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CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ANTONIO JADSON SOARES DUARTE EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE LAIRA SAMARA BRAGA SOARES MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS OS EFEITOS FISIOLÓGICOS E COGNITIVOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS NA VIDA DOS IDOSOS CASTANHAL 2022 ANTONIO JADSON SOARES DUARTE EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE LAIRA SAMARA BRAGA SOARES MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS OS EFEITOS FISIOLÓGICOS E COGNITIVOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS NA VIDA DOS IDOSOS Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação Educação Física - Bacharelado apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Elielson Ferreira Cardoso CASTANHAL 2022 ANTONIO JADSON SOARES DUARTE EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE LAIRA SAMARA BRAGA SOARES MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS OS EFEITOS FISIOLÓGICOS E COGNITIVOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS NA VIDA DOS IDOSOS Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Educação Física - Bacharelado apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: ___/___/____ BANCA EXAMINADORA ___________________________________ Prof. Elielson Ferreira Cardoso - Orientador Universidade Paulista – UNIP ___________________________________ Prof. Universidade Paulista – UNIP ___________________________________ Prof. Universidade Paulista – UNIP DEDICATÓRIA Eu, ANTONIO JADSON SOARES DUARTE, dedico este trabalho primeiramente, e acima de tudo, a Deus, que esteve sempre comigo dando forças, sabedoria e discernimento. Dedico aos meus pais (peça chave essencial), que estiveram sempre presentes, em especial à minha mãe, sendo minha base, visto que seus esforços são imensuráveis. A familiares e amigos, que torceram e contribuíram positivamente nessa trajetória, também aos amigos autores deste trabalho, que permaneceram firmes até aqui. Por fim, e não menos importante, à minha namorada, por todo o seu apoio e participação nessa longa jornada, na qual também foi fundamental. Eu, EDRIELE LIMA ALBUQUERQUE, dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele na minha vida nada disso seria possível. À minha família, por sempre me apoiar e ajudar de toda forma possível, em especial à minha mãe, que sempre foi minha maior incentivadora. Aos meus amigos, que foram essenciais durante essa trajetória acadêmica, pois, apesar das dificuldades que enfrentamos, continuamos unidos, ajudando uns aos outros. Por último, aos meus professores, que contribuíram com seus ensinamentos. Eu, LAIRA SAMARA BRAGA SOARES, dedico este trabalho primeiramente a Deus, que esteve comigo em todos os momentos, me dando forças, paciência e discernimento, tudo é DELE, por ELE e para ELE. Dedico também à minha mãe, MARIA INÊS, que não mediu esforços para me apoiar durante essa trajetória, foi a minha base e sem ela eu não teria conseguido. Dedico também aos meus amigos, que perseveraram comigo, do início ao fim, nessa jornada. Eu, MARIA ALINE PEREIRA DA SILVA, dedico este trabalho em princípio à Deus, por ter me dado forças para conquistar esse sonho. Também aos meus pais e meus dois irmãos, que sempre me apoiaram na trajetória desses quatro anos. E aos meus amigos da faculdade, que apesar das dificuldades, estamos aqui firmes. Eu, WASHINGTON FERNANDO DO CARMO DOS REIS, dedico este trabalho, como forma de gratidão, primeiramente a Deus, por estar presente em minha jornada, e agradeço a mim mesmo pelo meu esforço em seguir firme, pois, apesar de muitas adversidades enfrentadas no decorrer do curso, hoje estou sendo abençoado realizando esse grande objetivo. AGRADECIMENTOS A elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso contou com a ajuda de diversas pessoas, aos quais agradecemos: Ao professor orientador, ELIELSON FERREIRA CARDOSO, pela paciência e todo suporte dado no decorrer do último semestre, que nos auxiliou de forma significativa na construção desse projeto. Aos professores do curso de Bacharelado em Educação Física, que contribuíram com seus conhecimentos através do processo de ensino aprendizagem durante toda a graduação, permitindo que nós, Antônio, Edriele, Laira, Maria e Washington, pudéssemos estar concluindo essa última etapa do curso. À nossa querida amiga, BÁRBARA GOMES, que esteve presente torcendo, incentivando e nos ajudando nos momentos difíceis. Aos familiares e amigos próximos, que nos deram força e incentivos para não desanimar perante as adversidades durante nossa jornada até aqui. “Nascer é vital, viver é natural, mas saber envelhecer com qualidade de vida é um privilégio”. Maria Alícia Corazza SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10 2. CAPÍTULO 1: OS EFEITOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS ............................ 12 2.1 CONTEXTO E CONCEITO ...............................................................................................12 2.2 CAPACIDADES FISÍCAS ..................................................................................................14 2.2.1 COORDENAÇÃO MOTORA ........................................................................................ 15 2.2.2 EQUILÍBRIO ................................................................................................................... 16 2.2.3 FLEXIBILIDADE ............................................................................................................. 17 2.2.4 AGILIDADE .................................................................................................................... 18 2.2.5 FORÇA............................................................................................................................ 19 3. CAPÍTULO 2: ANALISAR OS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS PARA OS IDOSOS 21 3.1 INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA......................................................................................21 3.2 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA ....................................................................22 3.3 EXERCÍCIOS FUNCIONAIS BASEADOS EM CAPACIDADES FÍSICAS: FORÇA, AGILIDADE, POTÊNCIA E EQUILÍBRIO ..............................................................................25 4. CAPÍTULO 3: RELACIONAR AS MUDANÇAS FISIOLÓGICAS COM OS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS ......................................................................................... 32 4.1 SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O ENVELHECIMENTO ........................................32 4.1.2 OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO .........................................................33 4.1.3 SISTEMA CARDIOVASCULAR ....................................................................................35 4.1.4 SISTEMA MUSCULAR ..................................................................................................36 4.2 A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ATENDIMENTO AO PÚBLICO IDOSO .....................................................................................................................38 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 40 REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS.............................................................................. 41 RESUMO O presente estudo apresenta os benefícios dos exercícios funcionais na vida dos idosos, relacionados às mudanças fisiológicas e cognitivas que ocorrem durante o processo de envelhecimento,funções ocorrendo a diminuição das fibras elásticas, oxigenação dos tecidos e também a desidratação da pele do idoso (FASSHEBER ET AL., 2018 apud WIECZOREY ET AL., 2021). Vale ressaltar que, além de todos esses processos, o grupo da terceira idade atinge um aumento na composição corporal, que é o ganho de massa gorda e a perda constante da massa magra. Isso torna a pele mais flácida devido ao corpo produzir menos colágeno. E quando se há um aumento da massa magra e a perda da massa gorda ocorre a melhoria do bem-estar físico, social e mental, autoconfiança, diminuição da fadiga e da ansiedade (LIMA ET AL., 2013 apud CLARES ET AL., 2019). Ângelo (2015; p.4) diz que: O exercício físico induz redução da massa gorda pela mobilização dos lipídios e estimulação da lipólise que é regulada pela lipase e ativada pela estimulação beta-oxidativa, desta forma aumentando a captação e oxidação 38 de ácidos graxos pelo músculo esquelético, servindo de substrato energético pelo mecanismo do ciclo glicose-ácido graxo refletindo diretamente na diminuição do tecido adiposo. 