Teologia Reformada: A Fé Cristã

Prévia do material em texto

TULIP (TULIPA)
A Tulip, em inglês, Tulipa em português, é um acróstico onde cada letra fala de um dos cinco
pontos da salvação, conforme a soberania de Deus.
A ideia é de que o ser humano é mal em sua plenitude, ou seja, o máximo que ele pode ser
mal, ele é em potencial. A filosofia diz que o homem é bom podendo fazer coisas más, Jesus
disse que o homem é mau podendo fazer coisas boas.
ELEIÇÃO INCONDICIONAL
A Eleição incondicional não significa que Deus salvará pecadores não importando se eles
virão a fé ou não. Há condições que Deus decreta para salvação. A condição mínima é que o
pecador coloque a sua confiança em Jesus.
EXPIAÇÃO LIMITADA
O que não é expiação limitada: Não há limite sobre o valor ou o mérito da expiação de
Jesus Cristo. Embora, seja suficiente para todos. O seu valor é suficiente para cobrir todos os
pecados de todas as pessoas.
PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Preservação dos Santos seria um termo mais apropriado. Pois todo o processo em que somos
mantidos na fé até o fim é realizado por Deus.
DEPRAVAÇÃO
TOTAL
ELEIÇÃO
INCONDICIONAL
EXPIAÇÃO
LIMITADA
GRAÇA
IRRESISTÍVEL
PERSEVERANÇA
DOS SANTOS
DEPRAVAÇÃO TOTAL
GRAÇA IRRESISTÍVEL
A ideia aqui é que apesar da nossa resistência à graça de Deus, ela é tão poderosa que tem
a capacidade de vencer nossa resistência natural em nós.
TEOLOGIA
REFORMADA
TEOLOGIA REFORMADA
David Wells: Sem lugar para a verdade (1993).
“O desaparecimento da teologia na vida da igreja e a
orquestração de tal desaparecimento por alguns de seus
líderes é difícil de não ser notada hoje, mas o que é
bastante curioso, é que é difícil de ser provado. É difícil
deixar de perceber no mundo evangélico a adoração
vazia que é tão prevalente, por exemplo, na troca de Deus
pelo ego como o foco central da fé e na pregação
psicologizada que segue essa troca, na excitação de sua
convicção, seu estridente pragmatismo e na sua
inabilidade de pensar incisivamente sobre a cultura e seu
deleite no que é irracional.”
É preciso chamar a igreja de volta à base de sua fé cristã.
É preciso dizer à igreja que existe uma teologia cristã. É
preciso dizer à igreja que existe uma diferença entre
“religião” e “teologia”, ou seja, que é possível pessoas
serem religiosas sem serem de fato cristãs.
O que é uma igreja cristã?
Qual é a diferença de uma igreja cristã e uma que acha
que é cristã?
Para responder a essas perguntas, precisamos entender a
diferença entre teologia e religião.
Teologia → antropologia
Antropologia → religião
Quando a teologia tem seu lugar na primazia da fé
prática, ela vem antes da antropologia e dá o significado
que a antropologia tem. Ou seja, só nos conhecemos bem
quando conhecemos a Deus.
Mas quando a antropologia é considerada a matéria
principal, a religião é moldada pela vontade e capricho
do homem.
O que a religião diz: “Não importa a religião desde que
sejamos sinceros”.
Vejamos o texto de Êxodo 32 para ilustrar a diferença de
uma fé baseada na teologia e outra baseada na religião.
15 E, voltando-se, desceu Moisés do monte com as duas
tábuas do Testemunho nas mãos, tábuas escritas de
ambos os lados; de um e de outro lado estavam escritas.
16 As tábuas eram obra de Deus; também a escritura era
a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas.
17 Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a
Moisés: Há alarido de guerra no arraial.
18 Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores
nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é
o que ouço.
A conclusão do que temos aqui é:
A verdadeira religião, quem a estava praticando era
Moisés. Ele estava no topo do monte se relacionando com
Deus mediante a Palavra.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/exodo-32-15
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/exodo-32-16
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/exodo-32-17
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/exodo-32-18
Que a verdadeira fé é baseada na Palavra e não somente
em sinceridade.
Que sacerdotes são pressionados a fazer o que o povo
quer. É o que acontece com líderes hoje.
Que a religião estava corrompendo a Deus fazendo ídolo.
O que vemos hoje?
Que para a grande maioria a teologia não importa, e sim
o sentirmos bem.
As pessoas dizem não querer teologia, mas vida.
Que tipo de vida podemos ter sem o conhecimento
verdadeiro de Deus?
A reforma protestante não foi uma revolução, foi uma
reforma. Ela não inventou uma teologia, mas voltou às
bases da fé.
Senta que lá vem história.
Houve um debate numa instituição teológica na Holanda
sobre eleição, predestinação e outros assuntos. Esse
debate se alastrou às igrejas e teólogos não só daquele
país, mas de toda a Europa.
Remonstrantes (protestantes). Aqueles que se opuseram
aos 5 pontos debatidos, os quais eram seguidores do
pensamento de Armínio.
