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O sistema de saúde no Brasil Autora Patricia Silva de Figueiredo Objetivos Prezado aluno, nesta unidade relembraremos a evolução dos sistemas de saúde no Brasil e compreenderemos os passos que antecederam o SUS. Vamos explorar as principais políticas e programas de saúde atual, reforçar o conhecimento sobre as diretrizes que norteiam o Sistema Único de Saúde, além das declarações em saúde que norteiam as ações até os dias atuais. Evolução histórica do sistema de saúde 1 Evolução Histórica do Sistema de Saúde Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/944952995". As Caixas de Aposentadoria e Pensões tiveram seu início a partir da Lei Elói Chaves. Contudo, poucas categorias profissionais eram vislumbradas no referido texto, mas foi uma grande influência para as normas referentes à previdência surgidas posteriormente. A administração dessas caixas de assistência era realizada por meio de um colegiado integrado por trabalhadores e empregadores, sendo mínima a interferência do Estado sobre elas naquele momento. Decreto n. 4.682, de 24 de janeiro de 1923 Crea, em cada uma das empresas de estradas de ferro existentes no país, uma caixa de aposentadoria e pensões para os respectivos empregados. Art. 1º Fica criada em cada uma das empresas de estradas de ferro existentes no país uma caixa de aposentadoria e pensões para os respectivos empregados. Art. 2º São considerados empregados, para os fins da presente lei, não só os que prestarem os seus serviços mediante ordenado mensal, como os operários diaristas, de qualquer natureza, que executem serviço de caráter permanente. Parágrafo único. Consideram-se empregados ou operários permanentes os que tenham mais de seis meses de serviços contínuos em uma mesma empresa. Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) 1.1 As CAPs perderam espaço, sendo a atribuição da questão tributária retirada deste para a ingerência do Estado, adquirindo esta administração uma maior amplitude de âmbito nacional e com a inclusão de diversas categorias. Assim, o Estado torna-se responsável pela arrecadação e pela administração das entidades previdenciárias. Então, surgiram os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPS) no Estado Novo de Getúlio Vargas, deixando de ser o responsável pela administração previdenciária os antigos CAPs. Havia variação no valor e não uniformidade na previdência das categorias. O benefício é variável, conforme a contribuição, e fixado por cada categoria. Era guiado pelo princípio da solidariedade, mas, além dos recursos daqueles que eram contribuintes, também recebia recursos do Estado e era capitalizado por este. Os recursos não eram utilizados na integralidade, tendo em vista serem institutos novos e a classe assalariada da demanda da industrialização ser também recente, assim, havia mais arrecadação que gastos nessas formas de instituição, já que a aposentadoria não estava próxima para grande parte dos trabalhadores. Considerando a inutilização desses recursos, o Estado passou a usá-los em outros setores, como o econômico. A previdência tornara-se um instrumento de investimento na industrialização do país, decretos impunham investimentos e apoio a ações de empresas como a Companhia Siderúrgica Nacional. Neste contexto da urbanização e industrialização, as reivindicações da classe assalariada se ampliam e a assistência médica era fornecida em grande parte como serviços do setor privado. Figura – Evolução histórica do sistema de saúde Fonte: medium.com [https://medium.com/o-controle-da-saude-e- educacao-no-brasil/sus-uma-breve-historia-de-25-anos- 5ccafa3ef86b] Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) 1.2 Na década de 1960, foi publicada a Lei Orgânica da Previdência Social, a qual unificou as normas que disciplinavam a IAPS com todos os trabalhadores da iniciativa privada, que passaram a ser guiados por um único sistema de previdência. Isso afetou o benefício de Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) 1.3 https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/eb19599a6c817823f5d0ec6b2fdd23b0.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/eb19599a6c817823f5d0ec6b2fdd23b0.png https://medium.com/o-controle-da-saude-e-educacao-no-brasil/sus-uma-breve-historia-de-25-anos-5ccafa3ef86b https://medium.com/o-controle-da-saude-e-educacao-no-brasil/sus-uma-breve-historia-de-25-anos-5ccafa3ef86b https://medium.com/o-controle-da-saude-e-educacao-no-brasil/sus-uma-breve-historia-de-25-anos-5ccafa3ef86b https://medium.com/o-controle-da-saude-e-educacao-no-brasil/sus-uma-breve-historia-de-25-anos-5ccafa3ef86b alguns empregados e reduziu as desigualdades entre eles, ressaltando que isso ocorreu nos anos em que a ditadura havia se instaurado. Assim, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) era resultante de um processo de junção e aglomeração dos IAPS. Foi uma medida que encontrou dificuldade de ser implementada devido a institutos de previdência que eram mais bem-sucedidos e se sentiram ameaçados com a união com outros, de condições distintas. A ampliação da proteção social enseja maior necessidade de uma melhor gestão. Observou-se a imprescindibilidade da criação de um órgão que fosse responsável por esse setor. Por isso, foi criado em 1974 o Ministério da Previdência e Assistência Social, sendo a previdência desvinculada do Ministério do Trabalho. Alguns anos depois, foi desenvolvido o Sistema Nacional de Previdência e Assistência – Sinpas, cujos objetivos eram reduzir despesas e ainda promover uma melhor gestão do sistema na totalidade. A medida adotada foi reduzir as responsabilidades e as competências do INPS, ficando restrito a ele a gestão dos benefícios previdenciários. As questões referentes à assistência médica seriam atribuição de outro instituto denominado Instituto Nacional de Assistência Médica (INAMPS), responsável pela compra de serviços médicos e hospitalares do setor privado. Na década de 1980, com o fim do regime militar e o advento de uma nova Constituição Federal, a proteção social amplia-se substancialmente. O bem-estar social passa a ser prioridade, a cidadania ganha destaque e a assistência social passa a inserir-se nesta última. A saúde e os serviços decorrentes passam ser direito de todos e não apenas daqueles que contribuíam para o sistema de previdência ou estavam na ativa do mercado de trabalho. Foram igualados os direitos entre os trabalhadores urbanos e rurais, inclusive no âmbito previdenciário e assistencial. A nova Constituição iria ser inserida em um mesmo capítulo, denominado “Da Seguridade Social”; a previdência, a saúde e a assistência e ainda destacariam a origem dos recursos que deveriam financiar tais direitos. SINPAS e INAMPS1.4 Um novo programa surge na década de 1980 e foi denominado “Programa de Ações Integradas de Saúde”, sendo uma de suas metas a integração do sistema público de saúde independentemente da forma de governo a que este pertencesse. Objetivava promover uma Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS) 1.5 descentralização e dar mais atenção à rede primária e ambulatorial de saúde como se esta fosse uma forma de entrar no sistema. Outra meta alcançada foi a criação de um sistema de referência e contrarreferência. Este programa enfatizou a importância e a prioridade da rede pública de saúde, sendo a rede privada complementar a ele, após utilizar todas as ferramentas disponíveis. Outras características desse programa são a descentralização de recursos, a instituição de critérios racionais para os procedimentos, inclusive os de maior custo, a maior facilitação do processo do pagamento de serviços prestados por terceiros, a regionalização do sistema por meio de órgãos colegiados institucionais que privilegia a participação dos usuários do serviço. Havia nesta organização comissões municipais, regionais e ainda uma estadual (em cada Estado). Em 1986, foi realizada a VIII Conferência Nacional de Saúde, sendo este um marco de grande relevância,Atlas, 2010. MARRARA, T.; NUNES, L. N. B. T. Reflexões sobre o controle das políticas de saúde e de medicamentos. In: BLIACHERIENE, A. C.; SANTOS, J. S. (org.). Direito à vida e à saúde: impactos orçamentário e judicial. São Paulo: Atlas, 2010. p. 87. MARTINS, S. P. Direito da seguridade social. 34. ed. 