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1 
 UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY 
 Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 FERNANDA LIMA LEAL – 2112766 
 RAFAELA INÁCIO - 2112977 
 
 
 
 
 Projeto Curricular Articulador: Consolidação 
 Análise das Demonstrações Contábeis 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado à disciplina 
 de Projeto Curricular Articulador do 
 Curso de Ciências Contábeis da 
 Universidade UNIGRANRIO Afya 
 como requisito para Segunda 
 Avaliação. Profº. Aníbal Figueiredo. 
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro 
 2025 
2 
SUMÁRIO 
 
Introdução, p.3 
Desenvolvimento, p. 4, - p. 15 
Conclusão, p. 16 
Referências Bibliográficas, p. 17 
 
 
 
 
 
 
 
3 
INTRODUÇÃO 
 
A análise das Demonstrações Contábeis é uma ferramenta fundamental para avaliar a 
situação financeira e o desempenho econômico de uma Empresa. Por meio de relatórios como 
o Balanço Patrimonial e a DRE, essa análise fornece informações que auxiliam gestores, 
investidores e outros usuários na tomada de decisões estratégicas. As principais técnicas 
utilizadas incluem a análise vertical, horizontal e o cálculo de índices financeiros, como 
liquidez, rentabilidade e endividamento. Além de identificar tendências e riscos, essa prática 
contribui para a transparência e fortalece a confiança no ambiente corporativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
3. Análise das Demonstrações Financeiras 
 A padronização das Demonstrações Contábeis exerce grande influência 
na técnica da análise das demonstrações, tornando os dados mais claros, 
comparáveis e confiáveis. Ao seguir Normas Contábeis reconhecidas, como as IFRS, 
as Empresas apresentam informações padronizadas, o que facilita a interpretação por 
analistas, investidores e demais usuários. Essa uniformidade permite aplicar com mais 
precisão técnicas como a análise vertical, horizontal e o cálculo de índices financeiros. 
Além disso, possibilita a comparação entre Empresas de um mesmo setor e entre 
diferentes períodos de uma mesma companhia, aumentando a qualidade da análise. 
Outro ponto relevante é a transparência das informações. A padronização reduz a 
subjetividade nos registros contábeis e minimiza o risco de erros ou distorções. Isso 
também ajuda a diminuir a assimetria de informações entre a Empresa e os usuários 
externos. 
 
 3.1 Análise Horizontal e Vertical 
 
 A Análise Horizontal tem como objetivo comparar os valores de uma conta ao 
longo do tempo, identificando variações absolutas e percentuais. Essa análise permite 
avaliar o crescimento ou diminuição de itens específicos, como receitas ou despesas, 
facilitando a identificação de tendências e a projeção de resultados futuros. Por outro 
lado, a Análise Vertical foca na estrutura de cada demonstração financeira em um 
único período, expressando cada conta como uma porcentagem de um valor base 
(como o total do ativo ou da receita líquida). Isso possibilita entender a participação 
relativa de cada item, facilitando comparações entre empresas de diferentes tamanhos 
ou entre diferentes períodos. 
 Quando aplicadas em conjunto, essas análises oferecem uma visão 
abrangente da situação financeira da empresa. Enquanto a Análise Horizontal revela a 
evolução temporal dos itens, a Análise Vertical proporciona uma perspectiva estrutural. 
Juntas, elas permitem identificar não apenas mudanças ao longo do tempo, mas 
também a composição e a relevância relativa de cada componente nas demonstrações 
financeiras. Essa abordagem integrada é fundamental para uma análise financeira 
eficaz, auxiliando na tomada de decisões estratégicas e no planejamento financeiro da 
organização. 
 
5 
Apêndice G5 
 
 Balanço Patrimonial (Horizontal e Vertical – Consolidados) 
Conta 2022 2023 Var. (%) Participação (%) 2023 
Ativo Total 130,1 135,4 +4,1% 100% 
Ativo Circulante 52,6 53,6 +1,9% 39,6% 
Ativo Não Circulante 77,5 81,8 +5,5% 60,4% 
Passivo Circulante 35,4 39,3 +11% 29,0% 
Passivo Não Circulante 18,9 18,1 -4,2% 13,3% 
Patrimônio Líquido 75,8 78,0 +2,9% 57,7% 
 
Demonstração de Resultados (Horizontal e Vertical – Consolidados) 
Conta 2022 2023 Var. (%) Participação (%) 2023 
Receita Líquida 79,7 82,3 +3,2% 100% 
Custo de Produtos Vendidos 39,7 40,1 +1,0% 48,7% 
Lucro Bruto 40,0 42,2 +5,5% 51,3% 
Lucro Operacional 22,3 23,6 +5,8% 28,7% 
Lucro Líquido 15,8 15,5 -1,9% 18,8% . 
 
