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1 
 
 
TEXTUALIDADE 
1 
 
 
 
SUMARIO 
A LINGUAGEM NA PROPAGANDA ................................................................................... 2 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM .................................................................................... 3 
A PROPAGANDA É “A ALMA DO NEGÓCIO!” .................................................................. 4 
GÊNERO TEXTUAL: PROPAGANDA ................................................................................ 6 
A CAMPANHA PUBLICITÁRIA ........................................................................................... 7 
CRIATIVIDADE, PROCESSOS DE CRIAÇÃO NA COMUNICAÇÃO E A LINGUAGEM 
GRÁFICA. ........................................................................................................................... 9 
CRIATIVIDADE NA COMUNICAÇÃO: OUSADIA, CONTEÚDO/FORMA E PROCESSO.
 .......................................................................................................................................... 12 
CONHECIMENTO: A BAGAGEM DA VIDA CRIATIVA. ................................................... 17 
A EQUIPE NO PROCESSO CRIATIVO. ........................................................................... 18 
PROCESSO DE CRIAÇÃO NA COMUNICAÇÃO OU PROCESSO DE CRIAÇÃO DO 
DESIGN GRÁFICO? ......................................................................................................... 20 
ENCONTRAMOS O DESIGN GRÁFICO EM TODO LUGAR ONDE HÁ PALAVRAS E 
IMAGENS. ........................................................................................................................ 22 
MUNDO PROFISSIONAL E COMPETÊNCIAS NO TERCEIRO MILÊNIO ....................... 24 
A PROPAGANDA CRIATIVA ............................................................................................ 25 
PROPAGANDA DA QUALIDADE ..................................................................................... 26 
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 27 
REFERENCIA ................................................................................................................... 29 
 
 
 
2 
 
 
 
 
A linguagem na propaganda 
 
Para início de conversa... 
Faça isso! Faça aquilo! Compre isso! Compre aquilo! Alugue, assine, estude, pare, use... 
A propaganda está sempre nos dizendo o que fazer! Já parou para pensar sobre isso? 
Então, vamos lá! 
Para que você acha que serve uma propaganda? 
A propaganda serve para ajudar um fabricante a vender seu produto. Também serve para 
ajudar a chamar nossa atenção para alguma informação. 
 
 
Por que a propaganda fala como se estivesse “dando ordens”? 
Na verdade, a propaganda não está “dando ordens”. Ela usa verbos no modo imperativo, 
que também podem indicar um pedido, um convite e até mesmo uma persuasão, para nos 
convencer mais facilmente de algo. 
Quando escutamos um comando, nosso cérebro se prepara para executá-lo. Como o modo 
imperativo é o modo verbal dos comandos, tendemos a obedecer a ele! Por isso, a 
propaganda usa esse modo verbal: ela quer que façamos exatamente o que ela sugere! 
3 
 
 
A propaganda, porém, baseia-se, antes de tudo, em um ato de persuasão. E o que vem a 
ser persuasão? Persuasão vem do verbo persuadir, que significa convencer, levar a 
acreditar. Ou seja, persuadir é fazer com que o outro acredite no que você está dizendo. 
Pois bem, essa é a função da propaganda: convencer! 
É por meio dela que uma empresa ou instituição procura 
nos convencer de alguma ideia ou de algum produto que 
será bom para nós. 
Portanto, sempre que ouvir ou ler uma propaganda ou 
um anúncio, tenha em mente que o publicitário 
(aquele que elabora a propaganda) está tentando ser 
persuasivo, isto é, está procurando conquistar você para comprar o produto anunciado... 
 
Objetivos de aprendizagem 
 Identificar a estrutura de textos de propaganda. 
 Reconhecer a linguagem usada nas campanhas publicitárias. 
 Analisar os elementos linguísticos próprios da propaganda. 
 Compreender as estratégias de persuasão próprias às campanhas 
publicitárias. 
 Analisar o papel de certos elementos na construção da coesão textual, 
detendo-se agora no caso dos pronomes em geral. 
 Identificar os vários tipos de pronomes e suas funções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
A propaganda é “a alma do negócio!” 
Observe a propaganda a seguir: 
 
 
Figura 1: Propaganda de reaproveitamento e reciclagem de latas de alumínio. Ela faz parte de uma campanha publicitária... 
Você sabia que as campanhas publicitárias envolvem várias propagandas sobre um mesmo tema? 
 
