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CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 ANTONIO JADSON SOARES DUARTE 
EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE 
LAIRA SAMARA BRAGA SOARES 
MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA 
WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS EFEITOS FISIOLÓGICOS E COGNITIVOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 
NA VIDA DOS IDOSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASTANHAL 
2022 
 
 
ANTONIO JADSON SOARES DUARTE 
EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE 
LAIRA SAMARA BRAGA SOARES 
MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA 
WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS EFEITOS FISIOLÓGICOS E COGNITIVOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 
NA VIDA DOS IDOSOS 
 
 
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do 
título de graduação Educação Física - Bacharelado 
apresentado à Universidade Paulista – UNIP. 
 
Orientador: Prof. Elielson Ferreira Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASTANHAL 
2022 
 
 
ANTONIO JADSON SOARES DUARTE 
EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE 
LAIRA SAMARA BRAGA SOARES 
MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA 
WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS 
 
 
 
 
 
 
 
OS EFEITOS FISIOLÓGICOS E COGNITIVOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 
NA VIDA DOS IDOSOS 
 
 
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do 
título de graduação em Educação Física - 
Bacharelado apresentado à Universidade Paulista – 
UNIP. 
 
 
 
Aprovado em: ___/___/____ 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
___________________________________ 
Prof. Elielson Ferreira Cardoso - Orientador 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
___________________________________ 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
___________________________________ 
Prof. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
Eu, ANTONIO JADSON SOARES DUARTE, dedico este trabalho 
primeiramente, e acima de tudo, a Deus, que esteve sempre comigo dando forças, 
sabedoria e discernimento. Dedico aos meus pais (peça chave essencial), que 
estiveram sempre presentes, em especial à minha mãe, sendo minha base, visto que 
seus esforços são imensuráveis. A familiares e amigos, que torceram e contribuíram 
positivamente nessa trajetória, também aos amigos autores deste trabalho, que 
permaneceram firmes até aqui. Por fim, e não menos importante, à minha namorada, 
por todo o seu apoio e participação nessa longa jornada, na qual também foi 
fundamental. 
Eu, EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE, dedico este trabalho primeiramente a 
Deus, pois sem ele na minha vida nada disso seria possível. À minha família, por 
sempre me apoiar e ajudar de toda forma possível, em especial à minha mãe, que 
sempre foi minha maior incentivadora. Aos meus amigos, que foram essenciais 
durante essa trajetória acadêmica, pois, apesar das dificuldades que enfrentamos, 
continuamos unidos, ajudando uns aos outros. Por último, aos meus professores, que 
contribuíram com seus ensinamentos. 
Eu, LAIRA SAMARA BRAGA SOARES, dedico este trabalho primeiramente a 
Deus, que esteve comigo em todos os momentos, me dando forças, paciência e 
discernimento, tudo é DELE, por ELE e para ELE. Dedico também à minha mãe, 
MARIA INÊS, que não mediu esforços para me apoiar durante essa trajetória, foi a 
minha base e sem ela eu não teria conseguido. Dedico também aos meus amigos, 
que perseveraram comigo, do início ao fim, nessa jornada. 
Eu, MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA, dedico este trabalho em princípio à 
Deus, por ter me dado forças para conquistar esse sonho. Também aos meus pais e 
meus dois irmãos, que sempre me apoiaram na trajetória desses quatro anos. E aos 
meus amigos da faculdade, que apesar das dificuldades, estamos aqui firmes. 
Eu, WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS, dedico este trabalho, 
como forma de gratidão, primeiramente a Deus, por estar presente em minha jornada, 
e agradeço a mim mesmo pelo meu esforço em seguir firme, pois, apesar de muitas 
adversidades enfrentadas no decorrer do curso, hoje estou sendo abençoado 
realizando esse grande objetivo. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
A elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso contou com a ajuda de 
diversas pessoas, aos quais agradecemos: 
Ao professor orientador, ELIELSON FERREIRA CARDOSO, pela paciência e 
todo suporte dado no decorrer do último semestre, que nos auxiliou de forma 
significativa na construção desse projeto. 
Aos professores do curso de Bacharelado em Educação Física, que 
contribuíram com seus conhecimentos através do processo de ensino aprendizagem 
durante toda a graduação, permitindo que nós, Antônio, Edriele, Laira, Maria e 
Washington, pudéssemos estar concluindo essa última etapa do curso. 
 À nossa querida amiga, BÁRBARA GOMES, que esteve presente torcendo, 
incentivando e nos ajudando nos momentos difíceis. 
Aos familiares e amigos próximos, que nos deram força e incentivos para não 
desanimar perante as adversidades durante nossa jornada até aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nascer é vital, viver é natural, mas saber 
envelhecer com qualidade de vida é um 
privilégio”. 
 Maria Alícia Corazza
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10 
2. CAPÍTULO 1: OS EFEITOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS ............................ 12 
2.1 CONTEXTO E CONCEITO ...............................................................................................12 
2.2 CAPACIDADES FISÍCAS ..................................................................................................14 
2.2.1 COORDENAÇÃO MOTORA ........................................................................................ 15 
2.2.2 EQUILÍBRIO ................................................................................................................... 16 
2.2.3 FLEXIBILIDADE ............................................................................................................. 17 
2.2.4 AGILIDADE .................................................................................................................... 18 
2.2.5 FORÇA............................................................................................................................ 19 
3. CAPÍTULO 2: ANALISAR OS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS PARA OS IDOSOS 21 
3.1 INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA......................................................................................21 
3.2 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA ....................................................................22 
3.3 EXERCÍCIOS FUNCIONAIS BASEADOS EM CAPACIDADES FÍSICAS: FORÇA, 
AGILIDADE, POTÊNCIA E EQUILÍBRIO ..............................................................................25 
4. CAPÍTULO 3: RELACIONAR AS MUDANÇAS FISIOLÓGICAS COM OS 
EXERCÍCIOS FUNCIONAIS ......................................................................................... 32 
4.1 SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O ENVELHECIMENTO ........................................32 
4.1.2 OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO .........................................................33 
4.1.3 SISTEMA CARDIOVASCULAR ....................................................................................35 
4.1.4 SISTEMA MUSCULAR ..................................................................................................36 
4.2 A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ATENDIMENTO AO 
PÚBLICO IDOSO .....................................................................................................................38 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 40 
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS.............................................................................. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo apresenta os benefícios dos exercícios funcionais na vida dos 
idosos, relacionados às mudanças fisiológicas e cognitivas que ocorrem durante o 
processo de envelhecimento,funções ocorrendo a diminuição das 
fibras elásticas, oxigenação dos tecidos e também a desidratação da pele do idoso 
(FASSHEBER ET AL., 2018 apud WIECZOREY ET AL., 2021). 
Vale ressaltar que, além de todos esses processos, o grupo da terceira idade 
atinge um aumento na composição corporal, que é o ganho de massa gorda e a perda 
constante da massa magra. Isso torna a pele mais flácida devido ao corpo produzir 
menos colágeno. E quando se há um aumento da massa magra e a perda da massa 
gorda ocorre a melhoria do bem-estar físico, social e mental, autoconfiança, 
diminuição da fadiga e da ansiedade (LIMA ET AL., 2013 apud CLARES ET AL., 
2019). 
Ângelo (2015; p.4) diz que: 
O exercício físico induz redução da massa gorda pela mobilização dos lipídios 
e estimulação da lipólise que é regulada pela lipase e ativada pela 
estimulação beta-oxidativa, desta forma aumentando a captação e oxidação 
38 
 
de ácidos graxos pelo músculo esquelético, servindo de substrato energético 
pelo mecanismo do ciclo glicose-ácido graxo refletindo diretamente na 
diminuição do tecido adiposo. 
 
 
4.2 A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ATENDIMENTO 
AO PÚBLICO IDOSO 
O papel do profissional de Educação Física tem grande relevância quando o 
assunto envolve sua atuação principalmente no atendimento à grupos especiais como 
idosos e/ou indivíduos diagnosticados com doenças crônicas, que estão presentes 
comumente no dia a dia, apresentando índices elevados em diversos graus de 
acometimento e restrições no quadro de saúde que se encontram. 
 
Nessa perspectiva, o exercício físico especializado surge como uma 
importante ferramenta de transformação da postura dos profissionais que 
atuam na área do processo de envelhecimento, o que reforça a necessidade 
de capacitação e constantes atualizações das práticas para os profissionais 
de Educação Física no intuito de proporcionar assistência humanizada, 
individualizada, minimizando os riscos e viabilizando uma melhor qualidade 
de vida aos idosos (DE CARVALHO LAURENTINO; TAMIRES EVLLEN ET 
AL., 2022) 
 
Diante disso, percebemos o quanto é visível que deve haver de maneira 
imprescindível qualificação, conhecimento e utilização de todos os recursos possíveis 
para avaliar, elaborar, acompanhar e aplicar o exercício físico correto e específico 
para praticantes incluídos nesse grupo populacional (idosos). Pois “pessoas que há 
pouco tempo eram desencorajados a se exercitarem, devido a suas patologias e 
limitações, hoje são orientadas por Profissionais de Educação Física, os quais 
enfrentam o grande desafio de maximizar os benefícios e minimizar riscos” (GONDIM, 
ET AL., 2019, p. 23). 
Segundo Carvalho et al. (2017 apud LIMA ET AL., 2019, p 2), é: 
Importante salientar que a prescrição de exercícios físicos deve ser 
procedimento de responsabilidade prioritária do profissional de Educação 
Física, pois o tipo de atividade física, sua intensidade, frequência, duração, 
seu modo e progressão precisam estar adequados às preferências individuais 
e às limitações impostas pela idade. Assim, destaca a importância do 
profissional de Educação Física para o atendimento de aconselhamento, 
prescrição, acompanhamento, prevenção, motivação e promoção da saúde. 
 
