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Resumo História do Pensamento Filosófico NP2
História do Pensamento Filosófico (Universidade Paulista)
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A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Resumo História do Pensamento Filosófico NP2
História do Pensamento Filosófico (Universidade Paulista)
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Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
lOMoARcPSD|49173367
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 1 
 
 
 
“A 昀椀loso昀椀a surge quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insa琀椀sfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram 
a fazer perguntas e buscar respostas para elas”. (CHAUÍ, 2003). Ficaram então, como legados da 昀椀loso昀椀a grega para o ocidente europeu, a aspiração ao 
conhecimento verdadeiro, à busca por explicações racionais para o existente e o uso do pensamento crí琀椀co. 
A Filoso昀椀a nasce do esforço de cada homem que se ocupa em pensar a razão para a própria vida. Ao se deparar com esta tarefa, ao pensar o que é a 
missão da Filoso昀椀a em nosso tempo, descobrimos que não podemos deixar de dialogar com o produto 昀椀losó昀椀co criado nos úl琀椀mos dois mil e quinhentos 
anos. Ele é a matéria prima que temos para trabalhar. 
A Filoso昀椀a tem como missão o esclarecimento da situação existencial do homem, a re昀氀exão sobre seu modo de ser, a 昀椀m de proporcionar novas bases 
para o seu viver. 
Há muitos modos de comparar a jornada histórica da razão, mas basta esta, — A missão da Filoso昀椀a reconhece que cada pensador trabalha com elementos 
que herda. 
 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
Tales de Mileto 
 
- c. 624 - c. 546 a.C. 
- Pré-Socrá琀椀co, 
- Teoria do "arché" 
- Considerado o primeiro 昀椀lósofo ocidental e focado em explicar o mundo através de princípios 
naturais; 
- Contribuições para a cosmologia e a ciência natural. 
- precursor da 昀椀loso昀椀a da physis (ou natureza) por sua proposição da teoria da Arché, que signi昀椀ca 
"princípio" ou "origem". 
- A teoria da Arché postulava a existência de uma substância fundamental e primordial que é a fonte 
de todas as coisas no universo. (o princípio de tudo) 
- Tales propôs que essa Arché, ou princípio originário único, era a água. 
- Essa proposta de Tales é historicamente signi昀椀ca琀椀va porque marca uma mudança de paradigma do 
pensamento mitológico para uma abordagem racional e sistemá琀椀ca para compreender a natureza do 
universo. Ao iden琀椀昀椀car a água como a Arché, Tales lançou as bases para a inves琀椀gação racional e 
HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO 
Linha do tempo e Resumo 
Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 2 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
cien琀昀椀ca do mundo natural, inaugurando assim a tradição da 昀椀loso昀椀a natural ou cosmologia na 
Grécia an琀椀ga. 
Heráclito de Éfeso 
 
- c. 535 - c. 475 
- Pré-Socrá琀椀co 
- Doutrina do "昀氀uxo 
perpétuo", onde tudo está 
em constante mudança. 
- Doutrina da Mudança 
Perpétua (Panta rei): 
Heráclito a昀椀rmava que tudo 
está em constante mudança 
e que nada permanece o 
mesmo. 
- Explorou a mudança e a 昀氀uidez como fundamentais para a compreensão do mundo. 
- Para Heráclito, tudo aquilo que vemos nunca mais será igual ao que era no momento anterior e que, 
no instante seguinte, já não será mais o que foi antes. Com isso, ele a昀椀rmou que as coisas se 
transformam permanentemente e que, quando se quer 昀椀xar algo e revelar sua essência, já não se 
trata mais da mesma coisa, pois tudo parte da realidade que 昀氀ui. É de autoria dele a frase: “Nunca 
nos banhamos duas vezes no mesmo rio”. 
- Assim, não existe um ser está琀椀co, mas sim dinâmico, que pode ser capturado num determinado 
momento para que se diga como era naquele instante. Sendo assim, a essência dessa re昀氀exão 
昀椀losó昀椀ca consiste em determinar que nada existe, já que tudo existe num instante e no momento 
seguinte deixa de exis琀椀r, porque já sofreu um processo de transformação. 
Parmênides de Eléia 
 
