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FACULDADE DA SAÚDE E ECOLOGIA HUMANA
CURSO DE ENFERMAGEM
 
 
 
GABRIELA VIEGAS DE OLIVEIRA MACHADO 
RAYELY FLORIANO CASSIMIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNOS MENTAIS EM TRABALHADORES DA ENFERMAGEM: 
UMA REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vespasiano/MG
2024
GABRIELA VIEGAS DE OLIVEIRA MACHADO 
RAYELY FLORIANO CASSIMIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO MENTAIS EM TRABALHADORES DA ENFERMAGEM: 
UMA REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão do curso com 
requisito obrigatório para obtenção de 
título de Bacharel em Enfermagem pela 
Faculdade de Saúde e Ecologia 
Humana – FASEH.
Orientador(a): Raphaella Coelho Michel
 
 
 Vespasiano/MG
2024
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo examinar a literatura disponível que trata da 
saúde mental dos profissionais de enfermagem, analisar os principais 
determinantes que afetam a saúde mental dos profissionais de enfermagem e 
investigar estratégias empregadas para promover o seu bem-estar psicológico. 
Trata-se de uma revisão da literatura por meio de um levantamento 
retrospectivo das pesquisas publicadas no período de 2003 a 2023. A coleta 
de dados ocorreu entre Março e Abril de 2024 em artigos publicados nos 
últimos vinte e um anos. A busca foi realizada por meio de pesquisas nas 
bases Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em 
Saúde (BVS-BIREME), e PUBMED. Foram selecionados 16 artigos que 
obedeceram aos critérios de inclusão. Esses foram divididos em duas 
categorias: estudos com foco nos transtornos mentais adquiridos durante a 
jornada da enfermagem; e estudos com foco no ambiente de trabalho. Foi 
constatado nos estudos que a saúde mental desses profissionais pode estar 
relacionada a fatores internos e externos ao trabalho. Desta forma, é preciso 
que as instituições implementem estratégias de intervenção para 
conter problemas e situações emocionalmente estressantes, propor 
estratégias de autocuidado, planos de capacitação para saúde e melhoria 
da qualidade de vida desses profissionais.
Palavras-chave: Transtornos mentais; Profissionais de enfermagem; Saúde 
mental; Jornada de trabalho; Enfermagem;
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................5
2. JUSTIFICATIVA............................................................................................... 6
3. OBJETIVO GERAL………………………………………………………………..7
4. METODOLOGIA…………………………………………………………………….8
5. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................7
5.1 Transtornos mentais............................................................................... 13
5.2 Transtornos mentais relacionados ao trabalho.......................................14
5.2.1 Principais transtornos mentais e riscos ocupacionais relacionados ao 
trabalho.........................................................................................................15
5.2.1.1 Síndrome de Burnout....................................................................... 15
5.2.1.2 Depressão........................................................................................ 16
5.2.1.3 Transtorno de Ansiedade................................................................. 18
5.3 Perfil e comportamento de risco.............................................................19
5.3.2 Prevenção dos transtornos mentais na equipe de enfermagem......... 19
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................23
7. CONCLUSÕES..............................................................................................27
8. REFERÊNCIAS............................................................................................. 28
5
1. INTRODUÇÃO
 A afirmação de que a saúde mental é essencial para o bem-estar geral, 
expressa pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com a frase "não pode 
haver saúde sem saúde mental", foi corroborada por várias instituições 
influentes em saúde global. Entre elas estão a Organização Pan-Americana da 
Saúde, o Conselho de Ministros da União Europeia, a Federação Mundial de 
Saúde Mental e o Royal College of Psychiatrists do Reino Unido. Essas 
organizações destacam a importância da saúde mental como parte integral da 
saúde e do desenvolvimento humano, enfatizando sua relevância em políticas 
e práticas de saúde em escala internacional. (PRINCE et al., 2007).
 No contexto da saúde global, os profissionais de enfermagem desempenham 
um papel fundamental, servindo como pilares dos sistemas de saúde em todo o 
mundo. A enfermagem se configura como uma profissão essencial para o 
bem-estar da sociedade. Os enfermeiros fornecem cuidados compassivos e de 
alta qualidade aos pacientes, defendem seus direitos e trabalham 
incansavelmente para melhorar a saúde global (ICN, 2023).
 Apesar da missão fundamental da enfermagem, seus profissionais 
frequentemente se veem imersos em um ambiente desafiador, que impacta 
significativamente sua saúde mental. De acordo com a Associação Brasileira 
de Enfermagem (ABEN, 2023), a sobrecarga de trabalho, a escassez de 
recursos humanos e materiais e a exposição frequente a situações de 
sofrimento e morte são alguns dos principais fatores que contribuem para o 
adoecimento mental dos profissionais de enfermagem. 
 Estudos recentes comprovam que os trabalhadores de enfermagem 
apresentam maior susceptibilidade a transtornos mentais comuns (TMCs), 
como ansiedade, depressão e síndrome de burnout. A prevalência desses 
transtornos nesse grupo profissional é alarmante, superando significativamente 
a média da população geral, com estimativas que variam entre 20% e 40%" 
(Câmara & Santos, 2022)
6
2. JUSTIFICATIVA
A relevância deste trabalho se fundamenta na necessidade imperiosa de 
compreender e mitigar os fatores que contribuem para o esgotamento 
profissional e a deterioração da saúde mental entre os profissionais de 
enfermagem. Estes indivíduos desempenham um papel primordial na 
prestação de cuidados de saúde, estando na linha de frente do atendimento a 
pacientes em diversos contextos hospitalares e clínicos. No entanto, são 
frequentemente submetidos a condições de trabalho adversas, que incluem 
instalações inadequadas, falta de recursos materiais e humanos, jornadas 
extenuantes e um ambiente de trabalho emocionalmente desgastante.
A escolha por investigar esses aspectos se justifica pela necessidade de propor 
soluções e intervenções que possam melhorar as condições de trabalho dos 
enfermeiros, promovendo um ambiente mais saudável e seguro. A identificação 
dos fatores que levam ao esgotamento profissional e à insatisfação no trabalho 
é um passo essencial para a implementação de políticas e práticas que 
valorizem e cuidem desses profissionais. Ademais, este trabalho visa contribuir 
para a literatura existente, oferecendo dados e análises que possam subsidiar 
a formulação de estratégias de gestão e intervenção, focadas na promoção da 
saúde mental e no bem-estar dos profissionais de enfermagem.
