Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Isadora Rebolho Sisto
Diagnóstico por imagem / REBOLHO SISTO, ISADORA - Multivix, 2023
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2023 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 Imagenologia 12
 Imagem do Professor Dr. Wilhelm Conrad Röntgen 14
 Aparelho de Wilhelm Conrad Röntgen 15
 Fluoroscopia 16
 Imagens formadas por radiografia 19
 Exame de ultrassonografia 20
 Máquinas de exame de RM e TC, respectivamente 21
 Avental de chumbo 23
 Imagens geradas por raios X 24
 Ressonância magnética 26
 Sala de exame de raios X 27
 Ultrassom de abdome 30
 Exame de ressonância magnética 31
UNIDADE 2
 Equipe multiprofissional discutindo o caso da paciente 36
 Osso esterno e suas divisões 37
 Estrutura da caixa torácica e costelas 38
 Posicionamento do paciente para realização da radiografia A 40
 Principais estruturas identificadas no RX de tórax 42
 Sistema Musculoesquelético 46
 Coluna vertebral e suas curvaturas 47
 Anatomia básica das divisões dos ossos do membro superior 49
 Anatomia básica das divisões dos ossos dos membros inferiores 51
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 3
 Principais exames de imagem 56
 Raio X do pulmão 57
 Exame de mamografia 59
 Exame de raios X em criança 61
 Exame de tomografia computadorizada 65
 Resultado de tomografia computadorizada da área pulmonar 63
 Máquina de ressonância magnética 65
 Exame de ressonância magnética 66
 Exame de ultrassom 67
 Exame doppler de carótida 69
 Exame de ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) 70
 Resultado de ressonância magnética 72
 Diferença entre raio X e ressonância magnética da coluna 73
 Raio X de membro superior 75
 Raio X de membro inferior 76
 Ressonância magnética de membro inferior 77
UNIDADE 4
 Demonstração de acúmulo de líquido no espaço pleural comprimindo 
terço médio do pulmão bilateralmente 82
 Radiografia de tórax mostrando DP à direita 83
 Pesquisa médica para identificação de tratamento de doença pulmona 83
 Pneumotórax à direita 84
 Avaliação clínica do pulmão 86
 Oxigenoterapia 87
 Cardiomegalia leve 88
 Ecocardiograma 89
 Raio X da coluna vertebral 92
 Tomografia computadorizada da coluna vertebral 93
 Ressonância magnética da coluna vertebral 94
 Exemplo de fratura do membro superior 95
 Radiografia dos membros inferiores (fratura de fêmur) 96
 Tipos de fraturas 98
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492182
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492182
https://periodicos.uniformg.edu.br:21011/ojs/index.php/conexaociencia/article/view/986
https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/inovae/article/view/1148
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 5
 Medicina nuclear 103
 Aparelho para realização do exame de cintilografia 104
 Radiografia do corpo humano 105
 Tomografia por emissão de pósitrons 107
 Tomografia por emissão de prótons (PET-CT) 108
 Paciente do sexo masculino aguardando a realização de uma angiografia 112
 Angiografia das coronárias 113
 Exemplo de realização de uma angiografia cerebral 114
 Hematoma no braço 116
UNIDADE 6
 Discussão multidisciplinar de uma radiografia de pulmão 125
 Radiologia diagnóstica 127
 Radiologista 129
 Trabalho em equipe 132
 Residência 133
 Tecnólogo de radiologia 135
 Biomédico habilitado em imagenologia 136
 Laudo 138
 Avanços na área médica 139
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 10
1 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 12
1.1 CONTEXTO HISTÓRICO E DIAS ATUAIS DA IMAGENOLOGIA 13
1.1.1 INTRODUÇÃO À IMAGENOLOGIA 13
1.1.2 APLICABILIDADE DA IMAGENOLOGIA 17
1.1.3 NORMAS LEGAIS E DE BIOSSEGURANÇA 18
1.2 FUNDAMENTOS DA IMAGENOLOGIA 21
1.2.2 FORMAÇÃO DE IMAGEM 23
1.2.3 EQUIPAMENTOS 23
1.2.2 FORMAÇÃO DE IMAGEM 23
1.2.3 EQUIPAMENTOS 27
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
2 ASPECTOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS BÁSICOS REFERENTES À 
IMAGENOLOGIA 35
2.1 ANATOMIA TORÁCICA 36
2.1.1 ANATOMIA DO TÓRAX 36
2.1.2 PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO TÓRAX 39
2.1.3 ARTEFATOS E SOMBRA CARDÍACA 44
2.2 ANATOMIA DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 45
2.2.1 COLUNA VERTEBRAL 46
2.2.2 MEMBROS SUPERIORES 47
2.2.3 MEMBROS INFERIORES 49
3 EXAMES DE IMAGEM 55
3.1 PRINCIPAIS EXAMES DE IMAGEM 56
3.1.1 RADIOGRAFIA 56
3.1.2. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 61
3.1.2.1 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 61
3.1.2.2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 65
3.1.3. ULTRASSOM 67
3.2. INDICAÇÕES DOS EXAMES DE IMAGEM E APLICABILIDADES 71
3.2.1. COLUNA VERTEBRAL 72
3.2.2. MEMBROS SUPERIORES 73
3.2.3. MEMBROS INFERIORES 75
https://www.youtube.com/watch?v=bBpixeovj80
https://www.youtube.com/watch?v=bBpixeovj80
https://www.youtube.com/watch?v=dwmpCJYP0QY
https://www.youtube.com/watch?v=dwmpCJYP0QY
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
4 EXAMES DE IMAGEM E PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES 81
4.1 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES TORÁCICAS 81
4.1.1 DERRAME PLEURAL 81
4.1.2. PNEUMOTÓRAX 84
4.1.3 CARDIOMEGALIA 88
4.2 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS 91
4.2.1. COLUNA VERTEBRA 91
4.2.2. MEMBROS SUPERIORES 94
4.2.3. MEMBROS INFERIORES 95
5 MEDICINA NUCLEAR E EXAMES INTERVENCIONISTAS 102
5.1 EXAMES DE MEDICINA NUCLEAR 102
5.1.1 CINTILOGRAFIA ÓSSEA 103
5.1.2 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS 106
5.1.3 CONTRASTE E RISCOS 108
5.2 EXAMES INTERVENCIONISTAS 110
5.2.1 ANGIOTOMOGRAFIA CORONÁRIA/CEREBRAL E ANGIOGRAFIA 
CEREBRAL/CORONÁRIA PERCUTÂNEA 111
5.2.2 CUSTO-BENEFÍCIO E RISCOS 115
5.2.3 EQUIPAMENTOS E CUIDADOS DE PROTEÇÃO 
6. PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO CAMPO DA IMAGENOLOGIA 123
6.1 MEDICINA E CAMPO DE ATUAÇÃO EM IMAGENOLOGIA 123
6.1.1 CAMPO DE ATUAÇÃOestar preparados para trabalhar com processamento de imagem por 
computador (MOREIRA, 2017).
Vamos listar uma série de fatos importantes sobre a tomografia computadorizada:
64
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1. Funcionamento: 
O funcionamento é semelhante ao raio X, embora seja mais detalhado 
e aprofundado. Porém, contém um nível de radiação ionizante maior.
2. Aplicação no corpo: 
Indicada para avaliar área cerebral, pulmonar, cardíaca, abdominal, 
estruturas ósseas (coluna vertebral, quadril, membros superiores e 
inferiores).
3. Angiotomografia: 
Tipo de tomografia computadorizada com a injeção de um 
contraste para visualização do interior das artérias e veias do corpo, 
principalmente do coração, podendo identificar obstruções que 
desencadeiam bloqueios e problemas circulatórios, inclusive infartos.
4. Tipo de cortes: 
Produz cortes nos três planos (axiais, coronais e sagitais) do paciente, 
que podem então ser obtidos a partir dessa imagem tridimensional.
5. Benefícios: 
É indolor, rápido, gera imagens de alto nível e auxilia na detecção de 
problemas graves.
6. Imagens produzidas: 
Produz reconstruções de imagens detalhadas do crânio, coluna, 
abdome, aparelho digestivo e urinário, entre outros.
65
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3.1.2.2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
A ressonância magnética é um exame muito mais completo e específico, que 
permite ver o funcionamento de certas partes do corpo. Tem alta resolução 
de imagens, além de softwares específicos para realizar protocolos para cada 
segmento do corpo. A tecnologia da RM não usa radiação, e sim ímãs podero-
sos e ondas de rádio para criar imagens do corpo (ZATTAR, 2022).
MÁQUINA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Fonte: Freepik (2023)
#paratodosverem: máquina de ressonância magnética aberta que gera campo magnético.
A ressonância magnética é frequentemente usada para detecção, diagnósti-
co e monitoramento de tratamento de doenças. Quando outros testes diag-
nósticos mais simples não permitem um determinado diagnóstico, utiliza-se 
a ressonância magnética, que permite identificar massas tumorais, cistos, he-
morragias, rupturas de tecidos moles, infartos, aneurismas intracranianos ou 
cardíacos e grandes vasos arteriais em várias partes do corpo, como coluna 
vertebral, glândulas e órgãos abdominais, e estruturas moles das articulações 
e músculos (MARCHIORI, 2015).
Os riscos potenciais da ressonância magnética foram estudados com profun-
66
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
didade, mas até o momento não foi encontrada nenhuma alteração que pre-
judique a saúde do paciente (MOREIRA, 2017).
Contudo, existem alguns cuidados rigorosos, o primeiro se refere a objetos me-
tálicos internos do paciente, como próteses, clipes ou diferentes tipos de im-
plantes metálicos, implantes ativados eletricamente, clipes vasculares de aneu-
rismas cerebrais, porta aparelho auditivos e próteses dentárias (ZATTAR, 2022).
Objetos metálicos externos ao paciente também devem ser levados em con-
sideração, ou seja, deve-se garantir que o paciente, ao entrar no quarto, esteja 
desprovido de qualquer objeto de material ferromagnético, como garfos, car-
tões de crédito, relógios, correntes, armas e chaves. O risco é que esses objetos 
possam ser disparados, como se fossem projéteis, ou alterar o funcionamento 
do ímã devido à influência do campo magnético (FELISBERTO, 2014).
Quanto à gravidez, não se conhecem os riscos que o teste pode oferecer para 
o feto, por isso a realização durante a gravidez não é recomendada, principal-
mente durante o primeiro trimestre. O contraste utilizado, gadolínio, atravessa 
a placenta e o efeito que pode ter no feto é desconhecido (MARCHIORI, 2015).
EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Fonte: Freepik (2023).
#paratodosverem: homem sendo submetido a exame de ressonância magnética em 
máquina aberta.
67
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Para entender melhor a ressonância magnética, 
desde a física de funcionamento até a aplicabilidade, 
assista a este vídeo.
3.1.3. ULTRASSOM
O exame de ultrassom é seguro, rápido e fácil de realizar, além de não utilizar 
radiação. É um procedimento rápido e indolor, mas sem tanta especificida-
de quanto outros exames de imagem. É realizado através de um cabeçote 
que se chama transdutor. Esse transdutor detecta os ecos produzidos pelos 
órgãos e tecidos, bem como emite ondas de som através do contato com a 
estrutura estudada, formando a imagem (MCNALLY, 2015). 
EXAME DE ULTRASSOM
Fonte: ©wavebreakmedia, Freepik (2023).
#paratodosverem: mulher realizando exame de ultrassom em grávida e mostrando 
imagens do bebê na barriga.
68
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O exame de ultrassom pode ser dividido em duas categorias: o ultrassom 
diagnóstico e o terapêutico. O ultrassom diagnóstico é usado para produzir 
imagens de dentro do corpo (ZATTAR, 2022; FELISBERTO, 2014).
A maioria das sondas de ultrassom de diagnóstico é posicionada diretamente 
sobre a pele. Entretanto, para certos tipos de exames e para otimizar a quali-
dade das imagens, as sondas podem ser colocadas dentro do corpo através 
do trato gastrointestinal, da vagina ou dos vasos sanguíneos. Pode ser utili-
zado em biópsias guiada por ultrassom através de uma agulha, diretamente 
em direção a um alvo, por exemplo, um tumor. Outra utilização importante 
do ultrassom é a passagem de acessos guiados por imagem em tempo real 
(MCNALLY, 2015).
Dentro do ultrassom diagnóstico, existe uma subdivisão: ultrassom anatômi-
co e funcional. O ultrassom anatômico apenas produz imagens de órgãos in-
ternos. Já o ultrassom funcional combina imagens com movimento e veloci-
dade do tecido ou sangue (DAFFNER, 2013).
Outra aplicação do ultrassom funcional é conhecida como Doppler e é utili-
zado para visualizar o fluxo sanguíneo dentro dos vasos, uma das aplicações 
mais conhecidas é na artéria carótida, para visualizar anormalidades no fluxo 
sanguíneo para o cérebro (ZATTAR, 2022).
69
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXAME DOPPLER DE CARÓTIDA
Fonte: ©stefamerpik, Freepik (2023).
#paratodosverem: mulher realizando exame de ultrassom de carótida em outra mulher.
Uma das aplicações mais comuns e conhecidas, realizada pelo ultrassom, é 
na gravidez para monitorar o crescimento e o desenvolvimento do feto, mas o 
ultrassom inclui muitos outros usos relacionados a imagens do coração, vasos 
sanguíneos, olhos, tireoide, cérebro, tórax, órgãos abdominais, pele e múscu-
los (DAFFNER, 2013).
O ultrassom terapêutico também usa ondas sonoras acima do alcance da au-
dição humana, mas não produz imagens. O objetivo é interagir com os tecidos 
do corpo para que possam ser modificados ou destruídos (MCNALLY, 2015).
Nesse contexto, um tipo de ultrassom terapêutico que vem sendo utilizado é 
o ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU — High Intensity Focused Ul-
trasound), que usa feixes de som de alta intensidade. É um novo método não 
invasivo, capaz de modificar ou destruir células cancerígenas, assim como au-
xilia em áreas de difícil cicatrização, estanca sangramentos e acessa a barreira 
hematoencefálica para introdução de medicamentos (GRIFFITH, 2016).
70
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXAME DE ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE (HIFU)
Fonte: ©user7350813, Freepik (2023).
#paratodosverem: mulher sendo submetida a exame de ultrassom focalizado de alta 
intensidade (HIFU).
A ultrassonografiada carótida é um procedimento 
seguro e indolor que utiliza ondas sonoras para 
examinar a estrutura e a função das artérias 
carótidas no pescoço. As duas artérias carótidas 
estão localizadas em cada lado do pescoço. Esse 
exame é usado com mais frequência para encontrar 
artérias carótidas bloqueadas ou estreitas, uma 
condição chamada estenose que pode aumentar 
o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Veja o 
vídeo e saiba mais!
71
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3.2. INDICAÇÕES DOS EXAMES DE IMAGEM E 
APLICABILIDADES 
O diagnóstico de distúrbios do corpo humano se baseia em informações obti-
das com base no histórico da pessoa, exames físicos e visualizações da região 
adquiridas por meio de uma ou mais técnicas de imagem (MOREIRA, 2017; 
MARCHIORI, 2015).
A radiografia simples fornece uma visualização adequada da maioria dos pro-
blemas e, por esse motivo, é uma parte padrão da avaliação inicial. Excelente 
representação, alinhamento e local de consolidação de fraturas, além de luxa-
ção, calcificação de tecidos moles, corpos estranhos e detalhes ósseos podem 
ser obtidos por esse meio prontamente disponível, econômico e não invasivo. 
Em certos casos, porém, o problema não pode ser devidamente avaliado por 
medidas de rotina; assim, outras modalidades de imagem são necessárias 
para fornecer mais informações diagnósticas (FELISBERTO, 2014).
Testes de imagem criam imagens detalhadas de áreas do interior do corpo. Os 
médicos podem usar as informações fornecidas por esses testes para diagnos-
ticar a doença, planejar ou avaliar a eficácia do tratamento (MOREIRA, 2017).
72
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RESULTADO DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023).
#paratodosverem: imagens geradas por exame de ressonância magnética do cérebro.
3.2.1. COLUNA VERTEBRAL
Entre os exames para detectar problemas de coluna estão a ressonância mag-
nética, a radiografia e a tomografia. De forma geral, é possível avaliar com a 
ressonância se as partes moles foram afetadas, como um disco intervertebral 
que causa dores intensas ou agudas. Já a tomografia investigará traumas, 
fraturas, tumores, metástases ósseas, artrose e compressão da medula. A ra-
diografia, por sua vez, pode também detectar traumas, artrite, degenerações, 
fraturas e compressões (SZEJNFELD, 2016; CHEW, 2016).
A tomografia computadorizada da coluna é um exame de imagem usado 
para ajudar a diagnosticar (ou descartar suspeitas de) danos à coluna em pa-
cientes com lesões. A tomografia computadorizada é indolor, não invasiva, 
rápida e precisa. Em emergências, esse exame pode revelar lesões e hemor-
ragias internas com rapidez (CHEN; POPE; OTT, 2012).
A ressonância magnética pode detectar alterações na coluna e em outros te-
73
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
cidos, assim como infecções ou tumores na região. A ressonância magnética 
pode examinar a coluna nas partes do pescoço (cervical), parte superior das 
costas (torácica) ou parte inferior das costas (lombossacral). A coluna inteira 
pode ser vista em uma série de imagens para encontrar um tumor (MOREI-
RA, 2017; GREENSPAN, 2017). 
Uma radiografia da coluna vertebral produz imagens dos pequenos ossos 
(vértebras) da coluna. Essa área inclui toda a coluna e o sacro, a área que co-
necta a coluna à pelve (DAFFNER, 2013). 
DIFERENÇA ENTRE RAIO X E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA
Fonte: ©kasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: imagens de trauma de coluna cervical geradas por exame de raios X e de 
ressonância magnética, mostrando diferenças entre os dois tipos de imagem.
3.2.2. MEMBROS SUPERIORES
O exame das extremidades superiores é a parte do exame físico que envolve 
a avaliação do ombro, cotovelo, antebraço, punho e mão para avaliar sinais 
patológicos (GREENSPAN, 2017).
A imagem das extremidades superiores pode ser desafiadora e recompensa-
dora. Modalidades de imagem mais recentes, incluindo ressonância magnéti-
ca e tomografia computadorizada, expandiram muito a capacidade do radio-
74
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
logista para definir anormalidades dos tecidos moles no punho, especialmente 
rupturas triangulares da fibrocartilagem e instabilidade carpal e radioulnar 
(MOREIRA, 2017; SZEJNFELD, 2016).
No ombro, as principais patologias estão relacionadas ao manguito rotador 
(tenossinovite, tendinose, lacerações parcial e total), alterações de outros teci-
dos, bursa subacromial, artropatias por deposição de cristais, subluxação do 
tendão do bíceps, patologia nervosa e aos distúrbios ósseos corticais (CHEN, 
2021; CHEW, 2016).
A ressonância magnética do ombro vem sendo amplamente utilizada para 
diagnosticar rupturas do manguito rotador. Vamos ver mais algumas carac-
terísticas de cada tipo de exame utilizado para analisar membros superiores 
(SZEJNFELD, 2016).
1. Ultrassom: 
Exame de baixo custo, acessibilidade e disponibilidade, que permite 
digitalizações dinâmicas, por exemplo para avaliar tecidos moles.
2. Tomografia: 
Indicado para estruturas ósseas, como em fraturas complexas, para 
avaliar a orientação cefálica e glenoidal, bem como em cominuição 
da fratura, em que a tomografia computadorizada 3D é ainda mais 
precisa, assim como em fraturas-luxações e luxações crônicas.
3. Ressonância magnética: 
Usada para avaliar as estruturas músculo-ligamentares e capsulares 
do ombro, além de necrose óssea avascular, patologia tumoral 
e infecciosa. Em casos de lesões no ombro, com instabilidade 
glenoumeral, a ressonância permite diagnosticar distúrbios ósseos, 
lesões labrais, capsulares e outras lesões associadas.
75
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4. Radiografias: 
Especialmente úteis e necessárias em casos de suspeita de luxação 
acromioclavicular, entre outras fraturas. 
RAIO X DE MEMBRO SUPERIOR
Fonte: ©kasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: imagem gerada por exame de raios X do ombro.
3.2.3. MEMBROS INFERIORES
O exame dos membros inferiores envolve a avaliação dos quadris, joelhos, tor-
nozelos e pés para avaliar sinais de patologia (CHEW, 2016). 
Um diagnóstico preciso da patologia do sistema musculoesquelético é funda-
mental para que o tratamento seja eficaz posteriormente, uma vez que algo só 
pode ser tratado corretamente se for reconhecido. Assim, a palavra diagnóstico 
significa reconhecer o que já é conhecido (CHEW, 2016; HELMS, 2015).
76
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A radiografia de membros inferiores é a investigação radiológica da pelve, ar-
ticulação do quadril, fêmur, articulação do joelho, tíbia, fíbula, articulação do 
tornozelo, ossos do tarso do pé e metatarsos. A radiografia é, muitas vezes, uti-
lizada no contexto do trauma para descartar fraturas e luxações (HELMS, 2015).
RAIO X DE MEMBRO INFERIOR
Fonte: ©kasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: imagens geradas por exame de raios X do joelho.
Para que funcione, são utilizadas duas projeções, a anteposterior e a lateral. 
No entanto, às vezes são feitas projeções especiais, conhecidas como oblí-
quas. Existem também as telerradiografias, que são estudos radiográficos 
especiais para avaliar o alinhamento da coluna e dos membros inferiores. Os 
exames de radiografia são especialmente utilizados para diagnosticar lesões 
ósseas, como fraturas, osteoartrite ou a presença de tumores (CHEW, 2016; 
BONTRAGER, 2018).
A tomografia computadorizada tem as mesmas indicações da radiografia, 
mas difere dela por permitir observar com mais detalhes as lesões ósseas e 
algumas partes moles.É indicada em lesões ósseas quando não é possível ob-
ter as informações necessárias por meio da radiografia, como fraturas com-
77
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
plexas ou de difícil detecção, como as causadas por estresse ou fraturas do 
escafoide (GREENSPAN, 2017; CHEN; POPE; OTT, 2012). 
Já com o ultrassom é possível observar estruturas em movimento. Apesar de 
o ultrassom não permitir ver através do osso, na água as ondas passam com-
pletamente. Por isso, o ultrassom é especialmente indicado para diagnosti-
car lesões de tecidos moles, como rupturas musculares ou lesões de tendões, 
bem como cistos contendo líquido (DAFFNER, 2013).
A ressonância magnética é indicada para lesões de partes moles, visto que ofe-
rece maior definição quanto ao ultrassom. A ressonância magnética é usada 
para diagnosticar com precisão lesões nas articulações, no sistema nervoso, na 
coluna vertebral e lesões nos ligamentos. É uma técnica menos eficaz do que a 
tomografia computadorizada no estudo de fraturas ósseas (SZEJNFELD, 2016).
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE MEMBRO INFERIOR
Fonte: ©gar1984, Freepik (2023)
#paratodosverem: imagens geradas por exame de ressonância magnética do tornozelo.
78
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A cintilografia óssea das extremidades é uma imagem da mão, pulso, braço, 
pé, tornozelo, joelho ou perna. É feita para ver se um osso está fraturado ou se 
uma articulação foi deslocada. Também é usado para ver se há uma lesão ou 
dano causado por condições, como infecção, artrite, crescimentos ósseos (tu-
mores) ou outras doenças ósseas, como osteoporose (CHEN; POPE; OTT, 2012).
Quanto ao raio X, forma uma imagem ativando um detector que expõe o fil-
me ou envia a imagem para um computador. Tecidos densos no corpo, como 
ossos, bloqueiam (absorvem) muitos dos raios X e aparecem em branco em 
uma imagem de raios X. Tecidos menos densos, como músculos e órgãos, 
obstruem menos os raios X (mais raios X atravessam o corpo) e aparecem 
como tons de cinza na imagem de raio X. (ZATTAR, 2022; MOREIRA, 2017) 
CONCLUSÃO
Resumidamente, a imagenologia avançada é necessária quando as doenças 
não podem ser adequadamente avaliadas através de medidas de rotina.
A radiografia simples é a técnica de imagem padrão. Ele fornece a grande 
maioria das informações necessárias em muitos distúrbios, como fraturas de 
membros superiores e inferiores e compressão vertebral.
O ultrassom é uma modalidade não invasiva para visualização e diferenciação 
de massas dentro do sistema musculoesquelético, especialmente entre mas-
sas sólidas e císticas. O ultrassom também pode fornecer um relato dinâmico 
da excursão do tendão e procurar lesões no tendão.
A tomografia computadorizada é uma modalidade não invasiva, mas expõe 
os pacientes à radiação ionizante. Os benefícios incluem a capacidade de ob-
servar fraturas ocultas dentro do corpo, identificar o deslocamento de frag-
mentos de fratura e avaliar a consolidação óssea e a não união. A tomografia 
computadorizada é especialmente útil para examinar a articulação radioul-
nar distal em busca de subluxação ou luxação.
A ressonância magnética é uma técnica de imagem não invasiva que se tor-
nou o padrão-ouro na visualização e diferenciação de lesões de tecidos mo-
les, identificando lesões dos ligamentos do carpo, fibrocartilagem triangular 
e fraturas ocultas. Lesões dos tendões flexores e tenossinovites são facilmente 
identificadas. A ressonância magnética é contraindicada para pacientes com 
marcapassos e implantes cocleares.
79
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os artigos a seguir:
1. WERLANG, H. Z. et al. Escanometria dos 
membros inferiores: revisitando Dr. Juan Farill. 
Radiologia Brasileira, v. 40, n. 2, p. 137-41, 2007.
2. WATZL, M. de T. P.; ABREU, A. V. de; KRUSE, 
R. Tratamento cirúrgico das deformidades e 
fraturas em membros inferiores na osteogênese 
imperfeita. Acta Ortopédica Brasileira, v. 17, n. 4, 
p. 202-6, 2009.
3. SANTOS, P. S. dos; TAVARES FILHO, G. de 
S. Prevalência de degeneraçäo e ruptura no 
manguito rotador após a 6ª década de vida: 
análises clínico-radiográficas. Revista Brasileira 
de Ortopedia, v. 33, n. 9, p. 670-6, 1998.
4. CERUTTI, F. L. da S. et al. Exames radiológicos 
como ferramentas no diagnóstico das algias da 
coluna vertebral. Revista Journal of Health, ed. 
23, jan.-jul. 2020.
5. CRUZ, M. L. dos S. da. Elaboração de um 
protocolo de ressonância magnética para 
exames de coluna cervical em pacientes que 
utilizam aparelhos ortodônticos. 2017. 65 f. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação 
em Tecnologia em Radiologia) — Universidade 
Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2017.
6. MARIN, A. G. et al. Correlação das imagens 
da ressonância magnética e observação intra 
operatória nas lesões traumáticas da coluna 
vertebral. Coluna/Columna, v. 11, n. 1, p. 29-31, 2012.
7. FLATO, U. A. P.; PETISCO, G. M.; SANTOS, F. B. dos. 
Punção venosa guiada por ultra-som em unidade 
de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia 
Intensiva, v. 21, n. 2, p. 190-6, jun. 2009.
80
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 4
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Identificar os diferentes 
tipos de exames de imagem 
e a aplicabilidade, bem como 
correlacionar os resultados de 
imagenologia com as patologias 
torácicas mais prevalentes.
> Reconhecer os diferentes 
tipos de exames de imagem e a 
aplicabilidade dele, bem como 
correlacionar os resultados de 
imagenologia com as patologias 
mais relevantes do sistema 
musculoesquelético. 
81
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4 EXAMES DE IMAGEM E 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES 
4.1 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES TORÁCICAS
4.1.1. DERRAME PLEURAL
O chamado espaço pleural está localizado entre os pulmões e a cavidade to-
rácica. Em condições fisiológicas normais, existem cerca de 10-15 ml de líqui-
do pleural (LP) em cada metade do pulmão (hemitórax), esse líquido que se 
localiza no espaço pleural, ou seja, entre as pleuras é responsável por lubrificar 
e facilitar o movimento das duas lâminas pleurais, permitindo o movimento 
de inspiração e expiração, que definem a cavidade pleural, um espaço virtual 
com pressão negativa que mantém o pulmão expandido. O acúmulo de lí-
quido no espaço pleural é chamado de derrame pleural (DP) (FUNARI, 2012).
O espaço pleural é composto de duas lâminas pleurais, a pleura parietal e a 
pleura visceral. A parietal é a mais externa, fica em contato com a caixa torá-
cica; já a mais interna é conhecida como pleura visceral, que reveste direta-
mente os pulmões.
Podemos citar vários mecanismos do DP: 
• aumento da pressão hidrostática ao nível dos capilares da circulação 
pulmonar, como ocorre na insuficiência cardíaca (transudatos); 
• diminuição da pressão oncótica nos capilares devido à hipoproteinemia 
(principalmente hipoalbuminemia), independentemente da causa 
(transudatos);
• aumento da pressão negativa no espaço pleural, como ocorre no colapso 
total do pulmão;
• aumento da permeabilidade capilar ao nível da pleura, devido a uma 
patologia própria, seja de causa infecciosa, neoplásica ou imunológica 
(exsudatos);
• drenagem linfática alterada, seja por obstrução dos linfonodos subpleurais 
82
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ou mediastínicos, como ocorre nas neoplasias, seja por ruptura do ducto 
torácico, como ocorre nas os traumatismos (produz transudatos, exsudatos 
ou quilotórax); e
• passagem de fluido da cavidadeperitoneal, através de pequenos defeitos 
no diafragma ou vasos linfáticos diafragmáticos (semelhante ao líquido 
ascítico) (FUNARI, 2012).
O derrame pleural geralmente é diagnosticado com um exame físico e estu-
dos de imagem, como raios X ou uma tomografia (FELISBERTO, 2014). 
DEMONSTRAÇÃO DE ACÚMULO DE LÍQUIDO NO ESPAÇO PLEURAL COMPRIMINDO 
TERÇO MÉDIO DO PULMÃO BILATERALMENTE
Fonte: ©ksandrphoto, Freepik (2023).
#pratodosverem: ilustração de um pulmão humano transparente com ambos os lados 
preenchidos por um líquido azul.
Os sintomas clínicos se caracterizam predominantemente pela dispneia, mas 
tosse e dor torácica pleurítica também podem ser sintomas. A etiologia do 
derrame pleural determina outros sinais e sintomas (FELISBERTO, 2014).
Nos exames de imagem, uma radiografia de tórax anteroposterior (AP) mos-
trará um derrame quando a quantidade de líquido for maior que 200 mL de 
líquido, e o raio X posteroanterior (PA) mostrará quando a quantidade é maior 
que 100 ml. Uma ultrassonografia, uma tomografia computadorizada (TC) do 
tórax ou uma varredura em decúbito lateral indicam se o líquido é de fluxo 
livre, loculado ou septado (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022)
83
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RADIOGRAFIA DE TÓRAX MOSTRANDO DP À DIREITA
 
