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FERRAMENTEIRO 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA - DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO 
Coordenação de: 
LUIZ GONZAGA FERREIRA 
HELI MENEGALE 
PEDRO SENNA 
Elaboração de: 
AÉCIO BATISTA DE SOUZA 
GUERINO ALEXANDRE BER1 
IRINEO CALDERINI - 
JOSÉ ARIOVALDO FRARE - 
PLíNlO JOSE GHERARDI - 
- 
'INI - 
SEI 
SEI 
SEk 
SEI 
SEI 
A evolução no campo industrial e a crescente necessidade 
de produtos fabricados em série e de boa qualidade, intensificou 
dentro da metalurgia a produção de peças estampadas. 
Em particular, a produção de elementos de chapa estampada 
tem representado um grande avanço da técnica industrial e se 
pode considerar como uma das mais importantes na produção em 
série. 
Atualmente os processos de estampagem entram em quase 
todos os ramos da técnica industrial, onde poderíamos destacar 
as indústrias automobilísticas, de brinquedos, artigos elétricos e 
eletrônicos, ntensílios domésticos, máquinas e calculadores, bici- 
cletas, etc. 
As técnicas relativas aos trabalhos em prensa, têm por obje- 
tivo métodos de fabricação rápidas e econômicas. A fabricação de 
produtos pelo sistema de estampagem, apresenta as seguintes van- 
tagens: 
1 - Capacidade de produção elevada; 
2 - Baixo custo por unidade; 
3 - Intercambiabilidade absoluta e bom acabamento; 
4 - Leveza e boa resistência. 
Além destas vantagens, os elementos estampados reduzem a 
aplicação de soldas, parafusos, rebites, como também substituem 
em muitos casos peças fundidas. 
De tudo o que foi dito acima, concluímos da grande impor- 
tância dêste setor no campo industrial, o que o torna de grande 
interêsse para aquêles que desejam nêle especializar-se ou que 
pretendem ampliar seus conhecimentos para aplicação segura do 
desenvolvimento de estudos em outros setores. 
O ramo de ferramentaria abrange um campo vasto, pois 
dêle fazem parte trabalhos que se diferenciam de acordo com a 
natureza do material a ser estampado e as operações que o es- 
tampo deve executar, ou sejam: dobrar, cortar, repuxar, moldar, 
extrudar, cunhar, forjar, etc. 
FERRAMENTEIRO I ESTAMPOS - ESTAMPAGEM 
OPERAÇÓES DOS ESTAMPOS 
Os estampos são dispendiosos pelo custo Dependendo das características dos es- 
elevado dos materiais nêles empregados, pela tampos e das prensas utilizadas, a capacidade 
mão-de-obra especializada e pelo emprêgo de de produção varia de 150 a 1.000 peças por 
máquinas, equipamentos, instrumentos e apa- minuto. 
relhos de boa qualidade e alta precisão, que As peças produzidas pelos estampos são 
sua confecção exige. denominadas produtos. 
Denomina-se estámpagem a série de formada numa peça com forma geométrica 
operações pelas quais a chapa plana é trans- final própria, seja esta plana ou não. 
OPERA$X3ES DOS ESTAMPOS 
As diferentes operações a que são sub- 2) Modificação da forma sob pressão. 
metidas as chapas de metal através dos estam- A primeira abrange todas as operações 
pos, podem ser subdivididas em duas catego- de corte e a segunda de dobrar, curvar, enro- 
rias. lar, extrudar, formar, calcar, embutir, etc. 
1) Seccionamento por ação de corte. 
P r o d u t o 
Cor t e simples 
P r o d u t o 
C o r t e dup lo 
4 MEC - 1971 - 15.0 
-- - - - - - -- 
C o r t e p a r c i a l 
S e m i c o r t e 
F u r a r e C o r t a r 
F u r a r 
C o r t e s imul tãneo 
-. - 
R e f i l a r 
P r o d u t o 
P r o d u t o 
I 
P r o d u t o S e p a r a r 
P r o d u t o . S e p a r a r 
D o b r a em V D o b r a em L 
D o b r a em Z D o b r a e m U c o m a b a s 
\ 
CURVAR - ENROLAR 
C u r v a s c i l í n d r i c a s 
C u r v a r e v e r s o 
C u r v a e m U 
EMBUTIR 
R e p u x o r a s o R e p u x o m é d i o R e p u x a p r o f u n d o 
FORMAR 
F o r m a r r e l ê v o 
F o r m a r a b a s 
EXTRUDAR 
E x t r u d a r f u r o E x t r u d a r p a s t i l h a 
FERRAMENTEIR' 
ESTAMPO PARA FURAR E CORTAR CHAPA 
QUADRADA - DEFINIÇÁO - NOMENCLATURA 
FOLHA DE 
T I C N O L ~ G ~ C A 1 I 
I 
- 
1.6 
I 
l 
i 
- 
Estampo é um conjunto de elementos que associados e adaptados às prensas ou ba- 
lancins executam operações em chapas, tais como: cortar, dobrar, formar, enrolar, curvar, 
repuxar, cunhar, etc. 
Constroem-se estampos para produção de peças em série. 
As peças produzidas pelos estampos são denominadas Produtos e as sobras da tira 
Retalho. 
P r o d u t o 
I I 
I I 
Reta lho d a t i r a 
R e t a l h o 
78 MEC - 1971 - 15.000 
-- - & 
BASES - Dependendo das características técnicas dos estampos as bases são cons- 
truídas de aço 1030 A ou de ferro fundido. 
MATRIZES - Geralmente emprega-se aso especial indeformável na construção de 
matrizes. 
FACA DE AVANÇO - O material empregado na construção da faca de avanço 
também é o aço indeformável. 
PORTA-PUNÇÃO - O material indicado para êsse elemento dos estampos é 
aço 1030A. 
PLACA DE CHOQUE - Constrói-se a placa de choque com o aço 1060 A. 
PUNÇÕES - O material indicado para os punções é o mesmo empregado na cons- 
trução das matrizes. 
GUIA DOS PUNÇÕES - O material empregado na construção das guias dos pun- 
ções varia conforme as características dos estampos. Geralmente usa-se aço 1030 A. 
PORTA-ESPIGA - Conforme as características dos- estampos, constrói-se o porta- 
espiga de aço 1030 A ou de ferro fundido. 
ESPIGA - O material indicado para a construçâo das espigas é o aço 1030 A. 
PINOS DE GUIA - Geralmente são feitos de aço prata. 
FERRAMENTEIRO FASES DE CORTE 
TECNOLÓGICA 
Estampo de corte progressivo para furar e cortar com faca de avanço e tope fixo. 
I 
I 
I 
Punção cortador 
f 
Tope 
F ig . i 
FASES DE CORTE 
\ Foca de avanyo - 
As figuras ao lado mostram a sequência 
das operações para cortar o produto com o 
emprêgo da faca de avanço. 
Na l.a fase a tira avança até o encosto 
(fig. 1) e recebe o primeiro corte da faca de 
avanço (fig. 2). 
Na 2.a fase, a parte cortada L1, avança 
no comprimento igual ao da faca de avanço. 
A tira é cortada lateralmente pela 2.a vez e 
ao mesmo tempo o punção furador faz pri- 
meiro furo (fig. 3). 
Na 3.a fase, repetem-se as operajões an- 
teriores e o punção cortador corta o primeiro 
produto. Fig. 4.' 
/o Fase 
Fíg. 2 
Punçdo 
furodor 
20 Fase 
Fig. 3 [[ 
Punqüo 
cor tador 
7 
'UNJA0 DO TOPE FIXO 1 AMPO C( 
O tope fixo no estampo com faca de As figuras 5 e 6 mostram quando o tope 
avanço é geralmente empregado para o apro- fixo entra em ação pelo estreitamento "L" da 
veitamento total da tira. tira. 
Top e Punção 
cortador Tope hrnçõo furador 
I / I 
i 
MEC - 1971 - 15.000 
- 
TIPO DE ESTAMPO COM TOPE-MóVEL F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO FASES DE CORTE INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
I .9 
Como mostra a fig. 7, há outro tipo de 
estampo que, embora não possua faca' de avan- 
ço, permite obter o mesmo produto, por meio 
de topes-móveis. A escolha dêste ou daquele 
tipo requer uma análise prévia, a fim de se 
verificar qual o mais vantajoso, técnica, ou 
econômicamente, além de se levar em conta 
o fator precisão do produto de acordo com a 
tolerância exigida, produção, etc. 
A figura ao lado mostra um tipo de es- 
tampo com 2 topes móveis e um tope fixo - 
fig. 7. 
Fase - A tira é introduzida no estampo 
e o 1.O tope móvel é pressionado manual- 
mente, a fim de parar a mesma. 
Pisando-se no pedal da prensa o punção fura- 
dor entra em ação e fura a tira - Fig. 8. 
Fig. 7 
2.a Fase - Após ter feito o furo na tira, esta 
é introduzida novamente e o 2.O tope móvel 
agora pressionado limita sua passagem. Pi- 
sando-se no pedal pela 2.a vez, o p u n ~ ã o cor- 
tador desce e corta o 1.O produto. Fig. 9. 
MEC - 1971 - 15.000 
ch I 
Fig. 9 
Fig. 8 
Gu ia 
l= Tope móvel 
3." Fase - Nesta fase, os topes móveis mite o engate do retalho da tira, para limit 
não têm mais função isto é, estão em repouso. o passo, até o final da estampagem. 
Agora, o tope fixo tem sua atuação, pois per- 
FERRAMENTEIRO 
O passo é a distância compreendida 
entre o centro de um produto a outro na tira 
ou, é a medida do produtosuficiente, poderá vergar e romper e produtos sobre a mesa da prensa, faz-se um 
a matriz. Em alguns casos, poderá ocasionar canal em toda a extensão da base, na parte 
a perda total do estampo. inferior. O canal possibilita a retirada dos 
As partes laterais da base destinadas a retalhos de produtos, evitando que os mes- 
suportar as garras de fixajão, nunca poderão mos se comprimam sôbre a mesa da prensa, 
ser os lados por onde entrará ou sairá a tira. causando danificação ao estampo. 
Matriz 
Base com rebaixo para saida do Produto 
AEC - 1971 - 15.000 173 
8 
Punções 
Çentradores furadores 
/ -7-7-- 
Punçdo 
cortador 
I - - - -. - - 
MEC - 1971 - 15.000 
FERRAMENTEIRO 
Os centradores têm por objetivo levar temperado e revenido, com dureza de 56 a 
a tira já furada, na posição exata para o corte 58 R. C. 
de um produto que não permita descentrali- Nem sempre êle é fixado no porta- 
zação de furos devido às tolerâncias exigidas. punção. As vêzes, pode ser alojado no punção 
O uso dos tentador-s é particularmente cortador, desde que produto seja na 
eficaz e recomendável para chapas que tenham fase anterior. 
menos de 0,5 mm de espessura. Quando o produto não tiver furo, o 
centrador ou centradores devem ser colocados 
São colocados da mesma maneira como lateralmente, aproveitando o espaçamento da 
o são os punções comuns, isto é, no porta- tira, de preferência na direção do retalho exis- 
punção. tente de um produto a outro. 
O diâmetro dêsses elementos deve ser O comprimento dos centradores, ou seja, 
sempre inferior ao do punção que fez 0 furo da parte paralela, é maior que o comprimento 
onde êle deverá se alojar. Em geral, essa dife- dos punções que cortam, de uma espessura da 
rença vai de 0,05mm a 0,l mm. chapa, pois os centradores deverão chegar an- 
O material usado pode ser aço prata, tes do pufição do corte. 
r = d 
rf = 0,3 d 
A figura abaixo apresenta uma tira perfurada onde serão introduzidos os centradores. 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
CENTRADORES - TIPOS E FINALIDADES 
FBLHA DE 
INFORMAÇÁO 
TECNOL6GICA 
4.1 6 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS , FGLHA DE 
FERRAMENTEIRO PINOS DE GUIA INFORMACÁO TECNOLóGICA 
4.17 
Também conhecidos por pinos passado- 
res, são elementos que têm por objetivo po- 
sicionar as placas dos estampos, no lugar 
exato, sem que as mesmas possam se mover, 
corrigindo também as folgas existentes na 
fixação das placas pelos parafusos. O ajuste 
nos furos das placas deve ser forçado. Deve-se 
passar o alargador nos furos onde serão intro- 
duzidos os pinos de guia. 
São feitos de aço prata, temperados e re- 
É recomendável que os mesmos sejam 
colocados nas extremidades das placas, bem 
distanciados, próximo aos parafusos. Sempre 
que possível, os seus diâmetros devem ser 
iguais aos dos parafusos. 
Geralmente, são em número de dois ou 
mais. Aconselha-se fazer os furos para os pinos 
sempre passantes para facilitar a passagem do 
alargador, bem como a montagem e desmonta- 
gem do estampo quando necessário. 
Quiu dos Purp~Oe-E 
Para se estabelecer as medidas dos pun- 
çòes é necessário destacar-se quais as suas fun- 
ções no estampo: furar ou cortar. Conside- 
rando-se a folga entre punção e matriz pode-se 
i também determinar as medidas dos furos da 
matriz. As dimensões do produto e suas tole- 
râncias serão o ponto fundamental para esta- 
belecermos essas medidas. 
O punção furador deverá ter a medida 
do furo do produto acrescida da tolerância 
para mais, pois o furo tem tendência a "fe- 
char". Para o furo da matriz que corta o pro- 
FERRAMENTEIRO 
duto, deve-se dar a medida com tolerância 
para menos, pois o produto tem tendência a 
"crescer". 
Considerando-se que o produto é uma 
arruela, podemos estabelecer as medidas dos 
punções furador e cortador, bem como os 
respectivos furos da matriz. 
DIMENSIONAMENTO DE PUNÇõES 
E MATRIZES 
A seguir, damos um exemplo para se de- 
terminar as medidas dos punções e matrizes 
para furar e cortar arruelas, conforme desenho 
abaixo. 
Como vimos anteriormente, a medida 
do punção furador deverá ter a medida do 
furo da arruela acrescida de tolerância para 
mais, ou seja: 13,1 mm. 
Consultando-se a tabela de folga, (FIT 
2.5) vamos encontrar para chapa de aço 
1030 A de 2 mm de espessura uma folga de 
0,10 que nos permite estabelecer também as 
medidas do furo da matriz, ou seja: 13,l + 
F6LHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOLÓGICA 
Aço 1030 
4.1 8 
Punção cortador 
Ma triz 
7- 
Fora de escala 
O furo da matriz que corta o produto Através da folga que é 0,10 podemos 
deverá ser a medida da arruela, com tolerân- também estabelecer a medida do punção cor- 
cia para menos, ou seja: 24,9 mm. tador, ou seja: 24,9 - 2.0,10 = 24,7. 
1 
176 MEC - 1971 - 15.000 
I TIPOS DE FORNOS FGLHA DE 
FERRAMENTEIRO TEMPERA - PUNÇÕES E h" A "" '""" INFORMACHO 
MEC 
O aquecimento das matrizes e punções 
para têmpera, pode ser feito em fornos de câ- 
mara ou banhos de sais. (Figs. 1 e 2). 
bi 
G ~ S e Oxigênio 
Fig. 1 
Quando o aquecimento para têmpera 
é feito em fornos de câmaras, as matrizes e 
punqões devem ser protegidos contra a oxi- 
dação. 
Esta proteção pode ser feita pelo empa- 
cotamento das peças em uma caixa bem fe- 
chada. (Fig. 3). 
A caixa deve conter no seu interior pó 
de carvão vegetal ou limalha de ferro fundido, 
onde as peças são mergulhadas. 
Sempre que possível, a têmpera em pun- 
ções e matrizes deve ser feita em banhos de 
sais, o que é em si uma proteção contra a des- 
carbonetação. 
)E SAL 
Fig. 2 
A oxidação importa na descarbonetação, 
diminuindo assim, na superfície, a dureza das 
peças temperadas. 
I 
Para evitar que a limalha ou pó de car- 
vão vegetal adira à superfície das peças, é acon- 
selhável embrulhá-las com papel embebido em 
óleo. 
NOTA 
A temperatura e o processo de resfriamento na têmpera dos aços variam de acordo 
com as características dos mesmos. 
De preferência, seguir instruções dos fabricantes. 
Pó de carvão ou 
limalha de ferro 
fundido - 
Peças para têmpera 
Caixa de aço 
REVENIMENTO - PUNÇõES E MATRIZES F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO TABELA COMPARATIVA DE DUREZA INFORMAÇÃO 
TECNOL6GICA 
4.20 
I 
Depois da têmpera, submete-se os pun- O revenimento torna o aço menos que- 
ções e matrizes ao tratamento térmico de reve- bradiço e mais resistente, o que é de impor- 
nimento, cujo motivo principal é diminuir a tância fundamental no caso de estampos. 
fragilidade e aumentar a tenacidade. 
1 
indicados pelos fabricantes de aços para pun- 
ções e matrizes. 
As especificações a respeito de têmpera, Abaixo, damos uma tabela de dureza, 
revenimento e dureza devem seguir, à risca, para alguns tipos de matrizes, punções e ele- 
as temperaturas e processos de reshiamento mentos dos estampos. 
)E DCKELA EM HRC 
PEÇAS 
J I CORTADORES I 60 - 62 I 
DOBRADORES 56 - 58 
ç REPUXADORES a 58 - 60 
E CORTADORES DOBRADOS 58 - 60 
S CORTADORES REPUXADORES 58 - 60 
MATRIZES EM GERAL 60 - 62 
MATRIZES COM PERIGO DE QUEBRA 58 - 60 
FACA DE AVANÇO 60 - 62 
EXTRATORES 56 - 58 
LEVANTADORES DE TIRAS 56 - 58 
COLUNAS DE GUIA I 58 - 59 
BUCHAS DE GUIA 58 - 59 
PINOS DE GUIA . 56 - 58 
PINOS DE ENCOSTO 56 - 58 
- 
PLACAS DE CHOQUE 54 - 56 
PINOS CENTRADORES 58 - 60 
NOTA No caso de pequena produção e quando 
Tôdas as peças devem ser temperadas o material a cortar for mole, a matriz pode 
e revenidas. dispensar a têmpera. 
. 178 MEC - 1971 - 15.000 
L -. - - - --- - - 
ESTAMPO PARA SUPORTE DO F6LHA DE 
FERRAMENTEIR0 PILOTO DE RADIO INFORMACAO 
TECNOLóGICA 
5.1 
Este tipo de estampo serve para produ- O contorno total do produto não é cor- 
tos que não necessitam de muita precisão. tado de uma só vez, razão pela qual forma 
A posição do punção no estampo evita uma pequena saliência na interseção dos 
o retalho da tira entre dois produtos conse- cortes. 
cutivos. 
I 
I 
ODUTO 
A 
1---4MPO P - ' FURAR E CORTAR 
FORMA PP TIMITII , , - , _ -_ITE- --- -- 
Material .' Aço 1030 
FASES DE CORv- - - ' TIRA 
FASE 
Retalho 
FASE 
Neste estampo, o encostoangular centraliza a tira para ser cortada em seguida, 
pelo punção. 
Fig. 1 
JRA " TIRA 
t 
i 
. T I R A 
i 
i 
I 
Para se obter o produto (fig. 1) cal- NOTA 
cula-se a largura "X" como segue: - 
AB = a diagonal do quadrado ABCD com 
lado 30. - 
AB = 30.1,414 = 42,42 ou X = 43. 
CALCULO DQ PASS( 
- Quando se dispõe a peça inclinada a 45O, 
calcula-se o passo "P" como segue: 
ESTAMPO PARA SUPORTE DO FGLHA DE 
FERRAMENTEIRO PILOTO DE RADIO INFORMAÇ~O 
TECNOL~GICA 5.2 
A largura da tira deve ser um pouco 
maior que a largura da peça, para assegurar 
um corte perfeito. 
I 
I 
I 
I 
- - 
ab = a diagonal do quadrado abcd com 
- lado 12. 
ab = 12.1,414 = 16,968 ou P = 16,97. 
184 MEC - 1971 - 15.000 
. . 
TABELA PARA DETERMINAR OS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO 
ESPAÇAMENTOS E LARGURA DA TIRA 
INFORMAÇÃO 
TECNOLÓGICA 
5.4 
OBSERVAÇÃO: Quando a tira levar centradores conforme figura, as medidas de C e B, saem em função da 
colocação de E e F. 
NOTA: As medidas indicadas na tabela podem ser alteradas quando fbr provada a sua conveniência. 
MATERIAL ESPEÇSURA A B C a E P 
0,2 
até 10 0,s - 1,2 0,5 1 0,s 3 
até incl. 10- 30 1 2 - 2 0,5 - 1 1 - 1,s 0,5 3 
A le 30-100 2 -3 1 - 2 1,5 - 2 0,5 - 1 
0,s 3,5 
100-300 3 -5 2 -3 2 - 2,5 1 -2 4 
0,s 
até 10 1 -1,5 1 1,5 1 3 
Ago 1020 a 1050 até incl. 