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O conceito de saúde e a necessidade de reestruturação do setor com a criação do Sistema Único de Saúde que efetivamente representasse a construção de um novo arcabouço institucional separando saúde de previdência, com estatização progressiva através de uma ampla reforma sanitária, foram avanços na perspectiva de acumular forças para efetivação dessa reforma (Bravo, 2011, p. 110) É interessante salientar que esta conferência foi a primeira aberta voltada para o tema da saúde e esta resultou em um avanço importante, já que disseminou o movimento da reforma sanitária e promoveu a realização de um convênio entre o Inamps e os governos dos Estados (Suds). VIII Conferência Nacional de Saúde1.6 Em 1987, foram criados os denominados Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), que se pautavam por princípios muito relevantes como a universalização do acesso à saúde e descentralização das ações de saúde. Eles enfatizavam a necessidade de equidade na possibilidade de utilização dos referidos serviços por toda a população. Alguns autores afirmam ser este um aprofundamento das AIS, que reforçavam a ideia de junção do Inamps às estruturas estaduais. Assim, cada Estado teria uma gestão da saúde única. Cuidados assistenciais de forma integral e a instalação de distritos sanitários eram algumas das premissas desse sistema. Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) 1.7 Os Estados que já possuíam estruturas das Secretarias de Saúde em conjunto com o aprendizado obtido com a implementação das AISs foram mais bem-sucedidos na experiência com as SUDS. Pode-se dizer que as SUDS foram uma estrutura anterior ao SUS que já havia iniciado os repasses de recursos do Governo Federal para as redes de serviços dos Estados e Municípios. Veja um vídeo criado pela Fiocruz, que traz, de forma ilustrativa, a história da saúde pública no Brasil. Essa história começa com a chegada dos colonizadores portugueses, quando os problemas sanitários ficaram mais graves e começamos a busca de soluções para as questões de saúde dos brasileiros. Brasil Colônia, Brasil Império, Brasil República, um passeio pela história da saúde pública no país, sempre marcada pelas diferenças sociais e pela falta de prioridade nos investimentos do governo. Apesar dos muitos avanços e conquistas, continuamos na busca de soluções. Acesse o vídeo clicando no link a seguir: youtu.be [https://youtu.be/OXaU5bULs0Q? si=VENelcOs3mjcApjX] . https://youtu.be/OXaU5bULs0Q?si=VENelcOs3mjcApjX https://youtu.be/OXaU5bULs0Q?si=VENelcOs3mjcApjX https://youtu.be/OXaU5bULs0Q?si=VENelcOs3mjcApjX Sistema Único de Saúde (SUS)2 Sistema Único de Saúde Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/944953082". No ano de 1988, um grande avanço foi a publicação da nova Constituição Federal. Neste novo texto, a saúde é vislumbrada em um contexto amplo, sendo considerada um direito de todos e ainda um dever do Estado. A consolidação da saúde como um direito humano fundamental exige que o Estado se organize para garantir os meios necessários para promoção, proteção e recuperação da saúde do seu povo, disciplinando as ações e serviços públicos e privados de saúde. [...] O reconhecimento do direito à saúde no Brasil é fato recente. [...] Até então, as atividades relacionadas à saúde eram consideradas serviços públicos prestados pelo Governo Central e se restringiam a algumas ações preventivas (como campanhas de vacinação) e ao exercício do poder de polícia sanitária vinculado às ações de vigilância sanitária e epidemiológica. (Dourado, 2010, p. 78-79) Considerar um “Direito” como fundamental gera consequências no mundo jurídico e se reflete em tal atribuição diretamente na efetividade do referido Direito, em sua força normativa. É no título da ordem social que se encontra previsto na Constituição Federal o direito à saúde, sendo este um direito social fundamental, e sua concepção na nova carta tem a finalidade de promover o bem-estar coletivo e a justiça social, com a necessidade de promoção pelo Estado de políticas públicas e ações de proteção e recuperação da saúde. A saúde engloba o bem- estar físico, mental e social do indivíduo. Em 1990, com a publicação da Lei n. 8.080, houve a criação do Sistema Único de Saúde, que trata da promoção da saúde e do funcionamento dos serviços. A Lei Orgânica do SUS especifica os objetivos e as atribuições do sistema, assim como seus princípios e diretrizes. A referida norma também explicita competência e atribuições em relação à saúde em cada esfera do governo e acerca da gestão financeira. A Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, disciplina a participação da população na administração do SUS com a instituição de Conselhos de Saúde. A referida norma também ressalta aspectos da questão das transferências de recursos entre os governos e legitima organismos de representação nas esferas estaduais e municipais. No que tange à criação do SUS e sua instituição, cabe asseverar que: O SUS foi criado nesse contexto, fruto do reconhecimento do direito à saúde no Brasil, como instituição de caráter federativo orientada pela descentralização político- administrativa. A normatização constitucional e a regulamentação disposta na Lei Orgânica da Saúde [Leis Federais n° 8.080/90 e n° 8.142/90] delimitam a expressão da estrutura federativa nacional na área da saúde ao determinarem o dever de todos os entes federados de atuar para a promoção, proteção e recuperação da saúde, com autonomia de cada esfera de governo para a gestão do sistema nos limites do seu território. Estabelece-se, assim, uma forma de organização política que pode ser adequadamente designada federalismo sanitário brasileiro. (Brasil, 1990) O Sistema Único de Saúde é instituído e composto por inúmeros órgãos e instituições, seja da administração direta ou ainda da indireta, em diversas esferas de poder com atribuições específicas e também há a participação neste processo da iniciativa privada. É relevante ainda ressaltar que o Sistema Único de Saúde veio para implementar uma concepção ampliada da saúde, muito mais integrada que a que se tinha deste direito outrora: incorporação à base jurídico-legal do SUS de uma concepção ampliada de saúde que inclui os condicionantes econômicos, sociais, culturais e bioecológicos e uma visão abrangente e integrada das ações e serviços de saúde, busca superar a visão dominante de enfocar a saúde pela doença, sobretudo nas dimensões biológica e individual. Sem negar o peso e a importância das doenças na configuração de sistemas de saúde e na consequente oferta de ações. (Vasconcelos; Pasche, 2012, p. 532) Figura – Organização do SUS Fonte: redehumanizasus.net [https://redehumanizasus.net/92311- regionalizacao-sistema-unico-de-saude-sus/] https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/dc94d603d55774e600f5dd303073ceff.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/dc94d603d55774e600f5dd303073ceff.png https://redehumanizasus.net/92311-regionalizacao-sistema-unico-de-saude-sus/ https://redehumanizasus.net/92311-regionalizacao-sistema-unico-de-saude-sus/ https://redehumanizasus.net/92311-regionalizacao-sistema-unico-de-saude-sus/ Em 1991, foi criada a Comissão de Intergestores Tripartite (CIT), que possui inúmeras representações, como a do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde, das Secretarias Municipais de Saúde e da Comissão de Intergestores Bipartite para a implantação do SUS (que havia sido criado recentemente) e proporcionar a concretização de suas operações. Essa comissão foi relevante para a gestão colegiada do SUS por várias esferas governamentais.Esta comissão está em funcionamento até hoje, sendo considerada uma inovação no âmbito das políticas públicas de saúde. Tornou-se um espaço de discussão e negociação sobre novas políticas e ações de gestores das diversas esferas de governo, reforçando aspectos da transparência e responsabilização. Comissão de Intergestores Tripartite (CIT) 2.1 Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde – SUS (A NOB 96) significou uma propositura de um novo modelo de atenção à saúde, que aposta na descentralização dos recursos e na maior autonomia na gestão da saúde nas esferas estaduais e municipais. Por meio desse modelo, foram também ofertados maiores incentivos para a implementação de programas para pessoas vulneráveis, menos favorecidas. Esta norma possibilitou um entendimento mais abrangente da saúde, enfatizando outras questões como a prevenção, as condições ambientais etc. NOB 962.2 Fonte: celsopupo / istock.com A Norma Operacional de Assistência à Saúde/NOAS-SUS reforça a ideia da regionalização do Sistema Único de Saúde, devido à observação de que a municipalização não estaria sendo suficiente nem oportuna, prejudicando os instrumentos regionais voltados para a organização dos serviços de saúde. Portaria n. 373, de 27 de fevereiro de 2002: Norma Operacional de Assistência à Saúde/NOAS-SUS 2.3 CAPÍTULO I - DA REGIONALIZAÇÃO 1. Estabelecer o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior eqüidade. 