Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA AQUI VOCÊ PODE 
CURSO: BACHAREL EM ENFERMAGEM 
SANDRA MARIA LEOCÁDIO DE MENEZES 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÇÂNCIA DO ENFERMEIRO NA AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
BOA VISTA – RR 
2024 
 
 
 
SANDRA MARIA LEOCÁDIO DE MENEZES 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTANCIA DO ENFERMEIRO NA AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
Trabalho de conclusão de curso para 
obtenção do título de Bacharel em 
Enfermagem apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
Orientadora: Dulcineide Aniceto dos Santos 
 
 
 
 
 
BOA VISTA – RR 
2024 
 
 
 
A IMPORTANCIA DO ENFERMEIRO NA AUDITORIA EM ENFERMAGEM. 
Sandra Maria Leocádio de Menezes. Boa Vista, 2024. 43 fls. 
 
 
 
Orientadora: Prof. Dulcineide Aniceto dos Santos 
Trabalho Monográfico (Graduação em Enfermagem) – UNIP – UNIVERSIDADE 
PAULISTA de Boa Vista/RR. 
 
1. Auditoria. Enfermagem. Saúde. Legislação. UNIP – UNIVERSIDADE 
PAULISTA de Boa Vista/RR. 
 
______________________________________________________________________ 
Sandra Maria Leocádio de Menezes 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
 
SANDRA MARIA LEOCÁDIO DE MENEZES 
 
 
Aprovado em:____/____/____ 
 
BANCA EXAMINADORA 
_______________________________________________ 
PROF. DULCINEIDE ANICETO DOS SANTOS - UNIP 
Graduada em enfermagem 
Esp. Urgência e Emergência 
Orientadora e Presidente da Banca 
 
 
________________________________________ 
PROF. JAYNAH BRAGA 
Licenciatura em Pedagogia 
Coordenadora Regional - UNIP 
Examinadora 
 
____________________________________________________ 
PROF. ZULEIDE POSSIDONIO TORRES REBOUÇAS - UNIP 
Graduada em Biologia 
Mestre em Educação para a Saúde 
Examinadora 
 
___________________________________________________ 
 MEYRE VÂNIA LIMA CARVALHO 
 Esp. Direito Administrativo com Ênfase em Sindicância 
 Esp. Em Segurança do Paciente 
 Enfermeira Convidada 
 Examinadora 
SANDRA MARIA LEOCÁDIO DE MENEZES 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
Com base no dispositivo da Lei Federal nº 9.160, de 19/02/1998, AUTORIZO a UNIP – 
Universidade Paulista de Boa Vista, sem ressarcimento dos direitos autorais, a 
disponibilizar na rede mundial de computadores e permitir a reprodução por meio 
eletrônico ou impresso do texto integral e/ou parcial da OBRA acima citada, para fins de 
leitura e divulgação da produção científica gerada pela instituição. 
Boa Vista/RR, _____/_____/_____ 
 
____________________________________________ 
SANDRA MARIA LEOCÁDIO DE MENEZES 
 
 
 
 
 
 
Declaro que o presente Trabalho de Conclusão de Curso, foi submetido a todas as Normas 
Regimentais da UNIP – Universidade Paulista de Boa Vista/RR e, nesta dará, 
AUTORIZO o depósito da versão final desta monografia bem como o lançamento da nota 
atribuída pela Banca Examinadora. 
 
Boa Vista, _____/_____/_____ 
 
___________________________________________ 
 SANDRA MARIA LEOCÁDIO DE MENEZES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A auditoria em enfermagem é cada vez mais relevante nas instituições de saúde, pois é 
realizado de modo a fiscalizar a atuação profissional junto ao paciente e/ou verificar as 
contas correspondente neste processo por meio de controle quantitativo e qualitativo. A 
auditoria como ferramenta de gestão ajuda a eliminar desperdícios, simplificar tarefas e 
transmitir informações seguras sobre o desenvolvimento das atividades executadas. A 
presente pesquisa teve como objetivo compreender a importância do enfermeiro na 
auditoria em enfermagem, assim como conhecer a relevância do enfermeiro auditor e os 
aspectos éticos e legais na atuação durante a auditoria. Foi realizado pesquisa 
bibliográfica de natureza qualitativa, com revisão da literatura. O Trabalho de Conclusão 
de Curso teve como divisão, três capítulos: Fundamentação Teórica sobre Auditoria; 
Auditoria em Saúde, e Auditoria em Enfermagem. Diante deste estudo, conclui-se que a 
auditoria em saúde está formalmente incorporada nos sistemas de saúde de vários países 
do mundo, inclusive no Brasil, onde foi definitivamente regulamentada pelo Decreto nº 
1.651/95. A auditoria em enfermagem está respaldada por uma vasta legislação, que 
abrange também as suas diversas áreas de atuação, subsidiando órgãos governamentais e 
não-governamentais, para torná-los capazes de apoiar, cada vez mais, as atividades 
desenvolvidas pela equipe de enfermagem, pois é da competência privativa do enfermeiro 
auditor no exercício de suas atividades: organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, 
prestar consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre os serviços de auditoria de 
enfermagem. 
 
Palavras-chave: Auditoria. Enfermagem. Saúde. Legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Nursing auditing is increasingly relevant in health institutions, as it is carried out to 
monitora professional performance with patients and/or verify the corresponding 
accounts in this process through quantitative and qualitative control. Auditing as a 
management tool helps to eliminate waste, simplify tasks and transmit reliable 
information about the development of the activities carried out. The present research 
aimed to understand the importance of nurses in nursing audits, as well as to understand 
the relevance of nurse auditors and the ethical and legal aspects of their performance 
during the audit. Qualitative bibliographical research was carried out, with a literature 
review. The Course Completion Work was divided into three chapters: Theoretical 
Foundation on Auditing; Health Audit, and Nursing Audit. In view of this study, it is 
concluded that health auditing and formally incorporated into the health systems of 
several countries around the world, including Brazil, where it was definitively regulated 
by Decree No. 1,651/95. Nursing auditing is supported by extensive legislation, which 
also covers its various areas of activity, subsidizing governmental and non-governmental 
bodies, to make them capable of increasingly supporting the activities carried out by the 
nursing team, as It is the exclusive responsibility of the nurse auditor in carrying out their 
activities: organizing, directing, planning, coordinating and evaluating, providing 
consultancy, auditing and issuing an opinion on nursing audit services. 
 
Keywords: Audit. Nursing. Health. Legislation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABEA - Associação Brasileira dos Enfermeiros Auditores 
AM - Assistência Médica 
ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar 
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica 
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem 
GIH - Guia de Internação Hospitalar 
IAPB - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários 
IAPC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários 
IAPI - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários 
IAPM - Aposentadoria e Pensões dos Marítimos 
INPS - Instituto Nacional de Previdência Social 
IPASE - Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado 
PNHOSP - Política Nacional de Atenção Hospitalar 
SNA - Sistema Nacional de Auditoria 
SUS - Sistema Único de Saúde 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11 
CAPITULO I ........................................................................................................................... 14 
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DE AUDITORIA ........................................................... 14 
CAPITULO II .........................................................................................................................17 
2 AUDITORIA NA SAÚDE ................................................................................................... 17 
2.1 Tipos de Auditoria ......................................................................................................... 19 
2.2 Auditoria no Sistema Único de Saúde (SUS) ................................................................ 22 
2.3 Hospital Instituição de prestadora de serviços de saúde ............................................... 23 
CAPÍTULO III ........................................................................................................................ 24 
3 AUDITORIA EM ENFERMAGEM .................................................................................... 24 
3.1 Enfermeiro auditor ........................................................................................................ 26 
3.2 Legislação ..................................................................................................................... 27 
3.3 Código de Ética ............................................................................................................. 31 
3.4 Perfil do Enfermeiro Auditor ......................................................................................... 32 
3.5 Atribuições do enfermeiro auditor ................................................................................. 32 
 METODOLOGIA.......................................................................................................................35 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 35 
REFERÈNCIAS ...................................................................................................................... 38 
 
