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DANILO MELO 
LARA SILVA
LUAN SACRAMENTO
HILDEBERTO MACÊDO
GUIA PRÁTICO
EDIÇÃO VETORIAL
QGIS
Guia Prático: edição vetorial
DANILO HEITOR CAIRES TINOCO BISNETO MELO
LARA CRISTIANNI ANDRADE DA SILVA
LUAN VICTOR SACRAMENTO DOS SANTOS
HILDEBERTO FERREIRA MACÊDO FILHO
Todos os direitos reservados. 2024
Sobre os autores
Danilo Heitor Caires Tinoco Bisneto Melo
Bacharel em Geografia (UEM), com mestrado em
Sensoriamento Remoto (INPE) e doutorado em
Geologia (IGEO/UFBA). Professor do Instituto de
Geociências da Universidade Federal da Bahia.
(danilo.melo@ufba.br)
3
Lara Cristianni Andrade da Silva
Técnica em Geologia formada pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Bahia - IFBA / Campus de Salvador e graduando
em geologia pela Universidade Federal da Bahia -
UFBA. (laracristianni@gmail.com)
Luan Victor Sacramento dos Santos
Técnico em Geologia formado pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da
Bahia - IFBA / Campus de Salvador e graduando
em geologia pela Universidade Federal da Bahia -
UFBA. (luan.sacramento2016@gmail.com)
Hildeberto Ferreira Macêdo Filho
Bacharel em Engenharia Ambiental pela
Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Pós-
graduado em Geoprocessamento Aplicado pelo
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais -
IFNMG; Mestrando em Ciências Ambientais pela 
UFAM. (hildebertomacedo@ufam.edu.br)
Prefácio
Agradecimentos
Introdução
Sistemas de Informações Geográficas
Sobre o QGIS
Baixando o QGIS
Interface do QGIS
Introduzindo a Carta de Ibitiara
Iniciando o uso do QGIS com adição de dados
Sistema de Referência Cartográfica do projeto 
Nova Camada Shapefile
Barra de ferramentas de vetorização
Feições geográficas
Edição vetorial - Geometria pontual
Camada Pontos Cotados
Edição Vetorial - Geometria Linear
Camada Hidrografia
Edição Vetorial - Geometria Poligonal
Camada Hidrografia Polígono 
4
Índice
05
06
07
08
10
11
12
13
14
16
20
21
22
23
29
36
37
46
46
Prefácio
Neste livro, convidamos você a mergulhar em um universo
onde a tecnologia e a geografia se entrelaçam de maneira
única, ampliando nossas capacidades de compreender e
interagir com o espaço ao nosso redor.
Este livro nasceu da ideia de desmistificar o universo muitas
vezes técnico dos SIG, tornando-o acessível a todos. Aqui,
você encontrará explicações claras e exemplos práticos que o
guiarão através dos conceitos essenciais e das aplicações
envolventes dos Sistemas de Informação Geográfica. Desde os
fundamentos básicos sobre dados geográficos até o uso
avançado dessas tecnologias para tomar decisões informadas,
cada capítulo foi projetado para nutrir seu conhecimento de
forma gradual e envolvente.
Ao longo destas páginas, vamos explorar como a praticidade e
a liberdade oferecidas pela informática se combinam com as
complexidades da geografia, proporcionando uma nova lente
através da qual podemos analisar o mundo. 
Estamos empolgados em acompanhá-lo nesta jornada de
descoberta. Independentemente de você ser um estudante
curioso, um profissional em busca de novas ferramentas ou
um entusiasta da tecnologia e geografia, este livro foi
concebido para enriquecer sua compreensão sobre os
Sistemas de Informação Geográfica. Vamos embarcar nessa
exploração juntos e desvendar os segredos do espaço
geográfico digital.
Preparado para ampliar seus horizontes? Vamos começar essa
emocionante jornada pelo mundo dos SIG!
Com entusiasmo,
Autores.
5
Agradecimentos
Expressamos nossa sincera gratidão à Universidade Federal da
Bahia (UFBA) e à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que 
incentivaram e forneceram recursos para a criação deste livro.
Sem o apoio e a colaboração delas, esta jornada de exploração e
aprendizado não teria sido possível.
À Pró-reitora de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil
(PROAE/UFBA) que bravamente vem promovendo a inclusão
socioeconômica de populações historicamente privadas do
acesso a oportunidades na UFBA.
Agradecimento especial à YouthMappers at UFBA, cujo
compromisso com a educação e a promoção do mapeamento
geoespacial inspirou e motivou a concepção deste e-book. A
dedicação contínua da Youth Mappers em capacitar jovens e
promover a conscientização sobre os Sistemas de Informação
Geográfica é verdadeiramente admirável.
Aos desenvolvedores, responsáveis e a todos que doaram seu
tempo e esforço (ou fomentaram) o desenvolvimento do
software QGIS.
Aos professores, alunos e colegas que contribuíram com suas
ideias, sugestões e insights valiosos ao longo do processo de
criação deste material. Suas contribuições enriqueceram
enormemente o conteúdo e garantiram que as informações
fossem abordadas de maneira clara e abrangente.
Por fim, estendemos nossa gratidão a você, leitor. Este livro foi
criado com o intuito de compartilhar conhecimento de maneira
acessível e enriquecedora. Esperamos que esta jornada pelo
mundo dos Sistemas de Informação Geográfica lhe proporcione
uma compreensão mais profunda e um entusiasmo renovado
pelo potencial da tecnologia geoespacial.
Com gratidão,
Os Autores.
6
Introdução
Nos últimos tempos, a informática tem desencadeado uma
revolução, reconfigurando diversas atividades humanas. Esse
impacto é notório principalmente pela praticidade e liberdade
que ela proporciona. Vamos aprofundar nosso entendimento
sobre o significado desses termos nesse contexto.
A praticidade relaciona-se à facilidade e rapidez com que
podemos compartilhar informações. Imagine transmitir dados
importantes de maneira ágil e simples. A liberdade baseia-se
na interação entre pessoas e computadores, permitindo que
compartilhem, criem e aprimorem aplicativos. Isso estimula a
inovação e a criação de novas soluções.
Essa revolução também desempenha um papel crucial nas
Ciências da Terra. Sistemas computacionais foram
desenvolvidos para auxiliar na tomada de decisões nessa área,
integrando dados com referência espacial, ou seja,
informações ligadas a locais específicos. Isso é especialmente
útil na resolução de problemas complexos. Por exemplo,
podemos usar esses sistemas para criar mapas ou relatórios
que auxiliam na compreensão de questões geográficas.
Considerando isso, o e-book "Guia Prático - QGIS" foi
desenvolvido como uma iniciativa de divulgação científica no
universo do geoprocessamento, contendo informações sobre o
processamento de dados geográficos. O e-book tem como base
teórica o livro "Entrada de dados no sistema da informação
geográfica - Dado Vetorial", abordando conteúdos como:
definição da representação geográfica por meio de vetores,
criação de uma camada vetorial (pontual, linear e poligonal) e
como realizar a vetorização no programa.
O material foi concebido para ser o mais claro e didático
possível, permitindo que o leitor acompanhe as etapas do
desenvolvimento do guia de forma divertida e interativa,
aproximando jovens e adultos ao meio científico e digital.
7
Sistemas de Informações
Geográficas
Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são
ferramentas poderosas que combinam informações
geográficas, dados espaciais e análises para ajudar a
compreender o mundo ao nosso redor. Eles permitem
capturar, armazenar, manipular e visualizar dados que
possuem uma componente geográfica, possibilitando a
tomada de decisões informadas e a criação de mapas
interativos.
Os dados geográficos são a base de um SIG. Eles podem ser
divididos em duas categorias principais:
Dados vetoriais representam elementos do mundo real
como pontos, linhas e polígonos. Esses elementos são
definidos por coordenadas e podem conter atributos,
como nomes de ruas ou população de uma área.
Dados raster consistem em grades de células ou pixels,
onde cada célula armazena um valor. Eles são usados para
representar fenômenos contínuos, como elevações do
terreno ou imagens de satélite.
