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RESUMO DE FISIOLOGIA- PARTE DO PROFESSOR AUGUSTO 
NERVOS CRANIANOS:
Os nervos cranianos são aqueles que fazem conexão com o encéfalo. Existem 12 pares desses nervos
1- Nervo Olfatório: constituído por feixes nervosos que se originam na parte olfatória da mucosa das fossas nasais e terminam no bulbo olfatório. Ele é sensitivo e responsável pelos impulsos olfatórios 
2- Nervo Óptico: feixes de fibras nervosas originadas na região da retina que penetram no crânio através do canal óptico, nervo sensitivo que tem função de visão, impulsos visuais 
3- Nervo Oculomotor: sua função é movimentação dos músculos extraoculares, músculos da íris (pupila) e ciliar 
4- Nervo Troclear: motricidade do musculo superior do olho 
5- Nervo Trigêmeo: controle da mastigação, percepções sensoriais da face, seios da face e dentes 
6- Nervo Abducente: motricidade do musculo reto lateral do olho 
7- Nervo Facial: sensitivo na língua e motor dos músculos da expressão da face, glândulas salivar e lacrimejar 
8- Nervo Vestibulococlear: sensitivo, composto por uma parte vestibular e uma parte coclear que apesar de unidas em um tronco comum, possuem origens, funções e conexões diferentes. A parte vestibular são impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio, a parte coclear relaciona-se com a audição
9- Nervo Glossofaríngeo: sensitivo na língua, motor nos músculos da faringe 
10- Nervo Vago: visceral, fibras aferentes e eferentes conduzem impulsos da faringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdômen 
11- Nervo Acessório: origina de neurônios do bulbo, apresenta uma raiz craniana, a qual une-se ao nervo vago e envia fibras motoras para os músculos da faringe e faringe, é um nervo acessório ao vago 
12- Nervo Hipoglosso: motricidade dos músculos da língua 
NEUROLOGIA M e N:
Ocorrem em várias partes do corpo, principalmente na pele. Divididas em: 
- TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES: São nociceptores mecanoceptores e termoceptores, distribuídos difusamente pelos tecidos, sua principal ação é na nocicepção= DOR. Sensoriais ligadas ao toque, formam-se na derme e ramificam-se até a epiderme, captam estímulos dolorosos. 
1 - CORPÚSCULO DE MEISSNER: distribuídos pela pele sem pelo, nos seres humanos principalmente nas mãos, língua, lábios, genitais, pouco presente em animais domésticos.
2 - CORPÚSCULO DE KRAUSE: receptores sensíveis no frio, encapsulados, localizam-se nas bordas da epiderme com as mucosas 
3 - CORPÚSCULO DE PACINI: se encontra no tecido conjuntivo, tanto na derme como nas vísceras, tendões e articulações, formados por uma terminação nervosa recoberta por finas camadas de tecido conjuntivo, uma minúscula cebola 
- TERMINAÇÕES NERVOSAS DO FOLÍCULO PILOSO: receptores formados por axônios que envolvem o folículo piloso, captam sensações mecânicas aplicadas contra o pelo. 
1 – DISCO DE MERKEL: terminações nervosas constituídas por ramificações axonais que terminam em expansões achatadas, sensação de toque e pressão.
2 – FUSOS NEUROMUSCULARES: feixes musculares modificados contidos dentro de uma cápsula. Sua principal função é sinalizar mudanças de comprimento do musculo o qual se encontra.
3 – OS ÓRGÃOS TENDÍNEOS DE GOLGI: transição do músculo para tendão, capsulas cheias de líquidos, quando a tensão muscular aumenta, as fibras tendíneas se contraem. Com isso as cápsulas cheias de líquido são comprimidas, aumentando a pressão nas terminações nervosas, aumento do fluxo de informação para o SNC. 
