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RESUMO – DIREITO CONSTITUCIONAL • O Oficial de uma Corporação Militar exerce poder jurídico, necessitando conhecer: o Origem. o Motivos. o Limites do exercício desse poder. • No Brasil, como República Democrática de Direito: o Todos são iguais perante a lei. o A lei está acima da vontade de qualquer cidadão, incluindo autoridades civis e militares. • A Constituição Federal: o Representa a manifestação mais alta do poder soberano do povo brasileiro. o Exige conhecimento mínimo da doutrina de Direito Constitucional para uma compreensão profunda. Direito • Conceito de Direito: o Hans Kelsen (Positivista): "Ordem de conduta humana, um conjunto de normas com unidade e sistema." o José Afonso da Silva: "Direito público fundamental que dá suporte aos demais ramos jurídicos, interpretando e sistematizando os princípios do Estado." • Objeto de estudo do Direito Constitucional: o Constituições positivas. Fontes do Direito Constitucional • Constituições escritas. • Tratados internacionais. • Doutrina jurídica. • Jurisprudência. • Costumes (regras não escritas). Constituição Concepções Clássicas • Ferdinand Lassale (Sociológico): Constituição é a soma dos fatores reais de poder; a escrita seria apenas "folha de papel." • Carl Schmitt (Político): Decisão política fundamental sobre a forma de existência da unidade política. • Hans Kelsen (Lógico-Jurídico): Norma fundamental hipotética que dá validade às demais normas do sistema jurídico. Conceito • Sistema de normas jurídicas (escritas ou costumeiras) que regula: o Forma de Estado e governo. o Aquisição do poder e estabelecimento de órgãos. o Limites de ação e direitos fundamentais. Formas de Instituição • Outorgada: Imposição por governante/líder. o Exemplos: Constituições de 1824, 1937, 1967. • Promulgada: Aprovada por Assembleia Constituinte. o Exemplos: Constituições de 1891, 1934, 1946, 1988. Formas de Alteração • Emendas constitucionais (poder constituinte derivado). • Nova constituição após ruptura política (poder constituinte originário). Constituição de 1988 • Características: o Promulgada, escrita, analítica (detalhista), formal e rígida. • Divisão: o Preâmbulo: Expressa a vontade da Assembleia Constituinte. o Parte Dogmática: Artigos 1º a 250. o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): Transição entre regimes. Princípios Fundamentais • Art. 1º: Fundamentos do Estado Democrático de Direito: o Soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, pluralismo político. • Art. 2º: Poderes independentes e harmônicos: o Legislativo, Executivo e Judiciário. • Art. 3º: Objetivos fundamentais: o Sociedade livre, justa e solidária. o Desenvolvimento nacional. o Erradicar pobreza e desigualdades. o Promover o bem de todos, sem discriminação. • Art. 4º: Princípios das relações internacionais: o Independência, direitos humanos, autodeterminação, não-intervenção, igualdade entre Estados, entre outros. Direitos Fundamentais (Art. 5º) • Igualdade perante a lei. • Direito à vida, liberdade de expressão, crença e religião. • Livre associação e locomoção. • Direito à propriedade, privacidade, devido processo legal. • Presunção de inocência, habeas corpus, direito de resposta. • Sigilo de correspondência, liberdade de reunião, assistência jurídica gratuita. • Proibição da tortura e tratamentos cruéis. Organização Político-Administrativa Art. 18 - Estrutura Básica • A República Federativa do Brasil é formada pela: o União; o Estados; o Municípios; o Distrito Federal. • Autonomia: Todos os entes federativos são autônomos nos termos da Constituição, possuindo competências legislativas, administrativas e tributárias próprias. § 1º - Capital Federal • Brasília é definida como a Capital Federal. § 2º - Territórios Federais • Os Territórios Federais integram a União. • A criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas por Lei Complementar. § 3º - Alterações nos Estados • Os Estados podem: o Incorporar-se entre si; o Subdividir-se; o Desmembrar-se para se anexarem a outros ou formarem novos Estados/Territórios Federais. • Requisitos para as alterações: o Aprovação popular: Plebiscito para consulta à população diretamente interessada. o Aprovação legislativa: Lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional. § 4º - Criação, Fusão e Desmembramento de Municípios • Requisitos: o Realização de estudos de viabilidade