8
PONTOS
LINHAS
POLÍGONOS
DADOS VETORIAIS
ARMAZENAM DADOS EM COORDENADAS
IMAGENS DE SATÉLITE
FOTOGRAFIAS AÉREAS
MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO
DADOS MATRICIAIS
ARMAZENAM DADOS EM GRADE DE PIXEL
Sistemas de Informações
Geográficas9
Pontual: é adimensional, representando entidades que
podem ser perfeitamente posicionadas ou localizadas
por um único par de coordenadas (x,y), como; um
ponto indicando a localização de uma cidade,
povoado, escola, estação climatológica e ponto cotado.
Linear (segmentos ou linhas poligonais): é
unidimensional, indicando comprimento e/ou direção,
reportam a uma sucessão de vértices (no mínimo
dois), conectados por um arco. Exemplo, sistema
viário, curso d’água e curva de nível.
Poligonal (área ou zona): é bidimensional,
representando contorno, largura e área, sendo
formado por no mínimo quatro vértices conectados
por arcos, onde o primeiro vértice possui coordenadas
idênticas ao do último. Isto possibilita ter a
informação do contorno e de seu preenchimento.
Exemplo: perímetro urbano, limite municipal,
vegetação, tipo de solo.
DADOS VETORIAIS
Sobre o QGIS
O QGIS, sigla para Quantum GIS, é um
software de Sistema de Informações
Geográficas (SIG) de código aberto. Isso
significa que ele é uma poderosa
ferramenta que permite capturar,
armazenar, analisar e apresentar dados
geográficos de forma interativa e
visualmente atrativa. O QGIS é mantido
por uma comunidade global de
desenvolvedores e usuários que
colaboram para aprimorar e expandir
suas funcionalidades.
10
Uma das funcionalidades mais marcantes
do QGIS é sua capacidade de criar mapas
e visualizar dados geográficos. Ele
permite a sobreposição de camadas de
informações em um único mapa,
facilitando a compreensão de
relacionamentos espaciais.
O software possibilita a criação de mapas
temáticos personalizados, onde você pode
simbolizar suas camadas de acordo com
atributos específicos. Isso ajuda na
visualização de padrões e tendências.
Baixando o QGIS
O QGIS é um software de código aberto, o que significa que
você pode obtê-lo gratuitamente a partir do site oficial.
Para começar nossa jornada com o QGIS, precisamos baixar o
software em seu computador. Siga estas etapas simples:
Abra o seu navegador da web favorito e acesse o site oficial do
QGIS em https://qgis.org. Uma vez no site, procure a seção
"Download" ou "Baixar". Geralmente, essa seção é facilmente
encontrada no menu principal do site.
Escolha a versão do QGIS que é compatível com o sistema
operacional do seu computador (Windows, macOS, Linux, etc.).
Clique no link de download correspondente à sua escolha e
aguarde enquanto o arquivo de instalação do QGIS é baixado
para o seu computador.
11
Figura 1. Interface do downloead do QGIS.
Como fazer o download e instalação do QGIS?!
A interface do programa conta com sete partes principais, sendo elas:
Barra de Título: onde é visualizado o ícone do QGIS e o nome do
projeto aberto;
1.
Barra de Menus: corresponde ao menu hierárquico padrão que fornece
acesso a um novo menu com diversos comandos, os quais alguns deles
possuem um ícone associado e atalhos de teclado. Por conta da sua
importância, esta barra é fixa. Para acessar a um destes menus, basta
clicar com o botão esquerdo do mouse . no menu pretendido; 
2.
Barra de Ferramentas: conjunto de ferramentas utilizada com maior
frequência para acesso fácil aos comandos e recursos. A lista de barras
de ferramentas pode ser encontrada, ativada e desativada na Barra de
Menus em Exibir > Barras de ferramentas. 
3.
Painel: semelhante a Barra de Ferramentas, todavia, ou invés de ter
ícones, ele oferece interface para funções e recursos mais complexos. 
4.
Tela de Visualização: consiste no espaço para a visualização das
informações geográficas das Camadas que estão inseridas no Painel de
Camadas. Nesta tela é possível navegar (ampliar, diminuir, mover, …),
selecionar feições, entre outras funções;
5.
Barra de localização: permite que o usuário acesse facilmente as
camadas, campos, algoritmos de processamento e outras
funcionalidades do QGIS;
6.
 Barra de status: mostra informações relevantes, como as coordenadas
(x,y) do cursor, escala de visualização, possibilidade de definir escala
de visualização, estabelecer o Sistema de Referência Cartográfica
(SRC), entre outras.
7.
12
Interface do QGIS
Figura 2. Visão geral do QGIS.
13
Introduzindo a Carta de Ibitiara 
Figura 3. Localização da Carta
Topográfica de Ibitiara no Estado
da Bahia.
Isso será feito usando a Carta Topográfica (CT) de Ibitiara, na
escala 1:100.000, localizada na Chapada Diamantina, Bahia. A
localização da carta no estado é destacada em amarelo na figura 3.
Como este material foi elaborado como
um manual que o leitor poderá seguir
executando os procedimentos
descritos, inicie criando uma pasta na
partição C:\, e a denomine de QGIS.
Esta pasta será o local destinado de
armazenamento das informações
geográficas que vamos trabalhar, e
dentro desta pasta, crie duas subpastas
e denomine uma de Raster (onde
vamos adicionar a Carta Topográfica
de Ibitiara) e a outra de Vetor (onde
adicionaremos os arquivos a serem
criados neste manual), como ilustrado
na figura 9B.
A CT de Ibitiara georreferenciada pode
ser adquirida no site do Núcleo de
Estudos Hidrogeológico e do Meio
Ambiente (NEHMA), no menu Dados
Geográficos > Ibitiara
Para o desenvolvimento deste trabalho, vamos renomear o arquivo
mi1951 para Carta Topográfica de Ibitiara. Há também a
possibilidade de adquirir esta CT no site do IBGE
 ou no portal da Divisão de Serviço Geográfico
(DSG) . 
. Esta carta
foi disponibilizada, de forma compactada, com o nome de mi1951.zip.
Antes de começar a editar vetorialmente, é necessário
inserir os dados no programa!
https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/folhas-topograficas.html
https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/folhas-topograficas.html
https://bdgex.eb.mil.br/bdgexapp
https://nehma.ufba.br/carta-topografica-ibitiara-mi1951
14
Iniciando o uso do QGIS com
adição de dados
Feito isto, abre-se a janela de Gerenciador de Fonte de Dados com a
seleção da opção Raster (figura 5A), a opção de adicionar o
formato, sendo ele: Arquivo ou protocolo do tipo Internet (http(s)),
nuvem, entre outros. Escolha a opção Arquivo; depois selecione a
fonte onde ele está armazenado, para isto, clique no ícone de
busca para abrir a janela de localização do arquivo (Figura 5B).
Procure a pasta QGIS/Raster e selecione o arquivo desejado.
Depois clique em .
Figura 4. Adição da Camada Raster.
Figura 5. Gerenciador de fonte de dados/Raster.
Abrindo o software QGIS e adicionando a Carta
Topográfica de Ibitiara!
Para isto, clique em Camada > Adicionar camada > Adicionar
Camada Raster… ou use a tecla de atalho Ctrl+Shift+R, como
instruído na figura 4.
15
Figura 6. Criação do projeto e adição e visualização da Carta Topográfica de
Ibitiara.
O uso do QGIS envolve a visualização, edição, análise e
processamento de informações geográficas e, para gerenciar estas
ações recorre-se ao desenvolvimento de um projeto. Assim, faz-se
necessário salvá-lo, clicando em Projeto > Salvar Como… (figura
7A).
Prontamente, abre-se uma janela de diálogo para informar o local
de destino do projeto. Salve na pasta QGIS (figura 7B) e o
denomine de edicao_vetorial e clique em e, observe que este
nome aparece no canto superior esquerdo logo após o seu logótipo
do QGIS (figura 7B).
Figura 7. Salvando o projeto.
No QGIS, o arquivo adicionado estará disponível no Painel
Camadas e ativado para ser visto na Tela de visualização (figura
6). Observe que na frente do nome há um símbolo referente ao
modelo de representação, neste caso o Raster . Importante
observar na Barra de Títulos que logo após o ícone do aparece
*Projeto sem título - QGIS, onde o “*” indica que houve
movimentação e que o projeto não possui um título.
