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<p>SERVIÇOS EM SAÚDE E DEONTOLOGIA EM</p><p>ENFERMAGEM</p><p>2</p><p>Sumário</p><p>INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 3</p><p>FUNDAMENTOS DA ÉTICA E DA BIOÉTICA ........................................................................... 4</p><p>DIMENSÕES ÉTICAS E LEGAIS DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM ...... 11</p><p>ÉTICA EM PESQUISA CIENTÍFICA ........................................................................................ 15</p><p>DILEMAS ÉTICOS ATUAIS DA ENFERMAGEM ..................................................................... 17</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS QUE NORTEIAM A CONDUTA PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO .. 20</p><p>DEONTOLOGIA EM ENFERMAGEM: CAMINHOS POSSÍVEIS PARA BOAS PRÁTICAS</p><p>................................................................................................................................................ 23</p><p>REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 25</p><p>3</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A deontologia em enfermagem refere-se ao conjunto de princípios éticos e morais</p><p>que orientam a conduta dos profissionais de enfermagem em sua prática profissional.</p><p>Esses princípios são fundamentais para garantir que o cuidado prestado seja realizado</p><p>de forma ética, respeitosa e responsável.</p><p>A construção de um comportamento ético por parte dos profissionais de</p><p>enfermagem envolve o desenvolvimento de uma consciência individual e coletiva, bem</p><p>como um compromisso social e profissional que se reflete nas relações de trabalho, na</p><p>esfera científica e política.</p><p>A reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) no</p><p>Brasil foi motivada pelas transformações socioculturais, científicas e legais. Esse código</p><p>foi elaborado considerando os princípios, direitos, responsabilidades, deveres e</p><p>proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de enfermagem. Ele busca</p><p>conciliar as necessidades e direitos da população em relação à assistência de</p><p>enfermagem com os interesses dos profissionais e suas organizações.</p><p>O CEPE coloca a pessoa, família e coletividade no centro da prática de</p><p>enfermagem, pressupondo que os profissionais estejam engajados na busca por uma</p><p>assistência segura e acessível a toda a população. Essa abordagem enfatiza a</p><p>importância da parceria entre os trabalhadores de enfermagem e os usuários na</p><p>promoção de uma assistência de qualidade, livre de riscos e danos.</p><p>O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem teve como base diversos</p><p>documentos e normativas, incluindo a Declaração Universal dos Direitos do Homem,</p><p>aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948 e adotada pela</p><p>Convenção de Genebra da Cruz Vermelha em 1949. Além disso, ele se baseou nos</p><p>códigos de ética do Conselho Internacional de Enfermeiros, da Associação Brasileira de</p><p>Enfermagem e do Conselho Federal de Enfermagem, bem como em normas</p><p>internacionais e nacionais sobre pesquisa em seres humanos, como a Declaração de</p><p>Helsinque e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde.</p><p>Esses documentos anteriores serviram como referência para a elaboração do atual</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, fornecendo princípios e diretrizes</p><p>éticas para a prática da enfermagem.</p><p>4</p><p>FUNDAMENTOS DA ÉTICA E DA BIOÉTICA</p><p>A influência histórica exercida desde a época de Hipócrates na construção da</p><p>reflexão bioética é fundamental para compreendermos os princípios éticos que guiam a</p><p>prática da medicina e de outras profissões da saúde até os dias de hoje.</p><p>Hipócrates de Cos, conhecido como o "Pai da Medicina", deixou um legado ético</p><p>importante que perdura até os dias atuais. O Juramento de Hipócrates, feito por</p><p>profissionais de saúde no dia da formatura, reforça o compromisso de sempre agir em</p><p>benefício do paciente.</p><p>Entretanto, para entender melhor essa influência, é importante considerar o</p><p>contexto histórico da época de Hipócrates, no século IV a.C. Na sociedade da Grécia</p><p>Antiga, havia uma estrutura social hierárquica, em forma de pirâmide, na qual os</p><p>escravos e prisioneiros de guerra ocupavam a base, sem direitos ou reconhecimento</p><p>como seres humanos. Acima deles estavam os cidadãos, que tinham direitos e deveres,</p><p>seguidos pelos governantes, sacerdotes e médicos no topo da pirâmide.</p><p>Os médicos, portanto, estavam entre os poucos privilegiados no topo da</p><p>hierarquia social, ao lado dos governantes e sacerdotes. Essa posição conferia aos</p><p>médicos um status especial e uma grande responsabilidade na sociedade grega, pois</p><p>eles eram vistos como detentores de conhecimento e habilidades capazes de preservar</p><p>a vida e aliviar o sofrimento humano.</p><p>É essencial resgatar esse contexto histórico para compreender como a posição</p><p>hierárquica dos médicos na sociedade da época influenciou a percepção de</p><p>superioridade e valorização dos profissionais de saúde em relação aos seus pacientes.</p><p>Essa dinâmica de "desnivelamento de dignidades" contribuiu para a perpetuação de</p><p>uma postura paternalista na relação médico-paciente, na qual os médicos eram vistos</p><p>como detentores de conhecimento superior e, portanto, superiores em valor e status.</p><p>Mesmo com a mudança na estrutura social ao longo da história, a postura</p><p>paternalista ainda é observada com frequência na prática médica contemporânea. Esse</p><p>paternalismo se manifesta quando os profissionais de saúde não reconhecem a</p><p>autonomia e a dignidade dos pacientes, agindo como se soubessem o que é melhor</p><p>para eles, sem considerar suas vontades e preferências.</p><p>É importante destacar que os profissionais de saúde, embora possuam</p><p>conhecimento técnico e habilidades especializadas, não são superiores em dignidade</p><p>aos seus pacientes. A valorização da autonomia do paciente é essencial para uma</p><p>prática ética e respeitosa, na qual o paciente é visto como um parceiro ativo em seu</p><p>5</p><p>próprio cuidado.</p><p>Por outro lado, também é relevante observar que alguns pacientes podem</p><p>internalizar essa postura paternalista, aceitando passivamente as decisões e</p><p>recomendações dos profissionais de saúde sem questionamento. Essa atitude pode ser</p><p>influenciada por uma percepção de que os médicos têm sempre razão e sabem o que é</p><p>melhor para eles.</p><p>O método cartesiano, estabelecido por René Descartes no século XVII, teve um</p><p>papel fundamental no desenvolvimento da ciência ao propor a fragmentação do saber e</p><p>a análise das partes isoladamente. Isso permitiu avanços significativos no entendimento</p><p>do mundo e na descoberta de novos conhecimentos em diversas áreas, incluindo a</p><p>saúde.