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<p>Contabilidade das Organizações</p><p>Aula 1 INFORMAÇÃO CONTÁBIL</p><p>A informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de forma</p><p>que se possa agregar algum conhecimento ao receptor. Uma informação adequada requer</p><p>algumas características: ser útil, reutilizável, gerenciada, oportuna, apresentada de forma</p><p>compreensível, atender as necessidades dos usuários, auxiliar na formulação de estratégias,</p><p>permitir condições de comparação entre períodos e auxiliar na tomada de decisão.</p><p>Tema 1 - O Método das Partidas Dobradas — Origens e Aplicações de Recursos</p><p>Método das Partidas Simples - Envolve somente um elemento (ativo, passivo ou patrimônio</p><p>líquido) sem a necessidade de controle de outros elementos.</p><p>Método das Partidas Dobradas - Este método também chamado de digrafia, a escrituração é</p><p>bilateral, pois envolve necessariamente, um débito e um crédito.</p><p>Assim entendemos que na realização de operações estamos retirando recursos de uma conta</p><p>(origem) e transferindo para outra (aplicação).</p><p>O lançamento dos eventos contábeis é divido em quatro elementos:</p><p>Data: marcação do fato no tempo (dia, mês e ano),</p><p>Título: o nome das contas de débito e crédito;</p><p>Saldo a ser debitado (D) e creditado (C);</p><p>Histórico: descrição do fato ocorrido.</p><p>Conforme a grandeza e complexidade das operações, os registros tornaram-se mais</p><p>específicos, necessitando unir os lançamentos em livros que “contavam” a história contábil dos</p><p>eventos, como exemplo, o Livro Diário e o Livro Razão.</p><p>Atualmente, com a existência de grandes corporações o registro dos fatos contábeis e,</p><p>principalmente, as informações derivadas deles, interessam diversos usuários da informação,</p><p>como acionistas, financiadores, fornecedores, órgãos de prestação de contas, empregados,</p><p>dentre outros. O registro correto contribui para a apuração do resultado fidedigno, auxiliando na</p><p>análise, dentre as diversas perspectivas, do desempenho da organização.</p><p>Tema 2 - Lançamentos Contábeis</p><p>Atos administrativos - São os negócios que a empresa realiza e que não altera o seu</p><p>patrimônio. Ex.: aval de títulos, ianças e orçamentos realizados.</p><p>Fatos administrativos - São os negócios que a empresa realiza e que altera o seu patrimônio.</p><p>Dessa forma, obrigatoriamente são registrados na Contabilidade. Nisso podemos citar: a venda</p><p>de mercadorias ou prestação de serviços, a compra de um maquinário.</p><p>Os fatos contábeis são divididos em três tipos:</p><p>Fato permutativo: Representam permutações entre as contas e provocam somente alterações</p><p>qualitativas. Exemplo: compra de um veículo à vista para uso da empresa.</p><p>Fato modificativo: Provocam alterações quantitativas no patrimônio da empresa. São divididos</p><p>em:</p><p>Diminutivo: reduzem o patrimônio da empresa. Por exemplo: o lançamento de uma despesa.</p><p>Aumentativo: aumentam o patrimônio da empresa. Por exemplo: o lançamento de uma receita.</p><p>Fato misto: Quando ele é uma parte permutativo e a outra modificativo. Exemplo:compra de</p><p>mercadoria 50% à vista e 50% a prazo.</p><p>Provocam alterações qualitativas e quantitativas nas contas. São também divididos em:</p><p>Diminutivo: reduzem o patrimônio da empresa;</p><p>Aumentativo: aumentam o patrimônio da empresa.</p><p>Os lançamentos são apresentados em ordem cronológica das ocorrências e registrados em</p><p>livros contábeis legalmente obrigatórios - como exemplo o Livro Diário (tema que você verá na</p><p>rota “Postulados e Pressupostos da Informação Contábil”).</p><p>Lembre-se que todos os fatos que originam o lançamento contábil devem estar suportados por</p><p>uma documentação hábil e idônea (contratos, notas fiscais).</p><p>Os lançamentos contábeis são compostos por quatro elementos: Data/Local, Contas,</p><p>Saldos e Histórico.</p><p>Os registros dos fatos podem não ser representados somente por uma conta debitada e uma</p><p>creditada. Na Contabilidade o registro dos fatos contábeis pode também envolver:</p><p>Fórmula simples: 1ª fórmula: uma conta debitada e uma conta creditada;</p><p>Fórmulas compostas: 2ª fórmula: uma conta debitada e duas ou mais contas creditadas;</p><p>3ª fórmula: duas [ou mais] contas debitadas e uma conta creditada;</p><p>Fórmulas complexas: 4ª fórmula: Duas [ou mais] contas debitadas e duas [ou mais] contas</p><p>creditadas.</p><p>Tema 3 - Matriz de Referência Informacional — Plano de Contas</p><p>Teoria das contas: Conforme o desenvolvimento da Contabilidade, diferentes doutrinadores</p><p>sugerem princípios e interpretações a serem adotadas na classificação das contas contábeis.</p><p>Dentre as diversas, três delas destacaram-se que são</p><p>● A Teoria Personalista foi seminalmente idealizada por Francesco Marchi, defende que</p><p>as relações jurídicas entre homem e objeto não existem, e que as contas podem ser</p><p>representadas por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas. Estuda as</p><p>variações da riqueza a partir da administração da azienda, propondo assim os</p><p>lançamentos de débito e crédito conforme a natureza das contas.</p><p>Nessa teoria as contas são classificadas conforme a natureza da relação jurídica que</p><p>essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio, sendo categorizadas em três tipos:</p><p>Contas dos proprietários: consistem nas contas representativas do capital próprio da</p><p>empresa (contas que pertencem ao proprietário) ou ainda aquelas que interferem</p><p>diretamente no patrimônio (com possibilidade de alterá-lo). Como exemplo: Contas de</p><p>Capital próprio - Capital Social, Reservas; Variações do Capital/Patrimônio - receitas,</p><p>despesas, custos, impostos sobre vendas.</p><p>Contas dos agentes consignatários: consistem nas contas representativas dos bens que</p><p>estão em consignação da empresa. Nessa perspectiva, as pessoas assumem</p><p>responsabilidade sobre os bens da entidade, devendo assim prestar contas deles ou de</p><p>valores recebidos. São exemplos: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc</p><p>Contas dos agentes correspondentes: consistem nas contas representativas dos direitos</p><p>da empresa ou suas obrigações com terceiros. A conotação “agentes correspondentes”</p><p>representa operações ou relações entre a entidade e terceiras pessoas. São exemplos:</p><p>Duplicatas a receber, Clientes a receber, Impostos a recuperar (direitos), Fornecedores,</p><p>Salários a pagar, Dividendos a distribuir (obrigações).</p><p>● Teoria Materialista:Defende que as contas representam uma relação com a</p><p>materialidade, ou seja, os eventos são registrados a partir da existência de</p><p>elementos reais entre fato e entidade. Francesco Villa e posteriormente Fábio Besta</p><p>foram os principais representantes na construção do materialismo. Na teoria propõe-se</p><p>as contas não são mais relacionadas às pessoas e que elas representam “entradas” ou</p><p>“saídas” de valores da empresa. Nessa teoria as contas dividem-se em:</p><p>Integrais (ou Elementares): representam os bens, dos direitos e das obrigações da</p><p>empresa, por exemplo, Caixa e Veículos (bens), Clientes (direitos), Fornecedores</p><p>(obrigações).</p><p>Diferenciais (ou Derivadas): representam o patrimônio ou capital próprio da empresa e</p><p>suas variações, por exemplo, Capital Social, Reservas (patrimônio da empresa),</p><p>Receitas, Despesas (variações do Patrimônio Líquido).</p><p>● Teoria Patrimonialista: Masi propôs que a relevância no registro das contas é a</p><p>essência dos fatos, o que remete a ideia que existe uma origem e uma aplicação de</p><p>recursos. Neste sentido, a Contabilidade existe para apu rar resultados e controlar o</p><p>patrimônio da entidade. Atualmente a Teoria Patrimonialista é a mais aceita e usada</p><p>como a mais adequada para o registro de fatos contábeis.</p><p>A mesma classifica as contas em dois grupos:</p><p>Contas Patrimoniais: consistem nas contas representativas dos bens, direitos,</p><p>obrigações e patrimônio líquido da empresa. As mesmas ficam distribuídas Balanço</p><p>Patrimonial, nos itens Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Exemplos: Capital Social e</p><p>Reservas (patrimônio líquido), Caixa, Clientes, Veículos e Terrenos (bens e direitos),</p><p>Fornecedores e Salários a pagar (obrigações). As contas patrimoniais possuem um</p><p>pequeno grupo particular: as Contas Retificadoras ( são também chamadas redutoras e</p><p>costumam posicionar-se abaixo de contas que necessitam ser “ajustadas” a um valor</p><p>real – seja por valorização/desvalorização de uma obrigação ou desgaste no uso</p><p>somatório dos grupos próximos a margem. É obrigatório para as demonstrações financeiras a</p><p>apresentação do período a que se referem e a unidade monetária de mensuração.</p><p>Aula 6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO</p><p>A análise das demonstrações contábeis atinge diversos graus e perspectivas de análise do</p><p>patrimônio, e envolve um exame minucioso da composição qualitativa e da expressão</p><p>quantitativa das demonstrações contábeis.</p><p>Tema 1 - Análise vertical da DRE e balanço</p><p>A análise vertical é um critério comumente aplicado em duas das demonstrações</p><p>contábeis obrigatórias, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do</p><p>Exercício. Ela consiste no processo de comparar a representatividade de uma conta, ou</p><p>subgrupo de contas, em relação aos componentes principais das demonstrações.</p><p>Para tal procedimento se estabelece alguns passos:</p><p>1. Define-se qual componente se quer analisar: ATIVO ou PASSIVO.</p><p>2. Aos valores totais (total do Ativo ou total do Passivo) se atribui o percentual de 100%.</p><p>3. O próximo passo é analisar o quanto cada grupo do patrimônio representa do total ao</p><p>qual é classificado.</p><p>4. Após verificado os percentuais, interpreta-se conforme o entendimento do grupo de</p><p>contas, a sua relação quanto representatividade no elemento patrimonial. Desse modo,</p><p>os valores monetários absolutos passam a ser deixados em “segundo plano”, sendo</p><p>possível verificar as tendências de distribuição de forma mais objetiva.</p><p>Para se realizar este procedimento lembre-se que as contas do Ativo são classificadas</p><p>conforme seu grau de liquidez, enquanto no Passivo são organizadas por exigibilidade.</p><p>A fórmula para o cálculo da Análise Vertical do Balanço Patrimonial é:</p><p>A fórmula para o cálculo da Análise Vertical da Demonstração do Resultado do</p><p>Exercício:</p><p>Receita operacional líquida = Receita Bruta de Vendas – Deduções da receita bruta</p><p>(cancelamentos, devoluções e impostos incidentes sobre as vendas.</p><p>Tema 2 - Análise horizontal da DRE e balanço patrimonial</p><p>A Análise Horizontal consiste na comparação entre valores de uma mesma conta ou grupo de</p><p>contas em diferentes exercícios. Por meio dela é possível avaliar a evolução nominal dos itens</p><p>que compõem as demonstrações contábeis divulgadas pelas organizações ao longo do um</p><p>período. Ela aponta o crescimento de itens das Demonstrações Financeiras (Balanço</p><p>Patrimonial, DRE) entre dois ou mais exercícios, por meio de comparação destes com um valor</p><p>referencial ou base.</p><p>A fórmula para o cálculo da Análise Horizontal nas demonstrações contábeis é:</p><p>A análise vertical emprega a técnica dos números índices, em que são atribuídos a todos os</p><p>valores do primeiro ano o percentual de 100, verificando nos demais anos a evolução</p><p>(percentuais acima de 100%) ou decrescimento (percentuais menores que 100%) do</p><p>patrimônio.</p><p>Tema 3 - Cálculo dos índices de liquidez</p><p>A análise de liquidez apresenta-se como mais um instrumento auxiliar para se verificar as</p><p>condições do patrimônio da organização.</p><p>Conforme aprendemos na estrutura do Balanço Patrimonial, os Ativos e Passivos possuem</p><p>diferentes características e prazos de realização, e devido a essas condições são classificados</p><p>em grupos (por liquidez ou exigibilidade). Esse cenário gerou a necessidade de se criar mais</p><p>indicadores que mensurem a capacidade de pagamento da organização, os indicadores de</p><p>liquidez. Eles são divididos em de Curto Prazo: Liquidez Corrente e Liquidez Seca; de Longo</p><p>Prazo: Liquidez Geral; e de Prazo Imediato: Liquidez Imediata.</p><p>Liquidez Geral: indica a capacidade da empresa em cumprir com suas obrigações de curto e</p><p>longo prazo a partir de seus recursos também de curto e longo prazo.</p><p>Liquidez Corrente ou Liquidez Comum: indica a quantidade de recursos que a empresa tem</p><p>nos ativos circulantes para utilização no pagamento dos passivos circulantes vencíveis.</p><p>Entende-se que quanto maior a liquidez da empresa, maior a retenção de dinheiro aplicável em</p><p>seu capital de giro.</p><p>Como resultado espera-se que:</p><p>● Valores superiores a 1: a empresa possui “folga” no disponível para uma possível</p><p>liquidação das obrigações.</p><p>● Valor igual a 1: os valores dos bens + direitos e obrigações a curto prazo são</p><p>equivalentes.</p><p>● Valores inferiores a 1: a empresa não possui disponibilidades suficientes para quitar</p><p>com suas obrigações a curto prazo se caso fosse preciso imediatamente.</p><p>Liquidez Seca: indica as chances da empresa em liquidar suas obrigações com recursos</p><p>advindos disponíveis. Porém, em condições de vendas “paralisadas” ou estoque obsoleto, esse</p><p>índice é muito útil quando avalia-se a capacidade de pagamento da empresa em situações em</p><p>que a rotatividade do estoque é baixa (ou não existe) ou há uma má gestão sobre o volume de</p><p>compras, revendas ou industrialização.</p><p>Como resultado espera-se que:</p><p>● Valores superiores a 0,70: liquidez seca aceitável para empresas no ramo industrial.</p><p>● Valores superiores a 0,50: liquidez seca aceitável para empresas no ramo comercial.</p><p>Liquidez Imediata: indica o quanto a empresa dispõe de recursos imediatos para saldar com</p><p>as dívidas de curto prazo. Esse indicador é muito importante pois relaciona-se os valores</p><p>realmente disponíveis (caixas, saldos bancários e aplicações financeiras de curto prazo) às</p><p>obrigações que vencem em datas variadas, embora no Curto Prazo (fornecedores,</p><p>empréstimos, obrigações sociais e trabalhistas).</p><p>Tema 4 - Cálculo dos índices de estrutura de capital</p><p>Endividamento geral: indica a proporção dos ativos totais da empresa que é financiada pelos</p><p>pelo capital de terceiros. Entende-se que quanto maior for este índice, maior será o montante</p><p>de capital de terceiros que é utilizado para gerar lucros.</p><p>Grau do Endividamento ou Participação do Capital de Terceiros: indica o percentual da</p><p>fonte de recursos advindas de terceiros em relação ao capital próprio investido na empresa.</p><p>Desse modo, pode-se verificar o risco ou dependência do capital de terceiros para a empresa,</p><p>pois seu percentual elevado é um alerta sob o ponto de vista financeiro.</p><p>Composição do endividamento: indica o volume de obrigações da empresa com vencimento</p><p>no curto prazo ao total de suas obrigações totais com terceiros. Entende-se que para a</p><p>empresa é favorável que a concentração de obrigações seja predominantemente distribuídas</p><p>no longo prazo, para que a empresa possua “tempo” para gerar recursos a fim de saldar com</p><p>seus compromissos.</p><p>Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido: indica o percentual que os recursos próprios</p><p>da empresa foram aplicados em bens de natureza permanente. Por meio dele mostra-se a</p><p>parcela do Patrimônio Líquido aplicada em investimentos, imobilizado e intangível. Espera-se</p><p>nesse caso, que os recursos próprios sejam em maior grau aplicados no seu capital de giro, ou</p><p>seja, Ativo Circulante.</p><p>Tema 5 - Cálculo dos índices de rentabilidade</p><p>De modo geral, os indicadores de rentabilidade possibilitam mensurar o desempenho da</p><p>empresa em termos de lucro no período, evidenciar seu potencial de venda e sua habilidade</p><p>em gerar resultados. Neste grupo podem ser classificados os seguintes indicadores: Giro do</p><p>Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido.</p><p>Giro do Ativo Indica o número de vezes que o ativo total da empresa se transformou em</p><p>dinheiro em determinado período em função das vendas realizadas. Ela representa também a</p><p>eficiência com que a empresa utiliza seus ativos a fim de gerar receitas. Quanto maior for esse</p><p>indicador, melhor terá sido a administração das operações comerciais.</p><p>Margem líquida Indica o quanto a empresa conseguiu transformar em lucro cada unidade</p><p>monetária vendida, ou seja, o quanto o lucro líquido representa suas vendas líquidas. Ele é</p><p>também conhecido como a taxa de lucratividade da empresa.</p><p>Rentabilidade do Ativo (ROA) Indica o quanto o lucro líquido representa da aplicação dos</p><p>recursos da empresa. Por meio dele é possível verificar a relação entre o lucro auferido e os</p><p>investimentos realizados no empreendimento. Para Iudícibus (2009) esse índice é considerado,</p><p>se analisado individualmente torna-se o mais importante indicador de análise de balanço.</p><p>Seu</p><p>cálculo é realizado por meio da seguinte fórmula: ROA = Lucro líquido.</p><p>Rentabilidade do Patrimônio Líquido (ROE) Indica o quanto o lucro líquido representa dos</p><p>valores aplicados pelos investidores (capital próprio da empresa), ou seja, o quanto os</p><p>proprietários obtêm de lucro em relação a cada unidade monetária investida por eles na</p><p>empresa.</p><p>APOLs</p><p>O balancete abaixo da empresa comercial Vende Tudo Ltda , levantado por ocasião do</p><p>encerramento do exercício em 31 de dezembro de 2010.