 
- c. 515 - c. 450 a.C 
- Pré-Socrá琀椀co 
- Teoria do Ser, onde a昀椀rma 
que o Ser é imutável, eterno 
e único, e que o movimento 
e a mudança são ilusórios. 
- Para Parmênides, o ser é uno, imóvel, eterno, imutável. Desse modo, o devir, a mudança, seria ilusão 
e simples aparência; o movimento é, assim, engano dos nossos sen琀椀dos 
- Cri琀椀cou o conceito de mudança e 昀氀uidez de Heráclito. Defendeu a ideia de que a realidade é imutável 
e que o movimento e a mudança são ilusórios. 
- O pensamento de Parmênides pode ser melhor compreendido por meio da sua inquietação diante da 
solução proposta por Heráclito de que todas as coisas são e não são ao mesmo tempo, uma vez que 
permanecem em constante mutação. Ele acreditava ser isso impossível, porque uma coisa é ou não 
é. 
- A昀椀rmava que as coisas possuem um ser e este ser é. Com essa re昀氀exão, Parmênides chegou ao 
princípio lógico que os 昀椀lósofos atuais denominam de “princípio da iden琀椀dade”. Por meio dele, é 
possível a昀椀rmar que o ser é único. Pode-se a昀椀rmar ainda que o ser é eterno, pois se ele 琀椀vesse um 
princípio, antes dele, haveria o não ser, o que não é possível, porque o não ser inexiste. Caso exis琀椀sse, 
ele também seria um ser, o que, por si só, seria um erro, já que apenas o ser pode exis琀椀r. 
Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 3 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
Sócrates 
 
- c. 469 - 399 a.C. 
- So昀s琀椀ca 
- Filoso昀椀a moral; método 
socrá琀椀co (ironia e 
maiêu琀椀ca) 
- Sócrates usava a ironia 
socrá琀椀ca e a maiêu琀椀ca para 
es琀椀mular seus alunos a 
descobrir a verdade por 
meio de perguntas e 
diálogo. 
- Sócrates foi considerado um dos maiores sábios da humanidade. Nada deixou escrito. Suas ideias 
foram divulgadas por dois de seus discípulos, Xenofonte e Platão. 
- Sócrates enfa琀椀zou a importância da autoconsciência e do ques琀椀onamento constante para alcançar a 
verdade e a virtude. 
- Inaugurou o período clássico da 昀椀loso昀椀a grega, também chamado de período antropológico. 
- O problema do conhecimento passou a ser entãouma questão central na 昀椀loso昀椀a socrá琀椀ca, pois "a 
briga" de Sócrates com os so昀椀stas 琀椀nha por obje琀椀vo resgatar o amor pela sabedoria e a valorização 
pela busca da verdade. 
 Sócrates inaugurou seu método fundamentando-se nos princípios da ironia e o da maiêu琀椀ca, 
que se cons琀椀tuem como caminhos para conhecer a verdade a par琀椀r do autoconhecimento 
(conhecer-te a 琀椀 mesmo). 
- Seu método maiêu琀椀co buscava extrair conhecimento do interlocutor através do diálogo. 
- O ponto de par琀椀da da 昀椀loso昀椀a socrá琀椀ca reside no fato de que o primeiro passo em direção à verdade 
é o reconhecimento da própria ignorância. 
- o conhecimento de Sócrates não é livresco, mas sim vivo e em processo de se fazer; o conteúdo é a 
experiência co琀椀diana. À Filoso昀椀a cabe o papel dogmá琀椀co. 
- Sócrates foi acusado de corromper a juventude e de não acreditar nos deuses da cidade. 
Platão 
 
- c. 428/427 - c. 348/347 a.C 
- Idealismo 
- Teoria das Ideias; dualismo 
corpo-mente 
- Teoria das Formas (ou 
Ideias) e Alegoria da 
Caverna: Platão 
argumentava que além do 
mundo sensível, existe um 
- o mundo sensível era uma cópia imperfeita do mundo das ideias. As coisas no mundo sensível são 
apenas re昀氀exos ou sombras das formas perfeitas que existem no mundo das ideias. 
o O mundo sensível seria composto por coisas 昀sicas e materiais que podemos ver, ouvir, tocar, 
cheirar e saborear é o mundo em que vivemos. 
o Mundo das Ideias: É um reino transcendente e imaterial. Nele, existem formas perfeitas e 
imutáveis de todas as coisas que percebemos no mundo sensível. 
- Ele também defendia um dualismo entre o mundo material e o mundo das formas ou ideias. 
A Alegoria da Caverna: 
Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 4 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
mundo das formas ou ideias 
perfeitas e eternas, das 
quais as coisas no mundo 
sensível são apenas cópias 
imperfeitas. 
- Platão representa a realidade como uma caverna escura, onde prisioneiros estão acorrentados desde 
a infância, de costas para a entrada. Eles só podem ver as sombras das formas projetadas na parede 
à sua frente, criadas pela luz que entra através de uma fogueira situada atrás deles. Essas sombras 
são sua única percepção da realidade. 
o as sombras não são reais. São apenas uma representação distorcida e limitada da realidade. 
- A concepção de conhecimento presente na Alegoria da Caverna é a ideia de que o conhecimento 
genuíno não pode ser ob琀椀do apenas através dos sen琀椀dos ou da percepção sensorial. 
- A verdadeira compreensão requer um processo de educação e re昀氀exão que transcenda as aparências 
super昀椀ciais e as opiniões comuns. 
- O prisioneiro só alcança o verdadeiro conhecimento quando é capaz de ver as coisas como elas 
realmente são, além das sombras ilusórias na caverna, e reconhecer a existência do mundo das 
formas ideais. 
O Banquete: 
- Platão foi o autor do diálogo 昀椀losó昀椀co in琀椀tulado “O banquete”, que aborda uma conversação acerca 
do amor (Eros), que teve como par琀椀cipantes Apolodoro, Fedro, Agatão, Sócrates e outros. Nesse 
diálogo, aparece a famosa concepção do amor exposto por Sócrates, que por sua vez, narra o que lhe 
falou a sacerdo琀椀sa Dio琀椀ma. 
- Ele via o processo de conhecimento como uma jornada de ascensão do mundo sensível para o mundo 
das ideias, onde a verdadeira realidade reside. 
 
