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<p>Disciplina</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Denise Matias</p><p>Mestre em Psicologia</p><p>Especialista em:</p><p>Docência para o Ensino Superior</p><p>Psicanálise na Contemporaneidade</p><p>Educação Especial</p><p>Psicóloga e Pedagoga</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Nesta unidade, serão apresentadas informações acerca das origens da Pedagogia,</p><p>que remontam ao século V, na Grécia antiga, que teve em Platão a primeira</p><p>idealização de um Sistema educacional, que tinha como premissa rejeitar a</p><p>educação que se praticava na Grécia até então.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Objetivos de aprendizagem:</p><p>• Identificar e reconhecer os eventos que culminaram na origem da Pedagogia.</p><p>• Indicar os marcos e fatos históricos que contribuíram na construção da identidade dos</p><p>pedagogos.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Origem da palavra Pedagogia:</p><p>Paidos, que, na língua grega antiga, significava “criança” e Agoge, que pode ser</p><p>traduzido como “conduzir” ou “condução”.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Desde a antiguidade, a Pedagogia teve como objetivo educar os seres humanos, homens</p><p>e mulheres, tornando-os capazes de garantir a sobrevivência de suas espécies.</p><p>Assim, a evolução do homem influenciou sua capacidade de aprender.</p><p>Coube aos chamados chefes de família/ anciãos a atividade crucial de realizar a</p><p>transmissão e o desenvolvimento da cultura vigente.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Berço da pedagogia: Grécia clássica, uma vez que o filósofo grego Platão (428-347 a.C) foi</p><p>o primeiro indivíduo a conceber um sistema educacional formalizado para seu tempo,</p><p>integrando-o a uma dimensão política e social.</p><p>O objetivo fundante da educação, segundo as ideias platônicas, baseava-se na formação</p><p>moral do homem, o que permitiria a todos viver em um Estado justo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A educação sofista pautava-se na ideia de satisfazer os imediatismos dos indivíduos, de</p><p>maneira pragmática e relativizada, para que as incertezas se tornassem mais enraizadas no</p><p>inconsciente coletivo, favorecendo a desqualificação dos costumes e o enfraquecimento</p><p>dos antigos valores.</p><p>Platão produziu uma Filosofia educacional que priorizava a busca pelas respostas, e</p><p>inquietações.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Filosofia Escolástica: método ocidental de pensamento crítico e de aprendizagem, com</p><p>origem nas escolas monásticas cristãs, que entrelaça a fé cristã à um sistema de</p><p>pensamento racional.</p><p>Santo Agostinho (354 – 430), foi um dos responsáveis por fundar as bases da Filosofia</p><p>adotada pela Igreja Católica, priorizou em suas práticas a educação para os nobres e</p><p>religiosos por meio da alfabetização, da retórica e da lógica, incorporando as ideias de</p><p>Platão ao cristianismo, determinando as virtudes e a sabedoria como elementos</p><p>indispensáveis na formação do indivíduo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Correntes filosóficas e suas concepções educacionais</p><p>Santo Agostinho (354 – 430), foi um dos responsáveis por fundar as bases da Filosofia</p><p>adotada pela Igreja Católica, priorizou em suas práticas a educação para os nobres e</p><p>religiosos por meio da alfabetização, da retórica e da lógica, incorporando as ideias de</p><p>Platão ao cristianismo, determinando as virtudes e a sabedoria como elementos</p><p>indispensáveis na formação do indivíduo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Cultura europeia: emergiu a educação humanista, que tem como principal premissa</p><p>valorizar o humano em detrimento do espiritual.</p><p>Protestantismo de Lutero: influenciou a educação ao valorizar a alfabetização e o</p><p>aprendizado de línguas como conhecimentos que deveriam ser acessíveis a todos.</p><p>Contrarreforma da Igreja Católica: conduzida por Inácio de Loyola e pelos jesuítas, pautava-</p><p>se em um rígido modelo de ensino intelectual e físico.</p><p>René Descartes: se impôs na educação e o racionalista Comênio revolucionou o ensino ao</p><p>recusar a rigidez excessiva e os castigos corporais contra as crianças durante os processos</p><p>de ensino.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>John Locke: visualizava a educação como uma base primordial para a formação do caráter</p><p>de um indivíduo, de cunho moralista.</p><p>Rousseau: considerado o pai da Pedagogia contemporânea, que apontou para novas</p><p>perspectivas de transformações na Pedagogia, apresentando uma ideia contrária à</p><p>educação livresca, enfatizando os fatos e as experiências como fundamentais para a</p><p>evolução da sociedade.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Revolução Francesa: englobava a ideia de construir um sistema de ensino, criado para</p><p>formar novos homens, isto é, os chamados futuros cidadãos. Esse sistema de ensino</p><p>estruturou-se nos princípios de liberdade, igualdade e na democracia.</p><p>Logo, os diversos acontecimentos históricos e as múltiplas sociedades que existiram e/ou</p><p>ainda coexistem definiram e/ou definem diferentes caminhos próprios para construir as</p><p>concepções do que é Pedagogia, o que envolve modos de ensinar, educar e lidar com a</p><p>prática educativa</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Na próxima unidade conversaremos sobre os grandes teóricos da pedagogia:</p><p>dos tradicionais aos contemporâneos.</p><p>Disciplina</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Denise Matias</p><p>Mestre em Psicologia</p><p>Especialista em:</p><p>Docência para o Ensino Superior</p><p>Psicanálise na Contemporaneidade</p><p>Educação Especial</p><p>Psicóloga e Pedagoga</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Os grandes teóricos da pedagogia:</p><p>dos tradicionais aos contemporâneos</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Nessa unidade, serão apresentados nomes e pensamentos de grandes teóricos da</p><p>Pedagogia, desde os tradicionais até os contemporâneos, brasileiros e estrangeiros, bem</p><p>como suas contribuições para a sociedade em suas respectivas épocas e também na</p><p>contemporaneidade.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Objetivos de aprendizagem:</p><p>• Identificar os aspectos que influenciaram as linhas de pensamento dos teóricos da</p><p>Pedagogia;</p><p>• Reconhecer as concepções educacionais de diferentes teóricos;</p><p>• Relacionar as ideias dispostas por diferentes teóricos do campo educacional.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Segundo Rosseau o adulto/professor, que é o responsável por educar, passa a ter, então,</p><p>contribuição significativa para o desenvolvimento saudável da criança.</p><p>Porém, é preciso salientar que, mesmo não mais em uma posição central, respeitar o</p><p>mundo da criança não significa, de maneira alguma, desconsiderar o papel do adulto, mas</p><p>sim a construção de uma prática pedagógica.