 
SISTEMA SOMATOSSENSORIAL E DOR:
Processa informações relacionadas à toque, dor e temperatura. Participam disso:
Mecanorreceptores: terminações nervosas livres, corpúsculo de Meissner, Pacini e Discos de Merkel 
Termorreceptores: corpúsculo de Ruffini, Krause e terminações nervosas livres (frio e calor)
Mecanoceptores e Termoceptores: Respondem a estímulos nocivos que podem causar dano tecidual. Após as lesões (podem ser térmicas = temperaturas muito altas – acima de 45°C ou muito baixas - abaixo de -5°C; ou mecânicas intensas) ocorrem liberações de mediadores inflamatórios (Bradicinina, PG), os vasos sanguíneos locais ficam permeáveis e ocorre edema. OCORRE UMA HIPERALGESIA LOCAL. 
VIAS SOMATOSSENSORIAIS: São duas vias (coluna dorsal e anterolateral). Ambas obedecem a um padrão geral de ordem de transmissão da informação: 
Neurônio de 1ª Ordem (Recebe o estímulo)
Neurônio de 2ª Ordem Localizado na ME = ANTEROLATERAL: C
Neurônio de 3ª Ordem (Localizado no tálamo)
Neurônio de 4ª Ordem (Córtex Somatossensorial) 
VIAS DA DOR:
1 – Substâncias cinzentas periaquedutal
2 – Lócus cerúleus
3 – Núcleos da Rafe 
4 – Substância Gelatinosa (portão da dor)
SISTEMA NERVOSO EFERENTE: 
O SN motor (eferente) é dividido em Somático e Autônomo, o SN Somático é Voluntário, agindo sob controle consciente. É composto de motoneurônios e fibras musculares por ele inervadas. Os corpos celulares dos neurônios estão no SNC (encéfalo ou medula); utilizando-se de sinapses com Ach.
O SN Autônomo é Involuntário, controlando os órgãos viscerais; cada via é composta por dois neurônios (Pré e Pós-Ganglionar).
Pré-ganglionar: Corpo Celular no SNC, sinapses com neurônio Pós-ganglionar - no gânglio fora do SNC e efetividade de ação correspondente.
Sistema Nervoso Autônomo ou Involuntário: O sistema nervoso autônomo controla os músculos que rodeiam os órgãos, regula inúmeros processos do corpo, entre eles:
1 - Controle dos reflexos e das ações involuntárias. // 2 - Pressão sanguínea.
3 - Respiração. // 4 - Digestão. // 5 - Ereção e ejaculação. // 6 - Contração e relaxamento muscular involuntário.
O SN Autônomo é dividido em Simpático e Parassimpático.
Os termos Simpático e parassimpático referem-se à origem dos neurônios pré-ganglionares:
SN SIMPÁTICO: Originam-se da porção toracolombar da ME.
Os nervos e os neurônios desse sistema se encarregam de colocar o corpo em um estado de alerta fisiológico (luta e fuga). Quando o cérebro manda um sinal de alerta ou ativação cortical por uma situação de estresse, o SN Simpático envia uma mensagem aos músculos e glândulas de nosso organismo para que coloquem o corpo em movimento das seguintes maneiras:
- A glândula suprarrenal libera adrenalina, dilata as pupilas, acelera a frequência cardíaca, abre as vias respiratórias, inibe o sistema digestivo, mantém o tônus muscular.
SN PARASSIMPÁTICO: Originam-se do tronco encefálico e da ME sacra. Esse sistema é responsável por fazer o corpo, voltar ao seu estado natural. Para isso, ele envia sinais ao cérebro para que este libere acetilcolina (Ach) e para que ela chegue aos neurônios encarregados de relaxar os músculos e órgãos. Tem como funções:
- Constrição das pupilas, redução do volume de ar nos pulmões, diminuição da frequência cardíaca, estimulação do processo digestivo, relaxamento muscular
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO: 
O SNE é uma rede de neurônios que integram o sistema digestivo (trato gastrointestinal, pâncreas, vesícula biliar), pode funcionar de modo independente, mas o sistema nervoso simpático e o parassimpático são capazes de ativar ou inibir as suas funções também.
Uma das comunicações entre o sistema nervoso entérico e o cérebro é informar quando comer e na saciedade. Isso é feito regulando uma série de hormônios que produzem essas sensações, conjunto de fibras nervosas que oferece ao cérebro uma sensação de prazer, no estresse, o sistema entérico é muito sensível.
