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Morfologia do Sistema Reprodutor 
Masculino 
-Os órgãos do sistema genital masculino 
incluem os testículos, um sistema de 
ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos 
ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais 
acessórias (glândulas seminais, próstata e 
glândulas bulbouretrais) e várias 
estruturas de apoio, incluindo o escroto e 
o pênis. 
-Os testículos (gônadas masculinas) 
produzem espermatozoides e secretam 
hormônios. O sistema de ductos transporta 
e armazena os espermatozoides, auxilia em 
sua maturação, e libera-os para o meio 
externo. O sêmen contém espermatozoides 
mais as secreções produzidas pelas 
glândulas sexuais acessórias. As estruturas 
de apoio têm várias funções. O pênis 
entrega os espermatozoides no aparelho 
reprodutivo feminino e o escroto contém os 
testículos. 
 
PÊNIS: 
-O pênis contém a uretra e é uma 
passagem para a ejaculação do sêmen e a 
excreção de urina. Ele tem uma forma 
cilíndrica e é composto por um corpo, uma 
glande e uma raiz. 
-O corpo do pênis é constituído por três 
massas cilíndricas de tecido, cada uma 
circundada por tecido fibroso chamado de 
túnica albugínea. As duas massas 
dorsolaterais são chamadas de corpos 
cavernosos do pênis. A massa médio-
ventral menor, o corpo esponjoso do 
pênis, contém a parte esponjosa da uretra e 
a mantém aberta durante a ejaculação. A 
pele e uma tela subcutânea envolvem todas 
as três massas, que consistem em tecido 
erétil. 
-A extremidade distal do corpo 
esponjoso do pênis é uma região um pouco 
aumentada, em forma de bolota, chamada 
de glande do pênis; a sua margem é a 
coroa. A uretra distal aumenta no interior da 
glande do pênis e forma uma abertura 
terminal em forma de fenda, o óstio 
externo da uretra. Recobrindo a glande 
em um pênis não circuncidado está o 
frouxamente ajustado prepúcio do pênis. 
-A raiz do pênis é a porção de inserção 
(porção proximal). Consiste no bulbo do 
pênis, a continuação posterior expandida 
da base do corpo esponjoso do pênis, e o 
ramo do pênis, as duas porções 
separadas e cônicas do corpo cavernoso 
do pênis. O bulbo do pênis está ligado à 
face inferior dos músculos profundos do 
períneo e é fechado pelo músculo 
bulboesponjoso, um músculo que auxilia 
na ejaculação. Cada ramo do pênis se dobra 
lateralmente para longe do bulbo do pênis 
para se inserir no ísquio e ramo púbico 
inferior, e é circundado pelo músculo 
isquiocaverno. 
-O peso do pênis é suportado por dois 
ligamentos que são contínuos com a fáscia 
do pênis. O ligamento fundiforme do 
pênis surge a partir da parte inferior da 
linha alba. O ligamento suspensor do 
pênis surge a partir da sínfise púbica. 
Vascularização + Inervação: 
A vascularização do pênis é feita 
principalmente pela artéria pudenda 
interna, que se divide em três ramos: 
artéria bulbouretral, artéria dorsal e 
artéria cavernosa, esta última essencial 
para a ereção. A drenagem venosa ocorre 
pelas veias dorsal profunda e superficial. 
Inervação Somática: pelo nervo pudendo, 
responsável pela sensibilidade tátil e prazer. 
Inervação Autônoma: fibras simpáticas 
(T11-L2), que regulam a fase de emissão do 
sêmen, e fibras parassimpáticas (S2-S4), 
que promovem a ereção ao aumentar o 
fluxo sanguíneo nos corpos cavernosos. 
Histologia: 
-Os componentes principais do pênis são a 
uretra e três corpos cilíndricos de tecido 
erétil, sendo todo esse conjunto envolvido 
por pele. A maior parte da uretra peniana é 
revestida por epitélio pseudoestratificado 
colunar, que na glande se transforma em 
estratificado pavimentoso. Glândulas 
secretoras de muco (glândulas de Littré) 
são encontradas ao longo da uretra peniana. 
-O prepúcio é uma dobra retrátil de pele que 
contém tecido conjuntivo com músculo 
liso em seu interior. Glândulas sebáceas 
são encontradas na dobra interna e na pele 
que cobre a glande. 
Tecido erétil do pênis 
-Os corpos cavernosos são revestidos por 
uma camada resistente de tecido 
conjuntivo denso, a túnica albugínea. O 
tecido erétil é formado por inúmeros 
espaços venosos separados entre si por 
trabéculas de tecido conjuntivo e células 
musculares lisas. 
-A ereção do pênis é um processo 
hemodinâmico controlado por impulsos 
nervosos do sistema parassimpático que 
liberam acetilcolina e óxido nítrico. Essas 
substâncias atuam sobre o músculo liso das 
artérias do pênis e das trabéculas dos corpos 
cavernosos. No estado flácido do pênis, o 
fluxo de sangue é pequeno, mantido pelo 
tônus intrínseco da musculatura lisa e por 
impulsos contínuos de inervação simpática. 
PS: Na ereção, estímulos vasodilatadores 
do sistema parassimpático causam o 
relaxamento da musculatura lisa dos vasos 
penianos e dos corpos cavernosos. 
Simultaneamente ocorre a inibição de 
impulsos vasoconstritores do simpático. A 
abertura das artérias penianas e dos espaços 
cavernosos aumenta o fluxo de sangue, que 
preenche os espaços dos corpos cavernosos, 
produzindo a rigidez do pênis. A contração 
e o relaxamento do músculo liso dos corpos 
cavernosos dependem da taxa intracelular 
de cálcio nas células musculares, que é 
modulada por monofosfato de guanosina 
(GMP). Após a ejaculação e o orgasmo, a 
atividade parassimpática é reduzida, e o 
pênis volta a seu estado flácido. 
 
