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PROFESSOR
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Administração 
de Materiais e 
Logística
ACESSE AQUI O SEU 
LIVRO NA VERSÃO 
DIGITAL!
EXPEDIENTE
Coordenador(a) de Conteúdo 
Luciano Santana Pereira
Projeto Gráfico e Capa
André Morais, Arthur Cantareli e 
Matheus Silva
Editoração
Alan da Silva Francisco
Design Educacional
Rossana Costa Giani
Curadoria
Luana Brutscher e 
Raiane Real Martinelli
Revisão Textual
Ana Caroline Canuto de Sousa Baniogli
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Fotos
Shutterstock
DIREÇÃO UNICESUMAR
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia 
Coelho Diretoria de Cursos Híbridos Fabricio Ricardo Lazilha Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Diretoria de 
Design Educacional Paula R. dos Santos Ferreira Head de Graduação Marcia de Souza Head de Metodologias Ativas 
Thuinie M.Vilela Daros Head de Recursos Digitais e Multimídia Fernanda S. de Oliveira Mello Gerência de 
Planejamento Jislaine C. da Silva Gerência de Design Educacional Guilherme G. Leal Clauman Gerência de Tecnologia 
Educacional Marcio A. Wecker Gerência de Produção Digital e Recursos Educacionais Digitais Diogo R. Garcia 
Supervisora de Produção Digital Daniele Correia Supervisora de Design Educacional e Curadoria Indiara Beltrame
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de 
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino 
de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 | Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Impresso por: 
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. OLIVEIRA, Adriano 
Aparecido de.
Administração de Materiais e Logística. Adriano 
Aparecido de Oliveira. Maringá - PR: Unicesumar, 2022. 
196 p.
ISBN 978-85-459-2132-5 
“Graduação - EaD”. 
1. Administração 2. Materiais 3. Logística. 4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 658.4 
FICHA CATALOGRÁFICA
Reitor 
Wilson de Matos Silva
A UniCesumar celebra os seus 30 anos de história 
avançando a cada dia. Agora, enquanto Universidade, 
ampliamos a nossa autonomia e trabalhamos diaria-
mente para que nossa educação à distância continue 
como uma das melhores do Brasil. Atuamos sobre 
quatro pilares que consolidam a visão abrangente 
do que é o conhecimento para nós: o intelectual, o 
profissional, o emocional e o espiritual.
A nossa missão é a de “Promover a educação de 
qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, for-
mando profissionais cidadãos que contribuam para o 
desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária”. 
Neste sentido, a UniCesumar tem um gênio impor-
tante para o cumprimento integral desta missão: o 
coletivo. São os nossos professores e equipe que 
produzem a cada dia uma inovação, uma transforma-
ção na forma de pensar e de aprender. É assim que 
fazemos juntos um novo conhecimento diariamente.
São mais de 800 títulos de livros didáticos como este 
produzidos anualmente, com a distribuição de mais 
de 2 milhões de exemplares gratuitamente para nos-
sos acadêmicos. Estamos presentes em mais de 700 
polos EAD e cinco campi: Maringá, Curitiba, Londrina, 
Ponta Grossa e Corumbá, o que nos posiciona entre 
os 10 maiores grupos educacionais do país.
Aprendemos e escrevemos juntos esta belíssima 
história da jornada do conhecimento. Mário Quin-
tana diz que “Livros não mudam o mundo, quem 
muda o mundo são as pessoas. Os livros só 
mudam as pessoas”. Seja bem-vindo à oportu-
nidade de fazer a sua mudança!
Tudo isso para honrarmos a 
nossa missão, que é promover 
a educação de qualidade nas 
diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais 
cidadãos que contribuam para 
o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Olá aluno (a), seja bem-vindo (a) em uma nova jornada do 
conhecimento, eu sou o professor Adriano Aparecido de 
Oliveira e, juntos, iremos conhecer algumas especificidades 
da disciplina de Administração de Materiais e Logística.
Sou Mestre em Administração, Especialista em Contro-
ladoria e Gerência Financeira e Graduado em Administra-
ção, além de outras formações em educação a distância. 
Tenho experiência no varejo e na indústria há oito anos. 
Trabalho com diversas disciplinas voltadas para a gestão 
como formador e conteudista, entre elas Empreendedo-
rismo, Logística, Projetos, Teorias da Administração e Sis-
temas de Informação. 
Nas horas vagas, eu gosto de jogar Xbox com alguns 
amigos da época de faculdade, fazer uma boa leitura e 
também assistir algumas séries, filmes e documentários 
nas plataformas de Streaming. Sou casado e pai de dois 
filhos.
http://lattes.cnpq.br/0964109064564028
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11139
É muito comum os gestores da área de logística brincarem entre si, dizendo que todo 
mundo pode tirar férias, menos quem é da área de logística. Obviamente, que os pro-
fissionais da área podem tirar férias, mas a logística não, afinal, tudo que utilizamos 
em nosso cotidiano depende da logística. Assim, meu caro aluno (a), para você, qual é 
a importância da logística?
Neste sentido, podemos então, definir a logística como o gerenciamento do fluxo 
de mercadorias, desde o fornecedor até o cliente final, contemplando atividades que 
estão direcionadas para o planejamento dos recursos, armazenamento, definição de 
modais, distribuição etc., garantindo a entrega das mercadorias dentro do período 
estabelecido na negociação.
A logística trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana em todos os meses do 
ano, isto para que possamos ter acesso a uma infinidade de produtos que utilizamos 
em nosso dia a dia. Portanto, sempre que precisarmos realizar qualquer tipo de movi-
mentação de mercadorias, estaremos falando de logística.
Assim, a logística possui alguns desafios. O primeiro deles seria em como aten-
der basicamente às necessidades dos clientes ao menor custo possível, mas isto nem 
sempre é viável e gera uma relação antagônica, afinal, menos custos significa quase 
sempre, menos atividades que agregam valor a cadeia de abastecimento, portanto, o 
gestor terá que buscar o ponto de equilíbrio nesta equação.
O segundo ponto que eu destaco entre os desafios da logística, é dar celeridade, ter 
disponibilidade e gerar confiança no processo. Os clientes da logística dependem de um 
serviço eficiente, isto para reduzir os seus próprios custos e aumentar a eficiência dos 
seus fluxos de trabalho. Dentro destes três requisitos, temos elementos que, muitas 
vezes, fogem do controle da empresa, por exemplo, a velocidade, isto depende de uma 
série de fatores como trânsito, tempo e até mesmo tecnologia apropriada.
Assim, no cenário atual, a logística demanda uma maximização nas gestões dos 
seus recursos, isto para que seja possível superar os seus próprios desafios e se manter 
competitiva no mundo dos negócios.
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E LOGÍSTICA
A logística deixou há muito tempo de ser uma área operacional, para se tornar uma 
área estratégica para as empresas. Desta forma a pergunta que fica como reflexão, 
neste momento, e ajudará você a gerar muitas ideias para o seu negócio é a seguinte: 
como podemos utilizar a logística como estratégia de negócio?
Sabe a coisa mais legal deste livro? É que ele vai ajudar nós a responder à pergunta 
anterior, afinal, preparamos uma jornada com vários temas que vão ajudar você a 
entender um pouco mais sobre as especificidades e o planejamento da logística.
Assim, ao longo do livro, iremos estudar a gestão de materiais e sua importância 
em termos logísticos. Abordaremos também, a logística empresarial, contemplando 
a forma tradicionalde realizar movimentação de materiais e as principais tecnolo-
gias de apoio à logística.
Estudaremos também, a gestão da cadeia de suprimentos, baseado na cooperação e 
a colaboração, além de apresentar as principais tendências operacionais e tecnológicas.
Como você pode ver estimado(a) aluno (a) este livro reservou muita coisa legal 
e interessante para ser utilizado na sua vida profissional. Assim, eu gostaria que na 
medida em que você avance nas leituras, vá buscando empresas que são exemplos de 
boas práticas em logística, por exemplo, DHL Logística, Amazon, Magazine Luiza e por aí 
vai. Anote todas as suas percepções sobre essas empresas.
E por fim, após uma leitura muito proveitosa, eu gostaria que você, aluno (a), res-
pondesse a seguinte pergunta: como a logística poderá agregar valor aos produtos e 
serviços e ajudar a sua empresa a se tornar mais competitiva?
 Responder essa pergunta não é uma tarefa das mais fáceis, afinal, exigirá co-
nhecimento de logística. Entretanto, respondendo essa pergunta de forma satisfatória, 
você deixará esse professor que vos escreve muito satisfeito. Bons estudos!
IMERSÃO
RECURSOS DE
Ao longo do livro, você será convida-
do(a) a refletir, questionar e trans-
formar. Aproveite este momento.
PENSANDO JUNTOS
NOVAS DESCOBERTAS
Enquanto estuda, você pode aces-
sar conteúdos online que amplia-
ram a discussão sobre os assuntos 
de maneira interativa usando a tec-
nologia a seu favor.
Sempre que encontrar esse ícone, 
esteja conectado à internet e inicie 
o aplicativo Unicesumar Experien-
ce. Aproxime seu dispositivo móvel 
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex-
plore as ferramentas do App para 
saber das possibilidades de intera-
ção de cada objeto.
REALIDADE AUMENTADA
Uma dose extra de conhecimento 
é sempre bem-vinda. Posicionando 
seu leitor de QRCode sobre o códi-
go, você terá acesso aos vídeos que 
complementam o assunto discutido.
PÍLULA DE APRENDIZAGEM
OLHAR CONCEITUAL
Neste elemento, você encontrará di-
versas informações que serão apre-
sentadas na forma de infográficos, 
esquemas e fluxogramas os quais te 
ajudarão no entendimento do con-
teúdo de forma rápida e clara
Professores especialistas e convi-
dados, ampliando as discussões 
sobre os temas.
RODA DE CONVERSA
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a 
oportunidade de explorar termos 
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo Unicesumar 
Experience para ter acesso aos conteúdos on-line. O download do 
aplicativo está disponível nas plataformas: Google Play App Store
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
1 2
3 4
5
ADMINISTRAÇÃO 
DE MATERIAIS
09
LOGÍSTICA 
EMPRESARIAL
45
89
TECNOLOGIA 
DE APOIO A 
LOGÍSTICA
123
GESTÃO DA 
CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
163
INOVAÇÃO E 
AS ÚLTIMAS 
TENDÊNCIAS
1Administração de Materiais
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) à primeira etapa da nossa jornada em 
logística. Nesta unidade, iremos trabalhar a gestão de materiais na 
logística. Para isso, vamos compreender quais são os principais obje-
tivos da gestão de materiais e a importância da gestão dos estoques 
da empresa. Também, iremos apresentar os principais aspectos que 
envolvem a gestão de compras e o lote econômico de compras. Iremos 
analisar os estoques por meio do conceito ABC, para determinar o 
grau de importância dos estoques. Iremos trabalhar com o planeja-
mento das necessidades de materiais (MRP), além da compreensão do 
sistema Just in Time. Espero que seja uma jornada muito proveitosa.
UNIDADE 1
10
Olá caro (a) aluno (a), seja bem-vindo a uma nova etapa da sua vida acadêmica e 
neste momento tão importante para a sua formação profissional, iremos estudar 
uma das disciplinas que são de competência da gestão compondo uma das gran-
des áreas funcionais nas empresas, a logística. Quando pensamos em logística, 
imaginamos modais de transportes, movimentação de mercadorias e grandes 
volumes de estoques, mas para que isto tudo possa funcionar em sincronia e 
o produto que você tanto deseja adquirir possa estar a sua disposição, temos 
que nos aprofundar nas operações que iniciam desde o fornecedor de primeira 
camada até o consumidor final. E para iniciar os nossos estudos, começaremos 
pela Administração de materiais, atividade essencial para que tudo esteja dispo-
nível no momento certo nas empresas e para o consumidor, desta forma, quero 
que você, aluno(a), responda alguns questionamentos: é possível uma empresa 
funcionar sem realizar a gestão dos materiais? O que seriam esses materiais? E 
qual seria então a função da administração de materiais?
No sentido tradicional, administrar materiais tem como principal função, 
atender às necessidades de suprimentos, otimização de recursos financeiros e 
operacionais da empresa. Quando observamos a logística, por exemplo, do ponto 
de vista da cadeia de suprimentos, temos vários processos que acontecem desde 
o fornecedor ao consumidor final. Administrar materiais também é discutido do 
ponto de vista dos custos, afinal, o objetivo de toda empresa é agregar valor aos 
seus serviços, sem vir impactar nos custos da empresa. Mas como isto é possível, 
sendo que para melhorar as atividades da empresa é necessário realizar investi-
mentos que aumentam os custos das operações na empresa? Seria possível agre-
gar valor aos serviços logísticos sem isto vir impactar sobre os custos logísticos?
Administrar materiais é uma competência da gestão desde os primórdios 
da administração. Depois que a logística passou a ser vista como uma área 
estratégica nas empresas no sentido de atender às necessidades dos clientes, 
administrar materiais tornou-se uma função essencial para as operações lo-
gísticas, operacional e gestão de estoques.
Neste sentido, pode-se observar que, quando o processo de gestão de esto-
ques é realizado de forma planejada, reflete em um controle de estoques apu-
rado, ou seja, a empresa não vai investir nem mais, nem menos em estoques, 
possibilitando a redução dos custos operacionais, que envolvem espaço, segu-
rança, movimentação, transporte e custo de capital apurado. Dessa forma, a 
11
lucratividade da empresa é aumentada e os ganhos podem ser reinvestidos em 
outras áreas. É importante enfatizar que estudaremos ainda diversos modelos 
de estoques, o que nos permitirá determinar qual o modelo mais adequado, 
considerando as especificidades de cada empresa.
Assim, diante deste contexto da gestão de materiais, pode-se analisar 
que a partir da gestão das compras, é possível identificar vários aspectos que 
irão possibilitar a redução de custos e o aumento da vantagem competitiva. 
Tudo vai começar por meio das parcerias com bons fornecedores, que es-
tejam alinhados à dinâmica do funcionamento da empresa. Antigamente, 
os fornecedores eram vistos não como um parceiro de negócio, mas como 
uma empresa que fornece materiais necessários para o funcionamento das 
operações, entretanto, atualmente os fornecedores são estratégicos, pois se o 
negócio vai bem para uma das partes, naturalmente ela vai bem para outra, 
e assim, se tornam parceiros com relacionamentos mais duradouros, o que 
ajuda a pensar em um planejamento a longo prazo para o fornecedor, e para 
o comprador a negociação de melhores condições de compra envolvendo a 
redução dos preços, melhores condições de entrega e outros aspectos. Por-
tanto, gerenciar materiais é muito mais do manter estoques, é planejamento 
e iremos nos aprofundar ainda mais no decorrer das unidades a este respeito.
É muito comum durante as aulas os alunos perguntarem como fazer uma 
boa gestão de materiais. Na minha experiência na indústria e no comércio, 
posso dizer que tudo começa pela identificação dos materiais necessários para 
a empresa. É preciso ter uma lista com tudo que será utilizado. Você pode 
pensar nestes materiais no âmbito da indústria, porexemplo, para o processo 
produtivo ou para o comércio. Aluno(a), você enquanto gestor(a), precisa 
montar uma lista com os itens necessários, por exemplo, o que eu preciso para 
produzir o meu produto ou o que é necessário para eu vender meu produto 
ou prestar o serviço. Então, aproveite e faça a sua lista!
Um segundo aspecto importante é a organização. Cada material necessário 
precisa estar codificado. Normalmente, um sistema ERP (sigla para Enterprise 
Resource Planning, que se trata de um software integrado de gestão empresa-
rial) quando realiza a entrada de materiais, gera um código e uma classificação 
para os materiais, o que facilita o processo como um todo, organizando o 
controle de estoques, compras e gestão financeira da empresa.
UNICESUMAR
UNIDADE 1
12
O terceiro ponto é a gestão e controle dos estoques. É preciso identificar qual 
é o nível mais adequado para garantir eficiência no processo, além do mais, uma 
boa gestão de estoques, ajuda a empresa a ter uma gestão financeira mais eficiente.
Um quarto e último ponto, eu destaco a qualidade, isto desde a produção 
até o pós-vendas, pois os clientes estão cada vez mais exigentes, portanto, é 
necessário ter fornecedores confiáveis e um bom processo de compras com 
um planejamento muito apurado, pois cada detalhe fará a diferença na per-
cepção dos clientes em relação à empresa.
Assim, considerando esses pontos, faça o seu planejamento!
Assim meu (minha) caro(a) aluno(a), diante da necessidade de controle de 
estoques, é possível que, depois desta disciplina, você nunca mais tenha o mesmo 
olhar para grandes volumes de estoque. Acredite, isso também aconteceu comigo. 
Neste sentido, eu gostaria que você registrasse no seu diário de bordo quais são 
as principais vantagens da gestão de estoques e também da gestão de compras, 
reflita sobre esses aspectos e traga essas discussões para o âmbito das nossas aulas 
e ambientes de estudo da disciplina de Administração de Materiais e Logística.
DIÁRIO DE BORDO
13
Objetivos da Gestão de Materiais
A administração de materiais quando bem estruturada e planejada em uma em-
presa, permite que sejam reduzidos os custos operacionais, diminuindo o volume 
de estoque, condições melhores para realizar negociação com os fornecedores e 
o atendimento das necessidades dos clientes (GONÇALVES, 2020).
As empresas podem utilizar sistemas de previsão de demanda, para realizar 
a administração dos seus estoques. Existem modelos que são planejados a partir 
do histórico de consumo de cada item do estoque, em que por meio de modelos 
estatísticos é possível identificar o comportamento de cada item do estoque da 
empresa e isto ajuda a prever qual é o nível de estoque mais adequado de forma 
que seja possível manter uma quantidade equilibrada, ou seja, nem uma quanti-
dade muito grande e nem quantidade baixa, que poderia colocar os negócios da 
empresa em risco. Assim, a empresa conseguirá determinar o volume de estoque 
de segurança, mantendo as operações em funcionamento, com o menor volume 
de estoques possível (GONÇALVES, 2020).
Outro aspecto importante, se trata do tempo de ressuprimento de materiais, 
ou seja, o espaço de tempo entre a necessidade de determinado produto ou ma-
terial até que o mesmo esteja disponível. Esse tempo é conhecido no ambiente 
das empresas, como Lead-Time, e tem um papel fundamental para determinar 
o volume de estoques operacionais ou até mesmo adicionais, como mencionado 
anteriormente, estoques de segurança (GONÇALVES, 2020).
Administrar recursos materiais tem como propósito uma sequência de operações que 
começa na identificação de um fornecedor, compra dos materiais, recebimento, movi-
mentação interna, transporte, processo produtivo, armazenamento como produto e a 
entrega ao consumidor final Fonte: Martins e Alt (2009).
PENSANDO JUNTOS
UNICESUMAR
UNIDADE 1
14
A administração de materiais contempla o gerenciamento dos materiais neces-
sários para a empresa, considerando as origens distintas ou não, neste processo, 
existe a necessidade de realizar a coordenação dessas atividades conforme a de-
manda da empresa ou necessidades. O gerenciamento de materiais pode incluir 
as seguintes atividades: compras, recebimento, planejamento do controle de pro-
dução, expedição, transportes e estoque. Dentro deste processo, ocorre ainda a 
movimentação dos produtos acabados ou semiacabados de um local para outro, 
constituindo o processo de distribuição física, que utilizará o transporte por meio 
de modais até o cliente. Essas atividades, contém ainda o armazenamento, movi-
mentação física, embalagens, controle de estoque e processamento dos pedidos 
para o atendimento dos clientes (DIAS, 2019). Cada um desses processos, vere-
mos com mais detalhes ao longo das unidades do nosso livro.
Gerenciar materiais em uma empresa, que possui uma ligação direta com 
diversas outras áreas. De acordo com Gonçalves (2020), são elas:
 ■ Financeira: considerando a necessidade de recursos financeiros para a 
compra dos materiais necessários, que serão utilizados para produzir bens 
ou prestar serviços.
 ■ Produção: é a área que fornece as informações necessárias com relação 
à previsão de produção, demonstrando as necessidades de matéria-prima 
para a produção de bens e serviços.
 ■ Vendas: essa área é elemento chave para determinar quando será produ-
zido e, a partir da quantidade que será processada, identificar as necessi-
dades de matéria-prima e insumos.
 ■ Logística e distribuição: fornecendo os produtos acabados ou não con-
forme as necessidades dos clientes.
 ■ Recursos humanos: fornecimento de profissionais capacitados e trei-
namentos para atender as necessidades da área de gestão de materiais.
 ■ Informática: para registro das informações segundo as necessidades de 
operação da empresa, incluindo os sistemas gerenciais utilizados.
Assim, além da “interface” com diversas áreas da empresa, na administração de mate-
riais, podemos ampliar os estudos sobre a perspectiva de ao menos três áreas que, no 
contexto organizacional, são consideradas fundamentais na gestão dos materiais: Gestão 
de Estoques, Gestão de Compras e a Distribuição (esse último veremos na unidade II).
15
Descrição da Imagem: a imagem é um fluxograma circular que apresenta as três principais atividades 
da administração de materiais. Cada elemento do fluxograma é composto por uma elipse contendo o 
nome da atividade e, abaixo, um retângulo com a explicação sobre a atividade. Os elementos são ligados 
por uma linha circular. No topo encontra-se uma elipse com a inscrição “Gestão de Estoques”; abaixo, 
há um retângulo com o texto: “Examina os estoques para decidir a necessidade de reposição; indica as 
quantidades a serem repostas e os prazos de entrega”. Seguindo a linha circular em sentido horário, 
do lado direito da imagem encontra-se uma elipse com a inscrição “Gestão de compras”; abaixo há um 
retângulo com o texto: “Realiza as licitações, decide as aquisições; negocia condições de fornecimento; 
fecha contratos com os fornecedores.” Continuando a linha circular em sentido horário, ao lado esquerdo 
da imagem encontra-se uma elipse com a inscrição “Gestão dos centros de distribuição”; abaixo há um 
retângulo com o texto: “Realiza o controle físico dos materiais; recebe os materiais dos fornecedores; 
armazena e fornece os materiais etc.”
Figura 01 - Principais atividades da Administração de Materiais / Fonte: Gonçalves (2020, p. s/p).
Neste Podcast, iremos tratar da importância da Gestão de 
Materiais no contexto das empresas atuais. Clique e ouça!
UNICESUMAR
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11134
UNIDADE 1
16
 Gestão de Estoques
Não temos como falar da gestão de materiais, se não iniciarmos essa discussão com 
uma das mais importantes funções da administração de materiais, o gerenciamen-
to de estoques. O estoque é um fator determinante para os resultados da empresa. 
Muitas empresas utilizam a lógica e a racionalidade para determinar os níveis de 
estoques com sucesso,mas a necessidade de manter um volume de estoque precisa 
estar alinhada ao objetivo da empresa, por meio de alguns parâmetros econômicos. 
Materiais e produtos considerados estoques são: matéria-prima, material auxiliar, 
material de manutenção, material de escritório, peças em processamento ou acabadas. 
São muitas as razões pelas quais é necessário que você, aluno(a), enquanto gestor(a), 
precise decidir qual é a quantidade de materiais que ficará em estoque, mas o principal 
elemento considerado nesta decisão está, certamente, relacionado diretamente com 
os custos. Assim, é importante determinar a quantidade de estoque para cada item, 
de forma que se mantenha viável economicamente (POZO, 2015).
A principal atividade do gerenciamento de estoque, é potencializar a utilização dos 
recursos logísticos da empresa, no que tange aos estoques. Aqui, certamente aparecerá 
um grande dilema para o gestor, que poderá criar grandes problemas para a empresa, 
quanto à necessidade de capital de giro e o custo de manter estoques. Por um lado, o 
administrador vai buscar manter um volume de estoque para amortecer a demanda do 
mercado e as suas possíveis variações, pois não tem nada mais terrível para uma em-
presa do que a falta de estoque por um erro de planejamento, entretanto, do outro lado, 
tem-se a necessidade de reduzir os estoques e investimentos nesta área, pois se sabe que 
grandes volumes de estoques, diminuem o capital de giro e aumentam o custo. Porém, 
ao ter baixos volumes de estoques, o não atendimento das necessidades dos clientes, 
pode sair muito mais caro do que manter grandes volumes de estoques, isto porque um 
cliente insatisfeito, gera um efeito conhecido como “bola de neve” influenciando toda 
uma cadeia de consumo, principalmente, em tempos de redes sociais (POZO, 2015).
Talvez você, aluno(a), principalmente se já trabalha na área de compras de 
uma empresa, esteja pensando que quando se compra em grandes quantidades, 
isto produz um efeito imediato chamado de lotes econômicos, pois quanto maior 
a quantidade comprada, menor é o preço. Entretanto, essa visão é ultrapassada 
pois, o estoque sem necessidade, qualquer que seja o volume, irá incorrer em 
custos de oportunidades, além de inúmeros riscos desnecessários.
17
No Brasil, recentemente a Administração de Materiais foi integrada à logística 
de fato, após os gestores perceberem a importância deste processo para as ativida-
des da empresa, em especial, quando existe a necessidade de atender às demandas 
operacionais, por exemplo, a linha de produção, um processo operacional de um 
banco ou mesmo um hospital (POZO, 2015).
Eu costumo dizer para os meus alunos quando ministro disciplina na área 
de logística, que a logística começa a acontecer quando um cliente sente a ne-
cessidade de algum tipo de produto, pois a logística precisa dar as condições 
necessárias para que determinado produto esteja disponível no local exato, uma 
vez que será isto que vai gerar valor para o cliente. No caso da gestão de mate-
riais, isto funciona quase que da mesma forma, essa necessidade de materiais 
é proveniente das curvas de demanda do cliente.
As necessidades dos clientes quando identificadas antes mesmo da compra 
são convertidas em planos de produção, que são convertidas em necessidades de 
estoques e ordens de compras, processo esse que veremos um pouco mais adiante 
no próximo tópico. Para ficar mais claro para você, aluno(a), é fácil perceber a 
importância da gestão de materiais, quando os estoques necessários não estão à 
disposição para atender às demandas de mercado. Quando se fala em logística ou 
na cadeia de suprimentos, o nível exigido em termos de serviço é relativamente 
alto, até mesmo quando tudo vai bem na produção, podendo aparecer volumes 
de estoques de forma inadequada (POZO, 2015). Do lado do cliente, a experiên-
cia de compra é um aspecto muito importante, afinal, o produto precisa estar à 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
18
disposição no local, dia e horário desejado pelo cliente, isto quando o produto 
é buscado, se não ele poderá trocar de produto ou até mesmo de fornecedor, 
visto que, quando as compras são realizadas para ser entregues em um deter-
minado período, qualquer falha no processo que determine atrasos na entrega, 
gera uma insatisfação muito grande.
Assim, uma administração de materiais eficiente, significa basicamente a 
coordenação de toda a movimentação de materiais de forma eficiente conforme 
as demandas de produção, tendo como foco principal disponibilizar o material 
certo, no local de produção certo, no momento certo e em condições que apre-
sentem o menor custo possível na operação para garantir a plena satisfação dos 
clientes (POZO, 2015). Assim, ainda conforme o autor, o planejamento e controle 
de estoques possuem os seguintes objetivos:
 ■ Garantir o suprimento necessário de matéria-prima, material auxiliar, 
peças e outros itens necessários para o processo produtivo.
 ■ Garantir o volume de estoque mais baixo possível conforme as pre-
visões de vendas.
 ■ Identificar itens em estoques desnecessários para eliminá-los.
 ■ Não permitir altos volumes de estoques ou baixo volume de estoque em 
relação às previsões de demanda.
 ■ Ter um plano de prevenção contra perda, danos, extravios ou mau uso.
 ■ Manter a quantidade de estoque segundo a necessidade e tudo registrado.
 ■ Garantir a disponibilização de dados para planejamento de ações a curto, 
médio e longo prazo em relação às necessidades de estoques.
 ■ Garantir o menor custo possível, considerando as vendas, prazos e recur-
sos à disposição da empresa.
Existem muitos tipos de estoques que, algumas vezes, são mantidos pelo almoxa-
rifado das empresas e outras vezes não. Pozo (2015) cita pelo menos cinco tipos 
de estoques que são:
19
Figura 02 - Cinco tipos de estoque
Descrição de imagem: a figura apresenta os cinco tipos de estoque em formato zigue-zague. Primeiro 
aparece a matéria-prima que se entende por matéria-prima, os itens que irão passar por algum tipo de 
transformação no processo produtivo. Por exemplo, lâmina de aço, madeira, resina, cimento e outros. 
Basicamente, são materiais que vão agregar valor ao produto acabado. Esses materiais podem ser com-
prados prontos, processados ou até mesmo no seu estado natural. Logo depois aparece uma seta para 
baixo indicando os Materiais auxiliares que são os itens que participam do processo de transformação em 
um processo produtivo, entretanto, não agregam valor ao produto acabado. São eles: óleos das máquinas, 
correias dentadas, ferramentas, lixas etc. Em seguida, uma seta para cima indica a Manutenção que são os 
itens utilizados pela empresa para realizar a manutenção das ferramentas, máquinas e equipamentos. Neste 
item, entram também os materiais de escritório utilizados pela empresa na administração e nas operações. 
Após isso, uma seta para baixo aponta para o estoque Intermediário que são produtos que ainda não es-
tão no estado final, pois fazem parte da montagem de um determinado produto. E por fim, uma seta que 
sai deste estoque e aponta para cima indicando o estoque acabado que representa os produtos prontos 
que serão enviados para os consumidores ou clientes. O volume é determinado pela previsão de vendas.
UNICESUMAR
UNIDADE 1
20
Assim, as empresas têm como objetivo garantir o suprimento da linha de pro-
dução, e para isso elas precisam determinar o estoque de segurança. As vendas 
nem sempre vão ter um mesmo padrão, por isso podem sofrer influências diretas 
do ambiente que a empresa está inserida, fatores como a economia e disponibi-
lidade de matéria-prima influenciam diretamente a cadeia produtiva. Por isso, é 
comum as empresas adotarem um estoque de segurança para proteger o sistema 
produtivo das empresas das variáveis não controláveis do ambiente
A - Quantitativas B - Qualitativas
Crescimento das vendas no passado.
Variáveis ligadas às vendas, por exem-
plo, novos produtos, vendas futuras 
etc.
Variáveis ligadas à previsão com base 
noambiente econômico, cultural e 
social.
Peças promocionais realizadas pela 
empresa, por exemplo, uma propagan-
da programada.
Opinião dos gestores da empresa.
Opinião dos vendedores da em-
presa.
Opinião dos compradores.
Pesquisa de mercado.
Quadro 01 - Diferenças entre Quantitativas e Qualitativas
A gestão dos estoques é um dos grandes desafios de todo gestor. O estoque pode 
ser determinado por meio da previsão de demanda conforme as estimativas de 
vendas. Assim, existem algumas informações que as empresas podem utilizar 
que ajudam a decidir a dimensão e a distribuição no tempo das demandas. Dias 
(2019) cita duas categorias a serem analisadas:
Para determinar um estoque de segurança, as empresas precisam garantir que o estoque 
esteja protegido em relação às mudanças não previstas, considerando as demandas de mer-
cado e tempo de reposição da cadeia de fornecimento. Para evitar perdas na linha de produ-
ção ou espaço de mercado, as empresas adotam um volume de estoque para amortecer a 
demanda, garantindo a continuidade da produção e o atendimento de mercado.
Fonte: Chiavenato (2014).
EXPLORANDO IDEIAS
21
Ainda, para determinar o volume de estoques e materiais ideais para a empresa, devemos 
analisar também os custos aplicados aos estoques. De acordo com Pozo (2015), são eles:
 ■ Custo do pedido: cada vez que um pedido de compra é realizado, isto 
vai gerar custos fixos e variáveis relativos a este processo. Custos fixos não 
estão relacionados à quantidade de estoques. Custos variáveis dependem 
da quantidade de estoques.
 ■ Custo de manutenção de estoques: as empresas sempre vão preferir 
manter níveis de estoques baixos. Quando temos estoque parado na em-
presa, temos um volume de dinheiro parado que poderia estar sendo 
utilizado para outras funções de investimentos. Um estoque parado gera 
custos de pessoas, armazenamento, movimentação, equipamentos, segu-
rança, impostos, roubo, perdas e danos, e obsolescência.
 ■ Custo por falta de estoques: as empresas estão sempre mantendo o menor 
nível de estoque possível, mas isto representa um risco, por exemplo, o atra-
so ou até mesmo o cancelamento de um pedido por falta de estoque e isto 
vai impactar na imagem, confiabilidade, credibilidade e na concorrência.
Dias (2019), ainda complementa essa visão dos custos de estoques, relacionando a 
qualquer tipo de armazenamento de estoques, que poderão gerar outros custos como: 
 ■ Juros.
 ■ Depreciação.
 ■ Aluguel.
 ■ Equipamentos de movimentação.
 ■ Deterioração.
 ■ Obsolescência.
 ■ Seguros.
 ■ Salários.
 ■ Conservação.
Esses custos podem ser variáveis em relação à quantidade de materiais armaze-
nados e o tempo de armazenamento. Quanto maior o volume de estoques, mais 
complexo se torna o processo. Com volumes de estoques menores, a situação 
é oposta, desde que os produtos não sejam de grande porte. Os custos destes 
estoques, são determinados através de fórmulas e modelos matemáticos, que 
realizarão a distribuição no processo como todo (DIAS, 2019).
UNICESUMAR
UNIDADE 1
22
Gestão de Compras
As empresas não dominam a cadeia de fornecimento completa, mesmo que produzam 
matéria-prima para a própria linha de produção, ainda assim demandará produtos 
de outras empresas para garantir o pleno funcionamento das suas atividades e para 
garantir o abastecimento das necessidades da empresa, assim entra em cena a área de 
compras, que sim meu(minha) caríssimo(a) aluno(a), é uma subárea da logística. Digo 
isto porque é muito comum os alunos durante as aulas não entenderem o porquê, mas 
se precisamos ter materiais em estoques, precisamos comprar. Então, vamos às compras!
Chiavenato (2014) explica que o departamento de compras em uma empresa, 
é constituída como um elemento de ligação entre a empresa e os parceiros, ga-
rantindo o ressuprimento dos materiais que são importantes para o processo do 
produto da empresa, garantindo a entrada dos materiais para o funcionamento 
das operações cotidianas de produção na empresa.
Talvez muito de vocês, estudantes, trabalhem no departamento de compras 
e perceberão facilmente a interface com a logística e a produção da empresa, eu 
mesmo já trabalhei diretamente com essa atividade quando trabalhei na indústria 
e no varejo e isto impõe uma série de desafios, afinal, você vai ajudar a manter os 
níveis de estoques e também a direcionar o capital da empresa.
A área de compras em uma empresa tem como propósito fazer a aquisição de 
todos os materiais necessários, considerando as características, especificações, datas de 
entrega e quantidade. Para desempenhar tais atividades, a área de compras precisa ter 
um canal de fornecimento adequado de materiais para a empresa. Cada organização, 
vai organizar o departamento de compras de acordo com as suas necessidades. Em 
grandes empresas, as organizações das compras possuem procedimento e métodos 
bem definidos de fornecimento, muitas vezes, estabelecendo parcerias com empresas 
que ficarão responsáveis pelo ressuprimento contínuo do estoque da empresa e, neste 
caso, a área de compras fica responsável por todo o processo que envolve a negocia-
ção (CHIAVENATO, 2014). É claro que em empresas de menor porte, o processo 
de compra segue uma linha tradicional, realiza-se vários orçamentos com diferentes 
fornecedores, para identificar qual deles atende às necessidades em termos de preço, 
tempo de entrega, qualidade do produto e outros fatores.
As compras da empresa podem ser centralizadas (Figura 03) em um único 
departamento da empresa, por exemplo, se for uma grande rede de varejo, todas 
23
as compras podem ser realizadas a partir de um único local. Caso as vendas sejam 
descentralizadas (ver Figura 04), o departamento de compras considera muito a 
realidade local. O fato é que as empresas podem definir políticas de negociação 
de materiais necessários para a empresa.
Figura 03 - Organização Centralizada / Fonte: Gonçalves (2020, s/p).
Descrição de imagem: a imagem é um fluxograma hierárquico. No topo há um retângulo em que se lê: 
“Departamento de compras”. Da parte inferior deste retângulo, sai uma linha reta vertical, que se cruza 
com uma linha reta horizontal. Da linha reta horizontal, saem três linhas retas verticais. Cada uma dessas 
retas se liga a um retângulo. No retângulo da esquerda está escrito: “Grupo de compras um”; no retângulo 
do meio se lê: “Grupo de compras dois’’; e no retângulo da direita, está escrito: “Grupo de compras três”.
Figura 04 - Organização descentralizada / Fonte: Gonçalves (2020, s/p).
Descrição de imagem: a imagem é um fluxograma hierárquico. No topo, há uma elipse em que se lê: 
“Departamento central”. Da parte inferior dessa elipse, saem três setas, direcionadas para baixo. Uma 
das setas está em sentido diagonal à esquerda, e se une a um retângulo em que está escrito: “Unidade 
regional um”; a outra seta, está na vertical e se liga a um retângulo onde se lê: “Unidade regional dois”; a 
terceira seta está em sentido diagonal à direita e se une a um retângulo onde se lê: “Unidade regional três”.
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UNIDADE 1
24
É comum em algumas empresas, que a área de compras seja denominada de supri-
mentos, a ideia é praticamente a mesma, ou seja, abastecer todas as necessidades 
de materiais e estoques da empresa. As compras vão depender diretamente das 
especificidades da empresa, considerando o seu tamanho e os materiais a serem 
comprados. Gonçalves (2020) cita algumas atribuições da área de compras:
 ■ Realização de orçamentos.
 ■ Cotação de preços e condições de entrega.
 ■ Fechamento de contratos.
 ■ Estudo de fornecedores.
 ■ Desenvolvimento de fornecedores.
 ■ Análise dos preços e condições.
 ■ Manutenção dos fornecedores.
Figura 05 - Ciclo de compras / Fonte: Chiavenato (2014, p. 128).
Descrição de imagem: a imagem trata-se de um fluxograma sequencial. Composto por cinco quadrados 
dispostos lateralmente. Acima de cada um desses quadrados, existem letras que designam cada um deles: 
a, b, c, d, e. De cada quadrado sai uma pequena setahorizontal que aponta para o próximo quadrado. No 
quadrado designado pela letra “a”, está escrito: “Análise das OCs recebidas”; no quadrado designado pela letra 
“b”, está escrito: “Seleção dos fornecedores”; no quadrado designado pela letra “c” está escrito: Negociação 
com o fornecedor escolhido”; no quadrado designado pela letra “d” está escrito: Acompanhamento (follow 
up); e no quadrado designado pela letra “e”, está escrito: “Controle do recebimento”. Da parte inferior do últi-
mo quadrado, sai uma reta vertical que se liga a uma reta horizontal. Da reta horizontal saem setas verticais 
que apontam para cada um dos demais quadrados. A ideia é de recomeço do ciclo e, por isso, abaixo da reta 
horizontal de onde saem as setas, há a inscrição: “Retroação”.
Em ciclo de compras (Figura 05), o processo começa com a análise das ordens de 
compras (OCs), considerando a quantidade, especificidade e tempo necessário de 
disponibilização. A segunda fase deste processo é a seleção dos fornecedores, pois 
dificilmente a empresa vai conseguir ter a capacidade de produzir os itens necessá-
25
rios para o seu processo produtivo. Isso faz com que a empresa busque fornecedores 
que são empresas que se dispõe a vender os materiais que a empresa precisa. Essa 
segunda fase, segundo Chiavenato (2014), pode conter algumas etapas:
1. Pesquisa de fornecedores: localizar fornecedores que possuem os re-
quisitos que a empresa precisa. É natural que esses fornecedores possuam 
vendedores que normalmente visitam as indústrias para oferecer a sua 
linha de produtos. A empresa realiza um registro desses vendedores para 
possíveis contatos posteriormente.
2. Seleção dos fornecedores: entre os fornecedores listados, a empresa vai es-
colher o fornecedor que melhor atende às suas necessidades como, por exem-
plo, preço, descontos, tempo de entrega, confiabilidade entre outros. Preço e 
qualidade normalmente são os itens mais requisitados pelos compradores.
Com o passar dos anos, os fornecedores deixam de ser meros provisores. Agora eles 
são verdadeiros parceiros de negócios. As empresas buscam fornecedores que sejam 
confiáveis para manter uma linha de fornecimento leal e outras vezes exclusiva. Assim, 
é possível reduzir a quantidade de fornecedores, dado que o fornecedor atende às suas 
necessidades. Os contratos vão assegurar com os termos necessários para não ocorrer 
falhas neste processo, aumentando a certeza do fornecimento. Este processo é conheci-
do como ganha-ganha, pois acaba sendo benéfico para ambos os lados.
EXPLORANDO IDEIAS
UNICESUMAR
UNIDADE 1
26
Após a escolha do fornecedor que melhor atenda às necessidades, o departamento 
de compras começa o processo de negociação considerando os requisitos de com-
pras. O atendimento desses requisitos por parte do fornecedor, significa que será 
feito o pedido de compra. A compra será formalizada por meio de um contrato for-
mal, entre empresa e fornecedor, isto para grandes empresas, em pequenas empresas 
o contrato é a formalização do pedido de compra. O comprador da empresa ficará 
responsável por assegurar tudo o que foi acordado no processo de negociação de 
acordo com os critérios exigidos em ambas as partes. Uma coisa importante para 
gerar confiabilidade neste processo é que ambas as partes devem sair ganhando, 
caso contrário, isto pode dificultar futuras negociações ou até mesmo o atendi-
mento dos critérios estabelecidos no ato da negociação (CHIAVENATO, 2014).
Após a realização do pedido, o próximo passo será acompanhar a entrega dos ma-
teriais, considerando o que ficou definido na negociação. Algumas vezes, o processo é 
muito confiável e não necessita de acompanhamento em tempo real, mas sim aguar-
dar somente a entrega no dia e horário definido. Outras vezes, o sistema necessita de 
uma apuração e acompanhamento em tempo real, porque qualquer falha no processo 
acaba comprometendo a linha de produção, por exemplo, no caso de empresas que 
atuam nos limites do sistema Just in Time (JIT) (CHIAVENATO, 2014). Se você ainda 
não conhece o JIT, iremos nos aprofundar nas próximas unidades do livro.