 
 
Apêndice G6 
 
Percentual de Variação do Ativo Total 
• Crescimento de 4,1% 
• Aumento moderado no ativo não circulante, com destaque para 
investimentos e ativos intangíveis . 
Modificação na estrutura do Ativo 
• Pequeno aumento da participação do ativo não circulante (de 59,5% para 
60,4%) e leve redução no circulante. 
Financiamento do crescimento do Ativo 
• Financiado por lucro retido (Patrimônio Líquido) e aumento de passivos 
circulantes. 
• Participação: PL manteve-se predominante (57,7%). 
6 
Receita Líquida 
• Cresceu 3,2%, influenciada pelo crescimento do volume e mix de preços, 
principalmente no Brasil. 
Custo de Produtos Vendidos 
• Cresceu 1%, inferior ao crescimento da receita, o que ajudou na 
preservação da margem bruta. 
Margens 
• Margem Operacional: 28,7%. 
• Margem Líquida: 18,8%. 
• Estabilidade operacional e o controle de custos foram determinantes. 
Desempenho do Lucro Líquido e Receita 
• Apesar da receita crescer, o lucro líquido caiu 1,9% devido a maiores 
despesas financeiras e variações cambiais. 
 
 
3.2 Análise através Índices 
 
A análise por meio de índices financeiros é uma ferramenta essencial para 
avaliar a situação econômica e financeira de uma Empresa. Os indicadores são 
métricas que permitem interpretar os dados contábeis e extrair informações úteis para 
tomada de decisão. Eles possibilitam comparar o desempenho da empresa ao longo 
do tempo ou com outras organizações do mesmo setor. 
• Índices de Endividamento: 
Os índices de endividamento avaliam a proporção de capital de terceiros 
(dívidas) em relação ao capital próprio ou ao total do ativo. Eles medem o grau de 
dependência da empresa em relação a recursos externos. 
Dívida Total / Ativo Total 
Dívida Total / Patrimônio Líquido 
• Índices de Liquidez: 
Os índices de liquidez medem a capacidade da empresa de honrar suas 
obrigações de curto prazo, sendo fundamentais para avaliar o risco de insolvência. 
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante 
Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante 
Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo Circulante 
7 
• Índices de Rentabilidade: 
Esses índices avaliam a eficiência da empresa na geração de lucros a partir dos 
recursos investidos. 
Margem Líquida = Lucro Líquido / Receita Líquida de Venda x 100 
ROA = Lucro Líquido / Ativo Total x 100 
ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido x 100 
 
Apêndice G7 
 
Tabela de Índices (2023) 
Indicador 
 
Fórmula Resultado 
Endividamento (Passivos / Ativos) 42,3% 
Liquidez Corrente (AC / PC) 1,36 
ROE (LL / PL) 19,9% 
Margem Operacional (LAJIR / Receita) 28,7% 
Giro do Ativo (Receita / Ativo Total)0,61 
 
 
Apêndice G8 
 
De forma geral, os índices apontam que a Empresa está em uma posição 
equilibrada, com boa rentabilidade, controle do endividamento e uma situação de 
liquidez razoável. 
➢ O Endividamento está sob controle, isso significa que pouco menos da 
metade dos ativos da Empresa foram financiados por terceiros. Esse valor pode ser 
considerado saudável, pois mostra que a Empresa ainda depende mais de capital 
próprio do que de dívidas, o que reduz o risco financeiro em caso de crises ou 
dificuldades de pagamento. 
➢ O índice de 1,36 de Liquidez Corrente indica que a Empresa possui R$ 1,36 
em ativos circulantes para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Isso mostra que ela tem 
capacidade para honrar suas obrigações de curto prazo, o que é positivo. No entanto, 
apesar de ser um valor acima de 1, que já é considerado bom, não é tão alto a ponto 
de indicar folga financeira. Então, é importante ficar atento à gestão do capital de 
girosugere boa capacidade de curto prazo. 
8 
➢ Analisando os indicadores de rentabilidade, temos o ROE (Retorno sobre o 
Patrimônio Líquido) que ficou em 19,9%, mostra que a Empresa está conseguindo 
gerar um bom retorno para os seus acionistas. Já a margem operacional, de 28,7%, 
indica que uma boa parte da receita está sendo convertida em lucro operacional, o que 
demonstra eficiência na Gestão dos Custos e das Despesas. 
➢ O Giro do Ativo, que foi de 0,61 revela que para cada real investido em 
ativos, a Empresa gerou R$ 0,61 em receita. Apesar de não ser um valor tão alto, ele 
deve ser interpretado junto com os outros índices para entender melhor a eficiência da 
empresa na utilização dos seus recursos. 
 