Sistema de Referência
Cartográfica do projeto 
Quando inicia-se um projeto em branco no QGIS, este é o SRC de
referência e, ao adicionar a 1ª camada, o projeto adota o SRC dela.Uma outra questão importante ao trabalhar com geoinformação é o
estabelecimento de um Sistema de Referência Cartográfica (SRC)
para o seu projeto. Neste caso, como pretende-se executar a edição
vetorial, recomenda-se que o SRC do projeto esteja no mesmo SRC
do arquivo a ser editado, que é o EPSG: 31983 - SIRGAS2000 /
UTMzone 23S. 
A informação sobre o seu SRC do projeto pode ser obtida no
penúltimo ícone no canto inferior direito . Este ícone
mostra a sigla do SRC e, posicionando o cursor do mouse sobre
este ícone, por 2 segundos, que aparece a informação sobre o SRC.
Por exemplo, a sigla EPSG: 4326 corresponde ao SRC WGS84 (figura
8A).
Figura 8. Ajuste na propriedade do projeto - SRC
16
Estabelecendo o Sistema de Referência Cartográfica
(SRC) da sua carta topográfica.
Por exemplo: neste trabalho o 1º arquivo adicionado foi a Carta
Topográfica de Ibitiara que está no SRC EPSG: 31983 - SIRGAS 2000
/ UTM zone 23S (Figura 8C), logo o projeto estará configurado para
o mesmo sistema de coordenadas. O SRC, tanto das camadas
quanto do projeto podem ser alterados a qualquer momento.
Todavia, há versões do QGIS que esta alteração não ocorre
automaticamente. Assim, para realizar esta alteração do EPSG do
projeto basta clicar com o no penúltimo ícone do canto inferior
direito para abrir a janela de diálogo de Propriedades do Projeto no
item SRC (figura 8B). No item Filtro, digite a sigla do SRC ou digite
SIRGAS 2000 / UTM zone 23S, que ele fará um busca e o seu
resultado aparece no item Sistemas de Referência de Coordenadas
Predefinidos. Selecione a opção desejada depois clique em ,
para fixá-la, em seguida clique no ícone. . Observe que a sigla
presente no ícone do SRC do projeto foi alterada .
 
Com o projeto criado, definido o seu SRC e, inserido a Carta
Topográfica de Ibitiara, agora verificaremos as ferramentas que
vamos trabalhar neste caderno, que são: Camada Vetorial, Barra de
Ferramentas de Vetorização e Nova Camada Shapefile.
17
Camada vetorial
Figura 9. Localização da aba de criação de nova camada
Agora vamos aprender a criar uma Nova Camada Vetorial!
Para isto, basta clicar na Barra de Menu em Camada > Criar nova camada
> Nova Camada Shapefile… (figura 9). Existe também a possibilidade de
ativar a Barra de Ferramentas do Gerenciador de Fontes de Dados, como
demonstrado na figura 9B. 
18
Geopackage
Corresponde a um formato de dado
vetorial desenvolvido para
compartilhamento de dados
geográficos, sobretudo entre
dispositivos móveis. Este formato
foi estabelecido pela Open
Geospatial Consortium (OGC), para
trabalhar com o banco de dados
SQLite (OGC, 2014);
Shapefile
O arquivo ESRI Shapefile corresponde a um arquivo de dado
geoespacial não topológico no formato vetorial, desenvolvido pela
Environmental Systems Research Institute (ESRI, 1998), com
especificações aberta para interoperabilidade por dados entre os
softwares de SIG, este tipo de arquivo armazena a localização
geométrica e as características da geoinformação (ESRI, 2016). Para
tanto, este dados é composto por, no mínimo três arquivos, sendo
elas:
shp: principal arquivo que contém
o tipo de geometria geográfica;
dbf: tabela no formato dBASE que
armazena os dados alfanuméricos
associado a cada geometria
geográfica;
shx: armazena o índice da
geometria dos dados e permite
acesso rápido aos registros no
arquivo shp;
Há uma relação de um-para-um entre a geometria (shp) e o dado
alfanumérico (dbf), que é baseado no índice da geometria (shx).
Além destes arquivos, há o “prj”, que armazena as informações
sobre o sistema de referência cartográfica (SRC).
No QGIS há a
possibilidade de criar as
seguintes camadas
vetoriais:
Reportam a versão aberta de dado geográfico topológico no
formato vetorial do SQLite, com funções espaciais agregadas,
possibilitando relacionar as extensões espaciais do SQLite,
PostgreSQL/PostGIS e MySQL (FURIERI, 2016);
Esta camada é criada temporariamente dentro do projeto vigente,
e ao fechar o projeto, este arquivo será apagado
automaticamente. Portanto, nesta opção não é criado um arquivo
físico;
Refere-se a uma grade não estruturada, geralmente com
componentes temporais. Exemplo desse dado são as Grade
Irregulares Triangulares (comumente conhecido pelo acrônimo
em inglês - TIN - Triangular Irregular Network); 
 SpatiaLite
Rascunho Temporário 
Malha de pontos
Permite que o usuário importe dados advindos dos sistemas de
posicionamento global, mais conhecido pelo acrônimo GPS (em
inglês, Global Positioning System); e
GPX (GPX eXChange format) 
Corresponde a um tipo especial de camada, criada a partir de uma
consulta a dados virtuais ou físicos (dados disponíveis no
computador), possibilitando inserir qualquer quantidade de dados
e formatos que o QGIS seja capaz de abrir (OGC, 2023).
Virtual
19
Agora selecione a opção nova camada Shapefile e,
automaticamente, abre-se a janela de criação (Figura 10).
Vamos preencher os campos:
20
Nova Camada Shapefile
Nome do Arquivo: local de definição
do nome do arquivo e a pasta onde
o arquivo será armazenado. Para
escolher o local de destino, basta
clicar no ícone localizado após o
espaço destinado à apresentar o
local de armazenamento destino e o
nome; 
Codificação de arquivo: está
relacionada a codificação das
informações contidas na tabela de
atributos, e refere-se à conversão
de uma sequência de bytes em
caracteres. 
Figura 10. Janela da nova camada
shapefile.
Tipo de geometria: refere-se a escolha das premissas básicas geométricas
(ponto, multi ponto, string de linha e polígono) ou sem geometria. 
Dimensões adicionais: servem para definir exigências, ou não, específicas
de um determinada geoinformação, como por exemplo altitude (Z) e/ou
outro valor numérico (M).
Sistema de Referência Cartográfica: definir o seu Sistema de Referência
Cartográfica (SRC), para isto, basta clicar no ícone , que abrirá a janela
de seleção do SRC. Observe na figura 16 que o campo do SRC vem
preenchido com uma informação padronizada do QGIS e do seu lado
direito tem o símbolo da placa de alerta , indicando que a informação
do SRC devem ser alterada para o SRC desejado;
Novo Campo: reporta a inserção de informações na tabela de atributos,
composta de linha e coluna, onde as colunas correspondem ao tipo de
característica da feição representada pela linha. Para adicionar um novo
atributo, basta preencher os campos: 
Nome: escolha do nome da coluna;
Tipo: refere-se às propriedades da coluna, podem ser: texto (string),
número inteiro (integer) ou decimal (real) e data (date);
Uma opção simplificada é arrastar o
arquivo .shp para o campo de camadas
no QGIS.
Comprimento e precisão: corresponde a quantidade de caracteres que terá
o texto ou número. Caso seja número decimal, deste comprimentos
quantas caracteres serão destinados às casas decimais.
Estabelecidas estas informações, clique em .
Lista de Campos: mostra os campos que foram criados. Observe a
existência de um campo padrão denominado de “id” (acrônimo de
identificador), do tipo Integer (número inteiro) com comprimento de 10
caracteres. Esse atributo é a chave primária de cada dado. Há a
possibilidade de remover campos existentes, todavia, deve-se ter no
mínimo 1 campo.
Definido estes parâmetros, finalize esta etapa clicando no ícone .
Clique com o no final da Barra de Títulos, que, prontamente, aparece
um menu com as opções para ativar, ou desativar Painéis ou Barras de
Ferramentas. Caso esta Barra esteja ativa e deseja saber o nome dela,
basta passar com o mouse no símbolo semelhante a duas linhas
pontilhadas paralelas na vertical , localizada no início de cada Barra de
Ferramentas e deixe o cursor do mouse parado por 2 segundos que
aparecerá o seu nome. O mesmo ocorre para saber o nome do ícone.