A pertinência deste estudo se torna ainda mais evidente diante das constantes 
transformações nos contextos laborais e nas exigências do mercado de 
trabalho. Compreender as nuances e particularidades das condições de 
trabalho dos enfermeiros é crucial para a criação de um sistema de saúde mais 
eficiente, humano e sustentável. Portanto, este trabalho se justifica pela 
urgência de abordar e solucionar os problemas enfrentados por esses 
profissionais, assegurando que possam exercer suas funções com dignidade, 
segurança e satisfação.
7
3. OBJETIVO GERAL
O objetivo deste estudo é realizar uma revisão abrangente da literatura 
disponível sobre a saúde mental dos profissionais de enfermagem, com o 
intuito de identificar e analisar os principais determinantes que afetam seu 
bem-estar psicológico.Além disso, busca-se investigar as estratégias 
atualmente empregadas para promover a saúde mental desses profissionais, 
considerando tanto os fatores individuais quanto os contextuais que influenciam 
sua qualidade de vida e desempenho no ambiente de trabalho. Por meio desta 
análise, espera-se fornecer uma visão detalhada e fundamentada que possa 
contribuir para o desenvolvimento de políticas e práticas mais eficazes na 
promoção da saúde mental no campo da enfermagem.
8
4. METODOLOGIA 
O presente estudo caracteriza-se por uma revisão narrativa da literatura. A 
busca dos artigos foi realizada por meio das seguintes palavras-chave: 
transtornos mentais; profissionais de enfermagem; saúde mental; jornada de 
trabalho; enfermagem. As bases científicas utilizadas para busca dos artigos 
foram: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em 
Saúde (BVS-BIREME), e PUBMED. Para a realização deste estudo foram 
selecionados 16 artigos que foram divididos em duas categorias: estudos com 
foco nos transtornos mentais adquiridos durante a jornada da enfermagem; e 
estudos com foco no ambiente de trabalho. As palavras-chave e descritores 
foram escolhidos a partir da leitura de artigos abordando a mesma temática, e 
os estudos selecionados deveriam compreender o período entre 2003 até 
2023. 
9
5. REVISÃO DA LITERATURA. 
No Quadro 1 estão reunidos os artigos conforme a seleção. Estão organizados de acordo com as seguintes variáveis: 
Número do artigo, Título do estudo, Autores, Revista, e Ano de publicação e Objetivo.
Quadro 1. Identificação dos artigos selecionados na revisão integrativa da literatura.
ATG TÍTULO AUTORES REVISTA/ANO OBJETIVO CONCLUSÃO
01 Estresse e sofrimento 
em enfermeiros 
hospitalares: relação 
com variáveis pessoais, 
laborais e hábitos de 
vida. 
Lorenzi E, et al. Rev. Enferm. 
32. 2023
Identificar as possíveis 
associações entre o estresse e o 
sofrimento com as variáveis 
pessoais, laborais e hábitos de 
vida.
O estresse vivenciado na atividade 
laboral do enfermeiro recebe forte 
influência da baixa remuneração, 
levando-o a desejar mudar de emprego e 
profissão. O esgotamento profissional e a 
falta de reconhecimento são estressores 
que impulsionam mecanismos de defesa, 
dentre eles, o desejo de mudar de 
emprego.
02 Fatores associados ao 
estresse, ansiedade e 
depressão em 
profissionais de 
enfermagem no 
contexto hospitalar. 
Assis et al. Rev. Brasil. 
Enferm. 2022
Determinar os fatores associados 
ao estresse, ansiedade e 
depressão, concomitantemente, 
em profissionais de enfermagem 
que atuam no contexto hospitalar. 
fatores demográficos, fisiológicos, sociais 
e laborais impactam os níveis de 
estresse, ansiedade e depressão nos 
profissionais de enfermagem. A adoção 
de estratégias de enfrentamento dos 
fatores modificáveis deve ser 
considerada, a fim de proporcionar 
melhor qualidade de vida desses 
profissionais
10
03 Análise dos fatores que 
levam enfermeiros a 
depressão
COSTA, Victor 
Hugo dos 
Santos, 
GONÇALVES, 
Jonas Rodrigo
Rev. JRG, 
2020
Identificar fatores que levam 
enfermeiros a depressão 
Acredita-se que a relação conflituosa, a 
falta de reconhecimento no trabalho, as 
cargas horárias exaustivas e 
remuneração baixa são os fatores que 
acarretam odesenvolvimento da 
Depressão em enfermeiros.
04 Doenças mentais 
relacionadas ao 
trabalho: um 
levantamento sobre
a saúde da equipe de 
enfermagem
VENEU et al Rev. Pró 
Universus, 
2020
Descrever as principais doenças 
relacionadas ao trabalho que 
afetam a equipe de enfermagem 
no
Brasil.
O quadro de adoecimento coletivo de 
enfermagem é alarmante, por 
conseguinte urge modificá-lo através de 
estudos que busquem medidas de 
prevenção, enfrentamento dos agravos e 
riscos à saúde dos trabalhadores da 
equipe de enfermagem
05 Ocorrência de doenças 
ocupacionais 
relacionadas ao 
trabalho em 
enfermagem
SILVA S.S., et al, Research, 
Society and 
Development, 
2020
Este estudo teve como objetivo 
realizar um levantamento 
bibliográfico sobre as doenças 
mais frequentes que acometem 
os enfermeiros no exercício de 
sua profissão, bem
como, apontar os fatores 
associados. 
Este estudo evidenciou que as principais 
doenças que acometem os enfermeiros 
são sobrepeso, fatigabilidade, dor lombar, 
síndrome de Burnout, distúrbios 
osteomusculares e infecções 
transmissíveis. As condições que levam 
ao surgimento desses agravos estão 
relacionadas ao cargo que o profissional 
ocupa, setor de trabalho com nível de 
exigência maior e jornadas diárias e 
semanais de trabalho prolongadas.