Aristóteles 
 
- 384 - 322 a.C. 
- Desenvolveu uma vasta 
gama de disciplinas, 
incluindo lógica, meta昀sica, 
é琀椀ca, polí琀椀ca, 昀sica e 
biologia. 
- Discípulo de Platão, rompe com os ensinamentos do mestre após a sua morte e desenvolve o seu 
próprio sistema, rejeitando a teoria das ideias e o dualismo platônico. 
- Como alterna琀椀va propõe, em sua Meta昀sica, uma concepção de real que parte da substância 
individual, composta de matéria e forma (indissociáveis) 
- A matéria é o que os torna diferentes uns dos outros, enquanto a forma é como essa matéria é 
organizada em cada indivíduo 
Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 5 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
- Teoria da Causalidade e 
Lógica Aristotélica: 
- Aristóteles desenvolveu 
uma teoria complexa de 
causas e uma lógica formal 
que in昀氀uenciou 
profundamente o 
pensamento ocidental. 
- A visão aristotélica supõe que tudo na realidade possui uma 昀椀nalidade. A natureza apresenta uma 
regularidade, uma ordem, e isso não pode ser obra do acaso: deve exis琀椀r um propósito. 
- A mesma estratégia argumenta琀椀va é usada na noção de causa e do problema da causalidade ao 
introduzir sua Teoria das Quatro Causas 
1. Causa formal. Trata-se da forma ou modelo que faz com que a coisa seja o que é 
2. Causa material. É o elemento cons琀椀tuinte da coisa, a matéria de que é feita. 
3. Causa e昀椀ciente. Consiste na fonte primária da mudança, o agente da transformação da coisa. 
4. Causa 昀椀nal. Trata-se do obje琀椀vo, propósito, 昀椀nalidade da coisa. 
- a teoria aristotélica sobre o conhecimento destaca a interação entre a experiência sensorial, a razão 
e a intuição na formação do entendimento humano 
- Aristóteles defende que o conhecimento verdadeiro é adquirido por meio da observação empírica e 
da investigação científica do mundo físico. 
Santo Agos琀椀nho 
 
- 354 - 430 d.C. 
- Patrís琀椀ca 
- Teoria da Iluminação onde 
o conhecimento é ob琀椀do 
por meio da graça divina. 
- Foi in昀氀uenciado pela 昀椀loso昀椀a de Platão, especialmente em relação à questão da alma e do bem. 
- Ofereceu uma visão integradora da fé e da razão. 
- Ele acreditava que a 昀椀loso昀椀a pode servir como um caminho que prepara o terreno para a aceitação 
da fé, mas é a fé que verdadeiramente ilumina e transforma a alma 
- Foi um dos principais pensadores da Patrística, período em que os pais da Igreja buscavam conciliar 
a fé cristã com a filosofia grega. 
- Agos琀椀nho, bispo de Hipona, viveu na Alta Idade Média, momento em que havia grande in昀氀uência dos 
padres da Igreja, integrando o movimento denominado de Patrís琀椀ca. 
 Neste período, buscar a aliança entre razão e fé signi昀椀cava reconhecer a razão como uma auxiliar da 
fé, ú琀椀l somente para jus琀椀昀椀cá-la, sendo assim, a 昀椀loso昀椀a subordinada à religião. 
- Agos琀椀nho retomou a 昀椀loso昀椀a platônica da dicotomia entre o mundo sensível e o mundo das ideias, 
mas subs琀椀tuiu este úl琀椀mo pelas ideias divinas 
- Criou a teoria da Iluminação, segundo a qual recebemos de Deus o conhecimento das verdades 
eternas. 
Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 6 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
- Ele também desenvolveu uma teologia baseada na noção de Deus como ser supremo, eterno e 
amoroso, que criou o mundo e governa sobre todas as coisas. 
São Tomás de 
Aquino 
 
- 1225 - 1274 
- Escolás琀椀ca 
- Síntese entre a fé cristã e a 
razão aristotélica. 
- Escolás琀椀ca é o período da 
昀椀loso昀椀a medieval que segue 
a Patrís琀椀ca. 
 
- São Tomás de Aquino é um 
dos principais 昀椀lósofos da 
Escolás琀椀ca. 
 
