Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Sumário Tabela resumo glomerulopatias ................................................................................................................................ 01 Distúrbios ácido-básicos e hidroeletrolíticos .............................................................................................................. 03 Insuficiência renal ................................................................................................................................................... 17 Nefrolitíase .............................................................................................................................................................. 22 HPB ........................................................................................................................................................................ 24 Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Glomerulopatias Nefrótica Nefrítica Clínica Início Insidioso Abrupto Edema ++++ ++ Proteinúria Hematúria Pode ou não estar presente ++++ Ausente Presente Albumina Sérica Baixa ( 3,5 g/dia) + Edema + Hipoalbuminemia e outras + Hiperlipidemia - Obs: Amostra aleatória: proteína / creatinina > 2mg/mg Oligúria + HAS + Edema + Hematúria dismórfica ++++ ( > 3,5 g/dia) ++ (subnefrótica) Cilindros Hemáticos ↑ permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas Urina espumosa + edema + complicações - Complicações: ° TVP (trombose veia renal: GN membranosa+ GN mesangiocapilar/membranoproliferativa + amiloidose) ° Infecção (peritonite bacteriana espont.- pneumococo) ° Aterogeênese acelerada (hiperlipidemia) - Dx.: Sd nefrótica = biópsia (exceção criaçãos - DLM) Inflamação do glomérulo, geralmente aguda Oligúria + HAS + edema + urina avermelhada, coca-cola, escura * GN de lesões mínimas (DLM) - Comum em crianças (1-8 anos) - Perda barreira de carga: proteinúria seletiva (albuminúria) - Clínica: Proteinúria intensa em surtos, geralmente desencadeada por fatores precipitantes. Proteinúria – NADA – proteinpuria – NADA - Não consome complemento - Lesão: fusão e retração podocitária - Associação: Doença de Hodgkin, AINES - Tto: corticoide (resposta dramática, mt mt mt boa!!) * GN segmentar e focal (GESF) - Comum em adultos - Clínica: proteinúria não seletiva, HAS, leve hematúria - Lesão: DLM? Secundária: sequela, sobrecarga, hiperflux - Associação: várias doenças, regra da exceção - Pior prognóstico: progressão para IRC - Tto: corticoide, IECA, BRA * GN Membranosa - 2° mais comum em adultos - Clínica: variável, complicação trombótica frequente (trombose veia renal em 30% dos casos) - Lesão: espessamento MBG - Associação: HBV, captopril, sais ouro, d-penicilamina, sinal precoce de LES e CA - Tto: corticoide, IECA, BRA, profilaxia antitrombótica * GN membranoproliferativa/mesangiocapilar (GNMP) - Diag. Diferencial com GNPE - Crianças e adultos jovens - Expansão mesângio que invade alças capilares - Clínica: nefrítica / nefrótica, HAS e queda persistente complemento (> 8 sem), complica com trombose veia renal - Lesão: expansão mesangial, aspecto duplo contorno - Associação: hepatite C e crioglobulinemia - Tratamento: corticoide, IECA, BRA * GN Difusa Aguda pós estreptocócica (GNPE) - Comum em crianças e adolescentes (2-15 anos) - Precedida por infecção de pele ou amigdalite pelo Streptococo pyogenes B (Garganta: ASO. Pele: anti-DNAseB) - Deposição de imunocomplexos nos glomérulos, levando a inflamação - Clínica: oligúria por até 7 dias, proteinúria subnefrótica, Hipocomplementemia por até 8 semanas, hemat. Micro por até 2 anos - Prognóstico muito bom - Diagnóstico: 4 perguntas ° Houve faringite ou piodermite recente? ° O período de incubação é compatível? ° A infecção foi esreptocócica? ° Houve queda transitória (até 8 semanas) do complemento? - Solicitar biósia se “estranheza”, casos atípicos ° MO: padrão proliferativo difuso (inespecífico) ° ME: depósitos eletrodensos – corcovas, gibas, “humps” - Tto: suporte: restrição hidrossalina, furosemida, hidralazina + ATB (epidemiologia) 1Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Alterações Assintomáticas Glomerulonefrite rapidamente progressiva Trombose glomerular * Doença de Berger / Nefropatia por IgA - Glomerulopatia primária mais frequente no mundo. - Diagnóstico diferencial com GNPE - Depósito de IgA no mesângio (sangraaaa) - Clínica: episódios de hematúria macro, micro e síndrome nefrítica após fatores precipitantes - Não consome complemento - Associação: cirrose hepática, doença celíaca, dermatite herpetiforme, HIV, artrites soronegativas - Dx: clínica compatível + complemento normal + IgA sérica e na pele. Dx de certeza por biópsia.