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<p>Segundo Francisco (2016, p.20)</p><p>sistema de arquivos é o conjunto de arquivos de uma mesma esfera governamental ou de uma mesma entidade, pública ou privada, que funciona de modo integrado e articulado na consecução de objetivos técnicos comuns.</p><p>Fonte</p><p>Um https://documentosarquivisticosdigitais.blogspot.com/2017/03/arquivistica-ufes-sistema-nacional-de.htmldia de cada vez para aguentar a pressão</p><p>A sequência de operações intelectuais e físicas que visam a organização dos documentos de um arquivo ou coleção, de acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido, se refere ao arranjo.</p><p>Marilena Leite Paes define “arranjo” como: processo que, na organização de arquivos permanentes, consiste na ordenação — estrutural ou funcional — dos documentos em fundos, na ordenação das séries dentro dos fundos e, se necessário, dos itens documentais dentro das séries.</p><p>Portanto, o arranjo pode ser estrutural ou funcional:</p><p>· Estrutural — Constituído dos documentos provenientes de uma mesma fonte geradora de arquivos.</p><p>Exemplos: Ministério da Agricultura, Companhia Brasileira de Alimentos, Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, Companhia de Financiamento da Produção, Companhia Brasileira de Armazenamento; cada uma dessas instituições se constituirá num fundo.</p><p>· Funcional — Constituído dos documentos provenientes de mais de uma fonte geradora de arquivo, reunidos pela semelhança de suas atividades, mantido, porém, o princípio da proveniência.</p><p>Exemplos: Agricultura, incluindo a documentação do Ministério da Agricultura, Companhia Brasileira de Alimentos, Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, Companhia de Financiamento da Produção, Companhia Brasileira de Armazenamento; neste caso, o fundo será Agricultura, atividade comum a todas as instituições mencionadas.</p><p>o perfil de um fundo arquivístico.</p><p>Conforme Heloisa Liberalli Bellotto, o fundo corresponde ao conjunto documental procedente das atividades de determinado órgão. A divisão interna dos fundos corresponde às subdivisões desse órgão, formando os grupos e subgrupos. Especificando mais ainda, dentro dessas subdivisões, temos as séries documentais (porém, há casos em que se passa diretamente às séries do fundo, sem especificar-se os grupos ou subgrupos).</p><p>As séries caracterizam-se por serem integradas por documentos do mesmo tipo documental (fusão entre a espécie documental e a atividade jurídica vinculada).  Portanto, não podem ser desarticuladas, dispersas, selecionadas, nem ordenadas por critérios alheios a sua especificidade documental. Assim, as séries são a menor unidade orgânica arquivística.</p><p>Por fim, as peças documentais constituem essas séries. Ou seja, são os documentos individuais que, reunidas em agrupamentos lógicos nas unidades de arquivamento, traduzem a menor unidade material arquivística.</p><p>Definição de Memória</p><p>Memória, de acordo com Bellotto, é:</p><p>1. Conjunto de informações e/ou documentos: Refere-se a dados ou documentos, sejam eles formais, como relatórios e registros, ou informais, como cartas pessoais e objetos.</p><p>2. Orgânicos ou não: Os documentos podem ser orgânicos (produzidos naturalmente no curso das atividades de uma organização ou pessoa) ou inorgânicos (reunidos intencionalmente para algum fim específico).</p><p>3. Representativos da organização: Os documentos e informações representam as atividades, eventos e operações da organização ou do indivíduo.</p><p>4. Referenciados sem reunião física/material das fontes: Não é necessário juntar fisicamente todos os documentos em um único lugar. A ideia é referenciar e identificar as informações e os objetos que as contêm.</p><p>5. Disponíveis de maneira coerente e integrada: As informações devem estar organizadas de forma que façam sentido e possam ser acessadas facilmente pelos pesquisadores.</p><p>Relação com a Questão</p><p>Dado o entendimento acima, a memória não precisa recolher toda a documentação fisicamente. Em vez disso, o foco está em referenciar as informações e documentos, identificando onde estão e como podem ser acessados.</p><p>A questão pergunta sobre o que a memória pressupõe, dado que não se limita a recolher a documentação.</p><p>Explicação Simplificada</p><p>Imagine que você tem uma grande biblioteca em casa, com livros espalhados em vários cômodos. Em vez de reunir todos os livros em um único lugar, você cria um catálogo que diz exatamente onde cada livro está. Assim, mesmo que os livros estejam fisicamente separados, você pode encontrá-los facilmente porque sabe onde estão.</p><p>Isso é o que Bellotto está dizendo sobre a memória: não é necessário reunir todos os documentos em um só lugar físico, mas sim criar referências que permitam identificar e acessar essas informações de maneira coerente e integrada.</p><p>Arquivo é o conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte.</p><p>O arquivo funcionará como o guardião das informações existentes na instituição.</p><p>De acordo com Marilena Leite Paes:</p><p>Finalidade - A principal finalidade dos arquivos é servir a administração, constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história.</p><p>Função - A função básica do arquivo é tornar disponível as informações contidas no acervo documental sob sua guarda.</p><p>Dessa forma, segundo a atividade que desenvolve, uma instituição organiza todos os seus documentos, permitindo consultas futuras. Nesta situação, ela está mantendo em seu interior um arquivo.</p><p>Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística</p><p>inventário</p><p>“Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.”