06 Afastamento do trabalho 
por transtornos mentais 
e comportamentais 
OLIVEIRA et al. Rev. Cuid., 
2019
Descrever as causas dos 
afastamentos do trabalho por 
transtornos mentais e 
Estratégias de promoção da saúde, 
reorganização das condições de trabalho 
e adequada atenção à saúde mental 
11
entre profissionais da 
enfermagem
comportamentais entre 
profissionais de enfermagem
desses trabalhadores constituem-se em 
importantes medidas para a redução dos 
afastamentos do trabalho.
07 Ansiedade dos 
Enfermeiros da 
estratégia saúde da 
família
SANGALETTI, 
Juliana, 
CERETTA, 
Luciane B., 
SORATTO, 
Maria Tereza
Rev. 
Interdisciplinar 
de estudos em 
saúde, 2018
Identificar fatores associados à 
Ansiedade do enfermeiro da 
Estratégia Saúde da Família 
(ESF)
Os fatores associados à ocorrência de 
ansiedade nos enfermeiros da ESF 
vinculam-se principalmente ao excesso 
de trabalho, seguido da falta de 
valorização profissional; pressão exercida 
no processo de trabalho; preocupação e 
agitação no cotidiano do trabalho. Sendo 
assim, sugere-se um aprofundamento da 
pesquisa em relação aos fatores 
determinantes da ansiedade e as formas 
de melhor combatê-la no cotidiano do 
exercício da profissão.
08 trabalho em turnos de 
profissionais de 
enfermagem e a
pressão arterial, burnout 
e transtornos mentais 
comuns
Nascimento, et 
al
Rev. Esc. 
Enferm. USP, 
2018
Para analisar a influência do 
trabalho por turnos na pressão 
sanguínea, na presença de 
burnout e transtornos mentais 
comuns em profissionais de 
enfermagem.
O trabalho por turnos foi associado a uma 
maior prevalência de fatores negativos 
relacionados ao trabalho, hábitos e 
estilos de vida inadequados e alteração 
no sangue do sono e pressão.
09 Sintomas depressivos e 
uso de drogas entre 
profissionais da
JUNQUEIRA et 
al
Escola Anna 
Nery: Rev. de 
Enfermagem, 
2018
Avaliar possíveis relações entre o 
abuso de drogas, sintomas 
sugestivos de depressão e gênero 
em profissionais
da equipe de enfermagem
Uso abusivo de drogas e sintomas de 
depressão estão associados e 
manifestam-se diferentemente,
de acordo com o gênero entre os 
profissionais da equipe de enfermagem.
https://repositorio.usp.br/result.php?filter[]=isPartOf.name:%22Escola%20Anna%20Nery:%20Revista%20de%20Enfermagem%22
https://repositorio.usp.br/result.php?filter[]=isPartOf.name:%22Escola%20Anna%20Nery:%20Revista%20de%20Enfermagem%22
https://repositorio.usp.br/result.php?filter[]=isPartOf.name:%22Escola%20Anna%20Nery:%20Revista%20de%20Enfermagem%22
12
equipe de enfermagem
10 Estudos sobre os 
principais Estressores 
em profissionais de 
Enfermagem: Algumas 
possibilidades de 
Intervenção
SILVEIRA et al. Rev. 
Portuguesa de 
saúde 
ocupacional, 
2016
Identificar os principais fatores 
que favorecem a presença do 
estresse ocupacional em 
profissionais da enfermagem e 
aponta para possíveis estratégias 
de intervenção apresentadas pela 
literatura pesquisada.
A literatura apresentou possibilidades de 
intervenção para a melhoria das 
condições de trabalho que variaram 
desde promover ações de prevenção e 
promoção de saúde (que visem à 
qualidade de vida), até realizar um 
trabalho de valorização do discurso 
desses trabalhadores e de oferecimento 
da possibilidade de partilha de 
experiências dos profissionais do setor de 
enfermagem como forma de criar 
estratégias para lidarcom o estresse 
ocupacional.
11 Relação entre 
capacidade para 
trabalho na enfermagem 
e distúrbios psíquicos 
menores
MAGNAGO et al
Texto Contexto 
Enferm., 2015
Este estudo avalia a associação 
entre demanda psicológica e 
controle no trabalho e ocorrência 
de distúrbios psíquicos menores 
entre trabalhadores de 
enfermagem. 
 Conclui-se que há associação positiva 
entre distúrbios psíquicos menores e 
redução da capacidade para o trabalho 
nos trabalhadores pesquisados. São 
necessárias medidas que minimizem as 
exigências mentais e que potencializam a 
capacidade para o trabalho
12 Cargas de trabalho e 
condições de trabalho 
da enfermagem: 
revisão integrativa
SCHOMOELLE
R et al.
Rev. Gaúcha 
Enferm., 2011
Conhecer a produção teórica 
sobre cargas de trabalho e 
condições de trabalho dos 
profissionais de enfermagem
Os resultados indicaram as cargas de 
trabalho como responsáveis pelo 
desgaste dos profissionais, influenciando 
a ocorrência de acidentes e os problemas 
de saúde. Para amenizar tais cargas de 
13
trabalho, os estudos apontam algumas 
estratégias, como adequação do 
quantitativo de pessoal, educação 
continuada e melhores condições de 
trabalho
13 Yoga for Self-Care and 
Burnout Prevention 
Among Nurses
ALEXANDER, G. 
K. et al
Workplace 
Health & 
Safety, 2015
Avaliar a eficácia do yoga na 
melhoria do autocuidado e na 
redução do esgotamento entre os 
Enfermeiros
Os participantes relataram um 
autocuidado significativamente maior, 
bem como menos exaustão emocional e 
despersonalização após a conclusão de 
uma intervenção de yoga de 8 semanas.
14 Condições de trabalho e 
características 
sócio-demográficas 
relacionadas à presença 
de distúrbios psíquicos 
menores em 
trabalhadores de 
enfermagem
KIRCHHOF et al Texto Contexto 
Enferm., 2009
Este estudo avalia a associação 
entre demanda psicológica e 
controle no trabalho e ocorrência 
de distúrbios psíquicos menores 
entre trabalhadores de 
enfermagem
Considera-se necessária uma gestão 
organizacional participativa que inclua os 
trabalhadores no processo de mudanças 
e melhorias do ambiente laboral, 
principalmente no que tange às 
demandas e ao controle no trabalho
15 Fatores associados à 
depressão relacionada 
ao trabalho de 
enfermagem
MANETTI; 
MARZIALE. 