10- 30 1,s - 2 1 - 1,5 1,5 -2 1 3 5 
1 
30- 100 2 - 3,5 1,5 - 2 2 - 2,5 1 - 2 4 
100 - 300 3,5 - 5,5 2 - 3,5 2,5 - 3 2 - 3 4 
1 
até 10 1,s - 2 1,s 2 1,5 3 
E 1 0 - 3 0 2 -2,s 1,5 -2 2 - 2,5 
até incl. 1,5 3,5 
1,s 
30 - 100 2,5 - 3,5 2 -2,5 2,5 - 3 1,5 - 2,5 4 
100 - 300 3,5 - 6 2,5 - 3,5 3 - 8 3 29-5 - 3,5 5 
até 10 
1,5 
2 - 225 2 2 3 2 
Alumini 
3,5 
10- 30 2 3 - 3,5 2 - 2,5 2,s 2 - 4 
até incl. 
2 
30 - 100 3,5 - 6 2,5 - 3,5 2,5 - 3 2 - 3 4 
100 - 300 , 5 -6 3,5 -3 3 - 3,5 3 -4 5 
2 
até 10 3 - 3,5 3 3 3 3 4 
10- 30 3 3 - 4 3 - 3,5 3,5 - 4 3 4 
até incl. 
3 
30 - 100 4 -5 3,5 - 4,5 
100 - 300 5 -6 4 5 - 6 4,5 - 5 4,5 - 6 6 
3 
até 10 5 -5.5 5 5 5 5 
10- 30 5,s - 6 5 - 5,5 5 -6 6 5 
até incl. 
5 
30 - 100 6 -8 5,5 - 6 6 - 7 6 -8 6 
100 - 300 8 -10 6 - 8 7 -8 8 - 10 8 
até 10 
0 2 
2 - 2,5 2 2 5 1 3 3 
10- 30 2,5 - 3 2 - 2,5 2,5 - 3 1,5 - 2 
até incl. Patinax 30 - 100 3 -4 2,5 - 3 3 -4 
0,5 
2 - 2,5 4 
100 - 300 4 - 5 3 -4 4 -5 2,5 - 3 
3y5 I 
6 
OU até 10 2,5 - 3 
0,s 
2,s 2 5 . 2 3 I 
10- 30 3 -4 2,5 - 3 2,5 - 3 2 - 2,5 3 3 
material isolante até incl. 
1 
30 - 100 4 -6 3 -4 3 -4 2,5 - 3 4 
100 - 300 6 -8 4 -6 4 -5 3 -4 6 
1 
até 10 3 -4 3 3 2 3 3 
10- 30 4 -5 3 -4 3 -4 2,5 - 3 3 3 
até incl. 
2 
30 - 100 5 - 6,5 4 -5 4 - 5 3 -4 5 
100 - 300 6,5 - 10 5 - 6,5 5 -6 4 -6 6 
0 2 até 10 1 0,5 2 0,5 3 Presspan 
até ind. 10- 50 1 -3 0,5 - 2 2 - 3 0,5 - 1,5 3,5 
0 5 50 - 200 3 -5 2 -4 3 - 5 1,5 - 3 4 
0,5 até 10 1,5 1,5 3 1 3 
até ind. 10- 50 1,5 - 3,5 1,5 - 3 3 -4 1 - 1,5 3,5 . 1 
papelão 1 5 50 - 200 3,5 - 5,5 3 -5 4 - 5 1,5 - 3 4 
1,5 até 10 3 3 5 2 3 3 
meio duro até ind. 10- 50 3 -6 3 -5 6 2,5 - 4 3 3 
3 50 - MO 6 - 10 5 - 7 7 4 - 5 5 
i 
184 MEC - 1971 - 15.000 
Punção 
Camisa 
Fig. 2 Fig. 3 
-. 
I 
I 
I 
I 
I 
1 
I 
. - .- -- -- -- . . - - - - -- - 
FERRAMINTEIRO ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
FORMAS E FIXAÇÃO DOS PUNÇõES 
PUNGÃO 
É a parte do estampo que pressiona a NOTA: Os punções cilíndricos até o 
dando forma ao produto. Sua função varia aço prata. 
conforme a finalidade do estampo, ou seja: 
furar, cortar, dobrar, enrolar, embutir, etc. 
O material empregado na construção 
dos punções é o aço indeformável, ou aço es- 
jm5 
chapa ou tira, contra as cavidades da matriz, diâmetro de 11 mm geralmente são feitos de 
pecial, resistente ao desgaste e ao choque; de- 
ve ser temperado e revenido em temperatura 
conforme indicação dos fabricantes de aço. 
A dureza em R. C. deve chegar entre 
60 e 62 para que trabalhe em condições 
ideais. f i 
A fim de evitar a ruptura dos punções 
durante a prensagem, não é recomendável 
utilizá-los com diâmetro de espessura inferio- 
Fig. 1 
res à espessura da chapa a ser cortada. Para 
punções cilíndricos, o diâmetro mínimo deve Quando o comprimento do punção ul- 
ter a espessura da tira mais 20 %. trapassar a 10 vêzes o seu diâmetro, há o pe- 
Ex.: para furar uma chapa de 3 n ~ m de rigo de ocorrer a flambagem e consequente- 
espessura, 0 dihnetro mínimo do punção mente a ruptura do punção. Neste caso, deve 
deve ter: ser o mesmo, bem guiado e para garantir um 
d = 3 + 3 X 2 0 bom trabalho, sem risco de quebra costuma-se 
100 fazê-lo mais grosso e rebaixá-lo conforme 
d = 3,6 mm mostra a figura 2. 
A parte rebaixada não deve ser maior 
que 8 a 10 mm em seu comprimento e ser 
concordada com o diâmetro maior, por meio 
de um raio, que lhe dê reforço, (Fig. 2). 
Além dêsse caso, os punções de peque- 
nos diâmetros se fazem geralmente de duas 
peças, isto é, o punção pròpriamente dito, pa- 
ralelo, e uma bucha ou camisa de aço prata 
que o envolve (Fig. 3). 
MEC - 1971 - 15.000 187 
FBLHA DE 
INFORMAÇÁO 
TECNOL6GICA 1 
I 
Esse tipo 
êste poderá ser 
Damos a 
porta-punção. 
7 
substitui com vantagem o anterior, pois, no caso de ruptura do punção, 
substituído rapidamente por outro sem perda de tempo. 
seguir algumas formas de punções e tipos de fixagão dos mesmos no 
FORMAS DE PUNÇBES 
Cabecas remoshadas Cabecos torneados 
I I 
'o3 ' 1 pq 'e- =/ pf@ \$ ~ , t 
4 
com camiso diretornente torneado torneado e com 
face de encosto 
FERRAMENTEIRO 
Vários são os sistemas de fixação dos punções no porta-punção; eis abaixo alguns 
exemplos: 
FIXAÇÃO DOS PUNGUES 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
FORMAS E FIXAÇÃO DOS PUNÇõES 
resina 
7 
com pino de guio 
F6LHA DE 
INFORMAÇÃO 
TECNOLÓGICA 
com resina 
5.6 
com parafuso 
-. 
MEC - 1971 - 15.01 
Porto - punçÜe 
Pino 
FERRAMENTEIRO 
guia 
NOTA 
-Quando o punção tem uma base de apoio suficiente, pode ser fixado no porta-punção 
por meio de, no mínimo, dois parafusos e dois pinos de guia. 
VANTAGENS: 
-Dispensa o encaixe para o punção no porta-punção. 
- Economiza material de custo elevado porque pode ser mais curto. 
MEC - 1971 - 15.000 189 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
FORMAS E FIXAÇÃO DOS PUNÇõES 
F6LHA DE 
TECNOL6GICA INFORMAÇÁO 
5.7 
Fig. 1 
- . .- 
Fig. 2 
FERRAMENTEIRO 
I Os sistemas de fixação apresentados nas - Fig. 2 - Maior economia de material e 
figs. 1-2 e 3, são usados para punções de pe- de mais simples execução. 
quenos diâmetros e oferecem as seguintes van- - Fig. 3 - Além de apresentar as mesmas 
tagens: vantagens da fig. 2, o punção 
- Fig. 1 - Economia de material de aço es- pode ser regulado conforme o 
pecial. > desgaste. 
Fig. 4 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
Furos paro extroção B? 
T- - - - FORMAS E FIXAÇAO DOS PUNÇÕES TECNOLÓGICA 5.8 
FGLHA DE 
I 
Fig. 5 
NOTAS 
Na fig. 5, a matriz e o punção são fixa- 
As figuras 4 e 5, apresentam sistemas de dos mediante uma esfera sob a ação de uma 
fixação de punções e matriz que permitem mola. 
I sua troca com grande facilidade, evitando a A extração é feita por intermédio de 
desmontagem do estampo fixado na prensa. um pino, o qual, através de um furo, empurra 
I 
, Na fig. 4, o pungo é fixado com sim- a esfera contra a mola, soltando o pungão ou 
ples apêrto de uma porca. a matriz. 
I 
I 
190 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
1- 
INFORMACAO 
ESFBRÇO DE CORTE 
.. 
Para reduzir o esforço de corte, afia-se a parte ativa dos punções ou matrizes, con- 
forme figuras abaixo. 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
ESFBRÇO DE CORTE 
PUNÇÕES ESCALONADOS E SEGMENTADOS 
Usam-se êstes tipos de corte, geralmente 
para cortar chapas grossas. A parte ativa da 
matriz ou punção afiados com inclinação, re- 
duz o esfôrço de aproximadamente 2 / 3. 
Fórmula = E c = P.e .2 .Rc 
3 
Ec = Esforço de corte 
P = P.erímetro a ser cortado 
Rc = Resistência ao corte em Kg/mmz 
(Ver tabela) 
Rstes tipos de matrizes e punsões usam-se 
geralmente para cortar chapas grossas. 
a 
FBLHA DE 
INFORMAÇÁO 
TECNOL6GICA 
PUNÇOES ESCALONADOS 
5.9Existe outro processo para reduzir o 
esforço de corte, que é o de punções escalona- 
dos, ou seja, punções com comprimentos dife- 
rentes. 
P o r t a e s p i g a - 
Placa de c h o q u e 
Porta p u n ç õ o - 
A diferença entre os comprimentos dos punções varia entre meia a uma espessura 
do material a ser cortado. 
1 MEC - 1971 - 15.000 191 
I 
I 
I 
I 
I 
1 
FERRAMENTEIRO 
- 
r UL~ÇÕES SE-_/ldNTADOS 
Os punções de grandes dimensões que ou iiierios 250 mm, devem ser executados com 
ultrapassam o limite da têmpera, ou seja, mais l~locos postiços. 
O suporte dos segmentos postiços deve Eles devem ser bem ajustados nos encai- 
ser feito de aço 1020 ou aço fundido. xes do suporte e sua fixação é feita por para- 
Os segmentos postiços são feitos de aço fusos e pinos de guia. 
indeformável, temperado e retificado. 
192 MEC - 1971 - 15.000 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
ESFORÇO DE CORTE 
PUNÇÕES SEGMENTADOS E ESCALONADOS 
F6LHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
5.1 0 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO MATRIZES INFORMAÇAO 5.1 1 
TECNOLóGICA 
4Tn " 
É a parte do estampo que forma o pro- 2 - Com postiços encaixados 
duto, sob a ação do punção. 3 - Segmentadas 
O primeiro tipo se refere às matrizes 
Podemos destacar três tipos principais executadas em uma só placa, de aço indefor- 
de matrizes de corte: mável. 13 o tipo mais comumente usado em 
1 - Inteiriças estampos convencionais. Exemplo: 
Corte A 8 
\ 
.L-:.$+ --e- - 
8 rl --- 
--- -. -- + .-. -.-- 
i 
- .+.- -.+.+.. . 
As matrizes para corte de chapas até sos e no mínimo de dois pinos de guia. Os 
2 mm de espessura são sobrepostas na base. pinos deverão manter entre si o maior espa- 
Neste caso a fixação será por meio de parafu- çamento possível. 
MEC - 1971 - 15.000 193 - - - 
uAS MATRIZES INTEIRI 
MATRIZES COM POSTIÇOS ENCAIXADOS 
O segundo tipo diz respeito a matrizes cujas partes ativas são postiços de aço especial, 
indeformável, encaixadas em placas de aço de baixo teor de carbono. Considerando que o 
aço especial é mais caro, haverá uma economia de material. 
Estes tipos de matrizes são aconselháveis quando a mão-de-obra não encarece a sua 
execução. I 
FERRAMENTEIRO 
Também a vantagem de serem fàcilmente substituídas no caso de desbaste ou 
ruptura. 
Motriz 
I I 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
MATRIZES 
Motriz 
7 
Constroem-se matrizes segrnentaaas, por 
duas razões principais: 
1.O) Nos casos de matrizes de grandes 
dimensões, para reduzir as defor- 
mações decorrentes na têmpera e 
FOLHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOLÓGICA 
permite uma manutenção mais 
econômica; 
2 . O ) Para facilitar a sua construção 
quando os contôrnos de corte forem 
complicados. 
5.12 
1 . O CASO 
C o r t e A - 8 
Pino de guia Parafuso - Base 
I 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
- - -- - . - - . -- -- - 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FÔLHA DE 
FERRAMENTEIRO MATRIZES INFORMAÇÁO TECNOLóGICA 
5.13 
2." CASO 
Cada segmento deve ser perfeitamente ajustado na base. A base pode ser aço 1030 A 
ou aço fundido. A fixaqáo dos segmentos na base é feita por anel e parafusos. 
Ma triz / CORTE A-6 
Para cortar chapas de 2 mm de espessura as matrizes podem ser parcialmente ou 
totalmente encaixadas. 
As matrizes devem ser temperadas e 
I I revenidas conforme indicação dos fabricantes. 
I 
Para trabalhar em condições ideais, a 
dureza H . R . C. deve ser de 60 a 62. 
Recomendam-se aços que tenham as se- 
guintes características: 
1) Alto teor de cromo e carbono. 
2) Coeficiente razoável de não deformação. 
3) Resistência ao desgaste. 
4) Ser fàcilmente usinável. 
A espessura da matriz depende do es- 
forço de corte. 
As matrizes serão encaixadas em todo o contorno externo, se os esforços laterais pro- 
venientes do corte forem da mesma ordem de grandeza. A fixação, neste caso, será feita 
sòmente com parafusos. 
I AÇ 
I Os materiais empregados na construção 
de matrizes são, na totalidade, aços especiais, 
indeformáveis, resistentes ao desgaste. 
FERRAMENTEIRO 
I 
196 MEC - 1971 - 15. 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
MATRIZES 
FdLHA DE 
TECNOL~GICA INFORMAÇÃO 
5.1 
-Vários são os sistemas de fixação das matrizes na base; eis abaixo alguns exemplos: 
Quando os punções não são guiados pela guia fixada na matriz, podem ser guiados me- 
diante colunas fixadas no porta-punção como no exemplo abaixo: 
i 
guia - 
MEC - 1971 - 15.000 197 
FERRAMENTEIR0 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
SISTEMAS DE FIXAÇAO DE MATRIZES 
FBLHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOLÓGICA 
5-15 
Base 
Base com calços paralelos 
Quando a descarga dos retalhos e produtos coincide com o furo da mesa da prensa, 
não é necessário a abertura de canais, nem a colocação de calços. 
I 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FBLHA DE FERRAMENTEIRO 
I BASES E PORTA-ESPIGA INFORMAÇAO 
TECNOLóGICA 
5.17 
i I Além das bases convencionais, existem bases e cabeçotes de ferro fundido, que se 
encontram no comércio, já prontos, apenas necessitando de algumas usinagens e ajustes, de 
acordo com a necessidade. 
Damos a seguir alguns exemplos dos tipos mais usados. 
A estampagem de letras, em peças, pode mando cavidades. Estas cavidades ficam com 1 
ser feita pela simples penetração dos punções, a forma das letras, dadas pelo punção. 
que afastam as moléculas do material, for- 
- .- .. 
Estampo para .' Furar - Estampar letras - Cortar 
FERRAMENTEIR0 
PRODUTO 
ESTAMPO PARA CUNHAR E CORTAR FGLHA DE 
PLACA DE IDENTIFICAÇÁO INFORMAÇAO 
FASES DE CORTE TECNOLóGICA 
6.1 
Corte A - A 
Neste estampo o encosto fixo está dis- 
posto de modo a não permitir o espaçamento 
entre os cortes sucessivos, havendo uma eco- 
nomia do material. Uma parte do produto 
não é cortado, havendo também uma redução 
no esforço de corte. 
O avanço da fase é determinado por 
um pino de encosto móvel. 
Os avanços sucessivos são determinados 
por um encosto fixo na guia. 
I 1 
MEC - 1971' - 15.000 213 
OUTRO TIPO DE ESTAMPO PARA FURAR F6LHA DE 
FERRAMENTEIR0 E CORTAR PLACA DE IDENTIFICA@O INFORMACÃO 
COM ESPAÇAMENTO NA TIRA TECNOL~GICA 6.2 
Neste tipo de estampo, os avanços da tira são limitados por três topes, sendo dois 
móveis e um fixo. Para a primeira estampagem pressiona-se o tope móvel n.O 1 que limita 
o 1." avanço da tira. 
I P R O D U T O 
Espessura I 
Mat.: ai'uminio 
Para a segunda estampa- 
gem, pressiona-se o tope mó- 
vel n.O 2, que limita o se- 
gundo avanço da tira. Acio- 
nando-se o pedal da prensa, 
os punções furadores e cor- 
tadores entram em ação, fu- 
rando e cortando simultâ- 
Acionando-se o pedal 
da prensa, o pun~ão 
furador entra em ação 
e fura a tira. 
Ia. Fase -- 
2o.Tope rndvel 
(em repouso) O 
neamente a tira e o produto. 
Para as demais estampagens, 
os dois topes móveis perma- 1 , fixo 
necem em repouso, enquan- D 
to que os avanços da tira 3a.Fase 
passam a ser limitados pelo 
tope fixo. 
20.iope móvel [3 [3 lo.Tope móvel 
(em repouso) (em repouso) 
Retalho da tira após 
a 30. estompagem 
. . - 
I 
I 
214 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO E X E C U S Ã O DE L E T R A S E N U M E R O S INFORMAÇÃO 
TECNOLóGICA 
6.3 
- A execução das letras e dos números deve - Abaixo, exemplos de letras e números de 
ser feita ao inverso de como são lidas, exceto fôrma: 
aquelas de fornia simétrica. 
NOTAS - Pode-se ler no verso desta fôlha (virada 
- O número seis usa-se também como nú- contra a luz) a leitura correta de todos os 
mero nove. números e letras Simétricas. 
MEC - 1971 - 15.000 215 
ASSI MÉTRICA 
LETRAS A ESTAMPAR 
-- - 
1 
FERRAMENTEIRO 
MEC - 1971 - 15.000 
PRENSA DE FRICÇÃO F6LHA DE 
NOMENCLATURA - CARACTERÍSTICA INFORMAÇÁO 
FUNCIONAMENTO TECNOLóGICA 
6.5 
A prensa de fricção é uma máquina de A cunhagem de moedas,' medalhas e 
construção robusta, cujos movimentos inter- moldes para cunhagem de peças são trabalhos 
mitentes e alternativos, permitem fazer-se tra- típicos de prensa de fricção. 
balhos de cunhagem e estampagem a quente. 
NOMENCLATURA 
A = Corpo 
B = Bucha 
C = Parafuso 
D = Volante 
E = EixoF = Disco de fricção 
G = Disco de fricção 
H = Martelo 
K = Guia do martelo 
L = Alavanca de comando dos discos 
M = Inversor 
Descida do Martelo Subida do Martelo 
A descida do martelo é feita pelo aciona- Acionando a alavanca "L" para cima, o 
mento da alavanca "L" para baixo, por inter- volante "F" desloca-se, pressionando o disco 
médio do inversor "M", que aperta o disco "D", invertendo a sua rotação, fazendo subir 
"G" contra o volante "D", pondo-o em movi- o martelo "H". 
mento, juntamente com o parafuso "C", que 
faz descer o martelo "HJ'. 
L 
Este estampo tem a parte frontal livre 
para colocar e retirar com facilidade o pro- 
duto. 
A estampagem de letras neste estampo 
é feita simultâneamente com as dobras. A 
FERRAMENTEIRO 
placa suportada pelas molas tem duas fun- 
ções : 
a) pressionar o produto contra o punção para 
evitar o seu deslocamento e 
b) extrair o produto após as operações de do- 
brar e estampar as letras. 
IVRE PARA DOBRAR E ,, , 
SIMULTÂNEAMENTE 
ESTAMPO PARA DOBRAR E 
GRAVAR LETRAS SIMULTÂNEAMENTE 
Fig. i 
Material.' Alumínio (do tarefa N r i 3 J 
F8LHA DE 
I NFORMAÇAO 
TECNOL6GICA 
NOTA 
Os estampos que têm a parte frontal As colunas servem de guia, permitindo 
livre, permitem também aproveitamento de perfeito funcionamento entre as partes supe- 
retalhos ou subprodutos. rior e inferior do estampo. 
