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<p>Ivan de Oliveira Sócio-Fundador e Diretor Presidente e Comercial da Infraestrutura Engenharia Formou-se em engenharia civil pela Esco de da Universidade F undações em tendo vasta experiência profissional na area de Themag Engenharia Ltda. e contenções de 1980 a 1982 MAG Projesolos de edifícios Associados Ltda. Engenheiro, de 1982 a 1986 Engenharia Ltda. qualidade total na gestão do projeto e execução Diretor de 1986 a 1989 MG&A Consultores de Solos S/C Ltda. Diretor de 1989 a 2002 Ivan Joppert Jr</p><p>Fundações e contenções de edifícios qualidade total na gestão do projeto e execução Ivan Joppert Jr. PINK</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) ( Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Joppert Junior, Ivan Fundações e contenções em edifícios : qualidade total na gestão do projeto e execução / Ivan Joppert Jr. São Paulo : PINI, 2007 Bibliografia. ISBN 978-85-7266-177-5 1. Administração de projetos 2. Contenções 3. Construção 4. Edifícios 5. Fundações 6. Qualidade total Título 07-1122 CDD-624 para catálogo sistémico : 1. Fundações e contenções : Engenharia civil 624 Fundações e contenções de edifícios qualidade total na gestão do projeto e execução Copyright Editora PINI Ltda. Todos os direitos de reprodução reservados pela Editora PINI Ltda. Coordenação de Manuais Técnicos: Josiani Souza Projeto gráfico e capa: Luiz Carlos Prata Revisão: Mônica Elaine G.S. da Costa Editora PINI Ltda Rua Anhaia, 964 - CEP 01130-900 - São Paulo, SP Tel.: 11 2173-2328 - Fax: 11 2173-2327 www.piniweb.com - manuais@pini.com.br edição tiragem: 2.000 exemplares, mar/2007 EDITORA AFILIADA</p><p>Índice Fundações e Contenções de Edifícios 9 Áreas de aplicação 10 Forma de apresentação 10 Áreas de utilização 11 I. Contenções de escavações (escoramentos) 12 I.1. Definições 15 Conceitos teóricos básicos 20 Verificação da estabilidade da contenção 22 Perfis com pranchada 29 Metodologia executiva 29 Check list 33 Problemas executivos e prováveis soluções 36 Parede diafragma escavada com lama bentonítica 38 Metodologia executiva 38 Check list 43 Problemas executivos e prováveis soluções 48 Parede diafragma com estacas secantes 51 Metodologia executiva 51 Check list 55 Problemas executivos e prováveis soluções 58</p><p>Tirantes 60 Conceitos teóricos básicos 60 Tipos de tirantes 60 Tratamento contra corrosão 68 Protensão 71 Check list 83 Problemas executivos e prováveis soluções 86 II. Fundações 89 II.1 Definições 91 Fundações apoiadas diretamente no solo 92 Metodologia executiva 92 Conceitos teóricos básicos 94 Check list 106 Problemas executivos e prováveis soluções 108 II.3. a céu aberto 109 Metodologia executiva 109 Conceitos básicos teóricos 111 Check list 120 Problemas executivos e prováveis soluções 122 II.4. Fundações profundas em estacas 124 Conceitos teóricos básicos 124 II.5. Estacas pré-moldadas de concreto 135 Fornecimento das estacas 135 Controle de cravação 137 Provas de carga 140 Check list 143 Problemas executivos e prováveis soluções 146 Estacas pré-moldadas de aço 148 Metodologia executiva 148 Conceitos básicos teóricos 152 Controle de cravação 156 Provas de cargas 156</p><p>Check list 157 Problemas executivos e prováveis soluções 160 Estacas tipo hélice 161 Metodologia executiva 161 Check list 166 Problemas executivos e prováveis soluções 169 Estacas escavadas com lama bentonítica 171 Metodologia executiva 171 Check list 175 Problemas executivos e prováveis soluções 178 II.9. Estacas tipo Franki 180 Metodologia executiva 180 Controle da cravação 182 Check list 186 Problemas executivos e prováveis soluções 189 II.10. Estaca raiz 191 Metodologia executiva 191 Check list 194 Problemas executivos e prováveis soluções 197 II.11. Estacas tipo Strauss 199 II.11.1. Metodologia executiva 199 Check list 204 II.11.3. Problemas executivos e prováveis soluções 207 II.12 Estacas escavadas mecanicamente 208 Metodologia executiva 208 Check list 210 Problemas executivos e prováveis soluções 213 III. Índice das tabelas 214 IV. Referências 215</p><p>Apresentação Principal referência do período contemporâneo da história geotécnica, Karl Terzaghi costumava dizer que, se suas teorias não fossem simples, teriam pouco valor. Isso por- que as propriedades dos solos reais são tão complexas que os erros resultantes de suas avaliações numéricas poderiam exceder as imprecisões teóricas. Defendia, assim, bom senso e exercício contínuo do crítico. Afinal, a Mecânica dos Solos não é uma ciência exata. Antonio Dias Ferraz Nápoles e Milton Vargas, no capítulo 1 ria das Fundações) do livro "Fundações Teoria e Prática", publicado pela ABMS/ABEF e editado pela PINI, afirmam que os engenheiros de fundações devem juntar a expe- riência histórica disponível nos livros à sua vivência pessoal e, assim, desenvolver sua própria intuição a respeito do comportamento do solo em problemas geotécnicos. Aliar conhecimento teórico e científico à prática e à observação profissional consti- tui um dos principais méritos desta publicação - Fundações e Contenções de Edifícios Qualidade total na gestão do projeto e execução de autoria do professor e enge- nheiro Ivan de Oliveira Joppert 0 livro apresenta, de forma didática, os itens básicos que envolvem obras de fundações e contenções, desde a fase de projetos e le- vantamento de campo até a conclusão da etapa. Traz, para cada tipo de tecnologia de contenção ou fundação, as definições, os conceitos teóricos básicos, check list dos tó- picos a serem verificados e tabelas com patologias, causas, e providên- cias para a eliminação dos erros mais comuns. Ou seja, os pontos vitais para que enge- nheiros civis e arquitetos envolvidos em obras na fase de fundações tenham condições de controlar a qualidade da execução. Para a PINI, é uma honra ter sido escolhida pelo autor para a edição de um livro que, sem dúvida, contribuirá para aumentar alcance das informações técnicas sobre En- genharia de Fundações e Geotecnia. Nossa missão, a partir de agora, é trabalhar para que esta importante contribuição ao meio técnico nacional tenha visibilidade compa- com a qualidade da publicação. Eric Cozza PINI Diretor de Redação mar/2007</p><p>Fundações e contenções de edifícios qualidade total na gestão