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ÉTICA E ESTATUTO 
DA OAB
Infrações e Sanções Disciplinares
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240228116311
CÍNTHIA BIESEK
Assessora Jurídica do Ministério Público do Trabalho. Professora em cursos 
preparatórios para carreiras jurídicas. Autora de livros e artigos jurídicos. Aprovada 
no concurso de Analista Jurídico do TJ-SC. Especialista em Direito Administrativo 
– Extensão em Direito Digital.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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ÉtIca e eStatuto Da oaB 
Infrações e Sanções Disciplinares 
Cínthia Biesek
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Infrações e Sanções Disciplinares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1. Infrações Disciplinares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.1. Exercer a Profissão, quando Impedido de Fazê-lo, ou Facilitar, por 
qualquer Meio, o seu Exercício aos não Inscritos, Proibidos ou Impedidos 
(Inciso I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2. Manter Sociedade Profissional Fora das Normas e Preceitos Estabelecidos 
nesta Lei (Inciso II) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3. Valer-se de Agenciador de Causas, Mediante Participação nos Honorários 
a Receber (Inciso III) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4. Angariar ou Captar Causas, com ou sem a Intervenção de Terceiros 
(Inciso IV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.5. Assinar qualquer Escrito Destinado a Processo Judicial ou para fim 
Extrajudicial que não Tenha Feito, ou em que não Tenha Colaborado (Inciso V) 15
1.6. Advogar contra Literal Disposição de Lei, Presumindo-se a Boa-Fé 
quando Fundamentado na Inconstitucionalidade, na Injustiça da Lei ou em 
Pronunciamento Judicial Anterior (Inciso VI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.7. Violar, sem Justa Causa, Sigilo Profissional (Inciso VII) . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.8. Estabelecer Entendimento com a Parte Adversa sem Autorização do 
Cliente ou Ciência do Advogado Contrário (Inciso VIII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.9. Prejudicar, por Culpa Grave, Interesse Confiado ao seu Patrocínio (Inciso 
IX) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.10. Acarretar, Conscientemente, por Ato Próprio, a Anulação ou a Nulidade 
do Processo em que Funcione (Inciso X) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.11. Abandonar a Causa sem Justo Motivo ou antes de Decorridos Dez Dias 
da Comunicação da Renúncia (Inciso XI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.12. Recusar-se a Prestar, sem Justo Motivo, Assistência Jurídica, quando 
Nomeado em Virtude de Impossibilidade da Defensoria Pública (Inciso XII) . . . 19
1.13. Fazer Publicar na Imprensa, Desnecessária e Habitualmente, Alegações 
Forenses ou Relativas a Causas Pendentes (Inciso XIII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
 
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1.14. Deturpar o Teor de Dispositivo de Lei, de Citação Doutrinária ou de 
Julgado, bem como de Depoimentos, Documentos e Alegações da Parte 
Contrária, para Confundir o Adversário ou Iludir o Juiz da Causa (Inciso XIV) . . 21
1.15. Fazer, em Nome do Constituinte, sem Autorização Escrita deste, 
Imputação a Terceiro de fato Definido como Crime (Inciso XV) . . . . . . . . . . . . . . 22
1.16. Deixar de Cumprir, no Prazo Estabelecido, Determinação Emanada 
do Órgão ou de Autoridade da Ordem, em Matéria da Competência desta, 
depois de Regularmente Notificado (Inciso XVI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.17. Prestar Concurso a Clientes ou a Terceiros para Realização de Ato 
Contrário à Lei ou Destinado a Fraudá-la (Inciso XVII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.18. Solicitar ou Receber de Constituinte qualquer Importância para 
Aplicação Ilícita ou Desonesta (Inciso XVIII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.19. Receber Valores, da parte Contrária ou de Terceiro, Relacionados com 
o Objeto do Mandato, sem Expressa Autorização do Constituinte (Inciso XIX) . 24
1.20. Locupletar-se, por qualquer Forma, à Custa do Cliente ou da parte 
Adversa, por si ou Interposta Pessoa (Inciso XX) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.21. Recusar-se, Injustificadamente, a Prestar Contas ao Cliente de 
Quantias Recebidas dele ou de Terceiros por Conta dele (Inciso XXI) . . . . . . . . . 25
1.22. Reter, Abusivamente, ou Extraviar Autos Recebidos com Vista ou em 
Confiança (Inciso XXII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.23. Deixar de Pagar as Contribuições, Multas e Preços de Serviços Devidos 
à OAB, depois de Regularmente Notificado a Fazê-lo (Inciso XXIII) . . . . . . . . . . . 27
1.24. Incidir em Erros Reiterados que Evidenciem Inépcia Profissional (Inciso 
XXIV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
1.25. Manter Conduta Incompatível com a Advocacia (Inciso XXV) . . . . . . . . . . . 29
1.26. Fazer Falsa prova de qualquer dos Requisitos para Inscrição na OAB 
(Inciso XXVI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.27. Tornar-se Moralmente Inidôneo para o Exercício da Advocacia (Inciso 
XXVII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.28. Praticar Crime Infamante (Inciso XXVIII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.29. Praticar, o Estagiário, Ato Excedente de sua Habilitação (Inciso XXIX) . . . 32
1.30. Praticar Assédio Moral, Assédio Sexual ou Discriminação (Inciso XXX) . . . 33
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2. Sanções Disciplinares . . . . . . . . . . . . . .(INCISO XXV)
O Estatuto da OAB exemplifica condutas que são consideradas incompatíveis com a 
advocacia (art. 34, §1º):
− prática reiterada de jogo de azar não autorizado por lei;
− incontinência pública e escandalosa; e
− embriaguez ou toxicomania habituais.
A redação do parágrafo utiliza o termo “inclui-se”, de modo que fica claro o sentido 
de que conduta incompatível não é limitado aos exemplos trazidos pela lei. A conduta 
incompatível é toda aquela que se reflete prejudicialmente na reputação e na dignidade 
da advocacia (LOBO, 2017).
DICA
Manter conduta incompatível com a advocacia pode ensejar 
a aplicação da pena disciplinar de suspensão .
1 .26 . FaZeR FaLSa PRoVa De QuaLQueR DoS ReQuISItoS PaRa INScRIÇÃo 1 .26 . FaZeR FaLSa PRoVa De QuaLQueR DoS ReQuISItoS PaRa INScRIÇÃo 
NA OAB (INCISO XXVI)NA OAB (INCISO XXVI)
De acordo com o artigo 8º do Estatuto da OAB, são requisitos para inscrição nos quadros 
da OAB: capacidade civil, diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição 
de ensino oficialmente autorizada e credenciada, título de eleitor e quitação do serviço 
militar, se brasileiro, aprovação em Exame de Ordem, não exercer atividade incompatível 
com a advocacia, idoneidade moral, e o compromisso prestado perante o conselho.
Na nossa segunda aula estudamos de forma aprofundada cada um dos requisitos 
necessários para inscrição como advogado.
Como já falamos, o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a 
denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do 
Brasil (OAB).
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Os requisitos vistos acima não precisam ser preenchidos no momento em que o candidato 
se inscreve para realizar o Exame da Ordem, mas sim no momento em que solicita a inscrição 
definitiva perante os quadros da OAB, ou seja, após a aprovação no exame.
Caso o bacharel em direito não preencha algum dos requisitos, sua inscrição definitiva 
nos quadros da OAB será indeferida. No caso em tela, a infração disciplinar ocorre uma vez 
que o bacharel se torna advogado, através de prova falsa, que pode ser tanto ideológica 
como material.
DICA
Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição 
na oaB pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de 
exclusão .
1.27. TORNAR-SE MORALMENTE INIDÔNEO PARA O EXERCÍCIO DA ADVOCACIA 1.27. TORNAR-SE MORALMENTE INIDÔNEO PARA O EXERCÍCIO DA ADVOCACIA 
(INCISO XXVII)(INCISO XXVII)
A idoneidade moral do advogado é avaliada constantemente, não sendo apenas um 
requisito para a inscrição nos quadros da OAB, como determina artigo 8º, inciso VI, do 
Estatuto da OAB.
A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, mas determinável após 
ser efetuada análise do caso concreto. O dicionário Aurélio conceitua idoneidade como 
“característica de quem aparenta ser honesto; qualidade da pessoa apta a desempenhar 
funções, cargos ou trabalhos. Qualidade do que é idôneo, que convém de modo perfeito 
ou é adequado.”
Segundo Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB, 2017):
Os parâmetros não são subjetivos, mas decorrem da aferição objetiva de standards valorativos 
que se captam na comunidade profissional, no tempo e no espaço, e que contam com o máximo 
de consenso na consciência jurídica.
É conveniente mencionar que o Pleno do Conselho Federal da OAB editou as súmulas 
n. 9/2019, n. 10/2019 e n. 11/2019 referente à idoneidade, com os seguintes enunciados:
JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA N. 09/2019/COP – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. 
ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros 
da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra a 
mulher, assim definida na “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a 
Violência contra a Mulher – ‘Convenção de Belém do Pará’ (1994)”, constitui fator apto 
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a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito 
nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho 
Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, p. 3).
JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA N. 10/2019/COP – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL. ANÁLISE 
DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos quadros da Ordem 
dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência contra crianças e 
adolescentes, idosos e pessoas com deficiência física ou mental constitui fator apto a 
demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito 
nos quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho 
Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, pp. 3/4).
JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA N. 11/2019/COP – INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA 
LGBTI+. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a inscrição nos 
quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. A prática de violência 
contra pessoas LGBTI+, em razão da Orientação Sexual, Identidade de Gênero e 
Expressão de Gênero, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade 
moral para inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da 
instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a análise do cada caso concreto 
(DEOAB, 12.06.2019, p.1).
DICA
tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de exclusão .
1.28. PRATICAR CRIME INFAMANTE (INCISO XXVIII)1.28. PRATICAR CRIME INFAMANTE (INCISO XXVIII)
O crime infamante está estritamente relacionado com a idoneidade moral, tendo em 
vista que há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a condenação por crime 
infamante.
Destaca Paulo Lobo (2017) que:
Crime infamante entende-se como todo aquele que acarreta para seu autor a desonra, 
a indignidade e a má fama (daí infame). Essas desvalorizações da conduta criminosa são 
potencializadas e caracterizadas como infames quando o crime é praticado por profissional do 
direito, que tem o dever qualificado de defender a ordem jurídica.
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[...] Não é a gravidade do crime que o qualifica como infamante, quando praticado pelo advogado 
(seja como mandante, seja como executor), mas a repercussão inevitável à dignidade da 
advocacia.
[...] Presumem-se infamantes os crimes hediondos legalmente tipificados e os assemelhados.
A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem, nos termos do artigo 5º, inciso XLIII, da CF/88.
A Lei n.8.930/1994 considera como hediondos o homicídio praticado por grupos 
de extermínio, o homicídio qualificado, o latrocínio, a extorsão qualificada pela morte, a 
extorsão mediante sequestro, o estupro, o atentado violento ao pudor, a provocação de 
epidemia com resultado morte e o genocídio (art. 1º).
DICA
Praticar crime infamante pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de exclusão .
1 .29 . PRatIcaR, o eStaGIÁRIo, ato eXceDeNte De Sua HaBILItaÇÃo 1 .29 . PRatIcaR, o eStaGIÁRIo, ato eXceDeNte De Sua HaBILItaÇÃo 
(INCISO XXIX)(INCISO XXIX)
Do mesmo modo como é exigida a inscrição do profissional nos quadros da OAB para 
que exerça a atividade da advocacia e seja denominado advogado, é exigida a inscrição do 
estagiário de advocacia.
O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos 
de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste, observado o 
regimento geral (art. 3º, § 2º, do Estatuto da OAB).
Lembrando que são atividades privativas de advocacia: a postulação a órgão do 
Poder Judiciário e aos juizados especiais; as atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas, bem como a vistoria de atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob 
pena de nulidade (art. 1º).
Além disso, o Regulamento Geral da OAB possibilita a prática de alguns atos pelo estagiário 
inscrito na OAB, isoladamente, mas sob responsabilidade do advogado, nos termos do 
artigo 29:
Regulamento Geral
Art. 29
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a 
responsabilidade do advogado:
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
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II- obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos 
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando 
receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Desse modo, caso o estagiário promova qualquer ato que extrapole sua habilitação ou 
sem observar os requisitos legais de acompanhamento e responsabilidade de advogado 
regulamente inscrito, enseja a aplicação de penalidade pela prática de infração ético-disciplinar.
Não é demais relembrar que o advogado comete infração ético-disciplinar quando, 
mediante ação ou omissão, facilita o exercício da advocacia aos não inscritos (art. 34, inciso 
I, do Estatuto da OAB).
DICA
Praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura .
1 .30 . PRatIcaR aSSÉDIo MoRaL, aSSÉDIo SeXuaL ou DIScRIMINaÇÃo 1 .30 . PRatIcaR aSSÉDIo MoRaL, aSSÉDIo SeXuaL ou DIScRIMINaÇÃo 
(INCISO XXX)(INCISO XXX)
É fundamental destacar que esta infração disciplinar foi incluída pela Lei n. 14.612, de 2023.
O assédio moral é definido como a conduta praticada no exercício profissional ou em 
razão dele, por meio da repetição deliberada de gestos, palavras faladas ou escritas ou 
comportamentos que exponham o estagiário, o advogado ou qualquer outro profissional 
que esteja prestando seus serviços a situações humilhantes e constrangedoras, capazes 
de lhes causar ofensa à personalidade, à dignidade e à integridade psíquica ou física, 
com o objetivo de excluí-los das suas funções ou de desestabilizá-los emocionalmente, 
deteriorando o ambiente profissional.
Cuidado com os detalhes que compõe a definição do assédio moral e constituem elementos 
essenciais para sua configuração:
• repetição deliberada;
• gestos, palavras faladas ou escritas ou comportamentos que exponham as vítimas 
a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de lhes causar ofensa à 
personalidade, à dignidade e à integridade psíquica ou física;
• com o objetivo de excluir a vítima das suas funções ou de desestabilizá-la 
emocionalmente, deteriorando o ambiente profissional.
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Vale ressaltar que o assédio moral poderá ser praticado no exercício profissional ou 
em razão dele, ou seja, a prática é abrangente, pois não se limita ao âmbito do exercício 
profissional, mas para configurar o assédio moral deve estar relacionado à profissão, sem 
alcançar condutas praticadas em âmbito privado não ligado à profissão.
Ademais, dispositivo limitou a proteção a um grupo específico de destinatários: o estagiário, 
o advogado ou qualquer outro profissional que esteja prestando seus serviços.
Por sua vez, o assédio sexual é definido como a conduta de conotação sexual praticada 
no exercício profissional ou em razão dele, manifestada fisicamente ou por palavras, 
gestos ou outros meios, proposta ou imposta à pessoa contra sua vontade, causando-lhe 
constrangimento e violando a sua liberdade sexual.
Novamente, destaco os elementos que caracterizam a conduta de assédio sexual:
• conotação sexual;
• praticada no exercício profissional ou em razão dele;
• manifestada fisicamente ou por palavras, gestos ou outros meios;
• proposta ou imposta contra a vontade da pessoa, causando-lhe constrangimento 
e violando a sua liberdade sexual.
Interessante notar que para configuração do assédio sexual não é exigida a repetição, como 
no caso do assédio moral.
Além disso, registre-se que o dispositivo não limitou a proteção a um grupo específico de 
destinatários.
Nesse contexto, é conveniente mencionar que o artigo 216-A do Código Penal conceitua 
o delito de assédio sexual o ato de constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico 
ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
O Estatuto da OAB, ao contrário do Código Penal, não exigiu a condição de superior hierárquico 
para fins de configuração da infração disciplinar.
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Por fim, discriminação é conceituada como a conduta comissiva ou omissiva que dispense 
tratamento constrangedor ou humilhante a pessoa ou grupo de pessoas, em razão de sua 
deficiência, pertença a determinada raça, cor ou sexo, procedência nacional ou regional, 
origem étnica, condição de gestante, lactante ou nutriz, faixa etária, religião ou outro fator.
Destaco os elementos que caracterizam a discriminação:
• conduta comissiva ou omissiva;
• tratamento constrangedor ou humilhante;
• a pessoa ou grupo de pessoas;
• em razão de sua deficiência, pertença a determinada raça, cor ou sexo, procedência 
nacional ou regional, origem étnica, condição de gestante, lactante ou nutriz, faixa 
etária, religião ou outro fator.
Note que o rol acima é exemplificativo, não taxativo, de modo que a discriminação, praticada 
na forma prevista no Estatuto, em razão de qualquer outro fator ou condição, ainda que 
não listado acima, também configura infração disciplinar.Outro ponto a ser considerado é que não se exige que a conduta tenha sido praticada no 
exercício profissional da advocacia ou em razão dela, como no caso do assédio moral e 
sexual. Portanto, configura infração disciplinar mesmo que a conduta seja praticada em 
âmbito privado não ligado à profissão.
DICA
Praticar assédio moral, assédio sexual ou discriminação 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de suspensão .
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2 . SaNÇÕeS2 . SaNÇÕeS DIScIPLINaReS DIScIPLINaReS
A finalidade do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil em elencar um rol taxativo 
de condutas que não devem ser praticadas pelos advogados, sob pena de cometerem 
infrações disciplinares, é buscar a observância dos mandamentos éticos e disciplinares 
pelos profissionais, reprimindo em caráter pedagógico condutas que se dissociam da função 
social e da dignidade da advocacia.
Flávio Olimpio de Azevedo (Comentários ao Estatuto da Advocacia – 2015) assevera que 
“O caráter da sanção é ético-pedagógico e objetiva a conscientização do advogado pelos seus 
pares para o cumprimento de seus deveres para com seus colegas e para com a sociedade”.
Para tanto, o Estatuto traz um rol de sanções administrativas aplicáveis aos advogados 
e estagiários.
São quatro espécies de sanções disciplinares: censura, suspensão, exclusão e multa, 
que variam conforme a gravidade da conduta praticada. As sanções devem constar no 
assentamento do advogado inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo 
ser objeto de publicidade a de censura (art. 35 do Estatuto da OAB).
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Ao aplicar as sanções disciplinares a Ordem irá verificar a presença ou não de circunstâncias 
que atenuem a aplicação das sanções, nos termos do artigo 40:
EOAB
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as 
seguintes circunstâncias, entre outras:
I – falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II – ausência de punição disciplinar anterior;
III – exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV – prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
Ademais, os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por 
ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração são considerados para o 
fim de decidir sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção 
disciplinar, assim como sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis (art. 
40, parágrafo único, do Estatuto da OAB).
Destaca Paulo Lobo (2017) que:
Na aplicação das atenuantes, a OAB considerará: a) a redução da sanção disciplinar mais grave 
para a imediatamente menos grave; b) a redução do montante do tempo de suspensão; c) a 
exclusão da multa; d) a redução da sanção de censura para a de advertência.
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ceNSuRa
De acordo com o artigo 36 do Estatuto da OAB, a censura será aplicada nos casos de 
violação a preceito do Código de Ética e Disciplina, bem como violação a preceito do 
Estatuto da OAB, quando não se tenha estabelecido sanção mais grave para a infração 
(art. 36, incisos II e III).
Além disso, é aplicável no caso infrações disciplinares definidas nos incisos I a XVI e 
XXIX do art. 34, quais sejam:
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício 
aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha 
feito, ou em que não tenha colaborado;
VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na 
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do 
advogado contrário;
IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que 
funcione;
XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da 
renúncia;
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude 
de impossibilidade da Defensoria Pública;
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XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas 
a causas pendentes;
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrináriaou de julgado, bem como de 
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir 
o juiz da causa;
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de 
fato definido como crime;
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade 
da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
[...]
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
De acordo com Flávio Olimpio de Azevedo (Comentários ao Estatuto da Advocacia, 2015): 
“A aplicação da penalidade de censura sem qualquer divulgação é realizada pelo envio de 
ofício reservado ao advogado faltoso”.
A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos 
assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante (art. 36, parágrafo 
único, do EOAB).
001. 001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE) Laura, advogada 
inscrita na OAB, atua na defesa de Amanda em processo criminal. Pessoalmente convicta 
da inocência de Amanda, Laura elaborou recurso em que transcreveu seletivamente partes 
de julgados de tribunais superiores, deturpando o seu teor com o objetivo de iludir o 
juiz da causa.
Verificada tal infração disciplinar, instaura-se o processo administrativo para apurá-la. Laura 
não é reincidente nem recebeu punição disciplinar anterior. Também não está presente 
qualquer circunstância agravante.
Dadas essas circunstâncias, Laura estará sujeita
a) à interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta 
dias a doze meses.
b) à censura, que poderá ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro 
em seus assentamentos.
c) à multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo 
de seu sêxtuplo.
d) ao impedimento de exercer o mandato profissional.
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Nos termos do artigo 34, XIV, do Estatuto da OAB, constitui infração disciplinar deturpar o 
teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, 
documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da 
causa, sendo aplicável a pena de censura ao caso, de acordo com o artigo 36, I, do EOAB.
Ademais, a censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro 
nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante (art. 36, parágrafo 
único, do EOAB).
Letra b.
O artigo 58-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO 
DE CONDUTA – TAC, nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o 
fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
No mesmo sentido, o artigo 47-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito 
dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade irregular 
praticada por advogados e estagiários.
O Provimento n. 200/2020 regulamenta o Termo de Ajustamento de Conduta a ser celebrado 
entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos 
nos quadros da Instituição, que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional 
(art. 39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura.