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Cabe ao educador manter como princípio pedagógico as expressões naturais biológicas da</p><p>criança, que em cada idade se manifestam de forma diferente, exigindo, assim, tratamento</p><p>adequado às especificidades da criança.</p><p>Ou seja, o docente deve ser um mediador entre a criança e as possibilidades que a</p><p>cercam.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Alguns nomes que tiveram, em alguma medida, a influência dos trabalhos dos</p><p>chamados “pais da Pedagogia”.</p><p>• Friedrich Froebel</p><p>• Jean Piaget</p><p>• Lev Vygotsky</p><p>• Henry Wallon</p><p>•Maria Montessori</p><p>• Emilia Ferreiro</p><p>• John Dewey</p><p>• Paulo Freire</p><p>• Anísio Teixeira</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Os três teóricos, Piaget, Vygotsky e Wallon, foram fortemente influenciados pelos</p><p>pensamentos e obras de Friedrich Froebel, primeiro educador a destacar a importância</p><p>dos brinquedos e das atividades lúdicas no processo de desenvolvimento da criança.</p><p>O processo de construção e reconstrução de conhecimentos se dá por etapas, que se</p><p>iniciam quando o sujeito ainda é uma criança, o que se configura como a essência do</p><p>Construtivismo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Maria Montessori concentrou seus esforços, durante bastante tempo, nas crianças</p><p>pequenas. Posteriormente, ampliou o campo de suas pesquisas às crianças mais velhas e à</p><p>família. Segundo sua visão pedagógica, a infância é a fase primordial para a evolução</p><p>saudável e gradual dos indivíduos.</p><p>O pedagogo, no método Montessoriano, deve assumir uma posição complementar no</p><p>processo de aprendizagem, com a função</p><p>de dirigir as atividades das crianças e observar sua</p><p>evolução.</p><p>Por isso, torna-se de fundamental importância que o docente conheça e domine os</p><p>recursos e técnicas de apresentação dispostos no método Montessoriano, com o intuito de</p><p>orientar a criança da melhor maneira possível.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Emília Ferreiro e os brasileiros Paulo Freire e Anísio Teixeira contribuíram, de maneiras</p><p>distintas, para a Pedagogia, focando grande parte de suas obras no processo de</p><p>alfabetização, seja de crianças ou de adultos.</p><p>Enfatizou as crianças no processo de construção do conhecimento, dando um novo</p><p>significado às práticas pedagógicas que conduziam à sua alfabetização.</p><p>Realizou uma “revolução conceitual” a respeito da alfabetização, já que alterou as ideias</p><p>que constituíam o tema alfabetização, levantando debates sobre os métodos e os testes</p><p>utilizados para o ensino da leitura e da escrita.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Paulo Freire surgiu como o idealizador de uma educação/Pedagogia que retirasse o</p><p>analfabeto da posição de oprimido, com o intuito de agregá-lo à sociedade como um todo.</p><p>Combatente da chamada educação bancária, priorizava a formação de sujeitos críticos,</p><p>autônomos, criativos e conscientes de seus papéis como cidadãos.</p><p>Anísio Teixeira, estabeleceu como prioridade o desenvolvimento e crescimento das bases</p><p>educacionais brasileiras. Reformou a educação pública, sobretudo a primária, visando a</p><p>modernização e desenvolvimento social e econômico do Brasil.</p><p>Lutou pela oferta de uma escola pública, universal, laica, gratuita, obrigatória.</p><p>Na próxima unidade conversaremos sobre:</p><p>As diretrizes que fundamentam a profissão do pedagogo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Disciplina</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Denise Matias</p><p>Mestre em Psicologia</p><p>Especialista em:</p><p>Docência para o Ensino Superior</p><p>Psicanálise na Contemporaneidade</p><p>Educação Especial</p><p>Psicóloga e Pedagoga</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>DIRETRIZES QUE FUNDAMENTAM A</p><p>PROFISSÃO DO PEDAGOGO</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Na unidade três, serão analisadas as DCN´s (Diretrizes Curriculares Nacionais) dos cursos</p><p>de Pedagogia no Brasil e os marcos que contribuíram para sua consolidação, levando-se</p><p>em conta a sua importância para o processo de construção da identidade da Pedagogia e</p><p>dos pedagogos, como profissionais.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Objetivos de aprendizagem:</p><p>• Definir as normas e princípios que norteiam os cursos de Pedagogia no Brasil;</p><p>• Discutir o histórico de construção das Diretrizes Curriculares Nacionais;</p><p>• Identificar as diretrizes que conduzem as propostas ofertadas nos cursos de</p><p>pedagogia.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O que são as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de pedagogia no Brasil?</p><p>Segundo a Resolução Nº 2, de 1º julho de 2015, essas diretrizes, referentes aos cursos</p><p>de Pedagogia no Brasil, estabelecem quais são os princípios, as condições de ensino e</p><p>de aprendizagem e os procedimentos relativos ao planejamento e avaliação, a serem</p><p>seguidos pelos órgãos dos sistemas de ensino e pelas instituições de educação superior</p><p>do país. Veja abaixo algunsdos princípios que norteiam as DCNs.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A Resolução apresentada dispõe a regulamentação dos cursos de Pedagogia no Brasil,</p><p>que têm como principal premissa, segundo o documento, formar professores para a</p><p>docência nos níveis dos sistemas de ensino apontados.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Apenas no século XIX visualizou-se um preocupação inicial com a formação de docentes.</p><p>Por isso, nesse período, em 1823, houve a criação da escola de primeiras letras.</p><p>Tal instituição se caracterizava pelo método de ensino mútuo e, a partir dessa prática,</p><p>surgiu a preocupação de preparar professores para atuarem por meiodestametodologia.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Em 1827, foi aprovada uma Lei que determinava a realização de exames de seleção para</p><p>professores.Isso aconteceu em uma época que, até então, não se exigiam cursos específicos</p><p>que formassem novos docentes.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Em 1939, foi regulamentado o curso de Pedagogia no Brasil, denominando os professores</p><p>como “técnicos em educação”. Seguindo esta nomenclatura, Brito (2006, p. 01)afirma:</p><p>[…] o curso de Pedagogia oferecia o título de bacharel, a quem cur-</p><p>sasse três anos de estudos em conteúdos específicos da área, quais</p><p>sejam fundamentos e teorias educacionais; e o título de licenciado</p><p>que permitia atuar como professor, aos que, tendo concluído o ba-</p><p>charelado, cursassem mais um ano de estudos, dedicados à Didática</p><p>e a Prática de Ensino.