6.6 
1 i18 MEC - 1971 - 15.OC 
- - - 
FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO CALCULO DO DESENVOLVIMENTO A B C D INFORMAÇAO 
TECNOLBGICA 6.8 
Exemplo para calcular o desenvolvimento ABCD 
Considerando o triângulo AOB se obtém: 
O desenvolvimento ABCD é = 5,38 + 8 + 5,38 = 18,76 
- A função da placa de choque é evitar que 
a cabeça temperada do punção, sob a ação 
do golpe de trabalho, penetre no porta- 
espiga que é de aço comum. 
- Aplica-se a placa de choque, quando a su- 
perfície da cabeça do punção é pequena 
e, também, quando a cabe~a do punção 
coincide com a rosca da espiga. Sua espes- 
sura varia entre 3 a 8 mm. 
- A placa de choque deve ser temperada. Po- 
rém, quando o golpe de trabalho não é 
excessivo, pode ser simplesmente de aço 
duro. 
A aplicação da borracha na execução dos - Substitui punções no corte de chapas finas, 
estampos oferece as seguintes vantagens: porque sendo a matriz que corta, o punção 
- Evita gravuras de baixo relêvo nas matri- tem simplesmente a função de pressionar 
zes, o que é trabalhoso e de custo elevado; o material contra o gume da matriz. 
- Substitui molas no impulsionamento dos 
, extratores e dos prensa-chapas; 
!20 . MEC - 1971 - 15.0( 
- - - - -- - . - - - -- -- - 
Visto do conjunto infer ior 
1 
I 
I 
FERRAMENTEIR0 
Faca de avanço 
I 
i 
-i 
le Fase I 
A -. 
~ Ú l c u l o do valor de * x " e de "L* 
h Seno de 60e= - D+e 
0,866 - - h h = 0,866 x (Ote1 - - - - ~ + e 
x = 2 h L = X + D + 2 e 
0 - Diametro do Punçüo 
L = Largura da Tira 
5 0 F a s e 
X = ir tância entre Puneões 
e =Espessura d a Chapa 
P=Passo 
MEC - 1971 - 15.000 23 1 
ESTAMPO DE CORTE MúLTIPLO PARA 
TRÊS ARRUELAS - FASES DE CORTE 
CALCULO DE "X" E DE "L" 
FBLHA DE 
INFORMAÇÁO 
TECNOLóGICA 
7.1 
T i r o 
Produto 
=P 
D = D i 6 m e t r o do Punçdo 
L = L a r g u r a d a T i r o 
 distância e n t r e Punções 
e~ Espessura d a T i ra 
P= Passo 
h = A l t u r a do t r i â n g u l o 
1s Fase 
30 Fase 
(duas peças 
por golpe 1 
FERRAMENTEIRO 
h Ssn. 60° = - 
D + e 
I I 
232 MEC - 1971 - 15.0 
- - - - -- -. - -- - - 
ESTAMPO DE CORTE MÚLTIPLO PARA 
DUAS ARRUELAS - CALCULO 
FASES DE CORTE 
FÔLHA DE 
I N FORMACAO 
TECNOLÓGICA 
7.2 
ESQUEMAS DE ESTAMPQS DE CORTE MúLTIPLQ PROGRESSIVO 
M a t r i z 
T I R A 
1 3 a s e 
Produto 
t 
M a t r i z 
R e t a l h o da t i r a . I 
* "~~o$oo . , r-.,., .i(.,-.. ?ii.. o?, $5 
F-To12J;;o 0 0 4 gfx. '&&.a-"a L. I 
A tira deve ficar constantemente encos- 
tada sobre a guia direitk. 
A guia da esquerda deve ser construída 
de tal modo que na entrada da tira o canal 
tem uma largura L + X + folga, e na saída 
uma largura L. 
Um estampo com faca de avanço per- 
mite uma marcha contínua da prensa. 
Na prática, não se emprega faca de 
avanço para o corte de material com espessura 
superior a 3 mm. 
Em alguns casos as facas de avanço po- 
dem ter uma saliência que permanece sempre 
dentro da matriz, a qual substitui o encosto 
temperado, conforme mostra a figura abaixo. 
Material 
7 
Foco de ovonco 
Matriz / 
Punção 
P e ç a cor tada 
I 
Passo Passo - Posso - - 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO FACA DE AVANÇO - CENTRADORES INFORMAQO 
TECNOLÓGICA 7.8 
A posição da faca de avanço no estampo ças e à dispcsição na tira, aconselha-se fazer 
não influi no seu funcionamento, mas sim, estampos com duas facas de avanço, para me- 
no mell-ior aproveitamento do material. Ihor aproveitamento do material e evitar per- 
Em caso de estampos com dois ou vários das de peças inacabadas, como ilustra a figura 
grupos de punções, devido às formas das pe- abaixo: 
Nesse processo com duas facas de avanço coloca-se então, unia seguiicla raca de avanço 
a distância entre a faca A - 1 e o punção C do outro lado da tira. 
é superior a um passo. A posição dessa segunda faca é total- 
Nesse caso, a boa utilização da tira é mente independente da primeira; é simples- 
sòmente no seu início de corte, porque, mente para permitir a utilização completa da 
quando a faca terminar o corte total da tira, tira. 
ficará uma sobra de material com compri- A faca pode ser colocada depois do pun- 
mento de xy sem ser utilizado. ção de corte. 
Para aproveitar essa perda do material, 
238 MEC - 1971 - 15.0( 
-- 
FERRAMENTEIRO ESTAMPO DE CORTE PROGRESSIVO FÔLHA DE 
PARA FURAR, CORTAR E SEPARAR INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 7.10 
Tope móvel " 
Faca de avanço 
- T I R A 
Q 8 
@ Q 
I 
I 
I 
I 
1 
T I R A 
-T IRA 
l 
i 
. . 
, . 
NOTAS Novamente são executados os furos, o corte 
lateral e formados os dois primeiros pro- 
- Na l.a fase, a tira é furada e cortada lateral- dutos. 
mente na medida do produto (84 mm). - Na 3.a fase, são repetidas, simultâneamente, 
- Na 2.a fase, o terminal "A" da parte cor- a primeira e segunda fase e separados os 
tada da tira avança até o tope móvel "B". dois segundos produtos. 
I 
I 
! h 
I 
1 240 MEC - 1971 - 15.000 
- 
A faca de avanço tem a função de deter- 
minar com exatidão o avanço da tira, o qual 
deve ser igual ao "Passo". 
--- - 
- 1 
FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO FUNÇÁO DA FACA DE AVANÇO I N FORMACA0 
TECNOLÓGICA 
7.1 1 
EncÔsto F a c a d e a v a n ç o , S a I i e n c i o s , 
A A 
2 
T I R A 
Desgaste nos contos v i v o s 
- Geralmente a faca de avanço sofre - Rsse inconveniente é eliminado fa- 
desgaste nos seus cantos vivos (fig. acima), zendo-se o punção com um comprimento 
dando origem a pequenas saliências na tira, maior que o passo e aplicando-se um tope 
as quais impedem o normal deslizamento da móvel. 
mesma na guia. 
O tope móvel tem a fuiição de permitir o mesmo corte a saliência formada em conse- 
que a faca de avanço tenha um comprimento qüência do posterior desgaste nos cantos vivos 
maior que o "Passo" e tainbéin garantir, que de sua parte ativa. 
MEC - 1971 - 15.000 24 1 
A 
'OPE I 
Neste tipo de faca de avanço a saliên- do mesmo, é eliminada no corte sucessivo. 
cia "s" formada em conseqüência do desgaste 
P a s s o 
I 
I 
I 
\ Corte da saliência 
FERRAMENTEIR0 
Formacõo da saliência ' S " i 
FOLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
OUTROS TIPOS DE FACA DE AVANÇO 
OB~ERVA~ÃO pequena dimensão há o perigo de ruptura do 
Por ser o de.nte "D", normaln~ente, de mesmo. 
7.1 2 
Neste tipo de faca de avanço, as saliên- porque as mesmas não interferem no desliza- 
cias formadas não precisam ser eliminadas, mento da tira na guia. 
OBSERVA~ÁO a formação do dente "D" e conseqüentemente 
Nesta forma de faca de avanço, evita-se o perigo da ruptura é menor. 
L 242 MEC - 1971 - 15.000 - 
TIPO DE ESTAMPO DE CORTE COM FaLHA DE 
FERRAMENTEIR0 PUNCKO DE CORTE LATERAL E TOPE M6VEL zc"N"O!zÃ& 7-13 
A medida da largura da faca de avanço 
corresponde à medida do passo. Nos casos em 
que o passo requer um grande avanço, pode-se 
empregar o sistema que determina o avanço 
por um punção de corte lateral e por um tope 
móvel, como mostra a figura abaixo. 
CORTE L TERAL 
Considerando o fator aproveitamento do material, deve-se estudar a disposição do I 
produto na tira, que pode ser no sentido longitudinal, transversal e oblíquo. 
DETERMINAÇÃO DE "8" 
cotg s = 
B + C 
A 
32 
cotg 8 = ---- - 2,56 
12,5 
Sen . S 
Sendo S igual a a', teremos: 
D = A . cos 8" = 12,5 . 0,93148 = 11,64 
Y = 2 r + 2 D = 2 . 3 + 2 . 11,64=28 
L = Y +2e=29 ,28+2 . 0,95=31,18 
O passo "P" deve ser exatamente igual a "X". Isto para garantir, na 2.a fase, a per- 
feita centralização dos furos nas abas do produto. 
ESTAMPO PARA. FAZER FIXADOR DO FGLHA DE 
FERRAMENTECRO MOSTRADOR E PILOTO - DETALHE INFORMACÃO 
TECNOLóGiCA 
8.1 
Sempre que possível, quando a quanti- A figura abaixo nos dá um exemplo de 
dade das peças a serem estampadas fôr em um estampo que executa tôdas as operações 
grande escala, deve-se construir estampos que que o produto requer, ou seja: furar, separar, 
executem tôdas as operações necessárias para dobrar, e cortar. 
a formação final do produto. 
Material : AGO 0,3 % I 
f 9 Fase 
Produto "A" 
7 
Pino de encosto 
Existem produtos que pela sua forma 
complexa dificultam a fabricação de estain- 
pos que requerem diversas fases, implicando 
na sua manutenção e custo. Nestes casos é 
conveniente dividir-se as operações em dois 
ou mais estampos. 
MEC - 1971 - 15.000 25 1 
ESTAMPO PROGRESSIVO DE FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO FURAR - SEPARAR E DOBRAR COM I N FO RMACÃO 
PRENSA-CHAPA TECNOLÓGICA 
8.2 
- - - - . 
i SOBRE - 
1 - A razão da diferença "d" entre o pun- 
cão "PM" e os demais é necessária para 
evitar a penetração demasiada dêstes na 
matriz, o que poderia causar quebra ou 
desgaste da parte ativa. 
13 boa norma que a penetração do 
punção na matriz seja de 1 ou 2 min 
após o corte. 
2 - O punção "P" é móvel para funcionar 
como prensa-chapa e garantir que o pun- 
ção "PM" execute o corte de separação 
antes do dobramento. 
3 - Na fase, há um desperdício de + ou 
- 2 mm, para assegurar o perfeito esqua- 
drejamento da tira e conseqüentemente, 
posicionamento exato do: avanço, dobra- 
mento, rasgos e furos. 
4 - Após o assentamento do punção "P" na 
base, o punção "PM" deve descer ainda, 
Abaixo um exemplo: 
para con~pletar o dobramento, metade 
da sua abertura "aJ' menos "XJ' . 
espessura da 
e - 2 
2 x e = 4 
chapa 
5 - O produto "A" se obtém com o avanço 
sucessivo normal da tira. 
O produto "B" se obtém virando a tira 
I após a foimação de cada produto " A . 
252 MEC - 1971 - 15.000 
Regra geral, nos estampos, os punções funcionam no conjunto superior e a ma- 
triz no conjunto inferior. Em alguns casos, pode-se inverter esta ordem, colocando-se a 
matriz no conjunto superior (matriz - punção) e o punção no conjunto inferior (pun- 
ção - matriz). 
este processo nos dá um produto de alta precisão, reduz o tamanho do estampo e 
as fases de corte, porém, torna-o mais complexo, dificultando a sua execução pelo agru- 
pamento dos punções em um espaqo limitado. I 
FERRAMENTEIR0 
ESTAMPO DE - 
( 
FORK ' PRIMITIV ' DO R" TER1 ' - 
ESTAMPO PARA FAZER A BASE DA SARJETA 
i 
I T I R A 
\ Material .' Chapa preta 
Fig. f 
FOLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
8.3 
F UNÇÃO VALOR IFÓRMULAS ( VALOR 
Seno D-C ~ e n o ~ = a + c = C o s . 4 
Co-seno 07 C o s . ~ = b + C = s8n .0~ 
~ ó n ~ e n t e E t g . ~ = a + b = c0t.s 
Cofangente AX cotb = b + a = tg. s 
CÁLCULO 
Exemplo de como calcular a cota "Y" (figura abaixo) depois de curvada a peça. 
- 
OB = . tg a = 9 . 1,327 = 11,943valor de Y 
Ver tabela de funções trigonométricas - FIT 1 .22 a 1 .25. 
TIPOS DE ESTAMPOS FBLHA DE 
FERRAMENTEIR0 FURAR E CORTAR EM DUAS ETAPAS i N FORMAÇÁo 
TECNOLÓGICA 
8.5 
Quando o produto for de forma simétrica. êle pode ser cortado em duas etapas com 
a inversão da tira. 
Neste caso tanto a matriz como o punção, possuem um único perfil para a forma- 
@o dos dois extremos do produto. 
VI 
t I 
I30 
.RA FURAR - 
--- 
Inversõo manual para f 
Este tipo de estampo é de fácil execução, quando o produto não requer grande preci- 
pois, a guia e matriz não são inteiriças, evi- são. Não é recomendável para alta produção. 
tando assim a operação de vazamento. A inversão da tira torna mais demorada a ope- 
A construção dêste estampo justifica-se ração de estampagem. 
- - - -. - - - - - 
2) Determinar-se o valor do ângulo "a2" 
(fig. 2) 
-- 
d = 8 (raio) 
c = a + sena 1 = 12 + 0,43261 
Sena 2 = 8 t 27,73 = 0,28849 
Sena 2 = 0,28849 
a 2 = 16046' 
FERRAMENTEIR0 
PARA DETERMINAR O VALOR DO ÂNGULO "a" PROCEDE-SE C O M 8 SEGUE: 
1) Determinar o valor do ângulo "ai" (fig. 1) 
a = 20- 8= 12 
b = 5 0 + 2 = 2 5 
tga 1 = 12 + 25 = 0,84 
tga 1 = 0,84 
a 1 = 25'38' 
Fig. 1 
I 
Fig. 2 
3) Concluindo-se, o valor do ângulo "a" 
será: (fig. 3) 
a 
- 90' - (25'38' + 16'46') = 47'36' 
2 
a 
a r 2 X- 2 
a = 2 X 47036' 
a = 95'12' 
Fig. 3 PARA DETERMINAR O VALOR DO 
ÂNGULO "B" PROCEDE-SE COMO 
SEGUE: 
Fig. 4 
MEC - 1971 - 15.000 
I 
257 
DETERMINAÇÃO DOS ÂNGULOS 
FOLHA DE 
INFORMAÇÃO 
TECNOL6GICA 8.7 
TIPO DE ESTAMPO PARA FaLHA DE 
FERRAMENTEIRO CUJZVAR COM PLANO I N C L I N A D O INFõRMACÁO TECNOL6GICA 
8.8 
Para a formação de determinados produtos, constroein-se estampos que permitem, 
através da descida do punqão, o fechamento simultâneo da matriz bi-partida, provocado 
por um plano inclinado. 
Pode-se utilizar êste processo para formar os produtos das figuras 1 e 2, que reque- 
rem curvas superiores a 180°. 
LRA CURVAR EM DUAS FASES DISTINTAS 
PLANO INCLINADO 
Fig. '1 
P R O D U T O S 
J 
M a t r h móvel Cursor de apóio 
O cursor de apoio serve para reter a matriz até o momento de iniciar o fechamen- 
to da mesma. 
I 
258 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
L - - 
C o r t e A - i 3 
FERRAMENTEIR0 
Abaixo, outro tipo de estampo para pro- Neste estampo, o p u n ~ ã o é encaixado 
duzir o mesmo produto da folha anterior. no porta-pun~ão para facilitar a sua usinagem 
e substituição. 
C J I MI'‘"--"- 
Durante a descida, o p u n ~ ã o faz uma Em seguida, por ação dos planos inclinados 
parte do curvamento até penetrar na sede do porta-punção, as matrizes fecham-se com- 
aberta das matrizes, que ainda estão paradas. pletando o curvarnento. 
MEC - 1971 - 15.000 259 
TIPO DE ESTAMPO PARA 
CURVAR COM PLANO INCLINADO 
F6LHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOL6GICA p.9 
O estampo da figura abaixo, caracte- esforço para formar e cortar o produto, como 
riza-se, pelo tipo de punção que permite fazer é o caso do alumínio. 
várias operações de uma só vez. Além de furar, 
chanfrar e curvar, separa o produto. 
Estes tipos de punções são usados apenas 
para materiais que necessitam de pequeno 
FERRAMENTEIRQ 
ESTAM , CHANFRAR, CUR1 
TIPO DE ESTAMPO PARA 
FURAR - CHANFRAR E CURVAR 
Fiq. 1 
T I R A 
F8LHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOLÓGICA 
Mater ia l : - ~ l u m Í n i o 
8.1 0 
- Na I.a fase, são formados o rasgo, os chan- 
fros e a curva. 
- Na 2.a fase o produto é separado. 
Formação do char?ro \ 
Corte de separação 
20 F A S E 
O extrator além de soltar a tira que se prende ao punção-furador, serve para guiá-lo. 
O punção-furador ao penetrar na tira evita o deslizamento da mesma durante a for- 
mação da curva. 
-- 
60 MEC - 1971 - 15.0( 
e 2 
R = 8 + - = 8 + 2- = 9 (raio neutro maior) 2 
e 
r:- - 2 
2 - 2 
- = 1 (raio neutro menor) 
NOTA 
Para alumínio, descontar f 5 % devido ao estiramento do material. 
FORMULAS 
C X R X L X e 2 
- Esforço "E" para DOBRAR: E = 
L (Tarefa n.O 1) 
4 
- Esforço "E" para CORTAR: E = P X e X - R 
5 (Tarefa n . O 8) 
FERRAMENTEIRO 
CALCULO DA MEDIDA "X" (l.a fase) 
a 50 -i 
- - .- .- L.-- 1 - 
2 X 1,9 X 3,14 
AB = = 2,98 
4 
2 X 3,65 X 3,14 
CD = = 11,46 
2 
ABCDEF = (2 X 2,98) + (2 X 3,18) + 11,46 = 23,78 
Diminuicão no comprimento = 23,78 - 11,l = 12,68 
X = 50 - 12,68 = 37,32 
CALCULO DA MEDIDA "Y" (S." &se) 
, 2 X 1,9 X 3,14 
AB = X 125O= 4,14 
3 60° 
2 X 3,65 X 3,14 
BC = X 250" = 15,91 
360° 
ABCD = (2 X 4,14) + 15,91 = 24,19 
Diminuição no comprimento = 24,19 - 9,l = 15,09 
Y = 50 - 15,09 = 34,91 
262 
L 
MEC - 1971 - 15.000 
L - - - - - - - - - -- - - - -. - 
CALCULO DA MEDIDA "X" E "Y" NA 1 . I E 2." 
FASE RESPECTIVAMENTE 
F6LHA DE 
INFORMASAO 
TECNOLÓGICA 
8.12 
O estampo da figura abaixo, possui um 
punção móvel que dobra as abas do produto 
a 900, sob a reação das molas. 
Após, a dobra a 90° o punção móvel se 
desloca juntamente com o produto para com- 
pletar a curva a 1800 pelo deslizamento na 
matriz. 
I TIPO DE ESTAMPO FOLHA DE FERRAMENTEIRO DOBRAR E CURVAR INFORMn~iãO 8.13 
TECNOLÓGICA 
I 
, 
Fig. I Resistência do mater ia l : 15 kg/mm2 
i 
20 F a s e 
Completa a 180° 
MEC - 1971 - 15.000 263 
I * Fase 
C u r v a a 90° I 
Neste tipo de estampo as molas têm a fungão de suportar a carga para dobrar a 90° 
na primeira fase. 
O estampo abaixo é composto por ma- tendo a mola com resistência inferior à do 
trizes móveis, acionadas por intermédio de punção, cede até assentar-se na base. 
cunhas. Na 2." fase, a chapa é curvada a 1800, 
Na l.a fase, a chapa é curvada a 90°, sob a ação das cunhas, que continuando a des- 
sob a acão da mola do punção. O prensa-chapa, cer acionam as matrizes, completando a for- 
mação do produto. 