↑ - Prognóstico: variável. Fatores de mau progn.: idade avançada, homens, proteinúria > 1g/d, HAS, Cr > 1,5, hemat. Micro - Tto: acompanhamento, IECA, corticoide - Dx: crescentes em mais de 50% dos glomérulos (crescentes são formações expansivas que desestruturam Corpúsculo Malpighi) - Etiologia: anti-MBG (Goodpasture), imunocomplexos (GNPE, Berger, LES), pauci-imune * Doença de Goodpasture (sd pulmão-rim) - Doença rara, 20-40 anos, 6H:1M, tabagismo - AutoAc anti-MBG (esses autoAc são específicos contra um tipo de colágeno presente na MB dos glomérulos e alvéolos pulmonares) - Clínica: GNRP + hemorragia pulmonar - Dx: biópsia renal com padrão linear na IFI + > 50% glomérulos com crescentes. - Tto: plasmaférese. * Síndrome hemolítica ureêmica (SHU) - Precedida por infecção intestinal (E.coli O: 157-H7) - Lesão endotelial, levando à formação de microtrombos no capilar glomerular - Normalmente lactentes (0 – 2 anos) - Clínica (tríade): plaquetopenia + anemia hemolítica + insuficieência renal - Tto: suporte, hidratação 2Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Distúrbios ácido-básicos * Valores normais para gasometria arterial pH = 7,35 - 7,45 PCO2 – 35 – 45 (mmHg) HCO3ACT = 22 – 26 (~ 24) (mEq/L) HCO3STD = 22 – 26 (~ 24) (mEq/L) mais fidedigno, só varia quando distúrbios é patológico; preferir. BBECF = 48 (45-51) (mEq/L) total de base no plasma BEECF = -3 a +3 (mEq/L) excesso de bases, a diferença entre o BB do paciente e normal Tanto o BB quanto o BE mostram se o distúrbio é agudo ou crônico, ou seja, se já houve tempo para a compensação! Se os valores da pCO2 estiverem dentro dos valores esperados, tem-se um distúrbio com compensação. Caso contrário, tem- se um distúrbio misto! PCO2 esperada na acidose metabólica PCO2 = (1,5 x HCO3) + 8 (variação +/- 2) PCO2 esperada na alcalose metabólica pCO2 = HCO3 + 15 (variação +/- 2) Ânion Gap (proporcional a gravidade do distúrbio) Na – (Cl + HCO3) (variação +/- 2) Causas de Acidose Metabólica com AG alto (formação novos ácidos) Lática (metabolismo anaeróbico), cetoacidose, uremia, intoxicações Causas de Acidose Metabólica com AG normal (hiperclorêmica) Diarreia, Acidose tubular renal (tipo II), diurético poupador de potássio (espironolactona), reposição de SF 0,9% (> 2 l/dia) Principal causa de Alcalose Metabólica Perdas digestivas altas (perde HCL), diuréticos tiazídicos / furosemida K- e Cl – ? A alcalose metabólica tem 2 filhos: o clorinho e potassinho Hipopotassemia e hipocloremia pH urinário? Ácido: acidúria paradoxal Acidose Respiratória Hipoventilação pulmonar, pneumopatias graves, EAP, obstrução VA superior, DPOC Alcalose Respiratória Hiperventilação pulmonar, hiperventilação psicogênica (ansiedade, angústia) 3Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 * Sódio: 135 - 145 Principais fórmulas: Osmolaridade plasmática = 2 Na + Gli / 18 + U /6 Tonicidade (osm. efetiva) = tira a ureia Déficit Na+ (homem) = 0,5 x P x ∆ Na Déficit Na+ (mulher) = 0,6 x P x ∆ Na Aumentar natriurese em no máximo 3 mEq/L nas primeiras 3h e 12 mEq/L em 24h GAP osmótico: diferença entre a medida do osmômetro e o calculado. Quando essa diferença é > 10, indica intoxicação exógena. Hiponatremia é hipo-osmolar! Existem 2 exceções: o Hiponatremia hiperosmolar: Diabetes o Hiponatremia iso-osmolar: hiperlipidemia ou proteinemia Achados laboratoriais SIADH o Na urinário > 40 o Uricosúria o Hiposmolaridade sérica o Hiperosmolaridade urinária (>100) SIADH e Síndrome Perdedora de sal o Síndrome perdedora de sal tem hipovolemia (lesão SNC + hiponatremia + hipovolemia) Reposição Na: deve ser feita na hiponatremia aguda sintomática ( 48 h): nada. Nesses pacientes a correção abrupta tem risco de Sd de desmielinização osmótica / mielinólise pontinha. Repor SF 0,9% Reposição Na * Normovolêmica Ex.: SIADH (SNC, iatrogenia – fármacos, doenças pulmonares, HIV), polidipsia psicogênica, hipotireoidismo Restrição hídrica Furosemida Vaptanos s/n Reposição Na * Hipervolêmica Ex.: ICC, cirrose (hipovolemia relativa, por ↓ volume circulante) Restrição hídrica Furosemida Reposição Na * Hipernatremia (Na > 145) Debilitados (ñ pede líquidos, coma, idoso, RN) Diabetes insipdus (↓ ADH central) Desidratação