Nos últimos anos, diversas pesquisas (ainda não conclusivas) foram realizadas para descobrir como a microbiota intestinal condiciona o comportamento e emoções, onde uma flora bacteriana ruim pode afetar o humor. 
INTERAÇÃO TGI x SNC (exemplo): Vômito: O centro do vômito localiza-se no Bulbo, tudo é mediado por vias aferentes e eferentes. São os eventos em sequência: Peristaltismo reverso, Aumento da P abdominal, Fechamento da glote e Expulsão do conteúdo gástrico.
CONTROLE CENTRAL DO MOVIMENTO:
O controle do movimento nada mais é do que a transformação de informação neural em energia física.
1- Atividade postural, involuntária (Sistema Extra-Piramidal)
2- Movimentação voluntária, aprendida (Sistema Piramidal)- SISTEMA EXTRA-PIRAMIDAL: Sistema envolvido com os atos motores automáticos. Podemos dizer que o caminho percorrido é:
Medula – Bulbo – Ponte – CEREBELO 
Fazem parte também os Núcleos da base, o Sistema vestibular, área do Córtex Motor e Pré-motor.
- Vestibulocerebelo: dominado pelo sistema vestibular manutenção do equilíbrio e movimentos oculares.
- Espinocerebelo: dominado pela ME, controla movimentos,
- Pontocerebelo: dominado pelo córtex, passando pela ponte, controla planejamento dos movimentos.
CEREBELO: regula a movimentação e a postura; responsável pela manutenção do equilíbrio, as atividades como andar, correr, pular são gerenciadas pelo cerebelo.
Camadas do córtex cerebelar: Existem 3 camadas:
1- Camada Granular: Camada mais interna, contêm Células granulares, Células de Golgi e Glomérulos (fibras musgosas). As células Glomerulares fazem sinapse com as Granulares e as de Golgi.
2- Camada de Células de Purkinje: Camada média, contêm as Células de Purkinge.
3- Camada Molecular: Camada externa, contêm Células externas, células em cesto e Dendritos das células de Purkinge e de Golgi.
Aferências do Córtex Cerebelar: A excitação do cerebelo ocorre por duas vias:
1- Vias Trepadoras: Se originam no bulbo e vão diretamente para as células de Purkinge.
2- Vias Musgosas: Maioria das fibras cerebelares, envolve todas as camadas.
Distúrbios Cerebelares: Animais acometidos com problemas cerebelares geralmente colocam as patas muito distantes (marcha de base ampla) e andam de forma descoordenada (ataxia), pela ausência do equilíbrio. Apresentam também tremor, nistagmo (tremor ocular) e assinergia (incoordenação dos músculos).
SISTEMA VESTIBULAR: Sistema usado para a manutenção do equilíbrio. Localizado no labirinto ósseo, temos as áreas:
- Canais Semicirculares: subdividido em posterior, lateral e anterior (preenchidos por endolinfa); detectam a movimentos do crânio, através da ampola (cheia de células ciliadas vestibulares - sensores). A massa gelatinosa que preenche a ampola chama-se cúpula.
- Órgãos Otolíticos: subdividido em utrículo e sáculo; detectam forças de levantar-se e abaixar. Possuem internamente uma área chamada de mácula que possui células vestibulares ciliadas.
Transdução Vestibular: Em situações de movimentação, a endolinfa encontrada no interior dos canais semicirculares gera disparos de estímulos das células ciliares. A movimentação em geral da cabeça (rotação, levantar-se e abaixar) também faz com que as células ciliares dos órgãos otolíticos se movam.
CÓRTEX MOTOR E PRÉ-MOTOR: O córtex motor (também conhecido como Área 4 de Brodmann) é uma região cerebral que, está localizada na porção dorsal do lobo frontal. É a região primária do sistema motor e trabalha em associação com outras áreas motoras, incluindo o córtex pré-motor (Área 6 de Brodmann), para planejar e executar movimentos. Toda a informação é enviada para o nervo vestibulococlear e depois descem para os músculos (manutenção da postura), parte vai ao cerebelo e outra parte tem uma via ao córtex motor (coordenação espacial motora).
O córtex motor primário é definido anatomicamente como a região do córtex que contém grandes neurônios conhecidos como Células Betz. As células de Betz, enviam axônios longos pela medula para sinapse nos circuitos que se conectam aos músculos.
