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<p>TECNOLOGIA EM</p><p>MEIO AMBIENTE</p><p>FOTO CAPA</p><p>RAFAEL AUGUSTO VALENTIM CRUZ MAGDALENA</p><p>37</p><p>UNIDADE 3</p><p>PROCESSOS TECNOLÓGICOS E</p><p>SEUS RESÍDUOS</p><p>1. RESÍDUOS SÓLIDOS E OS RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS</p><p>Atualmente, existem no mundo muitas substâncias consideradas danosas ao meio am-</p><p>biente e a saúde do homem, e grande parte dessas substâncias são provenientes dos</p><p>resíduos sólidos. Com a industrialização e a concentração da população nas grandes</p><p>cidades, os resíduos sólidos foram se tornando um problema, no qual cerca de 64% dos</p><p>municípios brasileiros depositam seu resíduo sólido de forma inadequada.</p><p>1.1. TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS</p><p>Compreendendo a consequência que a industrialização e a concentração de pessoas</p><p>podem apresentar na sociedade e aliando a este tema a falta de adequação na desti-</p><p>nação final do resíduo sólido, os resultados podem ser diversos e de múltiplas conse-</p><p>quências. O resíduo sólido pode provocar a contaminação do solo, do ar, da água e,</p><p>ainda, pode auxiliar na proliferação de vetores transmissores de doenças, causar pro-</p><p>blemas nas redes de drenagem urbana, causar enchentes e desmoronamentos, sendo</p><p>um fator fundamental para a depreciação imobiliária e a degradação do ambiente.</p><p>O rejeito é caracterizado por ser uma substância de descarte que não pode ser utilizada</p><p>ou reciclada, enquanto o resíduo é resultado de sobras de uma atividade humana qual-</p><p>quer, ou seja, um subproduto.</p><p>Nesse sentido, o resíduo sólido industrial é proveniente de atividades industriais gera-</p><p>das por equipamentos desenvolvidos pelo homem. Todo esse resíduo pode ser</p><p>destinado incorretamente ao descarte que, consequentemente, aumentará de volume.</p><p>E com um maior volume de rejeitos, ocorre o aumento do impacto no meio ambiente e</p><p>na vida humana. No entanto, apesar dessas consequências, isto é, o aumento do volu-</p><p>me de resíduos sólidos, ainda é vagaroso o estabelecimento de definições de políticas e</p><p>diretrizes para a área de resíduos sólidos nos três níveis de governo (Federal, Estadual</p><p>e Municipal) no Brasil.</p><p>IM</p><p>PO</p><p>R</p><p>TA</p><p>N</p><p>TE</p><p>Resíduo é o restante de algo que não foi aproveitado nas atividades realizadas pelo</p><p>homem, por sua vez, essas atividades podem ser de naturaza industrial, comercial</p><p>e residencial. O resíduo pode ser produzido de diversas formas e seu destino co-</p><p>mumente é o descarte, porém tal fato é altamente prejudicial ao meio ambiente e,</p><p>consequentemente, à humanidade, principalmente porque resíduos sólidos e rejeitos</p><p>não são a mesma coisa.</p><p>U3</p><p>38</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>1.2. TIPOS DE RESÍDUOS: SÓLIDO, LÍQUIDO E GASOSO</p><p>Os resíduos sólidos podem ser divididos em dois grupos, de acordo com sua fonte</p><p>geradora e responsabilidade. O primeiro grupo é de corresponsabilidade das prefeitu-</p><p>ras, sendo englobado resíduos sólidos de órgãos públicos e domiciliares; já o segundo</p><p>grupo é de responsabilidade apenas do gerador desse resíduo sólido, como são os</p><p>casos de aeroportos, portos, resíduos agrícolas, industriais em geral, construções etc.</p><p>Tabela 01. Responsabilidade pelo resíduo</p><p>TIPOS DE RESÍDUOS RESPONSÁVEL</p><p>Domiciliar Prefeitura</p><p>Comercial Prefeitura</p><p>Serviços Prefeitura*</p><p>Industrial Gerador</p><p>Serviços de saúde Gerador</p><p>Portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários Gerador</p><p>Agrícolas Gerador</p><p>Entulho Gerador</p><p>Radioativo CNEN**</p><p>* A prefeitura é corresponsável por pequenas quantidades (menos que 50Kg/dia), de</p><p>acordo com a legislação municipal específica.</p><p>**Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>Os resíduos, no entanto, podem receber distinções referentes as suas propriedades</p><p>físicas. Nesse sentido, é importante esclarecer as diferenças existentes entre os tipos</p><p>de resíduos, pois, em muitos casos, conhecer apenas o estado físico da matéria não é</p><p>o suficiente para determinar o tipo de resíduo.</p><p>As substâncias líquidas, semissólidas ou gasosas podem ser consideradas resíduos</p><p>sólidos. No caso do gás, é necessário que ele esteja contido em algum tipo de recipiente,</p><p>somente nessas condições ele se torna um resíduo sólido. Já para o líquido, é preciso</p><p>que ele possua como característica a impossibilidade de seu lançamento em rede</p><p>pública de esgotos ou corpos de água, ou que, para isso, exija soluções inviáveis, ou</p><p>seja, um resíduo líquido que não possa ser tratado se torna um resíduo solido.