11 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente estudo tem a finalidade de evidenciar a importância do enfermeiro na 
Auditoria em enfermagem, uma vez que este profissional é de grande relevância 
considerando que a equipe de enfermagem compreende o maior número de profissionais 
em um hospital. 
Auditoria vem do latim audire, que significa ouvir, o termo possui como definição 
a atividade de examinar de forma minuciosa e sistemática a adequação dos procedimentos 
empresariais aos padrões estabelecidos, a fim de verificar a realidade econômica e 
financeira. (Gonçalves, 2019) 
A auditoria é fundamental para o controle dos procedimentos, processos e verificar 
a sua adequação ou não ao padrão estabelecido nas normas técnicas do Ministério da 
Saúde e legislação vigente. Ela adquire maior relevância quando voltada ao setor público, 
visto que envolve os interesses de toda a sociedade. A auditoria é responsável pela análise 
e avaliação da eficiência e eficácia na aplicação dos recursos públicos, no que tange aos 
serviços que são prestados à população. 
Crepaldi (2019) apontam que a auditoria versa no levantamento, no estudo e na 
avaliação metódica das transações, dos procedimentos, das operações, das rotinas e das 
demonstrações financeiras de uma entidade. Com um enfoque mais técnico, Silva (2012) 
afirma que a auditoria é um processo de trabalho pautado por averiguações, realizado por 
meio da comparação de uma condição com determinado critério. A condição corresponde 
à ocorrência encontrada pelo auditor durante a execução da auditoria, não sendo a 
constatação em si, mas a verificação do que está ocorrendo na unidade. Já o critério 
consiste na base de sustentação dos trabalhos executados pelo auditado, como os manuais, 
as leis, os decretos, as portarias, as resoluções, as determinações por escrito, bem como 
outros documentos que estabelecem regras e procedimentos de observância obrigatória. 
Segundo Peter e Machado (2019), a auditoria governamental representa uma 
atividade de avaliação voltada para o exame, visando a comprovar a legalidade, a 
legitimidade e a adequação dos sistemas de controles internos e dos resultados obtidos, 
12 
 
considerando os aspectos da economicidade, da eficiência e da eficácia da aplicação dos 
recursos públicos. A auditoria no setor público abrange um conjunto de técnicas para 
avaliar a gestão pública nos processos e resultados gerenciais e na aplicação dos recursos 
públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação de uma 
situação encontrada com determinado critério técnico, operacional ou legal. 
Dessa forma, todos os responsáveis pela guarda e pelo gerenciamento de bens e 
valores públicos, que atuam diretamente na esfera pública ou não, estão passíveis de 
auditoria e terão seus atos de gestão avaliados segundo critérios técnicos. 
Nesse contexto, a auditoria no setor público adquire relevância ao agregar valor à 
gestão, por meio de uma atuação profissional independente, que contribui para a melhoria 
da governança. 
A auditoria em enfermagem na qualidade e no cuidado ao paciente é uma 
avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao cliente, de 
forma a contribuir para melhorar a qualificação dos serviços prestados a partir da análise 
dos prontuários, do acompanhamento do cliente e da verificação da compatibilidade entre 
o procedimento realizado, o lançamento adequado dos materiais e os itens que compõem 
a conta hospitalar, garantindo, assim, uma cobrança adequada. 
A Portaria GM/MS nº 3.410 de 30 de dezembro de 2013 - Estabelece as diretrizes 
para a contratualização de hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em 
consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP). 
Conforme Feijão (2018), a auditoria no Sistema Único de Saúde (SUS) objetiva 
auxiliar na qualidade da atenção à saúde prestada à população na busca da universalidade, 
equidade e integralidade. Esses são os princípios fundamentais do SUS, além do princípio 
de aproveitamento econômico dos recursos envolvidos. 
A Lei nº 8.080, de 19 de dezembro de 1990, regulamenta as ações e o atendimento 
à saúde em todo o território nacional. Essa lei institui o Sistema Nacional de Auditoria 
(SNA) como um meio de controle técnico e financeiro de competência do Sistema Único 
de Saúde e em colaboração com os estados, municípios e Distrito Federal. 
No entanto, foi em 27 de julho de 1993 que o SNA foi instituído, por meio do Art. 
6 da Lei nº. 8.689 e tendo a regulamentação pelo Decreto nº. 1.651, de 28 de setembro de 
1995. Regulamentado pela Lei nº 9.961/2000, a Agência Nacional de Saúde Suplementar 
13 
 
(ANS) busca controlar as ações e os serviços de saúde das operadoras e dos demais órgãos 
públicos, a fim de manter a qualidade da assistência à saúde. 
Justifica-se esta pesquisa, pela grande importância do enfermeiro no processo de 
auditoria em enfermagem, pois muitas pesquisas mostram a assistência na enfermagem, 
porém há pouca abordagem sobre o tema aqui exposto. 
A auditoria não tem apenas a função de apontar falhas ou problemas, mas também 
exibe sugestões e soluções, a fim de educar os profissionais envolvidos na assistência. 
Esta pesquisa tem como objetivo geral, conhecer a importância do enfermeiro na 
auditoria em enfermagem, assim como conhecer a relevância do enfermeiro auditor e os 
aspectos éticos e legais na atuação durante a auditoria na assistência à saúde; e como 
específicos: apresentar um breve panorama histórico sobre auditoria, conhecer a 
importância da auditoria na enfermagem, além de discorrer sobre as habilidades e 
competência do enfermeiro auditor. 
A referida pesquisa tem como problemática: De que forma o enfermeiro pode 
contribuir na auditoria em enfermagem? 
A pesquisa tem como hipótese: O enfermeiro é relevante na auditoria hospitalar? 
Este trabalho está dividido em 03(três) capítulos. O primeiro capítulo será 
explorado os conceitos fundamentais sobre auditoria, bem como a evolução histórica do 
tema. O segundo capítulo aborda sobre o papel do auditor e os aspectos éticos e legais, e 
o terceiro capítulo versa sobrea auditoria em enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
CAPITULO I 
 
 
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DE AUDITORIA 
 
 
De acordo com Sá (2019), a auditoria teve início na era antes de Cristo, na antiga 
Suméria, surgindo, em seguida, nas províncias romanas do primeiro século depois de 
Cristo. Contudo, apenas no século XVIII, na Inglaterra, com o advento da Revolução 
Industrial, essa ciência teve expressivo desenvolvimento diante do surgimento de grandes 
corporações, pois estas começaram a apresentar necessidades, por parte dos investidores, 
de acompanhamento do que estava sendo apresentado pela empresa, em função do capital 
que estavam investindo. No Brasil, a utilização da ferramenta ocorreu em 1808, com a 
introdução da obrigatoriedade do uso dos serviços de auditoria independente na Real 
Fazenda Portuguesa. 
Já na área da saúde, a auditoria teve início quando o enfoque deixou de ser apenas 
contábil, expandindo para o restante das áreas administrativas, em que o intuito era avaliar 
a eficácia e a efetividade da aplicação dos controles internos. 
Segundo Burmester e Moraes (2018), a partir do século XX, os hospitais, além de 
prestar assistência à saúde, passaram a apresentar funções de ensino e aprendizagem para 
produzir conhecimento, causando implicações importantes para o processo de auditoria, 
conforme veremos adiante. 
De acordo com Souza, Dyniewicz e Kalinowski (2019), no Brasil, a história da 
auditoria na saúde teve origem na previdência em 1923, por meio da Lei Eloy Chaves, e 
com o advento da criação da Caixa de Aposentadorias dos Ferroviários, que oferecia 
proteção social, pensão, aposentadoria, assistência médica e auxílio farmacêutico. Após 
a década de 1930, concomitantemente às caixas, surgiram os Institutos de Aposentadoria 
e Pensões dos Trabalhadores Urbanos: Instituto de Aposentadoria e Pensões dos 
15 
 
