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CONCEITO DO RECURSO DE APELAÇÃO
Os recursos são instrumentos processuais de fundamental importância no ordenamento jurídico brasileiro. No processo civil ocorreram muitas mudanças a partir da vigência do Novo CPC, pois a apelação é um recurso de ampla utilização porque possibilita que as partes contestem a decisão proferida pelo juiz de primeira instância e permite a revisão ou reforma dessas decisões perante instâncias superiores. Assim, a apelação é um recurso que tem como objetivo impugnar, discutir e atacar uma decisão do julgador que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum ou que extingue a execução.
A apelação tornou-se o recurso por meio do qual são impugnadas em uma única e mesma ocasião as decisões proferidas incidentalmente no processo, não sujeitas a agravo, atendendo-se a um dos objetivos do legislador, de simplificação dos subsistemas da codificação processual com observância à economia e à celeridade processual, à isonomia, à cooperação, ao contraditório prévio e efetivo, e à primazia da resolução do mérito e implementa os princípios constitucionais relacionados ao direito processual e aperfeiçoa as hipóteses de cumprimento imediato da sentença.
No Art. 1.014 do Novo CPC está previsto que até mesmo as questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação. Desde que a parte prove que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
De acordo com o artigo 1.010 do Novo CPC, a apelação deve conter:
“Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I – os nomes e a qualificação das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV – o pedido de nova decisão”.
A parte que recebeu a sentença desfavorável entra com a apelação, sendo chamada de apelante. A outra parte, que supostamente recebeu uma sentença favorável, é o apelado.
Dessa forma, ela é interposta através de petição ao juízo de primeiro grau da lide, mas será analisada e julgada pela instância superior, no caso, um Tribunal e o tribunal responsável por analisar a apelação observará apenas os pontos destacados, e não todo o processo, por isso o apelante deve apontar todos os problemas de fatos e direito presentes na sentença deferida pelo juízo, independente se a sentença for única sobre a matéria ou se diferentes sentenças forem dadas a respeito de diferentes pontos da lide.
O Novo CPC estabelece que a apelação deve ser interposta no prazo de 15 dias após a publicação da sentença por parte do julgador e esses prazos são sempre contados em dias úteis.
A partir da interposição da apelação pela parte apelante, o apelado receberá uma intimação e terá o prazo de 15 dias para apresentar contrarrazões, podendo, nesse prazo, também apresentar apelação própria, que dará ao apelante a possibilidade de também apresentar contrarrazões. Se houver recurso adesivo de apelação pela outra parte, o prazo de apresentação de contrarrazões pela parte apelante também será de 15 dias.
Os efeitos da interposição de um recurso podem variar dependendo do contexto e da natureza do recurso em questão. A apelação, por sua vez, tem a particularidade de apresentar, por regra, dois efeitos no processo: Devolutivo e Suspensivo.
O efeito devolutivo, como o próprio dá a entender, é o ato de devolver a decisão para o próprio juiz que a proferiu, para fins de reavaliação. No Novo CPC todos os recursos possuem esse efeito, incluindo a Apelação.
Já o efeito suspensivo ocorre quando o recurso suspende a decisão, fazendo com que a mesma não seja executada enquanto o recurso não é analisado. 
O apelado tem o direito de pedir o cumprimento provisório de uma das situações citadas acima após o deferimento da sentença, independente da interposição de apelação.
Da mesma forma, o apelante pode requerer que os itens do parágrafo 1º do mesmo artigo também sejam suspensos se comprovar ao relator que a produção dos efeitos dos mesmos apresente risco de dano grave ou de difícil reparação, conforme aponta o parágrafo 4º do artigo 1.012.
O preparo é uma causa objetiva de admissibilidade recursal e não guarda qualquer relação com a matéria da decisão recorrida ou com o mérito do recurso e sua necessidade e está previsto no artigo 1.007 do CPC e seu valor a soma da taxa judiciária mais o porte de remessa e de retorno dos autos. Esse valor varia de acordo com cada Estado do país, uma vez que cada tribunal possui regimento interno próprio em relação ao valor das custas e porte de remessa e preparo. 