</p><p>Analise e responda à questão abaixo:</p><p>Letra B</p><p>As contas patrimoniais demonstradas no balancete da Vende Tudo Ltda. são:</p><p>Caixa 17.875,00</p><p>Estoques 42.500,00</p><p>Móveis e Utensílios 280.000,00</p><p>Duplicatas a Receber 100.000,00</p><p>Empréstimo de Curto Prazo 50.000,00</p><p>Capital Social 105.000,00</p><p>ICMS a recolher 7.500,00</p><p>Depreciação Acumulada 44.800,00</p><p>Retenção de Lucros 51.200,00</p><p>Somando todas as contas patrimoniais, temos:</p><p>17.875 + 42.500 + 280.000 + 100.000 + 50.000 + 105.000 + 7.500 + 44.800 + 51.200</p><p>Total das contas patrimoniais = 698.785,00</p><p>De acordo com Bazzi (2015), DRE é uma demonstração contábil que expõe, de forma</p><p>ordenada, as receitas e as despesas do exercício.</p><p>A Demonstração do Resultado do Exercício, regulamentado pelo art. 187 da Lei 6.404/1976,</p><p>visa a apuração do resultado econômico no exercício financeiro, ou seja, demonstra se houve</p><p>lucro ou prejuízo no período de apuração.</p><p>Analise as proposições e assinale a afirmativa correta.</p><p>As contas de resultado aumentam por débitos e créditos respectivamente. A Demonstração do</p><p>Resultado do Exercício (DRE) constitui um relatório contábil que incorpora essas contas,</p><p>refletindo:</p><p>Letra C o resultado auferido pela empresa no período, além de demonstrar</p><p>especificamente todas as operações realizadas.</p><p>Ao verificar um balanço patrimonial da empresa Vende Tudo Ltda., constatou-se que a empresa</p><p>possuía um PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL = 40.000,00 e um PATRIMÔNIO LÍQUIDO =</p><p>35.000,00.</p><p>No que se refere ao quociente de participação de capital de terceiros analise as proposições</p><p>abaixo e em seguida marque a opção que apresenta a resposta correta.</p><p>I – Analisando os dados fornecidos, conclui-se que o índice de participação de capital de</p><p>terceiros encontrado é de 1,14.</p><p>II – O índice encontrado evidencia que a empresa utilizou mais capital próprio do que de</p><p>terceiros.</p><p>III – O índice de endividamento total evidencia se os capitais de terceiros envolvidos no giro</p><p>dos negócios da empresa superam ou não os capitais próprios.</p><p>IV – O aumento da percentagem de capitais de terceiros sobre os capitais próprios, aumenta a</p><p>garantia para os credores sobre a situação líquida organizacional</p><p>Passivo = 40.000 Patrimônio Líquido = 35.000 Total das origens de recurso = 75.000</p><p>Analisando cada afirmativa:</p><p>I - VERDADEIRO - O índice de participação de capital de terceiros é dado por:</p><p>PCT = Passivo Total / PL PCT = 40.000 / 30.000 PCT = 1,14</p><p>II - FALSO - O índice evidencia que a empresa utilizou mais o capital de terceiros do que</p><p>próprio</p><p>III - VERDADEIRO - Esse índice evidencia se o capital de terceiros investidos na empresa</p><p>são maiores que o capital próprio.</p><p>IV - FALSO - O aumento percentual de capitais de terceiros significa que a empresa está</p><p>tendo que recorrer mais à capital de terceiros em detrimento do capital próprio, portanto</p><p>possui mais obrigações a liquidar.</p><p>Estão corretas as afirmativas I e III</p><p>De acordo com Bazzi (2015), Ativo: são os lançamentos que determinam a estrutura básica da</p><p>empresa e seus respectivos potenciais, com vistas ao atendimento de uma possível demanda</p><p>de mercado.</p><p>Considere os dados abaixo.</p><p>Com base nos dados acima, o valor do Ativo Circulante apurado é</p><p>B 63 000</p><p>1º - O primeiro passo a ser seguido é você entender que o Balanço Patrimonial divide-se</p><p>em Ativo (bens e direitos da empresa), Passivo (obrigações da empresa) e Patrimônio</p><p>Líquido (patrimônio da empresa, o interesse residual após serem deduzidos todos os</p><p>passivos da empresa).</p><p>2º - Você quer saber qual o saldo do Ativo Circulante, ou seja, os bens e direitos de alta</p><p>liquidez e de curto prazo de vencimento (até 12 meses após a publicação do balanço).</p><p>Nesse caso, você deve identificar quais contas tem característica de bem ou de direito</p><p>(sendo registradas a débito no Balanço Patrimonial).</p><p>Vamos separá-las usando DÉBITO para contas do ativo e CRÉDITO para contas do</p><p>passivo.</p><p>D - ATIVO - Imóvel em uso nas atividades</p><p>D - ATIVO - Seguros pagos antecipadamente</p><p>D - DRE - Vendas</p><p>D - ATIVO - Ações de Coligadas</p><p>D - ATIVO - Caixa</p><p>D - ATIVO - Bancos Conta Movimento</p><p>D - ATIVO - Adiantamento a coligadas</p><p>C- PASSIVO - Fornecedores locais</p><p>C - PASSIVO - Fornecedores estrangeiros</p><p>3º Vamos separar agora somente as contas de ATIVO CIRCULANTE que são as que nos</p><p>interessam:</p><p>D - ATIVO - Imóvel em uso nas atividades</p><p>. Explicação: Trata-se de uma conta do Ativo não Circulante, subgrupo imobilizado,</p><p>portanto, não é do nosso interesse.</p><p>D - ATIVO - Seguros pagos antecipadamente</p><p>. Explicação: trata-se de um direito de curto prazo da empresa, pois ela pagou</p><p>antecipadamente por algo que ainda irá receber. Figura no ATIVO CIRCULANTE, logo nos</p><p>interessa.</p><p>D - DRE - Vendas</p><p>. Explicação: faz parte da Demonstração do Resultado do Exercício que informa as</p><p>receitas e despesas, logo, não nos interessa.</p><p>D - ATIVO - Ações de Coligadas</p><p>. Explicação: faz parte do Ativo não Circulante no subgrupo Investimentos, logo, não nos</p><p>interessa.</p><p>D - ATIVO - Caixa</p><p>. Explicação: faz parte do ATIVO CIRCULANTE e armazena o dinheiro da empresa.</p><p>D - ATIVO - Bancos Conta Movimento.</p><p>Explicação: faz parte do ATIVO CIRCULANTE e destina-se ao pagamento de contas de</p><p>maior valor.</p><p>D - ATIVO - Adiantamento a coligadas</p><p>. Explicação: faz parte do ativo não circulante da empresa, subgrupo Realizável a Longo</p><p>Prazo.</p><p>C- PASSIVO - Fornecedores locais</p><p>. Explicação: faz parte do passivo da empresa e representa uma obrigação de</p><p>pagamento.</p><p>C - PASSIVO - Fornecedores estrangeiros</p><p>. Explicação: faz parte do passivo da empresa e representa uma obrigação de</p><p>pagamento.</p><p>4º Somar os valores das conta classificadas como ATIVO CIRCULANTE:</p><p>Perceba que só temos três contas, sendo que uma delas (despesa antecipada) é</p><p>redutora, pois representa um direito de algo que já foi pago.</p><p>O Ativo Circulante portanto fica assim:</p><p>Caixa: R$ 8.000,00</p><p>Banco conta movimento: R$ 50.000,00</p><p>Despesas pagas antecipadamente: - R$5.000,00</p><p>Ativo Circulante Total: R$ 63.000,00</p><p>Os dados apresentados abaixo são referentes ao balanço patrimonial da empresa Vende Tudo</p><p>Ltda</p><p>Letra D - Liquidez Seca = 1,07.</p><p>liquidez seca = Ativo C - estoque / Passivo Circulante</p><p>AC - 10,22,30,15 = 77 estoque 30 pc - 13,31 = 44</p><p>77 - 30 / 44 = 1.068</p><p>Liquidez Corrente = ativo circulante / passivo circulante</p><p>AC - 77 PC - 44</p><p>77/44= 1,75</p><p>liquidez imadiata = disponivel / passivo circulante</p><p>disponivel - 10,22= 32 PC - 44</p><p>32/44= 0,73</p><p>loquidez geral = ativo circulante + realizavel a longo prazo / passivo cifculante + passivo</p><p>nao circulante</p><p>AC - 77 RLP - 8 PC- 44 PNC- 9</p><p>77+8/44+9=1,6</p><p>Sobre as contas de Resultado, analise as proposições e, em seguida, marque a alternativa com</p><p>a sequência correta.</p><p>I – São responsáveis pelo levantamento de lucro ou prejuízo de um período.</p><p>II – As contas Reservas e Lucro Real fazem parte das contas de Resultado.</p><p>III – A estrutura da DRE permite a análise do desempenho econômico-financeiro da empresa.</p><p>IV – As contas de resultado são classificadas em Despesas e Receitas.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>Letra D - I – III – IV</p><p>A Demonstração de Resultado do Exercício demonstra o desempenho econômico das</p><p>organizações em determinado período, ou seja, seu lucro ou prejuízo. A apuração desse</p><p>resultado se dá pelas contas classificadas como Receitas e Despesas e, em função</p><p>disso, essa demonstração contribui para a análise do desempenho econômico-financeiro</p><p>da empresa.</p><p>Nesse caso, não está correta a afirmativa II, uma vez que as Reservas compõem o grupo</p><p>do Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial e o Lucro Real é um dos tipos de regimes</p><p>de tributação e não uma conta contábil.</p><p>Enumere a 2ª coluna de acordo com a primeira, em seguida, assinale a proposição</p><p>com a</p><p>sequência correta.</p><p>Letra D - 2 – 3 – 1 – 3 – 1</p><p>De acordo com Bazzi (2015) Todos os lançamentos contábeis, sejam qualitativos ou</p><p>quantitativos, devem ser registrados nos chamados livros de escrituração.</p><p>Dessa forma é correto afirmar que;</p><p>( ) Todos os livros contábeis são obrigatórios.</p><p>( ) O livro Caixa é um livro contábil auxiliar</p><p>( ) O livro de Prestação de Serviços é um livro fiscal.</p><p>( ) Os livros Diário e Razão são livros contábeis obrigatórios.</p><p>Letra A - F – V – V – V</p><p>(F ) Todos os livros contábeis são obrigatórios. É falsa somente a proposição 01, pois</p><p>nem todos os livros contábeis são obrigatórios, por exemplo, o livro caixa é um livro</p><p>contábil auxiliar.</p><p>( V ) O livro Caixa é um livro contábil auxiliar</p><p>( V ) O livro de Prestação de Serviços é um livro fiscal. Livro obrigatório perante o fisco</p><p>municipal em empresas prestadores de serviço, nele são registradas todas as operações</p><p>de serviços.</p><p>( V ) Os livros Diário e Razão são livros contábeis obrigatórios.</p><p>Sobre as contas do Ativo, é correto afirmar que:</p><p>Letra C - a ordem do Ativo no balanço patrimonial deve ser decrescente em relação ao</p><p>grau de liquidez, ou seja, considerando a conversibilidade dos bens e direitos em</p><p>dinheiro.</p><p>Estão erradas</p><p>O Ativo é dividido em três grupos: Ativo Circulante; Ativo não Circulante e Ativo</p><p>Permanente – correto é: o Ativo é dividido apenas em circulante e não circulante.</p><p>De acordo com a Lei 6.404/76, a ordem em que os Ativos devem aparecer no Balanço</p><p>Patrimonial é: Ativo Circulante; Ativo não Circulante e Ativo Permanente – correto é: o</p><p>Ativo é dividido apenas em circulante e não circulante.</p><p>De acordo com a Lei 6.404/76, podem ser classificados como Ativos da empresa,</p><p>quaisquer bens e direitos dos sócios que comporão o Patrimônio da empresa. Correto é:</p><p>para ser classificados como Ativos, devem ser bens ou direitos de propriedade da</p><p>empresa, mensuráveis monetariamente e apresentar um benefício que poderá ser</p><p>expresso no futuro.</p><p>Sobre o Regime de Competência, é correto afirmar que:</p><p>I – É restrita e útil somente para entidades sem fins lucrativos.</p><p>II – Considera os fatos contábeis no momento em que ocorreram e não na efetiva</p><p>movimentação financeira.</p><p>III – Permite uma melhor apresentação dos lançamentos contábeis.</p><p>IV - O reconhecimento das despesas é realizado somente na data do seu pagamento, e as</p><p>receitas na data do seu recebimento</p><p>Portanto estão corretas apenas as proposições</p><p>Letra B - II – III</p><p>Não pertencem ao regime de competência</p><p>I – É restrita e útil somente para entidades sem fins lucrativos.</p><p>Essa afirmativa refere-se ao regime de caixa.</p><p>IV - O reconhecimento das despesas é realizado somente na data do seu pagamento, e</p><p>as receitas na data do seu recebimento.-</p><p>Refere-se ao Regime de Caixa.</p><p>Analise as proposições e marque a correta.</p><p>A empresa Fictícia Ltda. apresentou dois lançamentos, quais sejam:</p><p>1) Compra de um veículo à vista</p><p>2) Aumento do Capital Social por meio de incorporação de lucros.</p><p>Como se classificam esses fatos contábeis?</p><p>Letra B - Fato Contábil Permutativo</p><p>Classificam-se como Fato Contábil Permutativo, uma vez que movimentam</p><p>exclusivamente contas patrimoniais.</p><p>As contas de resultados são responsáveis pelo processo de levantamento de lucro ou prejuízo</p><p>de um período.</p><p>Analise os lançamentos simplificados abaixo e, em seguida, marque a opção correta.</p><p>Nos lançamentos acima, os valores Debitados em Contas de Resultado totalizam:</p><p>Letra D - 280.000,00</p><p>As contas contábeis movimentadas a débitos que se referem a contas de resultado são:</p><p>Despesas com créditos de devedores duvidosos - R$ 210.000</p><p>Encargos de depreciação - R$ 70.000</p><p>TOTAL 280.000</p><p>O lançamento envolvendo receitas financeiras também refere-se a conta de resultados,</p><p>porém, a movimentação é a crédito.</p><p>A empresa Alfa Ltda. lançou em sua contabilidade um débito no total de R$ 500,00, em uma</p><p>conta de ativo. Simultaneamente registrou um crédito de igual montante em uma conta do</p><p>patrimônio líquido.</p><p>Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que representa corretamente essa transação:</p><p>Letra B - Aumento do capital social com integralização de numerário.</p><p>Aumento do capital social com integralização de numerário.</p><p>Para as demais alternativas não ocorre movimentação no sub grupo Patrimônio Líquido.</p><p>Analise a questão abaixo e marque a alternativa correta.</p><p>Qualquer projeto de investimento requer decisão de financiamento, ou seja, quais fontes de</p><p>recursos a serem buscados permitirão a efetivação do investimento proposto.</p><p>Assinale a alternativa que contém as informações corretas extraídas do seguinte balanço</p><p>patrimonial:</p><p>Letra C - Capital próprio – R$ 26.000; Capital de terceiros – R$ 12.000; aplicações de</p><p>recursos – R$ 38.000; recursos totais – R$ 38.000.</p><p>Capital Próprio – Capital: 26.000,00</p><p>Capital de Terceiros – Fornecedores: 12.000,00</p><p>Aplicação de Recursos – Ativo Total: 38.000,00</p><p>Recurso Total = Ativo/Passivo: 38.000,00</p><p>Analise as proposições abaixo e marque a alternativa correta</p><p>João e Maria resolveram constituir a empresa comercial Beta Ltda., com capital de R$</p><p>20.000,00, dividido em parte iguais.</p><p>João integralizou em dinheiro o valor de R$ 5.000.00.</p><p>Maria integralizou sua parte em imóveis, a totalidade do Capital Subscrito.</p><p>Depois de contabilizadas essas operações, o Capital social realizado / integralizado, o Capital</p><p>de Terceiros e o Capital Próprio da empresa tinham, respectivamente, os valores de R$:</p><p>Letra B - R$ 15.000,00 – R$ 0,00 – R$ 15.000</p><p>Capital Social Realizado = R$ 15.000,00, porque João integralizou somente uma parte da</p><p>sua participação no capital social</p><p>Capital de Terceiros = R$ 0,00</p><p>Capital Próprio = R$ 15.000,00</p><p>O Contador e a Ética Profissional</p><p>Aula 1 O Contador e a Profissão</p><p>Os profissionais da área contábil são exemplos dos que precisam estar sempre atualizados em</p><p>sua profissão, uma vez que a contabilidade, na condição de ciência social, sofre alterações na</p><p>medida em que o ambiente no qual ela atua se modifica.</p><p>Essas são as características precisam ser buscadas pelo profissional contábil atual.</p><p>● Habilidades de comunicação;</p><p>● Habilidades computacionais;</p><p>● Habilidades analíticas;</p><p>● Habilidades intelectuais;</p><p>● Habilidades multidisciplinares e interdisciplinares;</p><p>● Conhecimentos de assuntos globais;</p><p>● Qualidades pessoais;</p><p>● Pensamento crítico.</p><p>Tema 1 - A Contabilidade e o Contador</p><p>O pronunciamento do Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) aprovado pela deliberação</p><p>nº 29/1986 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) traz uma definição completa da ciência</p><p>contábil.</p><p>Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus</p><p>usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de</p><p>produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. (IBRACON).</p><p>O campo de aplicação da ciência contábil são as aziendas (termo italiano que significa</p><p>“fazenda”), isto é, entidades que possuem patrimônio sob o controle de uma administração.</p><p>Essas unidades econômico-administrativas podem apresentar-se por duas figuras: pessoas</p><p>físicas e pessoa jurídica.</p><p>● Pessoas físicas, em que uma pessoa natural é considerada, individualmente, passível</p><p>de direitos e obrigações;</p><p>● Pessoa jurídica, onde uma organização humana com exercício efetivo de suas</p><p>atividades possui um patrimônio próprio e, de igual modo, está sujeita a direitos e</p><p>obrigações.</p><p>há duas funções exercidas pela contabilidade:</p><p>● Função administrativa - controla o patrimônio da entidade, sob dois prismas, verificar a</p><p>situação patrimonial em determinado momento (estático) e registrar as alterações</p><p>patrimoniais de ordem qualitativa e quantitativa (dinâmico).</p><p>● Função econômica - é direcionada à apuração do resultado do exercício (rédito) e, por</p><p>efeito, contempla aferição de lucros ou prejuízos em dado período.</p><p>As sociedades anônimas têm o capital composto por ações cujos proprietários são</p><p>denominados acionistas, com responsabilidade limitada ao valor subscrito. Essa sociedade</p><p>empresária tem como principal documento e legislação regulatória o estatuto social e a Lei nº</p><p>6.404/1976 (Lei das SA’s).</p><p>As sociedades limitadas são as sociedades compostas por quotas e, em virtude disso, têm</p><p>sócios quotistas. Nesse caso, o contrato social é o documento regente das operações da</p><p>entidade, assim como os pressupostos contidos do Código Comercial brasileiro.</p><p>utilidade da informação pode ser ampliada quando esta:</p><p>● Permite a comparação entre períodos e/ou empresas diferentes;</p><p>● Viabiliza o consenso entre diferenciados observadores da realidade retratada;</p><p>● Quando é disponibilizada em tempo hábil à tomada de decisão;</p><p>● Quando é apresentada com clareza e objetividade, de forma a garantir sua</p><p>compreensibilidade (CPC, 2011).