Fonte: @userkasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: radiografia de tórax mostrando um derrame pleural no pulmão direito.
A aspiração e avaliação do líquido pleural por análise bioquímica, citologia 
e cultura permitem determinar a natureza do derrame, e o tratamento será 
baseado na natureza do derrame e na condição subjacente (FUNARI, 2012).
A toracocentese terapêutica permite a remoção de praticamente todo o acú-
mulo de líquido, aliviando assim a dispneia e a tosse na maioria dos casos 
(FUNARI, 2012).
PESQUISA MÉDICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE TRATAMENTO DE DOENÇA PULMONAR
 
Fonte: ©useralfadesain, Freepik (2023).
#paratodosverem: ilustração representando métodos de análise de doenças pulmonares 
para definir tratamento.
84
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4.1.2. PNEUMOTÓRAX
O pneumotórax, ou a presença de ar livre na cavidade pleural, é uma condi-
ção frequentemente identificada na prática clínica. Ocorre quando o ar vaza 
para o espaço entre os pulmões e a parede torácica. A cavidade pleural é o 
espaço entre o pulmão e a caixa torácica (FUNARI, 2012).
Esse ar empurra a parte externa do pulmão e faz que ele entre em colapso. 
Na maioria dos casos, apenas uma parte do pulmão colapsa (FUNARI, 2012).
PNEUMOTÓRAX À DIREITA
 
Fonte: @userbrgfx, Freepik (2023).
#paratodosverem: ilustração de pneumotórax no pulmão direito, permitindo ver a diferença 
entre um pulmão em estado normal e um colapsado.
Existem diferentes tipos de pneumotórax: hipertensivo, espontâneo, espontâneo 
secundário à outra doença pulmonar, e secundário a um trauma (HERRING, 2016).
Aparentemente 20% dos pacientes com pneumotórax espontâneo são assinto-
máticos. Os sintomas predominantes são dor torácica e dispneia. A dor torácica 
geralmente é de início súbito e localizada no lado do pneumotórax. A dor é 
pleurítica e junto com a dispneia pode resolver espontaneamente em 24 a 72 
horas, apesar da persistência do pneumotórax (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
Os pneumotórax complicados incluem pneumotórax hipertensivo, hemop-
85
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
neumotórax, piopneumotórax e pneumotórax aberto, nos quais há uma que-
bra na continuidade da parede torácica, de modo que o espaço pleural se 
comunica diretamente com a atmosfera (FELISBERTO, 2014).
O pneumotórax traumático é produzido por trauma penetrante ou contuso 
no tórax, de forma que o ar entra no espaço pleural através da parede torácica, 
por perfuração pulmonar ou ruptura alveolar devido à compressão torácica 
súbita. A principal causa de pneumotórax é uma lesão pulmonar: um tiro ou 
facada no peito, uma fratura de costela ou algum procedimento médico. Às 
vezes também pode aparecer devido a bolhas de ar que se rompem, e que 
podem aparecer em mudanças na pressão do ar (HERRING, 2016).
O pneumotórax iatrogênico pode se desenvolver a partir de numerosos pro-
cedimentos diagnósticos e terapêuticos (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022). Por 
outro lado, as neuropatias (asma, DPOC, fibrose cística, tuberculose, coque-
luche etc.) podem aumentar a probabilidade de sofrer pneumotórax (FELIS-
BERTO, 2014)
Para entender melhor o pneumotórax não deixe 
de assistir a este vídeo dinâmico que ilustra de 
forma aprofundada o que é o pneumotórax, a 
fisiopatologia e o tratamento. 
As normas de conduta para a abordagem do pneumotórax dependem das 
condições clínicas do paciente, da magnitude do pneumotórax e da presença 
ou ausência de doença pulmonar concomitante (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
O exame físico em pacientes com pneumotórax pequenos geralmente é nor-
mal, ou seja, não há sinais e sintomas característicos diretos (por exemplo: sinais 
vitais normais, expansibilidade da caixa torácica sem alteração, e paciente não 
refere falta de ar), exceto por sinais de perda de vibrações vocais, hipersonorida-
de à percussão, diminuição ou ausência de murmúrio vesicular. Pacientes com 
sinais e sintomas mais proeminentes, como dispneia grave, cianose, taquicar-
dia (>140) ou desvio traqueal contralateral ao pneumotórax, indicam a presen-
ça de doença pulmonar subjacente significativa, pneumotórax hipertensivo ou 
uma complicação como hemopneumotórax (FELISBERTO, 2014).
86
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PULMÃO
 
Fonte: ©userinspiring, Freepik (2023).
#paratodosverem: ilustração representando uma avaliação clínica de possível pneumotórax 
no pulmão esquerdo. 
O espectro de alternativas terapêuticas vai desde a simples aspiração per-
cutânea até a toracotomia com ressecção pulmonar. Recentes avanços na 
instrumentação cirúrgica endoscópica (toracoscopia) oferecem opções adi-
cionais no manejo desses pacientes e na prevenção de recorrências (FELIS-
BERTO, 2014)
O objetivo do tratamento de um pneumotórax é aliviar a pressão no pulmão 
para permitir que ele se expanda novamente. Dependendo da causa do pneu-
motórax, um segundo objetivo pode ser prevenir recorrências. Os métodos 
para atingir esses objetivos dependem da gravidade do pulmão colapsado e, 
às vezes, da saúde geral (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
As opções de tratamento podem incluir observação, aspiração por agulha, in-
serção de tubo torácico, reparo não cirúrgico ou cirurgia. Também é possível 
a terapia de oxigênio suplementar para acelerar a reabsorção de ar e a expan-
são pulmonar (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
87
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
OXIGENOTERAPIA
 
Fonte: ©userwavebreakmedia_micro, Freepik (2023).
#paratodosverem: mão de médica colocando máscara de oxigênio no rosto de um paciente.
Pacientes que necessitam de drenos torácicos muitas vezes estão em am-
bientes de unidade de terapia intensiva e precisam de cuidados rigorosos 
para serem manejados, desde um simples posicionamento no leito, banho, 
alimentar-se, realizar um exame, realizar fisioterapia, entre outras coisas, de-
vemos saber como manejar esses pacientes e cuidar com o dreno:
1. Observar o aspecto e a quantidade da drenagem.
2. Manter uma boa fixação do dreno.
3. Manter frasco abaixo do nível do tórax.
4. Manter dreno conectado de forma adequada;
5. Manter frasco sempre com selo d’água e manter a identificação correta.
6. Manter cabeceira elevada.
88
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
4.1.3. CARDIOMEGALIAO termo “cardiomegalia” se refere a um coração aumentado, que pode ser 
visto em qualquer exame de imagem, incluindo uma radiografia de tórax, 
que mostra como estão os pulmões e o coração. Se o coração aparecer au-
mentado no raio X, outros testes são, então, necessários para determinar se o 
aumento é real e diagnosticar a condição que está causando o aumento do 
coração (FUNARI, 2012).
Um coração aumentado (cardiomegalia) não é uma doença, mas sim um si-
nal de outra condição, como insuficiência cardíaca, doença arterial corona-
riana e problemas nas válvulas cardíacas. Essas doenças podem fazer que o 
músculo cardíaco engrosse ou as câmaras se dilatem, fazendo que o coração 
aumente de tamanho (CHEW, 2013).
CARDIOMEGALIA LEVE
 
Fonte: ©userkasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: resultado de exame de raio X em que o coração do paciente aparece um 
pouco aumentado, indicando um caso de cardiomegalia.
A cardiomegalia é rotineiramente visualizada no raio X de tórax e pode tam-
bém ser identificada no ecocardiograma, na tomografia cardíaca e na resso-
nância magnética (FELISBERTO, 2014).
Os raios X mostram a forma e o tamanho do coração e delineiam os con-
tornos dos principais vasos sanguíneos nos pulmões e no tórax. Alterações 
89
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
na forma e no tamanho dessas estruturas, bem como outras anormalidades, 
como depósitos de cálcio nos vasos sanguíneos, podem ser facilmente obser-
vadas. As radiografias de tórax também revelam a condição dos pulmões (es-
pecialmente se os vasos sanguíneos forem anormais) e a presença de líquido 
dentro ou ao redor dos pulmões (FELISBERTO, 2014).
A aparência dos vasos sanguíneos pulmonares costuma ser mais importan-
te para o diagnóstico do que a aparência do próprio coração. Por exemplo, 
a dilatação das artérias pulmonares (as artérias que transportam sangue do 
coração para os pulmões) e o estreitamento das artérias dentro do tecido pul-
monar indicam hipertensão nas artérias pulmonares, o que pode levar ao es-
pessamento do músculo ventricular (câmara inferior do coração que bombeia 
o sangue para os pulmões através das artérias pulmonares) (CHEW, 2013).
O ecocardiograma é um exame diagnóstico fundamental, pois oferece uma 
imagem do coração em movimento. Por meio do ultrassom, a ecocardiogra-
fia fornece informações sobre forma, tamanho, função, força do coração, mo-
vimento e espessura das paredes e função das válvulas. Além disso, pode for-
necer informações sobre a circulação pulmonar e as pressões dela, a porção 
inicial da aorta, bem como verificar se há líquido ao redor do coração (derra-
me pericárdico) (FUNARI, 2012).
ECOCARDIOGRAMA
Fonte: ©userkuprevich, Freepik (2023).
#paratodosverem: realização de ultrassom cardíaco, ecocardiograma, em paciente com 
produção de imagens instantâneas do coração em movimento.
Graças ao uso do ultrassom para obter imagens, o ecocardiograma é um exa-
me que não irradia o paciente (como outros exames como raio X, tomografia 
computadorizada, etc. podem fazer). Outras vantagens são que o ecocardio-
90
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
grama não é um teste doloroso nem produz efeitos colaterais (FUNARI, 2012).
Os tratamentos de cardiomegalia tendem a ser orientados para corrigir as 
causas, se isso for possível. O controle exaustivo da pressão arterial, a correção 
de arritmias ou distúrbios do ritmo cardíaco e a revisão de coágulos sanguíne-
os, por exemplo (FELISBERTO, 2014).
O tratamento para um coração dilatado (cardiomegalia) depende da causa 
do problema. Uma vasta gama de medicamentos pode ser utilizada, desde 
diuréticos, anti-hipertensivos, anticoagulantes e antiarrítmicos. Contudo, se 
os medicamentos não forem suficientes para tratar um coração dilatado, dis-
positivos médicos ou cirurgia podem ser necessários (FELISBERTO, 2014).
Dentre os demais procedimentos, temos as cirurgias ou outros procedimen-
tos para tratar um coração dilatado, que incluem: marcapasso, cardiodesfibri-
lador implantável, cirurgias de válvulas cardíacas, e até transplante de coração 
(CHEW, 2013).
A ecocardiografia pode ser usada para detectar 
se o músculo cardíaco está se movendo 
normalmente e para medir o volume de sangue 
bombeado a cada batimento. Esse procedimento 
também pode detectar anormalidades na 
estrutura do coração, como defeitos nas válvulas 
cardíacas, anomalias congênitas e aumento da 
espessura das paredes ou cavidades do coração, 
principalmente em pessoas com pressão alta 
insuficiência cardíaca ou deterioração das paredes 
musculares do coração (cardiomiopatia). Assista 
ao vídeo e saiba mais desse exame.
Além de todos os exames para detectar anomalias no coração, não podemos 
deixar de citar o ecocardiograma transesofágico, indicado em situações que 
a ecografia normalmente não identifica de forma precisa a estrutura do cora-
ção (PENA; VIEIRA, 2020).
É um método ultrassonográfico minimamente invasivo realizado por meio da 
91
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
introdução de uma sonda no esôfago, após anestesia local da orofaringe (para 
evitar o reflexo de vômito). O excesso de peso ou certas doenças pulmonares, 
por exemplo, podem interferir nas imagens do coração quando o transdutor 
é colocado simplesmente na parede torácica (MARCHIORI, 2015).
O ecocardiograma transesofágico usa um tubo longo e fino (endoscópio) 
para guiar o transdutor pelo esôfago (“tubo alimentar” que vai da boca ao es-
tômago) (PENA; VIEIRA, 2020).
4.2 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES 
MUSCULOESQUELÉTICAS 
Os exames de imagem são exames complementares muito importantes para 
a investigação das doenças do organismo. Porém, eles somente complemen-
tam uma boa história clínica e um bom exame físico realizado pela equipe 
médica (FUNARI, 2012).
4.2.1 COLUNA VERTEBRAL
Existem vários exames de imagem hoje para a investigação de doenças rela-
cionadas à coluna. Vamos falar de três exames principais: radiografia, resso-
nância magnética e tomografia computadorizada. 
O raio X é o primeiro exame de imagem a ser solicitado, ele serve para ava-
liação óssea. Os raios X dão uma ideia da forma da coluna vertebral. Eles são 
o melhor exame de imagem para avaliar o alinhamento da coluna vertebral 
e as deformidades. A radiologia não é dolorosa, mas a irradiação de raios X é 
prejudicial, por isso o uso deve ser limitado aos casos em que realmente se 
justifica (FUNARI, 2012).
Entre as opções do raio X, é possível a realização somente de algumas regiões a se-
rem estudadas, como cervical, lombar e torácica, mas também existe a opção de 
raio X panorâmico, no qual toda coluna é visualizada (GREENSPAN; BELTRAN, 2017).
No raio X, apenas do segmento a ser estudado, observarmos as curvas nor-
mais da coluna como lordose e cifose, além do alinhamento entre as verte-
bras ou desalinhamento, como no caso das espondilolisteses. O RX é útil para 
avaliação dos contornos ósseos, sendo possível verificar a presença de altera-
ções relacionadas ou envelhecimento como a diminuição do espaço discal e 
a formação de osteófitos.
92
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A principal função do raio X, hoje em dia, é a busca por alterações importantes 
como: fraturas, tumores e ou infecções. Já o exame de RX panorâmico é reali-
zado para avaliar as deformidades como escolioses ou o chamado desalinha-
mento sagital, que são as alterações no eixo da coluna para frente (FUNARI, 
2012; HELMS, 2015).
RAIO X DA COLUNA VERTEBRAL
 
Fonte: ©stockdevil, Freepik (2023).
#paratodosverem: raio X mostrando uma fratura na coluna vertebral.
A tomografia computadorizada é muito útil para analisar o alinhamento da 
coluna vertebral e estudar o osso, principalmente quando o pacientesofreu 
um trauma na coluna vertebral. Veja abaixo algumas particularidades da to-
mografia computadorizada:
Tempo
É um exame rápido, com cerca de 10 minutos, que em geral não tem 
necessidade de uso de contraste. Entretanto, é obtido através de 
radiação.
93
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Aplicação
Nesse exame são obtidas fatias ou cortes dos tecidos. Esse exame é de 
excelente qualidade para avaliação de fraturas, infeções ou tumores. 
É muito usado no controle pós-operatório pela ótima visualização dos 
ossos e possibilidade de visualização em diversos planos.
Scanner
Permite ver o osso melhor do que a ressonância magnética. É o 
melhor exame para avaliar a formação do osso (artrodese) após a 
cirurgia da coluna vertebral. O scanner não é doloroso, mas também 
não é inofensivo; expõe o paciente a uma irradiação considerável, 
equivalente à irradiação de vários raios X ao mesmo tempo 
(GREENSPAN; BELTRAN, 2017).
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA COLUNA VERTEBRAL
 
Fonte: ©zarinalukash, Freepik (2023).
#paratodosverem: médica analisando o resultado de uma tomografia computadorizada da 
coluna vertebral de um paciente com escoliose.
A ressonância magnética é excelente para o estudo de tecidos moles, auxi-
liar na identificação de hérnia de disco, estenose de canal, lesão de nervo ou 
medula espinhal, tumores e fraturas. A ressonância não expõe o paciente a 
nenhum tipo de radiação perigosa, nem é dolorosa. A ressonância magné-
tica, assim como a tomografia, analisa o segmento estudado por fatias, po-
rém, aqui não há radiação, as imagens são obtidas por estimulação do campo 
94
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
magnético (FUNARI, 2012). Exige, no entanto, que o paciente fique parado por 
cerca de 30 minutos até 1 hora em um espaço pequeno, por isso pode ser de-
sagradável para quem é ansioso ou propenso à claustrofobia (HELMS, 2015).
Através da ressonância é possível analisar com clareza os aspectos relacionados 
ao envelhecimento das estruturas, como degeneração dos discos, artrose das ar-
ticulações facetarias, hérnias discais, estenoses de canal vertebral (FUNARI, 2012).
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA VERTEBRAL
 