1.1. O processo de regionalização deverá contemplar uma lógica de planejamento integrado, compreendendo as noções de territorialidade, na identificação de prioridades de intervenção e de conformação de sistemas funcionais de saúde, não necessariamente restritos à abrangência municipal, mas respeitando seus limites como unidade indivisível, de forma a garantir o acesso dos cidadãos a todas as ações e serviços necessários para a resolução de seus problemas de saúde, otimizando os recursos disponíveis. As dificuldades e os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde são inúmeros, desde sua criação hoje podem ser consideradas as questões como seu subfinanciamento, gestão local insuficiente, rede básica de serviços pouco eficiente, deficiência na formação dos profissionais de saúde. Os desafios enfrentados pelo SUS2.4 O Pacto pela Saúde ficou conhecido a partir da publicação da Portaria n. 399 de 2006, consolidando o Sistema Único de Saúde e a partir de diretrizes lançadas por este plano. Portaria nº 399 de 2006 ANEXO I PACTO PELA SAÚDE 2006 - Consolidação do SUS O Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar uma década e meia de existência. Nesses poucos anos, foi construído no Brasil, um sólido sistema de saúde que presta bons serviços à população brasileira. Ao longo de sua Pacto pela Saúde e as reformas institucionais e na gestão do SUS 2.5 história houve muitos avanços e também desafios permanentes a superar. Isso tem exigido, dos gestores do SUS, um movimento constante de mudanças, pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um país tão grande e desigual; de outro, pela sua fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexidade. Faz-se mister, ainda, asseverar que este pacto seria um instrumento construído como um compromisso dos gestores públicos, cuja finalidade seria solucionar ou amenizar as dificuldades verificadas no Sistema Única de Saúde. Este pacto se dividiria em outros três, denominados "Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e o Pacto de Gestão do SUS". Figura – Pacto pela saúde Fonte: unasus.unifesp.br [https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_con teudos/unidade14/p_07.htm] Saiba na íntegra como funciona e os objetivos do pacto pela saúde. Acesse o link abaixo e leia: unasus.unifesp.br [https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_02.ht m] https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/1ddbbc737e0c5cebc86ef730fc6e54c3.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/1ddbbc737e0c5cebc86ef730fc6e54c3.png https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_07.htm https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_07.htm https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_07.htm https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_02.htm https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_02.htm https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade14/p_02.htm Políticas e programas de saúde3 Políticas e Programas de Saúde Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/944953171". Qual a diferença entre políticas e programas de saúde? A política pode se apresentar em três dimensões: a institucional, a processual e a material. A dimensão institucional refere-se à ordem do sistema político, delineada pelo sistema jurídico. É a estrutura da instituição política e administrativa. A dimensão processual é o processo político, frequentemente de caráter conflituoso, no que diz respeito à imposição de objetivos. Figura – Definição de política Fonte: dicio.com.br [https://www.dicio.com.br/politica/] https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/9d9fde8a64e042820ff80df64ee5b733.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/9d9fde8a64e042820ff80df64ee5b733.png https://www.dicio.com.br/politica/ https://www.dicio.com.br/politica/ A dimensão material refere-se aos conteúdos concretos, à configuração dos programas para as políticas públicas ou propostas para resolver problemas. Portanto, a política pública dependerá do autor, mas, de maneira geral e para compreensão, ela se define como sistema de decisões públicas que pode modificar uma realidade, de um setor da vida social, por meio de estratégias para se atingir um abjetivo. Podemos definir também como um conjunto de ações do governo que irá produzir efeito específico. Qual a diferença entre decisão pública e política pública? Diante das demandas e dos apoios da sociedade (inputs), o sistema político gera produtos políticos (outputs). São produtos do sistema político as decisões políticas e as políticas públicas. Esses termos não são sinônimos. Vejamos a seguir as diferenças conceituais entre eles. São as escolhas feitas pelo sistema político. Nem toda decisão política é uma política pública. Ex.: escolha de ministros pelo Presidente da República (é uma decisão política, mas não se configura uma política pública). Decisão política3.1 Conjunto de decisões políticas que visam organizar a ação do estado para atingir um objetivo relevante para a sociedade. Ex.: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. O sistema político é aberto, ou seja, ele interage com a sociedade. Esse sistema recebe apoios/estímulos e demandas de fora (inputs) e de dentro (withinputs). Como resposta, são gerados os produtos do sistema político (outputs). Quais são os ciclos de políticas públicas? A política é elaborada ou decidida por autoridade formal legalmente constituída, no âmbito da sua competência, e é coletivamente vinculante. É um conjunto de decisões, relativo à escolha de fins e meios, de longo ou curto alcance, numa situação específica e como resposta a problemas e necessidades. Implica ação ou inação, fazer ou não fazer, mas uma política significa a escolha de um curso de ação. São os produtos de ações que têm efeitos no sistema político e social. Política pública3.2 Leia sobre o ciclo de política pública. Ele é importante para compreender como as políticas de saúde são elaboradas. Link: edisciplinas.usp.br [https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4483751/mod_resource/content/1/Apresentação%20Políticas%20Públicas_Palestra%20CIA%20DO%20RISO.pdf] Figura – Ciclo da politica pública Fonte: app.goo.gl [https://images.app.goo.gl/wr8TXueyFYee5yWK9] Uma das etapas do ciclo das políticas públicas é a formação da agenda. De acordo com Kingdon (2006), há três concepções de agenda. Para um problema ser resolvido, ou seja, para ser criada uma política pública que o resolva, ele precisa estar na agenda decisória. Apesar da existência de inúmeros problemas de relevância pública, muitos deles não geram políticas públicas, enquanto outros, por sua vez, levam à formulação dessas políticas. Para tentar explicar esse fenômeno, Kingdon criou o modelo dos múltiplos fluxos. Kingdon (2003) propõe que a convergência de três processos ou fluxos relativamente independentes explica os motivos pelos quais certos problemas vão para a agenda de decisão, enquanto outros, apesar de reconhecidos, não provocam, necessariamente, uma ação efetiva do governo. Os três grandes fluxos correspondem a: Agenda geral/ sistêmica/ não governamental Contém a lista de assuntos que preocupa o país, mas que não merece a atenção do governo. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4483751/mod_resource/content/1/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Pol%C3%ADticas%20P%C3%BAblicas_Palestra%20CIA%20DO%20RISO.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4483751/mod_resource/content/1/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Pol%C3%ADticas%20P%C3%BAblicas_Palestra%20CIA%20DO%20RISO.