</p><p>Tema 2 - A Contabilidade como Profissão</p><p>Junto ao crescimento do ensino superior nacional, em especial o aumento de vagas nos cursos</p><p>de contabilidade, observou-se que o mercado de trabalho para o profissional contábil também</p><p>se alterou devido ao ambiente de negócios altamente dinâmico no qual a contabilidade está</p><p>inserida. Tais mudanças têm estimulado um repensar da atuação deste profissional nos seus</p><p>diferentes papéis e responsabilidades. Nesse contexto, dispõe-se que a procura pela profissão</p><p>contábil por parte dos alunos é fortemente influenciada pela percepção de seu mercado de</p><p>trabalho, que atualmente é muito bom.</p><p>São considerados contadores somente os graduados em curso superior de Ciências</p><p>Contábeis, já os formados em nível médio, escolas técnicas ou comerciais, pertencem à</p><p>categoria de técnicos em contabilidade. Evidentemente, os privilégios e possibilidades</p><p>de atuação profissionais são muito mais amplos para os graduados em Ciências</p><p>Contábeis, ficando os técnicos em contabilidade com um campo limitado de atuação. Em</p><p>relação ao técnico em contabilidade, que é o indivíduo que possui escolaridade de nível</p><p>técnico e que já possui seu registro junto ao CRC, de acordo com a Lei nº 12.249/2010</p><p>em seu artigo 12, continuará o exercício da profissão. Entretanto, em conformidade com</p><p>esta Lei, aquele que ainda não solicitou seu registro até o dia 1º de junho de 2015 após</p><p>aprovação no Exame de Suficiência, não pode mais solicitar. Após esta data, só pode</p><p>efetuar o cadastro e exercer a profissão aquele que, concluir o curso superior em</p><p>Ciências Contábeis e for aprovado no Exame de Suficiência.</p><p>Tema 3 - A Contribuição do Contador para Outras Profissões</p><p>O registro de fatos econômicos com posterior divulgação por meio de demonstrações</p><p>financeiras também auxilia o crescimento da economia, uma vez que a gestão contábil correta</p><p>possibilita uma perspectiva sólida do futuro das entidades. Já para as Ciências Atuariais, o</p><p>contador colabora na provisão de informações necessárias para o atuário analisar riscos no</p><p>segmento de seguros, conforme exigências de órgãos reguladores. Uma exemplificação disso</p><p>é a análise de solvência e das provisões técnicas.</p><p>Tema 4 - Relevância da Informação Contábil para a Sociedade</p><p>De acordo com a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório</p><p>Contábil-Financeiro, emitida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, a informação é</p><p>considerada material “se sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder</p><p>influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca</p><p>de entidade específica (...)”. O referido pronunciamento enfatiza também que esse aspecto da</p><p>relevância pode decorrer da natureza, da magnitude dos itens associados à informação, ou</p><p>mesmo, de ambos.</p><p>Em algumas economias consideradas mais fechadas, o conhecimento da informação</p><p>contábil-financeira restringe-se ao atendimento das necessidades do governo. Em</p><p>cenários econômicos abertos essa informação busca abranger toda a sociedade (órgãos</p><p>reguladores, acionistas, clientes, fornecedores e credores, investidores, empregados).</p><p>São exemplos de tipo de divulgação:</p><p>● Relatórios de Sustentabilidade ou Balanço Social;</p><p>● Relato Integrado;</p><p>● Demonstração do Valor Adicionado, etc.</p><p>O Balanço Social (BS) apresenta um rol de informações que evidenciam o compromisso da</p><p>entidade com a sociedade, de forma a divulgar sua gestão econômico-social. Tal relatório visa</p><p>demonstrar à comunidade que o compromisso final da organização não é apenas com aferição</p><p>de lucros, mas também com o desempenho social.</p><p>As três dimensões inerentes ao Relatório de Sustentabilidade</p><p>Demonstração do Valor Adicionado (DVA). O objetivo desse demonstrativo financeiro, também</p><p>chamado de Demonstração do Valor Agregado, consiste evidenciar a riqueza criada por uma</p><p>empresa ao longo do exercício social e a forma como essa riqueza foi distribuída.</p><p>A distribuição da riqueza econômica abrange os seguintes itens:</p><p>● Empregados;</p><p>● Bancos e outras instituições financeiras;</p><p>● Governo; sócios;</p><p>● Reservas de lucros (parcela retida para novos investimentos).</p><p>Tema 5 - Ramos de Atuação do Contador</p><p>No âmbito de atuação, a profissão contábil possui várias alternativas de carreiras, pois a</p><p>contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidades. Conforme Resolução do</p><p>CFC nº 560/83 alterada pela Resolução CFC nº 898/01, são várias as carreiras que podem ser</p><p>exercidas pelo profissional contábil, dentre elas pode-se citar: analista, assessor, auditor</p><p>(interno ou externo), conselheiro consultor, controller, professor, perito, pesquisador.</p><p>Aula 2 Tomada de decisão, moral e ética</p><p>Somos livres para agir dentro dos limites impostos pela ética e pela moral. Esta liberdade</p><p>parte do princípio do respeito aos direitos alheios.</p><p>Ética, por exemplo, em seu sentido mais amplo, é a ciência da conduta humana perante os</p><p>seus semelhantes. A palavra ética é derivada do grego ethos, que significa “modo de ser ou</p><p>caráter”. Já a palavra moral, vem do latim mos ou mores, que significa “costume ou costumes”.</p><p>Tema 1 - Ética, Moral e Direito: Diferenças e Semelhanças</p><p>Os costumes morais são aqueles que se relacionam com os modelos de bem e mal da</p><p>sociedade e, por isso, normalmente, os indivíduos tecem julgamentos morais em relação aos</p><p>seus comportamentos e aos dos outros, pois estão sempre avaliando os seus atos e os dos</p><p>outros, segundo os valores de bem e mal da sociedade na qual estão inseridos.</p><p>Nem sempre todos concordam com os padrões morais da sociedade, pois, muitas vezes, os</p><p>confrontam e criam valores morais diferentes. Isso evidencia que a moral aparece em dois</p><p>âmbitos da vida humana: o social e o individual.</p><p>A moral social é justamente o conjunto de todos os comportamentos e valores morais (bem e</p><p>mal) impostos a todos os indivíduos de uma sociedade.</p><p>Moral individual é o modo como o indivíduo assimila os valores da moral social e os relaciona</p><p>consigo e com a sociedade. A moral individual pode ou não aceitar como legítimos os</p><p>comportamentos e costumes da moral social, isto é, apesar da moral social ser a mesma para</p><p>todos os indivíduos de uma sociedade, a moral individual não é necessariamente a mesma,</p><p>pois cada indivíduo pode assimilar a moral social de uma maneira e lidar com os costumes de</p><p>modo diferenciado.</p><p>A ética se caracteriza como estudo das ações individuais dos homens, cujo objetivo</p><p>fundamenta-se em elaborar uma orientação normativa para as ações humanas, que seja</p><p>estabelecido como bem.</p><p>Enquanto a ética possibilita que o indivíduo saiba o que as sociedades nas quais vive julgam</p><p>como comportamento esperado em certo momento, é o Direito que vai transformar algumas</p><p>dessas normas sociais em leis e certificar-se de que elas sejam postas em prática. Apesar de</p><p>nem todas as condutas éticas se tornarem leis – e nem todas as leis serem consideradas éticas</p><p>pelas sociedades – é importante ressaltar que o Direito, e não a ética, pode ser apontado como</p><p>uma área de estudos que tem como objetivo central influenciar o comportamento humano.</p><p>A moralidade é um conjunto de normas, que a sociedade é responsável por transmitir de</p><p>geração em geração. Ética é um conjunto de regras acerca de um determinado assunto</p><p>que foi esclarecido e adotadas na própria mentalidade do indivíduo. A diferença é que a</p><p>moral tem uma base social, padrões estabelecidos dentro de uma sociedade. Ética</p><p>emerge como tal na interioridade de um indivíduo como resultado</p><p>de seu próprio</p><p>pensamento e sua própria escolha. Ética pode equiparar o seu conteúdo com as normas</p><p>morais recebidas em sua educação, mas també m pode fornecer uma diferença ética</p><p>forte em algumas das suas regras.</p><p>Tema 2 - Tomada de Decisões entre o Legal e Moral</p><p>Deste modo, o processo de tomada de decisão, muitas vezes, se inicia com um problema</p><p>que inclui um componente moral, que necessita de uma solução ou resposta e,</p><p>geralmente, de alguma forma de ação. Neste contexto, é importante ressaltar que uma</p><p>decisão moral poder ter resultados positivos ou também resultados negativos. Se uma decisão</p><p>tivesse resultados positivos para todas as partes envolvidas, a mesma não seria uma causa de</p><p>dilema moral. Assim, o que está em discussão é a intensidade ética e moral das questões que</p><p>provocam consequências desfavoráveis.</p><p>A primeira fase do processo de tomada de decisão ética é a consciência moral, ou identificação</p><p>da questão moral. A identificação de uma questão moral envolve um processo interpretativo em</p><p>que o indivíduo reconhece que existe um problema moral numa situação, ou que uma norma</p><p>ou um princípio moral é relevante para as circunstâncias. Esta etapa é considerada crítica</p><p>porque a identificação de um problema como eticamente significativa,presumivelmente,ajuda a</p><p>iniciar tomada de decisão ética e, por sua vez,faz com que o comportamento ético mais</p><p>provável.</p><p>Tema 3 - Formação Moral de uma Entidade Corporativa</p><p>A ética empresarial é norteada por princípios jurídicos, de natureza legal, e por princípios de</p><p>boa convivência, de natureza social, em consonância com os valores da organização, que</p><p>dizem respeito à responsabilidade individual de seus integrantes e aos valores sociais que se</p><p>referem à cultura social em que a empresa está inserida. Sob esta perspectiva, as ações das</p><p>organizações devem ser orientadas pela ética empresarial na condução de seus negócios e,</p><p>baseando-se nisso, muitas empresas possuem seus manuais e códigos de ética empresarial,</p><p>cujo objetivo é estabelecer o que se espera uns dos outros. Tal fato influencia para que o</p><p>ambiente de trabalho seja mais respeitável, contribuindo para a excelência dos produtos</p><p>e/ou serviços prestados, e também propicia maior coesão organizacional.</p><p>A cultura organizacional também é outro exemplo relevante para a forma como os valores</p><p>morais moldam o comportamento, criando companheirismo e interdependência social.</p><p>Organizações com forte ethos Ethos é uma palavra com origem grega, que significa caráter</p><p>moral. É usada para descrever o conjunto de hábitos ou crenças que definem uma comunidade</p><p>ou nação. têm maiores expectativas de valores morais, pois a mesma promove o</p><p>comprometimento e o comportamento positivo em seus colaboradores. No entanto, ressalta-se</p><p>que a cultura da empresa pode influenciar nos dois sentidos, ou seja, positiva e negativamente.</p><p>Tema 4 - A Entidade e suas Obrigações</p><p>De acordo com alguns autores como Campbell (1997), a organização deve ter</p><p>responsabilidade social diante do ambiente em que vive. Para ele, existem stakeholders que</p><p>atuam diretamente sobre a empresa, buscando dividendos, melhores salários, maiores prazos</p><p>de pagamentos e preços baixos – são os stakeholders ativos, pois são influenciadores</p><p>imediatos do processo de gestão organizacional. Ainda segundo Campbell, os outros agentes</p><p>que afetam a organização de forma mediata são os chamados stakeholders passivos,</p><p>destacando-se entre estes a sociedade e as organizações não governamentais.</p><p>Tema 5 - Relação Ética da Entidade com os seus Stakeholderss</p><p>No que diz respeito à ética dentro das empresas, existem duas vertentes em questão: ética</p><p>pessoal e ética empresarial.</p><p>Ética da convicção (tratado dos deveres) - Está relacionada às crenças de um individua em</p><p>relação a determinadas coisas. Nessa dimensão, o comportamento ético das empresas é</p><p>decorrente de princípios universais que regem a conduta humana, como respeito, justiça e</p><p>direitos humanos.</p><p>Ética da responsabilidade (estudo dos fins humanos) - Tem como princípios orientadores a</p><p>responsabilidade e o utilitarismo. Nesta perspectiva, para afirmar se uma ação é ética ou não,</p><p>deve-se analisar as consequências dessa ação. Mesmo que uma ação seja baseada em</p><p>princípios considerados morais universalmente (ética da convicção), ela poderá ser</p><p>considerada não ética se trouxer consequências práticas indesejáveis para o grupo. O critério</p><p>não é a moral em si em um ato, como na ética da convicção, mas a vantagem ou a</p><p>desvantagem das consequências de tal ação. A ética da responsabilidade é consequencialista,</p><p>pois considera ética a ação que traz benefícios para um número maior de pessoas.</p><p>Ética da virtude - Centra sua atenção no caráter da pessoa, buscando entender os traços</p><p>pessoais que servem como alicerces das ações humanas: as virtudes, as quais, quando</p><p>compartilhadas por um grupo de pessoas, constituem o que chamamos de cultura.</p><p>A principal função do código de ética é assegurar a uniformidade da conduta do grupo e</p><p>a consistente resolução de conflitos e questões éticas que surgem na vida das empresas</p><p>(regulamento pré-convencional), a fim de introduzir e promover os valores que orientam</p><p>a vida da organização, seus critérios convencionais de direito e as prioridades dos</p><p>mesmos.</p><p>Assim, ao enfatizar o código de ética como meio de institucionalizar a ética organizacional, ele</p><p>é justificado não só como uma abordagem descritiva, mas também como uma abordagem</p><p>normativa. Se os códigos corporativos atenderem certas condições, caracterizadas como</p><p>elementos que, mesmo quando não revelam um compromisso genuíno moral, podem servir</p><p>como uma base para isto, a transmissão da ética pode ser efetuada por declarações escritas,</p><p>em que o compromisso da empresa para com ações éticas é compreendido.</p><p>Os fornecedores também são stakeholders impactados pelas empresas. Algumas empresas</p><p>possuem fornecedores de menor porte que, de certa forma, dependem dessas empresas.</p><p>Com base nos exemplos dos stakeholders supracitados, observa-se que o ponto central são as</p><p>consequências das ações empresariais nas pessoas ou nos grupos com os quais ela se</p><p>relaciona.</p><p>Código de Ética de grandes empresas para com seus stakeholders:</p><p>Código de Ética da Caixa</p><p>● O Código de Ética da CAIXA, no item respeito, deixa claro que a empresa não admite a</p><p>prática de trabalho forçado ou compulsório</p><p>● O direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e dos</p><p>clientes</p><p>● A busca permanente de excelência na qualidade de seus serviços</p><p>● A conduta ética pautada exclusivamente nos valores da sociedade</p><p>● Respeito e valorização do ser humano</p><p>Aula 3 Aspectos da sustentabilidade empresarial</p><p>As discussões centram-se na busca pelo desenvolvimento sustentável, na responsabilidade</p><p>social e nas legislações específicas. A fundamentação da sustentabilidade empresarial</p><p>centra-se em três pilares, o econômico, o social e o ambiental. Além disso, observa-se que as</p><p>iniciativas de evidenciação de práticas sustentáveis das organizações favorecem a imagem</p><p>destas, perante os inúmeros stakeholders e o desenvolvimento de indicadores de</p><p>responsabilidade social.</p><p>Tema 1 - Aspectos da sustentabilidade empresarial</p><p>Com o intuito de buscar a preservação do meio ambiente, emergem as primeiras discussões</p><p>sobre o conceito de sustentabilidade no cenário mundial, considerando que, a utilização de</p><p>forma desordenada não favorecia ao aumento da riqueza nacional, mas sim contribuía para um</p><p>desastre ambiental, dado a escassez dos recursos naturais.</p><p>Nesse contexto, as empresas passaram a serem pressionadas no que diz respeito às suas</p><p>práticas produtivas e de prestação de serviços. Logo, as entidades que buscavam uma imagem</p><p>ambientalmente correta, passaram a alinhar seus processos produtivos, no sentido de</p><p>minimizarem os impactos ambientais oriundos de suas atividades fins.</p><p>Esse novo comportamento em que as organizações passam a ter iniciativas para</p><p>desenvolverem práticas que preservem o meio ambiente e visem o desenvolvimento</p><p>sustentável da sociedade ficou conhecido como “sustentabilidade empresarial”.</p><p>10 práticas de sustentabilidade</p><p>empresariais mais valorizadas pelos consumidores.</p><p>1. Não ao trabalho infantil e escravo</p><p>2. Igualdade de oportunidade: Ter programas de contratação, capacitação e promoção de</p><p>mulheres, negros e pessoas portadoras de deficiência, visando promover a igualdade</p><p>de oportunidades, é a segunda prática de RSE que os consumidores mais priorizam nas</p><p>companhias.</p><p>3. Remuneração justa</p><p>4. Cuidados com o bem-estar</p><p>5. Respeito ao trabalho terceirizado</p><p>6. Economia de água</p><p>7. Investir em especialização</p><p>8. Preocupação com reciclagem</p><p>9. Formar consumidores conscientes</p><p>10. Orientar sobre uso e descarte de produtos.</p><p>A Bovespa criou um novo índice denominado de Índice de Sustentabilidade Empresarial</p><p>(ISE), cujo objetivo é a avaliação integrada das diferentes perspectivas da sustentabilidade. O</p><p>ISE é “um índice que mede o retorno médio de uma carteira teórica de ações de empresas de</p><p>capital aberto e listadas na BM&FBOVESPA com as melhores práticas em sustentabilidade”</p><p>(BM&FBOVESPA, 2015).</p><p>Uma das dimensões do ISE fundamenta-se no Tripple Bottom Line que prevê três esferas:</p><p>● Econômica: Para que uma empresa seja economicamente sustentável, ela deve ser</p><p>capaz de produzir, distribuir e oferecer seus produtos ou serviços de forma que</p><p>estabeleça uma relação de competitividade justa em relação aos demais concorrentes</p><p>do mercado. Seu desenvolvimento econômico não deve existir às custas de um</p><p>desequilíbrio nos ecossistemas a seu redor.