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<p>AULA 3</p><p>DEFICIÊNCIA VISUAL</p><p>Prof.ª Fernanda Sprada</p><p>2</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O conhecimento das realidades sobre deficiência e inclusão abre portas</p><p>para a implementação de novas tecnologias educativas, as quais são inseridas</p><p>como práticas pedagógicas inclusivas e democráticas nos sistemas</p><p>educacionais, estimulando o desenvolvimento do pleno potencial das pessoas</p><p>com deficiência. Tendo isso em vista, é essencial que os futuros professores</p><p>estejam preparados, com o conhecimento suficiente, para lidar e ensinar as</p><p>crianças com deficiências em seu papel de Educadores.</p><p>A educação inclusiva, portanto, é a que contribui para que todas as</p><p>crianças, com e sem deficiência, possam conviver harmoniosamente entre elas,</p><p>partilhando a mesma sala de aula, dentro das mesmas escolas e partilhando das</p><p>mesmas práticas. Por isso, resulta fundamental os futuros professores se</p><p>prepararem para lidar com as questões das pessoas com deficiência, pois, dessa</p><p>forma, eles poderão contribuir significativamente para o desenvolvimento das</p><p>práticas escolares inclusivas e democráticas, possibilitando a inclusão efetiva de</p><p>cada aluno. Eles deverão entender que ensinar alunos com deficiência não</p><p>possui nada de diferente de ensinar qualquer outro aluno, a diferença é que eles</p><p>precisam se adaptar aos interesses desses alunos, fornecendo conhecimento e</p><p>experiências de vida além da sala de aula e instituição educacional. Essa</p><p>abordagem inclusiva contribuiria para uma melhoria significativa na vida social e</p><p>educacional das pessoas com deficiência.</p><p>Desse modo, é necessário que todos os professores tenham consciência</p><p>e conhecimento suficiente para atuar em relação aos alunos com deficiência,</p><p>oferecendo diversos recursos pedagógicos e tecnológicos que lhes permitam</p><p>sentir-se incluídas no processo de ensino-aprendizagem.</p><p>TEMA 1 – (IN)VISIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL</p><p>Muitas vezes, os alunos com deficiência visual são invisíveis ou excluídos</p><p>em relação à educação superior ou a outras vantagens educacionais, gerando</p><p>ainda mais dificuldades do que o já conhecido preconceito. Contudo, os alunos</p><p>com deficiência visual possuem o direito de cursar a educação seja básica até a</p><p>superior, pois as possíveis limitações podem ser contornadas com acolhimento</p><p>e apoio necessários. Com o devido apoio e serviços especializados para esse</p><p>público, como materiais em braille, áudio e software específico, as barreiras</p><p>3</p><p>desafiadoras criadas pela deficiência visual podem ser colapsadas, oferecendo</p><p>oportunidades iguais e igualdade de acesso ao conhecimento de alunos com</p><p>deficiência visual. Portanto, entendemos que com o devido suporte, as pessoas</p><p>com deficiência visual não precisam ser tratadas como indivíduos incapazes ou</p><p>fracos. Na verdade, é preciso reconhecer a capacidade desse grupo que está</p><p>pronto para competir e desenvolver suas potencialidades no mundo acadêmico</p><p>e na vida em geral.</p><p>Ao entrarmos nas questões de pertencimento da pessoa com deficiência</p><p>visual, ressaltamos que, para fazer parte de qualquer lugar, a pessoa precisa ser</p><p>"apresentada" a ele, em um primeiro momento, pois precisa se sentir segura para</p><p>ter mobilidade dentro da universidade e na sala de aula. É importante que a</p><p>pessoa aprenda a orientar-se no ambiente, conhecendo as rotas para chegar</p><p>aos seus pontos, sabendo o caminho do banheiro, da cantina e da biblioteca.</p><p>Para isso, é necessário que um profissional especializado lhe apresente</p><p>os padrões de locomoção da escola, universidade ou local de estudo, explicando</p><p>sobre ambiente auditivo, tátil e visual. Somente assim a pessoa passa a se sentir</p><p>segura no espaço, sentindo-se à vontade para participar de todas as atividades.