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AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL
Renata Costa de 
Miranda
Diagnósticos de nutrição
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reproduzir a definição e a proposta de trabalho dos diagnósticos 
de nutrição.
  Identificar os métodos de avaliação necessários para a determinação 
dos diagnósticos de nutrição.
  Descrever os componentes dos diagnósticos de nutrição.
Introdução
O diagnóstico nutricional é a segunda etapa da sistematização do cuidado 
em nutrição de indivíduos e coletividades. Ele é precedido pela avaliação 
nutricional, sucedido pela intervenção e o monitoramento nutricional. 
Para a definição do diagnóstico nutricional, que compete ao profissional 
nutricionista, a avaliação do estado nutricional deverá ser realizada por 
um conjunto de métodos. Estes recursos de avaliação nutricional englo-
bam o histórico geral e alimentar do indivíduo, além dos exames físico, 
bioquímico e a antropometria. 
Neste capítulo, você irá estudar a definição e a proposta de trabalho 
dos diagnósticos em nutrição, bem como, distinguir os métodos de 
avaliação e os componentes desse processo.
Definição de diagnóstico nutricional
O diagnóstico nutricional se apresenta como o ato de identifi car uma doença 
ou condição nutricional, a partir de sinais e sintomas, investigando ou ana-
lisando as causas ou, ainda, a natureza da condição, situação ou problema. 
Para a determinação de um diagnóstico nutricional, se tem a necessidade da 
existência predefi nida das potenciais causas para tais condições, bem como 
critérios (sinais e sintomas), a fi m de se possibilitar uma comparação (ACA-
DEMY OF NUTRITION AND DIETETICS, 2017).
O diagnóstico nutricional é um passo crítico, realizado ao final da avaliação 
nutricional de indivíduos e coletividades, é anterior à intervenção nutricional. 
Portanto, está presente na rede de cuidados em nutrição, em que constam, 
também, a triagem nutricional, caracterizada como a primeira etapa da siste-
matização da assistência nutricional, além da intervenção nutricional, seguida 
pelo acompanhamento nutricional. Já, o risco nutricional é uma condição 
estabelecida pela triagem nutricional e, caso esteja presente, parte-se para a 
avaliação nutricional que, incorporando outras informações além dos dados de 
triagem nutricional, definirá o estado nutricional, finalmente, direcionando o 
planejamento dietoterápico e o seu monitoramento (FIDÉLIX, 2014; MAHAN; 
ESCOTT-STUMP, 2012). 
Os problemas de cunho alimentar e nutricional existentes no indivíduo 
ou população são estabelecidos, a partir de um diagnóstico nutricional. Os 
diagnósticos em nutrição se dão quando o problema se encontra instalado, 
assim como, em casos de risco ou potencial chance de desenvolvimento.
O diagnóstico nutricional está presente em todos os níveis de assistência em 
nutrição, seja no atendimento ambulatorial ou no atendimento hospitalar. Por 
vezes, ele deverá ser realizado com maior frequência e, por outras, com menor 
regularidade. Esta frequência é aumentada com relação ao aumento do nível 
de complexidade, ou seja, quanto mais grave e vulnerável o paciente, menor 
o intervalo de tempo em que o diagnóstico nutricional deverá ser realizado. 
Os diagnósticos de nutrição devem ser diferenciados dos diagnósticos 
médicos, já que há incompreensão e confusão entre os dois tipos de diag-
nóstico. Os diagnósticos médicos são aqueles realizados, exclusivamente, 
pelo profissional médico, que identifica determinada patologia ou alteração 
de funções fisiológicas do corpo humano, podendo ser prevenida ou tratada. 
No caso dos diagnósticos de nutrição, a condição apresentada pelo sujeito 
ou grupo está diretamente associada à sua situação alimentar e nutricional. 
Pode acontecer desta condição coexistir com uma patologia que possui, até 
mesmo, outro diagnóstico na área médica. Os diagnósticos nutricionais são 
de competência do profissional nutricionista e, de maneira geral, são passíveis 
de serem solucionados, a partir da intervenção dietoterápica. No diagnóstico 
médico, sua determinação permanece inalterada enquanto a doença se encontra 
presente. Já, o diagnóstico nutricional é mais dinâmico, pode variar conforme 
a evolução da situação alimentar e nutricional, ainda que haja a manutenção 
da doença de base (FIDÉLIX, 2014).
Diagnósticos de nutrição2
Com relação à diferenciação entre os diagnósticos médico e nutricional, será citado 
como exemplo, um indivíduo que apresenta esclerose múltipla como diagnóstico 
médico e no diagnóstico nutricional possui desnutrição proveniente da ingestão 
inadequada de energia ocasionada, por sua vez, pela dificuldade de deglutição. Assim, 
como resposta ao tratamento dietoterápico adequado ao paciente diagnosticado com 
esclerose múltipla, ele teve o seu diagnóstico nutricional alterado para uma condição 
de normalidade (eutrofia). 
Ainda hoje, os diagnósticos na área da nutrição são, predominantemente, 
baseados em situações como a desnutrição e a obesidade. Estas são, contudo, 
formas simplórias e reducionistas de diagnosticar as condições de alimentação 
e nutrição de indivíduos e coletividades. Os diagnósticos nutricionais devem 
ser estabelecidos de forma mais completa, com foco não somente em aspectos 
relacionados à depleção ou ao aumento de reservas corporais, como também, 
em fatores mais específicos que se relacionem, por exemplo, à ingestão es-
pecífica de nutrientes, além das condições clínicas e comportamentais dos 
sujeitos (ACADEMY OF NUTRITION AND DIETETICS, 2017).
Padronização do diagnóstico nutricional 
Em 2006, foi lançado um modelo para a padronização mundial de diagnós-
ticos nutricionais proposto pela Associação Americana de Dietética (ADA). 
A padronização fomenta uma melhoria em relação à comunicação entre os 
profi ssionais da saúde, à qualidade da assistência, à gestão, à documenta-
ção dos atendimentos realizados, além de favorecer o andamento sequencial 
dos processos de cuidado em nutrição, como a intervenção nutricional e seu 
monitoramento.
Diversos países adotaram a padronização para o diagnóstico nutricional. No 
caso do Brasil, desde 2014 que a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) 
publicou a padronização e passou a aderir a tal medida, de seus materiais 
oficiais. 
A padronização divide o diagnóstico nutricional em três diferentes aspectos: 
ingestão, nutrição clínica e nutrição comportamental. O domínio ingestão 
refere-se ao consumo excessivo ou inadequado, real ou estimado, em relação às 
recomendações diárias e de acordo com as especificidades relativas ao sexo, à 
3Diagnósticos de nutrição
idade e ao grupo populacional. O domínio que se relaciona à nutrição clínica, 
diz respeito a condições médicas ou clínicas fora da normalidade. De acordo 
com o comportamento nutricional e o ambiente, se tem o conhecimento, as 
atitudes, as crenças, o ambiente físico, o acesso à alimentação e a segurança 
alimentar como características desse domínio. Em cada um deles, existem 
classes e subclasses que abordam características mais específicas relativas à 
situação alimentar e nutricional de indivíduos e populações.