Marítimos (IAPM), em 1933; Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários 
(IAPC), em 1933; Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB), em 1934; 
Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), em 1936; Instituto de 
Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), em 1938. A Lei Orgânica 
da Previdência Social (Lei n. 3.807, de 26 de agosto de 1960) uniu a legislação aplicável 
aos vários institutos. A unificação da gestão, no entanto, demoraria mais alguns anos e 
seria implantada com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 
1966. 
As rotinas de auditoria no Instituto Nacional de Previdência Social – INPS eram 
executadas pelos supervisores, por meio de averiguações nos prontuários dos pacientes e 
em contas hospitalares. Nesse período, não havia auditorias diretas em hospitais. A partir 
de 1976, as contas hospitalares transformaram-se em Guia de Internação Hospitalar – 
GIH, momento em que as atividades de auditoria ficam estabelecidas como Controle 
Formal e Técnico. Nesse contexto, a assistência à saúde não era o principal objetivo do 
INPS, no entanto, como a sua incorporação foi fundamental, agregaram-se mais duas 
letras, AM (Assistência Médica), à sigla (SOUZA; DYNIEWICZ; KALINOWSKI, 
2018). 
De acordo com o processo histórico as atividades de auditoria concentram-se nos 
processos e resultados da prestação de serviços e pressupõem o desenvolvimento de um 
modelo de atenção adequado em relação às normas de acesso, diagnóstico, tratamento e 
reabilitação. Consistem em controlar e avaliar o grau de atenção efetivamente prestado 
pelo sistema, comparando com um modelo definido. 
Em um conceito mais amplo, a auditoria avalia uma relação de accountability, que 
nada mais é do que a obrigação de responder pelos recursos colocados à disposição. 
Envolve a obrigação de prestar contas decorrente de uma responsabilidade que tenha sido 
delegada, presumindo a existência de duas partes: uma que delega a responsabilidade 
(principal), e a outra que a aceita, devendo relatar a forma pela qual a responsabilidade 
foi executada (agente). 
Nesse caso, a auditoria consiste na ação independente de um terceiro sobre tal 
relação, para expressar uma opinião e emitir comentários sobre como essa relação está 
sendo obedecida. A atividade de auditoria tem sua origem ligada à contabilidade, uma vez 
16 
 
que constitui uma técnica contábil. Seu enfoque era inicialmente voltado para avaliar e 
emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis avaliadas. 
A equipe de auditoria precisa dispor de equipamentos, pessoal qualificado e, 
principalmente, independência durante a sua atuação, para o melhor alcance dos seus 
objetivos. Para tanto, é indispensável que a alta administração tenha consciência dos seus 
benefícios. 
Em contrapartida, o produto de trabalho do auditor deve agregar valores para a 
tomada de decisões e, assim, garantir resultados satisfatórios na gestão do dirigente. 
Diversas especializações da auditoria surgiram além da contábil, como a auditoria 
fiscal, a auditoria hospitalar, a auditoria do terceiro setor, a auditoria de processos, a 
auditoria ambiental, a auditoria de qualidade, a auditoria de tecnologia da informação e, 
nosso objeto de estudo, a auditoria em enfermagem. 
Já a auditoria em saúde consiste na análise, revisão, intervenção ou exame de 
contas de serviços ou procedimentos prestados por profissionais da área - médicos, 
enfermeiros, fisioterapeutas, odontólogos etc. (BERNARDO e RODRIGUES, 2018), 
sendo ferramenta importante para a mensuração da qualidade (auditoria de cuidados) e 
de custos (auditoria de custos) das instituições de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
CAPITULO II 
 
 
2 AUDITORIA NA SAÚDE 
 
 
 
André (2019), explica que a auditoria surgiu a partir da área contábil financeira, 
pois a finalidade era identificar erros e fraudes, e a partir do século XX, a auditoria em 
saúde passa a ser estudada e introduzida no sistema de saúde com objetivo de controlar o 
sistema nacional de saúde repleto de fraudes, e com o passar dos tempos, os serviços de 
auditoria passa a analisar, verificar a eficiência, a qualidade dos serviços e da gestão nos 
serviços de saúde. 
Na área da saúde, o médico estadunidense George Gray Ward aplicou a auditoria, 
em 1918, para avaliar a qualidade da assistência à saúde pela verificação de prontuários, 
bem como para analisar a assistência prestada, considerando os envolvidos no processo 
(paciente, hospital e operadora de saúde) e conferindo os procedimentos executados com 
os valores cobrados, a fim de garantir um pagamento justo (CAMELO, 2020). Ao 
envolver aspectos quantitativos e qualitativos da assistência, ou seja, avaliar a eficácia e 
eficiência do processo de atenção à saúde, a auditoria é um instrumento de gestão que 
colabora para a alocação adequada dos recursos (CECCON e ROSA, 2018). Por isso, a 
auditoria em saúde é indispensável para sistemas públicos ou privados e deve ser realizada 
por uma equipe multiprofissional de forma interligada. 
Uma importante atuação nesse campo é a auditoria em contas hospitalares, 
realizada em prontuários, como forma de garantir a qualidade do serviço, além de reduzir 
desperdício de materiais e medicamentos. Como os procedimentos geram custos, o meio 
mais seguro para se comprovar e receber o valor gasto da assistência prestada, evitando 
glosas, é o registro, principalmente em se tratando de um convênio do hospital com 
operadoras de saúde (ITO, 2004). 
18 
 
 
Considerando as atividades envolvidas na auditoria em saúde, Santos et al. (2018) 
destacam a função do enfermeiro auditor como aquele que controla o processo 
administrativo ou, como defendem alguns autores, exerce avaliação sistemática da 
qualidade de enfermagem prestada ao cliente, verificando os resultados da assistência, 
pois, a Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) funciona como uma base 
de análise a partir da avaliação dos resultados da auditoria. 
A auditoriaem saúde foi estabelecida oficialmente no Brasil em 1984, por meio 
da Resolução n. 45, de 12 de julho de 1984, expedida pelo extinto Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), apresentando um conjunto de 
ações administrativas, técnicas e observacionais, que visam à caracterização definida do 
desempenho assistencial realizado pelos integrantes de todos os níveis de execução, 
notadamente as unidades médico-assistenciais próprias, contratadas, conveniadas e em 
regime de cogestão (SOUZA; DYNIEWICZ; KALINOWSKI, 2010) 
Outro fato representativo foi a criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), 
previsto pela Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, com a função de coordenar a 
avaliação técnica e financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo território 
nacional, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Após todas essas evoluções, diante da necessidade dos próprios sistemas e 
mercados, a auditoria passou a ter um alto grau de importância nos setores das instituições 
que prestam serviços à saúde, dando uma especificidade a esse termo oriundo da 
contabilidade, que passa a ser auditoria em saúde, realizada por profissionais qualificados 
nessa área e, muitas vezes, relacionada ao trabalho de outras áreas, que contribuem para 
a realização de um processo de auditoria bem desenvolvido. 
Silva (2020) afirma que a auditoria é um processo de trabalho pautado por 
verificações, realizado por meio da comparação de uma condição com determinado 
critério. A condição corresponde à situação encontrada pelo auditor durante a execução 
da auditoria, não sendo a constatação em si, mas a verificação do que está ocorrendo na 
unidade. Já o critério consiste na base de sustentação dos trabalhos executados pelo 
auditado, como os manuais, as leis, os decretos, as portarias, as resoluções, as 
determinações por escrito, bem como outros documentos que estabelecem regras e 
procedimentos de observância obrigatória. 
19 
 
 
Para Gonçalves (2018), a auditoria em saúde dedica-se ainda a contratos, com o 
objetivo de tomar conhecimento de todos os estabelecidos entre as partes envolvidas, 
exigindo o respeito e o total cumprimento do que foi acordado, mantendo o equilíbrio dos 
procedimentos. Também assegura a qualidade dos serviços oferecidos pela instituição e 
aprimora os procedimentos técnicos, administrativos e éticos dos profissionais da saúde; 
avalia o desempenho do serviço; promove o processo educativo aos profissionais, 
objetivando sempre o avanço da qualidade do atendimento a um custo compatível com 
os recursos financeiros disponíveis e pelo justo valor do serviço prestado. 
A auditoria em saúde é, portanto, um importante instrumento de gestão, uma vez 
que contribui diretamente para o destino e a aplicação adequados dos recursos para a 
qualidade de todo e qualquer serviço e procedimento oferecidos pela instituição. 
Outro fato representativo foi a criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), 
previsto pela Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, com a função de coordenar a 
avaliação técnica e financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo território 
nacional, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Após todas essas evoluções, diante da necessidade dos próprios sistemas e 
mercados, a auditoria passou a ter um alto grau de importância nos setores das instituições 
que prestam serviços à saúde, dando uma especificidade a esse termo oriundo da 
contabilidade, que passa a ser auditoria em saúde, realizada por profissionais qualificados 
nessa área e, muitas vezes, relacionada ao trabalho de outras áreas, que contribuem para 
a realização de um processo de auditoria bem desenvolvido. 
 