Fonte: ©gerasimovvvv, Freepik (2023).
#paratodosverem: médica analisando os resultados de uma ressonância magnética da 
coluna vertebral.
4.2.2 MEMBROS SUPERIORES
Os exames de imagem são importantes para complementar o diagnóstico e 
auxiliar no tratamento das doenças. Vamos falar dos principais exames que 
são solicitados para o sistema musculoesquelético dos membros superiores 
e inferiores: raio X, ressonância magnética, tomografia computadorizada e ul-
trassom (FUNARI, 2012).
Como já mencionado nos capítulos anteriores, o raio X é o exame de primeira 
escolha, útil na detecção principalmente de anormalidades no osso, usado 
para avaliar áreas ósseas que apresentam dor, deformidades ou suspeita de 
alguma fratura ou luxação (HELMS, 2015).
As radiografias geralmente ajudam a diagnosticar fraturas, tumores, traumas, 
95
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
infecções e deformidades (como displasia do desenvolvimento do quadril). 
Além disso, as radiografias às vezes são úteis para mostrar as alterações que 
confirmam que uma pessoa tem certo tipo de artropatia (por exemplo, artrite 
reumatoide ou osteoartrite). Contudo, é um exame que não mostra tecidos 
moles, como músculos, bursas, ligamentos, tendões ou nervos (GREENSPAN; 
BELTRAN, 2017).
EXEMPLO DE FRATURA DO MEMBRO SUPERIOR
 
Fonte: ©kasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: resultado de raio X mostrando uma fratura no antebraço.
A tomografia computadorizada e a ressonância magnética oferecem muito 
mais detalhes do que as radiografias convencionais e podem ser realizadas 
para verificar a extensão e a localização exata de uma lesão. Esses testes tam-
bém podem ser usados para detectar fraturas que não são óbvias em raios X 
(FUNARI, 2012).
4.2.3 MEMBROS INFERIORES
Os raios X são uma radiação na forma de luz ou ondas de rádio, que passam 
por todo o corpo e são absorvidos em diferentes quantidades, dependendo 
da densidade do tecido por onde passam. Esse exame usa radiação para pro-
duzir imagens dos ossos das extremidades inferiores e inclui pernas, joelhos, 
pés, tornozelos, fêmur e quadril (FUNARI, 2012).
96
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RADIOGRAFIA DOS MEMBROS INFERIORES (FRATURA DE FÊMUR)
 
Fonte: ©kasa1982, Freepik (2023).
#paratodosverem: resultado de raio X mostrando uma fratura no fêmur. 
Veja abaixo como outros dois tipos de exames são utilizados para identificar 
problemas em membros inferiores:
Ressonância magnética: particularmente valiosa 
para imagens de músculos, ligamentos e tendões 
e pode ser usada quando a causa da dor é consi-
derada um distúrbio grave dos tecidos moles (por 
exemplo, um ligamento rompido ou tendão prin-
cipal ou danos a estruturas importantes dentro do 
joelho) (GREENSPAN; BELTRAN, 2017).
Fonte: ©romanzaiets, Freepik (2023).
#paratodosverem: radiologista prepara paciente para um exame de ressonância magnética para 
identificar problemas no joelho.
Ultrassom: as imagens de ultrassom usam ondas 
sonoras para produzir imagens dos músculos, 
tendões, ligamentos, nervos e articulações em 
todo o corpo. É usado para ajudar a diagnosticar 
distensões, entorses, fraturas, nervos comprimi-
dos, artrite e outras condições musculoesquelé-
ticas (FUNARI, 2012).
Fonte: ©kuprevich, Freepik (2023).
#paratodosverem: exame de ultrassom sendo realizado para identificar problemas no joelho.
97
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Uma tomografia computadorizada é útil se a ressonância magnética não for 
recomendada no caso em questão ou não estiver disponível. Apesar de expor 
o sujeito à radiação ionizante, a tomografia computadorizada costuma ser 
a melhor opção para imagens ósseas. Alguns motivos são a quantidade de 
tempo que leva para realizar uma tomografia computadorizada é muito me-
nor do que a ressonância magnética, e a ressonância magnética é mais cara 
que a tomografia computadorizada e, exceto quando realizada em máquinas 
abertas, muitas pessoas se sentem claustrofóbicas dentro da máquina de res-
sonância magnética. No entanto, para a imagem de algumas anormalidades 
ósseas, como pequenas fraturas de quadril e pelve, a ressonância magnética 
é preferível (GREENSPAN; BELTRAN, 2017).
O ultrassom é seguro, não invasivo e não utiliza 
radiação ionizante. Esse exame tem sido cada 
vez mais usado para identificar anormalidades e 
inflamações dentro e ao redor das articulações e 
rupturas ou inflamações de tendões (FUNARI, 2012). 
Você sabia que existem diversos tipos de fraturas? Conheça seis tipos comuns 
de fratura e depois veja uma imagem representando alguns deles.
Fratura por estresse
Pequena fissura em um osso causada por esforço repetitivo ou força.
Fratura oblíqua
Fratura em ângulo com o eixo.
Fratura linear
Há quebra no osso, mas o osso não se move.
98
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Fratura cominutiva
Fratura em muitos fragmentos relativamente pequenos.
Fratura espiral
Fratura disposta em torno do eixo do osso.
Fratura exposta ou aberta
Fratura que rompe a pele, geralmente ocasionada por traumas e 
quedas, quando uma força maior que a resistência do osso é aplicada.
TIPOS DE FRATURAS
 
Fonte: ©user19987712, Freepik (2023).
#paratodosverem: ilustração representando cinco tipos de fraturas no punho.
99
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017,Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONCLUSÃO
Atualmente, a imagem se tornou uma ferramenta necessária para a medici-
na moderna, graças ao fato de que podemos obter informações importantes 
por meio de imagens que nos ajudam a fornecer um diagnóstico muito mais 
preciso a cada um dos pacientes.
Esse recurso médico e tecnológico é muito útil porque o resultado permite 
fazer um parecer rápido e eficaz e, assim, poder detectar patologias ou con-
dições da saúde a tempo de realizar terapias e procedimentos médicos ou 
cirúrgicos. As imagens de diagnóstico podem detectar problemas nas arti-
culações, rupturas e entorses; doenças relacionadas a órgãos como cérebro, 
coração e fígado; presença de massas, tumores e formações cancerígenas.
Os exames de imagem são um elemento essencial para o diagnóstico preco-
ce de inúmeras patologias e para a realização de um parecer médico rápido 
e eficaz. A integração na prática médica é uma realidade indiscutível, uma 
vez que estão envolvidos tanto na medicina preventiva como no acompanha-
mento do tratamento.
O diagnóstico por imagem constitui um exame complementar na opinião 
de médicos especialistas, que permite determinar patologias específicas e a 
abrangência delas. Esses testes de diagnóstico devem ser sempre indicados 
por um especialista ou médico de família.
100
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os artigos a seguir:
1. CABRAL, N. da S. Uso da ressonância magnética 
no diagnóstico em fraturas por estresse: uma 
revisão sistemática. Anais do Salão de Iniciação 
Científica Tecnológica, 2021.
2. TABERNER, G. S.; NATOUR, J.; FERNANDES, A. da 
R. Contribuição da tomografia computadorizada e 
da ressonância magnética na diferenciação entre 
fraturas agudas benignas e malignas da coluna 
vertebral. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 47, 
n. 1, p. 53-6, fev. 2007.
3. RODRIGUES, M. B. Diagnóstico por imagem no 
trauma raquimedular: princípios gerais. Revista de 
Medicina, v. 90, n. 4, p. 174-84, 2011.
4. GUARNIERO, R.; OLIVEIRA, L. G. Osteoporose: 
atualização no diagnóstico e princípios básicos 
para o tratamento. Revista Brasileira de Ortopedia, 
v. 39, n. 9, p. 477-85, set. 2004
5. RICCI, G. et al. Avaliação da taxa de mortalidade em 
um ano após fratura do quadril e fatores relacionados 
à diminuição de sobrevida no idoso. Revista Brasileira 
de Ortopedia, v. 47, n. 3, p. 304-9, 2012.
https://www.phantomstudio.com.br/index.php/sic/article/view/1980
https://www.scielo.br/j/rbr/a/9B4hYKcvZCLmMjJyz6kcKLP/?lang=pt
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v90i4p174-184
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/39-8/2004_set_17.pdf
https://www.scielo.br/j/rbort/a/T6YNzccs8db9vz7rkTNzP4L/abstract/?lang=pt
101
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 5
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Conhecer os principais 
métodos de imagem da 
medicina nuclear e medicina 
intervencionista, reconhecendo-
os como ferramenta diagnóstica 
complementar.
> Compreender os efeitos 
fisiológicos dos exames de 
imagem que utilizam contraste, 
identificar a indicação X 
contraindicação.
102
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5 MEDICINA NUCLEAR E EXAMES 
INTERVENCIONISTAS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
As tecnologias de imagem vêm evoluindo e crescendo rapidamente, permi-
tindo a visualização, caracterização e quantificação de lesões anatômicas ou 
eventos biológicos que ocorrem nos estágios iniciais da doença.
A medicina nuclear é uma subespecialidade dentro do campo da radiologia, 
que usa quantidades muito pequenas de material radioativo para diagnosti-
car ou tratar doenças, ou outras anormalidades dentro do corpo. Nesta uni-
dade, conheceremos dois exames de imagem da medicina nuclear: a cintilo-
grafia e a tomografia por emissão de pósitrons. 
Outra subespecialidade da radiologia é a medicina intervencionista, que en-
volve tratamentos minimamente invasivos direcionados para o diagnóstico e 
tratamento de doenças. Os tratamentos de radiologia intervencionista ofere-
cem menor risco, menor dor e menor tempo de recuperação em compara-
ção com a cirurgia aberta e resultados bem-sucedidos.
Ainda, aprofundaremos os temas pertinentes à medicina nuclear, com foco 
nos exames mais conhecidos: cintilografia e tomografia por emissão de pó-
sitrons, bem como na medicina intervencionista, detalhando a angiografia 
cardíaca e cerebral.
5.1 EXAMES DE MEDICINA NUCLEAR
Os exames de imagem são poderosas ferramentas para o diagnóstico de di-
versas condições de saúde, em especial as doenças não transmissíveis, como 
doenças cardiovasculares, câncer, doenças neurodegenerativas e diabetes. 
São essas as principais causas de mortalidade em todo o mundo e que repre-
sentam um problema para os sistemas de saúde.
103
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MEDICINA NUCLEAR
 
Fonte: ©Drazen Zigic, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem de um exame em medicina nuclear.
Os procedimentos de imagem da medicina nuclear não são invasivos. Geral-
mente, são exames médicos indolores que ajudam os médicos a diagnostica-
rem problemas de saúde. Vamos conhecer dois exames da medicina nuclear: 
a cintilografia e a tomografia por emissão de pósitrons. Ambos os exames 
realizam varreduras de imagem com materiais radioativos chamados radio-
fármacos ou radiotraçadores, que podem ser injetados na veia, ingeridos ou 
inalados na forma de gás. Além disso, eventualmente eles se acumulam na 
área do corpo a ser examinada, onde emitem energia na forma de raios gama. 
Quanto a essa energia, ela é detectada por um dispositivo chamado gama-
-câmera, um scanner ou sonda para PET (tomografia por emissão de pósi-
trons). Esses dispositivos funcionam em conjunto com um computador para 
medir a quantidade de radiofármacos absorvidos pelo corpo e para produzir 
imagens especiais que fornecem detalhes da estrutura e função dos órgãos, 
e outras partes internas do corpo.
5.1.1 CINTILOGRAFIA ÓSSEA
A cintilografia óssea é um teste que pode ajudar os médicos a diagnostica-
rem problemas ósseos ou outras alterações esqueléticas. É uma ferramenta 
útil para encontrar um câncer que começou ou se espalhou para o osso. Tam-
bém pode contribuir para o acompanhamento do tratamento oncológico 
(ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
A cintilografia óssea faz parte da medicina nuclear e, por isso, o procedimento 
104
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
utiliza uma quantidade muito pequena de uma substância radioativa, cha-
mada de radiotraçador ou radiofármaco (substâncias radioativas). Na cinti-
lografia é utilizado o tecnécio como traçador, que é injetado em uma veia e 
absorvido em diferentes quantidades, e essas áreas se destacam no escane-
amento. Após o tempo de absorção, que pode variar caso a caso, um painel 
que segura uma câmera sensível aos radiotraçadores se moverá e explorará o 
corpo. Quando as células e os tecidos estão mudando, eles ocupam mais do 
traçador, o que pode indicar a presença de câncer. Dessa forma, a cintilogra-
fia identifica a atividade no nível molecular dentro do corpo e, com isso, ofe-
rece o potencial de identificar doenças nos estágios iniciais (DAFFNER, 2013; 
CAMARGO, 2015).
APARELHO PARA REALIZAÇÃO DO EXAME DE CINTILOGRAFIA
Fonte: adaptada de Camargo (2015, p. 42).
#pratodosverem: aparelho gama câmara para exame de cintilografia.
As anormalidades aparecem como áreas de osso anormal que absorvem mais 
ou menos do radiofármaco, aparecendo mais claro ou mais escuro que o osso 
normal. Se algo anormal for detectado, áreas mais escuras de alta captação 
e áreas mais clarasde baixa captação aparecerão nas imagens, denotando 
acúmulo ou não de marcadores radioativos (HERRING, 2011).
A cintilografia tem uma ampla utilização, como para casos de artrite, câncer 
primário ou metastático, doença óssea de Paget, fraturas, infecções nas ar-
ticulações, próteses ou ossos e dor óssea inexplicável. Ela também auxilia no 
acompanhamento de intervenções terapêuticas (DAFFNER, 2013).
De um modo geral, a cintilografia óssea é indolor e raramente apresenta des-
conforto significativo ou efeitos colaterais. Por meio do processo natural de 
105
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
decaimento radioativo, a pequena quantidade que foi injetada no corpo será 
eliminada na urina ou nas fezes alguns dias após o procedimento (HERRING, 
2011; CAMARGO, 2015).
RADIOGRAFIA DO CORPO HUMANO
Fonte: adaptada de Chen et al. (2012, p. 24).
#pratodosverem: exemplo de radiografia do corpo humano.
A cintilografia tem diversas indicações para 
diferentes patologias; alguns tipos são cintilografia 
do músculo cardíaco, cintilografia da tireoide 
e paratireoide, cintilografia óssea, cintilografia 
renal, pulmonar, gastroesofágica e pulmonar. 
Por ser um método simples e pouco invasivo, é 
muito utilizado. Entre os tipos de cintilografia 
citados, em específico a cintilografia pulmonar é 
usada para o diagnóstico de tromboembolismo 
pulmonar (TEP), um evento grave que pode evoluir 
rapidamente para uma parada cardíaca e morte. 
Por isso, esse exame é extremamente útil para 
triagem dos casos de oclusão vascular pulmonar, 
pois um resultado normal praticamente exclui a 
presença de TEP, e é menos dispendioso que uma 
tomografia computadorizada (CAMARGO, 2015).
106
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5.1.2 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS
Uma tomografia por emissão de pósitrons (PET) é um tipo de exame de ima-
gem da medicina nuclear que detecta alterações no metabolismo celular por 
meio de uma substância radioativa usada para procurar patologias no corpo, 
sendo capaz de identificar lesões tumorais pequenas (DAFFNER, 2013). 
A tomografia computadorizada (TC) é um exame de alta tecnologia que pro-
duz imagens transversais por meio de um aparelho de raios X que são pro-
cessadas por meio de um computador. Já a fusão de ambos os exames, PET 
e TC, é importante para o diagnóstico principalmente de câncer, visto que 
enquanto o PET avalia as atividades metabólicas a nível celular, a tomografia 
disponibilizará as imagens anatômicas (formato, tamanho e localização de 
tumores). A fusão PET-TC também é útil na avaliação e no acompanhamento 
de doenças neurológicas e cardiológicas (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022; CA-
MARGO, 2015).
A tomografia por emissão de pósitrons é uma técnica que mede a função 
fisiológica a partir da observação do fluxo sanguíneo, do metabolismo, dos 
neurotransmissores e dos medicamentos radiofármacos. Esse exame oferece 
análises quantitativas, permitindo que mudanças relativas ao longo do tem-
po sejam monitoradas à medida em que um processo de doença evolui, ou 
em resposta a um estímulo específico (CHEN, 2012).
A técnica é baseada na detecção da radioatividade emitida após a injeção de 
uma pequena quantidade de marcador radioativo em uma veia periférica. O 
traçador é administrado como uma injeção intravenosa, e os radioisótopos 
mais usados são: oxigênio-15, flúor-18 e carbono-11 ou nitrogênio-13. A dose ra-
dioativa total é semelhante à dose utilizada na tomografia computadorizada 
(CAMARGO, 2015).
107
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS
Fonte: adaptada de Camargo (2015, p. 50).
#pratodosverem: aparelho e resultado de exame de tomografia por emissão de pósitrons.
O exame é totalmente indolor e as varreduras PET levam de 10 a 40 minu-
tos para ser concluídas. Entre as indicações da fusão PET-CT, podemos medir 
a taxa de consumo de glicose em diferentes partes do corpo, acúmulo do 
análogo radiomarcado da glicose 18-fluorodesoxiglicose (FDG), pois permite a 
medição da taxa de consumo de glicose, distingue entre tumores benignos e 
malignos (os tumores malignos metabolizam a glicose a uma taxa mais rápi-
da do que os tumores benignos), varreduras de corpo inteiro servem para es-
tadiar um câncer, observação do fluxo sanguíneo e do consumo de oxigênio 
em diferentes partes do cérebro – por exemplo, a compreensão de derrames 
e demência, e o rastreamento de neurotransmissores químicos (como a do-
pamina, na doença de Parkinson) também podem ser realizados com essa 
técnica (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022; CHEN, 2012).
Como mencionado anteriormente, a PET tem outras aplicações na cardiolo-
gia, como na avaliação pré-transplante de miocárdio viável, e na distinção de 
tumores recorrentes de necrose por radiação e cicatriz cirúrgica, assim como 
em uma variedade de cânceres (DAFFNER, 2013).
108
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PRÓTONS (PET-CT)
 
Fonte: adaptada de Daffner (2013, p. 26).
#pratodosverem: imagens de resultado de tomografia por emissão de prótons (PET-CT).
Vamos aprender um pouco mais do funcionamento 
da tomografia por emissão de pósitrons? Neste 
vídeo simples e didático, aprofundaremos nosso 
conhecimento visualizando o mecanismo de 
formação da imagem, como funciona o exame, 
compreendendo a utilização do radiofármaco e os 
exemplos de aplicabilidade na área da oncologia.
5.1.3 CONTRASTE E RISCOS
As reações alérgicas aos radiofármacos dos exames estudados até o momen-
to são extremamente raras e geralmente leves. A injeção do radiofármaco 
pode causar dor leve ou vermelhidão. 
https://www.youtube.com/watch?v=ZsMOJNB3xIo
109
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Há sempre um pequeno risco de danos às células ou tecidos pela exposição a 
qualquer tipo de radiação, incluindo o baixo nível de radiação do radiofármaco 
usado nesse teste. O exame não é aconselhável para gestantes ou puérperas, 
pois o procedimento pode expor o feto à radiação, bem como o radiofármaco 
pode ser passado para o bebê pelo leite materno. 
E em relação à radiação, existem três fatores básicos que podem ser usados 
para minimizar a dose de radiação: 
Tempo
O tempo exposto à radiação pode ser diminuído trabalhando-se o 
mais rápido possível próximo às fontes de radiação e ao manipulá-las.
Blindagem
É essencial manipular material radioativo atrás do anteparo, usar 
avental de chumbo e acondicionar os geradores dos equipamentos.
Distância
A taxa da dose de radiação é inversamente proporcional ao quadrado 
da distância., ou seja, quanto mais distante da fonte, menor será 
a radiação recebida, pois, duplicando a distância entre a fonte e o 
detector, reduz-se a taxa de dose a um quarto do valor inicial (CHEN et 
al., 2012; HERRING et al., 2021).
110
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Vamos recapitular alguns pontos-chave da medi-
cina nuclear?
1. As principais técnicas da medicina nuclear são 
a cintilografia e a tomografia por emissão de 
pósitrons.
2. A medicina nuclear utiliza materiais radioativos, 
porém, com quantidades mínimas que servem 
para auxiliar na visualização dos órgãos e dos 
tecidos internos.
3. As substâncias radioativas utilizadas não causam 
riscos aos pacientes.
4. O exames da medicina nuclear não são 
recomendáveis apenas para mulheres grávidas e 
puérperas.
5. As injeções podem ser aplicadas em diversas 
partes internas do paciente (ossos, órgãos e outras 
estruturas).
6. Os exames são indolores, rápidos, não invasivos 
e seguros.
7. Os exames geram imagensde alto nível que 
auxiliam na detecção de problemas graves.
8. A medicina nuclear é utilizada na área da 
cardiologia, pneumologia, oncologia, neurologia.
9. A medicina nuclear gera a reconstrução de 
imagens detalhadas do crânio, coluna, abdômen, 
aparelho digestivo e urinário, entre outros.
Fonte: Camargo (2015), Daffner (2013), Zattar, Viana 
e Cerri (2022)
5.2 EXAMES INTERVENCIONISTAS
A medicina intervencionista trata uma ampla gama de condições não cirúr-
gicas com técnicas de imagem que visam a origem da doença. São as mais 
comuns as condições cardíacas e as neurológicas. Esse procedimento é guia-
do por imagens radiológicas (raio X, ultrassom, tomografia computadorizada, 
ressonância magnética, entre outros) para direcionar com precisão a técnica. 
Uma agulha ou um cateter fino é introduzido nos vasos sanguíneos até o lo-
111
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
cal a ser avaliado ou perto dele. Nesse momento, é injetado o contraste para 
avaliar a área, tudo isso sob efeito de anestesia local.
5.2.1 ANGIOTOMOGRAFIA CORONÁRIA/
CEREBRAL E ANGIOGRAFIA CEREBRAL/
CORONÁRIA PERCUTÂNEA
Antes de falarmos diretamente da angiografia coronária e cerebral, é impor-
tante conhecermos a angiotomografia das coronárias, uma vez que se trata 
de uma alternativa não invasiva que, em situações especiais, pode ser utiliza-
da antes da angiografia (FUNARI, 2012).
Para que serve
A angiotomografia das coronárias é um exame não invasivo que 
analisa a imagem do coração e detecta a condição das artérias que 
irrigam o coração, ou seja, determina se no interior dos vasos se 
formaram placas que diminuem o calibre. Essas placas são formadas 
por diferentes substâncias que circulam no sangue como gordura, 
colesterol e cálcio, e que se depositam nas camadas das artérias 
(FUNARI, 2012).
Técnica utilizada
O exame combina uma técnica especializada de raios X, utilizando 
computadores com alta tecnologia que produzem múltiplas imagens 
seccionais da região a ser explorada. Os pacientes submetidos a 
esse exame radiológico recebem uma dose intravenosa de contraste 
contendo iodo de forma percutânea, pelo braço ou pela perna, 
geralmente (MARCHIORI, 2015).
112
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PACIENTE DO SEXO MASCULINO AGUARDANDO A REALIZAÇÃO DE UMA ANGIOGRAFIA
Fonte: adaptada de Felisberto (2009, p. 66).
#pratodosverem: paciente deitado sobre uma mesa de exame aguardando a realização de 
uma angiografia.
A angiografia é uma forma de produzir imagens de raios X do interior dos vasos 
sanguíneos. Quando os vasos sanguíneos são bloqueados, estreitados, danifi-
cados, ou estão anormais de alguma forma, podem ocorrer problemas, incluin-
do acidente vascular cerebral ou infarto agudo do miocárdio. A angiografia aju-
da a determinar a origem do problema e a extensão dos danos aos segmentos 
dos vasos sanguíneos que estão sendo examinados (CARNEVALE, 2017).
A angiografia coronária ou cateterismo cardíaco é um exame de baixo risco e, 
atualmente, é o exame anatômico final que define a extensão e a gravidade 
da lesão cardíaca, de forma precisa, determina a localização e a quantidade 
de obstrução e quais artérias estão obstruídas. Geralmente, é realizado para 
confirmar a doença e realizar uma intervenção terapêutica ou procedimento 
cirúrgico (FELISBERTO, 2009).
O exame é realizado sob anestesia local e por meio de uma punção com agu-
lha, um fino tubo de plástico ou cateter é inserido em uma artéria do braço ou 
da perna. De lá, o cateter é deslizado até o coração do paciente. O cateter ge-
ralmente é inserido nas artérias (cateterismo esquerdo) ou pelas veias (catete-
rismo direito) e, dessa forma, manipulado para acessar as diferentes câmaras 
do coração, medir a pressão dentro de cada uma ou injetar meio de contraste 
113
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
para estudar o fluxo e avaliar a função da válvula (FELISBERTO, 2009). 
A partir desse exame, o cardiologista intervencionista definirá o tratamento a ser 
seguido para desobstruir os vasos coronários, como a técnica de angioplastia, ou 
ainda sugerir alguma cirurgia para revascularização miocárdica ou até troca de 
válvulas cardíacas dependendo do resultado do exame (CARNEVALE, 2017).
O cateterismo é um exame minimamente invasivo 
que não envolve lesão ou perda de sangue. Desse 
modo, é bem tolerado pelo paciente em condições 
instáveis, como em casos de insuficiência cardíaca 
ou infarto agudo do miocárdio, sendo indicado 
para pacientes gravemente enfermos com alto 
risco de morte cardíaca, a fim de oferecer o 
tratamento ideal (CARNEVALE, 2017).
ANGIOGRAFIA DAS CORONÁRIAS
Fonte: adaptada de Kern (2017, p.107).
#paratodosverm: imagens de resultados de exame de angiografia das coronárias.
114
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A angiotomografia cerebral investiga os vasos sanguíneos do cérebro e ou do 
pescoço. O tomógrafo usa uma combinação de um scanner de raios X de alta 
tecnologia e análise de computador sofisticada para fornecer imagens 3D de-
talhadas dos vasos sanguíneos no corpo, como os do cérebro, do pescoço, dos 
rins e das pernas. Pode ser usado para identificar seções enfraquecidas de 
artérias ou veias, assim como para visualizar o fluxo sanguíneo. A angiografia 
por TC fornece aos médicos imagens mais precisas dos vasos sanguíneos do 
que a tecnologia de ressonância magnética ou ultrassom, pode detectar in-
formações valiosas que impactam diretamente na mortalidade, como aneu-
rismas, obstruções e malformações das artérias cerebrais (WARHADPANDE; 
LIONBERG; COOPER, 2019).
A angiografia cerebral é uma técnica não invasiva que permite a visualização 
das artérias carótidas internas e externas, e das artérias vertebrais, podendo 
incluir apenas o compartimento intracraniano ou também se estender para 
baixo ao arco da aorta. O objetivo primordial desse exame é um aprimora-
mento ideal das artérias carótidas com pouco ou nenhum componente veno-
so; o aspecto técnico do exame varia de local para local (FELISBERTO, 2009).
Semelhantemente à angiografia cardíaca, na angiografia cerebral, um cate-
ter (tubo longo, fino e flexível) é inserido em uma artéria do braço ou da per-
na. Assim, ao usar o cateter, um técnico injeta um corante especial nos vasos 
sanguíneos que é levado ao cérebro. É uma maneira de produzir as imagens 
de raios X do interior dos vasos sanguíneos (OSBORN, 2018).
115
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXEMPLO DE REALIZAÇÃO DE UMA ANGIOGRAFIA CEREBRAL
Fonte: adaptada de Felisberto (2009, p. 68).
#pratodosverem: imagens de resultado de exame de angiografia cerebral mostrando o 
caminho percorrido pelo contraste.
Esse exame pode ser indicado em uma variedade de situações, como para 
visualizar áreas de oclusão e trombose significativas de acidente vascular ce-
rebral e acidente vascular isquêmico transitório, detectar aneurismas devido 
a hemorragias subaracnóideas e malformações vasculares (WARHADPANDE; 
LIONBERG; COOPER, 2019). 
O cateterismo cardíaco é um exame minimamente 
invasivo para avaliar as artérias do coração, realizado 
sob efeito de uma anestesia local por meio de 
uma incisão na artéria radial, braquial ou femoral, 
onde é inserido um fio guia que vai até a região 
do coração. Assim, nesse momento, é injetado 
contraste iodado para visualizar as artérias.
5.2.2 CUSTO-BENEFÍCIO E RISCOS
Embora a angiografia seja uma ferramenta importante para fazer diagnós-
ticos precisos de muitas condições que afetam o sistema vascular, esse pro-
cedimento apresenta riscos, alguns dos quais que podem ser graves. O nível 
individual de risco depende de vários fatores,incluindo saúde geral e idade. 
116
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Os riscos podem incluir: um derrame internamente no vaso, o cateter inserido 
em uma artéria pode desalojar a placa das paredes das artérias, bloqueando o 
fluxo de sangue, e coágulos sanguíneos também podem se formar no cateter 
e bloquear o fluxo sanguíneo arterial (KERN, 2017).
Sangramento e inchaço (hematoma) podem ocorrer no local da incisão na 
virilha ou no braço. Após o procedimento, os pacientes geralmente devem 
ficar em repouso por algumas horas, e com curativo compressivo no local da 
incisão para evitar sangramento e permitir que o local da incisão feche (RIBEI-
RO; MARTINEZ, 2008).
HEMATOMA NO BRAÇO 
 
