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QUESTOES https://www.tecconcursos.com.br/materias/economia-e-financas-pu blicas/economia-politica-classica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/ec onomia-economia/fundamentos-macroeconomicos/questoes Tema 1 - Conceitos básicos de economia O estudo de qualquer ciência começa com uma série de conceitos básicos. Em economia, iniciaremos falando sobre as escolhas das pessoas sobre como alocar recursos, dado que há limites no que podem fazer. Apresentaremos também a evolução da ciência econômica ao longo do tempo e descreveremos os caminhos que estão sendo desenvolvidos. 1-Primeiros conceitos econômicos Economia vem do grego e significa casa e lei. Mas também gerir ou administrar. Daí entendemos o sentido de regras da casa ou administração doméstica. https://www.tecconcursos.com.br/materias/economia-e-financas-publicas/economia-politica-classica https://www.tecconcursos.com.br/materias/economia-e-financas-publicas/economia-politica-classica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/economia-economia/fundamentos-macroeconomicos/questoes https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/economia-economia/fundamentos-macroeconomicos/questoes Mas o que é, de fato, economia? Economia é uma ciência social que estuda a produção, a distribuição, a acumulação e o consumo de bens e serviços. Ela busca entender como indivíduos, empresas, governos e nações fazem escolhas sobre como alocar recursos para satisfazerem suas necessidades e como podem se organizar e coordenar esforços para alcançar o melhor resultado possível. Recorde-se que a economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade fazem a opção de como utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de maneira a distribuí-los entre as inúmeras pessoas e os grupos da sociedade. Por sua vez, das distintas concepções e con- ceitos de economia política, adota-se aqui Riddell et al. (2011),3 na qual assinalam que a “economia política” tem como enfoque principal a preocupação com as relações do sistema econômico e suas instituições com o resto da so- ciedade e o desenvolvimento social. Para os autores, ela é sensível à influência de fatores extraeconômicos, como as instituições políticas e sociais, a moral e a ideologia, na determinação de eventos econômicos. Nesse sentido, a economia política tem um escopo muito mais amplo do que a economia tradicional. A Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens e serviços que possuem valor para distribuí‐los entre indivíduos diferentes. scassez e eficiência Se pensarmos nas definições, descobriremos duas ideias‐chave que permeiam toda a ciência econômica: os bens são escassos e a sociedade deve usar os seus recursos de forma eficiente. De fato, as preocupações so‐bre economia não desaparecem por conta da existência de escassez e do desejo de eficiência. Escassez e eficiência Se pensarmos nas definições, descobriremos duas ideias‐chave que permeiam toda a ciência econômica: os bens são escassos e a sociedade deve usar os seus recursos de forma eficiente. De fato, as preocupações sobre economia não desaparecem por conta da existência de escassez e do desejo de eficiência. Imagine um mundo sem escassez. Se pudessem ser produzidas quantidades infinitas de qualquer bem, ou se os desejos humanos fossem completamente satisfeitos, quais seriam as consequências? As pessoas não se preocupariam em ampliar os seus orçamentos limitados, porque teriam tudo o que quisessem. As empresas não precisariam se preocupar com o custo da mão de obra ou com assistência médica; os governos não precisavam se preocupar com tributos, despesas ou poluição, porque ninguém se importaria. Além disso, dado que cada um poderia ter tanto quanto desejasse, ninguém se preocuparia com a distribuição de renda entre as diferentes pessoas ou classes. Em tal paraíso de abundância, todos os bens seriam gratuitos, tal como a areia do deserto ou a água do mar na praia. Todos os preços seriam zero e os mercados, desnecessários. De fato, a economia deixaria de ser um assunto útil. Mas nenhuma sociedade atingiu a utopia das possibilidades ilimitadas. O nosso mundo é um mundo de escassez, repleto de bens econômicos. Em