</p><p>Da mesma forma, é fundamental que o grupo seja aberto à diversidade, que as</p><p>pessoas deixem de lado os preconceitos e sejam mais tolerantes para se dirigir</p><p>à pessoa com deficiência visual. Somente assim ela se sentirá integrada ao</p><p>ambiente, sentir-se-á fazendo parte da instituição, sendo capaz de aproveitar</p><p>todo o conhecimento e experiências que a instituição tem para lhe oferecer.</p><p>‘Cada aluno é um mundo [...]’ – costumamos pensar, ‘cada um aprende</p><p>à sua maneira e vive como pode. Nesse mundo particular, não</p><p>podemos entrar’. No entanto, esse é justamente o centro da atenção</p><p>das novas proposições da formação: [...] saber cada vez mais como os</p><p>alunos aprendem para poder facilitar, orientar e melhorar, na medida</p><p>de nossas possibilidades, essa aprendizagem. (Zabalza, 2004, p. 156).</p><p>Desde que as pessoas com deficiência visual nascem, as questões</p><p>corporais são seu ponto de partida para construir o seu esquema corporal.</p><p>Contudo, para que se possa alcançar uma vida plena e saudável, é necessário</p><p>que o sujeito orgânico se desenvolva também em outras dimensões, como a</p><p>psíquica. Nesse sentido, é necessário que sejam tomados para si os</p><p>significantes, da linguagem e do corpo, para que se possa expandir a rede de</p><p>relações a que o indivíduo tem acesso. Assim, além de abranger atos motores,</p><p>como o direito de ir e vir, o movimento abriga a expansão da dimensão social,</p><p>4</p><p>por meio do espaço de relações tão real quanto o espaço geográfico. Dessa</p><p>forma, é necessário que a relação entre o indivíduo e o seu meio físico e social</p><p>contemple as necessidades específicas de cada indivíduo, para que a plenitude</p><p>esteja ao alcance de todos igualmente.</p><p>Inclusão NÃO trata apenas de colocar uma criança deficiente em uma</p><p>sala de aula ou em uma escola. Esta é apenas a menor peça do</p><p>quebra-cabeça. Inclusão trata, sim, de como nós lidamos com a</p><p>diversidade, como lidamos com a diferença, como lidamos (ou como</p><p>evitamos lidar) com a nossa moralidade. [...] Inclusão NÃO quer</p><p>absolutamente dizer que somos todos iguais. Inclusão celebra, sim,</p><p>nossa diversidade e diferenças com respeito e gratidão. Quanto maior</p><p>a nossa diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar formas de</p><p>ver o mundo. [...]. (Forest; Pearpoint, 2004, p. 138-141).</p><p>A educação abre caminhos inimagináveis, porém possíveis, e o primeiro</p><p>deles é o de melhorar o conhecimento da pessoa com deficiência, contribuindo</p><p>para um aprimoramento de sua autoestima. O segundo é o de proporcionar</p><p>qualificação para que todos possam ter oportunidades de emprego, de estudo e</p><p>de realização inerentes aos direitos previstos em lei. O terceiro, promover a</p><p>socialização destas e que essa diversidade seja acatada pela instituição, tendo</p><p>em vista a acessibilidade de todos os espaços. O quarto e último, ainda maior, é</p><p>o papel da instituição de ensino de integrar as pessoas com deficiência no</p><p>contexto geral, por meio de programas de extensão para que elas possam</p><p>mostrar a relevância de suas atuações acadêmicas, abrindo muito mais as portas</p><p>para que possam de fato criar um ótimo profissional e, principalmente, um ser</p><p>humano mais includente e preparado. É dever da educação garantir o direito ao</p><p>acesso, à inclusão e à igualdade de condições para o exercício de cada um de</p><p>seus direitos como cidadão e contribuir para essa cultura de inclusão social que</p><p>desejamos para nossos alunos. Santos (2004, p. 58) diz: “tem de ser vanguarda</p><p>na produção do conhecimento, vanguarda na distribuição do conhecimento,</p><p>vanguarda no futuro dos alunos e vanguarda na conquista de um país mais justo,</p><p>menos excludente”.</p><p>TEMA 2 – FERRAMENTAS DE INCLUSÃO DA DEFICIÊNCIA VISUAL NA</p><p>EDUCAÇÃO</p><p>O objetivo desta temática é discorrer sobre as dificuldades que os</p><p>estudantes com deficiência visual enfrentam, quais são as ferramentas para</p><p>5</p><p>incluí-los na educação e por que essas ferramentas não podem ser</p><p>improvisadas.