Os diagnósticos estão concentrados, em sua maioria, no domínio ingestão. 
Não há impedimento para que um determinado indivíduo possa apresentar 
mais de um diagnóstico, pode-se, inclusive, receber dois ou três diagnósticos 
diferentes, dependendo de sua gravidade. No entanto, é orientado um desen-
corajamento de determinação superior a três diagnósticos concomitantes. Os 
diagnósticos devem levar em consideração, não apenas, à gravidade do caso, 
mas também, os recursos disponíveis para o seu tratamento. O diagnóstico 
padronizado contempla, ainda, uma situação em que o paciente não apresente 
diagnóstico definido, mesmo após a concretização da avaliação nutricional.
Assim, os diagnósticos padronizados devem se basear em dados da ava-
liação nutricional que sejam precisos e de confiança, sendo, também, dire-
cionados ao paciente, relacionando as etiologiasaos problemas apresentados. 
Para cada diagnóstico estabelecido, existirá um código (sigla) associado ao 
domínio (Ingestão: IN; Nutrição Clínica: NC; Comportamento/Ambiente 
Nutricional: CN). As classes e subclasses, por sua vez, são representadas por 
algarismos arábicos, assim como ocorre com a Classificação Internacional 
de Doenças (CID), no caso do diagnóstico médico (AMERICAN DIETETIC 
ASSOCIATION, 2006; ACADEMY OF NUTRITION AND DIETETICS, 
2017; FIDÉLIX, 2014). Agora, acompanhe na Figura 1 um formulário para 
diagnóstico padronizado:
Diagnósticos de nutrição4
Figura 1. Padronização dos diagnósticos de nutrição.
Fonte: Academy of Nutrition and Dietetics, adaptado por Fidélix (2014).
5Diagnósticos de nutrição
Figura 1 (continuação). Padronização dos diagnósticos de nutrição.
Fonte: Academy of Nutrition and Dietetics, adaptado por Fidélix (2014).
Diagnósticos de nutrição6
Ainda, que haja esse modelo de padronização mundial, os diagnósticos em 
nutrição no país variam consideravelmente, principalmente, de acordo com 
o profissional nutricionista que o realiza. Logo, tais diagnósticos pecam na 
estandardização, dificultando o alcance dos benefícios que a proposta traria 
para a assistência nutricional. Um diagnóstico adequado exige um certo grau 
de experiência do profissional nutricionista com o modelo proposto, além do 
senso crítico em relação a todos os procedimentos realizados na avaliação 
nutricional. Pode-se observar, contudo, que há um desconhecimento ou falta 
de familiaridade com os códigos e as definições estabelecidas, limitando a 
utilização da padronização (ACADEMY OF NUTRITION AND DIETETICS, 
2017; FIDÉLIX, 2014).
Métodos de avaliação do estado de nutrição
A realização da investigação do estado nutricional divide-se em dois métodos: 
clínico e epidemiológico. O método clínico diz respeito às estratégias de 
investigação, baseando-se em manifestações puramente biológicas e exclusiva-
mente individuais. Um profi ssional nutricionista se utiliza do método clínico, 
principalmente, em ambientes como ambulatórios e hospitais. A aplicação dos 
conhecimentos adquiridos, a partir das ciências naturais, é prioridade neste 
método, dispensando qualquer identifi cação das causas e processos sociais 
que podem vir a ocasionar determinado problema nutricional. 
No que tange ao método epidemiológico de investigação, este se debruça 
nos conhecimentos das ciências sociais para estudar o estado nutricional de 
grupos populacionais e coletividades. Apesar de apresentar algumas carac-
terísticas semelhantes ao método clínico, o método epidemiológico é mais 
amplo, já que procura explicar não somente as consequências das condições 
alimentares e nutricionais, mas, especialmente as relações causais estabe-
lecidas por trás do problema. Neste contexto se encontra o nutricionista em 
saúde coletiva que, como pano de fundo para seu trabalho, faz do domicílio 
do paciente, o ambiente propício para a utilização do método. De posse de 
informações reais sobre o estilo de vida, moradia, condição socioeconômica 
e sanitária do paciente, família e vizinhança, o nutricionista possui maiores 
chances de realizar uma intervenção eficaz (VASCONCELOS, 2008).
Independentemente, do método clínico ou epidemiológico de investigação, 
o diagnóstico nutricional envolve diferentes métodos de avaliação, passando 
pela análise de dados clínicos, antropométricos, dietéticos e, até, bioquímicos. 
A partir do momento que os instrumentos utilizados para a avaliação do estado 
7Diagnósticos de nutrição
nutricional evoluem, o estabelecimento do diagnóstico de nutrição se torna 
mais completo e certeiro.
A análise isolada de cada parâmetro, como por exemplo, a interpretação de 
um exame laboratorial, de um inquérito alimentar e das avaliações clínica e 
antropométrica não reflete o diagnóstico nutricional global de um paciente ou 
grupo populacional. Este diagnóstico só ocorre de forma adequada e precisa, 
quando todos esses parâmetros estão associados (FIDÉLIX, 2014).
Com base na avaliação dos indicadores nutricionais e nas causas do pro-
blema nutricional, pode-se realizar um diagnóstico nutricional. Assim, os 
indicadores são as medidas relativas ao estado alimentar e nutricional dos 
indivíduos ou coletividades, que são postos em confronto com as medidas 
encontradas em uma população específica e saudável, os chamados padrões 
de normalidade ou valores de referência. 
Os métodos de avaliação necessários para a determinação do diagnóstico 
em nutrição são: história nutricional global; história alimentar; exame físico 
nutricional; antropometria e composição corporal; exames bioquímico nu-
tricional e metabólico. Ainda, estes métodos podem ser classificados como 
diretos ou objetivos e indiretos ou subjetivos. O método direto ou objetivo 
considera a avaliação antropométrica ou da composição corporal e a avaliação 
laboratorial. Eles estão intimamente relacionados às manifestações biológicas 
do problema propriamente dito. O histórico nutricional, a avaliação dietética 
e o exame físico, por sua vez, podem ser considerados como métodos indi-
retos ou subjetivos. O conjunto do histórico e do exame físico do paciente, 
também, pode ser chamado de avaliação clínica e se relaciona com os sinais 
e sintomas envolvidos no problema nutricional (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 
2012; VASCONCELOS, 2008). A seguir, os métodos de avaliação do estado 
nutricional serão abordados considerando-se o diagnóstico nutricional: 
Antropometria e composição corporal
As medidas antropométricas e de composição corporal visam a avaliar as 
dimensões e os compartimentos corporais, respectivamente, comparando-os 
com valores de referência a fi m de auxiliar na defi nição global do estado nu-
tricional. Este método é capaz de refl etir a situação alimentar e nutricional de 
um sujeito a médio e longo prazo, a partir da depleção ou excesso de reservas 
ou, ainda, a partir do defi cit de desenvolvimento. A antropometria, método de 
cunho qualitativo, é majoritariamente aplicado em função de sua simplicidade 
e baixo custo, podendo ser utilizado tanto na prática clínica, como em estudos 
populacionais. Em muitas situações, a determinação do estado nutricional, 
Diagnósticos de nutrição8
com base em instrumentos antropométricos, pode ser sufi ciente, até mesmo, no 
contexto clínico individual, dispensando a necessidade de equipamentos caros 
e de difícil acesso. Isso ocorre, principalmente, em casos em que é notória a 
presença de problemas nutricionais bem defi nidos, como a desnutrição ou a 
obesidade. Em situações mais discretas, diante das possibilidades, se pode, 
contudo, fazer uso de técnicas de composição corporal mais sofi sticas. Tais 
técnicas, porém, são comumente exploradas em estudos científi cos, pois 
propiciam a ampliação do conhecimento sobre o assunto e o desenvolvimento 
de técnicas mais simples para uso na população como um todo (VITOLO, 
2008; FIDÉLIX, 2014). 
