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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL GRADUAÇÃO EM QUÍMICA - BACHARELADO PROFESSOR MAURÍCIO MELO LEVI BARRETO DA LUZ REBECCA BAPTISTA ALVES DE OLIVEIRA PROPRIEDADES QUÍMICAS DOS ELEMENTOS DOS GRUPOS 14 E 15 Niterói - RJ Junho de 2023 1. Introdução 2.1 Grupo 14 O grupo 14 possui caráter covalente predominante e alta energia de ligação, criando uma tendência de compartilhar elétrons. Todos os elementos do grupo, exceto o chumbo, possui no mínimo uma fase sólida e nos experimentos é possível comprovar essas tendências. Evidenciar o caráter anfótero de óxidos e estabilidade de íons, tendo atenção às propriedades ácido-base dos componentes do grupo. Com foco nos elementos do grupo, o silício é o segundo elemento mais comum na crosta terrestre (depois do oxigênio) e é a espinha dorsal do mundo mineral. Não é classificado como um metal ou não-metal, mas um metalóide. O silício é inerte, reagindo principalmente com halogênios. As plantas dependem de silicatos (como [SiO4]4-) para manter os nutrientes no solo, onde suas raízes podem absorvê-los[1]. A sílica tem sido usada há milênios na criação de cerâmica e vidro. Na história mais recente, o nome "Vale do Silício" atesta a importância do elemento na indústria da computação — se o carbono é a espinha dorsal da inteligência humana, o silício é a espinha dorsal da inteligência artificial.[2] Já o carbono possui uma quantidade quase inumerável de diferentes compostos, mas vários compostos inorgânicos são particularmente importantes. O monóxido de carbono (CO) é usado para sintetizar outros compostos de carbono, reduzindo compostos metálicos a produtos utilizáveis e em combinação com outros gases como combustível. Os carbonetos, compostos de carbono e metais, são usados em muitos processos industriais, muitas vezes para estabilizar outras estruturas metálicas; o carboneto de cálcio é usado para fabricar compostos químicos industriais. Finalmente, tem-se o chumbo que possui estabilidade em um estado de oxidação de 2 ou 4. Seus óxidos têm muitos usos industriais como agentes oxidantes, como cátodos em células de armazenamento de chumbo-ácido.[3] 2.2. Grupo 15 O grupo do nitrogênio possui grande variação de estados de oxidação e elementos com formas alotrópicas, como o fósforo. Outra característica do grupo é siua tendência regular em relação a energia de ionização, diminuindo com o aumento do grupo. Com centro na afinidade eletrônica, o grupo 15 contém sub-nível estável por estar com o orbital preenchido pela metade identidade de um grupo que foi evidenciado nos experimentos. Junto com carbono, hidrogênio, oxigênio e enxofre, os dois primeiros membros desse grupo, nitrogênio e fósforo, são os principais elementos químicos incorporados aos sistemas vivos. O nitrogênio e o fósforo são prontamente removidos do solo pelo crescimento das plantas e, portanto, são componentes imensamente importantes dos alimentos vegetais. Os fertilizantes comerciais representam a respectiva composição percentual em peso do material em termos de nitrogênio, óxido fosfórico e óxido de potássio. O nitrogênio nos fertilizantes pode estar na forma de nitratos de sódio ou potássio, amônia, sais de amônio ou várias combinações orgânicas. Esses mesmos elementos, nitrogênio e fósforo, também podem ser usados de maneiras menos úteis para o homem. Os explosivos na guerra convencional são fortemente dependentes de seu conteúdo de compostos de nitrogênio, e os gases nervosos mortais são compostos de compostos orgânicos de fósforo.[4] 2. Procedimento Experimental 2.1 Grupo 14 2.1.1 Adsorção da superfície do carvão ativo Em um béquer colocou-se 1g de carvão ativo, adicionou-se 20mL de água destilada e 20 gotas da solução de azul de metileno. Deixou a reação sob aquecimento e agitação durante 20 minutos. Enquanto a reação se processou, montou-se a aparelhagem para a filtração. Esperou-se a reação resfriar e filtrou-se a reação. Observou o aspecto do filtrado. 