- Sinte琀椀zou a 昀椀loso昀椀a aristotélica com a teologia cristã, u琀椀lizando a razão para compreender a fé 
- Seu uso da razão para explicar dogmas religiosos foi cri琀椀cado por alguns teólogos ortodoxos, que 
acreditavam na primazia da fé sobre a razão. 
- São Tomás de Aquino se con昀椀gurou como um dos maiores expoentes da escolás琀椀ca,ao efetuar uma 
releitura da 昀椀loso昀椀a de Aristóteles à luz do cris琀椀anismo. 
- Aristóteles foi o 昀椀lósofo grego que exerceu maior in昀氀uência sobre o pensamento de Santo Tomás de Aquino 
- No período escolás琀椀co, foi estabelecida uma aliança entre a razão e a fé, na qual a razão era 
considerada “serva da teologia”. 
- Coube a Tomás de Aquino a tarefa de mostrar a solução de昀椀ni琀椀va para o con昀氀ito existente nas 
relações entre a razão e a fé. 
- Para São Tomás a Filoso昀椀a e a Teologia são conhecimentos dis琀椀ntos, porque a Filoso昀椀a se 
fundamenta no exercício da razão humana e a Teologia na revelação divina (na fé). 
- Apesar de serem independentes, apresentam, por vezes, os objetos de estudo comuns, como a 
existência de Deus, a essência da alma, entre outros. Por esse mo琀椀vo, a dis琀椀nção entre essas ciências 
tem origem mais do objeto formal, pois a teologia estuda o dogma pelo método da autoridade ou 
da revelação, e a 昀椀loso昀椀a o analisa pela demonstração cien琀昀椀ca ou pela razão. Portanto, teologia e 
昀椀loso昀椀a não são ciências contraditórias, pois ambas procuram a verdade, e esta é uma só. 
- Para Tomás de Aquino, nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sen琀椀dos, mo琀椀vo 
pelo qual não podemos ter de Deus, de pronto, uma noção imediata. 
- Com o obje琀椀vo de provar sua existência, Tomás procede a posteriori, ou seja, não da ideia de Deus, 
mas sim dos efeitos por Ele proporcionados. Dessa forma, ele u琀椀liza o mundo sensível, cuja existência 
é dada pelos sen琀椀dos como ponto de par琀椀da, bem como a meta昀sica de Aristóteles, para demonstrar 
a existência de Deus 
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 7 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
Descartes - 1596 - 1650 
- Racionalismo 
- Cogito ergo sum 
 
 
- Dualismo cartesiano, que 
separa o mundo 昀sico 
(corpo) do mundo mental 
(mente ou alma). 
 