</p><p>Os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos que recebem tratamentos que possibilitam</p><p>seu lançamento em rede pública de esgoto, corpos de água ou no meio ambiente sem</p><p>causar impacto ambiental significativo são chamados de efluentes líquidos, sólidos ou</p><p>gasosos, lembrando que o material se torna um efluente ao ser tratado, pois, se o</p><p>tratamento não ocorrer, o material ainda será um resíduo. Os tratamentos, então, são</p><p>possibilitados pelas Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs).</p><p>Após considerar o tratamento do resíduo, podemos recorrer ao significado das palavras,</p><p>em que efluente é aplicado a qualquer material que está saindo de um processo, seja</p><p>39</p><p>U3 Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>um processo natural ou artificial. Enquanto isso, afluente é qualquer material que está</p><p>entrando em um processo, seja um processo natural ou artificial.</p><p>Dessa forma, utilizando a água como exemplo podemos afirmar que a água é um efluente</p><p>ao sair do rio e se torna um afluente ao entrar no sistema de distribuição urbano. Além</p><p>disso, água quando tratada em uma ETE, essa mesma entrará como efluente na ETE e</p><p>sairá como afluente para o rio.</p><p>1.3. O QUE SÃO RESÍDUOS SÓLIDOS</p><p>Existem diversas definições sobre Resíduos Sólidos, usando como referência a Lei nº</p><p>12.305 (BRASIL, 2010) e a NBR 10.004 (ABTN, 2004), entende-se que os resíduos</p><p>sólidos abrangem um amplo espectro de materiais.</p><p>SA</p><p>IB</p><p>A</p><p>M</p><p>A</p><p>IS</p><p>A NBR 10.004 (ABNT, 2004) apresenta as seguintes definições sobre o tema: resíduos</p><p>sólidos, resíduos nos estados sólido e semi-sólido, são resultados de atividades de</p><p>origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.</p><p>Nessa edição estão incluídos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de</p><p>água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem</p><p>como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento</p><p>na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e</p><p>economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.</p><p>Para saber mais sobre a NBR 10.004, acesse o link disponível em: https://www.vgresidu-</p><p>os.com.br/blog/15-perguntas-e-respostas-sobre-a-nbr-10004/. Acesso em: 18 jan. 2021.</p><p>Para saber sobre NBRs, acesse o link disponível em: https://www.abntcolecao.com.br/</p><p>colecao.aspx. Acesso em: 18 jan. 2021.</p><p>A NBR 10.004 (ABNT, 2004) estabelece que os resíduos sólidos são resíduos que resul-</p><p>tam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, serviços de saúde,</p><p>comercial, agrícola, de serviços e de varrição, ou seja, o ato de varrer e retirar os mate-</p><p>riais indesejados presentes em uma superfície.</p><p>Ao consultar a Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010), percebe-se que também são considera-</p><p>dos resíduos sólidos tanto os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,</p><p>aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, como tam-</p><p>bém determinados líquidos, cuja as particularidades tornam inviável o seu lançamento</p><p>na rede pública de esgotos ou corpo d’água, ou exijam soluções técnicas e economica-</p><p>mente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.</p><p>Art. 3° Para os efeitos desta Lei, entende-se por: […] XVI - resíduos sólidos: material,</p><p>substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade,</p><p>a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder,</p><p>nos estados sólido ou semi-sólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos</p><p>cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou</p><p>em corpos d’água, ou exijam para isso</p><p>soluções técnica ou economicamente inviáveis</p><p>em face da melhor tecnologia disponível [...]. (BRASIL, 2010, art. 3º)</p><p>https://www.abntcolecao.com.br/colecao.aspx</p><p>https://www.abntcolecao.com.br/colecao.aspx</p><p>U3</p><p>40</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Além da NBR 10.004 (ABNT, 2010) e da Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010), há um grupo de</p><p>normas e leis federais (vide Quadro 2)ta, estaduais e municipais que são referentes aos</p><p>resíduos sólidos e possuem validade em todo território brasileiro.</p><p>Tabela 02. Legislações de resíduos sólidos</p><p>Decreto n° 4.871/2003 Lei nº 9.605/1998</p><p>Decreto nº 7.404/2010 Lei nº 9.966/2000</p><p>Decreto Federal nº 97.634/1989 Portaria da ANP nº 130/1999</p><p>Resolução ANP* nº 20/2009 Portaria da ANP nº 128/1999</p><p>Resolução ANP nº 19/2009 Portaria da ANP nº 127/1999</p><p>Portaria do Inmetro** nº 101/2009 Portaria da ANP nº 125/1999</p><p>Resolução do Conama*** nº 401/2008 Portaria da ANP nº 81/1999</p><p>Resolução do Conama nº 362/2005 Portaria da ANP nº 159/1998</p><p>Portaria do Ibama**** nº 32/1995 Lei Federal nº 10.257/2001</p><p>Portaria do Minfra***** nº 727/1990 Lei Federal nº 9.605/1998</p><p>Portaria interministerial MME/MMA****** nº 464/2007 Lei Federal nº 11.445/2007</p><p>Portaria do MMA nº 31/2007 Lei Federal nº 6.938/1981</p><p>*Agencia Nacional do Petróleo (ANP).