do projeto e execução</p><p>Áreas de aplicação Este trabalho expõe, de maneira prática, os itens básicos que envolvem uma obra de funda- ções desde a fase de projetos e levantamentos de campo, até a conclusão desta importante etapa de uma edificação. Foi idealizado para engenheiros civis e arquitetos que estejam envolvidos em obras na fase de funda- ções e desejam aplicar um eficiente controle de qualidade à sua execução. Este trabalho deverá ser usado sempre com o auxílio do engenheiro especializado em solos, visando à busca da excelência dos serviços. Os edifícios com subsolos serão foco do desenvolvimento do nosso trabalho, tendo em vista a com- plexidade que suas obras apresentam, no que se refere a contenções, escavações e fundações. Os con- ceitos de controle de qualidade também são válidos para as edificações mais simples, do tipo edifícios sem subsolos, galpões, sobrados, etc. Forma de apresentação Visando à facilidade de consulta e praticidade do seu uso, ele está organizado de forma a abordar todos os tipos de contenções e fundações, sendo que para cada um deles serão vistos os tópicos: a. Definições. b. Conceitos teóricos básicos. C. Check list dos tópicos a serem verificados nas várias etapas da obra. d. Tabela com patologias, causas, e providências para eliminação dos erros mais comuns que ocorrem nesta fase da obra. 10 fundações e contenções de ivan joppert</p><p>Áreas de utilização Estão indicados a seguir os tipos de contenções e fundações mais utilizados atualmente nas obras de edifícios com subsolos: I. Contenções a. Perfil com pranchada de madeira e/ou de concreto b. Estaca Escavada Armada Tipo broca mecânica Tipo Strauss Tipo hélice (estacas justapostas ou Tipo Raiz C. Parede diafragma Escavada com lama bentonítica Estacas secantes II. Fundações a. Fundações apoiadas diretamente no solo b. a céu aberto C. Estacas pré-moldadas de concreto d. Estacas pré-moldadas de aço e. Estacas tipo hélice f. Estacas escavadas com lama bentonítica g. Estacas tipo Franki h. Estacas tipo Strauss i. Estacas tipo Raiz j. Estacas escavadas mecanicamente sem lama fundações e contenções de ivan joppert 11</p><p>I. Contenções de escavações (escoramentos)</p><p>Definições As contenções dos edifícios com subsolos despertam interesse especial, pois a grande maioria destas edificações possui os limites dos subsolos encostados na divisa, inviabilizando pré-esca- vação em talude para execução das contenções e posterior reaterro. Dessa forma, torna-se ne- cessária a implantação de uma pré-contenção para ser viável a escavação a prumo junto à divisa da obra, sem que haja abalo das edificações vizinhas. 0 mesmo conceito poderá ser aplicado em qualquer tipo de escavação em que limite da cava coincida com os limites da obra. Ainda se tratando de edifícios com subsolos, as contenções além de serem dimensionadas para absorver esforços horizontais provenientes de empuxos do solo, também devem ser di- mensionadas para cargas verticais provenientes das lajes da edificação que venham a apoiar nesta estrutura. Neste trabalho será dada ênfase às contenções de subsolos de obras urbanas executadas em per- fis com pranchada (de madeira ou de concreto pré-moldado), bem como às paredes diafragmas escavadas com lama bentonítica e com estacas secantes. Tal fato se deve à complexidade de exe- cução que essas estruturas exigem e por se tratarem das contenções mais proje- tadas nas obras urbanas. As demais contenções são executadas em obras com condições de implantação especiais, deven- do ser observados alguns aspectos práticos que surgem durante e após a sua execução que po- dem trazer indesejáveis. A tabela 01 resume as contenções em regiões de corte que podem ser executadas nas condi- ções descritas, destacando-se limitações de uso, vantagens e desvantagens de cada uma. fundações e contenções de ivan joppert 15</p><p>Tabela 01 - Tipos de Contenções Contenção Distância total Limitações Vantagens Desvantagens até a divisa de uso Perfil com 35 cm areia + água e/ou rapidez desaprumo Pranchada silte + água nas baixo custo percussão escavações do perda de pouco acesso do subsolo espaço da divisa Broca 25 cm + bitola água na escavação rapidez perde muito espaço Mecânica (mínima 55 cm) da estaca e nas baixo custo no subsolo escavações do sem percussão necessita subsolo possibilidade de acabamento presença de rocha armar conforme desaprumo conveniência acesso de bitola mínima 30 cm Hélice 35 cm + bitola areia + água e/ou rapidez perde muito espaço (mínima 65 cm) silte + água nas baixo custo no subsolo escavações do sem percussão necessita acabamento subsolo possibilidade de desaprumo presença de rocha armar conforme acesso de Estaca conveniência bitola 30 cm Escavada Armada Strauss 15 cm + bitola areia + água e/ou acesso de lento (mínima 47 cm) silte + água nas bitola 32 cm escavações do sem percussão perde muito espaço subsolo e baixo custo no subsolo materiais de possibilidade de desaprumo corte tipo argilas armar conforme necessita acabamento com SPT > 20 conveniência golpes Raiz 30 cm + bitola areia + água e/ou acesso de lento (mínimo 55 cm) silte + água nas alto custo escavações do sem percussão consumo excessivo subsolo escava em rocha de água perde muito espaço no subsolo desaprumo necessita acabamento Manuais Bitola areia + água e/ou acesso lento (mínimo 70 cm) silte + água nas sem percussão perde muito espaço escavações do baixo custo no subsolo tubulão e nos prumo confiável necessita acabamento subsolos 16 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>Tabela 01 Tipos de Contenções Contenção Distância total Limitações Vantagens Desvantagens até a divisa de uso Parede 10 cm + espessura presença de elimina fluxo lento Diafragma com do Clam Shell materiais de de água para acesso de Lama (mínimo 40 cm) dificil corte dentro da necessita de canteiro de Bentonítica (argila e silte) escavação obra de grande porte com SPT N grandes desvia com obstáculos 50 golpes profundidades limitado a materiais sem percussão muito compactos / duros concretagem submersa sem controle eficiente necessita de quebra de borra superior Parede 5 cm + bitola presença de elimina fluxo limitação de Diafragma com (mínimo 40 cm) rocha pouco de água para dentro profundidade Estaca alterada e sã