4.2 A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ATENDIMENTO AO PÚBLICO IDOSO O papel do profissional de Educação Física tem grande relevância quando o assunto envolve sua atuação principalmente no atendimento à grupos especiais como idosos e/ou indivíduos diagnosticados com doenças crônicas, que estão presentes comumente no dia a dia, apresentando índices elevados em diversos graus de acometimento e restrições no quadro de saúde que se encontram. Nessa perspectiva, o exercício físico especializado surge como uma importante ferramenta de transformação da postura dos profissionais que atuam na área do processo de envelhecimento, o que reforça a necessidade de capacitação e constantes atualizações das práticas para os profissionais de Educação Física no intuito de proporcionar assistência humanizada, individualizada, minimizando os riscos e viabilizando uma melhor qualidade de vida aos idosos (DE CARVALHO LAURENTINO; TAMIRES EVLLEN ET AL., 2022) Diante disso, percebemos o quanto é visível que deve haver de maneira imprescindível qualificação, conhecimento e utilização de todos os recursos possíveis para avaliar, elaborar, acompanhar e aplicar o exercício físico correto e específico para praticantes incluídos nesse grupo populacional (idosos). Pois “pessoas que há pouco tempo eram desencorajados a se exercitarem, devido a suas patologias e limitações, hoje são orientadas por Profissionais de Educação Física, os quais enfrentam o grande desafio de maximizar os benefícios e minimizar riscos” (GONDIM, ET AL., 2019, p. 23). Segundo Carvalho et al. (2017 apud LIMA ET AL., 2019, p 2), é: Importante salientar que a prescrição de exercícios físicos deve ser procedimento de responsabilidade prioritária do profissional de Educação Física, pois o tipo de atividade física, sua intensidade, frequência, duração, seu modo e progressão precisam estar adequados às preferências individuais e às limitações impostas pela idade. Assim, destaca a importância do profissional de Educação Física para o atendimento de aconselhamento, prescrição, acompanhamento, prevenção, motivação e promoção da saúde. Diante do exposto, e baseado no estudo citado por Azevedo Filho et al. (2019 p.7, apud MOURA; SOUZA, 2021), observa-se que, em virtude da participação do 39 público idoso na prática desses exercícios físicos, a busca para alcançar uma melhor qualidade de vida apresenta resultados significativos e efeitos benéficos no corpo desses indivíduos, como controle da gordura corporal, aprimoramento das capacidades físicas, tais como flexibilidade e força física. Além disso, ocorre redução do colesterol, melhora da frequência cardíaca e quadro emocional. Em concordância com alguns autores supracitados, Colombo et al. (2019, p. 32) esclarece: A atuação do profissional de educação física capacitado para trabalhar com a população idosa deve contribuir de forma positiva, pois é um período importante em suas vidas, no qual estão buscando a manutenção da mobilidade, da independência e qualidade de vida durante o maior tempo possível, essa deve ser a meta do profissional com o seu aluno. Destacando que a atuação desses profissionais requer cuidados e exige atenção especial, levando em consideração os declínios do processo de envelhecimento. Logo, alguns procedimentos são necessários, e um deles é a avaliação física, baseada na especificidade, no estado e condições que esses idosos se encontram. Baseado em Gondim et al. (2019), através da avaliação física serão caracterizados o método e as decisões tomadas por parte do profissional de Educação Física que, de forma essencial, irão fundamentar a obtenção de variáveis aplicadas na elaboração de programas de exercício físico. [...] a avaliação física é fundamental e deve ser realizada por um Profissional de Educação Física capacitado e eticamente balizado em relação aos protocolos de testes, suas indicações e contraindicações, as respostas hemodinâmicas e respiratórias ao exercício físico, o preparo do beneficiário, os mecanismos de funcionamento dos equipamentos, bem como suas limitações e indicações de interrupção dos testes (Gondim, F. J. et al p. 24, 2019). É de suma importância, e está dentro dos parâmetros a serem utilizados pelo profissional de Educação Física, conhecer os alunos no momento da avalição física, tendo como base o princípio da individualidade biológica, pois isso poderá influenciar de forma significativa na prescrição e prática de exercícios realizados por praticantes idosos. Diante disso, “a partir da análise de todos os dados avaliados, um perfil de risco e físico-fisiológico é traçado, e a prática do exercício é indicada ou contraindicada” (CUNHA, 2015, p. 6). 40 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste estudo abordamos sobre os efeitos dos exercícios funcionais na vida dos idosos. Tornou-se importante o tema escolhido por se tratar do estilo de vida dos idosos e mostrou-se que, através dos exercícios funcionais, esse grupo pode envelhecer de forma saudável. Assim, buscamos resposta para o referido tema e, após realizarmos diversas pesquisas em sites e artigos de autores de grande valia, podemos concluir que o objetivo foi alcançado. Ao descrever os efeitos dos exercícios funcionais, analisar e relacionar as mudanças fisiológicas com os exercícios funcionais foi possível comprovar que esses exercícios promovem a manutenção da saúde dos idosos trazendo uma série de benefícios a esses praticantes. Partindo disso, neste estudo ressaltamos a importância do profissional de Educação Física juntamente com a avaliação física, mostrando que esse procedimento é indispensável quando se trata de prescrição de exercício. Por fim, por mais que tenha sido comprovado que os exercícios funcionais são benéficos ao público idoso, através deste estudo de cunho bibliográfico qualitativo é possível alcançar novos estudos mais aprofundados que possibilitem suas aplicações. Sendo assim, fica como sugestão para pesquisas futuras relacionadas ao tema abordado neste trabalho. 41 REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS ANTUNES, Neto. FERREIRA, Joaquim Maria et al. Níveis comparativos de estresse oxidativo em camundongos em duas situações do limite orgânico: overreaching induzido por treinamento de natação e câncer. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 14, n. 6, p. 548-552, Dec. 2008. ARCANJO, Gabriel. GONÇALVES, Julimar. Treinamento funcional para idosos. acadêmicos do 7° e 6° período do curso de educação física, 2020. 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Com isso, os idosos acabam apresentando limitações ao realizar suas atividades do dia a dia. Diante disso, o treinamento funcional se destaca, pois melhora as capacidades funcionais e proporciona um envelhecimento ativo. Além de prevenir e controlar as doenças crônicas que têm acometido, principalmente, a população idosa, sendo elas: diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, sarcopenia, entre outras. Este estudo teve como objetivo mostrar os efeitos dos exercícios funcionais na vida dos idosos, analisando e relacionando as mudanças fisiológicas com os exercícios funcionais e incentivando os idosos a praticarem exercícios físicos regularmente com a orientação de um profissional de Educação Física qualificado, respeitando sua individualidade biológica com treinamento periodizado de forma específica. A metodologia deste trabalho acadêmico teve como base pesquisas bibliográficas e artigos científicos com embasamento teórico, como Google acadêmico e Scielo. O estudo apresentou respostas positivas na qualidade de vida dos idosos promovendo bem-estar físico, mental e social. Palavras-chave: Exercícios funcionais. Envelhecimento. Profissional de Educação Física. ABSTRACT The present study presents the benefits of functional exercises in the lives of the elderly, related to the physiological and cognitive changes that occur during the aging process, which brings with it changes that affect the physical and functional capacities of the body. As a result, the elderly end up presenting limitations when carrying out their day-to-day activities. Given this, functional training stands out, as it improves functional capabilities and provides active aging. In addition to preventing and controlling the chronic diseases that have mainly affected the elderly population, namely: diabetes, hypertension, cardiovascular diseases, sarcopenia, among others. This study aimed to show the effects of functional exercises in the lives of the elderly, analyzing and relating the physiological changes with functional exercises and encouraging the elderly to practice physical exercises regularly with the guidance of a qualified Physical Education professional, respecting their biological individuality with periodized training in a specific way. The methodology of this academic work was based on bibliographic research and scientific articles with a theoretical basis, such as Google Scholar and Scielo. The study showed positive responses in the quality of life of the elderly, promoting physical, mental and social well-being. Keywords: Functional exercises. Aging. Physical Education Professional. 10 INTRODUÇÃO O processo de envelhecimento traz consigo algumas alterações nas capacidades funcionais do corpo. Em decorrência disso, os exercícios funcionais são um dos fatores de suma importância para a vida dos idosos, pois proporcionam diversos benefícios, ajudam na melhoria das atividades do dia a dia, além de prevenir e controlar doenças crônicas que tendem a se intensificar na terceira idade, tais como: diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares, entre outros malefícios. Os exercícios funcionais visam a evolução nas capacidades físicas, tornando os idosos mais independentes em relação às atividades realizadas diariamente, como caminhar, levantar e sentar, diminuindo as chances de lesões ocasionadas por quedas e aumentando a eficiência dos movimentos, além de proporcionar uma redução de problemas emocionais e sociais atribuindo ao sentimento de incapacidade. A hipótese levantada neste estudo é de que, após a prática regular dos exercícios funcionais, os idosos obtenham sucesso na busca pela qualidade de vida. O treinamento objetiva um bom desempenho nas capacidades físicas e funcionais do público em questão, com exercícios que trabalham o corpo todo, possibilitando melhoras significativas e garantindo um envelhecimento mais saudável, trazendo de volta movimentos naturais perdidos com o tempo, o que ajuda a manter a forma e ser um idoso mais independente. Este estudo tem como objetivo geral o incentivo à prática regular de exercícios funcionais aos idosos, promovendo a expectativa de vida, acompanhado pelo profissional de Educação Física para orientar e auxiliar na execução correta dos movimentos. O treinamento é prescrito de forma individual, considerando as limitações do indivíduo, para garantir o bem-estar físico, mental, social e qualidade de vida. Os objetivos específicos estão diretamente ligados ao assunto mencionado neste trabalho, o primeiro relata os efeitos dos exercícios funcionais na vida dos idosos, seus progressos e benefícios à saúde. Além deste, foi evidenciado sobre a análise dos exercícios funcionais para o público citado anteriormente e, também, a relação das mudanças fisiológicas com os exercícios. 