</p><p>Segundo VALENTINI (2013, p.120)</p><p>Inventário</p><p>“As unidades de arquivamento de um fundo ou de uma de suas divisões são identificadas e descritas de forma sucinta (sumário) ou pormenorizada (analítico). O inventário descreve a composição do fundo ou parte dele. O sumário é de suma importância e deve ser o 1º instrumento (dos parciais) a ser criado para os fundos dos arquivos públicos e privados. O analítico exige pleno conhecimento do tema a ser descrito. ”</p><p>Os documentos eletrônicos arquivísticos são documentos criados, recebidos, conservados e utilizados por meio de sistemas computacionais.</p><p>Segundo Rosely Rondinelli:</p><p>Tanto o conceito de documentos contínuos como o de pós-custódia baseiam-se na premissa de que os documentos eletrônicos arquivísticos devem ser tratados como um todo, isto é, sem a divisão por fases corrente, intermediária e permanente, e, uma vez cessado seu uso diário, os mesmos permaneceriam sob a responsabilidade da instituição que os criou".</p><p>Segundo RODRIGUES (2006, p.106)</p><p>“A ordem original seria aquela em que os documentos de um mesmo produtor estão agrupados conforme o fluxo das ações que os produziram ou receberam. Se o documento é a corporificação de ações que ocorrem em um fluxo temporal, a ordem original, ou melhor, a ordem dos documentos em correspondência com o fluxo das ações torna-se indispensável para a compreensão dessas ações e, consequentemente, para a compreensão do significado do documento. ”</p><p>Segundo RODRIGUES (2006, p.106)</p><p>“A ordem original seria aquela em que os documentos de um mesmo produtor estão agrupados conforme o fluxo das ações que os produziram ou receberam. Se o documento é a corporificação de ações que ocorrem em um fluxo temporal, a ordem original, ou melhor, a ordem dos documentos em correspondência com o fluxo das ações torna-se indispensável para a compreensão dessas ações e, consequentemente, para a compreensão do significado do documento. ”</p><p>Segundo Rousseau e Couture (1998), o princípio da proveniência “define-se como princípio fundamental segundo o qual os arquivos de uma mesma proveniência não devem ser misturados com os de outra proveniência e devem ser preservados segundo sua ordem primitiva, caso exista”. Ou seja,</p><p>pela leitura é possível perceber os dois graus do princípio da proveniência, o primeiro que se refere ao respeito aos fundos (não se misturando documentos de proveniências distintas) e o segundo da ordem original, que é o necessário para responder à questão.</p><p>O princípio da ordem original (também conhecido como princípio da santidade) é o “princípio segundo o qual o arquivo deveria conservar o arranjo dado pela entidade cole- entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu” (BRASIL, Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística).</p><p>Ou seja, geralmente há uma indicação de que seja respeitada a ordem original dos documentos na ocasião do recolhimento.</p><p>a ordem original pode sim ser desrespeitada em algumas situações como no tratamento de massas documentais acumuladas (onde não há nenhum esquema de organização) ou quando não houve classificação prévia ao recolhimento. Voltando ao trabalho de Rousseau e Couture (1998):</p><p>“[...] Na ausência de um quadro de classificação para os ativos, o arquivista escolhe entre as seguintes possibilidades: conservar a ordem existente, tentar reconstruir a ordem primitiva ou aplicar outra ordem” (ROUSSEAU e COUTURE, 1998, p. 83-84, destaques nossos).</p><p>Desse modo, por ser possível desrespeitar a ordem original caso o conjunto documental não evidencie o contexto de produção (não estando classificado, por exemplo)</p><p>Pincípio da organicidade sobre os documentos avulsos de um arquivo. Segundo Bellotto (2006)1, o documento avulso nunca se apresenta totalmente solto. Se assim fosse, seria posta em dúvida a grande especificidade dos documentos de arquivo, a qual os diferencia dos outros documentos ditos de biblioteca ou de museu: a organicidade. Por isso, um documento unitário encontra-se dentro de um conjunto de outros que lhe são iguais tipologicamente e que só em conjunto documentam uma função ou atividade.</p><p>princípio da organicidade. Por esse princípio, se um arquivo é formado por um conjunto de documentos que se originam de ações articuladas em prol da missão de uma entidade, tem-se que ele resulta em um todo orgânico cujas partes são inter-relacionadas de modo a fornecer o sentido do conjunto.</p><p>Assim, contrariando as demais alternativas incorretas, em que se enfatiza o valor individual da informação constante em um documento, diz-se que o documento dentro do conjunto orgânico vale mais do que a própria informação nele contida.</p><p>O fenômeno da dispersão é a perda da unidade documental ou a fragmentação orgânica de itens documentais. O arquivo, como uma de suas características, possui caráter orgânico, ou seja, relação entre documentos de arquivo pertencentes a um mesmo conjunto - fundo ou série (um documento possui muito mais valor quando está integrado ao conjunto a que pertence do que quando está desagregado dele).</p><p>Assim, a dispersão ocorre quando se retiram documentos de uma série ou séries de um fundo ou fundos de um arquivo, visando a se efetivarem séries e fundos de outros arquivos.</p><p>conhecida como DISPERSÃO. A dispersão ocorre quando documentos são retirados de seus fundos originais e incorporados a outros, resultando na perda da relação contextual e na quebra do vínculo orgânico entre os documentos.