</p><p>**Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).</p><p>***Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).</p><p>****Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).</p><p>*****Ministério da Infraestrutura (Minfra).</p><p>******Ministério de Minas e Energia/Ministério do Meio Ambiente (MME/MMA).</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>Ainda, é preciso lembrar que cada estado e município possui suas leis, normas e pro-</p><p>cedimentos legais a respeito dos resíduos sólidos, tal legislação está em frequente mu-</p><p>dança e atualização, sendo assim, é de responsabilidade do profissional especializado</p><p>realizar consulta frequente da legislação em vigor.</p><p>1.4. O QUE É RESÍDUO SÓLIDO INDUSTRIAL</p><p>O resíduo sólido industrial é o resíduo que causa o maior impacto na natureza, por isso,</p><p>é fundamental sua definição, caracterização, classificação e manuseio total por um pro-</p><p>fissional especializado. Ao verificar a Resolução Conama nº 313 (CONAMA, 2002b),</p><p>podemos concluir que os resíduos sólidos industriais são os resíduos em estado sólido</p><p>e semissólidos que resultam da atividade industrial, como os lodos provenientes das</p><p>instalações de tratamento de águas residuais, ou gerados em equipamentos, e alguns</p><p>determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede</p><p>pública de esgoto ou corpos d’água e gases contidos em recipientes.</p><p>41</p><p>U3 Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Figura 01. Resíduos industriais</p><p>Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/contamina%C3%A7%C3%A3o-polui%C3%A7%C3%A3o-da-%C3%A1gua-</p><p>lago-4286704/. Acesso em: 30 mar. 2021.</p><p>Todas as ações realizadas a respeito de resíduos sólidos industriais devem estar ba-</p><p>seadas na classificação que o resíduo recebeu, pois, essa classificação determinará</p><p>as ações essenciais e inevitáveis na manutenção do resíduo sólido industrial. Desse</p><p>modo, a fase de classificação é indispensável.</p><p>2. CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS, DENTRE ELES, OS</p><p>RESÍDUOS INDUSTRIAIS</p><p>Para conhecer o destino final correto dos resíduos é necessário realizar uma classifica-</p><p>ção apropriada para não causar danos ao meio ambiente e ao ser humano. Porém, para</p><p>classificar os resíduos, primeiramente, é preciso identificar suas características físicas, ou</p><p>seja, a natureza do material, suas características químicas, isto é, a necessidade de inci-</p><p>neração do material, suas características biológicas, em outras palavras, a possibilidade</p><p>de contaminação do material, além de suas características qualitativas e quantitativas.</p><p>De modo geral, os resíduos sólidos são constituídos de substâncias facilmente degradáveis,</p><p>como restos de alimentos; substâncias moderadamente degradáveis, como produtos deriva-</p><p>dos de celulose; substâncias dificilmente degradáveis, como o plástico; e, por fim, substân-</p><p>cias não degradáveis, como cerâmicas e vidros.</p><p>Após toda essa caracterização e reconhecimento dos constituintes do resíduo, deve-</p><p>-se identificar a atividade geradora e, em seguida, recorrer a legislação para a execu-</p><p>ção da classificação. Logo, existem algumas possibilidades para essa classificação,</p><p>ou seja, ao seguir a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, pode-se considerar a</p><p>origem ou a periculosidade.</p><p>A origem pode ser distinta, pois os resíduos podem ser provenientes de domicílios,</p><p>como restos de alimentos, ou produtos deteriorados, como papel higiênico, jornais e</p><p>U3</p><p>42</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>garrafas. Além disso, também, pode-se considerar os resíduos de limpeza urbana,</p><p>como aqueles originados da varrição.</p><p>Por sua vez, os resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços,</p><p>ou resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, ou resíduos industriais são</p><p>gerados nos processos produtivos e nas instalações industriais. Ademais, os resíduos</p><p>de serviços de saúde são considerados como materiais mais complexos, como filmes</p><p>fotográficos de raios X, e materiais mais simples, como sangue coagulado e algodão,</p><p>além de todo restante que envolve esse tipo de atividade.