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SuSPeNSÃo
De acordo com o artigo 37 do Estatuto da OAB, a suspensão será aplicada nos casos de 
reincidência em infração disciplinar, bem como no caso das infrações definidas nos incisos 
XVII a XXV e XXX do caput do art. 34, quais sejam:
XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado 
a fraudá-la;
XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, 
sem expressa autorização do constituinte;
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XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta 
pessoa;
XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou 
de terceiros por conta dele;
XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV – manter conduta incompatível com a advocacia;
[...]
XXX – praticar assédio moral, assédio sexual ou discriminação. (Incluído pela Lei n. 14.612, de 2023)
A penalidade de suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, 
em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 12 (doze) meses, de acordo 
com os critérios de individualização: antecedentes profissionais do inscrito, atenuantes, 
grau de culpa por ele revelada, circunstâncias e consequências da infração.
Quanto ao período de duração da penalidade de suspensão é conveniente mencionar 
que os §§ 2º e 3º do artigo 37 trazem algumas peculiaridades ao determinar que:
EOAB
Art. 37
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça 
integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas 
de habilitação.
As hipóteses mencionadas acima são as seguintes:
• A suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação:
− Infração disciplinar XXIV: incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia 
profissional.
• A suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção 
monetária:
− Infração disciplinar XXI: recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente 
de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele);
− Infração disciplinar XXIII: deixar de pagar as contribuições, multas e preços de 
serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo.
Pois bem, lembre-se que em que pese a literalidade do Estatuto, precisamos estar 
atentos neste ponto, uma vez que como já mencionei antes, em abril de 2020, o Supremo 
Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Especial n. 647885, apreciandoo tema 732 da 
repercussão geral, declarou a inconstitucionalidade do art. 34, XXIII e do art. 37, § 2º da 
Lei N. 8.906/1994, fixando a seguinte tese:
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JURISPRUDÊNCIA
TEMA 732 – Repercussão geral – STF
“É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional 
do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida 
consiste em sanção política em matéria tributária”.
(Plenário, Sessão Virtual de 17.4.2020 a 24.4.2020).
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eXcLuSÃo
De acordo com o artigo 38 do Estatuto da OAB, a exclusão será aplicada nos casos de 
aplicação por 3 (três) vezes da penalidade de suspensão, bem como nos casos de infrações 
definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34, vejamos:
EOAB
Art. 34.
XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII – praticar crime infamante;
A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 instituiu que é vedado ao advogado efetuar 
colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância 
importará em processo disciplinar, que poderá culminar na aplicação da penalidade de 
exclusão, sem prejuízo das penas previstas no Código Penal para o delito de violação do 
segredo profissional (art. 7º, § 6º-I, EOAB).
Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a manifestação favorável 
de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente (art. 38, parágrafo 
único, EOAB).
Lembre-se que se forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão 
o profissional ficará impedido de exercer o mandato profissional, nos termos do artigo 
42 do EOAB.
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MuLta
De acordo com o artigo 39 do Estatuto da OAB, a penalidade de multa, variável entre o 
mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável 
cumulativamente com a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes.
Paulo Lobo (2017) discorre que:
As circunstâncias agravantes são aquelas que necessariamente potencializam os efeitos da 
infração cometida, não só quanto à violação em si, mas quanto ao dano à ética profissional e à 
dignidade da advocacia em geral. O Estatuto refere-se a dois tipos, não excludentes de outros: 
a reincidência em infração disciplinar e a gravidade da culpa.
[...] quando comprovada a circunstância agravante, as consequências apenas serão:
I – aplicação da sanção imediatamente mais grave, sendo que para a exclusão exige-se dupla 
reincidência;
II – aplicação cumulativa de multa com outra sanção;
III – gradação do valor da multa, dentro dos limites legais;
IV – gradação do tempo de suspensão, nesse caso variando do tempo médio ao máximo.
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2 .1 . ReaBILItaÇÃo2 .1 . ReaBILItaÇÃo
Sabemos que no Brasil não são admitidas penas de caráter perpétuo, conforme determina 
a Carta Magna (art. 5º, inciso XLVII, alínea b).
Sendo assim, em consonância com essa garantia fundamental, é permitido ao que tenha 
sofrido qualquer sanção disciplinar requerer a reabilitação, 1 (um) ano após seu cumprimento, 
em face de provas efetivas de bom comportamento (art. 41 do Estatuto da OAB).
Entretanto, caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação 
depende também da correspondente reabilitação criminal.
2 .2 . PReScRIÇÃo2 .2 . PReScRIÇÃo
Sob a ótica do Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade das infrações disciplinares 
prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da constatação oficial do fato, nos termos 
do artigo 43.
Ademais, aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de 3 
(três) anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício ou a 
requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades 
pela paralisação (art. 43, § 1º, do Estatuto da OAB).
De acordo com o artigo 43, § 2º, do Estatuto da OAB, são causas de interrupção da 
contagem do prazo da prescrição:
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− a instauração de processo disciplinar OU a notificação válida feita diretamente 
ao representado;
− a decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
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RESUMORESUMO
• Constitui INFRAÇÃO DISCIPLINAR:
− Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, 
o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos (inciso I);
− Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta 
lei (inciso II);
− Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber 
(inciso III);
− Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros (inciso IV);
− Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial 
que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado (inciso V);
− Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fun-
damentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento 
judicial anterior (inciso VI);
− Violar, sem justa causa, sigilo profissional (inciso VII);
− Estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou 
ciência do advogado contrário (inciso VIII);
− Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio (inciso IX);
− Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo 
em que funcione (inciso X);
− Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comuni-
cação da renúncia (inciso XI);
− Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeadoem 
virtude de impossibilidade da Defensoria Pública (inciso XII);
− Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses 
ou relativas a causas pendentes (inciso XIII);
− Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem 
como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir 
o adversário ou iludir o juiz da causa (inciso XIV);
− Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a ter-
ceiro de fato definido como crime (inciso XV);
− Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de 
autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente 
notificado (inciso XVI);
− Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou 
destinado a fraudá-la (inciso XVII);
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− Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou 
desonesta (inciso XVIII);
− Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do 
mandato, sem expressa autorização do constituinte (inciso XIX);
− Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si 
ou interposta pessoa (inciso XX);
− Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas 
dele ou de terceiros por conta dele (inciso XXI);
− Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança 
(inciso XXII);
− Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois 
de regularmente notificado a fazê-lo (inciso XXIII);
− Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional (inciso XXIV);
− Manter conduta incompatível com a advocacia (inciso XXV);
− Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB (inciso XXVI);
− Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia (inciso XXVII);
− Praticar crime infamante (inciso XXVIII);
− Praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação (inciso XXIX);
− Praticar assédio moral, assédio sexual ou discriminação (inciso XXX).
SaNÇÕeS DIScIPLINaReS
São quatro espécies de sanções disciplinares: censura, suspensão, exclusão e multa, 
que variam conforme a gravidade da conduta praticada.
• As sanções devem constar no assentamento do advogado inscrito, após o trânsito 
em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.
• A censura será aplicada nos casos de violação a preceito do Código de Ética e Disciplina, 
bem como violação a preceito do Estatuto da OAB, quando não se tenha estabelecido 
sanção mais grave para a infração.
− Além disso, é aplicável no caso infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 
34, quais sejam:
I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício 
aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha 
feito, ou em que não tenha colaborado;
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VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na 
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do 
advogado contrário;
IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que 
funcione;
XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da 
renúncia;
XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude 
de impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas 
a causas pendentes;
XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de 
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir 
o juiz da causa;
XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de 
fato definido como crime;
XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade 
da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
[...]
XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.
• A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro nos 
assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante.
• Será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC, nos 
casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o fato apurado não 
tiver gerado repercussão negativa à advocacia. Do mesmo modo, será admitida a 
celebração de TAC no âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para 
fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários.
• A suspensão será aplicada nos casos de reincidência em infração disciplinar, bem 
como no caso das infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34, quais sejam:
XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado 
a fraudá-la;
XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, 
sem expressa autorização do constituinte;
XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta 
pessoa;
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XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou 
de terceiros por conta dele;
XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV – manter conduta incompatível com a advocacia;
[...]
XXX – praticar assédio moral, assédio sexual ou discriminação. (Incluído pela Lei n. 14.612, de 2023)
• A penalidade de suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, 
em todo o território nacional, pelo prazo de 30 dias a 12 meses, de acordo com os 
critérios de individualização: antecedentes profissionais do inscrito,atenuantes, grau 
de culpa por ele revelada, circunstâncias e consequências da infração.
• A exclusão será aplicada nos casos de aplicação por 3 vezes da penalidade de suspensão, 
bem como nos casos de infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34, vejamos:
XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
XXVIII – praticar crime infamante;
• Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a manifestação 
favorável de 2/3 dos membros do Conselho Seccional competente.
• A penalidade de multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma 
anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou 
suspensão, em havendo circunstâncias agravantes.
• É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer a reabilitação, 
1 ano após seu cumprimento, em face de provas efetivas de bom comportamento. 
Entretanto, caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação 
depende também da correspondente reabilitação criminal.
• A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em 5 anos, contados 
da data da constatação oficial do fato.
− Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de 3 anos, 
pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício ou a re-
querimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsa-
bilidades pela paralisação.
− São causas de interrupção da contagem do prazo da prescrição:
 ◦ a instauração de processo disciplinar OU a notificação válida feita diretamente 
ao representado;
 ◦ a decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.
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MAPAS MENTAISMAPAS MENTAIS
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QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO
001. 001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXIX) Alice Santos, advogada, está 
sendo investigada criminalmente por ter, supostamente, cometido fraude contra o sistema 
previdenciário, em conjunto com Robson Lima, seu cliente, e Leonardo Melo, seu ex-cliente. 
O órgão competente do Ministério Público consulta a Dra. Alice Santos sobre seu interesse 
em efetuar colaboração premiada.
Com base na legislação aplicável, assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, o que 
ela concluiu.
a) Poderá efetuar colaboração premiada contra Leonardo Melo, já que ele não ostenta mais 
a condição de seu cliente.
b) Poderá efetuar colaboração premiada contra Robson Lima, por se tratar de cliente que 
está sendo formalmente investigado como co-autor pela prática do mesmo crime.
c) Caso efetue colaboração premiada contra Robson Lima, estará sujeita a processo disciplinar, 
que poderá culminar na aplicação da pena de suspensão.
d) Caso efetue colaboração premiada contra Leonardo Melo, estará sujeita às penas do 
crime de violação do segredo profissional.
002. 002. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE/ADAPTADA) 
Pedro, advogado, é investigado criminalmente, em conjunto com Antônio, seu ex-cliente,e Matheus, juiz da comarca, em razão de sua suposta participação em atos fraudulentos 
que importaram o pagamento de benefícios previdenciários indevidos.
No âmbito das investigações, a autoridade judiciária competente determina medida cautelar 
de busca e apreensão que importa violação do local de trabalho de Pedro. Posteriormente, 
Pedro é consultado pelo órgão encarregado da investigação criminal acerca de seu interesse 
na celebração de acordo de colaboração premiada.
Sobre essas medidas, assinale a afirmativa correta.
a) É válida a medida de busca e apreensão executada no local de trabalho de Pedro se 
fundada exclusivamente em declarações de outro colaborador, sem confirmação por outros 
meios de prova.
b) Em hipótese excepcional, podem ser usados na investigação documentos, mídias e objetos 
pertencentes a outros clientes de Pedro.
c) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Antônio, tal ato importará em processo 
disciplinar, que poderá culminar com a aplicação da sanção de suspensão.
d) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Matheus, não estará sujeito às penas 
relativas ao crime de violação do segredo profissional.
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003. 003. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE) Laura, advogada 
inscrita na OAB, atua na defesa de Amanda em processo criminal. Pessoalmente convicta 
da inocência de Amanda, Laura elaborou recurso em que transcreveu seletivamente partes 
de julgados de tribunais superiores, deturpando o seu teor com o objetivo de iludir o 
juiz da causa.
Verificada tal infração disciplinar, instaura-se o processo administrativo para apurá-la. Laura 
não é reincidente nem recebeu punição disciplinar anterior. Também não está presente 
qualquer circunstância agravante.
Dadas essas circunstâncias, Laura estará sujeita
a) à interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta 
dias a doze meses.
b) à censura, que poderá ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro 
em seus assentamentos.
c) à multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo 
de seu sêxtuplo.
d) ao impedimento de exercer o mandato profissional.
004. 004. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI/PRIMEIRA FASE) A advogada 
Carolina e a estagiária de Direito Beatriz, que com ela atua, com o intuito de promover sua 
atuação profissional, valeram-se, ambas, de meios de publicidade vedados no Código de 
Ética e Disciplina da OAB.
Após a verificação da irregularidade, indagaram sobre a possibilidade de celebração de 
termo de ajustamento de conduta tendo, como objeto, a adequação da publicidade.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta apenas no âmbito do 
Conselho Federal da OAB, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada Carolina 
e pela estagiária Beatriz.
b) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta, no âmbito do Conselho 
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada 
pela advogada Carolina, mas é vedado que o termo de ajustamento de conduta abranja a 
estagiária Beatriz.
c) É vedada pelo Código de Ética e Disciplina da OAB a possibilidade de celebração de termo 
de ajustamento de conduta no caso narrado, uma vez que se trata de infração ética.
d) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta no âmbito do Conselho 
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada pela 
advogada Carolina e também pela estagiária Beatriz.
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005. 005. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) O estagiário de Direito Jefferson 
Santos, com o objetivo de divulgar a qualidade de seus serviços, realizou publicidade 
considerada irregular por meio da Internet, por resultar em captação de clientela, nos 
termos do Código de Ética e Disciplina da OAB. Quanto aos instrumentos admitidos no caso 
em análise, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tanto no âmbito dos 
Conselhos Seccionais quanto do Conselho Federal, para fazer cessar a publicidade irregular 
praticada.
b) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista 
tratar-se de estagiário.
c) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta para fazer cessar a 
publicidade irregular praticada, que deverá seguir regulamentação constante em provimentos 
de cada Conselho Seccional, quanto aos seus requisitos e condições.
d) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista a 
natureza da infração resultante da publicidade irregular narrada.
006. 006. (FGV/2022/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) O advogado Pedro praticou infração 
disciplinar punível com censura, a qual gerou repercussão bastante negativa à advocacia, uma 
vez que ganhou grande destaque na mídia nacional. Por sua vez, o advogado Hélio praticou 
infração disciplinar punível com suspensão, a qual não gerou maiores repercussões públicas, 
uma vez que não houve divulgação do caso para além dos atores processuais envolvidos.
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
a) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta tanto por Pedro como 
por Hélio.
b) Não é admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro nem por 
Hélio.
c) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro, mas não é 
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio.
d) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio, mas não é 
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro.
007. 007. (FGV/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) O advogado Carlos não adimpliu 
suas obrigações relativas às anuidades devidas à OAB. Assinale a opção que, corretamente, 
trata das consequências de tal inadimplemento.
a) Carlos deverá quitar o débito em 15 dias contados da notificação para tanto, sob pena 
de suspensão, independentemente de processo disciplinar. Na terceira suspensão por não 
pagamento de anuidade, seja a mesma ou anuidades distintas, será cancelada sua inscrição.
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b) Carlos deverá quitar o débito no prazo fixado em notificação, sob pena de suspensão 
mediante processo disciplinar. Após 15 dias de suspensão, caso não realizado o pagamento 
da mesma anuidade, será cancelada sua inscrição.
c) Carlos deverá quitar o débito em 15 dias contados da notificação para tanto, sob pena 
de suspensão, mediante processo disciplinar. Na terceira suspensão por não pagamento 
de anuidades, será cancelada sua inscrição.
d) Carlos deverá quitar o débito em 15 dias contados da notificação para tanto, sobpena 
de suspensão, independentemente de processo disciplinar. Na segunda suspensão por 
não pagamento de anuidades distintas, será cancelada sua inscrição, após o transcurso 
de processo disciplinar.
008. 008. (FGV/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) Milton, advogado, exerceu fielmente 
os deveres decorrentes de mandato outorgado para defesa do cliente Tomás, em juízo. 
Todavia, Tomás deixou, injustificadamente, de efetuar o pagamento dos valores acordados 
a título de honorários.
Em 08/04/19, após negar-se ao pagamento devido, Tomás solicitou a Milton que agendasse 
uma reunião para que este esclarecesse, de forma pormenorizada, questões que entendia 
pertinentes e necessárias sobre o processo. Contudo, Milton informou que não prestaria 
nenhum tipo de informação judicial sem pagamento, a fim de evitar o aviltamento da 
atuação profissional.
Em 10/05/19, Tomás solicitou que Milton lhe devolvesse alguns bens móveis que haviam 
sido confiados ao advogado durante o processo, relativos ao objeto da demanda. Milton 
também se recusou, pois pretendia alienar os bens para compensar os honorários devidos.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Apenas a conduta de Milton praticada em 08/04/19 configura infração ética.
b) Ambas as condutas de Milton, praticadas em 08/04/19 e em 10/05/19, configuram 
infrações éticas.
c) Nenhuma das condutas de Milton, praticadas em 08/04/19 e em 10/05/19, configura 
infração ética.
d) Apenas a conduta de Milton praticada em 10/05/19 configura infração ética.
009. 009. (FGV/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) Gabriel, advogado, teve aplicada 
contra si penalidade de suspensão, em razão da prática das seguintes condutas: atuar junto 
a cliente para a realização de ato destinado a fraudar a lei; recusar-se a prestar contas ao 
cliente de quantias recebidas dele e incidir em erros reiterados que evidenciaram inépcia 
profissional.
Antes de decorrido o prazo para que pudesse requerer a reabilitação quanto à aplicação 
dessas sanções e após o trânsito em julgado das decisões administrativas, instaurou-se 
contra ele, em razão dessas punições prévias, novo processo disciplinar.
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Com base no caso narrado, assinale a opção que indica a penalidade disciplinar a ser aplicada.
a) De exclusão, para a qual é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros 
do Conselho Seccional competente.
b) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e implicará o cancelamento de sua 
inscrição na OAB.
c) De exclusão, ficando o pedido de nova inscrição na OAB condicionado à prova de reabilitação.
d) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e o impedirá de exercer a advocacia 
em todo o território nacional, pelo prazo de doze a trinta meses.
010. 010. (FGV/XXVI/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Júlio Silva sofreu sanção de 
censura por infração disciplinar não resultante da prática de crime; Tatiana sofreu sanção 
de suspensão por infração disciplinar não resultante da prática de crime; e Rodrigo sofreu 
sanção de suspensão por infração disciplinar resultante da prática de crime ao qual foi 
condenado. Transcorrido um ano após a aplicação e o cumprimento das sanções, os três 
pretendem obter a reabilitação, mediante provas efetivas de seu bom comportamento.
De acordo com o EOAB, assinale a afirmativa correta.
a) Júlio e Tatiana fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante 
provas efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar. O pedido 
de Rodrigo, porém, depende também da reabilitação criminal.
b) Apenas Júlio faz jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas 
efetivas de bom comportamento, somente nos casos de sanção disciplinar de censura.
c) Todos fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas efetivas 
de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar, independentemente se 
resultantes da prática de crime, tendo em vista que são esferas distintas de responsabilidade.
d) Ninguém faz jus à reabilitação, que só pode ser concedida após dois anos mediante provas 
efetivas de bom comportamento, nos casos de sanção disciplinar de censura, e após três 
anos nos casos de sanção disciplinar de suspensão.
011. 011. (FGV/XXV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Carlos praticou infração disciplinar, 
oficialmente constatada em 09 de fevereiro de 2010. Em 11 de abril de 2013, foi instaurado 
processo disciplinar para apuração da infração, e Carlos foi notificado em 15 de novembro 
do mesmo ano. Em 20 de fevereiro de 2015, o processo ficou pendente de julgamento, que 
só veio a ocorrer em 1º de março de 2018.
De acordo com o Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade da infração disciplinar 
praticada por Carlos
a) está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de três anos entre a constatação oficial 
da falta e a instauração do processo disciplinar.
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b) está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de seis meses entre a instauração do 
processo disciplinar e a notificação de Carlos.
c) está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de três anos de paralisação para aguardar 
julgamento.
d) não está prescrita, tendo em vista que não decorreram cinco anos entre cada uma das 
etapas de constatação, instauração, notificação e julgamento.
012. 012. (FGV/XIX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Os advogados Ivan e Dimitri foram 
nomeados, por determinado magistrado, para prestarem assistência jurídica a certo 
jurisdicionado, em razão da impossibilidade da Defensoria Pública. As questões jurídicas 
debatidas no processo relacionavam-se à interpretação dada a um dispositivo legal. Ivan 
recusou-se ao patrocínio da causa, alegando que a norma discutida também lhe é aplicável, 
não sendo, por isso, possível que ele sustente em juízo a interpretação legal benéfica à 
parte assistida e prejudicial aos seus próprios interesses. Dimitri também se recusou ao 
patrocínio, pois já defendeu interpretação diversa da mesma norma em outro processo.
Sobre a hipótese apresentada, é correto afirmar que
a) Ivan e Dimitri cometeram infração disciplinar, pois é vedado ao advogado recusar-se a 
prestar assistência jurídica, sem justo motivo, quando nomeado em virtude de impossibilidade 
da Defensoria Pública.
b) apenas Dimitri cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por 
ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, 
recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade 
da Defensoria Pública.
c) apenas Ivan cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por 
ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, 
recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado.
d) nenhum dos advogados cometeu infração disciplinar, pois se afiguram legítimas as 
recusas apresentadas ao patrocínio da causa.