</p><p>No entanto, essa abordagem também teve suas limitações, especialmente</p><p>quando aplicada à área da saúde. A superespecialização resultante do cartesianismo</p><p>levou à perda da visão holística do paciente como um todo integrado, único e complexo.</p><p>Em vez disso, os profissionais de saúde passaram a se concentrar apenas nas partes</p><p>isoladas do corpo humano que estavam diretamente relacionadas à sua especialidade</p><p>ou área de atuação.</p><p>Essa abordagem fragmentada do paciente pode resultar em uma compreensão</p><p>limitada de sua condição de saúde, ignorando aspectos importantes de sua história,</p><p>contexto social, emocional e espiritual. Como consequência, os profissionais de saúde</p><p>correm o risco de se tornarem especialistas em uma área muito específica, sem uma</p><p>compreensão abrangente e integrada do paciente como um todo.</p><p>É importante reconhecer que, apesar do avanço rápido da ciência e da</p><p>especialização em áreas específicas da saúde, os profissionais de saúde não podem</p><p>perder de vista a importância de considerar o paciente em sua totalidade. Isso significa</p><p>adotar uma abordagem holística que leve em conta todos os aspectos físicos,</p><p>emocionais, sociais e espirituais do paciente ao fornecer cuidados de saúde.</p><p>A descoberta e o estudo dos microrganismos por cientistas como Louis Pasteur</p><p>e Robert Koch, no século XIX, representaram um marco importante na evolução da</p><p>ciência e da medicina. Antes dessas descobertas, muitas doenças não tinham suas</p><p>causas conhecidas, pois os microrganismos responsáveis por elas não podiam ser</p><p>observados. Com o advento dos microscópios e as descobertas desses cientistas, a</p><p>compreensão das doenças e sua prevenção deram passos significativos.</p><p>No entanto, é importante reconhecer que essas descobertas também podem ter</p><p>contribuído para uma mudança de foco na prática da medicina, com uma ênfase maior</p><p>6</p><p>nas doenças em si do que nos pacientes afetados por elas. Esse fenômeno é muitas</p><p>vezes referido como a "medicalização" da saúde, no qual os profissionais de saúde</p><p>tendem a se concentrar mais nos aspectos biológicos e patológicos das doenças do que</p><p>nas necessidades e experiências individuais dos pacientes.</p><p>Essa mudança de foco pode ter contribuído para a "desumanização" da</p><p>assistência ao paciente, na qual os pacientes são vistos principalmente como portadores</p><p>de doenças a serem tratadas, em vez de serem considerados como indivíduos únicos</p><p>com suas próprias histórias, valores e necessidades.</p><p>Felizmente, a conscientização sobre esse problema tem crescido ao longo do</p><p>tempo, e há um esforço crescente por parte de pesquisadores, profissionais de saúde e</p><p>políticas governamentais para promover uma abordagem mais humanizada e centrada</p><p>no paciente na prestação de cuidados de saúde. Isso envolve não apenas o tratamento</p><p>das doenças em si, mas também uma consideração mais ampla do bem-estar físico,</p><p>emocional, social e espiritual dos pacientes.</p><p>Políticas governamentais, programas de formação profissional e pesquisas</p><p>acadêmicas estão cada vez mais focados em promover uma prática de saúde mais</p><p>centrada no paciente, na qual o respeito pela dignidade e autonomia do paciente são</p><p>valorizados e priorizados. Esse movimento visa restaurar a humanidade e empatia no</p><p>cuidado de saúde, reconhecendo que cada paciente é mais do que apenas sua doença,</p><p>e merece ser tratado com compaixão, respeito e dignidade.</p><p>A analogia entre o fundamento ético e a estrutura de um prédio é muito apropriada</p><p>para ilustrar a importância dos princípios éticos na nossa vida profissional. Assim como</p><p>uma estrutura sólida sustenta um prédio, um fundamento ético bem estabelecido é</p><p>essencial para orientar nossas decisões e ações em situações complexas e</p><p>desafiadoras.</p><p>Se o fundamento ético não for sólido, corremos o risco de enfrentar dilemas éticos</p><p>sem ter uma base sólida para nos guiar. Isso pode levar a decisões equivocadas, que</p><p>podem ter consequências prejudiciais para nós mesmos, para os outros e para a</p><p>sociedade como um todo.</p><p>No entanto, uma vez que compreendemos e internalizamos os princípios éticos</p><p>que guiam nossa prática profissional, não precisamos constantemente nos lembrar</p><p>deles a cada decisão que tomamos. Assim como confiamos na estrutura de um prédio</p><p>quando entramos nele, podemos confiar no nosso fundamento ético para nos orientar</p><p>de forma consistente e confiável em situações éticas complexas.</p><p>É importante investir tempo e esforço na reflexão e no desenvolvimento do nosso</p><p>7</p><p>fundamento ético, pois ele nos proporciona uma base sólida para agir de maneira ética</p><p>e responsável em todas as áreas da nossa vida profissional. Ao cultivar uma</p><p>compreensão profunda dos nossos valores e princípios éticos, podemos navegar pelos</p><p>desafios éticos com confiança e integridade.</p><p>A definição do início da vida humana é um tema complexo e profundamente</p><p>influenciado por diversas perspectivas, incluindo religiosas, filosóficas, científicas e</p><p>éticas. Na bioética, o respeito à vida humana é de fundamental importância e está no</p><p>centro de muitos debates éticos, especialmente quando se trata de questões</p><p>relacionadas à reprodução humana, como o início da vida.</p><p>Conforme mencionado nos principais livros de embriologia, muitos especialistas</p><p>consideram que a vida humana tem início no momento da fecundação, quando o</p><p>espermatozoide fertiliza o óvulo, formando um zigoto único com um novo conjunto de</p><p>cromossomos e, portanto, um novo código genético. Esse novo organismo é</p><p>geneticamente distinto dos pais e tem o potencial de se desenvolver em um ser humano</p><p>completo.</p><p>A partir desse momento, o zigoto começa um processo de desenvolvimento</p><p>complexo e contínuo, passando por diferentes estágios até se tornar um feto, bebê,</p><p>criança e eventualmente um adulto. Durante todo esse processo, o respeito à vida</p><p>humana implica reconhecer e proteger a dignidade e os direitos desse ser em</p><p>desenvolvimento.</p><p>No entanto, é importante reconhecer que há uma diversidade de opiniões e</p><p>crenças sobre o início da vida humana, e diferentes culturas e tradições podem ter</p><p>perspectivas variadas sobre esse assunto. Além disso, questões éticas relacionadas ao</p><p>status moral e legal do embrião e do feto ainda são objeto de debates intensos em muitos</p><p>contextos sociais, políticos e jurídicos.</p><p>Portanto, enquanto a definição científica da fecundação como o início da vida</p><p>humana é amplamente aceita em muitos círculos, o debate ético sobre esse assunto</p><p>continua a ser complexo e multifacetado, e é importante considerar uma variedade de</p><p>perspectivas ao abordar questões relacionadas à vida humana e à reprodução.</p><p>Infelizmente, ao longo do tempo, tem havido casos de discriminação, opressão e</p><p>marginalização de certos grupos de pessoas em diferentes contextos sociais, culturais</p><p>e políticos.