Fonte: ©user788993, Freepik (2023).
#pratodosverem: ilustração de hematoma no braço representando um possível local de 
incisão de contraste e curativo para evitar sangramento.
O corante de contraste usado para tornar os vasos sanguíneos visíveis tam-
bém pode desencadear uma variedade de reações alérgicas em algumas 
pessoas, que podem variar de coceira leve à urticária e anafilaxia. Esse tipo de 
corante também pode ser arriscado para pessoas com problemas renais, pois 
ele deve ser processado pelos rins (KERN, 2017). 
Durante um procedimento de angiografia, os raios X são usados para rastrear 
a colocação do cateter e para registrar o movimento do sangue nos vasos. Isso 
pode levar à exposição de radiação, o que pode aumentar o risco acumulado 
117
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ao longo da vida de um indivíduo (DAFFNER, 2013).
Embora a angiografia possa representar riscos, ela também gera benefícios 
claros, visto que pode fornecer uma imagem muito mais detalhada do sis-
tema vascular do cérebro e do coração do que outros tipos de tecnologia de 
imagem, como ressonância magnética e a tomografia computadorizada. Isto 
permite que os médicos diagnostiquem algumas condições que nunca se-
riam vistas com esses tipos de exames (KERN, 2017).
5.2.3 EQUIPAMENTOS E CUIDADOS DE PROTEÇÃO
A segurança da radiação é uma preocupação para pacientes, médicos e fun-
cionários em muitos departamentos, incluindo radiologia, cardiologia inter-
vencionista e cirurgia. A maioria dos procedimentos de medicina nuclear e 
medicina intervencionista envolve o uso de pequenas quantidades de mate-
riais radioativos para detectar ou tratar doenças (CARNEVALE, 2017).
Como os raios X envolvem radiação ionizante que pode depositar energia 
nas células humanas e causar alterações nos tecidos, é importante minimizar 
qualquer risco associado ao paciente. Isso é feito limitando a exposição à ra-
diação ao mínimo necessário para criar as imagens clínicas necessárias para 
responder à pergunta médica (MARCHIORI et al., 2015). 
O objetivo da proteção contra radiação é fornecer um nível adequado de pro-
teção para os seres humanos sem limitar indevidamente as ações benéficas 
que dão origem à exposição à radiação. A proteção contra radiação é para 
prevenir a ocorrência de efeitos determinísticos nocivos e para reduzir a pro-
babilidade de ocorrência de efeitos estocásticos (por exemplo, câncer e efei-
tos hereditários) (CARNEVALE, 2017).
O uso indevido de radiações ionizantes pode ser perigoso para os organismos 
vivos. Por isso, em qualquer atividade em que a irradiação possa resultar de 
uma fonte de radiação ou contaminação radioativa, é necessário garantir que 
pessoas e outros seres vivos que necessitem de proteção não recebam uma 
dose que possa os colocar em risco de radiação, muito menos causar dano 
(CHEN, 2012).
A maior parte da exposição à radiação em ambientes médicos decorre de 
imagens fluoroscópicas, que usam raios X para obter imagens funcionais di-
nâmicas e cinematográficas. O treinamento formal de proteção contra radia-
ção ajuda a reduzir a exposição à radiação da equipe médica e dos pacientes 
118
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
(CHEN, 2012). Existem três princípios básicos de proteção contra radiação: jus-
tificação, otimização e limitação de dose. Para diminuir os riscos de exposição 
à radiação, qualquer exposição à radiação médica deve ser justificada e os 
exames que utilizam radiação ionizante devem ser otimizados. A justificati-
va significa que o exame deve ser clinicamente indicado e útil. Otimização 
significa que a imagem deve ser realizada usando doses tão baixas quanto 
razoavelmente alcançáveis (CARNEVALE, 2017).
Avental de chumbo: a principal ferramenta de proteção 
radiológica para os trabalhadores do laboratório de catete-
rismo cardíaco é o avental, pois o procedimento inclui radia-
ção ionizante em altas doses. 
AVENTAIS DE CHUMBO USADOS COMO PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 
Fonte: ©aspsvz, Freepik (2023).
#pratodosverem: vários aventais de chumbo usados como proteção radiológica 
pendurados.
119
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Demais métodos: O uso de escudos de chumbo, óculos de 
chumbo, tempos de exposição curtos, distância adequada 
da fonte ao receptor de imagem e uso de geradores trifási-
cos e tela intensificadora são recomendados para reduzir a 
dose de radiação (CHEN, 2012; DAFFNER 2013).
DISTÂNCIA ADEQUADA DA FONTE AO RECEPTOR DE IMAGEM
 
Fonte: ©nightunter, Freepik (2023).
#pratodosverem: duas imagens. À esquerda uma radiografia odontológica; à direita uma 
paciente na máquina de raios X para exame enquanto os profissionais da saúde não 
ficam tão perto, mantendo uma distância de segurança, já que trabalham com isso 
frequentemente.
120
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONCLUSÃO
A imagem médica é o processo de usar a tecnologia para visualizar o corpo 
humano com o objetivo de diagnosticar, monitorar e tratar problemas médi-
cos. Todos os avanços da medicina com o diagnóstico de imagem mostram 
como esses exames são promissores na detecção e no tratamento de doen-
ças. A ciência e as tecnologias radiológicas e nucleares proporcionam uma 
vasta gama de benefícios para a saúde humana.
As tecnologias radiológica e nuclear são indispensáveis no diagnóstico de le-
sões oncológicas, cardiovasculares, neurológicas e pneumológicas. Elas con-
tribuem significativamente para todas as etapas, inclusive as do tratamento 
de pacientes, incluindo detecção precoce, diagnóstico e acompanhamento.
À medida que as tecnologias de imagem evoluem, também evolui a com-
preensão da comunidade médica sobre como proteger as pessoas da radia-
ção ionizante. O primeiro passo para otimizar a prática de radiação segura é 
educar a equipe do hospital acerca das melhores práticas de radiação. Com o 
avanço científico e um uso eficaz contínuo, a imagiologia médica continuará 
a ajudar na detecção precoce de problemas de saúde, facilitar o tratamen-
to e fornecer maior cuidado preventivo. Dessa maneira, é importante que os 
profissionais de saúde que trabalham nessa área estejam em constante trei-
namento para lograr de maiores êxitos na prática diária, na realização de exa-
mes e na orientação a pacientes.
121
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os artigos a seguir:
1. LIMA, V. C. Cateterismo cardíaco, diagnóstico 
(angiografia) e terapêutico (angioplastia) na 
doença arterial coronária dos pacientes diabéticos. 
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & 
Metabologia, v. 51, n. 2, p. 299-304, 2007.
2. MELO, R. M. V. de et al. Utilidade clínica da 
angiografia coronariana em pacientes com 
disfunção ventricular esquerda. Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, v. 98, n. 5, p. 437-41, 2012.
3. SOARES, M. M. da125
6.1.2 INTERPRETAÇÃO 128
6.1.3 DESAFIOS DE PROFISSIONAIS MÉDICOS 130
6.2 DEMAIS ÁREAS DA SAÚDE E CAMPO DA IMAGENOLOGIA 133
6.2.1 CAMPO DE ATUAÇÃO 133
6.2.2 INTERPRETAÇÃO 137
6.2.3 DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFISSIONAIS 138
https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/ries/article/view/899
http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/refacer/article/view/4694
http://forense
http://revista.lusiada.br/index.php/ruep/article/view/698
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/33568
9
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
10
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina tem por objetivo geral conhecer a história da imagenologia no 
mundo e os fundamentos básicos dela. Isso envolve entender as normas le-
gais e de biossegurança referentes a riscos, restrições e eventos adversos rela-
cionados aos diferentes métodos de diagnóstico por imagem, identificando 
as medidas de proteção radiológica individual ou coletiva e compreendendo 
a relação custo-benefício-efetividade dos métodos diagnósticos e a impor-
tância disso para a patologia investigada. Além de reconhecer a anatomia 
por intermédio dos métodos de captura e formação de imagem radiológica, 
correlacionando a imagem e os mecanismos de formação de imagem com 
alterações anátomo e fisiopatológicas básicas.
Também será possível identificar os diferentes tipos de exame de imagem e a 
aplicabilidade deles, bem como correlacionar os resultados de imagenologia 
com as patologias; conhecer os principais métodos de imagem, reconhecen-
do-os como ferramenta diagnóstica complementar; compreender os efeitos 
fisiológicos dos exames de imagem com o uso de contraste, identificando a 
indicação e a contraindicação; interpretar os exames de imagem para a reali-
zação de um diagnóstico correto; identificar e diferenciar as principais carac-
terísticas do sistema musculoesquelético; e apreender o papel de profissio-
nais de biomedicina no campo da imagenologia.
11
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Conhecer a história da 
imagenologia no mundo e os 
fundamentos básicos.
> Entender as normas legais e de 
biossegurança, frente aos riscos/
restrições e eventos adversos 
relacionados aos diferentes 
métodos de diagnóstico por 
imagem, identificando as 
medidas de proteção radiológica 
individual e/ou coletivas.
> Compreender o mecanismo 
de formação da imagem através 
das leis da física e identificar os 
diferentes tipos de equipamento 
para o diagnóstico por imagem.
12
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A utilização dos exames de imagem tem impacto diferentes fases da cadeia 
da saúde: prevenção, diagnóstico, prognóstico e avaliação terapêutica. Na úl-
tima década, observamos grande crescimento do setor de diagnóstico por 
imagem e a incorporação de novas tecnologias. Para entender melhor os 
conceitos, os fundamentos e as generalidades, essa disciplina revisará os me-
canismos de geração de imagens, os termos, as indicações e as contraindica-
ções, assim como vantagens e desvantagens dos exames de imagem que são 
usados atualmente com mais frequência, como raios X, ultrassom, tomogra-
fia computadorizada (TC) e ressonância magnética nuclear (RMN).
IMAGENOLOGIA
 
Fonte: ©gorynvd, Freepik (2023).
#pratodosverem: foto colorida de dois profissionais da área da saúde analisando imagens 
diagnósticas de um raio X.
O principal objetivo da imagenologia médica é gerar informações de grande 
importância para a caracterização da fisiologia e da anatomia de vários ór-
13
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
gãos e partes do corpo humano. A imagenologia médica é onde a anatomia 
encontra a prática clínica. Isso engloba várias técnicas e métodos para visua-
lizar as estruturas internas do corpo de forma não invasiva (CHEN; POPE; OTT, 
2012).
1 CONTEXTO HISTÓRICO E DIAS ATUAIS DA 
IMAGENOLOGIA
1.1 CONTEXTO HISTÓRICO E DIAS ATUAIS DA 
IMAGENOLOGIA
A radiologia é o ramo da medicina que envolve detectar e monitorar doenças 
por meio do uso de técnicas de imagem, e uma dessas técnicas é a radiogra-
fia. Desde que o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen descobriu os raios X, 
em 1895, a história da radiografia mudou muito, e a capacidade de diagnosti-
car doenças com essa técnica aumentou (FELISBERTO 2014).
Röntgen observou a emissão de “luz” em ampolas a vácuo (ampolas de 
Crookes), em experiências com raios catódicos, e verificou que os raios atra-
vessavam corpos como vidro, papelão e madeira, mas eram “bloqueados” por 
metais pesados como o chumbo, que poderiam deixar marcas ao impregnar 
determinada substância, desde que entre eles e a placa da substância hou-
vesse um corpo. Essa descoberta deu a ele o prêmio Nobel de Física (MAR-
CHIORI, 2015).
14
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
IMAGEM DO PROFESSOR DR. WILHELM CONRAD RÖNTGEN
Fonte: © Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem: pintura do físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, que iniciou as 
pesquisas no ramo da radiologia.
Röntgen nasceu na Prússia, em 1845, e iniciou os estudos investigando a 
condutividade térmica dos cristais e a relação entre luz e eletricidade. Como 
reitor da Universidade de Würzburg, na Alemanha, ele obteve as primeiras 
descobertas graças a experimentos com raios catódicos. Em 8 de novembro 
de 1895, Röntgen, estudando o poder da penetração dos raios catódicos, ob-
servou que uma placa de papelão coberta com cristais de platina-cianeto de 
bário emitia uma fluorescência que desaparecia quando a corrente era desli-
gada. Essa fluorescência indicava a presença de um feixe passando pela pla-
ca, que foi considerado o primeiro uso geral de raios X (FELISBERTO, 2014).
15
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
APARELHO DE WILHELM CONRAD RÖNTGEN
 
Fonte: © Wikimedia Commons (2023).
#pratodosverem: foto do aparelho que Röntgen usava em 1937.
O primeiro uso de raios X para fins médicos começou em 1900, quando o mé-
dico britânico John T. Scanlon os aplicou para examinar o tórax e o abdome. 
Em 1901, Röntgen realizou o primeiro exame de raios X do corpo humano. A 
descoberta foi inicialmente usada para examinar ossos e o sistema esquelé-
tico, inclusive Scanlon realizava testes na própria esposa. Consequentemen-
te, aos poucos ficou claro que a nova técnica de imagem poderia identificar 
doenças em outros órgãos e tecidos, como pulmões, região abdominal e co-
ração. Por exemplo, os raios poderiam ser usados para determinar se uma 
pessoa tinha tuberculose ou ossos quebrados.
Os primeiros hospitais com departamentos de raios X foram abertos na Ale-
manha. No início do século XX, foram criadas as primeiras clínicas especiali-
zadas que utilizavam os raios X para o diagnóstico de doenças. Nos Estados 
Unidos, radiologistas começaram a receber treinamento na área, e os primei-
ros departamentos de radiologia foram criados em algumas universidades 
(MARCHIORI, 2015).
Nas décadas seguintes, essa nova especialidade médica se desenvolveu em 
16
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portariaS. et al. Cateterismo cardíaco 
via femoral: descrição clínica e complicações 
associadas. Revista de Enfermagem UFPE 
online, v. 11, supl. 3, p. 1473-80, 2017.
4. SOUZA, J. A. R. de; MARTINS, R. MATUO, R. 
Importância da cintilografia óssea na pesquisa de 
metástases. Tekhne e Logos, Botucatu, v. 11, n. 3, 
p. 105-14, 2020.
5 ROBILOTTA, C. C. A tomografia por emissão de 
pósitrons: uma nova modalidade na medicina 
nuclear brasileira. Revista Panamericana de Salud 
Pública, v. 20, n. 2/3, p. 134-42, 2006.
https://www.scielo.br/j/abem/a/RRQnWL9fQsmyVCbq8jmZqhL/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/abc/a/HJnwxHxFLq7vvMx6gdmYFjv/abstract/?lang=pt
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/bde-31028
http://revista.fatecbt.edu.br/index.php/tl/article/view/696
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rpsp/v20n2-3/10.pdf
122
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 6
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Conhecer o papel da equipe 
médica no campo de atuação da 
imagenologia.
> Compreender o campo 
de atuação e os desafios da 
equipe médica no campo da 
imagenologia.
> Reconhecer o papel dos demais 
profissionais da saúde no campo 
de atuação da imagenologia.
> Identificar o campo de 
atuação e os desafios da equipe 
multiprofissional no campo da 
imagenologia.
123
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6 PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO 
CAMPO DA IMAGENOLOGIA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A imagenologia médica é uma abordagem diagnóstica que os radiologistas 
usam para identificar problemas específicos. O principal objetivo da radio-
logia e do diagnóstico por imagem consiste em melhorar as modalidades 
diagnósticas, terapêuticas e preventivas, bem como as habilidades da equipe 
multidisciplinar.
Uma abordagem multidisciplinar pode resultar em um alto nível de atendi-
mento, de forma que são profissionais de diferentes disciplinas que trabalham 
juntos para oferecer atendimento abrangente que atenda ao maior número 
possível de necessidades do paciente. Isso permite que o paciente receba um 
atendimento mais coordenado, melhorando a tomada de decisões clínicas, 
e resultando em um melhor planejamento da trajetória de cuidado, o que 
pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e avaliações radiológicas.
O objetivo deste capítulo é que você visualize e compreenda o papel de cada 
profissional da saúde no contexto do diagnóstico por imagem, pois a capa-
cidade de trabalhar em uma equipe multidisciplinar permite que cada pro-
fissional analise as próprias competências e limites, assim como reconheça 
em que outros membros da equipe podem ajudar. Essas atitudes resultam 
em um melhor atendimento aos pacientes para que recebam diagnósticos 
precoces e tratamentos adequados mais precisos.
6.1 MEDICINA E CAMPO DE ATUAÇÃO EM 
IMAGENOLOGIA
A imagenologia médica é crucial em uma variedade de ambientes médicos 
e em todos os principais níveis de cuidados de saúde (FIUZA et al., 2020). O 
diagnóstico por imagem permite aos médicos avaliar melhor as estruturas 
internas do corpo, como ossos, órgãos, tecidos e vasos sanguíneos dos pa-
cientes por meios não invasivos. Além disso, os procedimentos ajudam a de-
terminar, por exemplo, se uma cirurgia seria uma opção de tratamento eficaz, 
124
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
a auxiliar na localização de tumores para tratamento e remoção, a encontrar 
coágulos sanguíneos ou outros bloqueios, e até mesmo em outros procedi-
mentos minimamente invasivos, como auxiliar na colocação de dispositivos 
(stents, marcapassos ou cateteres) (MOREIRA; ALMEIDA; BITENCOURT, 2017).
Esse campo vasto de atuação que citamos acima permite ao médico radiolo-
gista auxiliar no diagnóstico e tratamento de doenças e lesões usando diver-
sas técnicas de imagem, pois, as principais responsabilidades nesse campo 
envolvem analisar com precisão as imagens resultantes criadas e sugerir pos-
síveis novas condutas (novos exames ou tratamentos). Desse modo, devido à 
tecnologia estar em constante evolução, várias condições podem agora ser 
diagnosticadas e tratadas mais rapidamente pelos radiologistas, tornando 
essa especialidade de extrema importância (FUNARI et al., 2017). 
O radiologista avalia a imagem, posteriormente interpreta juntamente a ou-
tros exames de imagem e, a partir daí, se necessário, recomenda outros exa-
mes ou tratamentos. Por último, discute os achados com o médico que solici-
tou o exame (MARCHIORI; SANTOS, 2015). 
As tecnologias mais utilizadas em imagens médicas incluem a radiografia e 
a tomografia computadorizada que são ferramentas poderosas, contudo, em 
decorrência da radiação ionizante, elas devem ser usadas com moderação, 
como citado nos capítulos anteriores. Outros métodos existentes, incluem 
ressonância magnética nuclear e a ultrassom. A primeira oferece riscos re-
duzidos e nenhuma radiação ionizante, porém, apresenta alto custo e é um 
exame mais demorado. Já o ultrassom, utiliza as vibrações ultrassônicas para 
criar imagens e representa uma das formas mais seguras de geração de ima-
gens médicas, além da medicina nuclear e radiologia intervencionista (MAR-
CHIORI; SANTOS, 2015; MOREIRA; ALMEIDA; BITENCOURT, 2017; SZEJNFELD; 
ABDALA; AJZEN, 2016).
Portanto, a imagenologia médica melhorou os diagnósticos e tratamentos, 
reduzindo consideravelmente a incerteza nos diagnósticos e possíveis erros, 
permitindo tratar de forma mais eficaz as lesões e doenças dos pacientes. 
Para isso, os médicos radiologistas são imprescindíveis no que diz respeito à 
tecnologia de processamento de imagens, uma vez que promovem o desen-
volvimento e a implementação de modalidades conhecidas por eles e a inter-
-relação de imagens, assim como os procedimentos minimamente invasivos 
como o tratamento endovascular de aneurismas e tumores, biopsias percu-
tâneas e radioterapia (FIUZA et al., 2020).
125
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A tecnologia de imagens progrediu significativamente ao longo dos anos e 
isso não se limitou às modalidades pelas quais as imagens são adquiridas, 
há uma ênfase crescente no cuidado do processamento das imagens e em 
formas mais novas e avançadas de compartilhar e armazenar as imagens mé-
dicas (MOREIRA; ALMEIDA; BITENCOURT, 2017). 
No campo da imagenologia médica diagnóstica, a equipe multidisciplinar 
trabalha junto, os médicos podem manipular imagens com o auxílio do cui-
dados dos demais profissionais da saúde desde o preparo e posicionamento 
do paciente até a manipulação da imagem (CHEN; POPE; OTT, 2012). 
DISCUSSÃO MULTIDISCIPLINAR DE UMA RADIOGRAFIA DE PULMÃO
 