Diante do exposto, e baseado no estudo citado por Azevedo Filho et al. (2019 
p.7, apud MOURA; SOUZA, 2021), observa-se que, em virtude da participação do 
39 
 
público idoso na prática desses exercícios físicos, a busca para alcançar uma melhor 
qualidade de vida apresenta resultados significativos e efeitos benéficos no corpo 
desses indivíduos, como controle da gordura corporal, aprimoramento das 
capacidades físicas, tais como flexibilidade e força física. Além disso, ocorre redução 
do colesterol, melhora da frequência cardíaca e quadro emocional. 
Em concordância com alguns autores supracitados, Colombo et al. (2019, p. 
32) esclarece: 
A atuação do profissional de educação física capacitado para trabalhar com 
a população idosa deve contribuir de forma positiva, pois é um período 
importante em suas vidas, no qual estão buscando a manutenção da 
mobilidade, da independência e qualidade de vida durante o maior tempo 
possível, essa deve ser a meta do profissional com o seu aluno. 
 
Destacando que a atuação desses profissionais requer cuidados e exige 
atenção especial, levando em consideração os declínios do processo de 
envelhecimento. Logo, alguns procedimentos são necessários, e um deles é a 
avaliação física, baseada na especificidade, no estado e condições que esses idosos 
se encontram. Baseado em Gondim et al. (2019), através da avaliação física serão 
caracterizados o método e as decisões tomadas por parte do profissional de Educação 
Física que, de forma essencial, irão fundamentar a obtenção de variáveis aplicadas 
na elaboração de programas de exercício físico. 
[...] a avaliação física é fundamental e deve ser realizada por um Profissional 
de Educação Física capacitado e eticamente balizado em relação aos 
protocolos de testes, suas indicações e contraindicações, as respostas 
hemodinâmicas e respiratórias ao exercício físico, o preparo do beneficiário, 
os mecanismos de funcionamento dos equipamentos, bem como suas 
limitações e indicações de interrupção dos testes (Gondim, F. J. et al p. 24, 
2019). 
 
É de suma importância, e está dentro dos parâmetros a serem utilizados pelo 
profissional de Educação Física, conhecer os alunos no momento da avalição física, 
tendo como base o princípio da individualidade biológica, pois isso poderá influenciar 
de forma significativa na prescrição e prática de exercícios realizados por praticantes 
idosos. Diante disso, “a partir da análise de todos os dados avaliados, um perfil de 
risco e físico-fisiológico é traçado, e a prática do exercício é indicada ou 
contraindicada” (CUNHA, 2015, p. 6). 
 
 
40 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Neste estudo abordamos sobre os efeitos dos exercícios funcionais na vida dos 
idosos. Tornou-se importante o tema escolhido por se tratar do estilo de vida dos 
idosos e mostrou-se que, através dos exercícios funcionais, esse grupo pode 
envelhecer de forma saudável. Assim, buscamos resposta para o referido tema e, 
após realizarmos diversas pesquisas em sites e artigos de autores de grande valia, 
podemos concluir que o objetivo foi alcançado. 
Ao descrever os efeitos dos exercícios funcionais, analisar e relacionar as 
mudanças fisiológicas com os exercícios funcionais foi possível comprovar que esses 
exercícios promovem a manutenção da saúde dos idosos trazendo uma série de 
benefícios a esses praticantes. Partindo disso, neste estudo ressaltamos a 
importância do profissional de Educação Física juntamente com a avaliação física, 
mostrando que esse procedimento é indispensável quando se trata de prescrição de 
exercício. 
Por fim, por mais que tenha sido comprovado que os exercícios funcionais são 
benéficos ao público idoso, através deste estudo de cunho bibliográfico qualitativo é 
possível alcançar novos estudos mais aprofundados que possibilitem suas aplicações. 
Sendo assim, fica como sugestão para pesquisas futuras relacionadas ao tema 
abordado neste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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físicas e funcionais do corpo. Com isso, os idosos acabam apresentando limitações 
ao realizar suas atividades do dia a dia. Diante disso, o treinamento funcional se 
destaca, pois melhora as capacidades funcionais e proporciona um envelhecimento 
ativo. Além de prevenir e controlar as doenças crônicas que têm acometido, 
principalmente, a população idosa, sendo elas: diabetes, hipertensão, doenças 
cardiovasculares, sarcopenia, entre outras. Este estudo teve como objetivo mostrar 
os efeitos dos exercícios funcionais na vida dos idosos, analisando e relacionando as 
mudanças fisiológicas com os exercícios funcionais e incentivando os idosos a 
praticarem exercícios físicos regularmente com a orientação de um profissional de 
Educação Física qualificado, respeitando sua individualidade biológica com 
treinamento periodizado de forma específica. A metodologia deste trabalho acadêmico 
teve como base pesquisas bibliográficas e artigos científicos com embasamento 
teórico, como Google acadêmico e Scielo. O estudo apresentou respostas positivas 
na qualidade de vida dos idosos promovendo bem-estar físico, mental e social. 
 
Palavras-chave: Exercícios funcionais. Envelhecimento. Profissional de Educação 
Física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present study presents the benefits of functional exercises in the lives of the 
elderly, related to the physiological and cognitive changes that occur during the aging 
process, which brings with it changes that affect the physical and functional 
capacities of the body. As a result, the elderly end up presenting limitations when 
carrying out their day-to-day activities. Given this, functional training stands out, as it 
improves functional capabilities and provides active aging. In addition to preventing 
and controlling the chronic diseases that have mainly affected the elderly population, 
namely: diabetes, hypertension, cardiovascular diseases, sarcopenia, among others. 
This study aimed to show the effects of functional exercises in the lives of the elderly, 
analyzing and relating the physiological changes with functional exercises and 
encouraging the elderly to practice physical exercises regularly with the guidance of 
a qualified Physical Education professional, respecting their biological individuality 
with periodized training in a specific way. The methodology of this academic work 
was based on bibliographic research and scientific articles with a theoretical basis, 
such as Google Scholar and Scielo. The study showed positive responses in the 
quality of life of the elderly, promoting physical, mental and social well-being. 
Keywords: Functional exercises. Aging. Physical Education Professional. 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
O processo de envelhecimento traz consigo algumas alterações nas 
capacidades funcionais do corpo. Em decorrência disso, os exercícios funcionais são 
um dos fatores de suma importância para a vida dos idosos, pois proporcionam 
diversos benefícios, ajudam na melhoria das atividades do dia a dia, além de prevenir 
e controlar doenças crônicas que tendem a se intensificar na terceira idade, tais como: 
diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares, entre outros malefícios. 
Os exercícios funcionais visam a evolução nas capacidades físicas, tornando 
os idosos mais independentes em relação às atividades realizadas diariamente, como 
caminhar, levantar e sentar, diminuindo as chances de lesões ocasionadas por 
quedas e aumentando a eficiência dos movimentos, além de proporcionar uma 
redução de problemas emocionais e sociais atribuindo ao sentimento de 
incapacidade. 
A hipótese levantada neste estudo é de que, após a prática regular dos 
exercícios funcionais, os idosos obtenham sucesso na busca pela qualidade de vida. 
O treinamento objetiva um bom desempenho nas capacidades físicas e funcionais do 
público em questão, com exercícios que trabalham o corpo todo, possibilitando 
melhoras significativas e garantindo um envelhecimento mais saudável, trazendo de 
volta movimentos naturais perdidos com o tempo, o que ajuda a manter a forma e ser 
um idoso mais independente. 
Este estudo tem como objetivo geral o incentivo à prática regular de exercícios 
funcionais aos idosos, promovendo a expectativa de vida, acompanhado pelo 
profissional de Educação Física para orientar e auxiliar na execução correta dos 
movimentos. O treinamento é prescrito de forma individual, considerando as 
limitações do indivíduo, para garantir o bem-estar físico, mental, social e qualidade de 
vida. 
Os objetivos específicos estão diretamente ligados ao assunto mencionado 
neste trabalho, o primeiro relata os efeitos dos exercícios funcionais na vida dos 
idosos, seus progressos e benefícios à saúde. Além deste, foi evidenciado sobre a 
análise dos exercícios funcionais para o público citado anteriormente e, também, a 
relação das mudanças fisiológicas com os exercícios. 
11 
 
O treinamento funcional se baseia em movimentos naturais do ser humano, 
como correr, pular, levantar, agachar, puxar e empurrar, com o objetivo de aplicar 
estímulos capazes de aprimorar e recuperar as capacidades físicas do indivíduo, tais 
como: força, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade e agilidade. Dessa forma, o 
exercício físico é de extrema importância para os idosos, pois melhora seu 
desempenho no cotidiano, físico e emocional, além de facilitar seu convívio social. 
Diante disso, essa pesquisa será desenvolvida no decorrer de três capítulos. O 
Capitulo 1 discorrerá acerca dos efeitos dos exercícios funcionais; no Capítulo 2, 
serão analisados os exercícios funcionais para idosos; já no Capítulo 3, será feita a 
relação das mudanças fisiológicas com os exercícios funcionais. E, por fim, serão 
feitas as considerações finais acerca do tema em questão. 
Essa pesquisa é relevante, pois visa esclarecer os benefícios e efeitos dos 
exercícios funcionais na vida dos idosos. Com sua prática regular e orientação de um 
profissional de Educação Física, o treinamento funcional se mostra benéfico para essa 
população que necessita de todo cuidado possível. 
Neste contexto, a realização deste estudo teve como principais autores: 
Arcanjo e Gonçalves (2020); Regina et al. (2015); Silva (2010); Colantoni et al. (2022); 
Queiroz e Mejia (2016); Cardeal Filho (2021); Scianni et al. (2019); Cochar et al. 
(2021); Riera; Dillin (2015); Sant’ana (2019); Couto, Conopca e Marques (2020); 
Azevedo (2021); Viviani (2020); Alisson Padilha et al. (2019); Rhoanne Souza (2021); 
Gondim, F. J. et al. (2019). 
 Este trabalho baseou-se em artigos científicos com embasamento teórico 
sobre “Os efeitos fisiológicos e cognitivos dos exercícios funcionais na vida dos 
idosos”. A metodologia utilizada para a elaboração deste estudo foi de pesquisa 
bibliográfica de cunho qualitativo, por meio de consultas a materiais já publicados 
entre os anos de 1995 a 2022, em que foram utilizados mais de 40 artigos como base 
para o desenvolvimento desse estudo. Neste trabalho, foi possível observar as 
mudanças fisiológicas e cognitivas do idoso praticante de exercícios, suas melhoras 
e a desaceleração e/ou diminuição no aumento intensivo de doenças crônicas 
decorrentes do processo de envelhecimento. 
 