Quem julga o recurso de apelação é o juízo da instância superior porque esta é direcionada à sentença proferida pelo juiz de primeira instância, mas é avaliado pelo tribunal da próxima instância, o juízo ad quem, conforme aponta o parágrafo 3º do artigo 1.010:
Com o Novo CPC, foi extinto o juízo de admissibilidade e, por consequência, a aplicabilidade da súmula impeditiva de recurso.
O tempo que um tribunal superior pode leva para julgar uma apelação depende de diversos fatores. Assim, o prazo pode variar de acordo com a complexidade do caso, a quantidade de recursos em tramitação e até mesmo a disponibilidade de magistrados.
FUNDAMENTOS LEGAIS DO RECURSO DE APELAÇÃO
	As regras gerais do recurso de apelação cível estão previstas entre os artigos 1.009 e 1.014 do CPC/15 como o modo de interpor contra as sentenças, mas há menções em diversos momentos como nos artigos 101, 331, 332, 702, 724, 942 e outros.
O artigo 1.009 prevê: ”Da sentença cabe apelação” e aborda o recurso de apelação cível é cabível somente contra a sentença. Nesse contexto, a sentença indica aquelas decisões judiciais proferidas com base no artigo 485 e 487 do Código de Processo Civil e que põem fim à fase de conhecimento ou extingue a execução/cumprimento de sentença (art. 203, § 1º, do CPC/2015). Dessa forma, dependendo da decisão judicial proferida, o recurso poderá ser outro. 
O artigo 1.010 determina quais itens devem constar no recurso de apelação, remetendo assim para observação da estrutura mínima de como o recurso de Apelação Cível e como deve ser apresentado para que seja possível a análise pela instância superior para observar o princípio da dialeticidade que impõe à parte recorrente o ônus de atacar de forma objetiva a sentença, especificando onde reside o erro de forma ou de fundo cometido pelo Magistrado sentenciante. Portanto, no recurso de apelação, não basta que a parte recorrente somente reproduza os argumentos aduzidos na petição inicial ou em sua contestação. 
Dessa forma, deve especificamente fundamentar os motivos pelos quais houve algum erro na sentença recorrida, sob pena de não conhecimento deste recurso por ausência de preenchimento de pressuposto processual de validade.
O artigo 1011 do Código de Processo Civil (CPC) trata da decisão monocrática ou colegiada de um recurso de apelação, assim quando o recurso de apelação é recebido e distribuído no tribunal, o relator decide monocraticamente apenas nas hipóteses do artigo 932, incisos III a V, mas se não for o caso de decisão monocrática, o relator elabora o seu voto para que o recurso seja julgado pelo órgão colegiado. 
O CPC também estabelece que a apelação devolva ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
O artigo 1.012 do CPC estabelece as diretrizes que regem o efeito suspensivo na apelação. Essa disposição legal impede que a execução da decisão de primeira instância ocorra imediatamente quando uma parte interpõe um recurso de apelação.
Ademais, o efeito suspensivo concede a oportunidade de reexaminar a decisão antes que seus efeitos se concretizem. Essa característica é de fundamental importância para a justiça, permitindo que os tribunais superiores analisem minuciosamente os argumentos das partes e tomem uma decisão embasada e equitativa.
O artigo 1.013 destaca o princípio da devolutividade e da proibição de inovação recursal em sede de apelação. A apelação devolve ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada, incluindo questões suscitadas e discutidas no processo. Contudo, é vedadoo conhecimento de matéria não suscitada em primeira instância, salvo questões de ordem pública. 
O artigo 1.014 do Código de Processo Civil (CPC) trata da apelação e estabelece que, em regra, não é possível suscitar questões de fato na fase recursal. No entanto, é possível apresentar questões de fato não propostas no primeiro grau se a parte provar que não foi possível fazê-lo por motivo de força maior. 