11 O treinamento funcional se baseia em movimentos naturais do ser humano, como correr, pular, levantar, agachar, puxar e empurrar, com o objetivo de aplicar estímulos capazes de aprimorar e recuperar as capacidades físicas do indivíduo, tais como: força, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade e agilidade. Dessa forma, o exercício físico é de extrema importância para os idosos, pois melhora seu desempenho no cotidiano, físico e emocional, além de facilitar seu convívio social. Diante disso, essa pesquisa será desenvolvida no decorrer de três capítulos. O Capitulo 1 discorrerá acerca dos efeitos dos exercícios funcionais; no Capítulo 2, serão analisados os exercícios funcionais para idosos; já no Capítulo 3, será feita a relação das mudanças fisiológicas com os exercícios funcionais. E, por fim, serão feitas as considerações finais acerca do tema em questão. Essa pesquisa é relevante, pois visa esclarecer os benefícios e efeitos dos exercícios funcionais na vida dos idosos. Com sua prática regular e orientação de um profissional de Educação Física, o treinamento funcional se mostra benéfico para essa população que necessita de todo cuidado possível. Neste contexto, a realização deste estudo teve como principais autores: Arcanjo e Gonçalves (2020); Regina et al. (2015); Silva (2010); Colantoni et al. (2022); Queiroz e Mejia (2016); Cardeal Filho (2021); Scianni et al. (2019); Cochar et al. (2021); Riera; Dillin (2015); Sant’ana (2019); Couto, Conopca e Marques (2020); Azevedo (2021); Viviani (2020); Alisson Padilha et al. (2019); Rhoanne Souza (2021); Gondim, F. J. et al. (2019). Este trabalho baseou-se em artigos científicos com embasamento teórico sobre “Os efeitos fisiológicos e cognitivos dos exercícios funcionais na vida dos idosos”. A metodologia utilizada para a elaboração deste estudo foi de pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, por meio de consultas a materiais já publicados entre os anos de 1995 a 2022, em que foram utilizados mais de 40 artigos como base para o desenvolvimento desse estudo. Neste trabalho, foi possível observar as mudanças fisiológicas e cognitivas do idoso praticante de exercícios, suas melhoras e a desaceleração e/ou diminuição no aumento intensivo de doenças crônicas decorrentes do processo de envelhecimento. 12 2. CAPÍTULO 1: OS EFEITOS DOS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 2.1 CONTEXTO E CONCEITO O processo de envelhecimento traz consigo algumas alterações nas capacidades funcionais do corpo. Em decorrência disso, os exercícios funcionais são importantes para a vida dos idosos, pois proporcionam diversos benefícios, além de prevenir e controlar as doenças crônicas que tendem a se intensificar na terceira idade, tais como: diabetes, hipertensão e outras. Deste modo, o treinamento funcional demonstra bons resultados principalmente para a população idosa (LUSTOSA ET AL. 2010). Com o aumento da população idosa, cresce a necessidadede manter esta população ativa fisicamente, mantendo a eficiência nas atividades cotidianas. As doenças crônicas têm acometido, principalmente, a população idosa causando limitações funcionais. Essas doenças possuem implicações mais visíveis e perceptíveis, uma vez que o prejuízo funcional ocasiona maior vulnerabilidade e dependência na velhice (MANTOVANI, 2007; MATSUDO, 2000; apud MALAQUIAS, 2014). O treinamento funcional visa melhorar a capacidade funcional, através de exercícios que estimulam os receptores proprioceptivos presentes no corpo, os quais proporcionam a melhoria no desenvolvimento da consciência sinestésica e do controle corporal; o equilíbrio muscular estático e dinâmico; diminuir a incidência de lesão e aumentar a eficiência dos movimentos (LEAL ET AL., 2009). Surgiu uma nova metodologia de treinamento baseada na funcionalidade que, primordialmente, inclui a seleção de atividades, exercícios e movimentos considerados funcionais. Esta proposta deve ser compreendida sob a ótica do princípio da funcionalidade. Esses movimentos implicam aceleração, estabilização e desaceleração, com o objetivo de aprimorar a habilidade de movimento, força da região do tronco (CORE) e eficiência neuromuscular (SILVA-GRIGOLETTO; BRITO; HEREDIA, 2014). O treinamento funcional é uma modalidade com exercícios que trabalham os movimentos naturais do corpo, o que mantém ou recupera a qualidade de vida e a independência do idoso. O objetivo primário do treinamento funcional é desenvolver mobilidade ao indivíduo enquanto envolve todo o corpo para gerar um movimento 13 específico, como girar, empurrar, puxar, agarrar e lançar (ARCANJO; GONÇALVES, 2020). A prescrição de treinamento funcional deve fornecer a “dose” adequada de exercícios podendo, assim, utilizar a prerrogativa de que o treinamento funcional aplicado ao idoso pode ser um bom aliado nessa relação, sendo um grande instrumento que possibilitará a melhoria de inúmeros fatores que ocorrem com o avanço da idade, como a perda de suas valências físicas e cognitivas. De acordo com Afonso et al. (2021): O treino funcional é caracterizado pela realização de exercícios físicos que visam a melhoria do controle, da estabilidade e da coordenação motora; buscando estimular o sistema neuromuscular e aeróbico; dando prioridade a atividades com mudanças de velocidade, amplitudes variadas, mudanças de direção e ambientes diferenciados; e visando treinar habilidades específicas. Com a prática dos exercícios físicos, há diversos efeitos na vida dos idosos. Segundo Civinski et al. (2011, p.5), “os benefícios dos exercícios físicos para pessoas da terceira idade podem ser tanto no aspecto físico, social, quanto psicológico”. Com isso, tende a diminuição da incidência de lesões, fortalecimento dos músculos e ossos, melhora na postura, reduz o risco de adquirir doenças crônicas. Outro fator decorrente dos exercícios funcionais para o público idoso é a relação da evolução da qualidade de vida deles. Estudos relatam que o melhor programa de exercícios para idosos são os que incluem os treinamentos de força, aeróbicos, flexibilidade e equilíbrio, aprimorando sua mobilidade, estrutura óssea e articular (REGINA; RODRIGUES; CRISTINA, 2015). Araújo e Gonçalves (2020) afirmam que: Por meio desse treinamento, o idoso ganha equilíbrio, resistência, força muscular, flexibilidade, melhorias no desempenho motor, aceleração da síntese proteica, maior deposição de cálcio nas áreas onde houver maior descarga de peso sobre os ossos, mudanças na composição corporal, melhoria no metabolismo, dentre tantos outros benefícios. Vale ressaltar o desenvolvimento que os idosos terão em suas capacidades funcionais, conseguindo realizar atividades diárias sem auxílio de um indivíduo por perto. Conforme Ehlert (2011, p.23), “a independência funcional requer força muscular, equilíbrio, resistência cardiovascular e também motivação”. O exercício é indicado aos idosos para manter ou reabilitar as capacidades físicas e motoras 14 necessárias para o movimento, principalmente a força muscular e o equilíbrio (ROBSON, 2012). Decerto, o aumento na qualidade de anos vividos para os seres humanos é uma grande conquista. Isso é explicado por meio de vários aspectos que possibilitam o envelhecimento de forma saudável, dentre eles, manter ativamente sua funcionalidade objetivando melhoras, controle nas capacidades físicas, que possui importância significativa para o idoso, já que esse quesito se relaciona à independência e autonomia. Raichlen & Alexander (2017), com clareza, estabeleceram que os exercícios físicos são uma forma eficaz de se prevenir o declínio da capacidade funcional de idosos. Além disso, encontram-se efeitos positivos com a prática regular de exercícios físicos na funcionalidade dos idosos, incluindo maior independência em atividades de autocuidado, melhoria significativa da autoestima, melhor qualidade de vida, maior expectativa de vida, redução do risco de quedas e da mortalidade (GALLOZA ET AL., 2007). 