Estudos de 
Psicologia 
(Natal), 2007
Identificar evidências científicas 
sobre a ocorrência de depressão 
relacionada ao trabalho de 
enfermagem e caracterizar fatores 
desencadeantes e estratégias 
utilizadas para a prevenção da 
doença
Constatou-se que a saúde mental desses 
profissionais pode ser influenciada por 
fatores internos e externos ao trabalho. 
As estratégias propostas enfatizam o 
suporte administrativo, o relacionamento 
interpessoal e a divisão adequada do 
trabalho entre um número suficiente de 
profissionais. Estas estratégias devem 
14
estar apoiadas no gerenciamento da 
depressão, na redução do estresse 
laboral e na implantação de programas 
de atenção à Saúde do Trabalhador.
16 Situações geradoras de 
ansiedade e estratégias 
para seu controle entre 
enfermeiras: estudo 
preliminar
BARROS, et al. Rev. 
Latino-Am. 
Enfermagem, 
2003
identificar situações que são 
consideradas fontes geradoras de 
ansiedade, na atuação cotidiana 
das enfermeiras, e identificar 
estratégias conscientes utilizadas 
pelas mesmas para diminuir os 
níveis de ansiedade.
Embora as profissionais estejam 
realmente sujeitas a situações 
ansiogênicas, elas também se utilizam de 
estratégias de enfrentamento 
adequadas.Verifica-se a necessidade de 
realização de outros estudos sobre o 
assunto, a fim de se proporem novas 
alternativas que possam melhorar a 
qualidade de vida das enfermeiras.
15
3.1 Transtornos mentais
Parafraseando a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), os 
determinantes da saúde mental e dos transtornos mentais são multifacetados, 
envolvendo não apenas características individuais, como a habilidade de 
gerenciar pensamentos, emoções, comportamentos e interações sociais, mas 
também uma ampla gama de fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e 
ambientais. Isso inclui políticas nacionais, sistemas de proteção social, padrões 
de vida, condições de trabalho e apoio comunitário. Além disso, o estresse, a 
genética, a nutrição, as infecções perinatais e a exposição a riscos ambientais 
são elementos adicionais que desempenham papéis significativos na 
manifestação dos transtornos mentais. Esses fatores interagem de maneiras 
complexas e podem influenciar tanto o desenvolvimento quanto a gravidade dos 
transtornos mentais em diferentes indivíduos. (OPAS, 2014)
Os Transtornos Mentais Comuns (TMC), de acordo com a Secretaria de 
Política de Atenção à Saúde (SPAH, 2014), se manifestam por meio de sintomas 
como insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e 
queixas somáticas. Estes podem ser duradouros, transitórios ou recorrentes, 
impactando significativamente as atividades diárias do indivíduo.
Os Transtornos Mentais Graves (TMG), conforme o estudo de 
Dalgalarrondo (2019), causam grande sofrimento aos indivíduos acometidos, 
exigindo, em alguns casos, tratamento especializado. Observa-se nesses 
casos uma diminuição da capacidade de lidar com as adversidades do 
ambiente, além das dificuldades intrínsecas às alterações psicopatológicas. 
A compreensão multifacetada dos determinantes da saúde mental e dos 
transtornos mentais exige uma abordagem multidisciplinar que considere os 
diversos fatores envolvidos. Políticas públicas eficazes, sistemas de saúde 
robustos, ambientes de trabalho saudáveis, apoio social e familiar, acesso a 
serviços de saúde mental de qualidade e ações de promoção da saúde mental 
são elementos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e 
inclusiva, onde o bem-estar mental seja um direito fundamental de todos 
(Dalgalarrondo, 2019).
16
3.2 Transtornos mentais relacionados ao trabalho
Os transtornos mentais no trabalho surgem quando as demandas do 
ambiente e da função profissional excedem a capacidade de adaptação do 
indivíduo. Essa situação pode gerar sentimentos de desvalorização e 
inabilidade, alimentando a percepção de esgotamento intelectual e falta de 
criatividade, impactando negativamente o desempenho profissional. Os fatores 
que contribuem para que ocorram transtornos mentais relacionados ao 
trabalho, são eles: sobrecarga e jornadas excessivas de trabalho, padrão de 
sono e vigília comprometidos, baixa remuneração, mais de um vínculo e 
processos de trabalho (FERNANDES et al., 2018).
De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho 
(OSST), em 2021, os transtornos mentais foram a terceira maior motivação 
para afastamento do trabalho no Brasil, mais de 13 mil brasileiros tiveram como 
motivos para a concessão de benefícios previdenciários acidentários causas 
mentais e comportamentais. Se relacionados com os transtornos 
osteomusculares, os mentais podem ser considerados a segunda maior causa 
de afastamento no país. 
Um estudo recente realizado por Centeno et al. (2022) demonstra a 
elevada prevalência de TMC entre profissionais da saúde. Os autores 
identificaram que esses trabalhadores apresentam um risco aumentado de 
desenvolver TMC, quando comparados a outros grupos profissionais. Fatores 
como a alta carga de trabalho, longas jornadas, exposição a situações 
traumáticas e falta de apoio social contribuem significativamente para o 
aparecimento e a progressão dos TMC neste grupo.
Os trabalhadores acometidos por esses transtornos podem apresentar 
absenteísmo frequente, queda na produtividade, deterioração da qualidade do 
trabalho e aumento do risco de acidentes. Além disso, o estresse crônico 
associado aos TMC pode levar ao desenvolvimento de doenças físicas, como 
problemas cardiovasculares, gastrointestinais e musculoesqueléticos (Centeno 
et al. 2022).
17
3.2.1 Principais transtornos mentais e riscos ocupacionais 
relacionadosao trabalho
Conforme Vasconcelos (2019), o sofrimento e o mal-estar no ambiente 
do trabalho, causa o adoecimento psíquico dos que vivem em prol do trabalho. 