</p><p>A escravidão no Brasil, a perseguição durante a Segunda Guerra Mundial, a</p><p>discriminação contra portadores do vírus HIV e outras formas de exclusão social são</p><p>exemplos de como a vida e a dignidade de certos grupos foram desconsideradas ao</p><p>8</p><p>longo da história e, em alguns casos, continuam a ser desconsideradas até hoje.</p><p>Esses exemplos destacam a importância não apenas de reconhecer o valor</p><p>intrínseco de cada vida humana, mas também de combater ativamente a discriminação,</p><p>o preconceito e a injustiça em todas as suas formas. É fundamental promover uma</p><p>cultura de respeito, igualdade e inclusão, onde todos os seres humanos sejam tratados</p><p>com dignidade, independentemente de sua raça, gênero, orientação sexual, condição</p><p>socioeconômica, religião, idade ou qualquer outra característica.</p><p>Os princípios da bioética, que incluem o respeito pela autonomia, beneficência,</p><p>não maleficência e justiça, oferecem um quadro ético para abordar essas questões e</p><p>orientar nossas ações em direção a uma sociedade mais justa e compassiva. A bioética</p><p>nos lembra da importância de considerar não apenas os aspectos biológicos da vida</p><p>humana, mas também os aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos que afetam</p><p>a saúde, o bem-estar e a dignidade de cada indivíduo.</p><p>Beneficência/não maleficência</p><p>A beneficência, ou fazer o bem, implica que os profissionais de saúde devem agir</p><p>no melhor interesse de seus pacientes, buscando proporcionar tratamentos eficazes e</p><p>cuidados compassivos que visem melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos. Isso</p><p>inclui não apenas considerar os aspectos físicos da saúde, mas também os aspectos</p><p>psicológicos, sociais e espirituais, reconhecendo a totalidade do ser humano.</p><p>Por outro lado, o princípio da não maleficência exige que os profissionais evitem</p><p>causar dano aos pacientes, tanto física quanto psicologicamente. Isso significa que</p><p>devem tomar precauções para evitar procedimentos ou intervenções que possam</p><p>causar danos desnecessários ou agravar a condição do paciente.</p><p>É importante ressaltar que, em muitas situações clínicas, pode haver um</p><p>equilíbrio delicado entre os princípios da beneficência e da não maleficência, e os</p><p>profissionais de saúde devem considerar cuidadosamente os potenciais benefícios e</p><p>riscos de suas ações. Além disso, é essencial que os profissionais estejam atualizados</p><p>com as melhores</p><p>práticas e evidências disponíveis, para garantir que possam oferecer</p><p>o mais alto padrão de cuidado aos seus pacientes.</p><p>Autonomia</p><p>A autonomia refere-se ao direito das pessoas de tomar decisões sobre sua</p><p>própria vida, livre de influências externas. É a capacidade de autodeterminação, onde</p><p>os indivíduos podem exercer sua vontade e fazer escolhas que reflitam seus próprios</p><p>9</p><p>valores, crenças e preferências.</p><p>A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece e protege o direito à</p><p>liberdade individual, o que inclui o direito à autonomia. Este princípio é fundamental em</p><p>várias áreas da vida, incluindo a saúde, onde os pacientes têm o direito de participar</p><p>ativamente das decisões relacionadas ao seu próprio cuidado.</p><p>No contexto clínico, o respeito pela autonomia dos pacientes implica em garantir</p><p>que eles tenham a liberdade de consentir ou recusar tratamentos, de acordo com sua</p><p>própria vontade e compreensão da situação. Isso significa que os profissionais de saúde</p><p>devem fornecer informações adequadas e compreensíveis aos pacientes, permitindo</p><p>que eles tomem decisões informadas sobre sua saúde.</p><p>É importante ressaltar que, para que a autonomia seja efetivamente respeitada,</p><p>é necessário garantir duas condições fundamentais: liberdade e informação. Os</p><p>pacientes devem ser livres de qualquer forma de coerção ou pressão externa ao tomar</p><p>decisões sobre sua saúde. Além disso, eles devem receber informações claras e</p><p>compreensíveis sobre sua condição, opções de tratamento, riscos e benefícios, para</p><p>que possam fazer escolhas informadas e alinhadas com seus próprios valores e</p><p>objetivos.</p><p>Justiça</p><p>Este princípio ético é fundamental na prática da saúde, pois busca garantir que</p><p>todas as pessoas tenham acesso igualitário aos serviços de saúde e recebam</p><p>tratamento justo e adequado, levando em consideração suas necessidades individuais.</p><p>A justiça na área da saúde inclui não apenas a distribuição equitativa de recursos,</p><p>mas também o acesso igualitário aos cuidados de saúde, independentemente de</p><p>características como raça, gênero, classe social ou status econômico. Isso significa que</p><p>as políticas de saúde devem ser desenvolvidas e implementadas de forma a garantir</p><p>que todos tenham oportunidades iguais de alcançar e manter a saúde.</p><p>Além disso, o conceito de equidade enfatiza a importância de reconhecer as</p><p>diferenças individuais e as necessidades específicas de cada pessoa. Isso implica em</p><p>fornecer tratamento personalizado e adaptado às necessidades de cada paciente,</p><p>levando em conta fatores como condições de saúde, contexto socioeconômico, cultura</p><p>e valores pessoais.</p><p>Um aspecto importante relacionado ao princípio da justiça é a objeção de</p><p>consciência, que permite aos profissionais de saúde recusarem-se a realizar</p><p>determinados procedimentos ou intervenções que violem suas crenças éticas ou morais,</p><p>10</p><p>mesmo que sejam aceitos pelo paciente ou legalizados. Esse direito protege a</p><p>integridade moral dos profissionais e respeita sua liberdade de consciência.</p><p>11</p><p>DIMENSÕES ÉTICAS E LEGAIS DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE</p><p>ENFERMAGEM</p><p>A responsabilidade profissional na enfermagem inclui não apenas o cuidado</p><p>direto ao paciente, mas também o respeito aos princípios éticos, legais e técnicos da</p><p>profissão. Isso significa que os enfermeiros devem seguir padrões de prática</p><p>estabelecidos, respeitar os direitos e a dignidade dos pacientes, e garantir a segurança</p><p>e a qualidade dos cuidados prestados.</p><p>É importante ressaltar que a responsabilidade profissional não se limita apenas à</p><p>esfera civil, onde os profissionais podem ser responsabilizados por danos causados aos</p><p>pacientes e terceiros e obrigados a repará-los. Também abrange a esfera penal, onde</p><p>atos de negligência, imperícia ou imprudência podem resultar em consequências</p><p>criminais para o profissional. Além disso, a responsabilidade ética, relacionada ao</p><p>cumprimento dos princípios e normas éticas da profissão, também é fundamental.