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DANILO MELO LARA SILVA LUAN SACRAMENTO HILDEBERTO MACÊDO GUIA PRÁTICO EDIÇÃO VETORIAL QGIS Guia Prático: edição vetorial DANILO HEITOR CAIRES TINOCO BISNETO MELO LARA CRISTIANNI ANDRADE DA SILVA LUAN VICTOR SACRAMENTO DOS SANTOS HILDEBERTO FERREIRA MACÊDO FILHO Todos os direitos reservados. 2024 Sobre os autores Danilo Heitor Caires Tinoco Bisneto Melo Bacharel em Geografia (UEM), com mestrado em Sensoriamento Remoto (INPE) e doutorado em Geologia (IGEO/UFBA). Professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia. (danilo.melo@ufba.br) 3 Lara Cristianni Andrade da Silva Técnica em Geologia formada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA / Campus de Salvador e graduando em geologia pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. (laracristianni@gmail.com) Luan Victor Sacramento dos Santos Técnico em Geologia formado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA / Campus de Salvador e graduando em geologia pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. (luan.sacramento2016@gmail.com) Hildeberto Ferreira Macêdo Filho Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Pós- graduado em Geoprocessamento Aplicado pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG; Mestrando em Ciências Ambientais pela UFAM. (hildebertomacedo@ufam.edu.br) Prefácio Agradecimentos Introdução Sistemas de Informações Geográficas Sobre o QGIS Baixando o QGIS Interface do QGIS Introduzindo a Carta de Ibitiara Iniciando o uso do QGIS com adição de dados Sistema de Referência Cartográfica do projeto Nova Camada Shapefile Barra de ferramentas de vetorização Feições geográficas Edição vetorial - Geometria pontual Camada Pontos Cotados Edição Vetorial - Geometria Linear Camada Hidrografia Edição Vetorial - Geometria Poligonal Camada Hidrografia Polígono 4 Índice 05 06 07 08 10 11 12 13 14 16 20 21 22 23 29 36 37 46 46 Prefácio Neste livro, convidamos você a mergulhar em um universo onde a tecnologia e a geografia se entrelaçam de maneira única, ampliando nossas capacidades de compreender e interagir com o espaço ao nosso redor. Este livro nasceu da ideia de desmistificar o universo muitas vezes técnico dos SIG, tornando-o acessível a todos. Aqui, você encontrará explicações claras e exemplos práticos que o guiarão através dos conceitos essenciais e das aplicações envolventes dos Sistemas de Informação Geográfica. Desde os fundamentos básicos sobre dados geográficos até o uso avançado dessas tecnologias para tomar decisões informadas, cada capítulo foi projetado para nutrir seu conhecimento de forma gradual e envolvente. Ao longo destas páginas, vamos explorar como a praticidade e a liberdade oferecidas pela informática se combinam com as complexidades da geografia, proporcionando uma nova lente através da qual podemos analisar o mundo. Estamos empolgados em acompanhá-lo nesta jornada de descoberta. Independentemente de você ser um estudante curioso, um profissional em busca de novas ferramentas ou um entusiasta da tecnologia e geografia, este livro foi concebido para enriquecer sua compreensão sobre os Sistemas de Informação Geográfica. Vamos embarcar nessa exploração juntos e desvendar os segredos do espaço geográfico digital. Preparado para ampliar seus horizontes? Vamos começar essa emocionante jornada pelo mundo dos SIG! Com entusiasmo, Autores. 5 Agradecimentos Expressamos nossa sincera gratidão à Universidade Federal da Bahia (UFBA) e à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que incentivaram e forneceram recursos para a criação deste livro. Sem o apoio e a colaboração delas, esta jornada de exploração e aprendizado não teria sido possível. À Pró-reitora de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (PROAE/UFBA) que bravamente vem promovendo a inclusão socioeconômica de populações historicamente privadas do acesso a oportunidades na UFBA. Agradecimento especial à YouthMappers at UFBA, cujo compromisso com a educação e a promoção do mapeamento geoespacial inspirou e motivou a concepção deste e-book. A dedicação contínua da Youth Mappers em capacitar jovens e promover a conscientização sobre os Sistemas de Informação Geográfica é verdadeiramente admirável. Aos desenvolvedores, responsáveis e a todos que doaram seu tempo e esforço (ou fomentaram) o desenvolvimento do software QGIS. Aos professores, alunos e colegas que contribuíram com suas ideias, sugestões e insights valiosos ao longo do processo de criação deste material. Suas contribuições enriqueceram enormemente o conteúdo e garantiram que as informações fossem abordadas de maneira clara e abrangente. Por fim, estendemos nossa gratidão a você, leitor. Este livro foi criado com o intuito de compartilhar conhecimento de maneira acessível e enriquecedora. Esperamos que esta jornada pelo mundo dos Sistemas de Informação Geográfica lhe proporcione uma compreensão mais profunda e um entusiasmo renovado pelo potencial da tecnologia geoespacial. Com gratidão, Os Autores. 6 Introdução Nos últimos tempos, a informática tem desencadeado uma revolução, reconfigurando diversas atividades humanas. Esse impacto é notório principalmente pela praticidade e liberdade que ela proporciona. Vamos aprofundar nosso entendimento sobre o significado desses termos nesse contexto. A praticidade relaciona-se à facilidade e rapidez com que podemos compartilhar informações. Imagine transmitir dados importantes de maneira ágil e simples. A liberdade baseia-se na interação entre pessoas e computadores, permitindo que compartilhem, criem e aprimorem aplicativos. Isso estimula a inovação e a criação de novas soluções. Essa revolução também desempenha um papel crucial nas Ciências da Terra. Sistemas computacionais foram desenvolvidos para auxiliar na tomada de decisões nessa área, integrando dados com referência espacial, ou seja, informações ligadas a locais específicos. Isso é especialmente útil na resolução de problemas complexos. Por exemplo, podemos usar esses sistemas para criar mapas ou relatórios que auxiliam na compreensão de questões geográficas. Considerando isso, o e-book "Guia Prático - QGIS" foi desenvolvido como uma iniciativa de divulgação científica no universo do geoprocessamento, contendo informações sobre o processamento de dados geográficos. O e-book tem como base teórica o livro "Entrada de dados no sistema da informação geográfica - Dado Vetorial", abordando conteúdos como: definição da representação geográfica por meio de vetores, criação de uma camada vetorial (pontual, linear e poligonal) e como realizar a vetorização no programa. O material foi concebido para ser o mais claro e didático possível, permitindo que o leitor acompanhe as etapas do desenvolvimento do guia de forma divertida e interativa, aproximando jovens e adultos ao meio científico e digital. 7 Sistemas de Informações Geográficas Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são ferramentas poderosas que combinam informações geográficas, dados espaciais e análises para ajudar a compreender o mundo ao nosso redor. Eles permitem capturar, armazenar, manipular e visualizar dados que possuem uma componente geográfica, possibilitando a tomada de decisões informadas e a criação de mapas interativos. Os dados geográficos são a base de um SIG. Eles podem ser divididos em duas categorias principais: Dados vetoriais representam elementos do mundo real como pontos, linhas e polígonos. Esses elementos são definidos por coordenadas e podem conter atributos, como nomes de ruas ou população de uma área. Dados raster consistem em grades de células ou pixels, onde cada célula armazena um valor. Eles são usados para representar fenômenos contínuos, como elevações do terreno ou imagens de satélite. 