Posto isso, enfermidades relacionadas com estresse como a síndrome de 
Burnout; a depressão e a ansiedade, dentre outros distúrbios mentais, passam 
a fazer parte da rotina da classe trabalhadora.
No cenário hospitalar, os profissionais de enfermagem assumem um 
papel preponderante, representando a maior parcela da força de trabalho. No 
entanto, essa posição de destaque não vem isenta de desafios, pois estão 
constantemente expostos e vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos 
mentais. Tal vulnerabilidade decorre do contato frequente com situações de 
sofrimento, perdas e da carga de trabalho intensa a que são submetidos 
(OLIVEIRA DM, 2019).
3.2.1.1 Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout (SB), descrita pela primeira vez por Herbert 
Freudenberger em 1974, atualmente se encontra inserida na Classificação 
Internacional de Doenças CID-11 sob o código QD 85 (Organização Mundial da 
Saúde [OMS], 2019). Caracterizada por um estado de exaustão física, 
emocional e mental decorrente do estresse crônico no trabalho, a SB se 
configura como um problema de saúde pública de crescente relevância, 
afetando significativamente a saúde individual e coletiva.
O início de um tratamento adequado para a SB depende de um 
diagnóstico preciso e detalhado. É fundamental que a avaliação profissional 
seja realizada por um psicólogo ou psiquiatra qualificado, a fim de diferenciar a 
SB de outros distúrbios como depressão, transtornos de humor e ansiedade 
(Cândido, 2017).
No Brasil, na categoria dos profissionais de enfermagem, observou-se 
uma prevalência significativa de transtornos mentais comuns (TMC), atingindo 
35,0% do grupo estudado. Especificamente entre os que desempenham suas 
18
funções diretamente em unidades de terapia intensiva (UTIs), notou-se uma 
associação alarmante, com 80,6% dos casos de TMC relacionados à síndrome 
de Burnout. Essa elevada incidência pode estar relacionada com a 
complexidade e gravidade dos pacientes tratados nessas unidades 
(NASCIMENTO et al., 2019).
Os profissionais de enfermagem são incumbidos de executar tarefas 
exigentes, como manobras de ressuscitação, curativos, aspiração de 
secreções, além de zelar pela higiene e conforto dos pacientes. 
Adicionalmente, lidam com a manipulação de ferramentas e equipamentos 
frequentemente inadequados ou danificados. Tais atividades são realizadas em 
meio a movimentos repetitivos, em espaços muitas vezes restritos e sob 
iluminação inadequada. Essas circunstâncias adversas têm o potencial de 
ampliar consideravelmente a carga de trabalho enfrentada por esses 
profissionais. (SCHMOELLER et al., 2011).
Considerando que a enfermagem é predominantemente feminina e que 
as profissionais frequentemente enfrentam uma dupla jornada de trabalho 
devido à baixa remuneração, o que muitas vezes as leva a assumir múltiplos 
empregos e a trabalhar longas horas, é plausível admitir uma maior exposição 
ao risco de adoecimento (NASCIMENTO et al., 2019).
Os diversos turnos de trabalho na área da enfermagem implicam em 
distintas cargas laborais. Embora o turno noturno possa aparentar uma 
redução nas atividades, é importante ressaltar que o número de profissionais 
disponíveis também é menor durante esse período. Essa combinação de 
fatores, aliada às cargas fisiológicas inerentes ao trabalho noturno, contribui 
para um aumento das demandas laborais (MAGNAGO et al., 2015).
A sobrecarga de trabalho e as condições laborais enfrentadas pelos 
profissionais de enfermagem exercem uma influência significativa no processo 
de desgaste laboral. Esses elementos têm sido apontados como determinantes 
do esgotamento emocional dos profissionais, o que, por sua vez, resulta na 
redução da capacidade de trabalho nessa área (SCHMOELLER et al., 2011).
19
3.2.1.2 Depressão
A depressão é um transtorno afetivo que tem sido uma constante ao 
longo da história da humanidade. Clinicamente, manifesta-se por meio de 
sintomas como tristeza persistente, pessimismo, baixa autoestima e 
sentimentos de vazio. Os sintomas característicos da depressão incluem humor 
depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia, além de desânimo, cansaço 
excessivo e falta de prazer em atividades anteriormente apreciadas. A pessoa 
pode apresentar interpretação distorcida da realidade, raciocínio mais lento, 
dificuldade de concentração e esquecimento. Além disso, a depressão pode 
afetar o sono, causando insônia, despertar matinal precoce ou aumento do 
sono. Alterações no apetite e no peso, bem como sintomas físicos como dores 
corporais, também são frequentes. (JÚNIOR A et al., 1998) 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2023), a 
depressão mantém sua posição proeminente como um dos transtornos mentais 
mais prevalentes, sendo diagnosticada com maior frequência em comparação 
a outros transtornos. Além disso, é notável a disparidade de gênero nesse 
contexto, pois é duas vezes mais prevalente em mulheres do que em homens. 
Estatísticas indicam que entre 10 e 15% das mulheres em países 
industrializados e de 20 a 40% em nações em desenvolvimento enfrentam 
episódios depressivos durante a gestação ou no período pós-parto (OMS, 
2023).
Na pesquisa envolvendo profissionais de enfermagem, a literatura indica 
que os elementos precipitadores podem estar associados a fatores intrínsecos 
ao contexto e às operações laborais, tais como: as áreas de atuação 
profissional, os horários de trabalho, as relações interpessoais, a carga de 
trabalho, a gestão do serviço, as discrepâncias na alocação de horários, a 
autonomia na execução das tarefas, o cuidado aos pacientes, a exaustão, o 
apoio social, a sensação de insegurança, os conflitos de interesses e as 
estratégias de adaptação empregadas; bem como a fatores externos à esfera 
laboral, como gênero, idade, responsabilidades domésticas, apoio e renda 
familiar, estado de saúde geral do trabalhador e traços individuais (MANETTI, 
MARZIALE, 2007).