- Descartes é conhecido por sua famosa frase "Penso, logo existo", que expressa a certeza do próprio 
pensamento como ponto de par琀椀da irrefutável para a busca do conhecimento. Ele também defendia 
um dualismo entre mente (res cogitans) e matéria (res extensa). 
- Ele argumentou que, mesmo que duvidemos de tudo, inclusive da existência do mundo material e da 
própria natureza da realidade, não podemos duvidar do fato de que estamos pensando. O ato de 
pensar, segundo Descartes, é indubitável e é uma experiência direta da consciência. 
- Ênfase na dúvida metódica visando ao conhecimento indubitável. 
- Seu dualismo mente-corpo e sua ênfase no raciocínio dedu琀椀vo foram cri琀椀cados por 昀椀lósofos 
empiristas como Locke, que enfa琀椀zavam a experiência sensorial como fonte primária de 
conhecimento. 
- “Cogito" é uma palavra la琀椀na que signi昀椀ca "eu penso". Essa famosa expressão faz parte de uma de 
suas proposições 昀椀losó昀椀cas mais conhecidas: "Cogito, ergo sum", que traduzido para o português 
signi昀椀ca "Eu penso, logo existo". 
Locke - 1632 - 1704 
- Defensor do empirismo; 
teoria da tabula rasa 
- Locke acreditava que a mente humana é uma "tábula rasa" no nascimento, ou seja, uma folha em 
branco, e que todo o conhecimento vem da experiência sensorial. 
- Locke é empirista e critica a teoria das ideias inatas de Descartes. Dessa forma, para Locke o 
conhecimento só começa após a experiência sensível e, portanto, não existem ideias inatas. 
Kant - 1724 - 1804 
- Cri琀椀cismo 
- Crí琀椀ca da Razão Pura; é琀椀ca 
deontológica 
- não são os sujeitos que se conformam aos objetos, mas sim os objetos que se conformam às 
faculdades do sujeito. 
- Para ele, o conhecimento é cons琀椀tuído de forma e matéria. A forma do conhecimento é dada pela 
razão, que é uma estrutura a priori, isto é, anterior à experiência e independente dela. Já os seus 
conteúdos são empíricos, ou seja, a matéria do conhecimento depende da experiência que temos 
com os objetos. 
- Dessa forma, enquanto os racionalistas privilegiam a razão no processo de conhecimento e os 
empiristas, a experiência sensível, Kant realiza uma espécie de síntese entre as duas concepções. Para 
ele, o conteúdo do conhecimento vem de fora, isto é, do mundo exterior, mas esse conteúdo adapta-
se à nossa forma de conhecer, isto é, à nossa estrutura racional interior. 
Baixado por Bruna Santos (brubsantos60@gmail.com)
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04/04/2024 História do Pensamento Filosó昀椀co 8 
Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
- Ele também cri琀椀cou a meta昀sica tradicional e os limites da razão pura. 
- Kant introduziu a dis琀椀nção entre conhecimento a priori e a posteriori em sua 昀椀loso昀椀a. Segundo ele, 
o conhecimento a priori é independente da experiência sensorial e é baseado em estruturas 
cognitivas inatas da mente humana, enquanto o conhecimento a posteriori é adquirido através da 
experiência empírica. 
- Na teoria kan琀椀ana, o conhecimento a priori está relacionado com as categorias do entendimento, 
que são princípios fundamentais que organizam e estruturam nossa experiência. Essas categorias são 
aplicadas aos dados sensoriais para formar o conhecimento. 
- Kant argumenta que o conhecimento a priori não acrescenta nada aos objetos além do que é 
fornecido pelo sujeito pensante. Ou seja, as categorias do entendimento moldam a maneira como 
percebemos e compreendemos os objetos, mas não adicionam caracterís琀椀cas aos objetos que não 
derivem das estruturas cogni琀椀vas do sujeito. 
Hegel - 1770 - 1831 
- Dialé琀椀ca hegeliana; 
idealismo obje琀椀vo 
- Hegel desenvolveu uma abordagem dialé琀椀ca da história e da 昀椀loso昀椀a, argumentando que o progresso 
humano ocorre por meio de contradições e sínteses sucessivas. Ele também defendia um idealismo 
que via a realidade como um processo dialé琀椀co de autodesenvolvimento. 
- Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de uni昀椀car o dualismo de Kant, subs琀椀tuiu o eu de Fichte e o 
absoluto de Schelling por outra en琀椀dade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser submetida 
necessariamente a um processo de evolução dialética, regido pela marcha triádica da tese, da antítese 
e da síntese. 
- A dialé琀椀ca, noção defendida por Hegel, caracteriza-se: pela oposição entre a a昀椀rmação e a negação, 
produzindo uma superação. 
- Segundo Hegel, a dialé琀椀ca opera em três estágios: a tese (uma ideia ou estado de coisas), a an琀tese 
(uma oposição ou contradição à tese) e a síntese (uma resolução ou reconciliação das contradições). 
Esse processo dialé琀椀co ocorre em esferas como história, sociedade, natureza e pensamento 
昀椀losó昀椀co. 
 
 
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Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
Friedrich Nietzsche - Iniciou sua obra por meio de 
uma re昀氀exão sobre a cultura 
grega. Iden琀椀昀椀cou 
dois elementos principais: 
 Espírito apolíneo: 
ordem, harmonia e 
razão. 
 Espírito dionisíaco: 
sen琀椀mento, ação e 
emoção. 
 No Ocidente, o espírito 
apolíneo teria triunfado, 
sufocando tudo o que é 
a昀椀rma琀椀vo da vida. 
- 
- Faz fortes crí琀椀cas: 
 aos valores tradicionais da cultura ocidental que, para ele, são decadentes e contrários 
à cria琀椀vidade e à espontaneidade da natureza humana; 
 ao racionalismo: o mundo não tem ordem, estrutura, forma; nele tudo “dança aos pés 
do acaso”; 
 às religiões: desvalorização desse mundo e recompensas no além. Tornam o homem fraco 
e com sen琀椀mento de culpa; 
 às verdades absolutas: inclusive provenientes de divindades. “Deus morreu e quem o matou 
fomos nós” (Nietzsche). 
 Defesas: 
 Niilismo (nada): doutrina que nega a existência do absoluto. Usado pelo autor paradesignar a 
ruína dos valores tradicionais. 
 A tarefa da 昀椀loso昀椀a deveria ser a de transmutar os valores decadentes e libertar os homens, 
criar um novo 琀椀po de homem. 
 Resgate dos elementos dionisíacos (alegria, inspiração, exaltação à vida). 
 Que não se espere nada do além. Que se ame a existência como ela é. 
 Que cada um resgate suas forças vitais para enfrentar e viver a vida. 
Sigmund Freud - Com a descoberta do 
inconsciente, Freud destrói 
a 
con昀椀ança no poder da 
razão, caracterís琀椀ca 
marcante 
da ciência moderna. 
 