</p><p>Ao consultar a NBR 12.808 (ABNT, 1993) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária</p><p>(ANVISA) em sua Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 306 (BRASIL, 2004), verifi-</p><p>ca-se que os resíduos de saúde são classificados nos seguintes grupos:</p><p>Tabela 03. Classificação dos resíduos de saúde, conforme RDC nº 306</p><p>CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO</p><p>Grupo A</p><p>(Resíduos potencialmente</p><p>infectantes)</p><p>Resíduo que contém presença de agentes biológicos que são capazes de</p><p>apresentar riscos de infecção.</p><p>Grupo B</p><p>(Resíduos químicos)</p><p>Resíduos que possuem substâncias químicas que podem causar riscos</p><p>à saúde e ao meio ambiente, devido às suas características inflamáveis,</p><p>corrosivas, reativas e tóxicas.</p><p>Grupo C</p><p>(Resíduos radioativos)</p><p>São matérias com radioatividade acima do padrão, como exames de medi-</p><p>cina nuclear.</p><p>Grupo D</p><p>(Resíduos comuns) São resíduos que não tenham sido contaminados, mas pode provocar acidentes.</p><p>Grupo E</p><p>(Resíduos perfurocortantes) São objetos que podem furar e cortar, como bisturis, lâminas e agulhas.</p><p>Fonte: adaptado de Brasil (2004)</p><p>Além disso, existem os resíduos da construção civil ou resíduo de construção e de-</p><p>molição, também chamado de RCD, gerados em todas as etapas das obras civis, da</p><p>preparação até a construção, reforma e demolição. O art. 3º da Resolução do Conama</p><p>nº 307 (CONAMA, 2002a) classifica e distingue esses resíduos, da seguinte forma:</p><p>Tabela 04. Classificação de resíduos conforme a Resolução Conama nº 307</p><p>CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇÃO</p><p>Classe A</p><p>São os resíduos que podem ser reciclados e reutilizados, tais como: de</p><p>construção, de demolição, de reformas e de outras obras de infraestrutura,</p><p>inclusive solos provenientes de terraplanagem, componentes cerâmicos etc.</p><p>Classe B São resíduos recicláveis que podem ser utilizados em outros destinos, como:</p><p>plástico, papel, metal, vidro, madeira etc.</p><p>Classe C São resíduos que ainda não desenvolveram tecnologias ou aplicações econo-</p><p>micamente viáveis para atingir sua reciclagem, como produtos de gesso.</p><p>Classe D</p><p>São resíduos perigosos gerados durante o processo de construção, como: tin-</p><p>tas, solventes etc. Além de resíduos poluídos gerados por demolição, reforma</p><p>e reparo de clínicas radiológicas, instalações industriais etc.</p><p>Fonte: adaptada de Conama (2002a)</p><p>43</p><p>U3 Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Essa classificação destaca o processo de reciclagem dos resíduos, expondo que, após</p><p>o processo de usinagem, esses resíduos podem ser seguramente reutilizados. Esse fato</p><p>é muito importante, pois, no caso dos resíduos de Classe A, o grau de reutilização e a</p><p>reciclagem pode atingir marcas superiores a 70% da massa</p><p>total de resíduos gerados.</p><p>A partir dessa perspectiva, podemos afirmar que a reciclagem e, posteriormente, o uso</p><p>do material obtido pode reduzir o grande consumo de matéria-prima natural, mais especi-</p><p>ficamente dos minerais utilizados em larga escala no setor da construção civil, reduzindo</p><p>também os resíduos de mineração gerados em todas as fases desse procedimento.</p><p>Por fim, há os resíduos agrossilvopastoris, gerados nas atividades agropecuárias e</p><p>silviculturais e os resíduos de serviços de transportes, que envolvem portos, aeroportos,</p><p>terminais alfandegários etc.</p><p>Ao considerar a periculosidade, existem os resíduos perigosos e não perigosos. Os</p><p>resíduos perigosos são aqueles que apresentam como características a carcinogeni-</p><p>cidade, a toxicidade e a inflamabilidade, entre outras características de grande perigo</p><p>à saúde pública ou ao meio ambiente. Por outro lado, os resíduos chamados de não</p><p>perigosos são todos os outros resíduos que não se encaixam como perigosos.</p><p>De acordo com a NBR 10.004 (ABNT, 2004), os resíduos perigosos passam a ser cha-</p><p>mados de Resíduos de Classe I, enquanto que os resíduos não perigosos são chama-</p><p>dos de Resíduos de Classe II, apresentando uma subdivisão em Resíduos de Classe</p><p>II - A - não inertes e Resíduos de Classe II - B – inertes (Fig. 2).</p><p>Figura 02. Classificação geral dos resíduos sólidos</p><p>Resíduos</p><p>Perigosos -</p><p>Classe I</p><p>Não Inertes -</p><p>Classe II A</p><p>Não Perigosos</p><p>- Classe II</p><p>Inertes -</p><p>Classe II B</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>Os Resíduos de Classe II – A – não inertes são aqueles que possuem propriedades</p><p>como a biodegradabilidade, a combustibilidade ou a solubilidade em água. Já os Resí-</p><p>duos de Classe II – B – inertes são aqueles que não apresentam solubilidade aceitável</p><p>para os padrões de potabilidade de água (vide Fig. 3).