 
Observe na figura 11 que apenas o ícone Alternar Edição está disponível, e
ele fica visível por conta da Camada oe_ponto estar selecionada. Este ícone
também está inserido no menu de funcionalidadesdo arquivo, basta
direcionar o cursor do mouse para a camada oe_ponto e clicar com o , ou
ir na Barra de Menu e selecionar Camada > Alternar edição.
Caso estivesse selecionado a Carta Topográfica de Ibitiara, que é um arquivo
matricial, este ícone fica oculto como os demais. Portanto, esta é uma Barra
de Ferramenta específica para trabalhar com dados vetoriais. 
Para ativar a edição basta clicar no ícone . 
21
Barra de ferramentas de
vetorização
Figura 11. Barra de Ferramentas de Vetorização.
Para realizar a vetorização de dados vetoriais, deve-se ativar a
Barra de ferramenta de Vetorização! (figura 11).
Figura 12. Ícones, seus nomes e funcionalidades.
A Figura 12 mostra os ícones e seus nomes desta barra; e há três ícones em
“Adicionar feição”, pois eles modificam de acordo com o tipo de geometria
( ponto , linha ou polígono ). Durante a edição vetorial, ao
selecionar um ícone, estará ativando a sua função e, por isto, será
destacado dos demais de forma que o usuário saiba qual ferramenta está
em uso. A funcionalidade de cada ícone será descrito durante a realização
da edição vetorial.
22
Feições geográficas
Antes de iniciarmos a atividade de criação de uma nova camada shapefile,
precisamos observar e identificar as informações geográficas existentes
na Carta Topográfica de Ibitiara. Para isso, aproxime o mapa de modo que
consiga visualizar com nitidez tais informações, como demonstrado na
figura 13. Para isto, basta girar o botão de rolagem do mouse para frente . 
Observe na figura a existência
de pontos na cor preta. De
acordo com a Base
Cartográfica Contínua do
Brasil ao Milionésimo e no
Banco de Nomes Geográficos
do Brasil - BNGB estes pontos
correspondem a obras e
edificações (IBGE, 2011) e
podem ser barragens,
pedreiras, edificações de
saúde, igrejas, escolas, entre
outras (IBGE, 2009).
 
Figura 13. identificação dos pontos na cor preta
que significa Obras e Edificações.
5
Onde: o acrônimo refere-se a categoria da
geoinformação (hidrografia - hd,
hipsografia - hp, sistema viário - sv,
localidade - lc, obra e edificação - oe, ponto
de referência - pr, limite - lm e vegetação -
vg); “_” sobrelinha; e tipo de geometria que
pode ser ponto, linha ou polígono. 
Identificada a geoinformação
pontual a ser criada, precisa
definir o nome do arquivo.
Vamos seguir a
nomenclatura para arquivos
vetoriais adotada pelo IBGE
(2009) onde o nome do
arquivo tem a seguinte
composição:
23
Como vamos criar o arquivo de obra e edificação do tipo de
geometria pontual, portanto, o seu nome será:
Edição vetorial - Geometria
pontual
Para mais
informações,
consulte nossa
apostila
completa sobre
dados vetoriais! 
Vamos preencher as informações na janela de diálogo da Nova
camada shapefile (figura 14):
1. Nome do Arquivo: Clique no ícone para selecionar a pasta de
armazenamento, que irá abrir uma janela de diálogo. Nesta janela
selecione a subpasta vetorial, localizada em C:\QGIS\Vetorial, e em nome
digite oe_ponto. Observe se no item Tipo está aparece o formato Shapefile
(*.shp; *.SHP). Caso não esteja, clique neste item e a selecione. 
Depois clique na opção , A extensão do arquivo é adicionada
automaticamente. 
2. Codificação de arquivo: selecione a opção UTF-8;
3. Tipo de geometria: eleja a opção ponto;
4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão;
5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone que e selecione o
SRC EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTM zone 23S (IBGE, 2021);
6. Novo Campo: Com o intuito de fixar as ferramentas de edição vetorial,
portanto, neste arquivo vamos trabalhar apenas a geoinformação, sem a
inserção de atributos, permanecendo apenas o campo “id”.
acrônimo _ tipo de geometria
“oe_ponto.shp”
24
A Figura 20 apresenta a
janela de diálogo para
criar a nova camada
shapefile. 
Preenchido todos os campos, clique
em e, pronto, o arquivo
foi criado e adicionado
automaticamente ao Painel de
Camadas, como mostra a figura 15.
A figura 15 mostra o posicionamento da camada oe_ponto no Painel
Camadas. Ao adicionar uma nova camada no QGIS, no Painel Camadas ela
será adicionada acima da camada que estava selecionada. Assim, como a
camada Carta Topográfica de Ibitiara estava selecionada, vide figura 15A,
ao criar, ou adicionar, a camada oe_ponto foi inserida sobre ela, vide
figura 15B. Lembrando que este posicionamento é importante, pois na
Tela de Visualização segue o posicionamento apresentado no Painel
Camadas, ou seja, a Camada oe_ponto está sobre a Camada Carta
Topográfica de Ibitiara. 
Note também que o símbolo localizado antes do nome , refere-se a cor e
tipo de geometria que feições serão apresentadas na Tela de Visualização.
Sobre modificação da simbologia será visto mais adiante.
Figura 14. Criação da nova camada shapefile.
Figura 15. Localização da camada oe_ponto no Painel Camada.
25
Selecione uma área que irá iniciar a edição vetorial, clique no ícone para
ativar a edição e, observe no Painel Camada que na simbologia da camada
oe_ponto foi adiciona um lápis significando que a edição vetorial foi
ativada.
Agora, clique no ícone Adicionar ponto e, ao posicionar o cursor do
mouse na Tela de Visualização, veja que o seu símbolo foi alterado para
uma mira , onde o seu centro corresponde à posição a qual se deseja
criar o ponto.
 
Selecione a feição a ser adicionada, como demonstrado na figura 16A,
clicando com o sobre o local desejado a ser criado a feição pontual.
Observe que no centro do cursor do mouse aparece um ponto na cor
vermelha e, prontamente, aparece a janela de diálogo para adicionar
informações de atributos. Como neste caso não vamos atribuir tal
informação, clique em ou clique na tecla do teclado e,
pronto, a feição foi criada (figura 16B).
Figura 16. Adição de ponto e a tabela de atributo (A) e o ponto adicionado (B).
Utilize o ícone Ferramenta de vértice , localizado do lado direito do
ícone (figura 17A). Ela possibilita selecionar vértice, movê-lo, visualizar
e editar suas coordenadas (x, y) e dimensão adicional (r). 
Ao selecionar esta ferramenta, veja que o cursor do mouse muda para uma
cruz na cor preta . Ao aproximar o curso da feição que será
movimentada, veja que aparece dois círculos na cor vermelha (figura 17B).
Selecione a feição clicando com o , fazendo com que apareça um “x” na
cor vermelha (figura 17C). Com isto, a feição fixa no cursor do mouse,
possibilitando a sua movimentação e no local de destino aparece o “x” na
cor vermelha (figura 17D).
Vamos fazer a Edição Vetorial da Camada Pontos,
vetorizando as obras e edificações!!
Caso tenha posicionado uma feição pontual no lugar errado, o que
fazer para corrigir?
26
Observe que ao lado do ícone há uma seta direcionada para baixo,
como ilustrado na figura 18A. Sempre que um ícone possuir esta seta,
indica que há outras opções desta ferramenta. Neste caso há três opções:
Figura 17. Utilização da Ferramenta de vértice.
> Possibilita mover e verificar o
vértice de todas as Camadas
ativas; 
> Proporciona mover e verificar o
vértice da Camada que está
selecionada no Painel de Camadas
> Ativa o referido Painel, como
mostra a figura 18B
Figura 18. Ferramenta Vértice e suas opções.
Para visualizar as
coordenadas (x, y) e dimensão
adicional (r), clique no ícone
com o e observe que a
feição selecionada estará com
um círculo vermelho no seu
entorno (figura 19A) e as
informações na tabela
aparecerão na forma de uma
planilha com as colunas x, y e
r. Para editá-las basta clicar
duas vezes com o na
coluna desejada e note que a
linha fique na cor azul, bem
como o círculo na feição
(figura 19B). 