8 PONTOS LINHAS POLÍGONOS DADOS VETORIAIS ARMAZENAM DADOS EM COORDENADAS IMAGENS DE SATÉLITE FOTOGRAFIAS AÉREAS MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO DADOS MATRICIAIS ARMAZENAM DADOS EM GRADE DE PIXEL Sistemas de Informações Geográficas9 Pontual: é adimensional, representando entidades que podem ser perfeitamente posicionadas ou localizadas por um único par de coordenadas (x,y), como; um ponto indicando a localização de uma cidade, povoado, escola, estação climatológica e ponto cotado. Linear (segmentos ou linhas poligonais): é unidimensional, indicando comprimento e/ou direção, reportam a uma sucessão de vértices (no mínimo dois), conectados por um arco. Exemplo, sistema viário, curso d’água e curva de nível. Poligonal (área ou zona): é bidimensional, representando contorno, largura e área, sendo formado por no mínimo quatro vértices conectados por arcos, onde o primeiro vértice possui coordenadas idênticas ao do último. Isto possibilita ter a informação do contorno e de seu preenchimento. Exemplo: perímetro urbano, limite municipal, vegetação, tipo de solo. DADOS VETORIAIS Sobre o QGIS O QGIS, sigla para Quantum GIS, é um software de Sistema de Informações Geográficas (SIG) de código aberto. Isso significa que ele é uma poderosa ferramenta que permite capturar, armazenar, analisar e apresentar dados geográficos de forma interativa e visualmente atrativa. O QGIS é mantido por uma comunidade global de desenvolvedores e usuários que colaboram para aprimorar e expandir suas funcionalidades. 10 Uma das funcionalidades mais marcantes do QGIS é sua capacidade de criar mapas e visualizar dados geográficos. Ele permite a sobreposição de camadas de informações em um único mapa, facilitando a compreensão de relacionamentos espaciais. O software possibilita a criação de mapas temáticos personalizados, onde você pode simbolizar suas camadas de acordo com atributos específicos. Isso ajuda na visualização de padrões e tendências. Baixando o QGIS O QGIS é um software de código aberto, o que significa que você pode obtê-lo gratuitamente a partir do site oficial. Para começar nossa jornada com o QGIS, precisamos baixar o software em seu computador. Siga estas etapas simples: Abra o seu navegador da web favorito e acesse o site oficial do QGIS em https://qgis.org. Uma vez no site, procure a seção "Download" ou "Baixar". Geralmente, essa seção é facilmente encontrada no menu principal do site. Escolha a versão do QGIS que é compatível com o sistema operacional do seu computador (Windows, macOS, Linux, etc.). Clique no link de download correspondente à sua escolha e aguarde enquanto o arquivo de instalação do QGIS é baixado para o seu computador. 11 Figura 1. Interface do downloead do QGIS. Como fazer o download e instalação do QGIS?! A interface do programa conta com sete partes principais, sendo elas: Barra de Título: onde é visualizado o ícone do QGIS e o nome do projeto aberto; 1. Barra de Menus: corresponde ao menu hierárquico padrão que fornece acesso a um novo menu com diversos comandos, os quais alguns deles possuem um ícone associado e atalhos de teclado. Por conta da sua importância, esta barra é fixa. Para acessar a um destes menus, basta clicar com o botão esquerdo do mouse . no menu pretendido; 2. Barra de Ferramentas: conjunto de ferramentas utilizada com maior frequência para acesso fácil aos comandos e recursos. A lista de barras de ferramentas pode ser encontrada, ativada e desativada na Barra de Menus em Exibir > Barras de ferramentas. 3. Painel: semelhante a Barra de Ferramentas, todavia, ou invés de ter ícones, ele oferece interface para funções e recursos mais complexos. 4. Tela de Visualização: consiste no espaço para a visualização das informações geográficas das Camadas que estão inseridas no Painel de Camadas. Nesta tela é possível navegar (ampliar, diminuir, mover, …), selecionar feições, entre outras funções; 5. Barra de localização: permite que o usuário acesse facilmente as camadas, campos, algoritmos de processamento e outras funcionalidades do QGIS; 6. Barra de status: mostra informações relevantes, como as coordenadas (x,y) do cursor, escala de visualização, possibilidade de definir escala de visualização, estabelecer o Sistema de Referência Cartográfica (SRC), entre outras. 7. 12 Interface do QGIS Figura 2. Visão geral do QGIS. 13 Introduzindo a Carta de Ibitiara Figura 3. Localização da Carta Topográfica de Ibitiara no Estado da Bahia. Isso será feito usando a Carta Topográfica (CT) de Ibitiara, na escala 1:100.000, localizada na Chapada Diamantina, Bahia. A localização da carta no estado é destacada em amarelo na figura 3. Como este material foi elaborado como um manual que o leitor poderá seguir executando os procedimentos descritos, inicie criando uma pasta na partição C:\, e a denomine de QGIS. Esta pasta será o local destinado de armazenamento das informações geográficas que vamos trabalhar, e dentro desta pasta, crie duas subpastas e denomine uma de Raster (onde vamos adicionar a Carta Topográfica de Ibitiara) e a outra de Vetor (onde adicionaremos os arquivos a serem criados neste manual), como ilustrado na figura 9B. A CT de Ibitiara georreferenciada pode ser adquirida no site do Núcleo de Estudos Hidrogeológico e do Meio Ambiente (NEHMA), no menu Dados Geográficos > Ibitiara Para o desenvolvimento deste trabalho, vamos renomear o arquivo mi1951 para Carta Topográfica de Ibitiara. Há também a possibilidade de adquirir esta CT no site do IBGE ou no portal da Divisão de Serviço Geográfico (DSG) . . Esta carta foi disponibilizada, de forma compactada, com o nome de mi1951.zip. Antes de começar a editar vetorialmente, é necessário inserir os dados no programa! https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/folhas-topograficas.html https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/folhas-topograficas.html https://bdgex.eb.mil.br/bdgexapp https://nehma.ufba.br/carta-topografica-ibitiara-mi1951 14 Iniciando o uso do QGIS com adição de dados Feito isto, abre-se a janela de Gerenciador de Fonte de Dados com a seleção da opção Raster (figura 5A), a opção de adicionar o formato, sendo ele: Arquivo ou protocolo do tipo Internet (http(s)), nuvem, entre outros. Escolha a opção Arquivo; depois selecione a fonte onde ele está armazenado, para isto, clique no ícone de busca para abrir a janela de localização do arquivo (Figura 5B). Procure a pasta QGIS/Raster e selecione o arquivo desejado. Depois clique em . Figura 4. Adição da Camada Raster. Figura 5. Gerenciador de fonte de dados/Raster. Abrindo o software QGIS e adicionando a Carta Topográfica de Ibitiara! Para isto, clique em Camada > Adicionar camada > Adicionar Camada Raster… ou use a tecla de atalho Ctrl+Shift+R, como instruído na figura 4. 