O objetivo do artigo 1.014 é impedir a inovação recursal, que consiste em apresentar novas teses na apelação que não foram discutidas no primeiro grau. Essa prática é vedada porque compromete os princípios do contraditório e do duplo grau de jurisdição. 
O recurso de apelação é um dos nove tipos de recursos apresentados no CPC e é cabível contra sentenças proferidas pelo juízo de um processo. O objetivo é impugnar a decisão que põe fim à fase de conhecimento do processo.
CARACTERÍSTICAS DO RECURSO DE APELAÇÃO
Para que o Recurso de Apelação Cível possa ser recebido pelo Tribunal de Justiça, existem alguns pressupostos ou condições de validade para sua admissão. Estes são classificados como intrínsecos e extrínsecos.
São pressupostos intrínsecos para que o recurso de apelação cível possa ser recebido pelo Tribunal de Justiça: cabimento do recurso, legitimidade para recorrer, interesse para recorrer e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
Em relação ao cabimento, a parte deve estar atenta se o recurso manejado pode ser interposto para a decisão judicial que está se insurgindo, pois o recurso de apelação só é cabível contra sentenças.
A legitimidade diz respeito à parte que interpõe o recurso. Neste sentido, o artigo 996 do CPC é claro ao dispor que “recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e/ou pelo Ministério Público”. Portanto, se o Recorrente não demonstrar sua legitimidade, o recurso não será admitido.
O interesse em recorrer exige da parte a demonstração do proveito que o recurso lhe trará, ou seja, ninguém pode apresentar um recurso para receber menos do que já ganhou.
Na inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer, a parte não pode tomar atos contrários que impeçam ou extingam o direito de recorrer. 
São pressupostos extrínsecos para que o recurso de apelação cível possa ser recebido pelo Tribunal de Justiça: tempestividade, regularidade formal e recolhimento do preparo.
A tempestividade está indicada no § 5º do artigo 1.003 do Novo Código de Processo Civil que consta que o prazo para interpor e contrarrazão de recursos é de 15 (quinze) dias, exceto para Embargos de Declaração, que são 05 (cinco) dias.
A regularidade formal é requisito a ser apresentado na petição do recurso para possibilitar sua admissibilidade.
O recolhimento do preparo recursal, que está disposto no artigo 1.007 do Código de Processo Civil determina que quando houver o recorrente comprovará no ato de interposição do recurso, o respectivo preparo, sob pena de deserção, salvo se beneficiário da justiça gratuita (artigo 1.007, § 1º do NCPC) ou se estiver pleiteando o benefício no próprio recurso. 
Além disso, em relação ao recolhimento do preparo, vale ressaltar que ele traz uma novidade no Novo CPC, que é a possibilidade do recolhimento em dobro acaso recolhido em valor menor ou intempestivamente (art. 1.007, § 4º do NCPC). Esta possibilidade acontece a fim de que o recurso ainda possa ser aceito, primando pelo julgamento de mérito e evitando o prejuízo por simples questões processuais.
	Pode-se verificar que na apelação, especificamente, possui-se três requerimentos básicos para poder ser interposta em um processo: a existência de uma sentença judicial, o preenchimento dos requisitos apontados no artigo 1.010 do Novo CPC e a interposição no prazo estabelecido pelo Código de Processo Civil.
	A apelação é o recurso cabível para sentenças judiciais. E as sentenças não são todos os pronunciamentos realizados pelo juízo durante o processo. As sentenças, conforme já visto neste artigo e regradas pelo artigo 203 do Novo CPC, são os pronunciamentos decisórios realizados pelo juízo que extinguem o processo, dando uma decisão, ou que encerram a fase de conhecimento do mesmo.
	Assim, a apelação, quando direcionada a um processo da esfera civil, precisa seguir os padrões explanados no artigo 1.010 do Novo CPC para ser aceita pelo juízo deve apontar todos os pontos que discordam da sentença, independente de quantos itens seja decidido pelo juízo. Por isso, é muito importante que sejam expostas todas as indagações e impugnações a respeito da sentença, levando em consideração os apontamentos dos fatos e do direito.