A Escolhendo a posição desejada, clique novamente com o para fixar a
feição (figura 17E). Pronto, a feição foi movida para o novo local.
Para excluir , recortar e copiar uma ou mais feições deve-se,
primeiramente, clicar no ícone Selecionar feições(localizado na barra
de ferramentas de atributos). Ao selecionar esta ferramenta, observe que
o cursor do seu mouse altera . Para selecionar a(s) feição(ões) desejada(s)
na Tela de Visualização (figura 20A), depois clique com o e arraste-o de
modo a gerar um retângulo na cor laranja claro de formato transparente
(figura 20B). As feições localizadas totalmente dentro do retângulo estarão
selecionadas e terão a coloração amarela e com um x na cor vermelha
(figura 20C). Caso deseje desativar a seleção, clique no ícone Desfazer
seleção de feições ou aperte os botões do teclado simultaneamente
Ctrl+Alt+A.
27
Figura 19. Visualizar e editar as coordenadas do vértice.
Figura 20. Seleção de
feição.
Observe na Figura 20C que ao selecionar as feições, os ícones modificar
atributos selecionados , , e estão habilitados, agora é só escolher
a opção desejada. Outra forma de eliminar feições, invés de selecionar o
ícone pode ser apenas clicando na tecla . Em ambos os casos
aparecerá a janela de diálogo questionando se realmente deseja continuar
com a eliminação das 2 feições. Caso deseje continuar com o
procedimento, basta clicar em , caso contrário, clique em 
 (figura 21).
Se por acaso, optar por e , o ícone colar será habilitado. Para
anular ação clique no ícone desfazer ou Ctrl+Z, ou para cancelar as
ações anuladas, clique no ícone refazer ou Ctrl+Shift+Z.
Após efetivar algumas vetorizações, recomenda-se salvar no arquivo,
clicando no ícone salvar e continue vetorizando. Caso queira finalizar
esta edição e continuar num outro momento, clique no ícone que
aparece a janela de diálogo perguntando se deseja salvar as alterações
realizadas. Clique em que a Barra de Ferramenta será desativada.
28
Figura 21. Eliminar feição.
Figura 22. Vetorização das informações de obras e edificações.
Para fixar estas ações, como ATIVIDADE, vamos fazer a
vetorização de mais algumas feições de obras e
edificações. Para isto, divide visualmente a Carta
Topográfica de Ibitiara em 16 partes, como ilustrado na
figura 22A. Selecione o último quadrante do canto
esquerdo inferior, vide figura 22B.
29
Os procedimentos para a criação de uma nova camada shapefile são os
mesmos da apresentada no item 2.2.1. A diferença está no acréscimo da
informação de atributos, ou seja, um NOVO CAMPO. Para tanto, vamos
efetuar a vetorização da informação do tipo de geometria pontual da
hipsometria, que são os pontos cotados. Estes dados possuem as
informações de altitude. Mas antes, se faz necessário uma breve descrição
sobre este tipo de geoinformação.
 
De modo geral, os pontos cotados têm a finalidade de identificar a altitude
máxima verificada em determinados pontos distribuídos pela superfície
terrestre ao nível médio dos mares, notadamente aqueles que apresentam
destaque no relevo, como os de maior altitude em relação às áreas
vizinhas. Eles são representados na Carta Topográfica por um X na cor
sépia (marrom-avermelhado) com valor de cota (altitude), e os valores
numéricos utilizados são inteiros e finitos, como ilustrado na figura 23.
Figura 23. Identificação dos pontos cotados.
Seguindo a nomenclatura do IBGE (2009) para arquivos vetoriais,
apresentado na criação do arquivo no item 2.2.1., o arquivo de Pontos
Cotados terá o seguinte nome: 
“hp_ponto.shp”, onde: hp corresponde a hipsografia.
Camada Pontos Cotados
572
Criando uma nova camada pontual com informações de
altitude!
1. Nome do Arquivo: hp_ponto.shp;
2. Codificação de arquivo: escolha a opção UTF-8;
3. Tipo de geometria: escolha a opção ponto;
4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a
dimensão;
5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone para selecionar
o SRC, que é EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTMzone 23S (IBGE, 2021);
7. Novo Campo: neste item vamos adicionar o atributo com as
informações de altitude, da seguinte forma:
 Nome: vamos denominar de Cota (figura 24A);
Tipo: selecione a opção número inteiro (figura 24A);
Comprimento: reporta a quantidade de dígitos no número. De acordo
com o IBGE (2023) a altitude mais alta em território nacional é o Pico da
Neblina, com altitude aproximadamente de 2.994, com isso, podemos
estabelecer que o valor numérico de altitude não ultrapassará 4 dígitos,
assim, estabelecemos que o comprimento deste campo será 4 (figura
24B).
30
Figura 24. Novo Campo.
Para criar a camada, clique em Camada > Criar Nova camada > Nova
Camada Shapefile…, e na janela de diálogo vamos colocar as seguinte
informações: 
Em seguida clique em .
Este Novo campo será adicionado na Lista de Campos (figura 25A). Como
não vamos utilizar o campo id, vamos removê-lo. Para tanto, basta
selecioná-lo, clicando com o . Observe que o campo ficará assinalado
com a cor azul (figura 25B). Em seguida clique em , que ele será
removido da lista (figura 25C).
Preenchido todos os campos, clique em e, pronto, o arquivo foi
criado e adicionado ao Painel de Camadas.
Figura 25. Lista de Campos.
Na figura 31 que a lista de campos
fornece informações sobre o nome,
tipo, comprimento e precisão do
campo.
Como a camada oe_ponto estava selecionada no Painel Camadas, vide
figura 26A, a camada hp_ponto foi adicionada por cima dela, vide figura
26B.
Figura 26. Posição da camada hp_ponto.
Agora vamos fazer a Edição Vetorial da Camada
Pontos Cotados!
A edição vetorial deste novo arquivo ocorre da mesma maneira que no
arquivo oe_ponto. Porém, neste vamos acrescentar a informação do
atributo Cota.
Para ativar a edição, clique no ícone , depois clique no ícone .
Selecione na Tela de Visualização a feição a ser vetorizada, clicando
com o e, de imediato, aparece a janela de diálogo para digitar a
informação do atributo Cota (neste caso, digite 545), como ilustrado na
figura 27. Em seguida clique em ou na tecla . Pronto,
feição criada.
Figura 27. Criando feição com a informação de atributo.
31
32
Para isto, deve-se selecionar a feição desejada com o ícone e em
seguida abrir a Tabela de atributos, e pode ser feita da seguinte forma: no
Painel Camadas selecione hp_ponto, clique com o para visualizar o
menu de funcionalidade da camada e selecione a opção Abrir tabela de
atributos, como demonstrado na figura 28A; ou na Barra de Ferramentas
Atributos, clique no ícone (figura 28B) ou clique no botão do
teclado.
Figura 28. Localização do ícone Abrir tabela de atributos.
Por acaso, tenha digitado o valor da cota errado. Como fazer para
corrigir?
Prontamente, abre-se a Tabela de atributos. Como tem várias feições,
torna-se necessário posicionar o campo da feição no início da tabela. Na
coluna de ícones da Tabela de atributos, clique no ícone Mover a
seleção para o topo. Observe na figura 35 que foi selecionado o Ponto
Cotado com valor de Cota 523 e, na tabela de atributos o valor digitado foi
52 (figura 29A). Para corrigir, clique duas vezes no campo para habilitar a
sua digitação, digite o valor correto, 523 (figura 29B), e clique com o , ou
no botão , para fixar o valor atualizado, como demonstrado na
figura 29C.
E se eu quiser editar duas camadas simultaneamente?
33
Figura 29. Correção na tabela de atributos.
Pronto, está corrigido o valor da Cota.
No QGIS há a possibilidade de realizar a edição de duas ou mais camadas
simultaneamente. Para isso, basta ativar a edição e no momento que for
criar a feição, selecione a Camada desejada no Painel de Camadas (figura
30).
Figura 30. Efetivando a edição vetorial em mais de uma
Camada.
Com a possibilidade de editar mais de uma camada, podem ocorrer
equívocos na vetorização. Por exemplo, ao editar feições do arquivo
oe_ponto (veja na figura 31A que no Painel Camadas ele está selecionado)
e, sem querer, acaba editando feições do arquivo hp_ponto, comoilustrado na figura 31A.