2.2 CAPACIDADES FISÍCAS Para Silva (2010), as capacidades físicas são qualidades próprias que cada indivíduo possui ou adquire durante seu desenvolvimento, correspondente à parte corporal relacionada ao movimento. Estas capacidades podem ser aprimoradas com atividades físicas específicas e juntamente com as habilidades motoras que integram o desenvolvimento motor. Capacidades físicas ou capacidades motoras podem ser compreendidas como componentes do rendimento físico, é por meio delas que realizamos os mais diversos movimentos durante a nossa vida. São um total de cinco capacidades: Resistência, Força, Flexibilidade, Agilidade e Velocidade (MARQUES; OLIVEIRA, 2001). As capacidades físicas se manifestam através das habilidades motoras, que agrupam as três categorias de movimentos: locomoção, manipulação e equilíbrio (MAGIL; BLUCHER, 2000). Existem ainda as capacidades físicas condicionais que, segundo Silva (2010), estão ligadas a eficiência do metabolismo energético. Essas capacidades estão associadas a transformação e obtenção de energia. [...] o grau de importância da força, velocidade e da resistência pode variar em função da modalidade, mas representa uma condição central para o 15 desempenho de alto nível. Porém, é necessário considerar que as capacidades condicionantes têm relação elevada com a capacidade metabólica de liberação de energia. Portanto, são altamente dependentes de adaptações decorrentes não apenas no treinamento, mas também dos processos naturais de crescimento e desenvolvimento (SILVA ET AL., 2010). Essa treinabilidade apresenta um maior ganho na adolescência, antes disso o treinamento deverá ser priorizado às capacidades coordenativas, que são combinações de uma ou mais capacidades para realizar determinada ação ou reação, e quando forem trabalhadas de maneira condicional, sempre de forma indireta por meio de jogos e brincadeiras (SILVA ET AL., 2010). Para Weineck (2003), capacidades coordenativas são importantes para um melhor controle de situações que requerem reações rápidas. Além disso, ter um melhor repertório motor evita lesões, colisões, tombos, etc. Capacidades coordenativas são de integração sensório-motora que exercem juntamente com a força, velocidade, potência, valências fundamentais para o desempenho (SILVA ET AL., 2010). 2.2.1 COORDENAÇÃO MOTORA Dentre essas, vale ressaltar a coordenação motora que é de grande valia para tarefas cotidianas, isto é: caminhar, dirigir, pentear-se, entre outros. Assim, a coordenação motora se trata como qualidade física essencial na vida do idoso, seja na realização das AVDS ou na prática de algum esporte. Ela também está associada a outras qualidades físicas como equilíbrio, a velocidade, a agilidade e o ritmo (GALLAHUE e DZMUN, 2001). Mediante as perdas funcionais do corpo, faz-se necessáriomeios capazes de minimizar os efeitos provocados pelo envelhecimento. A carência da coordenação motora implica na rotina dos idosos, tornando-os dependentes na realização de movimentos. “O programa de treinamento funcional pode melhorar a autonomia funcional, equilíbrio e qualidade de vida, sugerindo melhora no desempenho das atividades da vida diária do idoso” (SILVA-GRIGOLETTO; BRITO; HEREDIA, 2014). 16 2.2.2 EQUILÍBRIO O equilíbrio é a capacidade de alinhar partes do corpo contra a gravidade sem cair. Para se manter estável, o equilíbrio depende da integridade das estruturas do corpo (FERREIRA, 2009). O equilíbrio pode ser estático, onde o indivíduo se encontra sentado ou de pé sem ter um apoio; ou dinâmico, que relaciona a capacidade do indivíduo de manter a postura fixa em movimentos, como andar, etc. (ALEXANDRE; 2014). Segundo Garcia e Fortunado (2005; p.2): Um dos principais fatores que limitam hoje a vida do idoso é o desequilíbrio. Em 80% dos casos não pode ser atribuído a uma causa específica, mas sim a um comprometimento do sistema de equilíbrio como um todo. Em mais da metade dos casos o desequilíbrio tem origem entre os 65 e aos 75 anos aproximadamente e cerca de 30% dos idosos apresenta os sintomas nesta idade. Com o passar dos anos ocorrem modificações fisiológicas e a perda das capacidades físicas desse público. Isto está relacionado com o déficit do equilíbrio corporal que traz impactos nessa faixa etária. As alterações no equilíbrio são principais falhas do comprometimento motor, sendo capaz de ocasionar quedas e limitando a participação do convívio na sociedade, especialmente em idosos (SOUZA, 2014). É nesse processo que ocorre a perda progressiva das capacidades funcionais, aumentando as chances do sedentarismo, podendo prejudicar as tarefas cotidianas, além da vulnerabilidade. Deste modo, o treinamento funcional será benéfico no equilíbrio, adquirindo melhor desempenho. Segundo Nascimento (2019), treinar o equilíbrio dos idosos previne incidentes como quedas, para que, com isso, promova a qualidade de vida desse público. Segundo Ramos et al. (2018; p. 3): O treinamento funcional é uma técnica eficaz na melhora do condicionamento físico, fazendo o idoso alcançar padrões de movimentos mais eficientes, enfatizando o aprimoramento da capacidade funcional os quais proporcionam melhora no desenvolvimento da consciência sinestésica e do controle corporal; o equilíbrio muscular estático e dinâmico; diminuir a incidência de lesão. 17 2.2.3 FLEXIBILIDADE De acordo com Hollmann & Hettinger (apud Dantas, 1999, p.57), flexibilidade é a “qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões”. A flexibilidade é uma capacidade física indispensável para a realização de atividades diárias sendo de suma importância para que o idoso tenha uma vida independente (SOUZA; RAMOS; GOMES, 2018). Com o envelhecimento, a flexibilidade é prejudicada, pois os tecidos que envolvem as articulações acabam sofrendo uma diminuição em sua elasticidade. Sua diminuição, além de limitar alguns movimentos, ainda aumenta o risco de lesões nas articulações (MIQUELINO; MURCELLI; PACCOLA, 2009 apud SOUZA; RAMOS; GOMES, 2018). O envelhecimento acarreta naturalmente perdas funcionais que influenciam de forma negativa na qualidade de vida dos idosos (SOUZA; RAMOS; GOMES, 2018). Os hábitos posturais estão ligados à limitação da amplitude articular, da extensibilidade dos músculos e da plasticidade dos ligamentos e tendões. A correção postural e o aumento de amplitude articular, além de ter efeito relaxante, colaboram na tomada de atitudes corporais mais confortáveis. Segundo a Associação Americana de Medicina Desportiva, exercícios de alongamentos provocam relaxamento muscular, aliviando dores causadas pelo estresse muscular do treinamento e aumentam a sensação de bem-estar do indivíduo. De acordo com as ideias de Holland et al. (2002, apud MALAQUIAS, 2014) os fatores que influenciam na perda da flexibilidade são a idade associada com a inatividade física, sendo as articulações as mais afetadas. O surgimento de doenças degenerativas, como artrite, osteoporose, arteriosclerose, podem contribuir significativamente para o decréscimo da função neuromuscular e da flexibilidade (HOLLAND et al., 2002 apud MALAQUIAS, 2014). A manutenção da flexibilidade é importante para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida e consequentemente um envelhecimento saudável (MALAQUIAS, 2014). O treinamento funcional proporciona ao praticante idoso a possibilidade de recuperar habilidades perdidas no decorrer dos anos. Estudos abordam que se os 18 exercícios funcionais forem realizados com um foco maior em flexibilidade podem ajudar na manutenção e aumento no tempo de funcionamento da sua musculatura, retardando o processo de envelhecimento e conservando a sua funcionalidade. Segundo Silva-Grigoletto (2020, p.05 apud MARTINS; SANTOS; BARROS, 2021): Os exercícios funcionais, melhoram praticantes idosos em suas funções naturais, o treinamento funcional é uma ótima ferramenta para o indivíduo no controle das doenças crônicas, reabilitação funcional, prevenção e manutenção do corpo senescente. Sendo assim, é necessário que haja a prática regular de exercícios físicos para afastar os fatores de risco e obter benefícios para sua saúde (SOUZA; RAMOS; GOMES; 2018 apud MARTINS, SANTOS; BARROS, 2021). Reforçando essa ideia Ribeiro, Gomes e Brochado (2010, p.03) afirmam que idosos que apresentam uma prática regular de exercícios físicos estruturados “apresentam melhor mobilidade funcional, melhor equilíbrio e menor risco de quedas do que idosos não treinados”. 2.2.4 AGILIDADE É a capacidade de coordenação dos grandes grupos musculares em uma atividade particular. Considerada, dessa forma, uma capacidade coordenativa muito complexa e importante nas atividades e altamente dependente de capacidades motoras condicionais como força e velocidade (THEISS; SCHNABEL; BAUMANN, 1980), capaz de mudar de direção sem perda de velocidade, força, equilíbrio ou controle do corpo (COSTELLO; KREIS, 1993). A agilidade é uma das capacidades físicas que sofrem sensíveis declínios com o envelhecimento, podendo assim contribuir para uma maior debilidade na aptidão física e funcional do idoso, interferindo nas atividades diárias e, consequentemente, prejudicando sua autonomia, visto que essa interferência implica em sua rotina diariamente. Essa capacidade física é requisitada em muitas atividades do cotidiano do idoso, como andar desviando de outras pessoas e obstáculos, locomover-se carregando objetos e andar rapidamente pela casa para atender telefone ou a campainha. Portanto, manter bons níveis de agilidade pode contribuir na prevenção de quedas, fato muito comum entre indivíduos idosos. 19 Um dos testes mais utilizados na literatura para avaliar a agilidade em idosos é o teste de agilidade e equilíbrio dinâmico da bateria de teste da AAHPERD (American Aliance for Health, Physical Education, Recreation na Dance). Criado e focado para avaliar a população idosa, sendo relevante e propriamente visto como específico para os idosos. Segundo Osness et al. (1999, p. 4), o teste de agilidade e equilíbrio dinâmico envolve a atividade total do corpo (movimentar para frente, mudança de direção e mudança da posição do corpo). O teste se relaciona intimamente com os movimentos funcionais da pessoa idosa nas situações diárias da vida e possibilita uma verificação qualitativa desta aptidão funcional. Um bom nível de agilidade depende de outras capacidades físicas, como força muscular, flexibilidade e velocidade (BARBANTI, 1997, p. 51-53; ROCHA, 1995, p. 107). Apesar da diminuiçãode agilidade com o envelhecimento, verifica-se que idosos ativos apresentam níveis mais altos deste componente quando comparado a idosos sedentários. Os testes citados mostram que os níveis de agilidade respondem a vários tipos de programas de atividade física. Dado que aptidão funcional, de uma forma geral, e a agilidade, de forma especial, são dependentes do nível de várias capacidades físicas e habilidades motoras, então, um programa diversificado de atividades parece ser o mais indicado para desenvolvê-las, além de outras vantagens, como a de ser menos repetitivo, podendo ser mais motivante e atender uma gama maior de interesses individuais (MIYASIKE-DA-SILVA ET AL., 2002). 