- . 
P R O D U T O 
FERRAMENTEIR0 
IVme 29 Fase 
I 
264 MEC - 1971 - 15.OC 
TIPO DE ESTAMPO 
DE CURVAR COM MATRIZES MÓVEIS 
FÔLHA DE 
INFBRMAQXO 
TECNOLÓGICA 8.1 4 
P R O D U T O 
Curvar 1 2 Fase 
Estampo paro enrolar 
(completo a peço a n t e r i o r ) 
~ u n ç ã o 
t 
r r b 
• Motriz 
J L 
P R O D U T O 
Enro lar 2 0 Fase 
. 
- -- - 
FERRAMENTEIRO APLICAÇÃO DE MOLAS HELICOIDAIS F6LHA DE 
EM ESTAMPOS DE DOBRAR INFORMA-O 
TECNOLÓGICA 
8.17 
Nos estampos em que 'as molas devem funcionam umas dentro das outras, cuja soma 
suportar grandes esforços para dobrar, é ne- de esforços que suportam é igual ao de uma 
cessário colocar-se molas de arame grosso, as mola com arame grosso. As molas de arame 
quais ocupam grandes áreas para os seus alo- fino têm maior flexibilidade e são mais fáceis 
jamentos. Para evitar que isso aconteça, po- de serem construídas. 
de-se utilizar molas de arames mais finos que 
Quando se coloca, molas dentro de ou- 
tras, deve-se inverter a direção das espiras, ou 
seja, uma esquerda e outra direita para evitar. Quando o material a ser dobrado requer 
que as espiras se entrelacem. um esforço grande, não possibilitando o em- 
A carga máxima admissível das molas prêgo de molas nos estampos, utiliza-se pren- 
para dobrar, deve ser igual ou superior ao sas com molas. 
esforço necessário para dobrar. Ver tabela de molas - Página, 269. 
. - - - - - . - - - - - 
NOMENCLATURA 
d = diâmetro do arame 
D = diâmetro interno 
P = passo 
r = raio médio 
L = comprimento da mola, sem carga 
L1 = comprimento da mola, com carga má- 
xima 
L2 = comprimento da mola, com excesso de 
carga 
n = número de espiras úteis 
N = número total de espiras 
C = carga máxima admissível em kg. 
f = cedimento por espira 
F = flexão total ativa 
T = campo de flexão inativa 
NOTAS 
O aumento de 1,5 espiras, no número 
de espiras úteis, se faz necessário para o per- 
feito assentamento das extremidades da mola. 
- A resistência da mola aumenta até o limite 
máximo de flexão F. 
- No campo de flexão T, não há aumento de 
resistência, existindo porém, o perigo de 
deforma550 permanente da mola. Deve, 
portanto, ser evitado. 
I 
268 MEC - 1971 - 15.000 
--- - __. _ _ _ - -- . - - - 
A mola é um dispositivomecânico com 
que se dá impulso ou resistência ao movimen- 
to de uma peça. São diversos os tipos de molas 
existentes, sendo as molas helicoidais as de 
maior emprêgo. Seguem as representa~ões 
normais, simplificadas e esquemáticas, segun- 
do as Normas Técnicas. 
Na representação de molas helicoidais 
indicamos o diâmetro do fio, o número de es- 
piras, o diâmetro interno da .espira e o com- 
primento livre. 
D = Diâmeno interno d = DeCamewo do m m e &e aço 
C = Carga m Kg P = PWSO 
f = Deform@a por es@ra 
MEC - 1971 - 15.000 269 1 
--L 
RESINAS FUNDÍVEIS EM ESTAMPOS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO APLICAÇÃO - FIXAÇÃO DE PUNÇÕES E INFORMACÃO 
MATRIZES - EXEMPLOS TECNOLÓGICA 
8.20 
As aplicações de resinas fundíveis em 2) Na fixação de: punqões - matrizes 
estampos trazem uma série de vantagens: - buchas - colunas. 
1) Melhor qualidade das ferramentas 
a) Diminui o atrito entre punções 
e guias. 
b) Permite alta qualidade no ajuste 
entre punções e guias. 
c) .Ajuste perfeito nos perfis dos 
punções. 
2) Baixo custo das ferramentas. Facilita 
a execução. 
- Usa-se a resina na fixação de punqões 
de perfis irregulares para evitar a usi- 
nagem difícil e trabalhosa das sedes 
PLICAÇÕES 
1) Na execução das partes ativas nas 
guias de punção. 
dos mesmos. 
- Usa-se também no caso de vários 
punções cilíndricos no mesmo es- 
tampo, para facilitar e assegurar uma 
perfeita centragem. 
O f i s ~ ~ v ~ ~ õ a s gão na ieaiila e coiisecliieiileiiieii~e clo 
- Os escariados não deixam a resina deslo- punção. 
car-se para baixo ou para cima. - As paredes laterais da resina variam entre 
- Os canais na periferia evitam eventual tor- 2 a 5mm. 
70 MEC - 1971 - 15.000 
I FUNDÍVEIS EM ESTAMPOS 
FIXAÇÃO DE 1L IIZES - BUCHAS - COLUNAS 
Porta -matriz 
I 
KFCUÇÃO n A P A K 
Resina 
7 
Resina r - 7 7 
PREPARASAO DOS ALOJAMENTOS PARA APWWÇAO DE RESINA 
GUIA DOS PUNSOES 
Face de kontacfo/ 
' 
L Como mostra a figura 2 o ajuste do punção na pequena espessura que restou após 
ter feito o alojameilto para a resina torna o vazamento mais fácil. 
I 
272 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO PREPARAÇÃO DA RESINA FUNDÍVEL INF~RMAÇÃO 8.23 
TECNOLÓGICA 
São inúmeras as aplicações de resinas na indústria. Para cada tipo de trabalho como 
em ferramentaria pode ser utilizada resina na confecção de estampos. Sua aplicação justi- 
fica-se pela alta qualidade e eliminação de grande parte do trabalho especializado. 
O T ipo de Resina usado na confecção de estampos, é a "Araldite CW. 214" à qual 
antes de ser aplicada, adiciona-se um outro produto chamado Endurecedor. 
Para cada 100 gramas de Resina, adiciona-se 8,5 gramas de Endurecedor. 
PREPARAÇAQ DA RESINA PARA O TRABALHO 
A resina deve ser revolvida, a fim de se misturar de modo homogênio o material de 
enchimento qu,e estiver assentado no fundo do recipiente - (lata). 
O Endurecedor é adicionado à resina, e depois de cuidadosamente misturado, a massa 
deve ser fundida antes de ultrapassar um período de 20 minutos numa temperatura de 
trabalho de 25O a 50° C. 
NOTA 
Para remover a resina e misturar o endurecedor pode-se utilizar a máquina de furar. 
MÈTCIDO DE APLICAÇÃO DA RESINA 
Deve-se lavar os alojamentos da resina e o punção com benzina para eliminar da 
superfície matérias gordurosas. 
Cola-se um protetor de aproximadamente 5 mm de altura, em virtude da decanta- 
ção do pó de ferro existente na resina. 
Protetor de 
papelão ou 
de metal 
Em seguida, com um pincel aplica-se no macho, o produto separador. 
O produto separador é um líquido que impede a aderência do punção na resina. 
L 
MEC - 1971 - 15.000 
. 
ESQUADREJAMENTO DO PUNÇAO NA ( 
Punção 
7 
-- - - - - - 
FERRAMENTEIRO 
Sua secagem é rápida e é aplicado em 
camadas milesimais. A aplicação de um deter- 
minado número de camadas permite a folga. 
Quando o conjunto estiver pronto para 
receber a resina êle deve antes ser aquecido 
a -t 500 C. 
Êste aquecimento pode ser feito com 
lâmpada ou estufa. 
O esquadrejamento do punção na guia é uma operagáo que deve ser feita com mui- 
to cuidado pois ela garante o bom funcionamento e tempo de vida do estampo. 
Logo após o aquecimento é feito o enchimento. 
Depois de despejado o composto, deixa-se endurecer lentamente. Pode-se acelerar o 
endurecimento levando novamente à estufa. 
Depois de retirada a camada excedente superficial faz-se o enchimento do porta- 
punção. 
274 
s 
MEC - 1971 - 15.000 
- - - 
MÉTODO DE APLICAÇÁO 
DA RESINA FUNDÍVEL 
F6LHA DE 
INFORMAÇÂO 
TECNOLÓGICA 
8-24 
Os estampos de repuxo são aquêles que tomando sua forma, até completar-se na fase 
têm por finalidade transformar chapas planas final. 
em peças ocas, de formas cilíndricas, elípticas, 
I 
Quando se trata de estampos de repuxo 
cônicas, quadradas, retangulares, etc. para baixa produção, pode-se construir dois 
Os estampos de repuxo para alta pro- ou mais estampos simples, de fácil constru- 
dução, geralmente possuem diversas fases de cão. Nestes casos cada estampo executa apenas 
operações, através das quais, o produto vai uma das operações que o produto requer. 
FERRAMENTEIRO 
ESTAMPO PARA REPUXAR EM DUAS PASSAGENS COM A SUBSTITUIÇÃO DE 
MATRIZES, PUNÇBES E GUIAS 
ESTAMPO PARA REPUXAR ANEL 
F6LHA DE 
INF0RMAÇ;íiO I 
TECNOLóGICA 
9.1 
PRODUTO 
l 
FORMA ANTERIOR DO MATERIAL 
l.a passagem 
Material .' Chapa preta No22 
ESTAMPO PARA EMBUTIR 
2.a passagem 
este estampo necessita de duas operações para a formação do produto. Sua constru- 
ção permite a substituição do punção, matriz e guia para executar a segunda operação. 
FUNÇÃO DAS GUIAS " G ' E ""Gl" 
- A função da guia " G , na l.a passagem, é de guiar o punção durante a fase de trabalho. 
- A função da guia "Gl", na passagem, é de sòmente centralizar o punção durante a 
fase de fixação do estampo na pr,ensa, após o que, deve ser r,etirada para permitir a entra- 
da do produto da l.a passagem. 
I 
MFC i 1971 - 1 5 nnn 
Calcular o diâmetro "D" do disco, para se obter o produto como na figura abaixo. 
RAÉTODO GRÁFICO 
Para se determinar gràficamente o raio do disco, constrói-se um triângulo o qual deve 
ter um cateto "h" correspondente à altura do produto, e uma hipotenusa igual à altura 
"h" mais a metade do diâmetro "d" que determina o outro cateto correspondente ao raio 
"r" do disco "D". 
I Para maior aproximação, desenhar o gráfico em Escala bem ampliada, 
Fórmula 
D = b/625 f 1 200 
= V' 1 825 
D = 42,7 
, 284 MEC - 1971 - 15.0 
DIÂMETROS SUCESSIVOS DOS REPUXOS FBLHA DE 
FERRAMENTEY R 0 CALCULO INFORMACAO 9.3 
TECNOLóGICA 
Para se obter um repuxo racional, a tou-se que, na primeira passagem deve haver, 
altura "h" não deve ultrapassar a medida do aproximadamente, uma redução de 40 Cr, 
diâmetro "d" do produto. Quando "h" for (0,6) do diâmetro "D" do disco, para se de- 
superior à metade de "d" deve-se calcular o terminar "dl". 
número de passagens. . Para as passagens sucessivas a redu~ão 
Através de experiências práticas, consta- será de 20 % (0,B) de "dl", d2. 
I NOTA 
Os valores encontrados podem ser arredondados. 
EXEMPLO 
Calcular as dimensões "d" e "h" em passagem de um produto cujas dimensões 
são: h - 80 e d - 20. 
Consegue-se em casos excepcionais, al- empregado- e principalmente, usando estam- 
tura "h" igual ao diâmetro "d" dependendo pos executados em perfeitas condições de tra- 
isso da utilidade da chapa, do lubrificante balho. 
NOTA 
O número racional de passagens Evita: Alongamento excessivo, quebraduras e en- 
cruamento do material. 
MEC - 1971 - 15.000 285 
F6LHA DE DIPERENÇA "f" ENTRE MATRIZ E PUNÇÃO 
INFORMASAO FERRAMENTEIRO LUBRIFICANTES PARA REPUXAR 
TECNOLÓGICA 9.4 
DII--- ENÇA "f 
A diferença "£" entre o diâmetro da matriz e o diâmetro do punção deve ser: 
- para chapas finas (até 1 mm), f = 2 . e 
- para chapas mais espêssas, f = 2 . e + t 
t = 40 yo da tolerância máxima de laminasão. 
I 
EXEMPLO 
- Para embutir uma chapa de "e" = 3 inm, cuja tolerância de laminaçãoé de -+ 0,l mm, 
qual deverá ser a diferença "f", entre os diâmetros da matriz e do punção? 
Teremos: e = 3,l (espessura máxima da chapa) 
f = 2 . 3 , l + 0,04 = 6,24 
NOTAS 
- Se essa diferença for maior o produto apresentará pequenas ondulações na sua parede 
lateral. 
- Se essa diferença for menor, o produto se esticará e até poderá romper-se. no caso de 
ficar superado o limite de elasticidade. 
- Além da justa diferença entre os diâmetros da matriz e do punção, suas partes ativas 
devem ser perfeitamente lisas, e durante o funcionamento lubrificadas. 
LU ~ K ~ F I C A N T E S '- IRA REPU-- ' -. 
AÇO -gordura (vegetal ou animal) misturada com cêra virgem 
- óleo de rícino (em casos especiais) 
ALUMÍNIO E 
SUAS LIGAS - querosene - terebentina 
- óleo de coco - vaselina 
ZINCO-CHUMBO 
ESTANHO 
METAL BRANCO - óleo mineral denso 
BRONZE ' 
LATA0 - COBRE - óleo solúvel - óleo mineral denso 
I 
I 
1 
I 
286 MEC - 1971 - 15 
- .-i.- - -- - . -. -. -*.- 
Para obtenção da produto 
nas passagens sucessivas 
- O raio "r" do punção, na última passagem, será igual ao exigido pelo produto. 
- Aumentando-se ou diminuindo-se excessivamente os raios "R" e "r" há, respectiva- 
mente, o perigo da formação de ondulações ou ruptura devido ao estiramento de- 
masiado do material. 
FERRAMENTEIRO 
FUROS PARA SAfDA DE AR 
F6LHA DE 
VALORES DOS RAIOS " R - "Y" INFORMAÇAO 
TECNOLÓGICA 
9.5 
- Para facilitar o assentamento da peça a ser 
embutida, na parte frontal do punção e a 
sua saída após a embutidura, deve-se exe- 
cutar no punção, furos para a saMa do ar. 
Para obtenção do produto na passa- 
gem ou no caso de uma só passagem 
AGO R = 6 a 10e 
r = 2 a 4e 
ALUMfNIO R = 3 a 5e 
r = e 
- . r - 
I 
MEC - 1971 - 15.000 287 
ESTIRAMENTO DO MATERIAL FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO DURANTE O REPUXO INFORMA~AO 
TECNOL6GICA 9.6 
I 
I 
I 
i 
Supondo subdividir-se a superfície en- Porém, os trilngulos "T" constituindo 
tre os diâmetros "D" e 'd" em pequenos re- o excesso de material que deverá, neceasària- 
tângulos "A" e extraindo os triângulos "T" mente, expandir-se para cima, formará um 
intermediários se obtém, dobrando êsses re- anel de altura "Y" e de área igual à soma 
tângulos em ângulo reto, a formação cilín- das áreas de todos os triângulos "T". 
drica da peça, cuja altura "hJJ será igual ao 
comprimento do retângulo. 
I 
! 
I 
I 
OBSERVAÇÃO 
A superfície lateral do produto durante se estira um pouco mais, devido ao atrito entre 
a embutidura, além do estiramento causado punção e matriz. 
pelo excesso de material acima demonstrado, 
288 MEC - 1971 - 15.000 
dl = diâmetro do punção da primeira passagem 
e = espessura da chapa a ser embutida 
R = resistência a tração em kg/mm2 
D = diâmetro do disco a ser embutido 
dl 
N = coeficiente da relação - D 
TABE 
Calcular o esforço necessário para embutir uma peça cilíndrica com as dimensões 
indicadas abaixo. 
ESFÔRÇO PARA REPUXAR FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO CALCULOS INFORMACAO 
TECNOLÓGICA 
9.7 
O esforço para embutir é determinado pela fórmula: 
E = d l . r . e . R . N 
dl = 0,6 . 106 = 64 (diiirrietro do punqão na l.a passagem) 
dl - 64 
- - 
D - 106 = 0,6; pela tabela correspondente a N = 0,86 
Aplicando a fórmula 
E = d l . r . e . R . N 
E = 64 . 3,14 :2 . 40 . 0,86 = 13836 kg 
D = 106 (diâmetro do disco) 
MEC - 1971 - 15.000 
- Nos estampos da folha, após o repuxo, o 
diâmetro do produto aumenta ligeira- 
mente, devido à elasticidade do material; 
- Na subida do punção, devido a êsse au- 
mento, o produto é extraído ao encontrar 
o bordo da matriz. 
NOTA 
- Quando a elasticidade do material não 
garante um suficiente aumento, usam-se 
dispositivos como o exemplo da figura ao 
lado. 
OUTRO TIPO "7 EST 
so - chapa 
PRESSÃQ DO PRENSA-CHAPA 
FERRAMENTEIRO 
Os valôres de U são dados pela tabela seguinte i .* 
Ao se repuxar uma peça, além do es- podendo mesmo causar a sua ruptura pelo 
forço para repuxar já considerado, deve-se alongamento do metal, quando o limite de 
juntar e levar ,em conta o esforço Pc que o resistência do material é ultrapassado. 
prensa-chapa deve exercer sobre a chapa, para 
um bom resultado do trabalho. Calculado o esfôrço, (em Kg) são esco- 
lhidas as molas e distribuídas no estampo, em 
O papel do prensa-chapa é o de impedir disposição simétrica tantas quantas forem 
a formação de rugas, ou de ondulações no necessárias. Para isso, consultar uma tabela produto. É necessário, portanto, conhecer a 
de molas. pressão certa que se deve dar para que o tra- 
balho se realize em boas condições. Sendo D o diâmetro ao disco a repu- 
Todavia, essa pressão não deve ser qual- xar, o diâmetro do punção repuxador e U a 
quer. Muito fraca, sua ação não seria eficaz e pressão específica por mm2 a exercer sobre o 
não impediria a formação de rugas no pro- metal, os ensaios práticos nos conduzirão a 
duto. Muito forte, seu efeito seria nocivo e aplicar a fórmula seguinte para se obter o 
teria como resultado, um aumento da super- valor de Pc. 
fície em oposição ao seu deslocamento radial, 
MEC - 1971 - 15.000 291 
ESTAMPO PARA REPUXAR 
PRENSA-CHAPA 
M a t e r i a 1 
AlumI'nio 
Z inco 
Duraluminio 
Latão 
Aço i n o x i d d v e l 
Aço para repuxo 
u kg/mmZ 
O, 12 
O , i5 
0 ,16 
0 , 2 0 
O ,20 
0,25 
FaLHA DE 
IN FORMACHO 
TECNOLÓGICA 
9.9 
REPUXO DE PRODUTOS DE 
SECÇÃO CIRCULAR I FOLHA DE 
i N F O R h 4 A ~ i O 1 9.1 0 1 
TECNOLÓGICA 
F6RMULAS PARA O CALC 
292 MEC - 1971 - 15000 - 
FERRAMENTEIRO 
JLAS PARA O CALC'L-- DO DIÂMETRO "ri 30 DISCO 
A = f ( f d s - 2 r h I 
S = Desenvolvimento 
Os diâmetros "D" dos discos, calculados através das fórmulas 
acima, são teóricos. 
- Na prática as dimensões dos produtos, de um modo geral, apresen- 
tam pequenas alterações devido a variacão do coeficiente de elas- 
ticidade do material empregado. 
- 
P r o d u t o 
2 94 MEC - 1971 - 15.000 
FERRAMENTEIRO 
;TAMPO DE EORMP 
São estampos que têm por finalidade formar nervuras, pequenas reentrâncias e sa- 
liências, etc. 
TIPO DE ESTAMPO DE FORMAR 
FOLHA DE 
INFORMACAo 
TECNOL~GICA 
9.12 
OUTRO TIPO DE ESTAMPO FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO (DUPLO EFEITO) I N F O R M A ~ O 9.1 5 
TECNOL6GICA 
P R 0 D U T O 
O estampo acima, corta o disco (D = 43,6), embute e fura o produto (+ = 8) em 
uma só fase de trabalho. Este tipo de estampo denomina-se de duplo efeito. 
MEC - 1971 - 15.000 297 
~ a ú o r paro o ~ á ~ c u ~ o 
Espessura da c h a p a , 
D i â m s t r a maior do punçgo (conhecido ) 
~it?rnetra menor do punção. 