20
A profissão de enfermagem, na qual a presença constante do 
profissional junto ao paciente é indispensável, apresenta o trabalho noturno 
como um fator de risco consideravelmente elevado para o desenvolvimento da 
depressão. Os enfermeiros que atuam durante a noite enfrentam desafios 
únicos, pois muitas vezes não têm horários regulares de descanso e, quando o 
têm, muitas vezes é insuficiente (HUGO, JONAS RODRIGO GONÇALVES, 
2020).
3.2.1.3 Transtorno de Ansiedade
Em conformidade com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 
2019, um total estimado de 301 milhões de pessoas em todo o mundo 
conviviam com transtornos de ansiedade, abrangendo uma parcela significativa 
de 58 milhões de crianças e adolescentes. Os sintomas associados a esses 
transtornos são frequentemente graves o bastante para causar sofrimento 
significativo ou prejudicar o funcionamento diário dos indivíduos afetados. 
(OMS, 2022)
Segundo o World Health Organization (WHO), em 2020, houve um 
aumento significativo no número de indivíduos afetados por transtornos de 
ansiedade e depressão devido à pandemia de COVID-19. Estimativas iniciais 
indicam um incremento de 26% e 28%, respectivamente, para ansiedade e 
transtornos depressivos maiores em apenas um ano. Apesar da disponibilidade 
de opções eficazes de prevenção e tratamento, a grande maioria dos afetados 
por transtornos mentais não consegue acessar cuidados adequados. Além 
disso, muitos enfrentam estigma, discriminação e violações de direitos 
humanos. (WHO, 2022)
A sensação de ansiedade é uma resposta comum e natural do 
organismo diante de situações percebidas como desafiadoras ou 
ameaçadoras. Este estado emocional, caracterizado por nervosismo, 
preocupação ou desconforto, é uma experiência inerente à condição humana. 
Além disso, é frequentemente associado a uma variedadede transtornos 
mentais, tais como o transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do 
pânico e fobias. Embora cada uma dessas condições apresente suas 
21
particularidades, todas compartilham a presença de angústia e disfunção 
relacionadas especificamente à ansiedade e ao medo. É comum que 
manifestações físicas acompanhem esse estado emocional, incluindo falta de 
ar, tontura, sudorese, taquicardia e tremores. Ademais, os transtornos de 
ansiedade podem ter um impacto significativo no cotidiano das pessoas 
afetadas, levando a modificações comportamentais, como a evitação de 
determinadas situações ou atividades (BARNHILL, 2023). 
De acordo com uma pesquisa feita por Barros et al. (2003), no Hospital 
São Paulo, destacou-se como fonte de ansiedade a escassez de recursos 
materiais e humanos, as interações interpessoais e procedimentos de elevada 
complexidade. Situações inesperadas relacionadas tanto à prestação de 
assistência quanto ao gerenciamento hospitalar tendem a desencadear níveis 
moderados e elevados de ansiedade, ao passo que eventos cotidianos 
geralmente se associam a níveis mais baixos, indicando uma possível 
adaptação a um estresse contínuo. Os achados da pesquisa apontam para a 
existência de um desconforto emocional relevante entre as enfermeiras em 
suas atividades diárias. (BARROS et al., 2003).
3.3 Perfil e comportamento de risco
Para além dos impactos no adoecimento e no bem-estar mental, 
atribuídos à sobrecarga e ao excesso de trabalho, estudos revelam uma série 
de consequências adversas adicionais. Entre elas, destacam-se a ocorrência 
frequente de acidentes envolvendo materiais perfurocortantes ou fluidos e 
secreções corporais, contusões, hipertensão arterial, alergias, epigastralgias e 
problemas musculoesqueléticos. Esses agravos à saúde representam uma 
preocupação significativa, impondo desafios adicionais à segurança e à 
qualidade de vida dos profissionais de enfermagem (SCHMOELLER et al., 
2011).
Essa situação tem conduzido os profissionais de enfermagem a adotar 
hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde, tais como o consumo 
excessivo de café e alimentos fritos, além da falta de atividade física. Essas 
práticas têm sido associadas a uma maior incidência de obesidade, uma vez 
22
que não há tempo disponível para repouso, lazer e, consequentemente, 
recuperação após o trabalho (SILVA S et al., 2020).
3.3.2 Prevenção dos transtornos mentais na equipe de enfermagem
A equipe de enfermagem desempenha um papel essencial na prestação 
de cuidados de saúde, e é indispensável que esses profissionais estejam em 
condições físicas e mentais adequadas para garantir a entrega de cuidados 
eficientes e seguros aos pacientes. Os enfermeiros, frequentemente avaliados 
por sua produtividade e muitas vezes exigidos ao máximo durante sua jornada 
de trabalho, é indiscutível reconhecer que tais circunstâncias podem causar 
estresse, levando com frequência ao sofrimento e insatisfação dos 
profissionais. Esses fatores podem desencadear, em muitos casos, distúrbios 
mentais. (VENEU et al., 2020).
No que se refere às estratégias potenciais para lidar com esse 
problema, podemos destacar a importância de condições laborais adequadas; 
o incremento do número de profissionais qualificados para evitar sobrecarga de 
trabalho; a implementação de planos de ação voltados para a promoção da 
saúde, qualidade de vida e segurança no ambiente de trabalho; programas de 
capacitação em áreas sensíveis, como o manejo de situações de óbito, e o 
reconhecimento do valor do discurso desses profissionais, proporcionando 
canais formais e informais de comunicação para expressarem suas 
necessidades e resolverem conflitos (SILVEIRA et al., 2016).
É necessário que os profissionais de enfermagem compreendam a 
importância do autocuidado, reconheçam situações estressantes e 
desenvolvam estratégias para reduzir o esgotamento e prevenir o adoecimento. 
Esse reconhecimento pode ser facilitado com o auxílio dos profissionais da 
área de saúde mental (VENEU et al., 2020). Além disso, é fundamental 
capacitar os trabalhadores dos serviços de saúde sobre os sinais e sintomas 
dos distúrbios psíquicos, para que reconheçam a importância das condições de 
trabalho como um dos fatores determinantes no processo saúde/doença 
(KIRCHHOF et al., 2009).