Fonte: Freepik (2023).
#paratodosverem: ilustração de dois profissionais analisando e discutindo o resultado de 
uma radiografia de pulmão.
6.1.1 CAMPO DE ATUAÇÃO 
Estima-se que 80% das decisões médicas sejam tomadas com o apoio da Ra-
diologia, tornando o radiologista um membro fundamental da equipe mé-
dica. Os avanços tecnológicos permitiram o desenvolvimento de estudos de 
melhor qualidade e com menor risco para o paciente, reduzindo as doses de 
radiação e os tempos de estudo, possibilitando diagnósticos mais oportunos 
e precisos (FELISBERTO et al., 2014).
Os radiologistas são profissionais formados em medicina com especialização 
126
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
na obtenção e interpretação de imagens médicas, usando todas as ferramen-
tas disponíveis na área de diagnóstico por imagem, desde as mais simples, 
como raios-x (radiografias, tomografias computadorizadas, fluroscopia) e on-
das sonoras (ultrassom), até as mais complexas com utilizaçãode substâncias 
radioativas (medicina nuclear) e campos magnéticos (ressonância nuclear), e 
a medicina intervencionista (angiografias cerebrais e coronárias) (MARCHIO-
RI; SANTOS, 2015; WERLANG; BERGOLI; MADALOSSO, 2009; KOCH, 2012). 
O local de trabalho de um radiologista geralmente é em hospitais e laborató-
rios de imagem, e a principal função dele é obter imagens de diagnóstico e 
fornecer tratamentos, mas também oferecer acompanhamento aos pacien-
tes durante o processo (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
Existem três especialidades no campo de atuação desses médicos:
Radiologia diagnóstica
diagnóstico por meio de procedimentos de obtenção de imagens 
médicas não invasivos. É possível identificar uma variedade de 
problemas, incluindo ossos quebrados e problemas cardíacos.
Radiologia intervencionista
diagnóstico e tratamento por meio de equipamentos de obtenção de 
imagens minimamente invasivos, utilizados também para orientar 
procedimentos cirúrgicos.
Oncologia de radiação
supervisão e acompanhamento de planos de tratamento de radiação 
para pacientes com câncer. (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022; MELLO 
JUNIOR, 2016).
127
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RADIOLOGIA DIAGNÓSTICA
Fonte: ©drazenzigic Freepik (2023).
#paratodosverem: médico radiologista analisando imagens instantâneas de exame de 
radiologia diagnóstica.
Geralmente, o papel do radiologista se concentra nos estágios mais avança-
dos do diagnóstico da doença. Contudo, é importante ressaltar que eles tam-
bém desempenham um papel vital na triagem preventiva, que ocorre desde 
os sintomas iniciais e inespecíficos. A triagem preventiva envolve testes de 
doenças para as detectar com antecedência suficiente para garantir o trata-
mento mais eficaz possível, que ocorre principalmente nas fases iniciais da 
doença, evitando que ela se transforme em uma condição séria, até mesmo 
fatal (SZEJNFELD; ABDALA; AJZEN, 2016).
Em resumo, o papel do radiologista envolve examinar anatomia, patologia, 
exames laboratoriais e histórico clínico, bem como imagens anteriores, sele-
cionar a técnica mais apropriada para o diagnóstico, minimizando a exposi-
ção do paciente à radiação, e discutir os achados com os médicos assistentes 
para sugerir ou descartar novos exames. As principais tarefas e deveres do 
radiologista são:
• Entrevistar o paciente para entender o histórico médico e a suspeita 
diagnóstica.
• Revisar exames antigos.
• Avaliar qual técnica de imagem médica é apropriada para diagnosticar a 
condição do paciente.
• Interpretar imagens médicas para fazer um diagnóstico.
128
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
• Relatar os resultados dos exames aos médicos.
• Administrar radioterapia, se for o caso.
• Realizar procedimentos de diagnóstico por imagem utilizando os 
equipamentos dos mais simples aos mais complexos, incluindo ressonância 
magnética, tomografia computadorizada e PET CT.
• Revisar as informações de imagem e preparar relatórios abrangentes sobre 
as descobertas.
• Comunicar os resultados aos médicos e pacientes. 
• Auxiliar no desenvolvimento de planos de tratamento com os médicos.
O radiologista ainda supervisionar e ensinar estudantes de medicina, além de 
realizar procedimentos intervencionistas, como colocação de cateter, marca-
passos, realizar biópsias guiadas por equipamentos e angioplastias translu-
minais percutâneas (SZEJNFELD; ABDALA; AJZEN, 2016; MOREIRA; ALMEIDA; 
BITENCOURT, 2017; FUNARI et al., 2017; FELISBERTO, 2014).
Os avanços da tecnologia nos últimos dez a vinte anos criaram um cenário 
gigantesco de estudos na área da Radiologia. Hoje, existe uma grande varie-
dade de máquinas com novas tecnologias de imagem, além de que houve 
um novo desenvolvimento de equipamentos radiológicos que emprega tec-
nologias de ponta, incluindo materiais nucleares e radioativos, ressonância 
magnética, computadores, e imagens digitais de ultrassom. A radiologia per-
mite aos médicos diagnosticar um grande número de doenças com maior 
precisão e rapidez, de forma muito menos invasiva do que a cirurgia explora-
tória ou outros métodos médicos, razão pela qual os radiologistas são muito 
procurados no mundo da medicina (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
6.1.2 INTERPRETAÇÃO
É fundamental que o médico responsável pela interpretação dos exames seja 
capaz de identificar todas as estruturas anatômicas representadas nas ima-
gens. A capacidade de identificar a presença de uma anormalidade fica grave-
mente comprometida se o médico não estiver completamente familiarizado 
com as aparências de todas as estruturas anatômicas e variantes morfoló-
gicas normais. Deve-se enfatizar que nem todas as anormalidades se apre-
sentam como opacidades ou lucências óbvias, que se referem a áreas mais 
brancas ou mais escuras, como encontrado nas radiografias ou tomografias, 
129
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
por exemplo (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022; MARCHIORI; SANTOS, 2015).
Existem inúmeras técnicas de imagem que podem ser aplicadas no exame 
radiológico das estruturas a serem estudadas, o radiologista deve estar atento 
para sugerir o exame ideal e evitar radiação ionizante excessiva. A capacidade 
de visualizar de forma otimizada todos os aspectos de uma imagem é crucial. 
As imagens digitais visualizadas em um monitor de computador podem ser 
facilmente manipuladas, podendo ser ampliadas e dividas em janelas (MO-
REIRA; ALMEIDA; BITENCOURT, 2017; SZEJNFELD; ABDALA; AJZEN, 2016).
Além disso, condições ideais de visualização são necessárias para permitir a 
identificação de todas as principais características de uma imagem, incluindo 
a anatomia normal. A ausência sutil de uma estrutura normal pode ser um 
achado importante que leva à identificação de uma anormalidade significa-
tiva. A luz ambiente deve ser reduzida ao mínimo e a luz externa de uma caixa 
de visualização deve ser obscurecida (SZEJNFELD; ABDALA; AJZEN, 2016).
A interpretação radiológica se baseia essencialmente na compreensão dos 
processos patológicos e no comportamento das doenças em uma região 
anatômica específica. Ao aplicar cuidadosamente uma série de etapas, as 
principais características de uma lesão podem ser identificadas. Nesse senti-
do, combinado com o conhecimento das características radiológicas específi-
cas de várias lesões, isso pode contribuir substancialmente para o diagnóstico 
(MOREIRA; ALMEIDA; BITENCOURT, 2017).
RADIOLOGISTA
Fonte: @pressmater, Freepik (2023).
#paratodosverem: médico radiologista analisando resultado de radiografia.
Além da habilidade médica de interpretar os achados dos exames de ima-
gem, uma ferramenta que vem ganhando destaque no Brasil e no mundo 
130
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
é o que conhecemos como inteligência artificial (IA). A inteligência artificial 
associada às tecnologias de imagem está automatizando tarefas e aumen-
tando a precisão das análises de imagem com o intuito de agilizar o processo 
(BARRIO et al., 2022).
O uso da IA identifica padrões nas imagens e cria conexões, assim como a 
cada dia melhora a coleta de dados a partir de banco de imagens e de re-
latórios resultantes. O uso da IA pode ser viável desde o primeiro momento 
em que o paciente chega com a requisição do exame em mãos, a partir daí a 
máquina avalia e define prioridades na lista de espera, posteriormente auxilia 
na avaliação de dados quantitativos e pode também ser utilizada já na análise 
qualitativa da imagem. Diante disso, radiologistas podem acessar o histórico 
do paciente e revisar o tratamento anterior para fazer um diagnóstico preciso. 
Também, estes podem reduzir o risco de análises errôneas e atrasos, aumen-
tando a geração de relatórios, a interpretaçãoe a legibilidade dos resultados 
(BARRIO et al., 2022; SANTOS et al., 2019). 
Portanto, a interpretação das imagens diagnósticas é claramente de respon-
sabilidade do radiologista pelo atendimento ao paciente. Compreender a 
anatomia normal, variantes anatômicas comuns, mudanças na expectativa 
de vida e reconhecer características patológicas óbvias por meio de diagnós-
tico por imagem pode ampliar a compreensão da condição geral do pacien-
te, melhorando assim o manejo do paciente. Ademais, entender a relação en-
tre a história, o exame clínico e os resultados de imagem é essencial para que 
os diversos clínicos interajam com o paciente durante o curso dos cuidados 
(SZEJNFELD; ABDALA; AJZEN, 2016).
6.1.3 DESAFIOS DE PROFISSIONAIS MÉDICOS
O desafio se concentra em vários aspectos, entre os mais importantes está 
a ligação entre a radiologia e a alta tecnologia, e com o conhecimento e a 
investigação biomédica, que tem levado a notáveis descobertas, invenções e 
inovações científicas (SANTOS et al., 2019; FELISBERTO, 2014).
As responsabilidades dos médicos radiologistas são, por si só, desafiadoras, vis-
to que envolve contato direto, próximo e frequente com diversos pacientes e 
equipe. Por isso, embora os radiologistas passem a maior parte do tempo es-
crevendo relatórios de imagem, eles também desempenham um papel crucial 
frente às reuniões multidisciplinares para discussão de achados radiológicos e 
131
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
intervenções futuras. Há bastante contato também com o paciente. Nos exa-
mes de ultrassom, fluoroscopia ou imagem da mama, por exemplo, um conta-
to direto e, por vezes, frequente com o paciente é essencial (FUNARI et al., 2017). 
Ademais, existe uma escassez global de radiologistas no mundo, pois, com a po-
pulação em constante crescimento e uma demanda significativa por serviços de 
imagem e diagnóstico, faltam profissionais nessa área, o que acaba reduzindo o 
tempo disponível dos radiologistas para avaliar um único exame (KOCH, 2012).
A maioria dos radiologistas tem um turno de trabalho maior que oito horas 
por dia em um ambiente de ritmo acelerado, como em hospitais ou clínicas, 
devido ao aumento da carga de trabalho e à escassez de pessoal. Assim, em 
decorrência da necessidade de interpretação de imagem 24 horas por dia, 7 
dias por semana, os radiologistas também costumam trabalhar além do ho-
rário tradicional, incluindo feriados e fins de semana, até mesmo em escalas 
de sobreaviso (KOCH, 2012).
Outros fatores que devemos citar são as altas expectativas dos administrado-
res hospitalares e médicos solicitantes, novos requisitos regulatórios, reem-
bolsos mais baixos e concorrência nesse ambiente. Para muitos radiologistas, 
essas forças têm um impacto negativo na satisfação com o trabalho, no estilo 
de vida e no tempo disponível para consulta, ensino e pesquisa (WERLANG; 
BERGOLI; MADALOSSO, 2009).
Essa pressão tem demonstrado influenciar significativamente e negativa-
mente o bem-estar dos radiologistas, levando muitos deles ao esgotamento 
e, consequentemente, reduzindo a produtividade do setor e a qualidade da 
assistência médica prestada aos pacientes (KOCH, 2012). Também, médicos 
radiologistas devem demonstrar certas qualidades e características, a saber: 
boa observação e habilidades analíticas, bem como atenção aos detalhes são 
fundamentais nessa especialidade. O trabalho também requer alta aptidão 
para resolução de problemas e uma base sólida em anatomia, fisiologia e pa-
tologia em todas as especialidades. Veja a seguir dois dos desafios enfrenta-
dos por esses profissionais (MELLO JUNIOR, 2016):
132
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Trabalho em equipe e liderança: Como os radiologistas 
sempre fazem parte de uma equipe, eles devem demons-
trar excelentes habilidades de trabalho em equipe, confe-
rindo respeito aos outros profissionais. O radiologista tam-
bém deve liderar a equipe, criando um ambiente agradável 
de trabalho, demonstrando a capacidade de delegar.
TRABALHO EM EQUIPE
 
Fonte: @YuriArcursPeopleimages, Freepik (2023).
#paratodosverem: equipe de profissionais da área da saúde conversando sobre um possível 
diagnóstico. 
Formação: o curso de Medicina tem duração média de seis anos e confere ao 
aluno um diploma de nível superior. Em seguida, é necessário solicitar o re-
gistro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e requerer a habilitação pro-
fissional para assim prestar a prova de residência (especialização). A duração 
da residência na área de radiologia e diagnóstico por imagem é de três anos. 
133
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RESIDÊNCIA
 
Fonte: @standret, Freepik (2023).
#paratodosverem: jovens estudando juntos na residência (especialização de medicina).
FIUZA et al., 2020; CHEN; POPE; OTT, 2012; MELLO JUNIOR, 2016; WERLANG; BERGOLI; 
MADALOSSO, 2009.
6.2 DEMAIS ÁREAS DA SAÚDE E CAMPO DA 
IMAGENOLOGIA
Os constantes avanços no diagnóstico por imagem têm impactado a prática 
de todos os que participam da assistência à saúde, pois, são necessários pro-
fissionais engajados e que busquem constante evolução. São vários os pro-
fissionais da saúde, além dos médicos, que trabalham com diagnóstico de 
imagem, desde a execução dos exames até a solicitação e a interpretação 
deles (FIUZA et al., 2020).
6.2.1 CAMPO DE ATUAÇÃO
Médicos e prestadores de cuidados primários regularmente optam por solici-
tar determinado exame de imagem médica com base nos sintomas e diag-
nósticos potenciais de um paciente. Desse modo, aplicando o conhecimento 
de tecnologia e anatomia humana, tecnólogos e biomédicos capturam ima-
gens direcionadas, permitindo que os profissionais de saúde examinem áreas 
do corpo de um paciente em busca de sinais de doença (SANTOS; FERREIRA; 
BATISTA, 2016; AGOSTINHO; MOURA; CZARNABAY, 2018).
Esses profissionais, conhecidos como tecnólogos de radiologia, realizam um 
134
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
curso de 3 anos de duração e estão aptos a realizar exames de imagens médi-
cas conforme instrução dos médicos radiologistas. A maioria dos tecnólogos 
de imagem trabalha em hospitais ou outras departamentos médicos, como 
clínicas, mas também são procurados para posições de gerenciamento e con-
sultoria para as empresas que desenvolvem tecnologia de imagem médica 
(SANTOS; FERREIRA; BATISTA, 2016).
Os tecnólogos de imagens médicas geralmente se especializam em determi-
nados exames médicos, bem como em outras áreas do campo, como:
Angiografia
Tirando imagens dos vasos sanguíneos e do coração.
Fluoroscopia
Realizando teste de raios X que examina o corpo interno e mostra 
imagens em movimento em uma tela.
Radiografia móvel
Usando scanners especiais para pacientes doentes demais para viajar.
Salas de cirurgia
Trabalhando na sala de cirurgia para auxiliar os cirurgiões com 
equipamentos especiais de raios X durante as operações.
Radiografia de trauma
Trabalhando em salas de emergência. (ANDRADE, 2019).
Mais detalhadamente, os tecnólogos de imagem interessados em trabalhar 
em novos tipos de modalidades de imagens médicas podem explorar outras 
opções, como a tomografia computadorizada, garantem a segurança dos pa-
135
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
cientes durante o procedimento, administram meios de contraste, se neces-
sário, selecionam o protocolo de imagem adequado e monitoram os pacien-
tes após o exame (ANDRADE, 2019). 
Outra opção de especialização envolve ressonância magnética e ultrassono-
grafia, em que o técnico auxilia desde a preparação do paciente até a realização 
do exame em hospitais, laboratórios,consultórios médicos ou centros de aten-
dimento ambulatorial (SANTOS; FERREIRA; BATISTA, 2016). Além disso, técni-
cos e tecnólogos são responsáveis pela manutenção do equipamento de ul-
trassonografia, bem como por manter registros organizados das imagens dos 
pacientes (ANDRADE, 2019). Por último, em exames minimamente invasivos, 
como fluoroscopia e angiografias, para captar imagens internas dos pacien-
tes em hospitais, laboratórios, clínicas ou centros de atendimento ambulatorial. 
Também, podem auxiliar desde a preparação do paciente, administração dos 
meios de contraste, realização dos exames e cuidados pós procedimento.
TECNÓLOGO DE RADIOLOGIA
Fonte: ©drazenzigic, Freepik (2023).
#paratodosverem: tecnóloga de radiologia cumprimentando paciente antes de realizar o 
exame, garantindo o bem-estar dele durante o procedimento.
Outro profissional que atua na área de diagnóstico por imagem é o biomé-
dico habilitado em imagenologia que pode fazer parte de equipes multidis-
ciplinares de saúde, desenvolver serviços de diagnóstico, e realizar exames 
radiológicos. Com a formação e a habilitação para atuar na área, o biomédi-
co pode realizar exames simples, desde a radiologia até os mais complexos, 
como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética (AGOSTI-
NHO; MOURA; CZARNABAY, 2018). 
136
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O biomédico realiza uma graduação que dura em torno de 4 anos e 3,2 mil 
horas, o foco é em pesquisa e aprimoramento de diagnósticos e tratamentos. 
O profissional aprenderá técnicas avançadas de diagnósticos, métodos para 
trabalhar com soros e vacinas, além de como operar equipamentos médicos 
(AGOSTINHO; MOURA; CZARNABAY, 2018).
Posteriormente, para trabalhar com imagenologia se deve realizar uma habi-
litação, podendo ser na forma de Residência em Biomedicina no Diagnóstico 
por Imagem – ênfase em Medicina Nuclear e ênfase em Ressonância Mag-
nética, além de Tomografia Computadorizada, que tem como objetivo qua-
lificar os profissionais que buscam se preparar para o mercado de trabalho, 
proporcionando uma formação não apenas técnica e teórica, mas também 
nos aspectos humanos e multidisciplinares por meio da prática em ambiente 
clínico (RAIMUNDO; CUNHA, 2020).
Esses profissionais, que trabalham diretamente com pacientes auxiliando nos 
exames e no manuseio dos equipamentos, devem ser: cuidadosos e emitir 
segurança, estarem sempre atentos às novas tecnologias, seguirem as instru-
ções recomendadas e serem fisicamente apto, pois esse trabalho envolve a 
posição em pé por muito tempo. Ademais, devem obter boas habilidades de 
comunicação e boas habilidades de observação, minimizando qualquer erro 
ou evento adverso (RAIMUNDO; CUNHA, 2020). 
BIOMÉDICO HABILITADO EM IMAGENOLOGIA
 