Comprimento da parte ,paralelo, no dlometra menor do punçüo. 
R a i o s de orredondarnontos da pungdo. 
DIametro do furo da m a t r i z . 
Raio da m a t r i z . 
A l tu ra do r e p u x o . 
ESTAMPO PARA FAZER A BASE FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO DO ENCADERNADOR INFORMA-O . 1 0.1 
TECNOLÓGICA 
I 
Para facilitar a estampagem de certos produtos pode-se inverter as posições dos pun- 
ções e matrizes no estampo. 
a) A matriz é fixada no porta-espiga e guiada mediante colunas; 
b) Os punções são fixados na base através do porta-punção. 
P R O D U T O 
à 1 DE FORMA 
E C E D A T> A 
FORMA PRIMITIVA DO MATERIAL 
Q 
Corte de SEPARAÇÃO sem 
desperdício de mater ia l 
/ 
O extrator neste estampo tem três funções: 
a) Extrair o produto que se prende no punção; 
b) Prensar a tira na matriz para evitar possíveis deslizamentos; 
c) Guiar a tira. 
Foser sucessivos 
MEC - 1971 - 15.000 309 
Nestes estampos, a penetração dos pun- contôrno formando a dobra no produto na 
ções nas cavidades da matriz, além de cortar, secção não cortada. 
dobra o produto. Estampo para corte de formação e do- 
FERRAMENTEIRO 
I O punção corta apenas três partes do bramento - Simultâneo. 
PRODUTO 
ESTAMPO PARA FAZER A BASE DO 
PRENDEDOR DE PAPEL 
M A T E R I A L 
A lumin io latonado 
1 x 125 x 190 mm 
Fig. I 
FOLHA DE 
INFORMAWO 
TECNOLÓGICA 
ESTAMPO PARA CORTAR - DO1 
10.2 
Coluna de guia 
A parte ativa do punção é inclinada. 
As arestas dopunção e da matriz que fazem a dobra, são arredondadas. 
MEC - 1971 - 15.01 
I DETALHES DO ESTAMPO PARA CORTAR I FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO E DOBRAR SIMULTÂNEAMENTE INFORMACÃO 10.3 
TECNOLÓGICA I 
NOTAS 
- A inclinação na parte ativa do punção (2 
vêzes a espessura da chapa) permite uma 
diminuição do esfôrço de corte aproxima- 
damente de 213. Isto facilita o corte e o 
inicio do dobramento. 
- Para facilitar o dobramento, a matriz e o 
punção devem ter forma como na figura 
acima. 
- A folga "F" entre punção e matriz deve ser 
igual à espessura da chapa acrescida de 0,l 
e 0,2 mm, para facilitar a entrada do pun- 
ção e conseqüentemente o dobramento. 
- O arredondamento "r" evita riscas na parte 
dobrada da chapa. 
- A função da descarga "D" é facilitar o do- 
bramento e evitar que a peça fique prêsa 
na matriz devido ao acréscimo de material, 
que se origina, nos laterais da parte do- 
brada. Esta uma vez solta da matriz, subird 
prêsa aos pui~ções e será expulsa por meio 
do extrator. 
AEC - 1971 - 15.000 3 I 
Após a estampagem de um furo, ou do ela continue a subir e a tira fica retida no 
corte de um produto, a tira se agarra nos canal da p i a , sobre a matriz pois a guia fun- 
punções que a furaram e sobe juntamente com ciona como extrator fixo do retalho da tira. 
êstes, porérn a guia dos pun@es impede que 
FERRAMENTEIR0 
O esforço para a extração do retalho da 
tira é considerável e neste caso, os parafusos 
de fixação das placas o suportam. 
Porém, há casos de estarnpos em que a 
guia ou extrator não são fixos, são suspensos 
ou flutiiantes, e ambos funcionam como extra- 
tor do retalho da tira por meio de molas que 
atuam sobre os mesmos. O esforço das molas 
deve vencer o esforço de extração para que o 
retalho se desprenda dos punções furadores. 
O esfôrqo para extração deve ser cal- 
culado baseado no esforço de corte correspon- 
dente. Aproximadamente, considera-se de 2 a 
5 % do esforço de corte. 
ESTAMPO DE CORTE 
ESFBRÇO PARA EXTRAÇAO DO RETALHO 
DA TIRA 
Assim após calculado o esforço de extra- 
$50, escolhem-se as molas, tantas cyuantas fo- 
rem necessárias, consultando-se uma tabela de 
molas. 
1 112 MEC - 1971 - 15.0( 
F6LHA DE 
lNFORMA6ÁO 
TECNOL6GICA 
10.4 
COLUNAS E BUCHAS 
FÔLHA DE 
FERRAMENTEIRO INFORMA-O 10.6 
TECNOLÓGICA 
As colunas também conhecidas por colu- na base do estampo, com pressão (H7m6) e 
nas de guia como o próprio nome indica, ser- na parte superior elas devem deslizar em bu- 
vem para guiar e manter um perfeito movi- chas de aço, encaixadas no cabeçote ou traba- 
mento retilínio uniforme entre as partes in- lha diretamente no mesmo. 
ferior e superior do estampo em funciona- Em certos casos podem ser fixadas na 
mento. parte superior do estampo quando o trabalho 
São feitos de aço cromo níquel, cemen- assim o exige, porém, não é recomendável, 
tadas e retificadas. Sua dureza deve estar pelo perigo que oferece ao prensista e ainda, 
entre 58 a 59 RC. por acumular detritos na bucha, os quais po- 
Geralmente, são fixadas diretamente dem causar a danificação do estampo. 
I 
REBAIXADAS E COM FIXAÇÃD NA 
COM RANHURAS PARTE SUPERIOR 
E RANHURAS 
As colunas podem ser lisas ou ranhuradas para reter o lubrificante. 
314 MEC - 1971 - 15.000 
LISA REBAIXADA 
LISA 
A -Coluna cilíndrica - - 
B -Coluna com reduçio - - 
C -Bucha -- - 
COLUNAS E HUCHAS FERRAMENTEIRO ANÉIS 
v 
31 6 I MEC - 1971 - 15.000 
FERRAMENTEIRO BUCHAS, COLUNAS COM ESFEKAS 
As buchas com esferas são aplicadas em colunas, quando se trata de estampos cpe 
requerem perfeito funcionamento e grande precisão. 
Disco de aluminio - 1 mm espessura 
Mont~gem s curso da 
bucho com rolamento 
Detalhe de fixu@o das esferas 
MEC - 
FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO BUCHAS, COLUNAS COM ESFERAS INFORMACÃO 1 0.1 0 
TECHOLÓGICA 
I 
318 MEC - 1971 - 15.000 
! ESTAMPO PARA CORTAR AS PARTES FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO FIXA E M6VEL DO PORTA-CADEADO 11.1 INFORMAWO 
TECNOLÓGICA / 
I 
I 
I 
Considerando-se o fator econômico que estampo. Nestes casos, o desperdício de mate- 
sempre deve ser evidenciado na construção rial é mínimo, pois o retalho da tira serve 
de estampos, pode-se recorrer ao processo de para completar outra peça. I 
estampagem de duas peqas diferentes num só 
ESTAMPO 
Punção 
Corte 6 - i3 
O punção dêste estampo não tem a 
forma dos produtos a serem cortados. O seu 
perfil irregular forma em etapas os produtos 
I 
# 
'~&~:w?:-&Aqp$!DE FIG. GEOM. TECNOLÓGICA 
11.5 
3 A ~ I - @ @ A A X T A T ~ T P T ~ A n v ~ A @ í n n A P n A P C T T n T ; ' n T i I O T n 
NOTAS 
- Com o processo ANALÍTICO s,e obtém a serem cortadas e não os diâmetros dos furos 
localização da espiga com mais rapidez e como nos exemplos precedentes. 
com maior exatidão. - Quando as áreas a cortar são de forma re- 
- Quando o estampo faz corte misto (re- gular, (como na fig. 1) para efeito de cál- 
dondo, quadrado, retangular, etc.) consi- culo, consideram-se os eixos, passando pe- 
dera-se para efeito de cálculo da localiza- 10s centros de gravidade dos mesmos. 
ção da espiga, quer pelo processo gráfico - Quando essas áreas são de forma irregular, 
ou analítico, as ÁREAS das superfícies a (como na fig. 2) devem ser decompostas em 
áreas regulares. 
OBSERVA~~ES 
- A localização certa da espiga é indispensá- - Quando o cálculo demonstrar que a des- 
vel quando a diferença das superfícies de centralização é mínima, a localização da 
corte dos punções é grande ou quando a espiga pode ser feita no centro do porta- 
disposição dos mesmos é assimétrica. espiga. 
MEC - 1971 - 15.000 32 
O centro de g r a v i d a d e é a 
i n t e r s e ç i o das d iagona is 
P a r a l e l o g r a m o 
ESTAMPO PARA CORTAR AS PARTES F6LHA DE 
FERRAMENTEIR0 INFORMACÃO FIXA E M6VEL DO PORTA-CADEADO TECNOL6GICA 
O estampo acima, em comparação com 
o estampo apresentado na FIT 11.1 apre- 
senta as seguintes vantagens e desvantagens: 
Vantagens: 
1 - I-, de mais fácil execução. 
2 - Sendo o punção "P" mais robusto, ofe- 
rece menor risco de quebra. 
3 - Seu perímetro de corte é menor. 
4 - É mais indicado para corte de chapas 
mais espêssas. 
Desvantagens: 
1 - Em cada golpe, desperdiça material da 
I tira, igual ao comprimento "A", en- 
quanto que no estampo da FIT 11.1 o 
desperdício é mínimo. 
2 - Produz menor número de peças sobre 
um mesmo número de tiras. 
Exemplo: Para se produzir 5.000 pares 
de peças, com tiras de 1.000 mm de 
comprimento, usando-se o estampo da 
FGlha 1 / 6 seriam necessárias : 
5.000.20 
1.000 = 100 tiras 
Usando-se o estampo acima, seriam ne- 
cessárias : 
5.000.68 
1.000 
= 340 tiras 
3 - Em conseqüência disso fica: 
3 . 1 - aumentado o número de cortes 
da tesoura, na preparação das 
tiras. 
3 . 2 - diminuída a produção das peças 
no mesmo período de tempo. 
P R O D U T O 
D I S P O S I T I V O 
REOULAVEL 
FERRAMENTEIR0 
No de furos = 5 
As características técnicas dos produtos podem ser feitas em estampos, porém quando 
e a quantidade que se deseja produzir, são os se trata de pequena série, não compensa pelo 
fatores que determinam os processos de fabri- alto custo dos mesmos. Nestes casos também 
cação, razão pela qual, certas operações não se constroem dispositivos de usinagem por 
podem ser feitas através de estampos. Nestes serem mais simples e mais baratos. 
casos constrói-se, ao invés de estampos, dispo- A seguir damos um exemplo de um dis- 
sitivos de usinagem. positivo de usinagem regulável para furar 
Muitas vêzes determinadas operações uma pequena série de peças. 
PQRMã ANTERIOR - 
I I 
h 
Moteriol .' Aço 0,3% C. 
--. O 
(I 
332 MEC - 1971 - 15.000 
DISPOSITIVO DE USINAGEM REGULAVEI. 
I FGLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
11.8 
NS de divisões 
cota X = 2(seno a x 50) = 2(seno 120° x 50) 
2 
- 
2 
DIVISÃO DE UMA CIRCUNFERENCIA FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO EM PARTES IGUAIS INFORMACÃO 1 1 1 0 
TECNOL6GICA 
Exemplo: Dividir uma circunferência de raio 
70 mm, em 7 partes iguais. 
Consultando a tabela abaixo, encontra- 
mos na coluna do N.O de Divisões, o n.0 7 
concordando no sentido horizontal com o 
N.O constante 0,8671, que multiplicado por 
70 (raio da circunferência a dividir) dará 
60,7 mm, abertura que se deve ao compasso 
(comprimento da corda). 
Número Comprimento Comprimento 
Angulo central da corda Número 
de 
Divisões 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
1 O 
11 
12 
13 
14 , 
15 
16 
17 
18 
19 
L 
334 MEC - 1971 - 15.000 
correspondente 
1200 
900 
72O 
60° 
51° 25' 
450 
400 
36O 
320 43' 
30° 
270 41' 
25O 42' 
24O 
22O 30' 
21° 10' 
20° 
180 56' 
correspondente 
ao raio = 1 
1,7320 
1,4142 
1,1755 
1,0000 
0,8672 
0,7653 
0,6840 
0,6 180 
0,5632 
0,5176 
0,4784 
0,4448 
0,4158 
0,3901 
0,3763 
,0,3473 
0,3289 
de 
Divisões 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
27 
28 
29 
30 
3 1 
32 
33 
. 34 
35 
36 
Ângulo central 
correspondente 
18O 
17O208' 
16O 21' 
15O 39' 
15O 
140 24' 
13O 50' 
13O 20' 
120 51' 
12O 24' 
12O 
110 36' 
110 15' 
100 54' 
1 O 0 35' 
100 17' 
1 0° 
da corda 
correspondente 
ao raio = 1 
0,3128 
0,2979 
0,2845 
0,2722 
0,2610 
0,2506 
0,2408 
0,2321 
0,2235 
0,2 160 
0,2090 
0,2021 
0,1957 
O, 1899 
0,1841 
0,1789 
O, 1743 
DESENVOLVIMENTO DO ARCO 'AB" FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO NUMERO DE DIV1SõES "N" INFORMAÇÃO 11.11 
D1STÂNCI.S " X E "Y" TECNOLÓGICA 
CALCULOS 
A 
- Calcular o desenvolvimento do arco "AB", o número de divisões "N" e as distâncias 
"x" e "y" para marcar e furar rasgos circulares (como na figura abaixo). 
Rasgo 
/ - Os furos devem estar localizados entre si, o mais pr6ximo possivel. 
- O furo "D" deve ser executado com broca menor (2 1 mm), controlando, eventual- 
mente corrigindo e terminando conforme a dimensão do rasgo. 
- O diâmetro "d" deve ser sempre menor (* 1 mm) que o diâmetro "D". 
- Considera-se para a figura acima 
R = 100 
a = 160' 
D = 15 
d = 14 
A 
- Determinar AB ,- "N" - "X" - "Y" 
AEC - 1971 - 15.000 
-i) - - 
33 
- A câmara "C" pode ser executada com uma das ferramentas desenhadas abaixo: 
CARACTERfSTICAS DA FERRAMENTA 
FERRAMENTEIRO 
- A lâmina cortadora pode ser de aço rápido 
ou de aço carbono (temperado e revenido) 
e deve ser bem ajustada na própria sede. 
- As dimensões da lâmina, devem ser iguais 
ou proporcionais às da tabela apresentada 
'na folha. 
1 
@ 
Fig. I Fig. 2 
i 
Fig. 3 
I 
FERRAMENTA PARA A EXECUÇÃO 
DA CÂMARA "C" 
- A dimensão "A" deve ser igual ao diâme- 
tro da câmara a ser executada. 
- Quando a lâmina for de dimensões muito 
reduzidas (como no caso desta tarefa) a 
execu~ão da sede para a mesma, pode ser 
simplificada, ajustando-se e soldando-se 
convenientemente no rasgo pré-executado 
a peça posti~a "P" (fig. 1). 
F6LHA DE 
INFORMACAO 
TECNOLóGICA 
- O diâmetro "d" da haste deve ser igual ao - Para pequena série de peças a serem usina- 
diâmetro menor do pino expansível. das, usa-se geralmente a lâmina cortadora 
apresentada nas figuras 1 e 2. 
- A fixação da lâmina pode ser feita me- - Para grande skrie e quando o produto 
diante o pino cônico (fig. l), parafuso exige melhor acabamento, usa-se o tipo de 
(fig. 2). fresa apresentada na figura 3. 
AEC - 1971 - 15.000 337 
1 1.1 3 
1 -Centralizar corretamente, o vértice do prisma em "V" com o eixo da broca e fixar 
com grampos. 
FERRAMENTEIRO 
2 -Colocar a peça sobre o prisma e furar (4 7). 
3 -Substituir a broca pela haste e introduzi-la no furo até permitir a montagem da 1â- 
mina cortadora, em sua sede. 
4 - Reduzir a R.P.M. da furadeira (aproximadamente 50 %). 
5 - Broquear, avançando lentamente, até a profundidade estabelecida. 
ATEN ÇÁO 
Pare a máquina antes de levantar a broca ou a haste. 
338 MEC - 1971 - 15.000 
EXECUÇÃO DA CÂMARA "C" 
FBLHA DE 
INFORMAÇÁO 
TECNOLóGICA 
1 1.1 4 
Fig. f 
FERRAMENTEIRO 
F6LHA DE 
OUTROS TIPOS DE DISPOSITIVOS INFORMAÇÃO 11-16 
TECNOL6GICA 
H 
Corte Y - Y 
I Y 
C o r t e X - X 
- Na figura 1 apresenta-se uma máscara para - A finalidade das mesmas é deixar livre a 
a furaçáo radial de uma bucha. passagem da rebarba formada na parte in- 
ferior dos furos executados. 
- No corpo "A" aloja-se a bucha a furar "B". 
A fixaçao da mesma se efetua mediante o - A figura 2 apresenta outra máscara muito 
parafuso "C", a arruela de apêrto "D" e o simples, para furar uma peça com assento . 
suporte móvel "E", o qual, girando sobre de forma irregular.mais o espaço que 
separa um produto do outro (Passo = A + B). 
As medidas do espaçamento da tira dependem 
de vários fatores, tais como: forma do produto, 
espessura da chapa, e natureza do material. 
De modo geral, como mostra a figura 1 1, 
TIPO DE ESTAMPO COM TOPE-M6VEL 
FASES DE CORTE 
Fig. fO 
as medidas B, C, D variam de uma ou duas 
vêzes a espessura do material. 
FGLHA DE 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
A medida da largura da faca de avanço deve 
ser rigorosamente a medida do passo. 
1.1 
Os vazamentos dos estampos podem ser fei- 
tos com auxílio do Balancim - Ver páginas 
163 e 164. 
Passo i-i-i 
I I I I 
I I 
- 
I 
I i - , 
I I 
I 
f I _L 
L A d 3 - 0 f Foco de awnco I 
Fig. l i 
! MEC - 1971 - 15. 
NOÇKO DE TOLERÂNCLA 
Entende-se por tolerância, a variação permitida na medida de uma peça durante sua 
usinagem. Essa variação é permitida por existir sempre um êrro que não se pode evitar, 
motivado pela imperfeição dos instrumentos de medição, das máquinas e do operador. 
Intercambiabilidade - Para que não surjam dificuldades durante a montagem de 
peças é preciso que as mesmas se ajustem perfeitamente bem nos seus lugares, sem reto- 
que; elas precisam, portanto, ser intercanzbiáveis. 
Intercambiabilidade é então a propriedade que as peças produzidas em série ou em 
cadeia têm de poder ser montadas sem retoque e ser substituídas entre si sem prejuízo 
do seu funcionamento. 
SISTEMA INTERNACIONAL DE TOLERÂNCIA (Sistema ISO) 
Rsse sistema é constituído de uma série de princípios, regras e tabelas que permitem 
a escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças mecânicas inter- 
cambiáveis. 
Para tornar mais fácil o entendimento dêsse sistema, seus principais pontos serão a 
seguir estudados em detalhes. 
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FÔLHA DE 
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES I N FORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
1.1 1 
TOLERÂNCIA {T) 
É a variação permitida na dimensão da peça, dada pela diferença entre as dimensões 
máxima e mínima. 
A unidade de tolerância adotada é o micro (milésimo de milímetro). 
MEC - 1971 - 15.000 83 
Dimensão Nominal (D. nom.) ou linha zero. 
E apenas uma dimensão de base, pois, a medida efetiva da peça depende da tolerância. 
E aquela que vem marcada no desenho, isto é, a cota da peça. 
Afastamentos - (As e Ai): 
Superior - é. a diferença entre as dimensões máxima e nominal. 
Inferior - é a diferença entre as dimensões mínima e nominal. 
Convencionou-se considerar positivos os valores dos afastamentos que se encontram sobre 
a linha zero e negativos aqueles situados abaixo da mesma. 
FERRAMENTEIRO 
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS 
ISO - NOÇÕES 
Dimensão Máxima (19. máx.) 
É o valor máximo permitido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite superior da 
tolerância. 
Dimensão Mínima (D. min.) 
É o valor mínimo permitiido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite inferior da 
tolerância. 
Dimensão Efetiva (D. ef.) 
Dimensão efetiva ou real é o valor que se obtém medindo a pesa. 
84 MEC - 1971 - 15.000 
1 FÔLHA DE 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
1.12 
Conjunto dos valores compreendidos entre os afastamentos superior e inferior. Corres- 
ponde também ao intervalo que vai da dimensão máxima à dimensão mínima. 
I 
O sistema de tolerância ISO prevê a existência de 21 campos, representados por letras 
do alfabeto latino, sendo as maiúsculas para os furos e as minúsculas para os eixos. 