neuronal: cefaleia, hemorragia, coma Água potável SF 0,9% até restaurar volemia NaCl 0,45% IV s/n ou SG 5% IV s/n Desmopressina (ddAVP) 4Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 * Potássio: 3,5 – 5,5 Distúrbio Causas Sintomas Tratamento Hipocalemia (K 5,5) Insuficiência renal Hipoaldo ATR IV Hemólise maciça Rabdomiólise Heparina Sofrimento muscular: fraqueza, cãimbra ECG: ↑ T, ↓ QT GlucoCa (1° medida) Glicoinsulina Beta2- agonista NaHCO3 Sorcal / Furosemida Diálise 5Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Distúrbios ácido-básicos H+ + HCO3 H2CO3 CO2 + H2O 7,45 Acidose Alcalose * Regras 1. HCO3 baixo → pH baixo → acidose metabólica 2. HCO3 alto → pH alto → alcalose metabólica 3. PCO2 alto → pH baixo → acidose respiratória (causado por hipoventilação) 4. PCO2 baixo → pH alto → alcalose respiratória (causado por hiperventilação) * Valores normais para gasometria arterial pH = 7,35 - 7,45 PCO2 – 35 – 45 (mmHg) HCO3ACT = 22 – 26 (~ 24) (mEq/L) HCO3STD = 22 – 26 (~ 24) (mEq/L) mais fidedigno, só varia quando distúrbios é patológico; preferir. BBECF = 48 (45-51) (mEq/L) total de base no plasma BEECF = -3 a +3 (mEq/L) excesso de bases, a diferença entre o BB do paciente e normal Tanto o BB quanto o BE mostram se o distúrbio é agudo ou crônico, ou seja, se já houve tempo para a compensação! * A resposta compensatória (PROVA) A alteração inicial sempre determina a ocorrência de uma alteração dita compensatória. Toda vez que analisarmos uma gasometria, devemos analisar se a resposta compensatória ocorreu ou não de forma adequada. Essa verificação é importante devido a existência dos distúrbios mistos. Se os valores da pCO2 estiverem dentro dos valores esperados, tem-se um distúrbio com compensação. Caso contrário, tem- se um distúrbio misto! Acidose metabólica → compensação por meio de hiperventilação/ Kulssmaul (elimina mais CO2 – ácido) pCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 (variação ± 2) Alcalose metabólica → compensação por meio de hipoventilação (elimina menos CO2) pCO2 esperada = HCO3 + 15 (variação ± 2) Nos distúrbios respiratórios, a resposta é mais lenta, demorando 3-5 dias para se iniciar, pois depende dos rins. Acidose respiratória crônica → compensação por meio de excreção renal de H+ e retenção de HCO3 (DPOC crônico) Alcalose respiratória crônica → compensação por meio da redução da excreção renal de H+ e promoção da perda de HCO3. Nefro 3 12/03/20 6Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Exemplo1: pH = 7,20 pCO2 = 26 HCO3 = 12 É uma acidose metabólica (HCO3 baixo) Está compensada? Calcular pCO2 esperado o pCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 o pCO2 esperada = (1,5 x 12) + 8 o pCO2 esperada = 26 (entre 24 e 28) o Portanto, como pCO2 está dentro do esperado, diz-se que a acidose metabólica é simples/pura/compensada Exemplo2: pH = 7,20 (↓: acidose) pCO2 = 34 (↑: acidose respiratória - acima do esperado, retendo muito CO2, hipoventilando) HCO3 = 12 (↓: acidose metabólica) o Portanto, acidose metabólica + acidose respiratória Exemplo3: pH = 7,20 (↓: acidose) pCO2 = 22 (↓: abaixo do esperado, retendo pouco CO2, hiperventilando) HCO3 = 12 (↓: acidose metabólica) o Portanto, acidose metabólica + alcalose respiratória Acidose metabólica * Causas: Acidose lática (principal. Ex.: sepse, choque, PCR, hipoxemia grave) Cetoacidose diabética Uremia (IRC) Intoxicações (salicilatos, metanol, etilenoglicol) Perdas digestivas baixas (diarreia prolongada). Perdas abaixo do piloro geram acidose devido a perda de HCO3. Acidoses tubulares renais → Como determinar a causa? Calculando o ânion Gap Ânion Gap: ânions não medidos. Faixa de normalidade: entre 8 a 12 mEq/L O total de cargas positivas deve ser igual ao total de cargas negativas. Cátion: Na+ = 140 mEq/L (Na é o principal câtion: sol da positividade) Ânion: Cl- (106 mEq/L) + HCO3- (24 mEq/L) = 130 mEq/L (principais ânions) Logo, Na+ = (Cl- + HCO3- + ânion gap) 140 = 106 + 24 + 10 Obs.: Na acidose metabólica, para compensar a queda do HCO3, ou ↑ Cl (acidose hiperclorêmica) ou ↑ Ânion GAP Anion gap = Na+ – (Cl- + HCO3-) ± 2 AG = Na – (HCO3 + Cl) = 8 a 15 ↑ AG: acúmulo de ácidos fixos AG normal: perda de bases Acidose Metabólica Hiperclorêmica 7Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:U+219D.svg → Acidose metabólica com AG alto: formação de novos ácidos, ↑ ânion gap Acidose lática (formação de lactato) Cetoacidose (formação de corpos