 - SISTEMA PIRAMIDAL: Responsável pela elaboração e execução de programas organizados de movimentos. Para estudarmos o que é sistema piramidal.
Conceito de Neurônio Motor Superior e Inferior: Neurônio motor é um neurônio cujo corpo celular está localizado no córtex, no tronco cerebral ou na medula espinhal e axônio (fibra) se projeta para fora da medula espinhal para controlar diretamente os músculos.
Existem dois tipos de neurônios motores: os neurônios motores superiores e os neurônios motores inferiores.
Os neurônios superiores são os que no SNC influenciam os inferiores, agindo pela via Corticoespinhal (córtex cerebral para a ME) e Corticobulbar (córtex cerebral para tronco cerebral).
As lesões dos NMS causam sinais conforme abaixo:
- Movimento Inadequado: Distúrbios nos movimentos.
- Ausência de Atrofia: Como o NMI não está afetado, não se observa atrofia.
- Os reflexos segmentares permanecem: O sistema de reflexo não foi afetado, portanto reflexos são mantidos (ex: pinçamento do dedo).
Os neurônios inferiores são aqueles que se originam na medula espinhal e inervam os alvos efetores (fibras musculares). Dependendo da região da fibra muscular inervada são divididos em a (extrafusais) e y (intrafusais).
As lesões dos NMI causam: 
- Paralisia: Apesar do comando cerebral ocorrer, o resultado não ocorre. 
- Atrofia: Com o músculo não sendo usado ele atrofia. 
- Perda dos reflexos segmentares: A via dos reflexos necessita dos NMl para ocorrerem; portanto esses reflexos desaparecem.
 
NEUROFISIOLOGIA MUSCULAR: 
A propriedade do tecido muscular de se contrair chama-se contratilidade e a propriedade de poder ser distendido recebe o nome de elasticidade.
MÚSCULO: Os músculos são os tecidos responsáveis pelos movimentos dos animais, tanto os movimentos voluntários, com os quais o animal interage com o meio ambiente, como os movimentos dos seus órgãos internos (involuntários). Os músculos possuem duas funções comuns: gerar movimento e gerar força.
MUSCULATURA ESQUELÉTICA: As células musculares esqueléticas são inervadas por motoneurônios, os PA são propagados e na junção neuromuscular libera-se NT ocorrendo despolarização. O nome desse processo é Acoplamento Excitação Contração.
Fibras Musculares: Cada fibra muscular é uma unidade, multinucleada contendo miofibrilas. Nelas encontram-se os filamentos finos e grossos:
- Filamentos Grossos: Contêm a proteína de alto peso molecular chamada Miosina.
- Filamentos Finos: Contêm 3 proteínas: Actina (possui sítios de ligação com a miosina), Tropomiosina e a Troponina.
Sarcolema: É o nome que se dá à membrana plasmática das células musculares. O sarcolema envolve o sarcoplasma, que é o citoplasma da célula muscular.
Retículo Sarcoplasmático: Consiste no RE das células musculares. É especializado no armazenamento de íons cálcio.
Túbulos T: São a extensa rede de membranas das células musculares esqueléticas que se invaginam na fibra; conduzem o PA para o interior da fibra.
Acoplamento Excitação-Contração: Sequência de etapas:
- Impulso Nervoso.
- PA liberação de NT.
- Despolarização da célula.
- Abertura dos canais de Ca2+ no RS (proteínas dihidropiridina e rianodina).
- União de Ca2+ com a troponina.
- Interação actina-miosina.
A energia para a contração muscular é gerada pelo ATP; que atua tanto na ligação da actina com a miosina, quanto na sua separação (relaxamento muscular).
Quando falta ATP, a actina fica unida à miosina provocando enrijecimento muscular (rigor mortis).
SEM Ca2+ NÃO HÁ CONTRAÇÃO
Fibras musculares lentas e rápidas:
As fibras musculares lentas ou Tipo l (vermelha) = estão adaptadas à realização de trabalho contínuo, possuem maior quantidade de mitocôndrias, maior irrigação sanguínea e grande quantidade de mioglobina, capaz de estocar gás oxigênio (maratona).