2.2.5 FORÇA A força é definida como uma capacidade física fundamental para a manutenção de uma ótima função motriz e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida (ROSA, 2012). Assim, a força muscular assinala-se pela “qualidade máxima de força que um músculo pode gerar em um padrão específico de movimento e em uma determinada velocidade de movimento” (FIDELIS ET AL., 2013, p.109). A redução da massa e força muscular por consequência do envelhecimento (sarcopenia) são características observadas e que vêm sendo relacionadas ao declínio funcional do idoso. Fatores como a inatividade física, alimentação errada, 20 desordens hormonais e do sistema nervoso central (SNC), entre outros, podem influenciar na instalação da sarcopenia, esse processo pode acontecer com indivíduos sedentários e também com os fisicamente ativos (VIEIRA ET AL., 2015). O envelhecimento causa uma redução do sistema nervoso central (SNC) e periférico por consequência o comprometimento do sistema neuromuscular, fator que resulta na perda de força muscular, amplitude de movimentos causando limitações das capacidades funcionais (CRUZ; TOUGUINHA, 2015). As principais consequências da sarcopenia e dinapenia estão nos altos índices de morbilidade e também no aumento de registros de incapacidade física dos idosos. A força é um fator importante para as capacidades funcionais, pois ela é essencial para a saúde e para uma vida independente. Os mesmos autores relatam que um programa bem organizado de exercícios físicos proporciona muitos benefícios a saúde, como o aumento da força, diminuição da gordura corporal e melhoria do desempenho físico na realização de atividades do cotidiano (FLECK; KRAEMER, 2006, apud ALMEIDA; TEIXEIRA, 2013). Dentre os diversos tipos de exercícios físicos para a população idosa, o treinamento funcional se destaca, pois ele busca melhorar e recuperar as capacidades funcionais perdidas com o passar dos anos, através de exercícios específicos. Contudo, os exercícios funcionais podem proporcionar um processo de envelhecimento ativo com uma melhor qualidade de vida, aumento da autoestima e bem-estar desse indivíduo. 21 3. CAPÍTULO 2: ANALISAR OS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS PARA OS IDOSOS 3.1 INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA Analisar e elaborar a prescrição correta de um programa de exercício físico para a terceira idade, sobretudo, é imprescindível conhecer inicialmente os aspectos, necessidades, estado de saúde e limitações desse público, em que o princípio da individualidade biológica entra de forma significativa. Esse princípio desportivo, segundo Colantonio et al. (2022 p.3), diz que “denomina-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos na mesma espécie, o que faz com que não existam duas pessoas iguais”. Dessa forma, cada ser humano é caracterizado por dois termos que transmite cada estímulo de maneiras diferentes: o genótipo, que se refere a carga genética que uma pessoa recebeu, estabelecendo diversos fatores; e o fenótipo, que são os fatores externos modificados após o nascimento do indivíduo (DANTAS, 1995; TUBINO, 1984, apud PARCEIRA ET AL., 2020). O planejamento na análise dos exercícios físicos para idosos são de formas específicas, para que alcance o alto rendimento e resultados individualmente. Conforme Sens (2018 p.1), “a periodização é um sistema usado para alternar o volume e a intensidade de treinamento, com o objetivo em melhorar o desempenho e a recuperação”. Para Alexandre e Aurélio (2021), a periodização se torna um programa de treinamento, com estímulos diferentes separados por ciclos (macrociclo, mesociclo, microciclos), sendo modificado a cada ciclo concluído, e organizado de acordo com o objetivo do indivíduo para atingi-lo. Dessa forma, objetivos satisfatórios poderão ser atribuídos, caso os praticantes obedeçam e realizem o devido treinamento previamente estabelecido com variáveis e estímulos diferentes. Levando em consideração todos esses aspectos, vale ressaltar a importância do cuidado na escolha dos exercícios, na prescrição do treinamento realizado para idosos. Ademais, focar no aprendizado das técnicas e execução, analisar a postura e respiração contribui para a diminuição do índice de lesões e, consequentemente, melhora o bem-estar físico, social e psicológico. 22 3.2 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA Queiroz e Mejia (2016) dizem que a avaliação física é uma ferramenta muito importante para o profissional de Educação Física, através dela pode-se reunir dados para se basear e fundamentar sua decisão sobre o método de treinamento que será utilizado, qual tipo de exercício e os demais procedimentos que serão adotados para a prescrição de exercícios. Para Machado e Abad (2012, apud MARIA A, ADRIANO M, WESLEY S, 2021), a avaliação física é o passo inicial para todo planejamento esportivo, ela irá fornecer informações ao profissional de Educação Física, para que ele possa diagnosticar, verificar e acompanhar a evolução do treino. É através dela que pode se determinar o processo em que o indivíduo se encontra, sendo este procedimento fundamental para estabelecer objetivos importantes para a prescrição de exercício físico. Esse fato fica evidente que, através da avaliação física, podemos colher informações sobre o nível das aptidões físicas do indivíduo, como a flexibilidade, composição corporal, a cardiorrespiratória e neuromuscular, que serão utilizados como bases para identificar o estado de saúde ou performance do indivíduo (PRESTES; MOURA; HOLF, 2002, APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). Segundo Nunes - Júnior (2012, p.15 APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021), a avaliação física é: Um instrumento composto por diversos testes e medidas chamados de testes antropométrico e ergométrico, que indicam o estado atual do condicionamento físico, seja muscular, cardiorrespiratório ou de gordura, que devemos utilizar para avaliar o aluno e o trabalho realizado, podendo, assim, prescrever e direcionar o treinamento de maneira mais específica, o que irá levar a melhores resultados. Dessa forma, a avaliação física deve ser ampla e sistemática, buscando os objetivos e características do avaliado, podendo ser composta por anamnese completa, análise de fatores de risco para coronariopatia, classificação de riscos, verificação dos principais sintomas ou sinais sugestivos de doenças cardiovasculares e pulmonar, testes neuromotores, medidas antropométricas, avaliação metabólica, avaliação cardiorrespiratória e avaliação postural (CONFEF, 2014 APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). 23 Anamnese – para Silva et al. (2018), trata-se de um questionário investigativo que consiste na coleta de informações sobre hábitos, estilo de vida e históricos do avaliado, sendo um instrumento muito importante para alertar o profissional de Educação Física sobre possíveis pontos mais importantes que necessitam de treinamento de exercício físico. Nesse questionário, são integradas diversas perguntas acerca do histórico familiar, sintomas e possíveis fatores relacionados às doenças de risco do sujeito. A anamnese deve ser direcionadapara o público geral ou específico (sexo, idade, patologia, esporte). Ela deve, de maneira geral, conter os seguintes pontos: identificação, histórico clínico, histórico familiar, hábitos e nível de atividade física do sujeito (ACSM, 2014 APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). Avaliação Antropométrica – a antropometria é estabelecida como o estudo das medidas de dimensão e extensão do corpo humano (ARAUJO, 2015). As peculiaridades dos métodos de contribuição das medidas antropométricas são indispensáveis para assegurar a fidelidade do diagnóstico nutricional de uma população ou indivíduo. Desse modo, o pesquisador deve efetivar minuciosamente as dimensões, que a qualificação das informações arrecadadas é de vital relevância (GOMES ET AL., APUD MARIA A; ADRIANO M; WESLEY S, 2021). Dobras Cutâneas – os métodos para avaliação da composição corporal podem ser classificados em métodos diretos, indiretos ou duplamente indiretos (CARVALHO ET AL., 2018). Os métodos duplamente indiretos são os mais utilizados devido ao fácil acesso e baixo custo. O mais simples é o IMC (Índice de Massa Corporal), que tem sido largamente utilizado como diagnóstico de sobrepeso e obesidade (BORGA ET AL., 2018, CARVALHO ET AL., 2018). Avaliação Cardiovascular – o exame para avaliação cardíaca de maior precisão realizado na atualidade é o ecocardiograma, tendo um custo elevado e baixa disponibilidade no departamento de emergência. O POCUS (Point-Of- CareUltrasound) consiste num aparelho portátil e de baixo custo. O estudo cardíaco é realizado em menos de 10 minutos no leito do paciente, e permite uma rápida identificação de alterações. O POCUS é atualmente utilizado por muitos profissionais como uma extensão do exame físico e tem se mostrado muito relevante na avaliação cardiovascular. Esse exame permite identificar anormalidades cardíacas que não são identificadas somente 24 com anamnese e exames físicos (LEE, 2022; EL-HUSSEIN ET AL., 2022; MIRABEL ET AL., 2015; LEE, 2020; BHAGRA ET AL., 2016; COLCLOUGH, NIHOYANNOPOULOS, 2017). Avaliação da Flexibilidade - essa se apresenta como uma ferramenta relevante no fator de capacidade funcional do sujeito para realizar tarefas diárias e dores nas regiões lombar e cervical. Um dos testes mais utilizados para avaliação de grau da flexibilidade é o teste “sentar e alcançar”, este apresenta baixo custo e fácil aplicação. Foi apresentado que os efeitos agudos relacionados ao torque produzido pelo alongamento dependem da flexibilidade do indivíduo (PRESTES; MOURA; HOPF, 2002; BABAULT ET AL., 2015). Avaliação Postural - Segundo Queiroz e Mejia (2016, p.9) afirmam, tem como objetivo detectar possíveis desníveis posturais, como escoliose, cifoses, vícios posturais, atitudes posturais causadas por diversos problemas psicoemocionais, doenças, traumatismos, enfermidades e algum tipo de desequilíbrio da força muscular. Destaca-se, também, que há a associação de adoção de hábitos posturais incorretos e a presença de dor durante a realização de atividades como assistir TV, jogar vídeo game e ficar de pé (MINGHELLI; OLIVEIRA; NUNES, 2016). Os vícios posturais são considerados um desalinhamento estético e corporal que modificam a estética e a dinâmica do corpo. De acordo com as autoras Queiroz e Mejia (2016), uma das formas de diagnosticar esse desalinhamento estético corporal é através de uma avaliação subjetiva, que geralmente é realizada a “olho nu”, também pode se fazer uma avaliação um pouco mais complexa através da fotometria computadorizada, sendo ela de um custo elevado e que geralmente é realizada em laboratório. Desse modo, avaliação postural é extremamente importante na intervenção de um programa de atividades físicas ou desportivas, pois, se ela não for realizada de forma adequada, poderá maximizar o problema postural que, consequentemente, resultará em alguma enfermidade ou até doença mio articulares crônico degenerativas decorrentes de treinamento físico inadequado (QUEIROZ; MEJIA, 2016). 25 3.3 EXERCÍCIOS FUNCIONAIS BASEADOS EM CAPACIDADES FÍSICAS: FORÇA, AGILIDADE, POTÊNCIA E EQUILÍBRIO Envelhecer de forma saudável requer diariamente a busca pelo desenvolvimento e manutenção das capacidades físicas e funcionais perdidas com o avançar dos anos. Logo, a prática de exercícios que trabalham a funcionalidade do corpo é indiscutível para a saúde física do idoso. Praticar exercício físico regularmente permite ao idoso se sentir mais disposto, aumenta a disposição para realizar tarefas e apresenta mais vontade de viver (AZEVEDO FILHO, 2018). Funcionalidade é o termo dado à realização de determinada atividade de forma independente, sendo um fator essencial para a execução das atividades de vida diária. Assim, o declínio da capacidade funcional traz impactos significativos para o indivíduo, principalmente no que diz respeito a sua interação social, afetando as relações interpessoais e o bem-estar (COSTA ET AL., 2017, apud GUEDES, CAROLINE ARAÚJO ET AL., 2022). Com base nas respostas obtidas estudo de Teixeira et al. (2016), na perspectiva do termo funcional, os fatores e objetivos estão ligados previamente à função, utilizando-se da base de princípio da especificidade, com isso, “o treinamento funcional assume características das atividades cotidianas, sendo integrado, assimétrico, acíclico e multiplanar” (ibdem, p. 202). O treinamento de força se torna grande aliado nessa batalha, visto que esse método promove aumento no ganho de força e consequentemente diminui a perda de massa muscular, além de melhorar o equilíbrio, flexibilidade e os demais benefícios que são eficazes na amenização dos efeitos da sarcopenia e transformações fisiológicas proveniente do envelhecimento (BARROS, SKAIDA, MARQUES, 2016). As perdas de funções, juntamente com o decréscimo da massa, pertencem inevitavelmente do processo natural de envelhecimento. No entanto, podem ser possivelmente recuperadas, resultantes de uma melhora no desempenho motor humano e condicionamento físico. Dito isso, os exercícios funcionais participam e influenciam, além de prevenir de forma fundamental as deficiências físico-motoras e musculares relativas à idade. O exercício físico irá trazer resultados positivos sobre a massa muscular, força e potência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, equilíbrio e 26 cognição. Para isso, temos a proposta de um método eficaz, seguro e de baixo custo, sendo este o treinamento funcional (TF), além da versatilidade em poder ser feito em diversos ambientes e espaços (RESENDE – NETO ET AL., 2016, apud ADEILSON SOUZA, 2020). Treinar a força em idosos se utilizando de exercícios funcionais adequados e individualizados ajuda na prevenção de episódios como quedas, decorrente da diminuição da massa muscular. Nesse contexto, estudos evidenciam que a prática regular de exercícios físicos apropriados é capaz de recuperar, manter ou mesmo desenvolver a condição física e cognitiva de indivíduos idosos, protegendo-os de cair (NASCIMENTO ET AL., 2019). Agachamento: O agachamento livre é um dos mais completos exercícios físicos funcionais utilizados, uma vez que ele “imita” a atividade funcional para movimentos do dia a dia. A prática do agachamento pode auxiliar no fortalecimento e aumento da resistência, principalmente na musculatura dos membros inferiores (ESCAMILLA, 2001, apud REIS, 2019). O movimento de agachamento tem início com o indivíduo na posição de pé, com tronco, joelho e quadris estendidos, em seguida o movimento é executado com flexão dos quadris e joelhos, até atingir a profundidade desejada, logo após, ocorre a volta para a posição vertical em movimento contínuo (PALMITIER, 199 apud REIS, 2019). Se tratando do público da terceira idade, vale salientar as limitações e dificuldades dos indivíduos inativos fisicamente perante a execução do exercício.Neste caso, surge a necessidade de adequar o exercício a eles, respeitando suas individualidades. Logo, o agachamento livre pode ser realizado com o auxílio de um banco ou caixote, contribuindo para o melhor desenvolvimento funcional. Segundo Elias (2020), realizar o agachamento de forma regular proporciona uma melhoria na força superior do corpo e não praticá-lo causaria limitações de movimento e, consequentemente, o enfraquecimento dos músculos responsáveis por sentar e levantar. Portanto, o agachamento é um grande aliado do envelhecimento saudável se executado e orientado da forma correta. 27 Segundo estudos, a prescrição recomendada do treinamento funcional com resultados benéficos para melhorar as capacidades físicas e variáveis relacionadas às DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) em idosos seria um treino com duração de no mínimo 30 minutos, com frequência semanal de duas a três vezes. A seleção de exercícios deve ser baseada em sua capacidade de transferência para as atividades diárias. O planejamento e as prescrições de exercícios devem se atentar aos diferentes condicionamentos físicos, que podem ser cardiorrespiratórios, flexibilidade e força muscular. Ao realizar o treinamento funcional para idosos, é necessário que haja uma atenção às variáveis como modalidade, duração, frequência, intensidade e modo de progressão de cada exercício, para que assim possa ter uma segurança maior em relação ao risco-benefício (HERMANN, 2021). Vale ressaltar que, para os idosos, os membros inferiores são os que mais sofrem com os declínios fisiológicos do processo de envelhecimento. Desenvolvendo um plano organizado a cada pessoa, pode-se haver uma melhora da força e da potência nesta região (HERMANN, 2021). Ademais, D’Elia (2016) apud Hermann (2021) afirma que é possível realizar um treinamento funcional obtendo bons resultados usando apenas o peso do próprio corpo. Segundo D´Elia (2016, p.28), a agilidade traduz a forma como o usuário consegue organizar o corpo para produzir movimento. Cabe ao profissional de Educação Física adaptar esses exercícios para que todo praticante tenha benefícios. O resultado será sempre um corpo mais inteligente, respondendo com rapidez e eficiência a problemas que exigem mudança de direção ou saltos, sempre com uma postura correta, tanto nas AVDS quanto nos esportes. O treino de agilidade tem como objetivo a manutenção das capacidades funcionais com maior facilidade e menor nível de esforço. Segundo as recomendações do ACSM, esse treinamento é composto por exercícios com combinações de alta velocidade com deslocamentos e mudanças de direção. Podendo ser praticado 3 vezes na semana, sem estipulação de intensidade, somente o aumento da complexidade dos exercícios (PEREIRA, 2017). 28 Sprints contra a parede: Tem como objetivo aprimorar a agilidade linear e a coordenação de membros inferiores, enfatiza a propriocepção, o equilíbrio e a agilidade em base unipodal, iniciando com as mãos apoiadas na parede e com um joelho elevado, fazendo uma leve flexão de joelhos e quadris. Além disso, a agilidade é uma capacidade que está relacionada com atividades do cotidiano dos idosos, como andar, desviar de pessoas ou obstáculos rapidamente (FAUSTINO; KUMMER; RIBAS, 2016). Deslocamento na escada 1X1 frente e trás: Esse exercício objetiva o aprimoramento da agilidade e coordenação de membros inferiores. O exercício inicia de frente para a escada, com um passo à frente alternando as passadas, posicionando apenas um pé em cada quadrado. Os movimentos devem ser realizados na velocidade máxima que o praticante conseguir controlar, tentando manter o core ativado durante a execução e evitando movimentos excessivos do tronco (D’ELIA, 2016). Deslocamento lateral com elástico: O objetivo desse exercício é aperfeiçoar a agilidade lateral e linear e a coordenação de membros inferiores. O movimento inicial será correr no lugar alternando os movimentos de membros superiores e inferiores, mantendo a ativação do core, postura e foco visual durante a execução do exercício (D’ELIA, 2016). Tudo envolve agilidade nas ações ocorridas em ambientes dinâmicos, como uma luta num tatame, um idoso atravessando a rua ou uma criança jogando futebol. Mesmo forte e resistente, um indivíduo sem agilidade não conseguirá realizar estas tarefas da melhor maneira. Para Lima e Paula (apud SANTOS; NASCIMENTO; FAGUNDES, 2018). potência é a capacidade de produzir força com rapidez através dos músculos, tendo como sugestão o treinamento de potência muscular através de exercícios explosivos que, por sua vez, vêm sendo designado como estratégia para melhorar a velocidade de movimento. Logo, para Almeida e Teixeira (apud SANTOS; NASCIMENTO; FAGUNDES, 2018). a potência é o resultado do aperfeiçoamento da força, velocidade e agilidade. 