Exame bioquímico 
Os exames laboratoriais ou bioquímicos, na área da nutrição, fazem parte de 
um método, ainda, mais objetivo e sensível da situação alimentar e nutricional 
de um indivíduo ou coletividades. Neste método, a análise de fl uidos corporais, 
como sangue, saliva e urina, revela as quantidades de certos nutrientes ou de 
seus metabólitos. 
Por vezes, este recurso é requerido com base na observação de sinais e 
sintomas envolvidos em inadequações nutricionais. Todavia, sabe-se que 
diversas alterações bioquímicas são manifestadas clinicamente apenas a 
longo prazo ou em situações avançadas. Assim, elas são mais recorrentes na 
prática clínica do que em estudos populacionais, devido ao elevado custo. 
Os exames de laboratório se configuram como imprescindíveis durante o 
tratamento de indivíduos internados, já que representam um feedback com 
relação à intervenção nutricional que está sendo realizada. 
A avaliação bioquímica global investiga os componentes viscerais (órgãos 
e estruturas) e somáticos (tecidos muscular e adiposo) do corpo humano.Ge-
ralmente, a análise inicial, solicitada na investigação bioquímica, diz respeito 
à concentração proteica, ou seja, ao estado proteico do indivíduo por causa de 
sua associação à desnutrição. Além desse parâmetro é, também, analisado o 
perfil inflamatório, uma vez que sua associação à gravidade das patologias 
e ao consequente risco de desnutrição independe das reservas somáticas. 
Marcadores da resposta imunológica, ainda, estão relacionados à presença 
da desnutrição e podem ser analisados no método.
Com relação às carências nutricionais, vitaminas, minerais e aos marcadores 
associados, eles podem ser avaliados laboratorialmente para compor o diagnós-
tico nutricional. O perfil lipídico é um foco de análise bioquímica no âmbito 
do estado nutricional, pois pode indicar o risco de doenças cardiovasculares.
9Diagnósticos de nutrição
É importante ressaltar que determinadas condições críticas de saúde, como 
alterações na hidratação, modificam os resultados da análise bioquímica dos 
pacientes, cabendo, portanto, uma interpretação atenta e ponderada em relação 
à extrapolação das análises para a situação alimentar e nutricional do paciente 
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2012; FIDÉLIX, 2014).
História nutricional 
A história nutricional global de indivíduos e coletividades, também, conhecida 
como anamnese, se refere às informações demográfi cas, socioeconômicas e 
culturais, bem como às condições de saúde e nutrição, incluindo o momento 
presente e o passado. O conhecimento das condições de saúde e nutrição da 
família do sujeito em avaliação, se faz importante, basicamente pelos fatores 
genéticos associados.
Qualquer informação que possa estar relacionada ao problema nutricional 
em investigação prcisa ser indagada com o intuito de aprofundar o entendi-
mento de fatores que podem estar envolvidos diretamente ou indiretamente, no 
caso. Estas informações são reveladas na entrevista, à medida que o profissional 
as estimula, com base em questionamentos que, muitas vezes, são padronizados 
e constam nos prontuários de atendimento. Existem questionários específicos 
e validados envolvendo qualidade de vida, comportamento, atividade física, 
entre outros que, também, podem ser aplicados com o intuito de complementar 
a anamnese. As questões são respondidas pelo próprio indivíduo, pela família 
ou cuidadores envolvidos nas atividades diárias do paciente. A confiabilidade 
do método depende da veracidade e precisão com que as informações são 
fornecidas. O alcance de um bom resultado dependerá da qualidade na co-
municação e interação obtida entre as duas partes participantes na entrevista. 
A partir da história nutricional são abordados diversos indicadores, também, 
chamados de condicionantes ou explicativos, já que auxiliam na compreensão 
das possíveis causas do problema nutricional. O método é capaz, ainda, de 
fornecer subsídio para o planejamento de medidas de intervenção passíveis de 
serem realizadas pelo indivíduo, possibilitando, assim, o sucesso no tratamento 
(FIDÉLIX, 2014; VASCONCELOS, 2008).
História alimentar
Este método busca compreender as características relativas ao consumo ali-
mentar de indivíduos e de grupos populacionais a fi m de contextualizar o 
aspecto alimentar do diagnóstico do estado nutricional. Tem como objetivo 
Diagnósticos de nutrição10
avaliar, seja a quantidade ou a qualidade do que está sendo ingerido, a partir 
de diferentes técnicas e questionários. Com este método, é possível conhecer 
os hábitos relacionados à alimentação e ao preparo dos alimentos, assim como 
a prioridade dada as refeições e o ambiente em que são realizadas.
A ingestão alimentar pode fazer referência ao presente, ao dia anterior e, 
também, a períodos mais longos, como semanas e meses. A questão temporal 
depende, normalmente, do inquérito escolhido para utilização, com base no 
que se deseja averiguar. Existem dois grupos de inquéritos alimentares: in-
quéritos prospectivos e inquéritos retrospectivos. Os inquéritos prospectivos 
demonstram a ingestão de alimentos atual, já os inquéritos retrospectivos 
abordam uma ingestão de alimentos habitual, com base em um período do 
passado determinado pelo instrumento. Este método de avaliação do estado 
nutricional pode apresentar alguns erros, principalmente, no que tange à 
memória e honestidade do indivíduo entrevistado. Entre os instrumentos 
disponíveis e validados, não existe um que seja perfeito. O profissional deve 
estabelecer a ferramenta adequada à situação em questão, baseando-se nas 
características inatas a cada um deles e reconhecendo os possíveis erros 
externos que afetam uma estimativa precisa.
Na prática clínica, a estimativa da ingestão alimentar deve contar com 
certas precauções com relação às técnicas de aplicação dos instrumentos 
avaliadores, mas os dados estimados podem ser prontamente utilizados com 
base em tabelas de composição dos alimentos ou em softwares que fazem 
uma compilação de várias tabelas e bancos de dados. Quando este método é 
utilizado em populações, as medidas estatísticas devem ser empregadas a fim 
de corrigir a estimativa pelas variações intra e interindividuais, geralmente, 
revelando, como resultado final, a adequação ou inadequação percentual 
daquele grupo.