ESCROTO: 
-O escroto é um saco de pele e fáscia 
superficial suspenso para fora da 
cavidade abdominopélvica na raiz do 
pênis. Ele é coberto por pêlos esparsos e 
contém um par de testículos ovais. 
-Externamente, o escroto parece uma bolsa 
de pele ímpar separada em porções 
laterais por uma crista mediana 
chamada de rafe do escroto. 
Internamente, o septo do escroto divide o 
escroto em dois sacos, cada um contendo 
um testículo. 
-O septo do escroto é constituído por uma 
tela subcutânea e tecido muscular 
chamado músculo dartos, que é composto 
de feixes de fibras de músculo liso. O 
músculo dartos também é encontrado na 
tela subcutânea do escroto. Associado a 
cada testículo no escroto está o músculo 
cremaster, várias pequenas bandas de 
músculo esquelético que descem como uma 
extensão do músculo oblíquo interno do 
abdome por meio do funículo espermático 
para circundar os testículos. 
PS: os espermatozoides viáveis não podem 
ser produzidos em abundância na 
temperatura corporal interna (37ºC), a 
localização superficial do escroto, a qual 
fornece uma temperatura cerca de 3ºC mais 
baixa, é uma adaptação essencial. Além 
disso, o escroto responde a alterações de 
temperatura. Quando está frio, os testículos 
são puxados para mais perto da parede 
aquecida do corpo, e o escroto se torna 
menor e muito enrugado, aumentando sua 
espessura para reduzir a perda de calor. 
Quando está quente, a pele do escroto fica 
flácida e solta para aumentar a área de 
superfície para o resfriamento (sudorese), e 
o testículo desce se afastando do tronco 
corporal. Essas alterações na área da 
superfície escrotal auxiliam a manter uma 
temperatura intra-escrotal razoavelmente 
constante e refletem a atividade de dois 
grupos de músculos. 
Vascularização + Inervação: 
O escroto é vascularizado principalmente 
pelas artérias pudendas internas e pelas 
artérias testiculares. A drenagem venosa é 
realizada pelas veias testiculares, que 
formam o plexo pampiniforme. 
A inervação é fornecida pelos nervos 
genitais, que incluem fibras simpáticas e 
parassimpáticas. 
Histologia: 
Camadas do Escroto: 
Pele: A pele do escroto é fina e contém 
glândulas sudoríparas e sebáceas. É rica 
em terminações nervosas, o que contribui 
para a sensibilidade. 
Tecido Subcutâneo: Abaixo da pele, há 
uma camada de tecido adiposo e tecido 
conectivo frouxo, que permite a 
mobilidade da pele. 
Musculatura: O músculo dartos ("coberto 
de pele"), uma camada de músculo liso na 
fáscia superficial, enruga a pele escrotal. O 
músculo cremaster ("suspensório"), 
bandas de músculo esqueléticoformadas a 
partir do músculo oblíquo interno do 
abdome, eleva os testículos. 
Fáscia: A fáscia espermática externa 
envolve os testículos e é composta por 
tecido conectivo denso. 
 