- Freud e o golpe na iden琀椀dade racional cartesiana 
- Se tudo é possível ao homem por meio da razão, o que dizer das ações impulsionadas 
pelo inconsciente? 
- E dos mecanismos de censura? 
- A vida civilizada implica na repressão dos ins琀椀ntos e dos desejos. 
- O controle dos ins琀椀ntos e dos desejos se faz necessário para a harmonia social. 
- Os ins琀椀ntos reprimidos podem ser sublimados 
ou gerar frustrações. 
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Filósofo Teorias, Crenças e Correntes 
昀椀losó昀椀cas 
Pressupostos, Princípios e 
Teoria do Conhecimento 
- As feridas narcísicas: 
- Copérnico re琀椀rou a Terra do centro do universo. 
- Darwin 琀椀rou o ser humano do centro do reino animal. 
- O inconsciente 琀椀rou o homem do centro de si mesmo. 
- A ideologia 琀椀rou o indivíduo do centro da história (Marx). 
Michel Foucault - Disciplinar 
- Sociedade disciplinar: 
criação e extensão 
progressiva de disposi琀椀vos 
de disciplina 
em ins琀椀tuições fechadas, 
voltadas para o controle 
social, tais como prisões, 
orfanatos, reformatórios, 
asilos de miseráveis e 
“vagabundos”, hospícios, 
quartéis e escolas. 
- Modelos disciplinares: 
religioso (silêncio) e militar 
(hierarquia, 昀椀leiras). 
- O controle subme琀椀do ao 
olhar vigilante se introjetou 
no próprio indivíduo. 
- Inves琀椀gando como as ideias de loucura, disciplina e sexualidade foram sendo construídas 
ao longo do século XVI, estabelece um nexo entre saber e poder. 
- Saber e poder se implicam mutuamente. 
- A prá琀椀ca do poder possibilita desenvolver um saber. 
- À medida que a burguesia se tornou detentora de poder, precisou de uma disciplina 
que transformasse o corpo em força de trabalho. 
- Para Foucault, a verdade está relacionada 
a prá琀椀cas de poder. 
- Quem está no poder impõe o que é verdade 
em determinado momento. 
- 
 
 
 
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O SURGIMENTO DA FILOSOFIA 
Como surge a Filoso昀椀a? Ela surge repen琀椀namente ou de modo lento e grada琀椀vo? Como ocorre a transição do pensamento mí琀椀co para o pensamento 
昀椀losó昀椀co? Essa transição foi um processo lento e grada琀椀vo e não signi昀椀cou o desaparecimento das concepções mí琀椀cas. Segundo Jean Pierre Vernant, 
em As origens do pensamento grego, esse pensamento racional denominado de Filoso昀椀a foi propiciado pelas formas de organização social, polí琀椀ca e 
econômica da cidade-estado, assim, pode-se a昀椀rmar que a 昀椀loso昀椀a é 昀椀lha da polis grega. 
 
A PASSAGEM DO PENSAMENTO MÍTICO PARA O PENSAMENTO FILOSÓFICO-CIENTÍFICO 
O pensamento mítico consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive: a origem do mundo, 
1. O funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores básicos. 
2. O mito caracteriza-se sobretudo pelo modo como estas explicações são dadas, ou seja, pelo 琀椀po de discurso que cons琀椀tui. O próprio termo grego 
mythos (μυθoσ) signi昀椀ca um 琀椀po bastante especial de discurso, o discurso 昀椀ccional ou imaginário, sendo por vezes até mesmo sinônimo de 
“men琀椀ra”. 
o As lendas e narrativas míticas não são produto de um autor ou autores, mas parte da tradição cultural e folclórica de um povo. 
o Por ser parte de uma tradição cultural, o mito configura assim a própria visão de mundo dos indivíduos, a sua maneira mesmo de vivenciar 
esta realidade. Nesse sentido, o pensamento mítico pressupõe a adesão, a aceitação dos indivíduos, na medida em que constitui as formas 
de sua experiência do real. 
o Um dos elementos centrais do pensamento mítico e de sua forma de explicar a realidade é o apelo ao sobrenatural, ao mistério, ao 
sagrado, à magia. As causas dos fenômenos naturais, aquilo que acontece aos homens, tudo é governado por uma realidade exterior ao 
mundo humano e natural, superior, misteriosa, divina, a qual só os sacerdotes, os magos, os iniciados, são capazes de interpretar, ainda 
que apenas parcialmente. São os deuses, os espíritos, o destino que governam a natureza, o homem, a própria sociedade. . 
 
O pensamento filosófico-científico representa assim uma ruptura bastante radical com o pensamento mítico, enquanto forma de explicar a realidade. 
 