uma situação de escassez, os bens são limitados relativamente aos desejos. Um observador objetivo terá de concordar que, mesmo após dois séculos de rápido crescimento econômico, a produção nos Estados Unidos não é suficientemente grande para satisfazer os desejos de todos. Se o leitor somar todos os desejos, descobrirá rapidamente que não existem bens e serviços suficientes para satisfazer mesmo uma pequena parcela dos desejos de consumo de todos. A produção nacional dos Estados Unidos teria de aumentar muito antes que o americano médio pudesse viver no nível médio de um médico ou de um jogador de beisebol da primeira liga. Fora dos Estados Unidos, em especial na África, centenas de milhões de pessoas passam fome e privação material. Dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma economia faça o melhor uso dos seus recursos limitados. E isso nos leva à noção fundamental de eficiência. Eficiência corresponde à utilização mais eficaz dos recursos de uma sociedade na satisfação dos desejos e das necessidades da população. Em contrapartida, considere uma economia com monopólios sem controle ou com poluição prejudicial à saúde, ou com corrupção governamental. Uma economia assim produzirá menos do que seria possível sem a existência desses problemas, ou produzirá um conjunto distorcido de bens, o que deixará os consumidores em uma situação pior do que a que existiria se tal não ocorresse – em qualquer caso ocorre uma alocação ineficiente de recursos A eficiência econômica exige que uma economia produza a mais elevada combinação de quantidade e qualidade de bens e serviços dados a sua tecnologia e seus recursos escassos. Uma economia produz de maneira eficiente quando o bem‐estar econômico de nenhum indivíduo pode ser melhorado sem que o de outro indivíduo fique pior A essência da ciência econômica é compreender a realidade da escassez e, então, conceber como organizar a sociedade de modo a corresponder ao uso mais eficiente dos recursos. É nisso que reside a contribuição específica da ciência econômica. Mas o que é uma ciência? Ciência é uma forma de compreender o mundo, assim como a religião, a intuição e o senso comum. Porém, a ciência produz conhecimento por meio de experimentos e teorias. Por exemplo, por meio da teoria geocêntrica, a astronomia estudou a Terra como fixa no centro do universo, e todos os outros corpos celestes orbitavam ao seu redor. Essa teoria foi substituída no século XVI pelo Heliocentrismo- ou seja, o Sol está no centro e todos os demais astros celestes orbitam ao seu redor- sistematizado por Nicolau Copérnico, após observações e aprofundamentos de estudos que existiam desde a Grécia Antiga. Portanto, existem diversas teorias nas quais não é necessário acreditar, porque já foram substituídas ou até desacreditadas. Em contrapartida, outras forma reforçadas e aprimoradas, como a cartografia. apor exemplo, o mapa de Çatal Huyuk, elaborado provavelmente em 6.200 AEC, é uma prova de que a humanidade sempre utilizou meios para se guiar. Com a evolução da humanidade e dos mapas, você acreditaria que o mundo é bidimensional ao olhar um aplicativo de mapas em seu celular? Certamente, não! A teoria nada mais é do que uma ferramenta imperfeita. Baseada na realidade observada (natural, social, econômica etc.), seu o objetivo é ser útil para explicar o fenômeno estudado. Assim, muitas vezes, ela pode ser reduzida a simplificações grosseiras. O precursor da ciênciamoderna é Francis Bacon, que, no século XVI, deixou registrado que “saber é poder”. A partir dele e da Revolução Científica Moderna, começa a busca pelo desenvolvimento de um compreensão sistemática da natureza que permita atingir objetivos concretos. Exemplo Se chove, nós nos molhamos. Se determinado medicamento for utilizado, a mortalidade de certa doença https://conteudo.ensineme.com.br/ge/00480/intro?brand=estacio# será reduzida. Assim, há a tentativa de compreender o mundo por meio da relação de causalidade. Mas como sabemos se uma teoria é útil? Geralmente, submetemos a teoria ao teste empírico, ou seja, ela deve explicar determinado conjunto de dados. Por exemplo, se a teoria diz que “se chove, algo se molha”, buscamos uma série de dados sobre “chuva ou sol” e sobre “objeto molhado