23
Segundo o estudo de Kirchhof et al. (2009), é essencial implementar 
uma gestão organizacional inclusiva, na qual os trabalhadores possam 
participar ativamente do processo de mudanças e melhorias no ambiente de 
trabalho, juntamente com medidas de promoção da saúde do colaborador. É 
indispensável incluir medidas preventivas que comecem já nos cursos 
profissionalizantes e de formação superior.
As melhorias alcançadas no ambiente de trabalho da equipe de 
enfermagem não apenas beneficiarão a saúde dos profissionais, mas também 
terão um impacto direto no serviço. Com menos afastamentos, o cuidado 
oferecido aos pacientes será aprimorado, refletindo em uma assistência mais 
eficiente e de maior qualidade (MAGNAGO et al., 2015).
Para restaurar o equilíbrio após o desgaste da carga de trabalho, é 
imprescindível tecer uma rede de estratégias de prevenção que envolvam o 
ambiente de trabalho. Isso inclui intervalos revigorantes para descanso e 
refeições, a busca incessante por condições laborais mais favoráveis, a 
valorização salarial dos profissionais, a ampliação de benefícios e um 
compromisso sólido com a educação contínua (SCHMOELLER et al., 2011).
De acordo com Alexander et al. (2015), em seu estudo exploratório os 
resultados apresentam indícios preliminares, em uma fase inicial, sobre a 
eficácia do yoga na promoção do autocuidado e da atenção plena, enquanto 
reduz o esgotamento entre enfermeiros que trabalham em uma rede de saúde 
urbana financiada por impostos. Os participantes do grupo de yoga relataram 
um aumento significativo no autocuidado, juntamente com uma diminuição na 
exaustão emocional e despersonalização, após a conclusão de um programa 
de yoga de 8 semanas.
Ao destacar o potencial benéfico do yoga para promover o autocuidado 
e mitigar o esgotamento, os enfermeiros no ambiente de trabalho podem optar 
por uma abordagem não invasiva e não farmacêutica na prevenção de 
problemas de saúde mental em uma população vulnerável no mercado de 
trabalho. (ALEXANDER et al., 2015).
24
Ademais, urge uma reavaliação das políticas de saúde do trabalhador, 
direcionando-as de maneira mais eficaz aos profissionais de enfermagem, o 
que resultará em seu bem-estar geral (OLIVEIRA et al., 2019).
6. DISCUSSÃO 
Os determinantes da saúde mental são multifacetados, abrangendo 
fatores individuais, sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais. 
Transtornos mentais comuns (TMC), como insônia e irritabilidade, e graves 
(TMG), que causam grande sofrimento, exigem abordagens multidisciplinares. 
No ambiente de trabalho, especialmente entre profissionais de saúde, a 
sobrecarga e as longas jornadas aumentam a prevalência de TMC e a 
Síndrome de Burnout, afetando negativamente o desempenho e a qualidade de 
vida. A depressão, mais comum em mulheres, e os transtornos de ansiedade, 
exacerbados pela pandemia de COVID-19, destacam a necessidade de 
políticas públicas robustas e apoio social para a promoção da saúde mental. 
Comportamentos de risco, como consumo excessivo de café, álcool e tabaco, 
além da falta de atividade física, agravam o quadro, sublinhando a urgência de 
intervenções eficazes para reduzir o impacto dos transtornos mentais no 
bem-estar individual e coletivo.
Os achados do estudo de Lorenzi et al. (2023) corroboram com o estudo 
de Assis et al. (2022), os quais mostram alta prevalência de depressão, 
ansiedade e estresse entre enfermeiros, associadas a fatores como gênero 
feminino, má qualidade do sono, falta de apoio, ausência de reconhecimento, 
excesso de trabalho e insegurança laboral, reforçando a necessidadede 
melhores condições de trabalho e apoio para esses profissionais. Em 
contrapartida, um estudo feito por Oliveira et al. (2019) revelou que o sexo 
masculino foi o mais afetado por transtornos ansiosos, um achado que 
contrasta com outras pesquisas que indicam uma maior prevalência desses 
transtornos entre o sexo feminino. Foram identificados diversos elementos de 
risco que podem predispor os enfermeiros à depressão, incluindo sobrecarga 
laboral, níveis elevados de estresse, conflitos interpessoais, condições 
25
inadequadas de trabalho, remuneração insuficiente e ausência de 
reconhecimento profissional (KAROLLINY; TELES; MARTINS DA COSTA, 
2021). 
Os fatores que contribuíram para a ansiedade entre os enfermeiros da 
ESF numa pesquisa feita por Sangaletti (2018), revelou que 85,72% dos 
enfermeiros apresentaram níveis leves de ansiedade, enquanto 14,28% 
demonstraram níveis moderados. Foram principalmente o excesso de trabalho, 
seguido pela falta de valorização profissional, a pressão no ambiente de 
trabalho, e a preocupação e agitação no dia a dia.
 Para Nascimento et al. (2018), no que concerne aos hábitos e estilos de 
vida, a maioria relatou inatividade física e indicou possuir algum tipo de lazer. 
Em conformidade com os autores acima, Fernandes et al. (2013) observou 
que, em comparação com as enfermeiras, os enfermeiros apresentaram 
comportamentos de saúde menos saudáveis. Especificamente, os enfermeiros 
relataram uma menor prática de exercícios físicos de lazer, maior frequência de 
tabagismo e maior consumo de bebidas alcoólicas, café e alimentos fritos. 
Além disso, os enfermeiros mostraram um menor consumo de frutas e verduras 
e apresentaram uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade. Em 
concordância, o estudo de Mattioda. (2022) afirma que a ausência de hábitos 
alimentares saudáveis e a falta de prática regular de exercícios físicos 
demonstraram uma forte associação com o aumento dos sintomas de 
ansiedade e níveis de estresse. Esses fatores contribuem para o 
desenvolvimento de transtornos mentais comuns (TMC). Essa observação vai 
de encontro com as ideias de Andrade et al. (2019), pois o sofrimento 
psicológico e o ônus emocional decorrentes das condições laborais estão 
associados ao uso de substâncias como álcool e drogas psicoativas como uma 
estratégia de enfrentamento e busca de alívio da carga de trabalho físico e 
emocional, afetando negativamente a qualidade de vida dos profissionais. Em 
consonância com os autores acima, uma pesquisa feita por Junqueira et al. 
