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A revolução digital Prof. Diogo Tavares Robaina Apresentação Você vai compreender a evolução da internet e seu panorama atual no Brasil e no mundo, além dos conceitos básicos de inteligência artificial, internet das coisas e big data. Propósito Objetivos Módulo 1 Transformação digital: evolução e o panorama atual no Brasil e no mundo Descrever o processo da transformação digital, a evolução e o panorama atual da internet no Brasil e no mundo. Módulo 2 Conceitos básicos de IA e seus impactos Identificar os conceitos básicos de IA e seus impactos nas rotinas de consumidores e organizações. Módulo 3 Conceitos básicos de IoT e seus impactos Identificar os conceitos básicos de IoT e seus impactos nas rotinas de consumidores e organizações. Módulo 4 Conceitos básicos de big data e seus impactos Identificar os conceitos básicos de big data e seus impactos nas rotinas de consumidores e organizações. Introdução No vídeo a seguir, vamos explorar a evolução da internet no Brasil e no mundo, destacando conceitos básicos de IA, IoT e big data. Serão abordadas as mudanças na vida cotidiana e nas organizações, além de discutir os impactos e questões éticas da digitalização e da automação de atividades antes humanas. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material 1 - Transformação digital: evolução e o panorama atual no Brasil e no mundo Ao final deste módulo, você será capaz de descrever o processo da transformação digital, a evolução e o panorama atual da internet no Brasil e no mundo. Revoluções industriais javascript:CriaPDF() Estudar os processos e as transformações moldaram a sociedade moderna, como as revoluções industriais, nos proporciona uma visão crítica e contextualizada das mudanças econômicas e políticas que ainda afetam nosso mundo contemporâneo. Elas representam marcos históricos que redefiniram o modo de produção, influenciaram as relações sociais e impulsionaram avanços tecnológicos. Neste vídeo, vamos apresentar as quatro revoluções industriais, desde a utilização do carvão na primeira, a eletricidade na segunda, os computadores e a internet na terceira, até as tecnologias emergentes como IoT, big data e IA na quarta, destacando suas transformações econômicas, sociais e tecnológicas. Um dos grandes marcos para a evolução histórica da humanidade foi o surgimento da indústria. O mundo assistiu a alguns processos de revolução industrial, que foram ocasionados pela busca de trabalhos mais dinâmicos, eficientes e qualificados. Em outras palavras, a evolução industrial buscou alavancar o processo produtivo, adequando as tecnologias existentes em cada época. Para entender o processo de transformação digital, é importante conhecer um pouco das revoluções industriais que proporcionaram mudanças tecnológicas e quebras de paradigmas definitivos e radicais na sociedade, com impactos econômicos, sociais e políticos em todo o mundo do trabalho e da produção. Primeira Revolução Industrial ou Indústria 1.0 Aconteceu entre meados dos séculos XVIII e XIX, inicialmente na Inglaterra e, em seguida, abrangendo os demais países da Europa, EUA e Japão. Foi marcada pela descoberta do carvão como fonte de energia, aplicado às tecnologias mecânicas como máquinas a vapor e as ferrovias. Essas máquinas substituíram processos manuais e o uso de animais para gerar força. Nesse período, o processo de produção atingiu patamares nunca vistos na época. Máquina à vapor. Segunda Revolução Industrial ou Indústria 2.0 Ocorreu entre o final do século XIX e início do século XX, na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Foi marcada pelo surgimento da eletricidade e seu emprego na produção de bens de consumo e eletrodomésticos. A linha de montagem e a difusão da produção em massa também tiveram início nesse período. Mudou o modelo do trabalho, que passou a separar o trabalho intelectual do trabalho de massa. Eletrodomésticos do século XX. Terceira Revolução Industrial, Indústria 3.0 ou Revolução Técnico-Científica-Informacional Teve início após a Segunda Guerra Mundial, inicialmente nos Estados Unidos, no Japão e na Alemanha e, posteriormente, se expandiu para o mundo todo. Os avanços tecnológicos vividos no período da guerra passaram a abranger o campo da ciência, integrando-o ao sistema produtivo. Segundo Castells (2002), a Terceira Revolução Industrial nos apresentou os computadores de uso pessoal, a tecnologia da informação e, mais tarde, a partir dos anos 1990, a internet e as plataformas digitais. Computador de uso pessoal da década de 1990. O avanço tecnológico provocou uma mudança na relação entre tempo e espaço, influenciou as relações sociais e as relações entre o homem e o meio. Foram derrubadas barreiras físicas e temporais em função da internet, e pessoas de culturas, tradições, línguas e história distintas passaram a se falar instantaneamente. A competitividade e a busca pelo lucro moldaram uma nova economia informacional, global e em rede. Quarta Revolução Industrial, Indústria 4.0 ou Revolução Digital Neste momento de nossa história, estamos vivendo a Quarta Revolução Industrial, um conceito desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial. De acordo com o Weforum (2016), Cingapura lidera o índice de preparo tecnológico, seguido por Finlândia, Suécia, Noruega e Estados Unidos. A Quarta Revolução Industrial é a transição em direção a novos sistemas eletrônicos, à tecnologia da informação e das telecomunicações. Utilizando essas tecnologias como base, a Indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada a partir de sistemas que combinam máquinas com processos digitais. Mulher utilizando notebook atual. Agora é a vez dos dispositivos inteligentes e conectados através de sensores − internet das coisas ( IoT), gerando, processando e armazenando dados como nunca antes − big data, somados a evoluções na área de inteligência artificial (IA) através do aprendizado de máquinas, computação na nuvem, informática, impressão 3D, drones, biotecnologia, blockchain, dentre outros. O desenvolvimento e a incorporação dessas inovações tecnológicas vêm mudando os modelos de trabalho, as cadeias de produção industriais e o nosso próprio cotidiano. Blockchain Blockchain (ou “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia de registro distribuído que visa à descentralização como medida de segurança. Sua função é criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado, como um livro-razão, mas de forma pública, compartilhada e universal. Desta forma, cria consenso e confiança na comunicação direta entre duas partes, ou seja, sem o intermédio de terceiros. Atividade 1 As revoluções industriais trouxeram inúmeras transformações econômicas, sociais e tecnológicas ao longo da história. Considerando as características de cada uma, qual das seguintes alternativas descreve corretamente a principal inovação da Terceira Revolução Industrial? Parabéns! A alternativa C está correta. A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como revolução técnico-científica-informacional, começou após a Segunda Guerra Mundial e destacou-se pela integração de avanços tecnológicos no campo da ciência ao sistema produtivo. Esse período foi marcado pela introdução dos computadores de uso pessoal e, posteriormente, pela internet e as plataformas digitais, que revolucionaram a comunicação e a informação, alterando profundamente as relações sociais e econômicas. A A descoberta do carvão e a criação das ferrovias. B A introdução da eletricidade e a produção em massa. C O desenvolvimento da internet e das plataformas digitais. D A automação completa e o uso de dispositivos inteligentes. E A primeira máquina de impressão e o surgimento da imprensa. A evolução da internet Estudar a evolução da internet permite uma visão crítica de como nossas vidas e interações sociaise organizações. O que é big data? Você sabe explicar como os dados estão revolucionando o mundo dos negócios? Para isso, vamos estudar como big data permite explorar suas aplicações e os desafios associados ao volume, variedade, velocidade, valor e veracidade dos dados. Neste vídeo, vamos apresentar os conceitos fundamentais de big data, explicando os cinco Vs: volume, variedade, velocidade, valor e veracidade. Serão discutidas as implicações do big data para as empresas, como ele transforma operações e processos de tomada de decisão, e como lidar com os desafios de gerenciamento de grandes volumes de dados. A mudança mais significativa no mundo dos negócios tem relação com a ideia de dados. Empresas que já usavam dados em suas operações agora estão sentindo uma revolução. Big data não é um conceito novo e já estava presente nas empresas, que utilizavam dados na avaliação e gerenciamento de processos e nas previsões e planejamento em longo prazo. Mas o surgimento da internet o impulsionou, dando uma nova dimensão para seu volume e armazenamento. Rogers (2018) descreve o big data como qualquer quantidade volumosa de dados estruturados, semiestruturados ou não estruturados que podem fornecer algum tipo de informação. Veja os V´s que identificam as propriedades que envolvem o big data: Volume É a definição mais tradicional do big data, representada pela grande quantidade de dados que são gerados e os desafios relacionados com seu armazenamento, acesso e proteção. Segundo a Cisco (2017), nos próximos anos o cálculo de dados passará a ser feito a partir de zettabytes e yottabytes, e não mais de gigabytes. Gigabyte A nomenclatura dos dados parte de um sistema binário: A Nomenclatura→→→Bytes Quilobyte (KB)→→→→1.024 Megabyte→→→→→→1.048.576 Gigabyte→→→→→→1.073.741.824 Terabyte→→→→→→1.099. 511. 627. 776 Petabyte →→→→→→ 1.125.899.906.842.620 Exabyte→→→→→→→1.152.921.504.606.850.000 Zettabyte →→→→→→1.180.591.620.717.410.000.000 Yottabyte→→→→→→1.208.925.819.614.630.000.000.000 Menor unidade: bit (assume somente 2 valores – ligado ou desligado) Um byte é a composição de 8 bits, capaz de assumir valores diferentes. Uma letra tem o tamanho de um byte. Variedade Dados estão cada vez mais desestruturados, vindos de fontes distintas e com tipos de informações e formatos diferentes (textos, imagens, sons, vídeos etc.). Estima-se que quase 90% dos dados gerados sejam não estruturados, o que impõe um desafio, que é transformá-los em informações úteis. Velocidade A capacidade de coleta e análise dos dados e tomada de decisão precisa ocorrer muito rapidamente, às vezes em tempo real. Valor Qual o valor agregado dos dados? O valor para coleta e uso dos dados justifica os custos de sua obtenção? Veracidade O quão íntegros, exatos, confiáveis, relevantes e consistentes são os dados? De nada adiantam os outros V’s se os dados estiverem errados. Em outras palavras, Big Data é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade, velocidade, valor e veracidade inéditos até os dias atuais. Atividade 1 Uma empresa de e-commerce utiliza big data para otimizar suas operações e melhorar a experiência do cliente. Considere as seguintes situações que a empresa pode enfrentar: 1. A empresa coleta uma grande quantidade de dados de transações diárias, incluindo milhões de registros de vendas. 2. A empresa lida com dados de diversas fontes, como redes sociais, feedbacks de clientes, registros de transações e dados de navegação no site. 3. A empresa precisa processar e analisar dados em tempo real para oferecer recomendações de produtos durante a navegação do cliente. 4. A empresa enfrenta desafios em garantir que os dados coletados sejam precisos e livres de inconsistências. 