O Novo CPC estabelece que a apelação deve ser interposta no prazo de 15 dias após a publicação da sentença por parte do julgador. A partir da interposição da apelação pela parte apelante, o apelado receberá uma intimação e terá o prazo de 15 dias para apresentar contrarrazões, podendo, nesse prazo, também apresentar apelação própria, que dará ao apelante a possibilidade de também apresentar contrarrazões. Se houver recurso adesivo de apelação pela outra parte, o prazo de apresentação de contrarrazões pela parte apelante também será de 15 dias.
Outra característica importante das Apelações é que, em geral, são dotadas de dois efeitos: devolutivo e suspensivo. Isso quer dizer que a parte devolve ao Judiciário todas as matérias que fazem parte do recurso para nova apreciação. Também implica que os efeitos da decisão apelada se encontram suspensos, sem produção de eficácia.
MODELO DO RECURSO DE APELAÇÃO
AO JUÍZO DA_________ __VARA_________ __DA COMARCA DE ____________. 
Processo n°: XXXXXX
Nome completo do recorrente, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob nº CPF, email, residente e domiciliado na (rua, avenida, travessa), número e complemento, bairro, na Cidade de Cidade, Estado, CEP, vem à presença de Vossa Excelência, por meio do seu Advogado, infra-assinado, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
em face da decisão que julgou (procedente/improcedente) a ação Nome da ação ajuizada por ou em face de Nome do recorrido.
Requer, desde já o seu recebimento no efeito suspensivo, com a imediata intimação do recorrido para, querendo, oferecer as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado para os fins aqui ajuizados.
Termos em que,
Pede o deferimento.
Local e data.
Advogado.
CONCEITO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
	Os embargos de declaração constituem uma forma pela qual se pode solicitar ao juiz que reveja uma decisão, tornando-a mais compreensível, ou corrigindo-a. Assim, sempre que for proferida decisão que contenha erro material, seja contraditória, obscura ou omissa, é cabível esse recurso. Esse instrumento processual para correção de vícios normalmente elucida ou complementa uma decisão embargada, pois em geral serve apenas para sanar os pontos que não ficaram claros ou que não foram abordados na decisão.
De acordo com o art. 1.022, do CPC, cabem embargos de declaração quando houver, em qualquer decisão judicial, obscuridade, contradição, omissão, ou, ainda, para corrigir erro material. Não têm, portanto, a finalidade de substituir o acórdão embargado nem tampouco sanar os fundamentos de uma decisão.
Esses embargos visam dar efetividade à garantia constitucional da motivação das decisões judiciais. Ou seja, esse recurso encontra seu fundamento no princípio constitucional de que todas as decisões judiciais devem ser devidamente embasadas e fundamentadas. 
Os embargos de declaração são cabíveis quando houver na decisão judicial: obscuridade, contradição ou omissão e erro material.
É obscura a decisão que não traz clareza, seja no dispositivo ou na fundamentação da decisão, a obscuridade não traz certeza das questões contidas na decisão. A obscuridade não permite a certeza jurídica a respeito das questões resolvidas. A escrita simples, com uso ponderado de termos técnicos e expressões de línguas estrangeiras, por exemplo, tende a ser eficaz para evitar essevício em grande parte dos casos.
A contradição ocorre quando há afirmações contrárias entre si, quando toda a fundamentação aponta para uma decisão, mas o decidido é contrário ao que foi exposto. No entanto, a contradição não se dá entre o que foi decidido e uma prova, alegação ou argumento, já que isso é matéria para recurso. A contradição prevista no CPC se trata da constatada na decisão que se embarga. Assim, ela pode ser encontrada: na fundamentação e no seu dispositivo, na ementa e no corpo do acórdão, o resultado do julgamento proclamado pelo presidente da sessão e o constante da tira ou minuta e o acórdão lavrado.
A decisão é omissa quando não apresenta em sua fundamentação ou dispositivo a apreciação de questão que deveria ter se manifestado. Isso também vale para as matérias que deveria conhecer de ofício. A omissão ocorre quando: não se manifesta sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos, ou em incidente de assunção de competência aplicada ao caso sob julgamento ou que incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º, que trata das exigências quanto à fundamentação da decisão.