As fibras rápidas ou Tipo II (branca) = são pobres em mioglobina, estão presentes em músculos adaptados a contrações rápidas e fortes (explosão).
- ML Unitária: encontrada no TGI, bexiga, útero e ureter. A contração é de forma coordenada devido a presença de junções comunicantes. Dessa forma todo o órgão pode se contrair de uma vez (o PA ocorre simultaneamente nas células).
MUSCULATURA LISA: Não possuem estriações, já que os filamentos (mesmo presentes) não estão organizados em sarcômeros. A ML é encontrada nas paredes dos órgãos, na vasculatura, nos ureteres, nos bronquíolos e nos olhos.
- ML Multiunitária: presentes na íris, músculos ciliares do cristalino e ductos deferentes. Cada fibra se comporta de forma distinta.
Estrutura celular:
Corpos Densos: Apoiam os filamentos de Actina e Miosina.
Calmodulina: Proteína que controla a ligação actina-miosina junto com o Ca2+,
Cavéolas: Invaginações do sarcolema com armazenamentode Ca2+.
Acoplamento Excitação-Contração: Sequência de etapas:
- Despolarização da membrana.
- Entrada de Ca2+ na célula e saída de Caz+ do RS (aumento do Ca2+ intracelular).
- Ca2+ se combina com calmodulina.
- Complexo Caz+-calmodulina ativa cinase da miosina.
- Interação actina-miosina.
A entrada de Caz+ na célula do ML ocorre pela despolarização (canais voltagem dependentes) e pela abertura de canais de Ca2* dependentes de ligantes (acionados por NT).
SEM Ca2+ NÃO HÁ CONTRAÇÃO
NEUROFISIOLOGIA REFLEXOS: 
Os reflexos da ME são respostas motoras a determinados estímulos. O circuito neuronal que dirige essa resposta motora é chamado de arco reflexo (inclui receptores, nervos aferentes até a ME, interneurônios e motoneurônios - eferentes).
- 3 tipos:
- Reflexo de Estiramento: Também conhecido como Reflexo Profundo, Reflexo Miotático. Um dos exemplos mais utilizados para estudar este tipo de reflexo é o reflexo patelar. Este reflexo se inicia com um estímulo aferente no receptor muscular (tendão), ao ser estimulado este gera um potencial de ação que é transmitido pelos axônios das células localizadas nos receptores (condutor aferente) que irão terminar no centro reflexo.
- Reflexo Tendinoso de Golgi: Também chamado de Miotático Inverso é controlado pelo órgão tendinoso de Golgi que é um receptor de estiramento localizado no tendão do músculo. Cada órgão tendinoso tem um nervo sensorial (aferente) que conduz os PA informando sobre o grau de tensão muscular decorrente da contração. Isso gera uma proteção contra uma contração excessiva.
- Reflexo de Flexão e Retirada: Reflexo que ocorre ao estímulo tátil, doloroso ou nocivo. As fibras aferentes sensoriais respondem ao estímulo da dor retirando a parte do corpo exposta (Por ex: encostar em algo quente). O reflexo produz flexão e extensão. A resposta é a contração dos músculos flexores e a inibição dos músculos extensores, o que resulta na retirada do membro.
Enumerando as principais funções:
1 - Depuração Sanguínea: limpando e filtrando o excesso de substâncias resultantes do metabolismo orgânico que podem ser tóxicas. Ex: Metabólitos da quebra proteica (compostos nitrogenados = Ac. Úrico, Amônia, Ureia). E da quebra muscular como a Creatinina.
2 - Controle Hídrico: controle da água orgânica (pouca ingestão de água = urina concentrada).
3 - Balanço Eletrolítico: controle das concentrações dos eletrólitos (Na*, K*, Caz*).
FISIOLOGIA RENAL: 
O Rim desempenha diversas funções, dentre elas asseguram que substâncias em excesso ou nocivas sejam eliminadas pela urina. Além disso eles mantêm a constância do volume e composição dos líquidos corporais.
Por fim eles ainda possuem a capacidade de produzir 3 hormônios: eritropoietina, renina e 1,25 di-hidroxicolecalciferol (vit. D).