Para corrigir, basta selecionar as feições com o uso do ícone . Ao
selecionar as feições, note que a sua coloração foi alterada para a cor
amarela e com um X na cor vermelha. Logo, clique no ícone , como
apresentado na figura 31B. Observe na figura 31C que as feições foram
recortadas do arquivo oe_ponto. Agora, selecione no Painel Camadas o
arquivo hp_ponto, vide figura 31D, e clique . Pronto, as feições foram
coladas no arquivo hp_ponto e aparece uma tarja em azul na Tela de
Visualização relatando que a ação foi realizada. As duas feições aparecem
na cor amarela e com um X na cor vermelha, por estarem selecionadas,
como ilustrado na figura 31E.
34
Figura 31. Corrigindo erros na vetorização entre feições.
É importante salientar que esta ação pode ser feita apenas de ponto para
ponto, linha para linha e polígono para polígono. Além disso, este
procedimento ocorre com sucesso para a geoinformação, mas os campos
de atributos serão copiados caso seja o(s) campo(s) for(em) idêntico(s)
entre as camadas. Caso contrário, os campos de atributos terão a
informação Null, ou seja, sem informação (figura 31F).
Ao trabalhar com a edição de várias camadas simultaneamente, o QGIS
possibilita salvar, reverter ou cancelar a edição para a(s) camada(s)
selecionada(s) ou todas as camadas ativas, como ilustrado na figura 32.
35
Figura 33. Vetorização das informações dos pontos cotados.
Figura 32. Salvando Camadas ativas.
 Como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização de mais
algumas feições de pontos cotados. Para isto, divide
visualmente a Carta Topográfica de Ibitiara em 16 partes,
como ilustrado na figura 33A. Selecione o último
quadrante do canto esquerdo inferior, vide figura 38B.
Veja que na figura 33B estão as feições de Obras e
Edificações. 
36
Edição Vetorial - Geometria
Linear
Na figura 39 observe a presença de feições geométricas lineares que
representam estradas, cursos d’água e curva de nível, cada um com sua
forma, comprimento e direção. Em SIG, tais feições são modelos de
representação vetorial de geometria linear e sua estrutura está baseada
em par de coordenadas (x1, y1), interligada por um arco (também
denominado de segmento de reta, cadeia, limite ou ligação) até outro par
de coordenadas (x2, y2). O par de coordenadas é denominado de vértice,
representado por uma cruz de cor vermelha, como ilustrada na figura 40.
Desta forma, uma feição linear deve ter no mínimo 2 vértices (figura 34A)
e, quando possuem mais de 2 vértices, comumente são denominadas de
polilinha, multilinha ou sequência linear (ATHAN, 2012).
Observe na figura 34B que os vértices moldam o formato e a direção da
feição. Desta maneira, quanto maior a sua sinuosidade, mais vértices
possui.
Figura 34. vértices, segmentos de reta e polilinhas.
No QGIS ao ativar camadas vetoriais de geometria linear, veja que na Tela
de Visualização será visualizado apenas as polilinhas, como ilustrado na
figura 35. A apresentação visual é produzida por conveniência ou
necessidade humana mas não é necessária para o computador. 
Agora vamos entender o que é a geometria linear no QGIS!
1. Toponímia: para informar a denominação do curso d’água (córrego, rio,
riacho, …); e
2. Nome: o nome do curso d’água. 
OBS.: Há cursos d’água que não possuem denominação, nestes casos, o
campo dos atributos não serão preenchidos.
Seguindo a nomenclatura do IBGE (2009) para arquivos vetoriais, o
arquivo de Hidrografia terá o seguinte nome: 
 “hd_linha.shp”, 
Independente da geometria (ponto, linha ou polígono), o procedimento
para criar uma nova camada shapefile é o mesmo, clicando em Camada >
Criar Nova camada > Nova Camada Shapefile…, abrirá a janela de
diálogo de criação, e colocamos as seguintes informações: 
1. Nome do Arquivo: hd_linha.shp
2. Codificação de arquivo: escolha a opção UTF-8;
3. Tipo de geometria: escolha a opção string de linha;
4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão;
Camada Hidrografia
Com a camada shapefile do tipo linear, vamos criar e realizar a
vetorização da hidrografia, tendo como atributos os campos:
37
Figura 35. Representação de informações vetoriais de geometria linear.
onde: hd corresponde a hidrografia; e linha
reporta ao tipo de geometria.
Para realizarmos a edição vetorial da Camada hd_linha deve,
primeiramente, selecioná-la no Painel Camadas, para depois selecionar o
ícone na Barra de Ferramenta de Vetorização. Note que ao invés de ter o
ícone Adicionar ponto , tem-se o ícone Adicionar linha . A alteração
deste ícone ocorre em função do tipo de geometria da camada selecionada
no Painel Camadas.
5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone para selecionar o
SRC, que é EPSG: 31983 - SIRGAS2000 / UTMzone 23S (IBGE, 2021);
6. Novo Campo: neste item vamos adicionar dois atributos, sendo um de
cada vez, sendo o primeiro o Toponímia. Assim, vamos preencher as
informações deste campo:
Nome: vamos denominar de Toponímia;
Tipo: selecione a opção texto (string);
Comprimento: reporta a quantidade de letras. Como a denominação
dos cursos d’água não ultrapassa 10 letras, vamos adotar este valor
como limite.
Em seguida clique em .
O segundo Novo Campo, terá as seguintes informações:
Nome: vamos denominar de Nome;
Tipo: selecione a opção texto (string);
Comprimento: Como existem alguns nomes compridos, vamos adotar
como limite a quantia de 20 letras.
Em seguida clique em .
Estes dois novos campos foram adicionados na Lista de Campos e, como
não vamos utilizar o campo id, vamos removê-lo, para tanto, selecione-o
clicando com o . Em seguida clique em . Pronto, campo
removido.
Preenchido todos os campos, clique em , pronto, arquivo criado e
adicionado ao Painel Camadas.
Vamos fazer a Edição Vetorial da Camada
Hidrografia!
38
Na Tela de Visualização escolha o curso d’água a ser vetorizado, como
demonstrado na figura 36A. De preferência, inicie a vetorização da nascente
em direção a sua foz. Agora, posicione o cursor do mouse no início do curso
d’água e clique com para criar o 1º vértice. Ao mover o cursor do mouse,
note que há um arco, de formato pontilhado e na cor vermelha, ligando o
cursor do mouse até o 1º vértice (figura 36B). Posicione o cursor do mouse à
jusante do 1º vértice, de modo que este arco esteja totalmente sobreposto
ao curso d’água. Feito isso, crie o 2º vértice (figura 42C). De imediato, o arco
entre o 1º e o 2º vértice está no formato contínuo e na cor vermelha. A
inserção de novos vértices e arcos ocorre da mesma forma, como esboçado
na figura 36D. Inserido todos os vértices até chegar na foz do curso d’água,
clique com o para finalizar a vetorização. Prontamente, abre a janela de
diálogo dos atributos (figura 36E). Como este curso d’água não possui
Toponímia e nem nome, tais informações ficarão em branco, portanto,
clique em ou na tecla do teclado. Pronto, feição
criada.
39
Figura 36. Edição vetorial
linear.
Desta forma, pode-se dizer que a vetorização é semelhante à técnica de
desenho de observação com papel vegetal, onde o desenhista sobrepõe o
papel vegetal numa figura e com um lápis extrai os traços de contorno,
concentrando-se na sua forma. Mas, agora, realizamos estes traços no
computador de modo sistemático, com o auxílio do monitor, mouse e
programas.
Na versão 3.32 há a possibilidade de escolher 3 formas de vetorização da
linha, que estão disponíveis no ícone localizado à direita do ícone , como
constatado na figura 37. 
A primeira opção é Digitalizar com segmento, comumente conhecida
como vetorização passo a passo, onde cada clique com o é inserido um
vértice. Esta é a opção padrão e foi utilizada na vetorização do curso d’água
descrita anteriormente. A segunda opção é a Vetorização Contínua e
funciona da seguinte forma: ao inserir o 1º vértice,movimente o cursor do
mouse para a direção que deseja digitalizar a linha que os arcos e vértices
são criados automaticamente. O espaçamento entre os vértices é
estabelecido no item Tolerância de Transmissão, sendo utilizado como
unidade de medida o tamanho do pixel (px). Na figura 37 observe que a
Tolerância de Transmissão estabelecida foi de 10 px, ou seja, a cada 10 pixels
é inserido um vértice.