2.1.2 Preparação de Silício, Siliceto e Silano Pesou-se dentro de um cadinho de porcelana 0,520 g de SiO₂ e 0,740 g de magnésio metálico. Em seguida, homogeneizou-se ,com auxílio de um graal, até os compostos estarem bem misturados. Com o recipiente tampado, levou-se ao aquecimento com auxílio de um bico de Bunsen. Após observar o composto flambar, retirou-se da fonte de aquecimento e esperou-se o resfriamento do recipiente. Feito isso, adicionou-se 2,5 ml de água destilada e 1 ml de HCl 3 mol/L e observou-se o aspecto da reação. Com a ajuda de uma espátula, retirou-se uma amostra do sólido presente no fundo do cadinho colocando-a em outro recipiente. Adicionou-se algumas gotas de NaOH 6 mol/L na amostra e analisou-se a reação. 2.1.3. Comparação da hidrólise do bicarbonato, carbonato e silicato de sódio Primeiramente colocou-se a água destilada para ferver. Separou-se dois tubos de ensaio e colocou-se 20mg de hidrogênio carbonato de sódio e 20mg de carbonato de sódio respectivamente. Adicionou-se a água recém fervida e mediu-se o pH. Anotou-se os pHs de cada tubo. 2.1.4. Hidrólise dos íons Sn⁺² e Pb²⁺ Foram separados dois tubos de ensaio, rotulados como 1 e 2. Acrescentou-se 2 ml de água destilada em cada um e mediu-se o pH. Adicionou-se uma pequena quantidade de SnCl₂ e Pb(NO₃)₂, nos tubos 1 e 2, respectivamente, e agitou-se até os sais se solubilizam por completo. Mediu-se o pH das soluções novamente e adicionou-se 20 gotas de NaOH 6 mol/L em cada tubo. Observou-se o aspecto das soluções e anotou-se os resultados. Realizou-se todo o processo novamente substituindo NaOH por NH₄OH. 2.1.5. Comparação das propriedades ácido-base dos óxidos SnO₂ e PbO Separou-se quatro tubos de ensaio e colocou-se duas pontas de espátula de SnO2 nos dois primeiros tubos, nos demais colocou-se duas pontas de espátula de PbO. No tubo 1 e 3 adicionou-se 2ml de NaOH 6 mol L-1 e nos demais tubos adicionou-se 2ml de HCL 6 mol L-1. Se a agitação não for suficiente, aqueça. Anotou-se a cor e aspecto das soluções em cada tubo. 2.2. Grupo 15 2.2.1. Preparação dos Óxidos de Nitrogênio Separou-se um tubo de ensaio para análise do N2O. Colocou-se 200mg de NH4NO3 ou 1ml da solução saturada do mesmo e deixou sob aquecimento. Para observação do NO, adicionou-se 250mg de cobre metálico a um tubo de ensaio com saída lateral com uma mangueira conectada. Adicionou-se 3ml de HNO3 2mol L-1 e preparou-se dois tubos de ensaio um com 2ml de água destilada e outro com 2ml de água destilada junto a 10 gotas de KI 0,1 mol L-1, tampou-se o tubo de saída lateral com uma rolha e deixou-se sob aquecimento. Com o foco no NO2, colocou-se 500mg de cobre metálico num tubo com uma mangueira conectada e preparou-se dois tubos de ensaio um com 2ml de água destilada e outro com 2ml de água destilada junto a 10 gotas de KI 0,1 mol L-1 .Em seguida adicionou-se 2ml de HNO3 concentrado e tampou o tubo de saída lateral. Todo procedimento foi realizado sob exaustão dentro de uma capela. 2.2.2. Reatividade dos nitrito e nitrato e seus respectivos ácidos Em dois béqueres de 50ml adicionou-se 10ml de água destilada e colocou-se 40mg de NaNO3 e 40ml de NaNO2 respectivamente. Em seguida, adicionou-se 1ml de H2SO4 e 1ml de KI em ambos os béqueres. 2.2.3. Combustão do fósforo vermelho Pegou-se uma ponta de espátula de fósforo vermelho com uma espátula de porcelana. Dentro da capela ligada, colocou-se a substância em contato com a chama do um bico de Bunsen para realizar sua queima. Durante o processo, coletou-se uma porção do gás formado em um balão de fundo redondo fixo em um suporte e tampou-se em seguida. Feito isso, adicionou-se 40 ml de água destilada no balão e agitou-se até o gás ser dissolvido. Mediu-se o pH da solução e coletou-se uma amostra de 1 ml em tubo de ensaio. Acrescentou-se algumas gotas de Ca(OH)₂ 0,1 mol/L e observou-se o aspecto da solução. 