DEPRAVAÇÃO
TOTAL
DEPRAVAÇÃO TOTAL
“Controvérsia pelagiana”. O monge Pelágio não
concordou com a oração de Agostinho, que dizia: Oh
Deus, ordena o que desejas, e concedes o que
ordenastes”.
A segunda parte dessa oração perturbou Pelágio, pois
para Agostinho a criatura não era moralmente capaz de
fazer a vontade de Deus.
Essa questão tem a ver com o pecado original.
O pecado original é o primeiro pecado?
O pecado original tem a ver com as consequências
daquele pecado de Adão e Eva.
Aquele evento trouxe sérias consequências à raça
humana.
O pecado de Adão e Eva fez com que a raça humana
caísse. 
Nossa natureza é influenciada pelo mal desde então.
Davi diz que em pecado nascera.
Não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos
porque somos pecadores.
“Ninguém é perfeito”, de fato, “ninguém é perfeito e
sequer está perto da perfeição”.
Depravação total. Pensemos no “total” = completude,
plenitude, totalidade. A ideia é de que o ser humano é
mal em sua plenitude, ou seja, o máximo que ele pode ser
mal, ele é. Por exemplo, Hitler, em nosso imaginário, o
vemos como um perverso, mas eu suspeito que ele amava
sua mãe, sua família…
Então, essa expressão confunde um pouco, pois a raça
humana não é má o tanto que ela poderia ser, mas o
pecado original é tão sério que afeta a pessoa inteira, ou
seja, em todas as suas áreas.
Nosso estado pecaminoso é tal que afetou a nossa
natureza humana. Afeta nossos corpos, por isso
adoecemos e morremos. Afeta nossa mente e nosso jeito
de pensar. Nossa vontade foi afetada e escravizada pela
carne. Ou seja, todo o nosso ser foi afetado pelo pecado
original.
A grande pergunta é o quanto nós caímos?
Poderíamos trocar o termo Depravação Total por
Corrupção Radical, mas isso alteraria o acróstico, não
seria mais tulipa.
Radical vem de raiz (radix = latim). raiz ou núcleo. A ideia
aqui é que o pecado permeia até o núcleo do ser humano.
Não é algo superficial o que aconteceu com a raça
humana. 
É dito que o homem é basicamente bom. Basicamente é
em outras palavras a base. A base é boa. 
O Humanismo diz que há problemas, mas que o que
precisamos é de mais educação, mais ajuda do governo e
vamos melhorar cada vez mais.
A palavra latina para núcleo é core = coração.
Para que nos tornemos à imagem de Cristo não é apenas
termos alguns ajustes ou modificações em nossos
comportamentos, mas nada menos que uma renovação
inteira, que a bíblia chama de regeneração. Quando o
Espírito aplica a obra de Cristo no Calvário no núcleo do
homem e da mulher. Ainda assim essa mudança não
vence instantaneamente o pecado. A completa
eliminação do pecado se dará na glorificação.
Quando falamos sobre depravação total somos levados a
arena dos debates sobre livre arbítrio e o pecado original.
Livre arbítrio: nossa liberdade moral de escolhas e é
preciso levar em conta a soberania divina.
A confissão de Westminster diz sobre o livre arbítrio: “O
homem, caindo em um estado de pecado, perdeu
totalmente o poder de arbítrio quanto a qualquer bem
espiritual que acompanhe a salvação. de sorte que um
homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto
no pecado, é incapaz de,pelo seu próprio poder,
converter-se ou mesmo preparar-se para isso”.
Isto é, seu poder de escolha foi afetado em parte. A parte
das escolhas morais relativas à salvação. Então a escolha
moral é livre arbítrio e isso perdemos com a queda,
diferente de livre agência, as demais escolhas, tipo viajar
ou não viajar, essa ainda a temos.
o que nos leva à doutrina da inabilidade moral.
Para explicar a inabilidade moral, voltemos a Agostinho.
Pelágio dizia que o pecado de Adão afetava apenas Adão
e que não havia consequências às futuras gerações. As
futuras gerações pecam apenas por imitação não por
causa de uma condição humana decaída e transmitida.
Pelágio foi repreendido pela igreja, mas após Pelágio,
vieram os pelagianos moderados chamados
semipelagianos. (Ver Tiago 3.1). Eles diziam que sim, o
pecado de Adão afetou a todos e que a humanidade está
corrompida. Todavia, isso levou ao que chamaram de ilha
da justiça, pela qual permanece ainda um vestígio de
justiça original, que apesar do pecador precisar da graça
de Deus para se salvar, para se tornar santo… ainda
assim permanece dentro da criatura uma vontade que
pode cooperar com a graça de Deus ou rejeitar a graça de
Deus.
Então, chegaram à seguinte conclusão: a razão de
algumas pessoas virem a Cristo e serem salvas ou não,
serem redimidas ou não, em última análise depende
dessa vontade original do homem de tomar essa decisão.
Pelágio disse que o homem pode viver uma vida perfeita
sem a graça e que a graça facilita a redenção, mas não é
necessária. 