 
 
12 
 
2. CAPÍTULO 1: OS EFEITOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 
2.1 CONTEXTO E CONCEITO 
O processo de envelhecimento traz consigo algumas alterações nas 
capacidades funcionais do corpo. Em decorrência disso, os exercícios funcionais são 
importantes para a vida dos idosos, pois proporcionam diversos benefícios, além de 
prevenir e controlar as doenças crônicas que tendem a se intensificar na terceira 
idade, tais como: diabetes, hipertensão e outras. Deste modo, o treinamento funcional 
demonstra bons resultados principalmente para a população idosa (LUSTOSA ET AL. 
2010). 
Com o aumento da população idosa, cresce a necessidadede manter esta 
população ativa fisicamente, mantendo a eficiência nas atividades cotidianas. As 
doenças crônicas têm acometido, principalmente, a população idosa causando 
limitações funcionais. Essas doenças possuem implicações mais visíveis e 
perceptíveis, uma vez que o prejuízo funcional ocasiona maior vulnerabilidade e 
dependência na velhice (MANTOVANI, 2007; MATSUDO, 2000; apud MALAQUIAS, 
2014). 
O treinamento funcional visa melhorar a capacidade funcional, através de 
exercícios que estimulam os receptores proprioceptivos presentes no corpo, os quais 
proporcionam a melhoria no desenvolvimento da consciência sinestésica e do controle 
corporal; o equilíbrio muscular estático e dinâmico; diminuir a incidência de lesão e 
aumentar a eficiência dos movimentos (LEAL ET AL., 2009). 
Surgiu uma nova metodologia de treinamento baseada na funcionalidade que, 
primordialmente, inclui a seleção de atividades, exercícios e movimentos 
considerados funcionais. Esta proposta deve ser compreendida sob a ótica do 
princípio da funcionalidade. Esses movimentos implicam aceleração, estabilização e 
desaceleração, com o objetivo de aprimorar a habilidade de movimento, força da 
região do tronco (CORE) e eficiência neuromuscular (SILVA-GRIGOLETTO; BRITO; 
HEREDIA, 2014). 
O treinamento funcional é uma modalidade com exercícios que trabalham os 
movimentos naturais do corpo, o que mantém ou recupera a qualidade de vida e a 
independência do idoso. O objetivo primário do treinamento funcional é desenvolver 
mobilidade ao indivíduo enquanto envolve todo o corpo para gerar um movimento 
13 
 
específico, como girar, empurrar, puxar, agarrar e lançar (ARCANJO; GONÇALVES, 
2020). 
A prescrição de treinamento funcional deve fornecer a “dose” adequada de 
exercícios podendo, assim, utilizar a prerrogativa de que o treinamento funcional 
aplicado ao idoso pode ser um bom aliado nessa relação, sendo um grande 
instrumento que possibilitará a melhoria de inúmeros fatores que ocorrem com o 
avanço da idade, como a perda de suas valências físicas e cognitivas. 
De acordo com Afonso et al. (2021): 
O treino funcional é caracterizado pela realização de exercícios físicos que 
visam a melhoria do controle, da estabilidade e da coordenação motora; 
buscando estimular o sistema neuromuscular e aeróbico; dando prioridade a 
atividades com mudanças de velocidade, amplitudes variadas, mudanças de 
direção e ambientes diferenciados; e visando treinar habilidades específicas. 
Com a prática dos exercícios físicos, há diversos efeitos na vida dos idosos. 
Segundo Civinski et al. (2011, p.5), “os benefícios dos exercícios físicos para pessoas 
da terceira idade podem ser tanto no aspecto físico, social, quanto psicológico”. Com 
isso, tende a diminuição da incidência de lesões, fortalecimento dos músculos e 
ossos, melhora na postura, reduz o risco de adquirir doenças crônicas. 
Outro fator decorrente dos exercícios funcionais para o público idoso é a 
relação da evolução da qualidade de vida deles. Estudos relatam que o melhor 
programa de exercícios para idosos são os que incluem os treinamentos de força, 
aeróbicos, flexibilidade e equilíbrio, aprimorando sua mobilidade, estrutura óssea e 
articular (REGINA; RODRIGUES; CRISTINA, 2015). 
Araújo e Gonçalves (2020) afirmam que: 
Por meio desse treinamento, o idoso ganha equilíbrio, resistência, força 
muscular, flexibilidade, melhorias no desempenho motor, aceleração da 
síntese proteica, maior deposição de cálcio nas áreas onde houver maior 
descarga de peso sobre os ossos, mudanças na composição corporal, 
melhoria no metabolismo, dentre tantos outros benefícios. 
Vale ressaltar o desenvolvimento que os idosos terão em suas capacidades 
funcionais, conseguindo realizar atividades diárias sem auxílio de um indivíduo por 
perto. Conforme Ehlert (2011, p.23), “a independência funcional requer força 
muscular, equilíbrio, resistência cardiovascular e também motivação”. O exercício é 
indicado aos idosos para manter ou reabilitar as capacidades físicas e motoras 
14 
 
necessárias para o movimento, principalmente a força muscular e o equilíbrio 
(ROBSON, 2012). 
Decerto, o aumento na qualidade de anos vividos para os seres humanos é 
uma grande conquista. Isso é explicado por meio de vários aspectos que possibilitam 
o envelhecimento de forma saudável, dentre eles, manter ativamente sua 
funcionalidade objetivando melhoras, controle nas capacidades físicas, que possui 
importância significativa para o idoso, já que esse quesito se relaciona à 
independência e autonomia. 
Raichlen & Alexander (2017), com clareza, estabeleceram que os exercícios 
físicos são uma forma eficaz de se prevenir o declínio da capacidade funcional de 
idosos. Além disso, encontram-se efeitos positivos com a prática regular de exercícios 
físicos na funcionalidade dos idosos, incluindo maior independência em atividades de 
autocuidado, melhoria significativa da autoestima, melhor qualidade de vida, maior 
expectativa de vida, redução do risco de quedas e da mortalidade (GALLOZA ET AL., 
2007). 
2.2 CAPACIDADES FISÍCAS 
Para Silva (2010), as capacidades físicas são qualidades próprias que cada 
indivíduo possui ou adquire durante seu desenvolvimento, correspondente à parte 
corporal relacionada ao movimento. Estas capacidades podem ser aprimoradas com 
atividades físicas específicas e juntamente com as habilidades motoras que integram 
o desenvolvimento motor. 
Capacidades físicas ou capacidades motoras podem ser compreendidas como 
componentes do rendimento físico, é por meio delas que realizamos os mais diversos 
movimentos durante a nossa vida. São um total de cinco capacidades: Resistência, 
Força, Flexibilidade, Agilidade e Velocidade (MARQUES; OLIVEIRA, 2001). 
As capacidades físicas se manifestam através das habilidades motoras, que 
agrupam as três categorias de movimentos: locomoção, manipulação e equilíbrio 
(MAGIL; BLUCHER, 2000). Existem ainda as capacidades físicas condicionais que, 
segundo Silva (2010), estão ligadas a eficiência do metabolismo energético. Essas 
capacidades estão associadas a transformação e obtenção de energia. 
[...] o grau de importância da força, velocidade e da resistência pode variar 
em função da modalidade, mas representa uma condição central para o 
15 
 
desempenho de alto nível. Porém, é necessário considerar que as 
capacidades condicionantes têm relação elevada com a capacidade 
metabólica de liberação de energia. Portanto, são altamente dependentes de 
adaptações decorrentes não apenas no treinamento, mas também dos 
processos naturais de crescimento e desenvolvimento (SILVA ET AL., 2010). 
Essa treinabilidade apresenta um maior ganho na adolescência, antes disso o 
treinamento deverá ser priorizado às capacidades coordenativas, que são 
combinações de uma ou mais capacidades para realizar determinada ação ou reação, 
e quando forem trabalhadas de maneira condicional, sempre de forma indireta por 
meio de jogos e brincadeiras (SILVA ET AL., 2010). 
Para Weineck (2003), capacidades coordenativas são importantes para um 
melhor controle de situações que requerem reações rápidas. Além disso, ter um 
melhor repertório motor evita lesões, colisões, tombos, etc. Capacidades 
coordenativas são de integração sensório-motora que exercem juntamente com a 
força, velocidade, potência, valências fundamentais para o desempenho (SILVA ET 
AL., 2010). 
2.2.1 COORDENAÇÃO MOTORA 
Dentre essas, vale ressaltar a coordenação motora que é de grande valia para 
tarefas cotidianas, isto é: caminhar, dirigir, pentear-se, entre outros. Assim, a 
coordenação motora se trata como qualidade física essencial na vida do idoso, seja 
na realização das AVDS ou na prática de algum esporte. Ela também está associada 
a outras qualidades físicas como equilíbrio, a velocidade, a agilidade e o ritmo 
(GALLAHUE e DZMUN, 2001). 
Mediante as perdas funcionais do corpo, faz-se necessáriomeios capazes de 
minimizar os efeitos provocados pelo envelhecimento. A carência da coordenação 
motora implica na rotina dos idosos, tornando-os dependentes na realização de 
movimentos. “O programa de treinamento funcional pode melhorar a autonomia 
funcional, equilíbrio e qualidade de vida, sugerindo melhora no desempenho das 
atividades da vida diária do idoso” (SILVA-GRIGOLETTO; BRITO; HEREDIA, 2014). 
 