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Em 1961, com a intenção de eliminar as dúvidas sobre as diferenças entre o bacharelado e</p><p>a licenciatura, fixou-se o currículo mínimo do curso de bacharelado em Pedagogia,</p><p>composto por sete disciplinas indicadas pelo CFE e mais duas escolhidas pela instituição.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Na década de 1980, diversas universidades reconstruíram suas bases curriculares, tendo</p><p>como objetivo formar, no curso de Pedagogia, profissionais para atuarem na educação pré-</p><p>escolar e nas séries iniciais do ensino fundamental.</p><p>No centro dessas reformas curriculares, viu-se uma preocupaçãomaior com os processos de</p><p>ensinar, aprender e também gerir escolas.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Nos dias atuais, conforme indicam as Diretrizes Curriculares Nacionais, presentes na</p><p>Resolução Nº 2, de 1º de julho de 2015, os cursos de Pedagogia habilitam aos seus alunos</p><p>atuarem em funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino</p><p>Fundamental e, também, nos cursos de Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos,</p><p>Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo, Educação</p><p>Escolar Indígena, Educação a Distância e Educação Escolar Quilombola.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019</p><p>Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a</p><p>Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores</p><p>da Educação Básica (BNC-Formação).</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019</p><p>Art. 2º A formação docente pressupõe o desenvolvimento, pelo licenciando, das</p><p>competências gerais previstas na BNCC-Educação Básica, bem como das aprendizagens</p><p>essenciais a serem garantidas aos estudantes, quanto aos aspectos intelectual, físico,</p><p>cultural, social e emocional de sua formação, tendo como perspectiva o desenvolvimento</p><p>pleno das pessoas, visando à Educação Integral.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Art. 4º As competências específicas se referem a três dimensões</p><p>fundamentais, as quais, de modo interdependente e sem hierarquia, se</p><p>integram e se complementam na ação docente. São elas:</p><p>I - conhecimento profissional;</p><p>II - prática profissional; e</p><p>III - engajamento profissional.</p><p>http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=135951-rcp002-</p><p>19&category_slug=dezembro-2019-pdf&Itemid=30192</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Organização dos cursos de pedagogia</p><p>O Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia, deve contemplar a diversidade social, étnico-</p><p>racial, a pluralidade de concepções pedagógicas e o conjunto de competências dos</p><p>estabelecimentos de ensino e dos docentes.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Carga horária do curso: mínimo de 3.200 horas.</p><p>Práticas como componente curricular: 400 horas.</p><p>Atividades formativas(seminários, pesquisas, visitas a instituições educacionais e culturais,</p><p>atividades participação em grupos): 2.200 horas.</p><p>Estágio supervisionado: 400 horas.</p><p>Atividades teórico-práticas por meio, da iniciação científica, da extensão e da monitoria: 200</p><p>horas.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Essas informações demonstram que os cursos de Pedagogia, oferecidos pelas instituições</p><p>de ensino, propiciam aos</p><p>futuros profissionais uma ampla gama de campos de atuação e</p><p>podem, sim, apresentar e disseminar uma identidade que os diferencie das demais</p><p>graduações dispostas no mercado, porém, sempre respeitando e abrangendo as normas e</p><p>regras determinadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>UNIDADE 4</p><p>A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO:</p><p>COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA ATUAÇÃO PROFISSIONAL</p><p>Disciplina</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Denise Matias</p><p>Mestre em Psicologia</p><p>Especialista em:</p><p>Docência para o Ensino Superior</p><p>Psicanálise na Contemporaneidade</p><p>Educação Especial</p><p>Psicóloga e Pedagoga</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO:</p><p>COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARAATUAÇÃO PROFISSIONAL</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Após a análise das Diretrizes Curriculares Nacionais, que regulamentam as estruturas dos</p><p>cursos de Pedagogia no Brasil, nesta unidade, serão destacadas as competências e</p><p>habilidades exigidas dos profissionais que cursam e formam-se em Pedagogia, tendo em</p><p>vista os estudos teórico-práticos, investigação e reflexão crítica acerca de diferentes noções</p><p>elementares que envolvem as ações profissionais de um pedagogo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Objetivos de aprendizagem:</p><p>•Reconhecer as competências e habilidades referentes à atuação do pedagogo no</p><p>mercado de trabalho;</p><p>•Discutir a construção da identidade do pedagogo;</p><p>•Relacionar a atuação do pedagogo no passado e no presente.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O perfil do graduado em Pedagogia, atualmente, deve contemplar uma formação</p><p>teórica consistente, permeada por uma diversidade de práticas e conhecimentos</p><p>distintos.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O curso de Pedagogia tem como principal premissa formar profissionais que estejam</p><p>aptos a realizarem estudos do campo teórico-investigativo da educação e práticas</p><p>técnico-profissionais.</p><p>Tais atividades podem ser desenvolvidas em sistemas de ensino formalizados, nas escolas</p><p>ou em instituições com diferentes atribuições, que podem ser escolares ou não.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Conforme aponta Libâneo (2006), há uma certa precariedade na formação dos</p><p>profissionais da Pedagogia, que tem como consequência diversas deficiências na</p><p>qualidade do trabalho:</p><p>• Sobrecarga disciplinar no currículo para cobrir todas as tarefas previstas para o</p><p>professor;</p><p>• Ausência de conteúdo específicos das disciplinas do currículo do ensino fundamental.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Levando-se em conta essa diversidade de saberes e as atribuições das Diretrizes curriculares</p><p>Nacionais, Libâneo (2001, p. 16), em anos longínquos, aponta que:</p><p>É preciso uma mudança radical nas formas institucionais e</p><p>curriculares de formação de professores, superando o atual</p><p>esquema do bacharelado e da licenciatura, que não respondem mais</p><p>às necessidades prementes de qualificação profissional para um tempo</p><p>novo. Centrar a formação de professores numa instituição modelar como</p><p>as Faculdades de Educação e atribuir-lhe a responsabilidade de con-</p><p>catenar, no âmbito das universidades, as políticas e planos de formação</p><p>de professores em estreita articulação com os institutos, faculdades ou</p><p>departamentos das áreas específicas pode ser a garantia não apenas de</p><p>melhoria da qualidade da formação, mas de assegurar a profissionalidade</p><p>do professorado, de modo a que se configure sua identidade e estatuto</p><p>profissional.