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UNIDADE 1 
CONCEITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO MOTOR : VISÃO GERAL 
Aprendizagem e Desenvolvimento Motor 
Profa. Daniela Scoss 
 
1) Definindo Desenvolvimento Motor 
 
Ao pensarmos sobre nossas atividades no decorrer da vida, observamos que 
na infância realizávamos algumas atividades e/ou brincadeiras, tais como brincar de 
pique-esconde, pega-pega, empinar pipa, pular elástico, brincar de boneca, bolinha 
de gude, andar de bicicleta, lutinhas, jogar taco etc. 
 
Em nossa adolescência, não necessariamente fazíamos as mesmas atividades, 
pois aí entrariam o jogar futebol na rua com golzinho de chinelos ou latinhas, jogar 
queimada, praticar alguma modalidade esportiva na escola, no projeto social ou no 
clube, dançar etc. 
 
Na vida adulta, às vezes em função do tempo, disponibilidade ou até mesmo, 
vontade. Mantivemos algumas práticas, substituímos por outras ou até deixamos de 
nos movimentar tanto, devido aos estudos, trabalho, compromissos diversos. 
 
Percebemos que algumas destas atividades mantivemos no decorrer de nossa 
vida, porém outras foram dando lugar à novas práticas ou à falta delas. 
 
Esta reflexão sobre os tipos 
de atividades que realizamos em 
diferentes momentos de nossas 
vidas é muito importante para 
entendermos o conteúdo desta 
disciplina e a importância do 
movimento para nossas vidas. 
 
Nossos movimentos vão 
sofrendo modificações no decorrer 
da vida.Em cada fase da vida o 
indivíduo apresenta características 
distintas, as quais vão sendo 
alteradas em função dos fatores aos 
quais ele está exposto (local onde 
vive, práticas que são realizadas, 
estímulos que recebe). Todas estas modificações ocorrer devido ao Desenvolvimento 
Humano! 
 
Figura 1 Brincadeira de roda retratada por Ivan Cruz 
 
 
 
 
 
 
Como Desenvolvimento Humano, podemos entender como o conjunto de 
transformações que o sujeito passa e que lhe permitem, gradativamente, ir 
abandonando fases de maior dependência, para que sejam substituídas pelo status 
de adulto socialmente responsável. É uma área em constante evolução e com 
características que englobam diversas disciplinas, tais como: Psicologia, Sociologia, 
Antropologia, Biologia, Educação, História e Medicina. 
 
O Desenvolvimento é um conceito amplo que se refere a uma transformação 
complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, a 
maturação dos sistemas, a aprendizagem, os aspectos psíquicos e sociais. 
 
Segundo Gallahue, Ozmun, Goodway (2013, p. 22) “o desenvolvimento é um 
processo contínuo que começa na concepção e cessa com a morte. Ele envolve todos 
os aspectos do comportamento humano e, em consequência, só pode ser separado 
em ‘domínios’, ‘estágios’ ou ‘faixas etárias’ de forma artificial”. 
 
O Desenvolvimento está relacionado à idade cronológica, porém não depende 
apenas dela, pois sofre influências de características intrínsecas e extrínsecas. “Os 
cientistas do desenvolvimento estudam os três principais domínios, ou aspectos do 
eu: físico ou motor, cognitivo e psicossocial” (PAPALIA, FELDMAN, 2013, p. 37). 
 
1) Desenvolvimento Psicossocial ou Afetivo Social, definido pela maneira como 
as crianças se relacionam entre si, com os adultos e com suas próprias 
emoções, personalidade e sentimentos; 
2) Desenvolvimento Cognitivo, definido pelas habilidades do pensamento, do 
raciocínio, da abstração, da linguagem, da memória, da atenção, da 
criatividade e da resolução de problemas, entre outros; 
3) Desenvolvimento Motor, que está relacionado a todos os aspectos da 
motricidade da criança, ou seja, refere-se ao ato de engatinhar, andar, correr, 
saltas, lançar ou rebater. Assim como ao “crescimento do corpo e do cérebro, 
as capacidades sensoriais, as habilidades motoras e a saúde” (PAPALIA, 
FELDMAN, 2013, p. 37). 
 
Este último é nosso aspecto principal da pesquisa e estudo no curso de 
Educação Física. Os primeiros estudos sobre o Desenvolvimento Motor datam do 
início do século XX, tendo como referência Gesell (em 1928) e McGraw (em 1935). 
Estes estudos possuíam uma característica maturacionista. 
 