A partir desse método, de posse da estimativa da ingestão alimentar, se 
pode avaliar tanto o valor calórico consumido por dia, quanto a distribuição 
dos nutrientes e o quantitativo de micronutrientes presentes na dieta. Pos-
teriormente, é possível comparar tais valores com as reais necessidades do 
indivíduo, quanto ao seu valor energético total (mensurado ou estimado) e 
aos macronutrientes e micronutrientes diários de acordo com o sexo, a idade 
e o grupo populacional, baseando-se em padrões de referência para pessoas 
saudáveis disponíveis na literatura (GIBSON, 1990; MAHAN; ESCOTT-
-STUMP, 2012).
11Diagnósticos de nutrição
Exame físico nutricional
A partir do método do exame físico, certas defi ciências ou excessos nutricionais 
podem ser identifi cados em indivíduos ou coletividades. Neste exame, o pro-
fi ssional nutricionista deve observar, ouvir, sentir e tocar o paciente em busca 
de quaisquer possíveis anormalidades. As técnicas de realização do exame 
físico nutricional compreendem a inspeção, palpação, percussão e auscultação. 
O examinador precisa ser qualifi cado para efetuar o exame, usando os seus 
sentidos para analisar o paciente dos pés à cabeça. A necessidade da avaliação 
e a sua extensão irão depender das queixas relativas ao problema nutricional, 
o que não impede, contudo, que o nutricionista faça uma observação geral 
do paciente durante o atendimento, mesmo que despretensiosamente. Veja a 
seguir, técnicas do exame físico nutricional que podem ser utilizadas:
  inspeção: observação geral que progride para uma observação mais 
focada, utilizando os sentidos da visão, do olfato e da audição; é a 
técnica mais utilizada;
  palpação: exame tátil para sentir as pulsações e vibrações; avaliação 
das estruturas corporais, incluindo, textura, tamanho, temperatura, 
sensibilidade e mobilidade;
  percussão: avaliação dos sons para determinar os limites dos órgãos do 
corpo, a forma e a posição; nem sempre utilizada em um exame físico 
com enfoque na nutrição;
  auscultação: uso apenas do ouvido ou de um estetoscópio para ouvir 
os sons do corpo (p. ex., sons do coração, pulmões, sons intestinais, 
vasos sanguíneos).
O exame físico nutricional pode ser dividido em três grupos: exame de 
tecidos de rápida regeneração e dos sistemas corporais; exame das massas 
adiposa e muscular; exame do estado de hidratação corporal. 
Os sinais nem sempre estarão presentes durante a realização do exame físico 
ou podem, também, estar relacionados ás causas não nutricionais. Por esse 
motivo, é primordial que o diagnóstico nutricional seja baseado no conjunto 
dos métodos de avaliação do estado nutricional podendo, assim, levantar 
outros aspectos para auxiliar na confirmação ou descarte das evidências 
constatadasno exame físico. 
As alterações corporais relativas a deficiências em micronutrientes costu-
mam ser mais sutis de serem percebidas e requerem, portanto, maior experiência 
por parte do profissional avaliador. O profissional deve estar exposto, sempre 
Diagnósticos de nutrição12
que possível, à realização de exames físicos para que, assim, adquira prática 
no assunto. O treinamento é um diferencial para o nutricionista, auxiliando-
-o de forma muito positiva na tomada de decisões com relação à definição 
do estado nutricional individual ou de grupos (FIDÉLIX, 2014; MAHAN; 
ESCOTT-STUMP, 2012). 
Existem casos em que certas características físicas são resultado de tratamentos di-
recionados a patologias de base e, portanto, não devem ser entendidos como um 
problema nutricional. A interpretação dos sinais observados durante o exame físico 
é, ainda, mais cautelosa, quando o paciente possui doenças importantes e que sejam 
responsáveis por alterar aspectos corporais, coincidindo com questões alimentares 
ou nutricionais. A queda de cabelo, por exemplo, é uma característica da desnutrição, 
porém, representa, da mesma forma, uma consequência do tratamento de quimiote-
rapia. Sendo assim, o paciente pode não estar, necessariamente, desnutrido, mas sim, 
realizando tratamento para um câncer. 
A avaliação de todos os métodos descritos irá compor o diagnóstico nu-
tricional em casos clínicos ou epidemiológicos, por vezes, de forma mais 
completa e por outras dependerá das condições oferecidas pelo serviço de 
saúde ou das características de uma população. Todavia, o profissional deve 
ser responsável por avaliar os prós e contras dos instrumentos e métodos 
empregados e personalizá-los, de acordo com o evento a ser avaliado. 
Cada um dos métodos de avaliação nutricional é composto por indicadores 
que, quando reunidos, são capazes de gerar um diagnóstico nutricional e 
promover o estabelecimento das intervenções dietoterápicas adequadas.
Componentes do diagnóstico nutricional
O diagnóstico nutricional é resumido a partir de uma sentença estruturada com 
base em três componentes distintos. Estes componentes formam a sigla PES 
que, do inglês, signifi cam: P: problem; E: etiology; S: signs and symptoms. 
Sendo assim, os diagnósticos de nutrição devem ser realizados a partir destas 
três informações: problema, etiologia e sinais e sintomas.
13Diagnósticos de nutrição
O problema se refere à situação de cunho alimentar e nutricional capaz 
de ser resolvida ou melhorada pelo profissional nutricionista. O problema é 
como um rótulo do diagnóstico, responsável por descrever as alterações no 
estado nutricional de um indivíduo ou população. Este rótulo ou qualificador 
deve ser um adjetivo, como por exemplo: alterado, deficiente, aumentado, 
diminuído, risco de, agudo e crônico.
O próximo componente representa a etiologia do problema, ou seja, o fator 
condicionante, a causa do problema. Estes fatores contribuem para a existência 
ou manutenção de problemas fisiopatológicos, psicossociais, situacionais, de 
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais. Os problemas nutricionais são 
causados diretamente por uma ingestão inadequada, que pode ser considerada 
uma causa primaria. Como causa secundária, tem-se o resultado de outros 
fatores, como fatores médicos, genéticos ou ambientais. Os tipos de causa ou 
fator de risco dos problemas nutricionais são, principalmente, o acesso aos 
alimentos e o comportamento alimentar, além de questões relacionadas a 
atitudes e crenças, à cultura, ao conhecimento, aos tratamentos, entre outros. 
Mesmo que a causa do problema não consiga ser corrigida, a partir de uma 
intervenção, considera-se que tal tratamento seja capaz de, ao menos, reduzir 
os sinais e sintomas ocasionados pelo problema. Na sentença estruturada não 
basta constar apenas a descrição do problema, mas em sequência deve ser 
identificada, também, a sua causa. Sendo assim, apresenta-se a expressão 
relacionado/a a/ao, seguido da etiologia do problema, precedendo os seus 
sinais e sintomas.