013. 013. (FGV/XX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) O advogado Aureliano foi contratado 
por alguns herdeiros de José Arcádio para representá-los em inventário judicial. Após dez 
anos, dá-se o trânsito em. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.1. Reabilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
2.2. Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Questões de concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
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aPReSeNtaÇÃoaPReSeNtaÇÃo
Olá, prezado(a) aluno(a). Tudo bem? Desejo que sim!
O exame que avalia a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a advocacia no 
Brasil é realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil e organizado pela FUNDAÇÃO Getúlio 
Vargas (FGV).
A prova é composta de duas fases, sendo que a primeira conta com 80 questões objetivas. 
As questões da prova objetiva serão do tipo múltipla escolha, com quatro alternativas 
(A, B, C e D) e uma única resposta correta, de acordo com o comando da questão. Cada 
questão vale um ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões, 
considerando-se aprovado na primeira fase quem obtiver o mínimo de 50% de acertos, 
ou seja, 40 pontos ou mais.
A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que o próprio edital 
estabelece que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% de questões versando sobre 
Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina, 
Direitos Humanos e Filosofia do Direito, o que representa um grande número de questões 
e um pequeno conteúdo quando comparado com as demais.
O nosso método de estudo será direcionado na individualização dos artigos, na inserção 
de comentários, contextualização dos conceitos trazidos na lei, bem como na resolução de 
questões de provas anteriores.
A regra será trazer os artigos do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo 
complementar, vamos adicionar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética 
e Disciplina da OAB e no Regulamento Geral, pois os diplomas legais são complementares.
Vamos praticar muito resolvendo provas anteriores para que você consiga identificar o 
“perfil” das questões, não confunda a matéria e não caia em pegadinhas clássicas da banca. 
Todas as questões serão comentadas e nos comentários vamos enfatizar as afirmativas 
corretas para facilitar a memorização da aplicação adequada do conteúdo e da fonte 
da questão.
Dessa forma, meu (minha) caro(a), fique tranquilo(a), vamos esmiuçar todo o conteúdo 
do edital e garantir que com a leitura atenta dessas aulas você irá confiante para a prova, 
tendo a garantia de que todos os tópicos relevantes foram estudados.
Ah! Não se esqueça de avaliar esta aula, pois sua opinião é muito importante para 
melhorarmos ainda mais nossos materiais.
SuPoRte
Estou à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no decorrer da 
aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei exemplos, 
 
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explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas tenho certeza de 
que se a dúvida for esclarecida você seguirá seus estudos de forma eficaz e não esquecerá 
do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno detalhe que não foi esclarecido poderá 
comprometer sua preparação. Sendo assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto, 
contate-me sempre que julgar necessário.
Grande abraço e bons estudos!
SEJA IMPARÁVEL!
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INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARESINFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
1 . INFRaÇÕeS DIScIPLINaReS1 . INFRaÇÕeS DIScIPLINaReS
O advogado, ao desempenhar o ministério da advocacia, atividade essencial à justiça 
revestida de múnus público, está amparado por direitos e prerrogativas e possui o dever de 
proceder em todos os atos do seu ofício com lealdade e boa-fé, observando os princípios 
éticos e morais, a fim de zelar pelo respeito e pela dignidade da categoria.
Para tanto, o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil elencou um rol taxativo 
de situações que não devem ser praticadas pelos advogados, sob pena de cometerem 
infrações disciplinares. Ao todo, são 30 (trinta) condutas que se dissociam da função social 
e da dignidade da advocacia e, portanto, ensejam a aplicação de penalidades por parte da 
Ordem (veremos as penalidades no próximo tópico desta aula).
Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017) discorre que:
Diferentemente dos deveres éticos, que configuram conduta positiva ou comportamento 
desejado, encartados no Código de Ética e Disciplina, as infrações disciplinares caracterizam-
se pela conduta negativa, pelo comportamento indesejado, que devem ser reprimidos. Sob a 
perspectiva da tradicional classificação das normas, são imperativas as que cuidam dos deveres, 
e proibitivas as que tratam das infrações disciplinares.
Parece óbvio, mas é importante destacar que só cometem infrações disciplinares os 
advogados regularmente inscritos na OAB, ou seja, as pessoas que preencherem os requisitos 
para inscrição nos quadros da OAB estabelecidos no artigo 8º do Estatuto da OAB:
EOAB
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada;
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III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatívelele conhecidos, não apenas resolveu contratar outro escritório para 
atuar em sua demanda como ofereceu representação disciplinar contra Márcio, afirmando 
que o advogado não agira com lealdade e honestidade.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) A representação oferecida não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois 
apenas o substabelecimento do mandato sem reserva de poderes deve ser comunicado 
previamente ao cliente.
b) A representação oferecida não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o 
substabelecimento do mandato, com ou sem reserva de poderes, é ato pessoal do advogado 
da causa.
c) A representação oferecida deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o 
substabelecimento do mandato, com ou sem reserva de poderes, deve ser comunicado 
previamente ao cliente.
d) A representação oferecida deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o advogado 
deve avisar previamente ao cliente acerca de todas as petições que apresentará nos autos 
do processo, inclusive sobre as de juntada de substabelecimentos.
020. 020. (FGV/XVII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) O advogado F recebe do seu 
cliente WW determinada soma em dinheiro para aplicação em instrumentos necessários à 
exploração de jogo não autorizado por lei.
Nos termos do Estatuto da Advocacia, a infração disciplinar
a) decorre somente se o advogado exige o valor para aplicação ilícita.
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b) surge diante do recebimento para aplicação ilícita.
c) inocorre, pois se trata de mero ilícito moral.
d) é descaracterizada por ausência de previsão legal.
021. 021. (FGV/XVIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) A advogada Ana retirou de cartório 
os autos de determinado processo de conhecimento em que representava a parte ré, para 
apresentar contestação. Protocolou a petição tempestivamente, mas deixou de devolver 
os autos em seguida por esquecimento, só o fazendo após ficar pouco mais de um mês 
com os autos em seu poder. Ao perceber que Ana não devolvera os autos imediatamente 
após cumprir o prazo, o magistrado exarou despacho pelo qual a advogada foi proibida de 
retirar novamente os autos do cartório em carga, até o final do processo.
Nos termos do Estatuto da Advocacia, deve-se assentar quanto à sanção disciplinar que
a) não se aplica porque Ana não chegou a ser intimada a devolver os autos.
b) não se aplica porque Ana ficou menos de três meses com os autos em seu poder.
c) aplica-se porque Ana reteve abusivamente os autos em seu poder.
d) aplica-se porque Ana não poderia ter retirado os autos de cartório para cumprir o prazo 
assinalado para contestação.
022. 022. (FGV/XVI/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) Pedro, em determinado momento, 
recebeu uma proposta de Antônio, colega de colégio, que se propôs a agenciar a indicação 
de novos clientes, mediante pagamento de comissão, a ser retirada dos honorários cobrados 
aos clientes, nos moldes da prática desenvolvida entre vendedores da área comercial.
Com base no caso relatado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a afirmativa 
correta.
a) O advogado pode aceitar a sugestão, tendo em vista a moderna visão mercantil da 
profissão.
b) Caso a Seccional da OAB autorize, registrando avença escrita entre o advogado e o 
agenciador, é possível.
c) Sendo publicizada a relação entre o advogado e o agenciador, está preenchido o requisito 
legal.
d) Há vedação quanto ao agenciamento de clientela, sem exceções.
023. 023. (FGV/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Bernardo recebe comunicação do 
seu cliente Eduardo de que este havia desistido da causa que apresentara anteriormente, 
por motivo de viagem a trabalho, no exterior, em decorrência de transferência e promoção 
na sua empresa. Houve elaboração da petição inicial, contrato de prestação de serviços e 
recebimento adiantado de custas e honorários advocatícios.
Nesse caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, deve o advogado
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a) devolver os honorários antecipados sem abater os custos do escritório.
b) prestar contas ao cliente de forma pormenorizada.
c) arquivar os documentos no escritório como forma de garantia.
d) realizar contrato vinculando o cliente ao escritório.
024. 024. (FGV/XV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Sobre a prescrição da pretensão 
punitiva das infrações disciplinares, assinale a afirmativa correta.
a) A pretensão punitiva quanto às infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados 
da data da constatação oficial do fato, interrompendo-se pela instauração de processo 
disciplinar ou pela notificação válida do representado.
b) A pretensão punitiva das infrações disciplinares prescreve em três anos, contados da data 
da constatação oficial do fato, interrompendo-se pela instauração de processo disciplinar 
ou pela notificação válida do representado.
c) A pretensão punitiva das infrações disciplinares é imprescritível.
d) A pretensão punitiva das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da 
data da constatação oficial do fato, não havendo previsão legal de marco interruptivo de 
tal prazo prescricional.
025. 025. (FGV/XIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Ao requerer sua inscrição nos 
quadros da OAB, Maria assinou e apresentou declaração em que afirmava não exercer cargo 
incompatível com a advocacia. No entanto, exercia ela ainda o cargo de Oficial de Justiça no 
Tribunal de Justiça do seu Estado. Pouco tempo depois, já bem-sucedida como advogada, 
pediu exoneração do referido cargo. No entanto, um desafeto seu, tendo descoberto que 
Maria, ao ingressar nos quadros da OAB, ainda exercia o cargo de Oficial de Justiça, comunicou 
o fato à entidade, que abriu processo disciplinar para apuração da conduta de Maria, tendo 
ela sido punida por ter feito falsa prova de um dos requisitos para a inscrição na OAB.
De acordo com o EAOAB, assinale a opção que indica a penalidade que deve ser aplicada a 
Maria.
a) Maria não deve ser punida porque, ao tempo em que os fatos foram levados ao conhecimento 
da OAB, ela já não mais exercia cargo incompatível com a advocacia.
b) Maria não deve ser punida porque o cargo de Oficial de Justiça não é incompatível com 
o exercício da advocacia, não tendo Maria, portanto, feito prova falsa de requisito para 
inscrição na OAB.
c) Maria deve ser punida com a pena de suspensão, pelo prazo de trinta dias.
d) Maria deve ser punida com a pena de exclusão dos quadros da OAB.
026. 026. (FGV/XIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) O estagiário Marcos trabalha em 
determinado escritório de advocacia e participou ativamente da elaboração de determinada 
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peça processual que estava para ser analisada pelo magistrado da Vara em que o processo 
tramitava, assinando, ao final, a petição, em conjunto com alguns advogados doescritório. 
Como conhecia muito bem a causa, resolveu falar com o magistrado com o objetivo de 
ressaltar, de viva voz, alguns detalhes relevantes. Quando o magistrado percebeu que estava 
recebendo o estagiário do escritório, e não um dos advogados que atuava na causa, informou 
ao estagiário que não poderia tratar com ele sobre o processo, solicitando que os advogados 
viessem em seu lugar, se entendessem necessário. Marcos, muito aborrecido, afirmou 
que faria uma representação contra o magistrado, por entender que suas prerrogativas 
profissionais foram violadas.
A respeito da conduta de Marcos, assinale a opção correta.
a) Marcos teve sua prerrogativa profissional violada, pois é direito do advogado e do estagiário 
inscrito na OAB dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado, observando-se a ordem de chegada.
b) Marcos não teve sua prerrogativa profissional violada, pois apenas deve dirigir-se diretamente 
ao magistrado quando os advogados que atuam na causa estiverem impossibilitados de 
fazê-lo, sendo a atuação do estagiário subsidiária em relação à atuação do advogado.
c) Marcos não teve sua prerrogativa profissional violada, pois apenas o advogado tem direito de 
dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente 
de horário previamente marcado, observando-se a ordem de chegada. Ao contrário, Marcos 
praticou ato excedente à sua habilitação e, em razão disso, ficará impedido, posteriormente, 
de obter sua inscrição definitiva como advogado.
d) Marcos não teve sua prerrogativa profissional violada, pois apenas o advogado tem direito de 
dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente 
de horário previamente marcado, observando-se a ordem de chegada. Ao contrário, Marcos 
praticou ato excedente à sua habilitação e deve ser punido com pena de censura.
027. 027. (FGV/X/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) O advogado João, que também é 
formado em Comunicação Social, atua nas duas profissões, possuindo uma coluna onde 
apresenta notícias jurídicas, com informações sobre atividades policiais, forenses ou 
vinculadas ao Ministério Público. Semanalmente inclui, nos seus comentários, alguns em forma 
de poesia, suas alegações forenses e os resultados dos processos sob sua responsabilidade, 
divulgando, com isso, seu trabalho como advogado.
À luz das normas estatutárias, assinale a afirmativa correta.
a) A divulgação de notícias, como aventado no enunciado, constitui um direito do advogado 
em dar publicidade aos seus processos.
b) Nos termos das regras que caracterizam as infrações disciplinares está delineada a de 
publicação desnecessária e habitual de alegações forenses ou causas pendentes.
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c) Diante das novas mídias que também atingem a advocacia, o advogado pode utilizar-se 
dos meios ofertados para a divulgação de seu trabalho.
d) A situação caracteriza o chamado desvio da função de advogado, com o prejuízo à imagem 
dos clientes pela divulgação.
028. 028. (FGV/X/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) O advogado Mário, para ilustrar a tese 
que desenvolvia, fez inserir, em petição por ele apresentada, citação de julgado inexistente. 
Inseriu, ainda, citação doutrinária, cujo teor foi completamente deturpado.
A respeito da hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) Mário não cometeu infração disciplinar, pois o advogado, amparado no princípio da ampla 
defesa, deve ter liberdade para defender os interesses de seus clientes da forma que achar 
conveniente.
b) Mário cometeu infração disciplinar punível com pena de censura, nos termos do EAOAB, 
e violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Mário cometeu infração disciplinar punível com pena de exclusão, nos termos do EAOAB, 
e violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Mário não cometeu infração disciplinar prevista no EAOAB, tendo apenas violado dispositivo 
do Código de Ética e Disciplina da OAB.
029. 029. (FGV/IX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) O advogado Cândido, conhecido pelas 
soluções criativas para resolver os problemas dos seus clientes, aduz, como tese defensiva, 
em ação de despejo por falta de pagamento, que a norma que autoriza tal desocupação 
forçada seria inconstitucional, pois caberia ao Estado fornecer habitação gratuita ou 
a preços módicos aos necessitados e, em caso de impossibilidade financeira, custear a 
moradia, pagando ao locador os valores devidos, a título de aluguel social.
Essa defesa foi considerada como contrária à disposição de lei que determina, como 
consequência do não pagamento dos alugueres, o despejo por falta de pagamento. Em 
razão disso, foi proferida sentença determinando a desocupação do imóvel e condenando 
o cliente do advogado Cândido ao pagamento dos alugueres devidos, bem como as demais 
verbas decorrentes da sucumbência. Além disso, determinou o magistrado a expedição de 
ofício à Ordem dos Advogados do Brasil para abertura de processo disciplinar.
Consoante as regras do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta.
a) O fato de advogar contra literal disposição de lei sem exceções, não constitui infração 
disciplinar.
b) A alegação de inconstitucionalidade descaracteriza a infração disciplinar invocada.
c) A infração disciplinar não está prevista no sistema por caracterizar delito de hermenêutica.
d) A referida infração somente pode ser considerada quando causar prejuízo ao cliente o 
que não foi o caso.
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030. 030. (FGV/VIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) Pedro, advogado regularmente 
inscrito nos quadros da OAB, após regular processo administrativo disciplinar, é apenado 
com a sanção de exclusão por ter sido condenado pela prática de crimes contra o patrimônio, 
tendo a decisão judicial transitada em julgado. Após cumprir a pena e tendo sido a mesma 
julgada extinta pelo Juízo competente, apresenta requerimento de retorno à OAB.
Nos termos do Estatuto, deve o requerente
a) apresentar a documentação prevista para inscrição inaugural no quadro de advogados, 
além de submeter-se a novo Exame de Ordem.
b) requerer a restauração da sua inscrição anterior com os documentos previstos para a 
inscrição inaugural, sem submissão a novo Exame de Ordem.
c) indicar provas para a inscrição nos quadros da OAB que comprovem a sua capacidade 
civil apta a permitir o retorno, e os documentos para inscrição inaugural.
d) comprovar a sua reabilitação e apresentar os documentos relacionados à idoneidade 
moral.
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GABARITOGABARITO
1. d
2. d
3. b
4. d
5. a
6. b
7. c
8. b
9. c
10. a
11. c
12. d
13. b
14. a
15. d
16. d
17. a
18. c
19. a
20. b
21. a
22. d
23. b
24. a
25. d
26. d
27. b
28.b
29. b
30. d
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GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO
001. 001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXIX) Alice Santos, advogada, está 
sendo investigada criminalmente por ter, supostamente, cometido fraude contra o sistema 
previdenciário, em conjunto com Robson Lima, seu cliente, e Leonardo Melo, seu ex-cliente. 
O órgão competente do Ministério Público consulta a Dra. Alice Santos sobre seu interesse 
em efetuar colaboração premiada.
Com base na legislação aplicável, assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, o que 
ela concluiu.
a) Poderá efetuar colaboração premiada contra Leonardo Melo, já que ele não ostenta mais 
a condição de seu cliente.
b) Poderá efetuar colaboração premiada contra Robson Lima, por se tratar de cliente que 
está sendo formalmente investigado como co-autor pela prática do mesmo crime.
c) Caso efetue colaboração premiada contra Robson Lima, estará sujeita a processo disciplinar, 
que poderá culminar na aplicação da pena de suspensão.
d) Caso efetue colaboração premiada contra Leonardo Melo, estará sujeita às penas do 
crime de violação do segredo profissional.
É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido 
seu cliente, e a inobservância importará em processo disciplinar, que poderá culminar na 
aplicação da penalidade de exclusão, sem prejuízo das penas previstas no Código Penal 
para o delito de violação do segredo profissional, nos termos do artigo 7º, § 6º-I, do EOAB.
Letra d.
002. 002. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE/ADAPTADA) 
Pedro, advogado, é investigado criminalmente, em conjunto com Antônio, seu ex-cliente, 
e Matheus, juiz da comarca, em razão de sua suposta participação em atos fraudulentos 
que importaram o pagamento de benefícios previdenciários indevidos.
No âmbito das investigações, a autoridade judiciária competente determina medida cautelar 
de busca e apreensão que importa violação do local de trabalho de Pedro. Posteriormente, 
Pedro é consultado pelo órgão encarregado da investigação criminal acerca de seu interesse 
na celebração de acordo de colaboração premiada.
Sobre essas medidas, assinale a afirmativa correta.
a) É válida a medida de busca e apreensão executada no local de trabalho de Pedro se 
fundada exclusivamente em declarações de outro colaborador, sem confirmação por outros 
meios de prova.
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b) Em hipótese excepcional, podem ser usados na investigação documentos, mídias e objetos 
pertencentes a outros clientes de Pedro.
c) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Antônio, tal ato importará em processo 
disciplinar, que poderá culminar com a aplicação da sanção de suspensão.
d) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Matheus, não estará sujeito às penas 
relativas ao crime de violação do segredo profissional.
É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente. Considerando que Matheus é juiz da comarca, não há o que se falar em vedação 
nem mesmo aplicação de penalidade por violação de segredo profissional.
a) Errada. A medida judicial cautelar que importe na violação do escritório ou do local de 
trabalho do advogado deve ser aplicada excepcionalmente, sendo VEDADA a determinação 
quando fundada exclusivamente em elementos produzidos em declarações de colaborador, 
sem confirmação por outros meios de prova (art. 7º, §§ 6º-A e 6º-B, EOAB).
b) Errada. É vedada, em qualquer hipótese, a utilização dos documentos, das mídias e dos 
objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos 
de trabalho que contenham informações sobre clientes (art. 7º, § 6º, EOAB).
c) Errada. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou 
tenha sido seu cliente, e a inobservância importará em processo disciplinar, que poderá 
culminar na aplicação da penalidade de EXCLUSÃO, sem prejuízo das penas previstas no 
Código Penal para o delito de violação do segredo profissional (art. 7º, § 6º-I, EOAB).
Letra d.
003. 003. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE) Laura, advogada 
inscrita na OAB, atua na defesa de Amanda em processo criminal. Pessoalmente convicta 
da inocência de Amanda, Laura elaborou recurso em que transcreveu seletivamente partes 
de julgados de tribunais superiores, deturpando o seu teor com o objetivo de iludir o 
juiz da causa.
Verificada tal infração disciplinar, instaura-se o processo administrativo para apurá-la. Laura 
não é reincidente nem recebeu punição disciplinar anterior. Também não está presente 
qualquer circunstância agravante.
Dadas essas circunstâncias, Laura estará sujeita
a) à interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta 
dias a doze meses.
b) à censura, que poderá ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro 
em seus assentamentos.
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c) à multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo 
de seu sêxtuplo.
d) ao impedimento de exercer o mandato profissional.
Nos termos do artigo 34, XIV, do Estatuto da OAB, constitui infração disciplinar deturpar o 
teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, 
documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da 
causa, sendo aplicável a pena de censura ao caso, de acordo com o artigo 36, I, do EOAB.
Ademais, a censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem registro 
nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante (art. 36, parágrafo 
único, do EOAB).
Letra b.
004. 004. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI/PRIMEIRA FASE) A advogada 
Carolina e a estagiária de Direito Beatriz, que com ela atua, com o intuito de promover sua 
atuação profissional, valeram-se, ambas, de meios de publicidade vedados no Código de 
Ética e Disciplina da OAB.