Fonte: ©drazenzigic, Freepik (2023).
#pratodosverem: biomédico habilitado em imagenologia ajustando o equipamento para 
realizar um exame.
137
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Para se aprofundar um pouco mais no campo de 
atuação do biomédico na radiologia, assista ao vídeo.
6.2.2 INTERPRETAÇÃO
Por outro lado, profissionais não médicos também podem desempenhar um 
papel importante na educação do paciente, orientando-o na compreensão 
de patologias, achados de imagem, linguagem e taxonomia de laudos radio-
lógicos (CHEN; POPE; OTT, 2012).
Isso é particularmente relevante no ambiente de prática atual, no qual os pa-
cientes geralmente têm ou carregam os próprios registros digitais e têm fácil 
acesso a imagens e relatórios de radiologia (SANTOS et al., 2019).
Como vimos, existe uma ampla atuação dos profissionais no mercado de tra-
balho e, por isso, devem ser capazes de determinar o equipamento apropria-
do a ser usado, como equipamento de raios X, scanners de radiação, fluoros-
cópios, equipamentos de ultrassom, instrumentação nuclear, equipamentos 
de angiografia e equipamentos de tomografia computadorizada (TC) (AN-
DRADE, 2019; SANTOS; FERREIRA; BATISTA, 2016).
Ademais, é necessário selecionar as configurações apropriadas do equipa-
mento para fornecer as informações de diagnóstico solicitadas pelos médi-
cos, realizar os cálculos de detalhes de procedimentos, como duração e inten-
sidade da exposição à radiação, tamanho e força da dosagem de isótopos, e 
configurações do equipamento de registro (ANDRADE, 2019; SANTOS; FER-
REIRA; BATISTA, 2016).
138
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LAUDO
Fonte: ©gtudiostock, Freepik (2023).
#pratodosverem: ilustração de uma prancheta com uma folha indicando ser um laudo 
médico.
A interpretação e assinatura de laudos são procedimentos vetados aos profis-
sionais Biomédicos e privativos dos médicos radiologistas, contudo, de acordo 
com o Art. 1º da Resolução n. 234, de 5 de dezembro de 2013, são atribuições 
do profissional biomédico legalmente habilitado em imagenologia, radiolo-
gia, biofísica e instrumentação médica, nas áreas e nas respectivas funções 
no diagnóstico por imagem e terapia, realizar: tomografia computadoriza-
da, ressonância magnética, ultrassonografia, radiologia geral e especializada, 
densitometria óssea, medicina nuclear e radioterapia (CFBM, 2013).
6.2.3 DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS 
PROFISSIONAIS
A radiologia diagnóstica tem frequentemente interagido com outras discipli-
nas, como medicina nuclear, imagem molecular, neurologia, oncologia, cardio-
logia, patologia, cirurgia e medicina laboratorial (ZATTAR; VIANA; CERRI, 2022).
A radiologia foi significativamente reformulada e inovada pelos avanços das 
tecnologias, como instrumentos de imagem, inteligência artificial e tecno-
logia da informação. Também foi substancialmente impactada pelas intera-
ções com outras disciplinas. Portanto, a perspectiva de grandes desafios na 
radiologia se preocupa, principalmente, com os obstáculos tecnológicos e 
139
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
multidisciplinares a serem superados nos próximos anos (FELISBERTO, 2023).
AVANÇOS NA ÁREA MÉDICA
Fonte: ©kjpargeter, Freepik (2023).
#pratodosverem: representação de avanços tecnológicos na área médica.
Os técnicos de enfermagem e biomédicos que almejam trabalhar nessa área 
devem estar atentos às constantes mudanças nas tecnologias de imagem e 
buscar aperfeiçoamento constante (ANDRADE, 2019).
Dessa forma, como desafios enfrentados pela equipe multidisciplinar que 
trabalha com imagenologia, devemos salientar algumas situações como a 
exposição à radiação, avanços constantes de tecnologias e aprimoramentos, 
cansaço físico, cargas horárias aumentadas e escalas de plantões (DUARTE; 
NORO, 2013; MORAES, 2012).
Ainda, esses profissionais muitas vezes manuseiam equipamentos que emi-
tem subprodutos radioativos, apesar de ser uma radiação mínima, deve-se di-
minuir os riscos de exposição usando equipamento de segurança adequado 
e aderindo a todos os protocolos de segurança. Com a evolução constante da 
tecnologia de radiologia, o técnico vai se deparar com novos equipamentos e 
procedimentos com frequência. Com isso, embora muitos desenvolvimentos 
recentes possam ser semelhantes ou extensões de ferramentas já disponíveis 
no mercado, o técnico deve estar em constante atualização, passar mais tem-
po praticando e aprendendo a usar novas tecnologias para obter sucesso no 
local de trabalho (ANDRADE, 2019; MORAES, 2012).
A equipe enfrenta também os desafios físicos no trabalho, visto que passam a 
maior parte do tempo em pé, atendendo pacientes e levantando ou moven-
140
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
do equipamentos pesado. Além disso, muitas instituições médicas fornecem 
tratamento, atendimento e serviçosaos pacientes durante todo o dia, logo, o 
profissional pode estar de plantão a qualquer momento, feriado e fins de se-
mana (SANTOS; FERREIRA; BATISTA, 2016).
Outros pontos negativos enfrentados pela equipe é a diferença entre hospital 
público e privado, a qualidade dos instrumentos de imagem, e o atendimento 
ao público são alguns pontos que chamam atenção. Além do mais, a demanda 
de profissionais procurando emprego na área é maior que a oferta, somado a 
isso, a alta carga de trabalho e a remuneração são tidos como um desafio en-
frentado pelos técnicos (SANTOS; FERREIRA; BATISTA, 2016; ANDRADE, 2019).
Em uma profissão em que a atenção aos detalhes e a precisão são primor-
diais, a equipe enfrenta uma infinidade de desafios para atingir o desempe-
nho máximo. A rotina se torna extenuante, carga de trabalho cada vez maior, 
distúrbios ocupacionais e cansaço tornam o profissional mais descontente 
com a profissão (SANTOS; FERREIRA; BATISTA, 2016; DUARTE; NORO, 2013).
141
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
O curso técnico de radiologia é uma formação 
de nível básico para quem tem interesse na 
área da saúde e quer ingressar no mercado de 
trabalho mais rápido. Os estudantes aprenderão 
os domínios da radiação, respeitando as normas 
ambientais, de segurança e de qualidade, assim 
como os princípios éticos que regem o profissional, 
anatomia, física, fisiologia, entre outros assuntos. 
Posteriormente, finalizado o curso, o formado 
realiza o registro profissional junto ao Conselho 
Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR). Assim, 
o técnico em radiologia pode atuar de forma 
regular sem correr o risco de ter a licença cassada 
por exercício irregular da atividade. O profissional 
desse curso estará apto para atuar em hospitais, 
clínicas médicas, centrais de imagenologia, clínicas 
veterinárias, consultórios odontológicos, e nos mais 
variados serviços que atuem com diagnóstico por 
imagem utilizando raios X, tais como indústrias, 
aeroportos e outros. O profissional terá habilidades 
para atuar com ética e de acordo com as normas 
nacionais e internacionais de segurança.
142
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONCLUSÃO
A tecnologia de imagem é usada durante uma grande variedade de proce-
dimentos cirúrgicos e diagnósticos. Isso ocorre porque médicos e cirurgiões 
sempre precisam de informações detalhadas e atualizadas sobre a condição 
de um paciente antes de tomar qualquer medida para o tratamento. Como 
resultado disso, a radiologia está frequentemente envolvida em vários estu-
dos de pesquisa que buscam novos procedimentos cirúrgicos, dispositivos ou 
métodos de tratamento.
O uso mais comum da tecnologia de imagem é para rastrear e avaliar a con-
dição de um paciente. Isso ocorre porque uma varredura sempre mostrará re-
sultados consistentes, imparciais e reprodutíveis. Os resultados da tecnologia 
de imagem serão capazes de mostrar claramente não apenas as mudanças 
na condição ao longo do tempo, mas também medir uma resposta específica 
ao tratamento; isso ajudará a determinar se o tratamento está funcionando 
ou se algo a mais ou diferente deve ser feito.
Os estudos radiológicos se tornam extremamente importantes nos casos em 
que a doença não é vista imediatamente ou quando pode durar muito tem-
po, como o câncer.
A radiologia é uma especialidade que usa imagens médicas para diagnosti-
car e tratar doenças dentro do corpo. Representações visuais do interior do 
corpo são utilizadas para apoiar o processo de análise clínica e intervenção 
médica. Essas técnicas de imagem médica também podem ser usadas para 
capturar o funcionamento detalhado de alguns órgãos ou tecidos (fisiologia) 
e criar um banco de dados de anatomia e fisiologia normais, tornando possí-
vel detectar e identificar anormalidades com muito mais rapidez e precisão.
O dinamismo que a profissão oferece aos profissionais que trabalham com 
diagnóstico por imagem, a procura por especialistas capacitados e a impor-
tância da análise de imagens para diagnosticar doenças faz que a profissão 
ofereça diversas possibilidades de trabalho. Nos últimos anos, principalmente 
em 2020, com a chegada da pandemia de covid-19, os exames de imagem 
se tornaram essenciais para a área da saúde. Facilitando o diagnóstico e a 
indicação de tratamentos, exames como o raio X requerem especialistas para 
analisá-los. Dessa forma, a graduação em radiologia tem se tornado bastante 
popular e fundamental para a formação de profissionais qualificados.
143
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os artigos a seguir:
1. FERNANDES, C.; KOCH, H. A.; SOUZA, E. G. de. 
O ensino da radiologia nos cursos de Fisioterapia. 
Radiologia Brasileira, v. 36, n. 6, nov./dez. 2003.
2. FELÍCIO, C. M. F.; RODRIGUES, V. M. C. P. A 
adaptação do técnico de radiologia às novas 
tecnologias. Radiologia Brasileira, v. 43, n. 1, p. 23-8, 
fev. 2010. 
3. SILVA, A. F. da; FREITAS, J. J. da S.; DOMINGUES, 
R. J. de S. Ensino da radiologia com uso de 
metodologias ativas na graduação em medicina. 
Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, v. 
5, n. 2, p. 41-56, 2016. 
4. AIRES, D. M. P. Radiologia e atuação do tecnólogo 
na medicina veterinária. Revista Eletrônica da 
Faculdade Evangélica de Ceres, v. 9, n. 1, 2020. 
5. ANDRADE, S. A. F. de. A atuação do técnico e do 
tecnólogo em radiologia na área forense. UNILUS 
Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 26-31, 2016. 
http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1721&idioma=Portugues
https://www.scielo.br/j/rb/a/5LQvhLpbGW83L6hNVKjdBmL/abstract/?lang=pt
https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/ries/article/view/899
http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/refacer/article/view/4694
http://revista.lusiada.br/index.php/ruep/article/view/698
144
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, L. de A.; MOURA, C. M.; CZARNABAY, D. Introdução à profissão: biomedici-
na. Porto Alegre: Grupo A, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788595022591. Acesso em: 12 jan. 2023.
ANDRADE, S. A. F. de. As áreas de atuação do profissional tecnólogo em radiologia. UNILUS En-
sino e Pesquisa, v. 16, n. 42, p. 237-46, jan./mar. 2019. Disponível em: http://revista.lusiada.br/index.
php/ruep/article/view/1115. Acesso em: 18 maio 2023.
BARRIO, A. P. del. et al. Inteligencia artificial en Radiología: introducción a los conceptos más im-
portantes Artificial Intelligence in Radiology: an introduction to the most important concepts. 
Radiología, v. 64, n. 3, p. 228-36, maio/jun. 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/
science/article/abs/pii/S0033833822000972. Acesso em: 18 maio 2023.
BONTRAGER, K. B. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. São 
Paulo: Grupo GEN, 2018.
BONTRAGER, K. B. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. São 
Paulo: Grupo GEN, 2018. Disponível em: Minha Biblioteca, (9th edição).
BRANT, WILLIAM, E. E CLYDE A. HELMS. Fundamentos de Radiologia, 4ª edição. São Paulo: Gru-
po GEN, 2015. Disponível em: Minha Biblioteca.
CAMARGO, R. Radioterapia e medicina nuclear: conceitos, instrumentação, protocolos, tipos de 
exames e tratamentos. São Paulo: Saraiva, 2015.
CARNEVALE, F. C. Tratado de radiologia intervencionista e cirurgia endovascular. Rio de 
Janeiro: Thieme Brazil, 2017.
CFBM — Conselho Federal de Biomedicina. Resolução n. 234, de 5 de dezembro de 2013. 
Dispõe sobre as atribuições do biomédico habilitado na área de imagenologia, radiologia, biofí-
sica, instrumentação médica que compõe o diagnóstico por imagem e terapia. Diário Oficial da 
União, Brasília, DF, 19 dez. 2013. Disponível em: https://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAO-CFBM-No-234-DE-05-DE-DEZEMBRO-DE-2013.pdf. Acesso em: 18 maio 2023.
CHEN, M. Y. M.; POPE, T. L.; OTT, D. J. Radiologia básica. 2. ed. Porto Alegre: Grupo A, 2012.
CHEN, M. Y. M.; POPE, T. L.; OTT, D. J. Radiologia básica. Porto Alegre, ArtMed; McGraw Hill, 2012.
CHEN, M. Y. M.; POPE, T. L.; OTT, D. J. Radiologia básica. Porto Alegre: Grupo A, 2012. 
CHEN, M. Y. M. et al. Lange: radiologia básica. 2. ed. Porto Alegre: Grupo A, 2012.
CHEN MICHAEL Y., M. et al. LANGE: Radiologia Básica. Porto Alegre: Grupo A, 2012. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (2nd edição).
CHEW, F., S. et al. Imagenologia Musculoesquelética: Estudo de Casos. São Paulo: Editora 
Manole, 2016. Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição). Acesso em: 25 de fev. 2023.
CHEW, F. S. Radiologia esquelética. Barueri: Editora Manole, 2016.
CHEW, F. S. Radiologia esquelética. Barueri: Manole, 2013.
CHEW, F. S. Radiologia Esquelética. São Paulo: Editora Manole, 2016. Disponível em: Minha 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595022591
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595022591
http://revista.lusiada.br/index.php/ruep/article/view/1115
http://revista.lusiada.br/index.php/ruep/article/view/1115
https://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAO-CFBM-No-234-DE-05-DE-DEZEMBRO-DE-2013.pdf
https://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAO-CFBM-No-234-DE-05-DE-DEZEMBRO-DE-2013.pdf
145
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Biblioteca, (3rd edição).
DAFFNER, R. H. Radiologia clínica básica. 3. ed. Barueri: Manole, 2013.
DAFFNER, R. H. Radiologia clínica básica. Barueri: Editora Manole, 2013.
DAFFNER, RICHARD H. Radiologia Clínica Básica. São Paulo: Editora Manole, 2013. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (3rd edição).
DUARTE, M. de L. C.; NORO, A. Humanização do atendimento no setor de radiologia: dificuldades 
e sugestões dos profissionais de enfermagem. Cogitare Enfermagem, v. 18, n. 3, p. 532-8, 2013. 
Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/33568. Acesso em: 18 maio 2023.
FELISBERTO, M. Fundamentos de radiologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2014.
FELISBERTO, M. Fundamentos de radiologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520964. Acesso em: 12 jan. 2023.
FELISBERTO, M. Fundamentos de Radiologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520964. Acesso em: 12 jan. 2023.
FELISBERTO, M. Fundamentos de radiologia. São Paulo: Saraiva, 2014.
FELISBERTO, M. Guia prático de radiologia: exames especializados: DIG. São Paulo: Saraiva, 2009.
FELISBERTO, MARCELO. Fundamentos de Radiologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Disponí-
vel em: Minha Biblioteca.
FIUZA, M. F. M. et al. Imaginologia. Porto Alegre: Grupo A, 2020. Disponível em: https://integrada.
minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492182. Acesso em: 5 fev. 2023
FUNARI, M. B. de G. Diagnóstico por imagem das doenças torácicas. São Paulo: Grupo GEN, 
2012. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2166-0. Aces-
so em: 8 mar. 2023.
FUNARI, M. B. de G. et al. (Coord.). Tópicos relevantes no diagnóstico por imagem. Barueri: 
Editora Manole, 2017.
FUNARI, M. B. de G. Série Radiologia e Diagnóstico por Imagem - Diagnóstico por Imagem das 
Doenças Torácicas. São Paulo: Grupo GEN, 2012. E-book. ISBN 978-85-277-2166-0. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2166-0/. Acesso em: 12 jan. 2023.
FUNARI, M. B. de G. Série radiologia e diagnóstico por imagem: diagnóstico por imagem das 
doenças torácicas. São Paulo: Grupo GEN, 2012.
GREENSPAN, A.; BELTRAN, J. Radiologia ortopédica: uma abordagem prática. 6. ed. São Paulo: 
Grupo GEN, 2017.
GREENSPAN, A.; BELTRAN, J. Radiologia ortopédica: uma abordagem prática. São Paulo: Grupo 
GEN, 2017.
GREENSPAN, ADAM, E JAVIER BELTRAN. Radiologia Ortopédica - Uma Abordagem Prática, 6ª 
edição. São Paulo: Grupo GEN, 2017. Disponível em: Minha Biblioteca.
GRIFFITH, J. F. Diagnóstico por ultrassom: musculoesquelético. São Paulo: Grupo GEN, 2016.
HELMS, C. A. Fundamentos de radiologia musculoesquelética. São Paulo: Grupo GEN, 2015.
HELMS, C. A. Fundamentos de radiologia musculoesquelética. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/33568
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520964
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492182
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581492182
146
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595152298. Acesso em: 8 
mar. 2023.
HELMS, CLYDE A. Fundamentos de Radiologia Musculoesquelética. São Paulo: Grupo GEN, 2015. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição).
HERRING, W. Radiologia básica: aspectos fundamentais. 4. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2021.
HERRING, W. Radiologia básica: aspectos fundamentais. São Paulo: Grupo GEN, 2016.
HERRING WILLIAM. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais. São Paulo: Grupo GEN, 2016. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição).
HERRING WILLIAM. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais. São Paulo: Grupo GEN, 2021. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição).
JUNIOR, C. F. de M. Radiologia básica. Rio de Janeiro: Thieme Revinter, 2016.
KERN, M. J. Manual de cateterismo cardíaco. 6. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2017.
KOCH, H. A. Radiologia e diagnóstico por imagem na formação do médico geral. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Thieme Brazil, 2012.
LEVIGARD, R. B. Intervenção percutânea. São Paulo: Grupo GEN, 2020. Disponível em: https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595157118. Acesso em: 12 jan. 2023.
MAMEDE, M. Tecnologia radiológica. Rio de Janeiro: Medbook, 2019.
MARCHIORI, E.; SANTOS, M. L. Introdução à radiologia. 2. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2015.
MARCHIORI, E. Introdução à radiologia. São Paulo: Grupo Gen, 2015.
MARCHIORI, E. Introdução à radiologia. São Paulo: Grupo GEN, 2015.
MARCHIORI, E. Introdução à radiologia. São Paulo: Grupo GEN, 2015.
MARCHIORI, E. Introdução à Radiologia. São Paulo: Grupo GEN, 2015. Disponível em: Minha Bi-
blioteca, (2nd edição).
MARCHIORI, Edson. Introdução à radiologia. 2. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2015.
MCNALLY, E. Ultrassonografia do sistema musculoesquelético. São Paulo: Grupo GEN, 2015.
MELLO JUNIOR, C. F. de. Radiologia básica. 2. ed. Rio de Janeiro: Thieme Brazil, 2016.
MORAES, M. V. G. Enfermagem do trabalho: programas, procedimentos e técnicas. 4. ed. São 
Paulo: Editora Saraiva, 2012.
MOREIRA, F.; ALMEIDA, L.; BITENCOURT, A. Guia de diagnóstico por imagem. São Paulo: Grupo 
GEN, 2017.
MOREIRA, F. A. Guia de diagnóstico por imagem. São Paulo: Grupo Gen, 2017.
MOREIRA, F. A. Guia de diagnóstico por imagem. São Paulo: Grupo GEN, 2017.
OSBORN, A. G. Neurologia em imagem. São Paulo: Grupo GEN, 2018.
PENA, J. L. B.; VIEIRA, M. L. C. (Ed.). Ecocardiografia e imagem cardiovascular. Rio de Janeiro: 
Thieme Brazil, 2020.
147
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RAIMUNDO, D. D.; CUNHA, D. R. da. Análise da preparação acadêmica, expectativa profissional e 
do conhecimento dos acadêmicos do curso de Biomedicina na área de Imagenologia. Revista 
Conexão Ciência, v. 15, n. 1, p. 18-25, 2020. Disponível em: https://periodicos.uniformg.edu.br:21011/
ojs/index.php/conexaociencia/article/view/986. Acesso em: 18 maio 2023.
RIBEIRO, E. E.; MARTINEZ, E. E. (Ed.). Hemodinâmica e cardiologia intervencionista: aborda-
gem clínica. Barueri: Manole, 2008.
SANTOS, D. M. dos; FERREIRA, B. J.; BATISTA, N. A. A formação para a prática do tecnólogo em 
radiologia. INOVAE, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 23-31, jan./jun. 2016. Disponível em: https://revistaseletro-nicas.fmu.br/index.php/inovae/article/view/1148. Acesso em: 18 maio 2023.
SANTOS, M. K. et al. Inteligência artificial, aprendizado de máquina, diagnóstico auxiliado por com-
putador e radiômica: avanços da imagem rumo à medicina de precisão. Radiologia Brasileira, v. 52, 
n. 6, nov./dez. 2019.
SZEJNFELD, J.; ABDALA, N.; AJZEN, S. (Coord.). Diagnóstico por imagem. 2. ed. Barueri: Editora 
Manole, 2016.
SZEJNFELD, J. et al. Diagnóstico por imagem. Barueri: Editora Manole, 2016.
WARHADPANDE, S.; LIONBERG, A.; COOPER, K. J. Radiologia intervencionista clínica: pocket-
book: um guia conciso de radiologia. Rio de Janeiro: Thieme, 2019.
WERLANG, H. Z.; BERGOLI, P. M.; MADALOSSO, B. H. Manual do residente de radiologia. 2. ed. 
São Paulo: Grupo GEN, 2009.
ZATTAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. (Ed.). Radiologia diagnóstica prática. 2. ed. Barueri: Ma-
nole, 2022.
ZATTAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. (Ed.). Radiologia diagnóstica prática. Barueri: Manole, 
2022.
ZATTAR, L.; VIANA, P. C. C.; CERRI, G. G. Radiologia diagnóstica prática. 2. ed. Barueri: Editora 
Manole, 2022.
ZATTAR, L. et al. Radiologia diagnóstica prática. Barueri: Editora Manole, 2022.
https://periodicos.uniformg.edu.br:21011/ojs/index.php/conexaociencia/article/view/986
https://periodicos.uniformg.edu.br:21011/ojs/index.php/conexaociencia/article/view/986
https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/inovae/article/view/1148
https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/inovae/article/view/1148
148
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EAD.MULTIVIX.EDU.BR
CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE:
SAÚDE • EDUCAÇÃO • DIREITO • GESTÃO E NEGÓCIOSMEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ritmo intenso. Os raios X se tornaram cada vez mais populares, e o número 
de departamentos de radiologia aumentou, assim como o número de radio-
logistas. A técnica não era mais usada apenas para ver ossos, mas também 
para outras estruturas internas do corpo, como vasos digestivos, urinários e 
sanguíneos. Assim, à medida que radiologistas ganharam mais experiência 
e conhecimento no uso de raios X, começaram a desenvolver outras técni-
cas de imagem, como a fluoroscopia. Essa técnica de imagem usa raios X 
para visualizar os órgãos internos e o funcionamento do corpo humano. Hoje, 
as doenças podem ser diagnosticadas com mais precisão graças aos raios X 
(CHEN; POPE; OTT, 2012).
FLUOROSCOPIA
 
Fonte: @buravleva_stock, Freepik (2023).
#pratodosverem: ilustração colorida representando processos envolvidos na técnica de 
fluoroscopia.
17
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Em 1972, o britânico Godfrey Newbold Hounsfield 
apresentou em Londres o primeiro tomógrafo 
computadorizado, no qual a imagem não era 
analógica, como na radiologia convencional, e 
sim digital. Profissionais de tomografia medem a 
atenuação dos raios X conforme eles passam por 
uma seção do corpo em diferentes ângulos. Então, 
com os dados dessas medições, o computador é 
capaz de reconstruir a imagem do corte.
Outro desenvolvimento na radiologia foi a descoberta da ressonância mag-
nética, que rendeu a Felix Bloch e Edward Mills Purcell o Prêmio Nobel de 
Física, em 1952. A ressonância magnética usa um pulso de radiofrequência 
em vez de radiação; uma vez que o pulso esteja completo, um sinal vindo 
da pessoa examinada é processado por um equipamento computadorizado 
para reconstruir uma imagem (CHEN; POPE; OTT, 2012).
Novos geradores, cada vez mais potentes, foram desenvolvidos até chegar aos 
poderosos geradores trifásicos atuais. Finalmente, em 1950, Sven Ivar Seldinger 
criou uma técnica de cateterização vascular que permitiu a avaliação de todos 
os órgãos do corpo humano. Nos últimos 40 anos, iniciou-se uma revolução 
no diagnóstico por imagem com a introdução, inicialmente, da ultrassonogra-
fia, seguida da tomografia computadorizada e, nos anos 1980, da ressonância 
magnética (JUNIOR, 2016; CHEN; POPE; OTT, 2012; MARCHIORI, 2015).
1.1.1 INTRODUÇÃO À IMAGENOLOGIA
A radiologia é um ramo da medicina que utiliza a tecnologia de imagem para 
diagnosticar e tratar doenças, sendo uma especialidade médica que utiliza as 
imagens para o auxílio do diagnóstico clínico e terapêutico (radiologia inter-
vencionista). No Brasil, o Conselho Federal de Medicina reconhece a especia-
lidade como radiologia e diagnóstico por imagem.
Os principais exames de imagens são radiologia geral, ultrassonografia, to-
mografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). A radiologia 
convencional, na qual estão incluídas a TC e a radiografia contrastada, utiliza 
radiação ionizante criada pelo equipamento de raios X. A medicina nuclear 
usa radiação ionizante emitida por substâncias radioativas ingeridas ou inje-
18
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
tadas em diversas partes do corpo. As modalidades de ultrassonografia e RM 
utilizam ondas sonoras e magnetismo, respectivamente, em vez de radiação 
ionizante (JUNIOR, 2016).
1.1.2 APLICABILIDADE DA IMAGENOLOGIA
Desde a descoberta dos raios X, a radiologia tem evoluído de tal forma que 
hoje é um dos mais importantes métodos de diagnóstico na área de saúde, 
contribuindo para o avanço no campo da medicina, desde o diagnóstico ao 
tratamento (MARCHIORI, 2015).
Existem diversas modalidades de imagem para a geração de imagens mé-
dicas, que se tornaram uma ferramenta fundamental na prática clínica pelo 
fato de permitirem atualmente a detecção de patologias com precocidade. O 
uso dela não está mais restrito ao campo da radiologia, sendo cada vez mais 
comum a aplicação de elementos computacionais baseados em imagens no 
processo que antecede cirurgias (como é o caso do VirSSPA, ferramenta vir-
tual para planejamentos cirúrgicos) e até mesmo durante as intervenções ci-
rúrgicas, em que profissionais de medicina usam as ferramentas para tomar 
decisões em tempo real ou para colher imagens e amostras que, posterior-
mente, apoiam o diagnóstico e a terapia recomendada (MAMEDE, 2019).
As radiografias convencionais continuam sendo a principal modalidade na 
avaliação de doenças torácicas, mamárias, ósseas e abdominais, embora ou-
tras opções de imagem, como TC, ultrassonografia e RM, estejam sendo usa-
das com frequência cada vez maior para substituir as radiografias simples 
(CHEN; POPE; OTT, 2012). A radiografia detecta fraturas de ossos, certos tu-
mores e outras massas anormais, calcificações, objetos estranhos, problemas 
cardíacos, pulmonares, dentários, entre outros (FELISBERTO, 2014).
19
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
IMAGENS FORMADAS POR RADIOGRAFIA
 
