Alfieri, 332 - Parque São Benedito, Santa Isabel - PA, 07500-000, Telefone (91) 4656-4646, sendo a mesma responsável pelo Programa de Controle Médico Ocupacional (PCMSO). MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 4. SAÚDE DOS MANIPULADORES A saúde do manipulador apresenta-se como importante condição para que ele possa trabalhar com alimentos. Os funcionários não podem manipular os alimentos quando apresentarem 1. Feridas e cortes nas mãos, braços ou antebraços; 2. Infecções nos olhos; 3. Diarreias; 4. Resfriados ou gripes; 5. Infecções, vômitos e febres. No caso de algum manipulador de alimentos apresentar lesão nas mãos, deverá ser feito curativo com atadura limpa ou band-aid e coberto com luva descartável ou retirado de sua atividade principal. O curativo deve ser trocado diariamente ou sempre que necessário.Os ferimentos devem ser protegidos com curativos à prova d 'água e isolados. Dependendo da gravidade da lesão, o funcionário é transferido para uma atividade que não apresente risco de contaminação dos alimentos e do ambiente. Em casos de lesão grave é aberto um CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) e o mesmo é orientado a procurar um serviço médico para que seja realizado o tratamento necessário. O mesmo se aplica em caso de suspeitas de enfermidade ou de problema de saúde. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 5. HIGIENE PESSOAL: 5.1. PROCEDIMENTOS BÁSICOS: A boa apresentação do profissional é fator indispensável, pois reflete sua preocupação e seus cuidados com a higiene. O funcionário deve apresentar-se para exercer suas atividades dentro da cozinha sempre respeitando as seguintes normas: ❖ Banho diário; ❖ Cabelos presos e protegidos com rede para cabelo; ❖ Barba e bigode feitos diariamente; ❖ Unhas curtas, limpas, sem esmalte ou base; ❖ Uso de desodorante inodoro ou suave sem utilização de perfume; ❖ Sem maquiagem ❖ Sem uso de adornos (colares, amuletos, pulseiras ou fitas, brincos, relógio e aneis, inclusive alianças); 5.2. HÁBITOS PESSOAIS: Os itens relacionados a seguir não são permitidos durante a manipulação dos alimentos: ❖ Falar, cantar, assobiar, tossir, espirrar; mascar goma, palito, fósforo ou similares; chupar balas, comer; ❖ Cuspir; ❖ Experimentar alimentos com as mãos; ❖ Tocar o corpo; ❖ Assoar o nariz, colocar o dedo no nariz ou ouvido, mexer no cabelo ou pentear-se; ❖ Enxugar o suor com as mãos, panos ou qualquer peça da vestimenta; MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ❖ Manipular dinheiro e tocar no alimento a ser distribuído; ❖ Fumar; ❖ Tocar maçanetas com as mãos sujas; ❖ Fazer uso de utensílios e equipamentos sujos; ❖ Trabalhar diretamente com alimento quando apresentar problemas de saúde, por exemplo, ferimentos e/ou infecção na pele, ou se estiver resfriado ou com gastroenterites; ❖ Circular sem Uniforme nas áreas de serviços. 5.3. HIGIENE DAS MÃOS: Os funcionáriosdevem lavar as mãos. ANTES DE: ❖ Tocar em utensílios desinfetados: ❖ Manipular alimentos; ❖ Tocar em maçanetas de portas ou equipamentos; ❖ Iniciar uma nova tarefa; ❖ Coletar amostras dos alimentos; ❖ Usar luvas: ❖ Utilizar os sanitários. DEPOIS DE: ❖ Usar panos e materiais de limpeza em geral; ❖ Tocar no corpo; ❖ Tocar em alimentos, utensílios, equipamentos, caixas, sacarias, garrafas, sapatos não desinfetados; ❖ Falar ao telefone; ❖ Utilizar os sanitários; ❖ Tossir, espirrar ou assoar o nariz 5.4. Uniforme O uniforme é o conjunto de roupas e acessórios que compõem a vestimenta utilizada pelos colaboradores. O uniforme deve estar completo, bem conservado e limpo e com troca diária e utilização somente nas dependências internas do estabelecimento. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Os sapatos devem ser fechados, em boas condições de higiene e conservação. Devem ser utilizadas meias. Os uniformes dos manipuladores, são concedidos pela Secretaria de saúde do município cada manipulador recebe 2 calças compridas, 2 camisas com o logo da instituição e 1 par de sapatos profissional para o uso diário. São adotadas as seguintes orientações com relação ao uso: ❖ É proibido sentar ou deitar no chão ❖ Conservá-los em bom estado ❖ Mantê-los limpos e completos ❖ Trocá-los diariamente 5.5. Treinamentos aplicados aos colaboradores responsáveis pela manipulação dos alimentos: ✔ Treinamento de Higiene e Manipulação de Alimentos De acordo com as legislações vigentes (RDC 216/04, CVS 5/2013), todos os manipuladores de alimentos devem ser capacitados periodicamente em higiene pessoal, em manipulação de alimentos e em doenças transmitidas por alimentos. A capacitação deve ser comprovada mediante o registro de presença e emissão de certificado. A periodicidade do treinamento é semestral ou conforme necessidade. ✔ Procedimentos para novos funcionários Novos funcionários devem ser treinados em todos os procedimentos deste manual no prazo máximo de trinta (30) dias. 5.6. Equipamentos de proteção individual – EPI’S: Os Equipamentos de Proteção Individual devem ser utilizados em MANUAL DE BOAS PRÁTICAS atividades que possam representar riscos de acidentes de trabalho. Para a segurança dos funcionários, são adotados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como: I. Casaco frigorífico para as câmaras frias; II. Óculos de proteção para uso com produtos de limpeza; III. Luvas de látex contra agentes químicos (para uso com produtos de limpeza ) Luva térmica para quente; IV. Botas de couro com biqueira protetora e bota de PVC; V. Sapatos de Segurança pretos e/ou brancos para área onde há manipulação de alimentos. 5.7. Comportamento pessoal no trabalho: Os indivíduos envolvidos na manipulação de alimentos são treinados e conscientizados sobre a importância da prevenção da contaminação dos alimentos. Logo, todos procuram trabalhar evitando comportamentos que possam causar contaminação dos alimentos. Mascar chicletes, ou manter na boca palitos de dentes, fósforos, doces ou similares durante a permanência na área de trabalho não é permitido. Tampouco é permitido manter lápis, cigarros ou outros objetos atrás da orelha. 