3. Entretanto, se o pensamento 昀椀losó昀椀co-cien琀昀椀co surge por volta do séc.VI a.C., essa ruptura com o pensamento mí琀椀co não se dá de forma completa 
e imediata. Ou seja, o surgimento desse novo 琀椀po de explicação não signi昀椀ca o desaparecimento por completo do mito, do qual aliás sobrevivem 
muitos elementos mesmo em nossa sociedade contemporânea, em nossas crenças, supers琀椀ções, fantasias etc., isto é, em nosso imaginário. O 
mito sobrevive ainda que vá progressivamente mudando de função, passando a ser antes parte da tradição cultural do povo grego do que a forma 
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básica de explicação da realidade. Contudo, sua in昀氀uência permanece, mesmo em escolas de pensamento 昀椀losó昀椀co como o pitagorismo e na obra 
de Platão. É nesse sen琀椀do que devemos entender a permanência da referência aos deuses nos 昀椀lósofos gregos daquele período. 
4. É claro que essa mudança de papel do pensamento mí琀椀co, bem como a perda de seu poder explica琀椀vo, resultam de um longo período de transição 
e de transformação da própria sociedade grega, que tornam possível o surgimento do pensamento 昀椀losó昀椀co-cien琀昀椀co no séc. VI a.C. 
 A par琀椀r da invasão da Grécia pelas tribos dóricas vindas provavelmente da Ásia central em torno de 900 a 750 a.C., começam a surgir as cidades-
Estado, nas quais haverá uma par琀椀cipação polí琀椀ca mais a琀椀va dos cidadãos, e uma progressiva secularização da sociedade. A religião vai tendo 
seu papel reduzido, paralelamente ao surgimento de uma nova ordem econômica baseada agora em a琀椀vidades comerciais e mercan琀椀s. 
 O pensamento mí琀椀co, com seu apelo ao sobrenatural e aos mistérios, vai assim deixando de sa琀椀sfazer às necessidades da nova organização 
social, mais preocupada com a realidade concreta, com a a琀椀vidade polí琀椀ca mais intensa e com as trocas comerciais. É nesse contexto que o 
pensamento 昀椀losó昀椀co-cien琀昀椀co encontrará as condições favoráveis para o seu nascimento. 
 É Aristóteles, como dissemos acima, que afirma ser Tales de Mileto, no séc. VI a.C., o iniciador do pensamento filosófico-científico. Podemos 
considerar que este pensamento nasce basicamente de uma insatisfação com o tipo de explicação do real que encontramos no pensamento 
mítico. 
 
OS PRÉ-SOCRÁTICOS 
Os primeiros 昀椀lósofos da Grécia an琀椀ga, que viveram por volta do século VI a.C. Eles buscavam explicar a natureza e o mundo ao seu redor sem recorrer a 
divindades ou forças sobrenaturais, diferenciando-se assim da tradição mí琀椀ca. Seu pensamento era naturalista, focado em entender a natureza com base 
em causas puramente naturais. 
Parmênides e Heráclito foram dois importantes pré-socrá琀椀cos. Eles representam correntesde pensamento rivais na 昀椀loso昀椀a grega. Parmênides defendia 
uma visão monista, onde o Ser é a realidade única subjacente à diversidade das coisas, cri琀椀cando a ideia de movimento como apenas uma ilusão. Já 
Heráclito par琀椀a do movimento como fundamental para entender o real, vendo o con昀氀ito entre opostos como a causa desse movimento. Ele também 
enfa琀椀zava o conceito de logos, que indicava a racionalidade do real. 
As obras desses 昀椀lósofos se perderam, e o que conhecemos de seus pensamentos são apenas fragmentos e citações em obras de 昀椀lósofos posteriores 
como Platão e Aristóteles. Essa falta de material original torna a interpretação de sua 昀椀loso昀椀a bastante desa昀椀adora. 
 
COSMOGONIA X COSMOLOGIA 
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Uma cosmogonia é uma explicação mitológica a respeito da origem das coisas, dis琀椀nta, portanto, da cosmologia, que pode ser entendida como uma 
inves琀椀gação racional a respeito do cosmos (a totalidade das coisas). 
Apesar das inúmeras diferenças que separam as duas formas de discurso a respeito da totalidade das coisas, tanto a cosmogonia como a cosmologia 
possuem algo em comum: buscam explicar a totalidade das coisas (cosmos) 
 