da escavação acesso de maquinário Secante profundidade perfura material necessita de até 17 metros resistente tipo rocha acabamento alterada, argila dura, e solos com SPT 50 não necessita de lama bentonítica equipamentos de instalação de menor porte monitoramento da perfuração e concretagem por meio de computador não há quebra de borra Solo espessura da parede presença da possibilita as lento Grampeado e (em média 20 cm) areia + água escavações a prumo alto custo Cortina Atirantada e silte + água sem necessidade de os chumbadores / grampos nas escavações banquetas / tirantes / invadem do subsolo acesso de terreno vizinho locais com a cortina não é portante impossibilidade como fundações para de invadir receber cargas verticais vizinho com elevadas chumbadores grandes perdas do concreto projetado quando se utiliza via seca (30%) quando dimensionados como tirantes passivos (chumbadores), contam com a deformação do terreno de montante possibilitando trincas no vizinho fundações e contenções de edificios ivan joppert 17</p><p>As figuras 1 a 5 ilustram as contenções com perfil e pranchada, parede diafragma, estacas justapostas e secantes. natural talude talude Figura n° 01: Perfis com prancheamento + estacas com prancheamento Figura 02: Parede diafragma 18 fundações e contenções de . ivan joppert</p><p>Figura 03: estacas com prancheamento Figura 04: estacas justapostas Figura 05: estacas secantes fundações e contenções de ivan joppert jr. . 19</p><p>Conceitos teóricos básicos Para a implantação de subsolos em obras urbanas, as contenções executadas com elementos es- truturais implantados no solo trabalham normalmente com três condições de carregamentos di- ferentes, a saber: a. Escoramento em balanço com ficha engastada no solo. b. Escoramento com uma linha de travamento (laje, escoras ou tirantes) e com ficha engastada no solo. Escoramento com duas ou mais linhas de travamento (laje, escoras ou tirantes) e com ficha engastada no solo. As figuras 6 a 8 ilustram cada uma das fases e seus respectivos mecanismos de ruptura. Movimento Ponto de Giro Ficha Figura Condição: Escoramento em balanço com ficha engastada no solo A rotação da contenção, que ocorre devido à atuação dos empuxos ativos, é combatida pelos em- puxos passivos que atuam no engastamento da cortina no solo (ficha). Normalmente a ficha deve ser aproximadamente igual a 1,5 a 2,0 vezes a dimensão do balanço. 20 fundações e contenções de ivan joppert</p><p>Escoramento ou Laje Ponto de Giro Ponto de Giro Escoramento Tirante/Chumbador Movimento Movimento Figura n° 07: Condição: Escoramento com uma linha de travamento A rotação da contenção devido aos empuxos ativos é combatida pelo engastamento da ficha no solo onde ocorrem os empuxos passivos. A possibilidade de translação da contenção também existe e deve ser verificada. Figura 08: Condição: Escoramento com duas ou mais linhas de travamento A estabilidade da estrutura está intimamente ligada ao desempenho dos escoramentos, não ha- vendo mecanismo de ruptura da contenção por rotação, e sim por translação. fundações e contenções de ivan joppert 21</p><p>Verificação da estabilidade da contenção Para cada etapa de carregamento da obra, a estabilidade da contenção deve ser verificada de acordo com os mecanismos de ruptura, conforme exposto nas figuras 6 a 8. Existem duas formas para se verificar estas condições, que são: os cálculos por elementos fini- tos, em que se confirma a estabilidade pela teoria da elasticidade por meio de softwares comple- XOS, ou pela teoria de empuxos, a qual adotaremos neste trabalho devido à simplicidade e rapi- dez de cálculo. Para tanto utilizaremos a teoria de empuxos proposta por Rankine: 1. Coeficientes de empuxos ativos 2. Coeficiente de empuxos passivos 3. Empuxos ativos 4. Empuxos passivos Onde: 0 ângulo de atrito interno do solo obtido do ensaio triaxial - coesão do solo obtido do ensaio triaxial sobrecarga externa pressão efetiva do solo = peso específico da água (10 altura hidráulica (m) Como o nosso objetivo será a verificação da estabilidade da contenção, ideal é o cálculo do fa- tor de segurança para as três etapas da obra, devendo ser verificadas as condições de segurança para a rotação e para a translação. Aconselha-se que para obras provisórias fator de segurança seja maior que 1,5 e para obras definitivas ele seja maior que As figuras 9 a 11 indicam os esforços atuantes e as verificações a serem feitas. 22 fundações e contenções de edificios ivan joppert</p><p>q R1 R2 d2 Empuxos Empuxos ativos passivos Figura 09: Escoramento em balanço com ficha engastada Para simplificação dos cálculos adota-se o ponto de giro como sendo o "pé" da cortina (ponto "0"). FS = rotação > 1,5 (obra provisória) ou > 2,00 (obra definitiva) R, FS translação = > 1,5 (obra provisória) ou > 2,00 (obra definitiva) Onde: R1 - resultante dos empuxos ativos (área do diagrama de empuxos ativos) d1 distância do pé da cortina até centro de gravidade do diagrama de empuxos ativos R2 - resultante dos empuxos passivos (área do diagrama de empuxos passivos) d2 distância do pé da cortina até centro de gravidade do diagrama de empuxos passivos. fundações e contenções de edifícios ivan joppert 23</p><p>F R1 d'2 x R2 d2 Empuxos Empuxos ativos passivos Figura 10: Escoramento com uma linha de travamento ponto de giro ocorre pelo local de aplicação do travamento FS = > 1,5 ou 2,00 rotação FS = > 1,5 ou 2,00 translação R1 FS = rotação > 1,5 ou 2,00 pelo Onde: resultante dos empuxos ativos (área do diagrama de empuxos ativos) distância do pé da cortina até centro de gravidade do diagrama de empuxos ativos d', distância do ponto de giro "0" até centro de gravidade do diagrama de empuxos ativos distância do ponto de giro "0" até o pé da cortina resultante dos empuxos passivos (área do diagrama de empuxos passivos) distância do pé da cortina até 0 centro de gravidade do diagrama de empuxos passivos - distância do ponto de giro "0" até centro de gravidade do diagrama de empuxos passivos - reação por metro linear do travamento 24 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>F1 d2 F2 d3 F3 d4 Empuxos ativos engaste Figura 11: Escoramento com duas ou mais linhas de travamento As reações podem ser calculadas considerando-se a contenção como sendo