A última etapa do ciclo de compras, é quando o departamento de compras ou almoxa-
rifado da empresa recebe o pedido. No ato do recebimento, uma equipe especialista irá 
fazer a conferência e inspeção da entrega recebida. Já existem processos automatizados 
que realizam este processo, mas na maioria das empresas ainda é realizado de forma 
manual. Assim, é encerrado o ciclo de compras (CHIAVENATO, 2014).
27
É importante ressaltar para você, aluno(a), que existem processos mais modernos 
de compras, mas veremos com mais profundidade na unidade IV deste livro, quando 
iremos tratar da gestão da cadeia de suprimentos. Portanto, deixo esse ponto ainda 
em aberto, para retomarmos no momento oportuno no qual trataremos dos siste-
mas S&OP (do inglês, Sales and Operation Planning, que significa Planejamento de 
Vendas e Operações) e o CPFR (do inglês, Collaborative Planning, Forecasting, and 
Replenishment, que significa Planejamento Colaborativo, Previsão e Ressuprimento).
Para você, aluno(a), ter uma noção do impacto das negociações de materiais 
na lucratividade da empresa e a importância do processo de compras, vamos 
considerar o seguinte exemplo, apresentado por Gonçalves (2020):
Uma empresa possui uma venda anual de R$100 milhões. Os custos totais 
dessas vendas somam a quantidade de R$95 milhões, aos quais R$50 milhões 
estão diretamente relacionados à compra de materiais. Este processo de compra 
e venda resulta para a empresa, um lucro de R$5 milhões ou uma margem de 
5% de lucro sobre as vendas, certo? Agora vamos imaginar um outro lado da 
história: essa mesma empresa trabalha com R$10 milhões em estoques dentro 
dos ativos totais que chegam a quantidade de R$50 milhões. Quando calcula-
mos o giro sobre os ativos, a conclusão é que ele gira duas vezes por ano, certo? 
Ou seja, metade dos R$100 milhões descritos anteriormente. Considerando o 
lucro descrito, podemos concluir que a taxa de retorno dos ativos é de 10%, ou 
seja, duas vezes o valor por ano, pois o estoque gira duas vezes para alcançar os 
R$100 milhões em vendas. Observamos então o resultado, considerando uma 
situação hipotética no qual a negociação possibilitou um desconto de 6% sobre 
o total das compras da empresa, ou seja, uma redução de R$3 milhões no valor 
da aquisição. Portanto, o lucro dessa compra passa de R$5 milhões para R$8 
milhões, aumentando a margem de lucro sobre as vendas de 5% para 8%. Então, 
se antes tínhamos um estoque de R$10 milhões, o mesmo passa a ser de R$9,4 
milhões. Essa redução impacta nos ativos, embora as vendas permaneçam em 
R$100 milhões. Considerando que a margem de lucro aumentou de 5% para 8%, 
como resultado de uma boa negociação de fornecimento de materiais, o giro de 
estoque aumentou para 2,02 vezes ao ano, chegando à conclusão que o retorno 
aumentou para 16,19%. É um aumento substancial, que ocorreu somente em 
função de uma boa negociação com fornecedores (GONÇALVES, 2020). A figura 
a seguir, demonstra este processo completo:
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UNIDADE 1
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Figura 06 - Impacto das negociações de compras no retorno dos ativos / Fonte: Gonçalves (2020, p. 25).
Descrição de imagem: a imagem é um fluxograma, formado, ao total, por dezessete retângulos e um 
elipse. O fluxograma é dividido em dois blocos principais. O primeiro bloco possui nove retângulos, e 
inicia com um retângulo de fundo branco com a inscrição: “Vendas cem milhões de reais”; logo abaixo 
há um retângulo menor de fundo cinza, em que se lê: “Compras cinquenta milhões de reais, seis por 
cento de desconto resulta menos três milhões de reais nas compras”. Abaixo, há outro retângulo de 
fundo branco, com a inscrição “Custos totais, noventa e cinco milhões de reais”; com um retângulo 
menor de fundo cinza, abaixo, onde se lê: “Custos passam para noventa e dois milhões”. Os dois re-
tângulos brancos são conectados por uma seta que leva a um novo retângulo de fundobranco, onde 
há a inscrição: “Lucro bruto cinco milhões”. Abaixo deste, há um retângulo de fundo cinza, onde se lê: 
“Lucro aumenta para oito milhões”. Mais abaixo, outro retângulo de fundo branco com a inscrição: 
“Vendas cem milhões de reais”. Os dois retângulos de fundo branco também são ligados por uma seta 
que aponta para um retângulo de fundo branco com a inscrição: “Margem de lucro de cinco por cento”; 
logo abaixo, um retângulo menor de fundo cinza onde se lê: “A margem sobe para oito por cento”. O 
segundo bloco encontra-se abaixo do primeiro, é composto por sete retângulos e se inicia com um 
retângulo de fundo branco em que há a inscrição: “Estoques totais cem milhões de reais”; logo abaixo 
há um retângulo de fundo cinza, onde se lê: “Estoques se reduzem em seis por cento, passando para 
nove vírgula 4 milhões de reais”. Do retângulo de fundo branco com a inscrição: “Margem de lucro de 
29
Este exemplo demonstra com exatidão a importância do processo que envolve a 
negociação de compras, ou seja, qualquer negociação de fornecimento deve ser 
realizada com muito profissionalismo, pois qualquer desconto impacta signifi-
cativamente no volume de ativos e nos resultados da empresa.
cinco por cento”; logo abaixo, um retângulo menor de fundo cinza onde se lê: “A margem sobe para 
oito por cento”. O segundo bloco encontra-se abaixo do primeiro, é composto por sete retângulos e 
se inicia com um retângulo de fundo branco em que há a inscrição: “Estoques totais cem milhões de 
reais”; logo abaixo há um retângulo de fundo cinza, onde se lê: “Estoques se reduzem em seis por cento, 
passando para nove vírgula 4 milhões de reais”. Do retângulo de fundo branco sai uma seta que leva 
para outro retângulo de fundo branco em que há a inscrição: “Vendas cem milhões de reais”. Abaixo 
deste, há outro retângulo de fundo branco com a inscrição: “Ativos totais cinquenta milhões de reais”; 
logo abaixo, um retângulo menor de fundo cinza, onde se lê: “Ativos caem para quarenta e nove vírgula 
quatro milhões de reais.” Os dois retângulos de fundo branco são conectados por uma seta que aponta 
para outro retângulo de fundo branco com a inscrição: “Giro dos ativos duas vezes”; logo acima, um 
retângulo menor de fundo cinza, onde se lê: “O giro aumenta para dois vírgula zero dois vezes”. Os dois 
blocos são conectados por uma seta que leva a uma elipse de fundo branco com a inscrição: “Retorno 
sobre os ativos dez por cento”; logo abaixo da elipse há um retângulo de fundo cinza, onde se lê: «O 
retorno dos ativos passa para dezesseis vírgula dezenove por cento». 
NOVAS DESCOBERTAS
O site portogente é um excelente site de notícias e vídeos sobre logística 
com conteúdo sempre atualizados, fica a dica!
Lote Econômico de Compras
Quando a empresa realiza uma nova compra tendo um estoque reserva, o volume de 
estoque médio aumenta na empresa, e isto gera também um aumento dos custos de 
manutenção, armazenagem, juros e outros. Entretanto, quando aumentamos o volume 
a ser comprado, o custo do pedido de compra diminui. O resultado disso é que dentro 
de uma empresa, teremos dois lados opostos de estoques, ou seja, um lado encorajando a 
compra de estoques pela facilidade, porém com aumento dos custos e a outra, desencora-
jando justamente em função dos custos, como já vimos inclusive nesta unidade do livro.
Este conceito de lote econômico de compra foi muito difundido pelas empresas até 
a década de 80, principalmente, protegidos pela alta demanda de mercado. Entretanto, 
os tempos mudaram e a tecnologia, aliada à globalização da economia, alterou o cená-
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https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/13160
UNIDADE 1
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rio de gestão de estoques. Filosofias modernas e muitas ferramentas passaram a dar as 
cartas e fazer frente aos modelos mais tradicionalistas. Estamos nos referindo ao Just 
in Time, Gestão da Qualidade e muitas outras que preconizam o zero desperdício e au-
mentam a flexibilidade das empresas para fazer frente aos players globais (POZO, 2015).
O que chamava muito a atenção dos empresários, era o fato que quanto maior 
o volume de compras, menor era o custo do produto, entretanto, é necessário 
avaliar também o custo de armazenamento, entre outros.
Análise ABC
Uma das formas mais comuns de se analisar um estoque é utilizando a metodo-
logia ABC. Quando você tem um grande volume de produtos, materiais, insu-
mos ou matéria-prima no seu estoque, você não pode direcionar as atividades 
de controle de estoque de forma igualitária, pois os estoques possuem distinção 
em termos de grau de importância e isto precisa ser criteriosamente analisado.
NOVAS DESCOBERTAS
Aluno(a), você conhece o conceito da Curva ABC? Acesse aqui e saiba mais a 
respeito dessa metodologia.
Essa análise contempla uma verificação em um determinado período de tempo, 
normalmente de seis meses ou um ano, do consumo em valores monetários ou 
quantidades, dos componentes em estoque, para eles poderem ser classificados de 
acordo com o seu grau de importância em três grupos de forma decrescente. Os 
estoques que são considerados mais importantes para a empresa, ficam no grupo 
de classe A. Os estoques intermediários, são classificados como B. Os estoques 
menos importantes são classificados na categoria C (MARTINS; ALT, 2009).
Não existe uma metodologia que seja totalmente aceita para determinar qual 
é o percentual correto para cada item do estoque que pertence às classes A, B ou 
C. Mas pode-se dizer que os itens A, podem representar um percentual em torno 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/13161
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de 35% e 70% do total do estoque. Os itens intermediários podem variar entre 
10% e 45%, enquanto os estoques classificados como C ficam com o restante.
Quando um estoque é classificado, portanto, em ABC, a empresa pode direcio-
nar a maior parte das suas atenções aos materiais classe A cujo grau de importância 
é maior para a empresa, além do valor investido em estoques. Os materiais que são 
classificados como B, recebem menos atenção, enquanto os materiais C, entram em 
processos de controle automatizado ou semiautomáticos que podem não exigir 
muita atenção, pois o seu valor investido é pequeno (CHIAVENATO, 2014).
Veremos, a seguir, um exemplo de uma determinada empresa, que apresentou 
o estoque de 15 itens.
Item
Consumo(unidades/
ano)
Custo ($/unidade)
1010 450 2,35
1020 23.590 0,45
1030 12.025 2,05
1045 670 3,60
1060 25 150,00
2015 6540 0,80
2035 2460 12,00
2050 3480 2,60
3010 1250 0,08
3025 4020 0,50
3055 1890 2,75
5050 680 3,90
5070 345 6,80
6070 9870 0,75
7080 5680 0,35
Tabela 01 - Consumo e Custo Unitário dos itens/ Fonte: Martins e Alt (2009, p. 211).
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UNIDADE 1
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Assim, na tabela, iremos realizar o cálculo do valor monetário no período. Observe 
que teremos os itens multiplicados pela quantidade por ano e depois o custo total. 
Tabela 02 - Cálculo do valor monetário do período/ Fonte: Martins e Alt (2009, p. 211).
Item
Consumo(unidades/
ano)
Custo ($/unidade)
1010 450x2,35 1.057,50
1020 23.590x0,45 10.615,50
1030 12.025x2,05 24.651,25
1045 670x3,60 2.412,00
1060 25x150,00 3.750,00
2015 6540x0,80 5.232,00
2035 2460x12,00 29.520,00
2050 3480x2,60 9.048,00
3010 1250x0,08 100,00
3025 4020x0,50 2.010,00
3055 1890x2,75 5.197,50
5050 680x3,90 2.652,00
5070 345x6,80 2.346,00
6070 9870x0,75 7.402,50
7080 5680x0,35 1.988,00
Fonte: Martins e Alt (2009, p. 211).
33
Item Valor Consumido
2035 29.520,00
1030 24.651,25
1020 10.615,5
2050 9.048,00
6070 7.402,50
2015 5.232,00
3055 5.197,50
1060 3.750,00
5050 2.652,00
1045 2.412,00
5070 2.346,00
3025 2.010,00
7080 1.988,00
1010 1.057,50
3010 100,00
Total 107.982,25
Tabela 03 - Valores decrescente / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 212).
E assim, os materiais são ordenados de forma decrescente em relação ao valor 
consumido, conforme tabela 3.
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UNIDADE 1
34
E agora, vamos calcular os percentuais de cada item dos materiais, considerando 
o seu valor total, ver tabela4.
Tabela 04 - Valores percentuais decrescente / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 213).
Item
Valor Consumido/valor 
total
Percentual
Percentual 
acumulado
2035 29.520,00/107.982,25 27,34 27,34
1030 24.651,25/107.982,25 22,83 50,17
1020 10.615,5/107.982,25 9,83 60,00
2050 9.048,00/107.982,25 8,38 68,38
6070 7.402,50/107.982,25 6,86 75,23
2015 5.232,00/107.982,25 4,85 80,08
3055 5.197,50/107.982,25 4,81 84,89
1060 3.750,00/107.982,25 3,47 88,36
5050 2.652,00/107.982,25 2,46 90,82
1045 2.412,00/107.982,25 2,23 93,05
5070 2.346,00/107.982,25 2,17 95,23
3025 2.010,00/107.982,25 1,86 97,09
7080 1.988,00/107.982,25 1,84 98,93
1010 1.057,50/107.982,25 0,98 99,91
3010 100,00/107.982,25 0,09 100
E assim, na figura 7 tem-se a curva ABC com os itens de classe A representando 
60%, os itens B representam 25%, e os itens C, representam 15% dos gastos.
35
Descrição de imagem: a imagem mostra um gráfico que representa a Curva ABC. O eixo “y” (eixo vertical) 
representa o “Percentual acumulado” e é segmentado pelos valores: zero, dez, vinte, trinta, quarenta, 
cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, noventa e cem. O eixo “x” (eixo horizontal) representa o “Item” e 
contém as seguintes numerações: dois mil e trinta e cinco, mil e trinta, mil e vinte, dois mil e cinquenta, 
seis mil e setenta, dois mil e quinze, três mil e cinquenta e cinco, mil e sessenta, cinco mil e cinquenta, mil 
e quarenta e cinco, cinco mil e setenta, três mil e vinte e cinco, sete mil e oitenta, mil e dez, e três mil e 
dez. É traçada uma curva ascendente em cor azul que classifica os itens e o percentual acumulado em A, 
B e C. A Classe A é colorida em azul e inclui os itens dois mil e trinta e cinco, mil e trinta, e mil e vinte. Ela 
é delimitada por uma linha vertical tracejada que chega até o valor de sessenta por cento do percentual 
acumulado. A Classe B é colorida em azul de tonalidade mais clara e inclui os itens dois mil e cinquenta, 
seis mil e setenta, dois mil e quinze, e três mil e cinquenta e cinco. Ela é delimitada por uma linha vertical 
tracejada que chega até o meio da segmentação entre os valores oitenta e noventa por cento do per-
centual acumulado. A Classe C tem coloração branca inclui os itens mil e sessenta, cinco mil e cinquenta, 
mil e quarenta e cinco, cinco mil e setenta, três mil e vinte e cinco, sete mil e oitenta, mil e dez, e três mil 
e dez. Ela é delimitada por uma vertical tracejada que chega até o valor de cem por cento do percentual 
acumulado. Esta linha vertical tracejada cruza com uma linha horizontal tracejada, ligando o ponto cem 
por cento (do eixo “y”) ao ponto três mil e dez (do eixo “x”).
Figura 07 - A Curva ABC / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 213).
Analisando as tabelas, podemos perceber que os itens com códigos 2035, 1030 e 
1020, representam um total de 60% do valor gasto com materiais, portanto, são 
da categoria classe A. Os itens 2050, 6070, 2015 e 2035 representam 25%, por-
tanto, são classe B, e os demais classe C. Este tipo de análise, possibilita que cada 
item em estoque, venha a ter um tipo de tratamento específico de acordo com o 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
36
seu grau de importância. Mas este tipo de análise precisa de muito cuidado, por 
exemplo, um simples parafuso em estoque pode ser um item classe C, porém, 
se uma máquina quebrar e necessitar do parafuso para manutenção, isto pode 
interromper toda uma linha de produção (MARTINS; ALT, 2009).
Para resolver esse problema, algumas empresas utilizam ainda o conceito de 
criticidade, ou seja, alguns itens podem ser classificados como classe A, depen-
dendo do seu grau de importância para as operações da empresa.
Assim, meu(minha) caro(a) aluno(a), estoque é um aspecto que merece muita 
atenção e você precisa encontrar maneiras de gerenciá-lo de forma que seja efi-
ciente dentro das operações da empresa, senão você correrá sérios riscos.
Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP)
Um MRP é um sistema que relaciona a previsão de vendas, planejamento da 
produção, programação da produção, contabilidade de custos, compras e controle 
de produção. Esse sistema contempla um programa complexo, que é operado 
via computador, no qual é permitido o cadastro de materiais, emissão de ordens, 
controle de estoques e todas as rotinas do processo produtivo. Assim, basicamen-
te, o MRP possibilita determinar quais são as necessidades de materiais para a 
fabricação de determinado produto. O sistema vai calcular as necessidades de 
materiais, verificando primeiramente se existe matéria-prima em estoque para 
atendimento da demanda da linha de produção. Se não tem material em estoque, 
o sistema emite uma ordem de compra de acordo com as necessidades.
O planejamento das necessidades está relacionado aos materiais que são neces-
sários para produzir um tipo específico de produto. A lista de materiais é o núcleo 
central de um sistema MRP, que realiza todos os cálculos dos dados. Por meio da lista 
de materiais, é possível multiplicar pela quantidade de produtos que serão produzidos 
para que sejam identificadas as necessidades de materiais. O sistema possui algumas 
regras para adaptar os pedidos à realidade da empresa, como por exemplo, conside-
rando o estoque de segurança e também as margens de erros (CHIAVENATO, 2014).
Martins e Alt (2009) explicam ainda que um MRP possui uma lista de materiais 
em função da demanda da empresa, de modo que o computador vai realizar os 
cálculos para encontrar a necessidade de materiais e verificar se existem estoques 
suficientes para atender o pedido. Se não tem material suficiente, ele emite uma 
37
ordem de compra ou até mesmo de fabricação, quando a empresa é quem fabrica 
os próprios componentes. A figura, a seguir, detalha esse processo completo.
Figura 08 - Esquema de um MRP / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 131).
Descrição de imagem: A imagem é um fluxograma que apresenta o esquema de um MRP. O fluxograma 
inicia-se com um retângulo onde se lê “Projeção de demanda”. De sua parte inferior sai uma seta vertical 
que aponta para outro retângulo com a inscrição “Plano de produção”. Da parte inferior deste, sai uma seta 
vertical que aponta para outro retângulo, onde se lê: “Software MRP”. À direita deste, há um retângulo com 
a inscrição “Lista de materiais”. Dele, sai uma seta horizontal que aponta para o retângulo anterior. Da parte 
inferior do retângulo com a inscrição “Software MRP”, sai uma seta vertical que aponta para outro retângulo 
onde se lê “Lista de necessidades de materiais”. Deste, sai uma seta vertical que aponta para um retângulo 
onde está escrito “Consulta de estoques”. Da parte inferior desse retângulo, sai uma seta vertical que aponta 
para um losango, onde se lê “Há disponibilidade”. Do ângulo direito do losango sai uma seta horizontal que 
aponta para um retângulo onde se lê “Libera fabricação”; já do ângulo inferior do losango, sai uma seta 
vertical que aponta para outro losango com a inscrição “Item fabricado ou comprado”. Do ângulo direito 
deste losango sai uma seta horizontal que aponta para um retângulo com a inscrição “Libera fabricação 
do item”. Do lado direito deste retângulo, sai uma seta horizontal que aponta para outro retângulo, com a 
inscrição “Fábrica”. Do ângulo inferior do losango com a inscrição “Item fabricado ou comprado”, sai uma 
seta vertical que aponta para um retângulo onde se lê “Libera compra”. Da parte inferior deste retângulo, 
sai uma seta vertical que aponta para outro retângulo com a inscrição “Fornecedor”.
UNICESUMAR
UNIDADE 1
38
O MRP possibilita determinar com exatidão qual é a necessidade de materiais 
pela empresa, para que seja realizado um controle de estoque que venha a evitar 
custos desnecessários.
Para você aluno(a) compreender melhor a relação de um MRP com a produção e a neces-
sidade de materiais vamos trabalhar com um exemplo de preparação de um bolo. Para 
preparar um bolo você precisa de uma receita. Essa receita, fazendo uma analogia com 
o MRP, é considerada a lista de materiais. Essalista contém a quantidade exata de cada 
ingrediente necessário para produzir o bolo. O MRP vai verificar no seu estoque, se você 
tem os ingredientes necessários para produzir o bolo, caso você não tenha, ele vai emitir 
uma ordem de compra, especificando o momento exato que será necessário cada ingre-
diente e a sua relação com os procedimentos e outros ingredientes.
EXPLORANDO IDEIAS
Pozo (2015) complementa a ideia de um MRP evidenciando alguns elementos 
que são importantes para que o sistema possa funcionar. São eles: 
 ■ Programa Mestre de Produção: é um planejamento a ser cumprido que 
contém as quantidades, prazos, programa de equipamentos e mão de obra 
necessária para cumprir com as exigências dos clientes.
 ■ Folha de operação: é um arquivo que demonstra os itens necessários para 
a fabricação de uma determinada peça, como materiais, mão de obra, etc.
 ■ Codificação dos materiais: é um programa que mostra a quantidade de 
materiais que a empresa possui em estoque.
 ■ Lista de materiais: é um programa que mostra os itens necessários para 
fabricar os produtos.
Além do MRP tradicional, temos ainda o MRP II, que se trata de um sistema com 
um tipo de decisão que é mais centralizada, ou seja, resumindo tudo, será cumprido 
à risca da forma mais completa possível. A principal característica na sua dinâmica 
de aplicação, é que o sistema consegue se adaptar rapidamente às mudanças de 
cenários em um ambiente turbulento, que necessitam de ajustes e correções rapida-
mente. Assim, a sua utilização é importante para empresas que atuam em cenários 
complexos e com frequentes mudanças, pois em sua completude, o sistema viabiliza 
a sinergia com outras áreas da empresa, trazendo muitos benefícios.
39
Porém, um sistema MRP II tem como desvantagem, o fato de não conseguir 
identificar possíveis melhorias no que tange à redução de desperdícios e também 
a melhoria no processo produtivo. Para empresas que atuam ainda no Sistema 
Just in Time (JIT), o MRP II possibilita o trabalho em conjunto como um plane-
jamento perfeito para as demandas de operações do sistema.
Filosofia Just In Time (JIT)
O JIT tem se apresentado por meio de muitas definições que vão evoluindo ao lon-
go dos anos. Uma das formas mais comuns que é aceita, refere-se ao JIT como um 
sistema com o foco na redução de desperdícios no processo produtivo. No sistema 
tradicional, os processos produtivos produzem em grande escala gerando estoques 
para disponibilizar no mercado para os clientes em um sistema de empurrar, no JIT a 
produção ocorre na medida em que novos pedidos são realizados, ou seja, de acordo 
com a demanda no sistema puxado (DIAZ, 2019).
Teoricamente falando, o sistema de puxar estoque ocorre somente após a 
sinalização do usuário sobre a necessidade de se produzir um componente, 
ou seja, ninguém está liberado para produzir nada além do necessário para 
aquele momento (DIAZ, 2019).
Gonçalves (2020) complementa explicando que o sistema JIT é uma ferramenta 
simples e poderosa ao mesmo tempo, pois tem como objetivo eliminar os desper-
dícios, estoques desnecessários e tarefas que não agregam valor ao produto, pro-
duzindo somente a quantidade que é necessária para um determinado momento.
Se nós pensarmos, por exemplo, na indústria automotiva, isto significa que o 
carro que será comprado pelo cliente, vai entrar na linha de montagem somente 
no momento em que a compra for efetivada, e neste momento, além da fábrica, 
os fornecedores recebem a informação de forma instantânea, para saberem o mo-
mento exato que determinado componente será necessário na linha de produção. 
Ainda na indústria automobilística, é comum que se tenha uma planta industrial 
com vários fornecedores em volta da fábrica, outras vezes são permitidos for-
necedores a distância, desde que o fornecimento seja realizado por meio de um 
canal de distribuição leal e exclusivo, garantindo a eficiência do processo. 
Como vimos anteriormente, com uma quantidade menor de estoques, signifi-
ca também uma redução de custos. No processo produtivo, a linha de montagem 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
40
em pequenos lotes vai reduzir o volume de estoques de produtos em processo, 
possibilitando melhor controle do processo, redução de espaços e há menos pos-
sibilidades de aparecer algum tipo de falha, considerando que se identificado um 
erro, a intervenção é rápida e pontual (GONÇALVES, 2020).
O principal foco do sistema JIT é a indústria, considerando especificamente 
as linhas de produção. Esse processo exige produtos de alta qualidade, geralmente 
controlados na fonte, no qual os próprios funcionários da empresa atuam como 
inspetores de qualidade. Isto também vai exigir colaboradores muito qualificados, 
para atuarem de forma eficiente e segura (GONÇALVES, 2020).
Embora o conceito de JIT seja relativamente simples e muitas vezes o termo 
até certo ponto, seja romantizado demasiadamente, isto significa que não tem nada 
muito simples, na verdade, pois é muito complexa a sua prática, exigindo que toda 
a produção seja enxuta e que não exista instabilidade no fornecimento contínuo, 
ou seja, não pode ocorrer falhas no fornecimento e este procedimento vai exigir 
que se tenha, muitas vezes, um fornecimento exclusivo. Como os níveis de esto-
ques se movimentam ao longo da produção, existe o risco de desabastecimento 
do processo de produção, considerando que as produções atuam em sincronia em 
pequenos lotes, com o estoque que seja realmente necessário e qualquer paralisação 
no fornecimento compromete toda a cadeia na totalidade (GONÇALVES, 2020).
Neste sentido, Diaz (2019) resume os objetivos de um sistema Just in Time 
em alguns pontos como: 
 ■ Minimização do tempo de fabricação, para considerar os níveis de esto-
ques mínimos.
 ■ Busca contínua na redução dos níveis de estoques, identificando os pro-
blemas de produção.
 ■ Reduzir o período de preparação dos equipamentos, para ser possível 
flexibilizar a produção.
 ■ Reduzir ao mínimo a quantidade fabricada, buscando lotes iguais à unidade.
 ■ Utilizar o sistema puxado de produção ao invés de empurrar.
Esses objetivos podem ser resumidos em: eliminação de desperdícios com a alta 
produção, espera, transporte, processamento, movimentação, problemas e esto-
ques. E além desses aspectos, ainda de acordo com Diaz (2019), pode-se relacio-
nar alguns pontos importantes como: 
41
 ■ Eliminação de problemas na fabricação para evitar retrabalho.
 ■ Potencialização do processo produtivo.
 ■ Autocontrole.
 ■ Lote igual à unidade.
 ■ Menor tempo de preparação.
 ■ Manufatura celular por meio de produção unitária.
 ■ Manutenção preventiva.
 ■ Operários polivalentes.
É importante ressaltar que o conceito de Just in Time, exige uma perfeita integração 
entre os diversos fornecedores da empresa com a empresa para atuarem no pro-
cesso produtivo com o propósito, em conjunto, de solucionar problemas, melhorar 
o fluxo, reduzir os estoques etc. Essa relação entre empresa e fornecedor deve ser 
colaborativa, ou seja, deve haver uma integração por meio de contratos de forne-
cimento e com tecnologias que viabilizem a troca de informações em tempo real.
É importante enfatizar que este modelo de produção não pode ser estático, muitas 
empresas têm procurado adaptar de acordo com a necessidade e para não ficar tão de-
pendente dos fornecedores. Por exemplo, se uma indústria de leites recebe diariamente 
dos produtores os leites que serão produzidos, agora elas podem ir diretamente até 
os produtores para recolher os leites ordenhados, o mesmo tem acontecido também 
com a indústria automotiva, em um processo conhecido como Milk Run, pois ao invés 
de esperar o fornecedor, a empresa é que vai até o fornecedor (GONÇALVES, 2020).
Entretanto, Diaz (2019), explica que este sistema possui algumas limitações e res-
trições ligadas a instabilidade da demanda, ou seja, qualquer falha que ocorrer neste 
processo, isto vai se desdobrar em paralisação de máquinas, equipamentos, empre-
gado etc., portanto, é importanteavaliar se vale a pena ou não adotar esse sistema e 
isto perpassa pelo conhecimento não só desta metodologia, mas também de outras 
para identificar qual é a mais adequada considerando o setor em que a empresa atua.
Um exemplo de aplicação do JIT aqui no Brasil é a fábrica da Man Caminhões 
que fica na cidade de Resende no Rio de Janeiro. Na mesma planta industrial, 
estão instalados muitos fornecedores de peças. A cada novo pedido recebido, a 
empresa, de forma imediata, entra em contato com os fornecedores solicitando 
as peças necessárias, o que é atendido no mesmo momento. Neste caso, todos os 
UNICESUMAR
UNIDADE 1
42
processos de produção dos caminhões são realizados em menor tempo que se 
comparados com outros processos produtivos. Isto possibilita uma economia de 
tempo e custos para a empresa e para o fornecedor (GONÇALVES, 2020). 
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma 
abordagem logística.
Autor: Hamilton Pozo
Editora: Atlas.
Sinopse: Este livro oferece uma sequência lógica do desdobramento da maté-
ria no dia a dia das empresas, fundamentada em novo paradigma de mercado 
globalizado relacionado com a nova dinâmica da cadeia de suprimentos.
Comentário: Excelente livro para quem deseja se aprofundar mais no tema. 
O autor apresenta diversos exemplos práticos.
Assim, meu(minha) caro(a) aluno(a), a administração de materiais é um pro-
cesso muito dinâmico que está intimamente ligado a questões operacionais que 
envolvem desde aspectos do sistema produtivo de uma empresa a questões re-
lacionadas a logística, afinal, é função da gestão de materiais garantir a disponi-
bilidade dos materiais necessários para a produção de determinado produto e 
essa atividade precisa ser operacionalizada em sinergia com a gestão de estoques, 
compras, planejamento e com o próprio processo produtivo.
Desta forma, as empresas estão muito conscientes da importância da ges-
tão de materiais para a manutenção das suas atividades e operações do dia a 
dia, dedicando muito mais treinamento e investimentos em profissionais, assim 
como você aluno(a) que vai cada vez mais atender as demandas crescentes do 
mundo dos negócios, afinal, dentro desta área em uma empresa, precisamos de 
profissionais que são especialistas, a fim de dedicar suas atenções no processo na 
totalidade, começando desde o fornecedor até o cliente final.
Assim, a administração de materiais é um aspecto moderno nas empresas, 
principalmente quando contempladas no âmbito logístico, quando se inicia todo 
o planejamento das necessidades de materiais até que o produto esteja à disposi-
ção dos consumidores, afinal, um produto só tem valor se estiver disponível no 
local certo, tempo certo e na quantidade certa.
43
1. Indubitavelmente, uma das mais importantes funções da administração de materiais 
está relacionada com o controle de níveis de estoques. Lógica e racionalidade podem 
ser aplicadas com sucesso nas ações de resolução de problemas que afetam os esto-
ques. É notório que todas as organizações de transformação devem preocupar-se com 
o controle de estoques, visto que desempenham e afetam de maneira bem definida 
o resultado da empresa (POZO, H. Administração de recursos materiais e patri-
moniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2015).
Em relação aos objetivos da gestão de estoques, avalie as afirmativas a seguir:
I - Garantir que os materiais estejam disponíveis no momento certo.
II - Garantir o menor volume de estoque possível, dentro das necessidades da em-
presa.
III - Assegurar o menor custo possível com o gerenciamento dos estoques da em-
presa.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III. 
2. Logística é a nova filosofia que começa a ser utilizada aqui no Brasil, pois só recen-
temente a administração de materiais foi efetivamente integrada a ela. Essa relativa 
negligência com relação à área de materiais ocorreu provavelmente por duas razões. 
Em primeiro lugar, os custos da movimentação de materiais das firmas tendem a ser 
menores do que os custos de distribuição, sendo em média de 3% a 10% das vendas 
(POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem 
logística. São Paulo: Atlas, 2015).
Sobre a gestão de materiais, avalie a relação entre as afirmativas abaixo:
I - A gestão de materiais é um processo de gerenciamento de tudo aquilo que a 
empresa precisa para garantir o seu pleno funcionamento.
PORQUE
II - É uma área distinta da logística, considerada com uma subárea da produção, uma 
vez que realiza o controle e gestão dos materiais em estoques.
44
Em relação às afirmativas, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, a II é uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
3. A questão é que o processo de compras é extenso e envolve mais atividades do que 
aquelas diretamente relacionadas com movimentação e armazenagem de mercado-
rias. Entretanto, duas dessas atividades influenciam significativamente a eficiência do 
fluxo de bens. A primeira delas é a seleção de fornecedores. Sua escolha depende 
de preço, qualidade, continuidade de fornecimento e localização. A localização dos 
fornecedores interessa ao pessoal de logística, porque representa o ponto de partida 
geográfico do qual os bens devem ser entregues (POZO, H. Administração de re-
cursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2015).
Sobre a escolha dos fornecedores, avalie as afirmativas abaixo:
I - É importante conhecer os requisitos de compras, para buscar o fornecedor ideal.
II - Quando os requisitos são atendidos na íntegra pelos fornecedores, isto significa 
que será feito um pedido de compra pela empresa.
III - Atender as necessidades da empresa em termos de compras é uma função do 
comprador da empresa, considerando tudo o que foi negociado com o vendedor.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
2Logística 
Empresarial
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) à segunda etapa da nossa jornada, 
agora com o foco na logística empresarial. Para isso, iremos apresen-
tar um panorama da logística nas empresas e a importância da inte-
gração logística. Iremos tratar também da logística de produção para 
compreender todos os processos de movimentação, armazenagem 
e distribuição. Apresentaremos os principais modais de transportes, 
assim como as suas principais vantagens e desvantagens. E compreen-
deremos a logística do ponto de vista dos serviços, para identificar as 
necessidades dos clientes. E para medir o desempenho da logística, 
iremos apresentar um pouco mais sobre os indicadores de performan-
ce. Espero que seja uma jornada muito proveitosa.
UNIDADE 2
46
Você, aluno(a), sabe que a logística envolve o transporte de produtos e talvez esse 
seja o pensamento de muitas pessoas que não tem conhecimento com profundi-
dade sobre a logística. Por isso eu pergunto-lhe neste exato momento: você sabe 
o que realmente é a logística? Será que logística é somente os transportes?
A logística possui muitos desafios, talvez o principal seja garantir a disponi-
bilidade do produto no momento certo para o cliente, mas também proporcio-
nando um nível de serviço que seja razoável à luz das suas necessidades, com um 
custo adequado ao nível de serviço prestado. Mas quais seriam essas necessida-
des? Como nós, enquanto gestores de logística, podemos atender?
Dentro de uma visão moderna da Logística Empresarial, considerando o 
contexto que estamos vivendo e com as necessidades dos clientes de terem acessoaos produtos mais rapidamente, algumas situações impactam sobre a logística 
como: compras efetivadas pela internet em qualquer lugar do mundo, pandemia 
que atingiu o mundo em 2020, falta de matéria-prima e mão de obra qualificada, 
acordos entre países, terrorismo e muitos outros fatores. Assim, os(as) gestores(as) 
deverão estar cada vez mais preparados(as) para tomar decisões rapidamente 
dentro de um ambiente de muitas mudanças, e se antes a logística era vista como 
uma área departamental de entrega de produtos ou somente transporte como 
relatei anteriormente, hoje é uma área estratégica para o posicionamento da em-
presa perante o mercado. Portanto, é necessário estar preparado para atender 
esses desafios que cada vez mais serão maiores face às exigências do mercado. 
Para isso, você precisará ter opções em mãos para ajudar as empresas a se desta-
carem no mercado competitivo. Por fim, diante deste contexto, como as empresas 
podem utilizar a gestão e a logística para superar esses desafios contemporâneos? 
A logística é uma função essencial para a vida humana, isto para podermos ter 
acesso a uma infinidade de produtos e também serviços que fazem parte do nosso coti-
diano. Para atender às nossas necessidades básicas de sobrevivência, a logística, de certa 
forma, precisa trabalhar diuturnamente movimentando produtos do ponto de origem 
até o ponto de consumo, portanto, a logística não para. Movimentou, é logística!
São muitas as definições sobre o que é a logística, mas basicamente, resumindo 
muitas conceituações de diferentes autores, pode-se se dizer que é “um processo que 
tem como objetivo garantir que o produto certo, esteja disponível na quantidade 
certa, em condições adequadas, no local certo e com um preço que seja justo para 
o cliente, com um nível de serviço que seja eficiente”. Fácil, não? Nem um pouco!
47
O processo logístico é complexo, pois envolve a integração com diferentes players 
de mercado no ambiente externo, ou seja, é um processo totalmente dependente de 
fornecedores, clientes e governos. No ambiente interno, ainda temos a dependência de 
diversas áreas como marketing, financeiro, vendas, contabilidade, produção, tecnologia 
da informação, além de outros mais específicos que trataremos adiante. Além disso, 
o fluxo depende de infraestrutura que envolve a definição de modais considerando a 
matriz de transportes e a disponibilidade em cada região de entrega, que só se torna 
viável, se o custo for atrativo, afinal, nenhuma empresa vai trabalhar com margens abai-
xo do seu custo operacional, portanto, depende também de muitas políticas públicas.
Mas as empresas precisam entregar o seu produto para os seus clientes, e apesar 
dos inúmeros desafios, isto é possível e viável com muito planejamento e informações 
que vão ajudá-las a garantir a disponibilidade do produto para aqueles que precisam.
Assim, meu caro(a) aluno(a), se você parar para pensar nos produtos que con-
sumimos, itens que utilizamos em nosso dia a dia para transporte, higiene, lazer, tra-
balho, saúde, diversão e muitos outros, perceberá que todos eles são produzidos por 
empresas. E por empresas, podemos entender os bancos, rádio, televisão, hospitais, 
igrejas, repartições públicas, dentre uma variedade muito grande de organizações 
que, muitas vezes, se não pararmos para pensar, quase não notamos a sua presença 
e influência em nossas vidas. O fato é que nascemos nessas empresas, vivemos, 
trabalhamos e vivemos nelas e acredite, até morrer dependemos delas. Dessa forma, 
para começar a pensar em logística, é preciso refletir no que pode ser feito para 
atender às necessidades das pessoas. Lhe incentivo, a anotar suas considerações.
Essas empresas não existem ao acaso, elas foram criadas para produzir algo 
que seja de interesse da sociedade. Sendo assim, a produção está presente em todo 
o tipo de organização, pois não existirá empresa, se não houver nada para pro-
duzir, e aqui entenda também os serviços. Se a empresa produz algo, ela tem algo 
para entregar, se ela tem para entregar, ela precisa comprar, negociar, armazenar, 
produzir, controlar, movimentar e cuidar para que o cliente retorne para realizar 
novos negócios e aqui entra em cena a logística empresarial. Considerando a 
minha experiência com logística, como os produtos e serviços estão cada vez 
mais parecidos uns com os outros, uma forma de buscar se diferenciar e agregar 
valor aos produtos e serviços é tendo um sistema logístico eficiente, que garanta 
as entregas com qualidade, confiabilidade e segurança a um preço que o cliente 
esteja disposto a pagar. Agora eu te pergunto: quando você pensa em uma empre-
sa que seja referência em entregas, qual empresa lhe vem à mente? Assim, busque 
UNIDADE 2
UNIDADE 2
48
explicar no seu diário de bordo, o por quê essa empresa possui uma logística que 
se destaca no mercado e agrega valor aos serviços. Vamos lá! Mãos na massa!
Neste sentido, eu gostaria que você, aluno(a), dentro deste conceito de 
logística que estudamos até agora, refletisse sobre a importância da logística 
no contexto das empresas para os clientes. Pense: se a logística tiver uma 
gestão ineficiente, como isto impacta sobre os negócios? 
Logística nas Empresas
Nenhum outro departamento nas empresas, contém a complexidade geográfica da 
logística empresarial. Quando pensamos em todo o planeta, a logística funciona 24 
horas por dia, sete dias por semana, durante o ano todo, levando produtos para o 
local em que forem desejados. Quando você está dormindo, se divertindo, come-
morando ou descansando, a logística está trabalhando para atender às suas neces-
sidades. É difícil imaginar qualquer atividade empresarial, seja ela de marketing, 
industrial ou até mesmo o comércio internacional sem a logística. Quando compra-
mos um produto, seja em uma loja virtual ou física, desejamos que o produto seja 
entregue no prazo prometido. E isto traz alguns desafios, pois para o consumidor, 
a logística precisa ser pontual, sem erros e com um custo adequado, independente 
se a empresa está sobrecarregada ou não, aliás, isso não é um aspecto que interessa 
49
muito ao cliente, pois se existe um prazo a cumprir, ele deverá ser cumprido, ou seja, 
clientes têm pouca tolerância a falhas (BOWERSOX et al., 2014).
Sendo assim, a logística empresarial, tem como propósito promover o melhor nível 
de rentabilidade no processo logístico que envolve o atendimento das necessidades do 
mercado e que seja atrativo do ponto de vista do retorno financeiro para a empresa, por 
meio do planejamento, organização e controles eficientes de armazenagem, produção, 
entregas e demais serviços que facilitarão o processo logístico. A logística empresarial, 
contempla ainda, todo fluxo de movimentação da matéria-prima do ponto de extração 
ao consumidor final, amparado por um sistema de troca de informações que atua 
como facilitador no entendimento das necessidades de mercado (POZO, 2015).