</p><p>● Social: Todo capital humano que está, direta ou indiretamente, relacionado às atividades</p><p>desenvolvidas por uma empresa. Deve-se proporcionar um ambiente que estimule a</p><p>criação de relações de trabalho legítimas e saudáveis, além de favorecer o</p><p>desenvolvimento pessoal e coletivo dos envolvidos direta ou indiretamente.</p><p>● Ambiental: O desenvolvimento sustentável ambientalmente correto se refere a todas as</p><p>condutas que possuam, direta ou indiretamente, algum impacto no meio ambiente, seja</p><p>a curto, médio ou a longo prazo. O desenvolvimento sustentável busca, em primeiro</p><p>lugar, minimizar ao máximo os impactos ambientais causados pela produção industrial.</p><p>Caso não seja esse o objetivo, provavelmente estaremos falando muito mais de</p><p>estratégias de marketing do que de sustentabilidade de fato.</p><p>De forma resumida, a dimensão econômica contempla a eficácia da alocação dos recursos de</p><p>produção; a social refere-se ao desenvolvimento humano, sobretudo nos aspectos referentes à</p><p>remuneração dos empregados, ambiente seguro; e a ótica ambiental centra-se nos aspectos</p><p>relativos ao ecossistema e recursos naturais.</p><p>No que tange ao disclosure (evidenciação), no Brasil, não existem legislações específicas</p><p>que determinam a evidenciação de informações ambientais. Logo, as empresas que</p><p>divulgam estas informações a fazem de modo voluntário, considerando principalmente a</p><p>pressão que os stakeholders exercem, sobretudo, nas organizações em que as atividades</p><p>finais possuem alto impacto ambiental.</p><p>Tema 2 - Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável</p><p>Responsabilidade social refere-se às ações voluntárias que as organizações adotam com</p><p>referência a posturas, comportamentos e ações que gerem bem-estar a suas redes de</p><p>relacionamentos, públicos interno e externo. Nesse conceito está implícito o benefício</p><p>promovido à sociedade. Conceitos como Responsabilidade Social Corporativa (RSC),</p><p>Responsabilidade Social Empresarial (RSE) e Responsabilidade Social Ambiental (RSA).</p><p>A responsabilidade social “está deixando de ser diferencial competitivo, tornando-se</p><p>pré-requisito para as empresas que buscam se desenvolver atrair/fidelizar colaboradores</p><p>e clientes, e se manter no mercado.</p><p>As discussões acerca de desenvolvimento sustentável consideram que o desenvolvimento não</p><p>é necessariamente algo que degrada o ambiente.</p><p>Sustentabilidade ambiental - Consiste na manutenção das funções e componentes dos</p><p>ecossistemas para assegurar que continuem viáveis – capazes de se auto-reproduzir e se</p><p>adaptar a alterações, para manter a sua variedade biológica. É também a capacidade que o</p><p>ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres</p><p>vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de</p><p>energias renováveis.</p><p>Sustentabilidade econômica -Conjunto de medidas e políticas que visam a incorporação de</p><p>preocupações, conceitos ambientais e sociais. O lucro passa a ser também medido através da</p><p>perspectiva social e ambiental, o que leva à otimização do uso de recursos limitados e à gestão</p><p>de tecnologias de poupança de materiais e energia. A exploração sustentável dos recursos</p><p>evita o seu esgotamento.</p><p>Sustentabilidade sociopolítica - Orientada para o desenvolvimento humano, a estabilidade</p><p>das instituições públicas e culturais, bem como a redução de conflitos sociais. É um veículo de</p><p>humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social nos seus</p><p>componentes humanos e culturais.</p><p>Sustentabilidade cultural - Leva em consideração como os povos encaram os seus recursos</p><p>naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas as relações com outros povos a curto e</p><p>longo prazo, com vista à criação de um mundo mais sustentável a todos os níveis sociais. A</p><p>integração das especificidades culturais na concepção, medição e prática do desenvolvimento</p><p>sustentável é fundamental, uma vez que assegura a participação da população local nos</p><p>esforços de desenvolvimento.</p><p>Tema 3 - Práticas de responsabilidade social</p><p>O principal propósito das práticas de responsabilidade social é a busca pela inserção social das</p><p>organizações no contexto socioeconômico com o intuito de amenizar os problemas sociais.</p><p>Dessa forma, as ações de responsabilidade social centram-se nos aspectos coletivos. Com</p><p>relação às práticas de responsabilidade social, estas podem ser internas ou externas à</p><p>organização.</p><p>As práticas internas são as que possuem foco na própria organização, ou seja, possibilitam</p><p>uma melhora do nível de informação sobre a empresa; um maior e melhor equilíbrio entre</p><p>trabalho, família e lazer.</p><p>As práticas externas referem-se ao relacionamento empresarial além da própria empresa, de</p><p>modo que os agentes externos: clientes, fornecedores, governo e sociedade, desfrutem de</p><p>benefícios sociais.</p><p>Eixos de práticas de responsabilidade social, pelo Instituto Ethos:</p><p>A norma ABNT ISO 26000 estabelece 7 princípios com a finalidade de orientar as organizações</p><p>a gerenciarem suas práticas de responsabilidade social. Veja quais são eles:</p><p>1. Accountability: Prestar contas e se responsabilizar por seus impactos na sociedade, na</p><p>economia e no meio ambiente, principalmente aqueles com consequências negativas</p><p>significativas.</p><p>2. Transparência: Ser transparente, comunicar sobre as decisões e atividades que</p><p>impactam a sociedade e o meio ambiente.</p><p>3. Comportamento ético: Comportar-se eticamente, baseada em valores de honestidade,</p><p>equidade e integridade.</p><p>4. Respeito aos interesses das partes interessadas: Respeitar, considerar e responder aos</p><p>interesses das demais partes interessadas, além de proprietários, conselheiros, clientes</p><p>ou associados.</p><p>5. Respeito pelo estado de direito:Aceitar que o respeito pelo estado de direito é</p><p>obrigatório, isto é, nenhum indivíduo ou organização está acima da lei, nem mesmo o</p><p>governo.</p><p>6. Respeito as normas internacionais de comportamento: Acatar as normas internacionais</p><p>de comportamento e, ao mesmo tempo, cumprir as leis e regulamentos a que está</p><p>sujeita.</p><p>7. Respeito pelo direito humano: Respeitar e reconhecer a importância e a universalidade</p><p>da Carta Internacional dos Direitos Humanos, que inclui a Declaração Universal dos</p><p>Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto</p><p>Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.</p><p>Tema 4 - Normas de responsabilidade social</p><p>Dada à relevância da responsabilidade social, o Inmetro participa ativamente das iniciativas</p><p>relacionadas à construção de normas direcionadas a esta temática, tanto no âmbito nacional</p><p>(ABNT NBR 16001:2004) como no cenário internacional (ISO 26000:2010).</p><p>ISO 26000 –</p><p>Internacional - orienta que a responsabilidade social se expressa pelo desejo e</p><p>pelo propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus</p><p>processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na</p><p>sociedade e no meio ambiente.</p><p>SA 8000 – Internacional - Esta norma especifica requisitos de responsabilidade social para</p><p>possibilitar a uma empresa:</p><p>a) desenvolver, manter e executar políticas e procedimentos com o objetivo de gerenciar</p><p>aqueles temas os quais ela possa controlar ou influenciar;</p><p>b) demonstrar para as partes interessadas que as políticas, procedimentos e práticas estão em</p><p>conformidade com os requisitos desta norma.</p><p>Tema 5 - Indicadores de responsabilidade social</p><p>O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social possui um sistema de indicadores de</p><p>referência que avalia os compromissos e práticas sociais das empresas a partir de 7</p><p>perspectivas:</p><p>1. Valores, Transparência e Governança</p><p>2. Público Interno</p><p>3. Meio Ambiente</p><p>4. Fornecedores</p><p>5. Consumidores e Clientes</p><p>6. Comunidade</p><p>7. Governo e Sociedade</p><p>A base de avaliação dos indicadores refere-se a um instrumento que identifica o grau de</p><p>efetivação do cumprimento das responsabilidades sociais. Cada tema subdivide-se em um</p><p>conjunto de indicadores que representa como a entidade pode ter um melhor desempenho nas</p><p>diferentes perspectivas.</p><p>● Indicadores de profundidade: É composto por uma barra de 4 (quatro) quadros que</p><p>correspondem ao estágio atual da responsabilidade social, sendo que o quadro mais à</p><p>direita representa à postura mais desejada pelas organizações.</p><p>● Indicadores binários: É formado por respostas binárias, sim ou não, que qualificam a</p><p>resposta escolhida no indicador de profundidade.</p><p>● Indicadores quantitativos: Propõe o levantamento sistemático dos dados, de modo que</p><p>estes possam ser avaliados segundo séries anuais e cruzados com outros dados.</p><p>Indicadores de responsabilidade social proposto pelo Instituto Ethos.</p><p>Aula 4 Código de ética do profissional Contador</p><p>Tema 1 - Código de ética do profissional contador</p><p>Existe um princípio moral geral que é o Código de Ética do Profissional Contabilista, e</p><p>outro, decorrente da moral particular, ou individual, que é de natureza comportamental. Neste</p><p>caso, existe um código de ética a ser obedecido e outro que é regido pelo caráter, pelos</p><p>princípios e pelos valores do profissional como pessoa, como indivíduo.</p><p>As características principais do Código de Ética do Profissional Contábil (CEPC)</p><p>O Código de Ética Profissional do Contador trata de princípios, tais como deveres e</p><p>proibições, valor dos honorários contábeis, conduta em relação à categoria profissional e</p><p>penalidades inerentes às transgressões profissionais dos contadores. O CEPC se aplica aos</p><p>contadores e técnicos em contabilidade.</p><p>De acordo com os princípios ou elementos considerados indispensáveis ao desempenho</p><p>satisfatório do serviço prestado pelos profissionais contabilistas, o CEPC elenca quatro, sendo:</p><p>1. Competência - é assegurada pelos conhecimentos e experiências necessários ao</p><p>desenvolvimento do trabalho, devendo aí ser considerado o processo de educação</p><p>continuada por meio de treinamentos e cursos de reciclagem adequando-se aos</p><p>dispositivos legais e pertinentes (leis, reguladores, instruções, medidas provisórias,</p><p>código de ética da profissão); preparação de relatórios claros e completos.</p><p>2. Sigilo - deve o contador abster-se de usar informações confidenciais em proveito</p><p>próprio ou para pessoas relacionadas.</p><p>3. Integridade - refere à confiança e credibilidade que o profissional transmite a seu</p><p>cliente e/ou empregador. Assim, devem ser íntegros, evitando conflitos de interesses,</p><p>recusar presentes que possam influenciar suas ações; reconhecer e comunicar à</p><p>administração da empresa qualquer limitação profissional no exercício da função;</p><p>comunicar toda e qualquer informação, julgamento e opinião à administração da</p><p>empresa.</p><p>4. Objetividade - deve ser objetivo, ou seja, adotar linguagem clara e objetiva; evidenciar</p><p>toda a informação relevante que possa influenciar o usuário do relatório financeiro.</p><p>No que tange às penalidades, o art. 12 do CEPC prevê três possibilidades:</p><p>1. advertência reservada;</p><p>2. censura reservada;</p><p>3. censura pública.</p><p>Tema 2 - Deveres do profissional de contabilidade</p><p>O profissional contábil deve guardar sigilo sobre todas as informações das quais tenha</p><p>conhecimento em virtude do exercício da profissão, com exceção dos casos em que seja</p><p>solicitado por autoridades competentes, como por exemplo, em perícias judiciais</p><p>Em caso de falta de confiança por parte de seus contratantes, o profissional deve</p><p>renunciar as funções exercidas, entretanto, deve informar trinta dias antes com discrição</p><p>sobre os motivos da renúncia.</p><p>Há também casos de impedimento, isto é, aqueles em que o profissional contábil está impedido</p><p>de exercer suas funções. Essa situação é aplicável ao perito contador, por meio de três</p><p>possibilidades:</p><p>● Impedimento legal - Situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito</p><p>contador e o perito contador assistente de exercerem, regularmente, suas funções ou</p><p>realizar atividade pericial em processo judicial, extrajudicial e arbitral.</p><p>● Impedimento técnico - Em face da autonomia e da independência que ambos devem</p><p>possuir para ter condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho.</p><p>● Suspeição - Esta, após nomeado, contratado ou escolhido verificar a ocorrência de</p><p>situações que venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou</p><p>independência e, desta maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à</p><p>decisão (Resolução nº 1.050/2005 do Conselho Federal de Contabilidade).</p><p>Tema 3 - Proibições do profissional de contabilidade</p><p>As vedações para o profissional da contabilidade são listadas no Art. 4º do CECP, e incluem</p><p>vinte e cinco incisos. Não é permitido qualquer tipo de anúncio em meios de comunicação cujo</p><p>intuito seja de depreciar um colega de classe.</p><p>Não é permitido assinar documentos contábeis que não sejam de sua própria autoria ou</p><p>orientação técnica. De igual modo, é inadmissível ao profissional da contabilidade obter ganhos</p><p>provenientes de exercício ilícito da profissão, assim como solicitar dos empregadores</p><p>vantagens e vincular seu nome a organizações nesse sentido, assim como utilizar agências de</p><p>serviços para conseguir participação de honorários contábeis.</p><p>Da mesma forma, o Código de Ética Profissional da Contabilidade proíbe o prejuízo, culposo ou</p><p>doloso, da confiança depositada sob a responsabilidade do contabilista.</p><p>O contador não pode ainda:</p><p>1. descumprir prazos estabelecidos pelo Conselho Regional de Contabilidade que esteja</p><p>vinculado;</p><p>2. evidenciar títulos da categoria profissional que não possua efetivamente;</p><p>3. renunciar a liberdade profissional;</p><p>4. apropriar-se de valores que não lhe pertence, mas que foram colocados sob sua</p><p>confiança;</p><p>5. exercer atividade sem competência técnica;</p><p>6. omitir documentos ou informações solicitadas pelo conselho de classe.</p><p>Tema 4 - O valor dos serviços do profissional contábil</p><p>O Capítulo III, art. 6º do Código de Ética Profissional da Contabilidade dispõe sobre as</p><p>diretrizes para atribuição de valor dos serviços prestados pela categoria. Este deve ser fixado</p><p>com antecedência mediante contrato escrito, levando em consideração diversos aspectos.</p><p>O contabilista tem a possibilidade de transferir, total ou parcialmente, serviços</p><p>inicialmente assumidos para outro profissional, sempre com o consentimento do cliente.</p><p>Em circunstâncias de transferência parcial, a responsabilidade com a orientação técnica</p><p>permanece. De mesma forma, não é admissível a oferta de serviços profissionais</p><p>mediante concorrência desleal ou rebaixamento de honorários.</p><p>Tema 5 - Deveres em relação aos colegas e classe</p><p>O comportamento frente aos colegas da categoria deve amparar-se em quatro aspectos:</p><p>1. Consideração -</p><p>2. respeito</p><p>3. apreço</p><p>4. Solidariedade - não é coerente com práticas de indução ao erro ou conveniência de</p><p>ações ilícitas, violadoras das normas éticas ou da legislação</p><p>pertinente.</p><p>Classe Profissional</p><p>● Prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que</p><p>justifiquem a sua recusa.</p><p>● Zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de</p><p>suas instituições.</p><p>● Aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a</p><p>justa recusa.</p><p>● Acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários</p><p>profissionais.</p><p>● Zelar pelo cumprimento deste código.</p><p>● Não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil.</p><p>Colegas De Profissão</p><p>● Abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras.</p><p>● Abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha</p><p>desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde</p><p>que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento.</p><p>● Jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas,</p><p>que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios.</p><p>● Evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional.</p><p>Aula 5 Gerenciamento de resultados</p><p>Neste ofício a CVM estabelece que “a escolha arbitrária de procedimentos contábeis ao sabor</p><p>de interesses momentâneos destrói a confiança e aumenta o risco para o investidor”.</p><p>Está ligado a escolhas contábeis voltadas a minimizar a volatilidade dos resultados ao longo do</p><p>tempo. A intenção desta prática é manipular os resultados na direção de apresentar constância</p><p>no crescimento dos lucros por meio do expurgo de variabilidade de resultados, por exemplo, do</p><p>ROA (Retorno sobre Ativos), ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) ou EBITDA (Lucro</p><p>antes de pagamento de Juros).</p><p>Tema 1 - Gerenciamento de Resultados</p><p>Escolha contábil é qualquer decisão que tem o propósito de influenciar (tanto a forma como a</p><p>essência) o resultado do sistema contábil de forma particular, incluindo não apenas as</p><p>Demonstrações Contábeis publicadas de acordo com os princípios contábeis, assim como as</p><p>informações preparadas para fins tributários ou exigências regulatórias.</p><p>As escolhas contábeis podem ter motivações diversas:</p><p>Ao escolher práticas contábeis de acordo com os incentivos econômicos existentes, pode-se</p><p>entender que a empresa está gerenciando o seu resultado ou outras métricas contábeis</p><p>relevantes.