O texto da propaganda diz: 
“Mude de atitude e ajude muita gente a ganhar a vida.” 
Ficou curioso para saber que atitude é preciso mudar para ajudar essa gente? Na 
propaganda, as palavras e as imagens interagem. 
Não precisamos ler o texto complementar para saber que essa propaganda está 
relacionada com a reciclagem de latinhas de alumínio, não é mesmo? É a imagem que nos 
transmite essa primeira ideia. 
Repare que há uma lata amassada servindo de roda para a carroça desenhada a lápis. 
Isso nos leva a crer que a carroça é o instrumento de trabalho de quem recolhe as latinhas 
de alumínio. 
Afinal, “ganhar a vida” é uma expressão que nos remete ao trabalho. 
Mas o que a expressão “Mude de atitude” quer dizer? 
No texto de letras menores, logo abaixo da figura, encontramos mais informações que nos 
ajudam a compreender melhor o que a propaganda quer transmitir: 
5 
 
 
” Separar o lixo úmido do seco facilita o trabalho dos catadores. Limpe as embalagens por dentro 
retirando toda a sujeira antes de jogar fora. Assim, mais material é aproveitado e reciclado. Você 
ajuda a gerar renda para quem mais precisa e poupa recursos naturais. Saiba mais no 
‘brasil.gov.br’. Separe o lixo e acerte na lata.” 
Agora ficou mais claro, não é mesmo? A ideia é separarmos o lixo para ajudar as pessoas 
que vivem de catar lixo reaproveitável. Depois disso, 
elas o vendem para as indústrias de reciclagem. 
Se cada um ajudar um pouquinho, os catadores terão 
menos trabalho, ou seja, não precisarão arrumar um 
lugar para separar o lixo seco do úmido e lavar o lixo 
seco para tirar os resíduos. Com o lixo já separado por 
nós, eles podem ir diretamente para as tais indústrias 
para vendê-lo. 
Indiretamente, por outro lado, também ajudamos o 
meio ambiente, já que menos lixo será jogado no 
ambiente e ficará anos e anos, ou mesmo séculos, no processo de decomposição. 
Esse é o objetivo dessa propaganda: persuadir o público a separar o lixo que pode ser 
reaproveitado daquele que vai ser descartado definitivamente e, assim, ajudar o planeta – 
mudança de atitude! 
Ainda há mais uma coisa a observar nessa propaganda: 
a frase “separe o lixo e acerte na lata”. Essa frase nos faz 
lembrar de uma brincadeira muito popular da época de 
festas juninas, em que é preciso acertar uma bola nas 
latas para ganhar um prêmio. 
É uma grande sacada! O publicitário usa uma frase de 
efeito para fazer com que o leitor fique com vontade de 
“ganhar o prêmio”, que é o de ajudar os catadores e, ao 
mesmo tempo, preservar o meio ambiente! 
Brincadeira da “bola na lata”. 
 
 
 
 
6 
 
 
Gênero textual: propaganda 
Já vimos que os textos podem ser agrupados conforme suas características específicas. 
Esses agrupamentos são chamados de gêneros textuais. 
A propaganda é um gênero textual muito utilizado pelas empresas para divulgar seus 
produtos e por instituições públicas ou privadas como forma de promover mudança de 
atitude, ou seja, educar o público. 
Ela é difundida pelos meios de comunicação: jornal, revista, televisão, rádio, internet, 
outdoors etc. 
 
 
A propaganda apresenta elementos específicos na sua composição. O texto publicitário 
não costuma seguir regras rígidas; no entanto, algumas característicassão consideradas 
quando se elabora uma propaganda. 
Ela apresenta, de modo geral: 
 chamada ou frase principal; 
 texto complementar; 
 palavras simples; 
 coloquialismo; 
 
7 
 
 
 Informação; 
 texto curto; 
 imagens. 
 
 
 
 
A campanha publicitária 
Uma campanha publicitária envolve várias propagandas sobre um mesmo tema. Muitas 
vezes, os anunciantes utilizam um grande número de propagandas diferentes, mas que 
apresentam a mesma ideia, com o objetivo de vender mais um produto ou de formar uma 
consciência a respeito de algum assunto. Neste último caso, a campanha tem caráter 
educativo. Veja o exemplo a seguir: 
 
 
 
 
8 
 
 
 
Figura 3: Peças publicitárias da campanha de vacinação contra a paralisia infantil. 
 