Após a verificação da irregularidade, indagaram sobre a possibilidade de celebração de 
termo de ajustamento de conduta tendo, como objeto, a adequação da publicidade.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta apenas no âmbito do 
Conselho Federal da OAB, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada Carolina 
e pela estagiária Beatriz.
b) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta, no âmbito do Conselho 
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada 
pela advogada Carolina, mas é vedado que o termo de ajustamento de conduta abranja a 
estagiária Beatriz.
c) É vedada pelo Código de Ética e Disciplina da OAB a possibilidade de celebração de termo 
de ajustamento de conduta no caso narrado, uma vez que se trata de infraçãoética.
d) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta no âmbito do Conselho 
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada pela 
advogada Carolina e também pela estagiária Beatriz.
O Termo de Ajustamento de Conduta pode ser celebrado entre o Conselho Federal ou os 
Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos nos quadros da Instituição, 
que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional (artigo 47-A do Código de 
Ética e Disciplina da OAB).
Letra d.
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005. 005. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) O estagiário de Direito Jefferson 
Santos, com o objetivo de divulgar a qualidade de seus serviços, realizou publicidade 
considerada irregular por meio da Internet, por resultar em captação de clientela, nos 
termos do Código de Ética e Disciplina da OAB. Quanto aos instrumentos admitidos no caso 
em análise, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tanto no âmbito dos 
Conselhos Seccionais quanto do Conselho Federal, para fazer cessar a publicidade irregular 
praticada.
b) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista 
tratar-se de estagiário.
c) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta para fazer cessar a 
publicidade irregular praticada, que deverá seguir regulamentação constante em provimentos 
de cada Conselho Seccional, quanto aos seus requisitos e condições.
d) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista a 
natureza da infração resultante da publicidade irregular narrada.
O artigo 47-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO 
DE CONDUTA – TAC para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e 
estagiários.
O Provimento n. 200/2020 regulamenta o Termo de Ajustamento de Conduta a ser celebrado 
entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos 
nos quadros da Instituição, que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional 
(art. 39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura.
Letra a.
006. 006. (FGV/2022/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) O advogado Pedro praticou infração 
disciplinar punível com censura, a qual gerou repercussão bastante negativa à advocacia, uma 
vez que ganhou grande destaque na mídia nacional. Por sua vez, o advogado Hélio praticou 
infração disciplinar punível com suspensão, a qual não gerou maiores repercussões públicas, 
uma vez que não houve divulgação do caso para além dos atores processuais envolvidos.
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
a) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta tanto por Pedro como 
por Hélio.
b) Não é admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro nem por 
Hélio.
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c) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro, mas não é 
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio.
d) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio, mas não é 
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro.
O artigo 58-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO 
DE CONDUTA – TAC, nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o fato 
apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
Desse modo, considerando que a infração praticada por Pedro gerou repercussão bastante 
negativa à advocacia e que a praticada pelo advogado Hélio, apensar de não ter gerado 
maiores repercussões, é punível com suspensão, não é admissível a celebração de TAC nem 
por Pedro nem por Hélio.
Lembre-se que nos termos do artigo 47-A também será admitida a celebração de TAC no 
âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade 
irregular praticada por advogados e estagiários.
Letra b.
007. 007. (FGV/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) O advogado Carlos não adimpliu 
suas obrigações relativas às anuidades devidas à OAB. Assinale a opção que, corretamente, 
trata das consequências de tal inadimplemento.
a) Carlos deverá quitar o débito em 15 dias contados da notificação para tanto, sob pena 
de suspensão, independentemente de processo disciplinar. Na terceira suspensão por não 
pagamento de anuidade, seja a mesma ou anuidades distintas, será cancelada sua inscrição.
b) Carlos deverá quitar o débito no prazo fixado em notificação, sob pena de suspensão 
mediante processo disciplinar. Após 15 dias de suspensão, caso não realizado o pagamento 
da mesma anuidade, será cancelada sua inscrição.
c) Carlos deverá quitar o débito em 15 dias contados da notificação para tanto, sob pena 
de suspensão, mediante processo disciplinar. Na terceira suspensão por não pagamento 
de anuidades, será cancelada sua inscrição.
d) Carlos deverá quitar o débito em 15 dias contados da notificação para tanto, sob pena 
de suspensão, independentemente de processo disciplinar. Na segunda suspensão por 
não pagamento de anuidades distintas, será cancelada sua inscrição, após o transcurso 
de processo disciplinar.
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De acordo com o artigo 22 Regulamento Geral do Estatuto da OAB, o advogado regularmente 
notificado deve quitar seu débito relativos às anuidades no prazo de 15 (quinze) dias da 
notificação, sob pena de suspensão, aplicada em processo disciplinar.
Além do mais, de acordo com o artigo art. 38, inciso I do Estatuto da OAB, a pena de exclusão 
será aplicada após a aplicação por 3 (três) vezes da penalidade de suspensão. E com isso, 
a inscrição profissional do advogado será cancelada (art. 11, inciso II, do Estatuto da OAB).
Atente-se ao fato de que a questão foi aplicada em 2019, ou seja, antes do julgamento do 
Recurso Especial n. 647885 que declarou a inconstitucionalidade da penalidade de suspensão 
em face de inadimplência de anuidades.
Assim lembre-se que em abril de 2020 o Supremo Tribunal Federal apreciando o tema 732 
da repercussão geral, declarou a inconstitucionalidade do art. 34, XXIII e do art. 37, § 2º 
da Lei N. 8.906/1994, fixando a seguinte tese:
JURISPRUDÊNCIA
TEMA 732 – Repercussão geral – STF
“É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional 
do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida 
consiste em sanção política em matéria tributária”.
(Plenário, Sessão Virtual de 17.4.2020 a 24.4.2020).
Letra c.
008. 008. (FGV/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019)Milton, advogado, exerceu fielmente 
os deveres decorrentes de mandato outorgado para defesa do cliente Tomás, em juízo. 
Todavia, Tomás deixou, injustificadamente, de efetuar o pagamento dos valores acordados 
a título de honorários.
Em 08/04/19, após negar-se ao pagamento devido, Tomás solicitou a Milton que agendasse 
uma reunião para que este esclarecesse, de forma pormenorizada, questões que entendia 
pertinentes e necessárias sobre o processo. Contudo, Milton informou que não prestaria 
nenhum tipo de informação judicial sem pagamento, a fim de evitar o aviltamento da 
atuação profissional.
Em 10/05/19, Tomás solicitou que Milton lhe devolvesse alguns bens móveis que haviam 
sido confiados ao advogado durante o processo, relativos ao objeto da demanda. Milton 
também se recusou, pois pretendia alienar os bens para compensar os honorários devidos.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Apenas a conduta de Milton praticada em 08/04/19 configura infração ética.
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b) Ambas as condutas de Milton, praticadas em 08/04/19 e em 10/05/19, configuram 
infrações éticas.
c) Nenhuma das condutas de Milton, praticadas em 08/04/19 e em 10/05/19, configura 
infração ética.
d) Apenas a conduta de Milton praticada em 10/05/19 configura infração ética.
O Código de Ética e Disciplina da OAB, recomenda que o advogado, em face de dificuldades 
insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido solicitadas, 
não deixe ao abandono ou ao desamparadas as causas sob seu patrocínio, mas, sim, que 
renuncie ao mandato (art. 15 do CED-OAB).
Além do mais, dispõe que a conclusão ou desistência da causa obriga o advogado a devolver 
ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em 
seu poder (art. 12).
Sendo assim, ambas as condutas de Milton, praticadas em 08/04/19 e em 10/05/19, 
configuram infrações éticas.
Letra b.
009. 009. (FGV/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) Gabriel, advogado, teve aplicada 
contra si penalidade de suspensão, em razão da prática das seguintes condutas: atuar junto 
a cliente para a realização de ato destinado a fraudar a lei; recusar-se a prestar contas ao 
cliente de quantias recebidas dele e incidir em erros reiterados que evidenciaram inépcia 
profissional.
Antes de decorrido o prazo para que pudesse requerer a reabilitação quanto à aplicação 
dessas sanções e após o trânsito em julgado das decisões administrativas, instaurou-se 
contra ele, em razão dessas punições prévias, novo processo disciplinar.
Com base no caso narrado, assinale a opção que indica a penalidade disciplinar a ser aplicada.
a) De exclusão, para a qual é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros 
do Conselho Seccional competente.
b) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e implicará o cancelamento de sua 
inscrição na OAB.
c) De exclusão, ficando o pedido de nova inscrição na OAB condicionado à prova de reabilitação.
d) De suspensão, que o impedirá de exercer o mandato e o impedirá de exercer a advocacia 
em todo o território nacional, pelo prazo de doze a trinta meses.
De acordo com o artigo art. 38, inciso I do Estatuto da OAB, a pena de exclusão será aplicada 
após a aplicação por 3 (três) vezes da penalidade de suspensão.
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Ademias, tendo em vista que no Brasil não são admitidas penas de caráter perpétuo, 
conforme determina a Carta Magna, é permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção 
disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas 
efetivas de bom comportamento. Caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o 
pedido de reabilitação depende também da correspondente reabilitação criminal (art. 41 
do Estatuto da OAB).
Letra c.
010. 010. (FGV/XXVI/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Júlio Silva sofreu sanção de 
censura por infração disciplinar não resultante da prática de crime; Tatiana sofreu sanção 
de suspensão por infração disciplinar não resultante da prática de crime; e Rodrigo sofreu 
sanção de suspensão por infração disciplinar resultante da prática de crime ao qual foi 
condenado. Transcorrido um ano após a aplicação e o cumprimento das sanções, os três 
pretendem obter a reabilitação, mediante provas efetivas de seu bom comportamento.
De acordo com o EOAB, assinale a afirmativa correta.
a) Júlio e Tatiana fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante 
provas efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar. O pedido 
de Rodrigo, porém, depende também da reabilitação criminal.
b) Apenas Júlio faz jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas 
efetivas de bom comportamento, somente nos casos de sanção disciplinar de censura.
c) Todos fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante provas efetivas 
de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar, independentemente se 
resultantes da prática de crime, tendo em vista que são esferas distintas de responsabilidade.
d) Ninguém faz jus à reabilitação, que só pode ser concedida após dois anos mediante provas 
efetivas de bom comportamento, nos casos de sanção disciplinar de censura, e após três 
anos nos casos de sanção disciplinar de suspensão.
No Brasil, não são admitidas penas de caráter perpétuo, conforme determina a Carta 
Magna (art. 5º, inciso XLVII, alínea b). Desse modo, em consonância com essa garantia 
fundamental, é permitido ao advogado que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar 
requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de 
bom comportamento.
Caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação depende 
também da correspondente reabilitação criminal, nos termos do artigo 41 do Estatuto 
da OAB.
Sendo assim, Júlio e Tatiana fazem jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano, 
mediante provas efetivas de bom comportamento, nos casos de qualquer sanção disciplinar; 
já o pedido de Rodrigo depende também da reabilitação criminal.
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b) Errada. Tatiana e Rodrigo também podem requerer a reabilitação, uma vez que preenchidos 
os requisitos do artigo 41 do Estatuto da OAB. Lembrando que o pedido de Rodrigo depende 
da reabilitação criminal (art. 41, parágrafo único).
c) Errada. É certo que as esferas civil, penal e administrativas são independentes entre 
si. Contudo, a reabilitação das sanções administrativas resultantes da prática de crime 
depende também da reabilitação criminal, nos termos do parágrafo único do artigo 41 do 
Estatuto da OAB.
d) Errada. Como já mencionei, todos fazem jus à reabilitação após um ano do cumprimento 
da sanção administrativa, independente da espécie de penalidade aplicada (censura, 
suspensão, exclusão e multa).Letra a.
011. 011. (FGV/XXV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Carlos praticou infração disciplinar, 
oficialmente constatada em 09 de fevereiro de 2010. Em 11 de abril de 2013, foi instaurado 
processo disciplinar para apuração da infração, e Carlos foi notificado em 15 de novembro 
do mesmo ano. Em 20 de fevereiro de 2015, o processo ficou pendente de julgamento, que 
só veio a ocorrer em 1º de março de 2018.
De acordo com o Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade da infração disciplinar 
praticada por Carlos
a) está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de três anos entre a constatação oficial 
da falta e a instauração do processo disciplinar.
b) está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de seis meses entre a instauração do 
processo disciplinar e a notificação de Carlos.
c) está prescrita, tendo em vista o decurso de mais de três anos de paralisação para aguardar 
julgamento.
d) não está prescrita, tendo em vista que não decorreram cinco anos entre cada uma das 
etapas de constatação, instauração, notificação e julgamento.
Em questões que envolvem a prescrição, sugiro que, na hora da prova, você faça uma linha 
do tempo para evitar confusão com as datas em que cada fato ocorreu, como fiz abaixo:
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Sob a ótica do Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade das infrações disciplinares 
prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. E, ainda, aplica-
se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente 
de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício ou a requerimento da parte 
interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação (art. 
43, caput e § 1º, do Estatuto da OAB).
Dessa forma, a pretensão à punibilidade da infração disciplinar praticada por Carlos está 
prescrita, tendo em vista o decurso de mais de três anos de paralisação para aguardar 
julgamento (20/02/2015 – 01/03/2018).
a) Errada. Via de regra, a prescrição ocorre em cinco anos. A exceção prevista no Estatuto é 
para os casos em que o processo disciplinar fica paralisado por mais de três anos aguardando 
julgamento, nos termos do artigo 43, caput e § 1º, do Estatuto da OAB. Ademais, devemos 
lembrar que são causas de interrupção da contagem do prazo da prescrição: a instauração 
de processo disciplinar ou a notificação válida feita diretamente ao representado e a decisão 
condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB, nos termos do artigo 43, § 2º, 
do Estatuto da OAB.
b) Errada. Está prescrita pela paralisação do processo por mais de três anos, que é a única 
exceção ao prazo prescricional de cinco anos estabelecido no artigo 43 do Estatuto da OAB.
d) Errada. A pretensão à punibilidade da infração disciplinar praticada por Carlos está 
prescrita, tendo em vista o decurso de mais de três anos de paralisação para aguardar 
julgamento (20/02/2015 – 01/03/2018), nos termos do artigo 43 do Estatuto da OAB.
Letra c.
012. 012. (FGV/XIX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Os advogados Ivan e Dimitri foram 
nomeados, por determinado magistrado, para prestarem assistência jurídica a certo 
jurisdicionado, em razão da impossibilidade da Defensoria Pública. As questões jurídicas 
debatidas no processo relacionavam-se à interpretação dada a um dispositivo legal. Ivan 
recusou-se ao patrocínio da causa, alegando que a norma discutida também lhe é aplicável, 
não sendo, por isso, possível que ele sustente em juízo a interpretação legal benéfica à 
parte assistida e prejudicial aos seus próprios interesses. Dimitri também se recusou ao 
patrocínio, pois já defendeu interpretação diversa da mesma norma em outro processo.
Sobre a hipótese apresentada, é correto afirmar que
a) Ivan e Dimitri cometeram infração disciplinar, pois é vedado ao advogado recusar-se a 
prestar assistência jurídica, sem justo motivo, quando nomeado em virtude de impossibilidade 
da Defensoria Pública.
b) apenas Dimitri cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por 
ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, 
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recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade 
da Defensoria Pública.
c) apenas Ivan cometeu infração disciplinar, pois não se configura legítima a recusa por 
ele apresentada ao patrocínio da causa, sendo vedado ao advogado, sem justo motivo, 
recusar-se a prestar assistência jurídica, quando nomeado.
d) nenhum dos advogados cometeu infração disciplinar, pois se afiguram legítimas as 
recusas apresentadas ao patrocínio da causa.
Uma das infrações disciplinares é a recusa por parte do advogado, sem justo motivo, em 
prestar assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria 
Pública (artigo 34, inciso XII, do Estatuto da OAB).
Ocorre que os casos trazidos na questão – Ivan sob a alegação que a norma discutida também 
lhe é aplicável e Dimitri, pois já defendeu interpretação diversa da mesma norma em outro 
processo – afiguram causas legitimas para a recusa do patrocínio da causa, previstas no 
parágrafo único do artigo 4º do Código de Ética e Disciplina:
Art. 4º. Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de 
manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja 
aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente.
a) Errada. O advogado comete a infração desde que não amparado por justo motivo, nos 
termos do artigo 34, inciso XII, do Estatuto da OAB.
b) Errada. A recusa de Dimitri é legítima, pois já defendeu interpretação diversa da mesma 
norma em outro processo, de acordo, portanto, com o art. 4º do Código de Ética e Disciplina.
c) Errada. A recusa de Ivan é legítima, uma vez que a norma discutida também lhe é aplicável 
de acordo, portanto, com o art. 4º do Código de Ética e Disciplina.
Letra d.
013. 013. (FGV/XX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) O advogado Aureliano foi contratado 
por alguns herdeiros de José Arcádio para representá-los em inventário judicial. Após dez 
anos, dá-se o trânsito em julgado da sentença que julgou a partilha, ocasião em que os 
clientes solicitam a Aureliano que apresente as contas dos valores que deles recebeu durante 
o período, referentes a custas e outras despesas processuais.
Todavia, por não desejar perder tempo com a elaboração do documento, Aureliano, que 
até então possuía conduta profissional irretocável, deixa de oferecer as contas requeridas.
Assim, Aureliano cometeu infração disciplinar, sujeitando-se à sanção
a) de censura.
b) de suspensão.
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c) de advertência.
d) de exclusão.
O Código de Ética e Disciplina da OAB dispõe que o advogado deverá prestar contas 
pormenorizadados valores recebidos em favor do seu constituinte. A prestação de contas 
poderá ocorrer sempre que requerida pelo cliente ou com a conclusão ou desistência da 
causa (art. 12).
O artigo 34, inciso XXI, do Estatuto da OAB estabelece que o advogado que se recusar, 
injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros 
por conta dele comete infração disciplinar punível com suspensão (art. 37, inciso I).
Assim, tendo em vista que a justificativa de Aureliano não é legítima, esse cometeu infração 
disciplinar, sujeitando-se à sanção de suspensão.
Letra b.
014. 014. (FGV/XX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Guilherme é advogado de José 
em ação promovida por este em face de Bruno, cujo advogado é Gabriel. Na audiência de 
conciliação, ao deparar-se com Bruno, Guilherme o reconhece como antigo amigo da época 
de colégio, com o qual havia perdido contato. Dias após a realização da audiência, na qual 
foi frustrada a tentativa de conciliação, Guilherme se reaproxima de Bruno, e com vistas 
a solucionar o litígio, estabelece entendimento sobre a causa diretamente com ele, sem 
autorização de José e sem ciência de Gabriel.
Na situação narrada,
a) Guilherme cometeu infração disciplinar ao estabelecer entendimento com Bruno, tanto 
pelo fato de não haver ciência de Gabriel, como por não haver autorização de José.
b) Guilherme cometeu infração disciplinar ao estabelecer entendimento com Bruno, pelo 
fato de não haver ciência de Gabriel, mas não por não haver autorização de José.
c) Guilherme cometeu infração disciplinar ao estabelecer entendimento com Bruno, pelo 
fato de não haver autorização de José, mas não por não haver ciência de Gabriel.
d) Guilherme não cometeu infração disciplinar ao estabelecer entendimento com Bruno, 
sem ciência de Gabriel ou autorização de José.
De acordo com o artigo 34, inciso VIII, do Estatuto da OAB, o advogado que estabelecer 
entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado 
contrário comete infração disciplinar punível com censura (art. 36, inciso I).
Sendo assim, Guilherme cometeu infração disciplinar ao estabelecer entendimento com 
Bruno, tanto pelo fato de não haver ciência de Gabriel, como por não haver autorização 
de José.
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b) Errada. Tendo em vista que Guilherme é advogado de José, para o entendimento com 
a parte adversa, é essencial a autorização do constituinte, nos termos do artigo 34, inciso 
VIII, do Estatuto da OAB.
c) Errada. É imprescindível a ciência do advogado da parte contrária, ou seja, a ciência 
de Gabriel, nos termos do artigo 34, inciso VIII, do Estatuto da OAB. Ademais, é princípio 
fundamental da ética do advogado o dever de abster-se de entender-se diretamente com 
a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento desse (art. 2º, inciso 
VIII, alínea ‘d’, do CED-OAB).
d) Errada. Guilherme cometeu infração disciplinar ao estabelecer entendimento com Bruno, 
tanto pelo fato de não haver ciência de Gabriel, como por não haver autorização de José, 
nos termos do artigo 34, inciso VIII, do Estatuto da OAB c/c art. 2º, inciso VIII, alínea ‘d’, do 
CED-OAB.
Letra a.
015. 015. (FGV/XX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) A advogada Dolores cometeu 
infração disciplinar sujeita à sanção de suspensão em 12/07/2004. Em 13/07/2008 o fato 
foi oficialmente constatado, tendo sido encaminhada notícia a certo Conselho Seccional 
da OAB. Em 14/07/2010 foi instaurado processo disciplinar. Em 15/07/2012 foi aplicada 
definitivamente a sanção disciplinar de suspensão.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em oito anos. No caso 
narrado, não se operou o fenômeno prescritivo.
b) A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos. No caso 
narrado, operou-se o fenômeno prescritivo, pois decorridos mais de cinco anos entre a 
data do fato e a instauração do processo disciplinar.
c) A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em oito anos. No caso 
narrado, operou-se o fenômeno prescritivo, pois decorridos mais de oito anos entre a data 
do fato e a aplicação definitiva da sanção disciplinar.
d) A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos. No caso 
narrado, não se operou o fenômeno prescritivo.
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Sob a ótica do Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade das infrações disciplinares 
prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato (art. 43, 
caput, do Estatuto da OAB). Dessa forma, devemos considerar a data em que o fato foi 
oficialmente constatado e não quando foi cometida a infração disciplinar.