municipal, apresentados e divulgados conforme a lei. o Consulta prévia às populações envolvidas por meio de plebiscito. o Lei Estadual para formalizar o processo, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal. Competências da União (Art. 21) A União possui competências exclusivas, ou seja, apenas ela pode exercer as atividades previstas. Estas competências asseguram a soberania nacional e a organização do Estado: Áreas Estratégicas e Soberania 1. Defesa Nacional e Soberania: o Declarar guerra e celebrar a paz; o Organizar as Forças Armadas e autorizar a presença de forças estrangeiras no território nacional; o Garantir a segurança das fronteiras e o controle do espaço aéreo. 2. Manutenção da Ordem e Serviços Públicos: o Decretar estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal; o Planejar e executar serviços essenciais, como transporte ferroviário e aquaviário interestadual/internacional e infraestrutura portuária. 3. Preservação do Meio Ambiente e Patrimônio Nacional: o Explorar os serviços e garantir a preservação de recursos minerais, hidroenergéticos e da navegação aérea; o Administrar as áreas ambientais protegidas. Infraestrutura e Planejamento 1. Organização Nacional: o Controlar a emissão de moeda; o Regular sistemas de telecomunicações e radiodifusão; o Gerir serviços postais e concessões de energia elétrica. 2. Intervenção em Estados e Municípios: o Regular normas gerais de educação, trânsito, trabalho e comércio internacional. Processo Legislativo (Art. 59) O processo legislativo regula a criação de normas jurídicas no Brasil, abrangendo: Espécies Normativas: 1. Emendas Constitucionais: o Alterações à Constituição, exigindo aprovação por 3/5 dos membros de cada Casa Legislativa, em dois turnos. 2. Leis Complementares: o Regulações específicas previstas pela Constituição. Exemplo: Lei de Responsabilidade Fiscal. 3. Leis Ordinárias: o Normas gerais aprovadas por maioria simples. Exemplo: Código Penal. 4. Leis Delegadas: o O Congresso delega ao Presidente a competência para legislar, mas define limites claros. 5. Medidas Provisórias: o Editadas pelo Presidente em casos de urgência e relevância, com força de lei imediata, mas sujeitas à apreciação do Congresso Nacional. 6. Decretos Legislativos e Resoluções: o Regulação de assuntos internos do Congresso ou de caráter internacional. Tramitação Geral: 1. Iniciativa Legislativa: o Pode partir do Presidente, parlamentares, Supremo Tribunal Federal, ou cidadãos (projeto de iniciativa popular, com no mínimo 1% do eleitorado). 2. Deliberação: o Discussão e votação nas duas Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado). 3. Sanção ou Veto Presidencial: o O Presidente pode sancionar (aprovar) ou vetar, total ou parcialmente, o projeto de lei. 4. Promulgação: o Após sanção ou derrubada de veto, a norma é promulgada e publicada. Poderes do Estado Poder Legislativo (Arts. 44-46) O Poder Legislativo exerce a função de elaborar leis e fiscalizar os atos do Poder Executivo. É formado pelo: Congresso Nacional • Bicameral: Composto por: 1. Câmara dos Deputados: Representa o povo, com deputados eleitos proporcionalmente à população dos Estados. 2. Senado Federal:Representa os Estados e o Distrito Federal, com 3 senadores por unidade federativa, eleitos por voto majoritário. Competências do Legislativo 1. Aprovar leis ordinárias, complementares e orçamentárias. 2. Autorizar a declaração de guerra ou celebração de paz. 3. Fiscalizar e controlar atos do Executivo por meio de comissões e CPIs. Poder Executivo (Arts. 76-84) Estrutura • O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado por ministros de Estado. Competências do Presidente 1. Chefe de Estado: o Representa o Brasil em relações internacionais; o Celebra tratados e convenções, com aprovação do Congresso. 2. Chefe de Governo: o Garante a execução das leis; o Propõe políticas públicas e leis ao Congresso. 3. Chefe da Administração: o Nomeia e exonera ministros; o Comanda as Forças Armadas; o Exerce o poder de veto. Reeleição e Mandato • O mandato presidencial é de 4 anos, com possibilidade de uma reeleição consecutiva. Poder Judiciário (Art. 92) O Poder Judiciário é responsável por interpretar e aplicar a lei, garantindo a justiça e a solução de conflitos. Órgãos do Judiciário: 1. Supremo Tribunal Federal (STF): o Guarda da Constituição, julgando causas de maior relevância nacional. 