ou seco”, e vemos se a teoria explica a relação empírica observada. O teste empírico deve sempre ser construído de modo que isole as variáveis relevantes do problema. Em outras palavras, ele deve tomar “tudo mais como constante” para não comprometer o resultado da avaliação. Afinal, é comum haver outras variáveis que afetem as observações, por exemplo, uma superfície pode estar molhada porque alguém a lavou com água encanada. Embora um teste empírico possa ser bem-sucedido, devemos dizer que não rejeitamos a teoria. Não podemos aceitá-la absolutamente porque, desde o princípio, sabemos que ela é imperfeita, mas seguimos com ela enquanto não for rejeitada nem surgir outra mais aperfeiçoada (isto é, que explique melhor os dados). Escolha individual como as escolhas individuais ― guiadas pelos princípios da escassez de recursos, custo real, decisão marginal e oportunidades de melhoria ― são fundamentais em todas as atividades econômicas. Microeconomia Estuda o comportamento de agentes individuais. Exemplo: Qual deve ser a regulação do setor de telefonia para garantir cobertura adequada à população? A microeconomia é o ramo da economia que se concentra no comportamento das unidades individuais, como os consumidores, as empresas, os proprietários de fatores de produção e os governos. Basicamente, a teoria microeconômica tem dois lados analíticos: o da demanda e o da oferta. Enquanto o comportamento microeconômico da demanda é analisado a partir da teoria do consumidor, o comportamento da oferta é estudado a partir da teoria da firma e da teoria dos mercados. Em todos os casos, a microeconomia apresenta uma perspectiva microscópica dos fenômenos econômicos, ou seja, uma análise parcial deles. Neste capítulo, você vai conhecer o objeto de estudo da microeconomia. Além disso, vai compreender o que é o comportamento da demanda e o que é o comportamento da oferta. A microeconomia é o ramo da economia que estuda o comportamento das unidades individuais, como os consumidores, as empresas, os proprietários de fatores de produção e os governos. Em outras palavras, a microeconomia se ocupa da forma como as unidades individuais que compõem a economia — consumidores privados, empresas, trabalhadores, produtores de bens e serviços, etc. — agem e reagem umas sobre as outras Assim, a microeconomia se preocupa em estudar como e por que os agentes econômicos capitalistas agem de determinadas formas. Entre inúmeras perguntas, a microeconomia procura respostas para as seguintes questões: o que determina o preço dos bens e serviços em uma economia? O que determina o quanto de cada mercadoria será produzido? O que determina a maneira pela qual uma família gasta a sua renda? Para Vasconcellos (2009), deve ser observado que a microeconomia não tem seu foco na empresa, portanto não deve ser confundida com a administração. O foco da microeconomia está no mercado no qual as em-presas e os consumidores interagem, analisando os fatores econômicos que determinam tanto o comportamento da demanda quanto o da oferta. Logo, a microeconomia apresenta uma perspectiva “microscópica” dos fenômenos econômicos, ou seja, uma análise parcial desses fenômenos. Enquanto a microeconomia se preocupa mais com uma análise parcial, a macroeconomia foca nos grandes agregados econômicos dentro de uma análise global. É importante você notar que, antes do início do século XX, a economia era uma ciência exclusivamente microeconômica Fundamentalmente, a análise microeconômica pode ser dividida em cinco grandes categorias: 1. a teoria da demanda/procura; 2. a teoria da oferta; 3. a análise das estruturas de mercado; 4. a teoria do equilíbrio geral e do bem-estar; 5. as imperfeições de mercado (as externalidades, os bens públicos e as informações assimétricas). Em resumo, a teoria microeconômica se assenta em três pilares: a demanda, a oferta e o mercado. Nesse contexto, a análise microeconômica acontece em dois mercados: o mercado de bens e serviços, e o mercado dos serviços dos fatores de produção (terra, trabalho e capital). A Economia, hoje, está dividida em duas grandes subáreas: a microeconomia e a macroeconomia. Adam Smith é considerado o fundador da microeconomia, o ramo da economia que trata do comportamento