Essas três peças publicitárias fazem parte da campanha de vacinação contra a paralisia 
infantil. Observe como os verbos são utilizados no modo imperativo: “... tem que vacinar”, 
“... venha fazer parte...”, “Leve as crianças...”, entre outros exemplos. 
No entanto, na terceira figura, duas frases aparecem com os verbos em outro modo verbal: 
“Vacinou, é gol” e “Vamos vestir a camisa da vacinação infantil”. 
 
9 
 
 
Criatividade, processos de criação na comunicação e a 
linguagem gráfica. 
 
Muito se discute a respeito de criatividade, criação e processos criativos principalmente na 
comunicação. É muito importante retomar as definições que envolvem esses termos e de 
que forma pode-se compreender as características de uma ação de comunicação criativa 
e qual deve ser a busca do profissional envolvido nessas questões. 
A maior necessidade de se desenvolverem projetos de comunicação com alto grau criativo 
é cada dia mais a grande exposição do público a uma enorme quantidade de mensagens 
em comunicação. 
A heterogeneidade do mercado exige que a comunicação seja cada vez mais segmentada 
e focada a mensagens que anteriormente se colocavam em um mercado homogêneo com 
a comunicação de massa. A cada dia, a percepção do público é disputada pelos mais 
variados tipos de comunicação. Diariamente, são inúmeras mensagens das mais variadas 
formas e em alta frequência disputando a atenção e a retenção seletiva dos receptores. A 
busca pelo ousado e inusitado na comunicação torna-se, a cada dia, uma guerra que 
incomoda os criativos mais experientes do mercado da comunicação. Entre tantas 
questões interdisciplinares que envolvem o processo da comunicação, os mecanismos da 
atenção e da memória, as especificidades das linguagens, os canais de comunicação 
envolvidos e tantas outras informações e áreas de conhecimento são fundamentais nesse 
processo. 
Quando questionamos sobre a definição da criatividade, as respostas são conceituações que 
muitas vezes não correspondem ao real, mas fazem parte do senso comum: “Criatividade está 
ligada a produção artística ou é um dom divino.” “O exercício de criatividade é privilégio de 
poucos, apenas os escolhidos.” Tem a ver com a imaginação, a fantasia.” “É algo que, de 
repente, a pessoa que é criativa recebe como lampejo e depois desaparece.” 
“É fazer algo diferente do que já conhecemos.” “É uma atividade que somente pessoas fora 
dos padrões convencionais conseguem desenvolver, pois não estão comprometidos com 
o sistema em que vive a maioria dos indivíduos.” 
As definições que cercam a criatividade são muito amplas. No entanto, a principal definição 
de criatividade é: a emergência de um produto ou ideia nova, algo original e único e 
10 
 
 
que responde a determinada necessidade. É um produto que, além de inovador, atende 
a uma função especifica. 
 
>> Algo é criativo porque, além de surpreender, resolve o que precisa solucionar. 
> Quando precisamos criar algo novo, provavelmente vamos para o que ainda é 
desconhecido. > Buscando ainda mais uma sintetização conceitual, a criatividade é a arte de 
solucionar problemas.É claro que o propósito da propaganda é manter a ousadia para 
a comunicação diferenciada de mensagens mercadológicas, que são – na maioria das 
vezes – conceituações muito parecidas, principalmente quando a comunicação busca os 
aspectos racionais de consumo. O crescimento diversificado de infinidades de produtos 
concorrentes e semelhantes exige cada vez mais da comunicação publicitaria a 
transformação de mensagens e conceitos idênticos em campanhas que sejam altamente 
criativas, que apresentem de forma ousada conceitos idênticos: o melhor design de carro, 
a cerveja mais gostosa, o sabão que deixa mais branco, entre outros. 
A busca por um produto criativo, que era muito evidenciado na publicidade, e o desafio 
para lidar com ele passam a ser cada vez mais necessários em diversas ferramentas de 
comunicação, como em relações públicas, promoção de vendas, marketing direto, 
merchandising, merchandising editorial, entre outros, com ações que se utilizam de: 
intranet, house organs, publicações especiais, jornais murais, boletins, campanhas de 
relacionamento e tantas outras formas de desenvolver projetos de comunicação que 
disputam a atenção e retenção seletivas de públicos a cada dia, bombardeados por 
incontestáveis estímulos de comunicação. 
No processo de criação para a comunicação, busca-se, na maioria das vezes, desenvolver 
soluções para problemas que, em geral, representam o desafio de tornar inovadoras as 
mensagens e sua compreensão na recepção desses públicos. E um novo problema surge, 
a competitividade acirrada e intensa de milhares de ações de comunicação que esses 
públicos recebem. Além de buscar desenvolver ferramentas de comunicação 
13 
 