2. Superior Tribunal de Justiça (STJ): o Uniformiza a interpretação da legislação federal. 3. Justiças Especializadas: o Trabalhista, Eleitoral e Militar. 4. Justiça Federal: o Competente para causas envolvendo a União, autarquias ou empresas públicas federais. 5. Tribunais Regionais e Juízes de 1º grau: o Atuam em âmbitos regionais e locais. Princípios Básicos: • Acesso universal à Justiça. • Garantia da imparcialidade e autonomia. Funções Essenciais à Justiça São instituições que, embora não façam parte do Poder Judiciário, são indispensáveis para o funcionamento da Justiça. 1. Ministério Público (Art. 127): o Defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. o Promove a ação penal pública e atua como fiscal da lei. 2. Advocacia Pública: o Representa os entes públicos judicial e extrajudicialmente, como a Advocacia-Geral da União (AGU). 3. Defensoria Pública: o Assegura a defesa gratuita a pessoas carentes, promovendo acesso à Justiça. 4. Advocacia Privada: o Representa os interesses de cidadãos e empresas, sendo essencial à administração da Justiça. QUESTÕES Questões sobre Direito Constitucional 1. Segundo Hans Kelsen, o Direito pode ser definido como: a) Um conjunto de regras costumeiras. b) Uma ordem de conduta humana que forma um sistema de normas. c) Uma interpretação sociológica dos fatores reais de poder. d) Um conjunto de normas exclusivamente escritas. 2. De acordo com José Afonso da Silva, o Direito Constitucional é: a) Um conjunto de normas subordinadas ao direito penal. b) O direito público fundamental que organiza o Estado. c) O conjunto de regras internacionais aplicadas ao país. d) A expressão do poder militar de uma nação. 3. Entre as fontes do Direito Constitucional, NÃO se encontra: a) Doutrina jurídica. b) Costumes. c) Decisões unilaterais de chefes de Estado. d) Tratados internacionais. 4. Qual das seguintes constituições brasileiras foi promulgada? a) Constituição de 1824. b) Constituição de 1937. c) Constituição de 1988. d) Constituição de 1967. 5. Uma Constituição considerada analítica é caracterizada por: a) Tratar apenas de princípios gerais. b) Conter muitos detalhes e especificidades. c) Ser resumida e objetiva. d) Basear-se exclusivamente em costumes. Questões sobre Princípios Fundamentais 6. O fundamento da República Federativa do Brasil que trata da valorização do trabalho é: a) Cidadania. b) Dignidade da pessoa humana. c) Soberania. d) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 7. De acordo com o artigo 1º da Constituição Federal, todo o poder emana: a) Do presidente da República. b) Dos representantes eleitos. c) Do povo, que o exerce direta ou indiretamente. d) Das Forças Armadas. 8. É objetivo fundamental da República Federativa do Brasil: a) Declarar guerra quando necessário. b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária. c) Manter a integridade nacional a qualquer custo. d) Controlar todas as formas de manifestação social. 9. Um dos princípios que rege as relações internacionais do Brasil é: a) Desrespeito ao terrorismo. b) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. c) Independência dos Estados estrangeiros. d) Autoridade internacional irrestrita. 10. A Constituição Federal assegura o seguinte direito a todos: a) Exclusividade na prática de crenças. b) Presunção de culpa até prova em contrário. c) Liberdade de locomoção em tempos de paz. d) Anonimato na manifestação do pensamento. Questões sobre Direitos Fundamentais 11. A característica dos direitos fundamentais que indica que eles não podem ser comercializados é: a) Historicidade. b) Relatividade. c) Inalienabilidade. d) Prescritibilidade. 12. Um exemplo de garantia constitucional seria: a) Direito à propriedade. b) Direito à intimidade. c) Habeas corpus. d) Liberdade de expressão. 13. A liberdade de associação é permitida desde que: a) Não tenha caráter paramilitar. b) Seja aprovada pelo Poder Executivo. c) Não envolva questões políticas. d) Esteja registrada em cartório. 14. O sigilo de correspondência pode ser violado: a) Quando autorizado pelo destinatário. b) Em casos de segurança nacional, sem necessidade de ordem judicial. c) Somente por ordem judicial. d) Por decisão unilateral de uma autoridade pública. 