uma viga com a condição de engaste da ficha no solo. Exemplo de cálculo 2 2 laje do 1° SS 3 3,00 B Argila Arenosa Média C= 15 5 6,00 banqueta (vide observação) 6 banqueta removida travamento da Taje do FASE FASE Figura 12 1° Exemplo: Cálculo da estabilidade da contenção para 2 fases de obra a. Cálculo dos coeficientes de empuxo ativo: Areia fina fofa 0,40 Argila arenosa média 0,60 b. Cálculo dos coeficientes de empuxo passivo: Argila arenosa média 1,70 fundações e contenções de ivan joppert 25</p><p>C. Cálculo dos empuxos ativos - = 4,0 = 13,60 - = = d. Cálculo dos empuxos passivos d.1. Fase: Parede em balanço com banqueta = 39,12 Observação: na prática deve-se reduzir os empuxos passivos na região da banqueta, tendo em vista ressecamento do solo com perda de coesão, menor volume de solo devido ao corte da banqueta, talude gerando desconfinamentos, etc. d.2. Fase: Parede com uma linha de travamento = + 3.10 26 fundações e contenções de ivan joppert</p><p>R,= 13,20 kN 1,50 2 R2= 34,80 kN 1,50 32.80 3 39.12 18,46 4 3,00 255,05 kN 130,93 5 3,00 498,96 kN 107,26 6 201,72 Diagrama Simplificado de Empuxos Figura 13: da Estabilidade da Parede para 1st fase Cálculo do fator de segurança de rotação pelo ponto 6 M (255,05).(4,23) + (498,96).(1,39) 1772,42 FS= passivos = = = 1,47 M (377,16).(2,29) 1202,17 ativos Cálculo do fator de segurança de translação M 255,05 + 498,96 754,01 passivos FS= = = = 1,77 M 13,20 + 34,80 + 377,16 425,16 ativos Conclusão: para a fase da obra os fatores de segurança estão de acordo com recomendado 1 R,= 13,20 kN 13.20 kN 1,50 2 2 34,80 kN R2= 34,80 kN 0,65 32.80 3 F 32.80 F 4 3,00 5 R2= 39,12 5 39,12 3,00 223,56 kN 3,00 223,56 6 109,92 6 109,92 Diagragma para Cálculo de Estabilidade Diagragma para Cálculo da Reação na Laje com FS=1,50 Considerando a rotação no ponto n° 3 Figura 14: da Estabilidade da Parede para fase fundações e contenções de edifícios ivan joppert 27</p><p>Cálculo do fator de segurança de rotação pelo ponto 3 M passivos (4,74).(223,56) 1059,67 FS= = = = 0,88 (3,71).(337,16) - (13,20).(2,11) - (34,80).(0,65) 1200,39 ativos Conclusão: para a fase da obra fator de segurança à rotação pelo apoio da laje está abaixo do mínimo recomendado. Aconselha-se aumentar a ficha na fase de projeto. Para cálculo da reação na laje devem ser verificadas duas condições de fatores de segurança igual a 1,50: a. fator de segurança ao tombamento em relação ao pé da cortina igual a 1,50. FS tombamento = F = 253,59 kN/m (377,26).(2,29)+(34,80).(6,65) + (13,20).(8,11) b. fator de segurança à translação igual a 1,50. 223,56 translação = F = 414,18 kN/m 377,26 + 34,80 + 13,20 Adota-se a maior carga das duas condições (414,18 kN/m) como reação horizontal para dimen- sionamento da laje. 28 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>Perfis com pranchada Metodologia executiva Este tipo de contenção é obtida pela cravação de perfis metálicos estruturais (laminados ou soldados) junto às divisas do terreno a ser escavado. A cravação é feita com bate-esta- cas de queda livre. A utilização de perfis metálicos como contenção traz as seguintes vantagens ao construtor, quando cravados junto ao limite das suas escavações: a. escavação junto às edificações vizinhas com prancheamento simultâneo e seu conseqüente escoramento; b. viabilidade dos perfis também serem utilizados como fundações, servindo de apoio às lajes periféricas da edificação; C. pequena espessura final do arrimo após a execução de cortina de concreto armado (aproximadamente 35 cm quando se utiliza os perfis da linha W250 ou I 10"). No caso da utilização deste tipo de contenção com a finalidade da implantação de sub- solos em edifícios urbanos, é comum que ela seja encarada como provisória, sendo que trecho prancheado fica normalmente em balanço e o restante do perfil engastado no solo. Como essa etapa da obra é relativamente rápida (1 ano aproximadamente), não se consi- dera a diminuição da seção do perfil devido à corrosão, sendo momento máximo do per- fil obtido pela fórmula: = 1,40 Onde: f - Tensão-limite de escoamento W Momento resistente Podemos estabelecer as seguintes correlações entre os momentos máximos dos perfis me- tálicos utilizados nessas contenções: Aço ASTM 572 (Gerdau Aço Minas) = cm) Aço A36 (CSN) M = cm) mx Trilho usado = cm) fundações e contenções de edificios ivan joppert 29</p><p>Os perfis mais utilizados como contenção estão mencionados na tabela n° 02 abaixo exposta: Tabela 02 Perfis metálicos para contenções Perfil tipo Alma Peso por metro Momento resistente (kg/m) 18" CSN ou soldado alma 27,3 236 CSN ou soldado alma 37,7 405 CSN ou soldado alma 60,6 734 Gerdau 32,7 420 Gerdau 32,7 383 Gerdau 38,5 462 W Gerdau 38,7 554 Os perfis da Gerdau são fabricados com aço ASTM 572 Grau 50 e possuem tensão de escoamento de 3.500 Os perfis laminados pela CSN ou os soldados são fabricados com aço A-36 e possuem ten- são de escoamento de 2.500 Os perfis são fornecidos em comprimentos de 12,00 metros e devem ser cortados e/ou sol- dados para a obtenção de perfis menores ou maiores do que este comprimento. Após a sua cravação, a escavação junto à divisa é executada simultaneamente à colocação de pranchões entre os perfis e a divisa do terreno. Estes pranchões podem ser de madeira ou placas de concreto armado pré-fabricadas tipo laje treliçada. Alguns solos, por serem coesivos, permitem a escavação entre perfis em cachimbos cortados a prumo. Tal fato viabiliza a execução da cortina definitiva, em uma única etapa, em concreto armado convencional ou projetado (estruturado com telas ou fibras de aço), economizando dessa forma a etapa do prancheamento de madeira. 30 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>concreto projetado pranchão de concreto Foto 01: Cortina de perfis atirantados com prancheamento de concreto e concreto projetado. Supermercado Andorinha Figura 15: Cortina de perfis atirantados Figura 16: Cortina de perfis atirantados com pranchão de madeira Concreto de Slump Boixo 60 de Esp = 5cm 6cm VARIÁVEL Perfil Metólico fundações e contenções de ivan joppert 31</p><p>Figura 17: Cortina de perfis atirantados com placa de concreto pré-moldada dupla (laje treliçada) A seguir especificaremos os itens a serem verificados nas contenções em perfis com pranchada, da por se tratarem das obras mais projetadas em escavações urbanas devido ao baixo custo final contenção e velocidade de execução. fundações e contenções de edificios . ivan joppert . 