5.8. Visitantes Em casos de visitantes, os mesmos cumprem os mesmos requisitos de saúde e higiene estabelecidos para os colaboradores. Caso forem ingressar na área de produção, são orientados a estarem vestindo o uniforme completo e são instruídos sobre as principais normas de higiene. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 6. DESCRIÇÃO DAS ÁREAS 6.1 – Área de cocção: Destina-se ao preparo de todos os produtos produzidos no serviço de alimentação. Esta área está localizada no centro da área de manipulação dos alimentos. Possui uma coifa, um fogão com seis queimadores, um forno a gás, bancas para o pré-preparo e preparo dos alimentos. Um central de ar condicionado. 6.1.1. Estoque: ➔ Destina-se ao armazenamento de produtos estocáveis, descartáveis e de limpeza, sendo este último separado do estoque de alimentos. Possui prateleiras para gêneros alimentícios e descartáveis. ➔ A ventilação é artificial ar condicionado. ➔ A parede é revestida de azulejos de fácil limpeza . ➔ O piso é antiderrapante na cor vermelha . ➔ As prateleiras são de aço. 6.1.2. Área para armazenamento de produtos perecíveis: Destina-se ao armazenamento de todos os produtos perecíveis (carnes, embutidos, frios, laticínios, hortifrutigranjeiros, sobremesas e amostras). São utilizadas geladeiras de uma porta (para produtos que necessitam de refrigeração) e 3 freezers de duas portas (para produtos que necessitam de congelamento). Como é necessário acondicionar no mesmo equipamento vários alimentos, segue-se o seguinte procedimento: ➔ Geladeira 1: Coloca-se na prateleira superior os alimentos prontos (sobremesas), frutas e saladas preparadas e na inferior frios e MANUAL DE BOAS PRÁTICAS laticínios. ➔ Geladeira 2: Coloca-se na prateleira superior carnes pré-preparadas, na do meio à carne em descongelamento e na inferior as in natura. -Freezer: colocam-se as carnes (bovinas, suínas, pescados, aves e miúdos, vísceras), que necessitam de sistema de congelamento, separados por gêneros. Freezer 1 fica destinado apenas para proteínas bovinas, freezer 2 e 3 fica destinado para o armazenamento de aves 6.1.3. Área de higienização de hortifrúti: Destina-se a lavagem e desinfecção de hortifrúti. A área possui pia e bancadas. 6.1.4. Área de pré-preparo – perecíveis: Destina-se ao pré-preparo (corte e tempero) carnes bovinas, suínas, pescados, aves e miúdos. Possui bancadas e pia de aço inox. 6.1.5. Área de higienização de utensílios, bandejas e panelas: Destina-se a lavagem e desinfeção dos utensílios da devolução (pratos, talheres, etc.). Há pias de aço inox bancadas de apoio. Os utensílios são armazenados em bancadas de apoio de aço inox. 6.1.6. Área de distribuição: Destina-se à distribuição de todos os produtos produzidos no serviço de alimentação. Descreva a área de mesas. 6.1.7. Armazenamento do Lixo: A unidade dispõe de uma área para armazenamento do lixo com recipientes altos fechados de pedal em material plástico de L. A área MANUAL DE BOAS PRÁTICAS dispõe também de um duto de lixo, por onde é removido o lixo, ficando assim, sem acesso às outras áreas. 6.1.8. Vestiário e Sanitários: A unidade dispões de 1 vestiários individualizados destinado para os colaboradores da unidade, possui (2 armários roupeiro, com 4 divisores, 1 pia, 1 balde de lixo, 1 espelho, 1 recipiente de detergente e 1 papeleira, área de sanitário, área de chuveiro. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 7. DESCRIÇÃO DAS EDIFICAÇÕES DAS ÁREAS 7.1. Área externa: ➔ A área deve ser livre de focos de insalubridade,ausência de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roedores. Acesso direto e independente, não comum a outros usos (habitação). ➔ Acesso livre, independente, não havendo comunicação direta com as dependências de produção e manipulação. ➔ Área para guarda dos botijões de gás coberta e protegida com grade localizada na área externa no piso térreo, em andamento para adequação ➔ A área é bem iluminada, com lâmpadas instaladas afastadas das portas para reduzir a atração de insetos noturnos 7.2. Área interna: ➔ A edificação e as instalações do setor de UAN do Hospital Dr. Edilson Abreu foram projetadas a muitos anos atrás por este motivo fez-se necessário adequar de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações é controlado e independente, não comum a outros usos. ➔ As instalações físicas como piso, parede e teto possuem revestimento liso, impermeável e lavável. São mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores descascamentos, dentre outros. ➔ Espaço suficiente para a instalação de equipamentos, estocagem de matérias primas, produtos acabados eoutros materiais auxiliares e propiciam espaços livres para adequada ordenação, limpeza, manutenção e controle de pragas. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ➔ A contaminação cruzada é evitada através de instalações e fluxo de operações adequadas. ➔ O uso de madeira, amianto ou materiais rugosos e porosos são proibidos. 7.3. Distribuição das áreas: Área Total da unidade: 6×4 m² área do refeitório; 6x3 m² área interna a cozinha; 5,5×3 m 2 área estoque de alimentos. 7.3.1. Teto e forro: Pé direito de em material plástico com isolamento térmico, liso, impermeável, sem infiltrações. 7.3.2. Piso: O piso da área de manipulação é constituído de material adequado (piso na cor vermelho liso, impermeável, lavável, antiderrapante e resistente) e encontra-se em bom estado de conservação. 7.3.3. Paredes: As paredes são constituídas de material resistente e adequado (cerâmica verde revestida com tinta a óleo branca, liso, impermeável e lavável) e encontram-se em bom estado de conservação, livre de rachaduras, descascamento, infiltrações, etc. 7.3.4. Portas: As portas que dão acesso às áreas de manipulação são de superfície lisa de cores claras, ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fechamento automático (mola ou outro), com abertura máxima de 1,0 cm do piso. 7.3.5 Ralos e canaletas: Ralos com dispositivos resistentes que impeçam a passagem de MANUAL DE BOAS PRÁTICAS pragas e vetores urbanos. 