16 
 
2.2.2 EQUILÍBRIO 
O equilíbrio é a capacidade de alinhar partes do corpo contra a gravidade sem 
cair. Para se manter estável, o equilíbrio depende da integridade das estruturas do 
corpo (FERREIRA, 2009). O equilíbrio pode ser estático, onde o indivíduo se encontra 
sentado ou de pé sem ter um apoio; ou dinâmico, que relaciona a capacidade do 
indivíduo de manter a postura fixa em movimentos, como andar, etc. (ALEXANDRE; 
2014). 
Segundo Garcia e Fortunado (2005; p.2): 
Um dos principais fatores que limitam hoje a vida do idoso é o desequilíbrio. 
Em 80% dos casos não pode ser atribuído a uma causa específica, mas sim 
a um comprometimento do sistema de equilíbrio como um todo. Em mais da 
metade dos casos o desequilíbrio tem origem entre os 65 e aos 75 anos 
aproximadamente e cerca de 30% dos idosos apresenta os sintomas nesta 
idade. 
Com o passar dos anos ocorrem modificações fisiológicas e a perda das 
capacidades físicas desse público. Isto está relacionado com o déficit do equilíbrio 
corporal que traz impactos nessa faixa etária. As alterações no equilíbrio são 
principais falhas do comprometimento motor, sendo capaz de ocasionar quedas e 
limitando a participação do convívio na sociedade, especialmente em idosos (SOUZA, 
2014). 
É nesse processo que ocorre a perda progressiva das capacidades funcionais, 
aumentando as chances do sedentarismo, podendo prejudicar as tarefas cotidianas, 
além da vulnerabilidade. Deste modo, o treinamento funcional será benéfico no 
equilíbrio, adquirindo melhor desempenho. Segundo Nascimento (2019), treinar o 
equilíbrio dos idosos previne incidentes como quedas, para que, com isso, promova a 
qualidade de vida desse público. 
Segundo Ramos et al. (2018; p. 3): 
O treinamento funcional é uma técnica eficaz na melhora do condicionamento 
físico, fazendo o idoso alcançar padrões de movimentos mais eficientes, 
enfatizando o aprimoramento da capacidade funcional os quais 
proporcionam melhora no desenvolvimento da consciência sinestésica e do 
controle corporal; o equilíbrio muscular estático e dinâmico; diminuir a 
incidência de lesão. 
17 
 
2.2.3 FLEXIBILIDADE 
De acordo com Hollmann & Hettinger (apud Dantas, 1999, p.57), flexibilidade é 
a “qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de 
amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro 
dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões”. A flexibilidade é uma 
capacidade física indispensável para a realização de atividades diárias sendo de suma 
importância para que o idoso tenha uma vida independente (SOUZA; RAMOS; 
GOMES, 2018). 
Com o envelhecimento, a flexibilidade é prejudicada, pois os tecidos que 
envolvem as articulações acabam sofrendo uma diminuição em sua elasticidade. Sua 
diminuição, além de limitar alguns movimentos, ainda aumenta o risco de lesões nas 
articulações (MIQUELINO; MURCELLI; PACCOLA, 2009 apud SOUZA; RAMOS; 
GOMES, 2018). O envelhecimento acarreta naturalmente perdas funcionais que 
influenciam de forma negativa na qualidade de vida dos idosos (SOUZA; RAMOS; 
GOMES, 2018). 
Os hábitos posturais estão ligados à limitação da amplitude articular, da 
extensibilidade dos músculos e da plasticidade dos ligamentos e tendões. A correção 
postural e o aumento de amplitude articular, além de ter efeito relaxante, colaboram 
na tomada de atitudes corporais mais confortáveis. Segundo a Associação Americana 
de Medicina Desportiva, exercícios de alongamentos provocam relaxamento 
muscular, aliviando dores causadas pelo estresse muscular do treinamento e 
aumentam a sensação de bem-estar do indivíduo. 
De acordo com as ideias de Holland et al. (2002, apud MALAQUIAS, 2014) os 
fatores que influenciam na perda da flexibilidade são a idade associada com a 
inatividade física, sendo as articulações as mais afetadas. O surgimento de doenças 
degenerativas, como artrite, osteoporose, arteriosclerose, podem contribuir 
significativamente para o decréscimo da função neuromuscular e da flexibilidade 
(HOLLAND et al., 2002 apud MALAQUIAS, 2014). A manutenção da flexibilidade é 
importante para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida e 
consequentemente um envelhecimento saudável (MALAQUIAS, 2014). 
O treinamento funcional proporciona ao praticante idoso a possibilidade de 
recuperar habilidades perdidas no decorrer dos anos. Estudos abordam que se os 
18 
 
exercícios funcionais forem realizados com um foco maior em flexibilidade podem 
ajudar na manutenção e aumento no tempo de funcionamento da sua musculatura, 
retardando o processo de envelhecimento e conservando a sua funcionalidade. 
Segundo Silva-Grigoletto (2020, p.05 apud MARTINS; SANTOS; BARROS, 
2021): 
Os exercícios funcionais, melhoram praticantes idosos em suas funções 
naturais, o treinamento funcional é uma ótima ferramenta para o indivíduo no 
controle das doenças crônicas, reabilitação funcional, prevenção e 
manutenção do corpo senescente. 
 
Sendo assim, é necessário que haja a prática regular de exercícios físicos para 
afastar os fatores de risco e obter benefícios para sua saúde (SOUZA; RAMOS; 
GOMES; 2018 apud MARTINS, SANTOS; BARROS, 2021). Reforçando essa ideia 
Ribeiro, Gomes e Brochado (2010, p.03) afirmam que idosos que apresentam uma 
prática regular de exercícios físicos estruturados “apresentam melhor mobilidade 
funcional, melhor equilíbrio e menor risco de quedas do que idosos não treinados”. 
2.2.4 AGILIDADE 
É a capacidade de coordenação dos grandes grupos musculares em uma 
atividade particular. Considerada, dessa forma, uma capacidade coordenativa muito 
complexa e importante nas atividades e altamente dependente de capacidades 
motoras condicionais como força e velocidade (THEISS; SCHNABEL; BAUMANN, 
1980), capaz de mudar de direção sem perda de velocidade, força, equilíbrio ou 
controle do corpo (COSTELLO; KREIS, 1993). 
A agilidade é uma das capacidades físicas que sofrem sensíveis declínios com 
o envelhecimento, podendo assim contribuir para uma maior debilidade na aptidão 
física e funcional do idoso, interferindo nas atividades diárias e, consequentemente, 
prejudicando sua autonomia, visto que essa interferência implica em sua rotina 
diariamente. 
Essa capacidade física é requisitada em muitas atividades do cotidiano do 
idoso, como andar desviando de outras pessoas e obstáculos, locomover-se 
carregando objetos e andar rapidamente pela casa para atender telefone ou a 
campainha. Portanto, manter bons níveis de agilidade pode contribuir na prevenção 
de quedas, fato muito comum entre indivíduos idosos. 
19 
 
Um dos testes mais utilizados na literatura para avaliar a agilidade em idosos é o 
teste de agilidade e equilíbrio dinâmico da bateria de teste da AAHPERD (American 
Aliance for Health, Physical Education, Recreation na Dance). Criado e focado para 
avaliar a população idosa, sendo relevante e propriamente visto como específico para 
os idosos. 
Segundo Osness et al. (1999, p. 4), o teste de agilidade e equilíbrio dinâmico 
envolve a atividade total do corpo (movimentar para frente, mudança de direção e 
mudança da posição do corpo). O teste se relaciona intimamente com os movimentos 
funcionais da pessoa idosa nas situações diárias da vida e possibilita uma verificação 
qualitativa desta aptidão funcional. 
Um bom nível de agilidade depende de outras capacidades físicas, como força 
muscular, flexibilidade e velocidade (BARBANTI, 1997, p. 51-53; ROCHA, 1995, p. 
107). Apesar da diminuiçãode agilidade com o envelhecimento, verifica-se que idosos 
ativos apresentam níveis mais altos deste componente quando comparado a idosos 
sedentários. 
Os testes citados mostram que os níveis de agilidade respondem a vários tipos 
de programas de atividade física. Dado que aptidão funcional, de uma forma geral, e 
a agilidade, de forma especial, são dependentes do nível de várias capacidades 
físicas e habilidades motoras, então, um programa diversificado de atividades parece 
ser o mais indicado para desenvolvê-las, além de outras vantagens, como a de ser 
menos repetitivo, podendo ser mais motivante e atender uma gama maior de 
interesses individuais (MIYASIKE-DA-SILVA ET AL., 2002). 
2.2.5 FORÇA 
A força é definida como uma capacidade física fundamental para a manutenção 
de uma ótima função motriz e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida 
(ROSA, 2012). Assim, a força muscular assinala-se pela “qualidade máxima de força 
que um músculo pode gerar em um padrão específico de movimento e em uma 
determinada velocidade de movimento” (FIDELIS ET AL., 2013, p.109). 
A redução da massa e força muscular por consequência do envelhecimento 
(sarcopenia) são características observadas e que vêm sendo relacionadas ao 
declínio funcional do idoso. Fatores como a inatividade física, alimentação errada, 
20 
 