O erro material é uma hipótese incluída pelo Novo CPC entre os vícios formais passíveis de saneamento através dos Embargos Declaratórios. Trata-se do erro facilmente perceptível na decisão, uma vez que não corresponde de forma evidente à vontade do órgão prolator da decisão.
Interpor o recurso de embargos de declaração gera inúmeros efeitos como o devolutivo, o suspensivo, o interruptivo e o efeito modificativo ou infringente.
No efeito devolutivo é devolvida a decisão para o próprio juiz que a proferiu, para fins de reavaliação. No Novo CPC todos os recursos possuem esse efeito, incluindo os Embargos de Declaração.
No efeito suspensivo o recurso suspende a decisão embargada, fazendo com que a mesma não seja executada enquanto o recurso não é analisado. Além do novo CPC estabelecer em seu Art. 995 que via de regra os recursos não têm efeito suspensivo e a regulamentação dos Embargos Declaratórios no artigo 1.026 dispõe que os embargos não possuem efeito suspensivo. Exceto na hipótese do § 1º, quando poderá ser concedido pelo juiz ou relator, desde que presentes os requisitos de dano grave ou de difícil reparação.
Os Embargos Declaratórios possuem efeito interruptivo, o que significa que sua interposição interrompe os prazos para entrar com outros recursos. Quando os Embargos são analisados, os prazos para outros recursos começam a correr do zero.
O efeito modificativo é exceção nos embargos de declaração sendo considerado atípico, pois ocorre quando gera a modificação ou anulação a decisão. É incomum porque dificilmente o vício a ser corrigido terá o potencial de modificar todo o conteúdo  da decisão. Caso ocorra, deverá ser observado o rito do § 4º do Art. 1.024 do CPC, que dispõe que, caso o recurso implique na mudança da decisão proferida, o embargado terá o prazo de 15 dias para definir a nova decisão.
O prazo para interposição dos embargos é de 05 dias conforme artigo 1.023 do Novo CPC, por meio de petição escrita. Mas, com exceção dos juizados especiais. Neles, os embargos podem ser interpostos oralmente em audiência em que foi proferida a sentença. Nessa peça processual, deve ser fundamentado e conter pedido para sanar obscuridade ou contradição, omissão ou erro material. Além disso, não há preparo para interposição dos embargos de declaração.
O prazo é uma exceção em relação aos demais recursos do Processo Civil, pois o Novo CPC em seu Artigo 1.003, §3º, dispõe que todos os recursos têm prazo de 15 dias, tanto para a interposição quanto para a resposta. Porém, o dispositivo reitera a exceção dos embargos declaratórios que seguirão o prazo de cinco dias. Em caso de litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, segue-se o disposto no §1º do artigo 1003, que dispõe a observância do artigo 229, ou seja, aplica-se o prazo em dobro. Já em relação ao início da contagem do prazo, observa-se a regra geral disposta no caput do artigo 1003 que o prazo para interposição de recurso começa a contar da data em que a parte recebe a intimação da decisão. 
Se interposta no primeiro grau, a petição é direcionada ao juízo da decisão impugnada. Se interposto contra decisão monocrática do tribunal, os embargos serão direcionados ao órgão que proferiu a decisão: relator, vice-presidente ou presidente. 
Assim, não importa a natureza da decisão. Seja interlocutória, sentença ou acórdão, se a decisão for obscura, omissa, contraditória ou contiver erro material, pode vir a ser sanada por meio dos embargos de declaração. Se houver algum vício no despacho, capaz de impedir que a parte cumpra a deliberação contida, ainda que sem caráter decisório, será possível a utilização dessa espécie recursal. 
Há também quem considere cabível a interposição de embargos de declaração contra despacho, mesmo que este não tenha conteúdo decisório. Para essa corrente, é inconcebível que um despacho "viciado" fique sem remédio, de modo a comprometer até a possibilidade prática de cumpri-lo.