7.3.6. Iluminação: É dotada de iluminação artificial, não alterando as cores naturais dos alimentos. As luminárias proteção para explosão e quedas acidentais; as lâmpadas são fluorescentes 7.3.7. Ventilação: A ventilação garante o conforto térmico, renovação e qualidade do ar, preferencialmente, através de um sistema de exaustão. 7.3.8. Sistema de água e outros fluídos: A água é armazenada e caixa d'Água de 100l m³ O esgoto de toda Unidade é comum, por sistema de decantação. 7.3.9. Sistema elétrico e de iluminação: As instalações elétricas são embutidas ou protegidas em tubulações de forma a permitir fácil higienização do ambiente. A iluminação é adequada. O estado de conservação das luminárias é satisfatório e possuem proteção contra estilhaços provenientes de quebra ou explosão. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 8. HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS A higiene ambiental é feita regularmente com objetivo de manter a unidade em condições higiênico-sanitárias o mais próximo exigido pela Vigilância Sanitária. Foi criado um cronograma de higienização semanal, onde diariamente os funcionários têm atividades de higienização que vai do cotidiano como higienização de pratos e talheres a higienização da câmara. O mesmo tem o controle diário da higienização dos equipamentos maiores, pois é datado. A manutenção da higienização é feita em horário distinto do pré-preparo dos alimentos, para evitar qualquer possibilidade de contaminação que seja de origem química ou física. O Procedimento de higienização é feita da seguinte forma: OBS. Nas bancadas de inox é utilizado álcool a 70% para minimizar os níveis de risco em cada etapa da produção. As áreas de manipulação de alimentos são higienizadas no mínimo três vezes ao dia (Antes de iniciar a produção, após troca da atividade e após término da produção) e de acordo com a necessidade do dia, mantendo as condições higiênico sanitária da unidade. É feito precauções para evitar contaminação e crescimento microbiológico como: armazenamento térmico de alimentos, higienização e desinfecção das superfícies, instalações, equipamentos e utensílios. Não é permitido o uso de reaproveitamento de embalagem nem de alimentos e nem de limpeza, não é permitido a utilização de substâncias odorizantes nas dependências da unidade. Os produtos químicos são fornecidos pela empresa secretaria de saúde A mesma conta com um MANUAL DE BOAS PRÁTICAS químico responsável e registro na ANVISA para seus produtos. As instalações recomendadas pelo fabricante são seguidas. 8.1. Procedimento de Higienização 8.1.1. Pias, bancadas e prateleiras: O que? Procedimento de higienização. Quem? Colaborador que estiver trabalhando na área. Quando? Todas as vezes que se mudar de tarefa ou que se fizer necessário. Como? ❖ Retirar resíduos com auxílio de perfex; ❖ Lavar com água e detergente ❖ Enxaguar e secar com perfex ou mini rodo; ❖ Borrifar álcool 70°; ❖ Deixar secar ao ar. 8.1.2. Liquidificador, multiprocessador, fatiador de legumes demais: O que? Procedimento de higienização dos equipamentos; Quem? Auxiliar de cozinha; Quando? Após cada uso e sempre que se fizer necessário; Como? ❖ Desmontar ❖ Lavar as partes móveis com água e detergente MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ❖ Secar e guardar em local protegido de insetos e roedores, se necessário acondicionar em sacos. 8.1.3. Cronograma de higienização de equipamentos e utensílios: Refrigeradores e freezers: O que? Procedimento de higienização dos equipamentos refrigerados. Quem? Funcionário designado pela nutricionista. Quando? Uma vez por semana ou sempre que se fizer necessário. Como? ❖ Desligar na tomada. ❖ Transferir os alimentos para local refrigerado e desligar para descongelar o equipamento. ❖ Aguardar o derretimento completo das placas de gelo, sem o uso de facas ou objetos pontiagudos para a remoção das mesmas, evitando danos. As partes móveis devem ser removidas e deixadas de molho para facilitar a limpeza. ❖ Remover as sujidades com auxílio de esponja com solução de detergente, enxaguando e desinfetando com auxílio de pano. Não jogar água diretamente sobre o equipamento. Sua limpeza deve ser de acordo com a necessidade, no mínimo uma vez por semana 8.1.4. Fogão, chapa quente: O que? Procedimentos de higienização dos equipamentos quentes; MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Quem? Funcionário designado pela nutricionista Quando? Diariamente, após uso ou sempre que se fizer necessário. Como? ❖ As superfícies devem ser higienizadas com o auxílio de uma esponja (fibroso) evitando a entrada de água nas tubulações. A chapa deve ser limpa após cada uso, removendo os resíduos maiores com o auxílio de espátula quando necessário. ❖ Caso os queimadores não sejam removíveis devem ser protegidos com fita filme ou tampa apropriada, a fim de não permitir a entrada de água durante a limpeza. 8.1.5. Forno: ❖ Antes de iniciar a higienização, que deve ser feita após cada uso, verifique se o equipamento está desligado e frio. A limpeza deve ser realizada com solução de água e detergente e esponja, que deve ser enxaguada com pano umedecido em água (para remoção das crostas usar detergente e esponja fibrosa). ❖ A limpeza externa deve ser realizada da mesma forma. Antes do uso, ligue o forno para evaporação da umidade. Nota Importante: Nunca jogue água no forno. 