</p><p>Segundo TIAGO e MACEDO (2014)</p><p>Numérico - duplex</p><p>“Centra-se na distribuição dos documentos em grandes classes por assunto. As classes gerais podem ser subdivididas em classes subordinadas mediante o uso de números justapostos com traços de união. ”</p><p>“Outra importante característica deste método é a possibilidade de abertura de quantidade ilimitada de classes. Ou seja, não se torna necessária a previsibilidade de todas as atividades no momento da construção do plano de classificação, pois novas classes poderão ser abertas de acordo com a necessidade institucional. ”</p><p>Segundo BELLOTTO (2002, p.20-21)</p><p>Princípio da organicidade: “as relações administrativas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos espelham a estrutura, funções e atividades da entidade produtora/acumuladora em suas relações internas e externas. ”</p><p>Segundo RODRIGUES (2006, p.106)</p><p>“A ordem original seria aquela em que os documentos de um mesmo produtor estão agrupados conforme o fluxo das ações que os produziram ou receberam. Se o documento é a corporificação de ações que ocorrem em um fluxo temporal, a ordem original, ou melhor, a ordem dos documentos em correspondência com o fluxo das ações torna-se indispensável para a compreensão dessas ações e, consequentemente, para a compreensão do significado do documento. ”</p><p>Análise do professor</p><p>A alternativa está correta pois o enunciado da questão realmente diz respeito ao princípio da originalidade (também conhecido como ordem original). Assim, o princípio da proveniência se desdobra em respeito aos fundos e em respeito a ordem original, ao passo que, a organização interna de um fundo ocorre mediante a observância do princípio da ordem original. Essa organização interna do fundo ocorre mediante a análise de identidade de cada documento. Dessa forma, é possível identificar a relação individual de um documento com a atividade que o gerou, permitindo assim, visualizar o documento como uma reflexão das ações de sua origem de maneira a permitir que o mesmo tenha uma “identificação”. Desse modo, é através da aplicação do princípio da ordem original que se torna possível preservar o contexto de produção de um documento.</p><p>Além disso, o princípio da proveniência prega a importância de se respeitar o fluxo natural e orgânico pela qual os documentos passaram desde o seu “nascimento”, uma vez que, essa característica é o que identifica o documento no que diz respeito ao seu contexto de produção. Dessa forma, é importante que os documentos originários de organizações distintas não sejam misturados, pois seria impossível de identificar as ações que cada documento reflete sobre sua origem. Logo, alternativa correta.</p><p>Segundo Schellemberg (2002)1, a palavra "arquivo" origina-se do termo grego "archives", sendo definida no Oxford English Dictionary como:</p><p>a) "Lugar onde são guardados os documentos públicos e outros documentos de importância; e</p><p>b) "Registro histórico ou documento assim preservado".</p><p>Pensa-se que os arquivos, como instituição, tiveram a sua origem na antiga civilização grega. Nos séculos V e IV a.C, os atenienses guardavam no Metroon, templo da mãe dos deuses, os tratados, leis, minutas da assembleia popular e outros documentos oficias. Entre eles encontrava-se o discurso que Sócrates escrevera em sua defesa pessoal, peças de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, etc.</p><p>Princípios e Teorias de Arquivologia</p><p>Os princípios fundamentais da Arquivologia tratam das peculiaridades dos documentos de arquivo. Essas peculiaridades é que fazem muitas vezes os princípios se confundirem com as características dos documentos de arquivo.</p><p>O que importa para nós não é o aprofundamento teórico, mas prepara-los para as cobranças em provas. Assim, fica o registro de que, em provas, alguns desses princípios também podem ser nominados como características. O que importa é que uma gestão de documentos de arquivo deve ser realizada considerando-se esses princípios ou características.</p><p>Proveniência ou Respeito aos Fundos</p><p>O princípio da PROVENIÊNCIA ou RESPEITO AOS FUNDOS diz que os arquivos originários de uma instituição ou de uma pessoa devem manter sua individualidade, não sendo misturados aos de origem diversa. É a marca de identidade do documento relativamente ao produtor/acumulador, o seu referencial básico. Esse princípio gera, com sua aplicação, o fundo de arquivo. Por isso, esse princípio é reconhecido como o princípio fundamental da organização dos documentos.</p><p>Tal princípio possui dois graus de aplicação:</p><p>· em seu primeiro grau, determina que os documentos de arquivo devam ser agrupados de acordo com seu produtor, provando e testemunhando sobre o seu produtor; os arquivos são uma unidade indivisível;</p><p>· em seu segundo grau, confunde-se com o princípio da ordem original, afirmando que os documentos devem manter</p><p>a formação e organização determinadas pelo produtor.</p><p>Assim, aplicar o princípio da proveniência significa separar, diferenciar, distinguir ou dividir um conjunto de elementos da mesma composição - órgão produtor, competências, funções, atividades - em classes e subclasses documentais que se articulam, formando o fundo de arquivo. Ou seja, o princípio da proveniência permite que se considerem grandes conjuntos de documentos, e não peças isoladas.</p><p>O fundo de arquivo é o “conjunto de documentos de qualquer natureza reunidos automática (natural) e organicamente, criados e/ou acumulados e utilizados por uma pessoa física ou moral (jurídica) ou por uma família no exercício de suas atividades ou das suas funções”. (ROUSSEAU; COUTURE, 1998). Em suma, fundo é o conjunto de documentos de uma mesma proveniência (instituição).</p><p>Ainda, destaca-se que o fundo de arquivo pode ser classificado em fundo aberto ou fundo fechado.</p><p>Fundo abertoé o fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a entidade produtora continuar em atividade.</p><p>Por lógica, o fundo fechado é aquele fundo que não recebe acréscimo de documentos, em função de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade.</p><p>Quando, sob o pretexto de políticas arquivísticas ou reorganizações nos arquivos, retiram-se documentos de uma série ou séries de um fundo ou fundos de um arquivo, visando a se efetivarem séries e fundos de outros arquivos, ocorre o fenômeno conhecido como dispersão.