Ademais, devemos lembrar que são causas de interrupção da contagem do prazo da 
prescrição: a instauração de processo disciplinar ou a notificação válida feita diretamente 
ao representado e a decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB, 
nos termos do artigo 43, § 2º, do Estatuto da OAB.
Portanto, no caso narrado, não se operou o fenômeno prescritivo, pois não houve o decurso 
do prazo de cinco anos entre nenhum marco interruptivo da prescrição.
a) Errada. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, 
contados da data da constatação oficial do fato (art. 43, caput, do Estatuto da OAB).
b) Errada. No caso narrado, não se operou o fenômeno prescritivo, pois não houve o decurso 
do prazo de cinco anos entre nenhum marco interruptivo da prescrição. Além disso, devemos 
considerar a data em que o fato foi oficialmente constatado e não quando foi cometida a 
infração disciplinar, nos termos do artigo 43, caput, do Estatuto da OAB.
c) Errada. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, 
contados da data da constatação oficial do fato. Além disso, devemos considerar a data em 
que o fato foi oficialmente constatado e não quando foi cometida a infração disciplinar, 
nos termos do artigo 43, caput, do Estatuto da OAB.
Letra d.
016. 016. (FGV/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Rodrigo outorgou mandato à 
advogada Lívia para postular em juízo o adimplemento de obrigação de fazer em face de 
uma concessionária de serviços públicos. Ocorre que Lívia, por problemas pessoais, após a 
citação da ré, não desejou mais atuar como advogada na causa.
Nestas condições, Lívia deverá
a) comunicar ao juízo a renúncia ao mandato, liberando-se, após a protocolização da petição, 
do dever de representar Rodrigo em juízo.
b) notificar Rodrigo da renúncia ao mandato por carta. Após, deverá comunicar ao juízo, 
mas continuará obrigada a representar Rodrigo em juízo até que decorridos dez dias da 
ciência apostada pelo magistrado da renúncia nos autos.
c) comunicar ao juízo a renúncia ao mandato, e, posteriormente, notificar Rodrigo, continuando 
obrigada a representar o cliente até que ele constitua novo advogado ou defensor público.
d) notificar Rodrigo da renúncia ao mandato por carta e, após, deverá comunicar ao juízo, 
mas, nos dez dias seguintes à notificação ao cliente da renúncia, Lívia continuará obrigada 
a representar Rodrigo, a menos que seja substituída poroutro advogado antes do término 
desse prazo.
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O advogado poderá renunciar ao mandato, de acordo com a sua conveniência, sem menção 
do motivo que determinou a renúncia, exigindo-se apenas que continue representando 
o mandante durante 10 (dez) dias, contados da notificação da renúncia, salvo se for 
substituído antes do término desse prazo, sendo que cessará, após o decurso desse prazo, 
a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa (§ 3º, art. 5º do Estatuto 
c/c art. 16, do CED-OAB).
O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato, preferencialmente, mediante 
carta com aviso de recepção, comunicando, após o Juízo (art. 6º do Regulamento Geral).
Além disso, nos termos do artigo 34, inciso XI, do Estatuto da OAB, o advogado comete 
infração disciplinar se abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez 
dias da comunicação da renúncia.
Letra d.
017. 017. (FGV/XVI/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) Ao final de audiência de instrução 
e julgamento realizada em determinada vara criminal, o juiz solicita que o advogado não 
deixe o recinto, bem como que ele atue em outras duas audiências que ali seriam realizadas 
em seguida. O advogado recusa-se a participar das outras duas audiências mencionadas, 
até mesmo por haver Defensor Público disponível.
Com base no caso exposto, assinale a afirmativa correta
a) O advogado não cometeu infração ética, porque apenas resta configurada infração 
disciplinar na recusa do advogado a prestar assistência jurídica quando há impossibilidade 
da Defensoria Pública.
b) O advogado cometeu infração ética, porque ele já estava na sala de audiências.
c) O advogado não cometeu infração ética, porque é vedado ao advogado participar de 
duas audiências sucessivas.
d) O advogado cometeu infração ética, porque ele tem o dever de contribuir para a boa 
administração da justiça.
Uma das garantias fundamentais previstas na Constituição Federal de 1988 relacionada 
com a atividade dos advogados é a assistência jurídica integral e gratuita prestada pelo 
Estado aos que comprovarem insuficiência de recursos (art. 5º, inciso LXXIV, CF/88).
A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, 
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, 
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, 
aos necessitados, conforme traz o artigo 134 da CF/88.
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Segundo o § 1º do artigo 22 do Estatuto da OAB, o advogado, quando indicado para patrocinar 
causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública, tem 
direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional 
da OAB, e pagos pelo Estado.
Ademais, de acordo com o artigo 34, inciso XIII, do Estatuto da OAB, o advogado que se 
recusar a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica quando nomeado em virtude de 
impossibilidade da Defensoria Pública comete infração disciplinar punível com censura 
(art. 36, inciso I).
Sendo assim, o advogado não cometeu infração ética, porque apenas resta configurada 
infração disciplinar na recusa do advogado a prestar assistência jurídica quando há 
impossibilidade da Defensoria Pública.
b) Errada. Estar na sala de audiências não é causa que configure a nomeação do advogado. 
O advogado pode se recusar a participar das outras duas audiências mencionadas por haver 
Defensor Público disponível.
c) Errada. Realmente o advogado não cometeu infração ética, mas justificativa para isso é 
em razão da existência de Defensor Público disponível e não porque é vedado ao advogado 
participar de duas audiências sucessivas.
d) Errada. É correta a afirmação de que é dever do advogado contribuir para a boa 
administração da justiça, mas, nesse caso, o advogado pode se recusar a participar das 
outras duas audiências mencionadas por haver Defensor Público disponível.
Letra a.
018. 018. (FGV/XVI/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) O advogado Felício é contatado 
pelo seu cliente Paulo que pretende promover ação de responsabilidade civil em face de 
Rosa, por danos causados à sua honra e ao seu patrimônio material. Nas tratativas, o 
cliente cientifica o advogado que presenciara diversos atos criminosos praticados por Rosa 
e por seus familiares Marta e Fábio. Contratado para realizar os seus serviços profissionais, 
apresenta diversas ações contra o réu Rosa em que descreve seus crimes e os praticados 
por Marta e Fábio, seus filhos. A petição é subscrita somente pelo advogado e a procuração 
tem os poderes gerais para o foro. Nos termos do Estatuto da Advocacia,
a) é inerente à atividade postulatória a menção a crimes praticados pelas partes ou terceiros.
b) é decorrente do processo a indicação dos fatos essenciais ao deslinde da causa, inclusive 
os criminosos, que somente demandam ciência do advogado.
c) é essencial a autorização escrita para imputação a terceiro de fato definido como crime.
d) é possível a descrição de fatos criminosos atribuídos a partes ou a terceiros por autorização 
verbal.
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De acordo com o artigo 34, inciso XV, do Estatuto da OAB, o advogado que fizer, em nome 
do constituinte, sem autorização escrita desse, imputação a terceiro de fato definido 
como crime comete infração disciplinar punível com censura (art. 36, inciso I). Sendo assim, 
é essencial que Felício tenha a autorização escrita de seu cliente Paulo para imputação a 
terceiro de fato definido como crime.
a) Errada. É essencial que Felício tenha a autorização escrita de seu cliente Paulo para 
imputação a terceiro de fato definido como crime, nos termos do artigo 34, inciso XV, do 
Estatuto da OAB.
b) Errada. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10, 
CED-OAB), para o caso, é essencial que Felício tenha a autorização escrita de seu cliente 
Paulo para imputação a terceiro de fato definido como crime, nos termos do artigo 34, 
inciso XV, do Estatuto da OAB.
d) Errada. É essencial que Felício tenha a autorização escrita de seu cliente Paulo para 
imputação a terceiro de fato definido como crime, nos termos do artigo 34, inciso XV, do 
Estatuto da OAB.
Letra c.
019. 019. (FGV/XVII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) O advogado Márcio, sócio de 
determinado escritório de advocacia, contratou novos advogados para a sociedade e 
substabeleceu, com reserva em favor dos novos contratados, os poderes que lhe haviam sido 
outorgados por diversos clientes. O mandato possuía poderes para substabelecer. Um dos 
clientes do escritório, quando percebeu que havia novos advogados trabalhando na causa, 
os quais não eram porele conhecidos, não apenas resolveu contratar outro escritório para 
atuar em sua demanda como ofereceu representação disciplinar contra Márcio, afirmando 
que o advogado não agira com lealdade e honestidade.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) A representação oferecida não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois 
apenas o substabelecimento do mandato sem reserva de poderes deve ser comunicado 
previamente ao cliente.
b) A representação oferecida não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o 
substabelecimento do mandato, com ou sem reserva de poderes, é ato pessoal do advogado 
da causa.
c) A representação oferecida deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o 
substabelecimento do mandato, com ou sem reserva de poderes, deve ser comunicado 
previamente ao cliente.
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d) A representação oferecida deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois o advogado 
deve avisar previamente ao cliente acerca de todas as petições que apresentará nos autos 
do processo, inclusive sobre as de juntada de substabelecimentos.
De acordo com o artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da Ordem, o substabelecimento 
do mandato com reserva de poderes é ato pessoal do advogado da causa. Contudo, 
o substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco 
conhecimento do cliente. Dessa forma, a representação oferecida pelo cliente de Márcio 
não deve ser enquadrada como infração disciplinar, pois apenas o substabelecimento do 
mandato sem reserva de poderes deve ser comunicado previamente ao cliente.
b) Errada. Apenas o substabelecimento com reserva de poderes é ato pessoal do advogado. 
O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco 
conhecimento do cliente, nos termos do artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da Ordem.
c) Errada. Apenas o substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio 
e inequívoco conhecimento do cliente, o substabelecimento com reserva de poderes é ato 
pessoal do advogado, nos termos do artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da Ordem.
d) Errada. Um dos preceitos fundamentais da atividade da advocacia é a independência, 
sendo um dever do advogado atuar com destemor e independência (art. 2 do CED-OAB). 
Além disso, o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar pela sua 
liberdade e independência (art. 4 do CED-OAB). De outra parte, exige-se a comunicação 
prévia e inequívoca ao cliente do substabelecimento do mandato sem reserva de poderes, 
nos termos do artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da Ordem.
Letra a.
020. 020. (FGV/XVII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) O advogado F recebe do seu 
cliente WW determinada soma em dinheiro para aplicação em instrumentos necessários à 
exploração de jogo não autorizado por lei.
Nos termos do Estatuto da Advocacia, a infração disciplinar
a) decorre somente se o advogado exige o valor para aplicação ilícita.
b) surge diante do recebimento para aplicação ilícita.
c) inocorre, pois se trata de mero ilícito moral.
d) é descaracterizada por ausência de previsão legal.
De acordo com o artigo 34, inciso XVIII, do Estatuto da OAB, o advogado que solicitar ou 
receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta comete 
infração disciplinar punível com suspensão (art. 37, inciso I). Desse modo, o advogado F 
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ao receber de seu cliente soma de dinheiro para aplicação em instrumentos necessários à 
exploração de jogo não autorizado por lei cometeu infração disciplinar.
a) Errada. A infração disciplinar prevista no artigo 34, inciso XVIII, do Estatuto da OAB também 
resta configurada quando o advogado solicita valores para aplicação ilícita ou desonesta, 
independentemente do efetivo fornecimento do valor pelo constituinte.
c) Errada. Ao receber de seu cliente soma de dinheiro para aplicação em instrumentos 
necessários à exploração de jogo não autorizado por lei, o advogado F cometeu infração 
disciplinar prevista no artigo 34, inciso XVIII, do Estatuto da OAB.
d) Errada. A conduta praticada pelo advogado F é prevista como infração disciplinar no 
artigo 34, inciso XVIII, do Estatuto da OAB.
Letra b.
021. 021. (FGV/XVIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) A advogada Ana retirou de cartório 
os autos de determinado processo de conhecimento em que representava a parte ré, para 
apresentar contestação. Protocolou a petição tempestivamente, mas deixou de devolver 
os autos em seguida por esquecimento, só o fazendo após ficar pouco mais de um mês 
com os autos em seu poder. Ao perceber que Ana não devolvera os autos imediatamente 
após cumprir o prazo, o magistrado exarou despacho pelo qual a advogada foi proibida de 
retirar novamente os autos do cartório em carga, até o final do processo.
Nos termos do Estatuto da Advocacia, deve-se assentar quanto à sanção disciplinar que
a) não se aplica porque Ana não chegou a ser intimada a devolver os autos.
b) não se aplica porque Ana ficou menos de três meses com os autos em seu poder.
c) aplica-se porque Ana reteve abusivamente os autos em seu poder.
d) aplica-se porque Ana não poderia ter retirado os autos de cartório para cumprir o prazo 
assinalado para contestação.
De acordo com o artigo 34, inciso XXII, do Estatuto da OAB, o advogado que retém, 
abusivamente, ou extravia autos recebidos com vista ou em confiança comete infração 
disciplinar punível com suspensão (art. 37, inciso I). Entretanto, o Supremo Tribunal Federal 
decidiu que é essencial para a configuração do delito que o advogado seja devidamente 
intimado pelo juízo para que proceda a restituição dos autos e não o faça:
JURISPRUDÊNCIA
SONEGAÇÃO DE AUTOS. ADVOGADO ACUSADO DE HAVER DEIXADO DE RESTITUIR 
AUTOS, INCORRENDO, SEGUNDO A DENUNCIA, NO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 356 DO 
CÓDIGO PENAL. PARA A CONFIGURAÇÃO DESSE DELITO NÃO BASTA, CONTUDO, QUE 
O ADVOGADO HAJA RETIDO OS AUTOS ALÉM DO PRAZO LEGAL. CRIME QUE SOMENTE 
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SE CONSUMA PELO NÃO ATENDIMENTO DE INTIMAÇÃO DO JUIZ PARA RESTITUIR OS 
AUTOS, OMISSAO QUE CARACTERIZA A RECUSA, PELA QUAL O CRIME SE CONSUMA. 
RECURSO PROVIDO. (RHC 53934 DF, 2ª Turma, Min, Leitão de Abreu, DJ 26/12/1975).
Além disso, a retenção abusiva ocorre com a posse dos autos recebidos com vista ou em 
confiança além do prazo legal estabelecido para devolução, com o dolo específico e o 
efetivo prejuízo ao andamento do processo e/ou a produção de provas, o que não ocorre 
no caso trazido pela questão.
b) Errada. Não será aplicada sanção disciplinar a Ana, uma vez que não reteve abusivamente 
os autos e não foi intimada pelo juiz para restituí-los.
c) Errada. Não será aplicada sanção disciplinar a Ana, uma vez que não reteve abusivamente 
os autos e não foi intimada pelo juizpara restituí-los.
d) Errada. O advogado poderá ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer 
natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais (art. 
7º, inciso XV, do Estatuto da OAB).
Letra a.
022. 022. (FGV/XVI/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) Pedro, em determinado momento, 
recebeu uma proposta de Antônio, colega de colégio, que se propôs a agenciar a indicação 
de novos clientes, mediante pagamento de comissão, a ser retirada dos honorários cobrados 
aos clientes, nos moldes da prática desenvolvida entre vendedores da área comercial.
Com base no caso relatado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a afirmativa 
correta.
a) O advogado pode aceitar a sugestão, tendo em vista a moderna visão mercantil da 
profissão.
b) Caso a Seccional da OAB autorize, registrando avença escrita entre o advogado e o 
agenciador, é possível.
c) Sendo publicizada a relação entre o advogado e o agenciador, está preenchido o requisito 
legal.
d) Há vedação quanto ao agenciamento de clientela, sem exceções.
De acordo com o artigo 34, inciso III, do Estatuto da OAB, o advogado que se valer de 
agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber comete infração 
disciplinar punível com censura (art. 36, inciso I).
O agenciador poderá atuar de diversas maneiras, seja por meio de panfletagem ou da 
publicidade feita em palestras e reuniões sindicais, por exemplo, mas o intuito principal da 
previsão dessa prática está em punir os advogados que se valem de terceira pessoa para 
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angariar clientes, desmerecendo toda a categoria profissional, além de vincular a atividade 
da advocacia à mercantilização, já que a prestação de serviços advocatícios é oferecida 
como mercadoria, o que é vedado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB (art. 5º).
No caso, Antônio seria agenciador para angariar novos clientes para Pedro, mediante 
pagamento de comissão, prática que vai de encontro com os princípios éticos fundamentais 
da atividade da advocacia.
a) Errada. Os advogados que se valem de terceira pessoa para angariar clientes, desmerecem 
toda a categoria profissional e vinculam a atividade da advocacia à mercantilização, o que é 
vedado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB (art. 5º). Além disso, o advogado que valer-se 
de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber comete infração 
disciplinar punível com censura (art. 34, inciso III c/c art. 36, inciso I, do Estatuto da OAB).
b) Errada. Todas as formas de agenciamento são vedadas pelo Estatuto da OAB, não havendo 
possibilidade de autorização por parte da Seccional da OAB.
c) Errada. A prática de agenciamento para angariar novos clientes é vedada ainda que feita 
de forma pública.
Letra d.
023. 023. (FGV/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Bernardo recebe comunicação do 
seu cliente Eduardo de que este havia desistido da causa que apresentara anteriormente, 
por motivo de viagem a trabalho, no exterior, em decorrência de transferência e promoção 
na sua empresa. Houve elaboração da petição inicial, contrato de prestação de serviços e 
recebimento adiantado de custas e honorários advocatícios.
Nesse caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, deve o advogado
a) devolver os honorários antecipados sem abater os custos do escritório.
b) prestar contas ao cliente de forma pormenorizada.
c) arquivar os documentos no escritório como forma de garantia.
d) realizar contrato vinculando o cliente ao escritório.
O Código de Ética e Disciplina da OAB dispõe que o advogado deverá prestar contas 
pormenorizadas dos valores recebidos em favor do seu constituinte.
A prestação de contas poderá ocorrer sempre que requerida pelo cliente ou com a conclusão 
ou desistência da causa. Ademais, a conclusão ou desistência da causa obriga o advogado 
a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda 
estejam em seu poder (art. 12).
Ainda, de acordo com o artigo 34, inciso XXI, do Estatuto comete infração disciplinar 
o advogado que recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias 
recebidas dele ou de terceiros por conta dele.
Letra b.
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024. 024. (FGV/XV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Sobre a prescrição da pretensão 
punitiva das infrações disciplinares, assinale a afirmativa correta.
a) A pretensão punitiva quanto às infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados 
da data da constatação oficial do fato, interrompendo-se pela instauração de processo 
disciplinar ou pela notificação válida do representado.
b) A pretensão punitiva das infrações disciplinares prescreve em três anos, contados da data 
da constatação oficial do fato, interrompendo-se pela instauração de processo disciplinar 
ou pela notificação válida do representado.
c) A pretensão punitiva das infrações disciplinares é imprescritível.
d) A pretensão punitiva das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da 
data da constatação oficial do fato, não havendo previsão legal de marco interruptivo de 
tal prazo prescricional.
Sob a ótica do Estatuto da OAB, a pretensão à punibilidade das infrações disciplinares 
prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. E, ainda, aplica-
se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente 
de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte 
interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação (art. 
43, caput e § 1º, do Estatuto da OAB). Além disso, são causas de interrupção da contagem 
do prazo da prescrição: a instauração de processo disciplinar ou a notificação válida feita 
diretamente ao representado e a decisão condenatória recorrível de qualquer órgão 
julgador da OAB, nos termos do artigo 43, § 2º, do Estatuto da OAB.
b) Errada. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, 
contados da data da constatação oficial do fato (art. 43, caput, do Estatuto da OAB).
c) Errada. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, 
contados da data da constatação oficial do fato (art. 43, caput, do Estatuto da OAB).
d) Errada. De acordo com o artigo 43, § 2º, do Estatuto da OAB, são causas de interrupção 
da contagem do prazo da prescrição: a instauração de processo disciplinar ou a notificação 
válida feita diretamente ao representado e a decisão condenatória recorrível de qualquer 
órgão julgador da OAB.
Letra a.
025. 025. (FGV/XIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Ao requerer sua inscrição nos 
quadros da OAB, Maria assinou e apresentou declaração em que afirmava não exercer cargo 
incompatível com a advocacia. No entanto, exercia ela ainda o cargo de Oficial de Justiça no 
Tribunal de Justiça do seu Estado. Pouco tempo depois, já bem-sucedida como advogada, 
pediu exoneração do referido cargo. No entanto, um desafeto seu, tendo descoberto que 
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VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o conselho.
Assim sendo, o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação 
de advogado são privativos dos inscritos no OAB (art. 3º do Estatuto da OAB).
Lembre-se de que são atividades privativas de advocacia a postulação ao órgão do 
Poder Judiciário e aos juizados especiais e às atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas, além do visto em atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas para que 
sejam admitidos a registro (art. 1º do Estatuto da OAB).
O artigo 4º do Estatuto da OAB define que são nulos os atos privativos de advogado 
praticados por pessoa não inscrita na OAB. A nulidade dos atos será absoluta, de forma que 
a irregularidade não pode ser sanada e o ato praticado não pode ser convalidado.
Além da nulidade, serão aplicadas sanções civis, penais e administrativas, se couber.
É importante lembrar que o mesmo fato poderá ensejar a aplicação de sanções em mais 
de uma esfera e que uma jurisdição é independente da outra (art. 4º).
O Código Civil, em seu artigo 927, estabelece que aquele que, por ato ilícito, causar dano 
a outrem fica obrigado a repará-lo.