A logística é um processo que contempla o processamento de pedidos, estoques, 
transportes, armazenamento, movimentação, embalagens e infraestrutura das redes de 
instalações. O seu propósito é garantir o atendimento das necessidades de suprimentos, 
produção e atendimento dos clientes. Em uma empresa, o principal desafio é atender 
as expectativas em termos de serviços para com os seus clientes. Em um contexto mais 
amplo nas empresas, essa é uma atividade que precisa ser realizada em sincronia ope-
racional com os clientes e fornecedores de matéria-prima e serviço, contemplando um 
processo com operações no ambiente interno e externo (BOWERSOX et al., 2014).
É por meio do processo da logística, que uma matéria-prima chega até o pro-
cesso produtivo, para depois ser enviada para os seus clientes. Com os efeitos da 
economia internacional, os processos aumentaram muito de complexidade, im-
pondo muitos desafios para as empresas, como, por exemplo, a redução de custos 
e a obtenção de vantagens competitivas frente aos principais players de mercado.Entre os desafios da logística, o ponto mais empolgante não é relacionado 
nem um pouco aos fatores que reduzem os custos logísticos, pois isto pode afe-
tar a qualidade do serviço prestado se não for muito bem planejado. Entretanto, 
o que realmente empolga os gestores e até mesmo os estudantes de logística é 
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compreender como as empresas atuam para obter vantagens competitivas. As 
empresas que possuem alto grau de performance, conquistam mais vantagens 
competitivas, fornecendo um serviço que é superior aos seus principais con-
correntes. As empresas que possuem o melhor desempenho logístico, utilizam a 
tecnologia da informação como suporte para monitorar todas as suas atividades 
logísticas ao nível mundial e em tempo real. A tecnologia ajuda a identificar os 
processos operacionais e possivelmente as falhas que podem acontecer, antes 
mesmo de acontecer, através de ações corretivas (BOWERSOX et al., 2014).
Mas é claro que existem situações em que não é possível realizar as correções no 
processo, uma vez que algumas ações fogem totalmente ao controle da empresa, como 
as variáveis externas, por exemplo. Neste caso, os clientes podem receber um aviso de 
forma antecipada em relação ao problema e como este será solucionado. Isso garante 
que haja tempo hábil para adotar medidas corretivas, e evita surpresas desagradáveis, 
como a paralisação das operações do cliente (BOWERSOX et al., 2014).
Empresas que apresentam um desempenho acima da média no âmbito logís-
tico, conseguem trabalhar com eficiência o seu estoque, velocidade de entrega e a 
integração com os parceiros comerciais da empresa. Assim, a logística deve fazer 
um esforço para satisfazer as necessidades dos clientes ao menor custo possível, 
gerando valor agregado ao processo.
Gerar valor para o cliente é possível para qualquer tipo de empresa desde, 
é claro, que a empresa esteja disposta a realizar os investimentos necessários na 
sua infraestrutura e em seus processos. A situação que mais impacta o ambiente 
das empresas no âmbito logístico é o fator econômico e não mais tecnológico. 
Por exemplo, os estoques podem ser mantidos próximos aos clientes, a empresa 
poderá deixar uma frota de caminhões disponíveis para atender os clientes, pode 
manter um canal de comunicação em tempo real para facilitar as operações logís-
ticas e atender um cliente ao menor tempo possível. Mas esses processos têm um 
custo para a empresa, e aqui é onde aparece um dos principais desafios dos ges-
tores logísticos: encontrar o equilíbrio entre os custos e a qualidade nos serviços. 
Assim, meu(minha) caro(a) aluno(a), a questão não é ter um processo de ponta, 
mas conseguir obter um desempenho que seja melhor que os seus principais concor-
rentes, com uma boa relação entre os custos e os benefícios. Por exemplo, se a maté-
ria-prima não está disponível no momento exato necessário para a linha de produção, 
isto pode refletir em uma paralisação da linha de produção na indústria e aumentar os 
custos de produção, afinal, máquinas não foram feitas para ficar paradas, assim como 
51
um avião não foi produzido para ficar em solo. O impacto de uma falha neste processo, 
pode ser um atraso nas entregas e a perda de lucros pode ser expressiva para a empresa.
O desempenho de um sistema logístico nas empresas, pode ser medido por dis-
ponibilidade, desempenho e confiabilidade, segundo Bowersox et al (2014):
 ■ Disponibilidade: a empresa precisa ter estoque de produtos ou matéria-
-prima para atender as necessidades dos clientes. A grande questão a ser 
resolvida neste aspecto é a relação entre a quantidade de estoques com 
o custo de se ter o estoque. Atualmente, a tecnologia da informação tem 
proporcionado ferramentas que facilitam o controle de estoques sem a ne-
cessidade de se ter grandes volumes de estoques para amortecer a demanda.
 ■ Desempenho operacional: as empresas precisam lidar com o desafio de 
entregar os produtos ao menor tempo possível para os seus clientes. Para isso 
ela precisa ter consistência na entrega e na velocidade, pois naturalmente os 
clientes desejam uma entrega rápida. Para melhorar o desempenho opera-
cional, a empresa precisa primeiro obter consistência para depois melhorar 
a velocidade. Outros aspectos importantes estão relacionados à capacidade 
de mudança para atender uma necessidade específica, e neste caso, entra em 
cena a flexibilidade operacional para atender as demandas inesperadas e que 
não estão no escopo do planejamento. Outro ponto relevante diz respeito 
às falhas, que podem ocorrer, mas se acontecer, qual é o tempo normal que 
a empresa consegue se recuperar. Dificilmente as empresas serão eficientes 
em tempo integral, pois existem situações que fogem ao controle, portanto, 
no planejamento deve-se ter uma ideia da probabilidade de algo dar errado.
 ■ Confiabilidade: este aspecto tem relação com a qualidade dos serviços pres-
tados. O segredo da qualidade nos processos está relacionado ao desempenho 
que pode ser medido por indicadores. Com o controle por meio de indicado-
res de performance, é possível identificar possíveis variações no desempenho 
operacional, sendo algo muito importante para um cliente. Assim, a empresa 
precisa ter comprometimento com a melhoria contínua para alcançar a ex-
celência nos serviços prestados, mas isto só ocorre se houver planejamento 
apoiado por dedicação, treinamento e investimentos.
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E assim, para conseguir se destacar no mercado por meio da logística empresarial, é 
necessário combinar competência operacional com o atendimento das necessidades 
dos clientes. O compromisso da empresa com o cliente, dentro de uma estrutura 
de custos adequada, é o que chamamos de valor agregado na logística. Um esforço 
logístico bem planejado proporciona um diferencial no fluxo logístico na totalidade.
Talvez você já tenha percebido até aqui, que a logística é cheia de trade-offs, ou 
seja, uma decisão em razão da outra e isto significa, optar pelo custo ou qualidade do 
serviço. Uma estratégia sensata vai exigir muitas competências e habilidades do gestor 
para ser possível estimar todo o custo operacional para alcançar níveis de serviços 
desejados pelo mercado. Um exemplo muito claro sobre um desempenho em termos 
de serviço que proporciona uma grande vantagem competitiva, é a gestão da cadeia 
de suprimentos, mas prepare-se porque veremos com muitos detalhes na unidade V.
Você sabe o que é trade-off? “É uma análise ou troca compensatória, na sua forma básica. 
O resultado incorre em aumento de custos em determinada área com o intuito de obter 
grande vantagem em relação às outras (em termos de aumento de rendimento e lucro). 
Uma relação de incompatibilidade, onde a melhoria em determinada atividade necessa-
riamente leva a perda em outra” (CAXITO, 2019, p. 11).
EXPLORANDO IDEIAS
ATIVIDADES-CHAVE ATIVIDADES DE SUPORTE
1. Os serviços ao cliente padronizados 
cooperam com o marketing para:
Determinar as necessidades e desejos 
dos clientes em serviços logísticos
Determinar a reação dos clientes ao 
serviço.
Estabelecer níveis de serviços ao cliente.
1. Armazenagem:
Determinação do espaço
Leiaute do estoque e desenho 
das docas
Configuração do armazém
Localização do estoque
Na logística empresarial, são muitas as atividades desempenhadas para proporcionar 
um nível de atendimento adequado aos clientes, mas considerando um nível de es-
copo genérico e que pode variar na logística empresarial de empresa para empresa, 
algumas atividades podem ser contempladas, como consideradas por Ballou (2006):
53
ATIVIDADES-CHAVE ATIVIDADES DE SUPORTE
2. Transporte:
Seleção do modal e serviço de transporte
Consolidação de fretes
Determinação de roteiros
Programação de veículos
Seleção do equipamento
Processamento das reclamações
Auditoria de frete
2. Manuseio dos materiais:
Seleção do equipamento
Normas de substituição de equi-
pamento
Procedimentos para separação 
de pedidos
Alocação e recuperação de 
materiais
3. Gerênciade estoques:
Políticas de estocagem de matérias-pri-
mas e produtos acabados
Previsão de vendas a curto prazo
Variedade de produtos nos pontos de 
estocagem
Número, tamanho e localização dos pon-
tos de estocagem
Estratégias just-in-time, de empurrar e de puxar
3. Compras:
Seleção da fonte de suprimen-
tos
O momento da compra
Quantidade das compras
4. Fluxos de informação e processa-
mento de pedidos:
Procedimento de interface entre pedidos 
de compra e estoques
Métodos de transmissão de informação 
sobre pedidos
Regras sobre pedidos
4. Embalagem protetora pro-
jetada para:
Manuseio
Estocagem
Proteção contra perdas e danos
5. Cooperação com produção/
operações para:
Especificação de quantidades 
agregadas
Sequência e prazo do volume 
da produção
Programação de suprimentos 
para produção/operações
6. Manutenção de informações:
Coleta, armazenamento e mani-
pulação de informações
Análise de dados
Procedimentos de controle
Quadro 1 - Atividades Logísticas / Fonte: Ballou (2006, p. 31).
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Figura 01 - Atividades Logísticas / Fonte: Ballou (2006, p. 31).
Descrição de imagem: a figura é um esquema que, de cima para baixo, inicia-se com a inscrição “Lo-
gística empresarial”. Desta inscrição, saem duas retas diagonais. A reta da esquerda, leva à inscrição 
“Abastecimento físico (gerência de materiais)” e a reta da direita, leva à inscrição “Distribuição física”. 
Logo abaixo, há um subesquema horizontal que, da esquerda para a direita, inicia-se com um retân-
gulo onde se lê “Fontes de abastecimento”; deste retângulo, sai uma seta horizontal que leva a outro 
retângulo, onde se lê “Fábricas/operações”; deste retângulo sai uma seta horizontal que se liga a outro 
retângulo em que há a inscrição “Clientes”. Entre os retângulos, acima das setas, existem desenhos 
de caminhões; enquanto abaixo das setas encontram-se duas listas. À esquerda (entre os retângulos 
“Fontes de abastecimento” e “Fábricas/operações”), são listados: “Transporte”, “Manutenção de esto-
ques”, “Processamento de pedidos”, “Compras”, “Embalagem preventiva”, “Armazenamento”, “Controle 
de materiais”, “Manutenção de informações”, e “Programação de suprimentos”. À direita (entre os 
retângulos “Fábricas/operações” e “Clientes”, são listados: “Transporte”, “Manutenção de estoques”, 
“Processamento de pedidos”, “Programação de pedidos”, “Embalagem preventiva”, “Armazenamento”, 
“Controle de materiais”, e “Manutenção de informações”.
Na sequência observamos a figura 1 com os detalhes ilustrativos dessa ati-
vidade logística:
As atividades-chave e as atividades de suporte, estão separadas porque algumas 
dependem das circunstâncias onde a empresa está inserida. As atividades-chave, 
são fundamentais para que a missão da logística seja cumprida, além de repre-
sentar a maior parte dos custos logísticos. Os custos logísticos aumentam sempre 
que o padrão de qualidade aumenta (BALLOU, 2006).
55
Os transportes e a manutenção de estoque são atividades primárias na logística. 
Essas atividades representam até dois terços dos custos logísticos. O transporte con-
segue agregar valor aos produtos e serviços, e os estoques agregam valor ao tempo. 
O processamento de pedidos é a atividade chave final, seus custos serão menores, 
quando comparados, por exemplo, com o transporte ou a manutenção de estoques. O 
processamento dos pedidos é um aspecto fundamental e determina o tempo total da 
entrega a um determinado tipo de cliente. E a partir dos pedidos, todo o processo de 
movimentação é desencadeado até que a entrega realmente aconteça (BALLOU, 2006).
As atividades de suporte são importantes para que a missão da logística seja 
cumprida. Algumas das ações podem não ser realizadas em algumas empresas, 
dependendo do seu modelo de atuação. Por exemplo, algumas matérias-primas 
brutas, não necessitam de um tipo de armazenamento específico que a proteja 
contra as condições climáticas (BALLOU, 2006).
Nas atividades de suporte, temos também a questão da embalagem, manuten-
ção dos estoques, manuseio e outras atividades que contribuem com a operacio-
nalização da logística. Compras e produção podem ser uma preocupação mais 
relacionada com a área de produção do que a logística, mas não deixam de estar 
integradas. A manutenção e o controle de estoques, dá todo o suporte necessário 
para o planejamento e controle logístico.
NOVAS DESCOBERTAS
A revista Mundo Logística, sempre apresenta notícias atualizadas sobre a lo-
gística, com matérias e informações importantes para você se manter atua-
lizado em relação a tudo que acontece na logística. Confira!
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Integração Logística
Pode-se dizer que durante muito tempo, a logística estava relacionada somente a 
aspectos funcionais como transporte e armazenamento de mercadorias. Com o 
passar dos anos, o conceito de logística passou por um processo natural de evo-
lução à luz das necessidades de mercado, e atualmente também contém outros 
elementos operacionais importantes para um negócio.
Além dos fatores relacionados ao armazenamento e transporte, as empre-
sas perceberam a necessidade de um relacionamento mais colaborativo com os 
clientes e fornecedores amparados pela tecnologia da informação. Atualmente, 
quando se fala em logística integrada, pode-se dizer ser uma sinergia com diver-
sas outras áreas das empresas para ser possível desempenhar as suas atividades 
de uma maneira mais eficiente possível.
O propósito desta integração é um gerenciamento mais amplo que facilita o 
controle sobre as operações que envolve um conceito mais completo de logística. 
Por exemplo, hoje um supermercado considerando a sua demanda, pode ter acesso 
às condições de estoques dos seus fornecedores, assim como também de transpor-
tes, entre outros, ou seja, a empresa consegue realizar um planejamento com mais 
assertividade e um fluxo contínuo sem falhas no abastecimento e ressuprimento.
Para compreender a logística integrada, é importante saber que ela se trata 
de um conjunto de atividades, sendo que cada uma delas possui sua importância 
no fluxo logístico. Importante ressaltar que a troca de informações é o ponto 
crucial para que a integração possa funcionar de maneira articulada e adequada 
às necessidades. Veremos cada uma dessas atividades, um pouco mais adiante 
para podermos analisar com mais profundidade.
Mas, na prática, a logística integrada é uma forma adequada que as empresas 
utilizam para garantir a disponibilidade dos serviços, dando mais celeridade às 
entregas e garantido a satisfação dos seus clientes. Por exemplo, o controle de 
estoque troca informações em tempo real com a área de compras, dando mais 
fluidez e rapidez no tempo de resposta diante daquilo que é necessário para as 
atividades da empresa. O departamento de compras, por sua vez, entra em contato 
com os possíveis fornecedores que, em um processo de negociação, estipulam as 
regras do jogo, ou seja, tempo de entrega, preço, quantidade etc. 
Talvez você tenha percebido uma certa integração na troca de informações. 
Assim sendo, este processo possibilita algumas vantagens como:
57
 ■ Mais fluidez para o departamento de produção.
 ■ Reduz os custos logísticos.
 ■ Aumenta o lucro da empresa.
 ■ Redução dos desperdícios.
 ■ Coordenação de todos os processos.
 ■ Organização e distribuição das informações.
 ■ Melhor relacionamento com os fornecedores.
 ■ Atende as necessidades dos stakeholders.
 ■ Deixa os processos mais ágeis.
 ■ Possibilita vantagens competitivas.
 ■ Melhora a gestão do negócio.
As empresas buscam constantemente estratégias para se destacar no mercado, apro-
veitando as boas práticas existentes por meio da integração logística. Assim, dentro 
de um contexto operacional, de acordo com Bowersox et al (2014), têm-se os se-
guintes objetivos: (1) capacidade de resposta; (2) redução da variação; (3) redução 
de estoques; (4) consolidação de cargas; (5) qualidade; e (6) suporte ao ciclo de vida. 
Cada item tem a sua respectivaimportância, segundo as especificidades de 
cada empresa ou no segmento em que ela atua:
1. Capacidade de resposta: quando a empresa consegue satisfazer rapida-
mente as necessidades dos seus clientes, esse processo é conhecido como 
resposta rápida. Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia da infor-
mação, pode-se observar que as tecnologias facilitam as estratégias pauta-
das em respostas rápidas, garantindo a eficiência do processo operacional, 
mesmo que a entrega seja adiada até o último instante, para depois ace-
lerar o processo de entrega. Muitas empresas utilizam a estratégia de de-
manda puxada para poder reduzir o volume de estoques comprometidos 
ou serem distribuídos de forma antecipada às necessidades dos clientes. A 
capacidade de resposta, funciona com a ênfase no processo operacional 
da previsão das necessidades futuras para ser realizado o atendimento 
dos clientes por meio de um ciclo rápido até o momento da entrega. Em 
um sistema puxado, o estoque não é entregue até que o cliente realize a 
solicitação. Para atuar com este tipo de estratégia, as empresas precisam 
ter disponibilidade de estoque e um processo de entrega rápido, assim 
que o pedido do cliente é recebido.
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2. Redução da variação: o sistema logístico na sua totalidade é suscetível a 
variação que pode incorrer em falhas no processo logístico. Por exemplo, um 
processamento errado de um pedido de um cliente, erro ao separar o pedido 
e até falha na entrega da mercadoria. Isso tudo pode gerar variações não pla-
nejadas. Com a logística integrada, a redução da variação é um dos objetivos.
3. Redução de estoque: para alcançar o objetivo da redução de estoque, a 
logística integrada precisa controlar a velocidade do giro de estoques e 
ter comprometimento com os ativos. Sempre é importante ter em mente, 
que a redução dos estoques ao menor nível possível, possibilita o alcance 
de metas de desempenho em toda a rede logística.
4. Consolidação de cargas: sabe-se que na logística o custo de transportes 
é um dos mais impactantes na estrutura de custos. Esses custos estão 
ligados diretamente ao tipo de produção, carga e a distância que será 
percorrida para realizar a entrega. As empresas dependem dos transpor-
tes em alta velocidade para cargas pequenas, o que acaba encarecendo o 
fluxo. Sendo assim, por meio da logística integrada é possível conseguir a 
consolidação de cargas para diminuir os custos logísticos, ou seja, melhor 
utilizar o transporte em combinação com outras entregas. Como regra 
geral, quanto maior for uma carga em maior distância, o custo será menor 
por unidade transportada. A consolidação de cargas, exige programas 
inovadores que combinam produtos para diferentes regiões, consideran-
do a rede de distribuição, para ser de fato bem-sucedida. Um dos grandes 
desafios da consolidação de carga é o próprio comércio eletrônico, que 
precisa combinar múltiplos produtos para viabilizar a entrega e não só na 
ida do caminhão de entrega, por exemplo, mas também na volta.
5. Qualidade: um dos objetivos da logística é buscar a melhor qualidade 
possível nos processos. Se ocorre alguma falha no processo logístico, isto 
compromete o valor agregado ao serviço. Normalmente quando ocorrem 
falhas, o custo não pode ser revertido ou recuperado e na maior parte das 
vezes são aumentados, encarecendo o processo. Por isso a logística deve 
ter um compromisso com a qualidade, para ocorrer zero problemas de 
ponta a ponta, o que é realmente muito difícil e desafiador, afinal, a logís-
tica depende de muitos fatores que fogem ao controle da empresa, como, 
por exemplo, congestionamentos de carros, infraestrutura, clima, etc.
59
6. Suporte ao ciclo de vida: os produtos são normalmente vendidos com a 
garantia plena do seu funcionamento, mas existem situações que o produ-
to apresenta problemas e necessitam de devolução. Este processo de devo-
lução é conhecido como logística reversa, ou seja, o retorno do produto à 
origem. Existem casos também, que não é só a devolução por problemas, 
mas em função do ciclo de vida do produto. Temos ainda produtos que a 
maior parte do lucro ocorre no pós-vendas, como, por exemplo, uma im-
pressora que precisa ter sua carga reabastecida. Sobre a logística reversa, 
ainda nos aprofundaremos no tema um pouco mais adiante. 
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Logística: Um enfoque prático
Autor: Fabiano Caxito
Editora: Saraiva.
Sinopse: Este livro chega à 3ª edição totalmente atualizado, preservan-
do o enfoque prático e didático dos principais temas que envolvem a logística 
brasileira e internacional. Evidencia a realidade das operações logísticas no Bra-
sil, com todos os assuntos relacionados à gestão, planejamento, infraestrutura, 
legislação atual, tendências, tecnologia e desafios logísticos do mercado.
Comentário: Excelente livro para aqueles que buscam um enfoque prático da 
disciplina, com uma linguagem de fácil compreensão.
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Logística de Produção
Costumo dizer para os meus(minhas) alunos(as) que a logística começa acon-
tecer a partir do desejo de uma pessoa. Olhe a sua volta: são muitos os produtos 
que você utiliza no seu dia a dia! Todos esses produtos passaram por um processo 
produtivo de transformação. Para que os produtos que utilizamos possam estar 
disponíveis, são necessários diversos elementos constituídos como matéria-pri-
ma que segue um fluxo de movimentação, armazenagem, produção e utilização. 
Então, porque estudar a logística no contexto da produção?
Eu tinha um professor que dizia: “Movimentou, é logística!”. Portanto, se 
a logística possui uma interface com a produção, precisamos conhecer um 
pouco mais desta etapa, mesmo que de maneira mais superficial. No curso 
você certamente terá uma disciplina dedicada aos estudos da produção e isto 
vai trazer mais profundidade para o assunto. Aqui, nosso interesse é discutir 
aspectos da produção envolvidos com a logística.
Em qualquer tipo de empresa de manufatura, será necessário realizar um 
planejamento de produção. Através dos planos de produção, os gestores vão 
direcionar recursos para que o processo ocorra, controlando a execução e iden-
tificando pontos que possam ser necessários corrigir para evitar falhas. Na 
gestão da produção, esse planejamento é conhecido como Planejamento do 
Controle de Produção (PCP) (CAXITO, 2019).
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Assim, existe uma hierarquia no planejamento da empresa, que você pode 
visualizar na figura a seguir:
Figura 02 - Fluxo do Planejamento / Fonte: Caxito (2019, p. 64).
Descrição de imagem: A figura é um fluxograma vertical de hierarquia, formado por cinco retângulos. O 
primeiro retângulo tem a inscrição “Plano estratégico do negócio” e de sua parte inferior, sai uma seta vertical 
que se liga ao segundo retângulo, onde se lê “S&OP (Planejamento de Vendas e Operações)”; da parte inferior 
deste, sai uma seta vertical que se liga ao terceiro retângulo em que há a inscrição “PMP (Plano Mestre de 
Produção)”; da parte inferior deste, sai uma seta vertical que se liga ao quarto retângulo, onde se lê "MRP (Pla-
nejamento das necessidades de materiais)"; da parte inferior deste, sai uma seta vertical que se liga ao quinto 
e último retângulo em que há a inscrição “Controle das atividades do processo e compras”. 
No âmbito estratégico, a empresa vai definir os objetivos e metas que deverão ser 
cumpridos, ou seja, aquilo que o setor precisa cumprir. O planejamento de ven-
das e operações (S&OP), pretende equilibrar as expectativas da empresa com as 
decisões operacionais. O plano mestre de produção (PMP) realiza uma previsão 
para determinar as atividades de produção no curto prazo. O MRP, que envolve 
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As indústrias Ford, no início, produziam boa parte da sua matéria-prima, inclusive a bor-
racha dos seus automóveis, produzida na Amazônia. Entretanto, este tipo de estratégia 
diminuía a flexibilidade e aumentava os custos produtivos do processo. Em uma visão 
mais moderna de produção, a empresaprecisa se especializar no seu propósito principal, 
para direcionar ações que garantam um diferencial estratégico. Por isso, muitas empre-
sas terceirizam boa parte do processo que não agrega valor aos processos.
EXPLORANDO IDEIAS
o planejamento das necessidades de materiais (CAXITO, 2019), como já vimos 
na unidade I, é uma atividade que contempla a previsão de demanda e a progra-
mação de cada item necessário para produzir.
Assim, será necessário definir o tipo de layout mais adequado e o arranjo 
físico para o processo produtivo, e isto considerará a logística de movimentação 
e armazenagem e todos os recursos que a empresa utiliza neste processo. Essa 
decisão também é influenciada diretamente pelos fornecedores, isto porque en-
volve a estratégia de compra de matéria-prima e componentes, além da escolha 
da quantidade de fornecedores que atenderão a empresa (CAXITO, 2019).
Outra escolha que tem uma ligação direta com a logística de planejamento, 
é a verticalização ou horizontalização. Na verticalização, a empresa vai produzir 
os seus próprios componentes de produção. Já na horizontalização, a principal 
estratégia do processo produtivo é adquirir o máximo possível de componentes 
de terceiros. É de longe a estratégia mais utilizada atualmente (CAXITO, 2019). 
Assim, caro(a) aluno(a), mesmo em uma visão mais genérica e simples de um 
processo produtivo, podemos perceber a necessidade de movimentação, arma-
zenamento, transporte, compras, distribuição, estoques, Just in Time, sistemas de 
produção puxado ou empurrado, entre outros. Por isso, é necessário conhecer 
os aspectos de produção, a fim de realizar todo o planejamento logístico, dado 
que a logística precisa estar em sinergia com diversas áreas da empresa.
63
Movimentação, Armazenagem e Distribuição
Ao montar uma estrutura para um processo logístico, um dos aspectos mais impor-
tantes e, de certa forma, estratégico para as empresas é o procedimento de armaze-
namento e movimentação, para que a empresa consiga atuar de forma competitiva 
na distribuição. Quando os canais de distribuição são implantados, o segundo as-
pecto que deve ser considerado na operação são os níveis de serviços desejados nos 
aspectos de disponibilidade, confiabilidade e desempenho operacional.
Esses cuidados são importantes para atender as necessidades dos clientes, 
entretanto, devemos considerar que não é viável financeiramente possuir todos 
os produtos armazenados para quando o cliente precisar dele. O mundo ideal 
na logística é ter uma quantidade baixa armazenada, que ocupe o menor espaço 
possível e com um eficiente canal de distribuição para esses produtos.
Nogueira (2018) explica que um sistema de armazenamento contempla mui-
to mais do que simplesmente armazenar mercadorias. Envolve aspectos como 
espaço, estrutura, ferramentas, pessoas, equipamentos, entre outros. O sistema 
que envolverá a distribuição, vai depender do tipo de negócios que a empresa 
possui e a maneira como atua no mercado. Desta forma, é importante que um 
sistema de armazenamento e distribuição seja muito bem planejado para que as 
expectativas da empresa sejam cumpridas em relação aos clientes.
O processo de armazenamento e distribuição ou movimentação, está en-
tre os aspectos mais relevantes da logística. Quando uma empresa possui um 
sistema de armazenamento bem elaborado, ela consegue evitar diversos tipos 
de problemas que impactam sobre o processo produtivo e na distribuição dos 
produtos, melhorando o layout e espaçamento, reduzindo os seus custos e me-
lhorando a sua competitividade no mercado.
Armazenar é basicamente administrar o tempo e o espaço. O tempo está 
ligado diretamente ao espaço, que vai depender do tipo de produto que será 
movimentado para determinar quais são as ferramentas que serão utilizadas. Os 
recursos tecnológicos que as organizações utilizam para otimizar os processos 
estão cada vez mais nivelados e acessíveis, mas a eficiência no processo é que 
vai determinar o diferencial competitivo da empresa frente aos seus principais 
concorrentes e em relação aos seus clientes (NOGUEIRA, 2018).
Em muitas empresas, o espaço é melhor utilizado quando se recorre à tec-
nologia dedicada a localizar estoques. Existem softwares capazes de determinar 
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a melhor maneira de utilizar os espaços, considerando todas as especificidades 
que envolve um produto, e devido às características dos produtos do mercado, 
por mais que existam sistemas avançados dando suporte ao processo, é necessário 
ter pessoas qualificadas para determinar os requisitos.
Um sistema que realiza a localização de estoques precisa da manutenção de 
uma equipe de trabalho, desde o momento em que o produto chega no depósito 
até a sua saída (expedição), pois todas as fases dos processos, precisam ser de-
vidamente registradas para que não ocorra divergências (NOGUEIRA, 2018).
A figura, a seguir, demonstra as principais atividades de um sistema de 
armazenamento.
Figura 03 - Principais atividades de um armazém (centro de distribuição) / Fonte: Nogueira (2018, p. 53).
Descrição de imagem: a figura apresenta um ciclo, em formato de flecha circular. Ao centro do ciclo, há 
o desenho de um armazém e a inscrição “Gestão de Armazém”. Em sentido horário, o ciclo começa pelo 
desenho de caixas sobre paletes e a inscrição “Produtos ou matéria-prima”. A seguir, aparece o desenho 
de uma empilhadeira com caixas e a inscrição “Recebimento ou expedição”; depois, há o desenho de um 
homem de capacete segurando uma caixa, e a inscrição “Movimentação física”; em seguida, temos o de-
senho de uma prateleira e a inscrição “Estocagem”; depois, novamente o desenho de uma empilhadeira, 
e a inscrição "Carregamento ou descarregamento (Picking e Packing)"; seguindo a seta, temos o desenho 
de um palete com duas caixas de tamanhos diferentes em cima, e a inscrição “Montagem de cargas”; por 
fim, o desenho de um caminhão e a inscrição “Embarque físico”. Do lado direito do ciclo, saem cinco setas 
diagonais que se unem a cinco retângulos. Em cada um deles, se lê: “Locação de material”, “Controle de 
qualidade”, “Controle de embalagem”, “Inventário”, e “Gestão de recursos”.
65
Grant (2013) apresenta alguns objetivos de um armazém:
 ■ Receber materiais: conferir quantidades, qualidade, pedido e enviar até 
outros pontos de uso.
 ■ Operações de armazém: realizar operações que agreguem valor, como es-
tocar de maneira eficiente ou, por exemplo, o cross docking (ver Figura 4).
 ■ Montar pedidos: realizar a separação dos materiais.
 ■ Despachar (expedição): realizar a remessa do estoque.
 ■ Transferir: realizar a movimentação para pontos de expedição.
 ■ Embalar: agrupar em “kits” ou não, mas em embalagem adequada para 
movimentá-los.
 ■ Separar itens: realizar a separação das mercadorias.
 ■ Triagem: separar mercadorias em lote.
 ■ Unitização: aferir a carga de remessa.
Figura 04 - Atividades de armazenagem / Fonte: Grant (2013, p. 103).
Descrição de imagem: a figura é um desenho, de corte transversal, de um armazém que abriga inúmeras pra-
teleiras e inúmeras caixas. Espalhados sobre o desenho, temos doze retângulos, cada um representando um 
setor do armazém, que seguem um fluxo de flechas de acordo com a ordem de atividades de armazenagem, 
a saber: “Recebimento”, “Armazenagem (Put-away)”, “Armazenamento de pallets de reserva”, “Recuperação 
do item/Reposição do pedido”, “Coleta”, “Embalagem”, “Separação de item”, “Organização”, “Triar e acumular”, 
“Ordem/acumulação de carga” e “Despacho”, além de “Cross docking”. 
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Considerando os propósitos dos armazéns ou depósitos, que é armazenar mer-
cadorias, Gonçalves (2013) classifica em quatro categorias:
 ■ Armazém de commodities: são projetados para armazenar materiais 
que ainda não passaram por nenhum tipo de tratamento.
 ■ Armazém para granéis: são projetados especificamente para grãos: soja, 
trigo e milho. Também têm a possibilidade de armazenar produtos quí-
micos como gasolina, óleo,diesel e álcool.
 ■ Armazéns especiais: armazenam mercadorias que precisam de um tra-
tamento especial, dadas suas especificidades: eletrônicos, perecíveis, etc.
 ■ Armazém geral: pode contemplar qualquer tipo de produto.
Nogueira (2018) apresenta os benefícios da otimização de um armazém:
 ■ Melhoria na utilização dos espaços.
 ■ Utilização efetiva dos recursos.
 ■ Acesso efetivo aos itens em estoque.
 ■ Proteção e segurança dos estoques.
 ■ Organização.
 ■ Atendimento das necessidades dos clientes.
Um armazém pode ser projetado considerando as necessidades da empresa, a flexibi-
lidade, os equipamentos etc. O projeto vai depender da forma como a empresa opera, 
por exemplo, se tiver que ser um estoque de resposta rápida, o processo precisa ter um 
layout eficiente, mas se for somente para armazenar, precisa-se de grandes espaços. 
Segundo Nogueira (2018, p. 54), alguns aspectos podem ser considerados, como:
 ■ tamanho, forma e peso dos itens;
 ■ tamanho, peso e forma das cargas;
 ■ tipo de base das cargas;
 ■ quantidades de reabastecimento;
 ■ nível de atividade de cada SKU (stock keeping unit);
Você pode observar que apareceu o termo Cross docking, é um sistema que realiza o rece-
bimento, mas não o armazenamento, é uma carga em transporte que passa por centro de 
distribuição, mas que muda de modal para entrega, sem a necessidade de ficar armazenado.
PENSANDO JUNTOS
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 ■ quantidade recebida e expedida por carga;
 ■ necessidades especiais de acesso aos contenedores;
 ■ necessidades especiais de movimentação e estocagem de materiais (por exem-
plo, materiais que oferecem riscos quando manuseados de maneira incorreta);
 ■ estocagem e movimentação.
Você sabe o que é um SKU (stock keeping unit)? Basicamente é um código que identifica 
qual é o tipo de produto e suas principais características, para ser possível realizar o 
controle de estoques.
PENSANDO JUNTOS
Os armazéns atualmente são muito diferentes do que os que existiam há 30 anos. 
Hoje estão muito mais modernos e possuem um papel estratégico e não só de 
armazenamento, pois as mercadorias transitam em uma velocidade muito rápida 
e para isso é necessário planejar o layout.
O layout é a distribuição dos recursos e espaços dentro de um armazém, é como 
se fosse uma planta baixa de uma casa com a distribuição dos cômodos. Em um 
armazém, este planejamento leva em conta as estações de trabalho, movimentação, 
máquinas, equipamentos e pessoas. Para que o processo tenha fluidez, o armazém 
depende de um layout eficiente e com grande acessibilidade aos equipamentos de 
movimentação, além, é claro, de segurança. Itens como espaçamento, largura e altura, 
estão relacionados aos tipos de movimentação e ao produto que a empresa trabalha, 
considerando paletes, empilhadeiras, esteiras, contêineres e infraestrutura predial.
Para movimentar as mercadorias dentro de um depósito, existem acessórios 
de armazenagens. Segundo Nogueira (2018), são alguns deles:
 ■ Paletes.
 ■ Contêineres.
 ■ Gaiolas.
 ■ Caçambas.
 ■ Empilhadeira.
 ■ Alavanca de rodas.
 ■ Carrinho de mão simples.
 ■ Carrinho para tambor.
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 ■ Carrinho hidráulico.
 ■ Carrinho tartaruga.
 ■ Outros.
Ainda neste processo, temos a distribuição que é um processo da logística que 
trata diretamente da movimentação, estocagem e processamento dos pedidos da 
empresa. A distribuição tem como objetivo preocupar-se com as mercadorias que 
a empresa pretende vender ou entregar para os seus clientes. Enquanto o produto 
estiver em posse da empresa, ela deve manter em estoque ou movimentar até os 
seus depósitos, ou enviar para o cliente (NOGUEIRA, 2018).
Existem algumas possibilidades de distribuição dos produtos, mas as três 
formas básicas são:
1. Entrega diretamente da fábrica para o cliente (consumidor final ou empresas).
2. Entrega por meio de vendedores ou intermediários.
3. Entrega por meio de um sistema de depósitos.
Gonçalves (2013) cita também em uma visão geral a distribuição física contem-
plando alguns intermediários para canais de consumo e canais de produção, 
conforme figuras a seguir:
Figura 05 - Canais para produtos de consumo / Fonte: Gonçalves (2013, p. 207).
Descrição de imagem: a figura apresenta quatro canais de distribuição para produtos de consumo. Esses 
canais são apresentados em esquemas horizontais. No primeiro canal, temos um retângulo escrito “Fabrican-
te”; do lado direito deste retângulo sai uma seta horizontal que se liga a outro retângulo, onde se lê “Cliente”. 
Neste mesmo formato (retângulos ligados por setas horizontais), o segundo canal é composto por Fabricante 
- Varejista - Cliente; o terceiro canal é composto por Fabricante - Atacadista - Varejista - Cliente; e o quinto canal 
é composto por Fabricante - Agente - Atacadista - Varejista - Cliente. 
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Na figura, a seguir, temos os canais para produtos industriais.
Figura 06 - Canais para produtos industriais / Fonte: Gonçalves (2013, p. 207).
Descrição de imagem: Descrição da imagem: a figura apresenta três canais de distribuição para produtos de 
industriais. Esses canais são apresentados em esquemas horizontais. No primeiro canal, temos um retângulo 
escrito “Fabricante”; do lado direito deste retângulo sai uma seta horizontal que se liga a outro retângulo, 
onde se lê “Cliente final”. Neste mesmo formato (retângulos ligados por setas horizontais) o segundo canal é 
composto por Fabricante - Distribuidores industriais - Cliente final; e o terceiro canal é composto por Fabricante 
- Agente - Distribuidores industriais - Cliente;
Segundo Gonçalves (2013), os integrantes do processo de distribuição são:
 ■ Agentes: são vendedores que atuam como representantes e não respon-
sáveis pela venda do produto.
 ■ Atacadista: mantém alto volume de estoques e desenvolve as funções de 
vendas como um intermediário.
 ■ Distribuidores: fornecem determinado mix de produtos de uma deter-
minada fabricante para atender um mercado em específico.
A distribuição vai depender muito do tamanho e da estrutura de mercado que a 
empresa atua. São muitas as possibilidades para agregar valor aos serviços e reduzir 
os custos logísticos, como, por exemplo, grandes empresas normalmente possuem 
um sistema quase que na sua totalidade automatizado com robôs e esteiras.
Para a distribuição, é importante também pensar na localização da fábrica, 
fornecedores, depósitos e estrutura de transportes. De acordo com Martins e 
Alt (2009), são eles:
 ■ Fábricas: as empresas estão em busca de incentivos fiscais, mas tam-
bém na agilidade de entrega, daí podemos observar a quantidade de 
fábricas de uma mesma empresa espalhadas pelo mundo, como, por 
exemplo, no setor automotivo.
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 ■ Depósitos: muitas vezes são planejados considerando a infraestrutura 
de transporte e a rede. Por exemplo, ao invés de enviar mercadorias de 
São Paulo para Salvador diretamente, talvez seja mais barato incluir, São 
Paulo x Rio de Janeiro e Rio de Janeiro x Salvador. As empresas buscam 
ao máximo reduzir os seus estoques e estarem próximas dos seus clientes, 
por isso são inúmeros fatores que devem ser analisados.
 ■ Fornecedores: a proximidade com a indústria é importante, principal-
mente para reduzir os custos de armazenamento.
 ■ Transportes: considerar a infraestrutura e os modais disponíveis levando 
em consideração as suas características.
A empresa pode atuar em parcerias, em redes, possuir um canal leal e ex-
clusivo de distribuição, por isso não temos a intenção de esgotar todas as 
possibilidades, mas apresentar apenas as principais dentro de um contexto 
de boas práticas logísticas. A seguir, veremos os modais de transportes, que 
possuem papel fundamental na logística de distribuição.
Modais de Transportes
No Brasil, cerca de 62% dos transportes são realizados pelo transporte rodoviá-
rio. O que mostra como a nossa economia é dependente deste modal (CAXITO, 
2019). Essa é uma situação que o país carrega há décadas em função da falta de 
investimentos direcionadospara outros modais que são mais competitivos e 
eficientes para determinadas situações.
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Normalmente, na logística, o elemento mais importante é de fato o transporte, 
pois contempla a maior parte dos elementos de custos. Os fretes custam apro-
ximadamente dois terços dos custos logísticos. Assim, cabe ao profissional que 
irá trabalhar com logística, um entendimento razoável para poder escolher as 
melhores decisões para a sua empresa.
Neste sentido, é importante ter um excelente conhecimento sobre os dife-
rentes tipos de modais de transporte, assim como em termos de infraestrutura 
para ser possível elaborar uma estratégia de atuação que viabilize a redução dos 
custos logísticos, fazendo com que a empresa se torne ainda mais competitiva.
Apesar de muitas pessoas pensarem na logística como transporte, sabemos que 
não é somente isso. Mesmo assim, o transporte acaba sendo o principal elemento de 
um sistema logístico, pois as mercadorias precisam ser movimentadas de um ponto 
para outro, seja durante o processo de produção ou para um determinado cliente.
Em vários momentos anteriores, falamos que as empresas buscam melhorar a 
eficiência do controle de estoques, e isto só se torna possível quando a movimenta-
ção é realizada por meio de várias combinações de rotas e outras combinações que 
aumentam o desempenho do transporte. Por isso, a escolha de um modal de trans-
porte impacta diretamente nos negócios da empresa, seja no processo produtivo, no 
controle de estoques ou na entrega do produto. Além disso, o transporte tem um papel 
importante na movimentação de mercadorias, uma vez que o serviço prestado reflete 
sobre a qualidade daquilo que está sendo entregue para os clientes, considerando 
tempo de entrega, qualidade, confiabilidade, segurança entre outros.