15. A presunção de inocência significa que: a) Ninguém pode ser considerado culpado até decisão judicial transitada em julgado. b) Todos são inocentes, independentemente de julgamento. c) A prova da culpa é desnecessária em processos judiciais. d) O acusado deve ser mantido preso até o julgamento. Questões sobre Organização Político-Administrativa 16. A organização político-administrativa do Brasil compreende: a) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. b) O Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. c) Apenas a União e os Estados. d) A Constituição e suas emendas. 17. A criação de novos Municípios depende de: a) Decisão do governador estadual. b) Consulta prévia à população interessada via plebiscito. c) Decreto presidencial. d) Aprovação por emenda constitucional. 18. É competência privativa da União: a) Decretar o estado de sítio. b) Instituir impostos municipais. c) Criar territórios estrangeiros. d) Legislar sobre direito penal e civil. 19. A Capital Federal do Brasil, conforme a Constituição, é: a) São Paulo. b) Brasília. c) Rio de Janeiro. d) Belo Horizonte. 20. A defesa territorial e aeroespacial é uma responsabilidade: a) Das Forças Armadas. b) Dos Estados e Municípios. c) Da Câmara dos Deputados. d) Exclusivamente do Presidente da República. Questões sobre Poderes da União 21. O Poder Legislativo é exercido: a) Pelo Congresso Nacional, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. b) Pelo Presidente da República e seus ministros. c) Exclusivamente pelo Senado Federal. d) Apenas por representantes dos Estados. 22. O Senado Federal é composto por: a) Deputados eleitos pelo sistema proporcional. b) Representantes do povo, eleitos pelo voto direto. c) Representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo princípio majoritário. d) Representantes indicados pelo Poder Executivo. 23. Uma medida provisória deve ser convertida em lei: a) Pela aprovação do Congresso Nacional. b) Pelo Presidente da República. c) Pelo Supremo Tribunal Federal. d) Pela Assembleia Legislativa do Estado. 24. Compete ao Poder Executivo: a) Criar emendas constitucionais. b) Exercer o comando supremodas Forças Armadas. c) Declarar inconstitucionalidades. d) Regulamentar o processo legislativo. 25. O Supremo Tribunal Federal é responsável por: a) Julgar apenas questões relacionadas ao Presidente da República. b) Controlar a constitucionalidade das leis. c) Aprovar leis complementares. d) Organizar as Forças Armadas. Questões Diversas 26. A Constituição de 1988 é considerada rígida porque: a) Suas emendas exigem procedimento mais simples que as leis ordinárias. b) Suas emendas exigem um quorum qualificado. c) Não permite alterações em nenhuma hipótese. d) Foi elaborada exclusivamente por juristas renomados. 27. O poder constituinte derivado é responsável por: a) Elaborar uma nova Constituição. b) Alterar a Constituição vigente através de emendas. c) Suspender a eficácia de leis ordinárias. d) Garantir o cumprimento das normas internacionais. 28. O ADCT da Constituição de 1988 tem como objetivo: a) Declarar os direitos fundamentais. b) Regular a transição entre regimes constitucionais. c) Substituir artigos do texto principal. d) Estabelecer normas imutáveis. 29. Um exemplo de cláusula pétrea na Constituição é: a) A soberania nacional. b) O direito de propriedade. c) A forma federativa de Estado. d) A concessão de asilo político. 30. O direito à intimidade está garantido no artigo: a) 3º b) 5º c) 18º d) 34º Gabaritos 1. b 2. b 3. c 4. c 5. b 6. d 7. c 8. b 9. b 10. c 11. c 12. c 13. a 14. c 15. a 16. a 17. b 18. d 19. b 20. a 21. a 22. c 23. a 24. b 25. b 26. b 27. b 28. b 29. c 30. b COMPILAÇÃO MOTIVOS • O Oficial de uma Corporação Militar exerce diariamente poder jurídico, e para isso, precisa ter pleno conhecimento da origem, motivos e limites do exercício desse poder. • O Brasil, enquanto República Democrática de Direito, iguala todas as pessoas, tendo o Direito (lei) acima da vontade de todos os cidadãos, inclusive das maiores autoridades civis e militares. • A Constituição Federal é a manifestação mais alta do poder soberano do povo brasileiro, e sua compreensão mais profunda requer conhecimento mínimo da doutrina de Direito Constitucional. DIREITO • “O Direito é uma ordem de conduta humana. É um conjunto de normas que possui uma unidade e forma um sistema.” Conceito positivista - Hans Kelsen • “O Direito Constitucional é o direito público fundamental, no qual os demais ramos jurídicos encontram apoio, e que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado.” José Afonso da Silva