Os semipelagianos discordam dele nesse ponto, dizem: a
graça é absolutamente necessária, é uma pré-condição
para que alguém seja redimido. Que não se pode ser
salvo sem a graça, mas que a graça não é a única
condição. É graça mais alguma coisa… (os esforços do
livre-arbítrio.
Agostinho foi o semi-arquiteto de uma das solas da
Reforma: Solo gratia. ele disse: que a queda é tão
profundo e que o pecado é tão arraigado no coração
humano que somente Deus por meio de sua graça e
apenas por sua graça pode mudar a disposição do
coração humano para trazê-lo a fé salvadora.
Conclusão disso é: se o homem caído tem a habilidade
intacta para abraçar por suas próprias forças a salvação
que vem de Deus ou, se é necessário que Deus faça o
trabalho de recriar a alma humana a fim de que ela
possa dizer sim ao Evangelho.
Isso é chamado de iniciativa divina. Agostinho disse que
antes que o pecador venha a Cristo, Deus trabalha nele
unilateralmente, monergisticamente, independentemente
e soberanamente mudando a alma do pecador. Porque
ele está morto em seus pecados e Deus tem que vir e
soprar nele o sopro da vida, ressuscitando-o e produzindo
nessa alma a fé antes, a fim de que essa pessoa tenha o
poder de vir a Cristo.
Agora, sim, essa pessoa pode vir a Cristo, ter alegria de
vir a Cristo, mas não antes de Deus ter vindo até essa
pessoa para trazê-la da morte espiritual para a vida
espiritual.
Não há nada que eu possa fazer para merecer,
conquistar, ser digno, provocar a salvação, a não ser pela
graça de Deus.
Vejamos mais um texto, João 6
63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada
aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e
são vida.
64 Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia,
desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o
havia de trair.
65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito:
ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for
concedido.
Antes Jesus teve uma conversa com Nicodemos dizendo a
respeito dessa verdade. Que o homem precisa ser
renascido antes para ver o reino de Deus e assim poder
entrar nele.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/joao-6-63
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/joao-6-64
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/joao-6-65
João 3
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do
Espírito é espírito.
Gálatas 5
16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à
concupiscência da carne.
17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito,
contra a carne, porque são opostos entre si; para que não
façais o que, porventura, seja do vosso querer.
Mesmo quando nascemos espiritualmente, a carne ainda
não é totalmente aniquilada.
Mas até que o Espírito de Deus venha até você o que você
é: você é somente carne.
Resumindo. O que somos em nosso nascimento natural é
agir, pensar na carne, e que a carne para nada aproveita,
ie, na carne não se faz nada para a salvação.
Lutero em seu debate com Erasmo de Roterdã, este
insistia que havia algo no homem interior, em sua carne
que podia ajudar na salvação, ao que Lutero disse o nada
aqui do texto não é um pequeno algo, nada é nada.
“Ninguém”, (Jo 6.65) é uma proposição negativa
universal, ie, refere-se a toda classe humana. Jesus está
dizendo que nenhuma pessoa humana.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/joao-3-6
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/galatas-5-16
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/galatas-5-17
A próxima palavra é “pode”. Poder = capacidade ou
poder. Não é “permissão”. Poder é diferente de Permitir.
Essas palavras são sérias, não vem de Agostinho, Lutero
ou Calvino, vem de Cristo.
“a menos” - uma condição, algo precisa acontecer antes
do pecador vir a Cristo.
O Pai, Deus, capacita o pecador a fazer algo, no caso, vir
a Cristo.
A depravação total afirma que somos escravos de nossos
desejos carnais e que não temos desejo natural por Cristo
ou pelas coisas de Deus, então livremente nós o
rejeitamos. Então decidimos, e o que podemos decidir,
que não queremos Ele. A menos que Deus mude o nosso
coração.
Não temos o poder ou a habilidade de amar o bem. Se
você ama o bem é porque Deus te deu esse poder.
Depravação total é nosso primeiro ponto e ele significa
que nosso grau de corrupção é tão severo que não existe
em nós, lá no fundo de nós nenhuma capacidade para
escolhermos o bem. A não ser que sejamos nascidos do
Espírito, nós que somos carnes, somos recriados por Deus
para essa fé.
ELEIÇÃO
INCONDICIONAL
ELEIÇÃO
INCONDICIONAL
Jonas 2.9
9 Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei
sacrifício; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a
salvação!
AP 7.9,10
9 Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que
ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos,
povos e línguas, em pé diante do trono e diante do
Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas
mãos;
10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus,
que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a
salvação.
Eleição incondicional poderia melhor ser chamada de
Eleição Soberana. Eleição incondicional não significa que
Deus salvará pecadores não importando se eles virão a fé
ou não. Há condições que Deus decreta para salvação. A
condição mínima é que o pecador coloque a sua
confiança em Jesus. 
Em que bases Deus escolhe salvar certas pessoas?
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/jonas-2-9
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/apocalipse-7-9
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/apocalipse-7-10
É com base na ação ou obra prevista do eleito?