32</p><p>I.4.2. Check list Perfis com pranchada Check list Sim Não Observações 1. Verificação dos vizinhos a. Laudo b. Cotas dos pisos dos vizinhos Estabilidade das construções vizinhas (muros, casas, ediculas) d. Contratação de Seguro de Risco de Construção e Danos a Terceiros 2. Condições das divisas e interferências a. Dimensões do terreno estão corretas b. Muros de divisa a serem demolidos C. Fundações antigas existentes d. Avanço das edificações e desaprumos das construções vizinhas (fundações, cortinas, telhados, calhas, etc.) 3. Demolição das construções existentes a. Edificação geminada com vizinho b. Edificação trava arrimo do vizinho Muro de divisa a ser demolido arrima vizinho 4. Serviços preliminares no canteiro a. Necessidade de terraplenagem preliminar para acessar bate-estacas (verificar com empreiteiros): rampa dos platôs</p><p>Perfis com pranchada Check list Sim Não Observações 5. Projeto de contenções e terraplenagem a. Níveis do Levantamento Topográfico com os do projeto b. Locação em planta dos perfis e sondagens Especificações dos perfis cotas de arrasamento coincidem com cotas do piso do vizinho comprimento unitário tipo de perfil (dimensões, peso laminado/soldado, aço A36/A572) plano de solda e corte detalhamento das soldas dos perfis detalhe de prancheamento e submuração quantitativos de aço, cravação, solda e corte d. Projeto de escavação obras sem tirantes: definição em planta das banquetas e taludes cotas das banquetas provisórias e da escavação plano de travamento dos perfis para retirada da banqueta (com as lajes) cortes transversais e vistas obras com tirantes: locação de tirantes em planta e corte definição de tipo, carga de trabalho e teste definição dos comprimentos livre e de ancoragem determinação de seqüencial executivo 6. Cravação dos perfis a. Locação dos perfis caixas gabarito no local de cravação para I 10" X 4 5/8" para I 12" X 5 1/4" (11,5 X 22,0) para 8" 4" (17 para W 250 X 32,7/38,5 (18,5 33) W 310 X arrasamento e número do perfil pintados na parede b. Recebimento dos perfis tipo de aço compatível com projeto (normalmente A36/A572) exigir do fornecedor Certificado de Conformidade e Procedência geometria e peso corretos perfil retilineo sinais de emendas sinais de corrosão se necessário solicitar coleta de amostras na obra para ensaios de resistência e composição química (3% das peças, mínimo de 3 unidades) 34 fundações e de edificios ivan joppert</p><p>Perfis com pranchada Check list Sim Não Observações C. Cravação dos perfis e soldas equipe com Equipamento de Proteção Individual (EPIs) altura da torre com comprimento do perfil peso do martelo compatível com peso da estaca (no 50% peso da estaca e sempre superior a 1,0 tonelada) torre retilinea capacete com talas internas corretas checagem do prumo durante a cravação (sentido longitudinal e transversal) solda com talas corretas eletrodo tipo 4 mm (sem sinais de umidade) sinais de desaprumo ou cabeça do perfil amassado durante a cravação suplemento - verificar nível do vizinho boletins de execução das estacas contendo: nome e local da obra número e tipo do perfil cota de arrasamento e comprimento corte posicionamento da emenda negas 7. Escavação, prancheamento e submuração a. Locação das banquetas e taludes em campo b. Gabaritos de inclinação do talude e altura de escavação com prancheamento Equipamentos e materiais pranchões de madeira ou concreto dimensões corretas cimento, areia, pedra bancada de carpintaria d. Fundações do vizinho existentes (não submurar) inexistentes (submurar) e. Sinais de umidade ou mau cheiro no terreno vizinho (provável fossa) f. 0 vizinho deságua esgoto ou águas no terreno g. Preenchimento de vazios com argamassa 1:4 ou com argila compactada com encunhamento simultânea ao prancheamento de madeira h. Tratamento contra erosão superficial cimentado na banqueta (1 : 3) chapisco e pintura asfáltica no talude fundações e contenções de edificios ivan joppert 35</p><p>I.4.3. Problemas executivos e prováveis soluções Apesar dos cuidados anteriormente citados, é comum a ocorrência dos problemas que passamos a expor na tabela Perfis com pranchada Problemas executivos Prováveis causas Providências 1. Durante a cravação a. Cabeça do perfil amassa, mas ele penetra Capacete com talas ruins Mudar talas do capacete Altura de queda excessiva Diminuir altura de queda Perfil descentralizado no capacete Mudar talas do capacete b. Perfil não penetra e a cabeça Solo duro / compacto e/ou Limonita Alargar a ponta do perfil do perfil amassa Aumentar peso do martelo Interferência com fundações antigas Relocar perfil C. Construção vizinha em péssima Recalques diferenciais, ausências Escorar a edificação durante condição de estrutura, etc. a cravação d. Muro de arrimo na divisa Vizinho em com 0 terreno Escorar muro da obra Abrir nichos no muro para cravar perfil e depois demoli-lo, prancheando simultaneamente 2. Durante prancheamento a. Ausência de fundações no vizinho Parede assentada sobre o solo Submuração durante 0 prancheamento b. Sinais de umidade e/ou mau Vazamento de água ou esgoto cheiro no terreno vizinho no vizinho Consertar 0 vazamento Fossa próxima à divisa Desativar e limpar a fossa Fundações do vizinho invadem Desaprumo de estaca do vizinho Transferir a fundação do vizinho a divisa invadindo nosso terreno para novas fundações, por exemplo, em estaca tipo mega, e demolir as fundações invasoras d. Desbarrancamento durante Solo sem coesão (arenoso) Escavar e pranchear simultaneamente escavação do cachimbo 36 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>Perfis com pranchada Problemas executivos Prováveis causas Providências 3. Após término da escavação a. 0 vizinho trinca, mas perfil não Pranchão de madeira retraiu Recravar as cunhas se movimenta por secagem Reaterro do pranchão malfeito Recravar as cunhas Ausência de cunhas Encunhar Submuração malfeita Reforçar a fundação do vizinho Prancheamento não atingiu 0 piso Completar prancheamento até a do vizinho cota do piso vizinho b. 0 vizinho trinca, perfil desapruma e desalinha Embutimento insuficiente Reaterro imediato Solda malfeita Reaterro imediato Resistência do aço Reaterro imediato com solicitado Durante a concretagem da Falta de escoramento lateral Escorar lateralmente as formas cortina perfil movimenta nas formas da cortina antes da concretagem e trinca 0 vizinho fundações e contenções de edifícios e ivan joppert 37</p><p>Parede diafragma escavada com lama bentonítica Metodologia executiva A parede diafragma escavada com lama bentonítica é utilizada quando as escavações in- ternas de uma obra interceptam lençol freático e materiais arenosos. Ela tem objetivo de evitar que essas escavações internas ao terreno ocorram com fluxo constante de água para dentro da obra, eliminando-se, dessa forma, rebaixamento do lençol freático nas re- giões anexas à escavação e também melhorando as condições de estabilidade dos solos contidos no interior da obra. A. Escavação Para a escavação da parede diafragma utiliza-se uma ferramenta chamada Clam Shell (acionada a cabo ou hidraulicamente), que gera abertura de cavas retangulares de espessura variável entre 30 cm e 120 cm e largura de 2,50 m ou Foto 02: Detalhe do Clam Shell acionado a cabo Bolsa de Mercadorias e Futuro 38 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>Para que a parede diafragma feche totalmente os limites da obra, as lamelas são executadas de maneira alinhadas por uma "mureta-guia", previamente construída em torno de todo terreno antes do início da parede diafragma. A mure- ta-guia é constituída por duas paredes paralelas de concreto, executadas junto às di- visas com a distância entre si igual à largura do Clam Shell mais 3 cm e com dimen- de 10 cm de espessura por 110 cm de altura (vide figura 18). 20 40+3 ALCA ALCA Figura 18: detalhe da Mureta-Guia REATERRO COM SOLO ARGILOSO Foto 03: Detalhe do Clam shell entre muretas- guias. Bolsa de Mercadorias e Futuro Toda a escavação é feita com seu preenchimento com fluido estabilizante (lama bentonítica ou polímero) que tem objetivo de evitar que ocorra o to da parte interna da cava. A bentonita que compõe a lama deve possuir as seguin- tes características mínimas: fundações e contenções de edificios ivan joppert in 39</p><p>na peneira 200 1% teor de umidade 15% limite de liquidez > 400% viscosidade para 1 litro da lama com 6% de concentração 40 seg espessura do cake no filtro-prensa 1,03 Densidade Viscosidade > 30 seg Viscosidade</p><p>B. Concretagem "In Loco" Após a escavação da cava na profundidade desejada, implantam-se os comple- mentos tais como: gaiola de armação, tubos juntas, tubo tremonha e chapa-espe- lho (vide figura 20). TUBO CHAPA A Figura n° 20: dos complementos TUBO JUNTA LAMELA A concretagem é executada após a desarenação ou troca da lama e com a retirada concomitante do tubo tremonha. A chapa-espelho e os tubos juntas somente são re- tirados após início da pega do concreto. A concretagem é feita com concreto com consumo de 400 de cimento, pedra 1, slump entre 18 e 22 cm. Não devem ser utilizados cimentos de alto-forno, Ari, pó-de-pedra ou retardores de pega (vide figura 21). CONCRETO Figura 21: Lamela sendo concretada GAIOLA ARMAÇÃO EMBUTIMENTO MÍNIMO TREMONHA 1.50 M CONCRETO fundações e contenções de edifícios ivan joppert ir 41</p><p>Preenchimento com placas pré-moldadas Outra forma de preencher a escavação é com a placa pré-moldada de concreto. Terminada a escavação da cava na profundidade desejada procede-se à troca da lama por coulis, que é uma mistura de cimento e lama bentonítica com traço variável entre 100 kg e 200 kg de cimento por de lama. coulis ganha resistência com o tempo, formando um elemento elástico com características de permeabilidade e suporte superiores ao do solo que o circunda. Após a troca da lama concreta-se, com o auxílio do tubo tremonha, o fundo da escavação e implanta-se a placa pré-moldada fazendo com que a sua parte inferior fique embutida no concreto. A placa pré-moldada pode ser de concreto armado e/ou protendido, ou vazada e com encaixe tipo macho-fêmea que garante seu alinhamento. A estanqueidade da parede é garantida pelo coulis que resulta entre o alinhamento da mu- reta-guia e a placa pré-moldada. Seção Típica 10 10 30 5 Divisa Mureta-guia Coulis Placa pré-moldada Concreto Figura 22: Seção da parede diafragma pré-moldada de concreto Foto 04: Detalhe da escavação sendo executada e da implantação do painel Hospital Alvorada 42 fundações e de ivan joppert</p><p>Check list Parede diafragma escavada com lama bentonítica Check list Sim Não Observações 1. Verificação dos vizinhos a. Laudo fotográfico b. Cotas dos pisos dos vizinhos Estabilidade das construções vizinhas (muros, casas, d. Contratação de Seguro de Risco de Construção e Danos a Terceiros 2. Condições das divisas e interferências a. Dimensões do terreno estão corretas b. Muros de divisa a serem demolidos Fundações antigas existentes d. Avanço das edificações e desaprumos das construções vizinhas cortinas, telhados, calhas, etc.) 3. Demolição das construções existentes a. Edificação geminada com vizinho b. Edificação trava 0 arrimo do vizinho Muro de divisa a ser demolido arrima vizinho 4. Serviços preliminares no canteiro a. Verificar com empreiteiros a necessidade de terraplenagem preliminar para acessar os equipamentos e acessórios (tanques, Clam Shell, etc.): rampa máxima dos platôs = 15% b. Força trifásica (potência mínima de 60 kW) Muro de divisa a ser demolido arrima vizinho d. Estudo da logística de execução da obra planejamento visando à interação de todas as etapas de serviços com a otimização dos equipamentos (movimento de terra, executivo, submuração, etc.) dimensionamento de equipamentos adequados em conformidade com as condições físicas do local plano para carga e descarga para materiais e equipamentos (local, estoque, horários) fundações e contenções de edificios ivan joppert 43</p><p>Parede diafragma escavada com lama bentonítica Check list Sim Não Observações 5. Projeto de contenções e terraplenagem a. Níveis topográficos de campo compatíveis com projeto b. Locação em planta das sondagens e da parede com divisão das lamelas Detalhe da mureta-guia (forma e armação) d. Cotas de arrasamento e de ponta de cada lamela da parede e. Armação da parede detalhe das gaiolas para cada painel detalhe