cetônicos) Uremia Intoxicações (salicilatos (formação de salicilato), metanol (ácido fórmico), etilenoglicol (ácido glicólico)) → Acidose metabólica hiperclorêmica: ↓ bicarbonato, ↑ Cloro (AG normal, hipercloremia) Perdas digestivas baixas (diarreia!!!) Acidoses tubulares renais (mais frequente é a tipo II) Diuréticos poupadores de potássio * Tratamento Tratar a condição de base Acidose lática e cetoacidose: NÃO fazer NaHCO3. Uremia e intoxicações: fazer NaHCO3. Hiperclorêmicas: reposição de bases (citrato de potássio e/ou suspender SF 0,9%) Alcalose metabólica * Causas Perdas digestivas (vômitos, sonda nasogástrica: perda de ácido clorídrico) Diuréticos tiazídicos/furosemida Hiperaldo primário (tudo que ↑ aldosterona leva a alcalose metabólica: reabsorve muito Na e livera muito H+ e K+. Adenoma viloso do cólon HAS reno-vascular * Como está o K+ e Cl - sérico? Baixos * Como está o pH urinário? Ácido Devido a diminuição da volemia (diuréticos, vômitos), e a diminuição de cloro e potássio, há dificuldades de eliminação do bicarbonato, o que leva a uma acidúria paradoxal. * Tratamento SF 0,9% + KCl: visa a correção da volêmia, reposição de K e Cl Hiperaldosteronismo primário (S.Conn): Espironolactona, cirurgia Estenose A. renal: IECA, “cirurgia” pH = 7,35 a 7,45 / pCO2 = 35 a 45 / HCO3 = 22 a 26 / BB =48 / BE = -3 a + 3 PCO2 esperada na acidose metabólica PCO2 = (1,5 x HCO3) + 8 PCO2 esperada na alcalose metabólica pCO2 = HCO3 + 15 Ânion Gap Na – (Cl + HCO3) Causas de acidose com AG alto Lática, cetoacidose, uremia Causas de acidose com AG normal (hiperclorêmica) Diarreia, ATRs, SF 0,9% (> 2 l/dia) Principal causa de alcalose metabólica Perdas digestivas altas, diuréticos tiazídicos / furosemida grande maioria dos casos Alcalose metabólica ↭ Hipopotassemia Alcalose metabólica ↭ Hipocloeremia A acidose metabólica tem dois filhinhos: o clorinho e o potassinho! 8Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Acidose Respiratória Mecanismo: hipoventilação pulmonar Causas: pneumopatias graves, EAP, obstrução VA superiores, DPOC A acidose respiratória aguda é geralmente decorrente de uma patologia pulmonar grave, que já levou à fadiga quase completa da musculatura respiratória, ou à obstrução grave das vias aéreas superiores por corpo estranho, rolha de secreção, edema de glote, laringoespasmo, etc. A acidose respiratória crônica tem como principal representante o paciente com DPOC avançado, retentor crônico de CO2. Existem diversas outras causas. Estes pacientes têm níveis de CO2 muito altos, mas o pH está apenas tocado para baixo ou normal, pois existe um aumento compensatório importante de bicarbonato, devido à retenção renal. Obs.: o Aguda: pH muito baixo, BE normal o Crônica compensada: pH normal/quase normal, BE alto o Crônica agudizada: pH muito baixo, BE alto * Tratamento Suporte ventilatório, IOT se necessário Tratamento da causa base Alcalose respiratória Mecanismo: hiperventilação pulmonar Causas: hiperventiação psicogênica (ansiedade, angústia). * Tratamento Tratar causa base Distúrbios do sódio Os distúrbios do sódio são os que mais caem em PROVA. 1) Qual o valor normalidade? 135 – 145 mEq/L, e seu principal compartimento é o extracelular. 2) Qual é o seu principal papel? Determinar a osmolaridade plasmática (segurar água no meio extracelular) Obs.: os livros norte-americanos utilizam o BUN (Blood Urea Nitrogen – nitrogênio uréico no sangue) em vez de ureia; neste caso, substitui-se o componente “ureia/6” por “BUN/2,8”... BUN / 2,8 = U / 6 Gap osmotico é quando existe uma diferença entre o que o osmômetro mediu e o que você calculou. Se essa diferença for > 10, indica intoxicação exógena!!! Isso acontece porque o aparelho detecta substâncias que não entram na fórmula (PROVA) Gap osmóstico = Osm medida (osmômetro) – Osm plasm (calculada) Se > 10 mOsm/L = intoxicação exógena Osmpl = 2 x Na + Gli / 18 + U / 6 = 285 - 295 mOsm/L Osmpl EFETIVA (tonicidade) = 2 x Na + Gli / 18 Nefro 3 10/02/20 9Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 3) Quem controla a osmolaridade? O controle da osmolaridade é feito pelo centro da sede e pelo ADH (reabsorve água no túbulo contorcido distal); sempre que o sódio se altera, é porque tem um problema ou no centro da sede ou no ADH 4) O que acontece no distúrbio do sódio? Hiponatremia: excesso de água ou ADH (polidipsia psicogênica ou SIADH (sd secreção inapropriada ADH) ) Hipernatremia: déficit de água ou ADH (diabetes