</p><p>Esse fenômeno da dispersão é a perda da unidade documental ou a fragmentação orgânica de itens documentais.</p><p>O princípio da proveniência adota duas posições doutrinárias divergentes, que se qualificam como nível maximalista e nível minimalista.</p><p>O nível maximalistadefine o fundo ao mais alto nível, ou seja, considerando que a verdadeira unidade de função situa-se no topo. Assim, por exemplo, um conjunto de arquivos provenientes de todos os serviços e entidades vinculadas a um mesmo Ministério formam um único fundo.</p><p>O nível minimalista, ao contrário, define a redução do fundo ao menor nível de célula funcional, ou seja, considera o verdadeiro conjunto orgânico dos arquivos resultante do trabalho deste nível menor.</p><p>Diversas vezes cobrados em provas são os critérios, formulados por Duchein (1982), para a definição do organismo produtor de fundos de arquivos. Vejamos:</p><p>· Para produzir um fundo de arquivos, no sentido atribuído ao termo pela Arquivística, isto é, um conjunto indivisível de arquivos (universitas rerum), um organismo, seja público ou privado, deve assumir denominação eexistência jurídicapróprias, resultantes de um ato (lei, decreto, resolução etc.) preciso e datado;</p><p>· O organismo deve possuir atribuições específicas e estáveis, legitimadas por um texto dotado de valor legal ou regulamentar;</p><p>· A posição do organismo na hierarquia administrativa deve estar definida com exatidão pelo ato que lhe deu origem; em especial, sua subordinação a outro organismo de posição hierárquica mais elevada deve estar claramente estabelecida;</p><p>· O organismo deve ter um chefe responsável, em pleno gozo do poder decisório correspondente a seu nível hierárquico. Ou seja, capaz de tratar os assuntos de sua competência sem precisar submetê-los, automaticamente, à decisão de uma autoridade superior. Isto não significa, evidentemente, que ele deva gozar de poder de decisão em relação a todos os assuntos; certos assuntos importantes podem ser submetidos à decisão do escalão superior da hierarquia administrativa. Entretanto, para poder produzir um fundo de arquivos que seja próprio, um organismo deve gozar de poder decisório, pelo menos, no que disser respeito a determinados assuntos;</p><p>· A organização interna do organismo deve ser, na medida do possível, conhecida e fixada num organograma.</p><p>Territorialidade ou Proveniência Territorial</p><p>O princípio da TERRITORIALIDADE ou PROVENIÊNCIA TERRITORIAL é uma derivação do princípio da proveniência, segundo o qual os arquivos devem ser conservados em serviços de arquivo do território em que foram produzidos, exceto os documentos elaborados pelas representações diplomáticas ou resultantes de operações militares.</p><p>De acordo com Rousseau e Couture (1998), o princípio da territorialidade é proveniente da expressão do direito aplicado à propriedade, por meio da deposição de documentos relativos às terras conquistadas.</p><p>Ciclo das Três Idades</p><p>Pelo princípio do CICLO DAS TRÊS IDADES toda a organização, no desempenho de suas atividades, cria inúmeros documentos de tipos e conteúdos variados. O ciclo de vida de um documento é dividido em três fases: corrente, intermediária e permanente. Essas distinções ocorrem muito em função da frequência de uso e da utilidade do documento para o desempenho das atividades da organização.</p><p>Assim, esse princípio prega que os documentos “evoluem” ao longo de estágios, que são determinados pela frequência com que são consultados e o propósito com que são mantidos (primário ou secundário).</p><p>Organicidade, Ordem Original, Ordem Primitiva ou Santidade</p><p>O princípio da ORGANICIDADE, ORDEM ORIGINAL, ORDEM PRIMITIVA ou SANTIDADE trata da qualidade segundo a qual os arquivos de uma mesma proveniência devem conservar a organização estabelecida pela entidade produtora, a fim de se preservar as relações entre os documentos como testemunho do funcionamento daquela entidade.</p><p>Assim, os arquivos refletem a estrutura, funções e atividades da entidade produtora/acumuladora em suas relações internas e externas da condição existencial dos documentos de arquivo. Os documentos dessas atividades guardarão entre si as mesmas relações de hierarquia, dependência e fluxo. É dizer, portanto, que a organicidade do arquivo produz vínculos entre os vários documentos de uma mesma ação, processo de trabalho ou atividade.</p><p>Essa organicidade diz respeito, portanto, não propriamente à ordem física que os documentos possuíam lá no arquivo da entidade acumuladora/organizadora, mas o respeito à organicidade, uma das características essenciais do documento de arquivo.</p><p>Logo, o princípio em questão requer a observância do fluxo natural e orgânico (ordem intelectual) com que foram produzidos e não propriamente dos detalhes ordenatórios de seu primeiro arquivamento.</p><p>Inter-relacionamento ou Vínculo Arquivístico</p><p>O princípio do INTER-RELACIONAMENTO ou VÍNCULO ARQUIVÍSTICO, que decorre do caráter orgânico, ou seja, do princípio da organicidade, liga os documentos uns aos outros por meio de uma relação complementar. Quando um documento é separado de seu conjunto ele perde muito do seu significado.</p><p>Esse sentido pleno de cada documento de arquivo evidencia-se por meio de sua relação com os demais documentos produzidos, recebidos e acumulados por uma instituição.</p><p>Indivisibilidade ou Integridade</p><p>O princípio da INDIVISIBILIDADE ou INTEGRIDADE, que deriva do princípio da proveniência, diz que um fundo deve ser preservado sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou acréscimo indevido, enfim, verifica a especificidade de atuação. Em suma, é dizer que fora do seu meio genético, o documento de arquivo perde o significado.