“Os maturacionistas defendiam que o desenvolvimento é função de processos 
biológicos inatos, que resultam em uma sequência universal de aquisição de 
habilidades de movimentos pelo bebê” (GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 23). 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir das décadas de 1980 e 1990 os estudos reconhecem a importância 
fundamental da hereditariedade, porém é possível reconhecer a importância 
complementar às condições do ambiente e às exigências específicas da tarefa ou ação 
motora. 
 
O Desenvolvimento Humano pode ser estudado a partir de uma série de 
modelos teóricos, tendo, cada um deles, implicações para o desenvolvimento motor 
e a educação de movimento para todas fases da vida. 
 
Figura 2 Visão transacional da relação causal no desenvolvimento motor (GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, 
p. 22). 
 
 Quando nos referimos a Aprendizagem Motora é preciso pensar que a 
experiência do sujeito é um pré requisito, ou seja, ele só conseguirá aprender 
determinado gesto motor, se o praticar. Desta forma, a Aprendizagem Motora é uma 
mudança relativamente permanente no comportamento motor, resultado de prática 
ou de experiências passadas. 
 
 
2) Classificações Etárias do Desenvolvimento 
 
 
Normalmente utilizamos como referência nossa Idade Cronológica, que consiste 
no dia, mês e ano do seu nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Calculando desta forma é possível determinar que temos 20 anos, 4 meses e 5 
dias, por exemplo. Mas será que esta é a única forma de classificar a idade dos seres 
humanos? Você já observou que às vezes crianças na mesma faixa etária, 
principalmente no início da puberdade, apresentam tamanhos totalmente diferentes? 
 
Isto ocorre porque a Idade Cronológica é uma das formas de classificação, além 
da cronológica, podemos classificar ainda como Idade Biológica, ou seja, qual é o 
registro da progressão em direção à maturidade. 
 
O progresso do amadurecimento ocorre de acordo com o ‘relógio biológico’ 
de cada indivíduo. “O conceito de maturação biológica relaciona o tempo biológico ao 
tempo do calendário. A maturação biológica de uma criança não ocorre, 
necessariamente, em sincronia com a sua idade cronológica” (MALINA et al, 2009 
apud DUBINSKI, TAGLIARI, 2018, s.p.). 
 
A Idade Biológica pode se dividir em: 
 
a. Morfológica: relativa ao tamanho comparado a padrões normativos; 
b. Esquelética: Idade biológica do desenvolvimento do esqueleto; 
c. Dentária: relativa a sequência de nascimento dos dentes; 
d. Sexual: caraterísticas sexuais primárias e secundárias. 
 
 
 
A idade cronológica refere-se aos anos de vida do jovem em relação ao calendário 
civil; logo, pode ser estabelecida mediante diferenças entre determinada data e sua 
data de nascimento. Em contrapartida, a idade biológica corresponde ao estágio em 
que determinado indicador biológico se encontra em seu "continuum" maturacional; 
logo, oferece informações sobre sua maturação biológica. Desse modo, pode-se 
estimar a idade biológica pela análise comparativa entre características quantitativas 
e qualitativas observadas no jovem sobre o indicador biológico considerado e as 
características esperadas em cada idade cronológica para esse mesmo indicador 
biológico. 
A Idade cronológica e idade esperada para ocorrência de características 
maturacionais específicas não necessariamente deverão coincidir. As variações 
observadas quando da confrontação das características observadas e esperadas com 
relação à idade cronológica real e a idade cronológica em que a característica 
esperada do indicador biológico considerado deverá ocorrer definem o estágio 
maturacional do jovem (GUEDES, 2011, s.p.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando nos referimos a Idade Biológica Morfológica podemos imaginar o 
acompanhamento do crescimento de crianças e jovens, por exemplo, pelo 
acompanhamento das tabelas de crescimento. 
 
 
Figura 3Curvas de Crescimento por estaturapadronizadas pela OMS (2006/2007). 
 
São padrões internacionais, desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS), para acompanhar o crescimento e o estado nutricional das crianças e são 
obtidas a partir do cálculo entre a idade da criança e variáveis como o peso, a altura e 
o perímetro da cabeça. 
 