29 Arremesso com os pés paralelos e rotação lateral: Exercício cujo objetivo é aprimorar o controle e potência rotacional do core. Aprimora a sinergia de movimentos entre quadris e tronco. O exercício se inicia de lado para a parede, com os pés afastados na largura dos ombros, os joelhos e quadris levemente flexionados, segurando uma medicine ball à frente do corpo, com os pés posicionados sobre o antepé, tirando o calcanhar do solo, rodando tronco e quadris para o lado do pé que está apoiado no solo (HERMANN,2021). Arremesso unilateral com base anteroposterior Tem como objetivo aprimorar controle e potência rotacional do core, integrar potência do core e membros superiores unilaterais. O movimento se inicia com a rotação do tronco e quadris, de maneira simultânea e veloz, liberando o calcanhar de trás. A bola será arremessada contra o rebatedor, fazendo uma extensão completa do cotovelo. Os braços devem ser mantidos à frente para receber a medicine ball, retornando à posição inicial e repetindo o movimento alternando os lados, (HERMANN, 2021). Exercícios de equilíbrio para idosos são positivos, pois proporciona a diminuição de quedas e a melhora das funções cognitivas e a resistência cardiovascular, adquirindo a independência e melhorando, também, os hábitos do dia a dia. Esse programa de exercícios sendo executado antes de uma sequência de treino se torna mais válido. Tribess e Sindra (2005, p.7) afirmam que: Os exercícios devem ter duração de 10 a 30 segundos com 2 a 3 repetições para cada posição ou exercício, perfazendo um total de 10 a 15 minutos. Os exercícios de equilíbrio podem ser do tipo estático e/ou dinâmico, que envolvam combinações de manipulação, ausência do estimulo visual, giros lentos e coordenação motora. Avião: Apoio unipodal e esquerda, com sistema visual e apenas um dos pés apoiados ao solo, de início pode apoiar-se em uma parede ou com a ajuda de um indivíduo, onde faz a flexão do tronco. Esse exercício trabalha o equilíbrio, fortalece a 30 musculatura dos joelhos, tornozelos e quadril. Com níveis mais avançados é usado o apoio de um jump ou disco (NUNES, 2010). Subir e descer escadas: Para Santos & Santos (2005), o idoso realiza a caminhada subindo e descendo escadas com a intensidade que conseguir, durante um tempo que será determinado conforme o desempenho de cada um. Se for necessário, deve-se apoiar em um corrimão. Esse exercício além de trabalhar o equilíbrio ele ajuda na perda de peso e ganhos de massa muscular na região do quadríceps, abdômen e glúteos. Abdominal supra na bola suíça: Deitado sobre a bola suíça, com um peso sobre o peitoral ou sem o peso, esse processo será definido de acordo com o desenvolvimento de cada indivíduo quando for realizado e, com isso, o praticante idoso faz a flexão anterior do tronco, respirando e relaxando os ombros. Esse exercício trabalha o reto do abdômen, oblíquo externo e interno (CARDOSO ET AL., 2017). Apoio no disco: Realizado bipodal e unipodal, sendo executado unipodalcom exatamente um pé apoiado ao disco. Dessa forma, proporciona um grau de dificuldade, podendo ser realizado primeiramente com o apoio em uma superfície, depois sem. Esse exercício desenvolve o equilíbrio e fortalece joelhos, tornozelos e quadril (GOMES E RAQUEL, 2012). Equilíbrio estático: De acordo com Santos & Santos (2005), o idoso fica somente com uma perna apoiada ao solo, mantendo o corpo mais ereto possível e, em casos de dificuldades, apoia-se uma das mãos em uma superfície, ou faz a adução dos braços deixando-os parados, se continuar, pode-se ter um auxílio de um indivíduo apoiando-se nele. Para os mais avançados, realiza-se com os olhos fechados. 31 Equilibrar sobre uma superfície: Conforme Costa et al. (2012 apud Justino et al 2018), o idoso caminha sobre uma superfície instável, repetindo a tarefa por 3 vezes. Par esse exercício, é orientado que se realize descalço, levando em consideração a individualidade biológica, em que o material que pode ser usado é o colchonete ou edredom, para que, com isso, melhore a propriocepção dos idosos. Com o propósito de sugerir e comprovar através da análise com embasamento teórico e científico sobre a seleção dos exercícios supracitados, é válido reforçar que a prática regular de exercícios físicos funcionais auxilia e pode retardar os declínios advindos do processo de envelhecimento. De acordo com Lucas M. (2018), para que se tenha o resultado esperado de um treinamento funcional, é preciso que os programas sejam cuidadosamente planejados e com atenção focalizada na frequência e na duração do treinamento, velocidade, intensidade, duração e repetição da atividade, e intervalos de repouso. Segundo Stocco (2017, apud LUCAS M., 2018), através do treinamento funcional pode-se trazer benefícios para aptidão física, minimizando as perdas próprias do processo de envelhecimento no individuo fisicamente ativo, bem como auxiliando o quadro mental, psicológico e social. Afinal, a saúde nada mais é que um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade, como notoriamente definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, a participação do idoso em programas de exercício físico regular fornece respostas favoráveis que contribuem para o envelhecimento saudável. 32 4. CAPÍTULO 3: RELACIONAR AS MUDANÇAS FISIOLÓGICAS COM OS EXERCÍCIOS FUNCIONAIS 4.1 SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O ENVELHECIMENTO O sistema nervoso central (SNC) é o sistema biológico mais comprometido com o processo do envelhecimento, pois é o responsável pela vida de relação (sensações, movimentos, funções psíquicas, entre outros) e pela vida vegetativa (funções biológicas internas). Sua perda é influencia diretamente nas alterações do equilíbrio corporal, postura e marcha da senescência (DALLA, BANKOFF; p.19, 2019). O sistema nervoso, após atingir sua maturidade, sofre com os impactos causados devido o envelhecimento. De forma geral, com o passar da idade, o cérebro tende a apresentar uma maior atrofia nas regiões do hipocampo, córtex frontal, parietal e temporal, regiões tradicionalmente relacionadas com funções de memória, motricidade, planejamento motor e associação de informações (MURMAN, 2015; SUGIURA, 2016 apud SCIANNI ET AL., 2019, p. 82). Segundo Cochar et al. (2021, p. 5): Sabe-se que com o processo de envelhecimento há um aumento no nível circulante de citocinas inflamatórias que deprimem o sistema imunológico aumentando o risco de infecções. Assim, com o envelhecimento, o sistema tem as respostas imunológicas comprometidas – processo denominado imunossenescência – que acarreta maior vulnerabilidade a doenças, físicas ou até mesmo psicológicas e que refletem no estado emocional e social. Dessa forma, compreende-se que o avançar da idade compromete a habilidade do sistema nervoso central de realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos, os quais são imprescindíveis para a manutenção do equilíbrio corporal e capacidade funcional (COCHAR ET AL., 2021, p. 6). Além do mais, em decorrência do envelhecimento cerebral, ocorre a perda de neurônios de forma constante e a redução do volume cerebral. Por sua vez, a disfunção do SNC tem relação, principalmente, com as doenças neurodegenerativas. O comprometimento dos sistemas sensoriais em enviar informações adequadas para o SNC pode ocorrer pela presença de doenças, uso de medicamentos e pelo próprio processo de envelhecimento. Estudos constatam que mudanças no equilíbrio começam na meia idade, se manifestam mais frequentemente 33 com o decorrer da senescência e apresentam maior dificuldade em selecionar e pesar as referências para o SNC quando há incoerência ou ausência de algum dos sistemas (NUNES, 2020, p. 13). 