desordens hormonais e do sistema nervoso central (SNC), entre outros, podem 
influenciar na instalação da sarcopenia, esse processo pode acontecer com indivíduos 
sedentários e também com os fisicamente ativos (VIEIRA ET AL., 2015). 
O envelhecimento causa uma redução do sistema nervoso central (SNC) e 
periférico por consequência o comprometimento do sistema neuromuscular, fator que 
resulta na perda de força muscular, amplitude de movimentos causando limitações 
das capacidades funcionais (CRUZ; TOUGUINHA, 2015). As principais 
consequências da sarcopenia e dinapenia estão nos altos índices de morbilidade e 
também no aumento de registros de incapacidade física dos idosos. 
A força é um fator importante para as capacidades funcionais, pois ela é 
essencial para a saúde e para uma vida independente. Os mesmos autores relatam 
que um programa bem organizado de exercícios físicos proporciona muitos benefícios 
a saúde, como o aumento da força, diminuição da gordura corporal e melhoria do 
desempenho físico na realização de atividades do cotidiano (FLECK; KRAEMER, 
2006, apud ALMEIDA; TEIXEIRA, 2013). 
Dentre os diversos tipos de exercícios físicos para a população idosa, o 
treinamento funcional se destaca, pois ele busca melhorar e recuperar as capacidades 
funcionais perdidas com o passar dos anos, através de exercícios específicos. 
Contudo, os exercícios funcionais podem proporcionar um processo de 
envelhecimento ativo com uma melhor qualidade de vida, aumento da autoestima e 
bem-estar desse indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
3. CAPÍTULO 2: ANALISAR OS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS PARA OS IDOSOS 
3.1 INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA 
Analisar e elaborar a prescrição correta de um programa de exercício físico 
para a terceira idade, sobretudo, é imprescindível conhecer inicialmente os aspectos, 
necessidades, estado de saúde e limitações desse público, em que o princípio da 
individualidade biológica entra de forma significativa. Esse princípio desportivo, 
segundo Colantonio et al. (2022 p.3), diz que “denomina-se individualidade biológica 
o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos na mesma espécie, o que faz 
com que não existam duas pessoas iguais”. 
Dessa forma, cada ser humano é caracterizado por dois termos que transmite 
cada estímulo de maneiras diferentes: o genótipo, que se refere a carga genética que 
uma pessoa recebeu, estabelecendo diversos fatores; e o fenótipo, que são os fatores 
externos modificados após o nascimento do indivíduo (DANTAS, 1995; TUBINO, 
1984, apud PARCEIRA ET AL., 2020). 
O planejamento na análise dos exercícios físicos para idosos são de formas 
específicas, para que alcance o alto rendimento e resultados individualmente. 
Conforme Sens (2018 p.1), “a periodização é um sistema usado para alternar o volume 
e a intensidade de treinamento, com o objetivo em melhorar o desempenho e a 
recuperação”. 
Para Alexandre e Aurélio (2021), a periodização se torna um programa de 
treinamento, com estímulos diferentes separados por ciclos (macrociclo, mesociclo, 
microciclos), sendo modificado a cada ciclo concluído, e organizado de acordo com o 
objetivo do indivíduo para atingi-lo. Dessa forma, objetivos satisfatórios poderão ser 
atribuídos, caso os praticantes obedeçam e realizem o devido treinamento 
previamente estabelecido com variáveis e estímulos diferentes. 
Levando em consideração todos esses aspectos, vale ressaltar a importância 
do cuidado na escolha dos exercícios, na prescrição do treinamento realizado para 
idosos. Ademais, focar no aprendizado das técnicas e execução, analisar a postura e 
respiração contribui para a diminuição do índice de lesões e, consequentemente, 
melhora o bem-estar físico, social e psicológico. 
22 
 
 3.2 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA 
Queiroz e Mejia (2016) dizem que a avaliação física é uma ferramenta muito 
importante para o profissional de Educação Física, através dela pode-se reunir dados 
para se basear e fundamentar sua decisão sobre o método de treinamento que será 
utilizado, qual tipo de exercício e os demais procedimentos que serão adotados para 
a prescrição de exercícios. 
Para Machado e Abad (2012, apud MARIA A, ADRIANO M, WESLEY S, 
2021), a avaliação física é o passo inicial para todo planejamento esportivo, ela irá 
fornecer informações ao profissional de Educação Física, para que ele possa 
diagnosticar, verificar e acompanhar a evolução do treino. É através dela que pode se 
determinar o processo em que o indivíduo se encontra, sendo este procedimento 
fundamental para estabelecer objetivos importantes para a prescrição de exercício 
físico. 
Esse fato fica evidente que, através da avaliação física, podemos colher 
informações sobre o nível das aptidões físicas do indivíduo, como a flexibilidade, 
composição corporal, a cardiorrespiratória e neuromuscular, que serão utilizados 
como bases para identificar o estado de saúde ou performance do indivíduo 
(PRESTES; MOURA; HOLF, 2002, APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). 
Segundo Nunes - Júnior (2012, p.15 APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY 
S, 2021), a avaliação física é: 
Um instrumento composto por diversos testes e medidas chamados de testes 
antropométrico e ergométrico, que indicam o estado atual do 
condicionamento físico, seja muscular, cardiorrespiratório ou de gordura, que 
devemos utilizar para avaliar o aluno e o trabalho realizado, podendo, assim, 
prescrever e direcionar o treinamento de maneira mais específica, o que irá 
levar a melhores resultados. 
 
Dessa forma, a avaliação física deve ser ampla e sistemática, buscando os 
objetivos e características do avaliado, podendo ser composta por anamnese 
completa, análise de fatores de risco para coronariopatia, classificação de riscos, 
verificação dos principais sintomas ou sinais sugestivos de doenças cardiovasculares 
e pulmonar, testes neuromotores, medidas antropométricas, avaliação metabólica, 
avaliação cardiorrespiratória e avaliação postural (CONFEF, 2014 APUD MARIA A; 
ADRIANO M; WESLEY S, 2021). 
23 
 
Anamnese – para Silva et al. (2018), trata-se de um questionário investigativo 
que consiste na coleta de informações sobre hábitos, estilo de vida e históricos do 
avaliado, sendo um instrumento muito importante para alertar o profissional de 
Educação Física sobre possíveis pontos mais importantes que necessitam de 
treinamento de exercício físico. 
Nesse questionário, são integradas diversas perguntas acerca do histórico 
familiar, sintomas e possíveis fatores relacionados às doenças de risco do sujeito. A 
anamnese deve ser direcionadapara o público geral ou específico (sexo, idade, 
patologia, esporte). Ela deve, de maneira geral, conter os seguintes pontos: 
identificação, histórico clínico, histórico familiar, hábitos e nível de atividade física do 
sujeito (ACSM, 2014 APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). 
Avaliação Antropométrica – a antropometria é estabelecida como o estudo das 
medidas de dimensão e extensão do corpo humano (ARAUJO, 2015). As 
peculiaridades dos métodos de contribuição das medidas antropométricas são 
indispensáveis para assegurar a fidelidade do diagnóstico nutricional de uma 
população ou indivíduo. Desse modo, o pesquisador deve efetivar minuciosamente as 
dimensões, que a qualificação das informações arrecadadas é de vital relevância 
(GOMES ET AL., APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). 
Dobras Cutâneas – os métodos para avaliação da composição corporal podem 
ser classificados em métodos diretos, indiretos ou duplamente indiretos (CARVALHO 
ET AL., 2018). Os métodos duplamente indiretos são os mais utilizados devido ao fácil 
acesso e baixo custo. O mais simples é o IMC (Índice de Massa Corporal), que tem 
sido largamente utilizado como diagnóstico de sobrepeso e obesidade (BORGA ET 
AL., 2018, CARVALHO ET AL., 2018). 
Avaliação Cardiovascular – o exame para avaliação cardíaca de maior precisão 
realizado na atualidade é o ecocardiograma, tendo um custo elevado e baixa 
disponibilidade no departamento de emergência. O POCUS (Point-Of-
CareUltrasound) consiste num aparelho portátil e de baixo custo. O estudo cardíaco é 
realizado em menos de 10 minutos no leito do paciente, e permite uma rápida 
identificação de alterações. 
O POCUS é atualmente utilizado por muitos profissionais como uma extensão 
do exame físico e tem se mostrado muito relevante na avaliação cardiovascular. Esse 
exame permite identificar anormalidades cardíacas que não são identificadas somente 
24 
 
com anamnese e exames físicos (LEE, 2022; EL-HUSSEIN ET AL., 2022; MIRABEL 
ET AL., 2015; LEE, 2020; BHAGRA ET AL., 2016; COLCLOUGH, 
NIHOYANNOPOULOS, 2017). 
Avaliação da Flexibilidade - essa se apresenta como uma ferramenta relevante 
no fator de capacidade funcional do sujeito para realizar tarefas diárias e dores nas 
regiões lombar e cervical. Um dos testes mais utilizados para avaliação de grau da 
flexibilidade é o teste “sentar e alcançar”, este apresenta baixo custo e fácil aplicação. 
Foi apresentado que os efeitos agudos relacionados ao torque produzido pelo 
alongamento dependem da flexibilidade do indivíduo (PRESTES; MOURA; HOPF, 
2002; BABAULT ET AL., 2015). 
Avaliação Postural - Segundo Queiroz e Mejia (2016, p.9) afirmam, tem como 
objetivo detectar possíveis desníveis posturais, como escoliose, cifoses, vícios 
posturais, atitudes posturais causadas por diversos problemas psicoemocionais, 
doenças, traumatismos, enfermidades e algum tipo de desequilíbrio da força 
muscular. Destaca-se, também, que há a associação de adoção de hábitos posturais 
incorretos e a presença de dor durante a realização de atividades como assistir TV, 
jogar vídeo game e ficar de pé (MINGHELLI; OLIVEIRA; NUNES, 2016). 
Os vícios posturais são considerados um desalinhamento estético e corporal 
que modificam a estética e a dinâmica do corpo. De acordo com as autoras Queiroz e 
Mejia (2016), uma das formas de diagnosticar esse desalinhamento estético corporal 
é através de uma avaliação subjetiva, que geralmente é realizada a “olho nu”, também 
pode se fazer uma avaliação um pouco mais complexa através da fotometria 
computadorizada, sendo ela de um custo elevado e que geralmente é realizada em 
laboratório. 
Desse modo, avaliação postural é extremamente importante na intervenção de 
um programa de atividades físicas ou desportivas, pois, se ela não for realizada de 
forma adequada, poderá maximizar o problema postural que, consequentemente, 
resultará em alguma enfermidade ou até doença mio articulares crônico degenerativas 
decorrentes de treinamento físico inadequado (QUEIROZ; MEJIA, 2016). 
25 
 