15 Figura 6. Criação do projeto e adição e visualização da Carta Topográfica de Ibitiara. O uso do QGIS envolve a visualização, edição, análise e processamento de informações geográficas e, para gerenciar estas ações recorre-se ao desenvolvimento de um projeto. Assim, faz-se necessário salvá-lo, clicando em Projeto > Salvar Como… (figura 7A). Prontamente, abre-se uma janela de diálogo para informar o local de destino do projeto. Salve na pasta QGIS (figura 7B) e o denomine de edicao_vetorial e clique em e, observe que este nome aparece no canto superior esquerdo logo após o seu logótipo do QGIS (figura 7B). Figura 7. Salvando o projeto. No QGIS, o arquivo adicionado estará disponível no Painel Camadas e ativado para ser visto na Tela de visualização (figura 6). Observe que na frente do nome há um símbolo referente ao modelo de representação, neste caso o Raster . Importante observar na Barra de Títulos que logo após o ícone do aparece *Projeto sem título - QGIS, onde o “*” indica que houve movimentação e que o projeto não possui um título. Sistema de Referência Cartográfica do projeto Quando inicia-se um projeto em branco no QGIS, este é o SRC de referência e, ao adicionar a 1ª camada, o projeto adota o SRC dela.Uma outra questão importante ao trabalhar com geoinformação é o estabelecimento de um Sistema de Referência Cartográfica (SRC) para o seu projeto. Neste caso, como pretende-se executar a edição vetorial, recomenda-se que o SRC do projeto esteja no mesmo SRC do arquivo a ser editado, que é o EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTMzone 23S. A informação sobre o seu SRC do projeto pode ser obtida no penúltimo ícone no canto inferior direito . Este ícone mostra a sigla do SRC e, posicionando o cursor do mouse sobre este ícone, por 2 segundos, que aparece a informação sobre o SRC. Por exemplo, a sigla EPSG: 4326 corresponde ao SRC WGS84 (figura 8A). Figura 8. Ajuste na propriedade do projeto - SRC 16 Estabelecendo o Sistema de Referência Cartográfica (SRC) da sua carta topográfica. Por exemplo: neste trabalho o 1º arquivo adicionado foi a Carta Topográfica de Ibitiara que está no SRC EPSG: 31983 - SIRGAS 2000 / UTM zone 23S (Figura 8C), logo o projeto estará configurado para o mesmo sistema de coordenadas. O SRC, tanto das camadas quanto do projeto podem ser alterados a qualquer momento. Todavia, há versões do QGIS que esta alteração não ocorre automaticamente. Assim, para realizar esta alteração do EPSG do projeto basta clicar com o no penúltimo ícone do canto inferior direito para abrir a janela de diálogo de Propriedades do Projeto no item SRC (figura 8B). No item Filtro, digite a sigla do SRC ou digite SIRGAS 2000 / UTM zone 23S, que ele fará um busca e o seu resultado aparece no item Sistemas de Referência de Coordenadas Predefinidos. Selecione a opção desejada depois clique em , para fixá-la, em seguida clique no ícone. . Observe que a sigla presente no ícone do SRC do projeto foi alterada . Com o projeto criado, definido o seu SRC e, inserido a Carta Topográfica de Ibitiara, agora verificaremos as ferramentas que vamos trabalhar neste caderno, que são: Camada Vetorial, Barra de Ferramentas de Vetorização e Nova Camada Shapefile. 17 Camada vetorial Figura 9. Localização da aba de criação de nova camada Agora vamos aprender a criar uma Nova Camada Vetorial! Para isto, basta clicar na Barra de Menu em Camada > Criar nova camada > Nova Camada Shapefile… (figura 9). Existe também a possibilidade de ativar a Barra de Ferramentas do Gerenciador de Fontes de Dados, como demonstrado na figura 9B. 18 Geopackage Corresponde a um formato de dado vetorial desenvolvido para compartilhamento de dados geográficos, sobretudo entre dispositivos móveis. Este formato foi estabelecido pela Open Geospatial Consortium (OGC), para trabalhar com o banco de dados SQLite (OGC, 2014); Shapefile O arquivo ESRI Shapefile corresponde a um arquivo de dado geoespacial não topológico no formato vetorial, desenvolvido pela Environmental Systems Research Institute (ESRI, 1998), com especificações aberta para interoperabilidade por dados entre os softwares de SIG, este tipo de arquivo armazena a localização geométrica e as características da geoinformação (ESRI, 2016). Para tanto, este dados é composto por, no mínimo três arquivos, sendo elas: shp: principal arquivo que contém o tipo de geometria geográfica; dbf: tabela no formato dBASE que armazena os dados alfanuméricos associado a cada geometria geográfica; shx: armazena o índice da geometria dos dados e permite acesso rápido aos registros no arquivo shp; Há uma relação de um-para-um entre a geometria (shp) e o dado alfanumérico (dbf), que é baseado no índice da geometria (shx). Além destes arquivos, há o “prj”, que armazena as informações sobre o sistema de referência cartográfica (SRC). No QGIS há a possibilidade de criar as seguintes camadas vetoriais: Reportam a versão aberta de dado geográfico topológico no formato vetorial do SQLite, com funções espaciais agregadas, possibilitando relacionar as extensões espaciais do SQLite, PostgreSQL/PostGIS e MySQL (FURIERI, 2016); Esta camada é criada temporariamente dentro do projeto vigente, e ao fechar o projeto, este arquivo será apagado automaticamente. Portanto, nesta opção não é criado um arquivo físico; Refere-se a uma grade não estruturada, geralmente com componentes temporais. Exemplo desse dado são as Grade Irregulares Triangulares (comumente conhecido pelo acrônimo em inglês - TIN - Triangular Irregular Network); SpatiaLite Rascunho Temporário Malha de pontos Permite que o usuário importe dados advindos dos sistemas de posicionamento global, mais conhecido pelo acrônimo GPS (em inglês, Global Positioning System); e GPX (GPX eXChange format) Corresponde a um tipo especial de camada, criada a partir de uma consulta a dados virtuais ou físicos (dados disponíveis no computador), possibilitando inserir qualquer quantidade de dados e formatos que o QGIS seja capaz de abrir (OGC, 2023). Virtual 19 Agora selecione a opção nova camada Shapefile e, automaticamente, abre-se a janela de criação (Figura 10). Vamos preencher os campos: 20 Nova Camada Shapefile Nome do Arquivo: local de definição do nome do arquivo e a pasta onde o arquivo será armazenado. Para escolher o local de destino, basta clicar no ícone localizado após o espaço destinado à apresentar o local de armazenamento destino e o nome; Codificação de arquivo: está relacionada a codificação das informações contidas na tabela de atributos, e refere-se à conversão de uma sequência de bytes em caracteres. Figura 10. Janela da nova camada shapefile. Tipo de geometria: refere-se a escolha das premissas básicas geométricas (ponto, multi ponto, string de linha e polígono) ou sem geometria. Dimensões adicionais: servem para definir exigências, ou não, específicas de um determinada geoinformação, como por exemplo altitude (Z) e/ou outro valor numérico (M). Sistema de Referência Cartográfica: definir o seu Sistema de Referência Cartográfica (SRC), para isto, basta clicar no ícone , que abrirá a janela de seleção do SRC. Observe na figura 16 que o campo do SRC vem preenchido com uma informação padronizada do QGIS e do seu lado direito tem o símbolo da placa de alerta , indicando que a informação do SRC devem ser alterada para o SRC desejado; Novo Campo: reporta a inserção de informações na tabela de atributos, composta de linha e coluna, onde as colunas correspondem ao tipo de característica da feição representada pela linha. Para adicionar um novo atributo, basta preencher os campos: Nome: escolha do nome da coluna; Tipo: refere-se às propriedades da coluna, podem ser: texto (string), número inteiro (integer) ou decimal (real) e data (date); Uma opção simplificada é arrastar o arquivo .shp para o campo de camadas no QGIS. Comprimento e precisão: corresponde a quantidade de caracteres que terá o texto ou número. Caso seja número decimal, deste comprimentos quantas caracteres serão destinados às casas decimais. Estabelecidas estas informações, clique em . Lista de Campos: mostra os campos que foram criados. Observe a existência de um campo padrão denominado de “id” (acrônimo de identificador), do tipo Integer (número inteiro) com comprimento de 10 caracteres. Esse atributo é a chave primária de cada dado. Há a possibilidade de remover campos existentes, todavia, deve-se ter no mínimo 1 campo. Definido estes parâmetros, finalize esta etapa clicando no ícone . Clique com o no final da Barra de Títulos, que, prontamente, aparece um menu com as opções para ativar, ou desativar Painéis ou Barras de Ferramentas. Caso esta Barra esteja ativa e deseja saber o nome dela, basta passar com o mouse no símbolo semelhante a duas linhas pontilhadas paralelas na vertical , localizada no início de cada Barra de Ferramentas e deixe o cursor do mouse parado por 2 segundos que aparecerá o seu nome. O mesmo ocorre para saber o nome do ícone. Observe na figura 11 que apenas o ícone Alternar Edição está disponível, e ele fica visível por conta da Camada oe_ponto estar selecionada. Este ícone também está inserido no menu de funcionalidadesdo arquivo, basta direcionar o cursor do mouse para a camada oe_ponto e clicar com o , ou ir na Barra de Menu e selecionar Camada > Alternar edição. Caso estivesse selecionado a Carta Topográfica de Ibitiara, que é um arquivo matricial, este ícone fica oculto como os demais. Portanto, esta é uma Barra de Ferramenta específica para trabalhar com dados vetoriais. Para ativar a edição basta clicar no ícone . 