Muitas pessoas que crêem na eleição ou predestinação,
crêem dessa forma: Que da eternidade Deus olha para os
limites dos tempos e sabe quem irá dizer sim ao
evangelho e quem dirá não. E com base nesse
conhecimento prévio divino, aqueles que atenderem a
condição para a salvação, ie, expressaram sua fé em
Cristo, são esses a quem Deus elege.
Assim a eleição incondicional é vista com base em
alguma ação humana exercida por eles mesmos.
A Reforma diz outra coisa, que a Eleição Incondicional
não está baseada numa condição prevista de uma obra
ou ação humana que induza Deus a decidir nos salvar.
Mas que tal decisão de eleger, repousa na soberania
divina de salvar quem ele quer salvar.
Vejamos Romanos9
10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber
de um só, Isaque, nosso pai.
11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham
praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus,
quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por
aquele que chama),
12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais
moço. 
13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de
Esaú.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-10
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-11
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-12
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-13
Aqui o apóstolo Paulo dá a sua exposição da doutrina da
eleição, ele lidou com ela no capítulo 8 e agora no
capítulo 9 a ilustra voltando ao passado da nação
israelita em especial ao nascimento dos gêmeos Esaú e
Jacó.
No mundo antigo o primogênito era quem recebia a
herança ou a bênção patriarcal, mas no caso desses
gêmeos Deus reverte isso. Deus dá a benção ao mais
novo.
O ponto que o apóstolo trabalha aqui é que a decisão
divina não foi baseada em nada que tivesse sido feito ou
viria a ser feito pelos gêmeos.
 
A decisão não é somente feita antes do nascimento, mas
também em que eles tenham feito o bem ou o mal, mas o
que importa é que os propósitos de Deus devem
permanecer.
Então a decisão não repousa em nós, mas na graça
soberana de Deus.
Romanos 9
14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De
modo nenhum!
É fascinante Paulo chegar a essa conclusão logo após
falar sobre a metáfora dos gêmeos e da preferência
divina sem levar em consideração as obras deles.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-14
Essa é uma questão que muitos lutam com isso, incomoda
pensar que a decisão da salvação não repousa em nós,
mas apenas na graça de Deus.
Essa doutrina para muitos, talvez, para todos, parece ser
injusta. Como pode Deus ser justo escolhendo uns e não
escolhendo outros para a salvação.
Talvez a maioria dos cristãos, ou todos, entendem que
ninguém merece ser salvo e que se Deus deixasse toda a
humanidade perecer seria justo. Também é perfeitamente
compreendido por todos que a salvação divina é pela
graça, mas o que não sabíamos era que a salvação é tão
dependente da graça e somente da graça de Deus. 
Gostaria de ensinar e pregar o que eu preferisse dizer o
que é verdadeiro, mas a minha missão é dizer toda a
verdade que está na bíblia sagrada e isso põe limite em
todo o pregador.
Não adianta alguém dizer que o que Paulo está dizendo
aqui não é a eleição de indivíduos, mas sim a escolha que
Deus fez em abençoar mais os judeus que os árabes, mas
isso nem por um momento alivia a questão. 
Mas aqui Paulo ilustra com indivíduos e não com nações e
conclui que a base dessa escolha não são as obras e sim o
propósito divino.
Mas o apóstolo antecipa a questão. Ele para e levanta a
questão que muitos poderiam levantar e diz: “Há injustiça
da parte de Deus?”
Se Paulo tivesse concordando com o que viria a ser o
ponto de Pelágio e mais tarde dos arminianos, que a
salvação em última análise depende da decisão humana,
então não haveria necessidade de ele fazer essa
pergunta: “Há injustiça da parte de Deus?”. Não haveria
lugar para tal pergunta e todos iriam dormir bem e a
questão estava resolvida.
Romanos 9
15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me
aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem
me aprouver ter compaixão.
É direito divino de Deus expressar misericórdia e
clemência quando e onde ele quiser.
Se Deus deixasse toda a humanidade perecer seria ele
injusto? Não.
Então, aqueles que não foram escolhidos estão recebendo
algo que não merecem? Não.
Se Deus permite eles perecerem, Deus os está tratando
com injustiça? Não.
Os que são salvos receberam graça.
Os que não foram salvos receberam justiça.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-15
Mas Deus jamais foi injusto. Porque ninguém foi
injustiçado.
Nos países que tem a pena de morte, o governante tem o
direito de permitir que todos os criminosos sejam
executados, mas tem o poder de não executar alguns,
basta declarar isso.
No caso de Esaú, ele não merecia a benção e não recebeu
a benção. E Deus não foi injusto com ele.
Jacó não merecia a benção e recebeu a benção, Deus foi
gracioso com ele.
Mas em nenhum caso Deus foi injusto.
Romanos 9
16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem
corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.
18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também
endurece a quem lhe apraz.
A única conclusão que chego de acordo com as Escrituras
é que a salvação é uma questão baseada na vontade e no
livre arbítrio, mas na vontade e livre arbítrio de um Deus
soberano, que elege de acordo com o beneplácito de sua
vontade.