Os sinais e sintomas do problema são as características que o define, 
podendo ser objetivos ou subjetivos. Os sinais se referem aos dados objetivos 
e representam as mudanças passíveis de observação, do estado de saúde e 
nutrição do indivíduo ou coletividade, como a história nutricional e alimentar, 
além de exame físico, bioquímico e antropométrico. No que diz respeito aos 
sintomas, estes se referem aos dados subjetivos e representam as mudanças que 
o indivíduo ou a coletividade sente e expressa verbalmente aos profissionais 
nutricionistas. Os sinais e sintomas fornecem evidências de que o problema 
existe e de sua associação à alimentação e nutrição. Além disso, eles quanti-
ficam o problema com base na demonstração de sua gravidade. Na estrutura 
da sentença, os sinais e sintomas estão ligados à etiologia, precedendo-os por 
meio da expressão como evidenciado/a por.
Diagnósticos de nutrição14
Diagnóstico nutricional segundo a estrutura PES: consumo excessivo de gordura 
relacionado ao acesso limitado a opções saudáveis (consumo frequente de refeições 
com alto teor de gordura e fast-foods) evidenciada por nível sérico de colesterol de 
230 mg/dL e relato de 10 refeições semanais compostas por hambúrguer e batata frita.
Se no momento de realizar um diagnóstico nutricional, no formato PES, 
for observado que o determinado problema nutricional corresponde, até o 
momento, apenas a um risco potencial de ocorrer, deve-se utilizar, apenas, 
dois elementos da sigla PES na estrutura do diagnóstico. Os dois elementos 
devem ser o problema (P) e a etiologia (E), já que os sinais e sintomas (S) 
ainda não terão sido manifestados pelo paciente. 
O PES conforme proposto pela ADA gera padronização, facilitando a com-
preensão e favorecendo diversos aspectos da assistência nutricional. Contudo, 
para que uma descrição de diagnóstico nutricional apresente qualidade, ela 
deve ser escrita de forma clara e concisa. A especificidade do diagnóstico, 
baseada no indivíduo ou grupo, é outra característica responsável por um 
diagnóstico bem escrito. Uma outra característica relevante é descrever cada 
diagnóstico fundamentando-se em um só problema e uma só etiologia. Por 
fim, é preciso ter a garantia de que ele foi formulado, com base em resultados 
obtidos, a partir métodos de avaliações confiáveis e precisos. 
Com a intenção de auxiliar os profissionais no compromisso de utilizar 
os diagnósticos nutricionais de forma consistente e correta, a ADA desenvol-
veu dezenas de fichas para diferentes diagnósticos de nutrição. As 62 fichas 
apresentam quatro componentes distintos, sendo eles: o problema relativo ao 
diagnóstico nutricional, a definição do diagnóstico nutricional, a etiologia, 
além dos sinais e sintomas:
1. O problema relativo ao diagnóstico nutricional descreve alterações 
no estado nutricional dos indivíduos que apenas os profissionais de 
nutrição são responsáveis pelo tratamento. Lembrando que o diagnós-
tico nutricional difere do diagnóstico médico e pode sofrer variação à 
medida que a resposta do indivíduo ao tratamento muda; 
2. A definição do diagnóstico nutricional descreve brevemente o problema 
relativo ao diagnostico nutricional a fim de diferenciá-lo;
15Diagnósticos de nutrição
3. A etiologia, ou seja, a causa ou fator de risco, diz respeito aos aspectos 
que contribuem para a existência ou manutenção de problemas fisio-
patológicos, psicossociais, situacionais, de desenvolvimento, culturais 
e/ou ambientais; 
4. Os sinais e sintomas definem as características do problema e consis-
tem em dados objetivos e subjetivos utilizados para determinar, se o 
indivíduo tem o diagnóstico nutricional especificado.
Nas fichas de diagnóstico nutricional, os resultados da avaliação dos sinais 
e sintomas são baseados nas categorias de avaliação nutricional, isto é, a 
partir dos métodos e indicadores disponíveis para a determinação do estado 
nutricional de indivíduos e coletividades. 
O item examebioquímico engloba dados laboratoriais relacionados ao 
estado de nutrição, como por exemplo, marcadores de reserva somática, con-
centração de vitaminas e minerais, perfil lipídico e inflamatório, entre outros. 
Assim, observe no Quadro 1 os indicadores do exame bioquímico:
Indicadores Exemplos
Concentrações proteicas 
viscerais (plasmáticas)
Albumina, transferrina, transtirretina 
(pré-albumina), proteína carreadora do 
retinol, fibronectina, somatomedina C. 
Reservas proteicas 
somáticas (massa muscular)
Creatina urinária, índice creatinina (urinária)-
estatura, 3-metil-histidina urinária. 
Excreção urinária de ureia (indicador de 
presença e grau de catabolismo muscular), 
creatinofosfoquinase (indicador de dano em 
células musculares, principalmente cardíacas). 
Metabolismo proteico Balanço nitrogenado. 
Concentrações plasmáticas 
e intracelulares de 
aminoácidos
Essenciais e não essenciais.
Resposta inflamatória 
(proteínas plasmáticas 
de fase aguda positiva)
PCR, alfa-1-glicoproteína ácida e ferritina.
IPIN, IIN: relação albumina/PCR.
Quadro 1. Indicadores do exame bioquímico
(Continua)
Diagnósticos de nutrição16
Quadro 1. Indicadores do exame bioquímico
Indicadores Exemplos
Resposta imunológica Leucócitos, principalmente linfócitos. 
Interleucinas plasmáticas.
Testes cutâneos de hipersensibilidade tardia. 
Concentrações 
plasmáticas de lipídios 
Colesterol total, lipoproteínas de alta densidade 
(HDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL), 
lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL). 
Triglicerídeos, ácidos graxos essenciais 
(ômegas-6 e ômegas-3).
Concentrações plasmáticas 
de vitaminas 
A, D, E, K, ácido ascórbico (C), tiamina (B1), 
riboflavina (B2), niacina (B3), piridoxina 
(B6), ácido pantotênico, biotina, 
folato, cianocobalamina (B12).
Concentrações 
plasmáticas de minerais 
e oligoelementos
Cálcio, fosfato, magnésio, enxofre, 
sódio, potássio, cloro (eletrólitos). 
Ferro, zinco, iodo, selênio, cobre, manganês, 
cromo, flúor e molibdênio (oligoelementos). 
Anemia Contagem de eritrócitos, hemoglobina, 
hematócrito (volume globular ou VC), 
volume corpuscular médio, hemoglobina 
corpuscular média e concentração da 
hemoglobina corpuscular média.
Ferro, ferritina, capacidade total de ligação 
(ou fixação) de ferro (TIBC), transferrina, 
porcentagem de saturação da tranferrina, 
ácido metilmalônico, folato, B12.
Função pancreática 
endócrina/controle 
do diabetes 
Glicemia, glicose urinária, hemoglobina 
glicada plasmática, frutosamina plasmática, 
corpos cetônicos plasmáticos ou urinários, 
teste de resistência à insulina (HOMA-IR).
Função pancreática 
exócrina 
Lipase, amilase.
Função renal Creatina e ureia plasmáticas.
Clearance de creatinina e ureia.
Proteinúria.