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4483751/mod_resource/content/1/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Pol%C3%ADticas%20P%C3%BAblicas_Palestra%20CIA%20DO%20RISO.pdf https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/11828f42f19351815ea9f74c49877b60.png https://objetos.institutophorte.com.br/PDF_generator_realize/images/11828f42f19351815ea9f74c49877b60.png https://images.app.goo.gl/wr8TXueyFYee5yWK9 https://images.app.goo.gl/wr8TXueyFYee5yWK9 Agenda governamental Inclui os problemas que merecem atenção do governo. O processo de tomada de decisão nas políticas públicas poderia ser representado pela confluência de três grandes fluxos dinâmicos: o fluxo de problemas (problem stream), o fluxo de soluções (policy stream) e o fluxo político (political stream). Determinadas questões passam a fazer parte da agenda decisória quando os três fluxos decisórios (streams), que são relativamente independentes, entram em convergência. Essa convergência ocorre em momentos críticos, isto é, quando surgem janelas de oportunidade. Neste momento, os empreendedores podem apresentar suas propostas. Quem são os empreendedores? Especialistas na questão, hábeis negociadores e pessoas que têm conexões políticas. São encontrados nos governos (dirigentes, burocratas, servidores de carreira) e na sociedade civil (lobistas, acadêmicos, jornalistas). Por conseguinte, desempenham papel essencial na articulação entre problemas e soluções, problemas e forças políticas, e entre estas e as propostas existentes. Tem o propósito de subsidiar os gestores com informações mais simples e tempestivas sobre a operação e os efeitos do programa, resumidas em painéis ou sistemas de indicadores de monitoramento (Jannuzzi, 2009). Para isso, precisa-se de indicadores coletados e calculados com uma periodicidade que permita aos gestores reagir ainda dentro de um ciclo de execução do programa. Além disso, é preciso que as informações geradas pelos indicadores sejam apresentadas em formato de fácil consumo pelos gestores, ou seja, para que estes tenham rápida apreensão do desempenho do programa. Por isso, são importantes os painéis de monitoramento. O monitoramento e a avaliação têm o propósito de subsidiar os gestores com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento e os efeitos do programa, levantadas nas pesquisas de avaliação. Para isso, são necessárias perguntas formuladas de forma empírica ou não sobre diagnóstico, implantação, execução, resultados e impactos do programa, com fins de subsidiar o aperfeiçoamento deste. O momento e o timing adequados para a realização das avaliações dependem da etapa do ciclo da política pública a ser avaliada. Segundo Gottems et al. (2013), as abordagens de saúde no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) estão progredindo em cenários marcados pela incerteza, ambiguidade e pela concorrência entre os valores e objetivos de diversos grupos ao tomar decisões públicas. Em organizações de saúde complexas, onde múltiplos participantes com preferências e Monitoramento e avaliação3.2.1 identidades diversas interagem, as dinâmicas de poder influenciam a maioria das decisões. Ainda segundo os autores: Em vista disso, e não por acaso, a opção por processos pactuados em arenas políticas do SUS, ambientados em fóruns deliberativos e consultivos específicos, assumem crescente protagonismo e relevância no processo de democratização das políticas públicas de saúde no Brasil (Gottems et al., 2013, p. 511). A Portaria de Consolidação n. 2, de 2017, do Ministério da Saúde, apresenta normas que visam à consolidação das políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). DAS POLÍTICAS DE SAÚDE Seção I - Das Políticas Gerais de Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Art. 2º São políticas gerais de promoção, proteção e recuperação da Saúde: I - Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), na forma do Anexo I; II - Política Nacional de Vigilância em Saúde; III - Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, instituída pela Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001; IV - Política de Saúde Mental, instituída pela Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, na forma do Anexo II; V - Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), na forma do Anexo III; VI - Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituída pelo Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, na forma do Anexo IV; VII - Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS), na forma do Anexo V. E os programas de saúde? São ações que englobam a resolução de problemas presentes nas políticas públicas. Exemplos – Programa nacional de triagem neonatal, programa nacional de controle do tabagismo, entre muitos outros. Em 2011, o Programa Academia da Saúde foi criado a partir da implementação de polos com a instalação de equipamentos em espaços considerados públicos, visando à promoção da saúde da população a partir da prática da atividade física. O Programa Academia da Saúde é atualmente disciplinado pelas Portarias n. 1.707/GM/MS, de 23 de setembro de 2016, e n. 2.681/GM/MS, de 7 de novembro de 2013. Instituído pela Portaria MS/GM n. 509, de 10/3/2006 Programas de Saúde3.2.2 Programa Academia da Saúde Programa de Multiplicação de Conhecimentos sobre o SUS – MULTIPLICASUS. A Portaria n. 509, de 2006, ressalta aspectos da implantação de um Programa denominado de “Programa de Multiplicação de Conhecimentos sobre o SUS”: Art. 1º Instituir, no âmbito do Ministério da Saúde, o Programa MULTIPLICASUS com a finalidade de constituir espaços de discussão e análise sobre o SUS entre os trabalhadores de saúde, contribuindo para o aperfeiçoamento gerencial e institucional. Art. 2º O Programa MULTIPLICASUS se concretiza mediante a adesão de trabalhadores de saúde, como multiplicadores, e de áreas ou órgãos da estrutura federal do SUS, que passam a executá-lo em regime de parceria. O tratamento das pessoas que apresentavam transtornos mentais outrora era bem diferenciado do deferido a esses grupos contemporaneamente. Já não se propõe a exclusão e o isolamento como antes, retirando-os da sociedade e deixando-os por longos períodos nos hospitais psiquiátricos. Assim, como inserir ou reintegrar essas pessoas novamente no convívio social? A Lei n. 10.708, de 2003, institui o Programa De Volta Para Casa (PVC), que disponibiliza um auxílio para a reabilitação desse paciente e o acompanhamento para as pessoas egressas de hospitais de tratamento psiquiátrico por um período de dois anos ou mais a fim de retornarem a suas famílias e lares ou para residências terapêuticas. Esta éuma normativa bem relevante na esfera do processo de desinstitucionalização e maior autonomia do antigo paciente. Esta norma corrobora com os preceitos da Lei n. 10.216, de 2001, denominada Lei da Reforma Psiquiátrica, que visa reduzir a ocupação em hospitais psiquiátricos e instituir ações de saúde mental fora dessas instituições. No site bvsms.saude.gov.br [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/populacao_negra_e_aids.pdf] , é apresentado o Programa Estratégico de Ações Afirmativas: População Negra e Aids, em que são verificadas as origens e a justificativa para sua criação, assim como a elaboração de políticas voltadas para a redução da discriminação, visando a inclusão. O Programa Farmácia Popular do Brasil se constitui em uma das medidas ou diretrizes originadas da denominada Política Nacional de Assistência Farmacêutica do Poder Público Federal. A normativa que ensejou a sua criação foi a Lei n. 10.858, de 13 de abril de 2004, que tratava do ressarcimento de uma fundação quando houvesse a disponibilização à população de medicamentos. Posteriormente, o Decreto n. 5.090, de 20 de maio de 2004, regulamentou a Lei n. 10.858 e implantou o Programa Farmácia Popular do Brasil. Programa De volta para casa Programa Estratégico de Ações Afirmativas: População Negra e Aids (2005) Programa Farmácia Popular do Brasil http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/populacao_negra_e_aids.