 
CRITICISMO 
O cri琀椀cismo ar琀椀culou-se em torno a três questões: 
 o que posso conhecer? 
 o que devo fazer? e 
 o que me é lícito esperar? 
Para que estas três questões permi琀椀ssem um avanço da razão, elas foram reunidas em uma quarta: 
 o que é o homem? 
E essa a questão que Heidegger (1889-1976), no século que termina, retoma por um outro caminho" (STEIN, 1997, p.105). Entre Kant e Heidegger existe 
a contribuição de Husserl (1859-1938), a ele coube deixar a compreensão mais subje琀椀va da representação do real, própria do kan琀椀smo, para realçar o 
aspecto obje琀椀vo, "na ida intencional As coisas mesmas" (REALE, 1999, p.14). Husserl nos ensinou que a experiência do mundo natural, pela qual podemos 
estudar as causas e submetê-las a leis, guarda um sen琀椀do originário de vivência direta. Esta nova realidade é a base da experiência cultural, descoberta 
como uma ampliação da experiência natural. Como nos explicou Reale (1994, p.16): 
desde Husserl, se dis琀椀ngue melhor a experiência natural da experiência é琀椀ca, desenvolvendo-se a primeira segundo relações de causalidade, 
enquanto a segunda depende de causa mo琀椀vacional, a qual re昀氀ete a intencionalidade da consciência. em razão de mo琀椀vos que podemos tratar 
da experiência é琀椀ca, que abrange o social. 
ATITUDE FILOSÓFICA INDAGA: O que é? Como é? Por que é?, São perguntas sobre a essência, a signi昀椀cação ou a estrutura e a origem de todas as 
coisas. É uma forma consciente e crí琀椀ca de compreender o mundo e a realidade, por meio do uso da re昀氀exão. 
REFLEXÃO FILOSÓFICA INDAGA: Por quê?, O quê?, Para quê?, dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da re昀氀exão. São perguntas 
sobre a capacidade e a 昀椀nalidade humanas para conhecer e agir. 
OS SOFISTAS: A necessidade de explicar o próprio ponto de vista es琀椀mulou os gregos a se prepararem para defender as próprias ideias. 
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Para isso, contrataram mestres (so昀椀sté), que ensinavam a defesa das opiniões, geralmente de forma brilhante, mas sem qualquer comprome琀椀mento com 
a verdade. Por esse mo琀椀vo, os so昀椀stas perderam pres琀gio social, e so昀椀sma passou a designar a argumentação apenas aparentemente correta. 
A razão é que os So昀椀stas falavam sobre tudo, sem a preocupação de explicar com clareza e obje琀椀vidade o que diziam. Eles valorizavam mais a retórica e 
a persuasão do que a busca pela verdade absoluta. 
Apesar da importante contribuição dos so昀椀stas, em formar para atuação democrá琀椀ca, eles também receberam crí琀椀cas de Sócrates, Platão e Aristóteles. 
Essas crí琀椀cas eram feitas pelo fato dos so昀椀stas cobrarem para ensinar e, também, por defenderem certo rela琀椀vismo e não se preocuparem com a busca 
da verdade, como fazia Sócrates. 
 
MITO - A leitura apressada do mito nos leva a compreendê-lo como uma maneira fantasiosa de explicar a realidade, quando esta ainda não foi jus琀椀昀椀cada 
pela razão. Sob esse enfoque, os mitos seriam lendas, fábulas, crendices e, portanto, um 琀椀po inferior de conhecimento, a ser superado por explicações 
mais racionais. Tanto é que, na linguagem comum, costuma-se iden琀椀昀椀car o mito à men琀椀ra. 
 
A CONSCIÊNCIA MÍTICA E AS FUNÇÕES DO MITO 
1. Como processo de compreensão da realidade, o mito não é lenda, pura fantasia, mas verdade. Quando pensamos em verdade, é comum nos 
referirmos à coerência lógica, garan琀椀da pelo rigor da argumentação e pela apresentação de provas. A verdade do mito, porém, resulta de uma 
intuição compreensiva da realidade, cujas raízes se fundam na emoção e na afe琀椀vidade. 
2. Nesse sen琀椀do, antes de interpretar o mundo de maneira argumenta琀椀va, o mito expressa o que desejamos ou tememos, como somos atraídos 
pelas coisas ou como delas nos afastamos. 
Não se trata, porém, de qualquer intuição. Para melhor circunscrever o conceito de mito, precisamos de outro componente - o mistério - , pois 
ele sempre é um enigma a ser decifrado e como tal representa nosso espanto diante do mundo. O mistério é algo que não podemos compreender, por 
ser inacessível à razão e depender da fé. Um problema é algo que ainda não compreendemos, mas cuja resposta nos esforçamos para descobrir. 
Segundo alguns intérpretes, o "falar sobre o mundo" simbolizado pelo mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os 
temores e a angús琀椀a diante do desconhecido, do perigo e da morte. Para tanto, os relatos mí琀椀cos se sustentam na crença, na fé em forças superiores 
que protegem ou ameaçam, recompensam ou cas琀椀gam. 
 
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Epopéias representam fatos e mitos recolhidos por diversos autores, o que se veri昀椀ca pela diversidade de es琀椀los dos dois poemas e pelas passagens 
indica琀椀vas de períodos históricos diferentes. 
Na vida dos gregos, as epopeias desempenharam um papel pedagógico signi昀椀ca琀椀vo. Descreviam a história grega - o período da civilização micênica- e 
transmi琀椀am os valores culturais mediante o relato das realizações dos deuses e dos antepassados. Por expressarem uma concepção de vida, desde cedo 
as crianças decoravam passagens desses poemas. 
As ações heroicas relatadas nas epopeias mostram a constante intervenção dos deuses, ora para auxiliar o protegido, ora para perseguir o inimigo. O 
indivíduo é presa do Des琀椀no, que é 昀椀xo, imutável. Assim diz o troiano Heitor: 
Nenhum homem me fará descer à casa de Hades contrariando o meu des琀椀no. Nenhum homem, a昀椀rmo, jamais escapou de seu des琀椀no, seja covarde ou 
bravo, depois de haver nascido. 
 
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