4.1.2 OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO Segundo Mcauley e Mooney (2015), do ponto de vista biológico, o processo de envelhecimento passa por uma série de alterações, sendo metabólicas, alterações na função mitocondrial e diminuição da sensibilidade à insulina, na utilização de substratos e no metabolismo energético, contribuindo para que ocorra um aumento das doenças crônicas não transmissíveis. Esse fenômeno é visto como uma ambiguidade, visto que houve um aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes, cardiopatias e disfunções musculoesqueléticas, além do sobrepeso e da obesidade resultantes da interação complexa entre excesso alimentar e sedentarismo e, no caso do envelhecimento, alterações fisiológicas que afetam diretamente o metabolismo do ser humano (LIU; LI, 2015 apud CHRISTIANO et al., 2018, p.24). As alterações no metabolismo energético são consideradas como um ponto marcante no processo de envelhecimento. Pesquisadores buscam entender a relação entre metabolismo e envelhecimento, enfatizando o entendimento de como a mitocôndria pode participar desse processo (RIERA; DILLIN, 2015). Para Payne e Chinnery (2015), essa relação tem grande importância. Ao que tudo indica, a hipótese mais conhecida e mais antiga para explicar o envelhecimento está na teoria dos radicais livres, que propõe a mitocôndria com papel central e como a principal fonte de espécies reativas de oxigênio (ERO), levando o DNA mitocondrial a sofrer mutações. A mutação mitocondrial tem função vital no entendimento das alterações. Morfológica, funcional e metabólicas que ocorrem com o envelhecimento, porque ultimamente a mitocôndria não tem sido vista como uma organela com função bioenergética simples, mas como uma espécie de plataforma de sinalização intracelular reguladora imunidade inata e modeladora. Das atividades das células-tronco. Assim a mitocôndria pode regular o envelhecimento celular, por meio da modulação do perfil metabólico da célula (SUN; YOULE; FINKEL, 2016 apud CHRISTIANO et al., 2018, p.26). Alguns dos processos de envelhecimento relacionados à idade podem ser gerados por radicais livres, tanto de fontes endógenas, como: respiração de oxigênio e inflamação, quanto de fontes exógenas, como radiação solar, álcool e tabaco 34 (BOCHEVA ET AL., 2019). Eles causam a destruição das células através do oxigênio reativo que reduz a capacidade de defesa com suas propriedades antioxidantes, levando ao envelhecimento (LIGUORI ET AL., 2018). As espécies reativas de oxigênio produzida pelas mitocôndrias estão intimamente envolvidas no processo do envelhecimento, danificando os componentes da mitocôndria, iniciando o seu processo de degradação, contribuindo para um envelhecimento mais acelerado (BONOMINI; RODELLA; REZZANI, 2015). Em relação a esses efeitos do aumento das ERO na mutação mitocondrial, pode-se dizer que a prática de exercício, especialmente os aeróbicos, nem papel fundamental, pois causas no início, aumento das ERO, que, com a prática emlongo prazo é compensado pelo estímulo da biogênese e eliminação de radicais livres (PAYNE; CHINNERY, 2015 apud CHRISTIANO et al., 2018, p.26). Assim, os estudos realizados em moléculas antioxidantes mostraram que uma molécula antioxidante tem a capacidade de evitar a oxidação de outras moléculas, defendendo as células contra os danos provocados pelos radicais livres (ROCHA ET AL., 2016). Os baixos níveis de antioxidantes ou inibição das enzimas antioxidantes acabam gerando estresse oxidativo, acarretando na deterioração da célula, até mesmo a morte dela (SIEPELMEYER ET AL., 2016). Para Melzer (2021), havendo a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, é possível eliminar os radicais livres, tornando o processo de envelhecimento mais lento. Somando a alimentação ao estilo de vida saudável, controlando o peso corporal e praticando regularmente exercícios físicos, diminuem-se a formação de radicais livres, assim como estresse oxidativo no corpo humano (FERREIRA ET AL., 2020). Sendo o exercício físico um gerador de estresse oxidativo e de RL ao organismo, cabe à um profissional capacitado sistematizar o treino, uma vez que o mesmo é capaz de induzir positivamente adaptações aos nossos sistemas antioxidantes de defesas em resposta a produção de RL crescentes (ANTUNES NETO et al., 2018 apud MORAES, et al, 2018, p.13). Segundo Demince et al. (2010 apud MORAES ET AL., 2018), os diferentes tipos de treinamento envolvendo hipertrofia, treinamento de força, resistência moderada e até mesmo em apenas uma sessão de exercícios de resistência foram comprovados que os exercícios induzem, no plasma, o estresse oxidativo e aumento da produção de radicais livres. Porém, eles também colaboram para o aumento da capacidade antioxidante, tanto do sangue quanto do músculo. 35 4.1.3 SISTEMA CARDIOVASCULAR Com o processo de envelhecimento o sistema cardiovascular sofre algumas alterações, tais como aterosclerose, diminuição da distensibilidade da aorta e das grandes artérias, comprometimento da condução cardíaca e redução na função barorreceptora. Essas alterações aumentam as chances do desenvolvimento de Doenças Cardiovasculares (DCV). Atualmente, as DCV são as maiores causadoras de óbito no país (COUTO; CONOPCA; MARQUES, 2020). Com o avançar da idade há alterações nas funcionalidades influenciadas pelo processo de envelhecimento, dentre elas destacam-se a capacidade funcional e alterações no sistema cardiovascular. Em relação ao sistema cardiovascular, essas modificações comprometem a qualidade de vida do idoso e aumentam o risco de morte desta população (SANT’ANA, 2019). Os idosos possuem um déficit na função cardiovascular por conta do declínio causado na aptidão cardiorrespiratória, sendo que o VO2max sofre uma queda de 10% em sedentários e de 5% em ativos. Com isso, são desenvolvidas alterações prejudiciais nas variáveis cardiovasculares, como diminuição da frequência cardíaca (FC), da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e aumento da pressão arterial sistólica e da pressão arterial diastólica (SANT’ANA, 2019). “Alterações cardíacas no idoso predispõem o surgimento de arritmias e espessamento da parede do miocárdio, o que também reduz a função cardíaca e aumenta o risco de fibrilação atrial” (CARDOZO; SANTOS, 2020, p.2). As complicações cardiovasculares estão relacionadas ao processo de envelhecimento cronológico e biológico afetando de forma expressiva o sistema cardiovascular do idoso. As doenças cardiovasculares influenciam significativamente no aumento das demandas hospitalares. Vêm sendo demonstrada três alterações cardiovasculares que se relacionam ao envelhecimento; são eles: prolongamento do relaxamento do miocárdio e disfunção diastólica; aumento da rigidez arterial e diminuição da responsividade adrenérgica (JUNIOR, 2016). De acordo com Germano (2019, p.1): Através de exames mais sofisticados observa-se um coração mais rígido com o tempo de sístole (contração) aumentando e o tempo de diástole 36 (relaxamento) diminuindo. Pode-se achar também: disfunção sistólica, disfunção diastólica e até isquêmica (má nutrição e oxigenação) do coração sem maiores obstruções das coronárias. Estas alterações pelo envelhecimento natural do sistema cardiovascular constituem o chamado continuum do envelhecimento cardiovascular. Em relação às alterações funcionais, o controle autonômico cardíaco é consequentemente afetado pelo processo de envelhecimento. Sendo assim, tanto a frequência cardíaca intrínseca quanto ao tônus simpático e parassimpático do coração sofrerão alterações, como a diminuição do tônus vegal, atenuação dos mecanismos regulatórios autonômicos e aumento do tônus simpático (LADEIRA; MAIA; GUIMARÃES, 2017). 4.1.4 SISTEMA MUSCULAR O sistema muscular são músculos presentes no corpo humano, cuja células ou fibras musculares que possuem a capacidade de permitir a contração e produção de força e movimentos. As fibras apresentam inúmeras funções, tais como locomoção, rigidez estrutural ao corpo, sustentação e controle de temperaturas atingindo, assim, movimentos voluntários e visíveis e os movimentos involuntários internos associados aos órgãos viscerais (AZEVEDO, 2021). Diante disso, no envelhecimento ocorre diversas alterações no sistema muscular, que sucede a perda decorrente da massa muscular. Esse processo passa a alterar o número de fibras e de tecido muscular, que diminuem gradativamente. Para Stéfane et al. (2020), o declínio da força e massa muscular é um dos casos mais frequentes nessa faixa etária, no qual o treinamento funcional entra de forma significativa para retardar esse processo. Segundo Eloisa (2019, p.5): Durante o envelhecimento haverá sim uma redução da força muscular, sendo em 40% nos membros inferiores e 30% nos membros superiores, iniciando- se entre 30 e 40 anos, evoluindo gradativamente até os 60 anos, ocasionando perda das fibras musculares e diminuição da força. Se o músculo não é estimulado no idoso, este manifestará movimentos mais lentos e ocorrerá perda de força, surgirá uma postura hipercifoica e dificuldade de deambulação. Os músculos são compostos por feixes e constituídos por miofilamentos que captam as miofibrilas, visto que, no momento em que se agrupam, geram as fibras musculares. Neste caso, na velhice há modificações evidentes na perda de unidades 37 motoras, sendo que as placas motoras nos idosos são mais numerosas, e as placas sinápticas vêm a ser mais amplas à medida que ocorre a diminuição do contato entre o axônio e a membrana plasmática (VIVIANI, 2020). Há diversos fatores que fazem com que o músculo perca a sua habilidade em produzir força; algumas delas são: as alterações estruturais na miosina, queda na qualidade muscular e a redução da aceleração na contração do idoso (ROCHA ET AL., 2020). Consequentemente, o idoso sofre uma dificuldade no processo em que ocorre a contração muscular, pois as fibras que contraem rapidamente acabam diminuindo e, deste modo, não possuem a capacidade de contrair da forma necessária. Para Viviani (2020; p.17): A contração muscular terá menor qualidade e a força e a coordenação de movimentos perdendo sua eficácia. Há ainda a diminuição em número e volume das fibras de contração rápida, ou denominadas de tipo ll. Nas fibras de contração lenta, ou denominadas de tipo l, ocorre a diminuição no número, porém em menor proporção que as do tipo ll. Afirma-se que quando acontece a perda das fibras musculares, estas são substituídas pelo tecido conjuntivo com o consequente aumento do colágeno intersticial no músculo do idoso. Como citado anteriormente, o tecido conjuntivo promove diversas funções. Uma delas é a sustentação do armazenamento e elasticidade para o corpo humano. Esse tecido contém fibras de colágeno composta por proteínas. Sendo assim, com o envelhecimento, há um decréscimo dessas