3.3 EXERCÍCIOS FUNCIONAIS BASEADOS EM CAPACIDADES FÍSICAS: FORÇA, 
AGILIDADE, POTÊNCIA E EQUILÍBRIO 
Envelhecer de forma saudável requer diariamente a busca pelo 
desenvolvimento e manutenção das capacidades físicas e funcionais perdidas com o 
avançar dos anos. Logo, a prática de exercícios que trabalham a funcionalidade do 
corpo é indiscutível para a saúde física do idoso. Praticar exercício físico regularmente 
permite ao idoso se sentir mais disposto, aumenta a disposição para realizar tarefas 
e apresenta mais vontade de viver (AZEVEDO FILHO, 2018). 
Funcionalidade é o termo dado à realização de determinada atividade de forma 
independente, sendo um fator essencial para a execução das atividades de vida diária. 
Assim, o declínio da capacidade funcional traz impactos significativos para o indivíduo, 
principalmente no que diz respeito a sua interação social, afetando as relações 
interpessoais e o bem-estar (COSTA ET AL., 2017, apud GUEDES, CAROLINE 
ARAÚJO ET AL., 2022). 
Com base nas respostas obtidas estudo de Teixeira et al. (2016), na 
perspectiva do termo funcional, os fatores e objetivos estão ligados previamente à 
função, utilizando-se da base de princípio da especificidade, com isso, “o treinamento 
funcional assume características das atividades cotidianas, sendo integrado, 
assimétrico, acíclico e multiplanar” (ibdem, p. 202). 
O treinamento de força se torna grande aliado nessa batalha, visto que esse 
método promove aumento no ganho de força e consequentemente diminui a perda de 
massa muscular, além de melhorar o equilíbrio, flexibilidade e os demais benefícios 
que são eficazes na amenização dos efeitos da sarcopenia e transformações 
fisiológicas proveniente do envelhecimento (BARROS, SKAIDA, MARQUES, 2016). 
As perdas de funções, juntamente com o decréscimo da massa, pertencem 
inevitavelmente do processo natural de envelhecimento. No entanto, podem ser 
possivelmente recuperadas, resultantes de uma melhora no desempenho motor 
humano e condicionamento físico. Dito isso, os exercícios funcionais participam e 
influenciam, além de prevenir de forma fundamental as deficiências físico-motoras e 
musculares relativas à idade. 
O exercício físico irá trazer resultados positivos sobre a massa muscular, força 
e potência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, equilíbrio e 
26 
 
cognição. Para isso, temos a proposta de um método eficaz, seguro e de baixo custo, 
sendo este o treinamento funcional (TF), além da versatilidade em poder ser feito em 
diversos ambientes e espaços (RESENDE – NETO ET AL., 2016, apud ADEILSON 
SOUZA, 2020). 
Treinar a força em idosos se utilizando de exercícios funcionais adequados e 
individualizados ajuda na prevenção de episódios como quedas, decorrente da 
diminuição da massa muscular. Nesse contexto, estudos evidenciam que a prática 
regular de exercícios físicos apropriados é capaz de recuperar, manter ou mesmo 
desenvolver a condição física e cognitiva de indivíduos idosos, protegendo-os de cair 
(NASCIMENTO ET AL., 2019). 
Agachamento: 
O agachamento livre é um dos mais completos exercícios físicos funcionais 
utilizados, uma vez que ele “imita” a atividade funcional para movimentos do dia a dia. 
A prática do agachamento pode auxiliar no fortalecimento e aumento da resistência, 
principalmente na musculatura dos membros inferiores (ESCAMILLA, 2001, apud 
REIS, 2019). 
O movimento de agachamento tem início com o indivíduo na posição de pé, 
com tronco, joelho e quadris estendidos, em seguida o movimento é executado com 
flexão dos quadris e joelhos, até atingir a profundidade desejada, logo após, ocorre a 
volta para a posição vertical em movimento contínuo (PALMITIER, 199 apud REIS, 
2019). 
Se tratando do público da terceira idade, vale salientar as limitações e 
dificuldades dos indivíduos inativos fisicamente perante a execução do exercício.Neste caso, surge a necessidade de adequar o exercício a eles, respeitando suas 
individualidades. Logo, o agachamento livre pode ser realizado com o auxílio de um 
banco ou caixote, contribuindo para o melhor desenvolvimento funcional. 
Segundo Elias (2020), realizar o agachamento de forma regular proporciona 
uma melhoria na força superior do corpo e não praticá-lo causaria limitações de 
movimento e, consequentemente, o enfraquecimento dos músculos responsáveis por 
sentar e levantar. Portanto, o agachamento é um grande aliado do envelhecimento 
saudável se executado e orientado da forma correta. 
27 
 
Segundo estudos, a prescrição recomendada do treinamento funcional com 
resultados benéficos para melhorar as capacidades físicas e variáveis relacionadas 
às DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) em idosos seria um treino com 
duração de no mínimo 30 minutos, com frequência semanal de duas a três vezes. A 
seleção de exercícios deve ser baseada em sua capacidade de transferência para as 
atividades diárias. 
O planejamento e as prescrições de exercícios devem se atentar aos diferentes 
condicionamentos físicos, que podem ser cardiorrespiratórios, flexibilidade e força 
muscular. Ao realizar o treinamento funcional para idosos, é necessário que haja uma 
atenção às variáveis como modalidade, duração, frequência, intensidade e modo de 
progressão de cada exercício, para que assim possa ter uma segurança maior em 
relação ao risco-benefício (HERMANN, 2021). 
Vale ressaltar que, para os idosos, os membros inferiores são os que mais 
sofrem com os declínios fisiológicos do processo de envelhecimento. Desenvolvendo 
um plano organizado a cada pessoa, pode-se haver uma melhora da força e da 
potência nesta região (HERMANN, 2021). Ademais, D’Elia (2016) apud Hermann 
(2021) afirma que é possível realizar um treinamento funcional obtendo bons 
resultados usando apenas o peso do próprio corpo. 
Segundo D´Elia (2016, p.28), a agilidade traduz a forma como o usuário 
consegue organizar o corpo para produzir movimento. Cabe ao profissional de 
Educação Física adaptar esses exercícios para que todo praticante tenha benefícios. 
O resultado será sempre um corpo mais inteligente, respondendo com rapidez e 
eficiência a problemas que exigem mudança de direção ou saltos, sempre com uma 
postura correta, tanto nas AVDS quanto nos esportes. 
O treino de agilidade tem como objetivo a manutenção das capacidades 
funcionais com maior facilidade e menor nível de esforço. Segundo as recomendações 
do ACSM, esse treinamento é composto por exercícios com combinações de alta 
velocidade com deslocamentos e mudanças de direção. Podendo ser praticado 3 
vezes na semana, sem estipulação de intensidade, somente o aumento da 
complexidade dos exercícios (PEREIRA, 2017). 
 
28 
 
Sprints contra a parede: 
Tem como objetivo aprimorar a agilidade linear e a coordenação de membros 
inferiores, enfatiza a propriocepção, o equilíbrio e a agilidade em base unipodal, 
iniciando com as mãos apoiadas na parede e com um joelho elevado, fazendo uma 
leve flexão de joelhos e quadris. Além disso, a agilidade é uma capacidade que está 
relacionada com atividades do cotidiano dos idosos, como andar, desviar de pessoas 
ou obstáculos rapidamente (FAUSTINO; KUMMER; RIBAS, 2016). 
Deslocamento na escada 1X1 frente e trás: 
Esse exercício objetiva o aprimoramento da agilidade e coordenação de 
membros inferiores. O exercício inicia de frente para a escada, com um passo à frente 
alternando as passadas, posicionando apenas um pé em cada quadrado. Os 
movimentos devem ser realizados na velocidade máxima que o praticante conseguir 
controlar, tentando manter o core ativado durante a execução e evitando movimentos 
excessivos do tronco (D’ELIA, 2016). 
Deslocamento lateral com elástico: 
O objetivo desse exercício é aperfeiçoar a agilidade lateral e linear e a 
coordenação de membros inferiores. O movimento inicial será correr no lugar 
alternando os movimentos de membros superiores e inferiores, mantendo a ativação 
do core, postura e foco visual durante a execução do exercício (D’ELIA, 2016). Tudo 
envolve agilidade nas ações ocorridas em ambientes dinâmicos, como uma luta num 
tatame, um idoso atravessando a rua ou uma criança jogando futebol. Mesmo forte e 
resistente, um indivíduo sem agilidade não conseguirá realizar estas tarefas da melhor 
maneira. 
Para Lima e Paula (apud SANTOS; NASCIMENTO; FAGUNDES, 2018). 
potência é a capacidade de produzir força com rapidez através dos músculos, tendo 
como sugestão o treinamento de potência muscular através de exercícios explosivos 
que, por sua vez, vêm sendo designado como estratégia para melhorar a velocidade 
de movimento. Logo, para Almeida e Teixeira (apud SANTOS; NASCIMENTO; 
FAGUNDES, 2018). a potência é o resultado do aperfeiçoamento da força, velocidade 
e agilidade. 
29 
 