2.2.4. Propriedades oxidantes da água régia Dentro da capela, adicionou-se 2 ml de HNO₃ e 6 ml de HCl, ambos concentrados, em umbéquer de 50 ml. Em seguida, adicionou-se um pequeno pedaço de estanho na solução e observou-se o aspecto do metal. 2.2.5. Equilíbrio químico amônio/amônia Adicionou-se uma ponta de espátula de NH₄Cl em um tubo de ensaio. Dentro da capela ligada, aqueceu-se o tubo com o bico de Bunsen até observar a sublimação do sal na saída do recipiente. Aguardou-se o tubo esfriar, adicionou-se 2 ml de água destilada e mediu-se o pH da solução. Adicionou-se 1 ml de NaOH 3 mol/L e levou-se ao aquecimento novamente com um papel de filtro contendo algumas gotas de solução de Nessler na saída do tubo. Observou-se o aspecto do papel e anotou-se os resultados. 3. Resultados 3.1 Grupo 14 3.1.1 Adsorção da superfície do carvão ativo O carvão ativado tem sua estrutura composta basicamente por carbono, que é um alótropo e polimorfo. Carbono tem tendência a formar cadeias por sua alta energia de ligação entre eles (canetação), e o grafite é composto por carbonos sp2 realizando lig. van der waals com ligação pi ressonante, que possibilita a absorção do azul de metileno. O filtrado é transparente, muito diferente da solução que tinha uma coloração preta predominante com o carvão sólido. 3.1.2 Preparação de Silício, Siliceto e Silano Aquecendo a mistura de magnésio metálico e sílica, ocorre-se a decomposição térmica da sílica, formando silício e gás oxigênio. O silício reage com magnésio formando o siliceto de magnésio, composto com coloração característica escura. Ao adicionar HCl no siliceto, é produzido o gas silano e cloreto de magnésio. Na mistura de óxido de silício com magnésio ocorre a quebra de ligação da molécula resultando em uma reação exotérmica. Com a quebra de ligação o magnésio se liga ao silício ,formando o siliceto, e também forma seu óxido, óxido de magnésio. Na reação do siliceto com o ácido clorídrico há a formação do silano, que é instável, onde houve produção de gás com possibilidade de combustão devido a instabilidade do composto. Os silanos, com seu maior número de elétrons e forças intermoleculares mais fortes, são menos voláteis que seus análogos de hidrocarbonetos. 6Mg (s) + 2SiO2 (s) → Si(s) + Mg2Si (s) + 4MgO (s)[5] Mg₂Si (s) + 4HCl (aq) → SiH₄ (g) + 2MgCl₂ Si (s) + 2HCl (aq) → HSiCl₃ + H₂ (g) Si (s) + 4NaOH (aq) → Na4SiO4 (s) + 2H2 (g) 3.1.3. Comparação da hidrólise do bicarbonato, carbonato e silicato de sódio Nesse experimento pode-se observar a hidrólise básica do bicarbonato, carbonato e silicato de sódio. O pH pode ser explicado pela eletronegatividade dos elementos envolvidos, o ânion SiO3 2- é mais eletronegativo, está mais disponível para realizar ligações e possui interação mais forte entre Si-O. O segundo maior pH é do carbonato, envolvendo carbono que é menos eletronegativo que o Si é mais eletronegativo do que o Na, e finalmente o bicarbonato. NaHCO3 (s) + H2O (l) → HCO3- (aq) + NaOH (aq) pH = 9 Na2CO3 (s) + H2O (l) → CO3 2- (aq) + NaOH (aq) pH = 11 SiO3 2- (s) + H2O (l) → SiO3 2- (aq) + NaOH (aq) pH = 13 Hidrólise CO3 2- + H2O ⇆ HCO3 + OH- HCO3- + H2O ⇆ H2CO3 + OH- 一一一一一一一一一一一一一一 CO3 2- + 2H2O ⇆ H2CO3 + 2OH- 3.1.4. Hidrólise dos íons Sn⁺² e Pb²⁺ O pH inicial da água foi de 7, e após solubilizar os sais, o pH marcado foi de 6,5 para ambos. Ao adicionar NaOH, notou-se que a solução no tubo 1 apresentou pouca precipitação com pH de valor 5, enquanto o tubo 2 mostrou uma maior precipitação com valor de pH 6,5. A energia de ionização do chumbo é maior que a do estanho fazendo com que suas ligações se apresentem mais fortes. Por conta disso, mostrou uma menor solubilização na solução. A reação com NH₄OH produziu uma solução precipitada