21 Barra de ferramentas de vetorização Figura 11. Barra de Ferramentas de Vetorização. Para realizar a vetorização de dados vetoriais, deve-se ativar a Barra de ferramenta de Vetorização! (figura 11). Figura 12. Ícones, seus nomes e funcionalidades. A Figura 12 mostra os ícones e seus nomes desta barra; e há três ícones em “Adicionar feição”, pois eles modificam de acordo com o tipo de geometria ( ponto , linha ou polígono ). Durante a edição vetorial, ao selecionar um ícone, estará ativando a sua função e, por isto, será destacado dos demais de forma que o usuário saiba qual ferramenta está em uso. A funcionalidade de cada ícone será descrito durante a realização da edição vetorial. 22 Feições geográficas Antes de iniciarmos a atividade de criação de uma nova camada shapefile, precisamos observar e identificar as informações geográficas existentes na Carta Topográfica de Ibitiara. Para isso, aproxime o mapa de modo que consiga visualizar com nitidez tais informações, como demonstrado na figura 13. Para isto, basta girar o botão de rolagem do mouse para frente . Observe na figura a existência de pontos na cor preta. De acordo com a Base Cartográfica Contínua do Brasil ao Milionésimo e no Banco de Nomes Geográficos do Brasil - BNGB estes pontos correspondem a obras e edificações (IBGE, 2011) e podem ser barragens, pedreiras, edificações de saúde, igrejas, escolas, entre outras (IBGE, 2009). Figura 13. identificação dos pontos na cor preta que significa Obras e Edificações. 5 Onde: o acrônimo refere-se a categoria da geoinformação (hidrografia - hd, hipsografia - hp, sistema viário - sv, localidade - lc, obra e edificação - oe, ponto de referência - pr, limite - lm e vegetação - vg); “_” sobrelinha; e tipo de geometria que pode ser ponto, linha ou polígono. Identificada a geoinformação pontual a ser criada, precisa definir o nome do arquivo. Vamos seguir a nomenclatura para arquivos vetoriais adotada pelo IBGE (2009) onde o nome do arquivo tem a seguinte composição: 23 Como vamos criar o arquivo de obra e edificação do tipo de geometria pontual, portanto, o seu nome será: Edição vetorial - Geometria pontual Para mais informações, consulte nossa apostila completa sobre dados vetoriais! Vamos preencher as informações na janela de diálogo da Nova camada shapefile (figura 14): 1. Nome do Arquivo: Clique no ícone para selecionar a pasta de armazenamento, que irá abrir uma janela de diálogo. Nesta janela selecione a subpasta vetorial, localizada em C:\QGIS\Vetorial, e em nome digite oe_ponto. Observe se no item Tipo está aparece o formato Shapefile (*.shp; *.SHP). Caso não esteja, clique neste item e a selecione. Depois clique na opção , A extensão do arquivo é adicionada automaticamente. 2. Codificação de arquivo: selecione a opção UTF-8; 3. Tipo de geometria: eleja a opção ponto; 4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão; 5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone que e selecione o SRC EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTM zone 23S (IBGE, 2021); 6. Novo Campo: Com o intuito de fixar as ferramentas de edição vetorial, portanto, neste arquivo vamos trabalhar apenas a geoinformação, sem a inserção de atributos, permanecendo apenas o campo “id”. acrônimo _ tipo de geometria “oe_ponto.shp” 24 A Figura 20 apresenta a janela de diálogo para criar a nova camada shapefile. Preenchido todos os campos, clique em e, pronto, o arquivo foi criado e adicionado automaticamente ao Painel de Camadas, como mostra a figura 15. A figura 15 mostra o posicionamento da camada oe_ponto no Painel Camadas. Ao adicionar uma nova camada no QGIS, no Painel Camadas ela será adicionada acima da camada que estava selecionada. Assim, como a camada Carta Topográfica de Ibitiara estava selecionada, vide figura 15A, ao criar, ou adicionar, a camada oe_ponto foi inserida sobre ela, vide figura 15B. Lembrando que este posicionamento é importante, pois na Tela de Visualização segue o posicionamento apresentado no Painel Camadas, ou seja, a Camada oe_ponto está sobre a Camada Carta Topográfica de Ibitiara. Note também que o símbolo localizado antes do nome , refere-se a cor e tipo de geometria que feições serão apresentadas na Tela de Visualização. Sobre modificação da simbologia será visto mais adiante. Figura 14. Criação da nova camada shapefile. Figura 15. Localização da camada oe_ponto no Painel Camada. 25 Selecione uma área que irá iniciar a edição vetorial, clique no ícone para ativar a edição e, observe no Painel Camada que na simbologia da camada oe_ponto foi adiciona um lápis significando que a edição vetorial foi ativada. Agora, clique no ícone Adicionar ponto e, ao posicionar o cursor do mouse na Tela de Visualização, veja que o seu símbolo foi alterado para uma mira , onde o seu centro corresponde à posição a qual se deseja criar o ponto. Selecione a feição a ser adicionada, como demonstrado na figura 16A, clicando com o sobre o local desejado a ser criado a feição pontual. Observe que no centro do cursor do mouse aparece um ponto na cor vermelha e, prontamente, aparece a janela de diálogo para adicionar informações de atributos. Como neste caso não vamos atribuir tal informação, clique em ou clique na tecla do teclado e, pronto, a feição foi criada (figura 16B). Figura 16. Adição de ponto e a tabela de atributo (A) e o ponto adicionado (B). Utilize o ícone Ferramenta de vértice , localizado do lado direito do ícone (figura 17A). Ela possibilita selecionar vértice, movê-lo, visualizar e editar suas coordenadas (x, y) e dimensão adicional (r). Ao selecionar esta ferramenta, veja que o cursor do mouse muda para uma cruz na cor preta . Ao aproximar o curso da feição que será movimentada, veja que aparece dois círculos na cor vermelha (figura 17B). Selecione a feição clicando com o , fazendo com que apareça um “x” na cor vermelha (figura 17C). Com isto, a feição fixa no cursor do mouse, possibilitando a sua movimentação e no local de destino aparece o “x” na cor vermelha (figura 17D). Vamos fazer a Edição Vetorial da Camada Pontos, vetorizando as obras e edificações!! Caso tenha posicionado uma feição pontual no lugar errado, o que fazer para corrigir? 