Se me perguntar por que estou na fé e amigos meus não
estão? Só posso responder: eu não sei. Mas uma coisa eu
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-16
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/romanos-9-18
posso dizer: Não foi por algo que eu fiz de bom, a única
resposta que posso dar é a graça de Deus.
E se você perguntar por que Deus me deu essa graça e não
a deu a outro? E se eu te responder que Deus deve ter visto
algo de bom em mim, então eu não estou mais falando
da graça, estaria falando de méritos.
O que a bíblia está dizendo repetidas vezes é que a
salvação pertence ao Senhor.
EXPIAÇÃO
LIMITADA
EXPIALÇÃO
LIMITADA
Mateus 26
27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu
aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos;
28 porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova]
aliança, derramado em favor de muitos, para remissão
de pecados.
Expiação limitada. De todos os pontos, esse é o mais
polêmico.
O que não é expiação limitada:
Não há limite sobre o valor ou o mérito da expiação de
Jesus Cristo. É suficiente para todos. O seu valor é
suficiente para cobrir todos os pecados de todas as
pessoas.
Certamente que qualquer pessoa que ponha a sua fé em
Jesus Cristo receberá a plenitude dos benefícios da
expiação.
Que o evangelho precisa ser pregado universalmente. 
No sentido de que todos os ouvidos, ou a maior
quantidade de ouvidos possíveis, mas isso não significa
que a oferta da pregação do evangelho não é uma oferta
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/mateus-26-27
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/mateus-26-28
sem nenhuma condição, é oferecido sob a condição
daqueles que crêem. Assim é dado aos que se
arrependem e crêem.
A expiação é suficiente para todos, mas eficiente para
alguns.
Até aqui não há controvérsia. Todos acreditam que assim
é, a não ser os universalistas, que acreditam que todos
serão salvos pela obra de Cristo, independentemente se
crêem ou não.
A grande questão é: Qual foi o plano original, o propósito,
ou o desígnio de Deus ao enviar Cristo para morrer na
cruz?
Foi da intenção do Pai enviar seu Filho para morrer na
cruz: 1)para tornar a salvação possível a todos? 2) Mas
também com a possibilidade de que não seria efetiva
para ninguém? 3)Simplesmente que enviou Cristo para a
cruz apenas para tornar a salvação possível? Ou 4) teve
Deus desde a eternidade um plano de salvação de acordo
com a riqueza de sua graça e eterna eleição projetou a
expiação para garantir a salvação de seu povo?
Esse é o ponto.
Era limitada em seu propósito original? Ou teremos que
mudar o acróstico mais uma vez? Expiação Definida.
Talvez um termo melhor que o original.
Significando que Deus Pai projetou a obra da redenção
especificamente para prover salvação para os eleitos,
embora a obra de Cristo seja suficiente para satisfazer as
necessidades de todos.
Assim Cristo entregou a sua vida por aqueles que o Pai lhe
deu.
Outra questão polêmica neste assunto são as passagens
bíblicas a respeitodo alcance dessa obra de Cristo:
Onde se diz que Cristo morreu pelos pecados do mundo
inteiro…
2 Pe 3.8-9
8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis
esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e
mil anos, como um dia. 
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a
julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para
convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que
todos cheguem ao arrependimento.
De acordo com esse texto de Pedro parece que Deus
deseja não apenas o arrependimento dos eleitos, mas de
todos. Deus não quer que ninguém se perca. Que Deus
faça de tudo para salvar o máximo de pessoas possíveis.
E que qualquer pessoa que ouvindo o Evangelho vindo a
Cristo Deus não recusará de forma alguma.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/2pedro-3-8
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/2pedro-3-9
“não querendo que nenhum pereça” - pensemos em duas
palavras aqui: querendo e nenhum.
“querendo” - a vontade de Deus em 3 maneiras:
1ª - A vontade decretiva de Deus ou A vontade soberana
eficaz de Deus ou ainda a vontade última de Deus.
Significa a vontade soberana de Deus de escolher aquilo
que ele quer escolher e que nada nem ninguém pode
impedir esse querer de Deus.
Se fosse nesse sentido o versículo, então o universalismo
estaria com a razão. Vejamos a segunda alternativa.
2ª Vontade preceptiva de Deus. Lei ou mandamento. É a
vontade de Deus na forma de leis ou mandamentos. Os 10
mandamentos é uma expressão dessa vontade. Ex: Não
terás outros deuses diante de mim. Ninguém pode
desobedecer a vontade de Deus impunemente.
Mas temos o poder de não obedecer essa vontade de
Deus. Em um certo sentido, a vontade preceptiva de Deus
nem sempre acontece, pois nem sempre as pessoas
obedecem.
Nesse sentido o versículo em questão parece ter seu
significado.
3ª - Vontade de disposição. Aqui entra na expressão
antropomórfica, que fala das emoções de Deus. Aquilo 
que agrada a Deus, que dá a Deus deleite ou que
entristece a Deus. Tem uma passagem que diz que Deus
não tem prazer na morte do ímpio. Deus não tem prazer
em enviar ninguém para o inferno. É como um juiz que
tem de sentenciar o seu próprio filho à prisão perpétua.