</p><p>U3</p><p>44</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>Figura 03. Classificação de resíduos sólidos: subdivisões</p><p>RESÍDUOS</p><p>SÓLIDOS</p><p>CLASSE I –</p><p>PERIGOSOS</p><p>Quanto a fonte</p><p>geradora</p><p>CLASSE II A –</p><p>NÃO INERTES</p><p>Fontes específicas (K)</p><p>Inflamabilidade (D001)</p><p>Corrosividade (D002)</p><p>Reatividade (D003)</p><p>Patogenicidade (D004)</p><p>SAT (P)</p><p>Substâncias</p><p>tóxicas (U)</p><p>Toxicidade (D005 a D052)</p><p>Fontes não específicas (F)</p><p>Testes de solubili-</p><p>dade e lixiviação</p><p>CLASSE II B –</p><p>INERTES</p><p>Origem</p><p>desconhecida</p><p>(Classificar quanto</p><p>às características)</p><p>CLASSE II – NÃO</p><p>PERIGOSOS</p><p>Nota-se aqui que a NBR 10.004 (ABNT, 2004) apresenta um maior detalhamento ao se</p><p>tratar da classificação de resíduos e, também, ao propor uma série de procedimentos</p><p>adequados aos resíduos.</p><p>Tabela 05. Detalhamento sobre resíduos sólidos</p><p>NBR 10004:2004 Resíduos sólidos Classificação</p><p>NBR 10005:2004 Lixiviação de resíduos Procedimento</p><p>NBR 10006:2004 Solubilização de resíduos Procedimento</p><p>NBR 10007:2004 Amostragem de resíduos Procedimento</p><p>Além dessa classificação destinada aos resíduos, a NBR 10.004 (ABNT, 2004), também,</p><p>define os resíduos que precisam ter manuseio e destinação mais rigidamente controlados.</p><p>No caso de resíduos sólidos industriais, a identificação, a verificação da sua periculo-</p><p>sidade e a determinação da origem das substâncias presentes no resíduo são impres-</p><p>cindíveis para sua classificação. Dessa forma, se um resíduo apresentar uma origem</p><p>desconhecida, a sua classificação será muito mais complexa, já que será necessária a</p><p>análise de parâmetros indiretos ou a realização de ensaios laboratoriais.</p><p>Ao optar por ensaios laboratoriais é necessária à coleta de amostras do resíduo sólido,</p><p>levando em consideração que, quanto maior for o número de amostras, maior a possi-</p><p>bilidade de identificar a verdadeira propriedade do resíduo sólido.</p><p>45</p><p>U3 Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>A NBR 10.004 (ABNT, 2004) aponta quais os procedimentos específicos para profissio-</p><p>nais capacitados para caracterização, avaliação, classificação, manuseio, transporte e</p><p>destinação correta dos resíduos. Tal profissional possui a tarefa de produzir um laudo</p><p>contendo todas as informações sobre os resíduos avaliados, além de ser o único habi-</p><p>litado para indicar os procedimentos que devem ser realizados, atingindo o tratamento,</p><p>reciclagem ou descarte.</p><p>3. NORMAS E MÉTODOS DE DESCARTE DE RESÍDUOS NO</p><p>AMBIENTE, COM FOCO NOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS</p><p>O resíduo sólido é uma das principais causas do aumento da poluição ambiental, princi-</p><p>palmente em uma sociedade que descarta os resíduos sólidos como rejeitos. Por isso,</p><p>é evidente a necessidade de pensar, planejar e executar métodos para a execução de</p><p>destinação e descarte de forma responsável.</p><p>Um método bastante comum e viável se trata da utilização da Fórmula dos R’s, ou seja,</p><p>o conjunto de seis ações guiadas pelo ato de Recuperar os materiais de diferentes</p><p>origens, antes que esses materiais sejam descartados como rejeito associado ao ato</p><p>de Reciclar o material usado no ciclo da produção, a fim de poupar o percurso dos insu-</p><p>mos virgens, produzindo enormes vantagens econômicas e ambientais. Nesse sentido,</p><p>é preciso ficar atento para realizar a reciclagem somente de materiais não reutilizáveis.</p><p>A Fórmula dos R’s também apresenta o ato de Repensar os hábitos de consumo e de</p><p>descartes, com a intenção que a população seja consumidora, porém, não consumista.</p><p>Em continuidade, na Fórmula dos R’s está o ato de Reduzir a geração de resíduos sóli-</p><p>dos, sendo essa ação primordial, pois, ela traduz a luta contra o desperdício, diminuindo</p><p>a geração de resíduos e o consumo de materiais promovendo a economia de recursos.</p><p>O penúltimo R se refere a Reutilizar os bens de consumo, ou seja, ampliar sua vida</p><p>útil antes do descarte, por exemplo, os produtos retornáveis e as peças de roupas, que</p><p>passam para outro usuário ou são adotadas, como a costura de uma calca longa que</p><p>pode se tornar uma bermuda. Por fim, o último R se trata de Recusar os produtos que</p><p>causem danos ao meio ambiente ou à saúde humana.