8.1.6. Tachos, assadeiras e similares: O que? Procedimentos de higienização de equipamentos para fritar produtos; Quem? Ajudante de cozinha; MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Quando? Sempre após uso; Como? ❖ Desligar e aguardar a diminuição da temperatura; ❖ Retirar o óleo e armazenar em recipiente apropriado para descarte. Retirar o óleo utilizado que não poderá ser jogado nas instalações de esgotamento. Esse óleo deverá ser armazenado em vasilhame descartável e destinado à coleta periódica para que ocorra o reprocessamento. ❖ Retirar incrustações com produto específico desengordurante, fazendo uso dos EPI's necessários de acordo com o fornecedor; ❖ Colocar de molho as partes móveis, em água e detergente, de acordo com a especificação do fabricante. ❖ Usar força mecânica com esponja de fibra sintéticos; ❖ Enxaguar e deixar secar naturalmente; ❖ Recolher o material usado na higienização, lavar e guardar em local apropriado. 8.1.7. Utensílios, Panelas e similares: O que? A lavagem de copos e porcelanas é feito manualmente; Quem? Auxiliar Quando? Todas as vezes ou sempre que for necessário; Como? ❖ Retirar resíduos; ❖ Passar em água corrente; ❖ Retirar incrustaçõescom desengordurante, e com auxílio de luvas látex; ❖ Ação mecânica para remover toda sujidade; MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ❖ Enxaguar em água corrente até a remoção de todo o produto; ❖ Secar naturalmente; 8.1.8. Placas de polipropileno: ❖ Retirar resíduos, jogando no lixo; ❖ Passar em água corrente ou deixar de remolho quando houver crostas de alimentos para retirada posterior; ❖ Utilizar desengordurante e cloro sanificante; ❖ Usar força mecânica com esponja de fibra sintéticos e produto apropriado; ❖ Enxaguar e secar ao ar; ❖ Guardar sempre de boca para baixo; ❖ Recolher o material usado na higienização, lavar e guardar em local apropriado; 8.1.9. Pias e cubas: As cubas destinadas para manipulação de alimentos devem ser higienizadas antes e após cada uso. Onde há disponibilidade de pias ou cubas suficientes para manipulação exclusiva, deve-se ter atenção especial para a limpeza das cubas disponíveis, evitando-se ao máximo utilizar a mesma para lavatório, para higienização de mãos e para manipulação de alimentos 8.1.10. Coletores de lixo Os recipientes destinados ao armazenamento do lixo das áreas de manipulação dos alimentos são de materiais laváveis (plástico) e com tampas. Devem ser mantidos tampados e limpos, sendo obrigatório o uso do saco plástico próprio para esse fim (de material transparente), que deve ser trocado sempre que apresentar excesso e preferencialmente, não ser mantido próximo à bancada ou locais de manipulação de alimentos. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS A retirada do lixo é feita pela equipe de limpeza da unidade. A higienização e desinfecção devem ser realizadas diariamente, preferencialmente a cada troca de turno pela equipe responsável. Para coleta posterior deve ser armazenado em área própria para este fim, livre de moscas, roedores e outros animais. Não deve haver cruzamento de lixo e entrada de matéria prima. 8.1.11. Caixa d’água: Todos os estabelecimentos devem ter reservatórios de água com capacidade mínima correspondente ao consumo diário e instalações adequadas para seu armazenamento e distribuição protegida contra contaminação. Também se faz necessário o suprimento adequado de água potável aquecida. Sua limpeza e desinfecção são realizadas com intervalo máximo de seis meses, como medida de prevenção de eventuais contaminações. A água deve ser analisada semestralmente em análises microbiológicas, certificando sua potabilidade. A caixa d' água que abastece a unidade Hospital Municipal Dr. Edilson Abreu é fechado com tampa de fibra. A rede de abastecimento de água é própria, pois possui poço artesiano. A limpeza e higienização da caixa d’água são realizadas pela empresa Serviço do Município MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 9. CRONOGRAMA DE HIGIENIZAÇÃO DE AMBIENTES Periodicidade de Higienização Ambiental Ambiente Periodicidade Piso Diário Ralos e canaletas Diário Paredes-Geral No mínimo uma vez por semana Paredes – Área Higiene/ Manipulação Diário Interruptores e tomadas No mínimo mensal Portas No mínimo uma vez por semana Maçanetas Diário Teto No mínimo mensal Luminárias No mínimo mensal Janelas No mínimo uma vez por semana Telas No mínimo mensal Bancadas Diário Estrados No mínimo uma vez por MANUAL DE BOAS PRÁTICAS semana Pias e cubas Diário (a cada troca de atividade) Tubulações e Torneiras Diário Lixo Diário Ventiladores No mínimo semanal Caixa d água No mínimo semestral Instalações Sanitárias e vestiários Diário Ação corretiva: ❖ Disponibilização e manutenção de instalações, produtos e utensílios para higienização; ❖ Reposição de produtos (detergente e sanificantes); ❖ Trocar os produtos de forma periódica; ❖ Higienizar novamente as superfícies de acordo com o alimento que não estejam adequadamente limpas e sanitificados; ❖ Treinar e ou orientar novamente os colaboradores nos procedimentos de higienização. 9.1. Limpeza da Caixa de Gordura A caixa de gordura é limpa de acordo com a necessidade por um funcionário capacitado da manutenção, segundo os procedimentos e produtos determinados. Quando feita a limpeza, a mesma é registrada em documento próprio e arquivo neste Manual. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Os produtos químicos de limpeza utilizados no processo de higienização de equipamentos e utensílios são fornecidos pela Secretaria de saúde 9.2. Descrição da higienização dos equipamentos que necessitam de desmonte Os equipamentos que necessitam de desmonte para sua higienização é realizado pelo funcionário que opera cada equipamento tendo sido previamente treinado. 9.3. Ações corretivas Quando alguma não conformidade é identificada, é feito um trabalho de orientação com o setor, o processo é refeito e é feita uma análise dos procedimentos para averiguar a necessidade de serem feitos ajustes e correções. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 10. CONTROLE DE VETORES E PRAGAS (ROEDORES, BARATAS, ETC) O controle de pragas é realizado periodicamente, através de programa preventivo, tais como: barreiras de acesso às pragas e vetores nas instalações da cozinha e seus anexos. São utilizadas barreiras físicas e químicas, como: telas nas aberturas, ralos sifonados e limpeza das áreas internas e externas da Unidade, para impedir o acesso de vetores. A dedetização e a desratização são realizadas de 6 em 6 meses ou de acordo com a necessidade estabelecida pela empresa executora, após a observação visual de indícios da presença de pragas na empresa. Os manipuladores são orientados a comunicar qualquer observação que leve à suspeita da presença de pragas na empresa, como por exemplo: resíduos de fezes ou urina, bem como a existência de embalagens furadas. Os produtos utilizados são fornecidos pela empresa. Os serviços relativos ao controle de pragas na empresa são realizados através da empresa Ecco Pragas, CNPJ:08007226001 Razão social Ecco Pragas, Localizada na Rua dos mundurucus, Nº4487 BAIRRO Guamá Belém - PA. ➔ Deixar os alimentos, utensílios e equipamentos devidamente protegidos e ensacados; ➔ Deixar o piso de todos os setores extremamente seco; ➔ Deixar os armários vazios e abertos; ➔ Providenciar abertura do espaço onde fica a caixa no momento da aplicação do produto; ➔ Deixar armários dos funcionários e estoque desocupados e abertos para aplicação do produto. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 11. MANEJO DE RESÍDUOS 11.1. Descrição do número, modelo e distribuição de coletores Os resíduos são depositados em lixeiras, com tampa, acionadas a pedal, revestidas internamente com saco plástico nas áreas de produção. Nas dependências da área de produção existem recipientes de lixo, adequadamente distribuídos e em número suficiente para as necessidades do setor. Os resíduos são removidos sempre que os recipientes de lixo estejam preenchidos, e, também no final da produção. 11.2. Área e modo de manutenção de resíduos sólidos e líquidos (óleo, etc.) para coleta Os resíduos são depositados em depósito exclusivo para lixo, em sacos plásticos grandes de cor preta devidamente lacrado. Os resíduos são removidos diariamente por colaboradores de serviços gerais. O óleo queimado é depositado em tambores de 50L, devidamente identificados como impróprio para consumo. O mesmo é removido de acordo com a necessidade pela empresa. 11.3. Método de higienização de coletores e áreas de manutenção É realizada diariamente, no final do turno de trabalho, a higienização dos coletores e da área de armazenamento de resíduos. Os resíduos são retirados dos recipientes, os quais são lavados com detergente neutro, enxaguados e sanitizados com solução clorada a 200 ppm. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 11.4. Firma responsável pela coleta Secretaria de saúde municipal CNPJ: 11.745.308/0001-82 Endereço: Rua João Casa Nova, Nº 2085 – Santa Izabel do Pará A firma contratada se compromete a prestar serviços de coleta de sobras de materiais para a contratante. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 12. HIGIENE DOS ALIMENTOS 12.1. Recebimento de mercadorias: Seguir os critérios abaixo: a) Disporos utensílios de apoio para o recebimento (termômetros, monoblocos) que devem estar devidamente higienizados favorecendo o procedimento de recebimento; b) Realizar conferência minuciosa das mercadorias evitando a entrada de produtos que não foram solicitados ou que estejam inadequados (embalagem violada, sem identificação correta, data de fabricação, validade, registro nos órgãos competentes, composição do produto, CNPJ, endereço fabricante e distribuidor, número do lote, armazenamento e quantidade, e produtos vencidos ou com prazo inferior a 03 dias da data de vencimento); c) A ordem de armazenamento dos produtos comprados deve atender o seguinte critério: a) Alimentos preparados prontos para o consumo e refrigerados; b) Alimentos perecíveis congelados; c) Alimentos perecíveis em temperatura ambiente; d) Alimentos não perecíveis. Esta ordem também é válida para remoção e armazenamento dos produtos; MANUAL DE BOAS PRÁTICAS a) Não receber produtos com embalagens sujas, amassadas, estufadas, furadas, rasgadas ou com qualquer dano, pois pode acarretar prejuízo a mercadoria; b) Avaliar se as características sensoriais dos alimentos perecíveis estão alteradas, como: aspecto esverdeado, textura, desprendimento de líquido, presença de mofo, superfície pegajosa. TABELA DE TEMPERATURA PARA RECEBIMENTO DE MERCADORIAS Alimento Temperatura (ºC) Carnes congeladas –18ºC com tolerância até –12ºC ou conforme orientação do fabricante Carnes resfriadas De 6ºC a 10ºC ou conforme recomendação do fabricante Carnes Refrigeradas Até 7ºC ou conforme orientação do fabricante Doces Confeitados Refrigerados até 7ºC Resfriados até 10ºC Doces Secos Tempo Ambiente Frios e laticínios em geral Até 8ºC ou conforme recomendação do fabricante MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Hortifrúti processados congelado No mínimo –12ºC ou conforme recomendação do fabricante Hortifrúti processado resfriado Até 10ºC ou conforme orientação do fabricante Hortifruti in natura Tempo Ambiente Suco polpa congelado No mínimo –12ºC ou conforme recomendação do fabricante Suco polpa resfriado Até 10ºC ou conforme recomendação do fabricante Suco concentrado estabilizados Tempo Ambiente Produtos salgados, defumados, curados Temperatura ambiente ou conforme recomendação do fabricante Colocar os produtos destinados à devolução em locais apropriados devidamente identificados, para que não comprometam a qualidade dos demais. 12.2. Principais características sensoriais e embalagem dos alimentos: Essas características devem ser verificadas para todos os alimentos nas diferentes fases de recebimento, manuseio, aprovação, preparo e entrega. 12.2.1. Açúcar: Deve estar acondicionado em embalagens intactas, com identificação do tipo e ou classificação de produto. Deve estar isento de MANUAL DE BOAS PRÁTICAS matéria terrosa, de parasitas e detritos animais e vegetais. 12.2.2. Sal: Deve estar acondicionado em embalagem intacta, com identificação do tipo. Os cristais formados devem estar soltos. 