insipidus: diabetes que ocorre pela falta de ADH) 5) Qual é a célula que mais sofre no distúrbio do sódio? Neurônio (porque Na mexe com desidratação e com inchaço) A natremia é o principal determinante da osmolaridade dos nossos fluidos! A faixa de normalidade está entre 135-145 mEq/L ou mmol/L. A osmolaridade plasmática depende do principal soluto do EC, o sódio (Na+), enquanto a osmolaridade do IC depende do principal soluto deste compartimento, o potássio (K+). Regulando a reabsorção de água livre e a concentração urinária, isto é, a capacidade de reter ou eliminar água pelos rins, o ADH é o principal hormônio regulador da osmolaridade corporal! Um aumento da osmolaridade estimula o hipotálamo a produzir mais ADH, o que por sua vez promove maior reabsorção de água livre, permitindo a conservação da água corporal. Uma redução da osmolaridade tem o efeito inverso: suprime a produção hipotalâmica de ADH, o que leva a uma menor reabsorção de água livre, permitindo a eliminação da água corporal... As alterações do sódio sérico, na verdade, são decorrentes de distúrbios no manejo da água corporal (retenção ou hiperexcreção de água livre, diluindo ou concentrando o sódio, respectivamente), e não do sódio em si.. Hiponatremia (Na hipotireoidismo. O principal mecanismo da hiponatremia nesses casos, com exceção da polidipsia primária, é a incapacidade renal de excretar água livre: excreta água e sódio. → SIADH (secreção inapropriada de ADH / Sd da antidiurese inapropriada) (PROVA) - Causas S: SNC (qualquer lesão neurológica: meningite, AVE, TCE) Ia: iatrogenia (psicofármacos. Antidepressivo, anticonvulsivante...) D: doenças pulmonares (infecção – Legionella (causa de PNM que leva a hiponatremia) e CA (Oat cell - carcinoma broncogênico do tipo oat cell: tipo de CA de pulmão)) H: HIV - Achados laboratoriais: natriurese [Na urinário > 40] + aumento da osmolaridade urinaria + uricosúria Obs.: para prova, sempre que casos de hiponatremia associada a lesão SNC, pensar em SIADH. O principal diagnóstico diferencial: SD cerebral perdedora de sal. Os sinais de hipovolemia falam mais a favor de síndrome perdedora de sal!!! - Síndrome cerebral perdedora de sal Liberação de BNP (peptídeo natriurético cerebral) → natriurese → desidratação → estímulo apropriado ao ADH (para reabsorver água e melhorar a desidratação) → reabsorção de água no coletor → hiponatremia → hipovolemia (perde muito mais do que ganha) Na vigência de um quadro neurológico de base, é importante distinguir entre SIAD e síndrome cerebral perdedora de sal (CSWS), uma vez que a abordagem terapêutica das duas é completamente diferente... O critério diferencial mais importante é Aumento da produção de ADH → grande reabsorção de água no coletor → hipervolemia transitória → diluição [ ] Na → hiponatremia → liberação de PNA (peptídeo natriurético atrial) → natriurese [Na urinário > 40] + aumento da osmolaridade urinária + uricosúria → normovolemia 11Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 uma avaliação cuidadosa da volemia, pois a presença de hipovolemia fala a favor de CSWS, enquanto a normovolemia é compatível com SIAD. No entanto, nem sempre é fácil detectar uma hipovolemia leve... Preste atenção nos dados que podem nos ajudar a esclarecer essa dúvida. Sugerem hipovolemia: • Hipotensão postural. • Taquicardia responsiva a volume. • PVC diminuída, especialmente se não houver aumento após infusão de 1-2 L de soro fisiológico. * Clínica: Edema neuronal Hiponatremia aguda (48 h): nada o Quando a hiponatremia se desenvolve de forma crônica, tem–se mecanismos de adaptação que impedem o edema neuronal. Nesses pacientes, a correção abrupta da hiponatremia é perigosíssima, devido ao risco de Síndrome de desmielinização osmótica (SDO)/ mielinólise pontina, manifestando-se clinicamente por distúrbios da consciência (podendo evoluir para coma), tetraparesia, disartria e disfagia. Particularmente sensíveis a essa lesão, são os axônios da ponte (tronco cerebral). Tais lesões podem ser visualizadas na ressonância magnética * Tratamento (não repõe sódio de rotina. Trata a causa base!) 1. Hiponatremia hipovolêmica (mais comum) Restauração volêmica com SF 0,9% 2. Hiponatremia Hipervolêmica (edematosos/ICC/cirrose) Restrição hídrica: 800 a 1000 ml/24 h Diurético de alça (furosemida 1mg/kg. A furosemida leva a perda de mais água que sódio) 3. Hiponatremia euvolêmica (SIADH) Restrição hídrica Furosemida Demeclociclina (atb que bloqueia