</p><p>Reversibilidade</p><p>O princípio da REVERSIBILIDADE diz que todo procedimento ou tratamento empreendido em arquivos pode ser revertido, se necessário. Teoricamente, significa dizer que nenhuma ação realizada nos arquivos ou documentos é definitiva.</p><p>Perceba, no entanto, que isso não deve ser levado “ao pé da letra”, pois algumas atividades, logicamente, não podem ser revertidas, como por exemplo, a eliminação de documentos: uma vez que um documento é destruído, é impossível recuperá-lo.</p><p>Imparcialidade</p><p>Pelo princípio da IMPARCIALIDADE, os documentos foram criados no exercício de atividades específicas e para atender a essas atividades, não para usos e olhares que lhes serão dados no futuro.</p><p>Pertinência ou Temático</p><p>O princípio da PERTINÊNCIA ou TEMÁTICO é a qualidade pela qual os documentos, quando recolhidos a uma instituição arquivística, devem ser reclassificados</p><p>e reorganizados por assuntos, independentemente da sua proveniência e organização originais.</p><p>Esse princípio não é mais adotado na Arquivologia, por ser contrário ao que preconiza o princípio da Proveniência, que considera que o arquivo produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras.</p><p>Autenticidade</p><p>A AUTENTICIDADE está ligada ao processo de criação, manutenção e custódia. Os documentos são produtos de rotinas processuais que visam ao cumprimento de determinada função, ou consecução de alguma atividade, e são autênticos quando criados e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprovados, a partir destas rotinas estabelecidas.</p><p>Caso o documento cumpra todos os requisitos para sua produção (padrões e formalidades), ele é autêntico, mesmo que suas informações sejam incorretas! Em suma, a autenticidade é a certeza da proveniência do documento.</p><p>Fidedignidade ou Veracidade</p><p>A FIDEDIGNIDADE ou VERACIDADE diz respeito a um documento que relata os fatos como eles realmente ocorreram, ou seja, o documento “diz a verdade”. A fidedignidade é a capacidade de o documento mostrar os fatos como eles realmente aconteceram.</p><p>Perceba que um documento pode ser autêntico e não ser verídico, e também pode ser verídico e não ser autêntico. Fidedignidade e autenticidade, portanto, não se confundem.</p><p>Cumulatividade ou Naturalidade</p><p>A CUMULATIVIDADE ou NATURALIDADE considera que o arquivo é uma formação progressiva, natural e orgânica. Assim, os registros arquivísticos não são coletados artificialmente, mas acumulados de modo natural nas administrações, em função dos seus objetivos práticos.</p><p>Imprescritibilidade</p><p>De acordo com o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005), o princípio da IMPRESCRITIBILIDADE é aquele pelo qual é assegurado ao Estado o direito sobre os arquivos públicos, sem imitação de tempo, por serem estes considerados bens públicos inalienáveis.</p><p>Unicidade ou Originalidade</p><p>O princípio da UNICIDADE ou ORIGINALIDADE está ligado à qualidade pela qual os documentos de arquivo, a despeito da forma, espécie ou tipo, conservam caráter único em função de seu contexto de origem.</p><p>De acordo com Duranti (1994), a unicidade provém do fato de que cada registro documental assume um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental. Cópias de um registro podem existir em um mesmo grupo ou em outros grupos, mas cada cópia é única em seu lugar, porque o complexo das suas relações com outros registros é sempre único.</p><p>Esse ser “único”, portanto, para a Teoria Arquivística, designa que, naquele determinado contexto de produção, no momento de sua gênese, com aqueles caracteres externos e internos genuínos e determinados dados, os fixos e os variáveis, ele é único, não podendo, em qualquer hipótese, haver outro que lhe seja idêntico em propósito pontual, nem em seus efeitos.</p><p>Cabe aqui, portanto, destacar que essa característica não significa que um documento não possa ter originais múltiplos (cópias). Na verdade, essa necessidade advém de documentos que possuam obrigações recíprocas entre partes ou ordens a vários destinatários. Heloísa Liberalli Bellotto distingue dois tipos de original múltiplo:</p><p>1. Os circulares, cujo texto/conteúdo e teor são os mesmos, podendo ter endereçamento geral único ou endereçamentos fragmentados e diferenciados para cada segmento.</p><p>2. Os multiplicados, que visam garantir a chegada de pelo menos um exemplar do documento completo a seu destino.</p><p>As diferenças básicas entre os materiais de biblioteca e de arquivo referem-se precipuamente ao modo pelo qual se originaram e ao modo pelo qual entraram para as respectivas custódias. Os arquivos têm estreito vínculo com as atividades funcionais de um órgão do governo ou de qualquer outra entidade. Seu valor cultural pode ser considerado secundário ou acidental. O material de uma biblioteca visa primordialmente a fins culturais – estudo, pesquisa e consulta.</p><p>Os arquivos são órgãos receptores, enquanto as bibliotecas são colecionadores. Os materiais de biblioteca são adquiridos principalmente a partir de compras e doações, ao passo que os arquivos são produzidos ou recebidos por uma administração para o cumprimento de funções específicas. Jamais serão colecionadores como a biblioteca e sua qualidade própria de arquivo só se conserva integralmente enquanto a forma e a inter-relação natural forem mantidas. Uma biblioteca não deve recolher documentos oficiais.</p><p>As diferenças básicas entre os materiais de biblioteca e de arquivo referem-se precipuamente ao modo pelo qual se originaram e ao modo pelo qual entraram para as respectivas custódias.</p><p>Os arquivos têm estreito vínculo com as atividades funcionais de um órgão do governo ou de qualquer outra entidade. Seu valor cultural pode ser considerado secundário ou acidental. O material de uma biblioteca visa primordialmente a fins culturais – estudo, pesquisa e consulta.