URETRA: 
-Nos homens, a uretra é o ducto terminal 
compartilhado dos sistemas reprodutivo 
e urinário; serve como uma passagem 
tanto para o sêmen quanto para a urina. 
Medindo aproximadamente 20 cm, passa 
através da próstata, dos músculos 
profundos do períneo e do pênis; é 
subdividida em três partes. 
-A parte prostática da uretra mede 2 a 3 
cm de comprimento e passa através da 
próstata. Conforme esse ducto continua 
inferiormente, passa através dos músculos 
profundos do períneo, onde é conhecido 
como parte membranácea da uretra. A 
parte membranácea da uretra mede 
aproximadamente 1 cm de comprimento. 
Quando esse ducto passa através do corpo 
esponjoso do pênis, é conhecido como 
parte esponjosa da uretra, que mede 
aproximadamente 15 a 20 cm de 
comprimento. A parte esponjosa da uretra 
termina no óstio externo da uretra. 
Vascularização + Inervação: 
-Recebe sangue das artérias prostáticas 
(uretra prostática), ramos das artérias 
pudendas internas e das artérias do bulbo do 
pênis (uretra membranosa e esponjosa). 
-Inervação Autônoma: Realizada por 
fibras simpáticas e parassimpáticas 
provenientes do plexo hipogástrico inferior. 
Fibras simpáticas atuam na contração do 
esfíncter uretral interno, enquanto as 
parassimpáticas relaxam esse esfíncter 
durante a micção. 
-Inervação Somática: Principalmente pelo 
nervo pudendo, que controla o esfíncter 
uretral externo (voluntário), 
proporcionando controle sobre a micção. 
Histologia: 
Uretra Prostática: epitélio de transição 
(semelhante ao da bexiga). 
Uretra Membranosa: epitélio colunar 
pseudoestratificado. 
Uretra Esponjosa: epitélio colunar 
pseudoestratificado que se torna epitélio 
pavimentoso estratificado na região da 
glande. 
 
 
TESTÍCULOS: 
-Os testículos são um par de glândulas 
ovais no escroto com aproximadamente 5 
cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. 
Cada testículo tem massa de 10 a 15 g. 
Vascularização + Inervação: 
-As artérias testiculares longas, as quais 
são ramos da parte abdominal da aorta que 
se dirigem para a pelve, irrigam os 
testículos. As veias testiculares que 
drenam os testículos originam- se de uma 
rede chamada de plexo pampiniforme 
("forma de gavinha"), a qual circunda a 
porção da artéria testicular que se localiza 
dentro do escroto, semelhante a uma 
videira. 
PS: O plexo pampiniforme absorve calor do 
sangue arterial, resfriando-o antes que ele 
chegue aos testículos. Assim, esse plexo 
fornece uma maneira adicional de manter 
os testículos em sua temperatura 
homeostática resfriada. 
-Os testículos são inervados por ambas as 
divisões do sistema neurovegetativo. 
Nervos sensoriais associados transmitem 
impulsos que resultam em dor pancinante e 
náusea quando os testículos são atingidos 
com força. 
-As fibras nervosas estão localizadas ao 
longo dos vasos sanguíneos e linfáticos, em 
uma bainha de tecido conjuntivo chamada 
de funículo espermático, o qual passa 
através do canal inguinal. 
Histologia: 
-O testículo é circundado por duas 
túnicas. A túnica mais externa é a túnica 
vaginal, com duas camadas, derivada de 
uma projeção do peritônio. Mais 
profundamente a essa camada serosa está a 
túnica albugínea (tecido conjuntivo 
denso) ("casaco branco"), a cápsula fibrosa 
do testículo. 
-Um septo se estendendo a partir da 
túnica albugínea divide o testículo em 250 
a 300 lóbulos em forma de cunha, cada um 
contendo 1 a 4 túbulos seminíferos 
("carreadores de espermatozóides") 
contorcidos, as verdadeiras "fábricas de 
espermatozóides". 
-Cada lóbulo é ocupado por um a quatro 
túbulos seminíferos, que se alojam como 
novelos envolvidos por um tecido 
conjuntivo frouxo rico em vasos 
sanguíneos e linfáticos, nervos e células 
intersticiais (células de Leydig). 
-A parede dos túbulos seminíferos é 
formada por epitélio germinativo ou 
epitélio seminífero, o qual é envolvido 
por uma lâmina basal e por uma bainha 
de tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo, 
por sua vez, é formado por fibroblastos, e 
sua camada mais interna, aderida à 
lâmina basal, é formada por células 
mioides achatadas e contráteis e que têm 
características de células musculares lisas. 
-O epitélio seminífero é formado por duas 
populações distintas de células: as células 
de Sertoli (junções oclusivas unem células 
sustentaculares vizinhas. Estas junções 
formam uma obstrução conhecida como 
barreira hematotesticular, porque as 
substâncias devem passar primeiro pelas 
células sustentaculares antes de poderem 
alcançar o espermatozoide em 
desenvolvimento.) e as células que 
constituem a linhagem espermatogênica. 
Essas duas populações têm morfologia, 
origem embriológica e funções bastante 
distintas. 
-Em direção ao lúmen do túbulo 
seminífero contorcido estão camadas de 
células progressivamente mais maduras. 
Da menor para a maior maturidade estão os 
espermatócitos primários, espermatócitos 
secundários, espermátides e 
espermatozoides. Depois que um 
espermatozoide é formado, ele é liberado 
para o lúmen do túbulo seminífero. 
 