5. A empresa busca obter informações úteis a partir dos dados para tomar decisões estratégicas e personalizar a experiência do cliente. Assinale a alternativa que correlaciona corretamente as situações com os cinco Vs do big data. Parabéns! A alternativa B está correta. A situação 1 refere-se ao volume, pois a empresa coleta uma grande quantidade de dados de transações diárias. A situação 2 trata da variedade, devido à diversidade de fontes de dados, como redes sociais e feedbacks de clientes. A situação 3 diz respeito à velocidade, já que a empresa precisa processar e analisar dados em tempo real. Já a situação 4 refere-se à veracidade, enfrentando desafios para garantir dados precisos e consistentes. Por fim, a situação 5 aborda o valor, pois a empresa busca informações úteis para tomar decisões estratégicas e personalizar a experiência do cliente. A 1-Variedade; 2-Volume; 3-Veracidade; 4-Velocidade; 5- Valor. B 1-Volume; 2-Variedade; 3-Velocidade; 4-Veracidade; 5- Valor. C 1-Volume; 2-Veracidade; 3-Variedade; 4-Velocidade; 5- Valor. D 1-Velocidade; 2-Volume; 3-Variedade; 4-Veracidade; 5- Valor. E 1-Valor; 2-Variedade; 3-Velocidade; 4-Volume; 5- Veracidade. Origem do big data Para aproveitarmos as vastas quantidades de dados disponíveis atualmente, vamos compreender como os dados podem ser gerados, armazenados e analisados. Dessa maneira, o big data transforma a maneira como as empresas operam e tomam decisões. Neste vídeo, vamos abordar a origem e evolução do big data, os cinco Vs que o definem, e como ele está revolucionando a coleta e análise de dados. Serão discutidos exemplos práticos em empresas e suas implicações estratégicas, além de como ele se integra com IoT e IA para transformar os negócios. No começo da década de 1990, próximo ao nascimento da web, o cientista chefe da Silicon Graphics, John Mashey, lançou o termo big data. Mas ele só ficou mais popular em 2010, quando empresas de vários segmentos começaram a manipular a vasta oferta de dados gerados pelos avanços tecnológicos. Armazenar e analisar dados não é um fenômeno novo, mas as empresas faziam (e a maioria ainda faz) isso a partir de dados estruturados, que contêm uma organização para serem recuperados. Ou seja, etiquetas, linhas e colunas que facilitam o trabalho da tecnologia, identificando diversos pontos sobre uma informação. Assim, a partir de planilhas eletrônicas estruturadas as empresas utilizavam dados para otimizar processos, planejamentos e operações em curso. John Mashey, cientista chefe da Silicon Graphics. A quantidade de dados gerados e armazenados vem crescendo desde o surgimento dos computadores. Mas o diferencial do big data é explicado a partir de três tendências que se inter-relacionam: Os dados atualmente estão disponíveis para as empresas em posts nas mídias sociais, imagens geradas por smartphones, sinais de mapas e localização emitidos em tempo real, dados de sensores dos dispositivos conectados (IoT). Tecnologias como a computação em memória (in-memory computing), que permite à anunciantes identificar os sites mais frequentados por um visitante ou selecionar, por exemplo, os anúncios acessados por cada visitante de uma página na internet, considerando variáveis como clima e localidade. O Hadoop é outra tecnologia de estrutura de software que permite que grande quantidade de dados, armazenada em servidores distintos e distantes, possam ser processados paralelamente. Crescimento rápido de tipos variados de dados Evolução acelerada na capacidade de gerenciamento e compreensão desses dados Desenvolvimento de infraestrutura de computação na nuvem O big data quebrou o paradigma dos altos investimentos em infraestrutura própria para coletar, armazenar e analisar dados. Atualmente, pequenas empresas podem ter acesso a ferramentas de análise fornecidas por provedores de serviços na nuvem, como SAP e IBM, e pagam apenas pelos dados e pelo armazenamento. Houve, portanto, uma democratização no uso dos dados. Especialmente com o casamento entre Big data, IoT e IA, as possibilidades de geração de dados são aparentemente ilimitadas. Temos visto que a contínua hiperconectividade einteração entre diversos aparelhos, sensores e pessoas vêm mudando a forma como nos comunicamos e também como as empresas se comunicam entre si, com seus clientes e como tomam decisões. A seguir, entenda a comparação entre as mudanças provocadas pelo Big Data nas estratégias empresariai. Vamos lá! De Dados são dispendiosos de gerar nas empresas. O desafio dos dados é armazená- los e gerenciá-los. As empresas usam apenas dados estruturados. Os dados são gerenciados em departamentos operacionais. Os dados são ferramentas para gerenciar processos. Para Dados são gerados continuamente em todos os lugares. O desafio dos dados é convertê- los em informações valiosas. Os dados não estruturados são cada vez mais úteis e valiosos. O valor dos dados é conectá-los entre os departamentos. Os dados são ativo intangível importante para criar valor. Atividade 2 O big data tornou-se mais popular em 2010. Qual é uma tendência relacionada ao seu crescimento nas empresas? Parabéns! A alternativa C está correta. Uma das tendências relacionadas ao crescimento do big data nas empresas é a geração contínua de dados em todos os lugares. Com o avanço da tecnologia, dados são gerados constantemente através de mídias sociais, dispositivos conectados e outras fontes. Este fenômeno altera a forma como as empresas coletam, armazenam e utilizam dados, destacando a importância de converter esses dados em informações valiosas para tomar decisões estratégicas. Ao contrário do passado, em que os dados eram gerados de forma limitada e armazenados em departamentos específicos, atualmente eles são um ativo intangível essencial, conectando diferentes áreas da empresa e criando valor de maneira integrada. A Armazenamento exclusivo de dados estruturados. B Desafio de armazenar e gerenciar dados apenas. C Geração contínua de dados em todos os lugares. D Exclusividade de dados nos departamentos operacionais. E Escassez de dados confiáveis. O big data já está entre nós Para navegar com segurança no ambiente digital, precisamos compreender como nossos dados pessoais são utilizados. Por isso, vamos estudar os fatores que influenciam a disposição das pessoas em compartilhar informações e os riscos associados à privacidade. Neste vídeo, vamos discutir como as empresas coletam e utilizam dados pessoais, os fatores que influenciam a disposição dos usuários em compartilhar informações e os riscos de privacidade no ambiente digital. Exemplos práticos, como o uso de algoritmos de reconhecimento facial e plataformas de geolocalização, serão apresentados para ilustrar essas questões. Temos oferecido de graça às organizações nossos dados pessoais, ao fazermos check-in em lugares que frequentamos, ao avaliarmos voluntariamente serviços, como no Trip Advisor, ou ao marcarmos amigos nas fotos de nossas redes sociais. É só observar a rapidez com que os algoritmos de reconhecimento facial fazem isso automaticamente nas imagens publicadas. Ou como as diferentes plataformas se comunicam entre si (por exemplo, o catálogo de endereços do Gmail, listas de amigos do Facebook, contatos do WhatsApp e Facetime e a agenda de telefones do smartphone) e sugerem novos amigos, adicionam nomes automaticamente e mandam notificações de atividades da sua rede de contatos. Mulher utilzando reconhecimento facial pelo celular. O aplicativo Waze, de geolocalização, por exemplo, construiu os dados sobre mapas e também sobre as condições do trânsito, em tempo real, com a colaboração dos usuários. Depois de atingir 30 milhões de usuários, o Waze foi comprado pelo Google por US$1,3 bilhão. Segundo Rogers (2017), nós nos disponibilizamos a compartilhar nossas informações com as empresas a partir de quatro fatores-chave: Se temos alguma recompensa e que tipo de recompensa a receber. A confiança que depositamos na empresa que solicita os dados. Que tipo de dados está sendo solicitado. E a que setor de atividade pertence à organização. Fato é que quem não é extremamente atento, ou capaz de configurar sua privacidade em todas essas plataformas, está ainda mais vulnerável no ambiente digital. Atividade 3 As pessoas vêm compartilhando por conta própria suas informações com as empresas. Qual entre os seguintes fatores influencia sua disposição para compartilhá-los? Parabéns! A alternativa B está correta. O tipo de dados solicitados pela empresa é um dos fatores que influenciam a disposição das pessoas em compartilhar suas informações. Outros fatores incluem a recompensa oferecida, a confiança na empresa e o setor de atividade da organização. Compreender esses fatores é essencial para equilibrar o compartilhamento de dados e a privacidade no ambiente digital. Aplicação do big data nas organizações Para se manterem competitivas no mercados, as empresas precisam compreender o impacto do big data, pois ele oferece ferramentas poderosas para otimizar operações, personalizar ofertas e prever demandas, transformando dados em ativos estratégicos. Neste vídeo, vamos discutir as diversas aplicações do big data nas empresas, incluindo estratégias de marketing, personalização de ofertas, inovação, previsão de demandas e otimização do e-commerce. Exemplos práticos, como a Netflix e a Amazon, serão apresentados para ilustrar como o big data pode transformar as operações empresariais. A Localização geográfica do usuário. B Tipos de dados solicitados pela empresa. C Idade do usuário. D Marca do dispositivo usado pelo usuário. E Recolhimento dos dados por funcionário identificado da empresa. Há uma tendência atual de que o big data participe de todos os processos de tomadas de decisões nas empresas: Desde o serviço aos clientes, passando pela detecção de fraudes até o planejamento de comunicação e mídia. As empresas precisam mudar, assim, sua forma de pensar os dados. Eles devem ser entendidos como ativos estratégicos. Vejamos algumas possibilidades e exemplos de utilização do Big Data e suas ferramentas de análise nas organizações: Estratégias de marketing e fidelização dos clientes É possível, através das ferramentas de Big Data, coletar dados que são determinantes para avaliar a interação dos consumidores com a empresa e desenvolver estratégias para fazer o cliente retornar mais vezes através de ofertas personalizadas. O big data também permite integrar as informações do cliente às suas mídias sociais, possibilitando mapear o comportamento e o sentimento do mesmo em relação à marca e permitindo um contato ainda mais personalizado. Personalização de oferta A Netflix é um exemplo de empresa que, a partir dos próprios dados, avalia, renova e personaliza sua grade de programação. Coletando dados de quem assistiu quais programas, em que horário, em qual dispositivo, se assistiu até o final, pausou, assistiu mais de uma vez, por exemplo, a empresa retém cerca de 80% dos clientes com seu sistema de recomendações. Inovação Atualmente, a possibilidade de inovação baseada em ferramentas tecnológicas, sejam para pesquisa ou mesmo teste, permite um processo criativo e de experimentação como nunca foi possível. A prototipagem e o teste em pequenas comunidades, os sites de crowdsourcing para geração de ideias − como o Dell IdeaStorm e o My Starbucks Idea − são viabilizadores de projetos inovadores a partir da participação do público na solução de problemas e novas versões de produtos antes mesmo do lançamento oficial no mercado. Copo cujo layout possui o conceito “My Starbucks Idea”. Previsão de demandas e tendências O desenvolvimento de ferramentas com modelos preditivos de análise pode ajudar, por exemplo, a identificar as principais causas de cancelamento de um serviço e encontrar maneiras de reduzir esses índices. Otimização