26 Observe que ao lado do ícone há uma seta direcionada para baixo, como ilustrado na figura 18A. Sempre que um ícone possuir esta seta, indica que há outras opções desta ferramenta. Neste caso há três opções: Figura 17. Utilização da Ferramenta de vértice. > Possibilita mover e verificar o vértice de todas as Camadas ativas; > Proporciona mover e verificar o vértice da Camada que está selecionada no Painel de Camadas > Ativa o referido Painel, como mostra a figura 18B Figura 18. Ferramenta Vértice e suas opções. Para visualizar as coordenadas (x, y) e dimensão adicional (r), clique no ícone com o e observe que a feição selecionada estará com um círculo vermelho no seu entorno (figura 19A) e as informações na tabela aparecerão na forma de uma planilha com as colunas x, y e r. Para editá-las basta clicar duas vezes com o na coluna desejada e note que a linha fique na cor azul, bem como o círculo na feição (figura 19B). A Escolhendo a posição desejada, clique novamente com o para fixar a feição (figura 17E). Pronto, a feição foi movida para o novo local. Para excluir , recortar e copiar uma ou mais feições deve-se, primeiramente, clicar no ícone Selecionar feições(localizado na barra de ferramentas de atributos). Ao selecionar esta ferramenta, observe que o cursor do seu mouse altera . Para selecionar a(s) feição(ões) desejada(s) na Tela de Visualização (figura 20A), depois clique com o e arraste-o de modo a gerar um retângulo na cor laranja claro de formato transparente (figura 20B). As feições localizadas totalmente dentro do retângulo estarão selecionadas e terão a coloração amarela e com um x na cor vermelha (figura 20C). Caso deseje desativar a seleção, clique no ícone Desfazer seleção de feições ou aperte os botões do teclado simultaneamente Ctrl+Alt+A. 27 Figura 19. Visualizar e editar as coordenadas do vértice. Figura 20. Seleção de feição. Observe na Figura 20C que ao selecionar as feições, os ícones modificar atributos selecionados , , e estão habilitados, agora é só escolher a opção desejada. Outra forma de eliminar feições, invés de selecionar o ícone pode ser apenas clicando na tecla . Em ambos os casos aparecerá a janela de diálogo questionando se realmente deseja continuar com a eliminação das 2 feições. Caso deseje continuar com o procedimento, basta clicar em , caso contrário, clique em (figura 21). Se por acaso, optar por e , o ícone colar será habilitado. Para anular ação clique no ícone desfazer ou Ctrl+Z, ou para cancelar as ações anuladas, clique no ícone refazer ou Ctrl+Shift+Z. Após efetivar algumas vetorizações, recomenda-se salvar no arquivo, clicando no ícone salvar e continue vetorizando. Caso queira finalizar esta edição e continuar num outro momento, clique no ícone que aparece a janela de diálogo perguntando se deseja salvar as alterações realizadas. Clique em que a Barra de Ferramenta será desativada. 28 Figura 21. Eliminar feição. Figura 22. Vetorização das informações de obras e edificações. Para fixar estas ações, como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização de mais algumas feições de obras e edificações. Para isto, divide visualmente a Carta Topográfica de Ibitiara em 16 partes, como ilustrado na figura 22A. Selecione o último quadrante do canto esquerdo inferior, vide figura 22B. 29 Os procedimentos para a criação de uma nova camada shapefile são os mesmos da apresentada no item 2.2.1. A diferença está no acréscimo da informação de atributos, ou seja, um NOVO CAMPO. Para tanto, vamos efetuar a vetorização da informação do tipo de geometria pontual da hipsometria, que são os pontos cotados. Estes dados possuem as informações de altitude. Mas antes, se faz necessário uma breve descrição sobre este tipo de geoinformação. De modo geral, os pontos cotados têm a finalidade de identificar a altitude máxima verificada em determinados pontos distribuídos pela superfície terrestre ao nível médio dos mares, notadamente aqueles que apresentam destaque no relevo, como os de maior altitude em relação às áreas vizinhas. Eles são representados na Carta Topográfica por um X na cor sépia (marrom-avermelhado) com valor de cota (altitude), e os valores numéricos utilizados são inteiros e finitos, como ilustrado na figura 23. Figura 23. Identificação dos pontos cotados. Seguindo a nomenclatura do IBGE (2009) para arquivos vetoriais, apresentado na criação do arquivo no item 2.2.1., o arquivo de Pontos Cotados terá o seguinte nome: “hp_ponto.shp”, onde: hp corresponde a hipsografia. Camada Pontos Cotados 572 Criando uma nova camada pontual com informações de altitude! 1. Nome do Arquivo: hp_ponto.shp; 2. Codificação de arquivo: escolha a opção UTF-8; 3. Tipo de geometria: escolha a opção ponto; 4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão; 5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone para selecionar o SRC, que é EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTMzone 23S (IBGE, 2021); 7. Novo Campo: neste item vamos adicionar o atributo com as informações de altitude, da seguinte forma: Nome: vamos denominar de Cota (figura 24A); Tipo: selecione a opção número inteiro (figura 24A); Comprimento: reporta a quantidade de dígitos no número. De acordo com o IBGE (2023) a altitude mais alta em território nacional é o Pico da Neblina, com altitude aproximadamente de 2.994, com isso, podemos estabelecer que o valor numérico de altitude não ultrapassará 4 dígitos, assim, estabelecemos que o comprimento deste campo será 4 (figura 24B). 30 Figura 24. Novo Campo. Para criar a camada, clique em Camada > Criar Nova camada > Nova Camada Shapefile…, e na janela de diálogo vamos colocar as seguinte informações: Em seguida clique em . Este Novo campo será adicionado na Lista de Campos (figura 25A). Como não vamos utilizar o campo id, vamos removê-lo. Para tanto, basta selecioná-lo, clicando com o . Observe que o campo ficará assinalado com a cor azul (figura 25B). Em seguida clique em , que ele será removido da lista (figura 25C). Preenchido todos os campos, clique em e, pronto, o arquivo foi criado e adicionado ao Painel de Camadas. Figura 25. Lista de Campos. Na figura 31 que a lista de campos fornece informações sobre o nome, tipo, comprimento e precisão do campo. Como a camada oe_ponto estava selecionada no Painel Camadas, vide figura 26A, a camada hp_ponto foi adicionada por cima dela, vide figura 26B. Figura 26. Posição da camada hp_ponto. Agora vamos fazer a Edição Vetorial da Camada Pontos Cotados! A edição vetorial deste novo arquivo ocorre da mesma maneira que no arquivo oe_ponto. Porém, neste vamos acrescentar a informação do atributo Cota. Para ativar a edição, clique no ícone , depois clique no ícone . Selecione na Tela de Visualização a feição a ser vetorizada, clicando com o e, de imediato, aparece a janela de diálogo para digitar a informação do atributo Cota (neste caso, digite 545), como ilustrado na figura 27. Em seguida clique em ou na tecla . Pronto, feição criada. Figura 27. Criando feição com a informação de atributo. 31 32 Para isto, deve-se selecionar a feição desejada com o ícone e em seguida abrir a Tabela de atributos, e pode ser feita da seguinte forma: no Painel Camadas selecione hp_ponto, clique com o para visualizar o menu de funcionalidade da camada e selecione a opção Abrir tabela de atributos, como demonstrado na figura 28A; ou na Barra de Ferramentas Atributos, clique no ícone (figura 28B) ou clique no botão do teclado. Figura 28. Localização do ícone Abrir tabela de atributos. Por acaso, tenha digitado o valor da cota errado. Como fazer para corrigir? Prontamente, abre-se a Tabela de atributos. Como tem várias feições, torna-se necessário posicionar o campo da feição no início da tabela. Na coluna de ícones da Tabela de atributos, clique no ícone Mover a seleção para o topo. Observe na figura 35 que foi selecionado o Ponto Cotado com valor de Cota 523 e, na tabela de atributos o valor digitado foi 52 (figura 29A). Para corrigir, clique duas vezes no campo para habilitar a sua digitação, digite o valor correto, 523 (figura 29B), e clique com o , ou no botão , para fixar o valor atualizado, como demonstrado na figura 29C. E se eu quiser editar duas camadas simultaneamente? 