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Anestésicos locais Benzocaína • Anestésico tópico • Derivado do éster • Dura de 10 a 20 minutos • Usado para anestesia das mucosas, supressão do reflexo de vômitos e várias síndromes dolorosas • Está disponível em muitas formas de dosagem, e incluem géis, cremes, loções, sprays e pastilhas • Associada a alergias, tem muitos conservantes Lidocaína • As amidas surgiram em 1948, com a síntese da lidocaína • É o mais usado • Possui tempo de latência (início de ação) curto · de 2 a 3 minutos • Possui duração curta (devido a sua ação vasodilatadora) · 5 a 10 minutos de anestesia pulpar · 1 a 2 horas de anestesias de tecido duro • Quando associada a um agente vasoconstritor, a anestesia aumenta e sua toxicidade diminui ainda mais • Quanto maior a porcentagem de lidocaína, maior o risco de toxicidade no paciente • É a primeira opção em anestésicos • Possui afinidade pelos vasos sanguíneos • Lidocaína com vasoconstritor a 2% é o mais tolerado para gestantes e crianças Mepivacaína • Tipo amida • Média duração • Possui menos afinidade pelos vasos sanguíneos do que os outros anestésicos, podendo ser usado sem vasoconstritores, portanto, é a primeira escolha de anestésico quando não se pode usar um vaso constritor associado • Tem maior indicação nos casos em que o uso de vasoconstrictores é periogoso para o paciente ou contra indicado, pois pode ser usado sem vasoconstritor e sem perda importante da potência e tempo de duração da analgesia · Hipertensões não controladas, arritmias cardíacas, diabetes, hipertireoidismo, entre outras • Mepivacaína 3% sem vasoconstritor: se encontra mais presente na rotina dos consultórios · Ideal para pacientes hipertensos · Anestésico coringa para pacientes com restrições · Para pacientes com restrição a vasoconstritor Articaína • É único entre o grupo dos anestésicos locais porque possui os grupos amida e éster conjuntamente • Ação intermediária · Por possuir o grupamento éster, também é metabolizado no plasma sanguíneo pela enzima pseudocolinesterase, apresentando toxicidade. O éster também possui maior afinidade pela parede dos vasos então sua ação é mais rápida. · Se associada com vasoconstritor, sua potência aumenta, podendo durar 3h • Sérias complicações estão associadas com a Articaína: · Parestesia longa ou permanente tem sido reportada como efeito adverso do anestésico e ocorre mais frequentemente quando há associação com a lidocaína • Articaína pode piorar desordem hematológica · Provoca o aumenta da meta-hemoglobulina, resultante da oxidação da hemoglobina meta-hemoglobinemia/”meta-Hb”: desordem caracterizada pela presença de um nível mais alto do que o normal de meta-hemoglobulina no sangue · A meta-hemoglobina é uma forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio. Quando sua concentração é elevada nas hemácias pode ocorrer uma anemia funcional e hipoxia em tecido Prilocaína • Não é tão difundida na odontologia • Evitar em pacientes gestantes (geralmente associada a felipressina, que causa contrações uterinas) e em pacientes infantis • Pode causar metaHB Bupivacaína • Tipo amida • Está indicada em procedimentos odontológicos de maior duração ou em que se deseja analgesia pós-operatória mais prolongada (várias horas), ou seja, não é tão voltada a prática clínica, e sim na bucomaxilofacial. • Comparada com lidocaína, o início de efeito da bupivacaína é mais tardio, mas a duração é 2x maior. • Durante seu uso em anestesia, especialmente obstétrica, foram relatadas casos de parada cardíaca de difícil recuperação. No entanto, o uso odontológico em baixas doses torna essa complicação improvável • A bupivacaína e articaína entregam maior tempo e são excelentes para áreas gengivais pois promovem boa vasoconstrição • É cardiotóxica em altas concentrações e teratogênico (causa má formação fetal)