Na jurisprudência é uníssono o entendimento pela impossibilidade de interposição desse recurso contra despachos de mero expediente, como, por exemplo, ato que determina o recolhimento de preparo.
A interposição dos embargos de declaração, que não têm efeito suspensivo na decisão, interrompe o prazo para interposição de recurso. Assim, terá o seu prazo devolvido após a decisão dos embargos. Se os embargos de declaração foram interpostos intempestivamente, não há o efeito interruptivo. Isso, pois o não conhecimento impede a interrupção do prazo. 
O artigo 1024, § 5º do Novo CPC indica que a decisão dos embargos de declaração não modifica a decisão anterior ou se os embargos forem rejeitados, não há necessidade de ratificar o recurso já interposto. O Superior Tribunal de Justiça entende que os embargos de declaração com irregularidades formal ou manifestamente incabíveis não interrompem o prazo para interposição de recurso.
Pode se observar que muitas vezes o embargo de declaração é utilizado para ganhar tempo sendo considerado assim um embargo proletário que visa retardar a marcha processual, pois este não traz fundamento relevante sendo utilizado apenas para interromper o prazo recursal, sendo passível de multa de até 2% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 1.026, § 2º do CPC/15. Se reiterado os embargos protelatórios, a multa será elevada para 10% sobre o valor atualizado da causa, ficando a interposição de qualquer recurso condicionada ao depósito prévio do valor da multa, exceto para a Fazenda Pública e o beneficiário da justiça gratuita, que recolherão ao final. 
A limitação da quantidade de interposição dos embargos encontra respaldo no §4º do artigo 2.025, do CPC. De acordo com o dispositivo, não serão admitidos novos embargos se os dois anteriores tiverem sido considerados protelatórios. Se os Embargos de Declaração não forem considerados protelatórios, não há limitação expressa aos próximos Embargos.
Após a interposição dos embargos de declaração, o juiz ou o órgão que prolatou a decisão tem o prazo (impróprio) de 5 dias para julgamento, o que na prática não é comum que ocorra nesse prazo em razão da demanda judiciária. Se o processo estiver no tribunal, os embargos serão apresentados para julgamento na sessão subsequente a interposição.  Se os embargos de declaração forem acolhidos, o embargado que já tiver interposto recurso contra decisão originária, terá o direito de complementar ou alterar as suas razões, nos limites da modificação da decisão o prazo de 15 dias a contar da intimação da decisão dos embargos de declaração. Se no caso do preparo o recorrente já tiver peticionado pugnando pela concessão da gratuidade judiciária, é razoável que, diante da omissão do julgador em analisar o pedido, os embargos sejam recebidos e acolhidos. Caso contrário, admite-se que essa decisão omissa signifique o deferimento tácito do pedido de gratuidade.
A competência para julgamentoem decisões colegiadas, como acórdãos de tribunais, os embargos de declaração são, em regra, julgados pelo mesmo órgão que proferiu a decisão embargada. Isso visa manter a coerência e permitir que o próprio colegiado esclareça ou complemente sua decisão.
Os embargos de declaração não têm, em regra, efeito suspensivo. Em outras palavras, não suspendem a eficácia da decisão embargada. 
Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes (art. 1.026, CPC/15). Há interrupção, e não suspensão, o que significa que o prazo para interposição de outros recursos recomeça, por inteiro, a partir da intimação do julgamento dos embargos. Se, no entanto, os embargos forem intempestivos - apresentados fora dos prazos recursais, não haverá interrupção do prazo para outros recursos
Os embargos de declaração são extremamente úteis para complementar as decisões judiciais e, dessa forma, conferir maior efetividade à prestação jurisdicional. Não devem, portanto, ser utilizados simplesmente para prolongar o prazo para a interposição dos outros recursos e procrastinar a solução da controvérsia.
FUNDAMENTOS LEGAIS DO EMBARGO DE DECLARAÇÃO
Os embargos de declaração estão previstos no artigo 994, IV da lei 13.105/15 com o cabimento descrito nos artigos 1.022 a 1.026. Não há no código a indicação das decisões que são impugnáveis pelos embargos, sendo esse recurso apresentado para qualquer decisão.