</p><p>Figura 04. Fórmula dos R’s</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>FÓRMULA DOS Rs</p><p>Reciclar</p><p>Reutilizar</p><p>Repensar</p><p>Recusar</p><p>Recuperar</p><p>Reduzir</p><p>U3</p><p>46</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Outro método é a Coleta Seletiva, sendo caracterizado pelo recolhimento diferenciado</p><p>de materiais descartados previamente selecionados nas fortes geradoras, com o intuito</p><p>de encaminhá-los para reciclagem, compostagem, reuso, tratamento e outras destina-</p><p>ções alternativas similares.</p><p>A coleta seletiva apresenta muitos benefícios, pois proporciona a diminuição da explo-</p><p>ração de recursos naturais e reduz o consumo de energia, também, contribui para dimi-</p><p>nuir a poluição do solo, da água e do ar. Além disso, ela prolonga a vida útil dos aterros</p><p>sanitários e melhora a qualidade do composto orgânico, possibilitando a reciclagem dos</p><p>materiais, sendo capaz de gerar ocupação produtiva para a população de baixa renda,</p><p>reduzindo os custos com a limpeza pública, melhorando a limpeza da cidade. Contribui,</p><p>também, para proteção do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população.</p><p>Contudo, a coleta seletiva apresenta alguns aspectos desfavoráveis, como a necessi-</p><p>dade de caminhões especiais e de um centro de triagem, o investimento em um progra-</p><p>ma de Educação Ambiental, os investimentos necessários para o cuidado com o manu-</p><p>seio dos resíduos sólidos para não colocar em risco a saúde pública e promover outros</p><p>problemas. O fato imprescindível de separar o material reciclável diariamente, de lavar</p><p>e secar as embalagens de bebidas e alimentos, a preparação específica dos papéis</p><p>que devem estar secos e dobrados, para facilitar na alocação das latinhas de alumínio,</p><p>elas devem ser amassadas para ocuparem menos espaço e, por fim, o depósito dos</p><p>materiais em espaços separados.</p><p>Figura 05. Aspectos desfavoráveis e favoráveis da coleta seletiva</p><p>ESPAÇO</p><p>ADEQUADO</p><p>PROTEÇÃO DO</p><p>MEIO AMBIENTEINVESTIMENTOS</p><p>FINANCEIROS</p><p>MELHORIA DA</p><p>QUALIDADE</p><p>DE VIDA</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>e</p><p>la</p><p>bo</p><p>ra</p><p>da</p><p>p</p><p>el</p><p>o</p><p>au</p><p>to</p><p>r</p><p>Dessa forma, a coleta seletiva deve ser tratada como uma rotina relacionada a vida,</p><p>pois, essa não é uma ação que possui fim. A intenção da coleta seletiva não é somente</p><p>manter o ambiente limpo e organizado, mas, também, despertar a consciência ambien-</p><p>tal da humanidade para eliminar desperdícios e destinar adequadamente seus resíduos</p><p>sólidos e rejeitos. Para isso, uma das estratégias da coleta seletiva é a utilização de</p><p>cores para determinar a classificação dos resíduos na hora do descarte.</p><p>47</p><p>U3 Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>No caso da disposição e da destinação final dos resíduos sólidos industriais, podemos</p><p>tratar de alguns exemplos, como os plásticos, que são materiais orgânicos poliméri-</p><p>cos sintéticos, de constituição macromolecular, dotados de grande maleabilidade, facil-</p><p>mente transformável mediante o emprego de calor e pressão, e que servem de maté-</p><p>ria-prima para a fabricação dos mais variados objetos e são abordados como resíduos</p><p>na Resolução nº 307 (CONAMA, 2002a). Os plásticos podem ser reutilizados, possuem</p><p>uma elevada durabilidade e facilidade de reciclagem. No caso de plásticos já coloridos</p><p>e tubulações com emenda por juntas elásticas, ou termofusão, eles ajudam a reduzir</p><p>a necessidade do uso de tintas e colas e, consequentemente, economizam recursos.</p><p>No processo da reciclagem, após a seleção e limpeza, os plásticos passam pela moa-</p><p>gem, que resulta em particulas pequenas chamadas de aglomeração, essas partículas</p><p>são somadas a matéria-prima virgem para produção de plástico novamente. Desse</p><p>modo, sua destinação pode ser para reutilização ou reciclagem.</p><p>Já o papel, segundo o dicionário Oxford Languages ([s. d.]), é um material constituído por ele-</p><p>mentos fibrosos de origem vegetal, geralmente distribuído sob a forma de folhas ou rolos. Ele</p><p>pode ser reutilizado, reciclado ou levado para o setor de armazenamento temporário, sendo</p><p>organizado para possibilita a sua utilização ou futura reciclagem. Como exemplo da utilização</p><p>desse material, podemos citar o papel que embala o cimento, que, sendo de boa qualidade,</p><p>pode se transformar em bolsas ou, novamente, papel de cimento.</p><p>Por outro lado, se denomina solvente, dissolvente ou dispersante a substância que pos-</p><p>sui a propriedade de dissolver outra substância. Em uma dissolução de água e sal de</p><p>cozinha, a água, considerada solvente universal, é o solvente porque dissolve o sal em</p><p>seu meio. A Lei nº 15.121 (SÃO PAULO, 2010), dispõe sobre a destinação de recipien-</p><p>tes contendo sobras de tintas, vernizes e solventes.