</p><p>Os arquivos são órgãos receptores, enquanto as bibliotecas são colecionadores. Os materiais de biblioteca são adquiridos principalmente a partir de compras e doações, ao passo que os arquivos são produzidos ou recebidos por uma administração para o cumprimento de funções específicas. Jamais serão colecionadores como a biblioteca e sua qualidade própria de arquivo só se conserva integralmente enquanto a forma e a inter-relação natural forem mantidas. Uma biblioteca não deve recolher documentos oficiais.</p><p>O centro de documentação representa uma mescla das entidades arquivo, biblioteca e museu, sem se identificar com nenhuma delas. Reúne, por compra, doação ou permuta, documentos únicos ou múltiplos de origens diversas (sob a forma de originais ou cópias) e/ou referências sobre uma área específica da atividade humana. Esses documentos e referências podem ser tipificados como de arquivo, biblioteca e/ou museu (TESSITORE, 2003)1.</p><p>Segundo Bellotto (1984)2, a forma pela qual o documento é criado é que vai determinar seu uso e destino de armazenamento futuro. O centro de documentação, no que se refere à sua origem, produção e fins do material que armazena, representa um somatório da biblioteca e do arquivo. Sua finalidade é informar cultural, científica, funcional ou juridicamente, conforme a natureza do material produzido.</p><p>TIPO DOCUMENTAL . ”Configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou. ” (CAMARGO & BELLOTTO. Dicionário..., 1996.) Exemplo: boletim de ocorrência, certidão de óbito, declaração de bens, relatório de fiscalização. Significa o mesmo que “Tipologia documental”.</p><p>Conforme Bellotto (2002), o objeto da Tipologia é analisar o documento, estudá-lo enquanto componente de conjuntos orgânicos, isto é, como integrante da mesma série documental, advinda da junção de documentos correspondentes à mesma atividade.</p><p>A autora destaca que a análise tipológica parte do princípio da proveniência e, portanto, essa análise irá verificar se:</p><p>1) o conjunto homogêneo de atos está expresso em um conjunto homogêneo de documentos;</p><p>2) os procedimentos de gestão são sempre os mesmos quando se dá a tramitação isolada dos documentos isolados;</p><p>3) os conjuntos (séries) formados pelas mesmas espécies recebem na avaliação uniformidade de vigência e de prazos de guarda ou eliminação;</p><p>4) na constituição do fundo e de suas subdivisões, os conjuntos não estão sendo dispersos;</p><p>5) os documentos da série possuem a devida freqüência de eliminação.</p><p>Segundo a autora, a efetivação da análise tipológica a partir da Arquivística exige conhecimento prévio:</p><p>1) da estrutura orgânico-funcional da entidade acumuladora;</p><p>2) das sucessivas reorganizações que tenham causado supressões ou acréscimos de novas atividades e, portanto, de tipologias/séries;</p><p>3) das funções definidas por leis/regulamentos;</p><p>4) das funções atípicas circunstanciais;</p><p>5) das transformações decorrentes de intervenções;</p><p>6) dos processos, pois eles têm uma tramitação regulamentada.</p><p>Segundo Molina Nortes e Leyva Palma (1996)1,</p><p>a identificação da documentação é uma atividade intelectual que se caracteriza pela "análise e estudo pormenorizado da série documental transferida", consistindo no "levantamento de informações sobre os elementos que caracterizam os documentos".</p><p>Os autores enfatizam que a correta definição da série documental permitirá a realização de estudos comparativos, "com olhar retrospectivo, tornando segura a realização do tratamento técnico dos conjuntos durante a fase de seu ciclo de vida e a elaboração de instrumentos estáveis que normalizem os procedimentos para o pleno funcionamento do sistema de arquivos”.</p><p>Essa identificação é realizada em fases consecutivas – órgão produtor e documentos - que tem como objetivo a caracterização de cada um dos elementos que o caracterizam para se chegar a série documental. Estes autores partem de um parâmetro conceitual normalizado de série documental, representado pela seguinte fórmula:</p><p>SÉRIE = sujeito produtor + função + tipo documental.</p><p>Segundo VALENTINI (2013, p.38)</p><p>Gênero</p><p>“O gênero dos documentos está ligado à maneira de representá-los, de acordo com os seus diversos suportes. São eles:</p><p>• Textuais – manuscritos, datilografados ou impressos.</p><p>• Cartográficos – documentos em formatos e dimensões variáveis, ligados às áreas de geografia, engenharia e arquitetura.</p><p>Exemplos: mapas, plantas, perfis e fotografias aéreas (utilizadas na elaboração de mapas).</p><p>• Iconográficos – documentos com imagens estáticas.</p><p>Exemplos: fotografias (negativos, ampliações etc.), desenhos, gravuras, litogravuras</p><p>(litografias), cartazes, cartões-postais, estampas, dia​positivos (slides), partituras.</p><p>• Filmográficos – documentos com imagens em movimento.</p><p>Exemplos: filmes, fitas videomagnéticas.</p><p>• Sonoros – documentos com registros fonográficos.</p><p>Exemplos: discos, fitas audiomagnéticas.</p><p>• Micrográficos – documentos ligados à microfilmagem de documentos (assunto a ser tratado em outro capítulo).</p><p>Exemplos: rolos, microfichas, jaquetas, cartões-janela.</p><p>• Informático – documentos ligados ao computador.</p><p>Exemplos: disquetes, discos rígidos, discos ópticos."</p><p>Segundo Bellotto (2002)1, o objeto da Tipologia é a lógica orgânica dos conjuntos documentais. Utiliza-se a mesma construção diplomática para assinalar o registro do que se quer dispor ou do que já foi cumprido sobre a mesma função.</p><p>Segundo CONARQ (2012, p.3)</p><p>“A autenticidade de documentos arquivísticos envolve três aspectos importantes: legal, diplomático e histórico</p><p>Documentos legalmente autênticos são aqueles que dão testemunhos sobre si mesmos em virtude da intervenção, durante ou após sua produção, de uma autoridade pública representativa, garantindo sua genuinidade.