 
diferenciadas, o criativo precisa pensar nas soluções das questões conceituais atreladas a 
ousadia da forma, aliadas aos conceitos – também ousados –, que norteiam os 
profissionais da comunicação. 
Isso quer dizer que, além de precisar definir conceitualmente o que se quer dizer a 
determinado público, esse algo a dizer deve priorizar a ousadia em vários pontos no 
processo de comunicação: no contexto, no canal, no código e no significado. 
 
>> Não basta que o comunicador busque a ousadia em apenas um dos aspectos da 
comunicação, mas que diferencie todo o processo de comunicação a ser buscado. 
da mensagem diferenciada até as 
características de texto e da forma, a busca criativa deve ser indagada em todas as etapas 
desses processos, caso contrário tem-se um produto pouco diferenciado que 
provavelmente não atenderá ao papel criativo completo na ousadia e eficiência, cumpridor 
da solução que se propõe resolver. 
Entre tantas formatações, é preciso saber identificar exatamente o que irá ser comunicado 
e aonde precisa chegar a ação/ produto de comunicação. É antecipar a mente do receptor 
nessas questões. Trazer para processo criativo as grandes questões que atendam à 
atenção e recepção seletiva do público. 
Esses questionamentos incessantes no processo são forçados pelo mito do insight criativo. 
Alguns profissionais não se consideram criativos por acreditarem que esse insight nunca 
os visitou e que toda a solução criativa acontece como num passe de mágica, para poucos 
privilegiados. Puro engano. 
Sabe-se hoje que o insight é uma resposta mental a questionamentos que desenvolvemos 
internamente e não privilégio de mentes despreocupadas com as buscas criativas. 
Não há insights sem questionamentos anteriores, e encontrá-los não é privilégio de poucos, 
mas uma resposta mental a profissionais que estão em constante busca de respostas mais 
adequadas para soluções que precisam encontrar. 
 
>> Sem sombra de dúvidas, um questionador mais envolvido e intenso gerará 
respostas ou insights muito mais evidenciados e um amplo grau de complexidade 
criativa. > Na análise de ações criativas em comunicação para busca de produtos criativos, 
o pleno conhecimento do que já foi realizado pode ajudar encontrar a novidade 
dentro da mesma busca na comunicação.>Mais do que nunca, a forma tem tanta força no público quanto conteúdo, cada 
um dentro do seu respectivo processo da recepção da comunicação.de apenas um processo de criação em que deveríamos nos preocupar com duas 
buscas diferentes e simultâneas: comunicação e design; conteúdo e forma. 
Dominar as linguagens da comunicação as linguagens interpretativas do design é 
fundamental para o resultado satisfatório das ações criativas em comunicação. 
No processo de criação que busca mensagens mais persuasivas, deve-se ir a fundo nessas 
questões e etapas do processo de criação e análise do desenvolvimento de algumas 
características da criação específica para comunicação e para o desenvolvimento do 
design. 
 
21 
 
 
>> Os profissionais de criação da comunicação não são meramente artistas, são 
seres criativos que se apropriam das artes e da linguagem e criam a articulação e o 
engendramento das linguagens para atender às necessidades das mensagens da 
comunicação. A criação atende assim a objetivos muito bem definidos e buscados 
pelas estratégias de comunicação. > Os designers destacam-se na categoria dos profissionais criativos. Vivemos 
numa época em que a estética se tornou prioridade, reforçada por uma confluência 
entre tecnologia e cultura.que independe da 
nossa vontade ou preferências, é que incorpora o “novo”, em todos os campos do dia-a-
dia, e nos obriga a conviver com seus irmãos, o “diferente”, o “imprevisto” e até o 
“chocante”. 
A proporção usada pela NASA, de nove entre dez lições dedicadas ao incerto, deve ser 
adotada no treinamento de quem quer se preparar para o futuro. Claro, entre os nove 
décimos está colocado o desenvolvimento do uso da capacidade criativa que possuímos. 
(Volta na dinâmica das palavras). 
25 
 