Furos: 
A B C D E F G H J K M N P R S T U V X Y Z 
Eixos: 
a b c d e f g h j k m n p r s t u v x y z 
Estas letras indicam as posições dos campos de tolerâncias em relação i linha zero, indi- I 
cando as primeiras os ajustes móveis e as últimas os ajustes £orçados sobre pressão. 
Tolerâncias 
poro furds 
O 
BBm 1 O 
U: 
Tolerâncias 
a para eixos 
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES iNFoRMAcÃ0 
TECNOLÓGICA 
1.14 
GRUPOS DE DXETS(F,ES 
O sistema de tolerância ISO foi estudado para a produ~ão de peças mecânicas intercam- 
biáveis com dimensões compreendidas entre 1 e 500 mm. 
Para simplificar o sistema e facilitar a sua utilização prática êsses valores foram reunidos 
em 13 grupos de dimensões: 
QUALIDADE DE TRABAL H 0 - (Graus de tolerâncias) 
A qualidade das peças dos britadores, das tesouras e outras máquinas grosseiras não 
é a mesma das peças pertencentes a plainas, tornos mecânicos, fresadoras, etc. 
Enquanto o acabamento das primeiras é apenas regular e os seus ajustes têm folgas 
consideráveis, as últimas não sòmente exigem um acabamento melhor como também ajus- 
tes mais exatos. 
Justamente por essa razão o sistema ISO estabelece 16 qualidades de trabalho, capazes 
de serem adaptadas a quaisquer tipos' de produção mecânica. 
Essas qualidades são designadas por IT 1, IT 2... IT 16 (I de ISO e T de tolerância). 
1 - 
Puta mechic~i greawír~ 
I 
86 MEC - 1971 - 15.0 
ESCOLHA DA QUALIDADE 
a) A s qualidades d e 1 a 5, correspondem à mecânica extraprecisa - é reservada 
particularmente para calibradores. 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
b) A qualidade 6, corresponde à mecânica muito precisa. É indicada para eixos das 
máquinas ferramentas como: fresadoras, retificadoras, etc. 
c) A qualidade 7, indica mecânica de precisão. 
É particularmente prevista para furos que se ajustam com eixos de qualidade 6. 
- 
d) A qualidade 8, é de média pí-ecisão. Indicada para eixos que se ajustam com qua- 
lidade 7. Presta-se também para a execução de peças de máquinas que não exigem 
muita precisão nos ajustes. 
e) A qualidade 9, designa a mecânica corrente. É indicada para a execução de certos 
órgãos de máquinas industriais que se podem ajustar com folgas consideráveis. 
1.15 
f ) As qualidades 1 0 e 11, indicam mecânica ordinária. 
A escolha da qualidade depende do tipo de construção ou da função desempenhada 
pelas peças. 
Como regra geral pode-se dizer que: 
r 
MEC - 1971 - 15.000 
FOLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
FERRAMENTEIRO 
g) A s qualidades q u e vão de 1 2 a 1 6 são empregadas em mecânica grosseira. 
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS 
ISO - NOÇÕES 
- -- - - - - 
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FGLHA DE 
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES INFORMACAO 
TECNOLÓGICA 
1.16 
AJUSTE MECÃNICO 
E o encaixe obtido entre duas peças de forma inversa (macho e fêmea), sem que entre- 
tanto, durante sua usinagem, uma tenha sido verificada com a outra. 
Se na execução de uma máquina houvesse vários furos com a mesma dimensão, nos quais 
os eixos devessem, alguns girar, outros deslizar e outros ficar presos, todos os furos pode- 
riam ser executados dentro da mesma tolerância, dando-se entretanto para os eixos ts- 
lerâncias diferentes de acôrdo com a função de cada um. 
Os mesmos ajustes poderiam ser conseguidos, executando-se todos os eixos com a mesma 
tolerância e variando-se a tolerância dos furos também de acôrdo com os seus respectivos 
tipos de encaixes. 
No primeiro caso, observa-se que variam as djmensões do eixo; no segundo caso variam 
as dimensões do furo. 
A possibilidade de se conseguir todos os encaixes possíveis, variando apenas o eixo ou o 
furo, deu margem a que se criassem duas classes de ajustes ISO que são: Sistema furo 
base e sistema eixo base. 
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
1.17 
SISTEMA FURO RASE 
O sistema furo base, também conhecido por furo padrão ou furo único, é aquêle em 
que o afastamento do furo ocupa sempre a mesma posição em relação à linha zero. 
Os sistemas furo base recomendados pela ISO são os seguintes: 
LTnbu zero - 
SISTEMA EIXO BASE 
.O sistema de ajuste eixo base, também conhecido por eixo padrão ou eixo Único, é 
aquêle em que o afastamento superior do eixo ocupa sempre a mesma posição em rela- 
ção A linha zero. 
Os sistemas eixo base recomendados pela ISO são os seguintes: 
TIPOS DE AJUSTES 
Os diferentes tipos de ajustes mecânicos dependem da função que a peça vai desem- 
penhar na máquina. 
1 - Ajuste com folga - é aquêle em que o afastamentoo parafuso "F", permite a saída da bucha 
já furada. - Na canaleta "A" da base está introduzido 
o suporte articulado "B". 
- Outro detalhe importante são as três cana- - ~ ~ ~ i ~ ~ ~ ~ ~ ~ d ~ - ~ ~ o parafuso aciona;re 
letas "G", opostas às buchas de guia "H". a garra "D" que atuando sobre a peça a 
furar "E" efetuará sua fixação. 
L 
3i4iO MEC - 1971 - 15.000 
- 
I 
Fig . 2 
MOLDES PARA RESINA F6LHA DE 
FERRAMENTEIR0 FORMAÇÃO DE PRODUTOS INFORMACAO 1 1.1 8 
TECNOLÓGICA 
- A formação de produtos de resina termoendurecente se obtém por: 
PRESÇAO, IN JEC;ÃO E EXTRUSÃO 
POR PRESSA0 
Matr iz 
aquecido 
/----- 
NOTAS 
Para êste processo usam-se prensas com 
assento superior e inferior aquecidos, para 
transmitir, ao punção e à matriz, a tempera- 
tura necessária. 
- De acordo com o tipo de termoendurecente 
empregado, essa temperatura varia entre 
1000 a 160°. 
- Para permitir uma boa transformação quí- 
mica da resina, após a prensagem é necessá- 
rio conservar o estampo fechado durante 
um espaço de tempo, que varia de 20 a 45 
segundos por milímetro de espessura da 
parede do produto. 
- A pressão mínima a exercer sobre o mate- 
rial deve ser de 150 kg/cm2. 
MEC - 1971 - 15.000 
- . 
I 
I MOLDES PARA RESINA FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO FORMAÇÃO DE PRODUTOS INFORMACÃO 1 1 9 
TECNOL6GICA 
-A formação de produtos de resina termoplástico se obtém por: 
INJEGãQ - EXTRUSAO - INSUFLAÇÃO - ESTAMPAGEM 
Canal de i n j - 
Regulador térmico 
Pressõo - 
, 
NOTAS 
- O material é aquecido e, pela ação do pistão, entra no estampo através do canal de 
injeção. 
- Os produtos de termoplástico, para evitar deformação, devem ser extraídos dos estam- 
pos convenientemente frios. Para isso, são feitos nos estampos, furos de circulaçãõ de 
água que garantem a refrigeraçáo dos mesmos. 
- Para produtos de pequenas dimensões essa refrigeração pode ser dispensada. 
MEC - 1971 - 15.000 
A - - 343 
RESINAS TERMOENDURECENTE E TERMOPLASTICO 
- Termoendurecente e termoplástico são resinas sintéticas comumente chamadas plásticos. 
- Os principais materiais dos quais se obtêm são: CARVÃO FOSSIL, BENZOL. 
RESINAS SINTÉTICAS MAIS USADAS 
Terrnoendurecentes 
- Baquelite (à base de feno1 e serragem) 
- Polopas (à base de ureia) 
- Melopas (à base de melarnina) 
- Poliester (à base de poliestireno) 
- Bolietileno (à base de gás de óleo cru) 
- Poliamyde - "Nylon" (à base de óleo de mamona) 
- Galalite (à base de caseína) 
NOTAS 
- A resina termoendurecente é um material IRREVERSfVEL. 
Durante a formação do produto o material sofre uma transformação química e conse- 
qüentemente, não pode voltar ao estado primitivo. 
-A resina termoplástico é um material REVERSfVEL. 
Durante a formação do produto o material não sofre alteração química e conseqüente- 
mente pode voltar ao estado primitivo. 
344 MEC - 1971 - 15.000 
- - A 
TERMOENDURECENTE 
- - 1 - -- -- 
-----c - v - - - . 5s - -A- 
RESINAS TERMOENDURECENTE E F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO INFQRMACHO 11 -21 TERMOPLASTICO TECNOLOGICA 
- - 
1 
- Nesfe processo o material é introduzido na câmara de enchi1 
estampo, com exceção do pistão, deverá estar aniieriJa 
- 7 1 
.. 
- Pela ação do pistão, o material é injetado na seae do produto a 
- Usa-se êste processo, quando pela sua forma, o produto não 
~ I 
nento que, como todo o 
.través do canal de injeção. 
pode ser obtido pelo pro- 
cesso a pressão. 
Pis t h 
- Este processo é usado para se obter: tubos, barras e outros perfilados. 
TER LASTICO 
Aquecimento, 
Regulador té rmico 
\ \ 
Material 
/--- 
g e m 
\ P l a n o de guia 
Impulsionodor helicoidal 
-Este processo é usado para se obter: tubos, barras e outros perfilados. 
- O material é injetado por meio do eixo impulsionador .helicoidal. 
RESINAS TERMOENDURECENTE E F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO 
TERMOPLASTICO 
INFORMACÁO 1 1 -22 
TECNOL6GICA 
I 
I 
I 
u 
l 
i 
l 
i I 1 
I. I - Neste processo usa-se o material em folhas e não em pó ou grãos como nos casos pre- 
cedentes. 
- O vapor aquece o material e o ar comprimido empurra até assentá-lo na matriz. 
i. - Para o perfeito assentamento do material na parte ativa, a matriz e o porta-matriz, de- 
vem ser providos de furos para a saída d o ar. 
- 
1 346 
MEC - 1971 - 15.000 
.; -h - - - e . - 
Folha de materiol aquecido 
\ 
Furo para c i r c u l o ~ ã 6 do vapor 
P r o d u t o / 
- 
ESTAMPO ARTICULADO PARA RESINA FBLHA DE 
FERRAMENTEIRO IRREVERSÍVEL - POR PRESSÃO INFORMAÇAO 1 1.23 TECNOLóGICA 
-Formação de um produto em termoendurecimento, por pressão, em um estampo ar- 
ticulado. I 
FUNCIONAMENTO 
- O parafuso "A" é roscado no punção "B". 
-Após o enchimento da câmara "C", o punção descendo comprime o material formando 
o produto. 
- Na subida simultânea do expulsor "E" e do punção "B", a matriz abre-se permitindo 
a extração do produto. - 
I 
I 
MEC - 1971 - 15.000 . - - - - - - - .- . - 34; -" 
FORMAÇÃO DE PRODUTOS F6LHA DE FERRAMENTEIRO SAÍDA DE AR NOS ESTP """^" INFORMACÃC~ 1 1 -24 
POR ESTAMPAGEM 
\ Produto 
- Este processo é pràticamente o mesmo termoplástico, deve ser aquecida para per- 
usado para embutir chapas de metal. mitir inaior estiramento. 
- Normalmente o aquecimento é feito fa- 
- A única diferenga é que, sendo a tira de zendo-a passar em água fervente. 
v li" I l l i l . l l \ 
- Os canais feitos nos estampos permitem a 
saída do ar e também a saída dos gases que 
se formam na transformaqão do material 
durante a estampagem. 
- As medidas dos canais variam de 1 a 3 ,mm 
de largura e 0,3 a 0,5 mm de profundi- 
dade. Essas medidas dependem das dimen- 
sões do produto. 
- Em certos casos os canais podem ser subs- 
tituídos por pequenos furos. 
NOTA 
- Quando o produto é de pequena dimensão os canais ou furos para a saída do ar podem 
ser dispensados. 
34 8 MEC - 1971 - 1 
CARACTERÍSTICA DO AÇO INFORMACÁO FOLHA DE FERRAMENTEIRO 
ACABAMENTO E DEFEITOS MAIS COMUNS 1 1.25 
TECNOLÓGICA 
CAKACTERÍSTICAS DO AÇO PARA MATRIZ E PUNÇÃO 
O aço empregado para construir a ma- deve possuir resistência ao calor e ótima ho- 
triz e o punção dos estampos para resina sin- mogeneidade estrutural. 
tética, além de ser temperável e indeformável 
ACABAMENTO DAS PARTES ATIVAS DO PUNÇÃO E DA MATRIZ 
As partes ativas da matriz e do punção Um ótimo acabamento se consegue bru- 
devem ser rigorosamente lisas pois o mínimo nindo, ou melhor, cromando essas partes 
risco ou rasura se reproduzirá n o produto. ativas. 
CUIDADOS DURANTE A ESTAMPAGEM 
- Antes de estampar, lubrificar as partes ativas dos estampos, com uma liga composta de: 
Cêra de carnaúba . . . . 60 % 
Parafina . . . . . . . . . . . 28 % 
. . . . . . . . . . . . . Benzo1 12 70 
- No caso de estampagem de material à base de algodão ou amianto é mais indicada à se- 
guinte liga: 
. . . . . . . . . . Estearina 78 % 
Petróleo . . . . . . . . . . . 12 % 
- Antes de cada estampagem limpar cuidadosamente as partes ativas, se possível com jato 
de ar. 
DEFEITOS MAIS COMUNS 
1 - O produto tende a aderir na parte ativa. 
Esse inconveniente pode s.er causado por 
riscos, rasuras, pouca conicidade ou in- 
suficiente polimento. 
2 - O produto estampado não fica suficien- 
temente endurecido, apresentando-se 
opaco ou com trincas. 
Elimina-se aumentando a temperatura e 
o tempo de estampagem. 
3 - O produto apresenta falhas nos pontos 
mais distantes do canal de injeção. Eli- 
mina-se aumentando a pressão. 
4 - O produto, durante o eshiamento, se 
contrai demasiado e se apresenta com 
superfícies azuladas. Elimina-se dimi- 
nuindo a temperatura e o tempo desuperior do eixo é menor ou 
igual ao afastamento inferior do furo. 
2 - Ajuste com interferência - é aquêle em que o afastamento superior do furo é menor 
ou igual ao afastamento inferior do eixo. 
3 - Ajuste incerto - é aquêle em que o afastamento superior do eixo é maior do que o 
afastamento inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior do que o 
afastamento inferior do eixo. 
MEC - 1971 - 15.000 
namentos necessi - 
Peças que giram 
Montagem ?I mão poden- 
bri ficados deslo- 
de montagens e 
em de terioração 
as sem deter1 
I 
I 
, 
I 
I 
I 
I 
90 MEC - 1971 - 15 000 
- - - - - - - - 
-- -. -- - - - - - - 
FERRAMENTEIRO 
TOLERÂNCIAS E AJUSTES MECÂNICOS 
ISO - TABELA 
FdLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
1.18 
AJUSTES RECOMENDADOS - SISTEMA FURO BASE H 7 
Tolerâncias em milésimos de mi1;metros = I 
280 315 + 52 
+ I30 + 202 - 108 - 4 9 - 32 - 16 + 4 + 20 + 34 
+ 98 + 170 
315 355 0 
+ 144 + 226 - 62 - 18 O + 18 + 40 + 57 + 7 3 
+ 108 + 190 
355 400 + 57 
+ 150 + 244 - 119 - 54 - 36 - I8 + 4 + 21 + 37 
+ + 208 
400 450 O - 6 8 - 2 0 
+ I66 + 272 
O + 20 + 45 + 63 + 8 0 
+ 126 + 232 
450 500 + 63 -131 - 6 0 - 4 0 - 2 0 + 5 + 2 3 + 4 0 
+ I 7 2 + 2 9 2 
+ 180 + 252 
Nota:- Para pjustes com outros coripos de tolerÚncias, existem outras 
FERRAMENTEIRO 
tabelas. 
FÔLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
TOLERÂNCIAS E AJUSTES MECÂNICOS 
1SO - TABELA 
MEC - 1971 - 15.000 
1.19 
INDICAÇAO DA TOLERÂNCIA NOS DESENHOS 
Para a indicação da tolerância nos desenhos, é importante reconhecer-se imediata- 
mente quando se trata de furo ou eixo. 
Furos - peças fêmeas 
T 
1 
! 
l 
i 
Eixos - peças machos 
I 
1 
! 
1 
I 
Há peFas que podem ter partes que são machos e partes que são fêmeas. 
Os desenhos das peças com indicasão de tolerâncias deverão ser cotados do modo seguinte: 
escreve-se a dimensão nominal seguida de uma letra que, como vimos, indica o campo de 
tolerância adotado e um número que determina a qualidade. 
Para peças fêmeas a letra é maiúscula, geralmente H ; para peças machos a letra é minú,s- 
cula, e pode variar conforme o tipo de ajuste desejado. 
Nos desenhos de conjuntos, onde as peças aparecem montadas a indicação da tolerância 
I 
poderá ser do seguinte modo: 
TOLERÂNCIAS E AJUSTES MECÂNICOS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES INFORMACÁO TECNOLÓGICA 
1.21 
I 
Este sistema nem sempre é o recomendável, porque, dificulta a determinação do instru- 
mento de verificação, salvo em que a tolerância seja tal que dispense os calibradores fixos 
e a verificação possa ser feita com instrumento de leitura direta. 
MEC - 1971 - 15000 93 
Em casos especiais, poder-se-á ao invés dos sfmbolos recomendados pela ISO, indicar o va- 
lor da tolerância diretamente nos desenhos. 