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), busca-se avaliar o</p><p>rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos</p><p>programáticos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e</p><p>habilidades em nível de formação geral e profissional e o grau de atualização dos</p><p>estudantes com relação à realidade vigente, no Brasil e no mundo.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>As instituições de Ensino Superior que ofertam os cursos, neste caso de Pedagogia, podem</p><p>reformular suas práticas e concepções acerca do curso avaliado, levando em conta os</p><p>níveis de proficiência mostrados pelos alunos.</p><p>Contudo, tal exame, apesar de contextualizar possíveis situações práticas, pauta-se em uma</p><p>prova de múltipla escolha e escrita, que não produz, de fato, situações reais, que exigem</p><p>ações diretas e concretas.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Diante de tantas atribuições demarcadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, relativas</p><p>ao trabalho do pedagogo, evidencia-se que, claramente, há uma diversidade de práticas</p><p>educativas na sociedade, que, caso se configurem como intencionais, exigem uma ação</p><p>pedagógica</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>UNIDADE 5</p><p>ATUAÇÃO DO PEDAGOGO: ÁREAS, ATRIBUIÇÕES E PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>Disciplina</p><p>O PEDAGOGO E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Denise Matias</p><p>Mestre em Psicologia</p><p>Especialista em:</p><p>Docência para o Ensino Superior</p><p>Psicanálise na Contemporaneidade</p><p>Educação Especial</p><p>Psicóloga e Pedagoga</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Na unidade 5, serão demonstradas as áreas de atuação destinadas aos profissionais</p><p>da Pedagogia e quais são as atribuições dos cargos em questão e os princípios</p><p>éticos que norteiam cada uma das áreas de trabalho citadas.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>• Indicar campos de atuação nos quais o profissional da Pedagogia pode atuar</p><p>• Identificar as habilidades e competências necessárias para atuar em diferentes</p><p>campos.</p><p>• Discutir as funcionalidades exercidas pelo pedagogo em diferentes esferas de atuação.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A Pedagogia se constitui como um campo de conhecimento que apresenta objetos,</p><p>problemáticas e métodos próprios de investigação, o que a configura como uma ciência</p><p>da educação.</p><p>Tal concepção demonstra que as práticas educativas não são produzidas apenas em</p><p>escolas, mas também podem se expandir por diferentes setores do mercado de trabalho.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>PEDAGOGIA EMPRESARIAL</p><p>A Pedagogia empresarial é um campo inovador na área da educação e engloba a</p><p>formação de profissionais que gostariam de atuar fora do contexto escolar. Dentro</p><p>dessa esfera, há também a psicopedagogia empresarial.</p><p>Esses dois novos setores de atuação do pedagogo referem-se à área de Recursos</p><p>Humanos, isto é, abrange o profissional preparado para trabalhar com a parte humana da</p><p>empresa.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Almeida e Costa (2012, p. 03) afirmam:</p><p>O Pedagogo para atuar em um âmbito empresarial deve ter uma</p><p>base teórica que reúne investigação e prática, dando foco para</p><p>conhecimentos específicos do campo educacional nas</p><p>organizações, necessita identificar os problemas profissionais e</p><p>socioculturais visando à participação de todos, despertando uma</p><p>visão da nova realidade do mercado de trabalho. É preciso muito</p><p>estudo e observação do que está acontecendo dentro da empresa e</p><p>entender o seu andamento, seu desenvolvimento e porque existe</p><p>um desequilíbrio dentro dela.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Tendo em vista tal diversidade de funcionários e suas concepções, que o pedagogo precisa</p><p>ter em mente que, assim como em uma sala de aula, as pessoas se diferenciam umas das</p><p>outras, uma vez que possuem suas singularidades, que abrangem habilidades,</p><p>conhecimentos e competências distintas.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>PEDAGOGIA HOSPITALAR</p><p>A Pedagogia hospitalar tem como objetivo proteger o os direitos das crianças e dos</p><p>adolescentes hospitalizados (Resolução 41/95), rezando que toda criança e adolescente</p><p>deve ter oportunidades iguais, independentemente da situação de saúde que</p><p>apresentam.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Segundo Silva e Fantacini (2013, p. 04):</p><p>Assegurar o direito que as crianças possuem de ter educação e</p><p>permitir uma vida mais pacífica e calma é uma das tentativas da</p><p>Pedagogia Hospitalar, porém essa</p><p>tarefa deve ser realizada de</p><p>forma coletiva entre pais, familiar e profissional, e todos precisam</p><p>participar das atividades, devido às mesmas proporcionarem</p><p>inúmeras melhorias para a recuperação da criança.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Prezando sempre o bem-estar integral da criança e do adolescente nesse ambiente, que,</p><p>quando hospitalizadas, passam por um processo que abala sua vida social, os pedagogos</p><p>precisam se preparar para lidar com as diferentes experiências de vida presentes no</p><p>ambiente hospitalar, com o intuito de identificar as reais necessidades dos alunos, fazendo</p><p>as modificações e adequações curriculares que proporcionem ao paciente a possibilidade de</p><p>apreender os conhecimentos dispostos.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>PEDAGOGIA PRISIONAL</p><p>O pedagogo tem como campo de trabalho as penitenciárias, que são mantidas pelo Estado.</p><p>Portanto, é dever do Estado garantir a educação para os detentos, a fim de que esses</p><p>sujeitos possam se reintegrar à sociedade ao término do cumprimento da pena.</p><p>Com base nessas condições, cabe ao pedagogo ser um agente de mudanças na vida dos</p><p>detentos, por meio de práticas educativas aplicadas em um ambiente não propício para a</p><p>aplicabilidade das ações pedagógicas.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>As atividades educativas construídas e executadas pelos pedagogos devem possuir caráter</p><p>abrangente e buscar expandir o olhar dos detentos para novas possibilidades de vida, além</p><p>de promover momentos de reflexão acerca de suas vidas e experiências.</p><p>É preciso que o profissional esteja preparado para lidar com as limitações de trabalho que</p><p>envolvem espaços inapropriados para realização dos trabalhos e recursos limitados.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A inexistência de uma formação pedagógica específica bem delineada para os</p><p>profissionais que pretendem atuar em sistemas prisionais demonstra que há,</p><p>claramente, uma deficiência nos cursos de Pedagogia e discussões acerca dessa esfera</p><p>de atuação.