</p><p>Documentos diplomaticamente autênticos são aqueles que foram escritos de acordo com a prática do tempo e do lugar indicados no texto e assinados pela pessoa (ou pessoas) competente para produzi-los.</p><p>Documentos historicamente autênticos são aqueles que atestam eventos que de fato aconteceram ou informações verdadeiras.</p><p>Um certificado emitido por uma autoridade pública segundo as regras burocráticas, mas contendo informação que não corresponde à realidade, é legal e diplomaticamente autêntico, mas historicamente falso. ”</p><p>De acordo com Renato Valentini, são ciências auxiliares da Arquivologia:</p><p>Diplomática - É o estudo de documentos quanto à sua autenticidade (o documento é verdadeiro?) e fidedignidade (possui fé pública?), além da sua estrutura formal.</p><p>Paleografia - Técnica que habilita a decifrar documentos antigos. Estuda a história da escrita e evolução das letras. Permite o conhecimento dos materiais (papiro, pergaminho, papel, etc.) e dos instrumentos (cálamo, pena etc.) para escrever. O estudo da Paleografia propicia um melhor entendimento dos registros documentais para o resgate de fatos históricos.</p><p>No que diz respeito aos tipos de escritas, os manuscritos encontrados no arquivo municipal da cidade mais antiga do Brasil, São Vicente, que remontam ao século XVI, são classificados pela Paleografia como escrita humanística.</p><p>Humanística é um tipo de escrita que surgiu no século XV, na Itália. Foi uma reação dos intelectuais e artistas do Humanismo (séculos XV-XVI) à escrita gótica, então em uso, por ela representar a cultura medieval que tanto combatiam.</p><p>Segundo Berwanger e Leal:</p><p>A maioria da documentação brasileira está registrada em letra humanística, aliás, a escrita humanística é a corrente, usual até hoje desde o séc, XVI. Seus grandes divulgadores foram Poggio Bracciolini e Nicolo Nicoli.</p><p>De acordo com Renato Valentini, são ciências auxiliares da Arquivologia:</p><p>Diplomática - É o estudo de documentos quanto à sua autenticidade (o documento é verdadeiro?) e fidedignidade (possui fé pública?), além da sua estrutura formal.</p><p>Paleografia - Técnica que habilita a decifrar documentos antigos. Estuda a história da escrita e evolução das letras. Permite o conhecimento dos materiais (papiro, pergaminho, papel, etc.) e dos instrumentos (cálamo, pena etc.) para escrever. O estudo da Paleografia propicia um melhor entendimento dos registros documentais para o resgate de fatos históricos.</p><p>No que diz respeito aos tipos de escritas, os manuscritos encontrados no arquivo municipal da cidade mais antiga do Brasil, São Vicente, que remontam ao século XVI, são classificados pela Paleografia como escrita humanística.</p><p>Humanística é um tipo de escrita que surgiu no século XV, na Itália. Foi uma reação dos intelectuais e artistas do Humanismo (séculos XV-XVI) à escrita gótica, então em uso, por ela representar a cultura medieval que tanto combatiam.</p><p>Segundo Berwanger e Leal:</p><p>A maioria da documentação brasileira está registrada em letra humanística, aliás, a escrita humanística é a corrente, usual até hoje desde o séc, XVI. Seus grandes divulgadores foram Poggio Bracciolini e Nicolo Nicoli.</p><p>De acordo com Renato Valentini, são ciências auxiliares da Arquivologia:</p><p>Diplomática - É o estudo de documentos quanto à sua autenticidade (o documento é verdadeiro?) e fidedignidade (possui fé pública?), além da sua estrutura formal.</p><p>Paleografia - Técnica que habilita a decifrar documentos antigos. Estuda a história da escrita e evolução das letras. Permite o conhecimento dos materiais (papiro, pergaminho, papel, etc.) e dos instrumentos (cálamo, pena etc.) para escrever. O estudo da Paleografia propicia um melhor entendimento dos registros documentais para o resgate de fatos históricos.</p><p>A Paleografia tem por objeto o estudo das características extrínsecas dos documentos.</p><p>Em relação à ciência que apoia, segundo Berwanger e Leal, compreende as seguintes divisões:</p><p>· Paleografia diplomática: que se ocupa do texto de documentos antigos;</p><p>· Paleografia bibliográfica: que estuda gêneros de letras em livros anteriores ao descobrimento da imprensa;</p><p>· Paleografia numismática: que estuda inscrições em moedas, medalhas;</p><p>· Paleografia epigráfica: que estuda a escrita de lápides e inscrições.</p><p>Portanto, a identificação de escritas em algumas lápides exigiu conhecimentos dos integrantes da consultoria em Paleografia Epigráfica.</p><p>A diplomática tem como objetivos precípuos julgar a autenticidade dos documentos, bem como interpretar o seu conteúdo.</p><p>De acordo com Aurélio Tanodi, a diplomática desempenha as seguintes funções:</p><p>· Crítica</p><p>· Jurídica</p><p>· Classificadora</p><p>Função crítica: função muito importante para os historiadores porque lhes permite distinguir os documentos autênticos, falsos e alterados, determinando sua fidedignidade como fontes históricas ou testemunhos jurídicos;</p><p>Função jurídica: determina as classes documentais como instrumentos jurídicos que comprovem direitos ou que se ocupem de negócios jurídicos;</p><p>Função classificadora: estabelece classes ou grupos documentais, baseada na relação com a entidade produtora e estruturas externa e interna do documento.</p><p>No que diz respeito à crítica diplomática, conforme Ana Regina Berwanger e João Eurípedes Franklin Leal, a diplomática faz a crítica formal (relativa à forma) do documento,</p><p>compreendendo dois aspectos:</p><p>· Crítica externa</p><p>· Estudo do formulário</p><p>a) a crítica externa: referente à aparência do papel, tipos, tinta, letra, traçado (ductus), estudo do selo etc;</p><p>b) o estudo do formulário: análise da forma de compor o documento ou modelos de documentos (item que realmente pertence à Diplomática).