33 Figura 29. Correção na tabela de atributos. Pronto, está corrigido o valor da Cota. No QGIS há a possibilidade de realizar a edição de duas ou mais camadas simultaneamente. Para isso, basta ativar a edição e no momento que for criar a feição, selecione a Camada desejada no Painel de Camadas (figura 30). Figura 30. Efetivando a edição vetorial em mais de uma Camada. Com a possibilidade de editar mais de uma camada, podem ocorrer equívocos na vetorização. Por exemplo, ao editar feições do arquivo oe_ponto (veja na figura 31A que no Painel Camadas ele está selecionado) e, sem querer, acaba editando feições do arquivo hp_ponto, comoilustrado na figura 31A. Para corrigir, basta selecionar as feições com o uso do ícone . Ao selecionar as feições, note que a sua coloração foi alterada para a cor amarela e com um X na cor vermelha. Logo, clique no ícone , como apresentado na figura 31B. Observe na figura 31C que as feições foram recortadas do arquivo oe_ponto. Agora, selecione no Painel Camadas o arquivo hp_ponto, vide figura 31D, e clique . Pronto, as feições foram coladas no arquivo hp_ponto e aparece uma tarja em azul na Tela de Visualização relatando que a ação foi realizada. As duas feições aparecem na cor amarela e com um X na cor vermelha, por estarem selecionadas, como ilustrado na figura 31E. 34 Figura 31. Corrigindo erros na vetorização entre feições. É importante salientar que esta ação pode ser feita apenas de ponto para ponto, linha para linha e polígono para polígono. Além disso, este procedimento ocorre com sucesso para a geoinformação, mas os campos de atributos serão copiados caso seja o(s) campo(s) for(em) idêntico(s) entre as camadas. Caso contrário, os campos de atributos terão a informação Null, ou seja, sem informação (figura 31F). Ao trabalhar com a edição de várias camadas simultaneamente, o QGIS possibilita salvar, reverter ou cancelar a edição para a(s) camada(s) selecionada(s) ou todas as camadas ativas, como ilustrado na figura 32. 35 Figura 33. Vetorização das informações dos pontos cotados. Figura 32. Salvando Camadas ativas. Como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização de mais algumas feições de pontos cotados. Para isto, divide visualmente a Carta Topográfica de Ibitiara em 16 partes, como ilustrado na figura 33A. Selecione o último quadrante do canto esquerdo inferior, vide figura 38B. Veja que na figura 33B estão as feições de Obras e Edificações. 36 Edição Vetorial - Geometria Linear Na figura 39 observe a presença de feições geométricas lineares que representam estradas, cursos d’água e curva de nível, cada um com sua forma, comprimento e direção. Em SIG, tais feições são modelos de representação vetorial de geometria linear e sua estrutura está baseada em par de coordenadas (x1, y1), interligada por um arco (também denominado de segmento de reta, cadeia, limite ou ligação) até outro par de coordenadas (x2, y2). O par de coordenadas é denominado de vértice, representado por uma cruz de cor vermelha, como ilustrada na figura 40. Desta forma, uma feição linear deve ter no mínimo 2 vértices (figura 34A) e, quando possuem mais de 2 vértices, comumente são denominadas de polilinha, multilinha ou sequência linear (ATHAN, 2012). Observe na figura 34B que os vértices moldam o formato e a direção da feição. Desta maneira, quanto maior a sua sinuosidade, mais vértices possui. Figura 34. vértices, segmentos de reta e polilinhas. No QGIS ao ativar camadas vetoriais de geometria linear, veja que na Tela de Visualização será visualizado apenas as polilinhas, como ilustrado na figura 35. A apresentação visual é produzida por conveniência ou necessidade humana mas não é necessária para o computador. Agora vamos entender o que é a geometria linear no QGIS! 1. Toponímia: para informar a denominação do curso d’água (córrego, rio, riacho, …); e 2. Nome: o nome do curso d’água. OBS.: Há cursos d’água que não possuem denominação, nestes casos, o campo dos atributos não serão preenchidos. Seguindo a nomenclatura do IBGE (2009) para arquivos vetoriais, o arquivo de Hidrografia terá o seguinte nome: “hd_linha.shp”, Independente da geometria (ponto, linha ou polígono), o procedimento para criar uma nova camada shapefile é o mesmo, clicando em Camada > Criar Nova camada > Nova Camada Shapefile…, abrirá a janela de diálogo de criação, e colocamos as seguintes informações: 1. Nome do Arquivo: hd_linha.shp 2. Codificação de arquivo: escolha a opção UTF-8; 3. Tipo de geometria: escolha a opção string de linha; 4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão; Camada Hidrografia Com a camada shapefile do tipo linear, vamos criar e realizar a vetorização da hidrografia, tendo como atributos os campos: 37 Figura 35. Representação de informações vetoriais de geometria linear. onde: hd corresponde a hidrografia; e linha reporta ao tipo de geometria. Para realizarmos a edição vetorial da Camada hd_linha deve, primeiramente, selecioná-la no Painel Camadas, para depois selecionar o ícone na Barra de Ferramenta de Vetorização. Note que ao invés de ter o ícone Adicionar ponto , tem-se o ícone Adicionar linha . A alteração deste ícone ocorre em função do tipo de geometria da camada selecionada no Painel Camadas. 5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone para selecionar o SRC, que é EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTMzone 23S (IBGE, 2021); 6. Novo Campo: neste item vamos adicionar dois atributos, sendo um de cada vez, sendo o primeiro o Toponímia. Assim, vamos preencher as informações deste campo: Nome: vamos denominar de Toponímia; Tipo: selecione a opção texto (string); Comprimento: reporta a quantidade de letras. Como a denominação dos cursos d’água não ultrapassa 10 letras, vamos adotar este valor como limite. Em seguida clique em . O segundo Novo Campo, terá as seguintes informações: Nome: vamos denominar de Nome; Tipo: selecione a opção texto (string); Comprimento: Como existem alguns nomes compridos, vamos adotar como limite a quantia de 20 letras. Em seguida clique em . Estes dois novos campos foram adicionados na Lista de Campos e, como não vamos utilizar o campo id, vamos removê-lo, para tanto, selecione-o clicando com o . Em seguida clique em . Pronto, campo removido. Preenchido todos os campos, clique em , pronto, arquivo criado e adicionado ao Painel Camadas. Vamos fazer a Edição Vetorial da Camada Hidrografia! 38 Na Tela de Visualização escolha o curso d’água a ser vetorizado, como demonstrado na figura 36A. De preferência, inicie a vetorização da nascente em direção a sua foz. Agora, posicione o cursor do mouse no início do curso d’água e clique com para criar o 1º vértice. Ao mover o cursor do mouse, note que há um arco, de formato pontilhado e na cor vermelha, ligando o cursor do mouse até o 1º vértice (figura 36B). Posicione o cursor do mouse à jusante do 1º vértice, de modo que este arco esteja totalmente sobreposto ao curso d’água. Feito isso, crie o 2º vértice (figura 42C). De imediato, o arco entre o 1º e o 2º vértice está no formato contínuo e na cor vermelha. A inserção de novos vértices e arcos ocorre da mesma forma, como esboçado na figura 36D. Inserido todos os vértices até chegar na foz do curso d’água, clique com o para finalizar a vetorização. Prontamente, abre a janela de diálogo dos atributos (figura 36E). Como este curso d’água não possui Toponímia e nem nome, tais informações ficarão em branco, portanto, clique em ou na tecla do teclado. Pronto, feição criada. 39 Figura 36. Edição vetorial linear. Desta forma, pode-se dizer que a vetorização é semelhante à técnica de desenho de observação com papel vegetal, onde o desenhista sobrepõe o papel vegetal numa figura e com um lápis extrai os traços de contorno, concentrando-se na sua forma. Mas, agora, realizamos estes traços no computador de modo sistemático, com o auxílio do monitor, mouse e programas. Na versão 3.32 há a possibilidade de escolher 3 formas de vetorização da linha, que estão disponíveis no ícone localizado à direita do ícone , como constatado na figura 37. A primeira opção é Digitalizar com segmento, comumente conhecida como vetorização passo a passo, onde cada clique com o é inserido um vértice. Esta é a opção padrão e foi utilizada na vetorização do curso d’água descrita anteriormente. A segunda opção é a Vetorização Contínua e funciona da seguinte forma: ao inserir o 1º vértice,movimente o cursor do mouse para a direção que deseja digitalizar a linha que os arcos e vértices são criados automaticamente. O espaçamento entre os vértices é estabelecido no item Tolerância de Transmissão, sendo utilizado como unidade de medida o tamanho do pixel (px). Na figura 37 observe que a Tolerância de Transmissão estabelecida foi de 10 px, ou seja, a cada 10 pixels é inserido um vértice. 