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>PEDAGOGIA SOCIAL</p><p>A Pedagogia Social, se propõe a fazer a interligação entre os processos de ensino-</p><p>aprendizagem e suas dimensões sociopedagógicas, baseando-se nos conflitos sociais que</p><p>envolvem a escola no Brasil, especialmente a pública.</p><p>Este campo denota um desafio que abrange as metodologias construídas entre a Pedagogia</p><p>e os Serviço Sociais, priorizando a prática da educação social e a inspiração freireana da</p><p>educação crítica e transformadora, que recai sobre uma perspectiva que a contrapõe à</p><p>educação formal.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Por não se tratar estritamente do ambiente escolar e, sim, pautar suas ações no am-</p><p>biente externo à ela, a Pedagogia Social direciona seu olhar</p><p>à população socialmente excluída, principalmente crianças, adolescentes e jovens, que se</p><p>encontram em organizações sociais e espaços mais ou menos formais que necessitam de</p><p>um apoio indispensável para superar as suas condições precárias.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>É neste panorama que o pedagogo ganha preponderante importância, visto que a</p><p>Pedagogia Social é ampla, não é neutra, e é o campo da Pedagogia que se constrói,</p><p>dialoga, transita e agrega sistematicamente os conhecimentos e saberes construídos do</p><p>Serviço Social, Sociologia, Filosofia, Psicologia Social, Educação Social, Educação</p><p>Comunitária, da Educação Popular de Paulo Freire bem como os saberes de experiência</p><p>produzidos pela humanidade.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>EDUCAÇÃO ESPECIAL</p><p>Conforme apontam as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional</p><p>Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, , para atuar na área de</p><p>Educação Especial, o pedagogo deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da</p><p>docência e formação específica para a Educação Especial, isto é, uma especialização a nível</p><p>lato ou stricto-sensu.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo, inserido no contexto da educação Especial, precisa saber de que maneira as</p><p>limitações apresentadas pelos alunos com necessidades especiais podem comprometer sua</p><p>aprendizagem.</p><p>Portanto, faz-se parte de suas competências e habilidades conhecer e identificar as</p><p>estratégias, atividades e recursos que possam contribuir para a evolução do aluno e a</p><p>minimização ou superação de suas dificuldades.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Nesta unidade, foi mostrado como a Pedagogia aponta para diversos caminhos pelos</p><p>quais os pedagogos podem trilhar. Pedagogia empresarial, hospitalar, Pedagogia Social,</p><p>são inúmeros os campos de atuação em que o profissional dessa área pode atuar.</p><p>Nessa ótica, com as profundas evoluções e alterações no mundo atual, composto pela</p><p>chamada sociedade do conhecimento, nos próximos anos, décadas, ainda mais mudanças</p><p>acontecerão.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>UNIDADE 06</p><p>A PEDAGOGIA COMO CAMPO INVESTIGATIVO TEÓRICO-PRÁTICO DA EDUCAÇÃO</p><p>Disciplina</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Denise Matias</p><p>Mestre em Psicologia</p><p>Especialista em:</p><p>Docência para o Ensino Superior</p><p>Psicanálise na Contemporaneidade</p><p>Educação Especial</p><p>Psicóloga e Pedagoga</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A PEDAGOGIA COMO CAMPO INVESTIGATIVO TEÓRICO-PRÁTICO DA EDUCAÇÃO</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Nesta unidade será apresentada a origem da educação especial e dos fatores culturais e</p><p>bilíngues no processo educacional. Expõe os pontos importantes para as metodologias a</p><p>serem utilizadas nas escolas e os conceitos a serem trabalhados em âmbito educacional.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Objetivos de aprendizagem:</p><p>• Definir o trabalho teórico-prático como atividade fundamental para o profissional da</p><p>Pedagogia.</p><p>• Reconhecer a interrelação direta entre teoria e prática.</p><p>• Relacionar a significação dada a Pedagogia no passado e no presente.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A Pedagogia tem múltiplas finalidades, já que lida com a formação humana em diversos</p><p>aspectos, o que envolve o contato com diferentes indivíduos, em diferentes espaços, que</p><p>podem ultrapassar os muros das escolas.</p><p>Tal multiplicidade indica que a Pedagogia amplia sua especificidade epistemológica no</p><p>campo científico e profissional da Pedagogia constantemente.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A Pedagogia, atualmente, apega-se, de alguma forma, às conceituações da chamada</p><p>Pedagogia clássica, difundida pelos teóricos acima citados, sempre interligada à ação</p><p>formativa e educativa dos seres humanos, mas englobando diversos campos aonde esse</p><p>processo de construção e reconstrução educativa pode ocorrer.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A Pedagogia se dedica à formação escolar, com práticas educativas e diversas</p><p>metodologias de ensino aos educandos.</p><p>Porém, é preciso salientar qual é o principal fundamento que constitui a Pedagogia, que é,</p><p>antes de qualquer concepção, um campo teórico-investigativo que se concentra em</p><p>estudos, pesquisas e na reflexão sobre os processos educativos e seus resultados.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>As práticas educativas necessitam de uma fundamentação teórica para serem</p><p>executadas. Então, nessa relação entre teoria e prática, cabe ao pedagogo definir as</p><p>melhores formas de trabalhar, superar as dificuldades e visualizar, com maior amplitude,</p><p>as novas possibilidades de uma atuação que seja capaz de produzir resultados efetivos.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>A Pedagogia, como ciência da educação, deve se apresentar, sempre, como uma</p><p>pedagogia crítica, ciente de suas atribuições, que se centram na transformação positiva</p><p>dos grupos sociais e na harmonização das relações entre os grupos sociais.</p><p>O pedagogo e suas áreas de atuação</p><p>Diante dessa concepção epistemológica ampla que envolve o campo educativo e as</p><p>ciências da educação, em geral, a Pedagogia tem quebrado e, possivelmente, quebrará</p><p>mitos acerca da posição que ocupa entre os múltiplos campos de estudo existentes, a</p><p>partir</p><p>das variadas e, sempre presentes, exigências do mundo moderno.</p><p>O campo do saber da Pedagogia que organiza</p><p>a gestão dos processos socioeducativos</p><p>produzidos fora da escola</p><p>Prof.: Marcio Bernardino Sirino</p><p>O CAMPO DO</p><p>SABER DA</p><p>PEDAGOGIA QUE</p><p>ORGANIZA A</p><p>GESTÃO DOS</p><p>PROCESSOS</p><p>SOCIOEDUCATIVOS</p><p>PRODUZIDOS FORA</p><p>DA ESCOLA</p><p>• A Unidade 1 irá discutir sobre o</p><p>campo do saber da Pedagogia</p><p>Social que vem contribuindo para a</p><p>reflexão de práticas</p><p>socioeducativas desenvolvidas em</p><p>diferentes espaços sociais</p><p>educativos e que são organizadas</p><p>por processos gerenciais mais</p><p>democráticos.