Néfron: As unidades funcionais do Rim são os néfrons, cada Rim tem aproximadamente I milhão de néfrons. Existem néfrons corticais e néfrons justa medulares. Os segmentos do néfron são rede capilar, cápsula de Bowman, túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor. As células epiteliais revestem as paredes dos túbulos do néfron e desempenham funções de reabsorção e secreção.
Distribuição de Água entre os Líquidos Corporais:
A água representa 50% a 70% (média de 60%) do peso corporal, sendo que a quantidade de tecido adiposo influi nesse valor. Existem dois tipos de líquidos corporais (LIC e LEC = plasma e Líq. Intersticial).
- 40% do peso é LIC.
- 20% do peso é LEC (3/4 = Líquido Intersticial e 1/4 = Plasma).
LIC: Contêm K* e Mg2*; Proteínas e Fosfatos.
LEC: Contêm Na*; Ca2*; Cl° e HCO3. Dividido em:
Plasma: É o componente aquoso do sangue é líquido onde as células do sangue ficam em suspensão.
Líquido Intersticial: Possui quase a mesma composição do plasma com exceção de algumas proteínas.
DESLOCAMENTO DE ÁGUA ENTRE OS COMPARTIMENTOS CORPORAIS:
Alguns distúrbios podem fazer com que o balanço de água entre os compartimentos se altere, tais como: 
- Diarreia
-Desidratação
- Ingestão de muito NaCI
- Insuficiência Adrenal
- Secreção inadequada de ADH
Conceitos fundamentais dos Líquidos Corporais:
-VOLUME: Valor que depende da quantidade de soluto que contêm o líquido. Ex: O LEC possui um volume que depende da quantidade de Na*, Cl e HCO. (volume do LEC é determinado pela quantidade de NaCI e bicarbonato de sódio = NaHCO, presentes)
- OSMOLARIDADE: É a concentração de partículas ativas, valor expresso em mOsm/L. O valor padrão é de 290 mOsm/L de Osmolaridade para os líquidos corporais. Pode-se estimar a Osmolaridade a partir da concentração plasmática de Na*, concentração da glicose e a concentração da ureia no sangue (BUN) = PRINCIPAIS SOLUTOS DO LEC E DO PLASMA.
- Na*: o valor de sódio é em mEq/L pois é um íon, então para obter sua Osmolaridade basta multiplicar por 2.
- Glicose: o valor da concentração da glicose é dado em mg/dl, e para obter sua Osmolaridade basta dividir o valor por 18.
- BUN: valor dado em mg/dl também e para obter sua Osmolaridade basta dividir por 2,8. 
ENTÃO: Osmolaridade do Plasma = 2x Na* + Glicose/18 + BUN/2.8
Camadas do Capilar Glomerular:
- Endotélio: Contêm poros que permitem a passagem de tudo, com exceção de células.
- Membrana Basal: Possui 3 camadas = lâmina rara interna, lâmina densa e lâmina rara externa. Não permite a passagem de proteínas.
- Epitélio: Contêm os podócitos, também possui poros de filtração.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR: A filtração glomerular é a primeira etapa da formação da urina. O sangue que chega à cápsula de Bowman é filtrado e o resultado é um ultrafiltrado, semelhante ao Líquido Intersticial (água e solutos do sangue, mas não contêm proteínas nem células sanguíneas). A barreira capilar glomerular é muito diferente dos capilares em geral, fazendo com que a FG seja muito mais intensa.
Determinação da Taxa de FG: Para obter esse dado é necessário um marcador glomerular, e esse deve ser:
I- Livremente filtrado pelos capilares glomerulares sem restrições de carga ou tamanho;
2 - Não pode ser reabsorvido 
3 - Não pode alterar a TFG quando infundido.
A inulina é o melhor marcador, porém é pouco usado. A substância que mais se aproxima é a creatinina, que é endógena. Outra forma de se medir é através do nitrogênio urético sanguíneo (BUN), a mensuração da ureia.
Quando ocorre queda na TFG (insuficiência renal), a ureia e a creatinina aumentam, pois não são adequadamente filtradas.