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem: exemplos da utilização do RX.
O ultrassom é um exame médico não invasivo que ajuda profissionais de medicina 
no diagnóstico e no tratamento de condições de saúde. É seguro e indolor, bem 
como produz imagens do interior do corpo usando ondas sonoras. Esse exame 
também é conhecido como ultrassonografia. Ele usa uma pequena sonda cha-
mada transdutor e um gel, que é colocado diretamente na pele. Ondas sonoras de 
alta frequência viajam da sonda através do gel até o corpo. A sonda capta os sons 
saltitantes, e um computador usa essas ondas sonoras para criar uma imagem.
Os exames de ultrassom não utilizam radiação. Como o ultrassom captura 
imagens em tempo real, ele pode mostrar a estrutura e o movimento dos 
órgãos internos do corpo, bem como sangue fluindo pelos vasos sanguíneos. 
Ajuda, além disso, a diagnosticar causas de dor, inchaço e infecção nos órgãos 
internos e a examinar fetos em grávidas. 
20
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXAME DE ULTRASSONOGRAFIA
 
Fonte: ©Freepik (2023).
#pratodosverem: profissional realizando exame de ultrassom em uma grávida.
A TC combina a tecnologia tradicional de raios X com o processo computado-
rizado para gerar uma série de imagens transversais ao corpo que podem ser 
combinadas para formar uma imagem tridimensional de raios X. As imagens 
por TC são mais detalhadas que as radiografias simples e oferecem a possibi-
lidade de ver as estruturas internas do corpo, mesmo em ângulos diferentes.
Esse exame pode auxiliar no diagnóstico de distúrbios musculares e ósseos, 
como tumores ósseos e fraturas; identificar a localização de um tumor, uma 
infecção ou um coágulo sanguíneo; orientar procedimentos, como cirurgias, 
biópsias e radioterapia; detectar e monitorar doenças e condições, como cân-
cer, doenças cardíacas, nódulos pulmonares e tumores hepáticos; verificar a 
eficácia de certos tratamentos, como o tratamento do câncer; e detectar le-
sões internas e sangramento interno (FELISBERTO, 2014; MARCHIORI, 2015; 
MOREIRA, 2017).
21
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
MÁQUINAS DE EXAME DE RM E TC, RESPECTIVAMENTE
Fonte: ©Pixabay, ©Freepik (2023).
#pratodosverem: à esquerda, aparelho de ressonância magnética; à direita, aparelho de 
tomografia computadorizada.
A ressonância é uma técnica de imagenologia médica que utiliza um cam-
po magnético gerado por computador e ondas de rádio para criar imagens 
detalhadas de órgãos e tecidos. Esse é um exame de imagem mais ampla-
mente utilizado para análise do cérebro e da medula espinhal. Geralmente, é 
usado para diagnosticar aneurismas dos vasos cerebrais, distúrbios dosolhos 
e do ouvido interno, esclerose múltipla, distúrbios da medula espinhal, aci-
dente vascular cerebral, tumores, lesões cerebrais, entre outros (FELISBERTO, 
2014; MARCHIORI, 2015).
1.1.3 NORMAS LEGAIS E DE BIOSSEGURANÇA
Os raios X têm uma quantidade de energia grande o suficiente para produzir 
lesões no material genético das células. A quantidade utilizada em diagnósti-
co hoje não é suficiente para causar lesões agudas, porém o dano no genoma 
é cumulativo, ou seja, toda radiação recebida vai se somando durante a vida 
e é transmitida a descendentes. É por isso que existe uma série de normas de 
proteção radiológica, ou radioproteção, que devem ser seguidas sempre que 
houver radiação ionizante (MAMEDE, 2019). Veja alguns exemplos a seguir.
22
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Princípio da justificação
Só realizar exames realmente necessários.
Princípio da otimização
A dose deve ser a menor possível. Como o tubo de raios X somente 
emite radiação quando ligado, os tempos de exposição devem ser 
muito curtos, e a menor quantidade possível de mAS deve ser usada. 
Gestantes e crianças, especialmente, devem ter a exposição muito 
reduzida. 
Blindagem
Deve ser feita tanto da sala de exames (paredes chumbadas ou 
baritadas) quanto das pessoas expostas (pacientes, profissionais de 
medicina e auxiliares), que devem usar aventais de chumbo, protetores 
gonadais, óculos plumbíferos etc. Todas as pessoas que trabalham na 
área devem usar medidores de radiação, cujas leituras devem ficar 
dentro dos limites definidos por lei. 
Também é importante haver restrições quanto 
à circulação do público nas áreas de radiação. A 
distância é um fator importante de proteção, pois 
a energia é atenuada em proporção ao quadrado 
da distância. 
É fundamental que toda pessoa que trabalhe com radiação ionizante conhe-
ça os princípios de proteção radiológica. Muitas vezes, infelizmente, profissio-
nais de medicina sem nenhum preparo irradiar em excesso pacientes e a si, 
principalmente em procedimentos intervencionistas (MAMEDE, 2019; FELIS-
BERTO, 2014).
23
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
AVENTAL DE CHUMBO 
Fonte: ©tongpatong, Freepik (2023).
#pratodosverem: foto colorida de uma mulher usando avental e sendo submetida a um 
exame com uso de radiação para gerar imagens dos dentes.
1.2 FUNDAMENTOS DA IMAGENOLOGIA
1.2.1 PRINCÍPIOS FÍSICOS
As imagens de ultrassom (US) são essencialmente uma medida da resposta 
acústica de um impulso a um sinal com frequência específica. Normalmente, 
um transdutor ultrassônico é capaz de produzir ondas acústicas convertendo 
energia térmica, elétrica e magnética em energia mecânica. O efeito piezoe-
létrico é a técnica mais eficiente para realizar esse processo de conversão para 
a obtenção de imagens médicas pelo US.
1.2.2 FORMAÇÃO DE IMAGEM
O raio X é uma radiação eletromagnética com comprimento de onda muito 
menor e frequência muito maior que a da luz. Quase todas as propriedades 
são semelhantes às da luz: propaga-se em linha reta, sofre reflexão e difração, 
propaga-se no vácuo, é capaz de interagir com cristais de prata dos filmes 
fotográficos etc. A formação de imagem no raio X acontece porque os raios 
que ultrapassam o corpo chegam ao filme, sensibilizando-o. Posteriormente, 
o filme fica totalmente escuro portanto os raios que são absorvidos no corpo 
24
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
não sensibilizam o filme, e as áreas correspondentes aparecem claras. Tecido 
conectivo, músculos, sangue, cartilagem, pele, cálculos de colesterol (da vesí-
cula biliar) e cálculos de ácido úrico (do rim) são conhecidos como estruturas 
do corpo com densidade de partes moles. São referidas como opacidade ou 
imagem radiopaca as imagens brancas e como transparência, radiotranspa-
rência ou imagens radiotransparentes ou lucentes, as imagens claras (MAR-
CHIORI, 2015; MAMEDE, 2019; CHEN; POPE; OTT, 2012; JUNIOR, 2016; FELIS-
BERTO, 2014).
IMAGENS GERADAS POR RAIOS X
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem: exemplos do tipo de imagem que é formada por exames de raios X.
A ultrassonografia utiliza um princípio físico de formação de imagem conhe-
cido como sonar, um aparelho que emite ondas de ultrassom que, ao intera-
girem com corpos ou estrutura, produzem ecos que são captados de volta. 
É por meio desse mapeamento gráfico dos ecos que corpos e estruturas po-
dem ser localizados.
Os cristais piezoelétricos são capazes de mudar de formato ou vibrar quando 
são submetidos à corrente elétrica alternada, e é esta a vibração que produz 
o ultrassom emitido aos tecidos. Quando o ultrassom é refletido e retorna ao 
25
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
transdutor, ocorre o fenômeno inverso: o cristal se deforma e produz energia 
elétrica a ser processada por um sistema computadorizado, projetado espe-
cificamente para esse fim, formando a imagem (MARCHIORI, 2015; MAMEDE, 
2019; CHEN; POPE; OTT, 2012; JUNIOR, 2016; FELISBERTO, 2014).
A imagem em uma TC é formada por fótons que são coletados por um cristal 
cintilador, ou uma fotomultiplicadora, que converte a energia incidente em 
corrente elétrica, proporcional à energia dos fótons de RX incidentes. Nela, 
um segmento de paciente, por exemplo, de 10 milímetros de espessura, é se-
parado, eliminando-se a superposição de estruturas adjacentes, como a que 
ocorre na radiografia convencional (MARCHIORI, 2015; MAMEDE, 2019; CHEN; 
POPE; OTT, 2012; JUNIOR, 2016; FELISBERTO, 2014).
A ressonância magnética (RM) é um método de imagem que se baseia no 
comportamento dos prótons de hidrogênio (H+). Quando são colocados den-
tro de um campo magnético intenso, os prótons se alinham ao longo do eixo 
desse campo magnético e retornam à posição de equilíbrio logo que cessa a 
força (radiofrequência – RF) que os fez se alinharem; ou seja, cessada a exci-
tação, a energia liberada é captada e emite um sinal ao equipamento de RM, 
que, por sua vez, forma a imagem. 
26
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Fonte: ©larlbart, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem gerada por exame de ressonância magnética do cérebro.
A geração de imagens por ressonância magnética se baseia na coleta dessas 
ondas de radiofrequência a partir da estimulação de matéria submetida à ação 
de um campo eletromagnético. A energia liberada pelos prótons ao retorna-
rem ao estado de equilíbrio é captada por um receptor e analisada por um 
computador que a transforma em imagem. Para chegar exatamente à área a 
ser estudada, basta conseguir situar a localização exata de determinado sinal 
de ressonância magnética nuclear em uma amostra (MARCHIORI, 2015; MA-
MEDE, 2019; CHEN; POPE; OTT, 2012; JUNIOR, 2016; FELISBERTO, 2014).
27
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Característica 1
O raio X tem maior poder de penetração, o que faz que alguns 
“obstáculos”, como o corpo humano, que são opacos à luz, sejam 
“transparentes” ao raio X. 
Característica 2
O raio X carrega muito mais energia que a luz e pode transmiti-la aos 
tecidos, causando danos ao material genético das células (radiação 
ionizante). Esse dano não só afeta o indivíduo exposto, mas se 
transmite às gerações futuras pelo material genético. 
Característica 3 
O raio x não é captado pelo olho humano. 
Característica 4
Pelo curto comprimento de onda, o raio X é muito atenuado pelo ar 
(na proporção do quadrado da distância).
1.2.3 EQUIPAMENTOS
Os equipamentos para exame de imagem são importantes aliados quando o 
assunto é a análisedas estruturas internas do corpo e o diagnóstico eficiente 
de doenças. Esses aparelhos modernos têm a capacidade de fornecer uma 
visão mais detalhada das partes do organismo e indicar, com maior precisão 
e nitidez, os padrões dos tecidos e eventuais irregularidades (MOREIRA, 2017).
De acordo com o histórico clínico, especialistas identificam qual é a opção 
mais adequada e, a partir do resultado, conseguem prescrever o melhor tra-
tamento. Na área de saúde, encontramos várias modalidades de diagnóstico 
por imagem que aumentam a eficiência do atendimento ao público (MAR-
CHIORI, 2015).
28
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SALA DE EXAME DE RAIOS X
Fonte: ©macrovector, Freepik (2023).
#pratodosverem: técnico em radiologia realizando exames de imagem na mão esquerda de 
uma mulher.
O equipamento de raios X é um dos mais utilizados para diagnóstico. Trata-
-se de um aparelho considerado mais acessível para clínicas e para pacientes, 
com funcionalidade que serve para analisar as mais variadas áreas e enfer-
midades. É popular pela eficácia e pela rapidez na realização dos exames e 
na obtenção dos resultados. Ele é popularmente usado para identificar pro-
blemas no tórax, no abdome, na coluna, nos ossos, no quadril, no crânio e até 
renais. Para obter as imagens é utilizada a radiação ionizante, por isso o pro-
cedimento não é indicado para grávidas (MAMEDE, 2019).
29
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Apesar de ser a área radiológica com as 
maiores exposições médicas e indivíduos 
ocupacionalmente expostos (IOE), podendo 
inclusive chegar a níveis de efeitos determinísticos, 
a radiologia intervencionista é uma das aplicações 
das radiações na medicina que demonstra produzir 
benefícios superiores aos riscos, satisfazendo o 
primeiro e mais básico dos princípios da proteção 
radiológica, o princípio da justificação. 
Clique no link e saiba mais dos meios de proteção 
radiológica.
O exame de ultrassom também é bastante versátil e nada invasivo para pa-
cientes. O aparelho de ultrassom não usa radiação ionizante e não oferece 
nenhum risco ao corpo. O funcionamento ocorre a partir da emissão de on-
das sonoras de alta frequência que geram imagens usadas para visualizar as 
partes internas de órgãos como bexiga e estômago, que são ocos por dentro 
(JUNIOR, 2016).
30
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ULTRASSOM DE ABDOME
Fonte: ©kasa1982, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagens geradas por exame de ultrassom do abdome.
Já o aparelho de ressonância é considerado um dos mais caros, por isso não 
é tão facilmente encontrado. Trata-se de outro equipamento que não utiliza 
raios X na realização de exames. Durante a ressonância, é criado um campo 
magnético dentro do tubo do aparelho em que são geradas ondas de rádio 
que são interpretadas computacionalmente, dando origem às imagens lidas 
por profissionais de medicina. A ressonância magnética tem como grande 
benefício permitir a geração de um número maior de cortes. Isso significa 
que as imagens geradas terão várias “fatias” da área do corpo a ser analisada, 
fato que torna o diagnóstico ainda mais preciso (MARCHIORI, 2015). 
31
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
 