(Continuação)
(Continua)
17Diagnósticos de nutrição
O item que diz respeito às medidas antropométricas pode incluir dados 
relativos à altura, ao peso, ao Índice de Massa Corporal (IMC), à mudança de 
peso, entre outros. Veja a seguir alguns indicadores da avaliação antropométrica 
e da composição corporal:
  Peso corporal e estatura;
  IMC: kg/m2;
  Dobras cutâneas: tríceps, bíceps, subescapular, soprailíaca, abdominal 
e peitoral, em homens; axilar média, coxa média e panturrilha média;
  Circuferências (braços, panturrilha, cintura, quadril, abdominal e coxa);
  Relação circunferência da cintura/estatura, relação circunferência da 
cintura/quadril;
  Diâmetro sagital abdominal;
  Espessura do músculo adutor do polegar;
  Força de preensão das mãos avaliada por dinamômetro;
Quadro 1. Indicadores do exame bioquímico
Indicadores Exemplos
Estado de hidratação Densidade urinária, osmolalidade da 
urina, osmolalidade plasmática.
Sódio, potássio e cloreto plasmáticos. 
Equilíbrio acidobásico Gás carbônico (CO2), pressão de gás 
carbônico (PCO2), bicarbonato (HCO3), 
pressão de oxigênio (PO2).
Função tireoidiana Tri-iodotironina (T3), tiroxina (T4), 
hormônio tireoestimulante (TSH).
Função hepática Bilirrubina total, direta e indireta.
Transaminase glutâmica-pirúvica (TGP), 
transaminase glutâmica-oxaloacética (TGO), 
amônia plasmática, fosfatase alcalina plasmática. 
Coagulação sanguínea Tempo da protrombina (TP), tempo da 
tromboplastina (TTP), fibrinogênio. 
Fonte: Fidélix (2014).
(Continuação)
Diagnósticos de nutrição18
  Porcentagem de gordura corporal e de massa muscular estimada por 
meio da antropometria (área de gordura do braço, circunferência mus-
cular do braço e área muscular do braço);
  Porcentagem de gordura corporal, de massa magra e porcentagem/
kg de água corporal estimadas por meio de bioimpedância, DEXA, 
pletismografia por deslocamento de ar, TC, RM, US e outros;
  Ângulo de fase e análise de vetores (BIA).
Com relação ao item exame físico nutricional, aspectos relacionados à 
saúde bucal, com as características dos cabelos, das unhas e da pele, além de 
aspectos de perda de gordura subcutânea, edemas e outros, podem ser incluídos. 
Agora, verifique no Quadro 2 os indicadores do exame físico nutricional: 
Visão geral da saúde (simetria, sensibilidade, 
coloração, textura, tamanho)
  Visão e audição
  Sistema respiratório, hematológico, cardiovascular, gastrintestinal, 
hepatobiliar, geniturinário, endócrino, neurológico e musculoesquelético. 
Sinais em tecidos de regeneração rápida
Cabeça e 
pescoço 
Características dos cabelos (cor, pigmentação, textura, 
brilho, quantidade, distribuição); da face; dos olhos: cor 
e condições da conjuntiva, esclera e córnea (xeroftalmia, 
manchas de bitot, oftalmoplegia, fotofobia); do olhar; 
do nariz (passagens aéreas, formato, simetria, patência, 
condições das mucosas, existência de sonda); dos 
ouvidos (dor ou infecção); das glândulas parótidas; 
das mandíbulas (condição de oclusão, movimentos); 
da cavidade oral: simetria, cor, condições dos lábios e 
canto da boca (queilose, queilite angular, estomatite 
angular), língua (glossite, atrofia, erosão), palato, 
gengivas (esponjas, pálidas, sangrantes, mucosas secas), 
faringe e dentes (presença e condições dos dentes, 
uso e condições de próteses); do pescoço (aumento 
da tireoide/bócio; veias: reflexo da condição hídrica). 
Quadro 2. Indicadores do exame físico nutricional
(Continua)
19Diagnósticos de nutrição
Quadro 2. Indicadores do exame físico nutricional
Pele Cor, textura, profundidade, umidade, integridade, 
temperatura, higiene e condições gerais (palidez, 
lesões, feridas, úlceras de pressão, dermatite e 
outras inflamações, cicatrização inadequada, turgor 
deficiente, descamação, hipopigmentação, eritema, 
equimoses, petéquias e áreas hemorrágicas ou 
hiperpigmentadas, hiperceratose folicular, xerose).
Edema (pele brilhante, esticada, com palidez localizada, 
particularmente nos membros inferiores e sacro).
Unhas Cor, formato, consistência, textura e vascularização 
(moles, finas, irregulares, pálidas, manchadas e facilmente 
dobráveis, com ondas transversas, coiloníquia). 
Nervos cranianos Força e simetria da boca e língua, fechamento dos dentes, 
mastigação, deglutição, reflexo de tosse e náusea.
Sinais em massa magra e/ou gorda 
Obesidade, sobrepeso, magreza.
Perda de peso grave. 
Alteração nas reservas musculares da face (têmporas e masseter), da 
região do deltoide (clavícula, ombros e escápula), das costas (intercostais), 
dorso das mãos (interósseos), pernas (quadríceps, joelho, panturrilha).
Alteração de reservas gordurosas (bochechas, região suborbital, abdome).
Tônus muscular (rigidez ou flacidez), franqueza, cãibras musculares, paralisia.
Ataxia (não coordenação dos músculos voluntários).
Presença de atrite e outras alterações nas articulações, além de deformidades.
Sinais neurológicos
Força e simetria dos movimentos corporais.
Coordenação motora. 
Estado de consciência (alerta, letargia, coma, confusão metal, torpor).
Dormência, formigamento dos membros inferiores, tremores, rigidez, 
parestesia, agitação, tetania, mania, reflexos hiperativos ou hipoativos. 
Convulsões.
Irritabilidade. 
Sede, cefaleia,tontura. 
Capacidade funcional (mobilidade e força).
Náuseas, vômitos. 
(Continuação)
Diagnósticos de nutrição20
A história alimentar e nutricional consiste em aspectos, como o consumo 
de alimentos, a conscientização sobre nutrição e saúde, a disponibilidade de 
alimentos e atividade física. O consumo de alimentos pode incluir fatores 
relacionados à ingestão de alimentos e nutrientes, a padrões de refeição e 
lanche, a sugestões de ambientes apropriados para comer e a dietas atuais e/
ou modificação de alimentos. A esfera baseada na conscientização e gestão 
da nutrição e saúde pode englobar, por sua vez, o conhecimento e as crenças 
sobre recomendações nutricionais, além da influência de aconselhamentos 
nutricionais do passado. Sobre atividade física e exercício, é possível incluir os 
padrões de atividade, intensidade, frequência e duração dos exercícios físicos 
realizados e, até mesmo, a quantidade de tempo gasto assistindo TV, usando o 
smartphone ou o computador. Já, a disponibilidade de alimentos constitui-se 
de fatores, como o planejamento alimentar, as compras, as habilidades, as 
limitações no preparo de refeições, as práticas de segurança alimentar, utili-
zação de programas de alimentação e nutrição, além da insegurança alimentar. 
Veja a seguir, os indicadores da história alimentar e nutricional (FIDÉLIX, 
2014):
Fonte: Fidélix (2014).