Conceito • O Direito Constitucional tem como principal objeto de estudo, as Constituições positivas. FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL • Nas próprias constituições escritas • Nos tratados internacionais (Direito Natural??) • Na doutrina jurídica • Na jurisprudência • Nos costumes (regras não escritas) CONSTITUIÇÃO • CONCEPÇÕES CLÁSSICAS SOBRE CONSTITUIÇÃO o Ferdinand Lassale - sentido sociológico: constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem uma sociedade. A constituição escrita é mera folha de papel. o Carl Schmitt - sentido político: constituição é a decisão política fundamental e concreta sobre o modo e forma de existência da unidade política. o Hans Kelsen - sentido lógico-jurídico: norma fundamental hipotética que dá validade e regula a criação de outras normas do sistema jurídico. • Conceito: É o sistema de normas jurídicas escritas ou costumeiras, que regula a forma de Estado, a forma de governo, o modo de aquisição do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias. Em síntese, é o conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado. FORMA DE INSTITUIÇÃO • Outorgada: quando é imposta pelo governante, líder político ou grupo instalado no poder. Ex. Constituições brasileiras de 1824 (D. Pedro I); 1937 (Getúlio Vargas) e 1967 (aprovada por imposição do governo militar). • Promulgada: quando é aprovada por uma Assembleia Constituinte de representantes do povo. Ex. Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988 FORMAS DE ALTERAÇÃO • Por emendas constitucionais (poder constituinte derivado) • Por uma ruptura política com a constituição vigente e edição de uma nova constituição (poder constituinte originário) CONSTITUIÇÃO DE 1988 • Promulgada: aprovada por Assembleia Constituinte • Escrita: possui texto compilado e assinado • Analítica (prolixa): trata de detalhes, e não só princípios • Formal: trouxe em seu corpo conteúdo que não é de natureza constitucional • Rígida: as emendas exigem quorum mais difícil que as leis, e possui cláusulas imutáveis (pétreas) DIVISÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 • Preâmbulo: abre a constituição e transmite o espírito (vontade) da Assembleia Constituinte • Parte Dogmática: Artigos 1º a 250 • Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT: organiza a mudança entre o regime constitucional anterior e o novo PREÂMBULO “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS • Forma de Estado (divisão, autonomia e soberania): exs: Estado unitário, Estado Federado, Confederação (personalidade jurídica internacional) • Forma de Governo (titular do poder político): exs: Monarquia; Aristocracia; República • Sistema de Governo (quem chefiará o governo): exs: Presidencialismo; Semipresidencialismo; Parlamentarismo – • Regime de Governo (relação entre governante e governados): exs: Autocracia; Totalitarismo; Democracia TÍTULO I Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: • I - a soberania; • II - a cidadania; • III - a dignidade da pessoa humana; • IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; • V - o pluralismo político. • Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: • I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; • II - garantir o desenvolvimento nacional; • III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; • IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: • I - independência nacional; • II - prevalência dos direitos humanos; • III - autodeterminação dos povos; • IV - não-intervenção; • V - igualdade entre os Estados; • VI - defesa da paz; • VII - solução pacífica dos conflitos; • VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; • IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; • X - concessão de asilo político. • Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americanade nações. DIREITO SUBJETIVO • É a declaração de uma prerrogativa dotada de: o 1) imperatividade (dever ser) o 2) coercibilidade (é legítimo o uso da força) o 3) heteronomia (independe da vontade dos obrigados) o 4) bilateralidade atributiva (direito > dever) DIREITOS X GARANTIAS • direitos: declarações de prerrogativas • garantias: recursos jurídicos destinados a fazer efetivos os direitos que asseguram • Ex: direito à intimidade e vida privada garantia da inviolabilidade do sigilo de correspondências e comunicações telegráficas DIREITOS FUNDAMENTAIS • “Situações jurídicas