</p><p>Compreender a legislação geral e profissional relacionada à enfermagem é</p><p>fundamental para os profissionais dessa área. Essa compreensão ajuda os enfermeiros</p><p>a entender suas obrigações legais, seus direitos e responsabilidades, bem como os</p><p>limites e alcances de sua atuação profissional. A legislação pode criar e extinguir direitos</p><p>e obrigações, afetando diretamente a prática dos enfermeiros. Portanto, estar atualizado</p><p>sobre as leis e regulamentações que regem a profissão é essencial para garantir uma</p><p>prática profissional ética, segura e legal.</p><p>É importante reconhecer que, assim como na medicina, a prática da enfermagem</p><p>não garante sempre o sucesso absoluto. Mesmo quando os enfermeiros exercem sua</p><p>profissão com o devido cuidado e seguindo as normas estabelecidas, podem ocorrer</p><p>situações em que os resultados não são os esperados.</p><p>Nesses casos, a responsabilidade profissional do enfermeiro não implica</p><p>automaticamente em responsabilização legal, desde que suas ações estejam em</p><p>conformidade com os cuidados e normas que regem sua prática. A responsabilidade</p><p>legal só é atribuída quando há evidência de negligência, imperícia ou imprudência por</p><p>parte do profissional, ou seja, quando ele falha em cumprir os padrões aceitáveis de</p><p>cuidado e conduta profissional.</p><p>A responsabilidade, em sua essência, busca restaurar o equilíbrio moral e</p><p>patrimonial causado pelo dano. Ela está presente em diversas atividades humanas e</p><p>abrange todos os ramos do direito, refletindo os aspectos da vida social. Para os</p><p>profissionais de enfermagem, compreender e agir de acordo com os princípios éticos e</p><p>legais da responsabilidade é essencial para garantir a qualidade e segurança do cuidado</p><p>12</p><p>prestado aos pacientes, ao mesmo tempo em que protege os próprios enfermeiros de</p><p>possíveis consequências legais.</p><p>A infração aos preceitos éticos na prática da enfermagem pode ser questionada</p><p>e avaliada tanto em instâncias internas, como as comissões de ética de enfermagem e</p><p>os serviços de ouvidoria, quanto em instâncias externas, como os Conselhos Regionais</p><p>de Enfermagem (COREN) e os serviços de proteção ao consumidor. Não é necessário</p><p>que a conduta ética esteja explicitamente prevista no Código de Ética dos Profissionais</p><p>de Enfermagem para que seja considerada uma infração ética.</p><p>Ao prestar assistência, o enfermeiro deve garantir que os clientes estejam livres</p><p>de danos decorrentes de imprudência, imperícia e negligência, conforme estabelece o</p><p>Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Isso implica em cumprir o dever com</p><p>comprometimento, responsabilidade e respeito ao paciente, encontrando prazer na</p><p>execução do trabalho.</p><p>Na esfera civil, o enfermeiro pode ser responsabilizado por danos físicos ou</p><p>morais causados no exercício de suas funções profissionais. Em casos de negligência,</p><p>imprudência ou imperícia que resultem em prejuízo para o paciente, podem ocorrer</p><p>ações judiciais contra o enfermeiro e até mesmo contra as instituições de saúde onde</p><p>ele trabalha. Essas situações podem levar à imposição de indenizações para reparar os</p><p>danos causados, e é importante que os profissionais de enfermagem estejam cientes</p><p>das suas responsabilidades e atuem de acordo com os padrões éticos e técnicos</p><p>estabelecidos.</p><p>De acordo com o Artigo 186, aquele que, por ação ou omissão voluntária,</p><p>negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outra pessoa, mesmo que</p><p>exclusivamente moral, comete um ato ilícito. Já o Artigo 927 estabelece que aquele que,</p><p>por ato ilícito conforme descrito no Artigo 186, causar dano a outrem, fica obrigado a</p><p>repará-lo. Isso significa que, para que alguém seja responsabilizado civilmente, é</p><p>necessário que haja comprovação de que a ação ou omissão foi voluntária e que houve</p><p>negligência, imprudência ou imperícia, resultando em dano para outra pessoa.</p><p>O artigo 951 do Código Civil Brasileiro estabelece que, no caso de indenização</p><p>devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,</p><p>imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe</p><p>lesão ou inabilitá-lo para o trabalho, aplica-se a responsabilidade civil subjetiva. Isso</p><p>significa que o profissional de saúde pode ser responsabilizado civilmente se cometer</p><p>algum ato lesivo durante o exercício de sua atividade profissional devido à negligência,</p><p>imprudência ou imperícia. Os pressupostos da responsabilidade subjetiva, como</p><p>13</p><p>mencionado, incluem o dano, o ato lesivo culposo e o nexo causal entre eles.</p><p>O Código de Proteção e Defesa do Consumidor estabelece que a</p><p>responsabilidade pessoal dos profissionais liberais, incluindo os profissionais de saúde</p><p>como enfermeiros, será apurada mediante a verificação de culpa. Isso significa que a</p><p>responsabilidade civil desses profissionais será determinada com base na constatação</p><p>de culpa em suas ações ou omissões.</p><p>Além disso, o mesmo código, em seu artigo 6, inciso VIII, assegura como direito</p><p>do consumidor a facilitação da defesa, o que inclui a possibilidade de inversão do ônus</p><p>da prova a critério do juiz, com base na hipossuficiência do consumidor. Isso implica</p><p>que, em casos envolvendo má prática profissional por parte do enfermeiro, caberá ao</p><p>profissional provar que não agiu com negligência, imperícia ou imprudência,</p><p>desvinculando assim o prejuízo causado ao cliente de uma eventual má prática</p><p>profissional.</p><p>A culpa, conforme os princípios da imprudência, negligência e imperícia, implica</p><p>em uma ação voluntária que resulta em um dano involuntário previsível, decorrente da</p><p>falta de cuidado ou atenção adequados na conduta. A classificação da culpa pode ser</p><p>feita em três graus, sendo considerada grave aquela resultante de imprudência ou</p><p>negligência grosseira, leve aquela na qual uma pessoa prudente poderia incorrer, e</p><p>levíssima aquela da qual nem mesmo alguém extremamente cauteloso poderia escapar.</p><p>A responsabilidade profissional, em geral, é de natureza contratual e é um dos aspectos</p><p>mais importantes na análise da responsabilidade civil. Refere-se à responsabilidade</p><p>pelos danos que surgem no exercício da própria profissão ou ofício do trabalhador.</p><p>O profissional pode ser liberado do dever de indenizar se conseguir comprovar</p><p>uma das excludentes da responsabilidade civil, como agir em estado de necessidade,</p><p>legítima defesa, exercício regular de um direito, estrito cumprimento do dever legal,</p><p>culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro, caso fortuito ou força maior.</p><p>Na enfermagem obstétrica, é inegável que os riscos são inerentes ao exercício</p><p>da profissão, uma vez que é impossível ter controle total sobre o resultado esperado.</p><p>No entanto, o profissional deve avaliar e considerar cuidadosamente os riscos de sua</p><p>conduta. Essa situação está relacionada a um princípio fundamental do Direito Penal, o</p><p>Princípio da Legalidade, que estabelece que não há crime sem uma lei anterior que o</p><p>defina e que não há pena sem uma prévia cominação legal.