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UNINGÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO Curso: Engenharia Civil NOME: Letícia Gleiciny da Silva Pereira RA: 201841-25 Polo: Ibaiti 2025 – Campus: Maringá RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE (FÍSICA l) INTRODUÇÃO As aulas práticas de Física são fundamentais para que possamos perceber, de forma mais próxima e concreta, como os conceitos teóricos estudados se manifestam no dia a dia. Durante a disciplina de Física I, tivemos a oportunidade de realizar experimentos que envolvem temas essenciais, como movimento retilíneo uniforme (MRU), movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), movimento retilíneo uniformemente variado de queda livre, Lei de Hooke, estática, densidade de líquidos e dilatação térmica. Esses conteúdos são a base da Mecânica Clássica e estão diretamente ligados ao estudo do movimento e do comportamento da matéria. O MRU, por exemplo, descreve situações em que a velocidade é constante; já o MRUV mostra como os corpos se comportam quando estão acelerados de forma uniforme. A queda livre é um caso específico de MRUV, muito conhecido, pois está presente em situações do nosso cotidiano. A Lei de Hooke, por sua vez, explica como as molas e materiais elásticos reagem quando submetidos a forças externas. Também estudamos a estática, que trata do equilíbrio das forças e torques em corpos rígidos. Por fim, exploramos fenômenos ligados à matéria e ao calor, como a determinação da densidade de líquidos e a dilatação linear de sólidos. De forma geral, esses experimentos nos permitiram observar na prática os conceitos discutidos na teoria, tornando o aprendizado mais dinâmico e significativo. OBJETIVOS Experimento I: Determinar a velocidade em um movimento retilíneo uniforme (MRU). Experimento II: Calcular a aceleração média em um movimento retilíneo uniformemente variado em um trilho de ar. Experimento III: Calcular a aceleração gravitacional, em movimento retilíneo uniformemente variado em queda livre. Experimento IV: Calcular a constante elástica de uma mola. Experimento V: Compreender as condições de equilíbrio estático em um corpo rígido. Experimento VI: Determinar a densidade de líquidos e classificar os líquidos. Experimento VII: Determinar e classificar o coeficiente de dilatação linear. MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados trilho de ar, cronômetros digitais, esfera metálica, dispositivo de queda livre, escala, mola, corpo de prova, régua de 400 mm, tripé, béquer de 100 ml, seringa de 10 ml, balança digital, líquidos, dilatômetro linear. Em cada experimento, as grandezas físicas foram medidas mais de uma vez, para reduzir possíveis erros. Após isso, calculamos valores médios e aplicamos as fórmulas correspondentes a cada fenômeno físico estudado. Os dados obtidos foram organizados e comparados com valores de referência, sempre buscando compreender as diferenças encontradas. RESULTADOS E DISCUSSÃO No experimento de MRU, obtivemos velocidade média de aproximadamente 0,51 m/s, valor condizente com a teoria, já que nesse tipo de movimento a velocidade deve ser constante. No MRUV, a aceleração média encontrada foi de 1,08 m/s². Ela depende diretamente da distância percorrida e do tempo necessário para percorrê-la (variação do espaço). Utilizando a equação da cinemática, foi possível calcular a aceleração média de forma precisa. Na queda livre, obtivemos uma aceleração de 8,57 m/s², valor próximo, mas um pouco abaixo do teórico da aceleração gravitacional (9,8 m/s²). Essa diferença pode ser explicada pelas limitações de medição do tempo. Aplicando a Lei de Hooke (Força elástica), determinamos a constante elástica da mola como 0,70 N/m, um resultado que reforça a proporcionalidade entre força e deformação da mola. No experimento de estática, mostra que para equilibrar uma régua (barra rígida), o produto da massa pela distância ao ponto de apoio (torque) deve ser igual em ambos os lados. No caso, uma massa menor tem que ficar mais longe do ponto de apoio para equilibrar uma massa maior mais próxima. Ao medir a densidade de um líquido, foi obtido o valor de 1,062 g/cm³. O objetivo do experimento foi determinar a densidade de um líquido utilizando um béquer e uma seringa. Mediu-se a massa do béquer vazio e, em seguida, com 8 ml do líquido. Subtraindo-se as massas, obteve-se a massa do líquido. Com esses dados, aplicou- se a fórmula ρ = m/V. Por fim, no estudo da dilatação linear, o coeficiente encontrado foi de 1,8 × 10⁻⁵ °C⁻¹, dentro da faixa esperada para metais como o alumínio, latão. De modo geral, os resultados ficaram bastante próximos dos valores teóricos, demonstrando a confiabilidade dos experimentos e mostrando que pequenas diferenças são normais em medições práticas. CONCLUSÃO A prática em laboratório permitiu relacionar diretamente teoria e realidade, mostrando como a Física está presente em situações simples do cotidiano, desde o movimento de um objeto até o comportamento de materiais sob força ou calor. Os experimentos confirmaram grande parte das previsões teóricas, e as diferenças encontradas reforçam a importância de considerar erros experimentais e limitações de medição. Os resultados obtidos em cada experimento, como a velocidade média no MRU e a aceleração na queda livre, confirmaram em grande parte as previsões teóricas. No entanto, as pequenas discrepâncias encontradas, como o valor da aceleração gravitacional um pouco abaixo do esperado, servem para reforçar uma lição crucial: a importância de considerar os erros experimentais e as limitações dos instrumentos de medição. Essas diferenças não invalidam o processo, mas sim destacam a necessidade de uma análise crítica e rigorosa dos dados. A experiência prática se mostrou extremamente valiosa, pois, além de reforçar os conceitos de cinemática, dinâmica e termodinâmica, ajudou a desenvolver um olhar mais analítico e consciente para a ciência. Ao coletar, processar e interpretar os dados, aprendemos a questionar os resultados e a buscar explicações para as variações, o que é uma habilidade essencial para qualquer futuro engenheiro ou cientista. O laboratório, portanto, não foi apenas um espaço para aplicar fórmulas, mas um ambiente de aprendizado dinâmico que estimulou a resolução de problemas e a capacidade de argumentar com base em evidências, consolidando uma compreensão mais profunda e significativa da física. REFERÊNCIAS HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física Vol. 1: Mecânica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física Universitária. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2016. REGISTRO FOTOGRÁFICO Trilho de Ar Trilho de queda livre experimento de estática dilatômetro linear