Para você, aluno(a), compreender um pouco mais da importância dos trans-
portes, se olhar a sua volta, verá milhares de empresas que estão neste mesmo 
momento, comprando ou vendendo produtos e alguém precisa realizar a entrega 
considerando as especificidades do negócio. Essas compras ou vendas podem 
ser movimentadas em peças unitárias, caixas, paletes, contêineres, entre outros.
O transporte vai realizar a movimentação das mercadorias de um ponto para ou-
tro, desde o fornecedor ao consumidor final. Nos últimos anos, vimos um crescimento 
acelerado do comércio eletrônico e muitas entregas sendo efetuadas diretamente na 
residência das pessoas. Para que essa mudança de patamar das vendas fosse possível, 
os transportes também precisaram evoluir e os custos diminuíram, combinado com 
as instalações e inúmeros outros serviços que compõem a logística.
O sucesso de uma entrega, está intimamente ligada à utilização do transporte, e 
na medida que o mesmo se torna mais eficiente, os consumidores se beneficiam deste 
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serviço. No período em que faço a produção deste livro, por exemplo, um produto que 
antes demorava até 90 dias para chegar da China ao Brasil, hoje demora aproximada-
mente 15 dias. Não vai surpreender, se este produto chegar em uma semana. Portanto, 
sem o transporte, não teríamos como realizar as entregas das mercadorias ou produzir 
produto e para isso, vamos conhecer um pouco mais dos modais de transportes.
Assim, precisamos primeiro classificar a modalidade e a forma de entrega, 
segundo Caxito (2019, p. 214):
Quadro 2 - Classificação de Modalidade e Forma de entrega / Fonte: (CAXITO, 2019, p. 214).
Modalidade Forma
Terrestre: rodoviário, 
ferroviário e dutoviário;
Aquaviário: marítimo 
e hidroviário;
Aéreo.
Modal ou unimodal: envolve apenas uma moda-
lidade;
Intermodal: envolve mais de uma modalidade e 
para cada trecho/modal é realizado um contrato;
Multimodal: envolve mais de uma modalidade, 
porém é regido por um único contrato;
Segmentado: envolve diversos contratos para 
diversos modais;
Sucessivo: quando a mercadoria, para alcançar 
o destino, precisa ser transbordada para prosse-
guimento em veículo da mesma modalidade de 
transporte (regido por um único contrato).
E assim, temos os modais rodoviário, aeroviário, ferroviário, dutoviário e aéreo. 
Cada modal tem as suas vantagens e desvantagens e depende também das carac-
terísticas das mercadorias que serão movimentadas. Na matriz de transportes, 
podemos observar conforme figura abaixo, que o transporte rodoviário possui a 
maior fatia no que tange aos transportes:
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Transporte rodoviário: o modal rodoviário é o que possui maior flexibilidade. 
Não é em vão que acaba sendo o preferido, principalmente, para a movimentação 
nas cidades, afinal, é possível acessar locais que os outros modais não dão conta de 
alcançar. Normalmente é operacionalizado por carretas e caminhões indicados, 
normalmente, para curtas e médias distâncias. Esse modal é fundamental para 
que outros modais possam ser viáveis, ou seja, para que aconteça a multimoda-
lidade ou intermodalidade (NOGUEIRA, 2018).
Descrição de imagem: Descrição de imagem: A imagem é um gráfico tipo pizza, em dimensões “3D”, com as 
seguintes divisões: Rodoviário (62,7%), Ferroviário (21,7%), Aquaviário (11,7%), Aéreo (0,1%) e Dutoviário (3,8%).
Figura 07 - Matriz de transportes no Brasil / Fonte: Caxito (2019, p. 87).
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Bowersox et al (2014) explica que o modal rodoviário quando comparado com 
o modal ferroviário, possui um custo fixo baixo em função de boa parte das estradas 
serem mantidas pelo governo federal. Embora, ainda existam custos relacionados 
ao pedágio, taxas e outros, eles estão relacionados a quantidade de caminhões que 
as empresas utilizam. O custo variável acaba sendo alto, porque elas requerem uma 
unidade de força e um motorista para cada caminhão. Existe também a necessidade 
da combinação de mão de obra nos terminais de cargas e descargas, e muitas vezes, 
tecnologia apropriada. Assim, os caminhões possuem custo fixo baixo e custo variável 
alto, e quando comparadas, por exemplo, com ferrovias, esse modal consegue lidar de 
maneira mais eficiente com pequenas mercadorias em curtas distâncias.
Temos que considerar ainda ao nível do Brasil, que muitas rodovias estão sucatea-
das, aumentando o custo de manutenção e aumentando o tempo de entrega e, quando 
são boas, normalmente são pedagiadas, o que eleva muito o custo de operação. Outro 
aspecto que contribuiu para o aumento dos custos nos últimos anos, são os roubos, 
necessitando de seguro e muitas vezes de escolta para garantir a entrega da carga.
Caxito (2019) apresenta algumas vantagens e desvantagens do modal rodoviário:
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Indicado para curtas e médias 
distâncias.
• A montagem mais simples de 
cargas.
• Menos necessidade de manu-
seio de cargas.
• Complementa outros modais.
• Permite a consolidação de ven-
das porta a porta.
• Fretes altos.
• Menor capacidade de entrega.
• Alto custo em longas distâncias.
Quadro 3 - Vantagens e Desvantagens do Modal Rodoviário / Fonte: Caxito (2019).
Caxito (2019) destaca ainda no modal rodoviário os tipos de veículos que podem 
ser utilizados:
 ■ Caminhões: pode ser com carroceria aberta, gaiola, refrigerado, fechado, 
equipados com maquinários, plataforma, tanques e outros.
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 ■ Carretas: veículos articulados com tração e com a possibilidade de mó-
dulo separado, por isso acabam sendo mais versáteis que os caminhões.
 ■ Cegonheira: específica para transportar automóveis.
 ■ Bitrens ou treminhões: veículos que se parecem com carretas, mas do-
tados de semirreboques.
 ■ Veículos de pequeno porte: veículos para o transporte na cidade como 
vans, kombi e outros.
Transporte ferroviário: o modal ferro-
viário é o modal mais antigo no Brasil. 
Em função da extensão territorial, é o 
modal mais indicado para transporte de 
mercadorias em longa distância em gran-
des quantidades, mas como depende de 
infraestrutura muito específica, estamos 
muito aquém do que realmente seria ne-
cessário para competir em termos de custos de transportes com os países desenvol-
vidos.Normalmente é mais utilizado no Brasil para o transporte de commodities.
O desempenho deste modal é muito afetado pelo tempo necessário de transi-
ção de cargas. Existem muitos atrasos porque os trens só seguem com a consoli-
dação da carga, ou seja, depende da composição de vagões suficiente para compor 
a viagem, o que pode representar um certo grau de incerteza. Ainda neste tipo 
de modal, por sua vez, é impactado diretamente pelo modal rodoviário, tendo 
que realizar um controle rigoroso sobre suas tarifas, mesmo que seja prejudicado 
financeiramente (NOGUEIRA, 2018).
Caxito (2019) apresenta algumas das principais vantagens e desvantagens:
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Adequado para longas distâncias 
e grandes quantidades.
• Custo baixo de transporte.
• Custo baixo de infraestrutura.
• Bitolas com larguras diferentes.
• Menos flexibilidade.
• Necessidade de transbordo.
• Menor tempo de viagem.
• Grande exposição a furtos.
Quadro 4 - Vantagens e Desvantagens do Modal Ferroviário / Fonte: Caxito (2019).
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No Brasil, ainda precisamos melhorar e muito a nossa infraestrutura de trans-
porte ferroviário para nos tornarmos mais competitivos. Temos a Ferrovia Nor-
te-Sul que a há muito tempo estava parada por problemas estruturais, porém, as 
obras têm sido retomadas para a ligação do agronegócio na região Centro-Oeste. 
Segundo a Agência Brasil (2021), em Mara Rosa (GO) a ferrovia Norte-Sul se 
conectará com a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), considerada a 
espinha dorsal do sistema nacional, ligando o Porto de Itaqui, no Maranhão, ao 
Porto de Santos (SP), com uma extensão de mais de 4,5 mil km.
Transporte aéreo: é um modal rela-
tivamente novo. Para que este modal 
possa ser operado, as companhias aé-
reas possuem um custo de infraestru-
tura muito alto, principalmente com 
equipamentos, mão de obra, combus-
tível e outros. O custo depende muito 
pouco, por exemplo, da quantidade de passageiros ou produtos. O principal aspecto 
atrativo deste modal, certamente é a velocidade, porém, consideravelmente caro. In-
dicados para volumes pequenos e de alto valor, percorrem longas distâncias em curto 
espaço de tempo, quando comparado com outros modais.
Caxito (2019) pontua algumas vantagens e desvantagens deste modal:
TRANSPORTE AÉREO
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Velocidade.
• Os aeroportos estão próximos 
de grandes centros.
• Viabiliza a aplicação de Just in 
Time (JIT).
• Baixa capacidade de entrega.
• Custo elevado comparado com 
outros modais.
Quadro 5 - Vantagens e Desvantagens do Modal Aéreo / Fonte: Caxito (2019).
Transporte dutoviário: se trata de um modal para uma faixa de produtos muito 
limitada. Normalmente são utilizados para produtos como petróleo, gás e óleos. A 
movimentação dos produtos é lenta, mas compensada pelo tempo de movimentação 
77
que é contínua. Considerando o trans-
porte, o serviço é muito mais confiável 
que os demais modais de transportes. 
No Brasil, segundo Caxito (2019), 
destacam-se os seguintes dutos: 
 ■ Gasoduto: com 2 mil km de ex-
tensão, o gasoduto liga o Brasil à Bolívia.
 ■ Mineroduto: transporta minério entre regiões produtoras e siderúrgicas.
 ■ Oleodutos: são transportados petróleos para os sistemas portuários e 
centros de distribuição.
Transporte Aquaviário ou Marítimo: é um tipo de transporte muito utilizado 
no comércio internacional. É viabilizado através da navegação por meio de lagos 
e mares. Depende muito de infraestrutura muito específica, como, por exemplo, os 
portos. É necessário que haja uma combinação com outros modais de transporte.
Neste modal, Nogueira (2018) destaca cinco modalidades:
 ■ Marítima: costeira ou oceânica.
 ■ Cabotagem: navegação entre portos.
 ■ Longo curso: navegação internacional.
 ■ Fluvial: navegação doméstica.
 ■ Lacustre: navegação em lagos.
Caxito (2019) apresenta algumas vantagens e desvantagens:
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO OU MARÍTIMO
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Grande capacidade de entrega.
• Qualquer tipo de mercadoria.
• Menor custo de transporte.
• Transbordo em portos.
• Distância das indústrias.
• Exigência de embalagens específicas.
• Menos flexibilidade.
Quadro 6 - Vantagens e Desvantagens do Modal Aquaviário ou Marítimo / Fonte: Caxito (2019).
Existem alguns tipos de navios que são utilizados de acordo com a natureza dos 
produtos que serão transportados. De acordo com Caxito (2019), são eles:
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 ■ Navio cargueiro: transportes de cargas em geral.
 ■ Graneleiro: transporte de granéis sólidos.
 ■ Tanque: transporte de granéis líquidos.
 ■ Full Container: transporte de contêineres.
 ■ Roll-On Roll-Off: transporte de veículos.
Assim, meu (minha) caro(a) aluno(a), são muitos os aspectos que precisam ser 
analisados cuidadosamente para escolher o modal mais adequado, considerando as 
suas características, infraestrutura e custo. Portanto você, enquanto gestor (a), terá que 
tomar decisões baseadas em fatos. Bowersox et al. (2014) explica que um dos aspectos 
é a velocidade de movimentação. O modal aéreo neste aspecto é o mais indicado entre 
todos. A disponibilidade, porém, tem relação com a capacidade de acessar qualquer 
local, e neste quesito, o transporte rodoviário se sobressai sobre os demais. A confiabi-
lidade, tem relação com o potencial da programação de entrega, assim o mais indicado 
seria o modal dutoviário. Capacidade é o requisito adequado para atender a qualquer 
categoria de carga, e assim o hidroviário é o mais adequado. E o último elemento a ser 
analisado é a frequência, e neste requisito os dutos também se sobressaem.
E assim, para uma análise mais fundamentada, o quadro 7 a seguir, traz um 
panorama dos custos de cada modal e também características relativas a cada 
modalidade de transportes:
Quadro 7 - Estrutura de custos de cada modal / Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 210).
Ferroviário
alto custo fixo de equipamentos, terminais, trilho, etc. Baixo 
custo variável.
Rodoviário
baixo custo fixo (estradas prontas e fornecidas pelo dinheiro 
público). Custo variável médio (combustível, manutenção etc.).
Hidroviário
custo fixo médio (navios e equipamentos). Baixo custo variável 
(capacidade de transportar grande quantidade de carga).
Dutoviário
custo fixo mais alto de todos (dutos, faixas de domínio, cons-
trução, necessidades de estações de controle e capacidade 
de bombeamento). Custo variável mais baixo de todos (não 
há custo de mão de obra significativo).
Aéreo
baixo custo fixo (aeronave e sistema de manuseio e carga). Alto 
custo variável (combustível, mão de obra, manutenção etc.).
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A seguir, temos a tabela com as características operacionais de cada um dos 
modais de transportes: 
Características 
operacionais
Ferro-
viário
Rodo-
viário
Aqua-
viário
Duto-
viário
Aéreo
Velocidade 3 2 4 5 1
Disponibilidade 2 1 4 5 3
Confiabilidade 3 2 4 1 5
Capacidade 2 3 1 5 4
Frequência 4 2 5 1 3
Resultado 14 10 18 17 16
Tabela 1 - Características Operacionais / Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 210). 
Observação: A classificação mais baixa é a melhor. Por exemplo, a classificação 
(1) é a melhor e a classificação (5) a pior.
Assim, como demonstra a tabela 1, o transporte rodoviário está em primeiro 
e segundo lugar em todas as categorias, exceto em função da sua capacidade, algo 
que tem sido melhorado nos últimos anos. Portanto, é importante analisar uma 
série de fatores na escolha do modal mais adequado.
Olá aluno(a), neste episódio do nosso Podcast, iremos tratar 
dos principais modais de transportes com um enfoque na 
matriz de transportes do Brasil. Clique e confira!
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Serviços Logísticos
Os serviços surgem das necessidades das pessoas. Precisamos de uma série de pro-
dutos para garantir a nossa própria sobrevivência. Há muito tempo, as pessoas eram 
tratadas como fregueses das lojas, entretanto, não somos meros fregueses, somos con-
sumidores de uma série de produtos e isto nos dá opoder de decisão. Assim, dentro 
do contexto da logística, o produto é entregue por meio de um serviço. Muitas metas 
e objetivos são definidos para que o serviço possa alcançar um nível que atenda as 
expectativas dos clientes (CAXITO, 2019).
Para que a logística entregue um nível de serviço excelente, ela tem que con-
seguir disponibilizar bens e recursos para conseguir proporcionar a efetividade 
conforme os objetivos e metas das empresas. A logística não é somente aquisição, 
armazenamento e posteriormente a entrega, tudo precisa ser realizado com se-
gurança, qualidade e pontualidade. Atualmente, considerando o perfil e o nível 
de exigência dos consumidores, eles não esperam somente a entrega do produto, 
o nível de expectativa vem com um algo a mais; ele quer na hora marcada, sem 
nenhum tipo de problema e com excelente atendimento (CAXITO, 2019).
Atualmente observamos um número muito grande de empresas que comerciali-
zam os seus produtos nas vitrines virtuais, aliás, considerando o contexto atual, todas 
as empresas que desejam ser competitivas, precisam ter o seu produto anunciado em 
uma plataforma virtual. Assim, quando, por exemplo, nós realizamos uma compra 
pela internet, o tempo de resposta do pedido precisa ser muito rápido, eficiente e 
desburocratizado, para que o cliente não se arrependa do pedido realizado.
Ainda nesse contexto, as empresas que atuam no varejo e mercado eletrônico, 
devem se preocupar com as falhas no processo de compra. Por exemplo, a falta de 
um produto em estoque pode não só dar a oportunidade de compra para empresas 
concorrentes, como gerar um aumento da demanda de outro produto, o que causa 
consequências em todo o fluxo de entrega. Dessa forma, é importante que as empresas 
considerem toda a infraestrutura na qual determinado produto pertence.
Segundo Grant (2013), as pesquisas indicam que os serviços logísticos aos 
clientes podem ser contemplados em três categorias: pré-transação, transação e 
pós-transação, conforme apresentado na Figura 8. Essas categorias não podem 
ser consideradas únicas e exclusivas no que tange ao serviço logístico ao cliente, 
mas podem ocorrer com certa frequência. 
81
Figura 08 - Elementos de serviço logístico ao cliente / Fonte: Grant (2013, p. 22).
Descrição de imagem: A figura é um esquema que se inicia com um retângulo onde se lê “Serviço logís-
tico ao cliente”. Do lado direito desse retângulo sai uma seta horizontal que se liga a uma reta vertical, de 
onde saem três pequenas retas horizontais, cada uma se ligando a um retângulo. No primeiro deles, está 
escrito “Pré-pedido de compra/pré-transação”; no segundo retângulo se lê “Serviço e qualidade do pedido 
de compra/transação”; e, no terceiro, se lê “Pós-transação”. Do lado direito do retângulo “Pré-pedido 
de compra/pré-transação” sai uma seta que se liga a outro retângulo onde estão listados os seguintes 
itens: • Disponibilidade • Ciclo de tempo de pedido de compra adequado • Consistência. Do lado direito 
do retângulo “Serviço e qualidade do pedido de compra/transação” sai uma seta que se liga a outro re-
tângulo onde estão listados os seguintes itens: • Faturas corretas • Pedidos de compra corretos • Entrega 
no prazo • Qualidade de produto consistente • Pedidos de compra completos • Produtos entregues sem 
danos • Produtos entregues conforme a especificação. Do lado direito do retângulo “Pós-transação” saem 
duas setas que se ligam a outros dois retângulos. No primeiro deles lemos: “Serviço de relacionamento: • 
Suporte pós-vendas • Prazo de entrega • Representantes do serviço ao cliente • Serviços personalizados”; 
no segundo, são listados: “Qualidade do relacionamento: • Confiança • Comprometimento • Integridade”. 
Do lado direito desses quatro retângulos intermediários, saem pequenas retas horizontais que se ligam 
a uma reta vertical, da qual sai uma seta horizontal que se liga a um último retângulo onde se lê: “Satisfa-
ção total: • Qualidade total do fornecedor • em relação aos fornecedores • Intenções de compra futura.•
O serviço de pré-transação é um elemento que a empresa considera antes que o pedi-
do seja realmente realizado. Por exemplo, a disponibilidade é um aspecto importante, 
pois o cliente vai comprar determinado produto e o mesmo precisa estar no estoque. 
No contexto de compras online, é um serviço que realmente o consumidor considera 
no exato momento do fechamento da compra, caso não tenha o produto em estoque, 
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o consumidor pode comprar de uma empresa concorrente ou um produto substituto. 
Tudo depende da situação e das necessidades dos clientes (GRANT, 2013).
O período de transação é um processo que ocorre durante a compra do pro-
duto. O faturamento do pedido, prazo de entrega, qualidade, pontualidade, aten-
dimento, produtos entregues sem danos, são aspectos importantes neste processo. 
Basicamente, tudo que envolve a experiência de compra está relacionado ao pro-
cesso de transação, portanto, a empresa terá que estar preparada para atender as 
expectativas dos consumidores, proporcionando uma boa experiência de compra 
e recebimento do produto (GRANT, 2013).
No elemento de pós-transação, entra em cena tudo o que ocorre depois do 
recebimento do pedido pelo cliente, ou seja, relacionamento entre fornecedor e 
cliente. Muitas empresas possuem serviços de suporte como pós-vendas para o 
atendimento das necessidades dos consumidores. A experiência mostra que um 
comprador satisfeito é uma excelente estratégia de serviço ao cliente, pois isto 
possibilitará uma relação duradoura entre empresa e cliente.
Indicadores de Desempenho e Performance
Na área de gestão existe uma velha máxima que diz “o que não pode ser medido 
não pode ser controlado”. Em algum momento do curso, algum professor da área de 
negócios e gestão talvez já tenha tocado no assunto. Isto porque, as empresas estão 
sempre em busca da perfeição, ou pelo menos próximo disso, entretanto, para ser 
possível, é necessário ter mecanismos de medição e controle de definição de metas.
83
Considerando a competitividade global, as empresas precisam entregar produtos 
e serviços que os clientes tenham interesse, dentro de um conceito muito difundi-
do atualmente que é a percepção de valor, que na logística pode ser contemplada 
nos prazos, valores e condições gerais de entrega.
No contexto logístico de cada organização, os indicadores de logística são 
elaborados considerando uma determinada rede logística, ou seja, vai depen-
der dos aspectos operacionais pelos quais percorrem o fluxo de bens e serviços. 
Assim, não existe uma receita geral que serve de forma genérica para todas as 
empresas, cada uma deverá determinar aquilo que é importante dentro do seu 
conceito de negócios e que venha permitir uma avaliação do desempenho geral 
da sua cadeia de abastecimento logística. Dentro deste conceito Gonçalves (2013) 
considera alguns elementos fundamentais para os indicadores de desempenho: 
 ■ Indicadores internos: basicamente mensuram e controlam o desempe-
nho no âmbito interno da empresa.
 ■ Indicadores externos: envolvem o controle da eficiência junto aos par-
ceiros estratégicos da empresa.
Assim, de uma maneira geral, pode-se dizer que os indicadores de desempenho 
logístico, são elementos indispensáveis para se melhorar os processos logísti-
cos em todas as áreas, viabilizando decisões pautadas em dados, informações 
e conhecimentos que permitam tomar decisões orientadas para a estratégia de 
atuação da empresa. Os indicadores de desempenho, segundo Gonçalves (2013), 
têm os seguintes propósitos: 
 ■ Medir a eficiência dos processos logísticos e operacionais em termos de 
qualidade, estrutura e custos.
 ■ Mensurar o desempenho operacional quanto às atividades, necessidades 
dos clientes, flexibilidade e novas demandas de mercado.
 ■ Mensurar capacidade da empresa de se adaptar a situações de mercado 
ou um ambiente de incerteza (podemos citar como exemplo, a pandemia 
da Covid-19 e suas variantes).
Podemos utilizar Nogueira(2018), complementando a visão do Gonçalves (2013), 
destacando que esses indicadores de performance são conhecidos também como 
KPI (indicadores-chave de performance), que possibilitam uma visão global da 
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empresa. Geralmente, esses indicadores são visualizados por meio de dashboards 
ou scorecards que contribuem para a visualização dos objetivos da empresa.
Pires (2016) cita algumas medidas de desempenho que podem ser medidas 
em relação à concorrência e aos clientes em relação aos resultados obtidos em 
alguns fatores, seguindo o quadro abaixo:
Medidas de desempenho Relativos ao Cliente
Relativos à Con-
corrência
Custo de distribuição
Custo de manufatura
Custo de inventário
Retorno de investimentos
Total de vendas
Lucro líquido
Entregas no prazo
Tempo de resposta ao con-
sumidor
Lead time de entregas
Tempo do ciclo de produ-
ção
Reclamações dos clientes
Confiabilidade de entrega
Flexibilidade no volume de 
produção
Flexibilidade no mix de 
produção
Quadro 8 - Algumas medidas de desempenho / Fonte: adaptado de Pires (2016).
85
O quadro 8 demonstra alguns indicadores de forma genérica para exemplificar, 
pois, evidentemente existem muitos outros exemplos que podem ser aplicados. 
Depois que os indicadores são elaborados, é importante que haja um controle 
das metas e objetivos com a periodicidade necessária. É importante que acon-
teça o acompanhando para ser definido um conjunto de ações de melhorias 
das não conformidades, para que a empresa consiga alcançar bons resultados.
Assim, meu (minha) caro(a) aluno(a), você deve ter o entendimento que a 
criação de indicadores é uma tarefa complexa, mas que pode ser apoiada pela 
tecnologia da informação que ajudará na organização e controle das informações. 
Ao se definir indicadores, alguns cuidados devem ser tomados, pois o excesso 
de indicadores torna o processo complexo, enquanto ter poucos indicadores de 
análise de performance, leva à falta de informações e a um processo superficial. 
Outro ponto importante, são os relatórios gerenciais, que apresentam informa-
ções importantes para análise e precisam ser combinados com os KPIs, pois me-
diante as informações obtidas nos relatórios é que será possível avaliar as causas 
dos resultados identificados nos indicadores de performance. A tecnologia da 
informação ajudará neste processo, por isso iremos ter uma unidade no livro 
para tratar exclusivamente deste aspecto da logística.
O avanço da tecnologia é algo que chama muita atenção no âmbito logístico e 
isto refletiu diretamente na capacidade que as empresas atualmente possuem para 
rastrear e monitorar as suas medidas de desempenho. Existem muitos softwares 
que realizam o controle de transportes, depósitos, relacionamento com os clientes 
e fornecedores, que ajudam a controlar as medidas de desempenho. As infor-
mações são fornecidas pelo sistema em tempo real e permitem que os gestores 
tenham capacidade de atuar de forma corretiva através de ações em tempo real.
Assim, caro(a) aluno(a), a logística tem como propósito atender as deman-
das de mercado no que tange a movimentação de produtos e aqui não podemos 
pensar somente na entrega do produto, mas todo percurso que é realizado 
desde o fornecedor ao consumidor final. Por isso, as empresas buscam a inte-
gração com diversos processos a fim de agregar valor e reduzir os seus custos.
Por exemplo, Bowersox et al. (2014) citam que na companhia IBM os 
sistemas acompanham em tempo real o desempenho de cada fornecedor, 
considerando os requisitos da empresa. Ela observa principalmente o custo 
em relação à eficiência no que tange ao atendimento das necessidades da IBM. 
UNIDADE 2
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86
Para haver eficiência neste processo, os gestores se reúnem trimestralmente 
com os fornecedores para discutir as possibilidades e analisar o desempenho 
da parceria.
Os modais representam a maior parte dos custos logísticos, por isso você 
precisa saber qual modal escolher, e isto só será possível, conhecendo sobre a 
infraestrutura e a disponibilidade de cada região que você buscará atender.
Por fim, não tem como alcançar um serviço logístico de excelência, se não 
houver diretrizes que possam medir o desempenho dos processos. Portanto, 
os indicadores de performance são importantes para compreender onde po-
demos melhorar, como criar planos de ação e colocá-los em prática, de tal modo 
que isto represente o diferencial competitivo da empresa. 
87
1. O transporte rodoviário na América do Sul é regido pelo Convênio sobre Transpor-
te Internacional Terrestre – firmado entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, 
Uruguai e Peru, na cidade de Santiago, em 1989. Esse convênio regulamenta os 
direitos e as obrigações no tráfego regular de caminhões em viagens entre os países 
consignatários. No Brasil, algumas rodovias ainda apresentam estado de conservação 
ruim, o que aumenta os custos com manutenção dos veículos (CAXITO, F. Logística: 
um enfoque prático. São Paulo: Saraiva Educação, 2019).
Considerando as principais vantagens do modal rodoviário, avalie as afirmativas abaixo:
I - Indicado para curtas e médias distâncias.
II - É mais ágil na consolidação das cargas.
III - Possui mais flexibilidade em relação aos demais.
IV - Se trata do modal com o menor custo de transporte.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. O transporte ferroviário é adequado para o transporte de mercadorias de baixo 
valor agregado e em grandes quantidades, como produtos agrícolas, derivados de 
petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, fertilizantes, entre outros. Esse 
modal não é tão ágil como o rodoviário no acesso às cargas, uma vez que elas têm 
que ser levadas aos terminais ferroviários para embarque (CAXITO, F. Logística: um 
enfoque prático. São Paulo: Saraiva Educação, 2019). Sendo assim, explique quais 
são as principais desvantagens do modal ferroviário.
3. É evidente que a integração dos processos logísticos e o efeito da globalização le-
vam à elaboração de um conjunto de indicadores de desempenho especificamente 
projetado para uma determinada rede logística, ou seja, a seleção dos indicadores 
a serem utilizados na gestão de uma rede vai depender consideravelmente de seus 
aspectos operacionais e da forma pela qual o fluxo de bens e serviços circula ao 
longo dessa rede. Assim, cada empresa deverá definir os indicadores que melhor 
permitam avaliar o desempenho geral de sua cadeia logística.
88
Sobre os indicadores de desempenho, avalie a relação entre as afirmativas abaixo:
I - De uma forma mais genérica, é possível afirmar que os indicadores de desempe-
nho logístico são ferramentas indispensáveis para o controle e o aprimoramento 
dos processos logísticos.
PORQUE
II - Se não houver ferramentas de controle, dificilmente a empresa terá uma visão 
clara daquilo que ela está fazendo de forma eficiente ou não.
Em relação às afirmativas, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre 
elas.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, a II é uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
3Tecnologia de 
Apoio a Logística
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Oportunidades de aprendizagem: olá aluno(a), nesta unidade do livro, 
iremos conhecer algumas tecnologias e processos que ajudam a logís-
tica se tornar mais competitiva. Falaremos dos sistemas de controle 
de armazém e de frotas. Apresentaremos tecnologias de identificação 
como código de barras, QR Code, além do sistema EDI (Intercâmbio 
eletrônico de dados). Por fim, trabalharemos com as aplicações dos 
sistemas ECR (resposta eficiente ao consumidor) e o CRM (customer 
relationship management)para o aumentar a eficiência dos processos, 
além de algumas tendências na logística.
UNIDADE 3
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A utilização da tecnologia da informação tem sido, nos últimos anos, fundamen-
tal para o gerenciamento de todos os processos logísticos, possibilitando que as 
empresas consigam acompanhar melhor as demandas pelos produtos e serviços, 
considerando as necessidades dos clientes, inclusive de forma individualizada.
O fato é que a tecnologia tem evoluído muito, e isso é muito perceptível no 
nosso dia a dia, para tudo que olhamos, a tecnologia faz parte do processo. Isto 
no âmbito da logística, fica muito fácil de visualizar, visto que as empresas têm 
tido cada vez mais sucesso na sua utilização, refletindo no que os profissionais da 
área de marketing chamam de “experiência de compra”, ou seja, basicamente é o 
atendimento das necessidades dos consumidores de forma eficiente.
Se os consumidores estão cada vez mais satisfeitos com o atendimento das 
suas necessidades, é certo que estão ocorrendo melhorias no processo logísti-
co, muito em função da tecnologia. Mas, o que a tecnologia da informação tem 
feito na logística? Quais tecnologias as empresas têm utilizado para processar 
os pedidos de compras mais rapidamente? Quais são as principais tendências 
tecnológicas aplicadas à logística?
A tecnologia da informação aplicada à logística está presente nas empresas 
automatizando os processos e realizando toda a integração entre fornecedor, in-
dústria, varejista e cliente, possibilitando que as operações de uma empresa com 
os seus parceiros, ocorram em sinergia e em tempo real.
Basicamente, o resultado desses processos de integração é um trabalho cola-
borativo. Antigamente, a logística era vista como uma área operacional, mas essa é 
uma visão muito ultrapassada. Atualmente, ela ganha uma conotação estratégica 
por atuar de maneira planejada com outras áreas da empresa, processo este co-
nhecido como logística integrada ou, em uma versão mais colaborativa, tem-se 
a gestão da cadeia de suprimentos.
Isto significa, que existe troca de informações e um planejamento alinhado 
com outras áreas da empresa, por exemplo, com a produção, marketing, finanças, 
desenvolvimento e inovação, entre outras. Com a integração viabilizada pela tec-
nologia, um cliente, por exemplo, ao comprar um determinado produto, saberá 
exatamente onde e quando o produto será entregue, pois o sistema é capaz de 
consultar o estoque, planejar as entregas considerando o deslocamento do modal 
de transporte, realizando o faturamento da compra em tempo real, mediante a 
disponibilidade de estoques, que depende diretamente da capacidade do forne-
91
cedor entregar matéria-prima e até mesmo da área de produção em produzir um 
determinado produto, considerando o tempo necessário.
Entretanto, isto só funciona adequadamente se a empresa tiver um sistema 
que seja capaz de facilitar a troca e o processamento de informações e isto é um 
processo complexo que depende de muitas tecnologias, começando, é claro, por 
um sistema de informações gerenciais, com ferramentas de compartilhamento 
de dados e informações em forma de entrada, processamento e saída.
Nos últimos anos, o comércio eletrônico alcançou patamares jamais vistos na 
história da humanidade. Isto tem ocorrido na medida que surgiram novas tecno-
logias que viabilizam este processo dando mais segurança para as empresas. Do 
ponto de vista dos consumidores, o comércio eletrônico cresceu, principalmente, 
em função do aumento da utilização da internet, especificamente a internet móvel.
Além disso, em 2020, o mundo foi pego de surpresa pela pandemia da co-
vid-19, o que acelerou ainda mais este processo, pois as pessoas passaram a rea-
lizar as suas compras com mais frequência por meio das plataformas on-line ou 
vitrines virtuais. Foi uma transformação absurda. 
 Assim, foi possível observar o quão cômodo é realizar uma compra na inter-
net e receber o produto no conforto da sua casa. Muitas ferramentas disponibili-
zam informações exatas e outras vezes em tempo real em relação ao processo de 
entrega do produto. Veja só: acabo de fazer a simulação de compra de um Iphone 
13 (nome e modelo do produto), no site Magazine Luiza (nome da empresa). Ao 
consultar o prazo e valor do frete, apenas por digitar o CEP do meu endereço, 
foi-me informado, na mesma hora, que o produto seria entregue em 7 dias, pelo 
valor de 55,00 reais. Agora é com você! Realize a simulação de uma compra, 
para você ter uma ideia de quão poderosos os sistemas tecnológicos são, pois con-
seguem calcular com exatidão o tempo de entrega, considerando uma infinidade 
de processos que envolvem desde fornecedor, produção, separação do pedido, 
movimentação de transporte até a data entrega na sua casa. Empresas como Casas 
Bahia, Magazine Luiza e Mercado Livre são boas referências para você, aluno(a), 
fazer o teste e colocar as mãos na massa. Por qual produto você pesquisou e em 
qual site? Qual o prazo de entrega e valor do frete para o seu endereço?
UNICESUMAR
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Assim, meu (minha) caro(a) aluno(a), após essa experiência de simulação de 
compra, eu gostaria que você refletisse e apresentasse a sua percepção no diário 
de bordo, quais processos estão envolvidos para que o produto comprado pelo site 
chegue até você. Como são feitos os controles de estoques, entrega, separação de 
pedido, faturamento e também o controle de qualidade de forma automatizada?
DIÁRIO DE BORDO
Sistemas Aplicados à Logística
Quando se fala em sistemas para facilitar a troca de informações em uma empre-
sa, além é claro do controle, o ERP (Enterprise Resource Planning) é certamente o 
mais utilizado, principalmente, pela sua usabilidade e a possibilidade de contemplar 
diversos módulos representados por diferentes áreas das empresas, facilitando a co-
municação em tempo real, por exemplo, marketing, finanças, logística, produção etc.
93
De acordo com Nogueira (2018), os sistemas de ERP começaram a ser desen-
volvidos a partir da década de 90. Esses sistemas têm como propósito, integrar 
e coordenar os principais processos dentro de uma empresa, facilitando a troca 
de informações. Essa integração utiliza a base de dados comum da empresa, tor-
nando assim, a operação completa do negócio em um único ambiente de sistema, 
evitando redundâncias, dando celeridade e garantindo a integridade dos dados.
Gonçalves (2013) explica que um sistema ERP registra informações de to-
das as áreas da empresa, e no âmbito logístico, viabiliza o acesso e o monitora-
mento de informações de materiais, compras, produção, estoque etc. A grande 
vantagem é a possibilidade de tomar decisões rapidamente, neste caso, mais 
especificamente no que se refere à logística de suprimentos.
Assim, o ERP pode ser analisado do ponto de vista de diversas áreas das 
empresas, mas neste livro trabalharemos com a ótica da logística, pois em uma 
outra disciplina mais oportuna, será certamente trabalhado nos detalhes con-
templando também outras áreas.
Desta forma, sob a ótica da logística, Gonçalves (2013) pontua que o objetivo 
do ERP é gerenciar todas as transações da empresa, resolvendo problemas prove-
nientes da falta de integração entre as áreas da empresa em cada fase da logística. 
O sistema ERP possui vários módulos, cada módulo cobre uma área diferente da 
empresa sendo integrados entre si, e assim é possível ter informações do que está 
no âmbito geral da empresa, por exemplo, você pode consultar o estoque, mas se 
não houver estoques suficientes, será possível identificar o processo de compra 
e ressuprimento com uma previsão de reposição.
Gonçalves (2013) apresenta algumas funcionalidades de cada módulo do ERP:
 ■ Finanças: registra todas as informações financeiras e movimentações 
da empresa.
 ■ Logística: esta é subdividida em vários sub módulos, como iremos ver, 
a seguir, com informações de transportes, estoques, armazenamento e 
distribuição.
 ■ Produção: registra todo o fluxo de produtos ao longo da produção,coor-
denando o que fazer, quando fazer e como fazer.
 ■ Acompanhamento de pedido: monitora do ciclo de pedidos, registran-
do todo o progresso para atender os objetivos da demanda.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
94
 ■ Recursos Humanos: controla as atividades e relaciona com a necessi-
dade de mão de obra.
 ■ Gerenciamento do suprimento: monitora os estoques e até mesmo o 
desempenho dos fornecedores, realizando todo o rastreamento.
O sistema ERP não é utilizado somente para realizar o acompanhamento dos 
processos, mas permite que seja feita, também, a automatização dos processos. 
Por meio da automatização, quando operacionalizada de maneira correta, é pos-
sível aumentar a eficiência e reduzir os erros e os custos. Assim, Gonçalves (2013) 
apresenta algumas dessas operações e aplicações:
 ■ Gerenciamento do suprimento: tem como objetivo, melhorar a relação 
entre empresa e seus fornecedores e todo o processo entre eles.
 ■ Planejamento de produção: tem como foco, a programação do que 
fazer, onde, quando e quem vai fazer, considerando a disponibilidade de 
material, capacidade da fábrica e outros aspectos importantes para a em-
presa, como controle do abastecimento, estoques e aquisições.
 ■ Planejamento de transporte: possibilita determinar para quem, quan-
do, onde e a quantidade que deverá ser transportada. O sistema realiza 
cálculos de roteirização, fretes e escolha do modal.
 ■ Planejamento da demanda e receitas: este sistema utiliza o histórico de 
consumo para determinar as demandas futuras, assim como prever as receitas.
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos
Autor: Hamilton Pozo
Editora: Atlas
Sinopse: o livro aborda, em sete capítulos, os principais conceitos re-
lacionados à gestão da Logística e da Cadeia de Suprimentos com enfoque 
voltado para os cursos de tecnologia no que tange aos aspectos da logística, 
administração de estoques, armazenagem, suprimentos, distribuição, trans-
porte, custos e a logística reversa. 
Comentário: o autor apresenta diversos conceitos inerentes à logística de 
uma forma descomplicada, o que permite entender na prática a aplicação 
desses conceitos.
95
 ■ CRM: facilita as interações entre vendedores e compradores com infor-
mações automatizadas para obter informações sobre o processo de vendas.
 ■ Gerenciamento da cadeia de suprimentos: permite que haja uma visão 
global da empresa, desde o fornecedor até o consumidor final.
Nogueira (2018) complementa essa visão do sistema ERP, dizendo que apesar de 
ser um sistema muito utilizado pelas empresas, ela não é uma vantagem compe-
titiva, mas sim uma necessidade para que as empresas possam se manter com-
petitivas frente aos principais concorrentes de mercado.
Figura 1 - Mapa de algumas aplicações de um sistema ERP / Fonte: Gonçalves (2013, s/p). 
Descrição de imagem: a figura é um esquema composto por: uma elipse onde se lê “compras”, seguido 
por outra elipse onde se lê “planejamento avançado e programação”, seguido por outra elipse em que há 
a inscrição “transportes e planejamento de estoques”, seguido por outras duas elipses, interconectados, 
onde na elipse de cima se lê “Planejamento da demanda” e no de baixo se lê “CRM e força de vendas”. 
Abaixo da sequência de elipses, há uma sequência de cinco retângulos, e, entre eles, existem setas hori-
zontais que apontam para a direita. Em cada um dos retângulos, há uma inscrição, conforme se segue: 
“Suprimentos”, “Manufatura”, “Distribuidor”, “Varejista”, “Cliente”.
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WMS (Sistemas de Gestão de Armazéns)
Gerenciar armazéns é uma tarefa muito complexa. Com o aumento do portfó-
lio de produtos que as empresas passaram a trabalhar, os processos passaram a 
exigir um sistema tecnológico que pudesse realizar todo o controle de entradas, 
saídas e localização dos produtos e que viabilizasse a ampliação das operações 
das empresas, sem isto vir a comprometer o nível de serviço prestado.
Ballou (2006) apresenta alguns aspectos que são contemplados em um siste-
ma de gerenciamento de armazéns (SGA ou WMS), identificados como: entrada, 
estocagem, gerenciamento dos estoques, processamento, retirada e preparação 
do embarque. Cada um desses elementos, vai depender do tipo de operação dos 
negócios que podem estar presentes ou não:
1. Entrada: este é o ponto de registro de entrada do produto. Ele é recebido pelo 
armazém e identificado por um código e quantidade. Os dados entram no 
sistema por meio de leitores de códigos ou até mesmo RFID (rádio frequên-
cia). Características e especificidades dos produtos são registradas no sistema.
2. Estocagem: todo produto é estocado temporariamente no armazém. O 
sistema identifica o melhor leiaute e a distribuição para condicionamento 
do produto, de modo que facilite a entrada e a saída, amenizando o tempo 
de movimentação.
3. Gerenciamento de estoque: o sistema vai realizar todo o controle de 
estoque no ponto de estocagem de acordo com as regras estabelecidas. Se 
o nível alcança o limite, o departamento de compras recebe a informação 
em tempo real e o pedido de reposição é realizado para o departamento 
de compras via sistema EDI ou até mesmo pela internet.