de armação para enrijecer a gaiola quantitativo da armação f. Especificações do controle tecnológico da lama bentonítica viscosidade, cake e pH) g. Especificação tecnológica do concreto (fck, slump, agregados, tempo de pega, consumo e tipo de cimento, etc.) h. Evitar uso de aditivos superfluidificante e retardador de pega preferência em usar cimentos CP ou CP resistentes a sulfatos (baixo teor de aluminato de cálcio) para não formar sulfoaluminato de cálcio (expansiva) evitar cimentos CP III e CP pois possuem alto teor de adição escória/pozolana que diminui carga eletrostática da bentonita i. Projeto de escavação obras sem definição em planta das banquetas e taludes cotas das banquetas e da escavação seqüencial executivo para travamento da parede e posterior retirada da banqueta (com lajes) cortes transversais detalhe da viga de coroamento obras com tirantes: locação de tirantes em planta, corte e vista definição de tipo, carga de trabalho e teste dos tirantes definição dos comprimentos livre e de ancoragem dos tirantes determinação de executivo cortes transversais e vistas frontais detalhe da viga de coroamento 44 fundações e contenções de ivan joppert</p><p>Parede diafragma escavada com lama bentonítica Check list Sim Não Observações 6. Execução da mureta-guia a. Equipamentos e materiais cimento, areia, pedra e/ou concreto e aço madeira para forma bancada de carpintaria b. Abertura na valeta fundações do vizinho existentes (não submurar) não existentes (submurar) vizinho deságua esgoto ou águas pluviais no terreno da obra formas e armação de acordo com projeto formas alinhadas e aprumadas superior e inferior cada 1.50 metro, logo após a desforma da mureta Reaterro após a desforma e estroncamento entre as muretas-guias compactação manual d. Preenchimento dos vazios da mureta-guia com argamassa com consumo de 100 7. Execução da parede diafragma a. Equipamentos mínimos silos de armazenagem (o ideal são silos para armazenar 3 vezes volume de cada lamela) Clam Shell com dimensões compatíveis com projeto bomba de recalque da lama desarenador de lama chapa de acabamento tubo junta tubo tremonha trepano raspador de junta air-lift, se necessário laboratório de controle de lama (balança de cone de Marsh e bureta graduada para teor de areia) laboratório de controle de concreto (formas para corpo-de-prova e slump) fundações e contenções de ivan joppert jr. 45</p><p>Parede diafragma escavada com lama bentonítica Check list Sim Não Observações equipamentos de apoio pá carregadeira de esteira caminhão para bota-fora caminhão limpa fossa caminhão pipa para abastecimento e limpeza máquina hidrojateamento estoque de entulho equipe de apoio armador servente para limpeza b. Acompanhamento da escavação lama com parâmetros corretos limpeza da junta (virar Clam Shell durante a escavação) passar raspador de junta profundidade correta verificar prumo e torção pelo Clam Shell usar air-lift para limpar contato com rocha, caso ficha seja "curta" Acompanhamento da concretagem armação posicionada tubo junta, chapa-espelho e tubo tremonha posicionados análise da lama antes da concretagem e após a escavação necessário desarenar necessário trocar a lama slump e corpo-de-prova a cada caminhão betoneira que chega na obra (mínimo 20 + 2 cm) quantidade de água adicionada ao concreto está correta? tempo entre a do concreto da usina até a concretagem é menor que 2,5 horas acompanhamento da subida do concreto gráfico da concretagem: subida teoria e real tempo para de pega está dentro do previsto (2,5 a 3,0 horas) concreto "abate" após a concretagem controle tecnológico do concreto (ruptura aos 14 e 28 dias) 46 fundações e de edifícios ivan</p><p>Parede diafragma escavada com lama bentonítica Check list Sim Não Observações boletim de controle de execução de cada lamela contendo: data e local da obra identificação e dimensões teóricas da lamela cota de ponta verificação da locação dimensões reais da lamela da lama antes e após a escavação da lama antes da concretagem identificação do caminhão betoneira por lamela gráfico de subida teórica e real do concreto, incluindo sobras slump, resistência do concreto e tempo de pega do concreto 8. Escavação dos subsolos a. 0 vizinho está em cota superior ao arrasamento da parede diafragma, necessitando de contenção complementar b. Demolição da "borra" antes da escavação (aproximadamente 40 cm) Execução da viga de coroamento antes da escavação d. Locação das banquetas e taludes em campo e. Gabarito de inclinação do talude e altura de escavação f. Sinais de "bicheiras" na parede ou vazamento das juntas g. Sinais de umidade na superfície do talude h. Manter bomba de recalque para esgotamento de água de chuvas fundações e contenções de ivan joppert 47</p><p>Problemas executivos e prováveis soluções Os principais problemas observados na parede diafragma decorrem do uso de concreto inadequa- do e falhas nas juntas de Na tabela abaixo selecionamos os problemas mais comuns observados nas paredes, bem como sugestões para Paredes diafragma escavada com lama bentonítica Problemas executivos Prováveis causas Providências 1. Na execução da mureta-guia a. Muro de divisa arrima vizinho Cota do piso do vizinho superior Perder espaço no subsolo à da mureta-guia Executar outro arrimo junto com mureta-guia b. Vizinho não possui fundações Tijolo assentado sobre solo Submurar Transferir fundações para novos elementos tipo estaca mega Fundações antigas interferem Cortinas, sapatas, ou estacas Demolição e/ou retirada das fundações na parede diafragma antigas executados junto à divisa d. Presença de fossa junto à divisa Desativar a fossa e preencher com argamassa consumo 100 kg/m3 e. Fundações dos vizinhos invadem Transferir as fundações para estacas a divisa mega ou outro tipo de fundações 2. Na execução da parede diafragma a. Na escavação Clam Shell desvia Mureta-guia fora de prumo Argamassar a lamela e refazer trecho ou desapruma da mureta-guia Fundações antigas ou pedras no Trepanar para ultrapassar obstáculos subsolo b. Perda de lama bentonítica Fuga por tubulação antiga Argamassar a lamela C. Na concretagem tubo tremonha Concreto iniciou a pega ou existe Sacar 0 tubo tremonha para entope borra de concreto endurecida instalar na boca inferior no tubo do tubo