40
Figura 37. Opções de vetorização.
A terceira opção é Digitalizar com curva, utilizada para digitalizar uma
curvatura e para apresentar o seu funcionamento, tomamos como exemplo o
meandro de curso d’água: 1) cria-se um vértice antes da curva (figura 38A),
em seguida cria-se um “vértice temporário”, indicando o final desta
curvatura (figura 38B), com base neste “vértice temporário”, molda-se a
curvatura, para depois criar o vértice de modelo da curvatura (figura 38C). 
No momento da vetorização há a possibilidade de alternar entre essas
opções. 
O item Digitalizar feição serve para criar a figura geométrica de um
círculo do seguinte modo: crie o primeiro vértice com o e o
estabelecimento do segundo vértice define a direção e o diâmetro do círculo
(figura 39A), para criá-lo clique com o . A janela para colocar a informação
do atributo irá abrir, clique em .Pronto, a feição foi criada, vide figura
39B.
O processo de mover um vértice, feição linear, de local funciona da mesma
forma que de um ponto, como explicado no item 4.1.1. Todavia, como na
feição linear são visualizados apenas os arcos, faz-se necessário utilizar a
ferramenta .
41
Figura 38. Vetorização com curva.
Figura 39. Digitalizar feição.
E se um ou mais vértices forem posicionados em locais errados,
como corrigir?
42
Ao posicionar o cursor do mouse próximo de uma feição linear, observe que
a sua cor é alterada para o vermelho e os vértice são demarcados por um
círculo de mesma cor; e o vértice mais próximo do cursor do mouse recebe
um círculo a mais, vide figura 40A. Ao posicionar o cursor do mouse
próximo de um arco, note que aparece uma faixa transparente na cor
vermelha, cobrindo toda sua extensão, com um sinal de mais na cor cinza,
localizado no centro do arco (figura 40B). Ao direcionar o cursor do mouse
neste sinal, a faixa transparente desaparece e a cor do sinal passa a ser
vermelha (figura 40C). Este sinal possibilita a adição de um novo vértice e
dividindo-o ao meio, o midpoint. Para isso, basta dar um clique com o .
Observe que o arco é dividido ao meio, onde o novo vértice está fixo ao
cursor do mouse e os arcos estão no formato pontilhado, podendo
posicioná-lo em qualquer lugar. Na posição original tem-se um arco virtual
no formato contínuo. Posicione o vértice no local desejado, clicando com o 
e, automaticamente, o arco virtual desaparece (figura 40D).
Figura 40. Ajustes com os
vértices.
Para criar um novo vértice ao longo do arco em destaque, basta clicar
simultaneamente duas vezes com o . Para soltar o vértice criado, basta
clicar uma vez com o no local desejado (figura 40E). Para mover o arco e
os vértices, dê um clique com o ao longo do arco desejado. Para soltar o
arco, clique uma vez com o no local desejado (figura 40F). Pronto, a
figura 40G demonstra o ajuste da feição sobrepondo a imagem. E para
retornar a vetorização da linha, direcione o cursor do mouse para um dos
nós. Note que o nó está destacado com dois círculos nas cores vermelhas e
há a presença de um sinal de mais em cinza (figura 40H). Ao aproximar o
cursor do mouse do sinal de mais, veja que sua cor alterou para vermelha
(figura 40I). Clique com o e veja que foi criado um arco na cor vermelha
com formato pontilhado (figura 40J). Agora, faz-se a edição das novas linhas. 
Para mover mais de um vértice, selecione o ícone , em seguida clique
com o próximo da área que deseja selecionar, mantenha o botão
pressionado e arraste formando um retângulo de cor azul (figura 41A). Veja
que os vértices inseridos no retângulo foram selecionados e aparecem com
um círculo na cor azul (figura 41B). Clique uma vez com o em qualquer um
desses vértices com o círculo na cor azul para mover toda a área (figura 41C).
Para soltar o arco, clique uma vez com o no local desejado (figura 41D).
Para visualizar os valores (x, y) dos vértices, clique com o para abrir o
Painel Editor de Vértice (figura 41E). Caso deseje deletar os vértices
selecionados, clique em , e veja que o nós ficarão na cor azul (figura
41F).
43
Figura 41. Seleção de diversos vértices.
Como um curso d’água poderá ter mais de uma feição, pois a cada
confluência será criado uma nova feição, pode-se colocar a informação dos
atributos depois, pois a ferramenta possibilita inserir a informação dos
atributos em mais de uma feição. Para isto, basta selecionar as feições
desejadas, no caso as do Rio Paramirim como ilustrado na Figura 44. Logo,
selecione o ícone para abrir a janela de diálogo dos Atributos. Digite as
informações de Toponímia e Nome. Observe que no final de cada campo de
interação há uma sequência de 3 fichas na cor verde (figura 44A). Ao
iniciar a digitação, a cor das caixas altera-se para a cor vermelha (figura
44B), indicando que houve modificações, precisando ser salvo.
44
Ao digitalizar os cursos d’água, recomenda-
se que a cada confluência seja criado uma
nova feição, como ilustrado na figura 42. E
nestas confluências é importante o uso da
Barra de Ferramenta de aderência, para que
as feições estejam conectadas
independente da escala.
Figura 42. Vetorização de
cursos d’água.
Quando encontrar um curso d’água que tenha Toponímia e Nome, por
exemplo o Rio Paramirim, ao finalizar a vetorização, abre-se a caixa de
diálogo dos atributos e digite as informações, como ilustrado na figura 43.
Figura 43. Informações de Toponímia e Nome.
 Como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização das
feições de hidrografia e criar duas novas camadas de
geometria linear: do sistema viário (estradas, caminhos) e
da hipsometria (curva de nível), denominando os de
sv_linha e hp_linha, respectivamente. Para isto, vamos
seguir o modelo das atividades anteriores de dividir a
Carta Topográfica de Ibitiara em 16 partes (figura 45A).
45
 Figura 44. Digitando as informações de atributos em várias feições.
Figura 45. Vetorização de informações lineares.
Veja que na figura 52B estão
inseridas as feições de Obras e
Edificações e Pontos Cotados.
Polígono corresponde a região do plano limitada por arcos conectados de
tal forma que o último nó seja idêntico ao primeiro, fechando-o, compondo
um perímetro. Por isto, Câmara (2001) e Silva (2019) os denomina de linha
poligonal. O polígono divide o plano em duas regiões, sendo a interna
(incluindo a fronteira com a poligonal fechada) e a externa. Os polígonos
podem ter três formas diferentes de utilização: 
Objetos isolados: que não se tocam, sendo muito comum em
modelagem vetorial de dados em aplicações urbanas como edificações,
piscinas e quadras. Estes dados não possuem segmentos poligonais
compartilhados;
Objetos alinhados: formados por linhas que não se cruzam, tais como
curvas de nível, e são entendidas como estando “empilhadas” umas
sobre as outras;
Objetos adjacentes: correspondem a toda e qualquer divisão
territorial, onde existe o compartilhamento de fronteiras entre objetos
adjacentes, empregando-se o conceito de vizinhança, gerando assim, a
necessidade do uso de estruturas topológicas. Exemplos: divisão de
bairros, setores censitários, unidades federativas e mapas temáticos
(geologia, pedologia, uso de solo), entre outros.
Agora vamos entender o conceito da edição
vetorial poligonal e aplicar!
46
Edição Vetorial - Geometria
Poligonal
Camada Hidrografia
Polígono 
Vamos criar e realizar a vetorização de barragem e/ou lago
da hidrografia, com os mesmos atributos de hd_linha!
 Toponímia: para informar a sua denominação (represa, lago, lagoa, …); e1.
 Nome: o nome da represa e/ou lago. 2.
Seguindo a nomenclaturado IBGE (2009) para arquivos vetoriais, o arquivo
de Hidrografia terá o seguinte nome: 
 
 “hd_poligono.shp”, onde: hd corresponde a hidrografia;
e poligono reporta ao tipo de geometria.