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4. Processamento do pedido: retirar um produto de um estoque é iden-
tificar os pedidos dos clientes para realizar a separação e envio. É uma 
tarefa que exige muito cuidado, mas o sistema vai ajudar neste proces-
so, indicando local e qual produto precisa sair, considerando regras, por 
exemplo, primeiro que entra é o primeiro que sai etc.
5. Preparação de embarque: os pedidos serão separados e processados para en-
vio. O tamanho dependerá das condições de embarque. São feitas estimativas 
de cubagem e peso para embarque dos pedidos. A empresa vai identificar os 
produtos com cores, etiquetas ou outros atributos que ajudem a identificá-los.
Segundo Caxito (2019), um sistema de Gestão de Armazéns (WMS) contempla 
algumas funções como:
 ■ Controle de entrada de pedidos.
 ■ Alocação de recursos.
 ■ Portaria.
 ■ Recebimento.
 ■ Inspeção.
 ■ Controle de qualidade.
 ■ Estocagem.
 ■ Separação de pedidos.
 ■ Expedição.
 ■ Controle de inventário.
 ■ Relatórios.
Ainda segundo o autor, as principais características de um WMS são:
 ■ Interação com os outros sistemas da empresa.
 ■ Facilidade para gerenciar diversos centros de armazenagens.
 ■ Capacidade de gerenciamento de uma grande quantidade de produtos, 
provenientes de diferentes clientes.
 ■ Sinergia com outras tecnologias, como leitura óptica e rádio frequência.
Caxito (2019) cita ainda alguns benefícios de um sistema WMS:
 ■ Ajuda a otimizar os espaços do armazém em função da gestão de estoques.
 ■ Dá mais confiabilidade no armazenamento de produtos, além de deixar 
o processo de separação dos pedidos mais ágeis.
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 ■ Redução das perdas com o armazenamento de produtos de forma correta.
 ■ Redução dos erros e maior controle sobre os produtos.
 ■ Melhor controle do volume de estoque.
 ■ Redução dos volumes de estoques.
 ■ Compatibilização de cargas no armazém.
 ■ Controle de mão de obra disponível.
Assim, o WMS é um software que possibilita a melhor utilização dos espaços, recursos 
e mão de obra em um armazém. Permite também a execução da função de planeja-
mento de estoque, controle de estoque e controle da localização dos mais diferentes 
produtos da empresa. Desta forma, o gerenciamento do armazém de forma otimizada, 
vai reduzir o tempo do ciclo de pedidos, tornando-o mais ágil. Essa vantagem faz com 
que a empresa consiga atender ao cliente com mais precisão, rapidez e confiabilidade, 
gerando economia nos custos de operação de um armazém (GRANT, 2013).
Neste sentido, um dos principais usos do WMS é separar os pedidos realiza-
dos pelos clientes e para isto, existem dois métodos que são a separação discreta 
e em lotes. A separação discreta, é quando um pedido é separado individual-
mente para um cliente, principalmente, quando o produto tem características 
especiais que tornam o processomuito crítico. Já a separação em lotes, pode 
acontecer de diferentes formas, no qual a principal delas é que a separação de 
todos os produtos dos clientes são separados ao mesmo tempo, e assim, existem 
funcionários específicos para cada área do depósito (BOWERSOX et al., 2014).
Bowersox et al. (2014) explica que um WMS ajuda na coordenação dos pro-
cedimentos de trabalho que contempla o recebimento e o carregamento de pro-
dutos. É importante que as empresas tenham um procedimento claro e definido 
para registrar a entrada dos produtos e registrá-los no estoque. Por exemplo, se a 
empresa for utilizar paletes, os produtos precisam necessariamente estar dentro 
de um padrão para garantir estabilidade da carga.
Os sistemas de armazenamento têm como objetivo principal o aumento da 
eficiência na produção e na distribuição. Muito embora, durante os anos os depó-
sitos tenham sido utilizados para armazenamento de estoques, hoje, apresentam 
características estratégicas econômicas e de serviços. Um sistema WMS, ajuda 
na consolidação das cargas e até mesmo no seu fracionamento, configuração, 
armazenamento e na logística reversa.
99
Atualmente, em uma visão mais moderna deste processo, pode-se dizer que 
as empresas estão buscando customizar o armazenamento, velocidade e a movi-
mentação. É certo que cada uma dessas atividades vai exigir certa dose de esforço 
por parte dos gestores, para garantir sempre o atendimento das demandas dos 
clientes com eficiência e eficácia organizacional.
TMS (Sistemas de Gestão de Transportes)
O sistema TMS (sistema de gestão de transportes) é muito utilizado pelas empre-
sas no gerenciamento dos transportes. O sistema auxilia no planejamento, exe-
cução, monitoramento e no controle das atividades que envolvem a montagem 
das cargas, expedição, documentação, entrega, coleta, rastreamento, auditoria, 
roteirização e o controle de custos (NOGUEIRA, 2018). 
As operações no sistema logístico que envolvem os transportes, representam 
boa parte dos custos financeiros das empresas. Caxito (2019) cita que existe uma 
estimativa no qual um terço dos custos logísticos estejam ligados aos transpor-
tes, podendo chegar até mesmo a dois terços, dependendo das suas especifici-
dades. Assim, o TMS vai ajudar a reduzir esses custos operacionais, apoiando 
as atividades de movimentação de produtos.
Ballou (2006) explica que a função do TMS é basicamente auxiliar no plane-
jamento das atividades de transportes que envolvem: seleção de modais, conso-
lidação de fretes, roteirização, processamento, rastreamento e faturamento.
1. Seleção dos modais: as empresas podem transportar múltiplos tipos de 
produtos, o que depende do tipo de operação da empresa. Como vimos na 
unidade II deste livro, são vários os tipos de modais que podem transportar 
todo tipo de produto. Um TMS é equipamento para realizar uma análise com-
parativa e indicar o modal mais adequado, considerando as características 
de embarque, tarifas, data de embarque, disponibilidade, infraestrutura etc.
2. Fretes: essa é uma função primordial para as empresas, pois sugere qual 
será a melhor forma de consolidar, principalmente, os pequenos embar-
ques, no qual existe uma tendência de o custo diminuir enquanto o volu-
me embarcado aumenta. O TMS pode ainda rastrear as mercadorias em 
tempo real, com monitoramento constante.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
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3. Roteirização: o sistema deverá indicar o roteiro mais adequado consi-
derando uma série de requisitos. Com informações a respeito do pedido 
e da consolidação das cargas, o sistema vai sugerir a melhor sequência 
de paradas. Isso vai possibilitar a otimização da utilização do modal de 
transporte, dando mais agilidade e velocidade às movimentações.
4. Processamento de reclamações: durante a movimentação de produto, é 
inevitável que ocorram problemas. Quando existe um sistema atualizado, 
muitas reclamações podem ser resolvidas sem que haja a necessidade da 
intervenção humana.
5. Rastreamento de embarques: atualmente, a tecnologia evoluiu ao ponto 
que é possível ter um controle em tempo real em relação ao rastreamen-
to das cargas, desde o seu carregamento até a sua entrega. Veremos um 
pouco mais adiante, tecnologias que podem ser utilizadas neste processo.
6. Faturamento: identificar qual é o valor do frete que será cobrado é uma 
tarefa complexa, principalmente, no Brasil. Assim, o sistema pode iden-
tificar qual é o valor do frete considerando as especificidades da entrega, 
como local, produto, quantidade etc.
Nogueira (2018) apresenta alguns benefícios para as empresas, quando utilizam 
o sistema de gerenciamento de transportes:
 ■ Redução dos custos nos transportes e a melhoria dos serviços logísticos.
 ■ Melhoria na utilização dos recursos logísticos.
 ■ Melhor composição das cargas e rotas de entregas.
 ■ Controle adequado da composição de fretes.
 ■ Disponibilidade de informações em tempo real ou on-line.
 ■ Indicadores de performance e desempenho para a tomada de decisão.
Bowersox et al. (2014) complementa ainda apresentando alguns aspectos impor-
tantes no Quadro 1.
Consolidação dos pedidos
Otimização de rota
Administração de tarifas de transportes
101
Links EDI com as transportadoras
Rastreamento de carga pela Internet
Gerência integrada de reclamações
Identificação do modal mais econômico: encomenda, carga fracionada, carga 
completa, distribuição combinada, paradas em trânsito
Cálculo da melhor rota
Seleção de transportadoras com base no custo e no serviço, incluindo desem-
penho
Gerenciamento de pátio
Quadro 1 - Funções típicas do sistema de gerenciamento de transportes / Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 218).
As empresas estão sempre em busca de ferramentas e aplicações que ajudem a reduzir 
os seus custos e a melhorar os seus serviços para conseguir alcançar bons resultados 
financeiros. O sistema de gerenciamento de transportes contribui com o alcance des-
ses objetivos, que vai depender de como funciona a operação e o seu nível de com-
plexidade, no qual para algumas empresas são menores, principalmente, para aquelas 
que atuam em âmbito local, mas para outras o processo se torna complexo, no caso 
daquelas que atuam em uma extensão territorial ou continental maior.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
102
Sistemas de Identificação por Código de Barras
Um código de barras é a representação de uma sequência de barras que seguem 
uma determinada lógica para representar algo.
Para interpretar os dados representados no código de barras, é utilizado um apare-
lho de decodificação e leitura, chamado de Scanner que, por meio de um raio laser con-
segue converter a representação gráfica em números e letras legíveis (CAXITO, 2019).
O sistema de código de barras possui um custo de implantação relativamente 
baixo, por esse motivo acaba sendo um dos sistemas mais atrativos de identifica-
ção de produtos. O grande desafio das empresas com esse sistema é manter um 
cadastro de produtos bem organizado e que esteja sempre atualizado. Entre as 
principais vantagens, Caxito (2019) cita algumas como:
 ■ Mais agilidade na coleta de dados.
 ■ Economia de tempo desde a entrada dos dados até a disponibilização da 
informação.
 ■ Redução dos custos quando comparada com a forma manual.
 ■ Melhoria no serviço prestado ao consumidor.
 ■ Dispensa a atualização de etiqueta, visto que é só corrigir o arquivo de 
dados no sistema.
103
Em um supermercado de médio para grande porte, há muito tempo, não temos mais 
etiquetas nos produtos, pois para cada produto disponibilizado nas gôndolas e pratelei-
ras, tem-se um código de barras registrado com as informações do produto. Portanto, 
na hora de pagar pelo produto, basta realizar a leitura do código de barras para saber 
qual é o produto e seu preço. 
PENSANDO JUNTOS
Ainda segundo o autor, entre as desvantagens, podemos citar:
 ■ O custo de implantação que, embora seja relativamente menor que o cus-
to de outros sistemas de identificação, ainda existe.
 ■ Monitoramento constante para ver a qualidadedos códigos.
 ■ Cuidados com um possível dano à imagem do código de barras, para não 
prejudicar a leitura.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
104
OLHAR CONCEITUAL
UCC/EAN: Este é o símbolo usado para a identifica-
ção de bens de consumo para o segmen-
to de varejo. Os símbolos UPC são de 
tamanho fixo, sendo compulsórios em 
varejo e na indústria de alimentos, não 
sendo usados em nenhum outro lugar. 
Foram desenvolvidos para atender às 
necessidades do varejo em geral, uma 
vez que adaptam 12 dígitos a um espaço 
razoavelmente compacto.
CÓDIGO 39: Desenvolvido porque algumas indústrias 
necessitavam codificar o alfabeto, assim 
como números, em um código de barras, 
sendo o Código 39, de longe, a simbologia 
mais popular do código de barras nesta 
opção. É tipicamente o código de barras 
mais usado para identificação em esto-
ques e de processos em diversos seg-
mentos industriais. Todavia, o Código 39 
produz códigos de barras relativamente 
longos e pode não ser adequado quando 
a largura da etiqueta for considerada.
CÓDIGO 128: Este código de barras provém da neces-
sidade de uma seleção mais ampla de 
caracteres do que o Código 39 poderia 
fornecer. Quando a largura da etiqueta 
é considerada, o Código 128 é uma boa 
alternativa porque é muito compacto 
e resulta em um símbolo denso. Esta 
simbologia é frequentemente utilizada na 
indústria de transportes, onde o tamanho 
de etiqueta é um problema.
105
OLHAR CONCEITUAL
INTERCALADO 2 DE 5: Outra simbologia popular na indústria de 
transportes. “Intercalado 2 de 5” é muito 
utilizado também em operadores logísticos. 
É uma simbologia muito compacta e você a 
verá em caixas de papelão para volumes, em 
que os objetos são embarcados para serem 
enviados aos depósitos e supermercados.
POSTNET: Adotado pelo serviço postal dos Estados 
Unidos da América do Norte, esta simbologia 
codifica o código de endereçamento postal 
para que o processo de separação de cartas 
seja mais rápido.
PDF417: Conhecido como código de barras 2D (bidi-
mensional) é uma simbologia não linear de 
alta densidade que lembra a você um que-
bra-cabeças. Entretanto, a diferença entre 
este e os demais códigos de barras relaciona-
dos anteriormente é que o PDF417, realmen-
te, um arquivo de dados portátil (PDF) em 
oposição a ser simplesmente o número de 
referência. Alguns governos ou Estados estão 
se automatizando para que seja impresso um 
código de barras bidimensional (2D) em sua 
carteira de motorista. Se o seu Estado estiver 
estudando esta exigência, é interessante 
saber que há espaço suficiente neste código 
de barras para codificar o seu nome, foto e 
o resumo de seus registros de motorista e 
outras informações pertinentes. Toda essa in-
formação pode ser armazenada em uma área 
equivalente ao tamanho de um selo postal.
Modelos de códigos de barras / Fonte: Nogueira (2018, p. 157).
UNICESUMAR
UNIDADE 3
106
RFID (Sistemas de Identificação por Radiofrequência) 
A tecnologia RFID vem do termo Radio Frequency Identification que, traduzido, 
significa identificação por meio de radiofrequência. Este tipo de sistema, emite 
um sinal de frequência via rádio, o que permite identificar os produtos a distân-
cia, sem que haja, necessariamente, um contato visual.
Segundo Caxito (2019), este tipo de tecnologia permite um controle sobre a mo-
vimentação de qualquer produto ao longo da cadeia de abastecimento, facilitando o 
rastreamento desde a fabricação até a entrega ao cliente. Basicamente, é utilizada uma 
etiqueta inteligente ou eletrônica com um microchip instalado, possibilitando que o 
produto seja rastreado a distância por um sistema de rádio frequência.
As etiquetas inteligentes colocadas nos produtos permitem o armazenamento 
de informações enviadas pelos transmissores, respondendo aos sinais de frequên-
cia que enviam suas informações de identificação e localização. O microchip 
envia sinais, que permitem uma interação com sistemas que são utilizados pelas 
empresas, como o próprio ERP já visto nesta unidade (CAXITO, 2019).
Assim, os softwares conseguem localizar de forma instantânea os estoques 
em movimento, com informações precisas sobre valor, prazo, identificação de 
lote e muitas outras informações de controle que são importantes para a empresa.
Caxito (2019) apresenta algumas das principais vantagens do sistema de RFID:
 ■ Capacidade de armazenamento de informações, leitura e envio de dados 
para as etiquetas.
 ■ Reconhecimento de dados a distância sem contato visual.
 ■ Reduz a necessidade de estoques.
107
 ■ Contagem rápida dos produtos de forma instantânea.
 ■ Informações precisas e confiáveis.
 ■ Eliminação de falhas no processo.
 ■ Evita que aconteçam roubos e falsificações de mercadorias.
Em relação às desvantagens, o autor apresentar os seguintes itens:
 ■ Custo elevado de implantação se comparado ao código de barras.
 ■ Alguns materiais podem comprometer a transmissão das informações.
 ■ Padronização da frequência para que todos os integrantes da cadeia de 
abastecimento possam realizar a leitura.
 ■ Questões relacionadas à privacidade dos clientes.
Etiquetas – Tag
Tipos de tag: ativo e 
passivo
Etiquetas – Tag
Tipos de tag: ativo e 
passivo
Ativo
•Possui bateria
•Emite pequenos pul-
sos eletromagnéticos
•Possibilita a identifi-
cação remota
•Baixa vida útil
Passivo
•Localiza apenas 
indução
•Grande vida útil
Quadro 2 - Tecnologia RFID / Fonte: Nogueira (2018, p.160).
E para fins de comparação, temos a tabela, a seguir, que mostra a relação entre 
código de barras com a tecnologia da rádio frequência (RFID).
Código de barras Identificação por radiofrequência
Uso de luz óptica para leitura Uso de um sistema de radiofrequência
Necessita de campo visual para leitura
Não necessita de campo visual ou 
contato físico para leitura
UNICESUMAR
UNIDADE 3
108
Código de barras Identificação por radiofrequência
Código de barras não é eficiente em 
ambientes hostis e insalubres
Pode ser utilizado nesses ambientes
Não permite a inserção de novos 
dados
Em alguns modelos, é possível a inser-
ção de novos dados
Maior tempo de resposta Menor tempo de resposta
Leitura individual, código a código Leitura coletiva de várias etiquetas
Barato e de uso bastante versátil Tecnologia mais cara
Maior risco de erros na leitura do 
código
Menor risco de erros na leitura
Quadro 3 - Comparação entre código de barras e identificação por radiofrequência 
Fonte: Gonçalves (2013, p. 63).
EDI (Electronic Data Interchange)
Um dos recursos mais utilizados pelas empresas na transmissão de dados eletro-
nicamente é o Eletronic Data Interchange. Um computador, ligado a um modem 
com acesso à internet e com um software específico, realiza a comunicação entre 
empresa e fornecedor, enviando um pedido de compra, e do outro lado, receben-
do o pedido de compra.
109
A ideia por trás da implantação do EDI é relativamente simples. No momento da com-
pra, ao invés de a empresa enviar um pedido manualmente, o sistema envia dados 
eletronicamente com as informações de compras, diretamente, do computador da em-
presa para o computador do cliente. Assim, o EDI é basicamente uma troca automatiza-
da de um computador para outro com um padrão estabelecido (NOGUEIRA, 2018).
Essa maneira de comunicação pode ligar a empresa com clientes, fornece-
dores, banco, transportadora ou até mesmo a seguradora. Martins e Alt (2009) 
apresenta algumas vantagens:
 ■ Rapidez, segurança e qualidade na troca de informações.
 ■ Redução dos custos.
 ■ Facilitação de realização de pedidos de forma automatizada. 
Figura 2 - Esquema de Funcionamento do EDI / Fonte: adaptada de Martins e Alt (2009).
Descrição de imagem:a imagem é um esquema que se inicia à direita com um quadrado identificado como 
“Sistema de compras do cliente”. Do lado direito desse quadrado, sai uma seta horizontal, que aponta para 
um quadrado menor identificado como “Converte informação do pedido de compra para o formato ANSL.
X12”. Da parte de cima desse quadrado, sai uma seta diagonal que apontapara a inscrição “Satélite (Rede 
de comunicação)”; da parte de baixo dessa inscrição sai uma seta diagonal que aponta para um quadrado 
do mesmo tamanho do anterior, identificado como “Converte informação do pedido de compra do formato 
ANSL.X12”; do lado direito desse quadrado, sai uma seta horizontal que aponta para um quadrado maior, 
identificado como “Sistema de entrada ordens de compras (fornecedor)”.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
110
Na empresa Blindex, com a utilização do EDI, as informações são atualizadas a cada meia 
hora. Em algumas situações, um caminhão de entrega demorava até seis horas para ser 
liberado. Com um sistema EDI, as empresas podem enviar imediatamente a nota fiscal de 
compra por meio eletrônico, para que a empresa possa começar a trabalhar com essas 
informações (MARTINS; ALT, 2009).
EXPLORANDO IDEIAS
Nogueira (2018) explica ainda que o EDI introduz uma padronização na troca de 
informação entre quem envia e quem recebe os dados. Com o EDI, o ritmo em 
que as empresas trocam informações é acelerado com informações, por exemplo, 
programação de embarque, roteiros de entrega, rastreamento, emissão de fatura etc.
Assim, o EDI surgiu do esforço com relação à eliminação de papéis entre 
empresas. Se antigamente existia uma pessoa responsável por enviar documentos 
e ordens de compras via FAX, por exemplo, com a implantação do EDI isto se tor-
nou uma tarefa do passado. O EDI possibilitou uma troca rápida de informações 
de forma eletrônica, sem que necessariamente exista a necessidade de manuseio 
humano, dando mais precisão e segurança na troca de dados entre empresa, den-
tro de um sistema que envolve a cadeia de suprimentos (NOGUEIRA, 2018).
Atualmente, o EDI é muito utilizado por meio da internet. Com a utilização de 
um navegador e uma conexão com a internet, em uma interface web, geralmente 
um dos parceiros, desenvolve ou adquire uma web forms (formulário padronizado 
com campos para preenchimento, necessários para transações comerciais) para cada 
mensagem via EDI recebida. Quando instalada no site, os formulários se tornam uma 
interface para o sistema EDI. E assim, os parceiros de negócios se conectam ao site 
se identificando com um usuário e senha e preenchem os formulários. O resultado 
é enviado para um servidor que faz essa conexão e, muitas vezes, as mensagens são 
convertidas para texto de e-mail ou formulário na web (CAXITO, 2019).
ECR (Efficient Consumer Response)
Não é segredo para ninguém, que uma das grandes preocupações das empresas 
é com o estoque. Garantir que se tenha estoque disponível para o cliente no exa-
to momento em que ele precisa é um dos objetivos, assim como manter níveis 
111
baixos de estoque, para não manter dinheiro parado. Assim, as empresas buscam 
maneiras de tornar esse processo eficiente, de forma que não se tenha grandes 
volumes de estoques ou que não falte o produto para os consumidores, afinal, 
segundo Grant (2013), a falta de estoque resultaria em uma reação quase que 
imediata por parte dos consumidores como: 
 ■ Cliente compra o produto em outra loja.
 ■ Cliente deixa de comprar o produto.
 ■ Cliente substitui o produto.
 ■ Cliente substitui a marca.
Portanto, um produto só tem valor para o cliente, se tiver disponível no momento 
em que ele precisa, caso contrário, será uma venda perdida, algumas vezes para 
o fornecedor e varejo, outras vezes só para o varejo, outras vezes só para o forne-
cedor, tudo vai depender do cliente (GRANT, 2013).
É neste contexto, que podemos compreender o conceito e a importância do ECR 
que tem como propósito a implementação de parcerias estratégicas entre os membros 
de uma cadeia de suprimentos, gerando uma situação que seja boa para todos, ou seja, 
ganha-ganha. Esse gerenciamento colaborativo, melhora o desempenho do canal de 
fornecimento, reduzindo os custos e atendendo as necessidades dos consumidores.
Informações com mais precisão são compartilhadas entre os membros da cadeia 
de suprimentos. Assim, é esperado que haja menos perda e aumente o giro de estoque, 
garantindo os produtos e preços mais competitivos para atender os consumidores.
Nogueira (2018) cita alguns benefícios da aplicação do ECR, como: 
 ■ Melhora o portfólio de produtos ofertados pela loja, melhorando o con-
trole de estoque e os espaços utilizando.
 ■ Ressuprimento eficiente, melhorando o tempo e o custo de reposição dos 
produtos em estoque.
 ■ Promoção eficiente por meio de um sistema que possa impactar os clientes.
 ■ Introdução eficiente de novos produtos no mercado.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
112
O fato é que a implementação de um ECR, possibilita bons níveis de serviços 
com baixo volume de estoque, reduzindo perdas principalmente no que tange 
aos produtos que possuem um prazo de validade estipulado curto, além, é claro, 
de melhorar questões relacionadas aos transportes, armazenamento e estocagem.
Esse sistema é muito comum no varejo, entretanto, tem sido visto com mais 
frequência nas redes de supermercados, que trabalham com um vasto mix de 
produtos e precisam ter um sistema de controle muito apurado para não ter 
prejuízos com produtos em estoque.
CRM (Customer Relationship Management)
O CRM é um sistema de Gestão do Relacionamento com o Cliente, que utiliza in-
formações para melhorar os processos. Essa ferramenta possibilita a definição de 
estratégias de negócios relacionadas aos clientes, contribuindo com a fidelização e 
a identificação das suas necessidades. Por exemplo, uma empresa pode apresentar 
uma solução para um problema, quando um cliente entra em contato com uma 
reclamação, por já ter o registro de outras ocorrências do mesmo problema.
A utilização das informações por meio de componentes tecnológicos, ajuda 
a empresa a definir estratégias orientadas para os clientes. Assim, de acordo com 
Nogueira (2018), o CRM tem como objetivo:
 ■ Realizar entregas qualificadas para ganhar novos clientes.
 ■ Melhorar a experiência de venda e de compra.
 ■ Melhorar a eficiência das transações.
 ■ Oferecer serviços de suportes no pré, durante e pós-venda.
 ■ Disponibilizar um canal eficiente de informações para os clientes.
113
Pozo (2015) explica que no âmbito logístico para se ter um CRM que seja de fato 
eficiente, é necessária uma sinergia com todas as áreas da empresa. É importante 
conhecer as especificidades de toda a empresa, para que as falhas sejam identi-
ficadas de forma antecipada. Assim, é possível que haja uma integração com o 
sistema ERP, possibilitando as correções e ajustes necessários.
O CRM também é uma ferramenta importante para a redução dos custos, já 
que a empresa consegue definir estratégias para com clientes que representam 
uma fatia considerável das vendas da empresa, evitando custos com clientes que, 
muitas vezes, não trazem retornos significados para a empresa.
O CRM possibilita ainda um contato mais próximo com os clientes, com-
preendendo suas reais necessidades, para então, definir ações que venham agregar 
valor aos serviços logísticos e, consequentemente, a satisfação dos consumidores. 
Como a empresa vai utilizar essa ferramenta, vai depender das suas especifi-
cidades, mas é importante deixar claro quão essa ferramenta pode ser importante 
para a empresa definir estratégias de atuação e operação de mercado. Muitos 
clientes avaliam a sua experiência de compra, considerando como eles foram 
tratados. Esse sistema ajuda a entender as necessidades individuais de cada clien-
te, pois reúne informações como os hábitos, expectativas, histórico de compra, 
preferências etc. Desta forma, as empresas conseguem realizar um atendimen-
to individualizado, tendo como objetivo a qualidade e agilidade nos serviços 
prestados nos processos logísticos. É importante deixar claro, porém, que essa 
ferramenta não é aplicada apenas na logística, mas em todas as áreas da empresa.
NOVAS DESCOBERTAS
Para você, aluno(a), se manter atualizado(a) em relação aos aspectos tecno-
lógicos da logística, o portal Tecnologística é uma excelente oportunidade 
paraconferir diversos materiais com o foco na logística empresarial.
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UNIDADE 3
114
Tendências em TI para a Logística
Assim como em diversas outras áreas das empresas, na logística não é diferente: todos 
os anos surgem novas tecnologias que ditam o ritmo das inovações e mudanças que 
ocorrem nos processos, outras vezes, surgem apenas como tendências que serão im-
plantadas à medida em que se tornarem conhecidas pelos profissionais de logística.
Um exemplo de tecnologia que vem sendo implantada e muito utilizada pelas 
empresas é o rastreamento de cargas em movimento. Algumas empresas realizam 
esse controle para identificar em que ponto se encontra determinada mercadoria, 
outras vezes, o sistema de monitoramento pode ser adotado mais por questões 
relacionadas à segurança. As tecnologias de rastreamento baseadas em controle 
via internet vêm barateando ao longo dos anos, por isso acabam se tornando um 
grande atrativo para as empresas, facilitando o acompanhamento em tempo real 
das mercadorias e identificando as ocorrências. Os dados da base de rastreamento 
ajudam as empresas a pensar em soluções rapidamente para possíveis problemas 
e para diminuir riscos e os custos inerentes à movimentação (CAXITO, 2019).
O rastreamento ainda agrega valor para o cliente, visto que é possível acompa-
nhar o deslocamento do produto após a compra e isto se torna um fator impor-
tante para os clientes da empresa. Nas grandes cidades, em que o trânsito acaba 
gerando grandes congestionamentos, o acompanhamento on-line e em tempo 
real possibilita uma mudança de rota para fugir dos congestionamentos, inclusive 
alterando as ordens de entrega dos pedidos e indicando locais que podem ser 
utilizados como estacionamento (CAXITO, 2019).
Outro aspecto muito importante no âmbito logístico principalmente face ao cres-
cimento do e-commerce no Brasil é a infraestrutura. Não é segredo para ninguém que o 
país possui regiões com estradas de má qualidade e com alto risco de roubos de cargas. 
No Brasil, o maior operador logístico são os Correios que consegue atender pratica-
115
mente o país inteiro, entretanto, não consegue manter o mesmo padrão de qualidade 
para todas as regiões. Assim, isto acaba gerando tendências e oportunidades para que 
outras empresas possam ofertar serviços logísticos com foco no comércio eletrônico, 
inclusive já existem aplicativos que colaboram neste sentido (CAXITO, 2019).
Outro elemento que surge fortemente como tendência na área de logística é o pro-
cesso de automação. Apesar de a automação já ser uma realidade em muitas indústrias 
há bastante tempo, ela ainda é muito pouco utilizada nos processos de armazenamento 
nas empresas. Neste processo de automação, atividades como a separação e a conferên-
cia de cargas até possuem um sistema de automação mais avançado, principalmente 
se considerarmos a utilização dos códigos de barra e leitores (CAXITO, 2019).
Entretanto, os investimentos na implantação de um sistema que viabilize a 
integração da gestão de estoque, por exemplo, com o armazenamento, ainda são 
muito altos, principalmente para empresas de pequeno porte com baixo poder 
financeiro. Um sistema de gestão de estoque melhora o giro de estoque, fazendo 
com que as rotinas de separação de pedidos possibilitem a utilização de estraté-
gias voltadas para a otimização do espaço e tempo, ou seja, basicamente, diminui 
a quantidade necessária de produtos que a empresa precisa ter em estoque.
Em tempos de smartphone e internet de alta velocidade, não podíamos deixar 
de destacar também como tendência para a área de logística os aplicativos. Essas 
ferramentas que são instaladas nos telefones facilitam e muito a comunicação e 
a troca de informações em tempo real.
Com aplicativos dedicados, é possível realizar um controle da entrega em tempo 
real, tendo informações exatas sobre o andamento e o fluxo da mercadoria, recebendo 
inclusive as informações por meio de outros aplicativos como WhatsApp, ferramenta 
de comunicação muito utilizada no Brasil para se comunicar e trocar mensagens 
instantâneas. O mesmo aplicativo registra a saída, andamento e a entrega do pedido, 
imediatamente na plataforma de compra, no qual o consumidor também poderá 
acompanhar a entrega do pedido, utilizando uma senha e usuário de acesso.
Podemos destacar ainda o software que realiza a gestão de frotas. Lembro-me de 
quando eu trabalhava na indústria e no varejo, de como era difícil realizar o controle 
sobre a frota da empresa, pois o acesso às informações era um tanto reativo, ou seja, 
dependente de um evento específico para tomar uma decisão, como, por exemplo, 
a manutenção do caminhão. E quando você não tem esse tipo de controle e não 
consegue prever, você pode ter sérios problemas com a entrega de mercadorias, 
uma vez que, inesperadamente, o caminhão precisa passar por manutenção.
UNICESUMAR
UNIDADE 3
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Atualmente, os softwares de gestão de frotas permitem um controle operacional 
mais eficiente como, por exemplo, a programação de uma manutenção preventiva, 
gestão dos custos com combustíveis e toda a programação de rota e entrega, facili-
tando a integração logística entre empresas, fornecedores e com os clientes.
Além de tudo isso que falamos anteriormente, temos que destacar ainda que o 
mundo mudou. Desde o início de 2020, a pandemia da covid-19 provocou muitas 
mudanças nos cenários das empresas, e talvez a logística tenha sido uma das áreas 
que tenha sentido o maior impacto. Isto porque, as empresas precisaram realizar uma 
avaliação de mercado e reestruturar seus processos para atender as demandas de 
mercado. Esse salto fez com que as empresas tivessem que adotar outras tecnologias 
em seus processos e podemos dizer que, ao final disso tudo, o grande beneficiado será, 
de fato, o consumidor. Diante deste cenário, observando, é claro, toda a movimentação 
de mercado, destaco ainda algumas tendências operacionais para a logística:
1. Inteligência artificial: Muitas pessoas ainda resistem a essa ideia, mas 
digo para você, aluno(a), que certamente essa tendência é um caminho 
sem volta. Os sistemas vão trabalhar sem que haja a necessidade de uma 
intervenção humana, isto facilitará, por exemplo, o controle da frota, esto-
ques, armazenamento, entregas e outros processos logísticos.
2. Internet das coisas: o monitoramento do volume de estoques a distân-
cia é algo que vai ajudar as empresas a garantir um ressuprimento con-
tínuo. Nas empresas isso é muito comum atualmente, mas logo chegará 
também nos ambientes domésticos.
3. Drones: realizar as entregas utilizando os drones, na verdade, já é uma 
realidade em muitos lugares. Mas isto ainda é tendência, visto que depende 
de uma série de fatores para o trabalho em larga escala. Este processo, 
promete reduzir os tempos de entrega, custos, estoques, entre outros be-
nefícios. Provavelmente será mais uma opção de modal para os produtos 
de pequeno porte. Vamos acompanhando!
4. Robôs: os robôs já existem em muitas empresas, entretanto, a tendência 
nos próximos anos é que fiquem mais fáceis de programar e mais baratos 
de implantar.
5. Assistente virtual: muitas pessoas não gostam de sistemas de atendimento 
automatizado. Mas à medida que essa tecnologia evolui, será difícil perceber 
a diferença entre um atendimento humano e um atendimento robotizado.
117
6. Dispositivos vestíveis: tecnologias combinadas com aquilo que usamos no 
dia a dia como relógios, pulseiras e outros, permitem realizar controles de 
estoques a distância e entender comportamentos de mercado.
7. Logística sustentável: essa é uma discussão antiga, entretanto, à medida 
que ocorrem os encontros entre os principais países do mundo, por exemplo, 
como a Cop 26, outras tendências vão surgindo para diminuir os impactos 
sobre o meio ambiente. Tecnologias que roteirizem o caminho das entregas 
e diminuam a emissão de poluentes, serão tendências daqui em diante.
8. Tecnologia 5G: Recentemente, em 2021,houve o leilão de concessões da inter-
net 5G. Isto vai trazer mais velocidade na troca de informações e uma melhoria 
na cobertura de infraestrutura. Assim, o acompanhamento dos processos lo-
gísticos terá mais cobertura e eficiência nesta troca de informações em tempo 
real e linear.
9. Blockchain: os dados gerados serão processados por tecnologias que passa-
rão informações com mais exatidão para a equipe de operação das empresas.
10. Dashboard virtual: apresentação das informações logísticas em módulos on-
line com a disponibilização de dados sobre: armazenamento, fretes, entregas, 
volumes, transportes, estoques e outros.
11. Business Intelligence (BI): um software de BI com o foco na logística será 
capaz de gerar dados sobre as operações de transporte, armazenamento, 
deslocamento e a distribuição. Com essas informações é possível determinar 
estratégias mais assertivas.
Assim, meu (minha) caro(a) aluno(a), é muito difícil pensar em logística e na 
cadeia de suprimentos sem pensar também em tecnologia. A evolução das tec-
nologias possibilita que todos os processos dentro de uma empresa sejam mais 
eficientes, impactando diretamente no aumento da produtividade e na redução 
dos custos. Além disso, empresas que saem na frente, conseguirão atender as 
expectativas dos clientes de forma mais ágil, e isto abre a possibilidade para um 
cenário de oportunidades que os profissionais que irão ou já trabalham com 
logística precisam estar muito atentos. As oportunidades muitas vezes se com-
portam como um trem que vai e não volta, por isso não perca o seu trem!
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Neste sentido, talvez você, aluno(a), tenha percebido a importância da tecnologia 
nos processos logísticos. As empresas que não utilizarem a tecnologia da informação 
como apoio na logística, não conseguirão obter a eficiência necessária para prestar 
um serviço de qualidade com um custo que seja adequado à luz das suas operações.
Assim, são muitas aplicações tecnológicas que podem ser aplicadas, como o 
controle de armazéns e frota, por meio de sistemas de informação dedicados. Para 
esse controle, as empresas podem utilizar sistemas de entrada e saída de dados 
como, por exemplo, código de barras e QR Code que registra todos os dados dos 
produtos, assim como também localização das mercadorias sem necessariamente 
ter o contato visual, utilizando o RFID.
Nas empresas consideradas de médio porte, os fornecedores se tornaram 
parceiros de negócios, mas para isso ser viável, principalmente no que tange 
a troca de informações em tempo real, elas podem utilizar o sistema que 
conecta essas empresas, o famoso EDI.
Por fim, o sistema ECR e CRM vão ajudar a proporcionar uma experiência 
melhor ao longo de toda a cadeia de suprimentos. As empresas precisam ainda 
estar atentas às novas tendências, para atender as necessidades dos clientes da 
melhor maneira possível.
Neste Podcast, iremos falar sobre a importância que as fer-
ramentas tecnológicas possuem nos processos logísticos. 
Clique e aproveite!
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NOVAS DESCOBERTAS
Título: Um senhor estagiário
Ano: 2015
Sinopse: um Senhor Estagiário acompanha Jules Ostin (Anne Hatha-
way), uma criadora de um site bem-sucedido de vendas de roupas que, 
apesar de ter apenas 18 meses, já tem mais de duas centenas de funcionários. 
Ela leva uma vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao fato de 
gostar de manter contato com o público. Quando sua empresa inicia um projeto 
de contratar idosos como estagiários, em uma tentativa de colocá-los de volta à 
ativa, cabe a ela trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro).
Comentário: É um excelente filme para entender a importância da tecnolo-
gia nos negócios e de se manter atualizado. O filme assegura também boas 
risadas. Aproveite!
UNICESUMAR
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1. O gerenciamento de um armazém pode ser realizado utilizando um WMS (Warehouse 
Management System) ou Sistema de Gerenciamento de Armazéns, que basicamente 
é um software especialista em atividades que dão suporte para o funcionamento de 
um armazém. Com esse sistema, toda e qualquer movimentação de mercadorias pode 
ser organizada, rastreada e conferida, evitando perdas e erros (Fonte: o autor, 2021).
Em relação às atividades de um sistema de gerenciamento de armazéns, avalie as 
afirmativas a seguir: 
I - Recebimento, no qual o produto entra no armazém e é imediatamente identifi-
cado e registrado.
II - Armazenamento, no qual o produto é estocado de modo que facilite a sua en-
trada e também a saída.
III - Expedição, no qual o produto é separado e enviado para o cliente por meio de 
um sistema de embarque com todas as identificações necessárias.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
2. Um sistema TMS (Transportation Management System) é um tipo de software que 
realiza todo o gerenciamento da logística de transporte nas empresas. Com esse 
sistema é possível ter as informações centralizadas e controlar as operações logísticas 
de movimentação, facilitando o processo de tomada de decisão (Fonte: o autor, 2021).
Sobre o sistema TMS, avalie as afirmativas a seguir: 
I - O sistema ajuda a identificar qual é a melhor alternativa em termos de modal de 
transporte, considerando as especificidades da carga.
II - O sistema permite que seja identificado e roteirizado o caminho das entregas, 
considerando diferentes clientes e produtos.
III - O sistema possui um alto custo de implantação, por isso não é muito utilizado 
pelas empresas de pequeno porte.
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É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas,
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
3. Cada país possui o seu próprio conjunto de algoritmos que representa o código no 
barras. Por exemplo, no Brasil é 789, sequenciado por um conjunto numérico que 
representa a empresa que produz determinado produto. O Código de barras é am-
plamente utilizado para a identificação e registro de produtos (Fonte: o autor, 2021).
Sobre os códigos de barras, assinale a alternativa correta:
a) UCC/EAN é o símbolo usado para a identificação de bens de consumo para o 
segmento de varejo.
b) O código de barras foi criado originalmente para ajudar as empresas e ter mais 
controle sobre o custo da mercadoria vendida, registrando as entradas e saídas.
c) Utilizando o código de barras, é possível identificar um produto de maneira rápida, 
entretanto, depende de tecnologia muito cara para empresas de pequeno porte.
d) Os códigos de barras aumentam a incidência de erros, uma vez que os códigos 
são padronizados e não tem como diferenciar os produtos.
e) Os códigos de barras são conhecidos como uma representação gráfica 2D tridi-
mensional, sendo possível realizar a leitura por meio de câmeras de celulares.
122
4Gestão da Cadeia 
de Suprimentos
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Oportunidades de aprendizagem: olá aluno (a), seja bem-vindo (a) à 
quarta etapa da nossa jornada. Nesta unidade do livro, iremos apre-
sentar o que é a cadeia de suprimentos e seus objetivos. Também 
abordaremos, a importância do relacionamento entre os integrantes 
da cadeia de suprimentos. Falaremos ainda, de duas abordagens im-
portantes para a cadeia de suprimentos sendo a previsão e o plane-
jamento colaborativo de ressuprimentos (CPFR) e o planejamento de 
vendas e operações (S&OP). Fecharemos tratando da importância das 
redes, no contexto da cadeia de suprimentos. Boa leitura!
UNIDADE 4
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A globalização é um movimento que já vem acontecendo há muito tempo. Mui-
tos estudiosos da área de logística tem se empenhado em estudar os desafios e 
oportunidades que a globalização trouxe para a logística. Com a expansão da 
Tecnologia da Informação, muitos processos foram viabilizados graças a novos 
sistemas que permitem que as empresas consigam atuar em diferentes locais do 
mundo, oferecendo o mesmo nível de serviço.
Esse movimento de atuação no âmbito global, estádiretamente ligado ao 
contexto da gestão da cadeia de suprimentos. Os profissionais, que atuam na 
logística, tem a necessidade de conhecer melhor todo o escopo de atuação consi-
derando as necessidades da gestão da cadeia de suprimentos, para poder realizar 
os processos na totalidade de maneira efetiva, adequada e aqui surge um termo 
muito importante para direcionar nossos os estudos, “ambiente colaborativo”, ou 
seja, a colaboração entre os integrantes da cadeia de suprimentos.