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/populacao_negra_e_aids.pdf Fonte: NickyLloyd / istock.com. No endereço bvsms.saude.gov.br [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/BRASILAFROATITUDE.pdf] , é possível conhecer melhor o Programa Integrado de Ações Afirmativas para Negros, inaugurado em 2004. Este programa apresenta os seguintes objetivos: Viabilizar, por meio de meios de recursos diversos, numa perspectiva multidisciplinar e multissetorial, a permanência do estudante universitário negro em seu curso. Desenvolver e implementar ações afirmativas quanto à diversidade cultural, social, de gênero, étnica, de orientação sexual e outros, na perspectiva da educação de pares e de propiciar o protagonismo dos negros no processo. Propiciar oportunidades de participação dos estudantes negros em projetos de pesquisa, extensão e monitoria, desenvolvidos pelos professores e estudantes da universidade focados nas questões específicas dessa população. Programa Integrado de Ações Afirmativas para Negros – Brasil Afroatitude (2004) http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/BRASILAFROATITUDE.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/BRASILAFROATITUDE.pdf Contribuir para a formação de estudantes negros como promotores de saúde e de qualidade de vida, e para a produção de conhecimentos no campo da prevenção, aconselhamento e assistência às DST/Aids etc. A Portaria n. 300, de 2006, implantou o denominado “Ministério da Saúde Livre do Tabaco”, cujo principal objetivo seria propor e implantar medidas educativas e curativas por meio de processo de conscientização de funcionários e visitantes da instituição no que tange aos males causados pela utilização do tabaco. O Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação, por meio do endereço bvsms.saude.gov.br [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0323_M.pdf] , apresenta o denominado Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde PRÓ- SAÚDE, que define a situação atual, os objetivos gerais e específicos e a situação desejada. O Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) foi elaborado com objetivo mister de combater a deficiência de ferro existente no país, prevenindo e controlando a anemia de gestantes e crianças. Trata-se de uma das ações adotadas pela Política Nacional de Alimentação e Nutrição. A Portaria n. 730, de 13 de maio de 2005, foi a norma responsável por sua implementação, em 2013. Uma nova portaria é publicada, a Portaria n. 1.555, a qual descentraliza a aquisição desses suplementos para os demais entes federativos. Em 2017, houve também a implantação do Sistema de Micronutrientes – módulo Ferro. É importante asseverar que há grande insuficiência de vitamina A na população brasileira, chegando a ser considerado um problema de saúde pública. O problema é mais agravado na Região Nordeste, mas não se restringe apenas a esta região. A suplementação consiste em uma medida preventiva, visando à melhoria desse nutriente na população a partir de estratégias elaboradas e colocadas em prática. O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) fora implementado por meio da Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005, para reduzir a deficiência apresentada principalmente nas crianças. A Portaria n. 2.362, publicada em 1 de dezembro de 2005, trata da questão do Programa Nacional de Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo – Pró Iodo, e a partir deste foi lançado um manual específico acerca deste tema. O objetivo do manual é orientar os profissionais de saúde e de outros setores para a operacionalização adequada e Programa Ministério da Saúde Livre de Tabaco (instituído pela Portaria MS n. 300, de 09/02/2006) Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde: Pró-Saúde (2005) Programa Nacional de Suplementação de Ferro Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A Programa Nacional para a Prevenção e o Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo – Manual Técnico e Operacional do Pró-Iodo (2008) http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0323_M.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0323_M.pdf acompanhamento das ações destinadas à prevenção e ao controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo - DDI no Brasil. O Decreto nº 6.286/2007 se propôs a implementar o denominado “Programa Saúde na Escola (PSE) na esfera do Ministério da Educação e da Saúde, cujo objetivo principal seria corroborar para a formação Integral dos estudantes da rede pública por meio de medidas voltadas para a promoção da saúde. Programa Saúde na Escola (2007) Diretrizes do SUS4 Diretrizes do Sus Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/944953257". Diretrizes são orientações ou instruções que fornecem um conjunto de princípios ou recomendações para guiar ações ou decisões em determinado contexto. Elas podem ser estabelecidas por organizações governamentais, instituições de saúde, sociedades profissionais ou grupos de especialistas, sendo baseadas em evidências científicas, melhores práticas e consenso entre os especialistas. As diretrizes são projetadas para auxiliar profissionais de saúde, gestores, pesquisadores e outras partes interessadas na tomada de decisões relacionadas ao diagnóstico, ao tratamento, à prevenção ou ao manejo de condições de saúde específicas. Elas abordam questões como protocolos de tratamento, procedimentos cirúrgicos, prescrição de medicamentos, triagem, prevenção de doenças, entre outros aspectos da prática clínica. As diretrizes são frequentemente revisadas e atualizadas à medida que novas evidências e conhecimentos emergem na área de saúde. Elas desempenham um papel crucial na promoção da qualidade, segurança e eficiência dos cuidados de saúde, além de auxiliar na padronização das práticas clínicas e na redução de variações na assistência a saúde. As diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) estão fundamentadas nos princípios estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/1990). Essas diretrizes orientam as políticas públicas de saúde no Brasil e incluem: O que são diretrizes? Universalidade Garantia de acesso igualitário e universal aos serviços de saúde, sem qualquer forma de discriminação ou exclusão. Integralidade Abordagem holística da saúde que considera o ser humano em sua totalidade e promove a oferta de serviços e ações de saúde de forma abrangente, contemplando a prevenção, a promoção, o tratamento e a reabilitação. Equidade Busca pela redução das desigualdades sociais, econômicas e regionais no acesso ena qualidade dos serviços de saúde, priorizando grupos populacionais mais vulneráveis e necessitados. Descentralização Organização do sistema de saúde em diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal), com autonomia administrativa, política e financeira para que os entes federativos possam planejar, executar e avaliar as ações de saúde conforme as necessidades locais. Participação social Envolvimento da sociedade civil na formulação, na implementação, no acompanhamento e na avaliação das políticas de saúde, por meio dos conselhos de saúde e outras instâncias de participação popular. Além dessas diretrizes gerais, o SUS também adota outras políticas e programas específicos voltados para áreas prioritárias de saúde, como atenção básica, saúde da mulher, saúde da criança, saúde mental, entre outras. Essas políticas são implementadas com base nos princípios e nas diretrizes do SUS e visam garantir o acesso equitativo e a qualidade dos serviços de saúde em todo o país. Essa diretriz do Ministério da Saúde para a organização da atenção à saúde bucal no âmbito do SUS, resultante de um processo de discussões com os coordenadores estaduais de saúde bucal e fundamentando-se nas proposições que, nas últimas décadas, foram geradas em congressos e encontros de Odontologia e de saúde coletiva, bem como em consonância com as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde e da I e II Conferência Nacional de Saúde Bucal. Essas diretrizes constituem o eixo político básico de proposição para a reorientação das concepções e práticas no campo da saúde bucal, capazes de propiciar um novo processo de trabalho, tendo como meta à produção do cuidado. Desta forma, deve ser compreendido como referência conceitual para o processo de se fazer o modelo de atenção no espaço da micropolítica, onde ocorre, diante de diversos problemas e demandas, o encontro dos saberes e fazeres entre sujeitos usuários e sujeitos profissionais. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal 4.1 As diretrizes estratégicas do Sistema Único de Saúde (SUS) são orientações que visam guiar a implementação e o desenvolvimento do sistema de saúde brasileiro. Elas abrangem diversos aspectos e áreas prioritárias da saúde pública e têm o objetivo de promover a melhoria contínua do sistema, garantindo o acesso universal, integral e equânime aos serviços de saúde. Algumas das principais diretrizes estratégicas do SUS incluem: Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) Promoção do papel central da APS na organização do sistema de saúde, visando a prevenção, promoção, tratamento e reabilitação da saúde, com ênfase na integralidade e na resolutividade. Diretrizes estratégicas do Sistema Único de Saúde 4.2 Regionalização e Hierarquização Organização do sistema de saúde em regiões de saúde, com definição de fluxos de referência e contra-referência entre os diferentes níveis de atenção à saúde (primária, secundária e terciária), garantindo o acesso equitativo e oportuno aos serviços de saúde. Integração da Rede de Atenção à Saúde (RAS) Articulação e coordenação das diferentes unidades e serviços de saúde, públicos e privados, em uma rede integrada e cooperativa, com foco na continuidade do cuidado e na eficiência dos processos assistenciais. Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Implementação de políticas e programas de promoção da saúde e prevenção de doenças, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis, na redução dos determinantes sociais da saúde e na redução das morbidades evitáveis. Participação Social e Controle Social Estímulo à participação da sociedade civil na formulação, na implementação e na avaliação das políticas de saúde, por meio dos conselhos de saúde e outras instâncias de participação popular, garantindo a transparência do sistema de saúde. Essas diretrizes estratégicas são fundamentais para orientar a gestão e a organização do SUS, promovendo a efetividade, a eficiência e a equidade na oferta de serviços de saúde para toda a população brasileira. A diretriz de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) é uma das principais estratégias do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir o acesso universal, integral e Diretriz de Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) 4.3 equânime aos serviços de saúde. Ela visa promover o papel central da APS na organização do sistema de saúde, priorizando a prevenção, a promoção, o tratamento e a reabilitação da saúde, com ênfase na integralidade e na resolutividade. Para que essa diretriz funcione de forma eficaz, são adotadas diversas medidas e ações, tais como: Estruturação da Rede de Atenção Primária Investimento na expansão e qualificação das unidades básicas de saúde (UBS), com oferta de serviços de saúde de qualidade e próximos à comunidade, incluindo equipes multiprofissionais de saúde. Valorização e Capacitação dos Profissionais de Saúde Incentivo à formação e à capacitação de profissionais de saúde para atuarem na APS, reconhecendo a importância do trabalho em equipe e a interdisciplinaridade. Implementação de Estratégias de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Desenvolvimento de programas e ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e controle de fatores de risco, com foco na educação em saúde, na alimentação saudável, na prática de atividade física e no combate ao tabagismo, por exemplo. Coordenação do Cuidado e Referência e Contrarreferência Estabelecimento de fluxos de referência e contrarreferência entre os diferentes níveis de atenção à saúde, garantindo o acompanhamento integral do usuário ao longo do tempo e a articulação entre os serviços de saúde. Articulação com a Comunidade e Participação Social Envolvimento da comunidade na gestão e no planejamento das ações de saúde, por meio dos conselhos de saúde e outras instâncias de participação popular, promovendo o controle social e a democratização das políticas de saúde. Em resumo, o fortalecimento da APS requer uma abordagem abrangente e integrada, que envolve tanto a melhoria da infraestrutura e dos recursos humanos das unidades básicas de saúde quanto a implementação de estratégias de promoção da saúde e participação social, visando garantir uma atenção primária de qualidade e acessível a toda a população. A Regionalização e Hierarquização do Sistema Único de Saúde (SUS) é um conjunto de estratégias fundamentais para organizar e otimizar a prestação de serviços de saúde no Brasil, garantindo o acesso universal, integral e equânime à assistência em todos os níveis de complexidade. Essas estratégias visam promover uma distribuição adequada e articulada dos recursos e serviços de saúde, de acordo com as necessidades da população e a capacidade de oferta de cada região. A Regionalização consiste na divisão do território nacional em regiões de saúde, com base em critérios epidemiológicos, demográficos, socioeconômicos e geográficos. Cada região de saúde possui uma estrutura organizacional própria, que inclui hospitais, unidades básicas de saúde, laboratórios, centros de referência e outros serviços de saúde, de acordo com a demanda e a complexidade assistencial da população atendida. A Hierarquização, por sua vez, estabelece uma ordenação dos serviços de saúde de acordo com sua complexidade e capacidade resolutiva, criando uma rede integrada e coordenada de atenção à saúde. Nesse modelo, os serviços são distribuídos em diferentes níveis de complexidade, como a atenção primária, a atenção especializada e a atenção hospitalar, com fluxos de referência e contrarreferência bem definidos entre eles. Na prática, a Regionalização e Hierarquização do SUS funcionam da seguinte forma: Atenção Primária à Saúde (APS) Representada pelas unidades básicas de saúde (UBS), é responsável pelo primeiro contato da população com o sistema de saúde, oferecendo atendimento preventivo, diagnóstico e tratamento de grande parte dos problemas de saúde, além de coordenar o cuidado e realizar o acompanhamento de casos crônicos. Regionalização e Hierarquização do Sistema Únicode Saúde (SUS) 4.4 Atenção Especializada Compreende os serviços ambulatoriais e hospitalares que oferecem atendimento em áreas específicas da saúde, como Cardiologia, Ortopedia, Oncologia, entre outras. Esses serviços são referenciados pelas Unidades Básicas de Saúde e atuam de forma complementar à APS, realizando diagnósticos mais complexos e tratamentos especializados. Atenção Hospitalar Engloba os hospitais gerais e especializados, que oferecem internação e procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias, tratamentos intensivos e terapias especializadas. Esses hospitais atendem casos mais graves e urgentes, referenciados pela atenção primária e especializada. Coordenação e Articulação entre os diferentes níveis de atenção São realizadas por meio de sistemas de informação em saúde, redes de comunicação, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, garantindo o fluxo adequado dos pacientes e a continuidade do cuidado ao longo da rede de serviços. Portanto, a Regionalização e Hierarquização do SUS são estratégias fundamentais para organizar e otimizar a prestação de serviços de saúde no Brasil, promovendo uma atenção integral e equitativa à saúde da população. Essas estratégias visam garantir que cada indivíduo receba o cuidado mais adequado ao seu perfil e às suas necessidades, dentro de um sistema de saúde organizado, eficiente e acessível. A Integração da Rede de Atenção à Saúde (RAS) é um processo que visa articular e coordenar os diferentes pontos de atenção à saúde em uma determinada região, com o objetivo de garantir o acesso universal, integral e equânime aos serviços de saúde. A RAS é composta por uma variedade de serviços e unidades de saúde, que abrangem desde a atenção primária até a atenção hospitalar de alta complexidade, incluindo também serviços de urgência e emergência, reabilitação, saúde mental, entre outros. O funcionamento da Integração da RAS envolve diversos aspectos, tais como: Organização da Rede A RAS é organizada em diferentes níveis de complexidade, com serviços distribuídos de forma hierarquizada e regionalizada. Isso significa que cada região de saúde possui uma estrutura própria, que inclui unidades básicas de saúde, centros de especialidades, hospitais e outros serviços de saúde, de acordo com as necessidades da população atendida. Coordenação do cuidado A integração da RAS envolve a coordenação do cuidado ao longo de todo o percurso do usuário dentro da rede. Isso significa que os diferentes profissionais e serviços de saúde