2.1 Tipos de Auditoria 
 
Existem muitos tipos de auditoria que podem ser indicados para diferentes 
segmentos e situações, conforme a necessidade. 
Cardoso (2013) explica que a auditoria pode ser interna e externa, conforme 
demonstrado no gráfico: 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico: autoria própria 
 
Burmester e Moraes (2018), definem que para desenvolver um processo adequado 
de auditoria deve-se estruturar nos vários segmentos: 
2.1.1 Quanto à classificação: 
 
a) Regular ou ordinária – realizada em caráter de rotina, é periódica, sistemática e 
previamente programada, com visitas, análise e verificação das fases específicas de uma 
atividade, ação ou serviço. 
b) Especial ou extraordinária – realizada para atender a apuração de denúncias, 
indícios, irregularidades ou por determinação do Secretário de Estado da Saúde e outras 
autoridades competentes para verificação de atividade específica. 
2.1.2 Quanto ao tipo: 
 
a) Auditoria analítica – conjunto de procedimentos especializados que consistem 
na análise de relatórios, processos e documentos, visando avaliar se os serviços ou 
sistemas de saúde atendem a normas e padrões previamente definidos. O enfermeiro 
auditor participa também das ações da auditoria analítica, como um importante 
colaborador do auditor médico, principalmente no acompanhamento e monitoramento de 
ações, como gerenciamento de condições e doenças crônicas, gerenciamento de casos 
clínicos, com construção e monitoramento de planos de cuidados, processos de 
desospitalização, com acompanhamento da assistência domiciliar, elaboração e aplicação 
de programas de medicina preventiva etc.. 
Auditoria 
21 
 
b) Auditoria operativa – consiste na verificação de processos e documentos 
comparados aos requisitos legais/normativos e atividades relativas à área de saúde por 
meio do exame direto de fatos, documentos e situações. 
c) Auditoria de gestão – conjunto de atividades que abrangem área de controle, 
fiscalização orçamentária, financeira e contábil, avaliação técnica de atenção à saúde, 
avaliação de resultados e comprovação de qualidade, desempenhadas junto aos gestores, 
conforme requisitos mínimos estabelecidos pela legislação vigente. 
d) Auditoria contábil – pode ser definida como o levantamento, o estudo e a 
avaliação sistemática de transações, procedimentos, rotinas e demonstrações contábeis de 
uma entidade, com o objetivo de fornecer aos usuários uma opinião imparcial e 
fundamenta a em normas e princípios sobre sua adequação. A auditoria tem como 
conceito mais abrangente aspectos de avaliação de cumprimento de metas previstas em 
planos de saúde e/ou trabalho, de apuração de resultados, de comprovação de qualidade, 
que precisam ser considerados para o cumprimento das atividades de controle financeiro, 
contábil e patrimonial nas instituições conveniadas e gestores. 
2.1.3 Quanto à execução: 
 
a) Auditoria prospectiva ou auditoria prévia – com caráter preventivo, procura 
detectar situações de alarme para evitar problemas. Apoia os processos de liberação de 
procedimentos, especialmente quando envolvidas tecnologias como materiais 
implantáveis, oncologia e curativos. A participação do enfermeiro auditor nos processos 
de avaliação e qualificação da rede de prestadores é fator essencial para a contratação. 
b) Auditoria retrospectiva – avalia resultados e corrige falhas. Atividade em que 
predominam profissionais de enfermagem, a auditoria retrospectiva refere-se à avaliação 
da qualidade do faturamento em relação à assistência prestada. Não se restringe à 
conferência de valores, mas busca compreender a qualidade da assistência prestada. 
c) Auditoria concorrente – acontece durante um fato ou processo para acompanhar 
a execução das atividades e garantir a qualidade do produto. A avaliação dos cuidados, a 
análise dos processos da assistência e as avaliações de produtividade são objetos da 
auditoria de enfermagem. A conciliação do faturamento pré-ajustado com o prestador é 
desejável e reduz eventuais contestações de glosas posteriores à apresentação do 
faturamento hospitalar. 
22 
 
2.1.4 Quanto à forma: 
 
a) Auditoria interna ou de 1ª parte –executada por auditores habilitados da própria 
organização auditada. 
b) Auditoria externa ou de 2ª parte – executada por auditores ou empresa 
independente contratada para verificar as atividades e os resultados de uma determinada 
organização ou sistema. c) Auditoria de 3ª parte – avaliação aplicada por uma entidade 
certificadora. 
O serviço de auditoria no ambiente hospitalar favorece uma melhor qualidade na 
assistência prestada aos usuários, agiliza o processo de análise de contas hospitalares, 
dentre outras funções. 
2.2 Auditoria no Sistema Único de Saúde (SUS) 
 
A Constituinte de 1988, no capítulo VIII, da Ordem social e na secção II, referente 
à Saúde, define no artigo 196 que: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de 
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação". 
O SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo: 
“As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, 
e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I. Descentralização, com direção única em cada esfera 
de governo; 
II. Atendimento integral, com prioridade para as 
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
III. Participação da comunidade 
Parágrafo único – o Sistema Único de Saúde será 
financiado, com recursos do orçamento da seguridade 
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, além de outras fontes. 
 
O texto constitucional deixa bem claro que o SUS estava vinculado a um sistema 
de direito de todos os brasileiros e lhes assegurava a assistência à saúde conforme suas 
necessidades. Apesar de ser criado em 1988, somente em 1990 ele foi regulamentado. 
23 
 
2.3 Hospital Instituição de prestadora de serviços de saúde 
Hospitais são instituições que têm como principal objetivo prestar serviços 
direcionados à área da saúde para a população. Tiveram origem em Roma com a intenção 
de abrigar e atender a doentes. As principais razões da criação foram militares e 
econômicas. 
Na área hospitalar, dos anos 30 aos 50, o conhecimento se expandiu a uma taxa 
acelerada, como ocorreu com os serviços de diagnóstico e tratamento, e proliferou a 
especialização, nos anos 60 até o início de 70; o hospital emergiu como um centro de 
saúde para diagnóstico e tratamento da comunidade, com uma equipe de profissionais da 
saúde. As duas últimas décadas foram marcadas por intensas mudanças ocorridas no 
âmbito institucional, e no início dos anos 80 começa o Movimento da Reforma Sanitária 
Brasileira, constituída inicialmente por uma parcela da intelectualidade universitária e dos 
profissionais da área da saúde. (BRITO e FERREIRA, 2000, p. 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
CAPÍTULO III 
 
 
3 AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
 
Conforme BAZZANELLA; SLOB (2013), os primeiros registros de auditoria na 
enfermagem surgiram na década de 50 nos Estados Unidos da América e só a partir da 
década de 1980 passou a ser implementada os registros de auditoria nas unidades de 
enfermagem no ambiente hospitalar. 
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) aprovou a Resolução nº 585/2022, 
que normatiza a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) por profissionais liberais, 
seja na condição de pessoa física, seja na condição de pessoa jurídica. 
De acordo com esta resolução, um novo ramo de atuação se abre para os 
empreendedores da enfermagem, pois as enfermeiras e os enfermeiros podem atuar na 
prestação de serviços de responsabilidade técnica com autonomia e independência, 
podendo atuar com segurança jurídica. 
Auditoria em enfermagem consiste na avaliação sistemática da qualidade da 
assistência de enfermagem prestada, por meio de prontuários, além do acompanhamento 
do cliente ‘in loco’ e da verificação da compatibilidade entre o procedimento realizado e 
os insumos cobrados na conta hospitalar, o que garante um pagamento justo, considerando 
o consumo e a cobrança (GONÇALVES, 2016). 
A auditoria em enfermagem na qualidade e no cuidado ao paciente é uma 
avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao cliente. Ela 
contribui para melhorar a qualificação do serviço prestado a partir da análise dos 
prontuários, do acompanhamento do cliente e da verificação da compatibilidade entre o 
procedimento realizado, o lançamento adequado dos materiais e os itens que compõem a 
25 
 