Sob pena de nulidade, todo pronunciamento judicial deve ser fundamentado nos termos do artigo 93, IX da Constituição Federal. Partindo desse princípio, o pronunciamento apresenta vícios quando é contraditório, obscuro, omisso ou apresenta erro material. 
Os embargos de declaração têm decisões no STJ em vários sentidos, sendo os destaques a seguir:
· Os embargos de declaração não podem ser utilizados para adequar a decisão ao entendimento da parte embargante, acolher pretensões que refletem mero inconformismo ou rediscutir matéria já decidida;
· A contradição que autoriza a oposição de embargos de declaração é a interna, caraterizada pela existência de proposições inconciliáveis entre si;
· Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior (Súmula n. 579/STJ);
· Não compete ao Superior Tribunal de Justiça - STJ, ainda que para fim de prequestionamento, examinar dispositivos constitucionais em embargos de declaração, sob pena de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal - STF;
· A oposição de embargos de declaração com notório propósito de prequestionamento não possui caráter protelatório, assim, deve ser afastada a aplicação da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil, nos termos da Súmula n. 98/STJ;
· Os embargos de declaração devem ser apreciados pelo órgão julgador da decisão embargada, independentemente da alteração de sua composição, o que não ofende o princípio do juiz natural nem excepciona o princípio da identidade física do juiz;
· Admite-se, excepcionalmente, a oposição de embargos de declaração para obter a juntada de notas taquigráficas aos autos quando indispensáveis à compreensão do acórdão ou ao exercício da ampla defesa;
· É possível a imposição cumulativa de multa por oposição de embargos de declaração protelatórios com multa por litigância de má-fé, pois possuem naturezas distintas;
· Em observância aos princípios da fungibilidade recursal e da instrumentalidade das formas, é admitida a conversão de embargos de declaração em agravo interno quando a pretensão declaratória possui manifesto caráter infringente;
· Não é cabível o recebimento de embargos declaratórios como pedido de reconsideração nem deste como aqueles.
CARACTERÍSTICAS DO EMBARGO DE DECLARAÇÃO
As principais características dos embargos de declaração são: caráter integrativo, celeridade, efeito interruptivo e cabimento amplo.
No caráter integrativo os embargos têm natureza integrativa, visando aperfeiçoar a decisão sem alterá-la substancialmente.
A celeridade é um recurso de tramitação rápida, com prazo de 5 dias para interposição e julgamento.
Seu efeito interruptivo está no quesito que ao ser solicitado o embargo é interrompido o prazo para interposição de outros recursos por qualquer das partes.
O seu cabimento amplo pode ser observado porque os embargos podem ser opostos contra qualquer tipo de decisão judicial, em qualquer instância.
Podemos identificar como seus requisitos que seja efetuado de forma tempestiva, escrita, fundamentada e com indicação específica.
Os embargos devem ser interposto dentro do prazo legal de 05 dias, sob pena de não serem conhecidos pelo juízo por isso esse prazo deve ser tempestivo e devem ser apresentado por escrito, em petição direcionada ao juízo que proferiu a decisão embargada.
A tempestividade faz parte dos requisitos de admissibilidade dos recursos, que por sua vez dividem-se em subjetivos e objetivos. Os subjetivos são a legitimidade e o interesse. Os requisitos objetivos são o cabimento, a tempestividade, o preparo, a regularidade formal e a inexistência de fato extintiva ou impeditiva do direito de recorrer. Desta forma, os Embargos de Declaração são intempestivos quando interpostos fora do prazo legal. Uma vez considerados intempestivos, não têm o condão de interromper o prazo para a interposição do recurso cabível, conforme veremos mais detalhadamente no próximo tópico. No artigo 1.026 do CPC não foi expresso quanto à necessidade de tempestividade dos Embargos Declaratórios para que haja a interrupção do prazo para interposição de outros recursos. Entretanto, prevalece o entendimento de que, quando intempestivo, o Embargo de Declaração não interrompe o prazo para os demais recursos cabíveis.