40 Figura 37. Opções de vetorização. A terceira opção é Digitalizar com curva, utilizada para digitalizar uma curvatura e para apresentar o seu funcionamento, tomamos como exemplo o meandro de curso d’água: 1) cria-se um vértice antes da curva (figura 38A), em seguida cria-se um “vértice temporário”, indicando o final desta curvatura (figura 38B), com base neste “vértice temporário”, molda-se a curvatura, para depois criar o vértice de modelo da curvatura (figura 38C). No momento da vetorização há a possibilidade de alternar entre essas opções. O item Digitalizar feição serve para criar a figura geométrica de um círculo do seguinte modo: crie o primeiro vértice com o e o estabelecimento do segundo vértice define a direção e o diâmetro do círculo (figura 39A), para criá-lo clique com o . A janela para colocar a informação do atributo irá abrir, clique em .Pronto, a feição foi criada, vide figura 39B. O processo de mover um vértice, feição linear, de local funciona da mesma forma que de um ponto, como explicado no item 4.1.1. Todavia, como na feição linear são visualizados apenas os arcos, faz-se necessário utilizar a ferramenta . 41 Figura 38. Vetorização com curva. Figura 39. Digitalizar feição. E se um ou mais vértices forem posicionados em locais errados, como corrigir? 42 Ao posicionar o cursor do mouse próximo de uma feição linear, observe que a sua cor é alterada para o vermelho e os vértice são demarcados por um círculo de mesma cor; e o vértice mais próximo do cursor do mouse recebe um círculo a mais, vide figura 40A. Ao posicionar o cursor do mouse próximo de um arco, note que aparece uma faixa transparente na cor vermelha, cobrindo toda sua extensão, com um sinal de mais na cor cinza, localizado no centro do arco (figura 40B). Ao direcionar o cursor do mouse neste sinal, a faixa transparente desaparece e a cor do sinal passa a ser vermelha (figura 40C). Este sinal possibilita a adição de um novo vértice e dividindo-o ao meio, o midpoint. Para isso, basta dar um clique com o . Observe que o arco é dividido ao meio, onde o novo vértice está fixo ao cursor do mouse e os arcos estão no formato pontilhado, podendo posicioná-lo em qualquer lugar. Na posição original tem-se um arco virtual no formato contínuo. Posicione o vértice no local desejado, clicando com o e, automaticamente, o arco virtual desaparece (figura 40D). Figura 40. Ajustes com os vértices. Para criar um novo vértice ao longo do arco em destaque, basta clicar simultaneamente duas vezes com o . Para soltar o vértice criado, basta clicar uma vez com o no local desejado (figura 40E). Para mover o arco e os vértices, dê um clique com o ao longo do arco desejado. Para soltar o arco, clique uma vez com o no local desejado (figura 40F). Pronto, a figura 40G demonstra o ajuste da feição sobrepondo a imagem. E para retornar a vetorização da linha, direcione o cursor do mouse para um dos nós. Note que o nó está destacado com dois círculos nas cores vermelhas e há a presença de um sinal de mais em cinza (figura 40H). Ao aproximar o cursor do mouse do sinal de mais, veja que sua cor alterou para vermelha (figura 40I). Clique com o e veja que foi criado um arco na cor vermelha com formato pontilhado (figura 40J). Agora, faz-se a edição das novas linhas. Para mover mais de um vértice, selecione o ícone , em seguida clique com o próximo da área que deseja selecionar, mantenha o botão pressionado e arraste formando um retângulo de cor azul (figura 41A). Veja que os vértices inseridos no retângulo foram selecionados e aparecem com um círculo na cor azul (figura 41B). Clique uma vez com o em qualquer um desses vértices com o círculo na cor azul para mover toda a área (figura 41C). Para soltar o arco, clique uma vez com o no local desejado (figura 41D). Para visualizar os valores (x, y) dos vértices, clique com o para abrir o Painel Editor de Vértice (figura 41E). Caso deseje deletar os vértices selecionados, clique em , e veja que o nós ficarão na cor azul (figura 41F). 43 Figura 41. Seleção de diversos vértices. Como um curso d’água poderá ter mais de uma feição, pois a cada confluência será criado uma nova feição, pode-se colocar a informação dos atributos depois, pois a ferramenta possibilita inserir a informação dos atributos em mais de uma feição. Para isto, basta selecionar as feições desejadas, no caso as do Rio Paramirim como ilustrado na Figura 44. Logo, selecione o ícone para abrir a janela de diálogo dos Atributos. Digite as informações de Toponímia e Nome. Observe que no final de cada campo de interação há uma sequência de 3 fichas na cor verde (figura 44A). Ao iniciar a digitação, a cor das caixas altera-se para a cor vermelha (figura 44B), indicando que houve modificações, precisando ser salvo. 44 Ao digitalizar os cursos d’água, recomenda- se que a cada confluência seja criado uma nova feição, como ilustrado na figura 42. E nestas confluências é importante o uso da Barra de Ferramenta de aderência, para que as feições estejam conectadas independente da escala. Figura 42. Vetorização de cursos d’água. Quando encontrar um curso d’água que tenha Toponímia e Nome, por exemplo o Rio Paramirim, ao finalizar a vetorização, abre-se a caixa de diálogo dos atributos e digite as informações, como ilustrado na figura 43. Figura 43. Informações de Toponímia e Nome. Como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização das feições de hidrografia e criar duas novas camadas de geometria linear: do sistema viário (estradas, caminhos) e da hipsometria (curva de nível), denominando os de sv_linha e hp_linha, respectivamente. Para isto, vamos seguir o modelo das atividades anteriores de dividir a Carta Topográfica de Ibitiara em 16 partes (figura 45A). 45 Figura 44. Digitando as informações de atributos em várias feições. Figura 45. Vetorização de informações lineares. Veja que na figura 52B estão inseridas as feições de Obras e Edificações e Pontos Cotados. Polígono corresponde a região do plano limitada por arcos conectados de tal forma que o último nó seja idêntico ao primeiro, fechando-o, compondo um perímetro. Por isto, Câmara (2001) e Silva (2019) os denomina de linha poligonal. O polígono divide o plano em duas regiões, sendo a interna (incluindo a fronteira com a poligonal fechada) e a externa. Os polígonos podem ter três formas diferentes de utilização: Objetos isolados: que não se tocam, sendo muito comum em modelagem vetorial de dados em aplicações urbanas como edificações, piscinas e quadras. Estes dados não possuem segmentos poligonais compartilhados; Objetos alinhados: formados por linhas que não se cruzam, tais como curvas de nível, e são entendidas como estando “empilhadas” umas sobre as outras; Objetos adjacentes: correspondem a toda e qualquer divisão territorial, onde existe o compartilhamento de fronteiras entre objetos adjacentes, empregando-se o conceito de vizinhança, gerando assim, a necessidade do uso de estruturas topológicas. Exemplos: divisão de bairros, setores censitários, unidades federativas e mapas temáticos (geologia, pedologia, uso de solo), entre outros. Agora vamos entender o conceito da edição vetorial poligonal e aplicar! 