conta hospitalar, garantindo, assim, uma cobrança adequada. A auditoria não tem apenas 
a função de apontar falhas ou problemas, mas também exibe sugestões e soluções, a fim 
de educar os profissionais envolvidos na assistência. 
Nos primórdios dos processos de auditoria em saúde, essa era uma tarefa exclusiva 
dos profissionais médicos. Uma evolução considerável nesse processo foi a incorporação 
dos enfermeiros e de seus conhecimentos nessas rotinas, pois trouxe otimização de 
processos, racionalização do tempo e, também, permitiu a divisão das tarefas de acordo 
com os níveis de conhecimento entre os profissionais. 
A formação técnica desse profissional, bem como seu conhecimento junto à 
assistência ao paciente, fornece habilidades para relacionar o conhecimento na área de 
saúde com questões administrativas em geral. 
Passos et al. (2012) enfatizam que a auditoria em enfermagem traz ainda 
benefícios como o desenvolvimento dos indicadores da assistência e o estabelecimento 
de critérios de avaliação e geração de conhecimentos, demonstrando sua importância nas 
instituições hospitalares e operadoras de serviços de saúde, além de novas dimensões. 
Para Morais (2014), a incorporação dos conhecimentos de enfermagem à auditoria 
foi um avanço considerável, pois a absorção desse profissional otimizou processos e 
racionalizou o tempo de auditoria, permitindo a divisão de tarefas, conforme o padrão de 
conhecimento, entre o auditor médico e de enfermagem. Segundo o autor, a formação 
técnica do enfermeiro confere a ele habilitações e competências que associam o 
conhecimento em saúde a funções gestoras e administrativas em geral. Sua atuação na 
assistência o coloca em contato direto com os processos dos diversos prestadores e com 
a liderança. Além disso, sua experiência em setores altamente especializados, como 
unidades de terapia intensiva, centros cirúrgicos hospitalares e unidades de apoio 
diagnóstico, sedimenta e amplia os conhecimentos adquiridos na graduação. 
Burmester e Moraes (2014, p. 61) apresentam as principais funções do 
enfermeiro auditor como sendo: 
Na auditoria prospectiva. Apoio aos processos de deliberação de 
procedimentos, especialmente quando envolvidas tecnologias 
como materiais implantáveis e oncologia. É de fundamental 
importância a avaliação do enfermeiro auditor nos processos de 
avaliação e qualificação da rede de prestadores, o que é fator 
essencial para a contratação. Na auditoria concorrente. A 
avaliação dos cuidados, a análise dos processos da assistência e 
as avaliações de produtividade são objeto da auditoria de 
26 
 
enfermagem. A conciliação do faturamento pré-ajustado com o 
prestador é desejável e reduz eventuais contestações de glosas 
posteriores à apresentação do faturamento hospitalar. Auditoria 
retrospectiva. Atividade em que predominam profissionais de 
enfermagem, a auditoria retrospectiva refere-se à avaliação da 
qualidade do faturamento relativamente à assistência prestada. 
Como já afirmamos, essa atividade não se deve restringir à 
conferência de valores, mas sim buscar compreender a qualidade 
da assistência prestada. 
 
É necessário ter claro que o enfermeiro não substitui o profissional médico e nem 
é seu intuito, contudo, pode auxiliá-lo significativamente em processos como o 
gerenciamento de doenças crônicas e de casos clínicos, nos processosde desospitalização, 
no gerenciamento de recursos através da avaliação de fornecedores e materiais 
implantáveis ou não, apoio para elaboração do custo de diárias e taxas, bem como na 
elaboração e aplicação de programas de medicina preventiva. 
Além da auditoria competente ao profissional da enfermagem, também existe 
campo de trabalho para outras áreas, como, por exemplo, dentistas para atuar nas 
avaliações relativas ao plano de saúde com cobertura odontológica; farmácia para atuação 
na elaboração de listas e tabelas de medicamentos para padronização em instituições; 
fisioterapeutas com o foco na confecção de planos de cuidados e de protocolos de 
indicação para o tratamento na área de fisioterapia; nutrição para atuação na seleção de 
dietas enterais/parenterais e na elaboração de planos de cuidados dos pacientes. 
SOUZA (2022) esclarece que a auditoria busca identificar o que foi realizado nos 
pacientes pelos profissionais de saúde, e que as anotações executadas pelos profissionais 
de saúde ficam registradas permanentemente em documentos conhecidos como 
prontuários. 
3.1 Enfermeiro auditor 
 
Para Pereira et al (2011), o enfermeiro auditor deve possuir como aptidão, o senso 
crítico, afim de externar um dos princípios mais valorosos da auditoria, que é seu caráter 
educacional, bem como de orientação, agindo como orientador das equipes 
multidisciplinares relacionada ao processo de internação e cobrança hospitalar, 
aproximando-os dos processos e procedimentos envoltos na assistência hospitalar desde 
da internação até a alta. O principal objetivo deste estudo é elencar as principais 
27 
 
O enfermeiro auditor possui entre suas atribuições possíveis as atividades de 
auditor hospitalar, em operadoras de saúde; auditoria em gestão de custos e qualidade; 
facilitador em capacitações voltadas para auditoria e custos, é também responsável por 
levantar custos e pela qualidade assistencial, subsidiando o direcionamento de metas 
gerenciais e decisões do corpo diretivo da instituição, auxiliando também na mensuração 
da qualidade da assistência de enfermagem que pode incentivar pesquisas baseadas em 
ações para construir um saber científico. 
De acordo com as pesquisas, a auditoria de enfermagem atua sob duas 
plataformas, uma denominada operacional, que atua baseada na observação direta dos 
fatos, antes mesmo da verificação dos prontuários in loco, com o paciente ainda internado, 
a outra forma de realizar a auditoria é denominada retrospectiva, essa acontece já com o 
paciente de alta, através da análise do prontuário. 
3.2 Legislação 
 
A auditoria em enfermagem está respaldada por uma vasta legislação, que abrange 
também as suas diversas áreas de atuação, subsidiando órgãos governamentais e não-
governamentais, para torná-los capazes de apoiar, cada vez mais, as atividades 
desenvolvidas pelo setor (SANTANA e SILVA, 2009). 
Com destaque, o respaldo da Lei do Exercício Profissional de Enfermagem, a 
Resolução específica para auditoria emitida pelo Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN) e, naturalmente, o próprio Código de Ética de Enfermagem. 
A Lei do Exercício Profissional (Lei 7.498/86), que dispõe sobre a 
Regulamentação do Exercício da Enfermagem e dá outras providências, regulamentada 
pelo Decreto 94.406/87 (BRASIL, 1987), em seu Artigo 11, inciso I, alínea h (no Decreto 
94.406/87, corresponde ao Artigo 8º, inciso I, alínea d), versa que o enfermeiro exerce 
todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe privativamente a consultoria, auditoria 
e emissão de parecer sobre esta matéria. 
A atuação do enfermeiro auditor é regida pela Resolução COFEN Nº 266 de 05 
de outubro de 2001, tendo como competência privativa a consultoria, auditoria e emissão 
de pareceres relacionados à auditoria de enfermagem (COFEN, 2001). As ações de 
auditoria deverão estar à luz do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. 
28 
 