tanto para o chumbo quanto estanho. Isso nos indica um caráter ácido dos íons Sn²⁺ e Pb²⁺, uma vez que se mostraram mais reativos em meio mais acidificado. SnCl₂ (s) + H₂O (l) → Sn²⁺ (aq) + 2Cl⁻ (aq) Sn²⁺ (aq) + 2Cl⁻ (aq) + 2NaOH(aq) → Sn(OH)₂ (s) + 2NaCl (aq) Sn²⁺ (aq) + 2Cl⁻ (aq) + 2NH₄OH (aq) → Sn(OH)₂ (s) +2NH₄Cl (aq) Tubo 2: Pb(NO₃)₂ (s) + H₂O (l) → Pb²⁺ (aq) + 2NO₃⁻ (aq) Pb²⁺ (aq) + 2NO₃⁻ (aq) + 2NaOH (aq) → Pb(OH)₂ (s) + 2NaNO₃ (aq) Pb²⁺ (aq) + 2NO₃⁻ (aq) + 2NH₄OH(aq) → Pb(OH)₂ (s) + 2NH₄NO₃ (aq) 3.1.5. Comparação das propriedades ácido-base dos óxidos SnO₂ e PbO Esse experimento visa verificar o caráter anfótero dos hidróxidos. Observando o experimento, o dióxido de estanho reagiu com excesso de base mas com ácido não aconteceu. A menor interação do estanho é explicada pela sua maior eletronegatividade que gera menor interação. O estanho no dióxido de estanho tem um nox de 4+ sendo mais eletronegativo que chumbo com nox de 2+. SnO2 -2 (s) + 2 OH- (aq) = SnO3 -2+ H2O (l) Pouco reagiu PbO (s) + OH- (aq)→ [Pb(OH)4] (aq) Anfótero SnO2 (s) + H+ (aq) → X PbO (s) + H+ (aq) → Pb + H2O (l) Anfótero 3.2. Grupo 15 3.2.1. Preparação dos Óxidos de Nitrogênio Nitrato de amônio se decompõe e houve produção de fumaça branca composta por óxido nitroso. Com o cobre, primeiro houve produção de gás castanho e posteriormente adquiriu uma coloração azul com pH 2,5, em contato com ácido nítrico produz nitrato de cobre que possui aspecto físico de cristal azul. O dióxido de nitrogênio teve as mesmas cores da reação do óxido nítrico, porém com maior velocidade. Hidrólise do óxido nitroso e nitrato e o iodeto de potássio tem a oportunidade de adquirir outros estados de oxidação. O gás castanho é a aparência do dióxido de nitrogênio. NaNo3 (s) + Δ → 2NaNo2 (s) + O2 (g) Cu (s) + 4 HNO3 (aq) → Cu(NO3)2 (aq) + 2 H2O (l) + 2 NO2 (l) 3.2.2. Reatividade dos nitrito e nitrato e seus respectivos ácidos A diferença entre o nitrato e nitrito de sódio são os potenciais de redução. O nitrato em contato com a água adquiriu uma coloração amarelada enquanto o nitrito de sodio com a água obteve uma coloração marrom. O potencial de redução do nitrato é maior que o do nitrito, quanto mais positivo o potencial de redução maior a afinidade da espécie por elétrons e tendência a ser reduzida. NaNO2 (s) + H2O (l) → NaOH (aq) + HNO2 (aq) NaNO3 (s) + H2O (l) → HNO3 (aq) + NaOH (aq) 3.2.3. Combustão do fósforo vermelho O fósforo branco possui uma estrutura tetraédrica e fórmula molecular P₄, podendo estar presente tanto na forma líquida como gasosa. É altamente reativo em contato com o ar e quando aquecido sem a presença de oxigênio, suas moléculas se rearranjam formando ligações em cadeia, produzindo, assim, o fósforo vermelho.[6] Esse composto se apresenta bem mais estável que o fósforo branco e por isso é mais seguro de se manusear. Ao ser submetido a ação de atrito ou aquecimento, ocorre a quebra dessas ligações e como consequência tem-se a formação de fósforo branco novamente, que entra em combustão ao entrar em contato com o oxigênio, evidenciando suas formas alotrópicas. Ao queimar o fósforo vermelho, P₄ reagiu com O₂ produzindo P₄O₁₀, um gás denso que foi coletado no balão. P₄ (s) + 5O₂ (g) → P₄O₁₀ (g)[5] Ao adicionar água destilada no gás coletado, produziu-se fosfina e ácido fosfórico, resultando numa solução ácida, comprovada pelo pH de valor 3 mensurado. 