3.3 Análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
 
A NCG representa o volume de recursos que a Empresa precisa manter 
aplicado no seu ciclo operacional, ou seja, na diferença entre os ativos operacionais de 
curto prazo e os passivos operacionais de curto prazo. A NCG está ligada ao capital 
necessário para financiar estoques, contas a receber de clientes e outros ativos 
circulantes operacionais, deduzidos dos financiamentos espontâneos como contas a 
pagar a fornecedores e outras obrigações operacionais. 
 
NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional 
 
A NCG não contempla itens financeiros, como caixa, empréstimos bancários ou 
aplicações financeiras. Seu foco está exclusivamente nos itens operacionais, aqueles 
diretamente ligados às atividades de produção, venda e entrega de bens ou serviços. 
A gestão eficiente da NCG é fundamental para garantir a liquidez e a 
sustentabilidade financeira da Empresa. Uma NCG mal dimensionada pode levar a 
problemas de caixa, perda de oportunidades de negócios e até à insolvência. Portanto, 
as decisões de financiamento devem ser compatíveis com a estrutura da Empresa e 
com a duração de seu ciclo operacional. 
 
Para calcular a NCG, é necessário considerar os seguintes elementos: 
Ativo Circulante Operacional: estoques, contas a receber de clientes, 
adiantamentos a fornecedores, entre outros. 
 
9 
Passivo Circulante Operacional: contas a pagar a fornecedores, salários a 
pagar, tributos a recolher, entre outros. 
Uma NCG positiva indica que a Empresa precisa complementar seu capital de 
giro com recursos próprios ou de terceiros. Porém uma NCG negativa sugere que os 
passivos operacionais financiam os ativos operacionais, o que é comum em empresas 
com forte poder de negociação com fornecedores ou ciclos operacionais muito curtos. 
 
• Causas da Modificação da NCG 
 
Alterações no ciclo operacional: mudanças no prazo de estocagem, no prazo 
de recebimento de clientes e no prazo de pagamento a fornecedores afetam 
diretamente a NCG. 
Crescimento nas vendas: normalmente, quanto maior o volume de vendas, 
maior a NCG, pois há um aumento proporcional nas contas a receber e nos estoques. 
Política de crédito e cobrança: flexibilização ou rigor nos prazos concedidos 
aos clientes afeta o volume de contas a receber. 
Alterações nos custos e fornecedores: mudanças nos prazos e valores das 
compras influenciam o passivo operacional. 
Mudanças macroeconômicas: inflação, taxas de juros e recessão impactam 
os ciclos operacionais e os custos de financiamento do capital de giro. 
 
• Fontes de Financiamento da NCG 
 
Capital próprio: reinvestimento dos lucros, aumento de capital pelos sócios ou 
acionistas. 
Capital de terceiros (curto prazo): Empréstimos bancários de curto prazo, 
financiamentos de fornecedores, adiantamentos de clientes, Capital de terceiros, 
linhas de crédito rotativo ou capital de giro com prazos mais extensos, debêntures e 
outras formas de dívida corporativa. 
 
 
 
 
 
10 
Apêndice G9 
 
Esquema de Origem da NCG 
Este esquema mostra onde a Empresa aplica capital no ciclo operacional. 
A origem da NCG se dá nos seguintes elementos: 
 
➢ Ativo Circulante Operacional (Aplicações) 
Estoques, clientes (contas a receber), outros créditos operacionais. 
➢ Passivo Circulante Operacional (Fontes Espontâneas) 
 Fornecedores, salários a pagar, tributos a recolher. 
 