</p><p>As práticas contábeis irão influenciar o gerenciamento de resultados, então esse</p><p>gerenciamento poderá ser feito por meio de mudanças do método contábil.</p><p>● Método de depreciação</p><p>● Regime para reconhecimento das receitas e despesas</p><p>● Método para avaliação de estoques</p><p>O ambiente regulatório poderá mudar a forma de gerenciamento, caso a empresa esteja em</p><p>um setor regulado. Observa-se que as empresas de capital aberto podem estar mais</p><p>preocupadas com questões de divulgação para captação de capital, do que aspectos relativos</p><p>à gestão de tributos (IRPJ e CSLL). Considerando que algumas escolhas para estes tributos</p><p>podem apresentar um desempenho menor do que a expectativa do mercado.</p><p>O gerenciamento de resultados se desdobra além das escolhas contábeis, o que significa que,</p><p>nem toda escolha contábil deriva em um gerenciamento de resultados. A ideia de escolhas</p><p>contábeis só é consistente com a de gerenciamento de resultados, quando é direcionadora e</p><p>têm a intenção de atingir determinado objetivo.</p><p>Na contabilidade elaborada de forma conservadora a preocupação consiste em atender os</p><p>Princípios e Normas Contábeis. Os contadores devem divulgar o menor valor para os ativos e</p><p>receitas e o maior valor para possíveis passivos e despesas, sendo despesas</p><p>reconhecidas mais cedo e receitas mais tarde.</p><p>São três modalidades de gerenciamento de resultados:</p><p>Tema 2 - Fraudes x Erros</p><p>Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros,</p><p>demonstrações e de quais quer informes ou elementos de consideração contábil, visando a</p><p>apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos</p><p>patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou</p><p>prospectados ou diagnosticados.</p><p>Os auditores tem a função de fiscalizar, sendo tanto interno como o externo.</p><p>O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações,</p><p>adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.</p><p>A fraude pode ser caracterizada por:</p><p>a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os</p><p>registros de ativos, passivos e resultados;</p><p>b) apropriação indébita de ativos;</p><p>c) supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;</p><p>d) registro de transações sem comprovação;</p><p>e) aplicação de práticas contábeis indevidas.</p><p>O termo erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e demonstrações</p><p>contábeis, que resulte em incorreções deles, consistente em:</p><p>a) erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis;</p><p>b) aplicação incorreta das normas contábeis;</p><p>c) interpretação errada das variações patrimoniais.</p><p>Tema 3 - Penalidades ao Profissional Contábil</p><p>O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), é o órgão que emite as condutas adequadas para</p><p>os profissionais de contabilidade. O Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade</p><p>estabelece como infrações os seguintes itens:</p><p>1. transgredir o Código de Ética Profissional;</p><p>2. exercer a profissão sem registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) ou,</p><p>quando registrado, esteja impedido de fazê-lo;</p><p>3. manter ou integrar organização contábil em desacordo com o estabelecido em ato</p><p>específico do CFC;</p><p>4. deixar o profissional ou a organização contábil de comunicar, ao CRC, a mudança de</p><p>domicílio ou endereço, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao controle</p><p>e fiscalização profissional;</p><p>5. transgredir os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de</p><p>Contabilidade;</p><p>6. manter conduta incompatível com o exercício da profissão, desde que não previsto em</p><p>outro dispositivo;</p><p>7. fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para registro em CRC;</p><p>8. incidir em erros reiterados, evidenciando incapacidade profissional;</p><p>9. reter abusivamente ou extraviar livros ou documentos contábeis que lhes tenham sido</p><p>profissionalmente confiados;</p><p>10. praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei define como crime ou</p><p>contravenção;</p><p>11. praticar ato destinado a fraudar as rendas públicas;</p><p>12. elaborar peças contábeis sem lastro em documentação hábil e idônea;</p><p>13. emitir peças contábeis com valores divergentes dos constantes da escrituração contábil;</p><p>14. deixar de apresentar prova de contratação dos serviços profissionais, quando exigida</p><p>pelo CRC, a fim de comprovar os limites e a extensão da responsabilidade técnica</p><p>perante cliente ou empregador, ou, ainda e quando for o caso, servir de contraprova em</p><p>denúncias de concorrência desleal.</p><p>As penalidades estabelecidas pelo Regulamento Geral dos Concelhos de Contabilidade</p><p>referem-se a:</p><p>● multas;</p><p>● advertência reservada;</p><p>● censura reservada;</p><p>● censura pública;</p><p>● suspensão do exercício profissional;</p><p>● cancelamento do registro profissional.</p><p>Tema 4 - Condutas Irregulares Comum a Demonstração do Resultado do Exercício</p><p>A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, em forma resumida das</p><p>operações realizadas pela empresa durante o exercício social, de forma a destacar o resultado</p><p>líquido do período, incluindo o que se denomina de receitas e despesas realizadas.</p><p>Com relação a classificação, as despesas devem ser sub classificadas a fim de destacar os</p><p>componentes do desempenho que possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho</p><p>ou de perda e previsibilidade. Essa análise deve ser proporcionada em uma das duas formas:</p><p>● Método da natureza da despesa: útil na previsão de fluxos de caixa;</p><p>● Método da função da despesa: contém informações mais relevantes, porém pode</p><p>apresentar alocações arbitrárias e julgamentos.</p><p>Os métodos de apresentação das despesas conforme o CPC 26 R1 deve contemplar:</p><p>● Natureza</p><p>da despesa - As despesas são agregadas na demonstração do resultado de</p><p>acordo com a sua natureza (por exemplo: depreciações, compras de materiais,</p><p>despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não</p><p>sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método pode ser</p><p>simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações</p><p>funcionais.</p><p>● Função da despesa ou do “custo dos produtos e serviços vendidos” - Classificando-se</p><p>as despesas de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços</p><p>vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades</p><p>administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços</p><p>vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas.</p><p>O CPC 26, complementando a Lei nº. 6.404/76 estabelece uma estrutura mínima para a</p><p>Demonstração do Resultado, obedecidas também às determinações legais. Esta estrutura</p><p>estabelece a evidenciação, de forma destacada, do resultado proveniente da avaliação de</p><p>investimento pelos métodos da equivalência patrimonial, do resultado financeiro, além de</p><p>destacar o resultado proveniente das operações contínuas e descontinuadas da entidade.</p><p>Tema 5 - Condutas Irregulares Comuns ao Balanço Patrimonial</p><p>Sabe-se que o Balanço Patrimonial tem por finalidade apresentar a posição financeira e</p><p>patrimonial de uma entidade em determinado momento, representando, portanto, uma posição</p><p>estática.</p><p>As contas classificadas no ativo circulante são as disponibilidades, os direitos realizáveis no</p><p>curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício</p><p>seguinte e no ativo não circulante o realizável em longo prazo, os investimentos, o imobilizado</p><p>e o intangível.</p><p>As principais irregularidades encontradas por sua fiscalização no Balanço Patrimonial:</p><p>● Rubrica bancos conta corrente, com saldo negativo, classificada no ativo circulante;</p><p>● Classificação indevida de títulos descontados no passivo circulante;</p><p>● Falta de ordenação nas contas do patrimônio líquido;</p><p>● Classificação da provisão para crédito em liquidação duvidosa no passivo circulante ou</p><p>no patrimônio líquido;</p><p>● Classificação indevida de depreciação acumulada no patrimônio líquido;</p><p>● Inclusão dos valores das contas de compensação nos totais do ativo e do passivo.</p><p>● Falta de identificação da data de encerramento do balanço patrimonial;</p><p>● Utilização de outros termos para identificar o balanço patrimonial: balanço de capitais,</p><p>balanço de resultados, balanço geral, balanço gerencial, balanço anual.</p><p>● Falta de destaque do ativo circulante, realizável em longo prazo, permanente, passivo</p><p>circulante, exigível em longo prazo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido</p><p>Aula 6 Relatório de desempenho</p><p>É possível se extrair diversos relatórios de informações das demonstrações contábeis, como</p><p>Relatório de Análise Vertical; Relatório de Análise Horizontal; Relatório de Índices de Liquidez;</p><p>Relatório de Estrutura de Capital e Relatório dos Índices de Rentabilidade.</p><p>Tema 1 - Relatório de Análise Vertical</p><p>As demonstrações financeiras reúnem informações apuradas pela contabilidade que, em</p><p>conjunto, são capazes de retratar a situação econômico-financeira de uma empresa durante</p><p>um ou mais exercícios sociais. No Brasil, por exemplo, o exercício social coincide com o ano</p><p>civil, as entidades são obrigadas a elaborar e divulgar:</p><p>I.Balanço Patrimonial;</p><p>II.Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;</p><p>III.Demonstração do Resultado do Exercício;</p><p>IV.Demonstração dos Fluxos de Caixa;</p><p>V.Demonstração do Valor Adicionado, caso seja uma companhia de capital aberto (BRASIL,</p><p>1976).</p><p>A “Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro”,</p><p>emitida pelo CPC, declara que as demonstrações são elaboradas e apresentadas para atender,</p><p>essencialmente, às necessidades dos usuários externos, sendo estes representados por</p><p>governos, órgãos reguladores, investidores, credores, fornecedores etc.</p><p>Decisões econômicas suportadas pelos relatórios oriundos da contabilidade:</p><p>(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;</p><p>(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida</p><p>e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;</p><p>(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros</p><p>benefícios;</p><p>(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à</p><p>entidade;</p><p>(e) determinar políticas tributárias;</p><p>(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;</p><p>(g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional;</p><p>(h) regulamentar as atividades das entidades.</p><p>Para o analista externo, a análise das demonstrações contábeis abrange aspectos mais</p><p>específicos, como capacidade de pagamento, liquidez, retorno do investimento e criação de</p><p>valor.</p><p>Portanto, a análise das demonstrações financeiras pode ser conceituada como o estudo</p><p>do desempenho econômico-financeiro, com vistas ao diagnóstico da posição presente</p><p>para a identificação de tendências futuras.</p><p>É interessante para uma análise mais completa:</p><p>1. Comparação temporal, pela apuração dos índices em vários períodos de tempo;</p><p>2. Comparação setorial, mediante o exame do desempenho dos concorrentes de mercado.</p><p>Análise Vertical (AV), que possibilita o acompanhamento da evolução de apenas um item da</p><p>demonstração financeira. Um exemplo desse tipo de análise é a apuração do percentual do</p><p>ativo total aplicado no estoque ou mesmo quando o Passivo Total se refere a dívidas com</p><p>fornecedores.</p><p>Análise Vertical permite verificar quanto de recurso é aplicado em determinado item.</p><p>Verifica-se, assim, que para o administrador a Análise Vertical é uma ferramenta para</p><p>identificação dos limitadores do desempenho da empresa.</p><p>Tema 2 - Relatório de Análise Horizontal</p><p>A Análise Horizontal consiste no processo comparativo entre vários itens das demonstrações</p><p>contábeis que permite avaliar sua evolução ao longo do tempo. Essa técnica é viabilizada pelos</p><p>números-índices, em que se relaciona cada item obtido em um dado período com o apurado no</p><p>período anterior, entendido como data-base. Feito isso, multiplica-se o valor (quociente)</p><p>verificado por 100.</p><p>As análises das demonstrações contábeis, em geral, podem ser efetuadas por:</p><p>● Comparação temporal: apuração dos índices em vários períodos de tempo;</p><p>● Comparação setorial: é o exame do desempenho dos concorrentes de mercado e</p><p>utiliza como índices.</p><p>● Análise Vertical: possibilita o acompanhamento da evolução de apenas um item da</p><p>demonstração financeira, de modo a identificar a participação relativa da conta.</p><p>● Análise Horizontal: processo comparativo entre vários itens das demonstrações</p><p>contábeis que permite avaliar sua evolução ao longo do tempo. Essa técnica é</p><p>viabilizada pelos números-índices, em que se relaciona cada item obtido em um dado</p><p>período com o apurado no período anterior.</p><p>Tema 3 - Relatório de Índices de Liquidez</p><p>Os indicadores de liquidez buscam mensurar a capacidade de uma entidade de pagar e honrar</p><p>compromissos futuros assumidos. Outro conceito muito confundido com a liquidez é a</p><p>solvência.</p><p>Portanto, a liquidez é o dinheiro em caixa e a solvência é a capacidade de honrar</p><p>compromissos futuros, no sentido de que caso sejam vendidos os ativos da empresa será</p><p>possível liquidar todos os passivos com excedente de caixa.</p><p>Liquidez corrente Calcula a relação entre o ativo e o passivo circulante, ou seja, quanto das</p><p>aplicações de curto prazo cobre a dívida de curto prazo.</p><p>Liquidez seca Considera-se que, embora o estoque componha o grupo de circulantes, este</p><p>apresenta capacidade de transformação em dinheiro diferente de outros itens de curto prazo.</p><p>Outro valor reduzido no cálculo da liquidez seca se refere às despesas pagas</p><p>antecipadamente, pois tais montantes não representam valores a receber, mas o direito à</p><p>utilização de serviços ou benefícios no futuro.</p><p>Liquidez imediata Consiste na relação entre o disponível — composto pelo Caixa, pelo Banco</p><p>e pelas</p><p>Aplicações de Liquidez Imediata — e o passivo circulante. O objetivo desse índice é</p><p>demonstrar o percentual de dívidas que podem ser quitadas pelas fontes disponíveis</p><p>imediatamente pela empresa.</p><p>Esse indicador expressa a parte das dívidas de curto prazo que podem ser sanadas com</p><p>apenas as disponibilidades de caixa.</p><p>Liquidez geral Reflete a saúde financeira circulante e não circulante da empresa, pois exprime</p><p>quanto de seus ativos totais podem ser utilizados para quitar os passivos totais. A interpretação</p><p>desse índice pode ser dificultada pelos diferentes prazos assumidos para a realização dos</p><p>ativos e para a liquidação dos passivos.</p><p>Tema 4 - Relatório de Estrutura de Capital</p><p>O Relatório de Estrutura de Capital é composto de indicadores que visam determinar a</p><p>composição das origens (passivos) da entidade. Sendo assim, os índices apurados por essa</p><p>análise exprimem o quanto de fontes próprias e de terceiros estão aplicadas no financiamento</p><p>de ativos.</p><p>Participação de Capital Próprio (PCP)</p><p>Demonstra quanto do patrimônio dos sócios da empresa estão aplicados para financiar seus</p><p>ativos.</p><p>Participação de Capital de Terceiros (PCT)</p><p>Retrata o montante de fontes de financiamento externo (de curto e longo prazo) acionado pela</p><p>entidade para aquisição de ativos.</p><p>Composição do Endividamento de Curto Prazo (ENDCP)</p><p>Expressa a participação das dívidas circulantes em relação às obrigações totais da empresa.</p><p>Composição do Endividamento de Longo Prazo (ENDLP)</p><p>Mede a participação relativa das obrigações de longo prazo em relação às dívidas totais da</p><p>organização.</p><p>Assim, para uma análise mais eficaz, deve-se observar se a liquidez da empresa pode</p><p>suportar altos endividamentos, assim como as taxas de risco do mercado, as quais</p><p>podem impactar o nível de juros cobrados pelos financiadores de recursos.</p><p>Tema 5 - Relatório dos Índices de Rentabilidade</p><p>Os indicadores de rentabilidade objetivam avaliar os resultados apurados pela empresa em</p><p>relação a outras referências que melhor retratem suas dimensões.</p><p>Uma melhor relação deste índice dará maior remuneração dos seus investimentos aplicados no</p><p>Ativo. No cálculo deste indicador, é utilizado o Lucro Operacional. Para se calcular o ROA,</p><p>ROE representa o retorno obtido sobre o valor investido pelos sócios no empreendimento, ou</p><p>seja, quanto os acionistas auferem de Lucro para cada unidade monetária de recursos próprios</p><p>(PL). O papel deste índice é mostrar qual a taxa de rendimento do capital próprio, inclusive com</p><p>o objetivo de comparar com a taxa de retorno de outros investimentos no mercado.</p><p>O Retorno sobre o Patrimônio Líquido está relacionado a três tópicos importantes para acelerar</p><p>ou desacelerar uma empresa: lucratividade, administração de ativos e alavancagem financeira.</p><p>Compreendendo que o ROE é uma composição destes três pontos à disposição da</p><p>administração da empresa, os investidores podem ter uma visão mais concreta a respeito do</p><p>tipo de rentabilidade que se espera e da capacidade da empresa de administrá-la.</p><p>O Retorno sobre o Investimento (ROI), alternativo ao ROA, é empregado para avaliar o retorno</p><p>produzido pelo total dos recursos aplicados pelos investidores e credores.</p><p>Por fim, a lucratividade (rentabilidade) das vendas busca medir a eficiência da empresa na</p><p>produção de resultados. A depender do parâmetro de eficiência utilizado — Lucro Bruto,</p><p>Operacional ou Líquido —, pode-se obter três indicadores: a margem bruta, a margem</p><p>operacional e a margem líquida.