14.2.3. Carnes frescas: ● Bovina: Deve apresentar odor característico, cor variando de vermelho cereja a vermelho escuro (vinho), a textura deve ser firme, e a superfície externa não deve estar pegajosa e com sujidades. A gordura deve ter cor branca amarelada, sem cheiro forte. ● Suína: Deve apresentar odor característico, cor variando de rosa pálido a rosa acinzentada, a textura deve ser firme, parte externa não deve estar pegajosa e com sujidades. A gordura deve ser branca, sem cheiro forte. ● Aves: Em relação às carcaças, estas devem ser de cor amarelo pálido a amarelada, sem manchas. O peito, coxas e asas devem estar sem manchas e adequadamente depenados. As embalagens contendo cortes de aves devem estar embaladas, sem presença de excesso de líquido sanguinolento e o filé deve apresentar coloração rosada ou branca e ter odor característico. ● Vísceras: Deve apresentar odor característico, cor brilhante, sem manchas com os contornos bem definidos. Deve ser firme ao tato e a película que as envolve facilmente retiráveis. Devem estar em embalagens próprias, intactas, sem sinais de perfuração ou dano à mesma, deve ter coloração de vermelho claro a vermelho escuro, com exceção ao bucho que deve ter coloração amarelada, sem cheiro forte. Não devem apresentar na superfície, sinais de descongelamento e recongelamento, como presença de líquidos ou grandes cristais de gelo. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 12.2.4. Cereais leguminosas e farinhas: ● Cereais e leguminosas: Devem estar acondicionadas em embalagens intactas, com identificação. Não deve apresentar materiais terrosos ou insetos (carunchos), excesso de grãos quebrados e bolor. ● Amido, fécula e farináceos: Devem estar acondicionados em embalagens fechadas, intactas que não apresentem perfurações ou sujidades, os produtos devem estar seco e não formar agregados (junto), que indicam umidade elevada. Não deve haver presença de mofo ou odores não característicos (fermentação) e sinais de ataque de roedores e insetos. 12.2.5. Coco: a) Ralado: Deve estar acondicionado em embalagem intacta, com identificação do tipo. Não deve apresentar cheiro alterado ou rançoso. b) Leite de coco: Deve estar acondicionado em embalagem intacta, com identificação do tipo. Deve estar isento de substâncias estranhas à sua composição. Não deve apresentar cheiro alterado ou rançoso. 12.2.6. Doce de leite: Deve estar acondicionado em embalagem intacta, com identificação do tipo. Deve apresentar-se cremoso. Deve estar isento de substancias estranhas a sua composição normal. Não deve apresentar cheiro alterado. 12.2.7. Frutas cristalizadas e secas: ● Cristalizadas: devem estar acondicionadas em embalagem intacta, com MANUAL DE BOAS PRÁTICAS identificação e tipo. Devem apresentar cor de acordo com as espécies ou variedades de frutas empregadas. Devem apresentar sabor e odor característicos dos ingredientes utilizados. ● Secas: Devem estar acondicionadas em embalagem intacta, com identificação do tipo. Não devem apresentar substancias estranhas a sua composição normal. Não devem apresentar fermentações. 12.2.8. Hortifrúti: a) Integridade: Este tipo de produto deve se apresentar, sem sinais de amassados e manchas escuras que possam afetar a aparência e/ou qualidade. b) Embalagem: Estar adequadamente embalados (caixotes, engradados, etc.), não apresentando sujidades tais como fezes, terra, folhas secas (verduras), estragada (frutas) ou corpos estranhos aderidos à superfície. c) Textura, tamanho: Textura deve ser firme, de tamanho uniforme, de acordo com finalidade do produto. d) Cor: Devem apresentar coloração característica, sem manchas, mofos ou perfurações na superfície. 12.2.9. Ovos: ● Característica: Os ovos devem apresentar a casca limpa, sem trincas ou rachaduras. Quando quebrados, a clara deve estar transparente e firme ao redor da gema, que deve ser redonda e saliente. ● Informação importante: O armazenamento na unidade não pode ser feito em caixas de papelão. 12.2.10. Óleos: ● Óleos: Deve estar acondicionado em embalagens fechadas, sem MANUAL DE BOAS PRÁTICAS amassados ou ferrugem, com identificação e tipo. Devem apresentar coloração e odor característicos sem presença de corpos estranhos. ● Margarinas: Devem estar acondicionados em embalagens fechadas e intactas, sem sujidades ou ferrugem, com identificação e tipo. Devem apresentar coloração amarelada, sem presença de líquidos na superfície. Devem apresentar odor característico, não rançoso, sem presença de corpos estranhos. 12.2.11. Leite: a) Leite: Deve estar acondicionado em embalagem inteiramente fechada (de maneira que não deixe penetrar o ar), não podendo estar estufada, com identificação do tipo, SIF e da indústria pasteurizador. Deve apresentar cor, sabor e odor característicos. b) Iogurte: Deve estar acondicionado em embalagem inteiramente fechada (de maneira que não deixe penetrar o ar), não podendo estar estufada, deve estar identificadacom o número do SIF e o nome da indústria beneficiadora. Deve apresentar cor, sabor e odor característicos. A consistência deve ser firme para iogurtes naturais e de cremosos para iogurtes de frutas. c) Queijos: Deve estar acondicionado em embalagem adequada, intacta e com identificação número do SIF e nome da indústria beneficiadora. Deve apresentar cor, aspecto, consistência, sabor e odor característicos. As superfícies não devem apresentar manchas ou presença de mofos. 12.2.12. Produtos salgados, curados e defumados: a) Salgados: Devem apresentar-se em embalagens adequadas, sem sinais de umidade ou estar pegajoso. A superfície deve ser limpa, MANUAL DE BOAS PRÁTICAS sem presença de resíduos, sujidades ou manchas (verdes, azuis, vermelhas, etc.). Devem ter um odor agradável e característico. b) Defumados: Deve apresentar-se em peças com embalagens adequadas, ter odor e coloração características do produto defumado. Não apresentar manchas, áreas escuras ou presença de mofo, e não ser pegajoso. c) Embutidos Cozidos e curados: Devem apresentar-se em embalagens adequadas, sem sinais de umidade e não estar pegajoso. A superfície deve ser limpa, sem presença de resíduos, mofo, sujidades ou manchas (verdes, azuis, vermelhas, etc.). Devem ter odor agradável e característico, sabor suave e típico do produto e textura firme. 