 Aplicações 
 (+) Estoques 
 (+) Contas a Receber 
 (+) Outros créditos operacionais 
 (-) Fornecedores 
 (-) Obrigações trabalhistas 
 (-) Tributos a recolher 
= Necessidade de Capital de Giro 
 
Esquema de Financiamento da NCG 
Este esquema mostra como a NCG é financiada, quais recursos a Empresa 
utiliza para cobrir a necessidade operacional. Se a empresa possui um Capital de Giro 
Próprio (CGP) suficiente, a NCG será financiada internamente. Caso contrário, será 
necessário financiamento de terceiros (como empréstimos bancários). 
 
 Fontes de Financiamento 
 (+) Capital de Giro Próprio (CGP) 
 (+) Empréstimos bancários 
 (+) Linhas de crédito rotativo 
 
 (=) Total Financiamento 
 (-) Necessidade de Capital de Giro 
= Sobra ou insuficiência de caixa 
11 
Apêndice G10 
 
Causas da variação da NCG: aumento de estoques e contas a receber, típico 
de ciclo de vendas mais prolongado. 
Fontes de financiamento da NCG: fornecedores e outros passivos 
operacionais. 
 
3.4 Análise da Alavancagem Financeira e as Diversas Taxas de Retorno de 
2023 
A Alavancagem Financeira é um dos principais instrumentos utilizados 
na Análise da Estrutura de Capital das Empresas. Ela reflete o grau em que 
uma organização utiliza recursos de terceiros (empréstimos e financiamentos) 
para potencializar os retornos sobre o capital próprio. Em 2023, com o 
aumento das taxas de juros em diversas economias a análise da alavancagem 
financeira tornou-se ainda mais relevante, pois o custo do capital de terceiros 
se elevou, impactando diretamente os lucros líquidos e a rentabilidade das 
Empresas. 
A alavancagem financeira é positiva quando o retorno dos investimentos 
supera o custo da dívida, ampliando a rentabilidade do acionista. Já a 
alavancagem negativa ocorre quando o custo da dívida é maior que o retorno 
obtido, corroendo o lucro líquido e prejudicando a rentabilidade sobre o 
patrimônio líquido (ROE). 
Em 2023, Empresas com estruturas de capital mais conservadoras 
(menor endividamento) foram favorecidas em ambientes de juros altos, 
enquanto aquelas com elevada alavancagem sofreram redução nos seus 
resultados líquidos devido ao aumento nas despesas financeiras. Nesse 
cenário, a análise da alavancagem financeira permite avaliar a sustentabilidade 
do endividamento frente à capacidade de geração de lucro operacional. 
 
 
 
 
 
 
12 
Principais Taxas de Retorno 
 
As taxas de retorno são métricas utilizadas para avaliar o desempenho 
financeiro das empresas. 
ROE: retorno sobre o patrimônio líquido. Mede o lucro líquido em relação ao 
capital próprio investido. 
 
ROE = Lucro LíquidoPatrimônio Líquido 
 
ROA: retorno sobre os ativos totais. Avalia a eficiência da empresa em gerar 
lucros com os ativos disponíveis. 
 
ROA = Lucro Líquido 
 Ativo Total 
 
ROIC: Mede o retorno obtido sobre o capital investido na empresa (capital 
próprio + dívida líquida). 
 
ROIC = NOPAT 
 Capital Investido 
 
 
Sistema Du Pont 
 
O sistema DuPont é uma metodologia de Análise Financeira que permite 
decompor o ROE em componentes que ajudam a entender os fatores que influenciam 
a rentabilidade da Empresa. Foi desenvolvido pela Empresa DuPont na década de 
1920 e ainda hoje é amplamente utilizado. 
 
ROE = Margem Líquida x Giro dos Ativos x Alavancagem Financeira 
 
 
 
13 
Componentes do Sistema DuPont 
 
Margem Líquida (Lucro Líquido / Receita): indica a eficiência operacional da 
Empresa, mostra quanto do faturamento resulta em lucro. 
Giro dos Ativos (Receita / Ativo Total): avalia a eficiência do uso dos ativos 
para gerar receita. 
Alavancagem Financeira (Ativo Total / Patrimônio Líquido): reflete o nível 
de endividamento da Empresa. Quanto maior, maior o impacto da estrutura de capital 
sobre o ROE. 
 
Essa decomposição permite identificar se a rentabilidade sobre o Patrimônio 
Líquido está sendo impulsionada por uma boa margem de lucro, alta eficiência no uso 
de ativos ou por alavancagem financeira. Em 2023, o modelo DuPont se mostrou 
eficaz para explicar as variações do ROE em setores como varejo, indústria e 
tecnologia, cada um afetado de forma distinta pela inflação, custos financeiros e 
desempenho operacional. 
 