L I N H A S T R I G O N O M a T R l C A S 
O' 10' 20' 30' 40' 60' 
O 0,~OOOO 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01454 0,01745 89 
1 0,01745 0,02036 0,02327 0,02618 0,02908 0,03199 0,03490 88 
2 0,03490 0,03781 0,04071 0,04362 0,04653 0,04943 0,05234 87 
3 0,05234 0,05524 0,05814 0,0610V 0,06395 0,06685 0,06976 86 
4 0,06976 0,07266 0,07556 0,07846 0,08136 0,08426 0,08716 85 
5 0,08716 0,09005 0,09295 0,09585 0,09874 0,10164 0,10453 84 
6 0,10453 0,10742 0,11031 0,11320 0,11609 0,11898 0,12187 83 
7 0,12187 0,12476 0,12764 0,13053 0,13341 0,13629 0,13917 82 
8 0,13917 0,14205 0,14493 0,14781 0,15069 0,15356 0,15643 81 
9 0,15643 0,15931 0,16218 0,16505 0,16792 0,17078 0,17365 80 
10 0,17365 0,17651 0,17937 0,18224 0,18509 0,18795 0,19081 79 
ll 0,19081 0,19366 0,19652 0,19937 0,20222 0,20507 0,20791 78 
12 0,20791 0,21076 0,21360 0,21644 0,21928 0,22212 0,22495 77 
13 0,22495 0,22778 0,23062 0,23345 0,23627 0,23910 0,24192 76 
14 0,24192 0,24474 0,24756 0,25038 0,25320 0,25601 0,25882 75 
3 0,26443 0,26724 0,27004 0,27284 0,27564 74 
0,28123 0,28402 0,28680 0,28959 0,29237 73 
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0,33106 0,33381 0,33655 0,33929 0,34202 70 
20 0,34202 0,34475 0,34748 0,35021 0,35293 0,35565 0,35837 69 
21 0,35837 0,36108 0,36379 0,36650 0,36921 0,37191 0,37461 68 
22 0,37461 0,37730 0,37999 0,38268 0,38537 0,38805 0,39073 67 
23 0,39073 0,39341 0,39608 0,39875 0,40142 0,40408 0,40674 66 
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0,46947 0,47204 0,47460 0,47716 0,47971 0,48226 0,48481 61 I? 0,48481 0,48735 0,48989 0,49242 0,49495 0,49748 0,50000 60 
30 0,50000 0,50252 0,50503 0,50754 0,51004 0,51254 0,51504 59 
0,51504 0,51753 0,52002 0,52250 0,52498 0,52745 0,52992 58 
-- 0,52992 0,53238 0,53484 0,53730 0,53975 0,54220 0,54464 57 
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3Q 0,62932 0,63158 0,63383 0,63608 0,63832 0,64056 0,64279 60 
I 0,64279 0,64501 0,64723 0,64945 0,65166 0,65386 0,65606 49 
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4s 0,66913 0,67129 0,67344 0,67559 0,67773 0,67987 0,68200 47 
43 0,'68200 0,68412 0,68624 0,68835 0,69046 0,69256 0,69466 46 
44 0,69466 0,69675 0,69883 0,70091 0,70298 0,70505 0,70711 45 
g0' 60' 40' 30' R(Y 10' O' 
Min. - S E N O 3 I 
LINHAS TRIGONOMÉTRICAS - (continuqão) 
C O - S E N O 
V 10' 20' W 40' 50' 
O 1,00000 1,00000 0,99998 0,99996 0,99993 0,99989 0,99985 89 
1 0,99985 0,99979 0,99973 0,99966 0,99958 0,99949 0,99939 88 
2 0,99939 0,99929 0,99917 0,99905 0,99892 0,99878 0,99863 87 
3 0,99863 0,99847 0,99831 0,99813 0,99795 0,99776 0,99756 86 
4 0,99756 0,99736 0,99714 0,99692 0,99668 0,99644 0,99619 85 
5 0,99619 0,99594 0,99567 0,99540 0,99511 0,99482 0,99452 $4 
6 0,99452 0,99421 0,99390 0,99357 0,99324 0,99290 0,99255 83 
7 0,99255 0,99219 0,99182 0,99144 0,99106 0,99067 8,99027 82 
8 0,99027 0,98986 0,98944 0,98902 0,98858 0,98814 0,98769 81 
9 0,98769 0,98723 0,98676 0,98629 0,98580 0,98531 0,98481 80 
10 0,98481 0,98430 0,98378 0,98325 0,98272 0,98218 0,98163 79 
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30 
-- 
0,86603 0,86457 0,86310 0,86163 0,86015 0,85866 0,85717 59 
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50' 40' 30' 20' 10' V 
S E N O 
, UNHAS TRIBONOMnRICAS - (c&&) 
i 
T A N G E N T E 
W w w w 6v 
------- 
o 0,00000 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01455 0,01746 89 
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3 0,05241 0,05533 0,05824 0,06116 0,06408 0,06700 0,06993 8 f i 
4 0,06993 0,07285 0,07578 0,07870 0,08163 0,08456 0,08749 85 
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7 0,12278 0,12574 0,12869 0,13165 0,13461 0,13758 0,14054 $2 
g 0,14054 0,14351 0,14648 0,14945 0,15243 0,15540 0,15838 81 
g 0,15838 0,16137 0,16435 0,16734 0,17033 0,17333 0,17633 80 
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0,48773 0,49134 0,49495 0,49858 0,50222 0,50587 0,50953 63 
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28 0,53171 0,53545 0,53920 0,54296 0,54673 0,55051 0,55431 61 
ag 0,55431 0,55812 0,56194 0,56577 0,56962 -0,57348 0,57735 60 
8 0 - 0,57735 0,58124 0,58513 0,58905 0,59297 0,59691 0,60086 59 
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U) 0,83910 0,84407 0,84906 0,85408 0,85912 0,86419 0,86929 49 
0,86929 0,87441 0,87955 0,88473 0,88992 0,89515 0,90040 48 
42 0,90040 0,90569 0,91099 0,91633 0,92170 0,92709 0,93252 47 
43 0,93252 0,93797 0,94345 0,94896 0,95451 0,96008 0,96569 46 
44 0,96569 0,97133 0,97700 0,98270 0,98843 0,99420 1,00000 45 
w # 30' 20' 1v 
C O T A N G E N T E 
T A N G E N T E 
FERRAMENTEIRO TECMOLÓGICA 
UNHAS TRIGONOMETRICAS - (cont inq&) 
MEC - 1971 - 15.000 
I FOLHA DE 
APLiCAÇõES DE PARAFUSOS NOS ESTAMPOS ~NFORMA~AO I 1 .&5 1 
TECNOLÓGICA 
I 
I Nos estampos são usados diferentes serem de material especial e tratado her- 
tipos de parafusos de acorda com sua necessi- mèticamente. 
I dade. 
2 . O ) Podem ser usadcs os de cabeça c6nica na 
1.O) Os parafusos de cabeça cilíndrica, tipo fixação de peças que não requerem gran- 
I "Allen", são os mais utilizados, porque des esforços. 
oferecem as seguintes vantagens: 
a) melhor fixação dos conjuntos. 3 . O ) Os de cabeça cilíndrica com fendas são 
confeccionados de acordo com as suas fun- 
b) possibilita pequenos deslocamentos das pe- ções no estampo. Geralmente aplica-se 
$as antes da fixação definitiva com os pi- êste tipo de parafusos em exksatores, 
nos de guia. prensa-chapas, etc. Possibilita pequenos 
c) oferecem melhor resistência à tração por deslocamentos. 
NOTA 
Ver tabela de dimensões de parafusos. Pág. 100 
MEC - 1971. - 15.000 99 
e' dac & o pela cota I 
P A R A F I I ALOJAMENTO B 
DIMENS~ES DO PARAFUSO D E CABEÇA CIL~NDRI( 
PARAFUSO A 1 ( ALOJAMENTO B 
100 MEC - 1971 - 15.000 
---- - - - - - . - - - - 
Matrizes com partes postiças, são forma- Os segmentos devem estar perfeitamente 
das por segmentos de aqo indeformável en- encaixados à base e fixados com pinos de guia 
caixados na base. Estes tipos de matrizes facili- e parafuso. 
tam as substituições dos segnlentos nos casos 
de desgaste ou ruptura. 
FERRAMENTElRO 
PROD FQRMA 
ESTAMPO P A U LINGUETA DE TRINCO 
MATRIZ COM PARTES POSTIÇAS 
'ERIAL 
FASES DE CORTE 
A6LHA DE 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
OBSERVAJÃO 
Este tipo de estampo é clenominado "Estampo de Corte de Separação". 
2.1 
Sendo, normalmente, a largura das tiras 
preparada na tesoura, sua medida pode variar 
(- 0,5 mm). Por essa razão, o punção deve 
ser construído conforme a figura abaixo: 
A = B + l m m 
L = mínimo 5 mm 
OBSERVAÇ~ES - Para segurança do punção, a dimensão "IA" 
não deve ser inferior a 5 mm; porém, iio 
- Para assegurar um corte perfeito, "A" deve caso de corte de chapas mais espêssas, sua 
ser sempre maior que "B", devido à varia- medida deve ser aumentada. 
ção que a tira pode apresentar na sua lar- - Os cantos "C" devem sempre ser arredon- 
gura. dados para evitar quebras. 
I I 
MEC - 1971 - 15.000 107 
FOLGA ADEQUADA 
O desgaste da matriz e do punção será 
muito menor, quando a folga for bem deter- 
minada e bem dividida, como mostra a figura 
ao lado. 
-- - r FOLGA ENTRE PUNÇÃO E MATRIZ F8LHA DE 
FERRAMENTEIRO ADEQUADA - INSUFICIENTE - EXCESSIVA INFORMACÁO 
TECNOL6GICA 2.2 
Para se obter um bom corte através de Como regra geral, ela será tanto menor 
um estampo, o punção e a matriz devem ter quanto mais fina for a espessura da chapa a 
entre si uma folga adequada. Essa folga obe- ser cortada. 
dece a uma determinada percentagem relacio- 
nada com a espessura e natureza do material Dessa folga depende o tempo de vida 
a ser cortado. do estampo e a qualidade do produto. 
D-d F=- 
2 
I 
I 
FOLGA INStJFICIENTE 
I 
A folga insuficiente pode ocasionar: 
1) Maior esforço sobre a matriz, trincamento 
da mesma, quebra do punção e rebarbas 
nos contornos do produto e do retalho. 
2) Maior desgaste do punção e da matriz, 
resultando pequena durabilidade do es- 
tampo. 
1 
FOLGA EXCESSIVA I I 
I 
! 
A folga excessiva pode ocasionar: 
1) Deformação e conicidade no bordo do pro- 
duto. 
2) Rebarbas nos contornos do produto e do 
retalho. 
108 MEC - 1971 - 15000 
I-_ - - - -- -- - 
FOLGA ENTRE PUNÇÃO E MATRIZ F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO ATRAVÉS DE ENSAIOS INFORMACÁO TECNOL6GICA 
2.3 
Quando há dificuldade para se medir a Este fenômeno ocorre em função da 
folga entre punção e matriz é necessário £a- folga entre punção e matriz, sendo que a parte 
zer-se ensaios na prensa ou balancim para se lisa é cortada e a parte rugosa é rompida. 
determinar a folga adequada. Baseando-se neste princípio podemos 
controlar a folga entre punção e matriz, exa- 
Os bordos dos produtos cortados em es- minando o bordo dos produtos estampados 
tampos, apresentam duas partes distintas: uma durante os ensaios, conforme demonstram as 
lisa e outra rugosa. figuras abaixo. 
FASES AP: :NTAC RAN? 
Rugoso - 
S.a FASE 
2 ...* i: - ..:'.?.;.t>-,.:*.. . ,+:- -5.. *:r ,i- . - .-r----..~.* : 
- .e: *?;..? ,. - - . .* . a ..e'. .: *::.b- .. ... ,...,. , . .:.:,.~,~::'..t;:!;~:~..~.~:;.;~a-+-:;.-.a; ...- -x* .,$. 
2 . .-*;-4 *- -..;..::---:-.--3 
e; 70 
2 2 G RECOZ. MOLE GD, GBK 30 A 40 COMPOSIÇÃO QUÍMICA O/, 
LEVEMENTE 2 LG RELAMINADO 32 A 42 C. 0,10 MAX. - Si 0,03-0,2 
l-l 
W m K32 32 A 44 Mn. 0,20-0,45 - P 0,06 MAX. 
S T 2 4 0 K40 
RELAMINADO 40 A 55 S. 0,05 MAX. 9 8 Kljo* A GD, GBK 50 A 65 
$ 2 . K 6 0 # ' FR I 0 RP 60 A 75 
$1 K7O# > 70 
2 G RECOZ. MOLE GD, GBK 28 A 38 COMPOSIÇÃO QUÍMICA % 
q c n m LEVEMENTE 
&o: LG RELAMINADO 30 A 40 C. 0,10 MAX. - Si 0,03-0,15 
W 8 Z, R32 GD, GBK 32 A 42 Mn. 0,2-0,45 - P 0,04 MAX. 
ST 4 3 2 K40 . RELAMINADO 40 A 50 S 0,04 MAX. 
0 K50* A RP, RPG 50 A 60 
K60' FRIO 
5 
60 A 70 
a K70 * > 70 
G RECOZ. MOLE GD, GBK 28 A 38 COMPOSIÇÃO QUÍMICA % 
LEVEMENTE LG RELAMINADO 30 A 40 C. 0,10 MAX. - Si 0,03-01 ' 
. K32 S T 4 485 GD, GBK 32 A 42 Mn. 0,2-0;45 - P 0,03 MAX. 
K40 RELAMINADO 40 A 50 S 0,035 
8 8 8 K ~ O * A RP, RPG 50 A 60 
$ 2 2 K60* FRIO 60 A 70 
K70 > 70 
Para Espessuras de Chapa Superiores a 4 mm não se pode obter dureza de laminação superior a K 40. 
As abreviaturas para os estados de laminação a frio correspondem às seguintes designações 
LG = 11 16 dura K32 = 118 dura K40 = 1 /4 dura K50 = 1 /2 dura K60 = 314 a 44 dura K70 dureza de mola 
Qualidade de Superfície 
GD = Recozido Escuro - Cor Cinza Azulada, Admissivel Escamas Fortemente Aderidas 
GBK = Recozido Polido - Superfície Polida 
RP = Sem Rachaduras ou Porosidades - Aspecto Liso e Uniforme 
RPG = Sem Rachaduras ou Porosidades de Brilho Claro - Superf. Lisa e Brilhante 
I 
1 8 MEC - 1971 - 15.000 
I 
- - - -- . - - - - - 
FERRAMENTEIRO AÇOS - CARACTERÍSTICA E APLICAÇÃO 
MEC 
F6LHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOL6GICA 
2.1 3 
COMPOS1~AO 
QUf MICA APLICAÇÓES 
Forne- 
dureza cida 
Brinell 
C - 0,8 yo 
Cr - 4,5 0/, 
Mo - 1,O 0/, 
W - 18,5 % 
Co - 10,5 0/, 
V - 1,6 yo 
C - 0,72 0/, 
Cr - 4,5 % 
W - 18,O % 
V - 1.2 yo 
C - 0,28 yo 
Cr - 3,O0/, 
W - 2,5 7, 
V - 0,2CC Super Rapid 
Extra W K Z N B S Special-KR Amutit - S 
MARATHON Kobalt 1 ~pezial-w (CNK-2) Bora 
Rapid 
Spezial Veresta 
ROCHILING Gigant 88 Gigant 50 RCW-2 RAB-W RCC-W RUS-4 
UDDEHOLM - UHB Castor 9 Castor 3 Valand Grane Sverker 3 Arne 
BOFORS 
A-2 
2.750 
3.355 
SODERFORS 
A-4 
(2.550) 
(2.721) ------ 
A-3 
2.730 
2.581 
ALPINE 
FHONIX 
A-5 
2.312 
2.436 
BOHLER 
A-6 
2.140 
2.419 
MARATHON 
ROCHILING 
- - -- 
UDDEHOLM - UHB 
18 - 4. 511 
(AHD AHA) - Etd Blanco-H 
I I I 
Tirann - Etd (ARH 
Extra ZAEH) 
My - Extra I I 1 ETD-180 1 Kz," 
Durax-W-Z SS4/KSN 
Robust I - I RT-9/10 I RNO 
Regin I Tirfing I UHB - 20 1 Stainless 31 
I 2.343 - 
4.436 - 
316 0,7 
VCN - 182 VW - 1 
RIM - 215 1 T P - 24 
Masb Rótex 
1.810-SSW WS-1 Extra 
Stainless 
24 Borez 
122 MEC - 1971 - 15.000 
~ o / r m u l o e Exemplo 
3 
E = d E s f 6 r F o de Corte 
E = 2 7.000 
Espessura do Matriz " E " em mm 
MEC - 1971 - 15.000 123 
Para produtos que pela sua forma reque- plo abaixo o perfil do produto foi subdividido 
rem operações de corte, dobra ou repuxo, cons- em quatro partes, cada uma correspondendo 
troem-se estampos que nas suas fases consecuti- à forma de um lado do produto. Cada lado 
vas de corte, não destacam o produto, man- do produto é cortado em partes distintas, 
tendo-o prêso à tira, para ser destacado e for- dando no final, a forma do seu contorno. 
mado simultâneainente na fase final. No exem- 
.- - - - - - - - - 
7 FERRAMENTEIR0 
P R O D U T O 
I 
FORMA P R I M I T I V A DO M A T E R I A L 
E S T A M P O P A R A : F U R A R - FORMAR - S E P A R A R - D O B R A R 
Neste caso, a disposição dos punqões per- NOTA 
mite que na sua fase de corte, o produto se Nos estampos que tenham mais de duas fases 
mantenha prêso à tira, até o momento de de corte, pode-se aplicar duas facas de avanço, 
que permitem o aproveitamento final da tira. 
MEC - 1971 - 15.000 129 
TIPO DE ESTAMPO DE CORTE PROGRESSIVO 
FURA - CORTA - SEPARA E DOBRA EM 
DIREÇÕES OPOSTAS 
FaLHA DE 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
3.1 
L 
TIPO DE ESTAMPO DE CORTE PROGRESSIVO FOLHA DE 
FERRAMENTEIR0 FURA - CORTA - SEPARA E DOBRA EM INFORMACAO 
DIREÇQES OPOSTAS TECNOLÓGICA 3.2 
I FASES DO DOBR 'RA: 
Nesta fase, o pun~ão separa o produto da tira e dobra as abas laterais. 
Durante a fase as cunhas se apóiam nas chavêtas fixadas nas colunas. 
130 MEC - 1971 - 15.0 
NOTA 
Nesta fase, as cunhas introduzindo-se nos rasgos das. colunas permitem a descida do pun- 
ção e do suporte, dobrando assim, as abas longitudinais do produto. 
FERRAMENTEIRO 
MEC - 1971 - 15.000 131 
TIPO DE ESTAMPO .DE CORTE PROGRESSIVO 
FURA - CORTA - SEPARA E DOBRA EM 
DIREÇõES OPOSTAS 
FGLHA DE 
INFORMAÇÃO 
TECNOLÓGICA 
3.3 
ESQUEMAS DE ESTAMPOS PARA DOBRAR EM "L e Z" 
P u n ç ã o d o b r a d o r 
ESTAMPO PARA I I I DOBRAR EM "L" 
Peça d o b r a d a em "L" 
FERRAMENTEIRO 
Peça dobrada em "z" 
ESTAMPO PARA 
DOBRAR EM 2' 
MEC - 1971 - 15.000 133 
TIPO DE ESTAMPO 
DOBRA 
FOLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
3.5 
TIPO DE ESTAMPO FOLHA DE FERRAMENTEIRO DOBRA 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 3.6 
DOBI SIMULTÂNEAMENTE A 90 % EM DUAS DIREÇÕEs 
O sistema de planos inclinados pode ser cima. Ao terminar o curso do punção as ope- 
aplicado em estampos para dobrar produtos rações de dobrar se completam em direções 
em duas direções opostas. No momento em opostas. 
que o punção inicia as dobras para baixo, as 
matrizes móveis são acionadas pelas rampas Estampo para dobrar a 90° simultânea- 
do punção, iniciando as outras dobras para mente em duas diregões. 
P R O D U T O 
F O R M A A N T E R I O R D O P R O D U T O 
Fig. I I 
ESTAMPO PARA DOBRAR A 90° EM DUAS DIREÇõES OPOSTAS 
nada 
As partes inclinadas do punção não se calibragem final do produto entre a superfí- 
assentam completamente sobre as superfícies cie plana do punção e da matriz fixa, dando 
I planas das matrizes móveis, para permitir a a forma final no produto. 
134 MEC - 1971 - 15.000 
ESTAMPO PARA DOBRA EM "L" (com prensa-chapa) 
1 
I 
I 
I 
I 
I 
- _ _ _ _ _ _ . --- -- P 
3.7 
I 
I 
135 
MEC - 1971 - 15.000 
--r 
FBLHA DE 
INFORMACÁQ 
TECNOLÓGICA 
FERRAMENTEIRO 
ESTAMPO DE DOBRA COM 
I 
I 
I 
i 
PRENSA-CHAPA 
- -LNSA-CHAPA 
E a peça que prende a chapa a ser do- A escolha da prensa deve ser ao menos 
brada, por meio de molas, afim de evitar um igual ao esfôr~o de dobrar, aumentada da po- 
escorregamento da mesma no momento em tência das molas da prensa-chapa. 
que está sendo dobrada. O estampo com prensa-chapa permite 
A fbrça necessária para impedir este des- dar ao produto maior precisão na dobra do 
lizamento é de aproximadamente 40 D/, do que o estampo de dobra simples. 
esforço da dobra. 
EXEMPLO: 
Para enrolar tubos com paredes 
"GROS 
1 I Z P r é - e n r o l a r 
2 % E n r o l a r 
Estampo para 
pré-enrolar 
FERRAMENTEIRO 
Em duas fases tubos com paredes: "MÉDIAS" e "GROSSAS" 
I 
i 1 9 F A S E 
Tubos com paredes "MÉDIAS" e "FINAS" 
(Em uma fase) 
Para curvar arames 
MEC - 1971 - 15 000 131 
TIPOS DE ESTAMPOS PARA ENROLAR 
TUBOS E CURVAR ARAMES 
FÔLHA DE 
INFORMACÁO 
TECNOLÓGICA 
3.9 
Extrator prensa-chapa 
O extrator prensa-chapa com mola, tem a finalidade de prender a peça no início 
do dobramento e expulsá-la depois de dobrada. 
Como calcillar o desenvolvimento "X" da peça representada na figura, abaixo, antes de 
dobrá-la. 
4 eixoneutro X 3,14 9 X 3 . 1 4 
-- O desenvolvimento do arco AB = - - 
2 2 
= 14,13 
A 
- O desenvolvimento total "X" = L + AB + L' = (30 - 5) + 14,13 + (10 - 5) = 44,13 
1 138 
I . 
MEC - 1971 - 15.1 
, w 
Figura I 
X = o desenvolvime~ito do arco AB 
-- - - - - - 
FERRAMENTEIRB 
CALCULOS: 
- Para satisfazer as condi~ões da figura 2 - Quanto maior for a relação entre o diâme- 
(AB = 135O), toma-se como rnedida do tro "d" e a espessura "e" melhores serão 
dsmetro interno "d" cinco vêzes a espes- os resultados. 
sura "e" da chapa. Alterando-se esta relação - Porém o diâmetro "d" nunca deve ser me- 
cunsequenteniente alterar-se-á o ângulo de nor que duas vezes a espessura "e". 
135O e o desenvolvimento AB. 