</p><p>É importante ressaltar que a responsabilidade civil e penal são independentes</p><p>uma da outra. No entanto, no âmbito da justiça penal, uma vez que uma questão já foi</p><p>apreciada e decidida judicialmente, a sentença não pode ser modificada. Isso significa</p><p>14</p><p>que o Código Civil, no artigo 935, estabelece que não é possível questionar novamente</p><p>a autoria e a existência do fato de questões que já foram decididas em juízo criminal.</p><p>No que diz respeito à atuação da enfermeira obstétrica, o Código Penal Brasileiro</p><p>contém normas de proteção à saúde e à existência humana. Por exemplo, o artigo 132</p><p>tipifica como crime a exposição da vida ou saúde de outrem, enquanto o artigo 129</p><p>caracteriza a lesão corporal como sendo a ofensa à integridade corporal ou à saúde de</p><p>outro.</p><p>15</p><p>ÉTICA EM PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>A pesquisa científica é essencialmente um processo de questionamento e busca</p><p>por respostas para questões específicas. Ela envolve um método de investigação</p><p>sistemático e utiliza procedimentos científicos para identificar soluções para um</p><p>determinado problema. É importante que o problema de pesquisa seja relevante para a</p><p>comunidade científica e que os resultados esperados sejam novos, significativos e</p><p>tenham relevância social e profissional.</p><p>O termo "pesquisa" tem sua origem no latim "perquirere", que significa buscar</p><p>com cuidado ou informar-se sobre algo. Na língua portuguesa, pesquisa é compreendida</p><p>como a ação de buscar, investigar ou realizar um trabalho científico que registra os</p><p>resultados de uma investigação.</p><p>As pesquisas científicas são conduzidas com rigor, ética e seguindo</p><p>procedimentos metodológicos específicos. Elas são realizadas por pesquisadores e</p><p>profissionais de diversas áreas do conhecimento, que buscam investigar de forma mais</p><p>detalhada e sistemática um tema específico e responder a perguntas que surgem,</p><p>muitas vezes, do contexto profissional.</p><p>É comum que as pesquisas científicas estejam associadas a cursos de</p><p>graduação e pós-graduação em instituições acadêmicas, onde os estudantes e</p><p>pesquisadores têm a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em determinadas</p><p>áreas.</p><p>Além disso, a pesquisa científica também pode ser conduzida como uma</p><p>atividade profissional no cotidiano, visando atender demandas específicas do contexto</p><p>de trabalho. Os resultados obtidos podem influenciar mudanças nas rotinas de trabalho,</p><p>sugerir melhorias nos processos e fluxos profissionais, e contribuir para avanços em</p><p>diferentes setores, como empresas, escolas e universidades.</p><p>É fundamental que os pesquisadores ajam com ética em todas as etapas de seu</p><p>trabalho, inclusive na busca e utilização de fontes de informação. Com o crescimento da</p><p>internet, tornou-se mais fácil acessar uma grande quantidade de informações, mas</p><p>também aumentou o risco de plágio e uso indevido de conteúdo sem a devida citação.</p><p>É importante lembrar que nem todas as informações encontradas na internet são</p><p>cientificamente precisas ou confiáveis.</p><p>É necessário saber como garimpar informações na internet, buscando fontes</p><p>confiáveis e direcionadas ao assunto de interesse. Uma abordagem recomendada é</p><p>iniciar a pesquisa identificando os endereços de sites relacionados ao tema em questão.</p><p>16</p><p>Além disso, bibliotecas de grandes universidades geralmente oferecem acesso a fontes</p><p>bibliográficas confiáveis por meio de seus acervos documentais. Essas fontes são</p><p>valiosas para pesquisas acadêmicas, fornecendo informações confiáveis e de</p><p>qualidade.</p><p>A ética em pesquisas de saúde é fundamental para garantir o respeito aos direitos</p><p>e à dignidade dos participantes envolvidos, além de assegurar a integridade e a validade</p><p>dos resultados obtidos. Todos os participantes da pesquisa devem fornecer seu</p><p>consentimento livre e esclarecido antes de participar. Isso significa que eles devem</p><p>receber informações detalhadas sobre os objetivos da pesquisa, os procedimentos</p><p>envolvidos, os possíveis riscos e benefícios, e ter a liberdade de decidir se desejam ou</p><p>não participar.</p><p>Os pesquisadores têm a responsabilidade de garantir que os participantes sejam</p><p>tratados de forma ética, que seus interesses sejam protegidos e que não sejam</p><p>prejudicados de forma alguma. Além disso, devem buscar promover o bem-estar dos</p><p>participantes e maximizar os benefícios da pesquisa, enquanto minimizam os riscos.</p><p>Os dados pessoais dos participantes devem ser protegidos e mantidos em sigilo</p><p>absoluto. Os pesquisadores devem garantir que as informações coletadas sejam</p><p>utilizadas apenas para os fins da pesquisa e que a identidade dos participantes seja</p><p>mantida em sigilo.</p><p>Os critérios de seleção dos participantes devem ser justos e equitativos,</p><p>garantindo que todos tenham a oportunidade</p><p>de participar da pesquisa,</p><p>independentemente de sua raça, etnia, gênero, idade, condição socioeconômica ou</p><p>qualquer outra característica.</p><p>Todas as pesquisas envolvendo seres humanos devem passar por uma revisão</p><p>ética por parte de um comitê de ética em pesquisa, que avaliará a conformidade com os</p><p>princípios éticos e normas regulatórias. Essa revisão é essencial para garantir a</p><p>proteção dos participantes e a qualidade da pesquisa.</p><p>Os pesquisadores devem conduzir suas pesquisas de forma transparente e</p><p>íntegra, fornecendo informações precisas e honestas sobre seus métodos, resultados e</p><p>possíveis conflitos de interesse.</p><p>17</p><p>DILEMAS ÉTICOS ATUAIS DA ENFERMAGEM</p><p>O enfermeiro desempenha um papel fundamental na gestão dos cuidados de</p><p>saúde e, portanto, está frequentemente envolvido em situações que apresentam dilemas</p><p>éticos. Esses profissionais lidam diretamente com os pacientes e suas famílias,</p><p>coordenando cuidados, tomando decisões clínicas e garantindo que os princípios éticos</p><p>sejam respeitados.</p><p>No seu dia a dia, os enfermeiros podem se deparar com uma variedade de</p><p>situações éticas complexas, como questões de privacidade e confidencialidade, tomada</p><p>de decisões médicas difíceis, distribuição de recursos limitados e questões de</p><p>consentimento informado. Eles precisam ser capazes de reconhecer esses dilemas,</p><p>considerar todos os aspectos envolvidos e trabalhar com suas equipes interdisciplinares</p><p>para encontrar soluções éticas e moralmente aceitáveis.</p><p>Além disso, os enfermeiros também têm a responsabilidade de defender os</p><p>direitos e a dignidade de seus pacientes, garantindo que eles sejam tratados com</p><p>respeito, compaixão e justiça. Isso requer habilidades de comunicação eficazes, empatia</p><p>e sensibilidade cultural para lidar com uma ampla gama de situações e necessidades</p><p>dos pacientes.