Quadro 2. Indicadores do exame físico nutricional
(Continuação)
Sinais cardiopulmonares
Dificuldades respiratórias (dispneia taquipneia), sons respiratórios. 
Sons cardíacos, arritmia, taquicardia, hipertensão, hipotensão.
Sinais abdominais
Aparência geral, pele, movimentos e contorno. 
Sons (ruídos) abdominais: hipoativos, ausentes ou hiperativos.
Cólicas intestinais. 
Sinais nos ossos
Raquitismo e má formação óssea. 
Sinais urinários 
Volume, cor, odor e turbidez da urina (sinais de desidratação).
21Diagnósticos de nutrição
  Locais de aquisição de alimentos (mercearia, supermercado, restauran-
tes, cantinas, lanchonetes, lojas de conveniência, feiras livres);
  Local de realização de refeições; 
  Pessoa responsável pela compra e preparo dos alimentos; 
  Condições/existência de instalação para armazenamento, refrigeração 
e preparo de alimentos (geladeira, fogão); 
  Hábitos e padrões alimentares atuais e passados (número, tamanho, 
conteúdo e qualidade das refeições); 
  Formas de preparo (crus, cozidos, fritos, refogados, assados e outros);
  Uso de lanches (tipos, horários, idas da semana); 
  Uso de dietas da moda (tipo, há quanto tempo); 
  Preferências e não preferências alimentares; 
  Preferências de intolerâncias, alergias e aversões alimentares;
  Influências étnicas, culturas ou religiosas na alimentação;
  Prescrição de dieta especial (atual e pregressa), como tipo de restrição/
dieta, quem prescreveu, razão, há quanto tempo, aderência do paciente;
  Ingestão insuficiente de energia e nutrientes (uso prolongado de dieta 
de líquidos, nutrição enteral/parenteral insuficiente, jejum);
  Restrições quanto à consistência dos alimentos (branda, pastosa, líquida); 
  Ingestão hídrica (quantidade, tipos de bebidas);
  Uso de suplementos alimentares convencionais (vitaminas, minerais e/
ou outros) ou não convencionais;
  Dados da alimentação por sonda/parenteral (instituição ou domicilio), 
como volume/quantidade prescrita, volume de infusão, volume/quan-
tidade recebida;
  Dados do conhecimento sobre alimentos e nutrição;
  Uso e abuso de substâncias (álcool, cafeína);
  Influência da educação nos hábitos alimentares. 
Atividade/capacidade física:
  Nível de atividade física diária (sedentário, moderadamente ativo, muito 
ativo);
  Limitado ao leito/casa ou instituição;
  Tipos de exercícios e capacidade de execução de atividades da vida 
diária; 
  Ocupação (tipo/horas por semana) e programa de exercício físico (du-
ração, intensidade, frequência, horários, tipo);
Diagnósticos de nutrição22
  Limitações físicas ou mentais para aquisição, preparo, mastigação ou 
deglutição dos alimentos e/ou atividade/capacidade física.
Quanto ao histórico nutricional global, este envolve aspectos relacionados 
à história medicamentosa, às características socioeconômicos e demográficas, 
além da história médica e de saúde que considera, principalmente, a queixa 
nutricional propriamente dita, as doenças do presente e do passado, doenças na 
família, habilidades cognitivas e, também, saúde mental e emocional. Agora, 
confira no Quadro 3 os indicadores da história nutricional global: 
Indicador Descrição 
Clínicos/cirúrgicos 
(saúde atual/
enfermidades 
presentes e 
passadas)
Queixa principal relacionada à nutrição (citação subjetiva 
do paciente sobre o problema de saúde, incluindo 
início e duração ou razões para a procura do cuidado). 
Dor ou desconforto.
Padrão de sono (qualidade e horas por dia). 
Condições associadas a um diagnóstico (infecções 
e doenças crônicas ou agudas, febre, traumas, 
sepse, cirurgias, câncer, obesidade, síndrome 
metabólica, Parkinson, paralisias cerebrais, demência 
e outras doenças neurológicas) ou tratamento 
que possa alterar o gasto energético (diálise, 
quimioterapia, radioterapia, ventilação mecânica). 
Presença de doenças crônicas (diabetes, 
doença renal, hipertensão) ou agudas. 
Doenças gastrintestinais ou de má absorção 
(úlcera, hérnia de hiato, colite).
Relatos de traumas ou cirurgias recentes (cirurgias: 
há quanto tempo, localização, complicações, 
ressecção ou reconstrução do trato gastrintestinal). 
Presença de feridas na pele ou outras abertas, 
fistulas/abscessos ou ostomias.
Alergias alimentares.
Mudanças recentes na condição funcional.
Amputações de membros, transplante de 
órgãos ou tratamentos médicos.
Quadro 3. Indicadores da história nutricional global
(Continua)
23Diagnósticos de nutrição
Indicador Descrição 
Familiares 
(genéticos)
Doenças ambientais ou fatores predisponentes à 
condição atual. Desordens genéticas e familiares 
que podem afetar o estado nutricional (doença 
cardiovascular, Chron, diabetes, distúrbios gastrintestinais, 
osteoporose, câncer, anemia falciforme, alergias, 
intolerâncias alimentares, obesidades, demência). 
Apetite e peso Perda/aumento do apetite (quanto 
tempo, razão, anorexia, bulimia). 
Perda/ganho de peso recente, intencional ou 
não intencional (quantidade, tempo, razão 
provável na percepção do paciente). 
Peso usual. 
Saúde oral/
função sintomas 
gastrintestinais 
Ausência de dentes.
Próteses mal fixadas.
Dificuldades de mastigação, salivação e deglutição.
Alimentos que não podem ser ingeridos, dor 
na cavidade oral quando ingere alimentos. 
Inflamação e feridas na cavidade oral e lábios. 
Frequência e consistência das evacuações. 
Qualidade, quantidade e cor das fezes.
Náuseas, azia, refluxo, dor e/ou 
distensão abdominal, vômitos. 
Saciedade precoce. 
Diarreia, esteatorreia, flatulência, obstipação.
Diminuição da ingestão alimentar 
Estado 
socioeconômico
Condição de emprego (renda, frequência e duração).
Mudanças.
Renda de seguro social, ticket alimentação.
Tipo de plano de saúde.
Quantidade de dinheiro reservado para 
alimentação (por semana ou mês). 
Percepção do indivíduo com relação à adequação 
em encontrar as necessidades alimentares.
Elegibilidade para os programas sociais 
de suplementação de alimentos. 
Tipo de moradia (casa, apartamento, cômodo ou outro).
Quadro 3. Indicadores da história nutricional global
(Continuação)
(Continua)
Diagnósticos de nutrição24
As fichas de diagnósticos de nutrição baseadas nos componentes da sigla 
PES, tendo os sinais e sintomas (S) organizados conforme os indicadores da 
avaliação nutricional, facilitam o entendimento do profissional em relação aos 
aspectos que devem ser avaliados para cada problema nutricional e proporcio-
nam um diagnóstico mais abrangente e apurado. No entanto, é importante que 
no momento do fechamento de um diagnóstico nutricional, deve-se sempre 
Fonte: Fidélix (2014).