Ele faz porque é a coisa certa a fazer, mas que não lhe dá
nenhum prazer nisso.
O que vai determinar qual das 3 vontades de Deus do
versículo em questão é a palavra ninguém.
Ninguém quem? Qual grupo? Uma classe de pessoas, ex:
judeus.
Qual a classe de pessoas a quem Pedro está escrevendo?
Resposta: os eleitos.
Pedro está de acordo com Jesus, pois no evangelho de
João, Jesus diz que de todos os que o Pai deu a ele,
ninguém pereceria.
v.9 - “ele é longânimo para convosco”. Pedro está
falando com cristãos.
É preciso pensar que Deus não enviou o seu Filho para a
cruz e depois ficou no céu cruzando os dedos torcendo
para que alguém tirasse vantagem disso.
Em que cremos? Cremos que Deus realizou um plano
eterno e esse plano foi perfeitamente executado por seu
Filho para a salvação de seu povo.
GRAÇA
IRRESISTÍVEL
GRAÇA IRRESISTÍVEL
Efésios 2
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados,
2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do
espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
3 entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais.
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou,
5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos,
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez
assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza
da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não
vem de vós; é dom de Deus;
9 não de obras, para que ninguém se glorie.
10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas.
Graça Irresistível (Graça Eficaz)
A ideia de irresistível assume que alguém não tem a
possibilidade de oferecer resistência à graça de Deus.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-1
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-2
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-3
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-4
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-5
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-6
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-7
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-8
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-9
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/efesios-2-10
A história da humanidade é a história da resistência
humana à doce graça de Deus.
A irresistibilidade sugere que não somos capazes de
resistir à graça de Deus, de fato somos sim capazes disso
e resistimos.
A ideia aqui é que apesar da nossa resistência à graça de
Deus, ela é tão poderosa que tem a capacidade de vencer
nossa resistência natural em nós.
É por isso que prefiro Graça Eficaz, ao invés de Graça
irresistível, porque ela efetua o que Deus quer efetuar.
Há uma relação entre graça, obra de Deus e nossa
resposta a ela.
A relação entre fé e regeneração.
A regeneração precede a fé.
“Precede” = algo que vem antes de outra coisa no tempo.
Prioridade temporal.
Se temos uma fórmula com respeito à ordem da salvação,
essa fórmula é chamada de “Prioridade Lógica”.
Dizemos que a justificação vem pela fé, não dizemos que
a fé vem pela justificação. Acreditamos que no exato
momento em que a pessoa demonstra fé em Jesus Cristo,
Deus a declara justa em Cristo.
Então não há um espaço de tempo entre a presença da fé
e da justificação. No tempo elas são simultâneas.
Quando dizemos que a justificação é pela fé e que não é
a fé que vem pela justificação queremos dizer que a
realidade da justificação depende de uma condição
prévia, que é a presença de algo mais, para ser real.
Neste caso a justificação depende da fé, não a fé
depende da justificação.
Então, quando falamos que a regeneração precede a fé
isso quer dizer, que antes que uma pessoa exerça fé
salvífica, antes que creia em Cristo, antes que exerça sua
vontade de abraçar Cristo, Deus deve fazer algo por ela e
dentro dela, para que a fé possa ser exercida.
Em nossa vida comum e na prática da igreja, dizemos
exatamente o contrário, que para ser regenerada a
pessoa precisa crer.
Então se você crer, você se torna uma nova criatura, você
está regenerado.
E você agora nasceu de novo, precisamente porque
exerceu fé.
Já vimos na Depravação Total (Depravação Radical) que
o homem por causa do pecado original 1) não tem um
núcleo, uma ilha de justiça que o permite ter o poder
moral para escolher o bem, escolher a Cristo. 2) que a
pessoa está morta em delitos e pecados. 3) que a bíblia
quando fala de uma humanidade morta em seus pecados
ela não está exagerando, na verdade a humanidade está
seriamente doente, não, a humanidade está morta. 4)
que elas não estão enfraquecidas pela queda, mas
mortas a tal ponto que requer uma revificação, uma
recriação divina em suas almas para que depois elas
possam crer.
Jesus disse em João 6 que ninguém pode vir a mim se o
Pai que me enviou, não o trouxer.
Alguns dizem que esse trazer de Deus é uma obra externa,
de persuadir, de atrair e que nessa atração ou persuasão
alguns respondem positivamente à influência divina,
outros dizem não a ela.
Nesse caso, elas entendem que essa atração divina
acontece para todos. Em última análise,aqueles que se
sujeitam à influência divina são salvos, os que não
aceitam se perdem.
A palavra que João usa para trazer é a mesma que Lucas
usa em Atos para dizer que Paulo e Silas foram trazidos à
prisão. Eles não foram influenciados para que entrassem
lá, eles foram, conforme o significado da palavra,
compelidos a entrar lá.
Então, o que Jesus disse é que ninguém vem a Cristo se o
Pai não o compelir a isso.