 
A propaganda criativa 
 
Programas de TV que mostram comerciais divertidos, levaram grande parte das pessoas 
a pensar que a propaganda criativa é somente aquela engraçada. Já prática equivocada 
da profissão por alguns publicitários, levou parte do mercado a crer que para ser entendida, 
a propaganda criativa precisa ser analisada por algum tempo, decifrada e só depois 
compreendida. Embora sejam inverdades, essas lendas têm fundamentos. 
No caso do humor, já foi comprovado que seu uso na comunicação pode ajudar as pessoas 
a memorizarem uma idéia ou conceito. Efeito parecido ocorre quando o público é convidado 
a “participar” da idéia. Isso acontece quando determinado anúncio apresenta apenas uma 
parte da informação, forçando o público a pensar por um instante e completar o restante 
da mensagem. O problema reside no uso inapropriado dessas artimanhas. 
Quantas vezes não comentamos com alguém o quão engraçado era um determinado 
comercial de TV, mas na hora de dizer qual era o produto anunciado, não conseguimos 
nos recordar. Pior ainda quando alguém falha ao tentar fazer graça para vender um 
produto; de tão sem graça, alguns comerciais de TV nos fazem mudar de canal, afinal 
existe uma grande diferença entre tornar uma situação engraçada e tentar fazer graça 
gratuitamente. 
Para ser eficaz, a propaganda deve comunicar ao público, com clareza, algo a respeito de 
um produto ou serviço, que fique registrado em sua memória. Sendo assim todo e qualquer 
artifício empregado no esforço criativo deve ser coerente e agregar algum tipo de valor à 
marca anunciada. 
Se o artifício escolhido pela agência e pelo anunciante foi o humor, é obrigação do 
publicitário associar esse humor diretamente à marca, fazendo com que, ao lembrarem-se 
do anúncio, as pessoas se recordem também do produto anunciado e de suas qualidades. 
Esse comentário parece óbvio, mas, se prestar a atenção, vai notar que isso não ocorre 
com a frequência que deveria. 
 
 
26 
 
 
Propaganda da qualidade 
 
Este tipo de propaganda é fácil de se reconhecer. Normalmente, quando nos deparamos 
com esse tipo de comunicação, pensamos: “Caramba, que idéia bacana!”. “Poxa, que 
anúncio simples! Eu poderia ter feito isso”. 
Para explicar esse efeito “como é que eu não pensei nisso antes?”, vou comentar, 
brevemente, duas características interessantes do cérebro, sem as quais, todo o humor e 
a criatividade humana não existiriam tal como os conhecemos. 
A primeira característica é o fato de montarmos padrões para as variadas informações que 
aprendemos. Por exemplo, você foi fazer compras em um shopping e resolveu passar em 
um fast-food para comer um lanche. Senta-se na praça de alimentação, come e, ao 
terminar sua refeição, dirige-se até o lixo. Isso é um padrão de comportamento nosso. É o 
que fazemos ao terminar de comer. Muitas vezes, esse processo é tão automático, que 
nem pensamos para executá-lo. Só queremos nos livrar, o mais rápido possível, dos 
nossos copinhos descartáveis. 
A outra característica do cérebro, que quero comentar, é o seu sistema interno que busca 
completar esses padrões de comportamento. 
No caso de um padrão que já armazenamos, o cérebro tenta completá-lo com uma 
informação em nossa memória. Se alguém diz “Eu tenho duas notícias para você”, no 
mesmo instante pensamos: “Uma boa e outra ruim.”. É automático. Água mole, em pedra 
dura... viu só? 
No caso de um padrão que ainda não existe ou não está completo, o cérebro quer 
completá-lo para poder armazená-lo. É o que ocorre, por exemplo, quando vemos uma 
manchete no jornal da TV e ficamos lá assistindo ao noticiário até sabermos a notícia na 
íntegra. 
Voltemos ao shopping Center. Você acabou de comer e está levando sua bandeja até o 
“OBRIGADO”. Chegando mais perto, percebe que o lixo já está cheio tanto dentro como 
em cima. No entanto, tem de deixar seus copinhos descartáveis ali. É assim que fez a vida 
toda. Você tenta socar a bandeja ali dentro. É impossível, mas mesmo assim, você insiste 
em equilibrar a sua bandeja sobre as outras bandejas cheias que estão por ali. Pronto, com 
algum esforço, você conseguiu cumprir sua missão. O padrão se completou. 
27 
 