Por sua vez, quem induzir ou manter alguém em erro referente a sua falsa condição 
de advogado sujeitar-se-á as penas do crime de estelionato, previsto no artigo 171 do 
Código Penal, além de incidir na infração penal do artigo 47 da Lei de Contravenções Penais 
caracterizada pelo exercício ilegal da profissão:
Lei de Contravenções Penais
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as 
condições a que por lei está subordinado o seu exercício:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa [...].
Ademais, o Regulamento Geral da OAB acrescenta que a prática de atos privativos de 
advocacia por profissionais e sociedades não inscritos na OAB constitui exercício ilegal 
da profissão. E, ainda, é defeso (proibido) ao advogado prestar serviços de assessoria e 
consultoria jurídicas para terceiros em sociedades que não possam ser registradas na OAB 
(art. 4º).
As condutas que configuram a infração disciplinar são definidas taxativamente pela Lei 
n. 8.906/1994, sendo vedadas as interpretações extensivas ou analógicas, bem como o juízo 
subjetivo de valor (LOBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB, 2017).
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Os limites estabelecidos para a interpretação das condutas que caracterizam infrações 
disciplinares visam a evitar o cometimento de abusos em face dos advogados e lhes conferir 
segurança jurídica para o bom desempenho da atividade da advocacia.
O devido processo legal é direito fundamental previsto no artigo 5º, inciso LIV, da 
Constituição Federal de 1988.
Seria um tanto quanto contraditório permitir a restrição da atividade da advocacia 
sem garantir ao próprio advogado, que exerce função essencial à justiça, a observância do 
devido processo legal e o direito ao contraditório e ampla defesa, não é mesmo?
Ricardo Duarte Cavazzani, em “Responsabilidade Civil do Advogado”, discorre que:
Uma vez que as infrações disciplinares são normas que restringem direito, isto é, restringem 
o direito de atuação do advogado, balizando seu campo de atuação dentro de limites éticos 
dessa profissão, são taxativamente indicados em texto legal (EAOAB), não deixando para o 
Código de Ética essa missão, visando com essa tipificação das infrações, a garantia do devido 
processo legal quando o Estado tiver de usar de seu poder sancionatório contra atos indevidos 
praticados por advogados.
Por essa razão, na próxima aula veremos as regras aplicáveis aos processos na OAB.
Pois bem.
A partir de agora veremos as infrações disciplinares estabelecidas no artigo 34 do 
Estatuto da OAB.
1.1. EXERCER A PROFISSÃO, QUANDO IMPEDIDO DE FAZÊ-LO, OU FACILITAR, 1.1. EXERCER A PROFISSÃO, QUANDO IMPEDIDO DE FAZÊ-LO, OU FACILITAR, 
PoR QuaLQueR MeIo, o Seu eXeRcÍcIo aoS NÃo INScRItoS, PRoIBIDoS ou PoR QuaLQueR MeIo, o Seu eXeRcÍcIo aoS NÃo INScRItoS, PRoIBIDoS ou 
IMPEDIDOS (INCISO I)IMPEDIDOS (INCISO I)
O impedimento afeta a plenitude de atuação do advogado, uma vez que é caracterizado 
como o impedimento parcial da atividade da advocacia, configurando o exercício irregular 
da profissão (art. 27 do Estatuto da OAB).
Conforme o artigo 30 do Estatuto da OAB são impedidos de exercer a advocacia:
EOAB
Art. 30.
I – os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações 
públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço 
público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
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A outra hipótese prevista no inciso ocorre quando o advogado, mediante ação ou omissão, 
facilita o exercício da advocacia aos não inscritos, proibidos ou impedidos.
Nesse contexto, é importante destacar que o estagiário de advocacia, se regularmente 
inscrito, poderá praticar os atos privativos de advogado em conjunto com o advogado e 
sob responsabilidade deste (art. 3º, § 2º, do Estatuto da OAB).
Desse modo, o advogado não pode facilitar, nem permitir o exercício de atos privativos 
de advogado pelo estagiário ou qualquer outra pessoa não inscrita, por exemplo atendentes 
e secretários.
Para entendermos melhor, devemos memorizar os atos que podem ser praticados 
isoladamente pelo estagiário inscrito na OAB, sob responsabilidade do advogado, nos termos 
do artigo 29 do Regulamento Geral da OAB:
Regulamento Geral
Art. 29
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a 
responsabilidade do advogado:
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
II- obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos 
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando 
receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Observe que, além do impedimento, o inciso I do artigo 34 do Estatuto menciona a 
proibição de advogar.
Sob a ótica do Estatuto da OAB, a proibição total de advogar é a incompatibilidade 
estabelecida no artigo 28, que estudaremos em aula futura:
EOAB
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de 
contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que 
exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública 
direta e indireta;
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administraçãoaos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Maria, ao ingressar nos quadros da OAB, ainda exercia o cargo de Oficial de Justiça, comunicou 
o fato à entidade, que abriu processo disciplinar para apuração da conduta de Maria, tendo 
ela sido punida por ter feito falsa prova de um dos requisitos para a inscrição na OAB.
De acordo com o EAOAB, assinale a opção que indica a penalidade que deve ser aplicada a 
Maria.
a) Maria não deve ser punida porque, ao tempo em que os fatos foram levados ao conhecimento 
da OAB, ela já não mais exercia cargo incompatível com a advocacia.
b) Maria não deve ser punida porque o cargo de Oficial de Justiça não é incompatível com 
o exercício da advocacia, não tendo Maria, portanto, feito prova falsa de requisito para 
inscrição na OAB.
c) Maria deve ser punida com a pena de suspensão, pelo prazo de trinta dias.
d) Maria deve ser punida com a pena de exclusão dos quadros da OAB.
De acordo com o artigo 8º do Estatuto da OAB, são requisitos para inscrição nos quadros 
da OAB: capacidade civil, diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição 
de ensino oficialmente autorizada e credenciada, título de eleitor e quitação do serviço 
militar, se brasileiro, aprovação em Exame de Ordem, não exercer atividade incompatível 
com a advocacia, idoneidade moral e o compromisso prestado perante o conselho.
Caso o bacharel em direito não preencha algum dos requisitos, sua inscrição definitiva nos 
quadros da OAB será indeferida. Todavia, se o bacharel se torna advogado, através de prova 
falsa, comete a infração disciplinar prevista no art. 34, inciso XXVI, do Estatuto da OAB.
Desse modo, Maria deve ser punida com a pena de exclusão dos quadros da OAB, nos termos 
do artigo 38, inciso II, do Estatuto da OAB.
a) Errada. Maria, no momento da inscrição definitiva nos quadros da OAB, fez prova falsa 
de um dos requisitos necessários e, com isso, tornou-se advogada mediante prova falsa 
e, portanto, cometeu a infração disciplinar do artigo 34, inciso XXVI, do Estatuto da OAB.
b) Errada. De acordo com o artigo 28, inciso IV, do Estatuto da OAB, a advocacia é incompatível 
com ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão 
do Poder Judiciário.
c) Errada. Maria deve ser punida com a pena de exclusão dos quadros da OAB, nos termos 
do artigo 38, inciso II, do Estatuto da OAB.
Letra d.
026. 026. (FGV/XIV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) O estagiário Marcos trabalha em 
determinado escritório de advocacia e participou ativamente da elaboração de determinada 
peça processual que estava para ser analisada pelo magistrado da Vara em que o processo 
tramitava, assinando, ao final, a petição, em conjunto com alguns advogados do escritório. 
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Como conhecia muito bem a causa, resolveu falar com o magistrado com o objetivo de 
ressaltar, de viva voz, alguns detalhes relevantes. Quando o magistrado percebeu que estava 
recebendo o estagiário do escritório, e não um dos advogados que atuava na causa, informou 
ao estagiário que não poderia tratar com ele sobre o processo, solicitando que os advogados 
viessem em seu lugar, se entendessem necessário. Marcos, muito aborrecido, afirmou 
que faria uma representação contra o magistrado, por entender que suas prerrogativas 
profissionais foram violadas.
A respeito da conduta de Marcos, assinale a opção correta.
a) Marcos teve sua prerrogativa profissional violada, pois é direito do advogado e do estagiário 
inscrito na OAB dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado, observando-se a ordem de chegada.
b) Marcos não teve sua prerrogativa profissional violada, pois apenas deve dirigir-se diretamente 
ao magistrado quando os advogados que atuam na causa estiverem impossibilitados de 
fazê-lo, sendo a atuação do estagiário subsidiária em relação à atuação do advogado.
c) Marcos não teve sua prerrogativa profissional violada, pois apenas o advogado tem direito de 
dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente 
de horário previamente marcado, observando-se a ordem de chegada. Ao contrário, Marcos 
praticou ato excedente à sua habilitação e, em razão disso, ficará impedido, posteriormente, 
de obter sua inscrição definitiva como advogado.
d) Marcos não teve sua prerrogativa profissional violada, pois apenas o advogado tem direito de 
dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente 
de horário previamente marcado, observando-se a ordem de chegada. Ao contrário, Marcos 
praticou ato excedente à sua habilitação e deve ser punido com pena de censura.
É direito do advogado dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes 
de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, 
observando-se a ordem de chegada (art. 7º, inciso VIII, do Estatuto da OAB).
O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar os atos privativos 
de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade desse (art. 3º, § 2º do 
Estatuto da OAB). Por sua vez, são atividades privativas de advocacia: a postulação a 
órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; as atividades de consultoria, assessoria e 
direção jurídicas, bem como a vistoria de atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, 
sob pena de nulidade. Além disso, o Regulamento Geral da OAB possibilita a prática de 
alguns atos pelo estagiário inscrito na OAB, isoladamente, mas sob responsabilidade do 
advogado, nos termos do artigo 29:
Regulamento Geral
Art. 29
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a 
responsabilidade do advogado:
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I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos 
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando 
receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Desse modo, caso o estagiário promova qualquer ato que extrapole sua habilitação ou 
sem observar os requisitos legais de acompanhamento e responsabilidade de advogado 
regulamente inscrito, enseja a aplicação de penalidade pela prática de infração ético-
disciplinar prevista no artigo 34, inciso XXIX, do Estatuto da OAB, sendo cabível a aplicação 
da penalidade de censura, nos termos do artigo 36, inciso I, do Estatuto da OAB.
a) Errada. É direito apenas do advogado dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas 
e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra 
condição, observando-se a ordem de chegada (art. 7º, inciso VIII, do Estatuto da OAB).
b) Errada. A atuação do estagiário não é subsidiária em relação à atuação do advogado. 
O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá praticar osatos privativos 
de advogado em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste (art. 3º, § 2º, do 
Estatuto da OAB).
c) Errada. A penalidade para o estagiário que praticar ato excedente de sua habitação é a 
de censura, nos termos do artigo 36, inciso I, do Estatuto da OAB e não a inviabilidade de 
obter sua inscrição definitiva como advogado.
Letra d.
027. 027. (FGV/X/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) O advogado João, que também é 
formado em Comunicação Social, atua nas duas profissões, possuindo uma coluna onde 
apresenta notícias jurídicas, com informações sobre atividades policiais, forenses ou 
vinculadas ao Ministério Público. Semanalmente inclui, nos seus comentários, alguns em forma 
de poesia, suas alegações forenses e os resultados dos processos sob sua responsabilidade, 
divulgando, com isso, seu trabalho como advogado.
À luz das normas estatutárias, assinale a afirmativa correta.
a) A divulgação de notícias, como aventado no enunciado, constitui um direito do advogado 
em dar publicidade aos seus processos.
b) Nos termos das regras que caracterizam as infrações disciplinares está delineada a de 
publicação desnecessária e habitual de alegações forenses ou causas pendentes.
c) Diante das novas mídias que também atingem a advocacia, o advogado pode utilizar-se 
dos meios ofertados para a divulgação de seu trabalho.
d) A situação caracteriza o chamado desvio da função de advogado, com o prejuízo à imagem 
dos clientes pela divulgação.
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De acordo com o artigo 34, inciso XIII, do Estatuto da OAB, o advogado que publicar na 
imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas 
pendentes comete infração disciplinar punível com censura (art. 36, inciso I).
Sendo assim, o advogado João, ao publicar semanalmente em sua coluna social notícias 
jurídicas com informações de suas alegações forenses e os resultados dos processos sob 
sua responsabilidade, comete infração disciplinar.
a) Errada. A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação 
de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e 
sobriedade (art. 39, CED-OAB). Além disso, de acordo com o artigo 42 do Código de Ética 
e Disciplina da OAB, é vedado ao advogado responder com habitualidade a consulta sobre 
matéria jurídica, nos meios de comunicação social (inciso I). Sendo assim, o advogado que 
publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a 
causas pendentes comete infração disciplinar punível com censura (art. 34, inciso XIII c/c 
art. 36, inciso I, do Estatuto da OAB).
c) Errada. Tendo em vista as mudanças na dinâmica social, a publicidade poderá ser veiculada 
pela internet ou por outros meios eletrônicos, como a telefonia, desde que observadas as 
diretrizes do Código de Ética e Disciplina da OAB (caráter informativo, observada a discrição 
e a sobriedade).
d) Errada. O advogado que publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações 
forenses ou relativas a causas pendentes comete infração disciplinar punível com censura 
(art. 36, inciso I) e não desvio de função, como menciona a alternativa.
Letra b.
028. 028. (FGV/X/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) O advogado Mário, para ilustrar a tese 
que desenvolvia, fez inserir, em petição por ele apresentada, citação de julgado inexistente. 
Inseriu, ainda, citação doutrinária, cujo teor foi completamente deturpado.
A respeito da hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) Mário não cometeu infração disciplinar, pois o advogado, amparado no princípio da ampla 
defesa, deve ter liberdade para defender os interesses de seus clientes da forma que achar 
conveniente.
b) Mário cometeu infração disciplinar punível com pena de censura, nos termos do EAOAB, 
e violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Mário cometeu infração disciplinar punível com pena de exclusão, nos termos do EAOAB, 
e violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Mário não cometeu infração disciplinar prevista no EAOAB, tendo apenas violado dispositivo 
do Código de Ética e Disciplina da OAB.
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Infrações e Sanções Disciplinares 
Cínthia Biesek
De acordo com o artigo 34, inciso XIV, do Estatuto da OAB, o advogado que deturpar o teor 
de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, 
documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da 
causa comete infração disciplinar punível com censura, nos termos do artigo 36, inciso I, 
do Estatuto da OAB.
a) Errada. A independência funcional do advogado é um dos princípios fundamentais da 
ética do advogado. Todavia, essa garantia não é absoluta e não autoriza o advogado a falsear 
deliberadamente a verdade e utilizar de má-fé.
c) Errada. O advogado que deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária 
ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, 
para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa comete infração disciplinar punível 
com censura, nos termos do artigo36, inciso I, do Estatuto da OAB.
d) Errada. De acordo com o artigo 34, inciso XIV, do Estatuto da OAB o advogado que 
deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de 
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou 
iludir o juiz da causa comete infração disciplinar.
Letra b.
029. 029. (FGV/IX/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) O advogado Cândido, conhecido pelas 
soluções criativas para resolver os problemas dos seus clientes, aduz, como tese defensiva, 
em ação de despejo por falta de pagamento, que a norma que autoriza tal desocupação 
forçada seria inconstitucional, pois caberia ao Estado fornecer habitação gratuita ou 
a preços módicos aos necessitados e, em caso de impossibilidade financeira, custear a 
moradia, pagando ao locador os valores devidos, a título de aluguel social.
Essa defesa foi considerada como contrária à disposição de lei que determina, como 
consequência do não pagamento dos alugueres, o despejo por falta de pagamento. Em 
razão disso, foi proferida sentença determinando a desocupação do imóvel e condenando 
o cliente do advogado Cândido ao pagamento dos alugueres devidos, bem como as demais 
verbas decorrentes da sucumbência. Além disso, determinou o magistrado a expedição de 
ofício à Ordem dos Advogados do Brasil para abertura de processo disciplinar.
Consoante as regras do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta.
a) O fato de advogar contra literal disposição de lei sem exceções, não constitui infração 
disciplinar.
b) A alegação de inconstitucionalidade descaracteriza a infração disciplinar invocada.
c) A infração disciplinar não está prevista no sistema por caracterizar delito de hermenêutica.
d) A referida infração somente pode ser considerada quando causar prejuízo ao cliente o 
que não foi o caso.
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De acordo com o artigo 34, inciso VI, do Estatuto da OAB advogar contra literal disposição 
de lei configura a prática de infração disciplinar punível com censura (art. 36, inciso I). 
Entretanto, presume-se a boa-fé do profissional quando o ato estiver fundamentado 
na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior.
a) Errada. De acordo com o artigo 34, inciso VI, do Estatuto da OAB advogar contra literal 
disposição de lei configura a prática de infração disciplinar punível com censura (art. 36, 
inciso I).
c) Errada. O Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil elencou um rol taxativo de 
situações que não devem ser praticadas pelos advogados, sob pena de cometerem infrações 
disciplinares. Ricardo Duarte Cavazzani (Responsabilidade Civil do Advogado) discorre que:
Uma vez que as infrações disciplinares são normas que restringem direito, isto é, restringem o 
direito de atuação do advogado, balizando seu campo de atuação dentro de limites éticos dessa 
profissão, são taxativamente indicados em texto legal (EAOAB), não deixando para o Código de 
Ética essa missão, visando com essa tipificação das infrações, a garantia do devido processo 
legal quando o Estado tiver de usar de seu poder sancionatório contra atos indevidos praticados 
por advogados.
d) Errada. Não é elementar da infração disciplina a existência de prejuízo, bastando a atuação 
do advogado contra literal disposição de lei.
Letra b.
030. 030. (FGV/VIII/EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) Pedro, advogado regularmente 
inscrito nos quadros da OAB, após regular processo administrativo disciplinar, é apenado 
com a sanção de exclusão por ter sido condenado pela prática de crimes contra o patrimônio, 
tendo a decisão judicial transitada em julgado. Após cumprir a pena e tendo sido a mesma 
julgada extinta pelo Juízo competente, apresenta requerimento de retorno à OAB.
Nos termos do Estatuto, deve o requerente
a) apresentar a documentação prevista para inscrição inaugural no quadro de advogados, 
além de submeter-se a novo Exame de Ordem.
b) requerer a restauração da sua inscrição anterior com os documentos previstos para a 
inscrição inaugural, sem submissão a novo Exame de Ordem.
c) indicar provas para a inscrição nos quadros da OAB que comprovem a sua capacidade 
civil apta a permitir o retorno, e os documentos para inscrição inaugural.
d) comprovar a sua reabilitação e apresentar os documentos relacionados à idoneidade 
moral.
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No Brasil, não são admitidas penas de caráter perpétuo, conforme determina a Carta 
Magna (art. 5º, inciso XLVII, alínea b). Desse modo, em consonância com essa garantia 
fundamental é permitido ao advogado que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar 
requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de 
bom comportamento.
Caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação depende 
também da correspondente reabilitação criminal, nos termos do artigo 41 do Estatuto 
da OAB.
Desse modo, Pedro faz jus à reabilitação, que pode ser concedida após um ano mediante 
provas efetivas de bom comportamento e depende também da reabilitação criminal.
a) Errada. Caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação 
depende também da correspondente reabilitação criminal, nos termos do artigo 41 do 
Estatuto da OAB, não sendo necessário apresentar a documentação prevista para inscrição 
inaugural no quadro de advogados, nem se submeter a novo Exame de Ordem.
b) Errada. O advogado poderá requerer, após um ano do cumprimento da sanção disciplinar, 
a reabilitação em face de provas efetivas de bom comportamento. Caso a sanção disciplinar 
resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da correspondente 
reabilitação criminal, nos termos do artigo 41 do Estatuto da OAB.
c) Errada. Caso a sanção disciplinar resulte da prática de crime, o pedido de reabilitação 
depende também da correspondente reabilitação criminal, nos termos do artigo 41 do 
Estatuto da OAB, não sendo necessário apresentar documentos para inscrição inaugural.
Letra d.