(2018), o sexo masculino mostrou maior consumo de álcool e maconha. Cerca 
de 21,3% dos profissionais apresentaram sintomas sugestivos de depressão, 
sendo mais prevalentes entre as mulheres. As mulheres tinham menor 
26
probabilidade de consumir álcool e maconha, mas maior probabilidade de 
apresentar sintomas de desinteresse e falta de prazer em relação aos homens. 
O uso de sedativos foi predominante entre os profissionais com sintomas 
sugestivos de depressão, com um risco potencialmente aumentado para seu 
uso. 
A elevada prevalência de estresse e burnout entre os enfermeiros é uma 
preocupação significativa. No estudo de Nascimento et al. (2018) quase 
metade dos enfermeiros considerou-se estressada, com uma prevalência de 
burnout de 39,0%, e 57,6% apresentaram transtornos mentais comuns. De 
maneira congruente, outro estudo encontrou que o alto nível de estresse 
ocupacional esteve presente na maioria dos enfermeiros investigados, 
corroborando a gravidade do problema de saúde mental nessa profissão 
(COUTO, DOS SANTOS, PALERMO, 2021). Os resultados de um estudo feito 
por Borges et al (2021) evidenciam uma alta prevalência de burnout entre 
enfermeiros de hospital de alta complexidade, com 42% dos profissionais em 
Portugal, 43% na Espanha e 42% no Brasil apresentando níveis moderados a 
elevados dessa condição. Ademais, as pontuações de Exaustão Emocional 
foram particularmente elevadas, refletindo um desgaste significativo e 
generalizado entre esses profissionais de saúde. 
 Em contrapartida, o sofrimento psíquico não se limita apenas nas redes 
de alta complexidade, um estudo feito na atenção primária revelou que as 
condições de trabalho inadequadas desempenham um papel significativo no 
surgimento de sintomas depressivos entre os enfermeiros, evidenciando a dura 
realidade enfrentada na Estratégia de Saúde da Família (ESF). A maioria dos 
enfermeiros indicou que essas condições de trabalho promovem o 
adoecimento, destacando fatores como o excesso de atribuições, sobrecarga 
de trabalho, falta de estrutura organizacional, carência de recursos humanos, 
cobrança excessiva e desvalorização profissional (FERNANDES, MARCOLAN, 
2017). Cabe ressaltar ainda, que neste mesmo estudo profissionais 
enfermeiros não perceberam ou não quiseram admitir a sintomatologia. Essa 
informação evidencia a existência de uma possível falta de consciência ou de 
relutância por parte dos enfermeiros em reconhecerem ou admitirem os 
27
sintomas que estão experimentando. Isso pode indicar uma tendência à 
negação ou minimização dos problemas de saúde mental, o que pode dificultar 
a busca por ajuda e tratamento adequado. 
A revisão da literatura evidencia uma lacuna na pesquisa que concerne 
à saúde mental dos enfermeiros, salientando a carência de estudos mais 
abrangentes. A ausência de investigações mais profundas e complexas impede 
uma compreensão integral dos determinantes do bem-estar psicológico dos 
profissionais de enfermagem, bem como a formulação de intervenções 
eficazes. 
Esses estudos revelam algumas limitações significativas que podem 
afetar a generalização e a validade dos resultados. Muitos deles foram 
conduzidos em um único local ou contexto específico, o que limita a 
representatividade dos achados para outras populações de enfermeiros em 
diferentes ambientes de trabalho. Além disso, não existe um controle rigoroso 
acerca de possíveis omissões de informações por parte dos enfermeiros 
participantes. Essa falta de monitoramento de confiabilidade pode introduzir 
vieses nos resultados e afetar a precisão das conclusões alcançadas. 
A relevância deste estudo para a literatura reside na contribuição para o 
avanço do conhecimento no campo da saúde mental dos profissionais de 
enfermagem e evidenciar a saúde psicológica dos mesmos como uma questão 
de magnitude considerável devido ao seu impacto direto na qualidade do 
cuidado oferecido aos pacientes. As elevadas taxas de prevalência de 
depressão, ansiedade e estresse destacadas nesta revisão de literatura 
ressaltam a urgência de uma avaliação clínica contínua dos profissionais de 
enfermagem atuantes. Adicionalmente, a análise dos elementos que 
influenciam a saúde mental desses profissionais é vital para o desenvolvimento 
de políticas e práticas de apoio adequadas no contexto laboral, visando 
instaurar um ambiente propício à saúde e ao bem-estar dos trabalhadores.
Pesquisas longitudinais poderiam oferecer insights repletos sobre os 
determinantes do estado mental dos enfermeiros ao longo do tempo, 
possibilitando uma análise mais precisa dos padrões associados aos 
transtornos mentais nessa população. Além disso, é primordial reconhecer a 
28
necessidade de entrevistas e acompanhamento com profissionais da área da 
saúde mental, dado que os enfermeiros podem subestimar ou normalizar os 
sintomas de ansiedade e estresse no ambiente de trabalho. Dessa forma, é 
decisivo que estudos futuros adotem uma abordagem longitudinal e 
multidimensional para apurar de maneira abrangente os complexos 
inter-relacionamentos entre a prática da enfermagem e a saúde mental, 
visando aprimorar as condições laborais e promover o bem-estar global dos 
enfermeiros. 
7. CONCLUSÃO 
Diante o embasamento científico apresentado pela presente revisão de 
literatura, constata-seum panorama preocupante na saúde mental dos 
enfermeiros, afetada principalmente por sobrecarga laboral, falta de 
reconhecimento, condições inadequadas de trabalho, conflitos interpessoais e 
insegurança no emprego. A ausência de apoio no ambiente de trabalho e em 
questões pessoais, além de hábitos de vida pouco saudáveis, agrava o 
sofrimento mental e aumenta os comportamentos de risco. Promover a saúde 
mental desses profissionais é essencial, demandando medidas como a 
redução da sobrecarga laboral, a criação de um ambiente seguro e acolhedor, 
e programas de apoio psicológico e gerenciamento de estresse. Investir na 
saúde mental dos enfermeiros é valioso para assegurar um cuidado eficaz e 
compassivo aos pacientes.
29
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