do e-commerce Quando fazemos uma compra e o site nos mostra informações como “quem comprou esse produto comprou também” ou “esses outros produtos podem interessar”, as empresas de e-commerce estão utilizandoferramentas de big data para indicar produtos baseados no perfil de cada consumidor e, assim, ampliar suas oportunidades de vendas. A Amazon é um exemplo de otimização de cross selling ou venda cruzada, ao analisar os hábitos de leitura dos clientes e recomendar outros livros. Segundo a empresa, 30% de suas vendas são derivadas das recomendações “you might also want” (você pode querer também). Marketing baseado em localizaçãos (location based marketing) Identificar que um cliente está passando perto do ponto de vendas e convidá-lo para entrar através de uma promoção pode aumentar sua propensão de visita à loja. A empresa americana PlaceCast oferece um serviço chamado Shopalerts para envio de mensagens aos clientes próximos às lojas físicas. Redução de custos Como já vimos, em parceria com a IA, o Big Data ajuda a otimizar as operações logísticas, como o controle da frota da empresa por telemetria e o rastreamento por satélite para coletar dados. Para refletir Esse volume extraordinário de dados circulando livremente pela internet gera um debate importante que envolve algumas questões éticas quanto ao seu uso e armazenamento: Privacidade e segurança da informação A privacidade é outro grande desafio para o uso do big data. As cyberameaças − como costumam ser chamadas pelas áreas de Tecnologia da Informação as ações como roubo de dados de consumidores, ataques a dados como arma de guerra entre empresas e espionagem de dados por governos − crescem a cada dia. Filtro bolha Essa concentração de dados sobre os usuários nas mãos de poucas empresas de alta tecnologia e o uso de algoritmos para organizar, classificar e sugerir conteúdos – o chamado “filtro bolha” – podem nos tirar a possibilidade de relacionamento com as pessoas diferentes de nós, fazer descobertas ao acaso, descobrir novas informações. Atividade 4 Sobre o uso do big data em uma rede de supermercados, analise as afirmações a seguir: 1. Analisar os padrões de compra dos clientes permite oferecer cupons de desconto personalizados, aumentando a satisfação e a lealdade dos clientes. 2. O uso de big data permite entender os hábitos de compra individuais, possibilitando a criação de ofertas que atendem às preferências específicas de cada cliente. Assinale a alternativa correta. Parabéns! A alternativa A está correta. Ao utilizar big data para analisar os padrões de compra dos clientes, a rede de supermercados pode oferecer cupons de desconto personalizados. Esse uso estratégico dos dados aumenta a satisfação e a lealdade dos clientes, pois as ofertas são adaptadas às suas preferências específicas. Essa personalização é um exemplo claro de como o big data pode ser aplicado para melhorar a experiência do cliente e impulsionar o engajamento. O que você aprendeu neste conteúdo? A internet evoluiu desde a antiga internet 1.0, criada nos anos 1990 por Tim Berners-Lee, basicamente formada por sites com interatividade limitada. A evolução exponencial da internet integrou tecnologias como inteligência artificial (AI), internet das coisas (IoT) e big data. AI, IoT e big data influenciam nossas vidas e as relações de negócios. A As duas afirmações são verdadeiras, e a afirmação 2 justifica a 1. B As duas afirmações são verdadeiras, mas a afirmação 2 não justifica a 1. C A afirmação 1 é verdadeira e a 2 é falsa. D A afirmação 1 é falsa e a 2 é verdadeira. E As duas afirmações são falsas. A internet, aliada a novas tecnologias, traz conforto e agilidade para nosso modelo de vida acelerado. Cada vez mais estamos conectado a plataformas digitais e dispositivos inteligentes. As oportunidades para empresas trazidas pela era digital representam o futuro dos negócios, permitindo inovação e geração de valor. Empresas podem entender e atender melhor às expectativas e necessidades dos clientes com o uso das novas tecnologias. É importante refletir sobre as questões éticas e morais relacionadas à internet, aprendizado de máquinas, dispositivos conectados e big data. Ainda não temos plena consciência dos potenciais benefícios e riscos trazidos pela era digital, mas é preciso maximizar benefícios e minimizar riscos. Fala, mestre! Nos últimos anos, a digitalização no Brasil permitiu que grupos sub- representados ganhassem protagonismo, criando novas alianças na sociedade. Com essa transformação, mesmo organizações tradicionais como o Rotary Club enfrentaram desafios para se adaptar às redes sociais, que facilitam a formação de novos grupos de convivência baseados em interesses variados. Esse fenômeno impactou também a vivência política, especialmente nas eleições de 2018, onde diversos movimentos de renovação ganharam visibilidade. O autor menciona sua participação em três desses movimentos (RenovaBR, Agora e Livres), destacando a importância da inclusão de novas agendas e perspectivas políticas. Ele também ressalta como a digitalização da política ajudou a desmistificar a percepção de que essa área era restrita a certos grupos, mostrando que diversas trajetórias podem contribuir significativamente para o cenário político. Explore + Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia os livros a seguir: A quarta revolução industrial, de Klaus Martin Schwab. Marketing e comunicação na era pós-digital: As regras mudaram, de Walter Longo. Leia também o artigo How Netflix used big data to generate billions, SeleritySAS (em inglês). Para acessar mais dados sobre a internet no Brasil, acesse os sites do IBGE e da Cetic. Para conhecer a agenda brasileira para a Indústria 4.0, acesse o site Industria 4.0. Assista ao vídeo Web 2.0 Expo NY 09: Tim O'Reilly − The O'Reilly Radar, para aprofundar seus conhecimentos sobre web 2.0 (em inglês). Confira também os filmes de ficção-científica Metrópolis (1927); Frankenstein (1931); 2001: Uma odisseia no espaço (1968); Blade Runner: O caçador de androides (1982); A.I.: Inteligência Artificial (2001) ; Matrix (1999); Eu, Robô (2004); Ela (2014); e Ex_Machina: Instinto Artificial (2015). Assista ao filme O jogo da imitação sobre a história de Alan Turing, matemático inglês que descobriu o princípio fundamental do funcionamento dos computadores modernos. Veja também o documentário O dilema das redes, disponível na plataforma Netflix, que propõe uma vasta discussão sobre as questões éticas envolvendo a utilização e a manipulação de nossos dados. Referências ANALYTICS SOFTWARE & SOLUTIONS. Consultado em meio eletrônico em: 24 nov. 2020. ASIMOV, I. Eu, Robô. São Paulo: Círculo do Livro, s.d. CASTELLS, M. A era da informação: Economia, sociedade e cultura. v. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999. GARTNER. Leading the IoT: Gartner insights on how to lead in a connected world. Consultado na internet em: 24 nov. 2020. KEMP, S. Digital in 2018: World’s internet users pass the 4 billion mark. In: We are Social. Publicado em: 30 jan 2018. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999. LUGER, G. F. 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Consultado na internet em: 24 nov. 2020. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()foram impactadas pela hiperconectividade e pelas inovações digitais. Neste vídeo, vamos abordar a criação da Arpanet, a expansão da internet nos anos 1970 e 1980, a criação da World Wide Web por Tim Berners-Lee, e as três gerações da internet: Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0, destacando suas características e transformações. Desde a sua criação, a internet aponta para uma realidade hiperconectada, na qual nossa existência não é mais passível de separação entre universos físicos e digitais. A seguir, um pouco da história da internet: Onde tudo começou No final da década de 1960, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por meio de sua agência de pesquisa, a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) criou a ARPANET, uma rede de computadores interconectados que se destinava a aplicações militares e científicas. Essa rede deu início ao que se conhece atualmente por internet. Inicialmente, as primeiras conexões realizadas pela ARPANET ocorreram entre instituições acadêmicas. Expansão Entre as décadas de 1970 e 1980, seu alcance foi ampliado para grande parte das instituições de ensino dos Estados Unidos, interligando grupos de pesquisa de Ciência da Computação aplicada. No começo da década de 1980, com o início da comercialização dos primeiros computadores pessoais, houve um crescimento exponencial da utilização da internet como ambiente digital tecnológico. Teclado de computador pessoal da Apple antigo. A criação da World Wide Web No final da década de 1980, Tim Berners-Lee, enquanto trabalhava no CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), propôs a World Wide Web e desenvolveu seus primeiros conceitos. Em 1990, com o apoio do CERN e a colaboração de Robert Cailliau, ele refinou a proposta e iniciou o desenvolvimento prático do sistema. No início da década de 1990, ele lançou os primeiros sites e navegadores, tornando a www acessível ao público. O termo web simplificou a nomenclatura, mas vale ressaltar que web em si não é a internet, ela é uma aplicação criada para compartilhamento de arquivos (HTML, por exemplo). Para isto, ela se utiliza de: Navegadores (browsers como Internet Explorer, Safari e Chrome) como ferramentas de acesso. Linguagens usadas para criar um website (HTML, CCS, JavaScript, entre outras). Servidor web, onde os arquivos ficam hospedados. Em suma, a World Wide Web, criada entre o final dos anos 1980 e o início dos anos 1990 por Tim Berners-Lee e cientistas do CERN, é um protocolo para distribuição de informação, não devendo ser confundida com a internet em si. Ela utiliza navegadores, linguagens de programação como HTML, CSS e JavaScript, e servidores web para hospedar arquivos, facilitando o compartilhamento de informações on- line. As três gerações da internet Costuma-se dividir a web em três gerações: Nessa primeira versão, os websites eram estáticos, não havia interação entre produtores e consumidores de conteúdo (ready- only web). Mas vale ressaltar que foi a primeira vez que o mundo teve acesso a uma quantidade tão grande e tão diversa de informações, de forma gratuita. Um exemplo são os primeiros sites de e-commerce que disponibilizavam seus catálogos online apenas para ampliar o acesso dos consumidores. A web evoluiu rapidamente e ganhou novas ferramentas que a tornaram mais dinâmica, dando início à fase 2.0. Foi assim nomeada por Tim O’Reilly, da O´Reilly Media, em uma conferência, em 2004. A web 2.0 é marcada pela interação, compartilhamento, colaboração e cocriação constante entre usuários. Ou seja, nesse momento as conversas na internet são múltiplas e simultâneas e não há mais um único dono do discurso. Esse novo paradigma comunicacional é marcado pelo surgimento de plataformas Wiki, como a Wikipedia, redes sociais e blogs. Na read-write web, agora surgem os prosumers: Quem só consumia também produz conteúdo. E nesse mar de informações, os mecanismos de busca, como o Google, criado em 2004, tornaram-se imprescindíveis. De acordo com REID (2020), estima-se que atualmente o Google tenha uma média de 5,5 bilhões de buscas por dia, ou seja, mais de 63.000 buscas realizadas por segundo, com um número de 8.910.000.000 de resultados disponíveis para acesso. Ainda na década de 1990, surgiram as redes sociais, que elevaram a internet a um novo patamar de usabilidade e interação entre milhões de usuários espalhados pelo globo. Usabilidade é um termo usado