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ANTONIO PEDRO PAIXÃO DE SOUSA
PROVA DE FONTES DE INFORMAÇÕES GERAIS
Primeira avaliação da disciplina de Fontes de Informações Gerais, parte do currículo do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Docente: Alberto Calil Júnior
RIO DE JANEIRO
2017
Questão 1:
a)
	Quando pensamos na função da biblioteca, principalmente nos dias de hoje, Neil Gaiman (2003) traduz bem essa questão: “as bibliotecas têm a ver com liberdade. A liberdade de ler, a liberdade de ideias, a liberdade de comunicação. Elas têm a ver com educação, [...] com entretenimento, tem a ver com criar espaços seguros e com o acesso à informação”. Há muito tempo que já podemos afirmar que uma biblioteca não se trata apenas de um espaço com vários livros dispostos em estantes.
	Essa ideia se reforça ainda mais quando pensamos no conceito de Web 2.0 e Biblioteca 2.0. Não é necessário que todas as bibliotecas sejam 2.0, mas o importante é adotar alguns ideais que essas tendências nos trazem. Na Web 2.0, o usuário passa a ser muito mais ativo, tendo uma voz muito mais ouvida na internet e na sociedade ao redor dele. Transpassando isso para a biblioteca, é essencial que o bibliotecário veja o usuário como um colaborador da biblioteca, que passa a ter uma voz nas decisões mais importantes, afinal todo esse espaço é destinado justamente a eles.
	Mas obviamente, com todo esse advento hoje em dia, um papel essencial do bibliotecário se torna ainda mais importante: a mediação. Com tantas informações produzidas, com milhões de documentos de autorias diferentes, é cada vez mais difícil filtrar tudo isso e se obter as fontes verdadeiramente confiáveis (SOUSA, 2014). Qualquer usuário, mesmo de sua casa, pode acessar qualquer tipo de informação pela internet, mas isso não torna descartável o bibliotecário, que deixa de lado esse papel de mostrar ao usuário onde está a resposta, para assumir um papel mais próximo do usuário, onde mostra quais são as fontes de informação verdadeiramente confiáveis, indicando quais os caminhos que trazem credibilidade para o que é pesquisado.
	Além disso, a biblioteca precisa ser um ambiente que facilite as interações interpessoais, entre seus usuários que também diminua a barreira entre eles e todo o conhecimento registrado. E também que incentive o pensamento crítico e a construção de novas ideias por parte do usuário. Grande parte do caminho para alcançar esse objetivo passa pelo bibliotecário, que precisa sempre ser proativo e estar antenado nas tendências da área que estão em constante atualização.
Bibliografia usada na questão:
GAIMAN, Neil. Why our future depends on libraries, reading and daydreaming. The Guardian, 15 oct. 2013. Disponível em: http://www.theguardian.com/books/2013/oct/15/neil-gaiman-future-libraries-reading-daydreaming Acesso em: 02 de Janeiro de 2016
SOUSA, Margarida Maria de. A função educativa do bibliotecário do século XXI: desafios para sua formação e atuação. 2014, 194f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – USP, São Paulo, 2014. p. 11-17.
b)
	Dos tempos antigos para cá, os suportes de informação e as modalidades de leitura já passaram por diversas transformações. Na Idade Média, um desses momentos chave é quando o manuscrito deixa de ser o único modo para se multiplicar o conhecimento, com o surgimento do livro e da prensa de Gutemberg. Isso desencadeia algumas mudanças, como por exemplo a passagem da leitura em voz alta para a silenciosa, o que permite uma leitura mais individual permitindo pensamentos, interpretações e ideias diferentes de quem o lê.
	Outra mudança importante no que diz respeito a leitura, é a mudança de estilo, como aponta Chartier:
O leitor intensivo é confrontado com um corpus limitado e fechado de textos lidos e relidos, memorizados e recitados, ouvidos e sabidos de cor, transmitidos de geração a geração. [...] O leitor extensivo, o da Lesewut, da ânsia da leitura que toma conta da Alemanha no tempo de Goethe, é um leitor totalmente outro: ele consome muitos e variados impressos; lê-los com rapidez e avidez, exerce em relação a eles uma atividade crítica que, agora, submete todas as esferas, sem exceção, à dúvida metódica. (1994, p. 189).