Os parâmetros padronizados possibilitam a avaliação de crianças de qualquer 
país, independente de etnia, condição socioeconômica e tipo de alimentação. A única 
variável é o sexo da criança. O objetivo é que problemas como desnutrição, 
sobrepeso, obesidade e outras condições associadas ao crescimento e à nutrição da 
criança possam ser detectados e encaminhados precocemente (Ministério da Saúde, 
BRASIL, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Idade Biológica Esquelética trata-se do acompanhamento das estruturas 
ósseas e suas cartilagens de crescimento ou placas de crescimento, o que possibilita 
descobrir se o crescimento ósseo está ocorrendo de forma adequada. Só é possível 
verificar através de exames de imagens como o raio X. 
 
A idade óssea é uma maneira de descrever o grau de maturação dos ossos de 
uma criança. Durante o crescimento da pessoa desde a vida fetal até à infância, à 
puberdade e ao seu final como um adulto jovem, os ossos do esqueleto mudam de 
tamanho e forma. 
 
A placa é encontrada apenas em crianças e adolescentes. Com o fim do 
crescimento, a placa se fecha, sendo que a idade em que ocorre este fechamento varia 
de osso para osso. A fusão completa ocorre entre as idades de 12 a 16 anos para 
meninas e 14 a 19 anos para meninos. 
 
 
 
Figura 4Placa de crescimento em estrutura óssea infantil e adulta, compativo. (Fonte: 
https://ortopedistadojoelho.com.br/lesoes-no-atleta-infantil/ Acesso em 25 ago 2021.) 
 
 
 
 
 
https://ortopedistadojoelho.com.br/lesoes-no-atleta-infantil/
 
 
 
 
 
A Idade Biológica Dentária se refere a sequência de desenvolvimento dos 
dentes. Nossa dentição possui a caraterística da dentição primária, também 
conhecida como dentição de leite e a dentição permanente. 
 
E finalmente a Idade Biológica Sexual com a apresentação das características 
sexuais secundárias, que ocorre no início da puberdade. 
 
A puberdade é caracterizada por uma aceleração do crescimento durante a 
adolescência. “O estirão de crescimento nos meninos ocorre no meio da adolescência, 
entre 12 e 16 anos de idade (mais comumente em torno de 13,5 anos) e, geralmente, 
começa um ano depois de os testículos começarem a aumentar de tamanho. Os 
meninos crescem cerca de dez centímetros durante seu ano de crescimento máximo. 
O estirão de crescimento nas meninas ocorre no início da adolescência, entre os 9,5 e 
os 13,5 anos de idade (mais comumente em torno de 11,5 anos). As meninas crescem 
cerca de nove centímetros durante seu ano de crescimento máximo. Os meninos se 
tornam em geral mais fortes e mais altos do que as meninas” (MANUAL MSD, 2021). 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 Sequência esperada do nascimento dos dentes durante o primeiro ano (Fonte: 
https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Desenvolvimento/noticia/2018/06/quando-os-dentes-do-meu-filho-
vao-nascer.html Acesso em 25 ago 2021) 
https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Desenvolvimento/noticia/2018/06/quando-os-dentes-do-meu-filho-vao-nascer.html
https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Desenvolvimento/noticia/2018/06/quando-os-dentes-do-meu-filho-vao-nascer.html
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde SAPS. Curvas de 
Crescimento da OMS. Brasília, 2017. 
 
DUBINSKI, P. B., TAGLIARI, I. A. Métodos utilizados para avaliar a Maturação Biológica 
em praticantes de futebol: Um estudo de revisão. XXVII Encontro Anual de Iniciação 
Científica. EAIC, UEPG, 23 e 24 de outubro de 2018. 
 
GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.; GOODWAY, J. D. Compreendendo o desenvolvimento 
motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. AMGH Editora, Porto Alegre, 2013. 
 
GUEDES, D. P. Crescimento e desenvolvimento aplicado à educação física e ao esporte. 
Revista Brasileira de Educação Física e Esporte [online]. 2011, v. 25, n. spe [Acessado 
29 Agosto 2021] , pp. 127-140. 
 
MANUAL MSD. Versão saúde para a família. Crescimento Físico e Maturação Sexual 
de Adolescentes. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa. Acesso 
em 25 ago 2021. 
 
PAPALIA, D. E., FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 12ª ed. McGraw Hill, 
Artmed, 2013.

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