</p><p>PEDAGOGIA SOCIAL:</p><p>DA HISTÓRIA À CONCEPÇÃO</p><p>• A partir das contribuições de Otto (2009) encontramos um cenário</p><p>de constituição da Pedagogia Social no final do século XIX, na</p><p>Alemanha, onde os trabalhadores alemães sofriam com mudanças</p><p>sociais e econômicas do país que não garantiam as políticas de</p><p>bem-estar social e as estruturas mínimas para atender às demandas</p><p>da classe operária e de suas famílias.</p><p>• Momento quando, Paul Natorp, um dos grandes nomes da Pedagogia</p><p>Social, apresenta a ideia de escolarização da população alemã</p><p>como um espaço privilegiado de organização social e de trabalho,</p><p>principalmente para as camadas mais empobrecidas da população.</p><p>Pedagogia Social:</p><p>da história à</p><p>concepção</p><p>TEÓRICO DA</p><p>PEDAGOGIA</p><p>SOCIAL</p><p>CONCEPÇÃO DE PEDAGOGIA SOCIAL</p><p>Otto (2009) “A Pedagogia Social baseia-se na crença de que é possível decisivamente</p><p>influenciar circunstâncias sociais por meio da educação” Otto (2009, p.</p><p>31).</p><p>Souza Neto (2010) “[...] ajudar a compreender a realidade social e humana, melhorar a</p><p>qualidade de vida, por meio do compromisso com os processos de</p><p>libertação e de transformação social nos quais vivem ou sofrem as</p><p>pessoas” Souza Neto (2010, p. 32).</p><p>Graciani (2014) “A Pedagogia Social se caracteriza como uma ciência transversal aberta</p><p>às necessidades populares que busca enraizar-se na cultura dos povos</p><p>para dialeticamente, construir outras possibilidades sem aniquilar o</p><p>passado, mas promovendo a sua superação” Graciani (2014, p. 20).</p><p>Ferreira (2018) “A Pedagogia Social é um campo teórico em questionamento por si só, ou</p><p>seja, uma indagação constante sobre o quanto as nossas práticas</p><p>pedagógicas atendem verdadeiramente ‘social’ demandado pelos grupos</p><p>em vulnerabilidade social” Ferreira (2018, p. 46).</p><p>EDUCAÇÃO POPULAR</p><p>A educação popular é fruto do pensamento</p><p>do eterno Paulo Freire, patrono da nossa</p><p>educação brasileira. A partir da experiência</p><p>de alfabetização de adultos desenvolvida no</p><p>interior do Brasil em 1960, a construção da</p><p>educação popular foi tomando ‘corpo’ por se</p><p>relacionar com o trabalho pedagógico</p><p>desenvolvido com as classes populares</p><p>articulando uma relação profunda com os</p><p>movimentos sociais e com a busca de uma</p><p>emancipação para diferentes sujeitos.</p><p>EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA</p><p>A educação comunitária pode ser considerada um</p><p>desdobramento da educação popular no sentido de</p><p>busca pela melhoria da qualidade de vida de setores</p><p>excluídos da sociedade. Uma perspectiva de educação</p><p>desenvolvida em escolas comunitárias e cooperativas</p><p>que tem como pilar a participação de todos e os</p><p>processos de autogestão, integrados ao trabalho</p><p>produtivo. Espaço onde se evidenciam iniciativas de</p><p>economia solidária atrelada à ideia de uma educação</p><p>socialmente produtiva.</p><p>EDUCAÇÃO SOCIAL</p><p>A educação social vem sendo apresentada no finalzinho</p><p>da ditadura militar, por volta dos anos 70 e 80, como</p><p>uma forma de luta e de resistência para todas as</p><p>pessoas que têm seus direitos negados. Observem que</p><p>esta abordagem difere da educação popular (exclusiva</p><p>para as camadas empobrecidas) e, também, da</p><p>perspectiva da educação comunitária (voltada para a</p><p>integração ao trabalho produtivo), uma vez que a</p><p>educação social foi construída para todas as camadas</p><p>sociais. Momento quando houve um crescimento das</p><p>Organizações Não Governamentais (ONGs), o</p><p>fortalecimento da Assistência Social e a luta pela</p><p>institucionalização da profissão ‘educador social’.</p><p>GERENCIAMENTO DO ESPAÇO</p><p>EDUCATIVO NÃO ESCOLAR</p><p>• Administrar um espaço educativo escolar já se configura um grande</p><p>desafio, imagine um espaço não escolar onde, para além do</p><p>processo de aquisição de conhecimentos historicamente</p><p>construídos, há uma preocupação com a transformação do contexto</p><p>social, por meio das práticas socioeducativas dinamizadas.</p><p>• Conhecer o público-alvo do espaço socioeducativo, onde moram, o</p><p>que vivenciam cotidianamente, suas expectativas, suas angústias,</p><p>suas demandas e, neste contexto, construir ações coletivas,</p><p>democráticas e que contribuam para uma formação destes sujeitos</p><p>se configuram desafios que, inicialmente, evidenciam a</p><p>especificidade de assumir a gestão de um espaço fora dos muros</p><p>escolares.</p><p>Paro (2001) em suas reflexões sobre gestão</p><p>democrática na Lei de Diretrizes e Bases da</p><p>Educação Nacional (LDBEN) nos sinaliza 6 (seis)</p><p>vertentes importantes: 1) normas de gestão</p><p>democrática (articulando a participação de todos os</p><p>sujeitos); 2) condição de trabalho (problematizando a</p><p>localização, a estrutura, a quantidade de indivíduos</p><p>etc.); 3) A construção da autonomia (referente à</p><p>capacidade de escolha e o poder de decisão); 4)</p><p>Participação da comunidade na gestão</p><p>(possibilitando uma construção coletiva no</p><p>gerenciamento); 5) Formação profissional do</p><p>dirigentes (tencionando se os gestores possuem nível</p><p>superior, pós-graduações etc.); e 6) O processo de</p><p>escolha dos dirigentes (a democratização não se</p><p>reduz à eleição).</p><p>“Quando falamos em educação, a grande parte da</p><p>população pensa no ambiente escolar. De fato, este é um</p><p>espaço que a sociedade ocidental escolheu como lugar</p><p>do preferível para que os principais processos de ensino-</p><p>aprendizagem aconteçam de forma a levar os indivíduos</p><p>ao encontro do patrimônio cultural de nossas culturas. O</p><p>que nos falta é assumirmos a seguinte afirmação: a</p><p>educação não se resume a uma única instituição social</p><p>como o caso da escola. Na verdade, a educação é um</p><p>conjunto de relações estabelecidas entre os diversos</p><p>grupos, nos distintos contextos sociais, e forjadas nas</p><p>instituições existentes na sociedade e que, direta ou</p><p>indiretamente, nos encontramos inseridos e/ou somos</p><p>partes constituintes dela”.</p><p>(FERREIRA, 2019a, p. 5)</p><p>UNIDADE II</p><p>Ordenamentos Normativos que embasam a</p><p>gestão de processos socioeducativos</p><p>desenvolvidos em espaços não escolares</p><p>Prof.: Marcio Bernardino Sirino</p><p>ORDENAMENTOS NORMATIVOS QUE</p><p>EMBASAM A GESTÃO DE PROCESSOS</p><p>SOCIOEDUCATIVOS DESENVOLVIDOS</p><p>EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES</p><p>• Nesta Unidade II, será apresentada uma reflexão sobre</p><p>ordenamentos normativos que – direta ou indiretamente – nos</p><p>ajudam a pensar sobre o fazer pedagógico fora das escolas,</p><p>percebendo o quanto a legislação já avançou no que tange à</p><p>concepção de educação e, também, na valorização do espaço</p><p>educativo não escolar.