que devem ser concretizadas (fundamentais), sem as quais a pessoa humana não se realiza, não convive e, às vezes, não sobrevive.” José Afonso da Silva • Características: o HISTORICIDADE Assim como qualquer direito, nascem, se modificam e desaparecem com a “evolução” histórica da humanidade o INALIENABILIDADE São direitos intransferíveis, inegociáveis, pois não são de conteúdo econômico- patrimonial. São conferidos a todos e, logo, indisponíveis. o IMPRESCRITIBILIDADE Não se perdem com o tempo (não prescrevem). São sempre exercíveis e não perdem sua exigibilidade. o IRRENUNCIABILIDADE Não se renunciam direitos fundamentais. Alguns deles podem até não ser exercidos, mas não se admite que sejam renunciados. o RELATIVIDADE Embora sejam universais (alcançam a todos sem distinção), não são absolutos, e podem ser relativizados conforme a situação e os conflitos de interesses que deles surgirem. ARTIGO 5º • Igualdade perante a lei: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (caput). • Direito à vida: Proteção à vida como direito fundamental. • Liberdade de expressão: É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato (inciso IV). • Direito de crença e religião: É inviolável a liberdade de consciência e de crença, com proteção ao livre exercício dos cultos religiosos e garantia de assistência religiosa em instituições públicas e privadas (inciso VI). • Livre associação: É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar (incisos XVII e XVIII). • Direito de locomoção: Todos têm direito de ir e vir em território nacional em tempos de paz (inciso XV). • Direito à propriedade: O direito à propriedade é garantido, sendo possível a desapropriação por interesse público mediante justa indenização (inciso XXII). • Direito à privacidade: É inviolável a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização por danos materiais ou morais decorrentes de sua violação (inciso X). • Direito ao devido processo legal: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal (inciso LIV). • Presunção de inocência: Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (inciso LVII). • Habeas corpus: Concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder (inciso LXVIII). • Direito de resposta: É assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além de indenização por danos materiais, morais ou à imagem (inciso V). • Sigilo de correspondência: É inviolável o sigilo da correspondência, salvo por ordem judicial (inciso XII). • Direito à reunião: Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local (inciso XVI). • Direito à nacionalidade: É garantido o direito de adquirir ou perder a nacionalidade brasileira, conforme as normas constitucionais (inciso XLI). • Direito à informação: É assegurado o acesso à informação, resguardado o sigilo necessário à segurança da sociedade e do Estado (inciso XXXIII). • Direito à assistência jurídica gratuita: O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos (inciso LXXIV). • Direito à segurança jurídica: A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (inciso XXXVI). • Proibição da tortura e tratamentos cruéis: Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante (inciso III). • Liberdade de escolha de trabalho: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (inciso XIII). DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADM DO ESTADO Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. • § 1º Brasília é a Capital Federal. • § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. • § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. • § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO Art. 21. Compete à União: • II - declarar a guerra e celebrar a paz; • III - assegurar a defesa nacional; • IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; • V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; • XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; • XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; • XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; • XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; • XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; DA INTERVENÇÃO FEDERAL Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: • I - manter a integridade nacional; • II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; • III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; • IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; • Art. 