MEC - 1971 - 15.000 139 
- 
-- 
5 = diâmetro internoadI - 
bJ=diânaetro do eixo neutro I 
Figura 2 
9 eixo neutro X X 135' 6 X 3.04 X 135O 
FERRAMENTEIRO TIPOS DE ESTAMPO PARA CURVAR 
Espiga 
Punção 
Peça a c u r v a r 
Flg. 2 
-r 
1 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
FERRAMENTEIRO TIPOS DE ESTAMPO PARA CURVAR 
E ENROLAR 3.13 
A figura acima, mostra um estampo que Este tipo de estampo além de curvar 
dá formas curvas e cilíndricas (enrola), em enrola o produto. Invertendo-se a posiçáo dos 
chapas ou produtos planos. calços laterais, A e B pode-se enrolar produ- 
tos como o das figuras 1 e 2. 
Quando se trata de baixa produção, 
pode-se construir estarnpos simples, que fa- 
zem várias operações simultâneamente e in- 
dependentes. 
Fig. 1 
FBLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 1 
I 
I 
. I 
I 
I 
I 
I 
I 
i 
1 
I 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
- 
141 
A -- - 
FERRAMENTEIRO ESTAMPO PARA DOBRAR EM "U" 
OPERAÇAQ DE DOBRAR 
É a operação mecânica efetuada em má- dobrar, poderá retornar à sua forma plana 
quinas especiais chamadas dobradeiras, em primitiva, pela simples operação de desdo- 
dispositivos ou estampss, que adaptados às brar, porém, isso não ocorre na prática em 
prensas, executam essa operação. virtude de um deslocamento molecular das 
Através da operação de dobrar, obtêm-se fibras do metal, ou seja, um alongamento das 
peças com formas angulares, partindo-se de mesnias. 
peças plainas. O produto obtido pela açáo de 
Fase anterior - Peça desenvolvida 
P R O D U T O 
punc60 
Produto - Tira - 
O esquema do estampo ao lado, nos mos- 
tra a operação de dobrar eni "U" partindo-se 
de um produto plano obtido de um estampo 
de corte. 
Este tipo de estampo é de construção 
relativamente simples. 
A extração do produto pode se dar por 
meio de molas colocadas sob o extrator no 
próprio estampo, oupor meio de pinos extra- 
tores, quando a prensa utiiizada possui mola 
na sua parte inferior. 
O raio interno rnínimo aceitável das do- 
bras é igual à espessura da chapa. Deve-se 
evitar, sempre que possível, as dobras ern 
ângulo vivo. 
12 MEC -, 1971 - 15.000 
LCULOS 
Como calcular o comprimento da peqa desenhada abaixo, antes de dobrá-la: 
CALCULOS DA PLANIFICAÇAO DE PESAS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO DOBRADAS A 900 INFORMACAO 3.1 6 
TECNOLÓGICA 
O - 
/ 
I 
- 
Eixo neutro 
Q 
 8 = 90° até menos 6O. trincas ou quebraduras na peça a dobrar; 
Esta variação no ângulo do punção é varia conforme a natureza do material a ser 
mais ou menos acentuada, para compensar o dobrado. 
retorno do material, ocasionado pela elastici- Para aços em geral: r = e 
i 
I 
dade do mesmo. Para metais não ferrosos o raio varia 
de O a 0,6 de "e". 1 
I 
I I 
- A profundidade "h" na matriz deve ser O canto "A" da matriz deve ser arredon- 
"h" = 5 a 6 "e". dado a fim de evitar riscar o produto. 
O punção e a matriz devem ser tempera- 
- O canal "B" da matriz é igual ao ângulo dos ou endurecidos para evitar desgaste pre- 
de peça "B" = 90°. maturo. 
MEC - 1971 - 15.000 
I 
I 
I 
145 , 
CALCULOS 
Para calcular e medir uma dimensão em canal V com 90° de abertura proceder como nos 
exemplos : 
1 . O Calcular X 
- 
AO = 1 / 2 Diagonal 
2 . O Medir X através de Y 
Na medição de quotas em posiqões angulares, mede-se indiretamente por meio de 
um cilindro ou esfera. 
CALCULO DE PLANIFICAÇÃO DE F6LHA DE 
FERRAMENTEIRO PEÇAS DOBRADAS . - - 
I 
- 
PLANIFICAÇÃO = A. B. C. 
"A" e "B" devem ser conhecidos: 
O arco "C" é determinado na tabela, mediante "r" e "e". I 
EXEMLOS 
I1 
A = 15 
B = 20 
e = 0,8 
r = O (canto vivo) 
Planif. = 15.20.0,3 = 35,3 
B = 20 
e = 2,5 
--- --+.vwx-.,w,sa, s,.G- \ - r = 3,5 m Planif. = 15.20.7,2 = 422 
'AI LA Dc V1 ,ORES "C" 
OBSERVASÃO 
Quando a dobra não fôr a 90' deve-se tomar o valor "CJ' da tabela acima e fazer uma -- 
relação. 
A =15 
B = 2 0 
e = 2 
r = 3,5 A.B. (C.8) 
8 = 450 90 
NOTA Planif. = 15.20.(6,8.45O) = 38,4 
Essa tabela é o resultado de ensaios prá- 90 
ticos. Os valores de "C" são aproximados. 
--- - 
148 MEC - 1971 - 15.000 
DOBRA SIMULTANEAMENTE, ,, ,JO EM DUPC n T 
f g FASE 
As abas transversais são dobradas para O punção dobrador venceu a reação das 
baixo pela ação do punqão dobrador. As mo- molas. Estas cedendo, as abas longitudinais 
las ainda não cederam, não sofreram com- são dobradas para cima. 
pressão. 
A 
MEC - 1971 - 15.000 149. - 
20 FASE 
FERRAMENTEIRO I MOLAS PRATO 
TABELA - F6RMULAS I FaLHA DE 
I NFORMAÇÁO 
TECNOLóGICA 
1 3.22 
As Molas Prato são empregadas cada molas espirais, por oferecer uma resistência à 
vez mais na ferramentaria em substituição às compressão muito maior. 
D 
Flex. máx. Carga máx 
d e h H f Q 
mm mm m m m m mm mm kg 
10 5 2 0,4 083 087 0,22 21 
i 2,5 682 Ot5 0,35 0,85 0,26 30 
14 7.2 018 083 !#I 0,22 8 0 
i 6 882 O,6 0,45 !,O5 O, 34 4 2 
16 882 099 0,35 i , 25 O, 26 f 05 
2 0 1 0,2 01 8 O, 55 1 ,35 0,4 f 77 
25 f 2,2 f v5 0,55 2,05 0,4 f 300 
28 f4,2 i 018 1 ~ 8 Q6 l i 5 
2 8 f 4.2 j 3 0,6 5 2, r5 O, 99 290 
3 1,5 16,3 i ,25 0, 9 2,15 0,65 195 
3 f,5 f 6,3 1,75 097 2,45 0,52 400 
35,s i8.3 2 098 5 8 0,s 530 
40 20,4 2,25 4 9 3,15 067 350 
45 22,4 &5 i 385 O, 75 790 
50 25,4 3 i, i 4, f O, 82 i250 
56 2 8,5 2 i 8 8 3,8 fr2 480 
MONTAGEM DAS MOLAS PRATO 
Na aplicação de duas ou mais molas, 
além de ficar duplicado ou triplicado o valor 
de " Q , pode-se ainda acrescentar ao mesmo, 
o esforço gerado pelo atrito entre as molas, na 
percentagem de: 
12 % no caso de 4 molas 2 a 2 - 18 yo no 
caso de 6 molas 3 a 3 
24 % no caso de 8 molas 4 a 4 - 30 % no 
caso de 10 molas 5 a 5 
Na montagem, as molas podem ser guia- 
das com parafusos embuchados ou simples- 
mente torneados. ' 
Entre o diâmetro interno "d" das molas 
e o diâmetro "d" dos pai-afusos-guia deve 
existir ainda uma determinada folga. A parte 
decimal 0,2-0,3-0,4-0,5 dos números da coluna 
"d" indica o valor dessa folga. 
I 
C o r t e A-B 
ESTAMPO PA T A DO PORTA- 
FERRAMENTEIRO INFORMACÁO 
Pode-se construir estampos cujo corte da tira já tem a medida dos lados do produto, 
não é feito em todo p,erfil do produto, como razão pela qual os lados do produto não serão 
acontece nos estampos de separaqão. A largura cortados. 
I 
Estes tipos de estampos são construidos não cortam o produto, dispensam a operagáo 
para produtos que não requerem precisão. de vazamento facilitando a sua execução. 
O tope móvel tem a funcão de limitar 
Considerando que apenas uma parte do 
a tira para a primeira estampa. Nas demais produto é cortada, haverá conseqüentemente 
estampas, os avanGos (passo) da tira passam a uma redução no esfôrgo de corte. 
ser limitados pelo centrador com mola, alo- 
As partes do contorno da matriz que jado no punção. 
> - 
MEC - 1971 - 15.000 159 
\ Tope móvel 
V i s t o do c o n j u n t o i n f e r i o r 
O estampo com matriz bipartida e com primeira parte é cortada pela matriz mais alta 
diferença de altura, é empregado, não só para e a segunda pela matriz mais baixa, comple- 
facilitar a execução da matriz, mas também tando assim o produto. 
para diminuir o esforço de corte proporcio- Estampo de corte progressivo de furação 
nado por essa diferença. e formação com centrador móvel. 
O produto é formado em duas etapas: a 
FERRAMENTEIR0 
PRODUTO 
Estampo paro f u r o r - c o r t a r 
m 
MATRIZ BIPARTIDA 
COM DIFERENÇAS DE ALTURA 
FASES DE CORTE 
I C o r t e A - B 
M a t e r i a l .' Aço 1030 B - 40 Kg/rnrn 
2 
F&HA DE 
INFORMAÇÃO 
TECNOLÓGICA 
F A S E S DE C O R T E 
4.2 
1' F a s e 
20 Fase 
- Neste estampo, a matriz 2 é mais baixa 
para diminuir o esforço de corte; 
- A espiga está descentralizada para o lado 
do punção "P" porque o esforço do mesmo 
é superior aos demais. Dessa forma, o es- 
forço geral do corte, fica centralizado racional- 
mente. 
I 
160 , MEC - 1971 - 15.00 
A pressão exercida pelo punção sobre a ximadamente 113 da espessura da chapa esta 
chapa ou tira, tem por efeito seccionar o me- se rompe. 
tal. No momento que o mesmo penetra apro- O desenho abaixo nos dá a idéia dêste 
fenômeno. 
FERRAMENTEIR0 
Chapa 
M a t r i z 
COMPORTAMENTO DA CHAPA 
SOB A A W O DO CORTE 
TIPOS DE ESTAMPOS 
Motr iz 
- Estampo de corte progressivo com matriz 
bipartida e seis punções de corte. 
- Estampo de corte progressivo com matriz 
bipartida e quatro punções de corte. 
- Fases progressivas da tira. 
FdLHA DE 
INFBRMAÇAO 
TECNOL6GICA 
Matr iz 
7. 
4.3 
I Os dois estampos apresentados trabalham com desperdício de material. 
I 
- - 
MEC - 1971 - 15.000 161 
ESFORÇO DE CORTE - CALCULO F8LHA DE 
FERRAMENTEIRB ESCOLHA DA PRENSA INFORMAÇAO 4.4 
TECNOLÓGICA 
ESFORÇO DE CORTE - CALCULO 
O cálculo do esfôrço de corte permite escolher a prensa de capacidade mais adequa- 
da para o trabalho a serrealizado. 
Na operação de corte, o material é submetido à ação de uma pressão, motivando a 
sua ruptura. 
Para se calcular o esforço necessário para cortar ou furar, aplica-se a seguinte fórmula: 
E c = P . e . R c 
Ec - Esforço de corte 
P - Perímetro 
e - Espessura do material 
Rc - Resistência ao corte 
Qual é o esfôrço necessário para cor- 
tar o produto representado ao lado? 
(Fig. 1). 
PERf METRO DADOS 
e = 1,5 mm 
Rc = 32 Kg/ mm2 
4 
Fig. 1 
CALCULO 
Ec= 120.1,5.32 
Ec = 5.760 Kg 
Ec = 5.760 T. 
ESCOLHA DA PRENSA 
Assim, para cortar esse produto, a prensa adequada deve ter uma tonelagem equiva- 
lente à encontrada no cálculo, acrescida de uma margem de segurança, de aproximada- 
mente 20 %. 
Para êste caso, uma prensa de 7 toneladas pode ser usada com segurança. 
62 MEC - 1971 - 15% 
Existe balancim, cujo corpo é de uma só peqa e de construção reforçada. O suporte 
de aço quadrado desliza em guias ajustáveis. (Fig. 1). 
Fig. 1 
FERRAMENTEIRO 
A figura 2 mostra outro tipo de balancim cujo corpo é feito de uma só peça, e é 
de construção robusta. O suporte é sòlidamente ligado com o parafuso por meio de dois 
tirantes e desliza em guias prismáticas, que são reguliveis por uma cunha cônica. (Fig. 2). 
Fig. 2 
= 
164 MEC - 1971' - 15.000 
TIPOS DE BALANCINS 
FOLHA DE 
INFORMAÇAO 
TECNOL6GICA 
4.6 
As prensas de corpo fixo podem ter a mesa móvel, possibilitando o uso de estampos 
de diversas alturas, evitando o uso de calços. 
NOMENÇLATURA 
B - Biela 
C - Base 
D - Barra de Comando 
E - Eixo Excêntrico 
F - Fuso Regulador 
G - Guias do Martelo 
H - Furo Expedidor 
M - Mesa Regulável 
P - P ~ d a l 
R - Régua de Ajuste 
U - Ajuste de curso 
(bucha excentrica) 
V - Volante 
PRENSAS EXCÊNTRICAS FOLHA DE 
- - - -7 
FERRAMENTEIRO NOMENCLATURA - CARACTERÍSTJCAS INFORMACÃO 
FUNCIONAMENTO TECNOLÓGICA 4.8 
PRENSA D CORPO FIXO 
PRENSA DE MESA FIXA 
As prensas de mesa fixa, limitam-se a 
uma determinada altura máxima dos estam- 
pos. 
A variação da altura dos estampos é 
compensada por calços, para que o martelo 
trabalhe normalmente nas guias. 
Estes tipos de prensas são utilizados para 
trabalhos de corte, dobra, repuxo leve, ex- 
trusão, etc. 
I 
MEC - 1971 - 15.000 
A = Eixo do motor 
B = Biela. 
E = Bucha excêntrica 
. 
FERRAMENTEIRO 
G = Anel 
M = Flange 
P = Parafuso regular 
NOTAS 
O curso do martelo se regula: 
- Tirar o anel "G" 
- Desengrenar o flange "M" da bucha "E" 
- Girzr a bucha "E" até conseguir o curso desejado 
A posição mais alta ou mais baixa do martelo, referente à mesa, se obtém por meio 
do parafuso "P". I 
I 
MEC - 1971 - 15.000 167 
REGULAGEM DO CURSO E b A POSIÇÃO 
DO MARTELO 
F6LHA DE 
I N FORMACÃO 
TECNOLóGICA 
4.9 
I FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO MONTAGEM DO ESTAMPO NA PRENSA INFORMACAO 4.10 
T ECNOLÓGICA 
Para fixar o estampo na prensa, proce- 
der como segue: 
- Introduzir os punçóes na guia do estampo 
até atingir um ou dois milímetros da parte 
ativa da matriz. 
- Regular o curso do martelo tomando por 
base a altura da matriz. 
I 
- Manobrar o volante com a mão, descendo 
lentamente o martelo ao seu ponto má- 
ximo. 
1 - Retirar o mandril. 
- Colocar a espiga na sede. 
I - Colocar o mandril e apertar levemente as 
I duas porcas. 
- Regular a posição do marte10,de modo que 
fique apoiado no porta-espiga. 
- Apertar o parafuso central e depois as duas 
porcas. 
- Fixar cuidadosamente os grampos na base, 
para evitar. que a mesma saia da posição e 
force os punções no sentido lateral. 
- Levantar o martelo e descer outra vez, 
controlando cuidadosamente a penetração 
dos punções na matriz. 
- Lubrificar os punções antes de iniciar o 
funcionamento do estampo, para evitar 
que os mesmos engripem-se nas guias. 
- Antes de fixar os grampos na base do estampo, verificar se a mesma está totalmente 
apoiada sobre os calços ou mesa de prensa. 
168 MEC - 1971 - 15.000 
-- - - .. - - - - - - - . - - -.--- - 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO INFORMACÁO 
D 4 
D A 8 ' C r Métrica E F G 
f ina 
2 5 13 2 3 1 3 3 2 0 2 1 5 5 
14 x 1,s 
18 x 1.5 
3 8 19 3 4 19 4 27 x 1,5 3 0 4 8 
5 0 2 5 4 6 25 5 36 x 1,5 4 0 5 1 O 
73.5 3 1 5 7 3f 6 44 k 1,5 5 0 6 f 2 
PORTA-ESPI GA 
1 
Sua finalidade é permitir a conexão en- meio de parafusos ou garras diretamente no 
tre os punções e o martelo da ~rensa através martelo da prensa. 
da espiga. Para evitar possíveis desregulagens, prin- 
Existem outros tipos de porta-espiga cipalmente quando o estampo não tem guia 
para estampos de grandes dimensões, usados dos punções, deve-se rebitar a espiga no por- 
em prensas especiais. Sua fixação é feita por ta-espiga. 
NOTA 
Na montagem de um estampo na prensa, a superfície superior do porta-espiga deve estar 
totalmente apoiada na base do martelo da prensa. 
IEC - 1971 - 15.000 171 
FERRAMENTEIRO ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
PORTA-ESPIGA 
FOLHA DE 
INFORMACÃO 
TECNOLÓGICA 
4.1 3 
PLACA DE CHOQUE 
FERRAMENYEIRO 
Situa-se entre o porta-espiga e o porta- duro for o material a ser cortado, mais espêssa 
punção. Sua principal função é receber os deverá ser a placa de choque. 
choques produzidos pela ação dos punções, 
Estas placas devem ser de aço carbono 
evitando a formação de cavidades no porta- 
temperadas e revenidas com dureza de 56 a 
espiga e folgas excessivas nos punc;ões, pre- 58 R. C. e retificadas posteriormente. 
judicando o bom funcionamento do estampo. 
A sua espessura varia proporcional- Quando as placas são muito grandes, 
mente, conforme a espessura e natureza do para evitar excessivo empenamento lia têm- 
material a ser cortado. Quanto mais grosso e pera, deve-se fazê-las em várias partes. 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS 
E PORTA-PUNÇÃB 
Em alguns casos, pode-se colocar discos de aço encaixados no porta-espiga, ao invés 
de plâca de choque comum. 
PORTA-PU N çao 
FOLHA DE 
I NFORMACÃO 
TECNOLÓGICÂ 
Sua função é manter os punções nos seus devidos lugares, auxiliado pelo porta- 
espiga com apoio na placa de choque. 
Os escariados ou rebaixos do porta-punção servem para alojar as cabeças das punqões. 
As cabeças dos punções devem facear com a superfície da placa de choque. 
4.14 
Placa de Cabetos dos ~UnçÕes Superf superior 
choque 1 
I 
172 MEC - 1971 - 15.0í 
.- - -- i .+ - L--- 
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE 
FERRAMENTEIRO GUIA DOS PUNÇÕES E BASE INFORMACÃO 
PECNOLQGICA 4.15 
GUIA DOS PUNCGES 
Sua função é guiar os punções na matriz 
e soltar a tira que se prende nos mesmos. 
O material empregado na construção 
das guias é o aço de baixo teor de carbono. 
A espessura das guias variaaconforme o 
tamanho do estampo, o curso do punção e as 
possibilidades de desgaste do mesmo. 
Em casos especiais, quando a quantidade 
de produtos produzidos pelo estampo fôr 
muito grande, deve-se estudar a possibilidade 
de encaixar postiços temperados para gixia- 
rem os punções e centradores. O canal para 
a passagem da tira deve ser a medida da lar- 
gura desta, com 0,l a 0,2 mm para mais e a 
a1tur.a do canal, 1,5 vêzes a espessura da tira. 
Devido a questões técnicas relativas ao 
ponto de contato entre o produto e a matriz, 
a guia deve ser executada com a parte superior 
voltada para baixo, pois, com isso, teremos um 
início de furo com absoluta precisão no ponto 
crítico da ferramenta, evitando os desvios de 
broca, frequentes, que poderiam causar a iriu- 
tilização da guia. 
I b r g u r a daiira +O$ ' 1 '/ '/ ' 
Guia dos punçÓes (com postiços) 
BASE 
É o elemento responsável por g-rande Os furos para a saída, descarga do pro- 
parte da segurança do estampo durante o seu duto ou dos retall-ios, são feitos na base, sem- 
f uncionamerito. pre que possível acompanhando o perfil 
A base recebe todos os efeitos de pressão daqueles, em continuação às partes cônicas ou 
do estampo quando os punções golpeiam a inclinadas dos furos de descarga da matriz. 
chapa a ser estampada. 
Desta forma, se a base não tiver uma A fim de evitar o acúmulo de retalhos 
espessura

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