</p><p>Os avanços na área da saúde têm impacto direto nas práticas dos profissionais</p><p>de enfermagem, resultando em novos desafios éticos que precisam ser enfrentados. É</p><p>crucial que esses profissionais estejam cientes de seus direitos e deveres éticos e legais</p><p>para garantir a segurança de suas ações e evitar complicações legais.</p><p>Ao longo de suas atividades laborativas, os enfermeiros podem se deparar com</p><p>uma variedade de dilemas éticos, como questões de privacidade do paciente,</p><p>consentimento informado, distribuição de recursos escassos, questões de autonomia do</p><p>paciente, entre outros. Esses dilemas podem surgir devido às complexidades das</p><p>condições de saúde dos pacientes, às demandas dos familiares, às políticas</p><p>institucionais ou às pressões do sistema de saúde.</p><p>Portanto, é essencial que os profissionais de enfermagem estejam preparados</p><p>para lidar com esses dilemas de forma ética e responsável. Isso envolve conhecimento</p><p>das leis e regulamentações relevantes, capacidade de análise crítica, habilidades de</p><p>comunicação eficazes e sensibilidade para compreender as necessidades e valores dos</p><p>pacientes.</p><p>Além disso, é importante que os enfermeiros tenham acesso a recursos de apoio,</p><p>como comitês de ética, supervisão clínica e educação continuada, para ajudá-los a</p><p>18</p><p>navegar por situações éticas complexas e tomar decisões informadas e éticas em sua</p><p>prática profissional.</p><p>As ocorrências atitudinais encontradas podem incluir uma variedade de situações</p><p>e comportamentos que refletem a postura e as ações dos profissionais de enfermagem</p><p>em seu ambiente de trabalho. Aqui estão alguns exemplos:</p><p>• Abandono de plantão: Quando um profissional de enfermagem deixa o local de</p><p>trabalho sem autorização ou sem garantir que suas responsabilidades sejam</p><p>adequadamente transferidas para outro colega.</p><p>• Inobservância do sigilo profissional: Divulgação inadequada de informações</p><p>confidenciais sobre pacientes, violando sua privacidade e confiança.</p><p>• Inobservância ao direito de autonomia: Não envolver os pacientes nas decisões</p><p>relacionadas ao seu próprio cuidado ou desrespeitar suas preferências e desejos.</p><p>• Não atendimento a convocações: Não comparecer a convocações ou chamados</p><p>para assumir responsabilidades profissionais ou participar de atividades</p><p>obrigatórias.</p><p>• Maus tratos: Tratar os pacientes de forma abusiva, negligente ou desrespeitosa,</p><p>causando danos físicos, emocionais ou psicológicos.</p><p>• Falsificação de documentos: Manipulação ou adulteração de registros,</p><p>prescrições ou outros documentos relacionados ao cuidado dos pacientes.</p><p>• Estupro: Qualquer forma de violência sexual cometida contra pacientes ou</p><p>colegas de trabalho.</p><p>• Abandono de incapaz: Negligenciar ou abandonar pacientes ou pessoas sob os</p><p>cuidados do profissional que necessitam de assistência ou proteção.</p><p>• Vilipêndio de cadáver: Tratar de forma desrespeitosa ou indigna os corpos de</p><p>pessoas falecidas, violando sua dignidade e os direitos de seus familiares.</p><p>• Tráfico de entorpecentes: Envolver-se na venda, distribuição ou uso indevido de</p><p>substâncias entorpecentes ou controladas.</p><p>• Peculato e furto: Desviar recursos financeiros, medicamentos ou outros recursos</p><p>destinados aos cuidados dos pacientes para benefício pessoal.</p><p>• Assédio moral e insubordinação nas relações com a equipe: Comportamentos</p><p>que visam intimidar, humilhar ou constranger colegas de trabalho, ou recusar-se</p><p>a cumprir ordens legítimas das autoridades competentes.</p><p>• Agressão física e verbal nas relações com usuários e familiares: Condutas</p><p>agressivas que causam danos físicos ou emocionais aos pacientes, seus</p><p>19</p><p>familiares ou outros membros da equipe de saúde.</p><p>As ocorrências procedimentais referem-se a falhas ou erros que ocorrem durante</p><p>a execução de procedimentos de enfermagem. Vamos analisar brevemente cada uma</p><p>delas:</p><p>• Imperícia: Refere-se à falta de habilidade ou competência técnica adequada para</p><p>realizar determinado procedimento ou intervenção de enfermagem. Pode resultar</p><p>em danos ao paciente devido à falta de conhecimento ou experiência do</p><p>profissional.</p><p>• Imprudência na administração de dieta enteral via parenteral: Consiste na</p><p>realização de uma intervenção sem a devida precaução ou cuidado, colocando o</p><p>paciente em risco. No caso mencionado, trata-se da administração inadequada</p><p>de dieta enteral por via parenteral, o que pode causar complicações graves de</p><p>saúde.</p><p>• Erro na administração de medicamentos: Refere-se a falhas na administração de</p><p>medicamentos, incluindo erros de dosagem, via de administração incorreta,</p><p>seleção inadequada do medicamento ou falta de monitoramento adequado após</p><p>a administração. Pode resultar em danos ao paciente devido a reações adversas,</p><p>intoxicação medicamentosa ou falta de eficácia do tratamento.</p><p>• Erro na administração de hemoderivados: Consiste em falhas na administração</p><p>de produtos derivados do sangue, como hemocomponentes ou hemoderivados.</p><p>Esses erros podem resultar em reações transfusionais, incompatibilidade</p><p>sanguínea ou transmissão de doenças infecciosas, representando um sério risco</p><p>para a segurança do paciente.</p><p>Esses tipos de ocorrências procedimentais destacam a importância da</p><p>competência técnica, da atenção aos detalhes e do cumprimento rigoroso dos</p><p>protocolos e diretrizes de segurança na prática de enfermagem. A prevenção desses</p><p>erros requer treinamento adequado, supervisão constante e uma cultura de segurança</p><p>do paciente dentro das instituições de saúde.</p><p>20</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS QUE NORTEIAM A CONDUTA PROFISSIONAL DO</p><p>ENFERMEIRO</p><p>Esses tipos de ocorrências procedimentais destacam a importância da</p><p>competência técnica, da atenção aos detalhes e do cumprimento rigoroso dos</p><p>protocolos e diretrizes de segurança na prática de enfermagem. A prevenção desses</p><p>erros requer treinamento adequado, supervisão constante e uma cultura de segurança</p><p>do paciente dentro das instituições de saúde.</p><p>O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) é de extrema</p><p>importância para orientar a conduta ética dos enfermeiros, garantindo</p><p>o cumprimento</p><p>das normas e valores estabelecidos para a profissão. Ele é um instrumento que reúne</p><p>princípios morais e jurídicos que regem a atuação do enfermeiro.</p><p>A reorganização do CEPE pela Resolução COFEN 311/2007 fortaleceu sua</p><p>aplicabilidade e abrange todas as relações que envolvem os profissionais registrados</p><p>nos Conselhos de Enfermagem. Esse código estabelece diretrizes claras sobre</p><p>responsabilidades, deveres, direitos e proibições dos profissionais de enfermagem,</p><p>contribuindo para a prática ética e segura no exercício da profissão.