12.2.13. Massas e sucos: ✔ Massas e biscoito: Devem apresentar-se em embalagens inteiramente fechada (de maneira que não deixe penetrar o ar) e intacta. Não apresentar características de danos físicos (quebrados), nem presença de insetos (carunchos), apresentar textura firme, coloração característica, sem presença de manchas, corpos estranhos e mofo. ✔ Massas frescas: Devem apresentar embalagens inteiras e ausência de fungos (bolores). ✔ Sucos Concentrados: Deve apresentar coloração característica, estarem contidos em recipientes fechados. Não devem ter presença de corpos estranhos ou separação de fases (água polpa – exceto aqueles onde isso é normal – ex. caju). MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 12.2.14. Peixes e frutos do mar: a) Filé de Peixe: Deve apresentar odor característico, a textura deve ser firme, com a superfície sem presença de sujidade. b) Crustáceos (camarão, lagosta, caranguejo, etc.): Devem apresentar carcaça brilhante, úmida e firme, sem manchas ou alterações de coloração. Devem apresentar odor característico. Ao ser flexionado não deve se despedaçar. A carne deve ser branca, firme e com elasticidade. 12.3. Pré-higienização: De modo a evitar o contato de sujidades externas com as áreas de armazenamento, as mercadorias são limpas e selecionadas favorecendo a higiene e organização do estoque. Após o recebimento adote os seguintes procedimentos: a) As mercadorias cujas embalagens originais são caixas de madeira ou papelão, estas embalagens devem ser desprezadas; b) Mercadorias cuja embalagem original é de papelão ou papel e não pode ser removida, com risco de prejuízo ao produto, como o sorvete, o hambúrguer e outros, são devidamente embalados com saco MANUAL DE BOAS PRÁTICAS transparente antes do armazenamento; c) As hortifrútis são selecionadas, removendo as sujidades maiores na pré lavagem e os que estão em condições insatisfatórias são substituídos ou desprezados. 12.4. Acondicionamento: A organização das mercadorias é realizada de modo a favorecer a conservação das mesmas, seguindo os seguintes critérios: a) Hortifrúti sem higienização são armazenados em monoblocos vazados, sem a necessidade de cobri-las com fita filme, exceto em casos onde resíduos possam cair sobre as mesmas. Nos casos de ausência de espaço físico os mesmos são armazenados em sacos plástico transparente, fechados e furados; b) Carnes embutidas, embutidos, laticínios e frios são armazenados cobertos ou embalados em plástico transparente, devidamente identificados conforme modelo de etiqueta abaixo contendo: nº etiqueta armazenamento, produto, quantidade, fornecedor, data de entrada, data de vencimento, nº do lote e data de utilização. Preservar o rótulo original do produto. c) Proteger os alimentos prontos para o consumo, sendo a cobertura isolada para cada recipiente, de modo que o fundo de um recipiente não fique em contato com o alimento do recipiente inferior, quando empilhados. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Alimento Temperatura Tempo máximo de armazenamento Carnes bovina, suína, aves e outras e seus manipulados crus Até 4ºC 72 horas Carnes congeladas No mínimo -10ºC Conforme Orientação do fabricante e no máximo por 20 dias Pescados e seus manipulados crus Até 2ºC 72 horas Hortifruti in natura pós-manipulado Até 10ºC 72 horas Sobremesas confeitadas manipuladas Até 5ºC Até 5 dias Sobremesas e outras preparações com laticínios Até 4ºC Acima de 4ºC até 6ºC Acima de 6ºC até 8ºC 72 horas 48 horas 24 horas Frios e laticínios manipulados Até 4ºC 72 horas Maionese e misturas de maionese com outros alimentos Até 4ºC Acima de 4ºC até 6ºC 48 horas 24 horas MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Alimentos congelados -5ºC -5 a -10ºC -10 a -18ºC dos temperos folhosos encontra-se no quadro 05. Quadro 5 – Higienização de hortifrúti: Lave folha a folha ou um a um em água corrente potável para que os perigos físicos possam ser removidos Coloque em imersão na solução clorada, muito atentos a que todos estejam cobertos pela solução Deixá-los por 15 minutos em solução clorada Retirar do cloro e enxaguar em água potável. A diluição do cloro deve ser respeitada, conforme orientação do fabricante constante no rótulo do produto. ❖ Para facilitar a operação, diferentes vegetais podem ser colocados juntos na mesma solução; ❖ Evite que os alimentos fiquem fora da solução, mexendo-os durante o tempo em que permanecerem na mesma com auxílio de um utensílio desinfetado; ❖ Retire os gêneros do recipiente com auxílio de utensílios MANUAL DE BOAS PRÁTICAS desinfetados e só depois de retirados despreze a solução; ❖ Após a permanência dos alimentos em solução desinfetante, efetue a lavagem em água corrente eliminando o excesso de cloro; ❖ A solução clorada só pode ser utilizada para desinfecção dos hortifrútis desde que não apresente sujidades ou excesso de pigmentação proveniente de vegetais. Esta solução pode ser reaproveitada para duas imersões seguidas num período máximo de duas horas após o seu preparo. 12.7. Utilização de alimentos enlatados e em outras embalagens: ➔ Verificar prazo de validade e condições adequadas das latas (sem vazamentos, ferrugem, estufamento e outros) e das embalagens, sem furos, violação antes de abri-las; ➔ Lavar as latas, garrafas e sacos de leite antes de serem abertos e antes de serem armazenados sob refrigeração ou congelamento; ➔ Utilizar abridor devidamente limpo e desinfetado, atentando para correta higienização dos menos nos intervalos entre a abertura de produtos diferentes; 4. Observar o interior da lata ao abri-la, antes de utilizar o produto, verificando sinais de corrosão das paredes internas, conteúdo turvo etc., desprezando se necessário; ➔ Transferir o conteúdo não consumido de latas abertas para recipientes de material limpo, atóxico, não reciclado, tampados e identificados, armazenando-os sob refrigeração durante três (3) dias. 12.8. Utilização (pré-preparo) para cereais e leguminosas: ❖ Escolher a seco os grãos como: arroz, feijão, lentilha e outros; MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ❖ Lavar em água corrente e enxágue 3 (três) vezes, no mínimo; ❖ Levar a cocção, respeitando os critérios de temperatura e tempo. 