A fundamentação do pedido do embargo deve indicar porque a decisão merece ser esclarecida, complementada ou corrigida com indicação específica do ponto obscuro, contraditório, omisso ou que contenha erro material na decisão embargada. Não cabe pedido de reconsideração de uma sentença ou acórdão.	
De acordo com a doutrina e jurisprudência, há obscuridade quando a redação da decisão não é suficientemente clara, dificultando sua compreensão ou interpretação. Ocorre contradição quando o julgado apresenta proposições inconciliáveis, tornando incerto o provimento jurisdicional. Há omissão nos casos em que determinada questão ou ponto controvertido deveria ser apreciado pelo órgão julgador, mas não o foi.
A omissão constitui negativa de entrega da prestação jurisdicional e, segundo o CPC, será considerada omissa a decisão que deixar de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento ou que incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. Ambas as disposições permitem que as partes possam reclamar pela via dos embargos de declaração a adequação das decisões aos precedentes judiciais, assim como eventual desobediência aos critérios de fundamentação.
O § 1º do artigo 489 relaciona as hipóteses em que a decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão não se considera fundamentada. O STJ, em reiteradas decisões, parece utilizar uma fórmula genérica, não admitindo o recurso quando "devidamente analisadas e discutidas as questões de mérito", sendo assim necessário um equacionamento entre os princípios da fundamentação e da celeridade - ou que os sujeitos do processo passem a utilizar esse recurso de forma consciente e não para protelar infinitamente a resolução da demanda.
O novo CPC trouxe mudanças significativas no que tange aos Embargos de Declaração. Relacionamos aqui as principais modificações:
· Inclusão do erro material, de forma expressa, entre as possibilidades de interposição do recurso (Inciso III do artigo 1.022);
· Abrangência do cabimento do recurso em toda decisão judicial;
· Relação das hipóteses que configuram a omissão da decisão (Parágrafo Único do artigo 1.022);
· Declaração da desnecessidade deratificação de recurso interposto antes da publicação da decisão dos embargos (§5º do artigo 1.024);
· Definição do prazo de cinco dias para interpor Embargo de Declaração (artigo 1.023);
· Estipulação do dever do juízo julgar os Embargos de Declaração em até cinco dias;
· Exclusão da necessidade de julgar os Embargos Declaratórios em ordem cronológica, garantindo desta maneira que a oposição do recurso não atrapalhe o processo;
· Outro conceito importante, quando falamos de Embargos Declaratórios, é o da tempestividade. De acordo com o §4º do artigo 218 do Novo CPC, diz-se tempestivo o recurso quando oferecido dentro do prazo estabelecido em lei.
MODELO DE EMBARGO DE DECLARAÇÃO
AO JUIZO DA [VARA] CIVEL DA COMARCA DE [CIDADE]
Processo nº [número do processo] 
[NOME DA PARTE], já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.022 do Código de Processo Civil, opor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
em face da r. decisão de fls. [número], pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I - DA TEMPESTIVIDADE A decisão embargada foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico em [data]. Considerando o prazo de 5 (cinco) dias previsto no art. 1.023 do CPC, os presentes embargos são tempestivos.
II - DA OMISSÃO/CONTRADIÇÃO/OBSCURIDADE/ERRO MATERIAL [Descrever detalhadamente o vício identificado na decisão, citando trechos específicos e explicando por que constitui omissão, contradição, obscuridade ou erro material]
III - DO PEDIDO Ante o exposto, requer-se que Vossa Excelência conheça e acolha os presentes Embargos de Declaração para sanar a [omissão/contradição/obscuridade/erro material] apontada, esclarecendo/complementando/retificando a r. decisão embargada.
Termos em que,
Pede o deferimento.
Local e data.
Assinatura do Advogado
Nome do Advogado
OAB/Estado/Número
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei 13.105 de 2.015: Código de Processo Civil, 2.015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 06 nov. 2024.
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