Arremesso com os pés paralelos e rotação lateral: 
Exercício cujo objetivo é aprimorar o controle e potência rotacional do core. 
Aprimora a sinergia de movimentos entre quadris e tronco. O exercício se inicia de 
lado para a parede, com os pés afastados na largura dos ombros, os joelhos e quadris 
levemente flexionados, segurando uma medicine ball à frente do corpo, com os pés 
posicionados sobre o antepé, tirando o calcanhar do solo, rodando tronco e quadris 
para o lado do pé que está apoiado no solo (HERMANN,2021). 
Arremesso unilateral com base anteroposterior 
Tem como objetivo aprimorar controle e potência rotacional do core, integrar 
potência do core e membros superiores unilaterais. O movimento se inicia com a 
rotação do tronco e quadris, de maneira simultânea e veloz, liberando o calcanhar de 
trás. A bola será arremessada contra o rebatedor, fazendo uma extensão completa do 
cotovelo. Os braços devem ser mantidos à frente para receber a medicine ball, 
retornando à posição inicial e repetindo o movimento alternando os lados, 
(HERMANN, 2021). 
Exercícios de equilíbrio para idosos são positivos, pois proporciona a 
diminuição de quedas e a melhora das funções cognitivas e a resistência 
cardiovascular, adquirindo a independência e melhorando, também, os hábitos do dia 
a dia. Esse programa de exercícios sendo executado antes de uma sequência de 
treino se torna mais válido. 
Tribess e Sindra (2005, p.7) afirmam que: 
Os exercícios devem ter duração de 10 a 30 segundos com 2 a 3 repetições 
para cada posição ou exercício, perfazendo um total de 10 a 15 minutos. Os 
exercícios de equilíbrio podem ser do tipo estático e/ou dinâmico, que 
envolvam combinações de manipulação, ausência do estimulo visual, giros 
lentos e coordenação motora. 
 
Avião: 
Apoio unipodal e esquerda, com sistema visual e apenas um dos pés apoiados 
ao solo, de início pode apoiar-se em uma parede ou com a ajuda de um indivíduo, 
onde faz a flexão do tronco. Esse exercício trabalha o equilíbrio, fortalece a 
30 
 
musculatura dos joelhos, tornozelos e quadril. Com níveis mais avançados é usado o 
apoio de um jump ou disco (NUNES, 2010). 
Subir e descer escadas: 
Para Santos & Santos (2005), o idoso realiza a caminhada subindo e descendo 
escadas com a intensidade que conseguir, durante um tempo que será determinado 
conforme o desempenho de cada um. Se for necessário, deve-se apoiar em um 
corrimão. Esse exercício além de trabalhar o equilíbrio ele ajuda na perda de peso e 
ganhos de massa muscular na região do quadríceps, abdômen e glúteos. 
Abdominal supra na bola suíça: 
Deitado sobre a bola suíça, com um peso sobre o peitoral ou sem o peso, esse 
processo será definido de acordo com o desenvolvimento de cada indivíduo quando 
for realizado e, com isso, o praticante idoso faz a flexão anterior do tronco, respirando 
e relaxando os ombros. Esse exercício trabalha o reto do abdômen, oblíquo externo e 
interno (CARDOSO ET AL., 2017). 
Apoio no disco: 
Realizado bipodal e unipodal, sendo executado unipodalcom exatamente um 
pé apoiado ao disco. Dessa forma, proporciona um grau de dificuldade, podendo ser 
realizado primeiramente com o apoio em uma superfície, depois sem. Esse exercício 
desenvolve o equilíbrio e fortalece joelhos, tornozelos e quadril (GOMES E RAQUEL, 
2012). 
Equilíbrio estático: 
De acordo com Santos & Santos (2005), o idoso fica somente com uma perna 
apoiada ao solo, mantendo o corpo mais ereto possível e, em casos de dificuldades, 
apoia-se uma das mãos em uma superfície, ou faz a adução dos braços deixando-os 
parados, se continuar, pode-se ter um auxílio de um indivíduo apoiando-se nele. Para 
os mais avançados, realiza-se com os olhos fechados. 
 
31 
 
Equilibrar sobre uma superfície: 
Conforme Costa et al. (2012 apud Justino et al 2018), o idoso caminha sobre 
uma superfície instável, repetindo a tarefa por 3 vezes. Par esse exercício, é orientado 
que se realize descalço, levando em consideração a individualidade biológica, em que 
o material que pode ser usado é o colchonete ou edredom, para que, com isso, 
melhore a propriocepção dos idosos. 
Com o propósito de sugerir e comprovar através da análise com embasamento 
teórico e científico sobre a seleção dos exercícios supracitados, é válido reforçar que 
a prática regular de exercícios físicos funcionais auxilia e pode retardar os declínios 
advindos do processo de envelhecimento. De acordo com Lucas M. (2018), para que 
se tenha o resultado esperado de um treinamento funcional, é preciso que os 
programas sejam cuidadosamente planejados e com atenção focalizada na frequência 
e na duração do treinamento, velocidade, intensidade, duração e repetição da 
atividade, e intervalos de repouso. 
Segundo Stocco (2017, apud LUCAS M., 2018), através do treinamento 
funcional pode-se trazer benefícios para aptidão física, minimizando as perdas 
próprias do processo de envelhecimento no individuo fisicamente ativo, bem como 
auxiliando o quadro mental, psicológico e social. Afinal, a saúde nada mais é que um 
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de 
doença ou enfermidade, como notoriamente definido pela Organização Mundial da 
Saúde (OMS). Assim, a participação do idoso em programas de exercício físico regular 
fornece respostas favoráveis que contribuem para o envelhecimento saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
4. CAPÍTULO 3: RELACIONAR AS MUDANÇAS FISIOLÓGICAS COM OS 
EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 
4.1 SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O ENVELHECIMENTO 
O sistema nervoso central (SNC) é o sistema biológico mais comprometido 
com o processo do envelhecimento, pois é o responsável pela vida de relação 
(sensações, movimentos, funções psíquicas, entre outros) e pela vida vegetativa 
(funções biológicas internas). Sua perda é influencia diretamente nas alterações do 
equilíbrio corporal, postura e marcha da senescência (DALLA, BANKOFF; p.19, 
2019). 
O sistema nervoso, após atingir sua maturidade, sofre com os impactos 
causados devido o envelhecimento. De forma geral, com o passar da idade, o 
cérebro tende a apresentar uma maior atrofia nas regiões do hipocampo, córtex 
frontal, parietal e temporal, regiões tradicionalmente relacionadas com funções de 
memória, motricidade, planejamento motor e associação de informações (MURMAN, 
2015; SUGIURA, 2016 apud SCIANNI ET AL., 2019, p. 82). 
Segundo Cochar et al. (2021, p. 5): 
Sabe-se que com o processo de envelhecimento há um aumento no nível 
circulante de citocinas inflamatórias que deprimem o sistema imunológico 
aumentando o risco de infecções. Assim, com o envelhecimento, o sistema tem 
as respostas imunológicas comprometidas – processo denominado 
imunossenescência – que acarreta maior vulnerabilidade a doenças, físicas ou 
até mesmo psicológicas e que refletem no estado emocional e social. 
Dessa forma, compreende-se que o avançar da idade compromete a habilidade 
do sistema nervoso central de realizar o processamento dos sinais vestibulares, 
visuais e proprioceptivos, os quais são imprescindíveis para a manutenção do 
equilíbrio corporal e capacidade funcional (COCHAR ET AL., 2021, p. 6). Além do 
mais, em decorrência do envelhecimento cerebral, ocorre a perda de neurônios de 
forma constante e a redução do volume cerebral. Por sua vez, a disfunção do SNC 
tem relação, principalmente, com as doenças neurodegenerativas. 
O comprometimento dos sistemas sensoriais em enviar informações 
adequadas para o SNC pode ocorrer pela presença de doenças, uso de 
medicamentos e pelo próprio processo de envelhecimento. Estudos constatam que 
mudanças no equilíbrio começam na meia idade, se manifestam mais frequentemente 
33 
 
com o decorrer da senescência e apresentam maior dificuldade em selecionar e pesar 
as referências para o SNC quando há incoerência ou ausência de algum dos sistemas 
(NUNES, 2020, p. 13). 
4.1.2 OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO 
Segundo Mcauley e Mooney (2015), do ponto de vista biológico, o processo de 
envelhecimento passa por uma série de alterações, sendo metabólicas, alterações na 
função mitocondrial e diminuição da sensibilidade à insulina, na utilização de 
substratos e no metabolismo energético, contribuindo para que ocorra um aumento 
das doenças crônicas não transmissíveis. 
Esse fenômeno é visto como uma ambiguidade, visto que houve um aumento 
da incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como 
hipertensão, diabetes, cardiopatias e disfunções musculoesqueléticas, além 
do sobrepeso e da obesidade resultantes da interação complexa entre 
excesso alimentar e sedentarismo e, no caso do envelhecimento, alterações 
fisiológicas que afetam diretamente o metabolismo do ser humano (LIU; LI, 
2015 apud CHRISTIANO et al., 2018, p.24). 
 