36 [...] § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. • § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. DO PODER LEGISLATIVO Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo,eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: • I - emendas à Constituição; • II - leis complementares; • III - leis ordinárias; • IV - leis delegadas; • V - medidas provisórias; • VI - decretos legislativos; • VII - resoluções. DAS EMENDAS PARLAMENTARES AO ORÇAMENTO DA UNIÃO Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. • § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. • § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. • § 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos por cento) às de Senadores. • § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de emendas individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste artigo, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no § 9º-A deste artigo. DAS EMENDAS PARLAMENTARES AO ORÇAMENTO DE GOIÁS Art. 111. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão elaborados pelo Poder Executivo e apreciados pela Assembleia Legislativa, na forma de seu regimento e da lei complementar a que se refere o art. 110, § 9º. • § 8º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas nos seguintes limites, calculados sobre a receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo: o IV - para o exercício de 2022 e seguintes, 1,2% (um vírgula dois por cento), sendo 70% (setenta por cento) deste valor destinado à saúde e à educação. DO PODER EXECUTIVO Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: • IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; • X - decretar e executar a intervenção federal; • XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; • XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; DO PODER JUDICIÁRIO Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: • I - o Supremo Tribunal Federal; • I-A o Conselho Nacional de Justiça; • II - o Superior Tribunal de Justiça; • II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; • III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; • IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; • V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; • VI - os Tribunais e Juízes Militares; • VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA • Ministério Público • Advocacia Pública • Advocacia • Defensoria Pública MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Art. 128. O Ministério Público abrange: • I - o Ministério Público da União, que compreende: o a) o Ministério Público Federal; o b) o Ministério Público do Trabalho; o c) o Ministério Público Militar; o d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; • II - os Ministérios Públicos dos Estados. • § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. • § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral de Justiça, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: • I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; • III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; • VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; • VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; • VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; ADVOCACIA PÚBLICA Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. • § 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. ADVOCACIA PÚBLICA EM GOIÁS Art. 11. Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa: [...] • § 3º À Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, instituição permanente, compete exercer a representação judicial, o assessoramento no controle externo, a consultoria e o assessoramento técnico-jurídico do Poder Legislativo. Art. 118. À Procuradoria-Geral do Estado, instituição de natureza permanente e essencial à Justiça, incumbe a representação judicial e a consultoria jurídica do Estado. • § 1º A chefia da Procuradoria-Geraldo Estado compete ao Procurador-Geral do Estado, nomeado pelo Governador, em comissão, entre os Procuradores do Estado estáveis, tendo prerrogativas e representação de Secretário de Estado. ADVOCACIA Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Lei federal nº 8.906/1994 - Estatuto da OAB DEFENSORIA PÚBLICA Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal . • § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.