</p><p>APOLs</p><p>Conforme a legislação vigente que regula o exercício profissional, o contabilista poderá ser</p><p>penalizado por infração legal ao exercício da profissão. Assinale a opção que NÃO</p><p>corresponde à penalidade ético-disciplinar aplicável.</p><p>Advertência pública.</p><p>De acordo com Bazzi (2015), Ativo: são os lançamentos que determinam a estrutura básica da</p><p>empresa e seus respectivos potenciais, com vistas ao atendimento de uma possível demanda</p><p>de mercado.</p><p>Ativo é o conjunto dos elementos positivos do patrimônio e representa todos os bens e direitos</p><p>de uma entidade expressos em moedas.</p><p>O Ativo divide-se em Circulante e Não circulante. Enumere a 2ª coluna de acordo com a</p><p>primeira e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.</p><p>B 2 – 1 – 1 – 2 – 2</p><p>Martinez (2001) ressalta as três modalidades de gerenciamento de resultados:</p><p>i) Target Earnings; ii) IncomeSmoothing; e iii) Big BathAccounting, correlacione os conceitos da</p><p>Coluna A com a coluna B:</p><p>A</p><p>(A) gerenciar para aumentar (melhorar) ou diminuir (piorar) os resultados contábeis</p><p>(B) gerenciar para reduzir a variabilidade dos resultados contábeis.</p><p>(c) gerenciar para reduzir o lucro corrente de modo a aumentar o lucro futuro</p><p>( ) Big BathAccountig (contabilidade conservadora)</p><p>( ) Target Earnigs (resultado novo)</p><p>( ) IncomeSmoothing (suavização do resultado)</p><p>A C, A e B</p><p>Contabilmente é possível extrair diversos relatórios que permitem a análise de informações</p><p>como: Relatório de Análise Vertical; Relatório de Análise Horizontal; Relatório de Índices de</p><p>Liquidez; Relatório de Estrutura de Capital e Relatório dos Índices de Rentabilidade. Cada um</p><p>desses relatórios possui um propósito específico. Em relação a Análise Vertical é correto</p><p>afirmar:</p><p>A Possibilita o acompanhamento da evolução de apenas um item da demonstração</p><p>financeira.</p><p>Alternativa que melhor se enquadra é: a) Possibilita o acompanhamento da evolução de</p><p>apenas um item da demonstração financeira.</p><p>A Análise Vertical diz respeito ao processo de Análise das Demonstrações Contábeis e</p><p>consiste em avaliar o percentual de participação de uma conta em relação ao Ativo ou</p><p>Passivo Total.</p><p>Assim, é realizada no demonstrativo de um único ano, e não como a análise horizontal,</p><p>que relaciona a evolução das contas ao longo dos vários exercícios sociais de uma</p><p>entidade.</p><p>A demonstração contábil em que a análise vertical apresenta resultados mais</p><p>expressivos é a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), pois permite avaliar o</p><p>quanto cada receita e cada despesa influenciou nas vendas liquidas.</p><p>Com relação aos indicadores de liquidez correlacione a FÓRMULA com o respectivo índice.</p><p>(A) AC – ESTOQUES – DESPESAS ANTECIPADAS</p><p>PASSIVO CIRCULANTE</p><p>(B) DISPONIVEL</p><p>PASSIVO CIRCULANTE</p><p>(C) AC + REALIZAVEL A LONGO PRAZO</p><p>PC + EXIIVEL A LONGO PRAZO</p><p>(D) ATIVO CIRCULANTE</p><p>PASSIVO CIRCULANTE</p><p>( ) INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE</p><p>( ) INDICE DE LIQUIDEZ SECA</p><p>( ) INDICE DE LIQUIDEZ GERAL</p><p>( ) INDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA</p><p>C D, A, C e B</p><p>Correlacione a primeira coluna com os conceitos da segunda coluna:</p><p>(A) Moral (B) Ética (C) Direito</p><p>( )Conjunto de regras acerca de um determinado assunto que foi esclarecido e adotadas na</p><p>própria mentalidade do indivíduo. Também entendida como a ciência da moral – estuda para</p><p>extrair princípios e regras universais aplicáveis a</p><p>( ) Acordos de caráter obrigatório, estabelecidos entre pessoas</p><p>( ) Conjunto de hábitos e costumes efetivamente vivenciados por um grupo humano, e</p><p>passados de geração para geração</p><p>Letra B - B, C e A</p><p>A ISO 26000, publicada em 1º de novembro de 2010 em Genebra na Suíça, e em 8 de</p><p>dezembro de 2010 em São Paulo, é uma norma de diretrizes e de uso voluntário e que dispõe</p><p>sobre as diretrizes de responsabilidade social. Ao aderir aos padrões definidos por essa ISO</p><p>podemos que dizer que a empresa se compromete com:</p><p>Letra A - A manter um comportamento ético e transparente que contribua para o</p><p>desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja</p><p>consistente com as normas internacionais de comportamento.</p><p>O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social possui um sistema de indicadores de</p><p>referência que avalia os compromissos e práticas sociais das empresas a partir de 7</p><p>perspectivas. Assinale a alternativa que apresenta corretamente essas 7 perspectivas:</p><p>Letra C - Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes,</p><p>Comunidade e Governo e Sociedade.</p><p>As ações de responsabilidade social centram-se nos aspectos coletivos. Com relação às</p><p>práticas de responsabilidade social, estas podem ser internas ou externas à organização. A</p><p>partir do</p><p>do</p><p>bem. Embora apareçam em um determinado grupo patrimonial (ativo ou passivo), têm</p><p>saldo contrário em relação a natureza das demais contas desse grupo. Exemplos:</p><p>Provisão para devedores duvidosos, Depreciação acumulada, Amortização acumulada,</p><p>Ações em tesouraria e Prejuízos acumulados.).</p><p>Contas de Resultado: são as contas que descrevem as operações que modificam a</p><p>situação líquida da empresa. Elas são representadas pelas receitas, despesas, custos,</p><p>ganhos e perdas advindas de seu exercício e devem ser encerradas ao final de cada</p><p>período a fim de apurar o resultado (lucro ou prejuízo). As contas de resultado constam</p><p>na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), apuram os lucros ou prejuízos da</p><p>entidade e afetam diretamente o Patrimônio Líquido da empresa, pois seus saldos são</p><p>diretamente transferidos para esta conta. Exemplos: Receitas, Devoluções de vendas,</p><p>Custos das mercadorias, Despesas com pessoal, Ganho na venda de imobilizado,</p><p>Juros.</p><p>Observação: existem também as chamadas Contas de compensação. Elas representam</p><p>um controle à parte do sistema patrimonial, destinado a finalidades internas na</p><p>empresa. Seu registro é comumente aplicado para possíveis alterações patrimoniais</p><p>futuras, como exemplo: Contratos de arrendamento mercantil, avais ou aluguel,</p><p>Contratos de seguros ou garantias, ou ainda, Consignação de mercadorias.</p><p>Matriz de Referência Informacional - Plano de contas: é a estrutura sobre a qual se</p><p>organizam as contas usadas na escrituração dos fatos contábeis. O mesmo é utilizado como</p><p>uma “ordenação” de contas, sendo parâmetro para a elaboração de dois principais</p><p>demonstrativos contábeis - O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do</p><p>Exercício (DRE).</p><p>Na Matriz de Referência informacional as contas podem ser:</p><p>• Unilaterais: quando as variações ocorrem somente a débito ou somente a crédito. Exemplo:</p><p>receitas e despesas;</p><p>• Bilaterais: quando as variações ocorrem em ambos os sentidos. Exemplo: Caixa, Clientes,</p><p>Imobilizado.</p><p>Tema 4 - Demonstrativos Contábeis Obrigatórios</p><p>Conforme a NBC TG 26 R2 e NBC TG 09, as empresas brasileiras devem obrigatoriamente</p><p>divulgar ao final do período:</p><p>O Balanço Patrimonial</p><p>A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)</p><p>A Demonstração do Resultado Abrangente do exercício</p><p>A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do exercício (DMPL)</p><p>Os fluxos de caixa do período</p><p>A Demonstração do Valor Adicionado do período</p><p>As Notas Explicativas</p><p>A estrutura do Balanço Patrimonial (BP) é composta por três grandes grupos: o Ativo, o</p><p>Passivo e o Patrimônio Líquido.</p><p>A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) trata-se de uma</p><p>demonstração que evidencia a movimentação / alteração das contas do capital próprio</p><p>(Patrimônio Líquido – PL) da entidade durante o período. Nela são apresentadas as alterações</p><p>no Capital Social, instituição ou distribuição de reservas, distribuição de dividendos, ações em</p><p>tesouraria, ou ainda, prejuízos acumulados.</p><p>A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): proporciona aos usuários uma base para</p><p>avaliar a capacidade da entidade gerar caixa ou equivalentes de caixa (Aplicações financeiras</p><p>de curto prazo), e suas necessidades de utilização deles.</p><p>Caixa: numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis</p><p>Equivalentes de caixa: aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, e prontamente</p><p>conversíveis em montante conhecido de caixa.</p><p>A DFC apresenta-se pelo método direto e indireto, sendo os fluxos de caixa classificados em</p><p>aplicações de três tipos: atividades operacionais, de investimento e de financiamento.</p><p>● Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita. Exemplo:</p><p>Receitas com vendas, pagamento de fornecedores, despesas operacionais.</p><p>● Atividades de investimento: são as atividades referentes a aquisição de investimentos</p><p>ou venda de ativos. Exemplo: Investimentos realizados.</p><p>● Atividades de financiamento: são atividades que geram alterações nas suas</p><p>obrigações com terceiros ou no capital próprio da entidade. Exemplo: empréstimos e</p><p>financiamentos.</p><p>Demonstração do Valor Adicionado (DVA): tem como finalidade evidenciar aos usuários</p><p>informações sobre a riqueza gerada pela entidade no período e sua distribuição aos</p><p>beneficiários (empregados, financiadores, governo, investidores).</p><p>A distribuição da riqueza da entidade deve ser realizada nos seguintes elementos: pessoal e</p><p>encargos; impostos, taxas e contribuições; remuneração de capital de terceiros (juros,</p><p>aluguéis); e remuneração de capital próprio (juros sobre capital próprio, dividendos, lucros</p><p>retidos ou prejuízos do exercício).</p><p>Notas Explicativas: visam fornecer informações necessárias e complementares ao</p><p>entendimento da atual situação patrimonial (conta, saldo, transação) ou de valores relativos a</p><p>fatos que podem altera-la futuramente. As mesmas podem ser relacionadas a quaisquer uma</p><p>das Demonstrações Contábeis mencionadas.</p><p>Atualmente a divulgação obrigatória é dos seguintes demonstrativos: Balanço Patrimonial,</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Resultado Abrangente</p><p>(DRA), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração do Fluxo</p><p>de caixa (DFC), Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e as Notas Explicativas.</p><p>Tema 5 - Relatório Gerenciais</p><p>Os relatórios gerenciais, por sua vez, são documentos que dispõem de importantes</p><p>informações sobre as operações internas (de gestão) da empresa. Os mesmos são de uso</p><p>interno na organização, principalmente devido ao seu perfil estratégico e individualizado. Por</p><p>meio dele é possível apurar e acompanhar indicadores de produtividade setorial /</p><p>departamental da empresa, sua parcela de mercado, questões como ociosidade, retrabalho e</p><p>perdas, elaborar estimativas com base nas análises de eventos passados, e ainda realizar</p><p>projeções ou sugestões para ações futuras.</p><p>Sua utilidade está em atender os níveis de gerência na organização, auxiliando-os para</p><p>execução de suas funções e frente à necessidade de esclarecimentos sobre “o que fazer” em</p><p>uma situação.</p><p>Os relatórios gerenciais não são compulsórios, ou seja, não há obrigatoriedade em</p><p>estrutura-los ou divulga-los. Todavia, sua principal função é auxiliar os gestores com</p><p>algumas informações.</p><p>OBS</p><p>O Método das Partidas Dobradas –Origens e Aplicações de recursos</p><p>O débito representa as funções que acrescentam valor aos ativos, ou sejam, somam o valor</p><p>dos bens e direitos da empresa. Já os lançamentos devedores nas contas do passivo reduzirão</p><p>os seus valores. Em contrapartida, os lançamentos a crédito aumentarão o valor do passivo e</p><p>reduzirão os ativos da organização.</p><p>Lançamentos Contábeis</p><p>Atos Administrativos referem-se aos acontecimentos que não alteram o patrimônio da</p><p>empresa e não são registrados em livros contábeis, como exemplo: avais, fianças e</p><p>orçamentos realizados.</p><p>Já os fatos contábeis são eventos que alteram qualitativa ou quantitativamente o patrimônio</p><p>da empresa. Dentre os existentes, podemos citar: a venda de mercadorias ou prestação de</p><p>serviços, a compra de um maquinário, investimentos ou financiamentos realizados, a</p><p>subscrição de capital pelos sócios, dentre outros.</p><p>Os fatos contábeis são divididos em três tipos:</p><p>● Permutativos: representam permutações entre as contas e provocam somente</p><p>alterações qualitativas.</p><p>● Modificativos: provocam alterações quantitativas no patrimônio da empresa. São</p><p>divididos em:</p><p>Diminutivo: reduzem o patrimônio da empresa;</p><p>Aumentativo: aumentam o patrimônio da empresa.</p><p>● Mistos: provocam alterações qualitativas e quantitativas nas contas. São também</p><p>divididos em:Diminutivo: quando reduzem o patrimônio da empresa;Aumentativo:</p><p>quando aumentam o patrimônio da empresa.</p><p>Matriz de Referência Informacional - Plano de Contas</p><p>Teoria Personalista: Nessa teoria as contas são classificadas conforme a natureza da relação</p><p>jurídica que essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio.</p><p>Teoria Materialista: propõe-se as contas não são mais relacionadas às pessoas e que elas</p><p>representam “entradas” ou “saídas” de valores da empresa.</p><p>Teoria Patrimonialista: apurar resultados e controlar</p><p>material base disponibilizado, assinale a alternativa que apresenta exclusivamente</p><p>exemplos de Práticas Internas de Responsabilidade Social:</p><p>Letra C - Não fazer discriminação de trabalhadores com relação ao sexo feminino ou de</p><p>indivíduos advindos de minorias étnicas.</p><p>FIM</p><p>o patrimônio da entidade. Atualmente a</p><p>Teoria Patrimonialista é a mais aceita e usada como a mais adequada para o registro de fatos</p><p>contábeis.</p><p>As duas primeiras atualmente encontram-se em desuso, sendo a última atualmente</p><p>aplicada na Contabilidade.</p><p>Matriz de Referência Informacional - Plano de contas</p><p>Plano de Contas é a estrutura sobre a qual se organizam as contas usadas na escrituração dos</p><p>fatos contábeis. O mesmo é utilizado como uma “ordenação” de contas, sendo parâmetro para</p><p>a elaboração de dois principais demonstrativos contábeis - O Balanço Patrimonial e a</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).</p><p>Demonstrativos Contábeis Obrigatórios</p><p>As demonstrativos contábeis apresentam a posição patrimonial e financeira da empresa, seu</p><p>desempenho no período como também os fluxos em caixa.</p><p>Relatório Gerenciais</p><p>Os relatórios gerenciais seguem algumas características a fim de atender seu principal objetivo</p><p>– atender as necessidades dos usuários e gestores internos.</p><p>● Saber para quem o relatório está sendo feito.</p><p>● Saber o que se espera do relatório.</p><p>● Apresentação do conteúdo.</p><p>● Formato dos relatórios.</p><p>Aula 2 POSTULADOS, LIVROS E RELATÓRIOS</p><p>Os livros de escrituração possuem várias finalidades:</p><p>● Acompanham os recursos da organização (caixa e contas afins)</p><p>● Registram as compras, as vendas e controlam os estoques</p><p>● Apresentam os colaboradores admitidos e dispensados</p><p>● Evidenciam as modificações na Patrimônio da empresa (lucros ou prejuízos)</p><p>● Agruparam as ocorrências das Atas de Assembleias</p><p>Tema 1 - Entidade e Continuidade: Documentação Contábil Comprobatória</p><p>A escrituração dos fatos contábeis segue proposições acerca da realidade que é registrada.</p><p>Essas proposições são como verdades incontestáveis sobre o objeto da Contabilidade, sua</p><p>existência no tempo, e o ambiente (econômico, social e político) no qual ela atua.</p><p>Esse conjunto de observações são, então, designadas como postulados. Os postulados não</p><p>estão sujeitos a contestação, uma vez que representam a base sobre a qual se desenvolve</p><p>todo o raciocínio contábil (ambiente e condições em que ela atua). Além disso, devido a sua</p><p>relevância ao entendimento da teoria, os postulados são considerados como os Pilares da</p><p>Contabilidade. Os mesmos são categorizados conforme sua utilidade, dividindo-se em:</p><p>● Postulados Normativos: Determinam o que ou como a Contabilidade deveria fazer ou</p><p>atuar, condicionando que para todas as ações são necessárias justificativas</p><p>(explicações). As ações devem ser amparadas de alguma forma – leis, normativos,</p><p>decretos.</p><p>● Postulados Descritivos: Descrevem como (e por que) a informação contábil deve ser</p><p>apresentada aos seus usuários.</p><p>● Postulados Ambientais: Determinam o ambiente onde a Contabilidade opera (nível</p><p>econômico, social ou político). A fim atingir sua finalidade (ser útil aos usuários), é</p><p>necessário que a Contabilidade exerça, então, duas funções no ambiente empresarial:</p><p>definir e manter sua existência.</p><p>Postulado da Entidade - Sob as proposições desse postulado, a atividade econômica da</p><p>empresa (pessoa jurídica) deve ser considerada independente das operações dos seus sócios</p><p>(pessoas físicas). Nesse sentido, o Patrimônio é considerado objeto da Contabilidade, sendo</p><p>imprescindível que este seja diferenciado – recursos próprios e os recursos da entidade jurídica</p><p>– ainda que estes valores pertençam a uma mesma pessoa, um conjunto de pessoas.