As alterações no metabolismo energético são consideradas como um ponto 
marcante no processo de envelhecimento. Pesquisadores buscam entender a relação 
entre metabolismo e envelhecimento, enfatizando o entendimento de como a 
mitocôndria pode participar desse processo (RIERA; DILLIN, 2015). 
Para Payne e Chinnery (2015), essa relação tem grande importância. Ao que 
tudo indica, a hipótese mais conhecida e mais antiga para explicar o envelhecimento 
está na teoria dos radicais livres, que propõe a mitocôndria com papel central e como 
a principal fonte de espécies reativas de oxigênio (ERO), levando o DNA mitocondrial 
a sofrer mutações. 
A mutação mitocondrial tem função vital no entendimento das alterações. 
Morfológica, funcional e metabólicas que ocorrem com o envelhecimento, 
porque ultimamente a mitocôndria não tem sido vista como uma organela com 
função bioenergética simples, mas como uma espécie de plataforma de 
sinalização intracelular reguladora imunidade inata e modeladora. Das 
atividades das células-tronco. Assim a mitocôndria pode regular o 
envelhecimento celular, por meio da modulação do perfil metabólico da célula 
(SUN; YOULE; FINKEL, 2016 apud CHRISTIANO et al., 2018, p.26). 
Alguns dos processos de envelhecimento relacionados à idade podem ser 
gerados por radicais livres, tanto de fontes endógenas, como: respiração de oxigênio 
e inflamação, quanto de fontes exógenas, como radiação solar, álcool e tabaco 
34 
 
(BOCHEVA ET AL., 2019). Eles causam a destruição das células através do oxigênio 
reativo que reduz a capacidade de defesa com suas propriedades antioxidantes, 
levando ao envelhecimento (LIGUORI ET AL., 2018). 
As espécies reativas de oxigênio produzida pelas mitocôndrias estão 
intimamente envolvidas no processo do envelhecimento, danificando os componentes 
da mitocôndria, iniciando o seu processo de degradação, contribuindo para um 
envelhecimento mais acelerado (BONOMINI; RODELLA; REZZANI, 2015). 
Em relação a esses efeitos do aumento das ERO na mutação mitocondrial, 
pode-se dizer que a prática de exercício, especialmente os aeróbicos, nem 
papel fundamental, pois causas no início, aumento das ERO, que, com a 
prática emlongo prazo é compensado pelo estímulo da biogênese e 
eliminação de radicais livres (PAYNE; CHINNERY, 2015 apud 
CHRISTIANO et al., 2018, p.26). 
 
Assim, os estudos realizados em moléculas antioxidantes mostraram que uma 
molécula antioxidante tem a capacidade de evitar a oxidação de outras moléculas, 
defendendo as células contra os danos provocados pelos radicais livres (ROCHA ET 
AL., 2016). Os baixos níveis de antioxidantes ou inibição das enzimas antioxidantes 
acabam gerando estresse oxidativo, acarretando na deterioração da célula, até 
mesmo a morte dela (SIEPELMEYER ET AL., 2016). 
Para Melzer (2021), havendo a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, 
é possível eliminar os radicais livres, tornando o processo de envelhecimento mais 
lento. Somando a alimentação ao estilo de vida saudável, controlando o peso 
corporal e praticando regularmente exercícios físicos, diminuem-se a formação de 
radicais livres, assim como estresse oxidativo no corpo humano (FERREIRA ET AL., 
2020). 
Sendo o exercício físico um gerador de estresse oxidativo e de RL ao 
organismo, cabe à um profissional capacitado sistematizar o treino, uma vez 
que o mesmo é capaz de induzir positivamente adaptações aos nossos 
sistemas antioxidantes de defesas em resposta a produção de RL crescentes 
(ANTUNES NETO et al., 2018 apud MORAES, et al, 2018, p.13). 
 
Segundo Demince et al. (2010 apud MORAES ET AL., 2018), os diferentes 
tipos de treinamento envolvendo hipertrofia, treinamento de força, resistência 
moderada e até mesmo em apenas uma sessão de exercícios de resistência foram 
comprovados que os exercícios induzem, no plasma, o estresse oxidativo e aumento 
da produção de radicais livres. Porém, eles também colaboram para o aumento da 
capacidade antioxidante, tanto do sangue quanto do músculo. 
35 
 
4.1.3 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Com o processo de envelhecimento o sistema cardiovascular sofre algumas 
alterações, tais como aterosclerose, diminuição da distensibilidade da aorta e das 
grandes artérias, comprometimento da condução cardíaca e redução na função 
barorreceptora. Essas alterações aumentam as chances do desenvolvimento de 
Doenças Cardiovasculares (DCV). Atualmente, as DCV são as maiores causadoras 
de óbito no país (COUTO; CONOPCA; MARQUES, 2020). 
Com o avançar da idade há alterações nas funcionalidades influenciadas pelo 
processo de envelhecimento, dentre elas destacam-se a capacidade funcional e 
alterações no sistema cardiovascular. Em relação ao sistema cardiovascular, essas 
modificações comprometem a qualidade de vida do idoso e aumentam o risco de 
morte desta população (SANT’ANA, 2019). 
Os idosos possuem um déficit na função cardiovascular por conta do declínio 
causado na aptidão cardiorrespiratória, sendo que o VO2max sofre uma queda de 
10% em sedentários e de 5% em ativos. Com isso, são desenvolvidas alterações 
prejudiciais nas variáveis cardiovasculares, como diminuição da frequência cardíaca 
(FC), da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e aumento da pressão arterial 
sistólica e da pressão arterial diastólica (SANT’ANA, 2019). 
“Alterações cardíacas no idoso predispõem o surgimento de arritmias e 
espessamento da parede do miocárdio, o que também reduz a função cardíaca e 
aumenta o risco de fibrilação atrial” (CARDOZO; SANTOS, 2020, p.2). As 
complicações cardiovasculares estão relacionadas ao processo de envelhecimento 
cronológico e biológico afetando de forma expressiva o sistema cardiovascular do 
idoso. 
As doenças cardiovasculares influenciam significativamente no aumento das 
demandas hospitalares. Vêm sendo demonstrada três alterações cardiovasculares 
que se relacionam ao envelhecimento; são eles: prolongamento do relaxamento do 
miocárdio e disfunção diastólica; aumento da rigidez arterial e diminuição da 
responsividade adrenérgica (JUNIOR, 2016). 
De acordo com Germano (2019, p.1): 
Através de exames mais sofisticados observa-se um coração mais rígido com 
o tempo de sístole (contração) aumentando e o tempo de diástole 
36 
 
(relaxamento) diminuindo. Pode-se achar também: disfunção sistólica, 
disfunção diastólica e até isquêmica (má nutrição e oxigenação) do coração 
sem maiores obstruções das coronárias. Estas alterações pelo 
envelhecimento natural do sistema cardiovascular constituem o chamado 
continuum do envelhecimento cardiovascular. 
 
Em relação às alterações funcionais, o controle autonômico cardíaco é 
consequentemente afetado pelo processo de envelhecimento. Sendo assim, tanto a 
frequência cardíaca intrínseca quanto ao tônus simpático e parassimpático do coração 
sofrerão alterações, como a diminuição do tônus vegal, atenuação dos mecanismos 
regulatórios autonômicos e aumento do tônus simpático (LADEIRA; MAIA; 
GUIMARÃES, 2017). 
4.1.4 SISTEMA MUSCULAR 
O sistema muscular são músculos presentes no corpo humano, cuja células ou 
fibras musculares que possuem a capacidade de permitir a contração e produção de 
força e movimentos. As fibras apresentam inúmeras funções, tais como locomoção, 
rigidez estrutural ao corpo, sustentação e controle de temperaturas atingindo, assim, 
movimentos voluntários e visíveis e os movimentos involuntários internos associados 
aos órgãos viscerais (AZEVEDO, 2021). 
Diante disso, no envelhecimento ocorre diversas alterações no sistema 
muscular, que sucede a perda decorrente da massa muscular. Esse processo passa 
a alterar o número de fibras e de tecido muscular, que diminuem gradativamente. Para 
Stéfane et al. (2020), o declínio da força e massa muscular é um dos casos mais 
frequentes nessa faixa etária, no qual o treinamento funcional entra de forma 
significativa para retardar esse processo. 
Segundo Eloisa (2019, p.5): 
Durante o envelhecimento haverá sim uma redução da força muscular, sendo 
em 40% nos membros inferiores e 30% nos membros superiores, iniciando-
se entre 30 e 40 anos, evoluindo gradativamente até os 60 anos, ocasionando 
perda das fibras musculares e diminuição da força. Se o músculo não é 
estimulado no idoso, este manifestará movimentos mais lentos e ocorrerá 
perda de força, surgirá uma postura hipercifoica e dificuldade de 
deambulação. 
 
Os músculos são compostos por feixes e constituídos por miofilamentos que 
captam as miofibrilas, visto que, no momento em que se agrupam, geram as fibras 
musculares. Neste caso, na velhice há modificações evidentes na perda de unidades 
37 
 
motoras, sendo que as placas motoras nos idosos são mais numerosas, e as placas 
sinápticas vêm a ser mais amplas à medida que ocorre a diminuição do contato entre 
o axônio e a membrana plasmática (VIVIANI, 2020). 
Há diversos fatores que fazem com que o músculo perca a sua habilidade em 
produzir força; algumas delas são: as alterações estruturais na miosina, queda na 
qualidade muscular e a redução da aceleração na contração do idoso (ROCHA ET 
AL., 2020). Consequentemente, o idoso sofre uma dificuldade no processo em que 
ocorre a contração muscular, pois as fibras que contraem rapidamente acabam 
diminuindo e, deste modo, não possuem a capacidade de contrair da forma 
necessária. 
Para Viviani (2020; p.17): 
A contração muscular terá menor qualidade e a força e a coordenação de 
movimentos perdendo sua eficácia. Há ainda a diminuição em número e 
volume das fibras de contração rápida, ou denominadas de tipo ll. Nas fibras 
de contração lenta, ou denominadas de tipo l, ocorre a diminuição no número, 
porém em menor proporção que as do tipo ll. Afirma-se que quando acontece 
a perda das fibras musculares, estas são substituídas pelo tecido conjuntivo 
com o consequente aumento do colágeno intersticial no músculo do idoso. 
 
Como citado anteriormente, o tecido conjuntivo promove diversas funções. 
Uma delas é a sustentação do armazenamento e elasticidade para o corpo humano. 
Esse tecido contém fibras de colágeno composta por proteínas. Sendo assim, com o 
envelhecimento, há um decréscimo dessas

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