Quadro 3. Indicadores da história nutricionalglobal
(Continuação)
Indicador Descrição 
Onde reside (residência de grupo, cuidado especializado, 
prisão, sem teto), com quem reside (sozinho, membros da 
família, cuidador, outros), localização da moradia (região 
urbana/rural), exposição a meio ambiente de risco.
Membros da família e amigos, atividades sociais.
Acesso ao cuidado médico (SUS, convênios de saúde). 
Tabagismo e uso ou abuso de álcool/drogas.
Estresse pessoal/
condição 
psicológica e 
psiquiátrica 
Mecanismos de reação ao estresse, 
autoconceitos e apoio social.
Depressão, ansiedade, psicose, estresse ou trauma 
recente não usual (família: dificuldades, morte de 
membro; emprego: perda ou dificuldades).
Recusa ou falta de interesse pelos alimentos, história de 
distúrbios alimentares (bulimia, anorexia nervosa, pica).
Ideias irracionais sobre os alimentos.
Alimentação e peso corporal.
Interesse dos pais quanto à alimentação da criança.
Grau de interesse pelos alimentos.
Medicamentos 
atuais prescritos 
ou não 
Tipo, dose, horário, tempo de início, razão para uso.
Uso atual ou recente de esteroides, imunossupressores, 
quimioterápicos, anticonvulsivantes, contraceptivos 
orais e outros medicamentos com interações 
fármaco-nutrientes conhecidas.
Uso de medicina alternativa ou complementar 
(ervas, medicamentos homeopáticos, suplementos 
de vitaminas, minerais, aminoácidos ou outros).
Percepção do paciente quanto a efeitos 
colaterais dos medicamentos utilizados. 
25Diagnósticos de nutrição
questionar, se os dados da avaliação nutricional sustentam, de fato, a descrição 
do problema nutricional, a etiologia e os sinais e sintomas específicos.
Assim, após a definição do diagnóstico nutricional, o nutricionista tem 
como função a determinação das condutas de intervenção cabíveis para os 
mais variados casos, visando à promoção da recuperação da saúde do indivíduo 
em situação alimentar e nutricional inadequadas.
As fichas de diagnóstico nutricional propostas pela Associação Dietética Americana 
(ADA) e seus respectivos componentes podem ser acessadas a partir do link:
https://goo.gl/FfTtm2
1. No que diz respeito à padronização 
do diagnóstico nutricional, proposto 
pela Associação Dietética Americana 
(ADA), em 2006, é correto afirmar:
a) A descrição do diagnóstico 
deve ter como base o Índice 
de Massa Corporal (IMC).
b) A descrição padronizada 
do diagnóstico dificulta o 
entendimento dos profissionais 
sem experiência.
c) A descrição do diagnóstico 
deve conter informações 
como problema, etiologia, 
sinais e sintomas.
d) A descrição do diagnóstico 
deve ser tão complexa quanto 
à gravidade do caso.
e) A estrutura leva em consideração 
os componentes dos métodos 
clínico e epidemiológico.
2. Os diagnósticos de nutrição 
não podem ser confundidos 
com o diagnóstico médico. 
Com relação a essa sentença, 
marque a resposta correta: 
a) Os dois diagnósticos apresentam 
grande semelhança no que diz 
respeito às informações descritas. 
b) O diagnóstico médico é 
mais dinâmico do que o 
diagnóstico nutricional.
c) O nutricionista deve realizar 
os dois diagnósticos de 
forma diferenciada. 
d) O diagnóstico nutricional é 
realizado com menos frequência 
do que o diagnóstico médico.
Diagnósticos de nutrição26
e) O diagnóstico nutricional pode 
evoluir independentemente da 
evolução do diagnóstico médico.
3. Sobre os métodos de investigação 
do estado nutricional, que 
se fazem necessários para 
a realização do diagnóstico 
nutricional, eles são classificados 
como clínico e epidemiológico. 
Assim, é correto afirmar que:
a) O método clínico tem 
como ambiente o 
domicílio do paciente.
b) O método epidemiológico 
apresenta uma abordagem 
individualizada.
c) O método epidemiológico 
se baseia no estudo das 
ciências naturais. 
d) O método clínico é mais 
amplo do que o método 
epidemiológico.
e) O método epidemiológico 
aborda as questões causais 
do problema nutricional.
4. O diagnóstico nutricional deve ser 
realizado a partir de um conjunto 
de métodos de avaliação como: 
a história nutricional global; a 
história alimentar; o exame físico 
nutricional; a antropometria/
composição corporal; o exame 
bioquímico nutricional e metabólico. 
Sobre os indicadores relacionados 
a esses métodos afirma-se:
a) Os exames laboratoriais de 
concentração de micronutrientes 
fazem parte do exame físico.
b) As condições socioeconômicas 
estão incluídas no histórico 
nutricional global.
c) As medidas das dobras cutâneas 
fazem parte do exame físico. 
d) Os inquéritos alimentares 
fazem parte do histórico 
nutricional global.
e) O aspecto da boca, pele e 
unhas podem ser considerados 
parte do exame bioquímico.
5. Os métodos de avaliação, utilizados 
na determinação do diagnóstico 
nutricional, podem ser diretos ou 
objetivos e indiretos ou subjetivos. 
Indique, entre os métodos descritos 
abaixo, aquele indireto ou subjetivo:
a) Exame bioquímico.
b) Exame clínico.
c) História alimentar.
d) Antropometria.
e) Composição corporal.
27Diagnósticos de nutrição
ACADEMY OF NUTRITION AND DIETETICS. Nutrition Terminology Reference Manual 
(eNCPT): dietetics language for nutrition care. Chicago: NCPT, 2017.
AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION. Nutrition diagnosis: a critical step in the nutrition 
care process. Chicago: Academy of Nutrition & Dietetics, 2006.
FIDÉLIX, M. S. P. (Org.). Manual orientativo: sistematização do cuidado de nutrição. São 
Paulo: Asbran, 2014. Disponível em: <http://www.asbran.org.br/arquivos/PRONUTRI-
-SICNUT-VD.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
GIBSON, R. S. Principles of nutritional assessment. Oxford: Oxford University Press, 1990.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2012.
VASCONCELOS, F. A. G. Avaliação nutricional de coletividades. 3. ed. Florianópolis: Editora 
da UFSC, 2008. 
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
Leituras recomendadas
LACEY, K.; PRITCHETT, E. Nutrition care process and model: ADA adopts road map to 
quality care and outcomes management. Journal of the American Dietetic Association, 
v. 103, n. 8, p. 1061-1072, 2003.
MARTINS, C. Diagnósticos em nutrição: fundamentos e implementação da padronização 
internacional. Porto Alegre: Artmed, 2016.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL; ASSOCIAÇÃO MÉDICA 
BRASILEIRA. Triagem e avaliação do estado nutricional: projeto diretrizes. 2011. Disponível 
em: <https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/triagem_e_avaliacao_do_es-
tado_nutricional.pdf >. Acesso em: 8 dez. 2018.
Diagnósticos de nutrição28
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