</p><p>Postulado da Continuidade - Defende que os registros na Contabilidade devem tratar a “vida”</p><p>da empresa como de prazo indefinido para encerrar suas atividades. Desse modo, o termo</p><p>“continuidade” sugere que a entidade não possui um fim ou prazo estimado de duração. A</p><p>proposição de prever a suspensão das atividades poderia provocar sérios efeitos na</p><p>organização, como a desvalorização de seus ativos, por exemplo. Além disso, o Postulado da</p><p>Continuidade entende que a organização possui a finalidade de gerir seus ativos com esforços</p><p>a produzir receita, e não simplesmente serem vendidos.</p><p>Documentação Contábil comprobatória - Antes de os fatos serem contabilizados, os</p><p>esforços devem ser voltados à separação do Patrimônio entre pessoa jurídica e física, e a</p><p>proposta de continuidade da organização. Todavia, a escrituração dos acontecimentos na</p><p>empresa deve ser suportada por documentos comprobatórios (notas fiscais de entrada e saída,</p><p>recibos, registros, peças, etc.), que ratifiquem as entradas/saídas/recursos contabilizados. A</p><p>escrituração deve também estar à disposição para uma possível conferência com as</p><p>demonstrações contábeis (em casos de auditoria), comprovando, assim, a chamada “exatidão</p><p>aritmética”.</p><p>Acerca do período que estes itens devem ser conservados, a legislação sugere que os</p><p>registros (realizados em livros contábeis, fiscais, sociais) devem ser mantidos enquanto os</p><p>lançamentos de créditos tributários não prescrevam (5 anos). No entanto, vale lembrar</p><p>que, para o fisco, existe um prazo decadencial (10 anos) para o lançamento de créditos</p><p>tributários, podendo, assim (nos casos em que a empresa aufira lançamentos nessa</p><p>configuração), postergar o prazo para manutenção de documentos comprobatórios para 10</p><p>anos.</p><p>É importante você saber que, além dos postulados contábeis, a Contabilidade deve observar</p><p>aos Princípios Fundamentais que condicionam legitimidade às Normas Brasileiras de</p><p>Contabilidade (NBC) e orientam o exercício da profissão. Os mesmos desenvolvem-se a partir</p><p>da necessidade de se estabelecer conceitos e procedimentos que viabilizar aos demais</p><p>usuários padrões de comparabilidade e credibilidade, como nos casos dos critérios</p><p>adotados na elaboração dessas demonstrações.</p><p>Os princípios básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade são: o da Entidade; o da</p><p>Continuidade; o da Oportunidade; o do Registro pelo Valor Original; o da Competência; e o da</p><p>Prudência (RESOLUÇÃO CFC n. 750/93; RESOLUÇÃO CFC n. 1.282/10).</p><p>As Convenções Contábeis atendem um perfil mais claro e objetivo, indicando a conduta</p><p>adequada que deve ser observada no exercício profissional. Elas representam o complemento</p><p>dos Princípios e Postulados, sendo dividas em:</p><p>● Convenção da Objetividade</p><p>● Convenção da Materialidade</p><p>● Convenção da Consistência</p><p>● Convenção do Conservadorismo</p><p>Postulados: Base de toda teoria contábil</p><p>Princípios: Padrões técnicos e práticos aplicados. Regulamentam a maneira como a</p><p>contabilidade é aplicada.</p><p>Tema 2 - Livros Contábeis obrigatórios</p><p>Livro Diário - constitui o registro básico de toda a escrituração contábil, onde são lançadas as</p><p>operações diárias (organizadas por dia) que ocorrem na empresa e que modifiquem ou possam</p><p>modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica. Neste livro são apresentados os</p><p>lançamentos contábeis da organização, e seguem o registro conforme as partidas dobradas (os</p><p>totais débito e crédito deverão ser sempre iguais).</p><p>Este livro deve ser autenticado pelo órgão competente (Juntas Comerciais, repartições</p><p>encarregadas do Registro do Comércio, Registro Civil das Pessoas Jurídicas) e apresentar</p><p>estrutura física encadernada, folhas numeradas tipograficamente, termo de abertura e termo de</p><p>encerramento.</p><p>● Termo de abertura: Indica a finalidade do livro, seu número de ordem, a quantidade de</p><p>folhas, a identificação do estabelecimento (nome e número de CNPJ), local da sede, o</p><p>número e data do arquivamento dos atos constitutivos no Órgão de Registro. Deve ser</p><p>datado e assinado pelo comerciante (ou procurador) e por um contabilista legalmente</p><p>habilitado.</p><p>● Termo de encerramento: Indica o fim a que se destinou o livro, seu número de ordem,</p><p>a quantidade de folhas e identificação do estabelecimento. Deve ser datado e assinado</p><p>pelo comerciante (ou procurador) e por um contabilista legalmente habilitado.</p><p>A apresentação do Livro Diário segue algumas formalidades intrínsecas:</p><p>● Utilizar o idioma nacional e a moeda corrente do país</p><p>● Utilizar a linguagem mercantil</p><p>● Apresentar os registros, inclusive os históricos, individualizados e com clareza;</p><p>Individualização e clareza dos lançamentos nele feitos</p><p>● Registrar os fatos em ordem cronológica seguindo respectivamente</p><p>dia, mês e ano</p><p>● Não apresentar intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas</p><p>Se estas formalidades não forem respeitadas, o Diário acaba sendo completamente invalidado.</p><p>Livro Razão - É fundamental ao processo contábil, e sua manutenção é obrigatoriamente,</p><p>exigida pela legislação brasileira por período de 5 anos. Por meio dele é possível</p><p>acompanhar individualmente os saldos das contas contábeis, o que possibilita a apuração</p><p>de resultados e, por conseguinte, a elaboração de demonstrações contábeis (balancetes de</p><p>verificação do razão, balanço patrimonial, etc.).</p><p>O livro atua no sentido de detalhar as contas (e subcontas) debitadas ou creditadas por meio</p><p>dos lançamentos realizados no Livro Diário, ou seja, cada conta lançada no Livro Diário é</p><p>também lançada no Livro Razão. São totalizadas, desse modo, contas patrimoniais e contas de</p><p>resultado, sendo cada folha do livro destinada a uma conta específica.</p><p>Assim como no Livro Diário, os lançamentos no Livro Razão são feitos em ordem</p><p>cronológica dentro de cada conta, podendo ser também escriturados em fichas,</p><p>utilizando-se uma ficha para cada conta (Lei n. 8.383/1991, art. 64).</p><p>De forma complementar aos livros contábeis obrigatórios, existem, na Contabilidade, livros que</p><p>se comportam como facultativos (ou acessórios) e que podem auxiliar o entendimento e</p><p>acompanhamento de alguns fatos contábeis. Alguns deles são:</p><p>● Livro Caixa – registra as entradas e saídas de numerário</p><p>● Livro de Inventário – registrar os bens de consumo, mercadorias, matérias-primas e</p><p>outros materiais que se achem estocados nas datas em que forem levantados os</p><p>balanços</p><p>● Livro de Entrada de Mercadorias – registra as mercadorias adquiridas e recebidas pelas</p><p>empresas, ou as entradas de bens de qualquer espécie, inclusive os que se destinam a</p><p>uso ou consumo</p><p>● Livro de Saída de Mercadorias – registra as mercadorias ou produtos vendidos, bem</p><p>como toda e qualquer saída, inclusive de bens móveis da empresa</p><p>● Livro de Registro de Prestação de Serviços – livro é obrigatório perante o fisco</p><p>municipal em empresas prestadores de serviço, nele são registradas todas as</p><p>operações de serviços</p><p>● Registro de Duplicatas – livro de cunho obrigatório, caso a empresa realize vendas a</p><p>prazo com emissão de duplicatas.</p><p>Tema 3 - Contabilidade para decisão</p><p>A emissão de relatórios contábeis, ou Informes Contábeis, tem como objetivo relatar os</p><p>principais fatos registrados em um determinado período às pessoas que utilizam a</p><p>contabilidade. A Lei n. 6.404/76, que regulamenta as sociedades por ações, introduziu o uso da</p><p>terminologia “Demonstrações Financeiras”, referindo-se ao conjunto de relatórios contábeis ou</p><p>“Demonstrações Contábeis”. Assim, a apresentação desses instrumentos, tanto para pequenas</p><p>quanto grandes empresas, permite que sejam obtidas informações sobre a posição financeira,</p><p>o desempenho e os fluxos da entidade.</p><p>São exemplos comuns de elementos que exercem esse papel:</p><p>● a estrutura do Balanço Patrimonial</p><p>● a Demonstração do Resultado do Exercício</p><p>● a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)</p><p>● o Registro de fluxo de caixa</p><p>Os dados que os compõem podem ser úteis na tomada de decisão, nas avaliações de</p><p>investimentos e na detecção de oportunidades mercadológicos de uma gama de usuários que</p><p>não possuem relatórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares de</p><p>informação. O emprego de técnicas que, a partir dos valores apresentados nas demonstrações</p><p>contábeis apuram índices que verificam a situação patrimonial da entidade, é muito comum</p><p>como ferramenta de análise.</p><p>Algumas dessas técnicas:</p><p>1. Análise vertical e horizontal: evidencia o percentual que cada conta (ou conjunto de</p><p>contas) representa em relação ao valor base de contas da mesma natureza. Por</p><p>exemplo: o percentual de dívidas a serem pagas no curto prazo em relação ao total de</p><p>dívidas que a empresa precisa quitar.</p><p>2. Análise de Índices: transcreve os resultados apresentados nos demonstrativos em</p><p>índices, como liquidez e rentabilidade. Eles auxiliam na compreensão da aplicação de</p><p>recursos da entidade, a estrutura de seu patrimônio, sua capacidade de pagamento, o</p><p>retorno de investimentos.</p><p>3. Prazos Médios: apresentam a velocidade com que elementos patrimoniais se renovam</p><p>durante um determinado período de tempo. Exemplo: prazo médio de recebimento de</p><p>vendas, de renovação do estoque, de contas a pagar.</p><p>4. Alavancagem Financeira: apresenta o grau de lucratividade, positiva ou negativa,</p><p>gerada pela utilização de capitais de terceiros (empréstimos, financiamentos,</p><p>investimentos de acionistas, etc.).</p><p>Existem também algumas ferramentas contábeis de cunho interno, que são frequentemente</p><p>empregadas no apoio à decisão do gestor. Estão entre elas: orçamento, elaboração do fluxo de</p><p>caixa, planejamento tributário, análise de investimentos e demonstrações contábeis, controles</p><p>de contas (a pagar e a receber) e gestão de estoques, dentre outros.</p><p>Tema 4 - Livros Fiscais obrigatórios</p><p>Atualmente, os Livros Fiscais são realizados eletronicamente (via Sped, por exemplo), porém</p><p>são impressos ao final do período de apuração, com folhas devidamente numeradas</p><p>tipograficamente, em ordem crescente, encadernados e assinados pelo representante legal da</p><p>empresa e por um profissional contábil. De modo a produzir os efeitos legais e de direito, a</p><p>grande parte deles são registrados nos órgãos competentes – só serão usados depois de</p><p>registrados na repartição competente do Fisco.</p><p>Os livros fiscais mais comuns são:</p><p>● Registro de entradas de mercadorias – destina-se ao registro, em ordem cronológica,</p><p>das mercadorias adquiridas e recebidas pelas empresas.</p><p>● Registro de saídas de mercadorias – destina-se ao registo, em ordem cronológica,</p><p>das mercadorias ou produtos vendidos/despachados pelas empresas; inclui-se toda e</p><p>qualquer saída, inclusive de bens móveis da empresa.</p><p>● Registro dos serviços prestados e Registro de serviços tomados – destinado ao</p><p>registro dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados e serviços tomados</p><p>sujeitos ao ISS (quando a empresa for contribuinte do ISS).</p><p>● Registro de Inventário – tem a finalidade de registrar os bens de consumo, as</p><p>mercadorias, as matérias-primas e outros materiais estocados (na data de realização do</p><p>balanço).</p><p>● Registro de controle de produção e estoque – destinado à escrituração dos</p><p>documentos fiscais e de uso interno do estabelecimento (entradas e saídas, produção,</p><p>estoques de mercadorias).</p><p>● Registro de Apuração de impostos (IPI, ICMS, ISS, etc.) – a finalidade dos livros (um</p><p>para cada tipo de imposto) é apurar o valor devido pelo estabelecimento, no período.</p><p>Nele são registrados/lançados valores a débito (a recuperar) e a crédito (a recolher) do</p><p>imposto, os saldos apurados e outros elementos que venham a ser exigidos derivados</p><p>das operações da empresa.</p><p>● Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) – destinado a ajustar os valores do Imposto</p><p>de Renda evidenciados nos demonstrativos contábeis à sua declaração, ou seja, visa</p><p>descrever a base de cálculo do Imposto de Renda. Inclui nas apresentações as adições</p><p>e exclusões realizadas no lucro líquido para fins de fechamento das demonstrações</p><p>contábeis do período, assim como os valores futuros que irão alterar a base de cálculo</p><p>dos próximos exercícios.</p><p>Tema 5 - Lançamentos Contábeis pelo Regime de Competência</p><p>Na Contabilidade, o termo “competência” se relaciona ao período de reconhecimento de uma</p><p>transação, evento ou fato contábil. Desse modo, propõe-se que o termo seja entendido como</p><p>um “regime de competência de períodos”, ou seja, a data a que se refere a ocorrência.</p><p>Conforme vimos, a avaliação adequada das informações financeiras (por meio das</p><p>demonstrações contábeis) requer que o reconhecimento das receitas, dos custos, gastos e das</p><p>despesas sejam criteriosamente escriturados, representando fielmente a situação do</p><p>patrimônio da organização. Nesse sentido, os Princípios Fundamentais de Contabilidade</p><p>(Resolução CFC n. 530/81) orientam que a escrituração dos fatos contábeis seja incluída na</p><p>apuração do resultado no</p><p>período em que ocorrerem, independentemente de recebimento ou</p><p>pagamento.</p><p>A partir dessas condições, percebe-se que as demonstrações contábeis disponibilizam aos</p><p>seus usuários não somente informações acerca de transações passadas (pagamentos e</p><p>recebimentos já efetuados em dinheiro, cheque, etc.), como também valores (obrigações ou</p><p>recursos) a serem advindos em um período futuro.</p><p>As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) constituem o regime de competência</p><p>como único parâmetro válido para a elaboração das demonstrações contábeis, ou seja,</p><p>de utilização compulsória no meio empresarial. São raras as exceções que estabelecem</p><p>o uso do regime de caixa, como a escrituração de receitas em instituições públicas, por</p><p>exemplo.</p><p>Os lançamentos contábeis são categorizados em três classes, conforme seu efeito sobre o</p><p>patrimônio da organização:</p><p>● Permutativos ou qualitativos – o lançamento altera (permuta) somente a qualidade ou</p><p>a natureza dos componentes patrimoniais (lançamentos que envolvem com ativo-ativo</p><p>ou passivo-passivo), sem repercussão no montante do Patrimônio Líquido. Exemplo:</p><p>aquisição de um maquinário com pagamento em dinheiro.</p><p>● Modificativos ou quantitativos – o lançamento altera a composição do Patrimônio e</p><p>modifica (para mais ou para menos) a situação líquida da empresa. Exemplo: receitas</p><p>de vendas, pagamento de despesas.</p><p>● Mistos – o lançamento envolve simultaneamente um fato permutativo (qualitativo) e um</p><p>fato modificativo (quantitativo). Exemplo: recebimento de duplicatas com juros ou com</p><p>descontos, pagamento de duplicatas com juros ou descontos.</p><p>Regime de caixa - Nesse tipo de escrituração, os lançamentos de pagamento ou recebimentos</p><p>somente são reconhecidos (lançados) quando se efetua a entrada/saída dos valores em caixa</p><p>(dinheiro ou equivalente). Esse método é predominantemente utilizado nas demonstrações</p><p>financeiras de entidades públicas, porém, em algumas exceções, a legislação permite a</p><p>utilização do regime de caixa para fins tributários. Mas, lembre-se: o regime de competência é</p><p>compulsório, não podendo ser substituído pelo regime de caixa numa entidade empresarial,</p><p>uma vez que viola um princípio contábil. Desse modo, ambos os regimes deveriam ser</p><p>mantidos para fins de escrituração.</p><p>Aula 3 LANÇAMENTOS: BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES</p><p>A mensuração do patrimônio somente é possível a partir do registro das ocorrências (a</p><p>escrituração). Como aprendemos na primeira aula, as ocorrências que modificam a situação</p><p>patrimonial (fatos contábeis) são reconhecidas por meio dos lançamentos. Reconhecimento</p><p>refere-se ao processo de incorporar nas demonstrações contábeis itens que mensurem</p><p>receitas, despesas, ativos e passivos.</p><p>Tema 1 - Lançamentos Contábeis de Bens, Direitos e Obrigações</p><p>Do ponto de vista contábil, o patrimônio é tudo aquilo que pode ser avaliado em moeda, sendo</p><p>ele representado por:</p><p>● Os bens da empresa: Elementos que a empresa possui e que podem ser empregados</p><p>para troca, uso ou consumo.</p><p>Bens para troca - Mercadorias para revenda; Produtos para venda; Veículos, máquinas</p><p>e utensílios disponíveis para negociação.</p><p>Bens para uso - Maquinários; Computadores; Veículos; Bancadas; Cadeiras.</p><p>Bens para consumo - Dinheiro; Materiais de higiene e limpeza.</p><p>Eles são considerados elementos úteis e capazes de satisfazer as necessidades das</p><p>pessoas e das empresas. Os bens são classificados em:</p><p>● Bens materiais: são entendidos como corpóreos ou tangíveis, que constituem</p><p>uma forma física, concreta. São sub categorizados em:</p><p>○ Bens móveis: são aqueles objetos palpáveis e passíveis de remoção</p><p>sem sofrer danos. Exemplos: veículos, móveis, utensílios, máquinas,</p><p>estoques;</p><p>○ Bens imóveis: são elementos que não são capazes de serem retirados</p><p>de seu local sem que provoque algum tipo de destruição ou danos.</p><p>Exemplos: edifícios, terrenos, construções, árvores.</p><p>● Bens imateriais: são assim entendidos por não possuírem corpo, forma ou</p><p>material. Não constituem uma realidade física, ou não são capazes de serem</p><p>tocados. Exemplos: benfeitorias em imóveis de terceiros, valores implícitos em</p><p>um ponto comercial (clientela, “fama do local”, tempo de existência), patentes.