SISTEMA DE DUCTOS MASCULINO 
-Os espermatozóides viajam dos testículos 
para o exterior do corpo por meio de um 
sistema de ductos. Em ordem (proximal a 
distal), os ductos acessórios são o 
epidídimo, os dúctulos eferentes, o ducto 
ejaculatório e a uretra: 
 
EPIDÍMIO: 
-O epidídimo é um órgão em forma de 
vírgula de aproximadamente 4 cm de 
comprimento que fica ao longo da margem 
posterior de cada testículo. Cada 
epidídimo consiste principalmente em 
ductos do epidídimo bem enrolados. Os 
ductos eferentes do testículo se unem aos 
ductos do epidídimo na parte maior e 
superior do epidídimo, chamada de cabeça 
do epidídimo. O corpo do epidídimo é a 
parte média estreita, e a cauda do 
epidídimo é a parte inferior menor. Na 
sua extremidade distal, a cauda do 
epidídimo continua como o ducto 
deferente. Os ductos do epidídimo 
mediriam aproximadamente 6 m de 
comprimento se fossem desenrolados. 
- Funcionalmente, o epidídimo é o local de 
maturação dos espermatozoides, processo 
pelo qual o espermatozoide adquire 
motilidade e a capacidade de fertilizar um 
óvulo, também ajuda a impulsionar os 
espermatozoides pelos ductos deferentes 
durante a excitação sexual, pela contração 
peristáltica do seu músculo liso. Além 
disso, o epidídimo armazena 
espermatozoides, que permanecem viáveis 
aqui por até vários meses. Qualquer 
espermatozoide armazenado que não seja 
ejaculado durante esse período de tempo é, 
por fim, reabsorvido. 
Vascularização + Inervação: 
-A vascularização do epidídimo é 
principalmente fornecida pela artéria 
epididimal, que é uma ramificação da 
artéria testicular. A artéria testicular 
origina-se da aorta abdominal e desce pelo 
cordão espermático, onde se ramifica em 
várias artérias menores que irrigam o 
epidídimo. Além disso, a artéria 
deferencial, que é uma ramificação da 
artéria vesical inferior, também contribui 
para a vascularização do epidídimo. 
-O sangue venoso do epidídimo é drenado 
pelas veias epididimárias, que se juntam 
às veias testiculares, formando o plexo 
pampiniforme. 
-A inervação do epidídimo é realizada por 
fibras nervosas simpáticas e 
parassimpáticas. As fibras simpáticas 
provêm do plexo hipogástrico e estão 
associadas à função contrátil do epidídimo 
durante a ejaculação. As fibras 
parassimpáticas, que têm origem no 
nervo vago e nos nervos sacrais, estão 
envolvidas na regulação do fluxo sanguíneo 
e na modulação da secreção epididimal. 
Histologia; 
-São revestidos por epitélio 
pseudoestratificado, composto de células 
basais arredondadas e de células colunares, 
e circundados por camadas de músculo 
liso. As superfícieslivres das células 
cilíndricas contêm estereocílios, que 
apesar de seu nome são microvilosidades 
longas e ramificadas (não cílios) que 
aumentam a área de superfície para a 
reabsorção de espermatozoides 
degenerados. 
 
DUCTOS DEFERENTES: 
-No interior da cauda do epidídimo, o 
ducto do epidídimo torna-se menos 
enrolado e o seu diâmetro aumenta. 
Além deste ponto, o ducto é conhecido 
como ducto deferente O ducto deferente, 
que mede aproximadamente 45 cm de 
comprimento, ascende ao longo da 
margem posterior do epidídimo através 
do funículo espermático e, em seguida, 
entra na cavidade pélvica. Ele contorna o 
uretra e passa lateralmente e desce pela face 
posterior da bexiga urinária. A parte 
terminal dilatada do ducto deferente é a 
ampola. 
-O funículo espermático é uma estrutura 
de suporte do sistema genital masculino que 
ascende a partir do escroto. Ele consiste na 
porção do ducto deferente que ascende 
através do escroto. 
Vascularização + Inervação: 
-Artéria do Ducto Deferente: É um ramo 
da artéria vesical superior, que se dirige ao 
ducto deferente, fornecendo suprimento 
sanguíneo. Artéria Testicular: Embora 
não seja a principal fonte de irrigação, 
contribui indiretamente através de ramos 
que podem anastomosar com a artéria do 
ducto deferente. 
-As veias do ducto deferente formam o 
plexo pampiniforme, que drena para a veia 
testicular, posteriormente drenando na veia 
cava inferior (do lado direito) ou na veia 
renal esquerda (do lado esquerdo). 
Histologia: 
-Os ductos deferentes são caracterizados 
por um lúmen estreito e uma espessa 
camada de músculo liso. Sua mucosa 
forma dobras longitudinais e, ao longo da 
maior parte de seu trajeto, é coberta de um 
epitélio colunar pseudoestratificado com 
estereocílios. A lâmina própria da 
mucosa compreende tecido conjuntivo 
rico em fibras elásticas, e a camada 
muscular consiste em camadas 
longitudinais internas e externas 
separadas por uma camada circular. O 
músculo liso participa do transporte do 
sêmen durante a ejaculação por meio de 
contrações peristálticas. 
-A porção final do ducto deferente é 
dilatada, chamada ampola, na qual o 
epitélio é mais espesso e muito 
pregueado. 
 