para definir a facilidade com que as pessoas podem empregar uma ferramenta ou um objeto a fim de realizar uma tarefa específica e importante. A usabilidade pode também se referir aos métodos de Web 1.0 Web 2.0 mensuração da usabilidade e ao estudo dos princípios por trás da eficiência percebida de um objeto. Estamos a caminho do que se entende por web 3.0 ou web semântica, baseada em um consumo de conteúdo mais inteligente e relevante, com o propósito de disponibilizar o acesso às informações mais alinhado aos interesses e hábitos dos usuários. A web 3.0 foi assim nomeada pelo jornalista John Markoff, do The New York Times, com base na evolução do termo web 2.0, e é marcada pelo uso da internet para cruzamento de dados e pela conexão não só de pessoas, mas de objetos que interagem com pessoas e também com outros objetos. A seguir, as principais diferenças entre as webs 1.0, 2.0 e 3.0: Web 1.0 Web 2.0 Usuários Empresas/milhares de usuários. Comunidades virtuais/bilhões de usuários. Interação Individual, a partir de uma lista de amigos. Compartilhamento nas redes sociais na internetcompartilhame nas redes sociais na internet. Participação do usuário. Leitura. Escrita e leitura. Aplicações Centralização nas organizações, com sites institucionais. Descentralização e participação do públic com blogs e mídias sociais. Web 3.0 Web 1.0 Web 2.0 Conteúdos Portais de informação, sites institucionais estáticos Plataformas, conteúdo orgânico, com pessoa conectadas em comunidades virtuais Comunicação Unilateral Multilateral Publicidade Banners Interativa Tabela: Principais diferenças entre a web 1.0, 2.0 e 3.0. Flávia Barroso de Mello. Atividade 2 A evolução da internet é marcada por diferentes fases e inovações. Qual das seguintes alternativas descreve corretamente a principal característica da Web 2.0? Parabéns! A alternativa B está correta. A Navegadores e servidores web. B Interação e colaboração entre usuários. C Consumo inteligente de conteúdo. D Redes de computadores interconectados. E Acesso gratuito a informações. A Web 2.0, que surgiu no início dos anos 2000, é caracterizada pela maior participação e interação dos usuários na criação e compartilhamento de conteúdo. Diferente da Web 1.0, estática e unidirecional, a Web 2.0 possibilitou uma comunicação multilateral e o surgimento de plataformas colaborativas como blogs, redes sociais e wikis. Panorama da internet no Brasil e no mundo Compreender a evolução da internet é fundamental para entender as transformações sociais, econômicas e culturais que ela provoca. Além disso, ao estudar esse tema, podemos construir uma visão crítica das mudanças em nossa sociedade e nas relações com empresas e organizações. Neste vídeo, vamos explorar a expansão global da internet, as projeções de crescimento de usuários, o aumento de dispositivos conectados, a importância das tecnologias de comunicação para empresas e dados específicos sobre o uso da internet no Brasil, destacando a conectividade móvel e as atividades mais comuns dos usuários. A internet continua a se expandir globalmente, influenciando diversos aspectos da vida cotidiana e transformando a forma como nos comunicamos, trabalhamos, consumimos e interagimos com o mundo ao nosso redor. O crescimento constante da conectividade tem impulsionado a digitalização de setores essenciais, como educação, saúde, comércio e entretenimento, tornando os serviços mais acessíveis e dinâmicos. Além disso, a evolução das redes móveis, especialmente coma implementação do 5G, tem possibilitado conexões mais rápidas e estáveis, favorecendo o desenvolvimento de novas tecnologias, como inteligência artificial, automação e realidade aumentada. À medida que a conectividade cresce, torna-se cada vez mais essencial debater temas como privacidade, segurança de dados e o impacto das novas tecnologias na sociedade. Internet no mundo A internet tem se tornado uma força transformadora em nossas vidas. Dados recentes da União Internacional de Telecomunicações (UIT), aliados às análises do Ericsson Mobility Report e da GSMA Intelligence, revelam o seguinte: Em 2024, em torno de 5,5 bilhões de pessoas estavam conectadas à rede, correspondendo a aproximadamente 68% da população mundial. Esse avanço é acompanhado por um aumento no número de dispositivos conectados, com uma média de 3,7 dispositivos por pessoa e muitas residências chegando a contar com quase 10 aparelhos, impulsionados pela disseminação de smartphones, wearables e tecnologias da Internet das Coisas (IoT). Um dado importante: quase metade dos dispositivos já suporta funcionalidades para reprodução de conteúdo em vídeo, reflexo da crescente demanda por serviços de streaming e videoconferência. Outro aspecto relevante é o papel das conexões máquina à máquina (M2M), que representam aproximadamente 50% do total global de dispositivos, demonstrando a expansão contínua da IoT. Internet no Brasil No cenário brasileiro, a Pesquisa TIC Domicílios 2024 mostra um avanço significativo na conectividade: Em áreas urbanas, cerca de 86% dos lares dispõem de acesso à internet, o que se traduz em aproximadamente 141 milhões de usuários. Em áreas rurais essa realidade é mais desafiadora, com apenas 55% dos domicílios conectados. A mobilidade é um fator crucial, pois 99% dos usuários acessam a internet com dispositivos móveis, e 60% desses acessos são realizados exclusivamente via smartphone – um dado que ressalta a importância desse dispositivo, sobretudo entre as famílias de menor poder aquisitivo. Quanto ao uso, as atividades on-line no Brasil também se diversificaram: 78% dos usuários realizam chamadas por voz ou vídeo. 35% conectam-se para atividades profissionais. 42% já realizaram compras on-line. Já em relação ao consumo de conteúdo, 76% assistem a vídeos, 75% ouvem música, 60% leem notícias, 40% jogam on-line e 16% acompanham podcasts. Além disso, 30% dos usuários se engajam na criação e compartilhamento de seus próprios conteúdos. Tendências Diversas fontes apontam tendências significativas para o uso da internet nos próximos anos. A Internet das Coisas (IoT) também está em expansão, com estimativas indicando que o número de dispositivos IoT conectados deve chegar a 27 bilhões até 2025. No Brasil, a tecnologia 5G é um fator-chave, com projeções de movimentar US$ 25,5 bilhões até o fim de 2025, impulsionando tecnologias como inteligência artificial e automação. Essas tendências indicam uma crescente digitalização e conectividade global, transformando diversos setores e aspectos da vida cotidiana. Esses dados revelam não apenas o impacto global e nacional da internet, mas também as tendências que apontam para um futuro cada vez mais conectado, repleto de oportunidades e desafios. Enquanto o mundo avança rumo a uma era digital mais integrada, o Brasil precisa enfrentar as desigualdades no acesso, especialmente nas áreas rurais, para garantir uma inclusão digital abrangente e sustentável. Atividade 3 A evolução da internet e das tecnologias de comunicação tem moldado significativamente a sociedade. Qual das alternativas a seguir reflete corretamente um aspecto do uso da internet no Brasil? A Aproximadamente 86% dos lares em áreas urbanas dispõem de acesso à internet. B 70% dos brasileiros compram on-line semanalmente. Parabéns! A alternativa A está correta. A alternativa A é a correta, pois o texto informa que, em áreas urbanas, aproximadamente 86% dos lares dispõem de acesso à internet, demonstrando um alto nível de conectividade nas cidades brasileiras. As demais alternativas não condizem com os dados apresentados: a alternativa B está equivocada, já que o texto revela que apenas 42% dos usuários realizam compras on-line, e não 70% semanalmente; a alternativa C é incorreta, pois o texto indica que 78% dos usuários realizam chamadas por voz ou vídeo, e não em torno de 40%; a alternativa D apresenta um dado distorcido, visto que apenas 35% dos usuários acessam a internet para atividades profissionais; e a alternativa E também está incorreta, pois, em áreas rurais, 55% dos domicílios têm acesso à internet, e não menos de 50%. Impacto das transformações digitais para as estratégias das empresas Compreender a transformação digital, além de nos ajudar a identificar como as tecnologias moldam as estratégias empresariais e a criação de valor, também nos permite entender as dinâmicas de mercado e a inovação necessária para manter a competitividade. Neste vídeo, vamos apresentar as cinco dimensões da transformação digital — consumidores, concorrentes, dados, inovação e valor. Mostraremos como as tecnologias digitais estão redefinindo os modelos de negócios e práticas de marketing, destacando os desafios e premissas fundamentais para a adaptação e sucesso das empresas. C Aproximadamente 40% dos usuários realizam chamadas por voz ou vídeo. D 90% dos brasileiros utilizam a internet para trabalho. E Menos de 50% dos domicílios em área rural têm acesso à internet. Depois de conhecer um pouco do cenário atual da internet no Brasil e no mundo, talvez surja o questionamento: Identificamos como cinco essas dimensões. Acompanhe! Consumidores Qual é o impacto de todo esse ecossistema digital nas práticas e rotinas das organizações? Resposta Levando em conta, ainda, que todas as atividades de uma organização são atos de comunicação e de construção de valor, tanto para o público interno quanto para o externo. Identificamos dimensões que fundamentam a transformação digital e, consequentemente, impactam em suas estratégias. Concorrentes Dados Inovação Valor A partir dessas cinco dimensões, as tecnologias digitais estão redefinindo as premissas dos modelos de negócios e práticas de marketing, o que pressupõe que os gestores devem estar atentos às novas dinâmicas do mercado. O quadro a seguir mostra os principais desafios e as premissas que devem ser consideradas no processo de transformação digital dos negócios: De: Consumidores como um mercado de massa. Comunicação de massa é a utilizada. A empresa é a principal influenciadora de marketing para a persuasão de compra. Dinâmica unilateral de criação de valor. Lucros pela escala. Para: Os consumidores como uma rede dinâmica de relações. Comunicação é multilateral. Os consumidores são os influenciadores e advogados de marca. Consumidores Dinâmica recíproca de criação de valor. Lucros pela satisfação. De: Concorrentes de uma mesma indústria. Concorrentes claramente identificados. Concorrência como um jogo de “soma zero”. Os recursos de maior valor estão dentro das empresas. Produtos com atributos e benefícios únicos. Concentração de mercado em poucos concorrentes. Para: Concorrentes em diversas indústrias. Falta de separação clara entre parceiros e concorrentes. Cooperação entre concorrentes em determinadas áreas. Os recursos de maior valor estão nas redes fora das empresas. Plataformas de negócio com parceiros para gerar valor. Maior simetria na competição dada a lógica de rede. De: Aquisição e tratamento de dados onerosos. O desafio é o armazenamento e manipulação. Uso apenas de dados estruturados. Os dados são utilizados somente em algumas áreas da empresa. Concorrentes Dados Os dados são vistos como uma ferramenta para aumento de efetividade operacional. Para: Dados gerados em todos os ambientes – dentro e fora da empresa. O desafio é transformar o dado em informação. Dados não estruturadossão a base para as discussões. O valor dos dados está na utilização por toda a empresa. Os dados são fontes de criação de valor. De: Decisões baseadas em intuição e senioridade. Teste de ideias e conceitos é oneroso, lento e difícil. Baixa frequência na realização de experimentos conduzidos por especialistas. O desafio é encontrar a solução correta. A falha é evitada a todo custo. O foco é no produto final. Para: Decisões baseadas em testes e validações. Testar é fácil, rápido e barato. Alta frequência na condução de experimentos por qualquer profissional. O desafio é resolver o problema certo. Os erros são considerados aprendizados. O foco é no protótipo e melhoria contínua após lançamento no mercado. Inovação De: A proposição de valor é definida pela indústria. Realização da proposição de valor. Otimização do modelo de negócios o quanto antes. Gestores são trocados em função da oferta atual. O sucesso no mercado promove complacência. Para: A proposição de valor é definida pelas necessidades e desejos dos consumidores. Descoberta da próxima necessidade ou desejo do consumidor. Evoluir antes do necessário para se manter relevante e único. Gestores são direcionados para a criação de novos negócios. Apenas os mais proativos sobrevivem. Como você verá a seguir, tecnologias como a inteligência artificial, a internet das coisas e o big data estão diretamente relacionadas à inovação, à solução de problemas e à geração de valor e vantagem competitiva para as empresas. Fica claro, então, que transformação digital tem a ver mais com estratégia e inovação do que com tecnologia. Para refletir Não há dúvidas de que a transformação digital afetou não só a nossa vida, como a dinâmica de negócios para organizações de todos os tamanhos e setores de atividade. Mas é preciso pensar sobre as questões do ciberespaço que o tornam um ambiente vulnerável. No final de 2019, o criador da web, Tim Berners-Lee, apresentou o “Contract for the web” (“Contrato para a rede”), de sua ONG, a World Valor Wide Web Foundation. Com uma série de boas práticas online para governos, indivíduos e organizações, a proposta do documento é lutar contra cyberbullying, fake news, manipulações e melhorar a privacidade na rede, ao mesmo tempo em que propõe a garantia do acesso global e irrestrito à internet. Mastro de telecomunicações antenas de tecnologia sem fio. A iniciativa não é uma solução para as questões éticas e morais relacionadas ao uso da internet, mas representa um importante passo para que essas discussões sejam ampliadas e ganhem força globalmente, ajudando a transformar a internet em um lugar mais inclusivo. Atividade 4 A transformação digital impacta diretamente as estratégias organizacionais. Qual das alternativas a seguir descreve corretamente um aspecto da transformação digital nas empresas? A Consumidores como um mercado de massa, com comunicação unilateral. B Concorrentes claramente identificados, com recursos internos valiosos. Parabéns! A alternativa D está correta. A transformação digital envolve a geração e utilização de dados em todos os ambientes, transformando-os em informações valiosas para a empresa. As outras alternativas descrevem práticas tradicionais, que estão sendo superadas pela transformação digital: consumidores como um mercado de massa e comunicação unilateral, concorrentes claramente identificados com recursos internos valiosos, decisões baseadas em intuição com aversão a falhas e foco no produto final. 2 - Conceitos básicos de IA e seus impactos Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os conceitos básicos de IA e seus impactos nas rotinas de consumidores e organizações. C Decisões baseadas em intuição, evitando falhas a todo custo. D Dados gerados em todos os ambientes, utilizados para criar valor. E Inovação focada no produto final, com possibilidade de melhorias até o lançamento no mercado. O que é inteligência artificial? Para acompanhar as inovações tecnológicas que estão transformando diversos setores, precisamos estudar os mecanismos da inteligência artificial (IA). Além disso, ela nos permite criar uma visão crítica sobre como as máquinas podem aprender e tomar decisões de forma similar aos seres humanos. Neste vídeo, vamos apresentar a definição de IA, suas capacidades de imitar comportamentos humanos, como aprendizado, percepção e tomada de decisões. Também discutiremos suas limitações atuais, a dependência de grandes volumes de dados e a contribuição humana no desenvolvimento desses sistemas. A Inteligência artificial é, sem dúvida, um dos pilares da transformação digital. Segundo Luger (2013), a IA (inteligência artificial) ou AI (artificial intelligence) pode ser definida como um campo da Ciência da Computação destinado à automação do comportamento inteligente. Ou seja, a IA – como chamaremos a inteligência artificial daqui para frente – busca criar mecanismos que capacitem máquinas a pensarem como seres humanos: Aprendam, percebam e decidam, diante de uma determinada situação, quais caminhos seguir, de forma racional. Tudo isso baseado em padrões enormes de big data. Seremos capazes de replicar a nós mesmos? Ou nossa inteligência é um fenômeno único e original no universo? Atividade 1 A inteligência artificial é um campo da ciência da computação que se destina à automação do comportamento inteligente. Qual das alternativas a seguir descreve corretamente uma característica da IA? Resposta O homem ainda não foi capaz de reproduzir um mecanismo totalmente semelhante ao cérebro, com as células e as ligações nervosas que existem entre elas. Por isso, a imitação que podemos obter é apenas aproximada. Ou seja, os pesquisadores da IA conseguem replicar programas computacionais que imitam nossa capacidade de raciocinar, de perceber o mundo e, até mesmo, que sejam capazes de falar e compreender a nossa linguagem. Mas eles ainda dependem da alimentação de dados feita pelas mãos humanas. A Capacidade de replicar totalmente o cérebro humano. B Dependência de alimentação de dados humanos. C Inutilidade em processos de aprendizado. D Compreensão limitada da linguagem humana. Parabéns! A alternativa B está correta. A IA, apesar de avançada, ainda não consegue replicar totalmente o cérebro humano e suas conexões nervosas. Ela depende de grandes volumes de dados alimentados por humanos para aprender, perceber e tomar decisões. Qual é a origem da IA? Como a tecnologia tem sido moldada ao longo do tempo? Para responder a essa pergunta e entender as implicações da IA para o futuro, precisamos conhecer os seus marcos históricos, que oferecem uma visão rica sobre o desenvolvimento de autômatos e programas inteligentes. Vamos abordar, no vídeo, a evolução da IA, desde as primeiras tentativas de criar máquinas que imitam o pensamento humano, até os marcos históricos como a criação da Roda de Leibniz, o Teste de Turing, e os avanços nas décadas de 1960, 1980 e 2000, culminando nos assistentes pessoais inteligentes. Apesar de ter uma recente popularização na mídia, o interesse do homem por criar autômatos que agissem e pensassem à sua semelhança é antigo. A profusão de películas para o cinema que abordaram esse tema evidenciam essa fascinação e trouxeram o eterno conflito homem versus máquina, em que robôs, computadores e programas computacionais agem ora para nos ajudar, ora para destruir a humanidade. Ainda no século XVII, por exemplo, Gottfried Wilhelm von Leibniz concluiu uma máquina funcional que ficou conhecida como Roda de Leibniz, que integrava um tambor e uma manivela que impulsionavam E Impossibilidade de imitar a capacidade de raciocínio. as rodas e os cilindros para realização de operações complexas de multiplicação e divisão. Roda de Leibniz. Mas a IA como campo de pesquisa consolidou-se a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em um encontro conhecido como o Simpósio de Hixon, nos Estados Unidos,ao final da guerra, pesquisadores apresentaram suas descobertas acerca de mecanismos que imitavam ações humanas e estudos desenvolvidos sobre o cérebro. As décadas seguintes foram de grande desenvolvimento. Veja alguns marcos importantes para os avanços da IA: Década de 1950 O matemático inglês Alan Turing descobriu o princípio fundamental do funcionamento dos computadores modernos, desenvolvendo uma forma de avaliar se uma máquina consegue se passar por um humano em uma conversa por escrito. Esse experimento é conhecido como o Teste de Turing. Atividade 2 O interesse do homem pela criação de autômatos que imitassem seu pensamento é antigo. Qual dos seguintes marcos é corretamente associado ao desenvolvimento da IA na década de 1950? Década de 1960 É criado o Doctor, um programa de computador capaz de imitar um psicanalista, que analisava frases e respondia utilizando a máquina de escrever. Década de 1980 Edward Feigenbaum propôs softwares que realizam atividades complexas de um campo, fazendo o papel de humanos, mas com velocidade de raciocínio e base de dados bem mais vasta. Assim se deu a aproximação da IA do mercado corporativo, que percebeu a utilidade de programas de computador inteligentes e direcionados. Década de 2000 A DARPA (parte do departamento de defesa dos EUA) criou os primeiros assistentes pessoais inteligentes, muito antes da voz Siri, da Apple, ou Alexa, da Amazon, começarem a fazer parte do nosso dia a dia. Parabéns! A alternativa B está correta. Na década de 1950, Alan Turing desenvolveu o princípio fundamental do funcionamento dos computadores modernos e criou o teste de Turing, um experimento para avaliar se uma máquina pode se passar por um humano em uma conversa por escrito. Campos de estudos da IA Você conhece os diferentes tipos de inteligência artificial? Vamos agora compreender a distinção entre IA fraca e IA forte, bem como os desafios da computação cognitiva, que proporciona uma visão crítica sobre o potencial e as limitações da IA. Neste vídeo, vamos explicar a diferença entre IA fraca e IA forte, destacando como a primeira é usada atualmente e os desafios para alcançar a segunda. Também abordaremos a computação cognitiva e seu papel na melhoria da interação entre humanos e máquinas, exemplificando com o sistema BIA do banco Bradesco. A Criação do Doctor, um programa que imitava um psicanalista. B Desenvolvimento do teste de Turing por Alan Turing. C Proposição de softwares corporativos por Edward Feigenbaum. D Criação dos primeiros assistentes pessoais inteligentes pela DARPA. E Conclusão da Roda de Leibniz, por Gottfried Wilhelm von Leibniz. A IA pode ser dividida em: Weak AI (IA fraca) Dispositivos capazes apenas de raciocinar e tomar decisões baseadas em programações prévias pelo modelo IFTTT (if this then that – se isso, então aquilo). Na Weak AI, não há vontades da máquina, uma vez que o conhecimento da IA depende do fator humano. Strong AI (IA forte) A IA chamada de forte discute a criação de computadores capazes de autoconsciência e que possam pensar nos mesmos moldes que um humano. Aqui, será possível que, por exemplo, o sistema escreva uma poesia não apenas pela composição das palavras, mas pela intenção de construção de significados em uma dada cultura, da mesma maneira que um humano o faz. Nesse cenário, a IA atingiria o estado que é chamado de singularidade. Atualmente, a IA disponível para nosso uso se encontra no estágio de fraca (Weak AI). Os bots rodam uma série de rotinas previstas pelos programadores para fundamentar e alimentar o aprendizado contínuo da IA. Lembrando que os bots são alimentados por uma programação de dados feita por um ser humano, pois, como já mencionamos, os dispositivos de IA não têm capacidade de autonomia e nem independência do fator humano. Ensinar os computadores a pensar, porém, não é tão simples assim. A SAS, empresa americana pioneira em Business Intelligence, descreve a IA como um campo de estudo vasto e complexo, englobando diversas teorias, métodos de desenvolvimento e tecnologias, e está baseada em três pilares: Bots Programas de computador criados para rodar pela internet realizando tarefas repetitivas e automatizadas. De maneira simplificada, é o processo de coletar dados de naturezas diversas, aprender com eles e, com isso, determinar uma ação ou realizar uma predição sobre um evento. Pode ser compreendido como um método para a implementação do machine learning. Em essência, é pautado por um aprendizado baseado em redes neurais, que podem ser compreendidas como um tipo de algoritmo para ganho de conhecimento sobre algo. Os sistemas do Google Translate e Cortana (assistente da Microsoft) são baseados em deep learning. Tratado como um subcampo da IA, objetiva a melhoria da interação entre pessoas e máquinas. Aqui, a ideia é que, a cada interação entre as partes, o sistema aprenda e melhore a interpretação do que é falado, como no caso da BIA, o sistema utilizado pelo banco Bradesco no aplicativo para atendimento dos seus clientes. A IA já está entre nós Na frase a seguir, podemos observar que o brilhante físico e cientista Stephen Hawking profetizava o futuro da IA. Ainda não chegamos lá, mas ela está evoluindo rápido, tornando-se cada vez mais presente em nossas vidas e se expandindo para diferentes setores do trabalho e dos negócios. Machine learning (aprendizado de máquina) Deep learning (aprendizagem profunda) Computação cognitiva Todos os aspectos das nossas vidas serão transformados, e isso pode ser o maior evento na história da nossa civilização. (Hawking, 2011) É possível, por exemplo, que você já esteja utilizando dispositivos e plataformas de IA sem nem mesmo ter percebido. Veja só! Já experimentou procurar fotos a partir de objetos e situações específicas no Google Fotos, como “abraços”, “cores”, “árvore”? E aqueles GIFs, montagens ou efeitos nas fotos sugeridas pelo aplicativo? Isso é IA. Sabe aquele texto em inglês que você não estava conseguindo traduzir e colocou no Google Tradutor? Isso é IA. Já consultou seu feed do Facebook hoje? Atualizações de status, fotos, vídeos, links, atividades do aplicativo e curtidas de pessoas, páginas e grupos que você segue no Facebook. Isso é IA. Sabe quando você visita o site de uma empresa e uma janela pop- up surge no canto da tela, colocando-se à disposição para tirar dúvidas? Isso é IA. Atividade 3 A IA pode ser dividida em fraca e forte. Qual das alternativas a seguir descreve corretamente uma característica da IA fraca (weak AI)? A Capacidade de autoconsciência e pensamento humano. Parabéns! A alternativa C está correta. A IA fraca refere-se a sistemas que executam tarefas específicas baseadas em regras e programações definidas por humanos, previamente, como o modelo IFTTT (if this then that). A aplicação da IA nas organizações Sabemos que a IA está transformando os negócios. Portanto, para aproveitar suas vantagens, vamos estudar como ela pode melhorar a tomada de decisões, otimizar processos e personalizar a experiência do cliente. Neste vídeo, vamos discutir as diversas aplicações da IA nas empresas, desde a personalização da jornada do cliente até a otimização de estoques e o atendimento ao cliente. Serão abordados exemplos práticos como marketing programado, recomendações personalizadas, preços dinâmicos e chatbots. A IA tem evoluído para fornecer diversos benefícios específicos para todas as indústrias. B Autonomia e independência do fator humano. C Raciocínio e decisões com base em programações prévias. D Escrita de poesias com intenção de significado cultural. E Vontades de máquina. As aplicações da IA nas empresas são variadas e, sem dúvida, de alto impacto, tanto no processo de criação e captura de valor como no processo de tomada de decisão − desde o lançamento de produtos, passando pelo seu abastecimento nas lojas, até o relacionamento com os clientes. Defato, as ferramentas de IA disponíveis para aplicação em estratégias de negócios estão cada vez mais eficientes e ajudam a transformar a jornada de compras de cada cliente em uma experiência praticamente única e exclusiva. Consumidores satisfeitos com sua busca de compra na internet. Os consumidores, porém, estão mais exigentes e esperam mais das empresas, que precisam se adequar para conquistá-los. O consumidor 3.0 é um desafio para as organizações: Bem informado. Está sempre conectado. Preza pelo conforto em suas experiências de compra. Exige ser bem atendido, com eficiência e agilidade. Está disposto a pagar mais, caso perceba valor. Tem como hábito pesquisar, comparar preços e consultar outras pessoas por meio das redes sociais. Na loja física, já entra conectado ao celular, sabendo que ali irá encontrar uma determinada marca e modelo do produto que deseja, sabendo suas principais características e com uma boa noção de preço. Veja como a IA pode ser aplicada para agregar valor para o cliente: Perfil do consumidor e comportamento do consumidor Mapear o comportamento dos consumidores e prever suas próximas ações já é possível rastreando praticamente todos os seus passos pela rede. Dados de navegação em lojas on-line ou nas redes sociais podem mostrar que tipo de anúncios e páginas o cliente já visitou, por exemplo. Combinando a base de dados própria e as bases de dados da internet, as empresas trabalham com mais precisão de resultados, conseguindo classificar seus clientes em clusters, monitorar seu comportamento e até mesmo − através de análises preditivas − identificar quando estarão mais propensos a mudar seus hábitos de consumo. Assim é possível, por exemplo, disparar uma campanha de marketing personalizada. Transformação da jornada do cliente A IA é uma das principais responsáveis por transformar a jornada de compras do cliente em algo único. Através do conhecimento do perfil e do comportamento do consumidor, é possível às empresas gerar uma abordagem mais personalizada, como em ações de: Anúncios programados para oferecer exatamente aquele produto que o cliente estava procurando, naquele momento, através de uma pesquisa relacionada − feita pelo cliente ou por algoritmos de IA que calculam corretamente os fatores demográficos da sua região. Através de soluções de IA, é possível acompanhar as compras dos clientes e, consequentemente, seus gostos, oferecendo, assim, recomendações personalizadas de compras. O sistema de recomendações da Netflix, por exemplo, usa os dados de consumo dos usuários como base para sugerir programas. Marketing programado Curadoria e recomendações personalizadas Otimização da navegação em ambientes virtuais (e- commerce) A IA pode ser utilizada para guiar a própria jornada de compras no ambiente virtual. Se o cliente tem preferência por agilidade, o botão de compra pode estar sempre disponível, por exemplo. O Google consegue entender melhor o que os usuários estão tentando localizar em suas buscas através de um sistema de Inteligência Artificial denominado RankBrain. O RankBrain é um algoritmo de mecanismo de pesquisa baseado em aprendizado de máquina, cuja utilização foi confirmada pelo Google em 26 de outubro de 2015. Ajuda o Google a processar resultados de pesquisa e fornecer resultados de pesquisa mais relevantes para os usuários. Isso contribui para melhorar a otimização de sites e o conjunto de estratégias, com o objetivo de potencializar e melhorar o posicionamento de um site (SEO − Search Engine Optimization) nas páginas de resultados nos sites de busca. Os preços flutuantes das passagens de avião ou a tarifa dinâmica do Uber, que varia de acordo com horário e dia em que o cliente utiliza o serviço, são calculados graças ao machine learning. Essas ferramentas permitem determinar um preço dinâmico, com base em fatores diversos, entre eles: Análise da concorrência. Comportamento do consumidor. Período do ano. Giro de mercadorias. Nível do estoque. Margem de lucro. Melhora do posicionamento de sites Preço dinâmico O chatbot é um programa de computador que tenta simular um ser humano ao conversar com pessoas. Ou seja, estamos falando de um robô virtual que dá informações, tira dúvidas e automatiza algumas etapas do atendimento ao cliente. Um dos mais populares chatbots do varejo no Brasil é a Lu, do Magazine Luiza. Utilizando deep learning, ela consegue entender a linguagem natural, compreender gírias e até mesmo erros de português. A Lu está à disposição dos clientes 24h por dia, 7 dias por semana, está diretamente integrada aos dados da empresa e o cliente pode consultá-la diretamente, não dependendo de interface humana para consulta. Um exemplo é o chamado pop-up de retenção. Durante uma navegação para uma compra, uma IA coleta dados das pesquisas do cliente. Ao fechar o pedido, a página dispara um pop-up em sua tela com uma foto do produto com um valor promocional ou um cupom de desconto com uma contagem regressiva. Ou seja, é uma promoção vinculada ao carrinho de compras com o objetivo de estimular o cliente a fechar a compra. A IA tem um impacto positivo de ponta a ponta na cadeia de suprimentos. Seu funcionamento é todo voltado à otimização dos processos, desde sistemas de reabastecimento autônomos até softwares que calculam com precisão o momento de disparar um novo pedido. Para otimizar estoques, por exemplo, a IA é utilizada na captura de dados do consumo real das lojas e propõe o reabastecimento de acordo com a demanda, indicando a quantidade de produtos que deve ser comprada ou distribuída, especificando por cada item e loja. Atendimento ao cliente personalizado Retenção de clientes Omnichannel Em resumo, a inteligência artificial transforma a jornada de compras ao permitir abordagens personalizadas através de marketing programado, curadoria e recomendações, otimização da navegação em e-commerce, melhoria do posicionamento de sites, precificação dinâmica, atendimento ao cliente com chatbots, retenção de clientes com pop-ups de descontos e a otimização da cadeia de suprimentos omnichannel. Essas aplicações resultam em uma experiência de compra mais eficiente e alinhada às necessidades e comportamentos dos consumidores. Para refletir Em sua obra clássica da ficção científica – Eu, Robô −, Isaac Asimov, considerado um dos maiores escritores desse gênero literário da história, criou as Três Leis da Robótica, que serviram como base para outras obras de ficção e, em algumas circunstâncias, até para a realidade. São elas: Primeira lei Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal. Segunda lei Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei. Terceira lei Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Lei. Alguns cientistas defendem que o medo que a humanidade tem dos robôs é infundado e construído, entre outras coisas, pelos estereótipos criados pela literatura sobre robótica e IA. Mas, tratando da realidade, segundo o We Forum (2016), há, sim, desafios éticos e morais que se impõem ao desenvolvimento da IA e que precisam ser discutidos e considerados pelos governantes e pela sociedade: Desemprego Há uma automação crescente das atividades (estima-se que 45% dos empregos que existem atualmente serão automatizados em apenas 20 anos) e máquinas já estão migrando, inclusive, para trabalhos cognitivos e estratégicos. Desigualdade econômica Como distribuir a riqueza criada pelas máquinas? Segurança e privacidade de dados Os dados serão coletados indistintamente? Como serão armazenados? Limites da aprendizagem das máquinas Quem determinará os limites de aprendizado de uma IA? Como ensinar ética e moral a uma máquina? Atividade 4 Qual é um dos benefícios da aplicação da IA em estratégiasde negócios? A Melhorar a eficiência operacional com análise preditiva. B Substituir totalmente o trabalho humano em todas as áreas. C Eliminar a necessidade de dados para tomada de decisões. D Reduzir a importância da experiência do cliente. E Parabéns! A alternativa A está correta. A aplicação da IA em estratégias de negócios oferece inúmeros benefícios, incluindo a melhoria da eficiência operacional através da análise preditiva. Isso permite que as empresas façam previsões precisas sobre comportamentos dos consumidores, otimizem estoques e personalizem a experiência do cliente, resultando em maior satisfação e fidelização. Fala, mestre! O vídeo discute os desafios e transformações que a cultura digital impõe às escolas modernas. Aborda o impacto que tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, têm sobre a educação, e como isso exige uma reformulação do modelo educacional tradicional, originalmente moldado pela primeira Revolução Industrial. Os palestrantes destacam que, enquanto há uma grande oferta de soluções digitais e plataformas adaptativas, também existem preocupações com o impacto dessas tecnologias na atenção e saúde mental dos estudantes. Mencionam ainda que algumas famílias e até bilionários preferem escolas sem tecnologia para seus filhos, refletindo sobre a importância de habilidades como a escrita manual. O vídeo também discute a necessidade de educar não só os alunos, mas também as famílias para uma melhor integração das tecnologias no contexto educacional. Sim, o resumo é de um vídeo. Padronizar as operações realizadas, uniformizando as ofertas das empresas. 3 - Conceitos básicos de IoT e seus impactos Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os conceitos básicos de IoT e seus impactos nas rotinas de consumidores e organizações. O que é a internet das coisas (IoT) A internet das coisas (IoT), além de explicar como a conectividade entre dispositivos está transformando o mundo, nos permite entender as inovações disruptivas que estão mudando comportamentos e mercados. Neste vídeo, vamos explicar o conceito de internet das coisas (IoT), sua capacidade de conectar dispositivos e pessoas, e suas aplicações em produtos e sistemas inteligentes. Serão abordados exemplos de inovações disruptivas, como a transformação causada pelos serviços de streaming no mercado de videolocadoras. Nos dias atuais, há, aproximadamente, 5,5 bilhões de usuários de internet em todo o mundo, representando em torno de 68% da população global, com acessos realizados por meio de dispositivos como smartphones, desktops e tablets. Essencialmente, a internet faz a conexão das pessoas via máquinas e digitaliza, em muitos casos, as relações sociais que existem no mundo físico. No entanto, devemos nos questionar se a comunicação entre humanos é a única viabilizada pela internet. De acordo com o Gartner (2017) − consultoria norte-americana −, em 2020 seriam mais de 20 bilhões de equipamentos conectados, formando o que é chamado de internet das coisas (Internet of Things), ou IoT, como chamaremos aqui. Não há uma unanimidade em relação ao conceito de IoT. De maneira geral, pode ser entendida como um ambiente de objetos físicos, interconectados com a internet, criando um ecossistema de computação onipresente (ubíqua), para executar de forma coordenada uma determinada ação. Ou seja, a IoT conecta objetos e pessoas, dados e ambientes virtuais, que interagem uns com os outros no espaço e no tempo − conforme explica Magrani (2018) − e se materializa em: Produtos IoT Seria possível pensar em processos de compra e venda sem a intervenção direta das pessoas? Resposta A resposta é sim. Como uma secadora de roupas conectada, por exemplo. Sistemas IoT Como um sistema inteligente para abastecimento de lojas. Ambientes inteligentes Como, por exemplo, um edifício ou uma casa. Diariamente, objetos se conectam à internet com capacidade de compartilhar, processar, armazenar e analisar um enorme volume de dados. Por isso, o conceito de IoT está diretamente relacionado ao de big data, que conheceremos mais adiante. Atenção! Aliada à IA e à big data, a IoT possibilita o que conhecemos como inovação disruptiva, ou seja, inovações que transformam um mercado ou setor existente apresentando uma solução inovadora superior para um produto ou serviço. Para os consumidores, essa superioridade deve ficar evidente pela maior acessibilidade, conveniência ou simplicidade, a ponto de resultar em uma quebra de paradigma, uma mudança no comportamento de consumo da sociedade em geral, resultando no total ou parcial desaparecimento da solução anterior. Exemplo O clássico de inovação disruptiva é o Netflix e outros serviços de streaming que praticamente extinguiram as videolocadoras no Brasil e no mundo. Atividade 1 O conceito de internet das coisas não é unânime, mas há um entendimento geral sobre ela. Qual é uma característica fundamental da IoT? Parabéns! A alternativa B está correta. A característica fundamental da IoT é a interconexão de objetos físicos pela internet, permitindo que esses dispositivos compartilhem, processem, armazenem e analisem dados. Isso cria um ecossistema de computação onipresente, transformando mercados e comportamentos de consumo ao proporcionar maior acessibilidade, conveniência e simplicidade. Origem da IoT Vamos ver como a IoT está revolucionando nossas interações com objetos e ambientes, oferecendo novos paradigmas e transformações significativas. Neste vídeo, vamos abordar a origem e o conceito da IoT, explicando sua evolução desde a proposta de Kevin Ashton, em 1999. Serão discutidos os impactos da IoT como um novo paradigma da web 3.0, suas aplicações tecnológicas, e como ela transforma as relações entre pessoas e objetos. A Comunicação exclusiva entre seres humanos. B Interconexão de objetos físicos pela internet. C Redução da necessidade de dados para tomadas de decisão. D Dependência total de intervenção humana. E Conexão entre objetos sem uso de internet. A IoT é, de forma simplificada, uma evolução da internet, e reflete também a evolução da sociedade. Curiosidade Kevin Ashton, do MIT, que propôs o termo internet das coisas, em 1999, apontou que as pessoas precisavam se conectar com a internet, a partir de meios variados, em função da falta de tempo imposta pela contemporaneidade. Segundo ele, através da IoT, deverá ser possível armazenar dados, até sobre movimentos dos nossos corpos, com uma precisão cada vez maior. Desenvolvida no contexto da Revolução Digital, é considerada, por muitos, um novo paradigma relacionado à web 3.0, já que representa um momento inédito para toda a sociedade, com impactos em nossas vidas que ainda não temos como estimar. Em sua base, trata-se de uma revolução tecnológica, mas configura-se como uma transformação definitiva nas relações entre pessoas e objetos. A premissa da IoT consiste em conectar objetos à internet e às redes de computadores, permitindo que esses objetos se comuniquem com servidores ou entre eles. Atualmente, a IoT possui aplicações variadas, como casas inteligentes, cidades conectadas e indústrias com equipamentos interligados a tomadores de decisão, controladores e servidores. Atividade 2 A internet da coisas, sendo uma evolução da internet, está ligada à evolução da sociedade. Qual é um dos principais impactos da IoT na sociedade? A Reduzir a necessidade de conexão entre dispositivos. Parabéns! A alternativa C está correta. A IoT tem como um de seus principais impactos a transformação das relações entre pessoas e objetos. Ela permite a interconexão de dispositivos físicos pela internet, facilitando a coleta e análise de dados com precisão. Isso cria um ecossistema de computação onipresente que revoluciona a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor, proporcionando novas possibilidades e mudanças nos paradigmas tecnológicos e sociais. A IoT já está entre nósVocê já parou para pensar como a tecnologia está transformando nossas vidas diárias? Vamos então estudar a IoT, que nos permite explorar como dispositivos interconectados podem otimizar tarefas cotidianas e criar novas experiências para os consumidores. Neste vídeo, vamos analisar as diversas aplicações da IoT, incluindo wearables, carros autônomos e casas inteligentes. Serão apresentados exemplos práticos, como pulseiras que monitoram atividade física, carros da Tesla que se atualizam remotamente e dispositivos domésticos conectados que automatizam tarefas diárias. B Facilitar a comunicação exclusiva entre humanos. C Transformar as relações entre pessoas e objetos. D Eliminar a necessidade de armazenamento de dados. E Eliminar a necessidade da internet por meio de dispositivos. Do ponto de vista dos consumidores, há produtos integrados à IoT nas mais variadas áreas. De fato, objetos interconectados podem nos ajudar nas resoluções das questões do nosso dia a dia. Wearables Uma das categorias mais vendidas no mundo são os wearables ou tecnologias vestíveis. Ou seja, trata-se de peças de vestuário com conectividade de IoT que produzem informações sobre os usuários. Destacam-se na categoria pulseiras e tênis que monitoram a atividade física do usuário. Todas essas tecnologias vestíveis geram uma tonelada de dados que as empresas começam a entender para pensar em aplicações futuras. Pulseira monitorando a atividade física conectada com aplicativo. Carros autônomos Os carros autônomos são outra categoria de produtos conectados. Eles se comunicam entre si e definem o melhor momento (velocidade e trajeto, por exemplo) de fazer um cruzamento em vias urbanas. Automóvel da miontadora Tesla. A montadora Tesla já possui em sua frota carros com diversos recursos para comunicação com outros equipamentos portadores de sensores e inteligência artificial. Com o objetivo de produzir carros cada vez mais autônomos, a Tesla possui uma vantagem competitiva que as outras montadoras não têm: A atualização e eventuais ajustes nos seus carros de maneira remota, sem custos aos seus clientes. Por causa desse recurso, durante o furacão Irma, que atingiu o estado americano da Flórida, em 2017, a Tesla alterou remotamente a configuração das baterias de alguns modelos, permitindo que os veículos tivessem maior autonomia temporária. Essa atualização ajudou os motoristas a percorrerem distâncias maiores sem necessidade de recarga, facilitando a evacuação da região afetada. Esse pequeno ajuste fez com que os clientes conseguissem chegar em locais seguros a tempo. Em outra situação, a montadora fez a manutenção de um erro no sistema de carga dos carros sem que os clientes precisassem ir até uma concessionária apenas enviando a atualização pela internet, como se faz com um smartphone. Casas inteligentes As casas inteligentes também estão na lista de produtos com conectividade IoT que já estão entre nós. A automação da casa é um cenário mais próximo do mercado brasileiro em se tratando de IoT, pois já é possível encontrar diversos dispositivos para a formação de uma pequena rede doméstica de objetos inteligentes, como: lâmpadas Philips Hue, cafeteiras Nespresso, Apple HomeKit e outros mais. Casal verificando configurações de sua casa inteligente. Lâmpadas Philips Hue As lâmpadas Philips Hue permitem um sistema pessoal de iluminação sem fio, controlando com facilidade as luzes usando dispositivos como celular ou tablet. Apple HomeKit O HomeKit é a plataforma da Apple para automação residencial. Ele permite aos usuários configurar e controlar eletrodomésticos inteligentes usando dispositivos Apple, inclusive a Siri, assistente de voz da Apple. Acompanhe e imagine a sequência de eventos a seguir para entender a dinâmica da IoT em uma casa inteligente: Localização geográfica do usuário via Wase Um poste na rua envia uma mensagem para o carro do João, avisando sobre bloqueio no caminho. Automaticamente, o Waze calcula uma rota alternativa, o que acrescenta 60 minutos na previsão de chegada em casa para jantar com a sua família. Sugestões Apple Watch durante a rota escolhida O carro informa ao condutor sobre a alteração na rota e sugere uma pausa para lanchar, tendo em vista a última refeição registrada pela Apple Watch. Geração contínua de dados em todos os lugares durante o trajeto O motorista aprova a nova rota e segue para uma padaria no caminho. Baseando-se nas informações dos postes, das calçadas e da rua, o carro informa à padaria que haverá uma parada e já exibe a informação de uma nova fornada de pães para o motorista. Interconexão de objetos físicos pela internet por meio do iPhone O iPhone envia uma mensagem para as pessoas na casa e informa do atraso. Como a Nespresso Expert está programada para preparar um café exatamente no momento da chegada do João, a máquina verifica se há cápsula para ser consumida no momento da sua chegada, uma vez que o seu filho consumiu café minutos antes das mensagens. Nespresso Expert monitora a quantidade de cápsulas utilizadas Devido à falta de cápsulas, a máquina envia um pedido de compra para a Nespresso que, com o seu serviço de entrega no mesmo dia, já realiza a entrega. Atividade 3 A IoT pode ajudar em aspectos de nossa rotina. Qual das seguintes alternativas é um exemplo de sua aplicação em casas inteligentes? Parabéns! A alternativa A está correta. Apple HomeKit envia informação da chegada do usuário em casa para termostato Ao chegar em casa, com a temperatura automaticamente ajustada para 21° pelo termostato conectado pelo Apple HomeKit, João acompanha a entrega das suas cápsulas e aguarda o jantar com a sua família. A Lâmpadas que ajustam a luminosidade automaticamente. B Fogões que funcionam a gás natural. C Geladeiras que regulam a temperatura internamente. D Sofás ajustáveis manualmente. E Janelas de vidro duplo para isolamento térmico. Lâmpadas que ajustam a luminosidade automaticamente são um exemplo de aplicação da IoT em casas inteligentes. Esses dispositivos fazem parte de uma rede doméstica, incluindo diversos objetos conectados, como termostatos e cafeteiras, que se comunicam para otimizar a experiência dos moradores. A conectividade entre esses dispositivos permite a automação de tarefas diárias, proporcionando maior conveniência e eficiência. Aplicação da IoT nas organizações Como a IoT pode transformar negócios e otimizar operações? Para responder a essa pergunta, vamos estudar como a IoT cria valor por meio de inovação e eficiência. Neste vídeo, vamos entender as aplicações da IoT no varejo, indústria e setor público, destacando exemplos como manutenção preditiva, transporte inteligente, armazenamento sob demanda, lojas inteligentes e produtos inovadores. Também abordaremos estratégias para criar valor em produtos IoT e como essas tecnologias podem transformar cidades e serviços públicos. Além de oferecer produtos e possibilidades para os consumidores, a IoT também vai impactar profundamente a forma como as organizações se estruturam e fazem negócios. Segundo Kotler (2018), as empresas precisarão identificar maneiras de utilizar a IoT para criar valor, especialmente através do uso de dados para alinhar seu modelo de negócios aos interesses do cliente. Observar como a tecnologia e os preceitos de sustentabilidade têm mudado a forma como os clientes consomem, adequando novos e diferentes meios para distribuir ofertas e serviços, é criar e distribuir valor com sucesso. Varejo A SAS (empresa americana pioneira em Business Intelligence) aponta cinco aplicações possíveis da IoT no varejo: Usada no gerenciamento de energia, na prevenção de falhas ou na detecção de outros problemas. Em um supermercado, por exemplo, sensores acoplados a produtos dos setores de frios e laticínios podem monitorar as possíveis variações de energia para garantir a qualidade dos alimentos. Manutenção, rastreamento e otimizaçãode rotas com mais precisão do que o uso de GPS. A IoT possibilita monitorar as vendas em tempo real e também na gestão de inventário. O RFID, por exemplo, é um item da IoT muito bem testado em estocagem. Trata-se de um dispositivo eletrônico, normalmente em forma de etiqueta (tag) adesiva, que recebe uma série de informações, através de um chip, com uma antena microscópica embutida, capaz de receber, registrar dados e retransmiti-los quando acionado. Na prática, funciona como um código de barras eletrônico, com a grande diferença de não utilizar um leitor ótico, mas, sim, um sensor de radiofrequência (RF), capaz de armazenar mais informações do que o código de barras. Serviços com base na geolocalização podem oferecer de forma personalizada a um cliente que já está dentro de uma loja física, por exemplo, um desconto ou uma oferta especial. Manutenção preditiva Transporte inteligente Armazenamento sob demanda Cliente conectado Em um shopping center, por exemplo, a IoT pode analisar o tráfego de pessoas, o que ajuda a entender sua jornada de compras completa, possibilitando a personalização desta. Em resumo, a IoT oferece diversas aplicações no varejo, como manutenção preditiva para garantir a qualidade dos produtos, transporte inteligente para otimização de rotas, armazenamento sob demanda para gestão eficiente de inventário, cliente conectado para ofertas personalizadas com base na geolocalização e lojas inteligentes para analisar o tráfego de pessoas e personalizar a experiência de compra. Indústria No caso das indústrias fabricantes de produtos IoT, é preciso que tenham em mente que um produto, simplesmente porque se conecta à internet e pode ser acessado e controlado a distância, não cria valor por si só. Ou seja, só porque podemos conectar um produto, não necessariamente queremos e vamos conectá-lo. Esta é uma questão importante, tendo em vista que os custos para produção de um dispositivo com conectividade são mais altos e a organização precisa criar valor suficiente para cobrir esses custos extras. Curiosidade Como criar valor para o cliente em um produto de IoT? Bruce Sinclair (2018), em seu livro IoT: Como usar a Internet das Coisas para alavancar seus negócios, sugere maneiras de criar valor em IoT. A seguir, veremos quatro formas de agregar valor com IoT de acordo com o livro de Bruce Sinclair, que acabamos de citar. Acompanhe! Tornar os produtos melhores, através da inovação Ou seja, entregar ao cliente um produto que faça de uma maneira nova ou melhor algo que para ele é valioso. Pode ser um produto totalmente novo ou uma evolução de um que já existe. Aumentar a eficiência operacional de um produto Loja inteligente Um exemplo são algumas empresas fornecedoras de eletricidade que usam um SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), o que possibilita a conexão entre os sensores da linha de energia e o comando central, evitando que as faltas de energia sejam descobertas somente após a reclamação dos clientes. Suportar melhor os produtos A partir de uma manutenção preditiva, proativa e prescritiva, contra uma manutenção reativa ou preventiva, apenas. Os carros autônomos da Tesla, já apresentados aqui, são um bom exemplo de criação de valor com a manutenção a distância. Criar melhor os novos produtos Para que eles não sejam engavetados após três ou quatro meses de uso, como acontece com alguns wearables, como as pulseiras da marca FitBit. Visivelmente, há espaço para melhorias ou até para novos produtos. É possível identificar para que eles estão sendo utilizados e comparar ao uso pretendido, por exemplo. A proposta aqui, então, é usar os dados coletados de um produto para inspirar novos, sejam físicos ou digitais. Setor público A IoT pode ser aplicada também para inovar ou otimizar soluções no setor público, como a implementação de dispositivos para transformar a cidade em um espaço inteligente ou melhorar o atendimento à saúde pública. Na mobilidade urbana, os meios de transporte podem ser monitorados por GPS para otimização conforme a demanda; e também é possível organizar os sinais de trânsito conforme informações coletadas do tráfego. Na coleta de lixo, sensores podem avisar aos responsáveis sobre a necessidade de coleta e otimizar a logística dos caminhões. Na segurança, é possível prever a ocorrência de situações com a necessidade de maior policiamento. Cidades inteligentes Na saúde pública, a IoT pode ajudar: No registro eletrônico de histórico de saúde dos pacientes. No monitoramento de pacientes e alertas em tempo real. Nos diagnósticos mais precisos e antecipados. Na análise de imagens. A IoT não apenas enriquece a oferta de produtos e serviços aos consumidores, mas também transforma significativamente as estruturas e operações das empresas. Conforme apontado por Kotler (2018), as organizações devem explorar a IoT para gerar valor, utilizando dados para alinhar seus modelos de negócios aos interesses dos clientes. A chave para o sucesso reside em observar e adaptar-se às mudanças tecnológicas e aos princípios de sustentabilidade, garantindo que a criação e distribuição de valor atendam às novas demandas e expectativas dos consumidores. Para refletir A IoT pode trazer grandes benefícios para o mundo e já é possível ver suas aplicações na organização do trânsito, na agilização de tratamentos médicos e também na preservação do meio ambiente. Mas há questões relacionadas ao seu uso que podem provocar distorções que precisam ser consideradas com cautela. Internet das coisas inúteis Será que as tecnologias digitais sempre facilitam a vida das pessoas? Alguns estudos apontam para uma diferenciação entre internet “das coisas úteis” e internet “das coisas inúteis”, ou seja, produtos que não apresentam caráter de real utilidade e novidade, mas que são considerados inovadores simplesmente por serem digitais. Um exemplo é o Egg Minder, uma bandeja Wi-Fi para ovos que se comunica com o celular, informando quando seus ovos acabaram. Talvez uma lista de compras fosse mais útil e mais barata, levando em conta os altos custos dos dispositivos de IoT. E-waste Saúde pública Parece piada, mas esses produtos incomuns e de utilidade duvidosa para a vida prática contribuem para um dos grandes problemas relacionados à IoT: o e-waste, ou seja, o lixo gerado pelo descarte desses produtos, que se tornam obsoletos mais rapidamente em relação aos não inteligentes. Privacidade e segurança dos dados Outro problema relacionado à IoT é a confiança dos consumidores em relação ao destino dos seus dados coletados. As empresas ainda não conseguem garantir aos usuários a proteção e a segurança aos seus dados com a mesma velocidade com que desenvolvem os produtos de IoT. Os dados coletados são armazenados em nuvens e são suscetíveis a ataques de hackers e vazamentos. Alguns estudiosos alertam, inclusive, que essa pode ser uma ameaça à evolução da indústria. Atividade 4 A empresa SAS elenca aplicações da IoT no varejo. Qual é uma dessas aplicações? A Implementação de manutenção preditiva em setores de frios. B Contratação de novos funcionários para atendimento ao cliente. C Redesign de layout de lojas para melhorar a circulação. D Campanhas de marketing em redes sociais. E Renovação de vitrines com materiais sustentáveis. Parabéns! A alternativa A está correta. A implementação de manutenção preditiva no varejo é uma aplicação da IoT que permite monitorar variáveis como a energia em setores de frios e laticínios para garantir a qualidade dos alimentos. Sensores acoplados a esses produtos detectam variações e previnem falhas, demonstrando como a IoT pode melhorar a eficiência operacional e a segurança no varejo. As outras opções listadas são práticas comuns na gestão de lojas. 4 - Conceitos básicos de big data e seus impactos Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os conceitos básicos de big data e seus impactos nas rotinas de consumidores