</p><p>Entre os princípios fundamentais presentes no CEPE estão o respeito à vida, à</p><p>dignidade humana, à privacidade e à autonomia do paciente, bem como a valorização</p><p>da ética profissional, da responsabilidade, da competência técnica e científica, e do</p><p>compromisso com a promoção da saúde e o bem-estar dos indivíduos assistidos.</p><p>O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) é um documento</p><p>essencial que estabelece os princípios fundamentais para a conduta ética dos</p><p>enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, obstetrizes, parteiras</p><p>e atendentes de enfermagem. Aprovado e editado pelo Conselho Federal de</p><p>Enfermagem (COFEN), sua versão mais recente foi publicada no Diário Oficial da União</p><p>em 6 de novembro de 2017, entrando em vigor 120 dias após sua publicação.</p><p>Essa resolução reúne os direitos, deveres, proibições, infrações e penalidades a</p><p>serem observados e aplicados durante o exercício da profissão. A seguir, são</p><p>apresentados alguns dos principais pontos dispostos no novo CEPE, conforme citado</p><p>por Sousa (2019):</p><p>• Respeito à vida, dignidade humana e autonomia do paciente.</p><p>• Zelo pela privacidade e confidencialidade das informações dos pacientes.</p><p>• Responsabilidade e competência técnica e científica no exercício da profissão.</p><p>• Valorização da ética profissional e do compromisso com a promoção da saúde e</p><p>bem-estar dos pacientes.</p><p>21</p><p>• Proibição do exercício da enfermagem sob efeito de substâncias que</p><p>comprometam a capacidade profissional.</p><p>• Dever de recusar práticas que configurem violação dos direitos humanos ou</p><p>põem em risco a integridade física, psicológica ou moral do paciente.</p><p>• Obrigação de atualização contínua e aprimoramento profissional.</p><p>• Respeito à legislação e normas vigentes relacionadas à profissão.</p><p>• Proibição do exercício ilegal da enfermagem e da utilização de títulos e</p><p>qualificações não reconhecidas.</p><p>Segundo os artigos I e II da Resolução COFEN Nº 564/2017:</p><p>Art. I. Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e</p><p>ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo</p><p>os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos.Art. II. Exercer</p><p>atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e</p><p>psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos</p><p>direitos dos profissionais de enfermagem. (COFEN, 2017).</p><p>É fundamental garantir ao profissional enfermeiro o acesso a todas as</p><p>informações necessárias para o exercício adequado de sua profissão. No entanto,</p><p>também é dever do enfermeiro manter em sigilo as informações confidenciais que lhe</p><p>foram confiadas durante o exercício de suas funções, conforme estabelecido pela</p><p>CEPE.</p><p>Além disso, segundo o CEPE, outro direito assegurado ao profissional enfermeiro</p><p>é o de recusar-se a desempenhar atividades que não estejam dentro de sua</p><p>competência ou que possam representar risco à sua própria segurança ou à segurança</p><p>de terceiros. Esta prerrogativa visa proteger a integridade física e moral do profissional,</p><p>bem como a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos pacientes.</p><p>É correto destacar que, em caso de violação dos princípios éticos e legais da</p><p>profissão, o profissional enfermeiro tem a responsabilidade de comunicar prontamente</p><p>ao Conselho Regional de Enfermagem e às autoridades competentes. Isso é crucial</p><p>para garantir a transparência, a prestação de contas e a manutenção da integridade da</p><p>profissão.</p><p>É também dever do profissional enfermeiro fornecer ao paciente todas as</p><p>informações necessárias para o adequado prosseguimento de sua assistência. Isso</p><p>inclui esclarecer ao paciente seus direitos, os riscos e benefícios de procedimentos ou</p><p>tratamentos em todas as etapas do cuidado. Essa comunicação transparente e empática</p><p>22</p><p>é essencial para garantir o respeito à autonomia e dignidade do paciente, bem como</p><p>para promover uma relação de confiança entre profissional e paciente.</p><p>Manter a inscrição no Conselho Regional de Enfermagem (COREN) e manter os</p><p>dados cadastrais atualizados são requisitos fundamentais para o exercício da profissão</p><p>de enfermagem. Essa vinculação é de extrema importância para garantir a regularidade</p><p>e a legalidade do exercício profissional, além de ser essencial para a constituição da</p><p>identidade profissional.</p><p>Estar registrado no COREN permite ao profissional enfermeiro acessar recursos,</p><p>oportunidades de educação continuada e participar de eventos e discussões que são</p><p>relevantes para o avanço da profissão. Através do COREN, os enfermeiros também têm</p><p>acesso a orientações, suporte e defesa de seus interesses profissionais.</p><p>23</p><p>DEONTOLOGIA EM ENFERMAGEM: CAMINHOS POSSÍVEIS PARA BOAS</p><p>PRÁTICAS</p><p>O cuidado é, de fato, uma característica fundamental na atuação do profissional</p><p>enfermeiro. No entanto, descrever os caminhos para essa prática nem sempre foi fácil,</p><p>especialmente antes da enfermagem ser reconhecida como uma ciência. Para garantir</p><p>que as atividades de enfermagem sejam realizadas de forma eficaz e com qualidade, é</p><p>essencial que os profissionais tenham orientações e subsídios que os guiem com base</p><p>em princípios éticos.</p><p>Essas orientações éticas fornecem um conjunto de diretrizes que ajudam os</p><p>enfermeiros a desempenhar suas funções de forma coesa e qualitativa. Ao seguir esses</p><p>princípios éticos, os profissionais de enfermagem podem assegurar que estão</p><p>atendendo adequadamente às necessidades de seus pacientes, respeitando sua</p><p>dignidade, autonomia e direitos. Além disso, esses princípios também orientam as</p><p>decisões éticas que os enfermeiros precisam tomar em situações complexas e</p><p>desafiadoras.</p><p>Os enfermeiros têm alcançado conquistas importantes em termos de direitos e</p><p>reconhecimento dentro do cenário da saúde, o que reflete o seu empenho e dedicação</p><p>à profissão. No entanto, apesar desses triunfos, ainda é possível observar uma postura</p><p>elementar em alguns aspectos do ambiente de trabalho, bem como comportamentos</p><p>diversos diante de situações éticas complexas e questões interpessoais.</p><p>É importante que os profissionais de enfermagem continuem a se desenvolver</p><p>não apenas em termos de habilidades técnicas e conhecimento científico, mas também</p><p>em relação ao seu comportamento e postura ética no ambiente de trabalho. Isso requer</p><p>um compromisso constante com a ética profissional, a comunicação eficaz, o respeito</p><p>mútuo e a resolução construtiva de conflitos, a fim de garantir um ambiente de trabalho</p><p>saudável e uma prática de enfermagem ética e compassiva.