Compelir é uma palavra mais forte do que trazer.
É preciso levar a sério a doutrina da Depravação Total
(Depravação Radical), nossa condição é tão severa que
não temos desejo moral por Deus a menos que Deus
plante esse desejo em nossos corações.
Jesus expôs isso a Nicodemos: se o homem não nascer de
novo não pode ver o reino de Deus.
Jesus disse mais que a carne para nada aproveita, há um
pré-requisito, uma obra realizada pelo Espírito Santo,
pelo qual ele nos ressuscitou como Paulo disse isso em
Efésios 2.1-8.
Então o que Agostinho disse a Pelágio, Lutero a Erasmo,
Calvino ao mundo, e nós a nossos leitores hoje, é que a
própria fé é um presente dado e produzido em nós pela
regeneração.
Não significa que o Espírito Santo está arrastando
pessoas que gritam e gemem contra a sua vontade de vir
a Cristo, de morar no céu, mas o que o Espírito Santo faz é
mudar a inclinação e disposição de nossos corações.
Quando isso acontece, nós que estávamos indispostos a
vir a Cristo, agora estamos dispostos e mais do que
dispostos, nós queremos vir a Cristo.
Ao contrário de virmos arrastados a Cristo, agora nós
corremos para Cristo e o abraçamos alegremente porque
o Espírito Santo mudou nossos corações.
Nosso coração não é mais de pedra, não é mais uma
pedra insensível a Deus, a Palavra de Deus e aos convites
do evangelho, mas Deus derrete a dureza de nossos
corações quando nos torna novas criaturas quando o
Espírito Santo nos ressuscita dos mortos.
Então, eu venho a Cristo, porque quero vir a Cristo, e
agora eu quero vir a Cristo porque Deus fez uma obra de
graça em minha alma e sem essa obra eu não teria
nenhum desejo de vir a Cristo.
É por isso que dizemos que a regeneração precede a fé no
pensamento reformado.
Monergismo. A operação divina chamada de
regeneração é uma obra de Deus na alma do homem e a
obra é de Deus somente. Mono = um, erg = energia, ie, é
obra de um só.
Não significa que foi 50% do poder de Deus e 50% do
meu poder, ou 99% do poder de Deus e 1% do meu poder,
mas sim que foi 100% do poder e da obra de Deus.
Quando você veio a esse mundo, você não fez nada para
vir. Da mesma forma quando você vem a fé em Cristo,
você não faz nada para vir.
É por isso que chamamos isso de Graça Irresistível (Graça
Eficaz). É graça que faz acontecer o que Deus quer fazer
acontecer.
Se de fato estamos mortos em nossos delitos e pecados,
se nossa vontade está escravizada pela luxúria da carne e
se necessitamos de libertação da nossa carne para
sermos salvos, então, obviamente, em última análise a
salvação é algo que Deus faz por nós, em nós e não que
nós fazemos por nós mesmos.
PERSEVERANÇA
DOS SANTOS
PERSEVERANÇA
DOS SANTOS
Filipenses 1
6 Estou plenamente certo de que aquele que começou boa
obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo
Jesus.
Esse título, Perseverança dos Santos, pode sugerir que a
perseverança é uma obra dos santos e não divina.
Acredito que os eleitos de Deus, de fato, irão perseverar
até o fim, os que foram nascidos pelo Espírito Santo irão
suportar todas as provações até o fim.
Preservação dos Santos seria um termo mais apropriado.
Pois todo o processo em que somos mantidos na fé até o
fim é realizado por Deus.
Pois vimos no estudo anterior que o primeiro passo de
nossa salvação foi dado por Deus.
Assim, concluímos: “Se você tem, você nunca perderá. E se
você perder, você nunca teve”.
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/filipenses-1-6
Sabemos que muitas pessoas fazem a profissão de fé e
batismo e que muitas delas se desviam e rejeitam a sua
profissão de fé e batismo, conforme 1 Jo 2
19 Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos
nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam
permanecido conosco; todavia, eles se foram para que
ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.
Como é possível alguém fazer a profissão de fé sem
nunca ter tido a fé verdadeira? Mc 7
6 Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de
vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me
com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
E nosso Senhor até lamenta ao fim do Sermão do Monte,
Mt 7
22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor!
Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em
teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não
fizemos muitos milagres?
23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci.
Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. 
Como Judas, o que traiu o Senhor, João 17
12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome,
que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu,
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/1joao-2-19
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/marcos-7-6
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/marcos-7-6
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/mateus-7-22
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/mateus-7-23
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/joao-17-12
exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a
Escritura. 
Os apóstolos falaram, aos irmãos de suas épocas, que se
eles permanecessem firmes na fé iriam receber uma
herança celestial reservada por Deus desde a fundação
do mundo. 
Mais uma vez eu quero ressaltar que essa perseverança
na fé é uma obra de Deus. Mesmo depois da regeneração
nós ainda deslizamos em pecados, não apenas em
pecados, mas em pecados sérios. Não vejo que haja
algum tipo de pecado, exceto a blasfêmia contra o
Espírito Santo que um cristão não seja capaz de cometer. 