A Resolução COFEN nº 266/2001, esclarece que os enfermeiros estão legalmente 
habilitados para atuar no planejamento, execução, permitindo a prestação de serviços de 
saúde, dos planos assistenciais assim como, em consultoria, auditoria e emissão de 
pareceres durante a assistência de enfermagem. 
No exercício da função, o enfermeiro auditor tem o direito de solicitar 
esclarecimentos sobre informações e clareza dos registros, com o objetivo de evitar glosas 
ou desconformidades infundadas (COFEN, 2001). Para fortalecer ainda mais o 
protagonismo do enfermeiro auditor, em 07 de julho de 2017, por meio da Decisão 
COFEN Nº 96/2017, foi aprovado o cadastro da Associação Brasileira dos Enfermeiros 
Auditores (ABEA), que tem por objetivo defender os interesses dos enfermeiros da 
especialidade de auditoria, como também promover o aprimoramento profissional e a 
estimulação de produção científica, conforme explicitado no Art. 3º do Estatuto Social da 
Associação (ABEA, 2016). 
A Resolução do COFEN nº 720/2023 (COFEN, 2023) Normatizou a a atuação do 
Enfermeiro em Auditoria que dispõe sobre as atividades do enfermeiro auditor em saúde: 
a. Enfermeiro em Auditoria – Enfermeiro generalista que atua em serviços de 
auditoria, conforme legislação vigente. 
b. Enfermeiro Auditor – Enfermeiro com titulação de especialista na área de 
Auditoria, conforme legislação vigente. 
Ainda conforme a Resolução do COFEN nº 720/2023 (COFEN, 2023), é da 
competência privativa do enfermeiro: 
a. Organizar, dirigir, planejar, coordenar, avaliar, prestar consultorias, atuar em 
todas as etapas do processo de auditorias e contra auditorias (recursos de glosas), além de 
emitir pareceres sobre os serviços de Auditoria de Enfermagem; 
b. Supervisionar Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, nos casos em que estes 
estejam desempenhando funções auxiliares de menor complexidades que envolvam 
atividades de Auditoria. 
Como integrante da equipe multidisciplinar de Auditoria e Gestão em Saúde, cabe 
ao enfermeiro: 
a. Atuar no planejamento, execução e avaliação da proposta assistencial; 
29 
 
b. Atuar na construção de programas e atividades que visem a assistência integral 
à Saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto 
risco, implementando as linhas de cuidados; 
c. Atuar na elaboração de protocolos e indicadores assistenciais, acompanhar a 
execução e avaliação da assistência, considerando as implementações e os seus desfechos; 
d. Atuar na elaboração de medidas de prevenção, junto aos núcleos e comissões 
obrigatórias de segurança do paciente, discutindo as barreiras instituídas para a prevenção 
de danos durante a assistência, bem como discutir os incidentes evidenciados durante o 
processo assistencial; 
e. Atuar na elaboração de programas e atividades da educação permanente, 
visando à melhoria da Saúde do indivíduo, da família e da população em geral; 
f. Atuar na elaboração de Contratos, Adendos e Pacotes para a Prestação de 
Serviços públicos e privados que dizem respeito à assistência, atuando também na 
contratualização e nas negociações técnicas e comerciais entre prestadores de serviços e 
operadoras de Saúde; 
g. Atuar em bancas examinadoras, na docência em disciplinas específicas de 
Auditoria e de Gestão em Saúde; nos concursos para provimentos de cargo ou contratação 
de Enfermeiro ou pessoal Técnico de Enfermagem, em especial Enfermeiro Auditor, bem 
como participar da aplicação de provas e títulos de especialização em Auditoria de 
Enfermagem; 
h. Atuar em todas as atividades de competência do Enfermeiro em Auditoria, em 
conformidade com o previsto na legislação vigente; 
Conforme consta na Resolução nº 720 do Conselho Federal de Enfermagem 
(Cofen, 2023), a auditoria de enfermagem é o conjunto de atividades exercidas com o 
objetivo de promover a segurança assistencial em todos os níveis de saúde nos seus 
múltiplos aspectos para possam refletir de forma coesa na promoção da saúde e satisfação 
do paciente /cliente.No mesmo ano de 2023 o COFEN alterou a resolução 720/2023 e publicou uma 
nova resolução: 
Resolução Cofen Nº 720/2023 – Alterada Pela Resolução Cofen Nº 733/2023: 
30 
 
O CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN, no 
uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 
de julho de 1973 e pelo Regimento interno da Autarquia; 
CONSIDERANDO a Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, que 
dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de 
Enfermagem e dá outras providências; 
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 7.498/86 que dispõe 
sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras 
providências em seu art. 11, inciso I, alínea “h”; 
CONSIDERANDO o Decreto nº 94.406/87, em seu artigo 8, 
inciso I, alínea “d”, que prevê como privativo de Enfermeiro as 
atividades de consultorias, auditorias e emissão de pareceres sobre 
matéria de enfermagem; 
CONSIDERANDO a Lei nº 13.709/2018 que dispõe sobre a Lei 
Geral de Proteção de Dados; 
CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem, aprovado pela Resolução Cofen nº 564/2017 ou 
outra que sobrevir; 
CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 581/2018, que atualiza, 
no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de 
Enfermagem, os procedimentos para Registro de Títulos de Pós-
Graduação Lato e Stricto Sensu concedido a Enfermeiros e aprova 
a lista das especialidades ou outra que sobrevir; 
CONSIDERANDO que a Auditoria de Enfermagem é o conjunto 
de atividades exercidas com o objetivo de promover a segurança 
assistencial em todos os níveis de saúde nos seus múltiplos 
aspectos para possam refletir de forma coesa na promoção da 
saúde e satisfação do paciente /cliente; 
CONSIDERANDO as contribuições da Associação Brasileira de 
Enfermeiros Auditores – ABEA, constantes no PAD 0453/2018; 
CONSIDERANDO tudo o mais que consta nos autos do Processo 
Administrativo Cofen nº 0453/2018 (SEI 00196.000553/2023-
17), e a deliberação do Plenário em sua 551ª Reunião Ordinária. 
RESOLVE: 
Art. 1º Normatizar a atuação do Enfermeiro em Auditoria, 
conforme o anexo desta Resolução. 
Parágrafo Único. No âmbito da equipe de Enfermagem, a 
atividade de Auditoria é privativa do Enfermeiro, observadas as 
disposições legais da profissão. 
Art. 2º Os Enfermeiros Responsáveis Técnicos pelos Serviços de 
Auditoria de Enfermagem, preferencialmente, deverão ser 
especialistas na área. 
Art. 3º Nos casos que o Enfermeiro instituir Empresa Prestadora 
de Serviço de Auditoria e afins, deverá registrá-la no Conselho 
Regional de Enfermagem de sua jurisdição. 
Art. 4º Nos pareceres de Auditoria, o Enfermeiro deverá fazer 
constar seu número de registro no Conselho Regional de 
Enfermagem da jurisdição onde presta serviço. 
Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal 
de Enfermagem. 
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, 
revogando-se as disposições em contrário, especialmente a 
Resolução Cofen nº 266/2001. 
Brasília, 15 de maio de 2023. 
BETÂNIA MARIA PEREIRA DOS SANTOS 
Coren-PB 42.725-ENF-IR 
Presidente 
SILVIA MARIA NERI PIEDADE 
Coren-RO 92.597-ENF 
Primeira-Secretária 
31 
 
 
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou durante a 551ª Reunião 
Ordinária de Plenário Resolução 733/2023 que atualiza as normas sobre atuação do 
enfermeiro em auditoria. A aprovação tem como objetivo regularizar e aprimorar as 
atividades de auditoria da Enfermagem em todas as instâncias de saúde, promovendo a 
segurança assistencial dos pacientes (C0FEN 2023). 
A resolução estabelece que a auditoria é uma atividade privativa do enfermeiro e 
que os enfermeiros responsáveis técnicos pelos serviços devem ser, preferencialmente, 
especialistas na área, sendo vedado o seu exercício por outros profissionais da equipe de 
Enfermagem. 
A resolução também estabelece que enfermeiros possam supervisionar técnicos e 
auxiliares de Enfermagem, desde que estejam desempenhando funções auxiliares de 
menor complexidade relacionadas à auditoria. Com a aprovação, os enfermeiros que 
atuam em auditoria terão suas atividades claramente definidas e regulamentadas, o que 
trará maior segurança jurídica para a profissão e para os pacientes. 
3.3 Código de Ética 
 
De acordo com LEITE (2007) A ética são valores e virtudes, que por sua vez 
refletem o comportamento humano, pois esta é constituído, de um lado por 
comportamentos e, de outro, por juízo de valor, pela apreciação sobre esses 
comportamentos. ((LEITE, 2007). 
A palavra ética é originada do grego ethos, (modo de ser, caráter) através do latim 
mos (ou no plural mores) (costumes, de onde se derivou a palavra moral). Em Filosofia, 
Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui 
para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo com a sociedade. 
Conforme o código de ética do enfermeiro auditor, ao se deparar com alguma não 
conformidade ou dúvida em alguma conduta, ele tem o direito de questionar as partes 
envolvidas. Após a análise, o auditor emite um relatório de auditoria retrospectiva e o 
encaminha ao setor onde o paciente estava internado para solucionar as dúvidas e não 
conformidades encontradas. Esse processo tem a intenção de entregar o prontuário para 
o auditor da operadora com nenhuma não conformidade ou item/registro dúbio. 
32 
 