 
Outro dia, almoçando sozinho no shopping, eu prestava a atenção na luta das pessoas 
tentando abandonar suas bandejas. O curioso foi que, ao lado do “OBRIGADO”, existia um 
lixo menor, completamente vazio. Como executamos a nossa rotina de maneira quase 
automática durante o tempo que permaneci ali reparei que ninguém parou para olhar que 
ali ao lado havia outro lixo. 
Jogar o lixo na lata menor resolveria o problema; entretanto, quebrar ou desviar-se dos 
padrões de comportamento gravados no nosso cérebro não é algo natural para os 
humanos. Basta romper esses padrões de comportamento armazenados em nosso cérebro 
para as tarefas em questão. 
Aquela propaganda que faz a gente se sentir como “Poxa que sacada. Como é que não 
pensei nisso?” Funciona da mesma maneira. Se todos os elementos e padrões envolvidos 
estão relacionados (direta ou indiretamente, mesmo que de maneira inversa) com o 
universo do produto anunciado, a quebra do padrão gera uma ideia, que está 
automaticamente associado à marca. 
Um dos enganos mais comuns cometidos por publicitários inexperientes é utilizar 
informações e/ou elementos que não fazem parte do repertório do público ao qual se 
destina o anúncio. Isso acaba resultando, muitas vezes, em tentativas frustradas de se 
fazer humor em anúncios que só conseguem ser decifrados por outros publicitários. 
Agora imagine se lá no shopping você se obrigasse a jogar o lixo em outro lugar, que não 
dentro do “OBRIGADO”. Qualquer outro lugar, menos ali onde sempre jogou. Certamente 
encontraria uma nova maneira de se livrar da sua bandeja. Ou ainda: 
Você faz um determinado caminho para ir de sua casa até o trabalho todos os dias, certo? 
Faça um esforço para mudar esse caminho. Se você vai de carro, tente mudar o seu trajeto, 
forçando-se a passar por determinado ponto pelo qual não costuma passar. Ou ainda, vá 
de ônibus; certamente seu caminho será diferente. 
 
Conclusão 
Preparado para aumentar as vendas e atrair novos clientes para o seu negócio? 
Com uma correta divulgação dos seus produtos ou serviços, você tem muito mais 
chances de alcançar sucesso no mercado. 
É como mostrar para o público consumidor que a marca que representa está ali. 
28 
 
 
Algo como um “oi, pessoal! Olhem para mim e percebam o quanto sou relevante 
para vocês!” 
Propaganda é mesmo a alma do negócio e, agora, você sabe bem o que é preciso 
para gerar resultados positivos através dela. 
É só se lembrar dos seguintes fatores: objetivo, público, canal, mensagem 
e proposta de valor. 
Para entregar uma mensagem relevante, é preciso que tudo isso esteja em 
sincronia. 
Depois de aprender como fazer uma propaganda criativa dentro e fora da internet, 
basta dar o segundo passo: começar a produzir e a divulgar seus anúncios. 
Com a prática, com o tempo, você vai entender o que gerou mais resultado e o que 
pode ser melhorado para alcançar seus objetivos mais rapidamente. 
Vamos em frente que oportunidades para aumentar suas vendas não vão faltar! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
REFERENCIA 
 
Gonçales, Elizabeth Moraes. Propaganda e linguagem. São Paulo: Editora Metodista, 
2006. 
 Schroder, Kim. A linguagem da propaganda. São Paulo: Martins Editora, 2004.Virillio, Paul. Velocidade e política. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. 
BERTOMEU, João Vicente Cegato (org.). Criatividade, processos de criação na 
comunicação e a linguagem gráfica. In: Criação Visual e Multimídia. São Paulo: Cengage 
Learning, 2010. Pág. 1-13. 
BERTOMEU, João Vicente Cegato (org.). Criação Visual e Multimídia. São Paulo: 
Cengage Learning, 2010. 
 
MASSARETO, Domênico; MASSARETO, Humberto E. Potencializando sua criatividade. 
São Paulo: DVS Editora, 2004. 
 
neilpatel.com/br/blog