Como por exemplo, Davi. Davi era regenerado, cheio do
Espírito Santo, amava a Deus e as coisas divinas, mas
cometeu adultério e conspirou na morte do marido da
amante.
A bíblia adverte contra o orgulho espiritual, 1 Co 10
12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.
O que falar de Pedro, o apóstolo? Que publicamente
negou, traiu seu Mestre negando o conhecer. Pedro disse
abertamente antes de sua queda que jamais iria negar a
Jesus. Mas, Lc 22
31 Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos
peneirar como trigo!
32 Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/1corintios-10-12
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/lucas-22-31
https://www.bibliatodo.com/pt/biblia/almeida-revista-atualizada-1993/lucas-22-32
desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os
teus irmãos.
Concluímos que os cristãos verdadeiros podem ter quedas
sérias, verdadeiras e radicais, mas nunca uma queda
total e final da graça de Deus. 
Mesmo na igreja, quando alguns se envolvem em
pecados e são pela igreja disciplinados, até mesmo ao
último estágio da disciplina que é quando é
excomungado, declarado incrédulo. E esse processo
mesmo quando chega ao final é com a intenção de que o
disciplinado possa chegar ao arrependimento, conforme 1
Co 5.1, onde ficamos sabendo de um membro da igreja
que estava em pecado de incesto e que foi excomungado
da igreja, mas que arrependeu e quis voltar a igreja, a
igreja não quis aceitá-lo, mas o apóstolo Paulo disse que
deveriam recebê-lo, assim como Cristo recebeu
novamente a Pedro e o restaurou.
Então, o pecado do cristão pode ser sério e radical, mas
nunca total e final.
O que devemos fazer com uma pessoa que fez uma
profissão de fé e que depois caiu em pecado, rejeitou a fé
professada e se afastou da igreja? A primeira coisa a
fazer é orar por ela.
Nós não conhecemos o coração de ninguém.Somos chamados a discernir, a buscar sabedoria do alto
em relação aos outros. Mas apesar de tudo isso, eu não
sei exatamente como é o teu coração. Então somos
chamados a ser tolerantes e orar uns pelos outros.
Mas, Deus conhece o coração de todos. E quando Deus diz
que alguém nunca esteve de fato Nele, é porque essa
pessoa, de fato, nunca esteve na fé de verdade.
Então quando encontramos alguém que no momento saiu
da fé e está desviada, podemos tê-la como alguém que
nunca de fato foi cristã? Não. Porque não conhecemos o
amanhã. Não sabemos se hoje essa pessoa é um Davi, é
um Pedro em seus estados de pecados. 
Nesse caso somos chamados a orar por essas pessoas.
O que pode estar acontecendo é… que a profissão de fé e
batismo feitas não foram autênticas, genuínas,
verdadeiras, foram vazias e que ela nunca foi crente. Ou,
que a profissão de fé foi autêntica e essa pessoa, que hoje
está desviada, um dia voltará.
Mas deixamos isso com Deus neste ponto.
O que sabemos? É que Aquele que começou boa obra em
nós, a concluirá até o final. 
O Espírito Santo nos é apresentado de duas formas neste
trabalho em relação à perseverança dos santos.
Somos selados pelo Espírito Santo e nos foi dado o penhor
do Espírito.
Penhor é um termo comercial daqueles dias. Algo em
nosso mundo moderno pode ser comparado à garantia
que se dá quando, por exemplo, se compra uma casa.
Como por exemplo, um pagamento inicial, como
demonstração de que o restante será pago.
Sabemos que há pessoas que pagam um penhor e que
falham em pagar o restante. Talvez não foram sinceras
na época do contrato ou que suas circunstâncias
financeiras mudaram e ficaram sem condições de quitar o
negócio.
Assim, quando o Pai dá o seu Espírito como garantia de
que você vai chegar até o final, você acha que o Pai
falhará em concluir sua obra em você? Assim o Pai nos
sela com seu Espírito. 
É preciso lembrar também de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo, que não apenas fez aqui na terra tudo o que
foi possível para a nossa salvação, quando morreu na
cruz e ressuscitou por nós. Ele também está à direita de
Deus intercedendo por nós.
Judas e Pedro. Ambos foram avisados pelo Senhor que
Satanás havia reclamado a eles. Um deles era crente e o
outro não. A Judas Jesus disse na ocasião, “o que tens
para fazer, faze-o depressa”. Apenas isso. A Pedro, Jesus
disse que rogou por ele.
Assim ele está no céu orando por nós diariamente para
nos manter firmes.
Minha confiança de que a minha salvação será
consumada não reside em mim, em minha força pessoal,
em minha determinação, mas no poder Daquele que
começou a boa obra e que vai finalizá-la.
Amém.
DEPRAVAÇÃO
TOTAL
ELEIÇÃO
INCONDICIONAL
EXPIAÇÃO
LIMITADA
GRAÇA
IRRESISTÍVEL
PERSEVERANÇA
DOS SANTOS
Por
Wellington Barsi