3.4 Perfil do Enfermeiro Auditor 
 
✓ Respeitar, os níveis hierárquicos da organização 
✓ Manter comportamento ético e sigiloso sobre informações confidenciais, 
conforme código de ética do exercício profissional e regulamentações vigentes 
✓ Manter-se atualizado profissionalmente, buscando conhecimento técnico-
científico, acompanhando todo o desenvolvimento tecnológico na saúde em geral 
e principalmente nas especialidades de enfermagem que audita 
✓ Emitir pareceres amparado pelo conhecimento técnico, apoiando-se em evidência 
científicas e nas legislações vigentes 
✓ Atuar de forma ética, impessoal e imparcial 
✓ Manter conduta alinhada com os valores institucionais da organização a qual 
representa 
✓ Em relação ao prontuário, manter conduta conforme Código de Ética do Exercício 
Profissional de Enfermagem e Resolução do COFEN nº 733/2023. 
✓ Atuar junto a educação continuada, promovendo ações de atualização técnica da 
equipe 
O Código de Ética, assim como o Penal, a Constituição Federal, e conforme Art. 
28º da Resolução COFEN Nº 564/2017, previsto ainda na mesma Resolução, no Art. 51º, 
cabe a responsabilização quando ocorra a participação ou conhecimento prévio de falhas 
causadas por imperícia, imprudência ou negligência, praticadas individualmente ou 
coletivamente. 
3.5 Atribuições do enfermeiro auditor 
 
De acordo com Burmester e Moraes (2014), na história da auditoria em saúde no 
Brasil, as primeiras normativas foram a Resolução CFM n. 1466, que foi revogada e 
substituída pela Resolução CFM n. 1614, de 2001, a qual permanece em vigor. Pelo 
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), houve a publicação da Resolução n. 266, de 
2011, que versa sobre a regulamentação da função do enfermeiro auditor. 
 
 
33 
 
3.5.1 No convênio 
 
✓ Avaliar a assistência de enfermagem prestada ao cliente por meio do prontuário; 
✓ Verificar a pertinência dos procedimentos frente aos padrões e protocolos 
estabelecidos; 
✓ Elaborar relatórios/planilhas por meio das quais se define o perfil do prestador: 
custo por dia, custo por procedimento, comparativos entre prestadores por 
especialidade; 
✓ Participar de visitas hospitalares; 
✓ Avaliar e controlar (com emissão de parecer) as empresas prestadoras de serviços, 
fornecendo dados para a manutenção/continuidade do convênio (assessoria ao 
credenciado); 
✓ Exercer atividades conforme atribuído pela Resolução do COFEN nº 733/2023 
3.5.2 No hospital 
 
✓ Análise do prontuário médico, verificando se está completo e seus diversos 
campos - médico e de enfermagem - corretamentepreenchidos: história clínica, 
registro diário da prescrição e evolução médica e de enfermagem, checagem dos 
serviços, relatórios de anestesia e cirurgia, por exemplo 
✓ Avaliar e analisar a conta hospitalar, se condiz com o evento realizado 
✓ Fornecer subsídios e participar de treinamentos do pessoal de enfermagem 
✓ Analisar contas e glosas, além de estudar e sugerir reestruturação das tabelas 
utilizadas, quando necessário 
✓ Fazer relatórios pertinentes: glosas negociadas, aceitas ou não, atendimentos 
feitos, dificuldades encontradas e áreas suscetíveis de falhas e sugestões 
✓ Manter-se atualizado em relação às técnicas de enfermagem, aos serviços e 
recursos oferecidos pelo hospital, colocando-se a par (inclusive) de preços, gastos 
e custos alcançados 
✓ Utilizar, quando possível, os dados coletados para otimizar o serviço de auditoria: 
saber apontar custos de cada setor, indicar onde pode haver redução de gastos, 
perfil dos profissionais envolvidos e dados estatísticos 
✓ Exercer atividades conforme atribuído pela Resolução do COFEN nº 733/2023 
34 
 
3.5.3 Geral 
 
Conhecer e identificar os aspectos que envolvem o ambiente no qual está inserido 
✓ Conhecer os aspectos técnico-científicos da área que audita 
✓ Conhecer os acordos e as situações que envolvem as diversas questões do trabalho 
✓ Trabalhar com honestidade, ponderação e bom senso 
✓ Não fazer julgamentos prévios sem ter pleno conhecimento dos fatos 
✓ Trabalhar em parceria, buscando novas informações 
✓ Orientar os demais colegas de trabalho quanto a novas situações e estar aberto ao 
diálogo como forma de aprendizado 
✓ Agir sempre dentro dos preceitos éticos e legais de sua profissão 
Monteiro (2020) afirma que o enfermeiro auditor está se destacando como um 
profissional em ascensão na área da saúde. Trata-se de um profissional qualificado para 
desempenhar um papel crucial na gestão de instituições de saúde, tanto públicas quanto 
privadas, observando de perto as metas e objetivos específicos de cada unidade, os quais 
se distinguem em termos de metodologia de execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
METODOLOGIA 
 
 
Esta pesquisa foi realizada de forma bibliográfica, pois esta é considerada uma 
fonte de coleta de dados secundária, podendo ser definida como contribuições culturais 
ou científicas realizadas no passado sobre um determinado assunto, tema ou problema 
que possa ser estudado 
 Para Lakatos e Marconi (2020, p. 183), a pesquisa bibliográfica, “[...] abrange 
toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações 
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, materiais 
cartográficos, etc. [...] e sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com 
tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]”. Em suma, todo 
trabalho científico, toda pesquisa, deve ter o apoio e o embasamento na pesquisa 
bibliográfica, para que não se desperdice tempo com um problema que já foi solucionado 
e possa chegar a conclusões inovadoras. 
Segundo Vergara (2020), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de 
material já elaborado, constituído, principalmente, de livros e artigos científicos e é 
importante para o levantamento de informações básicas sobre os aspectos direta e 
indiretamente ligados à nossa temática. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica 
reside no fato de fornecer ao investigador um instrumental analítico para qualquer outro 
tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A pesquisa realizada durante este Trabalho de Conclusão de Curso sobre Auditoria 
em enfermagem, foi de grande relevância para compreender a importância do enfermeiro 
neste processo, assim como conhecer o processo histórico e as resoluções do Conselho 
Federal de Enfermagem sobre o tema, que normatizou a atuação do enfermeiro neste novo 
campo profissional na área da gestão e auditoria na enfermagem que vem crescendo 
constantemente, trazendo benefícios e cooperando na melhoria da assistência dos 
pacientes, além de reconhecer pontos falhos e a forma de resolver a problemática 
encontrada através da educação permanente em saúde. 
Considerando-se que a auditoria de enfermagem é de suma importância para 
medir a qualidade da assistência prestada ao paciente e oferecer condições para melhorias 
de registros e gastos desnecessário, já que a maior parte da assistência prestada na área 
hospitalar vem da equipe de enfermagem, envolvendo informações confidenciais dos 
pacientes, prontuários médicos, sendo pautado por conduta ética e a imparcialidade, 
assegurando que as conclusões desta, seja de forma objetiva sem o envolvimento 
emocional ou pessoal com os indivíduos ou processos. 
O enfermeiro por estar inserido no processo de treinamento de sua equipe, tem 
grande competência para capacitar a mesma e demais profissionais através de ações 
educativas visando ajustar e desenvolver melhoria na assistência de enfermagem e no 
ambiente de trabalho, o que reflete positivamente nos serviços prestados aos pacientes e 
nas contas hospitalares, tendo ainda melhor resguardo ético-legal e profissional. 
O presente estudo espera influenciar a reflexão dos profissionais em saúde, 
principalmente enfermeiros e equipe de enfermagem acerca da qualidade de seus registro 
durante assistência aos pacientes e como a auditoria pode ser de grande relevância para 
reconhecer pontos falhos e usar da educação continuada para resolução das problemáticas 
encontradas, espera-se também visto que, ainda há poucos estudos relacionados a 
temática “auditoria de enfermagem”, a continuidade desta pesquisa, pode contribuir para 
novos estudos acerca do assunto, pois a auditoria em saúde acompanhou a evolução do 
século XX e principalmente a partir do século XXI, motivada pela necessidade de 
37 
 
melhoria no controle de qualidade da gestão em saúde, especificamente na assistência à 
enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
REFERÈNCIAS 
 