DUCTO EJACULATÓRIO: 
-Cada ducto ejaculatório mede 
aproximadamente 2 cm de comprimento e é 
formado pela união do ducto da glândula 
seminal e a ampola do ducto deferente. 
Os curtos ductos ejaculatórios formam-se 
imediatamente superiores à base (parte 
superior) da próstata e passam inferior e 
anteriormente através da próstata. Eles 
terminam na parte prostática da uretra, onde 
ejetam os espermatozoides e secreções 
das glândulas seminais pouco antes da 
liberação do sêmen da uretra para o 
exterior. 
Vascularização + Inervação: 
-Artéria Seminal: Ramo da artéria vesical 
inferior, que irriga a próstata e as vesículas 
seminais, contribuindo para a 
vascularização do ducto ejaculatório. 
Artéria Prostática: Também fornece 
ramos que irrigam a região do ducto 
ejaculatório. 
A drenagem venosa é realizada por veias 
que acompanham as artérias, formando 
plexos que se conectam às veias prostáticas 
e vesicais. 
 
GLÂNDULAS SEXUAIS 
ACESSÓRIAS ↠ Os ductos do sistema 
genital masculino armazenam e 
transportam os espermatozoides, mas as 
glândulas sexuais acessórias secretam a 
maior parte da porção líquida do sêmen. As 
glândulas sexuais acessórias incluem as 
glândulas seminais, a próstata e as 
glândulas bulbouretrais: 
GLÂNDULAS SEMINAIS 
-O par de glândulas seminais são 
estruturas enroladas em forma de bolsa 
que medem aproximadamente 5 cm de 
comprimento e se encontram 
posteriormente à base da bexiga urinária 
e anteriormente ao reto. 
-Por meio dos ductos das glândulas 
seminais, elas secretam um líquido 
viscoso alcalino que contém frutose (um 
açúcar monossacarídio), prostaglandinas 
e proteínas de coagulação, que são 
diferentes das do sangue. A natureza 
alcalina do líquido seminal ajuda a 
neutralizar o meio ácido da uretra 
masculina e do sistema genital feminino, 
que de outro modo inativariam e matariam 
os espermatozoides. 
-A frutose é utilizada para a produção de 
ATP pelos espermatozoides. As 
prostaglandinas contribuem para a 
mobilidade e a viabilidade dos 
espermatozoides e podem estimular as 
contrações do músculo liso no sistema 
genital feminino. As proteínas de 
coagulação ajudam o sêmen a coagular 
após a ejaculação. O líquido secretado pelas 
glândulas seminais normalmente constitui 
aproximadamente 60% do volume do 
sêmen. 
 
PRÓSTATA: 
-A próstata é uma glândula única em 
forma de rosca, aproximadamente do 
tamanho de uma bola de golfe. Ela mede 
cerca de 4 cm de um lado a outro, 
aproximadamente 3 cm de cima a baixo, e 
cerca de 2 cm de anterior a posterior. 
-Encontra-se inferiormente à bexiga 
urinária e circunda a parte prostática da 
uretra. A próstata aumenta de tamanho 
lentamente desde o nascimento até a 
puberdade. Em seguida, se expande 
rapidamente até aproximadamente os 30 
anos de idade; após esse período, seu 
tamanho normalmente permanece estável 
até os 45 anos, quando podem ocorrer 
novos aumentos. 
-A próstata secreta um líquido leitoso e 
ligeiramente ácido (pH de 
aproximadamente 6,5) que contém diversas 
substâncias: 
➢ O ácido cítrico do líquido prostático é 
usado pelos espermatozoides para a 
produção de ATP por meio do ciclo de 
Krebs. 
➢ Várias enzimas proteolíticas, como o 
antígeno prostático específico (PSA), 
pepsinogênios, lisozima, amilase e 
hialuronidase, que por fim quebram as 
proteínas de coagulação das glândulas 
seminais. 
➢ A função da fosfatase ácida secretada 
pela próstata é desconhecida. 
➢ A plasmina seminal do líquido 
prostático é um antibiótico que pode 
destruir as bactérias. A plasmina seminal 
pode ajudar a diminuir a quantidade de 
bactérias que ocorrem naturalmente no 
sêmen e no sistema genital inferior da 
mulher. As secreções da próstata entram na 
parte prostática da uretra por meio de 
diversos canais prostáticos. As secreções 
prostáticas constituem aproximadamente 
25% do volume do sêmen e contribuem 
para a motilidade e viabilidade dos 
espermatozoides. 
Vascularização + Inervação: 
-Artéria Prostática: Principal fonte de 
irrigação da próstata, originando-se da 
artéria vesical inferior, que é um ramo da 
artéria ilíaca interna. 
Artérias Seminais: Ramo da artéria 
vesical superior, que também contribui para 
a vascularização das vesículas seminais e 
pode fornecer ramos à próstata. 
Artéria Retal Média: Em alguns casos, 
pode fornecer ramos adicionais para a 
irrigação prostática. 
-As veias prostáticas drenam para o plexo 
venoso prostático, que se conecta às veias 
vesicais e posteriormente drena na veia 
ilíaca interna. O plexo venoso prostático 
também se comunica com o plexo 
pampiniforme, facilitando a drenagem 
venosa. 
-A inervação simpática da próstata 
provém dos gânglios lombares e sacrais, 
especificamente através do plexo 
hipogástrico inferior. Os nervos 
simpáticos controlam a contração da 
musculatura lisa da próstata e influenciam a 
secreção prostática durante a ejaculação. 
-A inervação parassimpática é mediada 
pelos nervos pélvicos (S2-S4), que 
desempenham um papel importante na 
regulação da função glandular e na 
facilitação da ereção, contribuindo para a 
resposta sexual masculina. 
-A próstata também recebe inervação 
sensitiva, que é crucial para a percepção da 
dor e outras sensações. Essa inervação é 
realizada por fibras nervosas que se 
conectam ao plexo hipogástrico e aos 
nervos pélvicos. 
Histologia: 
-A próstata é um conjunto de 30 a 50 
glândulas tubuloalveolares ramificadas que 
envolvem a porção da uretra chamada 
uretra prostática. 
-A próstata é envolvida por c uma cápsula 
de tecido conjuntivo e músculo liso. 
Septos saem dessa cápsula e penetram na 
glândula, dividindo-a emlóbulos, que não 
são facilmente percebidos em um adulto. A 
próstata tem três zonas distintas: a zona 
central (cerca de 25% do volume da 
glândula), a zona de transição e a zona 
periférica (cerca de 70% da glândula). Os 
ductos das glândulas terminam na uretra 
prostática. 
-As glândulas da próstata são formadas por 
um epitélio cuboide alto ou 
pseudoestratificado colunar. São 
envolvidas por tecido conjuntivo e 
músculo liso. Pequenos corpos esféricos 
formados por glicoproteínas, medindo de 
0,2 a 2 mm de diâmetro e frequentemente 
calcificados, são comumente observados no 
lúmen de glândulas da próstata de adultos. 
São chamados concreções prostáticas ou 
corpora amylacea. Sua quantidade 
aumenta com a idade, porém seu 
significado não é conhecido. 
 
GLÂNDULAS BULBORETRAIS: 
-O par de glândulas bulbouretrais mede 
aproximadamente o tamanho de ervilhas. 
Elas se encontram inferiormente à 
próstata em ambos os lados da parte 
membranácea da uretra, no interior dos 
músculos profundos do períneo, e seus 
ductos se abrem para dentro da parte 
esponjosa da uretra. 
-Durante a excitação sexual, as glândulas 
bulbouretrais secretam um líquido 
alcalino na uretra que protege os 
espermatozoides que passam a 
neutralizar os ácidos da urina na uretra. 
Também secretam um muco que lubrifica 
a ponta do pênis e a túnica mucosa da 
uretra, diminuindo a quantidade de 
espermatozoides danificados durante a 
ejaculação. Alguns homens liberam uma ou 
duas gotas de muco durante a estimulação 
sexual e a ereção. Esse líquido não contém 
espermatozoide. 
Vascularização + Inervação: 
-A vascularização das glândulas 
bulbouretrais é feita por ramos das 
artérias pudendas internas, que são 
responsáveis pela irrigação da região 
perineal e das estruturas associadas ao trato 
urogenital. A drenagem venosa ocorre por 
meio de veias correspondentes, que 
drenam para o plexo venoso 
periprostatico e, posteriormente, para as 
veias ilíacas internas. 
-A inervação das glândulas bulbouretrais é 
dada principalmente por fibras do 
sistema nervoso autônomo, com 
destaque para os nervos do plexo 
prostático (ramificações do plexo pélvico). 
As fibras simpáticas e parassimpáticas 
controlam a secreção glandular, sendo que 
a atividade parassimpática, derivada dos 
nervos esplâncnicos pélvicos, estimula a 
secreção de fluido para a lubrificação da 
uretra antes da ejaculação. 
Histologia: 
-As glândulas bulbouretrais são glândulas 
tubuloalveolares compostas por epitélio 
colunar ou cúbico simples, que secretam 
mucina. Elas são formadas por lóbulos 
rodeados por uma cápsula de tecido 
conjuntivo, e os ductos glandulares drenam 
o conteúdo para a uretra. 
 
ESPERMATOGÊNESE: 
-Nos seres humanos, a espermatogênese 
leva de 65 a 75 dias. Começa com a 
espermatogônias, que contêm o número 
diploide (2n) de cromossomos. As 
espermatogônias são tipos de células-
tronco; quando sofrem mitose, algumas 
espermatogônias permanecem próximo da 
membrana basal dos túbulos seminíferos 
em um estado não-diferenciado, para servir 
como um reservatório de células para a 
divisão celular futura e subsequente 
produção de espermatozoides. 
-O restante das espermatogônias perde 
contato com a membrana basal, espreme-
se através das junções oclusivas da barreira 
hematotesticular, sofre alterações de 
desenvolvimento e diferencia-se em 
espermatócitos primários. 
PS; As células-filhas podem seguir dois 
caminhos: continuar se dividindo, 
mantendo-se como células-tronco de outras 
espermatogônias (chamadas 
espermatogônias de tipo A), ou 
diferenciarem-se durante sucessivos ciclos 
de divisão mitótica para se tornar 
espermatogônias de tipo B. 
-Os espermatócitos primários, como as 
espermatogônias, são diploides (2n); ou 
seja, contêm 46 cromossomos. Pouco 
depois de se formar, cada espermatócito 
primário replica seu DNA e então 
começa a meiose. 
-Na meiose I, pares de cromossomos 
homólogos se alinham na placa 
metafásica, e ocorre o crossing-over 
(promove a troca de segmentos de DNA 
entre cromátides não-irmãs de 
cromossomos homólogos. Esse evento cria 
novas combinações de alelos, aumentando 
a diversidade genética dos gametas 
formados). Em seguida, o fuso meiótico 
puxa um cromossomo (duplicado) de 
cada par para um polo oposto da célula 
em divisão. 
-As duas células formadas pela meiose I 
são chamadas de espermatócitos 
secundários. Cada espermatócito 
secundário tem 23 cromossomos, o 
número haploide (n). Cada cromossomo 
dentro de um espermatócito secundário, no 
entanto, é constituído por 2 cromátides (2 
cópias do DNA) ainda ligadas por um 
centrômero. Não há replicação de DNA 
nos espermatócitos secundários. 
-Na meiose II, os cromossomos se 
alinham em fila indiana ao longo da 
placa metafásica, e as duas cromátides de 
cada cromossomo se separam. As quatro 
células haploides resultantes da meiose II 
são chamadas de espermátides. Portanto, 
um único espermatócito primário 
produz quatro espermátides por meio de 
dois episódios de divisão celular (meiose I 
e meiose II). 
-Durante a espermatogênese ocorre um 
processo único. Conforme as células 
espermatogênicas proliferam, elas não 
conseguem completar a separação 
citoplasmática (citocinese). As células 
permanecem em contato por meio de pontes 
citoplasmáticas ao longo de todo o seu 
desenvolvimento. Este padrão de 
desenvolvimento provavelmente é 
responsável pela produção sincronizada de 
espermatozoides em qualquer área do 
túbulo seminífero. Também pode ser 
importante para a sobrevivência de metade 
dos espermatozoides contendo um 
cromossomo X e metade contendo um 
cromossomo Y. O cromossomo X maior 
pode transportar os genes necessários para 
a espermatogênese que estão faltando no 
cromossomo Y menor. 
-A fase final da espermatogênese, a 
espermiogênese, consiste no 
desenvolvimento de espermátides 
haploides em espermatozoides. Não 
ocorre divisão celular na espermiogênese; 
cada espermátide se torna um 
espermatozoide único. Durante este 
processo, as espermátides esféricas se 
transformam no espermatozoide delgado 
e alongado. Um acrossomo forma-se no 
topo do núcleo, que se condensa e se 
alonga, um flagelo se desenvolve, e as 
mitocôndrias se multiplicam. 
-As células sustentaculares (Sertoli) 
eliminam o excesso de citoplasma que se 
desprende. Por fim, os espermatozoides 
são liberados de suas conexões com as 
células sustentaculares, em um evento 
conhecido como espermiação. O 
espermatozoide então entra no lúmen do 
túbulo seminífero. O líquido secretado 
pelas células sustentaculares “empurra” 
os espermatozoides ao longo de seu 
caminho em direção aos ductos dos 
testículos. Neste momento, os 
espermatozoides ainda não conseguem se 
deslocam sozinhos. 
 
CONTROLE HORMONAL DA 
FUNÇÃO TESTICULAR 
-Embora os fatores de iniciação sejam 
desconhecidos, na puberdade, 
determinadas células neurosecretoras do 
hipotálamo aumentam a sua secreção de 
hormônio liberador de gonadotropina 
(GnRH). Este hormônio estimula, por sua 
vez, os gonadotropos na adenohipófise a 
aumentar sua secreção de duas 
gonadotropinas. 
-O LH estimula as células intersticiais 
que estão localizadas entre os túbulos 
seminíferos a secretar o hormônio 
testosterona. 
-A testosterona, via feedback negativo, 
suprime a secreção de LH pelos 
gonadotropos da adeno-hipófise e suprime 
a secreção de GnRH pelas células 
neurossecretoras do hipotálamo. 
-Em algumas células-alvo, como aquelas 
dos órgãos genitais externos e da próstata, 
a enzima 5-alfarredutase converte a 
testosterona em outro androgênio, 
chamado di-hidrotestosterona (DHT). 
-O FSH atua indiretamente ao estimular 
a espermatogênese. O FSH e a 
testosterona atuam sinergicamente nas 
células sustentaculares estimulando a 
secreção da proteína de ligação a 
androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos 
seminíferose no líquido intersticial em 
torno das células espermatogênicas. A ABP 
se liga à testosterona, mantendo a sua 
concentração elevada. A testosterona 
estimula as etapas finais da 
espermatogênese nos túbulos 
seminíferos. Uma vez alcançado o grau de 
espermatogênese necessário para as 
funções reprodutivas masculinas, as 
células sustentaculares liberam inibina, 
um hormônio proteico assim chamado 
por inibir a secreção de FSH pela adeno-
hipófise. 
Fisiologia da Ereção (Segundo 
Silverton) 
1. Estimulação Sexual: Silverton 
descreve que o processo da ereção é 
iniciado pela estimulação sensorial 
ou psicológica, com ativação dos 
centros nervosos no sistema 
parassimpático. Essa estimulação 
ativa a liberação de óxido nítrico 
(NO), um neurotransmissor 
essencial para o início do processo. 
 
2. Dilatação Arterial: O óxido nítrico 
causa a dilatação das artérias 
cavernosas do pênis, como descrito 
por Silverton. Esse efeito de 
vasodilatação ocorre por meio da 
ativação da guanosina 
monofosfato cíclica (GMPc), que 
relaxa o músculo liso das paredes 
arteriais, permitindo um maior 
influxo de sangue para o tecido 
erétil. 
 
3. Enchimento dos Corpos Eréteis: 
Silverton explica que o aumento do 
fluxo sanguíneo leva ao enchimento 
dos corpos cavernosos e do corpo 
esponjoso, estruturas que 
sustentam o pênis, resultando em 
seu alongamento e rigidez. 
 
4. Compressão Venosa: Com o 
enchimento dos corpos eréteis, as 
veias que drenam o sangue do pênis 
são comprimidas contra a túnica 
albugínea, limitando o fluxo de 
saída e mantendo a ereção. A autora 
salienta que esse mecanismo de 
"trava" é fundamental para manter a 
rigidez durante a ereção até o 
momento da ejaculação. 
Fisiologia da Ejaculação (Segundo 
Silverton) 
1. Controle Simpático: Segundo 
Silverton, a ejaculação é 
desencadeada pelo sistema nervoso 
simpático, o que provoca a fase de 
emissão, onde o sêmen é 
transportado para a uretra 
prostática. Isso é regulado pelo 
centro ejaculatório localizado na 
medula espinhal (T12-L2). 
 
2. Contração Muscular: Na fase de 
emissão, Silverton descreve as 
contrações coordenadas dos ductos 
deferentes, vesículas seminais e 
próstata. Essas contrações 
empurram o sêmen para a uretra 
posterior, preparando-o para a fase 
de expulsão. 
 
3. Expulsão do Sêmen: Na fase de 
expulsão, o sêmen é ejaculando pela 
uretra com contrações rítmicas dos 
músculos do assoalho pélvico e do 
esfíncter uretral externo. Silverton 
destaca que essas contrações são 
rápidas e intensas, facilitando a 
saída do sêmen. 
 
	Fisiologia da Ereção (Segundo Silverton)
	Fisiologia da Ejaculação (Segundo Silverton)

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