Ureia: A ureia é uma substância produzida pelo fígado, como resultado do metabolismo das proteínas provenientes da alimentação. Após metabolização, a ureia circulante no sangue é filtrada pelos rins e eliminada na urina. No entanto, quando há problemas no fígado ou nos rins, ou quando se tem uma dieta muito rica em proteínas, a quantidade de ureia circulante no sangue aumenta, caracterizando a uremia, que é tóxica para o organismo. 
Creatinina: A creatinina é uma substância presente no sangue, produzida pelos músculos diariamente e transportada na corrente sanguínea até aos rins, onde é filtrada para que possa ser eliminada através da urina O sistema muscular está permanentemente em atividade, mesmo quando se permanece em repouso. A creatinina é uma espécie de lixo metabólico resultante da atividade muscular. Após ser fabricada, ela é lançada na corrente sanguínea e depois eliminada pelos rins.
O SDMA: A dimetil arginina simétrica (SDMA) é um aminoácido arginina metilado. A SDMA, é um derivado da metilação nuclear de resíduos da arginina em várias
proteínas regulatórias e é liberada no citoplasma após a proteólise. A SDMA é excretada pelos rins e reflete com mais precisão a taxa de filtração glomerular (TFG) em cães e gatos.
A SDMA aumenta a partir da perda de 25% da função renal, o que a torna mais confiável tanto para o diagnóstico de insuficiência renal aguda quanto o de doença renal crônica. Com a avaliação dos níveis de creatinina, não é possível identificar problemas renais até a perda de quase 75% da função renal.
REABSORÇÃO E SECREÇÃO: A FG resulta na produção de grandes quantidades de ultrafiltrado do plasma. Porisso é necessária uma reabsorção das substâncias e da água nos túbulos renais. As células epiteliais dos túbulos conseguem captar certos elementos do sangue dos capilares peritubulares e adicioná-los à urina.
Filtração: A filtração ocorre no espaço de Bowman, a quantidade de substância filtrada é chamada de carga filtrada. Esse líquido passa a ser chamado de líquido tubular ou líquido luminal.
Excreção: Nada mais é do que a filtração menos a reabsorção e mais a secreção.
Na prática, a diferença entre a carga filtrada e a taxa de excreção é a taxa de reabsorção. Se a carga filtrada for maior do que a secreção, ocorre uma reabsorção efetiva. Caso a filtração seja menor, ocorre uma secreção efetiva.
Glicose: A glicose é filtrada e depois reabsorvida no túbulo contornado proximal. Isso ocorre em duas etapas = / - Cotransporte Na+-Glicose e 2 - Transporte por Difusão Facilitada.
A partir dessas concentrações, pode ocorrer saturação dos transportadores e a glicose já não pode ser totalmente reabsorvida. Nas concentrações plasmáticas acima de 350mg/dL a saturação é completa e a reabsorção atinge seu valor máximo. A concentração plasmática na qual a glicose começa a ser excretada na urina é chamada de limiar, e esse valor é atingido gradualmente.
A glicose é livremente filtrada pelos capilares do glomérulo; assim quando a quantidade de glicose no plasma aumenta a carga filtrada aumenta também.
Em humanos concentrações menores de 200mg/dl no plasma é totalmente reabsorvida após a filtração. Em cães o valor é de 180mg/dl e em gatos 250mg/dl.
Glicosúria: Em concentrações normais toda glicose plasmática é reabsorvida. Em algumas situações pode ocorrer a glicosúria. A diabetes mellitus é um caso, pois a carga de glicose filtrada excede a capacidade absorvida. Durante prenhez a TFG está aumentada e pode ocorrer glicosúria também.
No túbulo proximal, 50% da ureia filtrada é reabsorvida por difusão simples. Já na alça de Henle (ramo descendente), a ureia é secretada e a quantidade de ureia passa a ser de 110% da carga filtrada (é secretada muito mais ureia do que foi reabsorvida). O segmento ascendente da alça, o túbulo distal e ductos coletores são impermeáveis à ureia. 
Nos ductos coletores, na presença de ADH, transportadores de ureia tipo | (UTI) são ativados e aproximadamente 70% da ureia é reabsorvida (reciclagem da ureia). Portanto a excreção da ureia corresponde à 40% da quantidade filtrada.
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