devem trabalhar de forma integrada, compartilhando informações, estabelecendo protocolos de atendimento e garantindo a continuidade do cuidado ao longo do tempo. Fluxos de Referência e Contrarreferência Para garantir a integração da RAS, é fundamental estabelecer fluxos claros de referência e contrarreferência entre os diferentes pontos de atenção à saúde. Isso significa que os pacientes devem ser encaminhados adequadamente entre os diferentes serviços, com garantia de acesso oportuno e resolutivo. Tecnologia da Informação O uso de sistemas de informação em saúde é essencial para apoiar a integração da RAS. Isso inclui o compartilhamento de prontuários eletrônicos, a interoperabilidade entre diferentes sistemas de informação, a utilização de telemedicina e outras tecnologias que facilitam a comunicação e a troca de informações entre profissionais e serviços de saúde. Participação da comunidade A integração da RAS deve contar com a participação ativa da comunidade e dos usuários dos serviços de saúde. Isso significa envolver os cidadãos na gestão dos serviços, ouvir suas necessidades e demandas, e promover ações de educação em saúde e promoção do autocuidado. A Integração da Rede de Atenção à Saúde é um processo complexo que envolve a articulação de diversos atores e serviços de saúde, com o objetivo de garantir uma assistência integral e de qualidade para toda a população. Essa integração é fundamental para enfrentar os desafios atuais em saúde e promover o acesso universal aos serviços de saúde de forma eficiente e equitativa. Declarações em saúde5 Declaração de Saúde Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link: "https://player.vimeo.com/video/944953366". As declarações em saúde são documentos que expressam compromissos, princípios, metas e estratégias relacionadas à promoção, à proteção e à melhoria da saúde das populações. Esses documentos podem ser elaborados por organizações governamentais, organismos internacionais, sociedades científicas, organizações não governamentais (ONGs) e outros atores envolvidos na área da saúde. As declarações em saúde podem abordar uma variedade de temas e questões, incluindo direitos humanos, políticas públicas, prevenção de doenças, promoção da saúde, acesso a serviços de saúde, equidade, entre outros. Elas podem ser utilizadas como instrumentos para orientar a elaboração e implementação de políticas, programas e intervenções em saúde, bem como para mobilizar recursos e apoio em torno de questões específicas. Alguns exemplos de declarações em saúde incluem a Declaração de Alma-Ata, adotada durante a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde em 1978, que destacou a importância da atenção primária à saúde como base para alcançar o mais alto nível de saúde possível para todas as pessoas; a Declaração de Ottawa, de 1986, que definiu a promoção da saúde como processo que permite às pessoas aumentar o controle sobre sua própria saúde; e a Declaração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015, que inclui metas específicas relacionadas à saúde, como a redução da mortalidade infantil, o combate às doenças infecciosas e o acesso universal a serviços de saúde de qualidade. Código de Nuremberg - Experimentação Humana (1947) Código de Nuremberg - Experimentação Humana (1947) Após a Segunda Guerra Mundial, inúmeros documentos internacionais foram publicados, entre eles o denominado Código de Nuremberg, que trata das experiências com seres humanos sem se descuidar de um olhar ético. Há uma crítica neste documento em relação a condutas criminosas em prol de avanços médico-científicos. Poderia ser considerado um primeiro documento de ética médica produzido naquele contexto histórico, voltado para a preservação da dignidade humana. O código trouxe normas reguladoras, tendo sido elaborado por médicos visando ser uma base para o julgamento dos denominados crimes de guerra sob um pretexto de pesquisa. Declaração da Cúpula do Milênio das Nações Unidas (2000) Declaração da Cúpula do Milênio das Nações Unidas (2000) A Declaração da Cúpula do Milênio traz em seu bojo princípios e valores voltados para a construção de um mundo mais pacifico, com redução da pobreza e da miséria em geral, com políticas voltadas para saúde e a promoção do desenvolvimento, apresentando os objetivos a serem alcançados. Declaração de Astana sobre Atenção Primária à Saúde: de Alma-Ata rumo à cobertura universal de saúde e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (2018) Declaração de Astana sobre Atenção Primária à Saúde: de Alma-Ata rumo à cobertura universal de saúde e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (2018) Realizada em 2018, em conjunto com a OMS e a UNICEF, a Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde em Astana, no Cazaquistão apresentou uma nova declaração acerca da atenção primária à saúde. Declaração de Caracas (1990) Declaração de Caracas (1990) Em 1990, duas organizações se uniram – Organização Mundial de Saúde e Organização Pan- Americana de Saúde – e apresentaram uma nova proposta política para os serviços referentes à saúde mental. Declaração de Innocenti (1990) Declaração de Innocenti (1990) Esta declaração trata da proteção e da promoção do aleitamento materno, sendo este considerado um direito da criança, corroborando para a melhoria alimentar e saúde em geral. Declaração de Lisboa sobre a Ética da Urgência Médica (1990) Declaraçãode Lisboa sobre a Ética da Urgência Médica (1990) Esta declaração sobre a ética da urgência médica surgiu no âmbito das Jornadas de Emergência Médica em 1990, por meio da qual inúmeros princípios foram instituídos acerca do tema. Declaração de Alma-Ata sobre Cuidados Primários de Saúde (1978) Declaração de Alma-Ata sobre Cuidados Primários de Saúde (1978) A Organização Mundial de Saúde (OMS) no Cazaquistão promoveu uma Conferência sobre Cuidados Primários de Saúde tratando dos aspectos mais relevantes referentes a esses cuidados. Declaração do Rio (2006) Declaração do Rio (2006) A Declaração do Rio decorre de um contexto histórico em que a globalização promove efeitos também negativos como o acirramento das desigualdades, sendo muitas vezes prejudicado o acesso à saúde, afetando o desenvolvimento de forma geral. Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) A Declaração Universal dos Direitos da Criança de 1959 foi elaborada a fim de promover a igualdade entre todas as crianças sem qualquer preconceito ou discriminação em função de raça ou crença, tratando-se de direitos inerentes a elas, que devem ser promovidos e protegidos por todos em nível governamental ou comunitário. Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos(2005) Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos(2005) Em 2005, no âmbito da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), foi elaborada a Declaração Universal sobre a Bioética e os Direitos Humanos visando orientar os países em relação a suas políticas e legislações ao tratar do tema da Bioética, corroborando com o respeito aos direitos e à dignidade humana. Declaração Universal sobre o Genoma Humano e Direitos Humanos (inglês)(1997) Declaração Universal sobre o Genoma Humano e Direitos Humanos (inglês)(1997) O fundamento maior desta declaração universal seria a proteção da dignidade humana e da sua diversidade. A proteção ao genoma trata da preservação de um direito humano, que seria a herança da humanidade, sendo esta medida um dever de todos. Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos (2004) Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos (2004) A Declaração visa à proteção dos direitos humanos frente ao desenvolvimento da Genética, afastando ameaças ou riscos ao patrimônio genético em prol de uma exploração econômica indevida, ou inapropriada. Instrumentos Internacionais de Direitos Humanos (2006) – Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, Declaração sobre Defensores de Direitos Humanos Instrumentos Internacionais de Direitos Humanos (2006) – Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, Declaração sobre Defensores de Direitos Humanos Inúmeros instrumentos internacionais voltados para os Direitos Humanos também foram publicados a partir de 2006 como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e a Declaração sobre Defensores de Direitos Humanos, cada uma delas com seus objetivos gerais e específicos em prol da dignidade humana. Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (2000) Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (2000) Outro evento relevante foi a Convenção sobre Diversidade Biológica, em que se firmou um acordo denominado Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, que visa promover o melhor uso e a segurança de organismos vivos, preservando sempre a diversidade biológica. O objetivo é proteger o meio ambiente, os organismos vivos e também o comércio de forma salutar. Para promover o equilíbrio entre a diversidade biológica e o comércio é que foi promulgado o Protocolo de Cartagena sobre a biossegurança, por meio do Decreto n. 5.705/2006. Vamos compreender melhor essas duas declarações, a Declaração de Alma-Ata e a Declaração de Ottawa A Declaração de Alma-Ata, adotada durante a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde realizada em Alma-Ata, no Cazaquistão, em 1978, foi um marco histórico na história da saúde pública global. Esta declaração foi importante por várias razões: Ênfase na Atenção Primária à Saúde (APS) A Declaração de Alma-Ata destacou a importância da APS como elemento central dos sistemas de saúde. Definiu a APS como o cuidado essencial de saúde baseado em métodos e tecnologias práticas, cientificamente fundamentados e socialmente aceitáveis, tornando-a a abordagem mais eficaz e eficiente para alcançar a saúde para todos. Enfoque na equidade em saúde A declaração ressaltou a importância de garantir a equidade no acesso aos serviços de saúde, com base nas necessidades das pessoas e comunidades, independentemente de sua renda, status social ou localização geográfica. Isso reflete um compromisso com a justiça social e a redução das desigualdades em saúde. Participação comunitária A Declaração de Alma-Ata enfatizou o envolvimento ativo das comunidades na identificação de suas próprias necessidades de saúde e na formulação e implementação de políticas e programas de saúde. Reconheceu que as comunidades têm um papel crucial a desempenhar na promoção de sua própria saúde e bem-estar. Abordagem holística A declaração reconheceu a interconexão entre saúde e desenvolvimento, defendendo uma abordagem holística para a saúde que considerasse não apenas a ausência de doença, mas também o bem-estar físico, mental e social das pessoas. Isso incluiu a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o tratamento adequado, quando necessário. Apelo à ação global A Declaração de Alma-Ata instou os governos, organizações internacionais e comunidades a se comprometerem com a implementação da APS como uma estratégia fundamental para alcançar a saúde para todos até o ano 2000. Ela mobilizou a comunidade global em torno de metas comuns e um compromisso compartilhado com a saúde universal. A Declaração de Alma-Ata foi importante porque estabeleceu uma visão abrangente e inclusiva da saúde, com ênfase na equidade, na participação comunitária e na ação global para alcançar a saúde para todos. Embora muitos dos objetivos originais da declaração ainda não tenham sido totalmente alcançados, ela continua a servir como um ponto de referência e inspiração para os esforços de saúde pública em todo o mundo. A Declaração de Ottawa foi um marco fundamental na promoção da saúde pública global. Adotada durante a Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em 1986, esta declaração foi importante por várias razões: Definição ampla de saúde A Declaração de Ottawa definiu a saúde como "um recurso para a vida diária, e não o objetivo de viver". Isso ampliou a compreensão tradicional de saúde, enfatizando não apenas a ausência de doença, mas também o bem-estar físico, mental e social. Esta definição holística influenciou a forma como a saúde é abordada em níveis global, nacional e comunitário. Enfoque na promoção da saúde A declaração enfatizou a importância da promoção da saúde como uma abordagem fundamental para melhorar a saúde das populações. Em vez de focar apenas no tratamento de doenças, a promoção da saúde visa capacitar as pessoas a assumirem maior controle sobre sua própria saúde, adotando estilos de vida saudáveis, criando ambientes favoráveis à saúde e fortalecendo as comunidades. Abordagem participativa A Declaração de Ottawa reconheceu o papel fundamental das comunidades na promoção da saúde. Ela destacou a importância da participação comunitária, do empoderamento das pessoas e do fortalecimento das capacidades individuais e coletivas para a melhoria da saúde. Isso implica uma abordagem bottom-up, na qual as políticas e os programas de saúde são desenvolvidos com a contribuição ativa dascomunidades locais. Enfoque nos determinantes sociais da saúde A declaração reconheceu que fatores sociais, econômicos e ambientais desempenham um papel significativo na determinação da saúde das populações. Portanto, ela defendeu uma abordagem intersetorial que abordasse as causas subjacentes das desigualdades em saúde, como pobreza, desemprego, educação inadequada e falta de acesso a serviços básicos. Chamado à ação global A Declaração de Ottawa chamou os governos, as organizações internacionais, as sociedades civis e os indivíduos a se comprometerem com a promoção da saúde como uma prioridade de saúde pública. Ela mobilizou a comunidade global em torno de metas comuns e ações coordenadas para abordar os desafios de saúde enfrentados por todas as nações. A Declaração de Ottawa foi importante porque estabeleceu uma visão ampla e inclusiva da saúde, com ênfase na promoção da saúde, na participação comunitária e na abordagem intersetorial. Continua a servir como um guia para os esforços de saúde pública em todo o mundo, influenciando políticas, programas e práticas destinados a melhorar a saúde e o bem- estar das populações. Recapitulando Nesta unidade, revisamos conceitos importantes como a história da saúde no Brasil, podemos observar sua evolução ao longo dos anos até chegar aos dias de hoje onde temos o SUS, um sistema que integra vários serviços de maneira justa e integral, porem apresenta muitas dificuldades e desafios que sempre são discutidos através das políticas públicas de saúde. Compreendemos qual a diferença entre política e programa de saúde, o primeiro se trata de uma organização ampla que garante direitos de diversas maneiras, já os programas fazem com que a política seja cumprida, através de suas diretrizes específicas e por último as diversas declarações que trazem norte para organização da assistência a saúde utilizados até os dias de hoje. Autoria Autora Graduada em Enfermagem pela Universidade de São Paulo EERP-USP no curso de Licenciatura e Bacharelado em Enfermagem, possui pós-graduação em centro cirúrgico, CME e SRPA. Tem experiência assistencial em UTI de pós-operatório em cirurgia cardíaca, recuperação pós- anestésica e CC. É enfermeira de Educação Permanente em Pronto-atendimento (UPA) e, atualmente, docente dos cursos de Pós-graduação em Enfermagem e Técnico de Enfermagem, e preceptora do curso de Graduação em Enfermagem. Patricia Silva de Figueiredo Glossário Controle social é um processo pelo qual os cidadãos e grupos sociais participam ativamente na monitorização, na avaliação e na influência das políticas públicas, programas e serviços, bem como na fiscalização das ações governamentais e na defesa dos direitos coletivos. Fonte: elaborado pelo autor. Previdência refere-se ao sistema de proteção social que garante benefícios e serviços aos cidadãos em situações de risco social, como idade avançada, invalidez, desemprego, maternidade, doença, acidentes de trabalho e morte. O principal objetivo da previdência é proporcionar segurança financeira e bem-estar aos indivíduos e suas famílias em momentos de vulnerabilidade. Fonte: elaborado pelo autor. Controle social Previdência Bibliografia ALEXY, R. Direitos Fundamentais no Estado Constitucional Democrático. p. 58. In: Revista de Direito Administrativo, n. 217, São Paulo: Renovar, 1999. ALEXY, R. Direitos Fundamentais no Estado Constitucional Democrático. p. 58. In: Revista de Direito Administrativo, n. 217, São Paulo: Renovar, 1999. BAPTISTA, T. W. F. Análise da produção legislativa em saúde no Congresso Nacional brasileiro (1990-2006). Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 97-109, 2010. BARROSO, L. R. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 5. ed. 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