tremonha uma bucha, introduzir tubo tremonha no 2,00 metros no concreto já lançado e continuar a concretagem (provável local de falha com vazamento) 48 fundações e contenções de edificios ivan joppert</p><p>Paredes diafragma escavada com lama bentonítica Problemas executivos Prováveis causas Providências d. Falta concreto durante a A usina com problemas no Sacar 0 tubo tremonha e promover concretagem fornecimento limpeza por circulação reserva ou Concreto vencido air-lift da superficie do concreto em Equipamento quebrou pelo menos 3 pontos Após isso, executar a concretagem (provável local de falha com vazamento) e. Após a concretagem 0 concreto Água em excesso causando Verificar na usina traço adotado abate exsudação Uso de pó-de-pedra Mudar o traço Concreto fluiu por trás da chapa- Demolir 0 excesso quando escavar espelho f. Perdas excessivas de concreto Lama bentonítica fraca causando Aumentar a concentração da bentonítica Usina forneceu menos concreto Pesar caminhão na usina ou que pedido em outra balança ou medir em funil graduado g. 0 tubo junta e chapa-espelho Comportamento heterogêneo da Eliminar 0 aditivo com grande dificuldade de sacar pega no concreto devido ao uso de superplastificante h. Concreto demora a dar pega Presença de pH baixo e sulfatos Usar cimento resistente aos no solo sulfatos (R.S.) i. Concreto com baixa resistência Usina forneceu concreto com Escavar menos resistência abaixo do especificado Usar tirantes 3. Na escavação a. Falhas nas juntas de concretagem Falta de limpeza na junta Recuperar a falha com Clam Shell Pega heterogênea b. Sinais de umidade no talude e Falha na parede diafragma Usar rebaixamento de lençol água em excesso na obra Falta de embutimento da parede com ponteiras até que seja em camada descoberta a falha Vazamento da parede com Reaterro imediato carreamento de material fundações e contenções de ivan joppert 49</p><p>Paredes diafragma escavada com lama bentonítica Problemas executivos Prováveis causas Providências Durante a escavação talude Inclinação do talude errada Reaterro imediato dá indicios de ruptura 4. Após a escavação Vazamento da parede Reaterro imediato para posterior execução de tirantes a. 0 talude provisório rompe Inclinação do talude errada Escavar a montante da parede ou a parede diafragma se Escavação com balanço excessivo e/ou reaterro a jusante para movimenta posterior atirantamento 50 fundações e contenções de edifícios ivan joppert</p><p>1.6. Parede diafragma com estacas secantes Figura 23: Equipamento para execução da cortina de estacas secantes Metodologia executiva A parede diafragma com estacas secantes vem ganhando mercado, sendo uma concorrente dire- ta da parede diafragma escavada com lama bentonítica. Tal fato se deve à sua grande versatilida- de quando comparada com as técnicas tradicionais, pois ela não necessita de lama bentonítica para a sua execução, seus equipamentos são de menor porte, além de ela penetrar em materiais de grande resistência, tais como argila muito dura e rocha tipo gnaisse A4. Ela é executada se- gundo a seguinte metodologia: A. Perfuração equipamento utilizado na execução da cortina de estacas secantes é uma perfuratriz de hélice contínua com torque mínimo de 14 t.m. Essa máquina possui um acessório, na torre de perfuração, chamado "cabeça dupla", que possibilita a execução de perfuração encos- tada na divisa e recorte de peças de concreto. Os torques deste acessório são de 7 t.m e 3,5 t.m para tubo e hélice, respectivamente. A cabeça dupla é composta por um tubo de revestimento que gira no sentido anti-horário e um trado helicoidal que gira no sentido horário, de modo que tubo de revestimento per- fura e trado helicoidal limpa a parte interna da perfuração. A ponta do tubo de revesti- mento é composta por que possibilita recorte de peças de concreto. 0 conjun- to composto pelo tubo de revestimento e trado possui comprimento máximo de 18 metros, que resulta em comprimento máximo de perfuração de 17,50 metros. fundações e contenções de edifícios ivan joppert 51</p><p>B. Concretagem Faz parte do processo executivo preenchimento das estacas com argamassa fluida pós- misturada de cimento e areia, fornecida por silos ou com argamassa proveniente de usina transportada por caminhão betoneira. A argamassa deve possuir slump mínimo de 28 cm + 1 cm, slump flow de 32 + 2 cm e o fck deve estar entre 18 MPa</p><p>Vantagens do sistema: Eliminação de mureta-guia: rotor da cabeça dupla instalado na face externa da torre da máqui- na é fixado em dois pontos, tornando a tubulação de revestimento eliminando-se a neces- sidade de mureta-guia. Na obra é executado apenas um gabarito de concreto com 10 cm de es- pessura, com a finalidade de modular as futuras perfurações das estacas (vide foto 06). Escavação e concretagem a seco: processo não necessita de fluido para garantir a estabilida- de da escavação, que ocorre em processo similar à hélice 0 preenchimento da escavação com argamassa se dá com auxílio de bomba, a exemplo da hélice A escavação das estacas avança em rocha A-4 (rocha alterada), possibilitando maiores embuti- mentos com conseqüente maior capacidade de carga vertical e menor percolação de água. Possibilidade de ausência de concreto usinado no canteiro: preenchimento das estacas pode ser feito com argamassa pós-misturada. Essa argamassa pode ser fornecida em silos, que pro- porciona a inexistência de sobras, ou falta de concreto na obra e os atrasos na concretagem. Possibilidade de implantar perfis estruturais em vez de armadura mesmo nas estacas iniciais, possibilitando a estruturação da parede para absorver grandes esforços cortantes e de flexão. Tratamento eficaz das juntas de concretagem: seqüencial executivo das estacas inicia-se com as peças não armadas espaçadas convenientemente para possibilitar a execução das estacas armadas entre as argamassas. Ausência de desbarrancamento durante a escavação das estacas: revestimento das estacas aliado à utilização do trado helicoidal elimina a possibilidade de desbarrancamento durante a escavação. Foto 05: Cortina de estacas secantes com travamento metálico. Caixa Econômica Rua Voluntários da Pátria fundações e contenções de edificios ivan joppert 53</p>

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