</p><p>O enfermeiro deve compreender e reconhecer a importância de sua função</p><p>dentro da equipe de saúde, garantindo que suas habilidades e conhecimentos sejam</p><p>utilizados de forma eficaz para o benefício dos pacientes. É fundamental que respeite</p><p>os limites e competências de outros profissionais de saúde, reconhecendo que cada</p><p>membro da equipe tem um papel específico e complementar no cuidado do paciente.</p><p>O enfermeiro deve colaborar e trabalhar em estreita colaboração com os demais</p><p>profissionais de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros, para</p><p>garantir uma abordagem holística e abrangente no cuidado ao paciente. Em todas as</p><p>circunstâncias, o enfermeiro deve integrar-se à equipe de</p><p>saúde, contribuindo de forma</p><p>24</p><p>responsável e colaborativa para a aplicação eficaz dos serviços de saúde, a prevenção</p><p>de doenças, o tratamento e a recuperação dos pacientes, bem como nas decisões</p><p>relacionadas à promoção da saúde.</p><p>25</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>.</p><p>Baliza MF, Boussos RS, Poles K, Santos MRS, Silva L, Paganini MC. Fatores</p><p>que influenciam os enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva nas decisões</p><p>de final de vida. Rev. Escola de enfermagem USP. 2015, V. 49 n.4 p. 572-579</p><p>COFEN. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução COFEN 370/2010 de 03</p><p>de novembro de 2010. Altera o Código de Processo Ético das Autarquias Profissionais</p><p>de Enfermagem para aperfeiçoar as regras e procedimentos sobre o processo</p><p>ético-profissional 03 nov. 2010.</p><p>COFEN. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução COFEN Nº 564/2017.</p><p>Anexo: código de ética dos profissionais de enfermagem. COFEN. 2017</p><p>COFEN. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução COFEN Nº 572, DE 23 DE</p><p>MARÇO DE 2018. COFEN. Normatização da criação e funcionamento das Comissões</p><p>de Ética de Enfermagem nas instituições com Serviço de Enfermagem. Brasil, 2018.</p><p>Costa DVS, Santos LMD, Damasceno VLT, Luna IT. 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Problemas éticos identificados por enfermeiros na relação com usuários</p><p>em situação crítica. Rev. bioét. (Impr.). 2015, V.23 e.1 p. 187-99.</p><p>Oliveira MAN, Rosa DOS. Conflitos e dilemas éticos vivenciados pelo enfermeiro</p><p>no cuidado perioperatório/ Conflictsandethicaldilemmasexperincedbythenurse in</p><p>theperioperativecare. Ciencia Cuidado em Saude. 2015, V.14 e.2 p.1149-1156.</p><p>Oliveira MAN, Rosa DOS. Conflitos e dilemas éticos: vivências de enfermeiras no centro</p><p>cirúrgico. Revista Baiana de Enfermagem. 2016, V.30 n.1 p. 344-355.</p><p>Penna MHM, Cohen C, OliveiraRA. Análise da Relação Entre As Condutas dos</p><p>Profissionais Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem com Os Processos</p><p>Éticos Profissionais Junto ao COREN SP. In: Anais do Congresso Internacional</p><p>de Humanidades & Humanização em Saúde. 2014. São Paulo (SP). São Paulo:</p><p>Editora Blucher. 2014 V.1 n.2.</p><p>Pereira RCM, Santos RS. 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Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2010, V.44 n.3</p><p>p. 803-811.</p><p>Teixeira IKAO, Labronici LM, Mantovani MF. Produção científica nacional sobre ética de</p><p>enfermagem: revisão sistemática da literatura. Revista Brasileira em Promoção da</p><p>Saúde. 2010. V. 23 n. 1 p. 80-91.</p><p>BRUNNER & SUDDARTH: tratado de enfermagem médico-cirúrgica / Janice L. Hinkle,</p><p>Kerry H. Cheever ; revisão técnica Sônia Regina de Souza – Un. 1(3). 14. ed. - Rio de</p><p>Janeiro : Guanabara Koogan, 2020. Disponível em: Minha Biblioteca Digital</p><p>UniEVANGÉLICA.</p><p>FONTINELLE, K. J. Ética e Bioética em enfermagem. 2. ed. Goiânia: AB, 2001.</p><p>GELAIN, I. Deontologia e Enfermagem. 3. ed. São Paulo: Pedagógica e Universitária,</p><p>2005.</p><p>SANTOS, E. F. et al. Legislação em enfermagem: atos normativos do exercício e do</p><p>ensino. São Paulo, SP: Atheneu. 1997.</p><p>OGUISSO T., ZOBOLI E.L.C.P. Ética e bioética: desafios para a enfermagem e a saúde</p><p>/ organizadoras Taka Oguisso, Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli. 2.ed. – Barueri,</p><p>SP: Manole, 2017. – (Série Enfermagem). Disponível em: Minha Biblioteca Digital</p><p>UniEVANGÉLICA. Complementar:</p><p>BRASIL. Decreto no 94.406, de 8 de junho de 1987. Dispõe sobre o exercício da</p><p>enfermagem, e dá outras providências.</p><p>BRASIL. Carta dos direitos dos usuários da saúde. Conselho Nacional de Saúde. 1. ed.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>BARBOSA; CELINO; RODRIGUES; COSTA. Conhecimento de profissionais de</p><p>enfermagem sobre o código de ética que rege a profissão. Rev. Baiana de Enfermagem;</p><p>2017.</p><p>29</p><p>BEZERRA et al. Concepções da equipe de enfermagem sobre a atuação do sistema</p><p>Conselho Federal De Enfermagem/Conselhos Regionais. Rev. Enf. Atenção à Saúde;</p><p>2017.</p><p>COFEN. Resolução 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de</p><p>Enfermagem e a</p><p>implementação do Processo de Enfermagem.</p><p>COFEN. Resolução 0477/2015. Dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na assistência</p><p>às gestantes, parturientes e puérperas.</p><p>COFEN. Resolução 0479/2015. Estabelece critérios para registro de títulos de</p><p>Enfermeiro Obstetra e Obstetriz.</p><p>COFEN. Resolução Nº 0564/2017. Código de ética dos profissionais de enfermagem.</p><p>Conselho Federal de Enfermagem. Conselho Federal de Enfermagem.</p><p>LIMA; ANDRADE; ALBUQUERQUE. Decisões dos Conselhos de Enfermagem no brasil:</p><p>uma pesquisa documental. COFEN; 2017.</p><p>LIMA et al. Decisões dos conselhos de enfermagem no brasil: uma pesquisa</p><p>documental. COFEN; 2017.</p><p>LUZ et al. Problemas éticos vivenciados por enfermeiros oncológicos. Rev. Latino-Am.</p><p>Enf.; 2015.</p><p>MARTINIANO et al. Legalização da prescrição de medicamentos pelo enfermeiro no</p><p>Brasil: história, tendências e desafios. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2015 Jul-</p><p>Set; 24(3): 809-17.</p><p>MASCARENHAS, N.B.; ROSA, D.O.S. Bioética e formação do enfermeiro: uma interface</p><p>necessária. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2010 Abr-Jun; 19(2): 366-71.</p><p>MACHADO et al. Características gerais da enfermagem: o perfil sócio demográfico.</p><p>Enfermagem em Foco. 2016. V.7.</p><p>30</p><p>NORA et al. Elementos e estratégias para a tomada de decisão ética em enfermagem.</p><p>Texto Contexto Enferm, 2016; 25(2):e4500014.</p><p>NASCIMENTO et al. Dimensões éticas envolvidas no cuidado de enfermagem: uma</p><p>revisão de literatura. Veredas, 2015; v.8 n.2.</p><p>OLIVEIRA et al. Reflexões sobre as bases científicas e fundamentação legal para</p><p>aplicação da Sistematização do Cuidado de Enfermagem. Uniabeu, 2015 v.8.</p><p>SILVA, Rafael Celestino da et al. Práticas de cuidado de enfermagem na terapia</p><p>intensiva: Análise segundo a ética da responsabilidade. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro,</p><p>v. 20, n. 4, e20160095, 2016.</p>