Entretanto, esse movimento da logística tradicional para a gestão da cadeia 
de suprimentos, geralmente, ocorre pela necessidade sobretudo das empresas 
expandirem o seu ambiente de atuação com o foco também no ambiente exter-
no e na colaboração, adotando boas práticas que vão proporcionar vantagens 
competitivas frente aos concorrentes.
Neste contexto, a partir da adoção das boas práticas logística com a implan-
tação da gestão da cadeia de suprimentos, quais são as grandes oportunidades 
que se abrem para as empresas?
Se você aluno (a) parar para pensar, principalmente, se você tiver pelo menos 
trinta anos, assim como esse professor que vos escreve, até pouco tempo atrás, 
na década de 90, o tempo médio que as empresas demoravam para entregar um 
produto para o cliente tinha uma variação entre vinte e trinta dias ou mais. Todo 
o processo de realização do pedido e transferência de mercadorias de um centro 
de distribuição para outro era realizado por telefone, “fax” e a entrega realizada 
pelos Correios. Quando a empresa recebia o pedido, o controle era realizado por 
sistemas manuais ou computadorizados, como autorização de crédito, processa-
mento e a entrega ao cliente. Mesmo que todo esse processo ocorresse de maneira 
eficiente, o tempo médio de entrega ainda era longo e se algo dava errado, o que 
poderia acontecer com muita frequência, face à falta de controles mais automa-
tizados como temos atualmente, o tempo estendia ainda mais.
Para diminuir os problemas, as empresas aumentavam o volume de estoques, 
mas mesmo assim alguns problemas continuavam ocorrendo.
125
Entretanto, ainda durante a década de 1990, muitas mudanças ocorreram em 
função da evolução da tecnologia em computadores e na internet. Esse movimen-
to possibilitou mais velocidade na transmissão e troca de informações. A internet, 
por exemplo, mudou como as empresas realizam transações e, cada vez mais, os 
consumidores passaram a utilizar a internet para realizar as suas compras.
Assim, todo esse movimento que começou na década de 90 e continuou a se ex-
pandir fez com que chegássemos ao que o mundo conheceu como a era da informação. 
Na era da informação, as empresas passaram a ter mais conectividade e isto viabilizou a 
troca de informações em tempo real, assim as empresas, principalmente, de médio e de 
grande porte começaram a ter uma categoria de relacionamento mais próximo e cola-
borativo, dando origem ao que conhecemos como “Gestão da Cadeia de Suprimentos”.
Assim, se antes os fornecedores atuavam simplesmente fornecendo matéria-
-prima, agora se tornaram parceiros de negócios com um relacionamento mais 
próximo. Neste novo modelo de negócio, os produtos passaram a ser fabricados 
com características exatas no contexto que o consumidor precisa, e as entregas 
no âmbito global poderiam também ser realizadas rapidamente. Neste contexto, 
os sistemas logísticos conseguem entregar produtos no horário exato. O tempo 
médio de recebimento entre o pedido e a entrega pode estar separado somente 
por horas. As falhas estão ocorrendo cada vez menos.
A gestão da cadeia de suprimentos surge então, neste contexto, como um 
sistema colaborativo entre empresas, para melhorar o posicionamento estratégico 
e a eficiência operacional. Basicamente, toda a cadeia de fornecimento, desde o 
fornecedor de primeira camada até o cliente, é baseada na dependência de cola-
boração, ou seja, pautado na troca de informações em tempo real para atender 
as necessidades de cada integrante da cadeia de suprimentos.
Sendo assim, o gerenciamento da cadeia de suprimentos é a ação de administrar 
um sistema logístico que atua de forma integrada nas empresas, ou seja, utilizando 
tecnologias avançadas, que viabiliza a troca de informações para planejar, organizar, 
dirigir e controlar uma complexa rede de fatores que envolve a produção e a 
distribuição de produtos para atender às necessidades dos clientes. 
Neste sentido, estimado(a) aluno(a), utilizando conceitos da logística tradicio-
nal, busque explicar o porquê das empresas estarem adotando a gestão da cadeia 
de suprimentos ao longo da sua cadeia logística e como isto agrega valor aos seus 
negócios. Se necessário realize pesquisas, comparando a logística tradicional com 
o supply chain management. Anote as suas considerações no seu Diário de Bordo.
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Assim caro (a) aluno (a) a partir da sua pesquisa anterior, é importante que 
até aqui, você já saiba diferenciar uma cadeia de suprimentos da logística tradi-
cional, isto porque está diretamente ligado à produção e entrega de mercadorias 
com mais eficiência. Então, a partir das suas próprias considerações, reflita por 
que os fornecedores deixaram de ser meros fornecedores para se tornarem par-
ceiros de negócios das empresas em uma relação ganha-ganha. Não esqueça de 
anotar as suas considerações no seu Diário de Bordo!
A Importância e a Gestão da Cadeia de Suprimentos 
A gestão da cadeia de suprimentos, ou supply chain management, como é conheci-
da no mundo dos negócios é a integração desde o fornecedor de primeira camada 
até o consumidor final, executando um gerenciamento de informações para pla-
nejar e controlar um conjunto de ações que envolve produzir e distribuir produtos 
de modo que atenda às necessidades dos clientes (MARTINS; ALT, 2009).
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Os integrantes da cadeia de suprimentos vão se organizar para juntos melhora-
rem o desempenho logístico e se adaptar às mudanças do ambiente com mais 
eficiência. Entretanto, para isto ser possível, é importante que haja um alto grau de 
integração entre fornecedor e cliente, que enquanto parceiros, consigam reduzir 
os custos logísticos e agregar valor aos serviços.
Segundo Martins e Alt (2009), o propósito da cadeia de suprimentos contem-
pla: A- atender às necessidades dos clientes, buscando um diferencial competitivo 
em relação aos concorrentes; B- reduzir os custos financeiros, utilizando menos 
capital de giro com estoques e evitando desperdícios.
O conceito da gestão da cadeia de suprimentos está intimamente ligado aos aspectos 
relacionados aos novos arranjos comerciais que vão dar mais sustentação, além de me-
lhorar a competitividade do negócio. O conceito também se aplica a uma rede altamente 
eficiente com relações comerciais que vão otimizar o trabalho e reduzir as incertezas.
Figura 01 - Representação de uma Supply Chain (SC) / Fonte: Pires (2016, p. 37).
Descrição de imagem: a imagem apresenta um fluxo de uma cadeia de suprimentos. São apresentados 
lado a lado, seis integrantes que se direcionam, sequencialmente, por meio de uma seta, para a direita. 
Da esquerda para a direita tem-se: fornecedor de segunda camada (Second Tier Supplier); Fornecedor de 
primeira camada (First Tier Supplier); Empresa (Foco ou Focal); Distribuidor - Cliente de Primeira Camada; 
Varejista - Cliente de Segunda Camada; e, por fim, o Cliente final. Abaixo dos integrantes da cadeia, há 
uma seta horizontal, que indica tanto para a esquerda, quanto para a direita, e é dividida bem ao meio por 
uma reta vertical localizada abaixo da Empresa (Foco ou Focal). Partindo deste ponto central, a parte que 
se direciona para a esquerda refere-se ao sentido montante (Upstream) e a parte que se direciona para a 
direita refere-se ao sentido jusante (Downstream).
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Assim, as empresas passaram a desenvolver relacionamentos pautados na colabora-
ção com outras empresas de produtos e serviços para realizar as atividades em conjunto, 
obtendo os benefíciosda especialização de cada integrante da cadeia de suprimentos. A 
figura, a seguir, demonstra um diagrama linear que interliga as empresas participantes 
da cadeia de suprimentos formando uma unidade competitiva de negócio.
Figura 02 - Estrutura da cadeia de suprimentos integrada / Fonte: Bowersox et al (2014, p. 7).
Descrição de imagem: a figura apresenta a estrutura da cadeia de suprimentos integradas. Na parte superior, 
temos a “gestão de relacionamentos” com uma seta que aponta para os dois lados da cadeia de suprimentos, 
demonstrando o “fluxo de informação, produtos, serviços, recursos financeiros e conhecimento”. Abaixo, a 
figura se divide em 5 retângulos, dispostos lateralmente, o primeiro, na esquerda, representa os “materiais” e se 
interliga com o segundo retângulo, que representa uma “rede de fornecedores”, e se conecta com o retângulo 
seguinte que corresponde à uma “empresa integrada”, composta por: Manufatura, Suprimento, Atendimento 
ao cliente e Logística. Esta Empresa Integrada se conecta com a “rede de distribuição para o mercado “(quarto 
retângulo), que se conecta com o retângulo final que representa os “Consumidores”. Abaixo da figura, se 
apresentam as “restrições de capacidade, informação, competências essenciais, capital e recursos humanos”.
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Segundo Bowersox et al. (2014), no contexto da cadeia de suprimentos, a colabo-
ração é fundamental em uma estrutura com fluxos e restrições de recursos. Assim, 
as empresas participantes deste processo, vão se alinhar operacionalmente para 
obter vantagens competitivas. As operações são dessa forma, integradas desde 
a compra da matéria-prima até a entrega do produto para o consumidor final.
O diferencial competitivo é resultado da cooperação entre empresas que 
compõe a cadeia de suprimentos. A logística é o principal aspecto no sistema da 
cadeia de suprimentos. Cada empresa participante, se conectará logisticamente 
com a sua rede de distribuidores e fornecedores, e este último com seus clientes.
Nesta perspectiva integrada, os arranjos tradicionais de logística, deixam de 
ter ligações independentes de empresa e fornecedor e passam a ter uma iniciativa 
integrada e coordenada para aumentar a eficiência geral.
Figura 03 - A Supply Chain representada / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 378).
Descrição de imagem: temos uma sequência de itens que indica o que comprar, fazer, mover, armazenar e 
vender. Abaixo, ao nível estratégico, temos a análise e decisões sobre a cadeia de suprimentos em anos. Abaixo 
ao nível tático e operacional, temos o planejamento da produção, demanda e desenvolvimento, otimização, 
planejamento de transportes entre instalações, otimização dos transportes e itinerários da frota em semanas 
e meses. Em um nível abaixo, temos o sistema transacional, com o ERP (sistema de gestão operacional), ge-
renciamento da distribuição e o gerenciamento do sistema de transporte em minutos e horas.
Na figura 03, podemos ver a integração da cadeia de suprimento em nível estra-
tégico, com decisões a serem tomadas em longo prazo. Assim, uma representação 
adequada da cadeia de suprimentos, demonstrará os níveis de planejamento, 
fluxos de atividades e ferramentas que estão envolvidas (MARTINS; ALT, 2009).
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A cadeia de suprimentos não pode ser vista como algo estático, baseada apenas 
em técnicas e ferramentas projetadas, pois o ambiente está em constante processo de 
mudança e, quando as condições planejadas inicialmente se alteram, todo o processo 
logístico também precisa ser revisitado dentro daquilo que foi planejado. Atualmente, 
face às mudanças impostas pelo mercado, as empresas precisam se adaptar rapida-
mente às mudanças, tivemos a pandemia da covid-19, que impôs mudanças substan-
ciais em função da falta de matéria-prima, que paralisou muitas indústrias e até mes-
mo questões geopolíticas, que paralisam a movimentação e a entrega de mercadorias. 
Portanto, a cadeia de suprimentos precisa ser adaptativa à realidade, principalmente, 
em tempos de mudanças, que serão sempre recorrentes daqui adiante.
Assim, Pozo (2019) explica que para uma cadeia de suprimentos tenha exce-
lentes resultados, ela precisa necessariamente adotar ao menos cinco medidas:
131
Assim, a gestão da cadeia de suprimentos será uma rede de empresas conectadas 
com diferentes funções e interdependentes entre si, entretanto, trabalhando de 
maneira totalmente colaborativa e em conjunto para melhorar o fluxo de infor-
mações e materiais com o objetivo de atender às necessidades dos usuários finais.
Figura 04 - Os cinco passos para o SCM / Fonte Pozo (2019, p. 95).
Descrição de imagem: a figura apresenta os cinco passos para o SCM. De acordo com a hierarquia dos números, 
de cima para baixo, começamos com o passo 1 na cor laranja que é a integração da infraestrutura com clientes 
e fornecedores. A integração dos sistemas de informações, principalmente computacionais, e o crescente uso 
de sistemas como o EDI (Electronic Data Interchange), entre fornecedores, clientes e operadores logísticos têm 
permitido a flexibilização do atendimento ao cliente e a forte redução de custos. Essas práticas têm proporcionado 
trabalhar com entregas Just-In-Time e diminuir os níveis gerais de estoques. Abaixo vem o segundo passo na cor 
rosa que é a reestruturação do número de fornecedores e clientes. O envolvimento dos fornecedores desde os 
estágios iniciais do desenvolvimento de novos produtos (Early Supplier Involvement) tem proporcionado, principal-
mente, uma redução no tempo e nos custos de desenvolvimento dos produtos e, principalmente, atendendo aos 
requisitos reais do cliente. No passo 3 em cor roxa vem o desenvolvimento integrado do produto, que permite que 
a concepção dos produtos seja projetada visando a seu desempenho logístico dentro da cadeia de suprimentos e 
as reduções de custo em todo seu processo e facilidades de atendimento do cliente. No quarto passo na cor azul, 
apresentamos o desenvolvimento logístico dos produtos, que é a estruturação estratégica e a compatibilização dos 
fluxos da cadeia de suprimentos da empresa e controle das medidas de desempenho atreladas aos objetivos da 
cadeia produtiva como um todo. E por último e quinto passo na cor verde está a cadeia estratégica produtiva, que 
significa reestruturar, normalmente, por meio da redução do número de fornecedores e clientes, construindo e 
aprofundando as relações de parceria com o conjunto de empresas com as quais realmente se deseja desenvolver 
um relacionamento colaborativo e forte que proporcione uma ação sinergética.
Olá estudante, olha que legal, neste episódio do podcast, 
irei apresentar alguns casos de sucesso na gestão da 
cadeia de suprimentos. Ficou curioso, clique no Qr Code, 
a seguir, e confira.
UNIDADE 4
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11137
UNIDADE 4
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Processo Colaborativo na Cadeia de Suprimentos
Nas últimas décadas, uma das principais tendências na gestão da cadeia de suprimen-
tos é a definição de uma base de fornecedores e clientes que farão parte da cadeia de 
suprimentos. Com esse movimento, a empresa vai definir fornecedores e clientes 
com os quais deseja trabalhar e desenvolver relacionamentos mais próximos.
Talvez você aluno (a) esteja habituado com o termo cliente, como aquele consumidor final 
que vai utilizar o produto ou serviço de determinada empresa. No âmbito da logística, o 
cliente pode ser um intermediário, pode ser a empresa, enfim, qualquer integrante da 
cadeia de suprimentos que seja cliente de alguma empresa e não necessariamente o con-
sumidor final, por isso, sempre fique atento ao contexto!
PENSANDO JUNTOS
Assim, com uma base de fornecedores menor, a empresa vai desenvolver um 
canal de comunicação mais eficiente, estabelecendo um ambiente com parce-
rias estratégicas para atuação, utilizando tecnologias da informação para dar 
suporte a comunicação com o foco na redução dos custos e agregar valor aos 
produtos e serviços da empresa (PIRES, 2016).
Em relação à basede clientes, esse é um movimento um pouco mais compli-
cado para as empresas, visto que renunciar aos clientes, pode trazer uma sensação 
de que a empresa está perdendo algo. Entretanto, é muito importante que a em-
presa tenha consciência primeiramente do retorno financeiro proporcionado por 
133
cada cliente e a limitação de recursos necessários para poder atendê-lo. Assim, é 
importante definir clientes preferenciais, para não perder grandes oportunidades.
Você percebeu que apareceram dois termos novos ao longo do texto, global sourcing e fol-
low sourcing. Global sourcing é um movimento em que as empresas utilizam para adquirir 
bens e serviços em países que existem melhores condições de preços, se comparado com 
outros. Follow sourcing é um processo em que as empresas buscam fornecedores que 
possam estar mais próximos das empresas, algumas vezes até mesmo na mesma planta 
industrial, como é muito comum na indústria automobilística.
Fonte: o Autor.
EXPLORANDO IDEIAS
Empresas que não conseguem dar preferência para clientes potenciais, correm sérios ris-
cos de perder um cliente potencialmente forte o bastante para proporcionar um retorno 
financeiro vantajoso, por estar em determinado momento, realizando um atendimento 
de um cliente relativamente pequeno, e assim, perde a oportunidade de realizar um gran-
de negócio. Pense nisso!
PENSANDO JUNTOS
Mas retomando o foco nos fornecedores, nos últimos anos, as empresas que ado-
taram um sistema pautado na gestão da cadeia de suprimentos têm sido impul-
sionadas por alguns fatores, aos quais Pires (2016) destaca que: 
 ■ Em geral, as relações de parcerias colaborativas em um sistema que en-
volve a gestão da cadeia de suprimentos, só fazem sentido quando existe 
uma seleção cuidadosa dos clientes e fornecedores em potenciais. Após 
a seleção de fornecedores e clientes nos quais a empresa vai trabalhar, as 
práticas que envolvem a cadeia de suprimentos serão implantadas, com 
o propósito de se ter uma parceria a longo prazo.
 ■ Nos termos estratégicos e operacionais, não é recomendado ter um gran-
de número de fornecedores e também não é necessário ter um relaciona-
mento próximo com todos os fornecedores.
 ■ No ambiente das organizações, a globalização da economia tem possibilita-
do a expansão de práticas como global sourcing e follow sourcing, em que 
potencializa a redução e a manutenção de fornecedores ao redor do mundo.
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Em um modelo tradicional da logística, o relacionamento entre comprador e 
fornecedor é baseado em avaliar os preços, prazos, qualidade e outros requisitos. 
Depois da compra, a empresa tinha como referência tal fornecedor para eventuais 
novas compras, isto se deu tudo certo conforme o planejado. No supply chain, 
esse conceito anterior está completamente superado. O importante neste caso, é 
Fornecedor único Fornecedores múltiplos
Vantagens
• Maior potencial de 
desenvolver uma ver-
dadeira relação ganha-
-ganha;
• Maior dependência 
favorece maior com-
prometimento e foco 
dos esforços;
• Melhor comunicação, 
mais ágil, barata e 
confiável;
• Cooperação mais fácil 
no desenvolvimento de 
novos produtos;
• Maior economia de 
escala
• Comprador pode for-
çar o preço para baixo 
através da competição 
entre fornecedores;
• Maior flexibilidade no 
momento de mudar de 
fornecedor caso ocorra 
falhas no fornecimento;
• Possuir várias fontes 
de conhecimento e de 
especialização pode ser 
importante em deter-
minados casos.
Desvantagens
• Perda de flexibilidade 
e maior vulnerabilida-
de no caso de ocorrer 
falha no fornecimento 
do fornecedor;
• Fornecedor pode 
forçar aumento dos 
preços caso não haja 
outra alternativa de 
fornecimento para o 
cliente.
• Dificuldade de se criar 
maior comprometi-
mento do fornecedor;
• Maior esforço requeri-
do para a comunicação 
no geral;
• Fornecedores tendem 
a investir menos em 
novos processos e 
produtos;
• Maior dificuldade de se 
obterem economias de 
escala.
Quadro 01 - Vantagens e desvantagens de um único fornecedor / Fonte: adaptado de Slack et al. (2002).
135
ter um relacionamento permanente entre cliente e fornecedor, que não necessa-
riamente será por meio do ressuprimento de materiais e componentes, mas do 
próprio desenvolvimento do produto. Quando tudo vai bem, entende-se que isto 
proporciona uma situação chamada de ganha-ganha, ou seja, acaba sendo muito 
vantajoso para ambos os lados, isto em grande escala (MARTINS; ALT, 2009).
Um relacionamento colaborativo entre empresa e fornecedor, no sistema que 
envolve a gestão da cadeia de suprimentos, é como um casamento (exemplo que 
costumo dar muitas vezes durante as aulas). O casamento tem que ser algo bom 
para os dois lados, a partir do momento que um dos lados não está mais satisfeito, 
talvez seja a hora de cada um continuar o seu caminho sozinho. No ambiente 
dos negócios, esse casamento entre empresa e fornecedor, ou cliente e fornecedor, 
com elevado nível de relacionamento, é conhecido como comakership, e assim 
como um casamento, precisa ser bom para ambos os lados.
Assim, no gerenciamento da cadeia de suprimentos de maneira mais inteligente, 
entende-se o fornecedor como verdadeiro parceiro e que seus custos serão também os 
custos da empresa. Por exemplo, porque forçar um fornecedor a dar noventa dias de 
prazo para pagamento, sendo que trinta dias seria o suficiente para a sua empresa, pois 
isto faria com que os custos de estoques dos fornecedores, entrassem de alguma forma 
nos custos de compra, portanto, isto não faria muito sentido (MARTINS; ALT, 2009).
Desta forma, as empresas que usam o supply chain devem ter mente, que 
todos os parceiros devem possuir os mesmos objetivos, por exemplo, reduzir 
os custos por meio de toda a cadeia logística, para eles conseguirem diminuir o 
custo para o consumidor final ou até mesmo aumentar as suas margens de lucro. 
A ideia por trás da colaboração, é justamente partilhar os ganhos da eficiência 
operacional, recompensando cada um que contribui de fato para esse processo.
Bowersox et al (2014) explica ainda que nestes arranjos que envolvem o 
desempenho da cadeia de suprimentos, dois aspectos são importantes para o 
aumento do desempenho.
O primeiro é importante que aconteça de fato esse comportamento cooperativo, 
com o propósito de reduzir os custos e aumentar a eficiência logística. Entretanto, 
para que aconteça a cooperação é importante que os participantes da cadeia de su-
primentos, compartilhem informações estratégicas entre si. O compartilhamento de 
informações estratégicas, não se limita apenas a dados de transações. É importante 
compartilhar informações sobre o planejamento do futuro, para que em conjunto 
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possam desenvolver planos para atender as necessidades do consumidor final. Essa 
cooperação vai possibilitar um modo de fazer as coisas mais rápido e eficiente.
O segundo aspecto, de acordo com Bowersox et al (2014), é que por meio da 
cooperação existe a oportunidade de eliminar desperdícios e os trabalhos repeti-
dos. Também é possível eliminar os altos volumes de estoques. A colaboração na 
cadeia de suprimentos ajuda ainda a reduzir os riscos, quando estão associados a 
um movimento de especulação. Os níveis de estoques, têm que ser mantidos por 
meio de uma estratégia econômica e não para amortecer a demanda.
Neste contexto, as empresas que buscam a competitividade por meio da cadeia 
de suprimentos, devem possuir algum grau de semelhança. As práticas cooperativas 
são pautadas pela tecnologia e soluções empresariais que proporcionam vantagens 
competitivas. Por fim, essas iniciativas colaborativas combinam a experiência dos 
integrantes da cadeia de suprimentos, com empresas que são terceirizadas ou até 
mesmo os prestadores de serviço. Essas empresas assumem um compromisso real 
com o propósito de manter uma cultura forte e singular na cadeia de suprimento.
Figura 05 - Modelo de classificação de relacionamento / Fonte: Bowersox et al (2014, p. 358).Descrição de imagem: temos um organograma em que no topo aparece a “classificação de relacionamentos 
na cadeia de suprimentos com base na dependência reconhecida e no compartilhamento de informações”. 
Abaixo, em uma linha sequencial, temos, da esquerda para a direita, os “contratados” de “compras de produtos 
e serviços”, em seguida, os “terceirizados” com “desempenho de funções e processos”, os “administrados” com 
o “envolvimento de líder ou seguidor”, as “alianças” com a “integração voluntária” e a “extensão empresarial”, 
“agindo como um só”. No centro inferior da imagem, há um quadro relacionado à «dependência reconhecida e 
compartilhamento de informações» que vai de «limitado a extensivo».
137
A imagem anterior, demonstra ao menos cinco formas básicas de colaboração 
entre os participantes da cadeia de suprimentos. Os contratos mais superficiais 
são de empresas terceirizadas, porque neste tipo de relacionamento, tudo acon-
tece até certo ponto. As relações de compra e venda dão uma dimensão temporal, 
ou seja, uma indústria pode estabelecer em contrato a compra de determinados 
produtos por um período a preços pré-determinados. O fornecedor, entretanto, 
concorda com os requisitos de venda, criando assim uma relação antagônica, ou 
seja, baseada na negociação. O não atendimento dos requisitos determinados em 
contrato, levará às sanções ou talvez uma renegociação (BOWERSOX et al, 2014).
Em relacionamentos que envolvem uma empresa líder de mercado, ela assume 
a responsabilidade e busca uma cooperação com parceiros de mercado. No âmbito 
da cadeia de suprimentos, as informações são compartilhadas em todos os níveis 
da empresa (estratégico, tático e operacional) de acordo com as suas necessidades. 
Neste caso, existe um planejamento limitado, já que as empresas parceiras sabem 
que vão se sair melhor se atuarem diretamente com a empresa líder de mercado. A 
expectativa neste tipo de cooperação é que seja mantida sem um prazo específico, 
entretanto, o relacionamento é gerenciado pela líder (BOWERSOX et al, 2014).
Embora você, aluno (a), esteja percebendo terminologias diferentes para os 
relacionamentos colaborativos na cadeia de suprimentos, eles podem também ser 
descritos como alianças ou extensão empresarial. O principal aspecto neste tipo 
de relacionamento é que são gerenciados pelo desejo e boa vontade dos integran-
tes em trabalhar de forma sinérgica, concordando com a integração dos recursos 
humanos, financeiros, operacionais, técnicos etc., isto para proporcionar alto grau 
de eficiência nos processos. Em alguns casos, a colaboração também acontece por 
meio da integração das operações. Assim, o planejamento vai incluir o planeja-
mento conjunto extensivo a longo prazo. A extensão empresarial permite que duas 
empresas compartilhem informações de tal forma que sejam vistas como únicas. 
Muitas empresas são exemplos de sucesso nestes arranjos, como Walmart, Procter 
& Gamble, Dell e a indústria de alimentos (BOWERSOX et al, 2014).
Por fim, na questão que envolve o relacionamento na cadeia de suprimentos, não 
poderíamos deixar de falar que isto funciona se houver confiança. A construção da 
confiança é, em primeiro lugar, a demonstração de credibilidade em suas operações 
e a garantia de que venha cumprir os requisitos do contrato. Em segundo lugar, a 
confiança é uma colaboração honesta para ocorrer de fato o relacionamento, que já 
UNIDADE 4
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138
mencionamos anteriormente como ganha-ganha, afinal, empresas que não compar-
tilham informações adequadamente, não podem ser consideradas honestas.
Mas como escolher o fornecedor ideal? São várias as formas que as empresas 
podem avaliar os seus fornecedores em potencial, segundo Martins e Alt (2009), 
alguns aspectos devem ser evidenciados, como:
Custo: verificar se os custos estão dentro daquilo que está sendo praticado no 
mercado, considerando que devem ser reduzidos.
Qualidade: o relacionamento só vai dar certo, se o fornecedor tiver qualidade. 
Ter a ISO 9000 será um diferencial importante.
Pontualidade: o fornecedor deve ser pontual, caso contrário será difícil manter 
um relacionamento de confiança.
Inovação: o fornecedor deve pensar sempre em soluções inovativas.
Flexibilidade: é um item importante, para ser possível se adaptar às alterações 
relativas a mercado.
Produtividade: é uma relação output sobre input ou considerando o valor dos 
produtos sobre os custos dos insumos.
Instalações: a empresa deve analisar a infraestrutura mínima de produção do 
fornecedor para atender as demandas.
Capacidade financeira e gerencial: é necessário analisar se a capacidade finan-
ceira da empresa é saudável, ou seja, se o fornecedor terá condições de se manter 
para atender aos pedidos solicitados.
De acordo com Martins e Alt (2009) existem vários outros modelos para avaliar 
fornecedores que as empresas podem adotar. O importante é analisar o forne-
cedor de forma cuidadosa, pois no contexto do supply chain, as empresas vão 
trabalhar com uma quantidade reduzida justamente para poder estreitar o rela-
139
cionamento, por isso, é necessário analisar de forma cuidadosa para a empresa 
não ter problemas com o fornecedor e comprometer a sua produção. Ainda 
segundo os autores, os quadros, a seguir, ajudam neste tipo de análise e na tomada 
de decisão em relação ao fornecedor, considerando requisitos como engenharia, 
instalações e administração/finanças.
Ponderações Peso relativo
PRODUTO
Custo 10
Qualidade 14
Embalagem 7
Garantia 4
SERVIÇOS
Pontualidade na entrega 10
Presteza no atendimento 5
Cortesia no relacionamento 2
Qualidade na expedição e transporte 3
Assistência pós venda 5
ENGENHARIA
Pesquisa 2
Grau de inovação 9
Flexibilidade 4
INSTALAÇÕES
Equipamentos 9
Prédios 3
Adequação e layout 3
UNIDADE 4
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140
Considerando os pontos a serem avaliados, evidenciados no Quadro 02 considera-
-se os seguintes critérios de avaliação: 1 – Ruim; 2 – Regular; 3- Bom; 4- Excelente. 
Após, multiplica-se, para cada item, o critério avaliado em cada quesito com 
o seu peso, conforme pode ser visualizado no quadro 03.
Quadro 02 - Avaliação de fornecedores / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 140).
Ponderações Peso relativo 4 3 2 1
PRODUTO
Custo 10 X
Qualidade 14 X
Embalagem 7 X
Garantia 4 X
SERVIÇOS
Pontualidade na entrega 10 X
Presteza no atendimento 5 X
Cortesia no relacionamento 2 X
Qualidade na expedição e 
transporte
3 X
Assistência pós venda 5 X
Ponderações Peso relativo
ADMINISTRAÇÃO/ FINANÇAS
Relações humanas 5
Relacionamento comercial 3
Capacidade financeira 2
141
Ponderações Peso relativo 4 3 2 1
ENGENHARIA
Pesquisa 2 X
Grau de inovação 9 X
Flexibilidade 4 X
INSTALAÇÕES
Equipamentos 9 X
Prédios 3 X
Adequação e layout 3 X
ADMINISTRAÇÃO/ FINANÇAS
Relações humanas 5 X
Relacionamento comercial 3 X
Capacidade financeira 2 X
TOTAL= 301
Quadro 03 - Avaliação dos quesitos / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 140).
A partir da nota total obtida com a avaliação dos quesitos, considera-se a pontuação 
de referência fornecida pelo quadro 04 para finalizar a avaliação do fornecedor: 
Aceitável como fornecedor Acima de 350 pontos
Segunda chance, após melhorias 300-349 pontos.
Incapaz 0-299 pontos.
Quadro 04 - Pontuação que os fornecedores devem alcançar / Fonte: Martins e Alt (2009, p. 140).
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142
Analisando os quadros anteriores, o fornecedor conseguiu atingir uma pontuação de 301 
pontos, portanto, merecendo uma segunda chance de análise, apesar de ainda não ser 
exatamente o que está a empresa está buscando em relação aos requisitos analisados, mas 
se conseguir melhorar e alcançar os 350 pontos, poderá ser escolhido como fornecedor.
Após analisá-lo, o cliente poderá decidir investir no fornecedor, isto porque tal forne-
cedor poderá ser essencial, mas como não tem os requisitos necessários, a empresa vai aju-
dá-lo a se desenvolver para atender às necessidades e, neste momento, o relacionamento 
entre empresa e fornecedor setorna mais íntimo. O inverso também poderá ocorrer, por 
exemplo, se o fornecedor já estiver altamente desenvolvido e neste caso, não é necessário 
desenvolver o fornecedor, pois ele atende aos requisitos (MARTINS; ALT, 2009).
Em paralelo ao desenvolvimento e análise do fornecedor, inicia-se a fase de nego-
ciação para estabelecer a parceira na gestão da cadeia de suprimentos. Um contrato 
será materializado com toda a exclusividade necessária durante o período de forne-
cimento, considerando o ciclo de vida do produto e todos os aspectos que a parceria 
deverá contemplar, incluindo a forma de comunicação, como, por exemplo, via EDI.
Para alguns alunos (as), essa forma de negociação pode soar estranha, princi-
palmente, para aqueles(as) que não conhecem a metodologia da gestão da cadeia de 
suprimentos, isto porque, para a maioria das empresas, existe um departamento de 
compras que utiliza um sistema de informações gerenciais para efetivar as compras. 
Os compradores buscam fornecedores e realizam cotações de preço ou condições de 
atendimento das necessidades da empresa, para então escolher o fornecedor ou forne-
cedores, fazendo o pedido de compras e acompanhando todo o processo até a entrega.
Para outras empresas que já utilizam a metodologia da gestão da cadeia de 
suprimentos, essa forma de comprar tem mudado, substancialmente, ou seja, bus-
cando realmente parcerias de fornecimento. Neste tipo de situação, o foco passa a 
ser o relacionamento pautado na confiança e estabelecendo meios mais ágeis de 
troca de informações, por exemplo, prazos, quantidades, formas de pagamentos 
etc. Uma característica marcante deste tipo de parceria, é a disponibilidade de um 
sistema de planejamento e controle das compras, que quase que de forma automa-
De acordo com a pontuação obtida no quadro 03, considerando a pontuação referência 
do quadro 4, o fornecedor utilizado como exemplo seria aceitável no contexto das parce-
rias de supply chain?
PENSANDO JUNTOS
143
tizada, emitem os pedidos de ressuprimentos de materiais. Muitos sistemas acabam 
se comunicando diretamente com o fornecedor de maneira totalmente eletrônica, 
utilizando e-mails, sistemas EDI e outros que estão disponíveis para as empresas.
Collaborative Planning, Forecasting, and Reple-
nishment (CPFR)
O CPFR é o planejamento colaborativo que ajuda as empresas a gerenciar de ma-
neira mais eficiente os seus processos de forma conjunta e compartilhando infor-
mações. Essa ferramenta tem como propósito melhorar o modelo de colaboração 
entre fornecedores e varejistas, o que acaba influenciando positivamente na cadeia 
de suprimentos, uma vez que possibilita a redução de riscos e custos (PIRES, 2016).
O CPFR tem como objetivo a implantação de uma série de atividades de cola-
boração que estão relacionadas à previsão de vendas, ressuprimentos e restrições 
para a sua implantação. Para simplificar o entendimento para você, aluno(a), a 
ideia é basicamente que a empresa tenha o estoque gerenciado diretamente pelo 
fornecedor VMI (Vendor Managed Inventory). Neste processo, o fornecedor é 
quem gerencia os estoques do seu cliente (empresa). Esse processo é viabilizado 
pela troca frequente de informações, assim o fornecedor consegue gerenciar o 
volume de estoque atual em cada nível da cadeia de abastecimento, assim como 
também todo o estoque em trânsito, gerenciando a quantidade que deve ser en-
viada e quando deve ser enviado para o cliente (CHRISTOPHER, 2019).
Assim caro aluno (a), perceba que aqui, efetivamente falando, o fornecedor é 
quem gerencia o estoque em nome do próprio cliente. Quando existe este tipo de 
acordo ou a utilização da CPFR, não há pedidos de compras, mas sim o fornecedor 
tomando decisões em relação a quantidade enviada e quando, fundamentado por 
informações que são enviadas do ponto de venda. Desta forma, o fornecedor utiliza 
toda a base de informações, para prever as necessidades e utilizar toda a sua capaci-
dade de produção e logística para atender as necessidades (CHRISTOPHER, 2019).
A figura, a seguir, apresenta um modelo adaptado por Christopher (2019), 
com nove passos para a implantação de um sistema colaborativo pautado pelo 
CPFR, a partir do modelo da associação internacional que estabelece um modelo 
padrão de comércio entre ramos de atividades.
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144
Figura 06 - Modelo de nove passos de CPFR desenvolvido pela VICS‐ECR / Fonte: Christopher (2019, p. 130). 
Descrição de imagem: temos um fluxo com as etapas do processo de CPFR representada por um esquema, 
ligados aos Varejistas, Fornecedores, Planejamento, Previsão e Reabastecimento. Há nove passos descritos na 
imagem. O passo 1 corresponde à “desenvolver acordo da colaboração”. O passo 2 refere-se à “ criar um plano 
de negócios conjunto” e ocorre com a entrada de propostas. O terceiro passo refere-se à “identificar exceção de 
previsão de vendas” e ocorre por meio da consideração de atributos de campanhas sazonais. No passo 4, tem-se 
de “criar previsão de vendas”, que depende do Ponto de vendas (POS). O passo seguinte, refere-se à “resolver/
colaborar na exceção da previsão de vendas”, e passa a ser considerado os itens de exceção. O passo 6, refere-se 
à “criar previsão de vendas”, considerando o ponto de venda. No passo 7, tem-se de “criar previsão de pedido”. 
No passo 8, temos a “central”. E no passo 9, temos o “pedido” que se relaciona com o fornecedor e com a entrega.
145
Assim, meu caro(a) aluno (a), é importante analisarmos cada etapa da figura 
06, no sentido de compreender a importância desta ferramenta de colaboração:
Fase 01: ao elaborar o acordo de colaboração, as empresas vão definir as ferra-
mentas e o modelo que será utilizado, assim como as normas, regras e objetivos. 
Nesta fase ainda, são considerados as motivações e aspirações de cada empresa 
participante, isto para que se alcance o sucesso.
Fase 02: nesta fase, é elaborado um plano de negócios em conjunto, no qual os 
objetivos das empresas participantes são alinhados, assim como todas as estraté-
gias em diferentes níveis serão implantadas. A forma de comunicação, produtos 
e o projeto como um todo serão definidos.
Fase 03: nesta fase as exceções são definidas e analisadas conjuntamente. Todas as 
empresas possuem suas limitações, portanto, esses aspectos precisam estar na previsão.
Fase 04: nesta fase, cada empresa vai apresentar suas previsões de vendas, assim 
como informações relacionadas a sazonalidade, promoções, etc.
Fase 05: nesta fase, os itens que foram analisadas na fase 03, entram na lista de exceção.
Fase 06: nesta fase é elaborado a previsão dos pedidos que serão realizados su-
portados pela previsão de vendas, considerando também os parâmetros estabe-
lecidos no modelo de ressuprimentos.
Fase 07: a previsão é transformada em pedidos de acordo com o que ficou esta-
belecido na fase 06.
Fase 08: refere-se à análise da negociação que foi definida em conjunto com todas 
as exceções que foram identificadas.
Fase 09: é a última fase, aqui os pedidos previstos são transformados em pedidos 
firmes, ou seja, não sofrerão mudanças.
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146
Christopher (2019) destaca alguns benefícios que podem ser percebidos após o 
processo de implantação do CPFR. 
- Precisão melhorada da previsão;
Figura 07 - Benefícios do CPFR / Fonte: Christopher (2019, p. 130). 
Descrição de imagem: a imagem apresenta um esquema com os benefícios da CPFR. A imagem apresenta 
um quadro, que se refere aos benefícios e se divide em três quadros que equivalem aos grandes benefícios: 
reduzir o capital investido, diminuir os custos e Aumentar a Receita. Cada um destes grandes benefícios, se 
desmembra em outros quadros, que se referem às formas como ocorrem estes benefícios. A redução do ca-
pital investido, se divide em dois quadros: “otimizar a produção” e “reduzir a capacidade de armazenamento”, 
estes quadros direcionam-se à um quadro maior que contém o seguinte texto: “maior utilização da capacidade 
de produção; e, maior visibilidadeda cadeia de suprimentos permite redução de estoques e da capacidade de 
armazenamento”. O quadro do segundo grande benefício (Diminuir os custos) divide-se em quatro quadros: 
estoque, desperdício, horas extras e custo de transporte, que se ligam com um quadro maior na direita, que 
contém o seguinte texto: redução de 20% a 25% no custo de transporte de estoque; precisão melhorada da 
previsão; redução de 50% em horas extras não planejadas; até 500% em ROI em promoções; redução de esto-
que excessivo e obsoleto; redução no lead time. O terceiro quadro dos grandes benefícios (Aumentar a receita) 
divide-se em dois quadros, que contém os seguintes textos: melhor disponibilidade e melhoria da satisfação 
do consumidor. Esses dois quadros, direcionam-se para um quadro maior com a seguinte inscrição: redução 
de situações de falta de estoque e avaliações de melhoria da satisfação do consumidor.
147
Christopher (2019) apresenta explica alguns benefícios a partir da análise da figura 07:
Reduzir investimento em capital: as empresas conseguem por meio da inicia-
tiva do CPFR reduzir o volume de capital investimento em estoques. Conseguem 
melhorar o nível de precisão das previsões, reduzindo a necessidade de se manter 
estoques para atender mudanças não previstas.
Diminuir custos com mercadorias vendidas: quando implantado o CPFR, isto 
pode impactar significativamente no custo das mercadorias que serão vendidas. Isto 
porque, diminuem os custos com estoques, fundamentados em previsões e planeja-
mentos a longo prazo, pois os parceiros comerciais, conseguem reduzir também os 
estoques, estabilizando a produção e com um melhor abastecimento de caminhões, 
além de reduzir as taxas com produtos no fim do ciclo de vida após as promoções.
Aumentar a receita de vendas: não faltando produto no ponto de venda, me-
lhorar o atendimento dos consumidores e reduzir as perdas de vendas. A dispo-
nibilidade também aumenta o grau de satisfação dos consumidores, portanto, 
beneficia tanto a empresa quanto o fornecedor. 
Além dos benefícios apresentados por Christopher (2019), podemos comple-
mentar com uma visão de Pires (2016): atendimentos mais previsíveis; carre-
gamentos menores; agilidade na troca de informações; melhora no serviço 
de atendimento ao cliente; diminuição de faltas de estoques; integração 
com a cadeia de suprimentos e redução dos custos gerais. 
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148
Pode-se afirmar, que os benefícios percebidos pela implantação do CPFR são 
motivações suficientes para que as empresas possam considerar a utilização des-
te modelo, entretanto, Pires (2016) ressalta também algumas desvantagens do 
CPFR: ter um guia prático que oriente a implantação do CPFR; definir quais 
informações devem ser compartilhadas de forma exata e quais são os processos 
que devem necessariamente estar envolvidos.