Apêndice G11 
 
 Sistema Du Pont (2023) 
Elemento Valor 
Margem Líquida 18,8% 
Giro do Ativo 0,61 
Alavancagem (Ativo / PL) 1,74 
ROE 19,9% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Apêndice G12 
 
O Sistema DuPont de Análise de Desempenho Financeiro decompõe o ROE em 
três componentes. 
 
ROE = 18,8% x 0,61% x 1,74% ≈ 0,188 x 0,61 x 1,74 ≈ 0,1994 = 19,94% 
 
a) A ROA está sendo limitada pelo baixo giro do ativo. Apesar da boa margem 
líquida, a empresa poderia melhorar o uso de seus ativos para aumentar o retorno 
sobre o ativo. O desempenho da ROA depende de: 
 
Margem Líquida: Um valor relativamente alto, indicando boa rentabilidade 
operacional e controle de custos. 
Giro do Ativo: Relativamente baixo, sinalizando que a empresa está gerando 
receita de forma lenta com seus ativos. 
A taxa de retorno sobre o ativo (ROA) é calculada da seguinte forma: 
 
ROA = 18,8% x 0,61% = 11,47% 
 
b) Esse valor indica que, para cada R$1,00 de Patrimônio Líquido, a Empresa 
tem R$1,74 em ativos, financiando parte deles com dívida ou passivos. 
Possíveis causas de aumento da Alavancagem: 
• Maior captação de recursos de terceiros. 
• Redução do patrimônio líquido. 
• Expansão de ativos sem aumento proporcional do patrimônio. 
A Alavancagem Financeira é dada pela razão: 
 
ALAVANCAGEM = Ativo Total = 1,74% 
 Patrimômio Líquido 
 
 
 
 
 
15 
c) O ROE teve desempenho superior ao ROA, isso ocorre porque a Empresa 
utilizou Alavancagem Financeira, parte dos ativos foi financiada por capital de 
terceiros. Quando a rentabilidade dos ativos (ROA) é superior ao custo da dívida, a 
Alavancagem Financeira amplia o retorno para os acionistas (ROE). De fato, o uso 
eficiente da Alavancagem contribuiu para que o ROE fosse significativamente maior 
que o ROA, refletindo um bom aproveitamento da estrutura de capital. 
 
ROA = 11,47% 
ROE = 19,9% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
CONCLUSÃO 
 
 Após todo o exposto, na análise consolidada dos demonstrativos financeiros de 
2023, conclui-se que a empresa apresentou um desempenho financeiro sólido, com 
crescimento moderado e indicadores de saúde financeira estáveis. A Ambev manteve 
estabilidade em sua Receita Líquida entre 2022 e 2023, apresentando um leve 
aumento no Lucro Bruto, o que indica a manutenção da eficiência operacional. A 
empresa demonstrou resiliência e capacidade de adaptação frente aos desafios 
financeiros, evidenciada pelo controle de custos, estrutura de capital equilibrada e 
rentabilidade atrativa, mesmo diante de pressões pontuais sobre o lucro líquido. Esses 
fatores reforçam a solidez operacional e financeira da Ambev ao longo do exercício de 
2023. 
 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
DOS, C. resumo dos saldos financeiros de uma organização. Disponível em: 
. Acesso em: 17 maio. 
2025. 
 
DOS, C. Demonstrações contábeis. Disponível em: 
. 
Acesso em: 17 maio. 2025. 
 
PEDRO, J. Análise DuPont: O que é? Como calcular? Como usar na 
Indústria? Disponível em: . 
Acesso em: 17 maio. 2025. 
 
EQUIPE MAIS RETORNO. Modelo Dupont - O que é, conceito e mais | Termos 
Financeiros. Disponível em: . 
Acesso em: 17 maio. 2025. 
 
Demonstrações financeiras: quais são e como fazer a análise? | Celero. 
Disponível em: . Acesso em: 
17 maio. 2025. 
 
Você sabe fazer uma Análise Horizontal e Vertical corretamente? Disponível 
em: . Acesso 
em: 17 maio. 2025. 
 
DIGITALFINNET. NCG - Necessidade de Capital de Giro: Entenda o que 
é! Disponível em: . Acesso em: 17 maio. 2025. 
 
	UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY
	Projeto Curricular Articulador: Consolidação
	Análise das Demonstrações Contábeis
	SUMÁRIO
	Referências Bibliográficas, p. 17
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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