</p><p>Nesse sentido, é de responsabilidade dos fabricantes a coleta dos resíduos industriais</p><p>e domiciliares de tintas, vernizes e solventes para posterior reciclagem e reutilização.</p><p>Entretanto, se o solvente não apresentar condições de ser utilizado na mesma função,</p><p>ele pode ser destinado para uso como fonte de energia no gerador de energia térmica</p><p>ou, até mesmo, ser incinerado para gerar energia.</p><p>Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI, [s. d.]), tinta é o</p><p>nome utilizado para produtos (líquidos, viscosos ou sólidos em pó) que, após aplicação sob</p><p>a forma de uma fina camada em um substrato, se converte em um filme sólido. Ela apre-</p><p>senta a função de revestimento e embelezamento da superfície, sendo, também, abordada</p><p>pela Lei nº 15.121 (SÃO PAULO, 2010), como responsabilidade dos fabricantes a coleta, a</p><p>reciclagem e a reutilização do produto. Enfim, sua destinação final pode ocorrer em aterro</p><p>industrial, incineração, coprocessamento, beneficiamento ou recuperação.</p><p>No caso das petroquímicas, as formas de destinação final dos resíduos sólidos estão</p><p>previstos na Nota Técnica Ibama, a devolução ao fabricante, o reuso, a reciclagem, o</p><p>recondicionamento, o re-refino, o coprocessamento, a descontaminação, o aterro sa-</p><p>nitário, o aterro industrial, a incineração em terra, a estação de tratamento, o blend de</p><p>resíduos e a compostagem.</p><p>U3</p><p>48</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Assim, todo e qualquer processo, seja ele construção civil, produção industrial, hospita-</p><p>lar, social, entre outros, promovem a geração de resíduos. Log, cabe as organizações</p><p>e a todos os meios estarem de acordo com as leis definidas e seus meios de reaprovei-</p><p>tamento, ou destino final.</p><p>Objeto de Estudo de Caso: Petroquímica</p><p>Resolução</p><p>As diretrizes para a apresentação, implementação e elaboração de relatórios do Projeto de</p><p>Controle da Poluição nos processos de licenciamento ambiental dos empreendimentos marí-</p><p>timos de exploração e produção de petróleo e gás estão dispostas na Nota Técnica do Ibama</p><p>(IBAMA, 2011). De acordo com esse documento, o Projeto de Controle da Poluição tem cinco</p><p>objetivos fundamentais:</p><p>` Gerar o mínimo possível de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas;</p><p>` Reciclar o máximo possível dos resíduos desembarcados;</p><p>` Proceder à disposição final adequada, isto é, de acordo com as normas legais vigentes,</p><p>de todos os resíduos desembarcados e não reciclados;</p><p>` Buscar procedimentos que minimizem a poluição gerada pelas emissões atmosféricas e</p><p>pelos resíduos sólidos e efluentes líquidos passíveis de descarte no mar;</p><p>` Aprimorar continuamente os procedimentos citados nos itens anteriores.</p><p>Proposta: Quais os passos para o gerenciamento de resíduos de uma empresa petroquími-</p><p>ca instalada no Brasil?</p><p>` Caracterização do resíduo em conformidade com a NBR 10.004 (ABNT, 2004).</p><p>` Separação em classes.</p><p>` Segregação segundo as classes.</p><p>` Tratar o resíduo in loco em maior quantidade possível, de forma a minimizar a logística do</p><p>transporte, formas de tratamento poder ser queimadores, filtros, ETE etc.</p><p>` Criar parcerias para pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para redução do trata-</p><p>mento de resíduos, além de parcerias com empresas com expertise em tratamento de</p><p>resíduos petroquímicos.</p><p>` Criar - desenvolver fluxo de movimentação marítima, atingindo curto espaço de tempo e</p><p>de mão de obra.</p><p>` Com a chegada de resíduos no continente, destinar o resíduo para portos que tenham em suas</p><p>proximidades estruturas de tratamento, como, ETE, aterros coprocessamento e re-refino.</p><p>` Criar mecanismos para se tornar viável a instalação desse tipo de empresa, com parceria</p><p>pública-privada e diminuição de impostos.</p><p>` Desenvolver mecanismos de rastreabilidade de todos os processos de forma a garantir o</p><p>atendimento de legalizações, principalmente as ambientais.</p><p>49</p><p>U3 Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS – ABRAFATI. Saiba mais sobre tintas. São Pau-</p><p>lo: ABRAFATI, [s.d.]. Disponível em: https://abrafati.com.br/saiba-mais-sobre-as-tintas/. Acesso em: 20 fev. 2021.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10.004: resíduos sólidos: classificação.</p><p>Rio de Janeiro: ABNT, 2004.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12.808: resíduos de serviços de saúde.</p><p>Rio de Janeiro: ABNT, 1993.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei</p><p>no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2010].