Pires (2016) explica que o CPFR é uma ferramenta que tem como objetivo a 
colaboração, principalmente, utilizando as previsões de vendas. O sucesso vai de-
pender de questões que estão relacionadas à existência de processos que estejam 
muito bem estruturados no que tange a relação entre as empresas. Essas relações 
não podem ser pautadas em competição no modelo tradicional, mas de caminhar 
juntos compartilhando informações para o alcance de objetivos comuns e com 
o foco no atendimento das necessidades do consumidor final.
Enfim, vale destacar que a tecnologia da informação tem um papel essencial 
na implementação dessa metodologia colaborativa, assim como os profissionais 
da área de logística que atuarão como facilitadores destes processos. Como cada 
empresa possui as suas especificidades, os gestores deverão avaliar os prós e con-
tras desta ferramenta, para então, partir para sua implantação. Avaliar modelos já 
existentes também é uma boa pedida, para formar opinião e tomar uma decisão.
S&OP (Sales and Ope-
rations Planning) Pla-
nejamento de Vendas 
e Operações
Um dos elementos mais importante 
para garantir e sustentar a vantagem 
competitiva das empresas é utilizar o 
planejamento de vendas e operações. 
Empresas que estão focadas na cadeia de suprimentos, utilizam o S&OP para 
elaborar um plano para melhorar o desempenho da empresa nos negócios.
O S&OP é um processo que tem como objetivo coordenar o planejamento de 
oferta e demanda em toda a empresa, por meio do compartilhamento de informa-
ções e definindo responsabilidades. Assim, no geral, o S&OP integra as informações 
relacionadas ao estoque, produção e recursos da empresa (BOWERSOX et al, 2014).
149
Christopher (2019) explica que o objetivo do S&OP é possibilitar o mais 
elevado nível de satisfação por parte do cliente, por meio de entregas pontuais, 
como o mínimo de estoque possível.
O processo integrado do S&OP é muito importante para a cadeia de suprimen-
tos, pois ajuda a estabelecer um plano colaborativo e coordenado para responder 
rapidamente às necessidades dos clientes, considerando é claro as restrições da 
empresa. Assim, primeiro o departamento financeiro desenvolve um planejamento 
de vendas e receitas, projetado para atender às expectativas da empresa. Em seguida, 
o departamento de vendas, desenvolve um planejamento em conjunto com a área 
de marketing, para atender às metas de receita da empresa, com planos específicos 
voltados para a inovação, precificação, promoção etc., por fim, a área de logística, 
desenvolve um planejamento de materiais e produção, para viabilizar a entrega 
das demandas dos clientes, considerando as suas próprias restrições operacionais 
e de seus parceiros ao longo da cadeia de suprimentos (BOWERSOX et al, 2014).
Figura 08 - Processos do S&OP / Fonte: Bowersox et al (2014, p. 133).
Descrição de imagem: na parte superior, temos o planejamento empresarial (previsão orçamentaria e 
financeira) que aponta para baixo com uma seta direcionando para planejamento de vendas e opera-
ções dividido pelo plano de vendas e operações. O plano de vendas possui uma seta para esquerda que 
direciona para um plano de marketing sem restrições, que inclui: entradas, pedidos recebidos, clientes 
atuais, novos clientes, concorrentes, analise de margem, novos produtos, formação de preço e economia. 
O plano operacional possui uma seta para direita que direciona para o plano de recursos que inclui: en-
tradas, estoques, reabastecimento, restrições de capacidade, restrições do mix de produtos, materiais, 
transportes e armazenamento. O plano de vendas e o plano operacional, também direcionam uma seta 
para baixo que inclui: sistemas acurados de planejamento e execução e APS (planejamento de produção, 
programação da fábrica e programação de fornecedores).
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150
Assim, como pode ser visto na figura anterior, o primeiro componente do S&OP 
é a previsão financeira e orçamentaria. Este nível de planejamento é importante 
para determinar as necessidades de recursos e o volume agregado. Já no segundo 
nível, o planejamento de vendas é desenvolvido através do plano de marketing sem 
haver restrições, assim será possível determinar o volume máximo de vendas e a 
lucratividade que podem ser alcançados se não houvesse restrições operacionais na 
cadeia de suprimentos. A figura demonstra ainda, que o plano de marketing sem 
restrições apresenta informações sobre os pedidos, clientes, concorrentes, margens 
de vendas, novos produtos, precificação etc. O elemento final do S&OP é o plano 
de recursos, elaborado a partir das restrições internas da empresa e dos integrantes 
da cadeia de suprimentos. Basicamente, o plano operacional sintetiza as demandas 
e restrições para avaliar os possíveis trade-offs (BOWERSOX et al, 2014).
Neste sentido, podemos dizer que o S&OP é uma forma que as empresas uti-
lizam para alinhar a produção ou planejamento de compras com a demanda da 
empresa, com o foco na excelência operacional. Você pode utilizar esse processo, 
para preparar a sua empresa para um período específico de vendas, prevendo a 
demanda, planejando as compras, gerenciando os estoques,fazendo o lançamen-
to de novos produtos e outras possibilidades.
Este processo é liderado pelo nível estratégico da empresa reunindo vários 
planos de vendas, marketing e financeiro em conjunto com um plano tático. O 
propósito será desenvolver um plano de negócios ideal, que possibilite gerenciar 
os recursos e manter o equilíbrio com as vendas e recursos da empresa, sempre 
alinhando com as demandas de mercado.
Desta forma, é possível fazer com que as atividades de curto e médio prazo, 
estejam alinhados com o planejamento de longo prazo da empresa. Para que 
isto funcione de forma eficiente é importante um alinhamento entre fabricante, 
fornecedor, distribuidor e até mesmo os clientes.
O ponto de partida do S&OP são as reuniões mensais, que vão ajudar no 
processo de tomada de decisão ao nível estratégico, ou seja, no mais alto escalão 
da empresa. Alguns autores denominam essa fase de reunião executiva de S&OP.
Para você, aluno(a), compreender a sua aplicação, na prática, uma empresa que 
vai se preparar para um período de vendas como o Natal, começa a se preparar até 
mesmo 6 meses antes do período. Neste período que antecede, ela vai rever o seu pla-
no de negócio e analisar quais serão as tendências. Com essa pesquisa em mãos, ela 
sabe quais produtos terão alta procura pelos consumidores e quais produtos estão no 
151
fim do seu ciclo de vida. A partir de uma análise cuidadosa, a empresa vai utilizar o 
processo do S&OP para fazer todo o planejamento dos produtos que serão tendência 
e que também possa se desfazer dos estoques de produtos que estão no fim do ciclo 
de vida ou ultrapassados. Seguindo, a empresa vai implantar estratégias promocionais 
para se desfazer do estoque. Desta forma, a empresa vai conseguir aumentar as vendas, 
eliminar o seu excesso e elevar a sua rentabilidade. Mas esse processo só terá eficiência 
se houver um planejamento de vendas unificado, para alocar os recursos que são críti-
cos, de forma que atenda às necessidades dos consumidores ao menor custo possível.
Neste exemplo, podemos perceber claramente que o principal objetivo do 
S&OP é buscar o balanceamento entre a demanda do mercado com a própria 
capacidade operacional da empresa, possibilitando melhor atendimento das de-
mandas de mercado. Assim, na prática você, aluno(a), pode realizar o planeja-
mento considerando as seguintes fases: 
1. Previsão de vendas: neste caso, a empresa vai utilizar os seus sistemas 
de inteligência de mercado, para determinar a previsão de vendas com 
base em dados ou pesquisa de mercado.
2. Planejamento das vendas: com os dados anteriores da previsão de ven-
das alinhado, chegou a hora de se programar as ações necessárias.
3. Planejamento de operações: com base nas previsões de vendas, a em-
presa terá que estruturar a sua infraestrutura operacional.
4. Reunião Pré-S&OP: realizar uma reunião para alinhar todas as infor-
mações levantadas anteriormente.
5. Reunião Executivo-S&OP: aqui é o processo de tomada de decisão, 
definindo as ações e atividades da empresa, revisando tudo o que foi defi-
nido na reunião Pré-S&OP e aprovando uma versão final de implantação.
Considerando o contexto do S&OP e também da cadeia de suprimentos, é impor-
tante dizer que tudo está diretamente relacionado ao planejamento de negócios 
da empresa, que compõe um plano estratégico muito mais amplo e que define 
os rumos e analisa o seu desempenho.
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152
Planejamento Estra-
tégico na Cadeia de 
Suprimentos
Não podíamos falar da gestão 
da cadeia de suprimentos, sem 
explicar o planejamento estra-
tégico. Mas antes de entrarmos 
nos detalhes, gostaria de enfa-
tizar que não é o foco desta 
disciplina apresentar todos os 
detalhes do planejamento es-
tratégico, mas sim como ele é aplicado supply chain management.
Basicamente, um planejamento estruturado apresenta uma organização que 
começa pela missão, visão, valores, análise do ambiente (pontos fortes, fracos, opor-
tunidades e ameaças), plano de ação, execução e avaliação, atividades essas, que vão 
ajudar a empresa a definir os seus próprios objetivos e os meios necessários para 
alcançá-los, considerando o planejamento a curto, médio a longo prazo, nos três 
níveis de atuação: estratégico, tático e operacional. Obviamente esta é uma versão 
simplificada, pois o planejamento pode explorar diversas outras ferramentas de 
acordo com as necessidades e as próprias características da cadeia de suprimentos.
NOVAS DESCOBERTAS
Livro: Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento
Autor: Paulo Roberto Bertaglia
Editora: Saraiva, São Paulo, 2003.
Sinopse: todos sabem que melhorias de qualidade e no tempo de 
entrega de qualquer produto ou componente e reduções nos custos, carga 
tributária ou giro de uma determinada mercadoria têm por objetivo a com-
petitividade, visando sempre à satisfação do cliente.
Comentários: Excelente livro para quem aprecia uma leitura proveitosa a 
partir de conceitos práticos.
153
No quadro, a seguir, podemos ver algumas decisões estratégicas por área de de-
cisão que podem ocorrer na cadeia de suprimentos. Segundo Ballou (2006), o 
planejamento estratégico sempre terá que responder às perguntas sobre o quê, 
quando e como nos três níveis estratégicos. A principal diferença entre eles é o 
horizonte temporal. O planejamento ao nível estratégico é a longo prazo, tático 
em médio prazo e operacional a curto prazo, ou seja, decisões realizadas ou to-
madas a todo momento. O fato é que cada nível possui uma perspectiva diferente, 
mas desdobradas do mais alto nível da empresa, ou seja, do nível estratégico, que 
pode decidir novos limites de estoques, por exemplo.
Figura 09 - Planejamento estratégico da logística / Fonte: Gonçalves (2013, p. 31).
Descrição de imagem: a imagem apresenta os níveis estratégico, tático e operacional. O estratégico pos-
sui a frente um retângulo com o planejamento integrado. O nível tático possui um retângulo com o plano 
mestre de produção, gestão de estoques e planejamento da distribuição, que também direciona para a 
gestão da demanda. O nível operacional possui à frente um retângulo, com: aquisições, programação, 
gestão de transportes e dos armazéns e prazos de entregas. Abaixo, temos quatro setas indicando para 
direita, no qual lê-se na sequência: compras, produção, distribuição e vendas.
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Nível da decisão
Área da decisão Estratégica Tática Operacional
Localização das 
instalações
Quantidade, 
área e localiza-
ção de arma-
zéns, plantas e 
terminais
Estoques
Localização de 
estoques e nor-
mas de controle
Níveis dos esto-
ques de segu-
rança
Quantidades e 
momento de 
reposição
Transporte
Seleção de 
modal
Leasing de 
equipamento 
periódico
Roteamento, 
despacho
Processamento 
de pedidos
Projeto do siste-
ma de entrada, 
transmissão de 
pedidos e pro-
cessamento
Processamen-
to de pedidos, 
atendimento de 
pedidos pen-
dentes
Serviço aos 
clientes
Padrões de pro-
cedimentos
Regras de prio-
rização dos pedi-
dos de clientes
Preparação das 
remessas
Armazenagem
Seleção do ma-
terial de deslo-
camento, leiaute 
da instalação
Escolhas de es-
paços sazonais 
e utilização de 
espaços privado
Separação 
de pedidos e 
reposição de 
estoques
Compra
Desenvolvimen-
to de relações 
fornecedor-com-
prador
Contratação, 
seleção de 
fornecedores, 
compras anteci-
padas
Liberação de pe-
didos e apressar 
compras
Quadro 05 - Exemplos de decisões estratégicas / Fonte: Ballou (2006, p. 53).
155
Desta maneira, Gonçalves (2013) cita algumas estratégias logísticas básicas que 
as empresas podem utilizar, como: 
Distribuição especializada: essa estratégia tem como foco o nível de serviço 
prestado ao consumidor, que pode ter alteração conforme a sua importância.
Adiamento: é um princípio muito utilizado por empresas que utilizam o con-
ceito do Just in time, que só movimenta aquilo que for necessário, para gerar 
economia e reduzir custos desnecessários.
Tempo: significa dizer que os estoquessó serão movimentados, quando existir 
uma demanda.
Consolidação de cargas: gerar embarques a partir de um grande volume de 
pequenos embarques é uma forma muito econômica na logística.
Nogueira (2018) explica também, que o planejamento logístico deve ser plane-
jado depois que já foram elaborados os fluxos e processos na cadeia de abaste-
cimento, desde o fornecedor de primeira camada até o cliente final. Assim, em 
detalhes, o autor pontua os principais processos para o planejamento: 
Localização das instalações: as instalações vão influenciar diretamente no re-
cebimento e estratégia de envio das mercadorias. A empresa terá que definir 
os modais e a forma de transportar, armazenar e distribuir. Um planejamento 
adequado da localização, viabiliza a utilização de ferramentas logísticas que oti-
mizam o espaço físico, proporcionando redução de custos nos processos.
Sistemas de informação: a automatização e a tecnologia fazem parte de todo o 
processo logístico, desta forma, é importante conhecer os processos que envol-
vem a aquisição e a utilização de um software específico para essa finalidade. O 
sucesso na utilização de um software adequado, vai evitar muitos transtornos.
UNIDADE 4
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Suprimentos: é importante, à luz da estratégia da empresa, definir o volume de 
estoque e a cadeia logística. Alguns objetivos podem nortear essa estratégia para 
reduzir o tempo de fornecimento de materiais e também do recebimento.
Armazenagem: é importante saber lidar com as incertezas e situações que fogem 
ao controle e ao planejamento da empresa. Entretanto, algumas atividades são 
importantes para o controle de armazenagem, operações, estocagem, manuten-
ção, embalagem, pedidos, treinamento e definição dos processos.
Transporte: a definição do modal deve ser realizado de acordo com as neces-
sidades da empresa, sempre analisando os custos, velocidade e a confiabilidade. 
A empresa também terá que definir se vai utilizar transporte próprio ou ter-
ceirizado. Cada uma resguarda suas vantagens e desvantagens, como controlar 
todo o processo do início ao fim ou utilizar a expertise de um operador logístico 
especialista na área e que tenha maior cobertura e abrir mão de parte do processo 
e depender do nível de serviço do operador logístico.
Análise de desempenho: medir os processos logísticos é uma atividade chave, 
afinal, é necessário comparar o planejado com o executado para avaliar a eficiên-
cia dos processos planejados.
Benchmarking: analisar empresas bem-sucedidas é um parâmetro para obter 
conhecimento das boas práticas existentes. Empresas mal sucedidas também é 
um parâmetro para não incorrer em erros desnecessários.
157
Boa parte das atividades listadas acima, vimos com mais detalhes em unidades ante-
riores, por isso, caso tenha dúvidas, vale a pena retomar a leitura. As cadeias de supri-
mentos das empresas possuem suas próprias características, por isso, as estratégias 
dependem muito da forma de atuação da empresa e até mesmo o contexto que elas 
estão inseridas, a análise SWOT ajudará a empresa a compreender esse ambiente e 
buscar cenários de atuação. Enfim, são muitas as maneiras que as empresas podem 
atuar, utilizando ferramentas e processos mencionados anteriormente como o CPFR 
ou, por exemplo, que as empresas com suas cadeias de suprimentos não podem ne-
gligenciar de forma alguma é o planejamento, que ajudará a colocar a empresa em 
outro patamar, quando comparada com outros concorrentes de mercado.
A análise de swot é um método que ajuda as empresas a analisar no ambiente externo as 
oportunidades e ameaças, no ambiente interno, os pontos fortes e fracos. A partir deste 
diagnóstico, as empresas fazem um planejamento das suas estratégias de atuação no 
ambiente em que elas estão inseridas.
Fonte: o autor.
EXPLORANDO IDEIAS
NOVAS DESCOBERTAS
Em 2020, todo o segmento logístico sofreu muitas transformações em fun-
ção da pandemia do (covid-19), e naquele momento, escrevi um artigo muito 
legal para um portal de logística. Talvez atual seja outro, mas é importante 
a leitura para entender a necessidade de um bom planejamento logístico. 
Acesse o link, a seguir, e confira!
Cadeia de Suprimentos como uma Rede
Dentro de um contexto da gestão da cadeia de suprimentos, dado a dimensão 
tanto no âmbito local quanto no global, um aspecto que devemos analisar são as 
redes. Até um certo tempo atrás, analisamos a competição entre empresas para 
poder tomar decisões. Com o crescimento e expansão de multimercados, atual-
mente, precisamos analisar a rede da cadeia de suprimentos contra outras redes.
UNIDADE 4
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UNIDADE 4
158
Uma empresa pode estar no centro de uma rede interdependente com competên-
cias complementares entre si. Atualmente, temos visto uma rede de cadeia de supri-
mentos competindo com outras redes de cadeia de suprimentos. Para que as empresas 
consigam alcançar alto grau de competitividade, precisamos compreender como fun-
ciona a gestão de redes, assim como seus processos internos (CHRISTOPHER, 2019).
Quando analisamos os desafios enfrentados pelas empresas para esse novo 
modelo e ambiente competitivo, os seguintes aspectos devem ser analisados de 
forma cuidadosa, segundo Christopher (2019): 
1. Desenvolvimento de estratégias coletivas: em um modelo tradicional de uma 
rede da cadeia de suprimentos, os integrantes não se consideravam parte de 
uma rede de marketing, por isso, dificilmente compartilhavam suas estratégias 
de mercados umas com as outras. Para que a concorrência com outras redes seja 
eficaz, é importante que os integrantes da rede desenvolvam estratégias em con-
junto, ou seja, combinando as ações coletivamente e os meios para alcançá-los.
2. Pensamentos ganha-ganha: um dos aspectos mais importantes para a 
formação de uma rede de sucesso, é romper com a lógica de mercado 
pautado pela competição entre comprador/fornecedor. A cooperação 
entre os parceiros certamente melhora o desempenho geral da cadeia de 
suprimentos. Assim, os integrantes da rede precisam determinar quais 
resultados podem ser compartilhados, para que dentro de uma lógica 
ganha-ganha os resultados possam beneficiar a todos.
3. Comunicação aberta: um dos aspectos mais 
relevantes nas redes, foi certamente a tec-
nologia informação, que tornou a troca de 
informações entre os parceiros da rede de 
suprimentos muito mais eficiente. A internet 
proporciona uma resposta muito mais rá-
pida às mudanças de mercado, com menos 
estoques e menor risco de obsolescência. 
Para que a rede funcione com eficiência, é 
importante uma comunicação aberta sem 
ruídos. A construção de uma rede de supply 
chain management passa por uma mudança 
na mentalidade daqueles que as gerenciam.
159
Além desses aspectos, os itens fundamentais que devem ser planejados em um projeto 
de rede estão diretamente ligados à localização geográfica, mão de obra, tecnologia, 
custo, performance etc., tudo vai depender da operação da empresa, mas o que temos 
visto nos últimos anos, é uma certa proximidade entre empresa e fornecedores no âm-
bito geográfico. Outra decisão importante, está relacionado à estrutura de transportes, 
as empresas tem buscado criar redes que facilitem o melhor aproveitamento da matriz 
de transportes, por exemplo, uma empresa ao enviar um produto da cidade de São 
Paulo para Salvador, pode optar por enviar para o Rio de Janeiro e do Rio de Janeiro 
para Salvador, para ser viável o transporte, principalmente, de pequenas mercadorias, 
que quando combinada com outros produtos, faz com que o custo se torne atrativo 
para a empresa, além da própria velocidade de entrega.
Algumas empresas estruturam uma rede por região, e assim, por centros de 
distribuição especializados, conseguem fazer toda a movimentação necessária 
das mercadorias para chegar até o consumidor final. Portanto, não existe uma 
receita que funcione de forma genérica para todas as cadeias de suprimentos, tudo 
vai depender das estratégias de atuaçãoe do objetivo da empresa, passando pela 
definição da matriz de transporte, depósitos, parceiros etc.
Portanto, estimado(a) aluno (a), se você quer atuar na área da logística e 
ser um profissional de destaque, você precisa conhecer e dominar as melhores 
práticas da área, você precisa entender as especificidades que envolvem a im-
plantação da gestão da cadeia de suprimentos.
Para implantar essa metodologia que envolve a cadeia de suprimentos, é im-
portante saber que será necessário romper com um modelo de tradicional de 
relacionamento com os fornecedores, em que diante de uma nova lógica, passam 
a ser verdadeiros parceiros de negócios trabalhando de forma colaborativa, mas 
para isso será necessário buscar fornecedores nas necessidades da empresa.
Neste processo colaborativo, algumas ferramentas podem ser utilizadas, como 
planejamento colaborativo (CPFR), ajudando as empresas a trabalhar de forma con-
junta e compartilhada com os integrantes da cadeia de suprimentos. Além do CPFR, 
temos o Planejamento de vendas e operações (S&OP) para coordenar a oferta e a 
demanda dos produtos da empresa, considerando a disponibilidade de recursos.
Por fim, se estamos falando da cadeia de suprimentos, precisamos enten-
der a necessidade de se estruturar uma rede, isto conforme as necessidades 
de operação da empresa. 
UNIDADE 4
160
1. Os integrantes da cadeia de suprimentos devem estar preparados para potencializar 
o seu desempenho e aumentar a eficiência ao longo da cadeia de suprimentos e, 
principalmente, estar aptos a lidar com as mudanças que acontecem o tempo todo 
no ambiente externo, o que gera um reflexo direto na cadeia de suprimentos (ela-
borado pelo autor, 2021).
Sobre os benefícios da cadeia de suprimentos, avalie as afirmativas a seguir.
I - Atendimentos mais previsíveis.
II - Carregamentos menores.
III - Agilidade na troca de informações.
IV - Níveis de estoque mais elevados.
É correto que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
2. O CPFR pode ser definido como um conjunto de normas e procedimentos amparado 
pelo The Voluntary Interindustry Commerce Standarts (VICS), um comitê fundado em 
1986 e formado por representantes de diversas empresas, com o objetivo de aumen-
tar a eficiência das Cadeias de Suprimento, particularmente no setor de varejo, por 
meio do estabelecimento de padrões que facilitem os fluxos físico e de informações 
(AROZO, R. CPFR – Planejamento colaborativo: busca da redução de custos e aumento 
do nível de serviço. ILOS, 10 nov. 2000. Disponível em: https://www.ilos.com.br/web/
cpfr-planejamento-colaborativo-busca-da-reducao-de-custos-e-aumento-do-nivel-
-de-servico/. Acesso em: 28 abr. 2022).
Sobre o CPFR, avalie a relação entre as afirmativas a seguir:
I - Analisando o CPFR do ponto de vista de um fornecedor, isto representa uma 
excelente oportunidade para aumentar as vendas.
PORQUE
II - O CPFR possibilita a redução de estoques, aumento das vendas e a redução dos 
ciclos operacionais.
161
 Em relação às afirmativas, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, a II é uma justificativa correta da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
3. Sem dúvidas, o sucesso de uma empresa depende muito da forma em que é admi-
nistrada, gerenciada e como o planejamento estratégico é definido para atingir os 
principais objetivos. Para que o planejamento esteja integrado, organizado e produti-
vo, é necessário seguir métodos para auxiliar nesta atividade, sendo o principal deles 
o S&OP, mais conhecido como Planejamento de Vendas e Operações (TECNICON. 
O que é S&OP e os benefícios para o planejamento estratégico. TECNICON, 06 set. 
2019. Disponível em: https://www.tecnicon.com.br/blog/427-O_que_e_S_OP_e_os_be-
neficios_para_o_planejamento_estrategico. Acesso em: 28 abr. 2022.).
Desta forma, explique o que é o S&OP?
5Inovação e as 
Últimas Tendências
Me. Adriano Aparecido de Oliveira
Oportunidades de aprendizagem: olá aluno (a), chegamos na última 
etapa da nossa jornada. Iremos trabalhar a importância do comércio 
eletrônico no contexto da logística. Trabalharemos ainda a logística re-
versa, para demonstrar a importância do alinhamento com as causas 
sociais e ambientais. Apresentaremos a importância da logística global 
no contexto atual. E para fechar essa unidade do livro, discutiremos 
algumas tendências em logística para a atualidade e para os próximos 
anos. Espero que seja uma leitura muito proveitosa. Bons estudos!
UNIDADE 5
164
A logística vem mudando muito nos últimos anos, não na sua essência (que é a 
movimentação de mercadorias), mas em atividades que passaram agregar valor à 
cadeia de abastecimento. Esse movimento de mudança ocorre em razão das exi-
gências de mercado e também em função do perfil dos consumidores, que buscam 
empresas inovadoras em vários sentidos, como na velocidade da compra até a en-
trega ou quando precisa de algum suporte para efetuar alguma troca ou devolução.
 Agregar valor à cadeia de abastecimento é possível por meio de tecnolo-
gias que permitem todo um acompanhamento em tempo real, e possibilita 
que as empresas possam dar uma resposta rápida e eficiente para o seu cliente. 
Assim, a logística não pode ser mais vista como uma área operacional da 
empresa, mas sim como um departamento que tem como propósito apoiar 
as principais estratégias empresariais, contemplando desde a produção a es-
tratégias mercadológicas ao menor custo possível.
Desta forma, é neste ambiente empresarial que a logística se qualifica para empe-
nhar os seus recursos de uma forma que venha a proporcionar um diferencial com-
petitivo para as empresas, apoiando estratégias voltadas para o comércio eletrônico. 
Como temos vistos nos últimos anos, as pessoas estão migrando para as compras em 
vitrines virtuais, estão preocupadas com o meio ambiente, ou seja, com o descarte 
correto dos materiais após o fim do seu ciclo de vida e até mesmo as empresas passa-
ram a atuar no âmbito global em busca de novas oportunidades em novos mercados.
Podemos então afirmar que a logística é um processo que inclui a vida de todos 
nós e possui condições para aumentar a qualidade de vida das pessoas, quando bem-
-sucedida. Assim meu caro aluno (a), você consegue perceber quais foram as mudan-
ças que ocorreram em parte da logística que ajuda a melhorar a vida das pessoas? 
Quais atividades logísticas tem agregado valor à cadeia de abastecimento? As pessoas/
clientes estão mais atentas em relação à logística das empresas na hora de negociar?
Assim caro (a) aluno (a) podemos perceber que as empresas estão cada 
vez mais parecidas umas com as outras, principalmente em termos de pro-
dutos, talvez eu até já tenha falado disso em unidades anteriores, mas o que 
proporciona um diferencial competitivo para as empresas é a forma como 
ela entrega os seus produtos para os clientes, considerando a disponibilidade, 
tempo e a confiabilidade do processo na sua totalidade, o seja, a experiência 
de compra, algo muito valorizado pelos consumidores atualmente.
Quando a empresa consegue atender as expectativas do seu público alvo, com 
um serviço perfeito, esse seria um cenário ideal para qualquer cadeia de abasteci-
165
mento, certo? Na verdade, não, além disso, é importante que as empresas atuem 
de forma responsável e sustentável, respeitando os limites do meio ambiente e 
atuando de forma a se preocupar com as gerações futuras.
As empresas, que estão conscientes deste processo, estão trabalhando cada 
vez mais para buscar aperfeiçoamento e a inovação em seus fluxos de trabalho 
para melhorar o desempenho das suas atividades. Por entenderem que esse fluxopode ser um diferencial competitivo, as empresas realizam, cada vez mais, inves-
timentos em infraestrutura, tecnologia, além de capacitar os seus profissionais 
para atuarem neste ambiente de muitas mudanças.
Portanto, além, é claro, de compreender todos os processos da logística 
como movimentação, estoques, metodologias, transportes, armazenamento, 
entre outros, o profissional que vai atuar na área da logística, precisa conhecer 
também como funciona o comércio eletrônico, logística reversa e outras ten-
dências de atuação no âmbito da logística.
Neste sentido, caro(a) aluno (a), temos muitas empresas que são bem-suce-
didas e acabam se tornando grandes cases de sucesso e caem no gosto popular.
Assim, faça uma pesquisa no mercado varejista, ou talvez você até tenha uma 
empresa em mente, mas no seu diário de bordo, anote qual é a empresa e quais 
processos ela adota que faz com que ela seja um destaque de mercado no âmbito 
logístico. Por exemplo, quando penso em uma empresa sustentável, eu imagino 
a Natura, em função da sua preocupação com o meio ambiente e ações susten-
táveis. Agora é a sua vez, vamos lá, mão na massa.
Muitas pessoas estudam a logística, porque é um conteúdo muito interes-
sante e que ajudam a se tornar pessoas mais bem informadas, isto para a própria 
decisão de compra no futuro, porém, para os estudantes, assim com como você, 
existem outros motivos de maior importância e relevância para estudar a logís-
tica do ponto de vista profissional e talvez você já tenha percebido isto ao longo 
das unidades do livro. Neste contexto, reflita, portanto, quais seriam então esses 
motivos? E anote no seu diário de bordo. Depois vou conferir, heim!
UNICESUMAR
UNIDADE 5
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Comércio Eletrônico
Não tem como falar de logística sem abor-
dar também o comércio eletrônico. Face ao 
avanço da tecnologia nos últimos anos, mui-
tas pessoas passaram a realizar compras atra-
vés de uma vitrine virtual ou popularmente 
dizendo, pela internet. Esse movimento vi-
nha aumentando há algum tempo, mas não 
conseguia alcançar muitas pessoas que ainda 
se sentiam receosas em relação à segurança 
da operação. Mas o que percebemos nos úl-
timos anos, é que até mesmo as pessoas mais tradicionalistas, ou seja, aqueles que 
preferiam as lojas físicas, estão aderindo às compras virtuais, principalmente a partir 
do início da pandemia do covid-19, em março de 2020, por questões de saúde e ordem 
sanitária, mas acabaram entendendo o benefício das compras online, afinal, além da 
economia de tempo, é muito mais cômodo realizar uma compra sem sair de casa.
Este cenário impõe alguns desafios para o modelo de logística das empresas 
que atuam no e-commerce, que, no âmbito da cadeia de suprimentos, precisam 
atender as expectativas de serviços logísticos como: 
167
 ■ Menor tempo de entrega: se por um lado o comércio eletrônico propor-
ciona facilidades no ato da compra, por outro lado, ela gera uma ansie-
dade nos clientes para receber o produto mais rápido possível. Portanto, 
a logística terá que realizar a entrega o mais rápido possível, afinal, os 
consumidores não são suscetíveis a aceitar atrasos.
 ■ Pontualidade nas entregas: sabemos que muitas vezes compramos 
produtos pequenos ou grandes na internet, mas como as empresas vão 
combinar essa entrega com outros produtos de forma que o custo esteja 
adequado e garanta que a entrega seja realizada considerando o prazo 
estabelecido no momento da negociação?
 ■ Mínimas avarias: uma das principais preocupações dos clientes é com 
relação à qualidade do produto, afinal, a expectativa é que o produto che-
gue sem nenhum tipo de dano e considerando toda a movimentação do 
produto até que chegue ao destino final, isto impõe uma série de desafios 
para as empresas e para os gestores que terão que pensar em estratégias 
como, por exemplo, o tipo de embalagem, condicionamento da carga, etc.
O comércio eletrônico é baseado na internet. Existem várias formas de comércio 
eletrônico, mas a mais conhecida pelas pessoas é a B2B (business to business) e o 
B2C (business to consumer), onde existem uma infinidade de opções de compras 
e negociações, com um alto investimento de publicidade realizados por empresas 
nos últimos anos. O tipo de negociação B2B, demonstra uma alta taxa de cresci-
mento nos últimos. Segundo Nogueira (2018), temos esse tipo de comércio traz 
algumas vantagens para a empresa, comércio e consumidor.
Vantagens para a empresa:
 ■ Reduz a intermediação, melhorando as margens de lucro.
 ■ Possibilita um alcance global, afinal, qualquer pessoa pode acessar pela internet.
 ■ Reduz os custos operacionais.
 ■ Mais agilidade e segurança na comunicação.
 ■ Reduz os ciclos operacionais.
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UNIDADE 5
168
Vantagens para o comércio:
 ■ Melhora os níveis de estoques e abastecimento.
 ■ Reduz o volume de estoques.
 ■ Reduz os custos operacionais.
 ■ Agiliza os processos de vendas.
 ■ Gera oportunidades.
Principais vantagens para o consumidor:
 ■ Mais comodidade nas compras.
 ■ Facilidade na escolha e busca pelos produtos.
 ■ Variedades de produtos em várias lojas.
 ■ Preços mais baixos ou mais barato, gerando economias.
Benefícios:
 ■ Reduz os erros no atendimento dos pedidos.
 ■ Melhora o serviço de atendimento aos clientes.
 ■ Melhora a qualidade das informações recebidas.
 ■ Melhora o aproveitamento dos recursos da empresa.
A logística para absorver essas expectativas dos clientes, depende de ferramentas 
tecnológicas para acompanhar e executar muitos serviços de forma automatizada. 
Atualmente, temos várias opções de tecnologia da informação, que ajudam as 
empresas, entretanto, é importante conhecer muito bem a realidade da empresa, 
para realizar a sua implantação (NOGUEIRA, 2018).
Em 2020, ano em que ficamos marcados pelas restrições que foram impostas 
pela pandemia da covid-19, no Brasil, as vendas pelo comércio eletrônico aumen-
taram cerca de 41%, cerca de R$ 87,4 bilhões, quando comparado com os dados 
do ano de 2019, de acordo com Webshoppers (2021, on-line).
169
Figura 01 - Evolução do comércio eletrônico brasileiro / Fonte: Webshoppers (2021, on-line). 
Descrição de imagem: a imagem apresenta um gráfico de colunas que representam as vendas de e-com-
merce e sua variação. Têm-se 12 colunas, que representam, da esquerda para a direita, o primeiro semestre 
de cada ano, iniciando em 2010 e findando em 2021, cada coluna possui um quadrado preto em seu interior. 
Segundo a legenda, contida no canto superior esquerdo da imagem, as colunas, na cor cinza, representam 
as vendas em bilhões de reais e as informações nos quadrados, na cor preta, representam a variação vs 
semestre anterior. No primeiro semestre, de 2010, as vendas do e-commerce corresponderam à um total 
de 6,7 bilhões e uma variação de 40% em relação ao semestre anterior. No primeiro semestre, de 2011, um 
total de 8,4 bilhões e uma variação de 25% em relação ao semestre anterior. No primeiro semestre, de 2012, 
um total de 9,7 bilhões e uma variação de 16% em relação ao semestre anterior. No primeiro semestre, 
de 2013, um total de 12,8 bilhões e uma variação de 31% em relação ao semestre anterior. Em 2014, 16,1 
bilhões em uma variação de 26% em relação ao semestre anterior. Em 2015, 18,6 bilhões e uma variação de 
16% em relação ao semestre anterior. Em 2016, 19,6 bilhões e uma variação de 5% em relação ao semestre 
anterior. Em 2017 21 bilhões e uma variação 8% em relação ao semestre anterior. Em 2018, 23,6 bilhões 
em uma variação de 12% em relação ao semestre anterior. Em 2019, 26,4 bilhões em uma variação de 12% 
em relação ao semestre anterior. Em 2020, 40,8 bilhões e uma variação de 55% em reação ao semestre 
anterior. Em 2021, 53,4 bilhões e uma variação de 31% em relação ao semestre anterior.
NOVAS DESCOBERTAS
Aluno(a) conheça em tempo real, as lojas on-line mais acessadas do Brasil. 
Acesse pelo Qr Code.
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UNIDADE 5
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Mas como funciona o processo logístico para pequenas empresasque 
estão comercializando os seus produtos na internet?
Sendo assim, para as empresas que trabalham com comércio eletrônico, uma das 
principais preocupações é com a organização da logística. Apesar das facilida-
des de venda na internet, o fato é que os consumidores não gostam de esperar e 
assim, a logística abre uma oportunidade para proporcionar um nível de serviço 
excelente, o qual permite encantar os clientes.
As atividades de um comércio eletrônico são muito diferentes do modelo tradi-
cional de vendas. Embora as formas de armazenamento tenham melhorado muito 
nos últimos anos, com o atendimento pelo comércio eletrônico não podemos lidar 
sempre da mesma maneira. Isto ocorre pois, enquanto a previsão de vendas de um 
ponto físico é pautada em previsões de vendas locais, no caso do e-commerce, a di-
mensão e a demanda são globais, portanto, o desafio é muito maior.
Sendo assim, um comércio eletrônico, dependendo do volume de vendas, pode 
ter que enviar milhões de pacotes de entregas para diferentes endereços. Consideran-
do que muitas vezes essas entregas correspondem a um único pacote por endereço, 
é preciso que sejam combinadas com outros produtos para que o custo seja viável. 
Portanto, do ponto de vista da logística e até mesmo dos custos, o processo é complexo.
Recentemente, temos visto um movimento muito importante no comércio 
eletrônico, principalmente nas grandes redes de varejo, que utilizam a sua própria 
rede de lojas física como ponto de distribuição, ou seja, o cliente pode optar por 
retirar o seu produto na loja física, mesmo que o comércio eletrônico possua a 
comodidade de entregar diretamente na casa do cliente.
O processo ocorre da seguinte forma. Um cliente realiza a sua compra no site 
da loja ou empresa, o próprio sistema de vendas por meio de um software acio-
na o estoque da empresa que realiza o ajustamento automaticamente, passando 
então para o processo de separação e envio do produto. Enquanto isso, o cliente 
já recebe uma notificação de que a compra foi confirmada. Para a empresa que 
vai realizar o envio do pedido, existem diferentes maneiras de realizar, mas vai 
depender das especificidades e do tamanho do negócio. 
Se você trabalha com os seus próprios produtos em casa, a partir da venda, o 
que você precisa fazer é encontrar uma empresa que realize a entrega, para isso 
171
temos transportadores que possuem toda a expertise de mercado e consegue 
combinar com outras entregas para reduzir os custos de envio ou até mesmo 
os Correios, empresa estatal brasileira.
Agora, se você é uma empresa de médio ou grande porte, talvez seja neces-
sário um centro de distribuição, e quando a compra for confirmada, o centro de 
distribuição se encarrega de enviar o produto.
Desta forma, para você realizar um bom planejamento logístico de entrega para 
o seu comércio eletrônico, é necessário ter um controle desde o armazenamento 
até o modal de transporte. Assim, algumas boas práticas podem ajudar a melhorar 
a logística do seu comércio eletrônico:
 ■ Ter um controle de estoque apurado em tempo real.
 ■ Ter um fluxo de separação dos pedidos e embalagem.
 ■ Ter um controle de compras e ressuprimentos dos estoques.
 ■ Ter um sistema que realize todo o rastreamento das encomendas.
 ■ Controlar todo o processo de entrega.
Para realizar a entrega, além das opções já mencionadas anterior, como ter um 
parceiro ou utilizar os serviços dos Correios, a empresa poderá utilizar uma frota 
própria, o que permite ter mais flexibilidade e controle operacional. Mas essa 
opção é viável somente para grandes redes de varejos, que possuam demanda 
que amorteça os custos operacionais. Independente das escolhas, é importante 
que tenha prazos bem definidos e que sejam cumpridos.
Muitas empresas vendem um produto informando um prazo reduzido de 
entrega, mas impossível de ser cumprido. Essa ação, pode diminuir o nível de con-
fiança dos clientes e em tempos de redes sociais, isto pode se tornar um problema 
muito grande. Para evitar este tipo de problema, é sempre importante trabalhar 
com prazos maiores, mas mesmo assim, é importante também não exagerar mui-
to, pois pode ser um fator determinante para o cliente no momento da compra.
Uma tendência nas operações logística de comércio eletrônico para fazer frente 
aos principais concorrentes é apostar em um atendimento que seja diferenciado ou 
personalizado, tendo como objetivo oferecer melhores embalagens, prazos diferen-
ciados, acompanhamento do pedido e na qualidade do serviço na sua totalidade.
Por fim, considerando os aspectos do e-commerce nas operações logística, 
não podíamos deixar de falar das trocas e devoluções. Esse ponto talvez seja um 
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aspecto chave, pois a empresa deve ter um controle de estoque adequado para que 
seja possível realizar este tipo de operação de troca. Esse processo é conhecido 
como Logística Reversa e iremos abordar com profundidade no próximo tópico.
Assim meu caro(a) aluno (a), um comércio eletrônico pode proporcionar 
excelentes resultados. Entretanto, é necessário que haja um bom planejamento 
para não causar uma impressão ruim no mercado e se destacar em meio a tantas 
empresas que concorrem neste mesmo mercado.
Logística Reversa
A logística reversa contempla uma área da logística que tem como finalidade o 
retorno de produtos, embalagens ou materiais ao processo produtivo. O tema é 
bastante atual, entretanto, o processo já pode ser observado há muitos anos prin-
cipalmente na indústria de bebidas, na qual, a embalagem retorna ao processo 
produtivo para que seja possível realizar um reaproveitamento (CAXITO, 2019).
Nos últimos anos, houveram muitas mudanças no ambiente empresarial. 
Empresas que até então não tinham nenhuma preocupação social e se limita-
vam em relação às suas responsabilidades, não tinham muita preocupação com 
a concorrência ou até mesmo com os clientes, basicamente tinham um produto 
173
muito bom sendo ofertado para o mercado. Entretanto, esse cenário mudou, e 
se encontra diferente, as empresas foram obrigadas a mudar os seus processos 
para atender as expectativas do mercado consumidor e também fazer frente aos 
principais players de mercado e ajustar o processo produtivo para que seja pos-
sível realizar um reaproveitamento dos materiais utilizados (CAXITO, 2019).