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	Sumário
	Apresentação
	Infrações e Sanções Disciplinares
	1. Infrações Disciplinares
	1.1. Exercer a Profissão, quando Impedido de Fazê-lo, ou Facilitar, por qualquer Meio, o seu Exercício aos não Inscritos, Proibidos ou Impedidos (Inciso I)
	1.2. Manter Sociedade Profissional Fora das Normas e Preceitos Estabelecidos nesta Lei (Inciso II)
	1.3. Valer-se de Agenciador de Causas, Mediante Participação nos Honorários a Receber (Inciso III)
	1.4. Angariar ou Captar Causas, com ou sem a Intervenção de Terceiros (Inciso IV)
	1.5. Assinar qualquer Escrito Destinado a Processo Judicial ou para fim Extrajudicial que não Tenha Feito, ou em que não Tenha Colaborado (Inciso V)
	1.6. Advogar contra Literal Disposição de Lei, Presumindo-se a Boa-Fé quando Fundamentado na Inconstitucionalidade, na Injustiça da Lei ou em Pronunciamento Judicial Anterior (Inciso VI)
	1.7. Violar, sem Justa Causa, Sigilo Profissional (Inciso VII)
	1.8. Estabelecer Entendimento com a Parte Adversa sem Autorização do Cliente ou Ciência do Advogado Contrário (Inciso VIII)
	1.9. Prejudicar, por Culpa Grave, Interesse Confiado ao seu Patrocínio (Inciso IX)
	1.10. Acarretar, Conscientemente, por Ato Próprio, a Anulação ou a Nulidade do Processo em que Funcione (Inciso X)
	1.11. Abandonar a Causa sem Justo Motivo ou antes de Decorridos Dez Dias da Comunicação da Renúncia (Inciso XI)
	1.12. Recusar-se a Prestar, sem Justo Motivo, Assistência Jurídica, quando Nomeado em Virtude de Impossibilidade da Defensoria Pública (Inciso XII)
	1.13. Fazer Publicar na Imprensa, Desnecessária e Habitualmente, Alegações Forenses ou Relativas a Causas Pendentes (Inciso XIII)
	1.14. Deturpar o Teor de Dispositivo de Lei, de Citação Doutrinária ou de Julgado, bem como de Depoimentos, Documentos e Alegações da Parte Contrária, para Confundir o Adversário ou Iludir o Juiz da Causa (Inciso XIV)
	1.15. Fazer, em Nome do Constituinte, sem Autorização Escrita deste, Imputação a Terceiro de fato Definido como Crime (Inciso XV)
	1.16. Deixar de Cumprir, no Prazo Estabelecido, Determinação Emanada do Órgão ou de Autoridade da Ordem, em Matéria da Competência desta, depois de Regularmente Notificado (Inciso XVI)
	1.17. Prestar Concurso a Clientes ou a Terceiros para Realização de Ato Contrário à Lei ou Destinado a Fraudá-la (Inciso XVII)
	1.18. Solicitar ou Receber de Constituinte qualquer Importância para Aplicação Ilícita ou Desonesta (Inciso XVIII)
	1.19. Receber Valores, da parte Contrária ou de Terceiro, Relacionados com o Objeto do Mandato, sem Expressa Autorização do Constituinte (Inciso XIX)
	1.20. Locupletar-se, por qualquer Forma, à Custa do Cliente ou da parte Adversa, por si ou Interposta Pessoa(Inciso XX)
	1.21. Recusar-se, Injustificadamente, a Prestar Contas ao Cliente de Quantias Recebidas dele ou de Terceiros por Conta dele (Inciso XXI)
	1.22. Reter, Abusivamente, ou Extraviar Autos Recebidos com Vista ou em Confiança (Inciso XXII)
	1.23. Deixar de Pagar as Contribuições, Multas e Preços de Serviços Devidos à OAB, depois de Regularmente Notificado a Fazê-lo (Inciso XXIII)
	1.24. Incidir em Erros Reiterados que Evidenciem Inépcia Profissional (Inciso XXIV)
	1.25. Manter Conduta Incompatível com a Advocacia (Inciso XXV)
	1.26. Fazer Falsa prova de qualquer dos Requisitos para Inscrição na OAB (Inciso XXVI)
	1.27. Tornar-se Moralmente Inidôneo para o Exercício da Advocacia (Inciso XXVII)
	1.28. Praticar Crime Infamante (Inciso XXVIII)
	1.29. Praticar, o Estagiário, Ato Excedente de sua Habilitação (Inciso XXIX)
	1.30. Praticar Assédio Moral, Assédio Sexual ou Discriminação (Inciso XXX)
	2. Sanções Disciplinares
	2.1. Reabilitação
	2.2. Prescrição
	Resumo
	Mapas Mentais
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito ComentadoPública direta ou 
indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do 
Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
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V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de 
qualquer natureza;
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou 
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-
lo temporariamente.
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante 
sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração 
acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
§ 3º As causas de incompatibilidade previstas nas hipóteses dos incisos V e VI do caput deste 
artigo não se aplicam ao exercício da advocacia em causa própria, estritamente para fins de 
defesa e tutela de direitos pessoais, desde que mediante inscrição especial na OAB, vedada a 
participação em sociedade de advogados. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).
§ 4º A inscrição especial a que se refere o § 3º deste artigo deverá constar do documento 
profissional de registro na OAB e não isenta o profissional do pagamento da contribuição anual, 
de multas e de preços de serviços devidos à OAB, na forma por ela estabelecida, vedada cobrança 
em valor superior ao exigido para os demais membros inscritos. (Incluído pela Lei n. 14.365, de 
2022).
 Obs.: Prezado(a), muito cuidado, os §§ 3º e 4º do artigo 28 do Estatuto, foram declarados 
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 7227, 
ocorrido em março de 2023, uma vez que a incompatibilidade do exercício da 
advocacia, mesmo em causa própria, pelos integrantes das polícias e militares 
na ativa, objetiva obstar a ocorrência de conflitos de interesse, preservar 
a necessidade de exclusividade no desempenho das atividades policiais ou 
militares, ou da função de advogado, e manter o núcleo essencial do direito à 
liberdade de profissão, que não é inviabilizado em geral, mas restrito o exercício 
concomitante de duas profissões, assegurada, contudo, a liberdade de escolha 
entre elas.
DICA
exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou 
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, 
proibidos ou impedidos pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de censura .
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1 .2 . MaNteR SocIeDaDe PRoFISSIoNaL FoRa DaS NoRMaS e PReceItoS 1 .2 . MaNteR SocIeDaDe PRoFISSIoNaL FoRa DaS NoRMaS e PReceItoS 
ESTABELECIDOS NESTA LEI (INCISO II)ESTABELECIDOS NESTA LEI (INCISO II)
A sociedade é uma espécie de corporação, dotada de personalidade jurídica, instituída 
por meio de um contrato social, com a finalidade de exercer atividade econômica e partilhar 
lucros. O contrato social, desde que devidamente registrado, é o ato constitutivo da 
sociedade. As sociedades simples equiparam-se às sociedades civis e, no seu amplo campo 
de atuação, podem ser verificadas as sociedades de profissionais liberais, instituições de 
ensino, entidades de assistência médica ou social (GAGLIANO, Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo 
Pamplona. Manual de Direito Civil, 2017).
Tendo em vista o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de advogados 
não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no Código Civil, já que, assim 
como a Ordem dos Advogados do Brasil é identificada como entidade de classe sui generis, 
a sociedade de advogados também é classificada como sociedade sui generis.
Nesse sentido, o Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que 
apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação 
de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio 
ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou 
totalmente proibida de advogar (art. 16, EOAB).
Na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, observando-
se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina da Ordem 
temos que os advogados podem se reunir (art. 15, EOAB):
• em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia; ou
• constituir sociedade unipessoal de advocacia.
O registro das sociedades deverá ser feito no Conselho da OAB, sendo, nos termos do 
§ 3º do artigo 16, proibido o registro nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e 
nas juntas comerciais.
De todo modo, é essencial que as sociedades profissionais observem as normas e 
preceitos estabelecidos no Estatuto da OAB, no Regulamento Geral da OAB, bem como 
nos Provimentos do Conselho Federal. Caso contrário, os advogados estarão sujeitos às 
penalidades da infração disciplinar.
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DICA
Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura .
1.3. VALER-SE DE AGENCIADOR DE CAUSAS, MEDIANTE PARTICIPAÇÃO NOS 1.3. VALER-SE DE AGENCIADOR DE CAUSAS, MEDIANTE PARTICIPAÇÃO NOS 
HONORÁRIOS A RECEBER (INCISO III)HONORÁRIOS A RECEBER (INCISO III)
A simples indicação do advogado ou da sociedade de advogados feita por pessoa comum 
não configura a prática da infração trazida acima, já que é elementar o recebimento de 
vantagem pecuniária por parte do agenciador.
O agenciador poderá atuar de diversas maneiras, seja por meio de panfletagem ou da 
publicidade feita em palestras e reuniões sindicais, por exemplo.
No entanto, o intuito principal da previsão dessa prática está em punir os advogados 
que se valem de terceira pessoa para angariar clientes, desmerecendo toda a categoria 
profissional, além de vincular a atividade da advocacia à mercantilização, já que a prestação 
de serviços advocatícios é oferecida como mercadoria, o que é expressamente vedado pelo 
Código de Ética e Disciplina da OAB (art. 5º).
DICA
Valer-se de agenciador de causas, mediante participação 
nos honorários a receber pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de censura .
1 .4 . aNGaRIaR ou caPtaR cauSaS, coM ou SeM a INteRVeNÇÃo De 1 .4 . aNGaRIaR ou caPtaR cauSaS, coM ou SeM a INteRVeNÇÃo De 
TERCEIROS (INCISO IV)TERCEIROS (INCISO IV)
Em complemento ao inciso anterior, agora o Estatuto busca abranger todas as 
possibilidades de captação de causas.
Como já vimos, é princípio fundamental do Código de Ética e Disciplina da OAB a vedação 
ao oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ouindiretamente, em angariar 
ou captar clientela (art. 7º, CED-AOB).
O advogado não pode oferecer seus serviços como se fosse uma mercadoria, prometendo 
resultados e oferecendo um produto final.
Lembre-se, a publicidade profissional deve possuir caráter meramente informativo, 
primando pela discrição e sobriedade (art. 39, CED-OAB).
Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017) acrescenta que:
Para o Estatuto, nenhuma forma de captação de clientela é admissível; o advogado deve 
ser procurado pelo cliente, nunca procurá-lo. A inculcação dá-se sempre de modo prejudicial à 
dignidade da profissão, seja quando o advogado se oferece diretamente ao cliente em ambientes 
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sociais, autopromovendo-se, seja quando critica o desempenho de colega que esteja com o 
patrocínio de alguma causa, seja, ainda quando se utiliza dos meios de comunicação social 
para manifestações habituais sobre assuntos jurídicos.
Em manifestações públicas, o advogado deve evitar insinuações com o sentido de 
promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista (art. 43, 
parágrafo único, CED-OAB).
DICA
Valer-se de agenciador de causas, mediante participação 
nos honorários a receber pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de censura .
1 .5 . aSSINaR QuaLQueR eScRIto DeStINaDo a PRoceSSo JuDIcIaL ou 1 .5 . aSSINaR QuaLQueR eScRIto DeStINaDo a PRoceSSo JuDIcIaL ou 
PaRa FIM eXtRaJuDIcIaL Que NÃo teNHa FeIto, ou eM Que NÃo teNHa PaRa FIM eXtRaJuDIcIaL Que NÃo teNHa FeIto, ou eM Que NÃo teNHa 
COLABORADO (INCISO V)COLABORADO (INCISO V)
Aqui, estamos diante de uma situação que pode abranger a ocorrência de outra infração, 
que seria a de facilitar o exercício ilegal da profissão de advogado, já que o profissional 
estaria possibilitando a elaboração de peças por pessoa não habilitada, uma vez que não 
inscrita nos quadros da Ordem, e estaria simulando, portanto, que é o autor da peça.
Destaca-se que o escrito não precisa integrar lide processual, mas poderá ser utilizado 
em procedimentos administrativos e extrajudiciais.
Flávio Olimpio de Azevedo em “Comentários ao Estatuto da Advocacia – 2015” traz outra 
prática irregular nesse caso:
[...] a contratação pelas partes de verdadeiros advogados “calígrafos” para promover simulação 
processual. Na realidade, o advogado é contratado apenas para assinar as petições elaboradas 
por terceiros no processo simulado, pois existe somente um único causídico que patrocina 
simultaneamente o autor e o réu, sendo comum a esta nefasta prática o conluio visando a 
fraudar credores. Este grave ato infracional, além de tipificar a conduta prevista no inciso ora 
comentado, constitui a infração de patrocínio infiel, prestação a clientes para fraudar à lei [...].
Além disso, é conveniente destacar que a conduta definida como infração pode ser 
entendida por outro viés: o de evitar a ocorrência de plágio da produção intelectual de 
outro profissional, na qual o advogado se apropria total ou parcialmente de peças elaboradas 
por outros advogados.
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DICA
assinar qualquer escrito destinado a processo judicial 
ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que 
não tenha colaborado pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de censura .
1.6. ADVOGAR CONTRA LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI, PRESUMINDO-SE A BOA-1.6. ADVOGAR CONTRA LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI, PRESUMINDO-SE A BOA-
FÉ QuaNDo FuNDaMeNtaDo Na INcoNStItucIoNaLIDaDe, Na INJuStIÇa FÉ QuaNDo FuNDaMeNtaDo Na INcoNStItucIoNaLIDaDe, Na INJuStIÇa 
DA LEI OU EM PRONUNCIAMENTO JUDICIAL ANTERIOR (INCISO VI)DA LEI OU EM PRONUNCIAMENTO JUDICIAL ANTERIOR (INCISO VI)
O advogado é indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático 
de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, 
da justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer seu ministério em consonância com sua 
elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. Portanto, é vedado ao 
advogado utilizar-se do direito e das leis para fins ilegais ou ilegítimos.
De outra parte, há presunção de boa-fé do advogado em determinadas situações, 
tendo em vista que esse não deve se calar ou se conformar com inconstitucionalidades, 
injustiças da lei ou precedentes jurisprudenciais, mas, sim, atuar para combatê-las.
DICA
advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a 
boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, 
na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura .
1.7. VIOLAR, SEM JUSTA CAUSA, SIGILO PROFISSIONAL (INCISO VII)1.7. VIOLAR, SEM JUSTA CAUSA, SIGILO PROFISSIONAL (INCISO VII)
As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10, 
CED-OAB): de um lado, o cliente deve esclarecer todos os fatos que interessam à causa ao 
advogado, mas, por outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome 
conhecimento no exercício da profissão (art. 35, CED-AOB).
O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de 1988:
CF/88
Art. 5º
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando 
necessário ao exercício profissional.
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Infrações e Sanções Disciplinares 
Cínthia Biesek
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se 
confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente (art. 36, CED-AOB), de 
modo que violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração disciplinar e o crime 
de violação de segredo profissional previsto no artigo 154 do Código Penal.
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem 
justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam 
defesa própria do advogado (art. 37, CED-OAB).
Apenas para relembrar: o dever de sigilo inclui o direito do advogado de se recusar a 
depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato 
relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou 
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 
7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
DICA
Violar, sem justa causa, sigilo profissional pode ensejar a 
aplicação da pena disciplinar de censura .
1 .8 . eStaBeLeceR eNteNDIMeNto coM a PaRte aDVeRSa SeM autoRIZaÇÃo 1 .8 . eStaBeLeceR eNteNDIMeNto coM a PaRte aDVeRSa SeM autoRIZaÇÃo 
DO CLIENTE OU CIÊNCIA DO ADVOGADO CONTRÁRIO (INCISO VIII)DO CLIENTE OU CIÊNCIA DO ADVOGADO CONTRÁRIO (INCISO VIII)
Esta infração disciplinar está intimamente ligada ao dever de honestidade e lealdade 
do profissional (art. 2º, inciso II, CED-OAB).
Ademais, é princípio fundamental da ética do advogado o dever de se abster de se 
entenderdiretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o 
assentimento deste (art. 2º, inciso VIII, alínea ‘d’, do CED-OAB).
Na prática, são duas as consequências prejudiciais dessa conduta: de um lado, a parte 
que não está sendo devidamente assistida por seu procurador poderá ser influenciada 
a aceitar condições precárias ou abdicar de seus direitos; por outro, esse entendimento 
entre as partes poderá visar a lesão ao pagamento dos honorários advocatícios devidos 
ao advogado adverso.
Além disso, devemos lembrar que a solução do litígio por qualquer mecanismo adequado 
de solução extrajudicial não permite, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários 
contratados (art. 48, § 5º, CED-OAB), bem como que, caso o cliente do advogado e a 
parte contrária firmem acordo, não serão prejudicados os honorários convencionados ou 
concedidos por sentença (art. 24, § 4º, do Estatuto da OAB).
DICA
estabelecer entendimento com a parte adversa sem 
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura .
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1 .9 . PReJuDIcaR, PoR cuLPa GRaVe, INteReSSe coNFIaDo ao Seu 1 .9 . PReJuDIcaR, PoR cuLPa GRaVe, INteReSSe coNFIaDo ao Seu 
PATROCÍNIO (INCISO IX)PATROCÍNIO (INCISO IX)
É essencial para a configuração da infração a existência de prejuízo ao cliente em razão 
da culpa grave do advogado.
O conceito de culpa grave é trazido por Paulo Lobo, em “Comentários ao Estatuto da 
Advocacia e da OAB – 2017”, da seguinte forma:
[...] uma negligencia extraordinária, superior à média da diligência comum, ou seja, não usar a 
atenção mais vulgar, não entender o que entendem todos. A culpa grave aproxima-se do dolo 
(dolu malus), mas com ele não se confunde porque falta a intenção de prejudicar. A culpa 
grave é aquela inescusável na atividade do advogado. Resulta da falta que o profissional mais 
desleixado ou medíocre não poderia cometer.
Ou seja, o advogado não poderá ser responsabilizado por perder uma demanda se para 
o deslinde o processo se empenhou, inexistindo erro inescusável.
De todo modo, segundo o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável 
pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.
Além disso, é importante mencionar mais uma vez que as esferas civil, penal e administrativa 
são independentes e, assim, o prejuízo causado poderá ser reparado na seara civil.
DICA
Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu 
patrocínio pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de 
censura .
1 .10 . acaRRetaR, coNScIeNteMeNte, PoR ato PRÓPRIo, a aNuLaÇÃo 1 .10 . acaRRetaR, coNScIeNteMeNte, PoR ato PRÓPRIo, a aNuLaÇÃo 
OU A NULIDADE DO PROCESSO EM QUE FUNCIONE (INCISO X)OU A NULIDADE DO PROCESSO EM QUE FUNCIONE (INCISO X)
O advogado deve colaborar para o bom andamento do processo. Nesse caso, a anulação 
ou a nulidade deve decorrer diretamente do ato praticado pelo advogado, já que a infração 
do inciso requer um dolo direcionado, mesmo que seja por omissão, consciente e voluntária, 
do procurador.
DICA
acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação 
ou a nulidade do processo em que funcione pode ensejar 
a aplicação da pena disciplinar de censura .
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1 .11 . aBaNDoNaR a cauSa SeM JuSto MotIVo ou aNteS De DecoRRIDoS 1 .11 . aBaNDoNaR a cauSa SeM JuSto MotIVo ou aNteS De DecoRRIDoS 
DEZ DIAS DA COMUNICAÇÃO DA RENÚNCIA (INCISO XI)DEZ DIAS DA COMUNICAÇÃO DA RENÚNCIA (INCISO XI)
A atuação do advogado quando postula, em juízo ou fora dele, está vinculada a existência 
de um mandato, no qual o constituinte confere ao advogado poderes para representá-lo 
em juízo ou na via extrajudicial (art. 5º do Estatuto da OAB).
Nada impede, todavia, que o advogado renuncie ao mandato, de acordo com a sua 
conveniência, sem menção do motivo que determinou a renúncia, exigindo-se, apenas, que 
continue representando o mandante durante 10 (dez) dias, contados da notificação da 
renúncia, salvo se for substituído antes do término desse prazo, sendo que cessará, após 
o decurso desse prazo, a responsabilidade profissional pelo acompanhamento da causa 
(art. 5º, § 3º, do Estatuto da OAB).
O Código de Ética e Disciplina da OAB recomenda que o advogado, em face de dificuldades 
insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe tenham sido solicitadas, 
não deixe ao abandono ou ao desamparadas as causas sob seu patrocínio, mas, sim, que 
renuncie ao mandato (art. 15 do CED-OAB).
A renúncia poderá ocorrer sem que o advogado explique sua motivação. Todavia, o 
advogado não está autorizado a abandonar a causa, deixando desamparado o mandante, 
sem lhe oportunizar prazo razoável para contratar procurador substituto.
A infração disciplinar, ora em comento, somente se configura se o advogado não estiver 
acobertado por uma justa causa que justifique o abandono, tal como a ocorrência de grave 
acidente que impeça o advogado de exercer a atividade da advocacia.
Nesse sentido, de acordo com o artigo 37 do Código de Ética e Disciplina da OAB, são 
circunstâncias excepcionais que configuram justa causa: grave ameaça ao direito à vida 
e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado.
DICA
abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos 
dez dias da comunicação da renúncia pode ensejar a 
aplicação da pena disciplinar de censura .
1.12. RECUSAR-SE A PRESTAR, SEM JUSTO MOTIVO, ASSISTÊNCIA JURÍDICA, 1.12. RECUSAR-SE A PRESTAR, SEM JUSTO MOTIVO, ASSISTÊNCIA JURÍDICA, 
QuaNDo NoMeaDo eM VIRtuDe De IMPoSSIBILIDaDe Da DeFeNSoRIa PÚBLIca QuaNDo NoMeaDo eM VIRtuDe De IMPoSSIBILIDaDe Da DeFeNSoRIa PÚBLIca 
(INCISO XII)(INCISO XII)
Uma das garantias fundamentais previstas na Constituição Federal de 1988 relacionada 
com a atividade dos advogados é a assistência jurídica integral e gratuita prestada pelo 
Estado aos que comprovarem insuficiência de recursos (art. 5º, inciso LXXIV, CF/88).
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A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, 
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, 
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos 
necessitados, conforme traz o artigo 134 da Constituição Federal de 1988.
De acordo com o artigo 2º, inciso XIII, do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado, 
indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, 
dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da justiça e 
da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada 
função pública.
 Obs.: Segundo o § 1º do artigo 22 do Estatuto da OAB,o advogado quando indicado para 
patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da 
Defensoria Pública, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela 
organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
Destaco que uma vez nomeado, o advogado não poderá se recusar a prestar assistência 
jurídica sem justo motivo.
DICA
Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência 
jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade 
da Defensoria Pública pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de censura .
1 .13 . FaZeR PuBLIcaR Na IMPReNSa, DeSNeceSSÁRIa e HaBItuaLMeNte, 1 .13 . FaZeR PuBLIcaR Na IMPReNSa, DeSNeceSSÁRIa e HaBItuaLMeNte, 
ALEGAÇÕES FORENSES OU RELATIVAS A CAUSAS PENDENTES (INCISO XIII)ALEGAÇÕES FORENSES OU RELATIVAS A CAUSAS PENDENTES (INCISO XIII)
Na aula passada, vimos que a publicidade profissional se afasta da mercantilização 
da profissão, da captação de clientela e possui caráter meramente informativo, bem como 
que deve primar pela discrição e sobriedade.