2P₄ (g) + 12H₂O (l) → 5PH₃(g) + 3H₃PO₄ (aq)[5] Após adicionar Ca(OH)₂ na amostra coletada, ocorreu-se a neutralização da solução, formando Ca₃(PO₄)₂ e H₂O. Por se tratar de um sal pouco solúvel, dado seu Kps 2,07×10⁻³³ [7] , o fosfato de cálcio se precipitou na solução formando o sólido branco observado. H₃PO₄ (aq) + Ca(OH)₂ (aq) → Ca₃(PO₄)₂ (s) + 6H₂O (l)[5] 3.2.4. Propriedades oxidantes da água régia A atuação da água régia em processos de oxirredução se torna tão eficaz devido ao grande poder oxidante do ácido nítrico e o papel de contra íon dos ânions de Cl⁻. A tendência do nitrogênio em alcançar um número de oxidação + 3 a fim de alcançar uma maior estabilidade, promove a transição do íon NO₃⁻ o qual o nitrogênio possui NOX +5, para NO onde o nitrogênio possui o NOX igual a +2. Através da redução desse do íon ocorre a oxidação do Sn⁰ a Sn⁺⁴ que interage com o Cl⁻ por efeito de sua eletronegatividade, formandoSnCl₄. HNO₃ (aq) + HCl (aq) → NOCl (g) + Cl₂ (g) + H₂O (l)[5] Sn (s) + NO₃⁻ (aq) + 4Cl⁻ (aq) + H⁺ (aq) → SnCl₄ + NO (g) + H₂O (l)[5] 3.2.5. Equilíbrio químico amônio/amônia Aquecendo cloreto de amônio em altas temperaturas, obtém-se a decomposição do sal em dois compostos gasosos e incolores: NH₃ e HCl. A reação de decomposição do cloreto de amônio é um processo reversível, ou seja, o fornecimento de calor favorece a formação de NH₃ e HCl (endotérmico), e o resfriamento direciona a reação para a formação de NH₄Cl novamente (exotérmico). Devido a isso ocorreu-se um acúmulo de sal observado na borda superior do tubo de ensaio. A velocidade de difusão dos gases está diretamente ligada à sua massa. Quanto mais leve é a molécula, mais rápido ela irá se expandir. Devido a NH₃ (MM 17,03 g/mol) se apresentar mais leve que HCl (MM 36,46 g/mol), sua molécula se expande mais rápido e escapa do tubo. Como consequência, a concentração de HCl se torna maior e ao solubilizar o conteúdo do tubo em água, uma solução mais ácida é obtida. Em razão disto o pH medido apresentou valor 5. Adicionado NaOH na solução de NH₄Cl , ocorreu a formação de NH₃, NaCl e H₂O. Através do teste de reagente de Nessler comprovou-se a presença de amônia gasosa. NH₄Cl ⇌ NH₃ (g) + HCl (g)[5] NH₄Cl (s) + H₂O (l) → NH₄⁺ (aq) + Cl⁻ (aq)[5] NH₄⁺ (aq) + Cl⁻ (aq) + NaOH (aq) → NH₃ (g) + NaCl (aq) + H₂O (l)[5] 4. Conclusão O presente relatório nos possibilitou um melhor entendimento das propriedades e mecanismos dos elementos do grupo 14 e 15. A tendência do carbono em formar cadeias entre si devido a sua grande energia de ligação faz com que ele se mostra bastante eficaz na absorção de compostos. Através do aquecimento, acidificação e a alcalinização dos compostos de silício, obteve-se produtos com diferentes propriedades. Os íons de chumbo e estanho apontaram um caráter mais ácido em solução aquosa, enquanto seus hidróxidos se comportaram com propriedades anfóteras. Os experimentos com o nitrogênio mostraram que esse elemento pode apresentar diversos estados de oxidação quando presente em compostos com eletronegatividade diferentes. Sua ação oxidativa se mostrou bastante eficaz nas reações de oxirredução. Já o elemento fósforo apresentou uma grande reatividade com o oxigênio, e o produto de sua queima em solução aquosa apresentou um caráter ácido. 5. Referências 1. Petrucci et al. General Chemistry: Principles & Modern Applications, 9th Edition. New Jersey: Pearson Education, Inc., 2007. 2. Sadava et al. Life: The Science of Biology, 8th Edition. Sunderland, MA: Sinauer Associates, Inc., 2008. 3. Group 14: General Properties and Reactions. Chemistry LibreTexts. Disponível em: . 4. Nitrogen group element | Properties, Uses, & List | Britannica. In: Encyclopædia Britannica. [s.l.: s.n.], 2023. Disponível em: . 5. Departamento de Química Inorgânica, UFF, Apostila de guia de práticas para disciplina de Química Inorgânica Experimental, 5º ed., 2023. 6. Gary L. Miessler, Paul J. Fischer, Donald A. Tarr, Química inorgânica 5ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 7. USP, Tabela de constantes de produto de solubilidade Disponível em Ultimo acesso em 01 de junho de 2023. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2029915/mod_resource/content/1/tabela_solubilidade_portugu%C3%AAs.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2029915/mod_resource/content/1/tabela_solubilidade_portugu%C3%AAs.pdf