receptor de ADH) ou Vaptanos (antagonistas de ADH) S/N 4. Reposição de Na: Indicação: Hiponatremia aguda sintomática ( 145 mEq/L) Falta de água no organismo (desidratação hipertônica)! * O que eu tenho que saber? O que é hipernatremia? Déficit de água e ADH (Na > 145 mEq/L) Causas de hipernatremia: o Incapacidade de pedir líquidos (coma, RN, idoso) o Diabetes insipidus (falta de ADH: central (não produz ADH), nefrogênico (ADH não age no rim)) Clínica: desidratação neuronal (cefaleia, HEMORRAGIA, coma) Tratamento: o Água potável (VO ou enteral) o Soro glicosado 5% ou NaCl 0,45% (IV), se necessário o Reduzir Na no máximo 10 mEq/l nas primeiras 24 horas Complicação na reposição rápida de líquidos: edema cerebral Distúrbios do potássio 1. Qual é o valor do K+ e seu principal compartimento? K = 3,5 a 5,5 mEq/L e o seu principal compartimento é o intracelular Os músculos são grandes armazenadores de potássio 2. Qual o seu papel principal? Excitabilidade neuromuscular 3. Quem controla o potássio no organismo? Armazenamento nas células musculares: pH alcalino, adrenalina, insulina Aldosterona: age no túbulo coletor (rebsorve sódio e secreta potássio ou hidrogênio) 4. O que acontece no distúrbio do potássio? Hipocalemia = armazena muito ou perde muito K+ Hipercalemia = libera muito ou retém muito K+ 5. Qual é a célula que mais sofre? Célula muscular (fraqueza muscular, cãibra, arritmias) Hipocalemia (K 3: via oral preferencialmente o Reposição de KCl, via oral preferencialmente (3 – 6 g/dia) Se K+ 5,5 mEq/L) * Causas Liberação celular o Acidose o Rabdomiólise o Lise tumoral (célula neoplasia destruída após quimioterapia) o Hemólise maciça (PROVA) Retenção (pensar na aldosterona) o Hipoaldosteronismo o Acidose o Insuficiência renal o IECA, espironolactona o Heparina (pode conduzir a estado de hipoaldosteronismo) (PROVA) * Clínica Fraqueza muscular, cãibra Alteração cardíaca (ECG) o Onda T em tenda – aumentada e apiculada (primeira alteração) o Onda P achatada, QRS largo (alteração tardia) 15Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 * Tratamento Sempre que tiver hiperpotassemia, mais importante que abaixar o potássio, é estabilizar a membrana celular!!! K > 6,5 ou alteração ECG o 1° medida (estabilizar a membrana): Gluconato de cálcio 10% (1 ampola, em 2 a 5 min) o 2° medida (reduzir o K+, armazenar na célula): Glicoinsulinoterapia (1 insulina 10 U + glicose 50 g) Beta2 agonista inalatório NaHCO3 (se tiver acidose) o 3° medida (perda renal ou digestiva) Furosemida ou resina de troca (Sorcal, poliestireno) Refratários o Diálise Obs.: Em prova: doença renal + ECG, pensar em potássio (que acompanha onda T)! Principais fórmulas: Osmolaridade plasmática = 2 Na + Gli / 18 + U /6 Tonicidade (osm. efetiva) = tira a ureia Déficit Na+ (homem) = 0,5 x P x ∆ Na Déficit Na+ (mulher) = 0,6 x P x ∆ Na Aumentar natriurese em no máximo 3 mEq/L nas primeiras 3h e 12 mEq/L em 24h Hipovolêmica (+ comum) Repor SF 0,9% Normovolêmica (lembrar de SIADH) Hipervolêmica Restrição hídrica Furosemida Vaptanos Debilitados Diabetes insipdus H2O potável NaCl 0,45% SG 5% ddAVP Insuficiência renal Hipoaldo / ATR IV ECG: ↑ T, ↓ QT GlucoCa (1° medida) Glicoinsulina Beta2- agonista NaHCO3 Sorcal / Furosemida Diálise Hiperaldo Perdas (TGI, urina) / ATR I, II ECG: ↓ T, ↑ QT, onda U Repor KCl preferencialmente VO Grave: evitar SG 5% HipoK refratária: Mg!! Hiponatremia (Na 145) Hipercalemia (K > 5,5) Hipocalemia (K 0,3 em 48h ↑ creatinina > 50% em 7 dias ↓ diurese 40 Fração de excreção (FE) Na 1% Densidade urinária > 1020 (concentrada) 500 m osm/l 30 mg (por dia (urina 24 h) ou por grama de creatinina (permite análise de uma única amostra)) (Lesão renal) * Principais causas HAS (Brasil) Diabetes (mundo), alguns estados brasileiros já se comportam como nos outros países * Classificação: TFG e albuminúria Estágio TFG (mL/min) Conduta Interpretação G1 > 90 Evitar progressão: IECA (pril) ou BRA-II (sartan) Obs. Há apenas albuminúria Normal G2 > 60 Diminuição leve G3A > 45 Tratar complicações (anemia, doença óssea) Diminuição leve a moderada G3B > 30 Diminuição moderada a grave G4 > 15 Prepara diálise; transplante Diminuição grave G5 300 Aumento grave → Cálculo da TFG Padrão ouro para TFG: Clearence de Inulina (substância que o rim filtra e não tem mais reabsorção. Se faz o cálculo administrando inulina IV, no entanto é pouco usado devido ao alto custo) Estimativa TFG: Clearence de Creatinina Por mais de 3 