Independente da geometria (ponto, linha ou polígono), o procedimento
para criar uma nova camada shapefile é o mesmo, clicando em Camada >
Criar Nova camada > Nova Camada Shapefile…, abrirá a janela de
diálogo de criação, e colocamos as seguintes informações: 
1. Nome do Arquivo: Clique no ícone para selecionar a pasta de
armazenamento, que irá abrir uma janela de diálogo. Nesta janela selecione
a subpasta vetorial, que foi criada anteriormente, e em nome digite
hd_poligono.shp;
2. Codificação de arquivo: escolha a opção UTF-8;
3. Tipo de geometria: escolha a opção polígono;
4. Dimensões adicionais: neste momento não será adicionado a dimensão;
5. Sistema de Referência Cartográfica: clique no ícone , na área ‘’filtro’’
digite SIRGAS 2000 e busque na parte de ‘’Sistemas de Referência de
Coordenadas Predefinidas’’ a opção SIRGAS 2000 / UTM zone 23S
EPGS:31983. Selecione e clique em OK (mesmo procedimento feito em
pontos e linhas).
6. Novo Campo: neste item vamos adicionar dois atributos, sendo um de
cada vez, sendo o primeiro o Toponímia. Assim, vamos preencher as
informações deste campo:
Nome: vamos denominar de Toponímia;
Tipo: selecione a opção texto (string);
Comprimento: reporta a quantidade de letras. Como a denominação
dos cursos d’água não ultrapassa 10 letras, vamos adotar este valor
como limite.
Em seguida clique em .
47
O segundo Novo Campo, terá as seguintes informações:
Nome: vamos denominar de Nome;
Tipo: selecione a opção texto (string);
Comprimento: Como existem alguns nomes compridos, vamos adotar
como limite a quantia de 20 letras.
Vamos fazer a Edição Vetorial da Camada Hidrografia
Polígono!
Em seguida clique em: 
Estes dois novos campos foram adicionados na Lista de Campos e, como
não vamos utilizar o campo id, vamos removê-lo, para tanto, selecione-o,
clicando com o . Em seguida clique em . Pronto, campo
removido.
Preenchido todos os campos, clique em , e pronto, arquivo criado
e adicionado ao Painel Camadas, como ilustrado na figura 46.
Figura 46. Inserção da camada hp_hidrografia no
Painel Camadas.
48
O procedimento de vetorização de polígonos é o mesmo utilizado na
vetorização de ponto e linha. Antes de iniciar a vetorização, veja se no
Painel Camadas o arquivo hd_poligono está selecionado. Feito isto, clique
no ícone na Barra de Ferramenta de Vetorização e depois no ícone
Adicionar Polígono .
Na Tela de Visualização escolha a representação de um lago para fazer a
vetorização, como demonstrado na figura 47A. De preferência, inicie a
vetorização próxima a demarcação da drenagem. Vamos iniciar a
vetorização, lembrando que o procedimento da edição vetorial poligonal é
igual a edição linear e o modo de vetorização será a opção . Clique com
o para criar o 1º vértice e após a inserção do 2º vértice, veja que há um
arco tracejado, na cor vermelha, unindo o cursor do mouse ao 1º vértice e
o preenchimento da área, também de cor vermelha, no modo transparente
(figura 47B). Estas são informações virtuais, servindo de guia para que o
editor tenha conhecimento sobre a área e o posicionamento do último
vértice (figura 47C). 
Delimitado a área do lago até chegar próximo ao 1º vértice, de modo que o
arco entre o último vértice e o 1º esteja no local correto, clique com para
finalizar a vetorização (figura 47D). Prontamente, abre a janela de diálogo
dos atributos (figura 47D). Como este curso d’água não possui Toponímia e
nem nome, tais informações ficarão em branco, portanto, clique em 
. ou na tecla do teclado. Pronto, feição criada (figura 47E).
49
Figura 47. Processo de criação do polígono.
 Como ATIVIDADE, vamos fazer a vetorização das
feições de hidrografia dos lagos, lagoas, represas,
seguindo o modelo das atividades anteriores, com a Carta
Topográfica de Ibitiara dividida em 16 partes (figura 48A)
e realizar a vetorização apenas no último quadrante do
canto esquerdo inferior, vide figura 48B.
Com a finalização desta etapa, produzimos os três tipos de geometria
possíveis no formato shapefile ( , e ), utilizando as diversas
funcionalidades da Barra de ferramentas de Vetorização do QGIS, da
versão 3.32.
50
Figura 48. Vetorização da hidrografia poligonal.
Agora, para uma melhor compreensão e intuição do significado das
geoinformações, vamos ajustar a simbologia (cor e estilo das linhas e
área), possibilitando a sua leitura.
Simbologia 
Para realizar a alteração da simbologia das camadas, tomamos como
exemplo a camada oe_ponto, para isto a selecione no Painel Camadas,
clique com o para visualizar o menu de funcionalidade da camada e
selecione a opção Estilo (Figura 49A). 
Prontamente, abre-se a opção para alterar a cor da camada, com uma
paleta de cores e as cores recentes (figura 49B). Selecione a cor preta .
Observe na Tela de Visualização que o tamanho das feições de oe_ponto
estão com um tamanho maior que o representado na Carta Topográfica
de Ibitiara. Assim, vamos alterar o seu tamanho. Para isto, clique em
Editar Símbolo… (figura 49B). Logo, abre-se a janela denominada de
Selecionador de símbolos (figura 50A). Note que seu tamanho é de 2 mm,
altere para 1 mm. Em seguida clique em .
Agora vamos realizar o mesmo procedimento na camada hp_ponto.
Neste caso, vamos empregar a mesma cor utilizada pelo IBGE, que é a
cor sépia (ou marrom-avermelhada). Para tanto, ative a janela
Selecionador de símbolos (figura 50A), da mesma forma que foi realizada
na camada oe_ponto. No item cor, há uma ícone com uma seta para
baixo localizado no final deste item. Clique nele para abrir a janela de
edição de cores e selecione a opção Capturar Cor. 
51
Figura 49. Ferramenta Estilos.
Vamos fazer a Edição da Simbologia! 
Observe também que o cursor do mouse foi alterado para um formato de
“conta gotas” , agora, você pode obter a cor diretamente da Tela de
Visualização, e ao movimentar o mouse, veja que a coloração no item cor
da janela Selecionador de símbolos vai alterando. Neste caso, vamos
adquirir a cor sépia da curva de nível, como ilustrado na figura 51. Para
capturar a cor essa coloração, clique com o .
O próximo passo corresponde a alteração da simbologia do ponto cotado,
de círculo com preenchimento , para uma cruz . 
52
Figura 50. Selecionador de símbolos.
Figura 51. Captura da cor sépia.
Em seguida clique em .
Para a camada hd_linha efetue o mesmo procedimento: alterar a cor para
azul e modificar o Estilo do traço: de Linha sólida para Linha tracejada
(figura 53). 
53
Para isto, na janela Selecionador de símbolos, selecione Marcador Simples
para alterar as opções de alteração (figura 52A). No canto direito há uma
barra de rolagem, direcione até o final para visualizar a opção de símbolos.
Selecione a cruz. Imediatamente, o símbolo do Marcador Simples é
alterado (figura 52C). 
Figura 52. Alteração do símbolo.
Figura 53. Alteração do símbolo Estilo do traço.
Em seguida clique em .
Realizar as mudanças da simbologia e cor das Camadas st_linha e
hp_linha. No caso da Camada hd_poligono, deve-se fazer a alteração a Cor
de preenchimento para azul, o Estilo do preenchimento, de Sólido para
FDiagonal (figura 54) e Cor do traço para azul.
54
Figura 54. Alteração do Estilo do Preenchimento.
Em seguida clique em .
Para finalizar, vamos visualizar o resultado da alteração da simbologia e da
cor das geoinformações com a Carta Topográfica (figura 55A) e sem a Carta
Topográfica (figura 55B).
Figura 55. Visualização das geoinformações após a alteração dos símbolos e cores.
55
Comisto chegamos ao término desta atividade
utilizando a Barra de Ferramentas de Vetorização.
Para um melhor ajuste da vetorização, o QGIS
possui outras barras de ferramentas como a:
Ferramentas de Aderência e Barra de Ferramentas
de Vetorização Avançada, tema para o nosso
próximo caderno!
INSTITUTO
DE GEOCIÊNCIAS
IGEO

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