46 Edição Vetorial - Geometria Poligonal Camada Hidrografia Polígono Vamos criar e realizar a vetorização de barragem e/ou lago da hidrografia, com os mesmos atributos de hd_linha! Toponímia: para informar a sua denominação (represa, lago, lagoa, …); e1. Nome: o nome da represa e/ou lago. 2. Seguindo a nomenclaturado IBGE (2009) para arquivos vetoriais, o arquivo de Hidrografia terá o seguinte nome: “hd_poligono.shp”, onde: hd corresponde a hidrografia; e poligono reporta ao tipo de geometria. Independente da geometria (ponto, linha ou polígono), o procedimento para criar uma nova camada shapefile é o mesmo, clicando em Camada > Criar Nova camada > Nova Camada Shapefile…, abrirá a janela de diálogo de criação, e colocamos as seguintes informações: 1. Nome do Arquivo: Clique no ícone para selecionar a pasta de armazenamento, que irá abrir uma janela de diálogo. Nesta janela selecione a subpasta vetorial, que foi criada anteriormente, e em nome digite hd_poligono.shp; 2. Codificação de arquivo: escolha a opção UTF-8; 3. Tipo de geometria: escolha a opção polígono; 4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão; 5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone , na área ‘’filtro’’ digite SIRGAS 2000 e busque na parte de ‘’Sistemas de Referência de Coordenadas Predefinidas’’ a opção SIRGAS 2000 / UTM zone 23S EPGS:31983. Selecione e clique em OK (mesmo procedimento feito em pontos e linhas). 6. Novo Campo: neste item vamos adicionar dois atributos, sendo um de cada vez, sendo o primeiro o Toponímia. Assim, vamos preencher as informações deste campo: Nome: vamos denominar de Toponímia; Tipo: selecione a opção texto (string); Comprimento: reporta a quantidade de letras. Como a denominação dos cursos d’água não ultrapassa 10 letras, vamos adotar este valor como limite. Em seguida clique em . 47 O segundo Novo Campo, terá as seguintes informações: Nome: vamos denominar de Nome; Tipo: selecione a opção texto (string); Comprimento: Como existem alguns nomes compridos, vamos adotar como limite a quantia de 20 letras. Vamos fazer a Edição Vetorial da Camada Hidrografia Polígono! Em seguida clique em: Estes dois novos campos foram adicionados na Lista de Campos e, como não vamos utilizar o campo id, vamos removê-lo, para tanto, selecione-o, clicando com o . Em seguida clique em . Pronto, campo removido. Preenchido todos os campos, clique em , e pronto, arquivo criado e adicionado ao Painel Camadas, como ilustrado na figura 46. Figura 46. Inserção da camada hp_hidrografia no Painel Camadas. 48 O procedimento de vetorização de polígonos é o mesmo utilizado na vetorização de ponto e linha. Antes de iniciar a vetorização, veja se no Painel Camadas o arquivo hd_poligono está selecionado. Feito isto, clique no ícone na Barra de Ferramenta de Vetorização e depois no ícone Adicionar Polígono . Na Tela de Visualização escolha a representação de um lago para fazer a vetorização, como demonstrado na figura 47A. De preferência, inicie a vetorização próxima a demarcação da drenagem. Vamos iniciar a vetorização, lembrando que o procedimento da edição vetorial poligonal é igual a edição linear e o modo de vetorização será a opção . Clique com o para criar o 1º vértice e após a inserção do 2º vértice, veja que há um arco tracejado, na cor vermelha, unindo o cursor do mouse ao 1º vértice e o preenchimento da área, também de cor vermelha, no modo transparente (figura 47B). Estas são informações virtuais, servindo de guia para que o editor tenha conhecimento sobre a área e o posicionamento do último vértice (figura 47C). Delimitado a área do lago até chegar próximo ao 1º vértice, de modo que o arco entre o último vértice e o 1º esteja no local correto, clique com para finalizar a vetorização (figura 47D). Prontamente, abre a janela de diálogo dos atributos (figura 47D). Como este curso d’água não possui Toponímia e nem nome, tais informações ficarão em branco, portanto, clique em . ou na tecla do teclado. Pronto, feição criada (figura 47E). 49 Figura 47. Processo de criação do polígono. Como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização das feições de hidrografia dos lagos, lagoas, represas, seguindo o modelo das atividades anteriores, com a Carta Topográfica de Ibitiara dividida em 16 partes (figura 48A) e realizar a vetorização apenas no último quadrante do canto esquerdo inferior, vide figura 48B. Com a finalização desta etapa, produzimos os três tipos de geometria possíveis no formato shapefile ( , e ), utilizando as diversas funcionalidades da Barra de ferramentas de Vetorização do QGIS, da versão 3.32. 50 Figura 48. Vetorização da hidrografia poligonal. Agora, para uma melhor compreensão e intuição do significado das geoinformações, vamos ajustar a simbologia (cor e estilo das linhas e área), possibilitando a sua leitura. Simbologia Para realizar a alteração da simbologia das camadas, tomamos como exemplo a camada oe_ponto, para isto a selecione no Painel Camadas, clique com o para visualizar o menu de funcionalidade da camada e selecione a opção Estilo (Figura 49A). Prontamente, abre-se a opção para alterar a cor da camada, com uma paleta de cores e as cores recentes (figura 49B). Selecione a cor preta . Observe na Tela de Visualização que o tamanho das feições de oe_ponto estão com um tamanho maior que o representado na Carta Topográfica de Ibitiara. Assim, vamos alterar o seu tamanho. Para isto, clique em Editar Símbolo… (figura 49B). Logo, abre-se a janela denominada de Selecionador de símbolos (figura 50A). Note que seu tamanho é de 2 mm, altere para 1 mm. Em seguida clique em . Agora vamos realizar o mesmo procedimento na camada hp_ponto. Neste caso, vamos empregar a mesma cor utilizada pelo IBGE, que é a cor sépia (ou marrom-avermelhada). Para tanto, ative a janela Selecionador de símbolos (figura 50A), da mesma forma que foi realizada na camada oe_ponto. No item cor, há uma ícone com uma seta para baixo localizado no final deste item. Clique nele para abrir a janela de edição de cores e selecione a opção Capturar Cor. 51 Figura 49. Ferramenta Estilos. Vamos fazer a Edição da Simbologia! Observe também que o cursor do mouse foi alterado para um formato de “conta gotas” , agora, você pode obter a cor diretamente da Tela de Visualização, e ao movimentar o mouse, veja que a coloração no item cor da janela Selecionador de símbolos vai alterando. Neste caso, vamos adquirir a cor sépia da curva de nível, como ilustrado na figura 51. Para capturar a cor essa coloração, clique com o . O próximo passo corresponde a alteração da simbologia do ponto cotado, de círculo com preenchimento , para uma cruz . 52 Figura 50. Selecionador de símbolos. Figura 51. Captura da cor sépia. Em seguida clique em . Para a camada hd_linha efetue o mesmo procedimento: alterar a cor para azul e modificar o Estilo do traço: de Linha sólida para Linha tracejada (figura 53). 53 Para isto, na janela Selecionador de símbolos, selecione Marcador Simples para alterar as opções de alteração (figura 52A). No canto direito há uma barra de rolagem, direcione até o final para visualizar a opção de símbolos. Selecione a cruz. Imediatamente, o símbolo do Marcador Simples é alterado (figura 52C). Figura 52. Alteração do símbolo. Figura 53. Alteração do símbolo Estilo do traço. Em seguida clique em . Realizar as mudanças da simbologia e cor das Camadas st_linha e hp_linha. No caso da Camada hd_poligono, deve-se fazer a alteração a Cor de preenchimento para azul, o Estilo do preenchimento, de Sólido para FDiagonal (figura 54) e Cor do traço para azul. 54 Figura 54. Alteração do Estilo do Preenchimento. Em seguida clique em . Para finalizar, vamos visualizar o resultado da alteração da simbologia e da cor das geoinformações com a Carta Topográfica (figura 55A) e sem a Carta Topográfica (figura 55B). Figura 55. Visualização das geoinformações após a alteração dos símbolos e cores. 55 Comisto chegamos ao término desta atividade utilizando a Barra de Ferramentas de Vetorização. Para um melhor ajuste da vetorização, o QGIS possui outras barras de ferramentas como a: Ferramentas de Aderência e Barra de Ferramentas de Vetorização Avançada, tema para o nosso próximo caderno! INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS IGEO