</p><p>A deficiência visual é um problema que incomoda a sociedade e a escola,</p><p>pois esses estudantes têm dificuldade de se adaptar às normas e regras do</p><p>ambiente escolar. Uma das formas de resolver esse problema é por intermédio</p><p>da inclusão pedagógica,</p><p>que é um processo de integração social e educacional</p><p>dos estudantes com deficiência visual em escolas regulares. Para isso, é preciso</p><p>que o professor esteja preparado para lidar com aluno com deficiência visual,</p><p>assim como também tem que ter uma equipe multidisciplinar que garanta o</p><p>direito da pessoa com deficiência às ferramentas necessárias para seu</p><p>desenvolvimento cognitivo e social.</p><p>Deficiência visual é uma condição que se caracteriza por um conjunto de</p><p>limitações físicas e/ou psicológicas, provocado por alterações ou deficiências no</p><p>sistema visivo. As pessoas com deficiência visual podem apresentar dificuldades</p><p>para realizar atividades diárias, como leitura e escrita, orientação espacial,</p><p>localização de objetos, reconhecimento de formas e cores e orientação no</p><p>espaço. Ainda podemos esclarecer que a deficiência visual é um termo usado</p><p>para descrever uma série de problemas que podem afetar a visão. Tanto a</p><p>doença de retinopatia diabética quanto a catarata são doenças que podem</p><p>resultar em deficiência visual, assim como o glaucoma e a distrofia muscular</p><p>progressiva.</p><p>As ferramentas de inclusão na educação incluem os dispositivos de leitura</p><p>braille e as ferramentas de software de aprendizagem que permitem que as</p><p>pessoas com deficiência visual participem da educação formal.</p><p>No mundo atual, existem diversas ferramentas e tecnologias disponíveis</p><p>para auxiliar a inclusão de pessoas com deficiência visual. Leitores de tela e</p><p>software de conversão de texto em fala são duas dessas ferramentas que podem</p><p>ser usadas para tornar o conteúdo digital mais acessível. O software leitor de</p><p>tela lê o conteúdo de um documento digital em voz alta, permitindo que pessoas</p><p>com deficiência visual acessem informações escritas. O software de conversão</p><p>de texto em fala, por outro lado, pode ser usado para converter texto escrito em</p><p>palavras faladas, facilitando o consumo de conteúdo digital por pessoas com</p><p>deficiência visual.</p><p>Essas ferramentas são essenciais para tornar o conteúdo digital acessível</p><p>a pessoas com deficiência visual, permitindo que elas participem de atividades</p><p>6</p><p>on-line como educação, trabalho e mídias sociais. As telas Braille e a tecnologia</p><p>Braille atualizável são outras ferramentas que podem ser utilizadas para auxiliar</p><p>na inclusão de pessoas com deficiência visual. As telas Braille são dispositivos</p><p>que utilizam pontos táteis para exibir texto, permitindo que pessoas com</p><p>deficiência visual leiam o conteúdo escrito com os dedos.</p><p>A tecnologia Braille atualizável é uma forma mais avançada de exibição</p><p>em Braille que pode ser usada para exibir conteúdo dinâmico, como páginas da</p><p>Web e e-mails, no formato Braille. Essas ferramentas são essenciais para</p><p>pessoa com deficiência visual que dependem do Braille para acessar</p><p>informações escritas, possibilitando a participação em diversas atividades, como</p><p>educação, trabalho e lazer.</p><p>A descrição de áudio e os sistemas de feedback tátil são ferramentas</p><p>adicionais que podem ser usadas para auxiliar na inclusão de pessoas com</p><p>deficiência visual. A audiodescrição é uma técnica que envolve a descrição de</p><p>elementos visuais de uma cena durante um filme ou vídeo, permitindo que</p><p>pessoas com deficiência visual acompanhem a história. Os sistemas de</p><p>feedback háptico usam vibrações ou outras sensações táteis para fornecer</p><p>feedback a indivíduos com deficiência visual, permitindo-lhes navegar em seu</p><p>ambiente. Essas ferramentas são essenciais para pessoas com deficiência</p><p>visual que dependem de feedback sonoro e tátil para acessar informações e</p><p>navegar ao seu redor. A disponibilidade dessas ferramentas e tecnologias</p><p>melhorou significativamente a vida das pessoas com deficiências visuais,</p><p>permitindo-lhes participar de diversas atividades e levar uma vida independente.