</p><p>Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996</p><p>Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN</p><p>• Art. 1- A educação abrange os processos formativos que se</p><p>desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,</p><p>nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e</p><p>organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.</p><p>(BRASIL, 1996).</p><p>• A legislação sinaliza onde estes processos formativos estão</p><p>inseridos, a saber: 1) dentro de casa, na interação entre pais e filhos,</p><p>responsáveis, irmãos, parentes; 2) no contato com o outro, por vezes</p><p>num clube, num ponto de ônibus, num supermercado; 3) seja numa</p><p>fábrica, numa loja de roupas, numa padaria; 4) em laboratórios,</p><p>centros de investigação, na participação daquele projeto de</p><p>extensão bacana que o professor da graduação propôs; 5) nos</p><p>sindicatos em prol de melhorias para a sua categoria profissional,</p><p>nos partidos políticos, nos grupos que discutem o feminismo, a</p><p>diversidade; 5) dentro de um centro esportivo, um museu, um parque</p><p>– dentre muitas outras possibilidades.</p><p>• O artigo 3º da LDBEN traz alguns</p><p>princípios que servirão de base</p><p>para a ministração do ensino.</p><p>Observe o inciso X:</p><p>• X- Valorização da</p><p>experiência extraescolar;</p><p>Resolução n. 1, de 15</p><p>de maio de 2006, que</p><p>institui diretrizes</p><p>curriculares nacionais</p><p>para o curso de</p><p>graduação em</p><p>Pedagogia,</p><p>licenciatura</p><p>(BRASIL, 2006).</p><p>LOCALIZAÇÃO ORIENTAÇÃO</p><p>Artigo 4º: “e em outras áreas nas quais sejam previstos</p><p>conhecimentos pedagógicos”.</p><p>Art. 4º,</p><p>Parágrafo único,</p><p>Inciso II:</p><p>II- planejamento, execução, coordenação,</p><p>acompanhamento e avaliação de projetos e</p><p>experiências educativas não-escolares;</p><p>Art. 5º,</p><p>Inciso IV:</p><p>IV- trabalhar, em espaços escolares e não-escolares,</p><p>na promoção da aprendizagem de sujeitos em</p><p>diferentes fases do desenvolvimento humano, em</p><p>diversos níveis e modalidades do processo</p><p>educativo;</p><p>Art. 5º,</p><p>Inciso XIII:</p><p>XIII- participar da gestão das instituições</p><p>planejando, executando, acompanhando e avaliando</p><p>projetos e programas educacionais, em ambientes</p><p>escolares e não-escolares;</p><p>Segundo Brandão (1981, p. 7) “Ninguém</p><p>escapa da educação. Em casa, na rua, na</p><p>igreja ou na escola, de um modo ou de</p><p>muitos todos nós envolvemos pedaços da</p><p>vida com ela: para aprender, para ensinar,</p><p>para aprender – e – ensinar. Para saber,</p><p>para fazer, para ser ou para conviver, todos</p><p>os dias misturamos a vida com a</p><p>educação”.</p><p>RESOLUÇÃO N. 2,</p><p>DE 1º DE MAIO DE 2015</p><p>• A resolução n. 2/2015, traz a seguinte perspectiva: Art. 10, §Ú; Inc. I</p><p>“I- planejamento, desenvolvimento, coordenação, acompanhamento</p><p>e avaliação de projetos, do ensino, das dinâmicas pedagógicas e</p><p>experiências educativas” (BRASIL, 2015).</p><p>• Observem que quando o ordenamento normativo abre a</p><p>possibilidade para diferentes frentes de atuação profissional já</p><p>amplia – para além da docência – as possibilidades dos licenciandos</p><p>das outras áreas do conhecimento.</p><p>• De igual maneira, quando a legislação traz a ideia de ‘experiências</p><p>educativas’ abre um diálogo com os espaços para além dos muros</p><p>escolares.</p><p>Art. 13- Os cursos de formação inicial de professores para a educação básica em</p><p>nível superior, em cursos de licenciatura, organizados em áreas especializadas, por</p><p>componente curricular ou por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar,</p><p>considerando-se a complexidade e multirreferencialidade dos estudos que os</p><p>englobam, bem como a formação para o exercício integrado e indissociável da</p><p>docência na educação básica, incluindo o ensino e a gestão educacional, e dos</p><p>processos educativos escolares e não escolares, da produção e difusão do</p><p>conhecimento científico, tecnológico e educacional, estruturam-se por meio da</p><p>garantia de base comum nacional das orientações curriculares.</p><p>(BRASIL, 2015, Art. 13)</p><p>RESOLUÇÃO N. 2,</p><p>DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019</p><p>• Embora não haja no corpo da resolução nenhuma menção aos</p><p>espaços não escolares (ou, também, considerados não formais) e</p><p>haja uma predominância na formação para o espaço escolar, eis</p><p>que se pode inferir a valorização da experiência extraescolar e da</p><p>gestão de processos formativos em espaços não escolares, em</p><p>dois singulares pontos da legislação.</p><p>• Art. 2º- A formação docente pressupõe o desenvolvimento, pelo</p><p>licenciando, das competências gerais previstas na BNCC-Educação</p><p>Básica, bem como das aprendizagens essenciais a serem garantidas</p><p>aos estudantes, quanto aos aspectos intelectual, físico, cultural,</p><p>social e emocional de sua formação, tendo como perspectiva o</p><p>desenvolvimento pleno das pessoas, visando à Educação Integral.</p><p>• Art. 12, Inciso III- metodologias, práticas de ensino ou didáticas</p><p>específicas dos conteúdos a serem ensinados, devendo ser</p><p>considerado o desenvolvimento dos estudantes, e que possibilitem o</p><p>domínio pedagógico do conteúdo, bem como a gestão e o</p><p>planejamento do processo de ensino e de aprendizagem.</p><p>(BRASIL, 2019, Art. 2 e 12, Inciso III, grifo nosso)</p><p>PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO</p><p>EM DIREITOS HUMANOS (PNEDH)</p><p>A educação em direitos humanos é compreendida como um processo</p><p>sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de direitos,</p><p>articulando as seguintes dimensões: a) apreensão de conhecimentos</p><p>historicamente construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os</p><p>contextos internacional, nacional e local; b) afirmação de valores, atitudes e</p><p>práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos em todos os</p><p>espaços da sociedade; c) formação de uma consciência cidadã capaz de se</p><p>fazer presente em níveis cognitivo, social, ético e político; d)</p><p>desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção</p><p>coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados; e)</p><p>fortalecimento de práticas individuais e sociais que gerem ações e</p><p>instrumentos em favor da promoção, da proteção e da defesa dos direitos</p><p>humanos, bem como da reparação das violações”. (BRASIL, 2007, p. 25)</p><p>UNIDADE III</p><p>Educação Formal, Não Formal e Informal</p><p>Prof.: Marcio Bernardino Sirino</p><p>EDUCAÇÃO</p><p>FORMAL</p><p>• A educação formal, a partir de Gohn</p><p>(2009) podemos compreender como</p><p>sendo uma educação produzida</p><p>especificamente no espaço educativo</p><p>escolar. Uma educação que articula</p><p>conteúdos historicamente construídos,</p><p>com planejamento, organização do</p><p>espaço, seleção de materiais,</p><p>metodologia e avaliação – visando uma</p><p>certificação, ao final do processo</p><p>formativo.