No âmbito da cadeia de suprimentos, o fluxo inverso de materiais e produtos 
é conhecido como logística reversa. Além do apelo ambiental e social, as empresas 
passaram a buscar alternativas para reduzir os custos de produção por meio da reci-
clagem de produtos. Esse fluxo inicia com o consumidor até o fornecedor do processo 
produtivo para que seja possível realizar um reaproveitamento (CAXITO, 2019).
É evidente que o principal objetivo para as empresas, no que tange a logística 
reversa, é econômico, mas sempre tendo como enfoque dominante a competitividade 
e o aspecto ambiental ou ao menos deveria. Uma das preocupações das empresas que 
praticam a logística reversa, ocorre também no modo tradicional, e refere-se aos cus-
tos, pois o transporte e o armazenamento desses produtos também acabam gerando 
estoques, o que impacta diretamente nos custos (CAXITO, 2019).
Após a vida útil de um produto é possível o reaproveitar como matéria-prima. 
No Brasil, todos os dias são gerados milhares de toneladas de lixo. Estima-se que 35% 
do que é coletado, poderia ser reaproveitado e outros 35% poderiam se tornar adubo 
orgânico. Assim, preocupadas com as questões relacionadas ao meio ambiente, as 
empresas estão acompanhando o ciclo de vida do seu produto. Podemos observar 
que cada vez mais as empresas trabalham com a reciclagem de materiais tendo como 
base a logística reversa desses materiais ou até mesmo dando uma destinação correta 
para os produtos que estão no final do seu ciclo de vida, evitando o descarte incorreto 
e consequentemente a poluição do meio ambiente (CAXITO, 2019).
A logística reversa contempla a distribuição de muitos produtos, por isso aempresa precisa ter em mente, que é necessário transformar esse processo em van-
tagem competitiva. Para isso, é importante que as empresas atuem com a mesma 
seriedade do processo de venda normal, afinal, esse fluxo envolve os mesmos as-
pectos como: armazenamento, frete, estoque, serviço, sistemas de informação etc. 
Talvez a principal diferença entre a logística normal para a logística reversa, seja, 
o ponto de origem, afinal, na logística tradicional o processo começa na indústria 
para o cliente, e na logística reversa, o fluxo ocorre do cliente para a indústria.
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UNIDADE 5
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Pozo (2015) explica que todas as empresas acabam gerando algum tipo de resí-
duo. Assim, com o objetivo de atender as legislações pertinentes que estão cada 
vez mais rigorosas e diminuir os danos ambientais, as empresas buscam aplicar 
conceitos de sustentabilidade para melhorar a sua própria imagem e a compe-
titividade, dando um destino correto para os resíduos. Desta forma, a logística 
reversa torna-se uma forma eficaz de atender essa necessidade, além é claro de 
atender a política nacional de resíduos sólidos.
Figura 02 – Logística reversa / Fonte: Pozo (2015, p. 23).
Descrição de imagem: A imagem apresenta o fluxo da logística reversa, o início da sequência ocorre com um 
círculo (no canto superior direito) referente a novos materiais, com uma seta a direita direcionando para um 
retângulo que contem em seu interior “suprimento, produção e distribuição” referentes ao processo logístico 
direto. Após esse retângulo há uma seta que direciona inicialmente para baixo e após para a esquerda, de-
monstrando um retorno, e se conectando a outra seta que contém escrito em seu interior “processo logístico 
reverso” e indica à esquerda para um círculo referente a “materiais reaproveitados”, que, através de uma 
seta direcionada inicialmente para cima e após para a direita, se conecta com o retângulo de “suprimento, 
produção e distribuição”.
175
Os consumidores estão também cada vez mais preocupados com os danos que 
os produtos podem causar ao meio ambiente, assim as empresas investem em 
marketing social e ambiental, no sentido de divulgar suas ações de preservação e 
comprometimento com as causas ambientais, pois certamente isto vai representar 
uma imagem melhor perante o seu público alvo, gerando vantagens competitivas 
em relação aos concorrentes (POZO, 2015).
Atualmente, percebe-se uma mudança de hábito por parte dos consumidores, 
que passaram a se preocupar com o meio ambiente e com as gerações futuras e estão 
deixando de comprar (ou ao menos reduzindo o volume comprado) produtos que 
causam danos ao meio ambiente. Por isso, a logística reversa se tornou um conceito 
chave para as empresas na elaboração do seu planejamento estratégico, afinal, é de 
interesse das empresas que os consumidores se sintam confortáveis com a compra do 
produto, pois os consumidores estão cada vez mais conscientes disso (POZO, 2015).
O artigo 30 da Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 da política nacional de resíduos só-
lidos, apresenta algumas ações voltadas para o meio ambiente e com relação a logística 
reversa.
I Compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de ges-
tão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias 
sustentáveis
II Promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia 
produtiva ou para outras cadeias produtivas
III Reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos 
ambientais
IV Incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de 
maior sustentabilidade
V Estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos deriva-
dos de materiais reciclados e recicláveis
VI Propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade
VII Incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental
Fonte: Brasil (2010).
EXPLORANDO IDEIAS
UNICESUMAR
UNIDADE 5
176
Para mostrar a importância da logística reversa e seus benefícios, Pozo (2015, 
p. 30) demonstra alguns exemplos:
 ■ Para produzir alumínio do minério são necessários 15 kWh/kg; usando 
material reciclado é necessário somente 0,75 kWh/kg (reduz 95%).
 ■ Para produzir plástico (resina virgem) são necessários 6,74 mil kWh/tonela-
da; usando plástico reciclado é necessário 1,44 kWh/tonelada (reduz 80%).
 ■ Para produzir papel são necessários 4,98 MWh/tonelada; usando aparas re-
cicladas, é necessário 1,47 MWh/tonelada (reduz 70%).
Até agora, explicamos a logística reversa com um apelo ambiental, entretanto, é 
importante citar, que esse processo pode ser entendido através de dois tipos de 
fluxos na logística, segundo Pozo (2015). 
 ■ Pós-venda: alguns produtos com muito pouco uso, ou devolvido por 
razões comerciais, como erros nos pedidos, garantia do bem, defeitos ou 
avarias no momento do transporte. Além disso, em tempos de comércio 
eletrônico, as pessoas estão comprando todo tipo de bem de consumo 
pela internet, muitas vezes ao receber o produto, como uma roupa, por 
exemplo, o tamanho não está adequado às necessidades individuais da 
pessoa, logo será solicitado a troca por um tamanho maior e neste pro-
cesso, entra em cena também o fluxo de logística reversa.
 ■ Pós-consumo: são produtos que ainda podem ser reutilizados ao fim da 
vida útil ou bens com a possibilidade de reciclagem, como, por exemplo, 
componentes eletrônicos, que possuem muitas peças ou partes que po-
dem separadamente gerar valor para a empresa no processo produtivo.
Desta forma, é nítido que cada vez mais as empresas vêm criando condições para 
incentivar a reciclagem e a reutilização, e investimento em programas educacionais 
que conscientizem a sociedade em relação aos problemas ambientais, garantindo a 
sua continuidade e defendendo a sua imagem corporativa. Empresas como a Na-
tura e O Boticário, são exemplos de empresas com esse viés sustentável. Por outro 
177
lado, a população cada vez mais está preocupada com os danos que os produtos po-
dem causar ao meio ambiente, contribuindo intensamente com a logística reversa.
Algumas cidades já possuem coleta seletiva, na qual incentivam as pessoas a se-
pararem os materiais reciclados para serem recolhidos e enviados para as empresas 
reaproveitarem no processo produtivo. Além do aspecto ambiental, existem os ganhos 
econômicos e sociais, pois muitas vezes, esse recolhimento é realizado por associações 
ou cooperativas de reciclagem, que fazem a separação e o envio, portanto, gera empre-
go e distribuição de renda. Entretanto, essa consciência deve partir do poder público 
que também precisa disponibilizar meios para o recolhimento, e das próprias pessoas 
na separação dos materiais que podem ser reaproveitados. Aqui na casa do professor 
que vos escreve, durante toda a semana separamos todos os materiais recicláveis e 
os disponibilizamos para que a coleta seletiva possa recolher uma vez por semana.
Portanto, meu caro aluno (a), você enquanto gestor, precisará encontrar meios 
para ter um fluxo eficiente dos produtos, seja em uma situação de pós-venda, que 
envolve a troca ou devolução no pós-consumo, após o fim do ciclo de vida do 
produto. Só não esqueça também, da sua responsabilidade enquanto cidadão, 
para sempre dar a destinação correta aos materiais de forma que não prejudique 
o meio ambiente e garanta que as gerações futuras tenham os mesmos acessos 
aos recursos que nós temos. A logística reversa apoiará esse processo!
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos
Autor: Donald J. Bowersox, David J. Closs, M. Bixby Cooper, John C. 
Bowersox
Editora: AMGH
Sinopse: em Gestão logística da cadeia de suprimentos, os autores abor-
dam os fundamentos da logística empresarial e da gestão da cadeia de suprimen-
tos e seu papel na competitividade da empresa. A união de ideias aqui apresen-
tadas contextualiza a logística na estratégia empresarial e destaca sua crescenteimportância nas cadeias de suprimentos que sustentam a economia global.
Comentário: para quem gosta de logística, saiba que esse livro é uma das 
principais obras da área. É um dos livros mais completos que temos, além de 
apresentar tudo com muitos detalhes.
UNICESUMAR
UNIDADE 5
178
Logística Global
A globalização gera muitas oportunidades para as empresas. Essas oportu-
nidades incluem o alcance de novos mercados e uma grande quantidade de 
vantagens que vão desde acesso a recursos materiais até recursos humanos. 
Alguns lugares do mundo são ideais para as empresas buscarem um ganho 
de escala, principalmente face aos baixos salários, em função da flexibilidade. 
Não é à toa, que muitas empresas transferem todo o seu processo produtivo, 
principalmente para países asiáticos (BOWERSOX et al., 2014).
Assim, do ponto de vista da logística, as vantagens de uma logística global, in-
cluem processos operacionais mais baratos, outras vezes maior proximidade com 
fornecedores muito específicos na cadeia de suprimentos (BOWERSOX et al., 2014).
Neste cenário, existem pessoas que imaginam que a logística global é somente 
para grandes empresas, mas atualmente, independentemente do tamanho da em-
presa, ele pode atuar em nível de operação global. Elas podem buscar fornecedores 
de matéria prima ou até mesmo produtos provenientes de outros países ou ter 
clientes em qualquer lugar do mundo. Embora muitos acreditem que o foco das 
empresas que atuam em nível global seja matéria prima mais barata, existem tam-
bém outras razões, como mostra o quadro 01. Por exemplo, muitas empresas não 
necessariamente se mudam para a Ásia ou Índia, para pagar salários mais baixos, 
às vezes a motivação está intimamente ligada ao fato que isto vai proporcionar o 
acesso a multimercados de forma mais rápida (BOWERSOX, et al, 2014).
Assim, as operações em um cenário global estão se tornando uma regra 
para muitas empresas, mesmo que de maneira indireta. As transações em um 
mercado global, oferecem muitas oportunidades para que a empresa consiga 
potencializar o seu desempenho, especialmente quando se fala em receita, vo-
lume de negócios e participação de mercado.
179
Aumentar a receita
• Abrir mais mercados.
• Expandir-se mais que os concorrentes.
• Obter acesso a mercados que limi-
tam o acesso sem operações locais.
Conseguir economias de escala
Reduzir os custos diretos
• Obter vantagem da capacidade pro-
dutiva disponível.
• Obter vantagem de salários ou 
despesas.
• Imobiliários mais baixos.
• Reduzir os requisitos de combustí-
vel, diminuindo a distância ou alte-
rando o modal de transportes.
• Obter vantagens dos requisitos de 
produção.
Avançar a tecnologia
• Obter acesso à tecnologia avançada 
que pode não estar disponível nos 
locais atuais.
• Obter acesso a conhecimento espe-
cializado ou habilidades de linguagem
Reduzir carga tributária global 
da empresa
• Obter benefícios fiscais locais ou re-
gionais relacionados à propriedade, 
ao estoque ou à receita.
• Obter a redução de impostos do 
valor agregado devido à localização 
da produção ou outros serviços com 
valor agregado.
Reduzir a incerteza de acesso 
ao mercado
• Comprar produtos locais que envol-
vem menos incertezas dos transportes.
• Comprar produtos de locais que envol-
vem menos restrições de segurança.
Melhorar a sustentabilidade.
• Obter produtos ou recursos de 
locais que tenham disponibilidade 
contínua de materiais e especializa-
ção como energia ou profissionais 
treinados.
Quadro 01 - Fatores que estimulam a Logística Global / Fonte: Bowersox et al. (2014, p. 276).
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UNIDADE 5
180
A logística no âmbito local tem como propósito a realização de atividades que 
envolvem a movimentação, armazenamento e integração com a cadeia de supri-
mentos em um cenário que é de controle da própria empresa. Em contrapartida, 
a logística global, busca apoiar operações em um cenário variável em função da 
política, economia ou em situações que fogem ao seu controle, como, por exem-
plo, as guerras comerciais e políticas entre os Estados Unidos e China que acaba 
influenciando os parceiros comerciais ou os conflitos locais como Rússia e Ucrânia.
Os desafios de atuação logística global, podem variar, portanto, de acordo com 
a região global, por exemplo, o mercado norte-americano é marcado por uma 
ampla extensão territorial. A logística europeia, entretanto, possui uma extensão 
territorial mais compacta, mas envolve variáveis relacionadas à política, cultura, 
ordens regulatórias e até mesmo linguística. Vimos recentemente a Inglaterra sair 
da União Europeia, o que impõe uma série de desafios alfandegários. Além disso, 
em termos de infraestrutura, a Europa sofre muito com o congestionamento em 
função da sua alta densidade populacional e ao fato que muitas estradas são cen-
tenárias. Já na região do pacífico, o ambiente é formado por inúmeras ilhas com 
uma estrutura muito deficiente, exigindo uma série de combinações de modais 
para viabilizar toda a movimentação de materiais.
Como você, aluno(a), pode perceber são muitas variáveis no âmbito global 
que precisam ser analisadas de forma cuidadosa, o que vai exigir certamente ha-
bilidades e competências para lidar com os desafios do comércio exterior, além 
é claro de dominar uma segunda, terceira ou até mesmo quarta língua, além é 
claro de todo aparato jurídico e fiscal, que possuem as suas especificidades de 
acordo com a região e até mesmo em um mesmo país, como é o caso do Brasil.
Tendências e Logística 4.0
A mudança para o digital e as diferentes inovações tecnológicas que surgiram nos 
últimos anos, mudaram e muito o ambiente das empresas. Vimos nos últimos 
anos, o surgimento de ferramentas pautadas no uso da inteligência artificial, 
aplicações com o objetivo de analisar grande quantidade de dados, automação 
pautado na indústria 4.0 e inúmeras outras demandas nas empresas. Esse cenário 
então, apresenta então algumas tendências para a logística.
181
O Brasil em termos logísticos possui muitos desafios, principalmente face à 
estrutura deficiente que temos, além dos altos custos operacionais e a insegu-
rança. Assim, é natural que as empresas da área, busquem aplicar tecnologias 
e estratégias para se manter competitiva no mercado e driblar alguns desses 
problemas. Veremos alguns exemplos a seguir:
Sistema de rastreamento: o sistema RFID funciona como um sistema que permite 
realizar o rastreamento através de ondas de rádio. Com essa característica é possível 
acompanhar toda frota da empresa mesmo em locais fechados, pois as ondas de rádios 
acabam sendo estáveis, até mesmo em subsolos. Com isso, os gestores de logística 
conseguem facilmente localizar a sua entrega. Essa tecnologia permite ainda, rastrear 
os veículos. Entretanto, um dos problemas dessa tecnologia, é conferir atividades que 
podem ser consideradas suspeitas, pois, por exemplo, na parada do caminhão, não 
é possível saber se o baú está aberto ou não. Assim, é necessário combinar também 
com outras tecnologias.
Entregas autônomas: talvez em tempos atrás se você estivesse conversando com 
outra pessoa e falasse que no futuro poderíamos ter entregas autônomas, isso po-
deria ser considerado um fato um tanto utópico, ou seja, um sonho ou algo fruto da 
imaginação. Porém, o tempo passou e as tecnologias evoluíram e atualmente, isso é 
algo possível e uma realidade muito próxima da logística. Essa tecnologia vai resolver 
inúmeros problemas que cercam a logística, como falta de mão de obra qualificada, 
mais celeridade nas entregas e confiabilidade nas entregas. Essa tecnologia já existe 
nas entregas por drones. De maneira muito ágil, o equipamento atende por entregas 
que precisam de mais rapidez e agilidade, porém, com baixa dimensão e peso. En-
tretanto, podemos considerar que mesmo ainda em fase de aprimoramento, isto já 
representa um grande passo para a história da humanidade e da própria logística, 
com o passar dos anos, é natural que tenhamos um equipamento com mais capa-cidade. Ainda em relação às entregas autônomas, temos a opção dos veículos que 
são guiados de forma automática. Essa opção promete reduzir os custos logísticos 
e aumentar a eficiência no processo. É importante dizer, que essas aplicações já 
estão sendo testadas no Brasil e no mundo, portanto, logo será uma realidade que 
irá marcar o futuro de uma geração inteira de pessoas, assim como foi um dia o 
telefone ou a internet.
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UNIDADE 5
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Dados: todos os processos em uma empresa, geram um volume muito grande de 
dados. A interpretação e a utilização desses dados como informação na logística, 
pode dar mais eficiência aos fluxos de atividades, como, por exemplo, realizar o 
monitoramento das atividades, gerenciar os custos e outras atividades complexas. 
Com informações em mãos, o gestor logístico pode tomar decisões com mais faci-
lidade, por isso, a tecnologia é algo fundamental. Sistemas como o de transportes 
ou gerenciamento de armazéns, como vimos na unidade III deste livro didático, 
podem gerar muitas informações em tempo real e relatórios que ajudam a iden-
tificar pontos de melhorias e oportunidades para a empresa.
Logística compartilhada: o propósito dessa ideia é basicamente buscar por 
empresas que tenham interesse em compartilhar os serviços logísticos, podendo 
contemplar os veículos de transportes, armazéns e até mão de obra.
Entrega no mesmo dia: basicamente é um modelo de negócios que busca agregar 
valor aos serviços, proporcionando uma entrega rápida para os clientes. Embora no 
Brasil talvez seja uma realidade distante para muitas regiões, em grandes centros, em 
função da proximidade com fábricas e centros de distribuição, essa estratégia pode ser 
aplicada e utilizada pelos principais players de mercado. Em 2021, entretanto, o mundo 
passou por uma crise global de componentes eletrônicos, junto com a dificuldade de 
movimentação marítima. Assim, essa pode ser uma estratégia para os próximos anos, 
com uma logística mais estável no mundo.
Metaverso na logística: Ainda não está muito claro como poderemos utilizá-lo no 
âmbito da logística, mas certamente, com ele poderíamos replicar os armazéns para 
identificar os recursos, gargalos etc., além de apresentar de forma virtual todos os 
ambientes e processos.
183
Muito próximo do que é a indústria 4.0 te-
mos a logística 4.0. Basicamente, a logística 
passa por um processo de automatização, 
digitalização e até mesmo de utilização 
de equipamentos robóticos para tornar 
os fluxos de atividades mais eficientes. Na 
logística, temos já muitas aplicações em 
pleno funcionamento, como as empilha-
deiras totalmente automatizadas e guiadas, 
com movimentos totalmente autônomos 
de acordo com o layout do armazém ma-
peado. O sistema é capaz de indicar o se-
quenciamento de atividades que devem ser 
realizadas, como a descarga em um deter-
minado horário, considerando a estocagem 
do material na prateleira com muita precisão. Este tipo de tecnologia, possui um alto 
potencial de utilização, principalmente porque reduz os custos operacionais e dá mais 
segurança aos processos, evitando erros e desperdícios.
É importante dizer que a logística 4.0 tem uma interface direta com a indústria 
4.0, a qual, segundo Novaes (2021), é focada em produtos e fluxos de trabalhos 
mais inteligentes. Os produtos também podem ser mais inteligentes, na medida 
em que se tem informações automatizadas de quando serão produzidos e entre-
gues ao consumidor final, ou seja, na indústria 4.0 a produção e a logística passam 
por uma integração em um único sistema ligando todas as atividades em si.
Na indústria 4.0, as pessoas não estarão mais conectadas diretamente às máqui-
nas, como é muito comum nos dias de hoje, onde as mesmas são operadas manual-
mente. Sistemas a partir da automação vão realizar todo o monitoramento como uma 
central de informações controladas por sensores com um gerenciamento em tempo 
real e virtual. Os sensores terão dados a partir dos processos, gerando informações 
operacionais que serão enviadas por dispositivos de internet das coisas que estão co-
nectadas em nuvem, gerando um banco de dados (Big Data). Por outro lado, os dados 
das operações e fluxos de trabalho serão processados por algoritmos específicos, que 
podem até mudar o modelo de produção quando for necessário (NOVAES, 2021).
Segundo Novaes (2021), o que está ocorrendo atualmente na indústria 4.0 
principalmente em países desenvolvidos, pode passar até mesmo a impressão 
INDÚSTRIA E
LOGÍSTICA
UNICESUMAR
UNIDADE 5
184
de que estamos em um filme de ficção científica. A comunicação entre os 
participantes do Cyber Physical Systems (CPS) será realizada totalmente de 
maneira virtual, conforme figura abaixo.
Figura 03 - Estrutura geral de um sistema ciberfísico (CPS) / Fonte: Novaes (2021, p.357)
Descrição de imagem: a imagem apresenta um fluxo referente à estrutura de um sistema ciberfísico. Há um 
quadrado grande, com uma série de elementos em seu interior. No canto superior esquerdo deste quadrado 
tem-se um retângulo com o número um e o seguinte texto em seu interior “Cooperação entre sistemas”, à 
direita deste retângulo há uma seta, que indica tanto para a direita quanto para a esquerda e se conecta a 
uma nuvem, com o número dois e possui escrito em seu interior “Internet das coisas e Big Data”. À direita da 
nuvem há uma seta que indica para a esquerda e para a direita e se conecta a um quadrado, com o número 
três e o seguinte texto em seu interior “Cooperação com os serviços (exemplo: serviços logísticos). Abaixo deste 
quadrado há uma seta indicando para o número cinco na diagonal esquerda, no centro da imagem, nesta 
seta há o texto “Sistema virtual”. No centro da imagem há um quadrado médio tracejado, que contem em seu 
interior três caixas. A primeira refere-se ao “processamento e transmissão de dados”, numerada com o número 
quatro, abaixo dela há duas setas, uma na esquerda, indicando para cima e a interligando com a caixa sete, 
referente ao “conjunto de sensores”, a outra seta está localizada na direita e indica para baixo, conectando-a 
com a caixa oito, referente à “dispositivos de controle”. Fora deste quadrado tracejado há outros elementos 
que se conectam a ele em seus quatro cantos. Na parte superior há duas setas que indicam à nuvem da “In-
ternet das coisas e Big Data”. Na sua lateral direita há uma seta indicando tanto para a esquerda quanto para a 
direita e o conectando com o quadrado numerado como nove, que corresponde a “Cooperação com sistemas 
humanos”. No seu canto inferior há duas setas, onde uma indica para baixo e outra para cima, o conectando ao 
retângulo, numerado como dez e referente ao “Processo físico-operacional (chão de fábrica)”. E no seu canto 
esquerdo, há uma seta que aponta para a esquerda e para a direita e o conecta há uma caixa, numerada como 
seis, correspondente a “Dados exógenos e do meio ambiente”. Fora do grande quadrado inicial há uma seta 
indicando para a diagonal inferior direita, onde está a caixa seis, e contém escrito “CPS - Sistema Ciberfísico”.
185
Você deve estar pensando neste exato momento, o que é um sistema cyber físico (CPS). 
Basicamente é uma combinação entre softwares e a parte mecânica das máquinas, con-
troladas por meio de sensores. As máquinas produzem informações que são enviadas 
para softwares que realizam o controle e o monitoramento. Com o sistema em funciona-
mento é possível integrar com a inteligência artificial para fazer a leitura dos dados e gerar 
insigths com o objetivo de apontar quais tarefas precisam de mais atenção. Por exemplo, 
quando um pedido entra no sistema, a produção já começa a executar e a programar a 
entrega sem a intervenção humana.
EXPLORANDO IDEIAS
 Segundo Novaes (2021), a literatura da indústria 4.0 apresenta três elementos-
-chave sobre o assunto:
 ■ Estrutura ciber física (CPS): basicamente é a integração via internet 
entre componentes físicos e virtuais.
 ■ Internet das coisas Lot: uso de produtos inteligentes conectadosna in-
ternet que se comunicam entre si.
 ■ Big data: um conjunto muito grande de dados e informações que não 
podem ser interpretados de forma tradicional face ao volume.
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UNIDADE 5
186
Talvez você esteja se perguntando neste momento, qual é a relação dessas tecno-
logias com a logística. Para responder essa pergunta, vamos utilizar o exemplo de 
uma grande rede varejista chamada Amazon, fundada em 1995 por Jeff Bezos nos 
Estados Unidos. Com certeza, em algum momento da sua vida, você já ouviu falar.
Em novembro de 2014, a empresa Amazon criou um produto chamado Ama-
zon Echo. Basicamente um produto eletrônico com comando de voz, o qual o 
consumidor pode instalar dentro da sua casa, atendendo a questões diversas 
como pedidos de músicas, receitas, piadas etc. O produto conta com uma as-
sistente virtual, que atende pelo nome de Alexa. Três elementos compõem esse 
produto inteligente. Em primeiro lugar, o aparelho é acionado através de um 
comando de voz e não por meio de botão, teclado ou celular. Em segundo lugar, 
o sistema do aparelho está totalmente conectado ao sistema central da Amazon, 
pela internet. Em terceiro lugar, o aparelho possui acesso a um poderoso banco 
de dados, o Big Data, que permite que a Alexa possa responder a questões diver-
sas de maneira totalmente aleatória. Quando o consumidor se acostuma com o 
sistema, o aparelho fica muito mais agradável de ser utilizado, muito mais fácil 
do que utilizando um telefone celular para manuseá-lo.
Assim, quando o usuário do aparelho diz a palavra mágica Alexa, o sistema 
do aparelho se conecta rapidamente em nuvem com o sistema da Amazon vai 
analisar o comando de voz dado pelo usuário. Por exemplo, se uma pessoa per-
guntar – qual é a melhor universidade à distância do Brasil, a resposta por meio 
de uma voz feminina poderá ser “Unicesumar”. Esse comando de voz é muito 
útil, pois a pessoa não necessariamente precisa se levantar para realizar qualquer 
comando, visto que o sistema reconhece o comando mesmo à distância. Se uma 
casa residencial, por exemplo, possui ainda produtos inteligentes (LOT) os ganhos 
poderão ser ainda maiores. Por exemplo, a Alexa poderá se comunicar com a 
geladeira e solicitar a compra dos produtos que estão faltando em um supermer-
cado. Enfim, a Alexa pode realizar múltiplas funções e, praticamente diante do 
acesso ao Big Data é possível responder qualquer tipo de questão.
Alexa a princípio pode até parecer um brinquedo, porém, é muito mais do que isso. 
E aqui iremos analisar a Alexa do ponto de vista da logística. O sistema está conectado 
com a central de comércio eletrônico da Amazon. A empresa busca fomentar as suas 
vendas. Assim, quando você utiliza o sistema de buscas da Amazon via Alexa, pos-
sivelmente você receberá promoções relacionadas às buscas realizadas. Obviamente, 
essa iniciativa vai aumentar as atividades logísticas, principalmente no que tange aos 
187
centros de distribuição, movimentação, entrega etc. Outras empresas, como a Google 
e a Apple, também estão neste mercado com o Google Home e a Siri da Apple.
Ainda dentro do conceito de logística 4.0, Novaes (2021) apresenta a realidade 
aumentada, na qual, a pessoa consegue visualizar informações virtuais de seu interesse. 
Assim, na logística, uma aplicação muito comum é a utilização dos óculos de realidade 
virtual AR na separação de pedidos em depósitos e armazéns onde é possível localizar 
materiais ou objetos com mais precisão. Com os óculos acoplado na cabeça, a pessoa 
vai conseguir ter acesso a informações, sons e imagens virtuais. Essa tecnologia permite 
que o desempenho humano em diversos tipos de trabalho, que antes eram realizados 
somente com apoio simples, como instruções em papel, seja melhorado.
A DHL Trend Research (2022) apresenta também algumas novidades para 
a área da logística, são elas:
Automatização e a robótica: a automatização e a 
robótica já chegaram ao mundo da logística. Impulsio-
nada pelo avanço da tecnologia, estão entrando com 
muita força na logística, aumentando a produtividade 
e reduzindo as falhas. Os robôs estão adotando pro-
cedimentos que ajudam os trabalhadores no armaze-
namento, transporte e até em atividades de entregas.
Internet 5G: o processo da tecnologia que au-
menta a velocidade da internet e da comunicação, 
está gerando novas oportunidades para que os pro-
cessos logísticos aumentem a eficiência operacio-
nal. Essa tecnologia possibilitará uma revolução na 
comunicação e tudo e em todos os lugares estão 
conectados. Com a internet das coisas evoluindo 
no âmbito da logística, haverá uma cadeia de supri-
mentos mais rápida, eficiente, flexível e previsível.
Conteinerização inteligente: a adoção de um 
contêiner padrão mudou muito o transporte glo-
bal, possibilitando melhorias na movimentação de 
produtos. Entretanto, existe uma necessidade muito 
atual no que tange a flexibilidade dos volumes de 
cargas, tempo e custo, principalmente no contexto 
das redes logísticas compartilhadas.
UNICESUMAR
UNIDADE 5
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Assim, meu caro (a) aluno (a), esses foram alguns exemplos da indústria 4.0 na logísti-
ca. Ditar todas as tendências da logística para os próximos anos é uma tarefa das mais 
difíceis de se realizar, pois mereceria um livro sobre o assunto. Outras visões sobre o 
assunto podem ser encontradas facilmente na internet. A DHL Logistic apresenta vá-
rios estudos complementares, como você poderá ver na indicação, a seguir, portanto, 
sugiro que você explore e aproveite essa ferramenta de monitoramento de tendências 
em tempo real, pois para quem gosta de logística, é algo encantador.
NOVAS DESCOBERTAS
O site da DHL apresenta um radar de tendências para a logística, fornecen-
do muitos insights para a área. O site está em inglês originalmente, se você 
não dominar a língua, utilize o seu navegador para traduzir. Vale a pena!
Uma das coisas legais da logística são as novidades tec-
nológicas. Desde a automação até veículos autônomos, 
passando por entregas por drones, as tecnologias vão nos 
encantando. Por isso, neste podcast, iremos falar exclusiva-
mente dessas tendências e você aluno (a) não pode perder, 
clique no link abaixo e ouça!
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/13757
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/11138
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E assim caro (a) aluno (a) chegamos ao final do nosso livro didático, espero que 
tenha sido muito proveitoso. Nesta unidade, trabalhamos os conceitos relati-
vos ao comércio eletrônico aplicados à logística. Atualmente, face ao contexto 
que passamos a viver desde 2020, as empresas que não se atualizaram para essa 
nova modalidade de comércio passarão por muitas dificuldades, mas no âmbito 
logístico, isto significa também muitos desafios para garantir a confiabilidade, 
velocidade e integridade das entregas. Dentro deste contexto, ainda temos a lo-
gística reversa, que se apresenta como uma ação de boas práticas das empresas. 
Que busca, primeiramente, atender às necessidades de retorno financeiro, em 
face ao volume de compras realizadas no comércio eletrônico. E também se re-
laciona a causas sociais e ambientais, afinal, precisamos enquanto gestores, agir 
com responsabilidade na utilização dos recursos pensando nas gerações futuras.
No âmbito global, temos muitos desafios também. A globalização não é no-
vidade para ninguém desde a década de 1990, mas os desafios são muito atuais. 
Temos situações políticas, econômicas, tecnológicas e culturais que influenciam 
diretamente a cadeia de abastecimento, e assim, é necessário adotar boas práticas 
para garantir a continuidade da empresa, além é claro da competitividade. As es-
tratégias de atuação estão sempre mudando, por isso, muita atenção neste aspecto.
Por fim, assim como em qualquer área, na logística não é diferente, é necessá-
rio estar antenado nas principais tendências para não ficar de fora do mercado ou 
perder competitividade, neste sentido, é importante conhecer as novas aplicações 
e tendências da área e se manter sempre atualizado.
UNICESUMAR190
1. Não temos como negar, que o comércio eletrônico deu um grande salto nos últi-
mos anos. Se antes as pessoas tinham um pouco de receio em realizar compras via 
internet, agora elas se sentem muito mais seguras. Com isso o volume de compras 
aumentou consideravelmente e a logística possui muitos desafios para garantir a 
entrega e as necessidades dos clientes (elaborado pelo professor, 2022).
Sobre os principais desafios para a logística, avalie as alternativas abaixo:
I - Uma das principais expectativas dos clientes é em relação ao tempo de entrega, 
por se tratar de uma compra online, o consumidor deseja receber o seu produto 
o mais rápido possível.
II - Em uma compra online, existe sempre um determinado prazo de entrega, por-
tanto, são criadas expectativas em relação aos prazos, assim, a pontualidade é 
algo muito valorizado pelos clientes.
III - Quando você compra algo pela internet, você sempre espera que este produto 
chegue em perfeitas condições.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
2. A Logística Reversa pode se apresentar em dois formatos: no pós-venda e no pós-
-consumo. No primeiro, o produto retorna à cadeia de distribuição antes de ter sido 
usado pelo consumidor ou em casos de pouco uso (pela identificação de defeito ou 
por algum erro no processamento do pedido, por exemplo). Para isso, a empresa 
precisa planejar o recebimento e encaminhamento dos itens, estabelecendo meios 
de controle do fluxo físico e das informações logísticas dentro de sua estratégia de 
organização. Muitas vezes, o produto pode passar por melhorias e voltar a ser comer-
cializado, agregando valor. (MUNDO LOGÍSTICA. O que é logística reversa? Mundo 
Logística, [2022]. Disponível em: https://revistamundologistica.com.br/glossario/o-
-que-e-logistica-reversa. Acesso em: 02 maio. 2022).
Em relação a logística reversa no pós-consumo, avalie as afirmativas abaixo:
https://revistamundologistica.com.br/glossario/o-que-e-logistica-reversa
https://revistamundologistica.com.br/glossario/o-que-e-logistica-reversa
191
I - São produtos que ainda podem ser reutilizados, pois ainda apresentam carac-
terísticas que permitem a sua utilização. Os carros seminovos são um exemplo.
II - São produtos que chegaram ao final da sua vida útil e agora poderão ter uma 
outra finalidade comercial.
III - São produtos que retornam para as empresas, pois apresentam algum tipo de 
defeito em seu processo de fabricação.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
3. O comércio mundial está crescendo; a concorrência está forçando as operações a 
adotar novas práticas tornando-as cada vez mais eficientes; e há uma preocupação 
crescente com o meio ambiente. Some-se a isso a maior ênfase na satisfação do con-
sumidor, operações flexíveis e diminuição nos prazos. Aí, fica evidente porque é tão 
importante priorizar também a logística (MUNDO LOGÍSTICA. Logística global ágil e 
eficiente. Mundo Logística, [2022]. Disponível em: https://revistamundologistica.com.
br/blog/paulobertaglia/logistica-global-agil-e-eficiente. Acesso em: 02 maio. 2022).
Sobre os principais objetivos da logística global, avalie as afirmativas a seguir:
I - Aumentar a receita.
II - Melhorar a sustentabilidade.
III - Reduzir a carga tributária.
IV - Reduzir as incertezas.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
https://revistamundologistica.com.br/blog/paulobertaglia/logistica-global-agil-e-eficiente
192
UNIDADE 1
CHIAVENATO, I. Gestão de materiais: uma abordagem introdutória. Barueri: Manole, 2014.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2019.
GONÇALVES, P. S. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2020.
MARTINS, P. G.; ALT, R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 
São Paulo: Atlas, 2015.
UNIDADE 2
AGÊNCIA BRASIL. Governo lança obra da Ferrovia. Agência Brasil, 17 set. 2021. Disponível em: ht-
tps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-09/governo-lanca-obra-da-ferrovia-de-integracao-
-do-centro-oeste. Acesso em: 27 abr. 2022.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ logística empresarial. São Paulo: 
Prentice Hall, 2006.
BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 
2014.
CAXITO, F. Logística: um enfoque prático. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
GONÇALVES, P. S. Logística e cadeia de suprimentos: o essencial. São Paulo: Manole, 2013.
GRANT, D. B. Gestão de logística e cadeia de suprimentos. São Paulo: Saraiva, 2013.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
NOGUEIRA, A. de. S. Logística empresarial: um guia prático de operações logísticas. São Pau-
lo: Atlas, 2018.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 
São Paulo: Atlas, 2015.
PIRES, S. R. I. Governo lança obra da FerroviaGestão da cadeia de suprimentos (Supply chain 
management): conceitos, estratégias, práticas e casos. São Paulo: Atlas, 2016.
193
UNIDADE 3
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ logística empresarial. São Paulo: 
Prentice Hall, 2006.
BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 
2014.
CAXITO, F. Logística: um enfoque prático. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
GONÇALVES, P. S. Logística e cadeia de suprimentos: o essencial Barueri, São Paulo: Manole, 
2013.
GRANT, D. B. Gestão de logística e cadeia de suprimentos. São Paulo: Saraiva, 2013.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
NOGUEIRA, A. de. S. Logística empresarial – um guia prático de operações logísticas. São 
Paulo: Atlas, 2018.
UNIDADE 4
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ logística empresarial. São Paulo: 
Prentice Hall, 2006.
BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2014.
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Cenga-
ge, 2019.
GONÇALVES, P. S. Logística e cadeia de suprimentos: o essencial Barueri, São Paulo: Manole, 
2013.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
NOGUEIRA, A. de. S. Logística empresarial – um guia prático de operações logísticas. São 
Paulo: Atlas, 2018.
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: uma introdução. São Paulo: 
Atlas, 2019.
PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (Supply chain management): conceitos, 
estratégias, práticas e casos. São Paulo: Atlas, 2016.
SLACK, N. et al. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
194
UNIDADE 5
BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. São Paulo: Bookman, 2014.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305htm. 
Acesso em: 02 maio. 2022.
CAXITO, F. Logística: um enfoque prático. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
DHL RESEARCH. Logistics trend radar. DHL Reserch, [2022]. Disponível em: https://www.dhl.
com/global-en/home/insights-and-innovation/insights/logistics-trend-radar.html. Acesso em: 
02 maio. 2022.
NOGUEIRA, A. de. S. Logística empresarial – um guia prático de operações logísticas. São 
Paulo: Atlas, 2018.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e 
avaliação. São Paulo: Atlas, 2021.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 
São Paulo: Atlas, 2015.
WEBSHOPPERS. 44º ed. Webshoppers. Webshoppers, ago. 2021. Disponível em: https://eyagencia.
com.br/wp-content/uploads/2021/09/Webshoppers_44-relatorio-2021-resultados-ecommerce-e-bit.pdf. Acesso em: 02 maio. 2022.
195
UNIDADE 1
1. E. Todas as alternativas são atividades fundamentais para a gestão de estoques.
2. C. A afirmativa II está incorreta, pois a área de compras faz parte da área de logística.
3. E. Todas as afirmativas estão corretas, contemplando as funções de compras e escolha 
do fornecedor.
UNIDADE 2
1. D. O transporte rodoviário não tem o menor custo de transporte, principalmente, 
para grandes cargas.
2. Diferença na largura das bitolas. » Menor flexibilidade no trajeto. » Necessidade maior 
de transbordo. » Tempo de viagem demorado e irregular. » Alta exposição a furtos.
3. A. Os indicadores de desempenho são fundamentais para identificar os pontos fortes e 
fracos do fluxo de trabalho da empresa, se não houver controle, será difícil identificar 
pontos de possíveis melhorias e correção.
UNIDADE 3
1. E. O recebimento, armazenamento e distribuição são atividades-chave no processo 
de gerenciamento de armazéns.
2. D. Na verdade, o sistema é muito utilizado pelas empresas, até mesmo empresas de 
pequeno porte. A implantação não é custo e sim investimento.
3. A. Código de barras é uma ferramenta de controle que ajuda as empresas a identi-
ficar o produto e a ter controle, sendo muito utilizado no varejo, para identificação 
dos produtos.
UNIDADE 4
1. D. Níveis e estoques elevados, aumentam os custos logísticos.
196
2. A. O processo de CPFR é uma excelente oportunidade para aumentar a eficiência da 
cadeia de suprimentos e reduzir os custos logísticos.
3. O S&OP é um processo que tem como objetivo coordenar o planejamento de oferta e 
demanda em toda a empresa, por meio do compartilhamento de informações e defi-
nindo responsabilidades. Assim, no geral, o S&OP integra as informações relacionadas 
ao estoque, produção e recursos da empresa (BOWERSOX et al., 2014).
UNIDADE 5
1. E. Todas as alternativas estão corretas. Diante das expectativas dos clientes, a pon-
tualidade, velocidade e confiabilidade são aspectos muito valorizados no momento 
da compra online.
2. A. São produtos que ainda podem ser utilizados, pois ainda se apresentam em bom 
estado.
3. E. Todos os itens listados são fatores que devem ser considerados dentro de um 
contexto de atuação global.
	A Rotina Hospitalar - Como a Psicopedagogia Pode Ajudar?
	Ensino e Aprendizagem e o Contexto Hospitalar: Reflexões e Prática do Psicopedagogo
	Atuação Psicopedagógica com Pacientes no Ambiente Hospitalar
	Trabalho do Psicopedagogo
	Projeto Político Pedagógico,
	_ikhksgdak495
	_yonxjgrec5i4
	Button 14: 
	Button 16: 
	Página 7: 
	Botão 29: 
	Botão 28: 
	Botão 23: 
	Botão 24: 
	Botão 25: 
	Botão 27:

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