Ademais, estudamos as diretrizes trazidas pelo Código de Ética e Disciplina da OAB, 
que devem ser observadas pelos advogados. Dentre elas, está a vedação ao advogado de 
responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica nos meios de comunicação 
social, além de divulgar demandas de seus clientes (art. 42, incisos I e V, do CED-OAB).
A infração disciplinar visa coibir a autopromoção do advogado e ainda a captação de 
clientes. No entanto, pode o advogado participar eventualmente de programa de televisão 
ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por 
qualquer outro meio, para manifestação profissional, desde que o objetivo da manifestação 
seja exclusivamente ilustrativo, educativo e instrutivo (art. 43, CED-OAB).
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DICA
Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, 
alegações forenses ou relativas a causas pendentes pode 
ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura
1 .14 . DetuRPaR o teoR De DISPoSItIVo De LeI, De cItaÇÃo DoutRINÁRIa 1 .14 . DetuRPaR o teoR De DISPoSItIVo De LeI, De cItaÇÃo DoutRINÁRIa 
ou De JuLGaDo, BeM coMo De DePoIMeNtoS, DocuMeNtoS e aLeGaÇÕeS ou De JuLGaDo, BeM coMo De DePoIMeNtoS, DocuMeNtoS e aLeGaÇÕeS 
Da PaRte coNtRÁRIa, PaRa coNFuNDIR o aDVeRSÁRIo ou ILuDIR o JuIZ Da PaRte coNtRÁRIa, PaRa coNFuNDIR o aDVeRSÁRIo ou ILuDIR o JuIZ 
DA CAUSA (INCISO XIV)DA CAUSA (INCISO XIV)
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos 
limites desta lei (art. 2º, § 3º, do Estatuto da OAB). Entretanto, essa garantia não é absoluta 
e não autoriza o advogado a falsear deliberadamente a verdade e utilizar de má-fé (art. 
6º do CED-OAB).
É importante destacar a necessidade de dolo específico na conduta do advogado, uma 
vez que deturpação deve ocorrer com a intenção de confundir o adversário ou iludir o juiz.
Nesse sentido, Flávio Olimpio de Azevedo, em “Comentários ao Estatuto da Advocacia 
– 2015” define que:
Mas não ocorre infração disciplinar quando o causídico, durante o curso processual, por excesso 
de profissionalismo e no afã de defender seu constituinte, interpreta a doutrina, a jurisprudência 
ou depoimentos de forma tendenciosa e equivocada, contudo sem alterar maliciosamente o 
conteúdo das citações.
Ademais, não faz sentido o advogado ser penalizado pelo cometimento de erro material 
na elaboração de suas peças.
DICA
Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária 
ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e 
alegações da parte contrária, para confundir o adversário 
ou iludir o juiz da causa pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de censura .
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1 .15 . FaZeR, eM NoMe Do coNStItuINte, SeM autoRIZaÇÃo eScRIta 1 .15 . FaZeR, eM NoMe Do coNStItuINte, SeM autoRIZaÇÃo eScRIta 
DESTE, IMPUTAÇÃO A TERCEIRO DE FATO DEFINIDO COMO CRIME (INCISO XV)DESTE, IMPUTAÇÃO A TERCEIRO DE FATO DEFINIDO COMO CRIME (INCISO XV)
Um dos preceitos fundamentais da atividade da advocacia é a independência, sendo 
um dever do advogado atuar com destemor e independência (art. 2º do CED-OAB).
Além disso, o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar pela 
sua liberdade e independência (art. 4º do CED-OAB).
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, ou 
seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer 
manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade (art. 2º, § 3º, do Estatuto da OAB).
Em que pese a independência funcional do advogado ser um dos princípios fundamentais 
da ética do advogado, a infração em comento é uma exceção, em razão da gravidade da 
conduta de imputar a alguém fato definido como crime.
O artigo 138 do Código Penal traz que a imputação falsa de fato definido como crime 
constitui calúnia.
O Código de Processo Penal estabelece que a queixa poderá ser dada por procurador 
com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato do querelante e a 
menção do fato criminoso (art. 44).
No caso, o Estatuto é ainda mais abrangente, já que não se trata propriamente de 
calúnia, uma vez que para concretizar a infração disciplinar basta a imputação a terceiro, 
em nome do constituinte, sem sua autorização escrita, mesmo que o fato definido como 
crime seja verdadeiro (Paulo Lobo – Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017.
DICA
Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita 
deste, imputação a terceiro de fato definido como crime 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura .
1 .16 . DeIXaR De cuMPRIR, No PRaZo eStaBeLecIDo, DeteRMINaÇÃo 1 .16 . DeIXaR De cuMPRIR, No PRaZo eStaBeLecIDo, DeteRMINaÇÃo 
eMaNaDa Do ÓRGÃo ou De autoRIDaDe Da oRDeM, eM MatÉRIa Da eMaNaDa Do ÓRGÃo ou De autoRIDaDe Da oRDeM, eM MatÉRIa Da 
COMPETÊNCIA DESTA, DEPOIS DE REGULARMENTE NOTIFICADO (INCISO XVI)COMPETÊNCIA DESTA, DEPOIS DE REGULARMENTE NOTIFICADO (INCISO XVI)
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é uma entidade sui generis que presta serviço 
público e tem por finalidade defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático 
de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela 
rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas, 
bem como promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina 
dos advogados em toda a República Federativa do Brasil (art. 44 do Estatuto da OAB).
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São órgãos da OAB (art. 45 do Estatuto da OAB):
− o Conselho Federal;
− os Conselhos Seccionais;
− as Subseções; e
− as Caixas de Assistência dos Advogados.
A composição e a atribuição de cada um dos órgãos citados acima serão estudadasem breve, mas, por ora, você precisa entender que a infração em estudo será cometida 
pelo advogado somente se a determinação for expedida por membro competente para 
tal exigência. Ainda, faz-se necessária a adequação da exigência às normas estatutárias.
Parece evidente, mas o advogado deverá ser devidamente notificado e a ele deverá 
ser concedido prazo razoável para cumprimento.
DICA
Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação 
emanada do órgão ou de autoridade da ordem, em matéria 
da competência desta, depois de regularmente notificado 
pode ensejar a aplicação da pena disciplinar de censura .
1 .17 . PReStaR coNcuRSo a cLIeNteS ou a teRceIRoS PaRa ReaLIZaÇÃo 1 .17 . PReStaR coNcuRSo a cLIeNteS ou a teRceIRoS PaRa ReaLIZaÇÃo 
DE ATO CONTRÁRIO À LEI OU DESTINADO A FRAUDÁ-LA (INCISO XVII)DE ATO CONTRÁRIO À LEI OU DESTINADO A FRAUDÁ-LA (INCISO XVII)
É um preceito ético fundamental o dever do advogado de abster-se de emprestar 
concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa 
humana, além de adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável 
à administração da Justiça, o que vai de encontro com o concurso na realização de ato 
contrário à lei (art. 2º, inciso VIII, alínea c e X, do CED-OAB).
Mais uma vez, estamos diante de uma infração que exige dolo específico, considerando 
que o advogado deverá participar do ato com a intenção de subverter a aplicação da lei ou 
fraudá-la.
Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB, 2017) esclarece a infração 
estabelecendo que “O advogado defende o criminoso, mas não pode ser instrumento 
do crime”.
DICA
Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização 
de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la pode ensejar 
a aplicação da pena disciplinar de suspensão .
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1 .18 . SoLIcItaR ou ReceBeR De coNStItuINte QuaLQueR IMPoRtÂNcIa 1 .18 . SoLIcItaR ou ReceBeR De coNStItuINte QuaLQueR IMPoRtÂNcIa 
PaRa aPLIcaÇÃPaRa aPLIcaÇÃO ILÍCITA OU DESONESTA (INCISO XVIII)O ILÍCITA OU DESONESTA (INCISO XVIII)
O importante a ser destacado é que, para configurar a infração, o advogado poderá 
simplesmente receber valores do constituinte para aplicação ilícita ou desonesta, bem como 
resta configurada quando o advogado solicita valores para aplicação ilícita ou desonesta, 
independentemente do efetivo fornecimento do valor pelo constituinte.
DICA
Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância 
para aplicação ilícita ou desonesta pode ensejar a aplicação 
da pena disciplinar de suspensão .
1 .19 . ReceBeR VaLo1 .19 . ReceBeR VaLoReS, Da PaRte coNtRÁRIa ou De teRceIRo, ReS, Da PaRte coNtRÁRIa ou De teRceIRo, 
ReLacIoNaDoS coM o oBJeto Do MaNDato, SeM eXPReSSa autoRIZaÇÃo ReLacIoNaDoS coM o oBJeto Do MaNDato, SeM eXPReSSa autoRIZaÇÃo 
DO CONSTITUINTE (INCISO XIX)DO CONSTITUINTE (INCISO XIX)
Lembre-se de que uma das infrações disciplinares trazidas pelo artigo é o entendimento 
com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário (inciso VIII).
Agora, estamos diante de uma situação em que o constituinte não autoriza 
expressamente o entendimento com a parte adversa, sendo que o acordo não precisa 
ser necessariamente prejudicial à parte, mas o recebimento de valores, seja da parte 
contrária ou de um terceiro, viola o fundamento ético da confiança recíproca existente 
na relação entre advogado e cliente (art. 10, CED-OAB).
Nesse sentido, Flávio Olimpio de Azevedo (Comentários ao Estatuto da Advocacia, 2015) 
menciona que:
A conduta infratora do inciso XIX caracteriza-se sob dois prismas. Sob o primeiro, o advogado 
recebe valores da parte contrária relacionados ao objeto do mandato outorgado, visando a 
beneficiar o seu constituinte, sem autorização deste. Por exemplo, para pôr fim a determinada 
lide, pactua acordo vantajoso com a parte contrária, recebe os valores pactuados e presta contas 
ao cliente. É forma branda do ato infracional.
Sob outro prisma, comete infração disciplinar gravíssima, em detrimento do cliente, quando 
recebe valores da parte contrária para lesar os interesses deste em determinada ação, podendo 
até ser apenado com a exclusão dos quadros da OAB, por tipificar conduta incompatível com 
a advocacia, danosa à reputação e à dignidade da classe, sem prejuízo das consequências de 
natureza penal pelo patrocínio infiel (art. 355 do Código Penal).
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DICA
Receber valores, da parte contrária ou de terceiro, 
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa 
autorização do constituinte pode ensejar a aplicação da 
pena disciplinar de suspensão .
1.20. LOCUPLETAR-SE, POR QUALQUER FORMA, À CUSTA DO CLIENTE OU 1.20. LOCUPLETAR-SE, POR QUALQUER FORMA, À CUSTA DO CLIENTE OU 
DA PARTE ADVERSA, POR SI OU INTERPOSTA PESSOA (INCISO XX)DA PARTE ADVERSA, POR SI OU INTERPOSTA PESSOA (INCISO XX)
O significado de locupletar é enriquecer, tornar-se rico (Michaelis). Nesse contexto, o 
locupletamento é ilícito, pois o advogado, pessoalmente ou por intermédio de terceira 
pessoa, enriquece às custas de seu cliente ou da parte contrária.
Como exemplos de locupletamento, Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia 
e da OAB – 2017) cita:
a) quando obtém proveito desproporcional com os serviços prestados; b) quando cobra 
honorários abusivos, colocando o cliente em desvantagem exagerada; c) quando participa 
vantajosamente no resultado financeiro ou patrimonial do caso; d) quando obtém vantagens 
excedentes do contrato de honorários nele não previstas; e) quando se apropria ou transfere 
para si, abusando do mandato, bens ou valores que seriam do cliente ou a ele destinados; [...]
A consumação do delito ocorre no momento em que o advogado se apropria dos bens 
e/ou valores indevidos.
DICA
Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou 
da parte adversa, por si ou interposta pessoa pode ensejar 
a aplicação da pena disciplinar de suspensão .
1.21. RECUSAR-SE, INJUSTIFICADAMENTE, A PRESTAR CONTAS AO CLIENTE 1.21. RECUSAR-SE, INJUSTIFICADAMENTE, A PRESTAR CONTAS AO CLIENTE 
DE QUANTIAS RECEBIDAS DELE OU DE TERCEIROS POR CONTA DELE (INCISO DE QUANTIAS RECEBIDAS DELE OU DE TERCEIROS POR CONTA DELE (INCISO 
XXI)XXI)
O Código de Ética e Disciplina da OAB dispõe que o advogado deverá prestar contas 
pormenorizadas dos valores recebidos em favor do seu constituinte.
A prestação de contas poderá ocorrer sempre que requerida pelo cliente ou com a 
conclusão ou desistência da causa. Ademais, a conclusão ou desistência da causa obriga o 
advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados 
e ainda estejam em seu poder (art. 12).
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É importante destacar que a conduta do advogado poderá se enquadrar no delito de 
apropriação indébita,disposto no artigo 168 do Código Penal.
Além do mais, caso o cliente se recuse a receber valores e a prestação de contas, o 
advogado deverá promovê-la judicialmente por meio de ação própria, a fim de evitar a 
responsabilização disciplinar.
Ainda, Flávio Olimpio de Azevedo (Comentários ao Estatuto da Advocacia, 2015) 
acrescenta que “Prestação, comprovada nos autos, efetuada depois da instauração de 
procedimento disciplinar não afasta a infração ético-disciplinar, mas constitui situação 
atenuante considerável [...]”.
DICA
a penalidade aplicável ao caso, como veremos adiante, é 
a suspensão, que perdura até que o advogado satisfaça 
integralmente a dívida, inclusive com correção monetária 
(art . 37, inciso I c/c § 2º, do estatuto da oaB) .
1 .22 . ReteR, aBuSIVaMeNte, ou eXtRaVIaR autoS ReceBIDoS coM VISta 1 .22 . ReteR, aBuSIVaMeNte, ou eXtRaVIaR autoS ReceBIDoS coM VISta 
OU EM CONFIANÇA (INCISO XXII)OU EM CONFIANÇA (INCISO XXII)
A retenção abusiva ocorre com a posse dos autos recebidos com vista ou em confiança 
além do prazo legal estabelecido para devolução, com o dolo específico e o efetivo prejuízo 
ao andamento do processo e/ou a produção de provas.
Do mesmo modo, o extravio dos autos deve decorrer de ato doloso, causando efetivo 
prejuízo, conforme dispõe Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB, 2017):
A segunda hipótese é a do extravio dos autos. Aqui também a marca da intencionalidade se 
impõe, acrescida de culpabilidade. No plano punitivo, não basta o fato objetivo do extravio 
dos autos, pois a intenção de fazê-lo há de estar provada ou inferida inquestionavelmente 
das circunstâncias. Outras são as consequências no plano da responsabilidade civil ou do direito 
processual. A responsabilidade imputável ao profissional é sempre a responsabilidade com culpa.
A infração disciplinar cometida pelo advogado poderá configurar ilícito penal, tipificado 
no artigo 356 do Código Penal, por sonegação de papel ou objeto de valor probatório:
Código Penal
Art. 35. Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de 
valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador: Pena – detenção, de 
seis meses a três anos, e multa.
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Entretanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu que é essencial para a configuração do 
delito que o advogado seja devidamente intimado pelo juízo para que proceda a restituição 
dos autos e não o faça:
JURISPRUDÊNCIA
SONEGAÇÃO DE AUTOS. ADVOGADO ACUSADO DE HAVER DEIXADO DE RESTITUIR 
AUTOS, INCORRENDO, SEGUNDO A DENUNCIA, NO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 356 DO 
CÓDIGO PENAL. PARA A CONFIGURAÇÃO DESSE DELITO NÃO BASTA, CONTUDO, QUE 
O ADVOGADO HAJA RETIDO OS AUTOS ALÉM DO PRAZO LEGAL. CRIME QUE SOMENTE 
SE CONSUMA PELO NÃO ATENDIMENTO DE INTIMAÇÃO DO JUIZ PARA RESTITUIR OS 
AUTOS, OMISSAO QUE CARACTERIZA A RECUSA, PELA QUAL O CRIME SE CONSUMA. 
RECURSO PROVIDO. (RHC 53934 DF, 2ª Turma, Min, Leitão de Abreu, DJ 26/12/1975).
O Código de Processo Civil, por sua vez, estabelece que se o advogado não devolver 
os autos no prazo de 3 (três) dias após intimado, o juiz comunicará o fato à OAB para 
procedimento disciplinar e imposição de multa (art. 234).
DICA
Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com 
vista ou em confiança pode ensejar a aplicação da pena 
disciplinar de suspensão .
1 .23 . DeIXaR De PaGaR aS coNtRIBuIÇÕeS, MuLtaS e PReÇoS De SeRVIÇoS 1 .23 . DeIXaR De PaGaR aS coNtRIBuIÇÕeS, MuLtaS e PReÇoS De SeRVIÇoS 
DEVIDOS À OAB, DEPOIS DE REGULARMENTE NOTIFICADO A FAZÊ-LO (INCISO DEVIDOS À OAB, DEPOIS DE REGULARMENTE NOTIFICADO A FAZÊ-LO (INCISO 
XXIII)XXIII)
O advogado regularmente inscrito nos quadros da Ordem fica incumbido do pagamento 
de anuidades, contribuições, multas e preços de serviços fixados pelo Conselho Seccional 
(art. 55 Regulamento Geral do Estatuto da OAB).
A literalidade do artigo 37, inciso I, c/c § 2º, do Estatuto da OAB prevê a penalidade 
aplicável ao caso, como veremos adiante, é a suspensão, que perdura até que o advogado 
satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária. Todavia, em abril de 
2020, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Especial n. 647885, apreciando 
o tema 732 da repercussão geral, declarou a inconstitucionalidade do art. 34, XXIII e do 
art. 37, § 2º da Lei N. 8.906/1994, fixando a seguinte tese:
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JURISPRUDÊNCIA 
TEMA 732 – Repercussão geral – STF
“É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional 
do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida 
consiste em sanção política em matéria tributária”.
(Plenário, Sessão Virtual de 17.4.2020 a 24.4.2020).
O entendimento da Corte firmou-se, em suma, em razão do entendimento de que 
as anuidades cobradas pelos conselhos profissionais se caracterizam como tributos da 
espécie contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da 
Constituição da República e que a sanção de suspensão inviabilizaria injustificadamente o 
exercício pleno de atividade econômica ou profissional pelo sujeito passivo de obrigação 
tributária, sendo a medida desproporcional e caracterizada como sanção política em 
matéria tributária.
1 .24 . INcIDIR eM eRRoS ReIteRaDoS Que eVIDeNcIeM INÉPcIa PRoFISSIoNaL 1 .24 . INcIDIR eM eRRoS ReIteRaDoS Que eVIDeNcIeM INÉPcIa PRoFISSIoNaL 
(INCISO XXIV)(INCISO XXIV)
O Código de Ética e Disciplina da OAB considera imperativo de uma correta atuação 
profissional o emprego da linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa 
técnica jurídica (art. 28).
De acordo com Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB, 2017):
Dá-se o tipo quando: a) há erros grosseiros de técnica jurídica ou de linguagem; b) há reiteração. 
Erros isolados não concretizam o tipo. No entanto, a reiteração pode emergir de uma única peça 
profissional, quando os erros se acumulem de forma evidente, embora seja recomendável o 
cotejo com mais de uma.
A penalidade, como veremos adiante, é a suspensão do exercício da profissão, conforme 
determina o artigo 37, inciso I, do Estatuto da OAB, que perdura até que o advogado seja 
aprovado novamente em exame de habilitação aplicado pela Ordem (§ 3º do artigo 37 do 
Estatuto da OAB).
Ademais, é importante frisar que, durante a suspensão, a atividade da advocacia 
não poderá ser exercida, sob pena de exercício ilegal da profissão (artigo 47 da Lei de 
Contravenções Penais c/c artigo 4º do Regulamento Geral da OAB).
DICA
Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia 
profissional pode ensejar a aplicação da pena disciplinar 
de suspensão .
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1 .25 . MaNteR1 .25 . MaNteR CONDUTA INCOMPATÍVEL COM A ADVOCACIA (INCISO XXV) CONDUTA INCOMPATÍVEL COM A ADVOCACIA(Inciso XX)
	1.21. Recusar-se, Injustificadamente, a Prestar Contas ao Cliente de Quantias Recebidas dele ou de Terceiros por Conta dele (Inciso XXI)
	1.22. Reter, Abusivamente, ou Extraviar Autos Recebidos com Vista ou em Confiança (Inciso XXII)
	1.23. Deixar de Pagar as Contribuições, Multas e Preços de Serviços Devidos à OAB, depois de Regularmente Notificado a Fazê-lo (Inciso XXIII)
	1.24. Incidir em Erros Reiterados que Evidenciem Inépcia Profissional (Inciso XXIV)
	1.25. Manter Conduta Incompatível com a Advocacia (Inciso XXV)
	1.26. Fazer Falsa prova de qualquer dos Requisitos para Inscrição na OAB (Inciso XXVI)
	1.27. Tornar-se Moralmente Inidôneo para o Exercício da Advocacia (Inciso XXVII)
	1.28. Praticar Crime Infamante (Inciso XXVIII)
	1.29. Praticar, o Estagiário, Ato Excedente de sua Habilitação (Inciso XXIX)
	1.30. Praticar Assédio Moral, Assédio Sexual ou Discriminação (Inciso XXX)
	2. Sanções Disciplinares
	2.1. Reabilitação
	2.2. Prescrição
	Resumo
	Mapas Mentais
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado

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