meses 18Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 o Equação de Cockcroft-Gault * Manifestações clínicas da DRC Anemia: o O rim produz EPO, que tem ação na medula óssea, a estimulando a produzir mais hemácias. Para isso, é necessário Fe, ácido fólico, vitamina B12. o Principal causa: diminuição da EPO! o Anemia normo / normo o Tratamento: alvo Hb 10 -12 g/dl Reposição de EPO (IV ou SC) Manter ferritina > 200 e saturação transferrina > 20% (caso níveis estejam abaixo desses, repor também Ferro IV ou VO) Osteodistrofia renal (doença óssea relacionada a DRC) o O cálcio é absorvido no intestino por ação da vitamina D ativada pelo rim (calcitriol). A reabsorção da matriz óssea ocorre por ação do paratormônio (PTH), que tira cálcio do osso e leva à corrente sanguínea. Osteíte fibrosa: hiperparatireoidismo secundário, alto turn-over o A diminuição da função renal diminui vitamina D ativa, diminuindo reabsorção de cálcio. Além disso, aumenta fosfato, que consome cálcio, formando fosfato de cálcio. Como consequência, tem-se uma hipocalcemina. Dessa forma, o organismo aumenta paratormônio, na tentativa de aumentar a reabsorção óssea e normalizar os níveis de cálcio sérico: hiperparatireoidismo secundário. Com o aumento da destruição óssea, tem-se uma “reconstrução”, mas que ocorre de forma inadequada (↑ turn over). o O que realmente leva a doença óssea é o PTH em excesso. o Diagnóstico ↑ Fosfato: 2,5 – 4,5 mg/dl ↑ PTH: 10 – 60 pg/dl o Alterações RX Reabsorção subperiosteal das falanges Crânio em sal e pimenta Coluna em Rugger-Jersey Tumor marrom Obs.: as alterações RX são pouco cobrado em provas o Tratamento 1. Restringir fósforo na dieta (800 – 1000 mg/dia) 2. Quelante de fósforo: selevamer; carbonato de Ca 3. Vitamina D ativada: calcitriol 4. Calcimimético: cinacalcete 5. Paratireoidectomia: somente se hiperparatireoidismo terciário (DRC (↑ PTH) + hipercalcemia ) (140 – idade) x peso 72 x creatinina Lembrar.: multiplicar por 0,85 se mulher!! Diagnóstico laboratorial. Não tem necessidade de exames de imagem 19Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Doença óssea adinâmica: baixo turn-over o Na maioria das vezes, é consequência de hipertratamento da osteíte fibrosa o Diagnóstico ↓ PTH e ↑ Ca o Tratamento ↓ intensidade do tratamento da osteíte fibrosa * Tratamento → Terapia de substituição renal Transplante renal o Imunossupressão tripla: corticoide + inibidor de calcineurina (tacrolimus ou ciclosporina) + antiproliferativo (micofenolato ou azatioprina) Diálise o Hemodiálise: veia jugular interna, veia femoral, fístula arteriovenosa o Peritoneal: criança, sem acesso venoso, intolerância à hemodiálise 20Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 21Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Nefrolitíase 1) Supersaturação 2) Nucleação (cristais) 3) Crescimento e agregação (cálculo) - Pacientes típicos Homem jovem com dieta inadequada e baixa ingesta hídrica Mulher que tem ITU de repetição Homem com história de hiperuricemia Cálculos Detalhes Fatores Predisponentes Sais de Cálcio (+ frequente) + comum: oxalato de cálcio Hipercalciúria Idiopática (sem hipercalcemia) Estruvita (fosfato de amônio magnesiano) Grande: cálculo coraliforme ITU de repetição: Proteus, Klebsiella Urina alcalina Ácido Úrico Se puro são radiotransparentes ↑ uricosúria Urina Ácida * Quadro Clínico Assintomáticos Hematúria Cólica nefrética (dor lombar com irradiação para bolsa escrotal (homens) e para grandes lábios (mulheres)) Complicações (↓ prognóstico por ↓ fluxo urinário) → CD: Desobstruir via urinária!! É uma emergência (PROVA) o Infecção: risco de sepse o Anúria: risco de IRA pós-renal As três regiões mais frequentes de impactação do cálculo são: JUP (Junção uretero-pélvica): dor lombar + náusea + vômito 1/3 médio do ureter (cruzamento do ureter com os vasos ilíacos): dor lombar com irradiação (bolsa escrotal ou grandes lábios) JUV ( Junção vesico-ureteral): disúria, polaciúria * Diagnóstico TC sem contraste o Padrão ouro o Maior acurácia e confirma o diagnóstico! o Imagem hiperdensa em topografia de trato urinário. USG de vias urinárias o Escolha para gestantes! o Imagem hiperecogênica (com sombra acústica) em trato urinário! Rx simples o Imagem radiopaca. o Cálculos de ácido úrico puro não aparecem! Urografia excretora (pielografia) o Contraste administrado é filtrado pelos rins e excretado junto à urina. o Falha de enchimento demonstra cálculo renal. o Perdeu espaço para TC por conta do uso de contraste! 22Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 * Tratamento Pode ser agudo ou crônico! A terapêutica crônica visa a prevenção dos cálculos. → Agudo (tratar a dor) Analgesia o AINES (indometacina, cetocorolato ...) ± opióides Tamanho o 1 cm: Intervenção urológica Litotripsia Extracorpórea (LECO) Cálculos proximais e 2 cm (pelve, ureter proximal) Ureteroscopia Utilizada nos cálculos em ureter médio e distal O ureter é pobre em receptores colinérgicos, por isso antiespasmódicos como Buscopan ou Beralgin não tem efeito comprovado, não adianta, não prescrever!! PROVA: em todo caso de nefrolitíase complicada (infecção – febre, taquicardia – ou anúria), a 1° conduta é a desobstrução!!! Cateter Duplo-J Nefrostomia percutânea → Crônico (prevenção de novos episódios) Hidratação > 2,5L água/dia ou mais! (no quadro agudo, a hiper-hidratação pode até piorar o quadro) Tratar condições predisponentes - Hipercalciúria assintomática 1. Não restringir cálcio na dieta!!! (a deficiência de cálcio leva a hiperoxalúria) PROVA 2. Restrição de sódio e proteínas (de origem animal) 3. Uso de tiazídicos A restrição de sódio faz com que o TCD (que reabsorve Na ou Ca) reabsorva mais Ca, retirando-o da urina. O tiazídico age no TCD bloqueando a reabsorção do sódio, e aumentando a reabsorção de cálcio. A restrição proteica diminui a calciúria: o metabolismo proteico libera ácidos, que são tamponados pela liberação de cálcio dos ossos. Com menos proteína, tem menor formação de ácidos e menor liberação de cálcio dos ossos. - Estruvita 1. Antibiótico 2. Refratários: Ácido Acetohidroxâmico (↓ urease) - Ácido úrico 1. Restringir purinas na dieta (carnes, álcool) 2. Alcalinizar urina (citrato de potássio) 3. Refratário: Alopurinol 23Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) Próstata ajuda a produzir substâncias que tornam sêmen mais líquido e nutrem espermatozoides. Com o tempo, com a diminuição de androgênios, a próstata passa a expressar mais receptores androgênicos, aumentando em tamanho. Envelhecimento: mais receptores de androgênio Localização: zona de transição (pode levar a compressão da uretra) o Componente estático: obstrução mecânica do ureter pelo tecido hiperplásico o Componente dinâmico: obstrução devido ao maior tônus do músculo liso o Hipertrofia do detrusor (bexiga): menor capacidade de armazenamento da urina → Quadro clínico: “prostatismo” Sintomas obstrutivos: jato fraco, intermitente, esvaziamento incompleto Sintomas irritativos (armazenamento): noctúria, incontinência, urgência urinária - IPSS Sempre investigar importância nos sintomas na vida dos pacientes para decisão terapêutica IPSS 8 (moderado / grave): opção de tratar 24Tatiane Costa Pereira - tatianecostapereira@gmail.com - (33)8416-2780 * Tratamento 1. Alfa bloqueador (Tansulosina, Doxazosina): ↓ tônus simpático, é a medicação mais usada 2. Inibidor 5-alfa redutase (Finasterida, Dutasterida): demora de 4 a 6 meses (indicada quando ↑ próstata. Pode ter consequências sexuais porque diminui a forma de testosterona ativa) A 5 alfa redutase faz a testosterona ser convertida para sua forma ativa. 3. Anticolinérgico (Oxibutina, Tolterodina): somente para sintomas graves de armazenamento 4. Cirurgia (transuretral (RTU) ou cirurgia aberta): indicada para pacientes não responsivos ou complicações (retenção, hidronefrose, IRA) Câncer de Próstata HPB não tem nenhuma relação com CA de próstata. Adenocarcima: principal. Localização: zona periférica (maioria assintomática no início do quadro) Fatores de risco o Idade avançada o História familiar o Negros o Obesidade * Rastreamento: Divergências na literatura. Não existe um consenso, a decisão deve ser compartilhada com paciente Preventiva: Ministério da Saúde e INCA não recomendam rastreamento porque nenhum estudo demonstrou benefícios Urologia: o > 50 anos o > 45 anos + fator de risco (raça negra ou HF+) O screening é feito com dois exames: toque retal + PSA! Se 1 dos exames alterados: biópsia por USG transretal o Toque retal suspeito: presença de nódulos, indurações o PSA alterado: > 60 anos: > 4 ng/ml; 2,5 ng/ml Refinamentos do PSA Velocidade: > 0,75 ng/ml/ano Densidade do PSA: > 0,15 Fração livre: 8 ou PSA > 10) M (metástase - osso): Cintilografia óssea (se Gleason > 8 ou PSA > 20) * Tratamento Doença Estratégias Localizada ° Prostatectomia radical ± linfadenectomia ° Radioterapia ° Vigilância ativa (se baixo risco: PSA