</p><p>Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 15 mar. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 7 de</p><p>dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de</p><p>saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2004]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/</p><p>anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html. Acesso em: 15 mar. 2021.</p><p>CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Conama). Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002. Es-</p><p>tabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Brasília, DF:</p><p>Conama, [2002a]. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307.</p><p>Acesso</p><p>em: 15 mar. 2021.</p><p>CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Conama). Resolução Conama nº 313, de 29 de outubro</p><p>de 2002. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. Brasília, DF: Conama, [2002b].</p><p>Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=335. Acesso em: 15 mar. 2021.</p><p>INSTITUTO BRASILEIRO DE DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS (Ibama). Ministério do Meio</p><p>Ambiente. Nota Técnica CGPEG/DILIC/Ibama nº 01, 25 de março de 2011. Projeto de Controle da Poluição.</p><p>Diretrizes para apresentação, implementação e para elaboração de relatórios, nos processos de licenciamento</p><p>ambiental dos empreendimentos marítimos de exploração e produção de petróleo e gás. Rio de Janeiro: Ibama,</p><p>[2011]. Disponível em: https://www.ibama.gov.br/phocadownload/licenciamento/petroleo-e-gas/notas-tecnicas/</p><p>1-2011-01-nota-tecnica-programa-de-controle-da-poluicao.pdf. Acesso em: 20 fev. 2021.</p><p>OXFORD LANGUAGES. Papel. Disponível em: https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/. Acesso em: 20 fev. 2021.</p><p>SÃO PAULO (Município). Lei nº 15.121, de 22 de janeiro de 2010. Dispõe sobre a destinação de recipientes</p><p>contendo sobras de tintas, vernizes e solventes, e dá outras providências. São Paulo, SP: Prefeitura de São</p><p>Paulo, [2010]. Disponível em: http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-15121-de-22-de-janeiro-de-2010.</p><p>Acesso em: 16 mar. 2021.</p><p>Tecnologia e o pensamento científico na história</p><p>2. Tecnologia e o pensamento científico na Pré-História</p><p>3. Tecnologia e o pensamento científico na Idade Antiga</p><p>4. Tecnologia e o pensamento científico na Idade Média</p><p>5. Tecnologia e o pensamento científico na</p><p>Idade Moderna</p><p>6. Tecnologia e o pensamento científico na</p><p>Idade Contemporânea</p><p>7. Grandes desastres ambientais contemporâneos</p><p>A tecnologia e o uso dos Recursos Naturais</p><p>2. Questão ambiental e produção tecnológica</p><p>3. O papel da tecnologia no âmbito dos recursos naturais</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>2. Classificações de resíduos, dentre eles, os resíduos industriais</p><p>3. Normas e métodos de descarte de resíduos no ambiente, com foco nos resíduos industriais</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>2. O CONCEITO DE P+L E AS ETAPAS E PROCESSOS DE</p><p>SUA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>3. A SÉRIE DE NORMAS ISO 14000 E SEUS OBJETIVOS</p><p>Ecoeficiência</p><p>2. Quais são as aplicações da ecoeficiência?</p><p>3. Exemplos de medidas ecoeficientes</p><p>Desempenho Ambiental</p><p>e Benchmarking</p><p>2. A implementação do Desempenho Ambiental e o conceito de indicadores e seus tipos</p><p>3. O histórico evolutivo geral das ações de benchmarking. Os tipos de benchmarking e suas vantagens e desvantagens. Benchmarking ambiental</p><p>Sustentabilidade Ambiental – Programas e Rotulagem</p><p>2. As diferenças entre eco-labelling</p><p>e eco-certification</p><p>3. Os tipos de programas de rotulagem ambiental</p><p>4. Os tipos de selo emitidos e as partes envolvidas</p><p>5. Exemplos de programas de rotulagem</p><p>6. Rotulagem ambiental no Brasil</p><p>Avaliação de Ciclo de Vida: Economia Circular</p><p>2. Histórico da Avaliação de Ciclo de Vida</p><p>3. Etapas na metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida</p><p>Tecnologias aplicadas a prevenção e tratamento de corpos hídricos</p><p>2. Infraestrutura verde-azul</p><p>3. Tecnologias aplicadas ao tratamento de afluentes e efluentes</p><p>Tecnologias aplicadas ao controle e tratamento da poluição do ar e do solo</p><p>2. Multiciclones, lavadores de gás e filtros de manga</p><p>3. Biorremediação</p><p>Tecnologias aplicadas a gestão energética</p><p>2. Tecnologias com baixa emissão de carbono</p><p>3. Matriz energética nacional e o crescimento do consumo energético vinculado à crescente demanda tecnológica nos centros urbanos</p><p>Cidades Inteligentes</p><p>“Smart Cities”</p><p>2. Tecnologia de informação e comunicação</p><p>3. Sistemas de informação</p>