 
ADAMI, NP. A melhoria da qualidade nos serviços de enfermagem. Acta Paul Enferm, 
v.13, p.190 - 6. 2000. 
ATTIE, W. Auditoria – Conceitos e aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2011. BERNARDO, 
M. O.; RODRIGUES, C. I. S. O que faz um auditor na área da saúde? Jornal eletrônico 
Correio do Sul, Sorocaba – SP, 2013. Disponível em: 
http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/501927/o- -que-faz-um-auditor-na-area-da-
saude. Acesso em: 20 abril 2024. 
Bazzanella, Neivo. "A auditoria como ferramenta de análise para a melhoria da qualidade 
no serviço prestado." Caderno saúde e desenvolvimento 3.2 (2013): 50-65. 
BITENCOURT, J. V. O. V.; PINHEIRO, L. J; PERCISI, A. R.; PARKER, A. G.; 
TEIXEIRA A. L. S.; BERTOCELLO K. C. G. Auditoria: uma tecnologia de gestão para 
qualificação do processo de enfermagem. Rev baiana enferm. (2020); 
BRASIL, Decreto Lei 94.406/87. Disponível em Acesso em: 05 jul. 2023. BRASIL, 
Resolução nº 720 de 15 de maio de 2023, COFEN - Conselho Federal de Enfermagem. 
D.O.U. 16/05/2023. Disponível em: Acesso em: 05 abril de 2023. 
BRASIL, Lei do Exercício Profissional (7.498/86). Disponível em: 
http://www.cofen.gov.br/lei-n749886-de-25-de-junho-de-1986_4161.html. Acesso em: 
05 março 2024. 
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n. 514/2016, de 06 de 
junho de 2016. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
05142016_41295.html. Acesso em: 05 abril de 2021. 
BURMESTER, H.; MORAES, M. V. de. Auditoria em saúde. São Paulo: Saraiva, 2018 
CAMELO, S. H. H.; PINHEIRO, A.; CAMPOS, D.; OLIVEIRA, T. L. Auditoria de 
enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão da literatura. Revista 
Eletrônica de Enfermagem. 2020;11(4):1018- 25. 
CARDOZO, J. S. S. Origem e conceito de auditoria. Universidade Estadual do Riode 
Janeiro – UERJ, 2013. 
CECCON, R. F.; ROSA, R. M. Auditoria em saúde: uma revisão de literatura. 
EFDeportes.com. Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, nº 179, abril de 2013. 
DORNE, J.; HUNGARE, J. P. Conhecimentos teóricos de auditoria em enfermagem. Rev. 
Uningá, Vol.15, n.1, pp.11-17 (Jul - Set 2013). 
GOMES, E. D.; ARAÚJO, A. F; BARBOZA, R. J. Auditoria: alguns aspectos a respeito 
de sua origem. Rev. Científica eletrônica de Ciências Contábeis - ISSN: 1679-3870 Ano 
VII – nº 13 – maio de 2009 - Periódicos Semestral, SP. Disponível em: 
http://www.efdeportes.com/efd179/auditoria-em-saude-uma- -re-visao-de-literatura.htm. 
Acesso em: 11 abril de 2024. 
39 
 
GONÇALVES, N. O papel da auditoria na área da saúde. Cmtecnologia, 2016. Disponível 
em: https:// www.cmtecnologia.com.br/gestao/auditoria-saude/. Acesso em: 26 mar. 
2024. 
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a auditoria de enfermagem no sistema 
único de saude. Acesso em 06/04/2024 
https://inisa.ufms.br/files/2019/08/auditoria em enfermagem uma revis%c3%83o 
integrativa.pdf. Acesso em 06/04/2024 
https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/BIUS/article/view/14805. Acesso em 
20/04/2024 
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/44358/26850. Acesso em 06/042024 
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43596/35097 
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-720-2023. Acesso em 20/04/2024 
https://www.scielo.br/j/reben/a/ycRjk8d3vY5jMRdWYFbjmhP. Acesso em 20/04/2024 
ITO, E. E.; SENES, A. M.; SANTOS, M. A. M.; GAZZI, O.; MARTINS, S. A. S. Manual 
de anotação de enfermagem. São Paulo: Atheneu; 2004. 
M. L.; BORGES, C. T.; CAVALCANTE, M. B. P. T.; GURGEL, M. G. I.; COSTA, M. 
S.; ALVES, M. D. S. Auditoria de enfermagem: conhecimento de profissionais em 
hospital público de referência. Rev Rene. 2012; 13(5):1025-33. 
MORAIS, M.V.; BURMESTER, H. Auditoria em saúde. São Paulo:- Saraiva,2014. 
PEREIRA, M. P. et al. A visão dos enfermeiros frente a auditoria em saúde como 
instrumento no processo de cuidar. Jornal Nursing Health, Pelotas, p. 282-290, jul./ dez., 
2011. Disponível em:. Acesso 
em: 20 abril. 2024. 
RIOLLINO, N. A.; KILUKAS, C. B. V. Relato de experiências de enfermeiras no campo 
de auditoria do prontuário – uma ação inovadora – Rev. Nursing. São Paulo, v.65 n.65 p. 
35-38, out. 2003. 
RODRIGUES, J. A. R. M.; BIROLIM, M. M.; CUNHA, I. C. K. O.; VANNUCHI, MT.; 
HADDAD, M. C. F. L. Glosas hospitalares na auditoria de enfermagem: revisão 
integrativa. 17(1): 150-160, mar, 2017 
ROSA, V.L. Evolução da auditoria em saúde no Brasil. Centro Universitário Filadélfia, 
Londrina, 2012. Disponível em: 
http://web.unifil.br/pergamum/vinculos/000007/000007B1.pdf. Acesso em: 29 março de 
2024. 
SÁ, A. L. de. Curso de auditoria. São Paulo: Atlas, 2019. 
SANTANA, R. M.; SILVA, V. G. Auditoria em enfermagem – uma proposta 
metodológica. Ilhéus: Editus, 2009. SANTOS, C. A.; SANTANA, E. J. S.; VIEIRA, R. 
P.; GARCIA, E. G.; TRIPPO, K. V. A auditoria e o enfermeiro como ferramentas de 
aperfeiçoamento do SUS. Rev. Baiana de Saúde Pública, v.36, n.2, p. 539-559 abr./jun. 
2012. 
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a%20auditoria%20de%20enfermagem%20no%20sistema%20único%20de%20saude.
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a%20auditoria%20de%20enfermagem%20no%20sistema%20único%20de%20saude.
https://inisa.ufms.br/files/2019/08/AUDITORIA%20EM%20ENFERMAGEM%20UMA%20REVIS%C3%83O%20INTEGRATIVA.pdf
https://inisa.ufms.br/files/2019/08/AUDITORIA%20EM%20ENFERMAGEM%20UMA%20REVIS%C3%83O%20INTEGRATIVA.pdf
https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/BIUS/article/view/14805
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/44358/26850
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-720-2023.%20Acesso
https://www.scielo.br/j/reben/a/ycRjk8d3vY5jMRdWYFbjmhP.
40 
 
SILVA, A. da.; MOTA, R. S.; OLIVEIRA, L. S.; JESUS, N. de.; CARVALHO, C. M. de.; 
MAGALHÃES, L. G da S. Auditoria da qualidade dos registros de enfermagem em 
prontuários em um hospital universitário. Enferm. Foco. 10 (3): 28-33, jul., 2019. 
SOUZA, ALINE GOMES SILVA, et al. "Auditoria em enfermagem: revisão de literatura 
Auditing in nursing: a literature review." Brazilian Journal of Development 8.3 (2018): 
17440-17452. Disponível em: 10.34117/bjdv8n3-128. Acesso em: 01 fevereiro 2023. 
SOUZA, L. A. A. de; DYNIEWICZ, A. M.; KALINOWSKI, L. C. Auditoria: uma 
abordagem histórica e atual. Revista Administração e Saúde, Curitiba, V. 12, n. 47, p. 71-
78, abr./jun. 2010. 
2013.

Mais conteúdos dessa disciplina