</p><p>Segundo BELLOTTO (2004, p.5)</p><p>“[...] o papel dos arquivistas na sociedade contemporânea definitivamente está mudando. Ele torna-se mais amplo e torna-se mais proativo em relação ao resto da sociedade. ”</p><p>“[...] é fundamental e indispensável que este papel seja compreendido a partir do interior das próprias entidades onde o arquivista atua como o gestor da informação, seja está tomada como instrumento da administração e do direito, ou como testemunho da história e do exercício da cidadania. ”</p><p>“consolida-se assim um novo e importante papel para o arquivista: o de atuar no que se convencionou chamar de "informação estratégica", isto é, a informação requerida pelos administradores de uma organização para definir decisões. ”</p><p>Conforme o dicionário de terminologia arquivística:</p><p>Indexação é o processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos, palavras-chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação.</p><p>O Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos do e- ARQ-Brasil também nos traz que: indexação é a atribuição de termos à descrição do documento, utilizando vocabulário controlado e/ou lista de descritores, tesauro e o próprio plano de classificação.</p><p>A indexação visa ampliar as possibilidades de busca e facilitar a recuperação dos documentos, e pode ser feita de forma manual ou automática.</p><p>Segundo REIS (2015, p.30)</p><p>“No tocante à aplicabilidade de gestão documental, observam-se quatro níveis de aplicação de um programa de Gestão de Documentos. Segundo a UNESCO, esses níveis são denominados: mínimo, que engloba programas de retenção e eliminação de documentos, estabelecendo métodos adequados de recolhimento dos documentos de valor permanente; mínimo ampliado, englobando as atividades do nível mínimo, contando com um ou mais centros de arquivamento intermediário; nível intermediário, que complementa os dois primeiros, contando ainda com programas básicos de elaboração de formulários e correspondência e com a implantação de sistema de arquivos; e o nível máximo, que compreende a gestão de diretrizes administrativas, de telecomunicações e o uso de recursos da automação, abrangendo também todas as atividades dos níveis anteriores.”</p><p>Conforme o dicionário de terminologia arquivística:</p><p>Listagem de eliminação - Relação de documentos cuja eliminação foi autorizada por autoridade competente. Também chamada lista de eliminação</p><p>Segundo as recomendações do Arquivo Nacional, para ser considerada uma lista de eliminação, a listagem de eliminação de documentos deve conter, dentre outras informações, as:</p><p>· Especificação dos documentos</p><p>· Datas-limite</p><p>· Quantidades</p><p>· Observações e justificativas para a eliminação de cada conjunto documental</p><p>Perceba que não constam as devidas justificativas na tabela informada.</p><p>Veja a seguir um exemplo de lista de eliminação:</p><p>No que diz respeito à rotina do empréstimo de documentos, Marilena Leite Paes nos traz os seguintes passos:</p><p>1. Atender às requisições de empréstimos vindas dos diferentes órgãos/setores.</p><p>2. Preencher o formulário de recibo de documentação em duas vias.</p><p>3. Colocar a segunda via do recibo no mesmo lugar de onde foi retirada a pasta para empréstimo, junto à guia-fora.</p><p>4. Arquivar a primeira via do recibo de documentação no fichário de lembretes, em ordem cronológica, do mais atual para o mais antigo.</p><p>5. Preencher o formulário de cobrança da documentação, sempre que a pasta emprestada não for devolvida no prazo estipulado.</p><p>6. Encaminhar a cobrança de documentação ao requisitante.</p><p>7. Arquivar a pasta devolvida ao setor, eliminando a segunda via do recibo (aquela que estava no lugar da pasta retirada).</p><p>8. Colocar o carimbo de RESTITUÍDO na primeira via do recibo de documentação (a que foi assinada pelo requisitante) e devolvê-la.</p><p>9. Segundo TIAGO e MACEDO (2014)</p><p>Valor primário/administrativo/imediato</p><p>“Refere-se ao valor atribuído aos documentos em função do interesse que eles possam ter para apoiar as atividades rotineiras da instituição produtora, evidenciando, assim, a utilidade administrativa, legal ou fiscal dos documentos de arquivo. São documentos que dão suporte às atividades do dia a dia. O valor primário está diretamente relacionado ao motivo pelo qual o documento foi criado (utilidade administrativa imediata) e é absolutamente característico das fases CORRENTE e INTERMEDIÁRIA. ”</p><p>Segundo Bernardes (1998)1, a complexidade e responsabilidade do trabalho de avaliar exige a constituição de equipes, que poderão ser denominadas grupos ou comissões de avaliação, para analisar os documentos nos seus mais diversos aspectos. Esse processo participativo de profissionais ligados às mais diversas áreas do conhecimento será decisivo para se definir critérios de valor.</p><p>Essas comissões poderão ser centrais (formalizadas pelos órgãos arquivísticos - função de coordenação e orientação) ou setoriais (formalizadas pelos órgãos detentores da massa documental - função de avaliação e seleção dos conjuntos documentais de suas respectivas unidades). Assim, são considerados membros efetivos representantes do órgão arquivístico. Aqui, a banca parece ter considerado essa perspectiva (alternativas A, B, C e D). Por sua vez, representantes do órgão objeto da avaliação viria a integrar essa comissão apenas enquanto a avaliação documental perdurasse. Por obviedade, findo os trabalhos da massa documental dessa entidade, por consequência, integrante dessa instituição não mais pertenceria a tal comissão.</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.png</p><p>image1.png</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p>

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