Fonte: ©jcomp, Freepik (2023).
#pratodosverem: ilustração de um homem realizando um exame de ressonância magnética 
em uma mulher.
O equipamento de TC é responsável pela realização de um dos exames mais 
modernos da atualidade. O aparelho utiliza radiação ionizante para captar 
imagens que podem ser feitas de diversos ângulos, gerando registros de alta 
resolução por um valor considerado mais acessível. A TC utiliza raios X em 
um equipamento de alta tecnologia que permite fotografar o corpo humano 
em “fatias” e depois reconstruir, diferenciando os tecidos pela densidade. A 
duração média do exame é de 2 a 5 minutos. Na TC são avaliadas imagens do 
cérebro em patologias mais agudas (acidentes vasculares cerebrais e trauma-
tismos), fraturas complexas de face, da coluna e dos membros, além de estu-
do de patologias pulmonares e abdominais, bem como para guiar biópsias 
(MARCHIORI, 2015; MOREIRA, 2017).
32
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Para compreender de forma lúdica radiografia, 
tomografia computadorizada, ultrassonografia e 
ressonância magnética, assista a este vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=J1uK3GvtXvU
Veja a seguir as principais indicações dos exames de raios X, ultrassonografia, 
tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Raios X
Exame usado para identificar fraturas ósseas, alterações cardíacas, 
avaliação de doenças agudas na região do abdome, de inflamações 
a infecções, e do comprometimento do pulmão e das vias aéreas 
superiores.
Ultrassonografia
Exame usado para visualizar órgãos internos, como coração e vasos 
sanguíneos, incluindo a aorta abdominal e os principais ramos; 
fígado; vesícula biliar; baço; pâncreas; rins; bexiga; útero, ovários e, em 
grávidas, o feto; olhos; glândulas tireoide e paratireoide; bolsa escrotal 
(testículos); orientação de biópsias. 
Tomografia computadorizada
Exame detalhado com cortes horizontais em três dimensões (3D) 
usado para analisar diferentes partes do corpo, como ossos, fígado, 
cérebro, ovários, rins, pâncreas, pulmões, vias biliares e pleura.
Ressonância magnética
Exame usado para diagnósticos mais complexos, com cortes frontais 
e oblíquos, que avalia doenças cerebrais, da coluna vertebral, tumores, 
lesões osteomusculares, entre outros.
33
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONCLUSÃO
As imagens hoje têm papel fundamental no processo de atendimento a pa-
cientes, mudando consideravelmente nos últimos tempos e andando de 
mãos dadas com a tecnologia. Antes de ser um elemento auxiliar no diag-
nóstico, a imagenologia se tornou um pilar de diagnóstico para a medicina 
moderna, sendo cada vez mais importante e crucial dispor de imagens para 
poder realizar diagnósticos, especialmente em patologias agudas.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema leia os artigos a seguir:
1. A saúde do trabalhador em radiologia algumas consi-
derações.
2. Aspectos físicos e técnicos da Radiologia Intervencio-
nista. 
3. História da Radiologia no Brasil. 
4. O aprendizado sobre a tecnologia no diagnóstico por 
imagem. 
5. Importância da imagem por ressonância magnética 
nos estudos dos processos interativos dos órgãos e sis-
temas.
34
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Reconhecer a anatomia por 
intermédio dos métodos de 
captura/formação de imagem 
radiológica da região torácica 
e identificar artefatos que 
comprometam a imagem.
> Identificar a anatomia por 
intermédio dos métodos de 
captura/formação de imagem 
dos membros superiores, 
inferiores e da coluna vertebral.
35
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
2 ASPECTOS ANATÔMICOS 
E FISIOLÓGICOS BÁSICOS 
REFERENTES À IMAGENOLOGIA 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Os exames de imagem constituem um elemento essencial para complemen-
tar o diagnóstico precoce de inúmeras patologias. A sua integração na área 
da saúde é primordial, uma vez que intervém tanto na medicina preventiva 
como no acompanhamento do tratamento. Com o passar dos anos, os avan-
ços científicos e tecnológicos permitiram a incorporação de novos métodos 
dediagnóstico por imagem e, com isso, a necessidade de profissionais treina-
dos e capacitados na realização dos exames e, principalmente, na interpreta-
ção deles (FELISBERTO, 2014).
Os profissionais da saúde precisam conhecer as estruturas anatômicas do 
sistema musculoesquelético, identificar a fisiologia normal e anormalidades, 
bem como compreender a interação delas e como se apresentam nos di-
versos exames de imagens. Somente através do conhecimento de todas as 
estruturas é possível dar um diagnóstico assertivo ao paciente, fazendo com 
que o tratamento aconteça de forma eficaz (HERRING, 2016).
36
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA - EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DISCUTINDO O CASO DA PACIENTE
Fonte: ©wabebreakmedia, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem com uma paciente idosa acamada em hospital sendo assistida 
por um médico, e um pouco mais afastados estão dois profissionais que examinam uma 
radiografia.
Portanto, esta unidade abordará de forma simples e direta a anatomia básica 
do corpo humano, incluindo a caixa torácica, a coluna vertebral e os membros 
inferiores e superiores. Adicionalmente, focaremos em um dos principais exa-
mes de imagem que é a radiografia de tórax, incluindo as anormalidades e os 
artefatos que complicam a observação da imagem (CHEN, 2012).
2.1 ANATOMIA TORÁCICA
2.1.1 ANATOMIA DO TÓRAX
A caixa torácica é a estrutura osteocartilaginosa do tórax. Ela consiste em vários 
elementos ósseos e cartilaginosos: 12 vértebras torácicas e seus discos inter-
vertebrais, 12 costelas e suas cartilagens costais, e o osso esterno. Portanto, os 
músculos, a pele e outros tecidos moles do tronco formam a parede torácica. 
A caixa torácica ajuda na proteção dos órgãos vitais (coração, pulmões, timo, 
37
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
traqueia e esôfago), auxilia no processo da respiração e ainda suporta os mem-
bros superiores e os seus movimentos em relação ao corpo (HERRING, 2016).
O formato da caixa torácica é em forma de cúpula, o que significa que é mais 
estreita na parte superior e mais larga na parte inferior. O pilar posterior da 
caixa torácica é a coluna torácica, enquanto o pilar anterior é o esterno. Essas 
partes são conectadas pelas costelas que completam as paredes laterais da 
caixa torácica (CHEN, 2014).
O esterno consiste em três partes: manúbrio, corpo e o processo xifoide. Eles 
estão conectados entre si por articulações manúbrio-esternal e xifoesternal. 
O manúbrio do esterno também forma uma articulação com a clavícula, de-
nominada articulação esternoclavicular, que conecta a caixa torácica com a 
cintura escapular. É essa junção que permite os movimentos do membro su-
perior em relação ao tórax (HERRING 2016; CHEN 2012).
FIGURA - OSSO ESTERNO E SUAS DIVISÕES
Fonte: ©goodstudiominsk, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem mostrando osso esterno e suas divisões.
38
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A caixa torácica é formada por 12 pares de costelas. As primeiras dez costelas 
se articulam com o esterno por meio de suas cartilagens costais. Os dois úl-
timos pares são inseridos apenas na parte posterior da coluna, enquanto as 
suas extremidades anteriores são flutuantes e não fixadas ao esterno. É por 
isso que elas são chamadas de costelas flutuantes. Lembre-se de que as pri-
meiras dez costelas são divididas em verdadeiras e falsas. Os primeiros sete 
pares formam as costelas verdadeiras e são chamados assim porque cada 
um deles tem a sua própria cartilagem costal através da qual estão ligados 
ao esterno. Os pares de oito a dez são chamados de costelas falsas, pois suas 
cartilagens se conectam às cartilagens costais da costela superior; portanto, 
sua conexão com o esterno é indireta (CHEN, 2012).
FIGURA - ESTRUTURA DA CAIXA TORÁCICA E COSTELAS
Fonte: ©brgfx, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem da estrutura da caixa torácica e costelas.
39
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
2.1.2 PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DO 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO TÓRAX
A radiografia de tórax é um exame de imagem muito comum. Geralmente, é 
o primeiro exame solicitado para avaliar patologias torácicas. 
Os raios X são emitidos por uma máquina, percorrem o paciente e são capta-
dos por um receptor do outro lado do paciente. Alguns desses raios são mais 
absorvidos do que outros, dependendo do tipo de tecido pelo qual devem 
passar. Essa diferente absorção de raios nos permite criar uma imagem no fil-
me radiográfico. Nessa imagem, o ar é preto, os ossos são brancos e o restante 
dos tecidos está em algum lugar no meio da escala de cinza (DAFFNER, 2013).
A radiografia de tórax deve ser sempre obtida em situação de inspiração máxi-
ma para facilitar a visualização de qualquer alteração que possa estar nos pul-
mões. Quando o paciente inspira profundamente, o diafragma deve ser visuali-
zado no segmento anterior da sexta costela. O nível de inspiração é considerado 
excelente para radiografia de tórax quando é possível contar dez costelas pos-
teriores acima do diafragma. Se a contagem for menor que dez, a inspiração foi 
insuficiente ou o paciente tem baixo volume pulmonar (CHEN, 2012). 
O diafragma se localize junto às vértebras lombares, às costelas inferiores e ao 
esterno. Ele desempenha papel fundamental na respiração, o hemidiafrag-
ma direito geralmente é mais alto em comparação ao esquerdo devido à po-
sição anatômica do fígado. Contudo, quando o hemidiafragma direito está 
muito elevado pode ser sinal de alguma alteração patológica, paralisia frênica 
ou algum tumor hepático, por exemplo (DAFFNER, 2013).
Ao receber uma radiografia de tórax, a primeira coisa a ser realizada é a de-
terminação de qual projeção estamos vendo, a posição do paciente e da má-
quina e, portanto, o caminho dos raios X em relação ao paciente. As projeções 
das radiografias simples de tórax são: posteroanterior (PA), lateral (perfil) e 
anteroposterior (AP) (HERRING, 2016).
Esses termos se referem à posição do paciente e nos dizem por onde os raios 
X passam nele. As radiografias PA são as mais comuns: o paciente está em pé 
ou sentado a uma distância de aproximadamente dois metros da fonte de 
raios X, de costas para ela e de frente para o receptor do outro lado. A radio-
grafia é tirada quando o paciente está em inspiração máxima, ou seja, quan-
do o paciente inspira o máximo de ar possível. Para tirar radiografias laterais 
40
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
à esquerda, o paciente fica em pé ou sentado com os braços levantados, e 
gira 90 graus para que seu lado esquerdo fique voltado para o receptor; isso 
permite que os raios X passem pelo paciente da direita para a esquerda até 
atingirem o receptor do outro lado (DAFFNER, 2013).
FIGURA - POSICIONAMENTO DO PACIENTE PARA REALIZAÇÃO DA RADIOGRAFIA AP
Fonte: ©DrazenZigic, Freepik (2023).
#pratodosverem: foto de uma profissional fazendo radiografia em uma paciente.
O amplo conhecimento da anatomia permite uma avaliação adequada das 
estruturas torácicas, o anormal não pode ser identificado se o normal não for 
conhecido e compreendido previamente. Assim, para a avaliação radiológica 
do tórax, devemos considerar diversas estruturas que são identificáveis na ra-
diografia simples.
Partes moles: 
Pele, pregas cutâneas, pregas axilares, músculos intercostais, músculos 
peitorais, glândulas mamárias e mamilos.
41
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Esqueleto torácico: 
Vértebras, clavículas, esterno, arcos costais e escápula.
Diafragma: 
Ângulos costofrênicoe cardiofrênico.
Mediastino: 
Coração, aorta e artéria pulmonar.
Pulmões: 
Hilos pulmonares e brônquios.
Fonte: (BRANT, 2015; CHEN, 2012; HERRING, 2021).
42
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA - PRINCIPAIS ESTRUTURAS IDENTIFICADAS NO RX DE TÓRAX
Fonte: ©tayhifi5, Freepik (2023).
#pratodosverem: principais estruturas identificadas no RX de tórax. 
Uma radiografia de tórax revela muitos detalhes dentro do corpo, incluindo:
Alterações cardíacas: 
A radiografia de tórax mostra alterações ou problemas nos pulmões 
resultantes de problemas cardíacos, como líquido nos pulmões, 
congestão pulmonar e cardiomegalia.
O tamanho e o contorno do coração: 
Alterações no tamanho e na forma do coração podem indicar 
insuficiência cardíaca, fluido ao redor do coração ou problemas nas 
válvulas cardíacas.
43
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Vasos sanguíneos: 
Como os raios X permitem a visualização do contorno dos grandes 
vasos próximos ao coração (a aorta e as artérias e veias pulmonares), 
é possível ver aneurismas da aorta, outros problemas vasculares ou 
cardiopatias congênitas.
Calcificação: 
A radiografia de tórax pode detectar a presença de cálcio no coração 
ou nos vasos sanguíneos. Sua presença pode indicar gorduras e 
outras substâncias nos vasos, bem como danos às válvulas cardíacas, 
artérias coronárias, músculo cardíaco ou ao saco protetor que envolve 
o coração. Nódulos calcificados nos pulmões geralmente são causados 
por uma infecção antiga resolvida.
Fraturas: 
Em uma radiografia de tórax, podem ser observadas fraturas das 
costelas ou da coluna, bem como outros problemas ósseos.
Marcapasso, desfibrilador ou cateter: 
Marcapassos e desfibriladores têm fios conectados ao coração para 
controlar a frequência e o ritmo cardíacos. Cateteres são pequenos tubos 
que são usados para administrar medicamentos ou em caso de diálise. 
Uma radiografia de tórax geralmente é feita após a colocação desses 
dispositivos médicos para verificar se tudo está na posição correta.
Fonte: (CHEN, 2012; CHEW, 2016; HERRING, 2021).
44
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
2.1.3 ARTEFATOS E SOMBRA CARDÍACA
Artefatos na radiologia envolvem qualquer imagem adquirida ou produzida 
indevidamente no exame radiológico, ou seja, são itens visualizados que não 
fazem parte da patologia do paciente (BRANT, 2015). 
Exemplos: objetos como corrente no pescoço, 
botões na calça ou camisa, piercings, anéis, 
sutiãs, itens médicos como eletrodos, cateteres, 
tubo orotraqueal, ou até mesmo erros no 
processamento da imagem (CHEN, 2012). 
Na radiografia anteroposterior, a silhueta cardíaca é ampliada, dando uma 
falsa impressão de cardiomegalia, pois o coração está mais distante do recep-
tor de raios X. Já na radiografia posteroanterior, em que o coração está próxi-
mo à placa, a ampliação é mínima. O mesmo princípio se aplica à radiografia 
lateral, em que ela é tirada à esquerda porque o coração está mais próximo da 
parede esquerda e a ampliação é minimizada. A radiografia anteroposterior 
é geralmente usada para avaliar estruturas ósseas ou com pacientes grave-
mente enfermos, que não conseguem ficar de pé (BRANT, 2015).
As sombras das mamas indicam que se trata de uma paciente do sexo femi-
nino. Algo muito importante a se considerar são os mamilos, pois não é inco-
mum que sejam descritos como nódulos pulmonares. A primeira coisa a fazer 
é procurar os dois mamilos e, uma vez identificados, procurar novos nódulos 
pulmonares. Existem condições pulmonares que envolvem os tecidos moles, 
como uma fratura de costela em um paciente que sofreu um acidente de car-
ro. Nesses casos, o ar é identificado ao nível dos tecidos moles, indicativo de 
pneumotórax, e é necessário procurá-lo intencionalmente (HERRING, 2021).
O baixo esforço inspiratório pode causar uma aparência mais branca na ra-
diografia do tórax, destacando padrões vasculares intersticiais e pulmonares, 
e também pode dar uma falsa impressão de pneumonia lobular inferior (DA-
FFNER, 2013).
45
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Reconhecer os principais sinais radiológicos nos 
exames de tórax pode auxiliar na identificação 
dos padrões de doenças e estreitar o diagnóstico 
diferencial. Muitos sinais utilizam termos 
metafóricos e alguns são descritos até como 
altamente sugestivos de um diagnóstico. 
Juntamente com a semiologia radiológica 
correta e o uso adequado da terminologia, o 
conhecimento dos sinais radiológicos favorece 
a interpretação mais correta das alterações nos 
exames de imagem do tórax. O artigo no link 
abaixo apresenta uma breve revisão ilustrativa dos 
principais sinais descritos na radiografia do tórax. 
Acesse o link e saiba mais! 
https : //www.revistas .usp.br/rmrp/ar t ic le/
view/154870/156961
2.2 ANATOMIA DO SISTEMA 
MUSCULOESQUELÉTICO
O sistema musculoesquelético é composto por três estruturas principais: os-
sos, articulações e músculos. Os músculos esqueléticos, responsáveis pela 
postura e movimento, estão ligados aos ossos e dispostos em grupos opostos 
em torno das articulações (HELMS, 2015).
46
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA - SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Fonte: ©pch.vector, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem demonstrando a anatomia do sistema musculoesquelético.
2.2.1 COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral vai do crânio até a pelve. Superiormente, articula-se com o 
osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril (ilíaco). 
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: cervical, torácica , lombar e 
sacrococcígea (HELMS, 2015).
Sua estrutura é curva e formada por ossos chamados vértebras que são in-
terligados por discos intervertebrais cartilaginosos, como mencionado ante-
riormente, que estão subdivididas em 7 vertebras cervicais, 12 torácicas, cinco 
lombares, cinco sacrais e cerca de quatro coccígeas (CHEN, 2012). 
Lateralmente, podemos visualizar as suas curvaturas: cervical (ventralmente 
convexo-lordose), torácica (ventralmente côncava- cifose), lombar (ventralmen-
te convexo-lordose) e pélvica (ventralmente côncava-cifose) (HELMS, 2015).
47
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA - COLUNA VERTEBRAL E SUAS CURVATURAS
Fonte: ©valadzlonak_volha. Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem demonstrando a coluna vertebral e suas curvaturas.
Para entender melhor a estrutura anatômica da 
caixa torácica e diferenciar as costelas verdadeiras, 
falsas e flutuantes, assista a este vídeo: 
https://www.youtube.com/
watch?v=WF1kedoXQJw
48
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
2.2.2 MEMBROS SUPERIORES
O membro superior no corpo humano é cada um dos membros que estão 
ligados à parte superior do tronco. Consiste em quatro segmentos: cintura 
escapular, braço, antebraço e mão (GREENSPAN, 2017).
O primeiro segmento é a cintura escapular, formada pelos ossos da clavícula 
e da escápula, dois de cada lado, que fixam os membros superiores à parte 
superior do tronco (BRANT, 2015). 
O segundo segmento é o braço, em que seu esqueleto é formado por um úni-
co osso, o úmero, o osso mais longo e volumoso do membro superior. O braço 
é formado na sua face anterior pelos músculos flexores (Bíceps braquial, Cora-
cobraquial e Braquial anterior). Enquanto em sua face posterior, você encon-
trará o músculo extensor (Tríceps braquial) (GREENSPAN, 2017).
O terceiro segmento é formado pelo osso ulna (mais conhecido como "ulna") 
e rádio. Articula-seem sua porção proximal com o úmero e em sua porção 
distal com os carpos. Em sua porção anterior estão os músculos flexores (pro-
nador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo, fle-
xor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar 
e pronador quadrado). Já na sua porção posterior, estarão os extensores (bra-
quiorradial [que também é flexor, é a única exceção], extensor radial curto do 
carpo, extensor radial longo do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo 
mínimo, extensor ulnar do carpo, extensor do dedo indicador, supinador) 
(GREENSPAN, 2017; HELMS 2015).
O quarto segmento é a mão e apresenta um esqueleto complexo, formado 
pelo carpo, metacarpo e falanges (BRANT, 2015). 
49
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA - ANATOMIA BÁSICA DAS DIVISÕES DOS OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
Fonte: ©pongpongching, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem demonstrando a anatomia básica dos ossos do membro superior. 
2.2.3 MEMBROS INFERIORES
Os membros inferiores têm a função de sustentar o peso corporal e auxiliar na 
locomoção, assim como tem a capacidade de se deslocar de um lugar para 
outro e manter o equilíbrio. Além disso, são conectados ao tronco pela cintura 
escapular (ossos do quadril e do sacro) (GREENSPAN, 2017).
A base do esqueleto dos membros inferiores é formada pelos dois ossos do 
50
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
quadril, aos quais se fixam a sínfise púbica e o sacro. O cíngulo do membro 
inferior e o sacro juntos formam o osso pélvis (CHEW, 2016).
Os ossos das extremidades inferiores podem ser divididos em quatro seg-
mentos: a cintura pélvica-ilíaca (osso do quadril), a coxa (fêmur e patela), a 
perna (tíbia e fíbula) e o pé (HERRING, 2016). 
 A extremidade inferior da perna tem uma face anterior e uma posterior. Por 
sua vez, cada face é composta por diversas regiões que possuem limites e 
conteúdos anatômicos próprios que incluem músculos, ossos e estruturas 
vasculares e nervosas (GREENSPAN, 2017; HERRING 2021).
51
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA - ANATOMIA BÁSICA DAS DIVISÕES DOS OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES
Fonte: ©pongpongching, Freepik (2023).
#pratodosverem: imagem demonstrando a anatomia básica das divisões dos ossos dos 
membros inferiores.
52
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Nosso corpo possui um número surpreendente 
de 206 ossos quando atingimos a idade adulta. 
Temos um esqueleto ósseo dentro de nós com 
uma coluna vertebral que permite que nossa 
figura tenha a forma que nos caracteriza. Essa 
disposição óssea nos permite realizar ações tão 
cotidianas quanto levantar, caminhar ou se curvar. 
E claro, entre esses 206 ossos, existem alguns 
bem pequenos e outros maiores. Você quer saber 
qual é o osso mais longo do corpo humano?
O osso humano mais longo é o fêmur. Esse osso 
está localizado nas pernas, mais especificamente 
na parte superior delas, na coxa.
O fêmur é um osso que além de longo é muito 
resistente e muito volumoso. Além disso, o seu 
comprimento normalmente corresponde a mais 
de 25% da altura de um ser humano. No entanto, 
esse percentual pode variar dependendo do 
gênero da pessoa e também de sua origem 
étnica.
Fonte: (CHEW, 2016; CHEW, 2023; GREENSPAN, 
2017).
53
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONCLUSÃO
 A radiografia do tórax é solicitada em praticamente qualquer especialidade, 
até mesmo como estudo básico junto com exames laboratoriais. Por isso, é de 
vital importância conhecer alguns conceitos básicos que nos permitirão in-
terpretar facilmente qualquer radiografia que caia em nossas mãos (mesmo 
como estudantes). 
A interpretação radiográfica consiste na análise das imagens obtidas atra-
vés da radiografia para detectar, avaliar possíveis situações e, assim, prever o 
tratamento adequado com base nas necessidades de cada paciente. Desse 
modo, é importante conhecermos a anatomia básica das estruturas do cor-
po humano e, com isso, identificaremos de forma prática as anormalidades 
visualizadas.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema leia os artigos a seguir:
1. Detecção de artefatos estranhos em radiografias 
de tórax 
2. A radiologia do tórax na fibrose cística
3. Exames radiológicos como ferramentas no 
diagnóstico das algias da coluna vertebral 
4. Radiografia panorâmica: instrumento auxiliar 
no diagnóstico da osteoporose
5. Alterações tomográficas torácicas em pacientes 
sintomáticos respiratórios com a COVID-19
54
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Conhecer os diferentes tipos 
de exames de imagem e as 
aplicabilidades deles.
> Identificar os diferentes 
tipos de exames de imagem 
e as aplicabilidades deles, 
correlacionando com as 
indicações.
55
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3 EXAMES DE IMAGEM 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O diagnóstico por imagem é uma especialidade que dispõe de um arsenal de 
exames, incluindo exames não invasivos. Com esses exames, os profissionais 
de saúde podem visualizar órgãos internos e avaliar articulações osteomus-
culares, identificar fraturas, visualizar lesões pulmonares, cardíacas, abdomi-
nais, entre outras inúmeras funcionalidades.
A imagenologia, como também é conhecida essa especialidade, atua na confirma-
ção das doenças, na determinação da gravidade de lesões, no acompanhamento 
do avanço ou o retardo dessas lesões, bem como na prescrição do tratamento.
Os principais exames de imagem que detalharemos são raio X, ultrassono-
grafia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Portanto, esta 
unidade abordará de forma simples e direta os principais exames de imagem 
e as aplicabilidades deles no corpo humano.
56
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCIPAIS EXAMES DE IMAGEM
Fonte: ©userinspiring, Freepik (2023).
#paratodosverem: ilustração dos quatro principais exames de imagem: ressonância 
magnética, raio X, tomografia computadorizada e ultrassonografia. 
3.1 PRINCIPAIS EXAMES DE IMAGEM
3.1.1 RADIOGRAFIA 
A radiologia, também chamada de diagnóstico por imagem, é um ramo da 
medicina que utiliza diferentes técnicas radiológicas por meio de equipa-
mentos médicos, a fim de gerar imagens do corpo (MOREIRA, 2017).
A radiografia, por sua vez, foi descoberta em 1985 pelo cientista Roentgen e, 
desde então, vem sendo um dos exames mais realizados no mundo. É impor-
tante para detectar doenças, auxiliar no diagnóstico, no estadiamento e no tra-
tamento. É realizada por vários motivos, inclusive para diagnosticar causas de 
dores, fraturas ósseas, câncer, alterações pneumológicas e cardíacas, calcifica-
ções, objetos estranhos, problemas dentários, entre outros (FELISBERTO, 2014).
Além disso, por ser uma tecnologia bastante consolidada na área da saúde, 
57
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
de fácil manuseio e baixo custo, a radiografia é uma das mais difundidas em 
clínicas e hospitais, facilitando o acesso da população, assim como é um exa-
me que necessita apenas de um técnico em radiologia formado e treinado 
para a aplicação do exame (MOREIRA, 2017).
É fundamental ter noções básicas para a realização desse exame, o técnico em 
radiologia deve inicialmente orientar o paciente sobre o exame, posicionamento,cuidados e tempo de realização, posicionar bem o filme e o paciente, orientar e 
fiscalizar a emissão de raios X na quantidade correta no tempo predeterminado. 
Dessa forma, um exame de qualidade será produzido (BONTRAGER, 2018).
Os raios X são uma forma de radiação eletromagnética que utiliza a emissão 
de fótons, ou seja, são as partículas que vão transportar essas radiações ele-
tromagnéticas, que atingindo um objeto e, dependendo da densidade dele, 
alguns dos raios X serão absorvidos pelo organismo. Quanto aos raios X que 
não são absorvidos, estes passam pelo objeto que está sendo radiografado e 
atingem uma placa fotográfica, colidindo com o filme radiográfico e o “quei-
mando” e formando, assim, a imagem (MARCHIORI, 2015). 
RAIO X DO PULMÃO
Fonte: ©Drazen Zigic, Freepik (2023).
#paratodosverem: homem corretamente posicionado para realização de exame de raios X.
58
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1. Cores das imagens de raios X
Para que a imagem fique visível, é preciso revelar o filme e gerar representações 
em tons de cinza. Os tons mais próximos do branco representam materiais 
densos (por exemplo, ossos) que absorvem toda a radiação e impedem 
que o filme queime. Os tons mais escuros indicam que a maior parte dos 
raios X conseguiu passar pela estrutura e queimar o filme, representando as 
estruturas menos densas (por exemplo, partes moles, ar).
Fonte: Freepik (2023).
#paratodosverem: homem segurando o resultado de uma imagem de raio X 
apresentada nas cores preta e cinza-claro.
2. Posicionamento do paciente
O médico definirá qual é o posicionamento ideal para a estrutura a ser 
estudada e a incidência. Então, o paciente é posicionado de forma que a 
estrutura a ser analisada esteja posicionada entre a fonte de raios X e o 
detector. Quando o exame é realizado, os feixes de raios X são emitidos e 
absorvidos no organismo do paciente de acordo com a densidade de cada 
estrutura (ossos, pulmão, músculos, etc.). 
Fonte: Freepik (2023).
#paratodosverem: mulher realizando exame de raios X da perna de um 
homem, representando o posicionamento correto do paciente em relação à 
máquina usada no exame.
59
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
As cinco densidades radiológicas básicas são identificadas como diferentes 
tonalidades, do preto ao branco, em escala de cinza, são elas: ar (preto), gor-
dura (cinza mais escuro), água e partes moles (cinza claro), calcificações, osso 
(branco) e metal (branco opaco) (MARCHIORI, 2015).
Outra utilização específica da radiografia é a mamografia para a detecção e 
diagnóstico de câncer. Os tumores tendem a aparecer como massas de forma-
to regular ou irregular que são ligeiramente mais brilhantes do que o fundo da 
radiografia (ou seja, mais branco sobre fundo preto ou mais preto sobre fundo 
branco) (FELISBERTO, 2014).
EXAME DE MAMOGRAFIA
Fonte: ©orion_production, Freepik (2023).
#paratodosverem: mulher realizando exame de mamografia tendo uma visualização 
detalhada da mama da paciente refletida em uma tela de computador.
Dentre os riscos dos raios X podemos citar a radiação ionizante, cujo risco au-
menta ao longo da vida dependendo do número de exposições. Contudo, ain-
da assim se trata de um risco bastante baixo em desenvolver algum tipo de 
tumor. Além disso, evita-se realizar o exame na região abdominal ou pélvica 
de mulheres grávidas, salvo em situações de urgências. Não existe contraindi-
cação absoluta, porém, existem outros tipos de exames que não emitem ra-
60
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
diação: ultrassom e ressonância magnética, que podem servir de substitutos 
(DAFFNER, 2013).
A realização do exame de raios X em crianças 
deve ser bem justificado. Geralmente, é utilizado 
para auxiliar na identificação de dores ósseas, 
problemas respiratórios e fraturas. Contudo, o 
exame tem radiação ionizante, e as crianças são 
mais sensíveis a essa radiação, além de terem uma 
expectativa de vida mais longa, por isso deve ser 
realizado realmente quando houver necessidade. 
Cabe ressaltar que, hoje em dia, apesar da 
preocupação, existem scanners especializados 
para crianças pequenas com o nível mais baixo 
de energia radioativa, mas ainda o suficiente 
para observar claramente imagens e estruturas 
internas do corpo, ajudando a limitar o risco de 
exposição à radiação em crianças. Os pais devem 
estar atentos e questionar se as configurações 
das máquinas foram ajustadas para crianças.
61
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXAME DE RAIOS X EM CRIANÇA
Fonte: ©inna-zueva5, Freepik (2023).
#paratodosverem: homem realizando exame de raios X de uma criança com proteção 
contra radiação.
3.1.2. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
3.1.2.1 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Uma tomografia computadorizada nada mais é que uma junção de vários raios 
x realizados de diferentes ângulos do corpo humano. A TC utiliza o processamen-
to do computador para criar imagens tridimensionais (3D) desses seguimentos 
do corpo, como ossos, vasos sanguíneos e tecidos moles (ZATTAR, 2022).
As imagens formadas são derivadas de vários cortes tomográficos (os cortes 
axiais, os cortes coronais e os cortes sagitais) e fornecem aos profissionais de 
saúde informações mais detalhadas quando comparadas às informações das 
radiografias convencionais (MARCHIORI, 2015).
62
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Fonte: ©davit85, Freepik (2023).
#paratodosverem: mulher realizando uma tomografia computadorizada em uma sala e 
outra mulher vendo os resultados em uma sala ao lado, separada por com um vidro que 
permite visualizar o exame.
A tomografia computadorizada se tornou uma ferramenta útil para detec-
tar possíveis tumores ou lesões abdominais. No coração, por exemplo, é pos-
sível diagnosticar várias doenças ou anomalias cardíacas, tanto das artérias 
como das válvulas. Na região cerebral, é possível obter imagens a fim de loca-
lizar sangramentos, isquemias, tumores e coágulos que podem desencadear 
aneurismas e acidentes vasculares. Também é possível examinar imagens dos 
pulmões para revelar a presença de lesões neoplásicas, embolias pulmonares, 
excesso de líquido e outras doenças, como enfisema ou pneumonia. Adicio-
nalmente, é útil para a detecção de alterações musculoesqueléticas, como 
fraturas, luxações, tumores ósseos e articulações comprometidas (MOREIRA, 
2017; DAFFNER, 2013).
63
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
RESULTADO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA ÁREA PULMONAR
Fonte: ©shyachlo, Freepik (2023).
#paratodosverem: imagens dos pulmões de um homem adulto saudável geradas por uma 
tomografia computadorizada.
Esse exame pode ser realizado com contraste, em que um corante é injeta-
do em uma veia ou é ingerido. Desse modo, os tecidos e órgãos aparecem 
mais claramente. Além disso, assim como em outros exames de imagem, a 
tomografia computadorizada é usada para diagnosticar doenças, planejar o 
tratamento ou determinar se o tratamento está funcionando (ZATTAR, 2022).
Contudo, em alguns pacientes, os meios de contraste podem causar reações 
alérgicas ou, em casos raros, insuficiência renal aguda. Os meios de contraste in-
travenosos não devem ser administrados em pacientes com função renal anor-
mal, pois podem provocar uma redução da função renal, o que pode evoluir per-
manentemente (DAFFNER, 2013).
A tomografia computadorizada, por ser uma tecnologia recente, requer um 
maior investimento em termos de equipamentos e atualização de técnicos, que 
devem

Mais conteúdos dessa disciplina