</p><p>Portanto, ferramentas disponíveis para a pessoa com deficiência existem,</p><p>porém ainda há dificuldades, sejam presenciais ou a distância, estão presentes</p><p>devido à singularidade de cada indivíduo. Cabe ressaltar aqui que as instituições</p><p>públicas, assim como a sociedade, buscam amenizar os problemas encontrados</p><p>na busca de uma educação que respeite as diferenças e atenda às necessidades</p><p>de aprendizagem desses alunos e que é dever de todos promover o acesso às</p><p>ferramentas adequadas para a inclusão dessas pessoas.</p><p>7</p><p>TEMA 3 – RECURSOS E MÉTODOS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL</p><p>EM SALA DE AULA</p><p>O uso de tecnologias e dispositivos assistivos tem se tornado cada vez</p><p>mais importante para proporcionar independência e autonomia aos alunos com</p><p>deficiência visual em sala de aula. Existem várias tecnologias assistivas</p><p>disponíveis que permitem que pessoas com deficiência visual acessem</p><p>equipamentos digitais, como leitores de tela, lupas e softwares de</p><p>reconhecimento de fala. Essas tecnologias podem ajudar os alunos com</p><p>deficiência visual a acessar e interagir com o conteúdo digital da mesma forma</p><p>que seus colegas com visão, aprimorando sua experiência de aprendizado e</p><p>desempenho acadêmico.</p><p>Braille e audiolivros são dois recursos comumente usados por alunos com</p><p>deficiência visual. Braille é um sistema de escrita tátil que permite que pessoas</p><p>com deficiência visual leiam e escrevam usando pontos em relevo. Os</p><p>audiolivros, por outro lado, fornecem uma representação em áudio do texto</p><p>escrito, permitindo que os alunos ouçam livros e outros materiais. Esses recursos</p><p>têm se mostrado eficazes para melhorar as habilidades de alfabetização entre</p><p>alunos com deficiência visual, bem como aumentar seu acesso a materiais</p><p>educacionais.</p><p>Além da tecnologia assistiva e recursos especializados, estratégias e</p><p>acomodações de ensino especializadas são cruciais para garantir o sucesso dos</p><p>alunos com deficiência visual na sala de aula. Os professores podem usar uma</p><p>variedade de estratégias de ensino, como descrições verbais, modelos táteis e</p><p>atividades práticas, para ajudar os alunos com deficiência visual a entender e</p><p>interagir com o material.</p><p>Acomodações como materiais impressos grandes, teclados em Braille e</p><p>assentos preferenciais também podem ajudar os alunos com deficiência visual a</p><p>acessar e se envolver melhor com os materiais de sala de aula. Ao usar essas</p><p>estratégias e acomodações, os educadores podem criar um ambiente de</p><p>aprendizagem mais inclusivo que atenda às necessidades de todos os alunos,</p><p>incluindo aqueles com deficiência visual.</p><p>No entanto, a verdade é que essa deficiência não diminui em hipótese</p><p>alguma a capacidade intelectual das pessoas. O que acontece é que outras</p><p>habilidades precisam ser desenvolvidas para que elas consigam contornar ou</p><p>8</p><p>resistir à ausência da visão para as tarefas do dia a dia. Por exemplo, a pessoa</p><p>pode desenvolver outros sentidos para identificar as suas necessidades, usar o</p><p>tato para leitura de livros e jornais em braile, entre outras abordagens.</p><p>À medida que esses indivíduos se adaptam à sua situação, eles</p><p>conseguem demonstrar muitas habilidades notáveis e se destacar em áreas</p><p>como empreendedorismo, tecnologia, arte, literatura e música. No mundo de</p><p>hoje, eles estão cada vez mais emancipados e afirmam o seu direito de ir e vir,</p><p>estudar, trabalhar e participar de forma ativa na vida social. Assim, mostram que</p><p>mesmo sem visão, podem ter e conquistar todos seus sonhos com as ajudas</p><p>devidas.</p><p>Além disso, outros dispositivos tecnológicos sempre irão permitir que eles</p><p>criem e compartilhem projetos com seus colegas, melhorando sua experiência</p><p>de aprendizagem e colaboração. O uso de tecnologias assistivas e dispositivos</p><p>para alunos com deficiência visual é essencial para promover a eficácia e a</p><p>motivação na aprendizagem e quando são equipados com as ferramentas</p><p>certas, alunos com deficiência visual podem ter a experiência educacional que</p><p>merecem.</p><p>TEMA 4 – ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL E SEU PERTENCIMENTO</p><p>Ao ser concebida como um corpo estruturado com órgãos e onde cada</p><p>órgão</p><p>tem uma função social muito precisa, a sociedade estabelece as</p><p>funções de cada indivíduo e determina quem pode e quem não pode</p><p>desempenhar os diversos papéis sociais. (Marques, 1994, p. 51).</p><p>É necessário que a instituição educacional tenha infraestrutura acessível,</p><p>forneça a orientação e instrução andando pelo prédio, bem como a garantia de</p><p>acessibilidade para quem estuda e trabalha ali. Para os casos em que há a</p><p>necessidade de uso de tecnologia assistiva, é importante que a universidade</p><p>forneça a assistência necessária, incluindo software e hardware, para que a</p><p>pessoa possa realizar as tarefas acadêmicas com mais autonomia.</p><p>No que se refere à integração entre colegas escolares, é importante</p><p>quebrar todos os tipos de barreiras sociais entre pessoas com deficiência visual</p><p>e sem deficiência, a fim de promover o convívio interpessoal. Esse convívio pode</p><p>vir de diferentes formas, desde instalações direcionadas ao público com</p><p>deficiência, discussões acerca de temas pertinentes, ações educativas no</p><p>território escolar e/ou participação em grupos de discussão que unam as</p><p>pessoas. Assim, os indivíduos com deficiência visual poderão sentir-se</p><p>9</p><p>plenamente parte da comunidade universitária e desfrutar do sentir pertencente</p><p>ao lugar.</p><p>Uma das principais formas de incentivar a inclusão é oferecer serviços de</p><p>acessibilidade para os estudantes, como adaptação de material de estudo ou</p><p>softwares específicos para leitura. Além disso, é fundamental que os professores</p><p>sejam treinados para lidar com os alunos com deficiência visual e estejam</p><p>cientes dos serviços de acessibilidade disponíveis para agirem na ajuda desses</p><p>estudantes.</p><p>Outra maneira de promover a inclusão de alunos com deficiência visual é</p><p>criar programas de mentoring específicos para eles, que tratam de questões</p><p>comportamentais e acadêmicas, ajudando os alunos a desenvolverem suas</p><p>habilidades e a buscarem o que querem com mais sucesso. Em suma, é</p><p>fundamental que as instituições educacionais estejam abertas para incluírem e</p><p>promoverem a inclusão de estudantes com deficiência visual, possibilitando</p><p>serviços de acessibilidade e incentivando programas de mentorias específicas</p><p>para esses alunos, assim projetando para eles resultados satisfatórios em suas</p><p>aprendizagens.</p><p>Aceitar e respeitar a diferença é uma dessas virtudes sem o que a</p><p>escuta não se pode dar. Se discrimino o menino ou a menina pobre, a</p><p>menina ou o menino negro, o menino índio, a menina rica; se discrimino</p><p>a mulher, a camponesa, a operária, não posso evidentemente escutá-</p><p>las, e se não as escuto, não posso falar com eles, mas a eles, de cima</p><p>para baixo. Sobretudo, me proíbo entendê-los. Se me sinto superior ao</p><p>diferente, não importa quem seja, recuso-me escutá-lo ou escutá-la. O</p><p>diferente não é o outro a merecer respeito, é um isto ou aquilo,</p><p>destratável ou desprezível. (Paulo Freire, 1996, p. 136).</p><p>Para isso, é importante planejar ações pedagógicas que contemplem</p><p>todas as necessidades dos alunos, organizados em grupos ou individuais,</p><p>tenhamos consciência de nossas limitações e abraçamos o desafio de sempre</p><p>buscar respostas que atendam expectativas diferentes. É necessário conhecer</p><p>a história, a cultura, as necessidades, as possibilidades e as limitações de cada</p><p>aluno para produzir experiências pedagógicas significativas.</p><p>Além disso, devemos nos manter atualizados quanto às tendências</p><p>educacionais e aos avanços na tecnologia, implementando práticas de ensino</p><p>que favoreçam o desenvolvimento de todo estudante. Essa formação contínua</p><p>nos fará crescer como docentes e nos fará mais competentes na promoção do</p><p>ensino-aprendizagem adequado a cada realidade.</p><p>10</p><p>TEMA 5 – DEFICIÊNCIA VISUAL E A ESCOLARIZAÇÃO</p><p>Após o século XIX, o educador americano, S. Gallaudet, foi responsável</p><p>por melhorar as possibilidades educacionais para essa parcela da população,</p><p>quando criou o método do Braille, com base na letra de imprensa aplicada ao</p><p>checar de goma.