</p><p>• Formal refere-se a tudo que implica uma forma,</p><p>isto é, algo inteligível, estruturado, o modo</p><p>como algo se configura. Educação formal seria,</p><p>pois, aquela estruturada, organizada, planejada</p><p>intencionalmente, sistemática. Neste sentido, a</p><p>educação escolar convencional seria</p><p>tipicamente formal (LIBÂNEO, 2018, p. 81).</p><p>Educação Não</p><p>Formal</p><p>A educação não-formal designa um processo com várias dimensões tais</p><p>como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto</p><p>cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da</p><p>aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades; a</p><p>aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se</p><p>organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de</p><p>problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que</p><p>possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista</p><p>de compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na</p><p>mídia e pela mídia, em especial a eletrônica, etc. São processos de</p><p>autoaprendizagem e aprendizagem coletiva adquirida a partir da experiência</p><p>em ações organizadas segundo os eixos temáticos: questões étnico-raciais,</p><p>gênero, geracionais e de idade, etc. (GOHN, 2009, p. 31).</p><p>EDUCAÇÃO NÃO FORMAL</p><p>Educação Informal</p><p>• A educação informal, por sua vez, se articula com as vivências e</p><p>memórias que são produzidas na relação com o outro. Na</p><p>interação e na convivência, conhecimentos e saberes diversos</p><p>vão sendo repassados de geração a geração, fortalecendo os</p><p>vínculos e os processos culturais dos grupos de pertença. Uma</p><p>educação que, sem um ‘espaço’ específico ocorre, pois se dá na</p><p>relação.</p><p>EDUCAÇÃO INFORMAL</p><p>• A educação informal se articula por meio</p><p>de saberes originados dos grupos sociais</p><p>em sua estreita relação com a vida</p><p>cotidiana. Esse conjunto de conhecimentos</p><p>sobre o real se transforma na base</p><p>concreta na qual se movimenta tanta a</p><p>educação formal quanto a considerada não</p><p>formal (FERREIRA; SIRINO; MOTA, 2020, p.</p><p>17).</p><p>A FORMAÇÃO DO EDUCADOR</p><p>SOCIAL</p><p>A categoria “Educador</p><p>Social”, em 2009, foi incluída,</p><p>pelo Ministério do Trabalho,</p><p>na Classificação Brasileira de</p><p>Ocupação (CBO) com o</p><p>código 5153-05, que se alinha</p><p>com o grupo de profissionais</p><p>que trabalham com pessoas</p><p>em situação de risco, por</p><p>meio da atenção, defesa e</p><p>proteção destes sujeitos.</p><p>• Como sinalizado na nossa Unidade 1,</p><p>desde 2009 foi criado um Projeto de</p><p>Lei (n. 5.346/2009), pelo, à época,</p><p>deputado Chico Lopes com a</p><p>perspectiva de que a profissão</p><p>“Educador Social” fosse</p><p>regulamentada com exigência de</p><p>formação em nível médio.</p><p>• Seis anos depois, em 2015, um novo</p><p>Projeto de Lei foi proposto (n.</p><p>328/2015), pelo Senador Telmário</p><p>Mota, porém com a proposta de que</p><p>a regulamentação deste profissional</p><p>se desse em nível superior, por meio</p><p>da criação de um curso tecnólogo.</p><p>A 'FORMA' DA EDUCAÇÃO NÃO</p><p>FORMAL: UMA DISCUSSÃO SOBRE</p><p>O CAMPO CURRICULAR</p><p>• “O currículo é lugar, espaço,</p><p>território. O currículo</p><p>é relação</p><p>de poder. O currículo é</p><p>trajetória, viagem, percurso. O</p><p>currículo é autobiografia, nossa</p><p>vida, curriculum vitae: no</p><p>currículo se forja a nossa</p><p>identidade. O currículo é</p><p>documento de identidade”.</p><p>(SILVA, 1999, p. 150)</p><p>• Trazermos esta discussão, do campo curricular, para a</p><p>educação produzida e gerenciada nos espaços não escolares</p><p>dialoga com a defesa de que é uma educação intencional e</p><p>organizada e colocam em xeque o ‘currículo’ pensado para os</p><p>educadores sociais que atuam nestes espaços, bem como o</p><p>‘currículo’ praticado pelos mesmos cotidianamente.</p><p>UNIDADE IV</p><p>A convivência humana nos espaços</p><p>educativos não escolares</p><p>Prof.: Marcio Bernardino Sirino</p><p>A convivência</p><p>humana nos</p><p>espaços</p><p>educativos não</p><p>escolares</p><p>• Nesta Unidade IV, iniciaremos uma</p><p>sensibilização sobre a convivência</p><p>humana a fim de pensarmos em</p><p>possibilidades de organizarmos as</p><p>práticas gerenciais e pedagógicas</p><p>dinamizadas em ambientes não</p><p>escolares. Proposta esta que bebe das</p><p>contribuições do escritor social</p><p>catalão Xesús Jares e que nos motiva</p><p>a construir a Pedagogia da</p><p>Convivência onde quer que estejamos</p><p>inseridos.</p><p>A Pedagogia da Convivência como</p><p>uma forma de organizar o espaço</p><p>educativo não escolar</p><p>• Xesús Jares desenvolveu, entre 1998 e 2002, uma pesquisa sobre</p><p>“Conflito e Convivência” nos Centros Educacionais de Ensino Médio</p><p>na região da Galícia (Espanha), com o objetivo de “analisar a</p><p>percepção que o professorado e o alunado do Ensino Médio têm</p><p>sobre diferentes dimensões da relação conflito e convivência”</p><p>(JARES, 2008, p. 67).</p><p>• Esta experiência contribuiu no processo de construção da sua</p><p>“Pedagogia da Convivência”, que vem inspirando diferentes</p><p>pesquisadores e educadores a praticá-la, tanto nos espaços</p><p>escolares quanto nos ambientes não escolares, por conta da</p><p>reflexão que ela traz sobre a própria convivência humana.</p><p>• Na perspectiva de desconstruir a ideia de</p><p>senso comum da convivência (trato diário) e</p><p>trazer a dimensão de que a mesma é uma</p><p>pedagogia a ser construída com diferentes</p><p>conteúdos e elementos que nos ajudam a</p><p>organizar a prática pedagógica, pois, como</p><p>afirma Graciani (2011 , p. 96) “A Pedagogia da</p><p>Convivência propõe reaprender a utilizar</p><p>nossos espaços de interação para melhor</p><p>compreender o outro e suas intenções”.</p><p>Educação para</p><p>a Paz</p><p>Abordagem</p><p>técnico-</p><p>positiva;</p><p>Dialoga com uma ideia de paz que se impõe como</p><p>sendo neutra, sem conflitos e que pode ser mensurada</p><p>em sua materialidade</p><p>Abordagem</p><p>hermenêutico-</p><p>interpretativo</p><p>Traz uma ideia de paz que promove uma tentativa de</p><p>bloquear na mente humana as possibilidades de</p><p>existência do conflito, como se o fato de não se</p><p>pensar nos conflitos, os mesmos não fossem se</p><p>materializar, fazendo com que seja construída uma</p><p>falsa ilusão de mundo perfeito, sem conflito nem</p><p>violência</p><p>Abordagem</p><p>sociocrítica</p><p>A terceira perspectiva de educação para a paz não</p><p>nega os conflitos, mas, sim, de maneira crítica, faz a</p><p>identificação das dimensões formadoras que os</p><p>constituem e as formas não violentas de resolvê-los</p>

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