	Passagem essa que também coincide com as ideologias do bibliotecário de antigamente, que deixou de ser um memorizador de todos os textos e documentos que existiam, e passou a ter uma visão muito mais ampla e tudo que está a volta, traduzindo, deixou de saber muito do pouco que existia, para saber um pouco de tudo que existe. E a esse muito, estão incluídas fontes confiáveis e não confiáveis, e cabe ao bibliotecário saber avaliar essas questões e passar a informação ao usuário da melhor maneira possível.
	Uma mudança mais recente, mas que não é menos importante, são as tecnologias da informação cada vez mais presentes, com a internet, leitores de documentos eletrônicos, entre outros. Tecnologias que permitem ao usuário terem um contato ainda mais próximo ao conteúdo informacional, podendo fazer anotações, cópias, edições e muito mais.
	Não só as bibliotecas vão se adaptando as novas mudanças, disponibilizando materiais físicos e digitais e uso de novas tecnologias, como também o profissional tem um papel de prever e antecipar a necessidade dos usuários. Independente das transformações ao longo dos séculos, não significa a extinção de antigos modos. O aparecimento do livro não extinguiu o manuscrito, e o conteúdo digital também não eliminou esses dois, assim como a leitura extensiva não extinguiu a intensiva nem a em voz alta. Por isso a biblioteca e os bibliotecários têm o dever de se adequar e conseguir alcançar seus objetivos independente do estilo e das características de seu usuário, da sociedade e dos avanços tecnológicos ao longo do tempo.
Bibliografia usada na questão:
CHARTIER, Roger. Do códice ao monitor. Estudos Avançados, São Paulo, v.8, n.21, p.185- 199, 1994.
Questão 2:
a) 
	Com o avanço tecnológico do século XXI, a internet se tornou uma das principais fontes de informação, como aponta Baptista (2007): 
“Hoje em dia não há praticamente nenhum tipo de pesquisa que prescinda da Internet, seja para a simples obtenção de dados pontuais, seja no estágio inicial do levantamento bibliográfico, da exploração do assunto em pauta, da troca de ideias com grupos afins, e assim por diante”.
	Porém a internet pode ser uma faca de dois gumes no que diz respeito a pesquisa pela informação, pois ao mesmo tempo que ela facilita bastante o trabalho de pesquisa, existe um grande retorno de informações, o que pode confundir e desfocar o usuário. A solução para esse problema é papel essencial do profissional da informação, e sim, faz parte do saber-fazer do bibliotecário, que ao longo do tempo vem acumulando novas e diferentes funções.
	O Google e Facebook vem se tornando dois importantes personagens nesta discussão, visto que vem se esforçando para criar aplicativos que ajudam a verificar e combater notícias falsas, tomando a frente nessa discussão, visto que tanto o Google quanto Facebook são muito usados para consumir informação e ao mesmo tempo possui uma vasta circulação de notícias e informações falsas.
	E, ao mesmo tempo que temos a ação dessas duas grandes empresas, entre outras, o que também é notado é a pouca participação do bibliotecário nessa discussão. O que em um ideal atual, vai contra o trabalho do bibliotecário, que tem nesse período suas funções ampliadas, sendo uma das principais, justamente essa, a de interação com o usuário, promovendo qualidade e rapidez no uso destas tecnologias junto ao usuário, essa deve ser a principal característica das bibliotecas atuais: a cooperação.
	Evidentemente não se deve deixar esta responsabilidade de avaliação de fontes de informação apenas com o profissional da informação e escantear essas empresas, como o Google, mas sim é ideal que ambos andem sincronizados, pois são duas forças que juntas, podem avançar e muito para diminuirconsideravelmente o consumo de notícias falsas e também conscientizar e ensinar o usuário a realizar suas pesquisas de modo confiável e com credibilidade.
Bibliografia usada na questão:
BAPTISTA, Dulce. A utilização da internet como ferramenta indispensável na busca contemporânea de informação: alguns aspectos relevantes. Inf. & Inf., Londrina, v.12, n.1, jan./ jun. 2007.

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