de entidades individuais como os mercados, as empresas e as famílias. Na obra A Riqueza das Nações (1776), Smith analisou como o preço de cada bem era estabelecido, estudou a determinação dos preços da terra, da mão de obra e do capital e investigou os pontos fortes e fracos do funcionamento do mercado. Mais importante ainda, identificou as propriedades notáveis de eficiência dos mercados e explicou como o interesse próprio dos indivíduos atuando em mercados competitivos pode gerar um benefício econômico geral. A microeconomia vai além das preocupações iniciais ao incluir o estudo do monopólio, o papel do comércio internacional, das finanças e muitos outros assuntos vitais. Macroeconomia A macroeconomia é o ramo da economia que se concentra no estudo dos agregados econômicos. Como exemplos desses agregados, você pode considerar a renda nacional, o investimento, o nível geral de pre-ços, a poupança nacional, o consumo, o emprego e o desemprego, o estoque de moeda, a taxa de juros, a taxa de câmbio e o comércio internacional. Na realidade, a macroeconomia é administrada a partir de políticas governamentais, como a política fiscal, a política monetária, a política externa e a política de rendas (controle de preços e salários). As políticas macroeconômicas são as ferramentas que os policy makers ou formuladores de políticas possuem para atingir os objetivos macroeconômicos do governo e, assim, solucionar os problemas econômicos dos mercados como um todo. Neste capítulo, você vai conhecer o objeto de estudo da macroeconomia. Também vai aprender a diferenciar as principais políticas macroeconômicas. Além disso, vai se familiarizar com os indicadores macroeconômicos fundamentais. A macroeconomia é o ramo da ciência econômica que busca estudar a economia como um todo. É a parte da economia que foca no estudo dos agregados econômicos. Entre esses agregados, você pode considerar a renda nacional, o investimento, o nível geral de preços, a poupança nacional, o consumo, o emprego e o desemprego, o estoque de moeda, a taxa de juros, a taxa de câmbio e o comércio internacional O fato de a macroeconomia estudar o comportamento dos agregados econômicos não significa que a análise macroeconômica esteja isolada da análise microeconomia (que estuda a economia dos indivíduos e das empresas). Você deve notar que a separação da análise econômica — em macroeconomia e microeconomia — é somente para fins didáticos. Na prática, ambas as perspectivas andam juntas e se retroalimentam no seu funcionamento Hoje, os estudos macroeconômicos procuram responder aos seguintes problemas econômicos: como reduzir o desemprego? Como controlar a in-flação? Como melhorar a distribuição de renda? Como gerar umcrescimento econômico equilibrado e contínuo? Como reduzir os endividamentos do governo e aumentar os investimentos em infraestrutura? Como melhorar a mobilidade social? Na prática, esses são alguns dos problemas econômicos mais recorrentes. A macroeconomia tem como meta solucioná-los. Analisa a economia de maneira agregada. Exemplo: Por que a inflação aumentou? Em todos os casos, precisamos analisar a escolha individual dos agentes envolvidos. Qualquer questão em economia envolve escolha individual, independentemente de estarmos no campo da micro ou da macroeconomia. Em última instância, até decisões macroeconômicas são baseadas em uma série de decisões individuais sobre o que fazer ou não. Portanto, podemos dizer que economia é sobre escolhas. Quando vamos à feira, há diversos produtos em inúmeras barracas. É pouco provável que tenhamos dinheiro para comprar tudo o que desejamos e, mesmo que tenhamos, é possível que não haja espaço suficiente na geladeira para guardar todos os produtos. Alguém pode argumentar que basta comprar outra geladeira. Contudo, o espaço em sua casa é limitado, de forma que precisamos escolher qual alimento comprar e qual colocar na geladeira. O fato de alguns produtos estarem à venda na feira já envolve uma escolha. O feirante escolheu quais itens levar para a feira, e os produtores agrícolas também escolheram quais cultivariam. Notamos, então, que todas as atividades econômicas passam por escolhas. Existem quatro princípios econômicos contidos na escolha individual: ● Escassez de recursos ● Custo real ● Decisão marginal ● Oportunidades de melhoria O trade-off nada mais é do que um dilema. Conforme Sandroni (2005), em economia, o trade-off define uma situação de escolha conflitante. Isto é, ocorre quando uma ação econômica visa à resolução de determinado problema, mas acarreta — inevitavelmente — outros problemas econômicos. Na maioria dos países, é possível prever as escolhas macroeconômicas a partir do conhecimento prévio da orientação ideológica dos policy makers O outro ramo importante da nossa matéria é a macroeconomia, relacionada ao desempenho global da economia. A macroeconomia nem sequer existia na sua formulação moderna antes de 1936, quando John Maynard Keynes publicou a sua obra revolucionária Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Nessa época, Inglaterra e os Estados Unidos ainda se debatiam com a Grande Depressão dos anos 1930, com o desemprego afetando mais de um quarto da população ativa norte‐americana. Na sua nova teoria, Keynes desenvolveu uma análise das causas dos ciclos econômicos, com períodos alternados de desemprego e inflação elevada. A macroeconomia examina uma grande variedade de assuntos, tais como a determinação do investimento e do consumo totais, como os bancos centrais fazem a gestão da moeda e das taxas de juro, o que causa as crises financeiras internacionais e por que razão alguns países se desenvolvem rapidamente, enquanto outros ficam estagnados. Embora a macroeconomia tenha progredido muito desde as suas primeiras conclusões, as questões abordadas por Keynes ainda continuam a delimitar o estudo atual da macroeconomia. A macroeconomia é o estudo do comportamento da economia como um todo. Examina as forças que afe tam empresas, consumidores e trabalhadores no seu conjunto. A macroeconomia contrasta com a microe conomia, que estuda os preços, as quantidades e os mercados individualmente. Os anos 1930 marcaram o despertar da ciência da ma croeconomia, fundada por John Maynard Keynes quan do tentava compreender o mecanismo econômico que originou a Grande Depressão. Após a Segunda Guerra Mundial, refletindo tanto o aumento da influência das ideias keynesianas como o receio de outra depressão, o Congresso dos Estados Unidos proclamou formalmente a responsabilidade federal pelo desempenho macroeco nômico e aprovou a Lei do Emprego de 1946, um mar co na legislação, que estipulava: O Congresso, por meio desta, declara que são perma nentes a política e a responsabilidade do governo federal em usar todos os meios admissíveis e compatíveis com as suas necessidades e obrigações... de promover o máximo de emprego, de produção e de poder de compra Todas as análises de política macroeconômica come‐çam por John Maynard Keynes. Keynes (1883 ‐1946) foi um gênio multifacetado, reconhecido nos campos da matemática, da filosofia e da literatura. Além disso, teve tempo para dirigir uma grande companhia de se‐guros, ser conselheiro do Tesouro britânico, ajudar a gerir o Banco de Inglaterra, editar uma revista eco‐nômica mundialmente famosa, colecionar arte mo‐derna e livros raros, iniciar um teatro de repertório e casar com uma brilhante bailarina russa. Foi tam‐bém um investidor que sabia como ganhar dinheiro com uma acertada especulação, tanto para si como para o seu colégio universitário, o King’s College, em Cambridge. A sua principal contribuição, contudo, foi a inven‐ção de uma diferente forma de olhar para a macroeco‐nomia e para a política macroeconômica. Antes de Keynes, a maioria dos economistas e das autoridades econômicas aceitava os altos e baixos dos ciclos eco‐nômicos como algo tão inevitável como as marés. Essas ideias estabelecidas há muito nos deixaram indefesos face à Grande Depressão dos anos 1930. Mas no livro de 1936, Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, Keynes deu um enorme salto intelectual, ao apresen‐tar duplo argumento: primeiro, é possível a persistên‐cia de desemprego alto e de capacidade subutilizada nas economias de mercado; segundo, as políticas fiscal e QUESTOES Tema 1 - Conceitos básicos de economia 1-Primeiros conceitos econômicos Exemplo Escolha individual Microeconomia Macroeconomia Existem quatro princípios econômicos contidos na escolha individual: