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PRINCIPAIS TEMAS ABORDADOS - AMBULATÓRIO INFECTOLOGIA 
I. HIV 
II. Hepatites 
III. Tuberculose 
IV. Hidatidose 
V. Malária 
10/02/2025 - SEMANA I 
ROTINA - CONSULTAS (ANAMNESE INFECTO) 
- ocupação 
- moradia/condições socioeconômicas 
- parceiro sexual (rotativo ou fixo)+ saúde reprodutiva (deseja ter filhos, status 
sorológico do parceiro e filhos) 
- facilidade ao acesso de saúde, medicações e transporte (riscos e vulnerabilidade) 
- explicar sobre a doença 
- sinais e sintomas (febre, perda de peso significativa, tosse produtiva/persistente, 
sudorese noturna, cefaleia/sintomas neurológicos no geral) 
- busca ativa de doença mental/infecções oportunistas 
- medicações (MUC), vícios (álcool/drogas) = interação medicamentosa 
- comorbidades em geral e/ou associadas + busca ativa de outras IST’s (normalmente 
andam em conjunto, a maioria dos pacientes que possuem, têm mais de uma infecção 
sexualmente transmissível) 
- exame físico/sinais vitais (PA, FC, SAT, MUCOSAS E PELE, LINFONODOS, ABDOME 
(FÍGADO), - restante apenas se queixas) 
- diagnóstico (teste rápido + 1 teste = 2 testes para confirmar - SEMPRE) 
- exames complementares: 
 
1. imagem/físico = 
busca ativa de 
 hepatomegalia, alterações 
pulmonares, alterações de 
pele e mucosas, alteração na 
região genital/anal… 
2. carga viral a partir do 
diagnóstico (absoluta e log) 
3. controle de carga: 
a. após 8 
semanas na maioria dos 
pacientes (compara o log 
nas quedas, para saber se o 
tratamento está fazendo 
efeito - 2 logs no exame = 
MENOS) 
b. após 4 semanas na gestante 
4. até 6 meses deve ser indetectável no exame 
hemograma completo, glicemia, lipidograma… 
 
 
 
 
- conhecimento geral - HIV/AIDS 
 
- profilaxia - HIV/AIDS 
 
- tratamento - TARV = terapia antirretroviral. 
*NUNCA TRATOU: 
1. Tenofovir 300mg (TDF) + Lamivudina 300 mg (3TC) — Contínuo Tomar 1 comp ao 
dia. 
2. Dolutegravir (DTG) 50mg — Contínuo Tomar 1 comp ao dia 
ou, REINÍCIO DE TRATAMENTO: Manter último esquema utilizado de TARV. 
 
TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS: 
1. Gestantes — Início de tratamento → Mesmo esquema que demais pacientes! → 
TDF/3TC/DTG ou Reinício se TARV anterior diferente do esquema base → 
Encaminhar com URGÊNCIA ao Infectologista. 
2. Tuberculose 
a. Interação Rifampicina X Dolutegravir. 
b. TDF/3TC 300/300mg - 1 comp/dia + DTG 50mg 12/12h. 
c. Preencher no formulário. 
 
AS MEDICAÇÕES DEVEM SER TOMADAS O HORÁRIO QUE O PACIENTE 
PUDER, PORÉM EM CONJUNTO, A FIM DE EVITAR RESISTÊNCIA ÀS MEDICAÇÕES 
DO TRATAMENTO. 
 
a. benefícios do início precoce da TARV 
i. Redução da morbimortalidade e aumento da expectativa de vida; 
ii. Redução da incidência de TB e recuperação da função imune; 
iii. Melhora na qualidade de vida; 
iv. Redução Da Progressão 2a Doença e Comorbidades; 
v. Supressão virológica duradoura e prevenção da transmissão. 
 
 
 
 
b. quando não iniciar TARV? 
i. comorbidades; 
ii. interações medicamentosas; 
iii. suspeita de infecções oportunistas. 
 
c. efeitos adversos mais comuns nos primeiros dias 
i. gastrintestinais; 
ii. cefaleia; 
iii. elevação transitória da creatinina sem perda da função renal 
(DTG). 
PEP x PREP 
PEP = Profilaxia PÓS Exposição. 
● indicação -> 5 passos: 
1. tipos de material biológico 
 
 
 
2. tipo de exposição 
 
3. tempo decorrido da exposição -> O MAIS PRECOCE POSSÍVEL = 
MÁXIMO DE 72H APÓS EXPOSIÇÃO - EMERGÊNCIA. 
4. status sorológico da pessoa exposta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. “extra” -> sorologia da pessoa-fonte (SE DISPONÍVEL). 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREP = Profilaxia PRÉ Exposição. 
● população-chave: 
○ Homem que fazem sexo com homens (HSH) (18,4%); 
○ Pessoas transgênero (31,2%); 
○ Profissionais do sexo (mulheres cis - 5,3%). 
● avaliação de risco deve ser realizada de maneira individual -> o risco pode ser 
aumentado quando: 
○ histórico de IST´s; 
○ busca repetida por PEP; 
○ casais sorodiscordantes; 
○ chemsex. 
● indicação -> pré-requisitos obrigatórios: idade a partir de 15 anos e peso a partir 
35Kg. SEMPRE REFORÇAR A NECESSIDADE DE ADESÃO QUE EFICÁCIA 
DEPENDE DELA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITUÁRIO PADRÃO 
 
 
 
 
 
17/02/2025 - SEMANA II 
TUBERCULOSE 
● Agente etiológico: é uma infecção micobacteriana progressiva crônica, dada como 
transmissível e é ocasionada pela Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK), 
frequentemente com um período latente assintomático após a infecção inicial. 
- A Micobactéria também pode ser causada por outras 6 espécies: Mycobacterium -> 
bovis, caprae, canetti, microti, pinnipedi e africanum. 
 
 
 
● Fisiopatologia: 
Evolução da tuberculose 
1. Primária: paciente que não estava sensibilizada pelo bacilo, ou seja, nunca havia 
entrado em contato com o bacilo, foi a primeira vez que ela pegou a infecção. 
2. Progressiva: paciente que teve a tuberculose primária, entrou em contato pela primeira 
vez, porém a doença voltou, então ou ele teve uma sobre infecção, uma segunda 
infecção, ou esse paciente teve uma baixa na imunidade e os bacilos que sobraram no 
sistema respiratório dele se ativaram novamente, começando novamente o processo 
infeccioso. 
 
 
 
 
 
 
Tuberculose pulmonar 
Tuberculose primária: Infecção evolui para TB Doença (1 a 5% dos casos) -> em algumas 
pessoas, o bacilo da tuberculose supera as defesas do sistema imunológico e começa a se 
multiplicar, resultando na progressão de uma simples infecção por tuberculose para a doença 
em si. 
1. Fase Inicial (1-3 dias) - Fagocitose: os macrófagos fagocitam os bacilos; 
2. Segunda fase: Colonização: bacilos que não foram eliminados se multiplicam no interior 
dos macrófagos. 
3. Terceira fase – Caseação-Calcificação: a caverna ou tubérculo é preenchida com 
material necrótico. Os bacilos entram em estado de dormência. Finalmente, há 
calcificação das cavernas. 
4. Se as cavernas não forem calcificadas: 
- O doente imunocompetente desenvolve novas cavernas; 
- O doente imunocomprometido desenvolve tuberculose miliar -> ou tuberculose 
cutânea aguda disseminada -> é dada por um agravamento da tuberculose por 
sua ampla difusão dentro do corpo humano gerando pequenas lesões na pele. 
 
 
É uma complicação grave de cerca 
de 1 a 3% dos casos de tuberculose; 
- Infecção bacteriana crônica e 
contagiosa geralmente causada 
decorrente do espalhamento do 
bacilo para outros órgãos, através do 
sangue ou do sistema linfático, 
- Pode infectar qualquer órgão, 
frequentemente afetando: Pulmões, 
Meningites, Fígado e Ósseo. 
 
B) Tuberculose secundária ou 
pós-primária (5 a 10% dos casos): O 
bacilo permanece dormente por 
vários anos - então ocorre a 
reativação da doença tuberculosa, ou 
seja, desenvolve-se a partir de uma 
nova infecção (reinfecção exógena) 
ou da reativação de bacilos latentes 
(reinfecção endógena). 
 
Tuberculose extrapulmonar: é a forma extrapulmonar mais comum de tuberculose no adulto 
imunocompetente e, em cerca de 20% dos casos, está associada com lesão pulmonar ativa. Em 
regiões de prevalência elevada da doença, a principal causa de derrame pleural em adultos 
jovens é a tuberculose pleuro- pulmonar. 
 
 
 
 
Vias de disseminação da Mycobacterium ou BK (Bacilo de Koch): 
● Linfo-hematogênica -> caminho natural do bacilo -> corrente linfática; 
● Hematogênica -> abertura de um foco tuberculoso na corrente sanguínea; 
● Por contiguidade -> forma pleural a partir do pulmão; 
● Intra-canalicular -> comprometimento de diversos locais do pulmão através da árvore 
brônquica. 
 
Algumas situações aumentam o risco de progressão da tuberculose a 10% ou mais ao ano, 
ao invés dos 10% por toda a vida: 
● Pessoas infectadas com o HIV o risco; 
● Uso de drogas injetáveis; 
● Diabetes mellitus, silicose, câncer, doenças no sangue, leucemia… 
● Terapia prolongada com corticosteroides e outras terapias imuno-supressivas; 
● Baixo peso corporal (10% ou mais de peso abaixo do ideal). 
 
● Sinaise sintomas: 
1. Tosse por 3 semanas ou mais - reflexo protetor do sistema respiratório, 
desencadeado pela irritação das vias aéreas. Na tuberculose, a inflamação e a 
necrose caseosa nos alvéolos e brônquios resultam em secreções que podem 
ser eliminadas através da tosse. A tosse pode ser seca inicialmente, mas à 
medida que a doença progride, torna-se produtiva, podendo apresentar 
expectoração purulenta ou sanguinolenta; 
2. Febre vespertina - caracterizada por elevações da temperatura corporal que 
ocorrem no final do dia. Isso está relacionado à resposta imune do organismo à 
infecção, onde a liberação de citocinas pró-inflamatórias, como o fator de 
necrose tumoral (TNF-alfa) e interleucinas, provoca um aumento na temperatura 
corporal; 
3. Dispneia/fadiga - dispneia pode ocorrer devido à destruição do tecido pulmonar, 
comprometendo a troca gasosa e levando à hipoxemia. Além disso, a fadiga é 
frequentemente resultado da resposta inflamatória sistêmica e do consumo 
energético aumentado durante a luta contra a infecção; 
4. Sudorese noturna - fenômeno comum em infecções crônicas e está associada à 
regulação da temperatura corporal alterada pela resposta inflamatória. O corpo 
tenta regular a temperatura elevada, resultando em sudorese excessiva durante 
a noite; 
 
 
5. Emagrecimento -> ocorre devido ao aumento do metabolismo basal associado à 
infecção, perda de apetite e má nutrição. A tuberculose provoca uma resposta 
inflamatória que pode levar ao catabolismo proteico e à perda de massa 
muscular. 
● O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca 
ou produtiva (com catarro). 
● OBS: recomenda-se que toda pessoa com sintomas respiratórios, ou seja, que 
apresente tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. 
Transmissão: via respiratória, pela eliminação de aerossois produzidos pela tosse, fala ou 
espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), sem tratamento. Quando 
outras pessoas respirarem essas partículas, há a possibilidade de se infectar. 
 
 
 
Prevenção: vacinação -> VACINA BCG (deve ser ministrada às crianças ao nascer, ou, no 
máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias). 
 
 
 
a. Indicações 
 
b. Contraindicações 
 
c. Eventos adversos 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
1. Clínico (anamnese, exame físico e avaliação dos sintomas). 
2. Diferencial (5 formas de tuberculose) 
1. Pulmonar 
2. Pleural 
3. Ganglionar 
4. Meningoencefálica 
5. Osteoarticular 
 
 
3. Laboratorial/Bacteriológico 
- Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ou baciloscopia direta; 
- Cultura para micobactéria; 
- Teste de sensibilidade aos fármacos. 
- Outro: Adenosina deaminase (ADA). 
 
 
 
 
 
- Infecção latente: 
1. Prova tuberculínica -> PPD/reação de Mantoux (exame de triagem padrão 
para identificar a presença de infecção pela Mycobacterium tuberculosis e, 
assim, auxiliar no diagnóstico da tuberculose). 
 
 
 
 
2. IGRA (Interferon-Gamma Release Assays). 
 
 
 
 
 
 
4. Imagem: 
- RX de tórax; 
 
- TC de torax; 
 
- Outros: 
1. Tomografia por emissão de pósitrons (PET) utilizando o 18F-fluorodeoxyglucose 
identifica alterações bioquímicas dos tecidos na tuberculose. 
2. Cintilografia pulmonar ventilação-perfusão pode ser útil na avaliação pré-operatória 
de pacientes com indicação de cirurgia para tratamento da tuberculose, identificando 
áreas com déficit ventilatório e/ou perfusional. 
3. Ressonância nuclear magnética (RNM) do sistema nervoso central na TB 
meningoencefálica, e a têm papel importante no diagnóstico precoce da doença. Os 
achados mais comuns são: hidrocefalia, espessamento meníngeo basal e infartos do 
parênquima cerebral. Na TB óssea, a destruição da porção anterior dos corpos 
vertebrais e áreas de osteólise, principalmente em epífise de ossos longos, sugere 
doença em atividade. 
 
 
 
 
● Achados: 
5. Histopatológico: avaliação histológica de fragmento de tecido obtido por biópsia é um 
método empregado na investigação das formas pulmonares que se apresentam 
radiologicamente como doença difusa e nas formas extrapulmonares. 
 
6. Diagnóstico de HIV nas pessoas com TB: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEPATITE B E C DIAGNÓSTICO 
HBV vírus da hepatite B (do inglês hepatitis B virus) 
HCV vírus da hepatite C (do inglês hepatitis C virus) 
As hepatites virais agudas e crônicas são doenças provocadas por diferentes agentes 
etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, ou seja, capacidade de certos vírus 
de se infiltrarem numa célula e se proliferarem em seu interior. Além disso, apresentando 
características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes 
particularidades. 
As hepatites virais são causadas por cinco vírus: 
1. vírus da hepatite A (HAV, do inglês hepatitis A virus); 
2. vírus da hepatite B (HBV, do inglês hepatitis B virus); 
3. vírus da hepatite C (HCV, do inglês hepatitis C virus); 
4. vírus da hepatite D (HDV, do inglês hepatitis D virus); 
5. vírus da hepatite E (HEV, do inglês hepatitis E virus). 
Essas infecções têm um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, 
anictéricas e ictéricas típicas, até a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). 
A maioria das hepatites virais agudas é assintomática, independentemente do tipo de 
vírus. Quando apresentam sintomatologia, são caracterizadas por fadiga, mal-estar, 
náuseas, dor abdominal, anorexia e icterícia. 
 
 
A hepatite crônica, em geral, cursa de forma assintomática. As manifestações 
clínicas aparecem quando a doença está em estágio avançado, com relato de fadiga, ou, 
ainda, cirrose. O diagnóstico inclui a realização de exames em ambiente laboratorial e testes 
rápidos, além de caracterizar o agente infeccioso e sua gravidade. 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
● Agudos: 
○ muito diversificados; 
○ variam desde formas assintomáticas até formas de insuficiência hepática aguda 
grave; 
○ a maioria dos casos subclínicos cursam com predominância de fadiga, anorexia, 
náuseas e mal-estar geral; 
○ pacientes sintomáticos -> urina escura (colúria), fezes esbranquiçadas (acolia 
fecal) e icterícia. 
● Crônica: 
○ assintomática (maioria dos casos); 
○ manifestações clínicas aparecem apenas em fases adiantadas de acometimento 
hepático -> fibrose, cirrose hepática, carcinoma hepatocelular e 
comprometimento de outros órgãos; 
○ diagnóstico é feito ao acaso -> a partir de alterações esporádicas de exames de 
avaliação de rotina ou da triagem em bancos de sangue; 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO E JANELA DIAGNÓSTICA 
 
 
 
 
SISTEMATIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES VIRAIS 
 
METODOLOGIAS DE DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES VIRAIS 
O diagnóstico etiológico só é possível por meio de exames sorológicos (soro, plasma, 
fluido oral) e/ou de biologia molecular (imunoensaios e detecção do ácido nucleico); 
● Testes rápidos: 
○ imuno-ensaios cromatográficos de execução simples; 
○ realizados em até 30 minutos; 
○ coleta por ser realizados com fluido crevicular gengival, soro, plasma ou sangue 
total; 
○ não necessitam de estrutura laboratorial; 
○ ampliação do acesso ao diagnóstico; 
○ detecção precoce; 
○ aumentam a resolutividade do sistema; 
○ rápida vinculação do paciente aos serviços de assistência; 
○ expansão do diagnóstico das hepatites virais B (HBsAg) e C (anti-HCV); 
 
 
 
■ RECOMENDAÇÕES: 
1. Serviços de saúde sem infraestrutura laboratorial ou localizados 
em regiões de difícil acesso; 
2. Atenção Primária à Saúde; 
3. Segmentos populacionais *utuantes; 
4. Comunicantes de pessoas vivendo com hepatites virais; 
5. Acidentes biológicos ocupacionais; 
6. Gestantes durante o pré-natal, parturientes e puérperas; 
7. Situação de abortamento espontâneo, independentemente da 
idade gestacional; 
8. Laboratórios que realizam pequenas rotinas (rotinas comaté 
cinco amostras diárias para diagnóstico da infecção pela hepatite 
B ou C); 
9. Pessoas em situação de violência sexual; 
10. Populações vulneráveis: 
a. Hepatite B: 
i. homens que fazem sexo com homens; 
ii. pro+ssionais do sexo; 
iii. pessoas que usam drogas; 
iv. pessoas privadas de liberdade; 
v. indivíduos em situação de rua; 
vi. indígenas; 
vii. quilombolas; 
viii. indivíduos nascidos em áreas endêmicas; 
b. Hepatite C: 
 
 
i. indivíduos com 40 anos de idade ou mais; 
ii. indivíduos que realizaram transfusão; 
iii. transplante; 
iv. indivíduos em situação de compartilhamento de 
material de injeção; 
 
● Exames laboratoriais: 
○ Imunoensaios -> detecção do antígeno viral e/ou anticorpos específicos, como 
IgM e IgG. 
■ Ensaios imunoenzimáticos: 
● ELISA = menor sensibilidade clínicas -> substrato que gera um 
sinal colorido ou insolúvel. 
● ELFA = maior sensibilidade clínica -> substrato que gera um sinal 
fluorescente que pode ser detectado em concentrações menores 
que as de produtos coloridos. 
■ Ensaios luminescentes: 
● quimioluminescência = detectaram reações entre antígenos e 
anticorpos usando uma substância que emite luz. Essa luz é 
captada por um equipamento especial, tornando o método muito 
sensível e específico. 
● eletroquimioluminescência = método que usa corrente elétrica 
para induzir a emissão de luz em reações entre antígenos e 
anticorpos. Isso permite um controle mais preciso do processo. 
○ Teste molecular -> PCR (reação em cadeia da polimerase); 
○ ALT ou TGP/AST ou TGO -> marcadores sensíveis para detecção de lesão do 
parênquima hepático; 
■ NÃO SÃO específicos para nenhum tipo de hepatite. 
■ PORÉM, indicam a necessidade de investigar a origem dessas alterações, 
que, entre outras possibilidades, podem ser causadas pelos vírus das 
hepatites A, B, C, D ou E. 
■ Na fase aguda podem estar elevadas, como também podem ter outras 
alterações inespecíficas como: elevação de bilirrubinas , fosfatase 
alcalina e discreta linfocitose. 
 
 SITUAÇÕES ESPECIAIS NO DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES 
 
 
 
 
 
HBV -> HEPATITE B 
● solução de continuidade 
(pele e mucosa); 
● relações sexuais 
desprotegidas; 
● via parenteral 
(compartilhamento de agulhas e 
seringas, tatuagens, etc.). 
● outros líquidos orgânicos, 
como sêmen, secreção vaginal e 
leite materno podem igualmente 
conter o vírus e constituir fontes 
de infecção; 
● transmissão vertical (mãe 
para filho); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HCV -> HEPATITE C 
● hepatite CRÔNICA; 
● transmissão por vias 
percutânea/parenteral; 
● populações de risco: 
○ indivíduos que receberam 
transfusão de sangue e/ou hemoderivados 
antes de 1993; 
○ pessoas que usam drogas 
injetáveis (cocaína, anabolizantes e 
complexos vitamínicos); 
○ inaláveis (cocaína) ou pipadas 
(crack), e que compartilham os respectivos 
equipamentos de uso; 
○ pessoas com tatuagem, 
piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea (por 
exemplo, consultórios odontológicos, clínicas de podologia, salões de beleza, etc., 
que não obedecem às normas de biossegurança) 
● transmissão sexual pouco frequente (cerca de 1%); 
● transmissão vertical É RARA, quando comparada a HBV; 
 
 
● em gestantes a carga viral é elevada, o que apresenta maior risco de transmissão aos 
RN;

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