</p><p>Atualmente, esse método se mantém como um recurso relevante para</p><p>essas pessoas, e muitos outros procedimentos pedagógicos são empregados</p><p>para que esses indivíduos possam ter bons aprendizados. Entre esses, destaca-</p><p>se o uso de software com leitores de tela que traduzem textos escritos para fala,</p><p>técnicas de orientação motriz, ou a tradução de textos para o formato Braille.</p><p>Além disso, a educação inclusiva se tornou uma alternativa referente à</p><p>temática, em que os alunos com deficiência visual poderiam interagir em salas</p><p>de aula comuns favorecendo o desenvolvimento das habilidades cognitivas.</p><p>Diversos modelos e técnicas de ensino para atender às necessidades</p><p>específicas desses jovens têm sido desenvolvidos, desde o uso da</p><p>informatização de objetos como quadro-negro e carteira adaptada, até a oferta</p><p>de suporte e atividades de acompanhamento.</p><p>Outros dispositivos como recursos visuais especiais, programas de</p><p>aumento da leitura e matemática e computadores que leem em voz alta são</p><p>considerados itens que podem oferecer mais dinamismo e interação para o</p><p>processo de aprendizagem.</p><p>Assim sendo, há a compreensão de que, para que esses alunos alcancem</p><p>a máxima qualidade do ensino, é importante que os profissionais ministrantes</p><p>entendam o contexto das pessoas com deficiências visuais e usem as</p><p>ferramentas adequadas para ensinar seus conteúdos. É necessário que se</p><p>garanta a aquisição do conhecimento por parte dos alunos com deficiência,</p><p>apoiando-os sempre que possível em seu processo pedagógico.</p><p>Portanto, a escolarização de pessoas com deficiência visual precisa levar</p><p>em conta algumas particularidades que elas trazem para o processo educativo.</p><p>Além das adaptações para a sala de aula, é necessário levar em conta a</p><p>necessidade de acompanhamento por profissionais especializados, que poderão</p><p>reformular parte do programa escolar para tornar as aulas mais adequadas ao</p><p>tipo de deficiência apresentada.</p><p>11</p><p>Alguns recursos podem auxiliar nessa escolarização, sendo a tecnologia</p><p>uma parceira importante, possibilitando que o material didático seja</p><p>disponibilizado em versões específicas para pessoas com deficiências visuais,</p><p>com recursos como o MP3 ou mesmo versões em braille. Outras adaptações,</p><p>como a possibilidade de reescrever o material para as pessoas que possuem</p><p>baixa visão também são importantes.</p><p>Por último, é importante compreender que a escolarização de pessoas</p><p>com deficiência visual precisa ser realizada com um apoio constante e</p><p>profissional. O trabalho em equipe entre professores, especialistas e família são</p><p>fundamentais para ajudá-las a alcançar seus objetivos e a superar as restrições</p><p>impostas pela deficiência.</p><p>12</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>FOREST, M.; PEARPOINT, J. Inclusão: um panorama maior. In: MANTOAN, M.</p><p>T. E. et al. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma</p><p>reflexão sobre o tema. São Paulo: Artmed, 2004.</p><p>FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.</p><p>Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.</p><p>MARQUES, C. A. Para uma filosofia da deficiência: estudo dos aspectos ético-</p><p>social, filosófico-existencial e político institucional da pessoa portadora de</p><p>deficiência. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – ICHL, UFJF, Juiz de Fora,</p><p>1994.</p><p>SANTOS, C. R. A. dos. Ensino superior público no Brasil: mecanismos de</p><p>inclusão social e políticas atuais do Ministério da Educação. In: PEIXOTO, M. do</p><p>C. de L. (Org.). Universidade e democracia: experiências e alternativas para a</p><p>ampliação do acesso à universidade pública brasileira. Belo Horizonte: UFMG,</p><p>2004.</p><p>ZABALZA, M. A. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2004.</p><p>Textos acessíveis para pessoas com deficiência visual – IFPB. (n.d.) 26 maio</p><p>2023, de .</p><p>Utilização de Recursos de Tecnologia Assistiva por Escolares ... (n.d.)</p>

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