12.9. Como realizar o dessalgue: O dessalgue consiste na retirada do sal de carnes salgadas sob condições seguras. O dessalgue pode ser realizado em água sob refrigeração até 10ºC ou através de fervura e posterior refrigeração se necessário. 12.10. Recomendações para óleo de fritura, em tachos ou panelas: 1. Filtrar o óleo após o uso ou quando apresentar resíduos de alimento frios (usar filtro próprio); 2. As gorduras e os óleos utilizados em frituras não devem ser aquecidos a temperaturas superiores a 180ºC; 3. Desprezar o óleo sempre que apresentar uma das seguintes alterações: cor escura, cheiro não característico, modificação no sabor da fritura, viscosidade alterada, nível de fumaça aumentado ou formação de espuma; 4. Reutilizar o óleo de fritura de peixe somente para outros peixes; 5. Evitar exposição ao ar quando o óleo não estiver em uso 12.10. Utilização de ovos: No preparo e elaboração de alimentos no serviço de alimentação, a qualidade sanitária das preparações a base de ovos deve ser garantida, MANUAL DE BOAS PRÁTICAS adotando-se os seguintes procedimentos: a) Não utilizar ovos com casca rachada ou suja; b) Armazenar os ovos sob refrigeração até 10ºC por até sete dias; c) Não consumir ovos crus, nem alimentos preparados onde ovos permaneçam crus; d) Utilizar somente maionese industrializada; e) Ao usá-lo, quebra-los um a um separadamente, evitar misturar a casca com seu conteúdo; f) Não preparar ovos fritos ou poches com gemas moles, fritá-los e cozinhá-los muito bem, até que a gema e a clara estejam duras; g) Preparar ovos cozidos, deixando-os cozinhar por 7 minutos após levantar fervura. 12.12. Descongelamento: O descongelamento correto de carnes, frios, embutidos, laticínios deve ser realizado sob refrigeração até 4ºC em geladeira, câmara ou diretamente nos fornos de convecção ou micro-ondas. Entre o descongelamento e o consumo o produto deve permanecer sob refrigeração (4ºC) no máximo por 48 horas. Informação Importante: Nunca recongele qualquer tipo de alimento. 12.13. Controle de produção cadenciada: Os alimentos devem ser preparados de acordo com a demanda, devendo permanecer em temperatura ambiente apenas o tempo MANUAL DE BOAS PRÁTICAS necessário. O processamento deve ser ágil, evitando assim a permanência do alimento em temperatura de risco, ou seja, de 4ºC a 60ºC. 12.14. Controle de tempo e temperatura: A manutenção da temperatura dos alimentos perecíveis, pré-preparados deve ser respeitada. O tempo de manipulação de produtos perecíveis em temperatura ambiente não deve exceder 30 minutos por lote. Alimentos perecíveis, pré-preparados ou preparados que necessitam de refrigeração não devem permanecer por mais de 30 minutos em temperatura ambiente. Na cocção a parte interna do alimento deve atingir 74ºC a fim de garantir sua qualidade microbiológica. Elevar a temperatura de molhos a serem adicionados a alguma preparação, garantido que ambos (molho e alimento) voltem a atingir 74ºC no seu interior. Não acrescentar molho quente em preparações que estejam refrigeradas. Após a cocção o alimento deve ser mantido a 65ºC ou mais pelo tempo necessário entre o preparo até o momento da distribuição, em banho-maria, forno, balcão térmico ou pass through quente, devendo ser seguidas as seguintes condutas e critérios para distribuição de alimentos quentes e frios. Alimentos quentes: a) Podem ficar na distribuição ou espera a 60ºC ou mais no máximo 06 horas ou abaixo de 60º C por no máximo 1 hora; b) Alimentos que ultrapassem os prazos estipulados devem ser MANUAL DE BOAS PRÁTICAS desprezados; Alimentos frios: a) Devem ser distribuídos no máximo a 10ºC por até 4 horas; b) Quando a temperatura estiver entre 10ºC a 21º C, só podem permanecer na distribuição por 2 horas, exceto preparações com pescados, carnes e frango; c) Alimentos preparados e prontos para consumo em distribuição ou espera, que contenham carnes e pescados crus devem ser expostos de forma a evitar a contaminação cruzada. Essas preparações devem ser mantidas em exposição por no máximo 2 horas a 5ºC; d) Alimentos frios que ultrapassarem os critérios de tempo e temperatura estabelecidos devem ser desprezados. Se for detectada queda da temperatura, estando na faixa crítica (50ºC) e quantidade de alimentos no recipiente ainda for grande, deve ser realizado reaquecimento deste até que ele atinja 74ºC no seu interior. O reaquecimento de alimentos resfriados ou congelados deve ser realizado de forma que o alimento atinja 74ºC no seu interior no prazo máximo de uma hora depois de retido da refrigeração. Sobremesas prontas para o consumo devem ser mantidas refrigeradas até o momento de servir, no máximo a 8ºC ou conforme exigência do fabricante. O resfriamento dos alimentos, como preparações para congelamento ou que serão servidas frias (saladas, sobremesas) realizar da seguinte forma: depois de finalizado o preparo, o alimento deve ser mantido em temperatura ambiente, onde sua temperatura deve ser MANUAL DE BOAS PRÁTICAS monitorada até que atinja 55ºC na superfície, quando então deve ser armazenado em refrigeração. No resfriamento forçado até 21ºC a 4ºC, pode ser utilizado método de resfriamento como: imersão em gelo, Estimativa de Tempo de Multiplicação Bacteriana Patogênica segundo algumas faixas de temperatura. ºC TEMPERATURA VELOCIDADE > 50ºC Não há multiplicação de patógenos - 45ºC 30 min – 2 horas Lentamente 30ºC 10 – 20 min Rapidamente 20ºC30 min – 1hora Moderadamente 10ºC 1 – 2 horas Lentamente 4ºC 3 – 6 horas Muito lentamente 0ºC 6 – 8 horas Insignificante