</p><p>Exemplos: nome comercial (marca), patente de invenção, ponto comercial, o</p><p>domínio de internet, etc.</p><p>● Os direitos da empresa: Representa os bens da empresa em posse de terceiros</p><p>(outras pessoas) que, neste caso, geram o “privilégio” de alguma forma de recebimento.</p><p>Assim como os bens, os direitos representam recursos (a receber) que gerarão</p><p>benefícios presentes ou futuros a entidade. Exemplos: o direito de recebimento de</p><p>vendas a prazo: duplicatas a receber – promissórias a receber; a concessão de locação</p><p>de um imóvel: aluguéis a receber.</p><p>Obs.: Nessas situações o que se entende é que já existe o bem em posse de outra</p><p>pessoa (mercadoria, produto, imóvel), porém ainda há a necessidade de</p><p>recebimento pela propriedade da empresa.</p><p>Importante! O elemento principal que diferencia BENS de DIREITOS é a posse.</p><p>● As obrigações da empresa: Representam os compromissos firmados pela empresa</p><p>que são pagos a terceiros ou exigidos por terceiros. Em Contabilidade, são</p><p>denominadas “obrigações a pagar ou exigíveis”, ou seja, acordos que podem ser</p><p>reclamados ou exigidos na data do vencimento. Exemplos: empréstimos bancários,</p><p>títulos a pagar, fornecedores a pagar, salários a pagar, impostos a pagar.</p><p>Obs.: a ideia de obrigatoriedade incide a partir do momento entre se integra o</p><p>patrimônio, ou seja, a partir do recebimento do bem. Exemplo: a partir de compras</p><p>de mercadorias a prazo, integra-se a obrigatoriedade de registrar o pagamento devido</p><p>aos fornecedores a partir do momento em que as já estão em posse (comumente</p><p>firmado a partir da emissão da nota fiscal).</p><p>Lembre-se que o valor registrado na compra de produtos (aquisição de um bem),</p><p>deve ser igual aos valores registrado de obrigações (pagamentos, juros, etc.).</p><p>Importante! Partidas Dobradas que já aprendemos.</p><p>Os bens e direitos constituem o ATIVO da organização.</p><p>As obrigações constituem o PASSIVO da organização.</p><p>Tema 2 - Lançamentos Contábeis envolvendo Patrimônio Líquido</p><p>Quando se discute o Patrimônio Líquido da empresa, estamos falando em um grupo de contas</p><p>que mensura o valor contábil relativo a própria empresa (derivada de suas operações) e dos</p><p>seus “responsáveis” (sócios, acionistas, quotistas). Ele é capaz de mensurar a riqueza efetiva</p><p>da entidade, ou ainda, o que lhe resta após arcar com as obrigações/dívidas assumidas em</p><p>curto ou longo prazo.</p><p>De forma simplificada e matemática, o Patrimônio Líquido de uma empresa é definido</p><p>como a diferença entre o valor do ativo (bens e direitos) e do passivo (obrigações –</p><p>representadas pelas dívidas). Ou seja, o Patrimônio Líquido representa o direito residual</p><p>sobre os ativos de uma organização após serem deduzidos seus valores no passivo.</p><p>No Balanço Patrimonial (demonstração contábil obrigatória), o Patrimônio Líquido compreende</p><p>também o grupo de PASSIVO (obrigações) da organização. Entende-se que ele faz parte dos</p><p>compromissos que a entidade precisa honrar para com seus sócios/administradores/acionistas</p><p>acerca do capital investidos e das reservas a serem distribuídas, uma vez que foram eles que</p><p>realizaram os investimentos iniciais para que a empresa mantenha suas operações.</p><p>O Patrimônio Líquido é também entendido como “Direitos de propriedade” que um</p><p>indivíduo possui na empresa.</p><p>Os direitos de participação na distribuição de caixa ou ativos das empresas; em casos em que</p><p>a empresa liquide (finde as operações), são distribuições os direitos residuais dos ativos; os</p><p>direitos de vender ou transferir os direitos que possuam que possuem sobre a empresa em</p><p>operação – cotas, ações, participações.</p><p>À adequada evidenciação do Patrimônio Líquido da organização auxilia no discernimento dos</p><p>interesses dos usuários e na reflexão sobre a capacidade de distribuir ou aplicar recursos. O</p><p>mesmo é constituído por elementos das naturezas: interesses residuais em casos de</p><p>liquidação, na distribuição de dividendos, fluxos de caixa e os direitos de participação no</p><p>patrimônio líquido</p><p>da organização e a formação de reservas.</p><p>O Patrimônio Líquido diferencia-se das obrigações em alguns critérios, veja alguns deles:</p><p>● Grau de prioridade na liquidação: as obrigações têm prioridade de recebimento se</p><p>comparado aos acionistas. Exemplo: fornecedores.</p><p>● Grau de certeza quanto a valor: os credores (obrigações) possuem prioridade sobre os</p><p>acionistas para o recebimento de juros e amortização do principal.</p><p>● Grau de certeza quanto a data: A data de vencimento de obrigações é geralmente fixa e</p><p>com direito a cobrança. Quanto aos dividendos, a distribuição torna-se uma exigibilidade</p><p>apenas após serem declaradas em assembleia.</p><p>Tema 3 - Lançamentos Contábeis envolvendo Accruals</p><p>As demonstrações contábeis, se relatadas de forma imparcial, atendem de forma eficiente as</p><p>necessidades informacionais de investidores, administradores, gerentes,</p><p>colaboradores/funcionários. No entanto, conforme o perfil das demonstrações contábeis, ora a</p><p>evidenciação é direcionada para aspectos patrimoniais (como ocorre com o Balanço</p><p>Patrimonial), ora econômicos (Demonstração do Resultado Exercício), ou ainda para vertente</p><p>financeira (Demonstração do Fluxo de Caixa).</p><p>O principal paradigma nesse cenário está no sentido de que, a fim maximizar os investimentos,</p><p>algumas “manobras” de registro são realizadas utilizando como respaldo o reconhecimento de</p><p>eventos por meio dos regimes de competência e de caixa.</p><p>Termo em inglês accruals determina o registro de algumas transações financeiras em que</p><p>a receita ou despesa é reconhecida antes do desembolso ou recebimento efetivo dos</p><p>valores envolvidos, ou seja, pelo fato gerador (conforme os princípios de regime de</p><p>competência). Nos últimos tempos eles passam a receber uma atenção especial como um</p><p>indicador da qualidade do lucro, pois interferem nas diferenças existentes entre o capital</p><p>circulante líquido e os recursos financeiros gerados pelas atividades operacionais. Eles</p><p>representam a diferença entre o lucro contábil e o fluxo de caixa da empresa, sendo assim</p><p>possível identificar os componentes que o alteram, porém não influenciam imediatamente o</p><p>caixa do período.</p><p>Podemos citar alguns exemplos que eventos que, embora ocorram e são registrados</p><p>contabilmente, não apresentam efetivamente o desembolso de valores (não alteram o fluxo de</p><p>caixa da empresa):</p><p>1) Provisões para passivos com quantia ou data de vencimento incerta;</p><p>2) Provisões para contingências que será confirmada somente ao longo de períodos;</p><p>3) Provisões realizadas para o pagamento de férias, 13º salários e os respectivos encargos</p><p>sociais;</p><p>4) Proposta para a distribuição dos dividendos mínimos obrigatórios;</p><p>5)Proposta para gratificações e participações devidas aos empregados, administradores e</p><p>partes beneficiárias;</p><p>6) Reconhecimento de receitas ou despesas de juros, independentemente de serem recebidas</p><p>ou pagas.</p><p>Conforme você já deve ter percebido, os accruals são provisões derivadas de apropriações por</p><p>competência, que ficam “entendidas” como obrigações já existentes (passivos genuínos),</p><p>porém não desembolsadas ou recebidas.</p><p>Entenda que não é ilegal registrar accruals, afinal eles derivam do regime de competência</p><p>adotado pela contabilidade, e por meio dele que se pode mensurar o lucro no seu sentido</p><p>econômico, aquele que acrescenta a riqueza patrimonial sem necessariamente provocar</p><p>alterações de movimentação financeira. No entanto, o que deve ser observado é a sua</p><p>discricionariedade quando o real fim é manipulá-lo para influenciar o lucro (para mais ou para</p><p>menos).</p><p>Considerando que eventualmente um aumento ou redução de accruals podem ser</p><p>empregados com motivos alheios à realidade dos negócios, sugere-se que eles sejam</p><p>categorizados em:</p><p>● Accruals discricionários: reconhecimentos artificiais empregados com o propósito</p><p>“gerenciar” o resultado contábil. Eles acabam inflando os lucros em valores bem acima</p><p>dos fluxos de caixa. Exemplos: registro de vendas antecipadamente, redução das</p><p>disponibilidades por meio de despesas com garantias</p><p>● Accruals não discricionários: reconhecimentos condizentes e exigidos conforme a</p><p>realidade do negócio.</p><p>Um conceito simplificado e atrelado a esse termo é reflexão sobre a distinção entre o</p><p>recebimento efetivo de caixa e o direito de seu recebimento em caixa, e o pagamento efetivo</p><p>de caixa e a obrigação para pagamento de caixa. Entre essas diferenciações existe um ato</p><p>principal que deve ser vinculado, a realização das provisões.</p><p>Qual a importância de saber sobre accruals?</p><p>Eles são capazes de impactar diretamente sobre as contas do balanço patrimonial, o que altera</p><p>consideravelmente os indicadores de avaliação das empresas no Mercado de Capitais. A</p><p>manipulação do reconhecimento de eventos, por sua vez, altera os resultados (conforme</p><p>interesses e ambições) e fornecendo informações contábeis tendenciosas. No entanto, a não</p><p>apresentação de accruals, pode também aumentar consideravelmente o lucro contábil da</p><p>empresa, atraindo investidores que visem a distribuição de dividendos sobre os altos lucros</p><p>apurados, que por outro podem camuflam empresas endividadas.</p><p>Tema 4 - Lançamentos Contábeis a Débito e Crédito</p><p>Os lançamentos contábeis seguem as orientações difundidas por Luca Pacioli, onde os valores</p><p>a crédito e a débito devem ser iguais.</p><p>DÉBITO representa os bens e direitos que a empresa adquiriu;</p><p>CRÉDITO representa os esforços realizados para se adquirir bens ou direitos.</p><p>Neste momento vamos revisar a natureza dos grupos de contas do plano referencial e as</p><p>alterações ocasionadas nos seus saldos ao realizarmos lançamentos a débito ou a crédito.</p><p>Logo, ao se adquirir mercadorias para pagamentos a prazo, entende-se que foi necessário</p><p>realizar a compromisso de pagamento com fornecedores lançamento credor) para que fosse</p><p>possível obter sua mercadoria em estoque (bens adquiridos por meio da aplicação dos</p><p>recursos –lançamento devedor).</p><p>Tente seguir esta linha de raciocínio para situações como:</p><p>(1) depósito de dinheiro no banco;</p><p>(2) compra de máquinas a prazo;</p><p>(3) pagamento de impostos em dinheiro;</p><p>(4) pagamento de salários a empregados.</p><p>Ao realizar lançamentos contábeis, siga quatro passos:</p><p>1. Identifique as contas envolvidas no fato;</p><p>2. Identifique a classificação das contas (a que grupos pertencem);</p><p>3. Identifique o que o fato provocará no saldo das contas (aumentará ou reduzirá);</p><p>4. Efetue o lançamento contábil conforme o Método das Partidas Dobradas.</p><p>Aula 4 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ENVOLVENDO RECEITAS E DESPESAS</p><p>Documento hábil</p><p>● de origem externa: notas fiscais, contratos etc.</p><p>● de origem interna: relatório de viagens, por exemplo</p><p>Tema 1 - Lançamentos Contábeis envolvendo Ativos</p><p>Os ativos da organização representam os bens, os direitos e aplicações de recursos da</p><p>entidade, que são capazes de gerar benefícios econômicos futuros. Nesse sentido, esses</p><p>elementos são capazes de serem mensurados monetariamente e são dispostos para que</p><p>administrador opere a fim de atingir os objetivos propostos.</p><p>O processo de controle (e a partir de então o reconhecimento do Ativo) muitas vezes</p><p>envolve a posse e propriedade, porém a posse nem sempre é indispensável para</p><p>caracterizar um Ativo.</p><p>O Ativo de uma empresa é dividido em dois grandes grupos:</p><p>● Ativo Circulante: contempla contas que geram rápida conversão em dinheiro no</p><p>patrimônio, ou seja, representam o capital de giro da entidade. O que faz com que uma</p><p>conta seja classificada no Ativo Circulante é o grau de liquidez, que não mais é que a</p><p>facilidade e rapidez de serem “transformadas” em dinheiro.</p><p>● Ativo Não Circulante: contempla as contas de conversão no longo prazo e aquelas que</p><p>possuem característica de natureza permanente, ou seja, que a empresa não tem</p><p>intenção de vender momentaneamente, mas usa para manter a atividade. Para que um</p><p>item seja classificado nesse grupo, é necessário que ele atenda a uma das seguintes</p><p>características: ter prazo de conversibilidade superior ao encerramento da</p><p>demonstração contábil do ano seguinte; ser usado pela empresa para manter suas</p><p>atividades em funcionamento; não ser destinado a venda.</p><p>Os Ativos Circulante e</p><p>Não Circulante são classificados em subgrupos, sendo eles:</p><p>Para efetuar os lançamentos contábeis, é importante você saber que essas contas são</p><p>patrimoniais e de natureza devedora. Lançamentos contábeis realizados a débito aumentarão</p><p>seu valor e, aqueles lançados a crédito, o reduzirão. Excluem-se dessa generalização</p><p>somente as contas redutoras, que passam a ter natureza credora (inversa).</p><p>É importante você saber: os lançamentos podem não envolver somente contas entre</p><p>Ativos, pode-se apresentar como contrapartida contas do Passivo, como exemplo,</p><p>quando ocorre o pagamento de empréstimos, impostos, salários etc. (obrigações –</p><p>Passivo) com valores em caixa.</p><p>O lançamento contábil deve:</p><p>● ser pelo método das partidas dobradas</p><p>● obedecer aos princípios contábeis</p><p>● ter o documento interno ou externo.</p><p>Tema 2 - Lançamentos Contábeis envolvendo Passivos e Patrimônio Líquido</p><p>Os bens e direitos compõem os Ativos. Por outro lado, as obrigações são representadas pelo</p><p>grupo de Passivos e Patrimônio Líquido.</p><p>Os Passivos, de forma sintética, representam as exigibilidades. Eles são considerados as</p><p>origens de recursos (valores, ativos) que subsidiam os eventos que ocorrem na entidade,</p><p>porém, são adquiridos por meio de obrigações firmadas com terceiros e que, em algum</p><p>momento, serão quitadas. Além disso, no Balanço Patrimonial, elas são apresentadas ao lado</p><p>direito e organizadas em ordem decrescente de exigibilidade, ou seja, as mais próximas de</p><p>liquidação são apresentadas primeiro.</p><p>Passivos podem ser divididos em dois grandes grupos:</p><p>● Passivo Circulante: compreende o conjunto de obrigações a serem quitadas até o final</p><p>do exercício seguinte. O que faz com que as contas estejam agrupadas no Circulante é</p><p>a rápida periodicidade em sua quitação.</p><p>● Passivo Não Circulante: compreende o conjunto de obrigações a serem quitadas após</p><p>o final do exercício seguinte. Esse grupo de contas envolve obrigações a serem</p><p>quitadas após o final do exercício seguinte, ou seja, no longo prazo.</p><p>Os Passivos Circulante e Não Circulante são classificados em subgrupos, sendo eles:</p><p>A teoria contábil defende também que os passivos são quaisquer compromissos (reclamos)</p><p>firmados entre a entidade e outras pessoas quando busca-se gerar seus próprios ativos.</p><p>Para efetuar os lançamentos contábeis, é importante você saber que as contas que pertencem</p><p>ao Passivo possuem natureza credora. Lançamentos contábeis realizados a débito reduzirão</p><p>seu valor e, aqueles lançados a crédito, o aumentarão. Excluem-se dessa generalização</p><p>somente as contas redutoras, que passam a ter natureza devedora (inversa).</p><p>Esse grupo de contas é também entendido como subtraendos dos ativos, ou ainda,</p><p>ativos negativos. A razão para essa compreensão é a que: se em um balanço todas as</p><p>exigibilidades (obrigações) são subtraídas dos ativos, os valores como resultado mensuram os</p><p>itens que representam a propriedade da empresa, ou seja, seu Patrimônio Líquido. Desse</p><p>modo, são registrados no PL os valores do capital pertencente ao proprietário da entidade e os</p><p>recursos próprios dela.</p><p>É importante você saber: quando os valores registrados no Passivo forem superiores ao do</p><p>Ativo, o resultado da subtração é denominado Passivo a Descoberto. Nesse caso, a</p><p>expressão a ser empregada a esse grupo é substituída por Passivo a Descoberto.</p><p>Assim como as contas do Passivo, o PL é composto por contas patrimoniais e com natureza</p><p>credora. Logo, lançamentos contábeis realizados a débito reduzirão seu valor e, aqueles</p><p>lançados a crédito, o aumentarão. Excluem-se dessa generalização somente as contas</p><p>redutoras, que passam a ter natureza devedora (inversa).</p><p>O Patrimônio Líquido é classificado em subgrupos. Veja quais são eles e como são realizados</p><p>os lançamentos contábeis.</p><p>● Capital Social: são os valores recebidos pela empresa por meio da subscrição de</p><p>capital, investidos pelos proprietários, sócios, acionistas. A integralização do capital</p><p>pode ser realizada em moeda corrente ou bens e direitos.</p><p>OBS: São apresentados somente as contas a serem debitadas e creditadas nos</p><p>exemplos, porém, lembre-se que deve ser registrada a data, os valores e o histórico do</p><p>evento.</p><p>● Reservas de Capital: são os valores destinados ao aumento de capital, ou seja, parte</p><p>do capital que é convertido em reserva.</p><p>● Reservas de lucros: representa parte do lucro distribuído e que será utilizado para</p><p>eventuais necessidades ou objetivos da empresa. Compõem este subgrupo: a Reserva</p><p>Legal, a Reserva Estatutária, a Reserva para Contingências e a Reserva de Incentivos</p><p>Fiscais.</p><p>● Prejuízos acumulados: são prejuízos operacionais de um ou mais exercícios. Obs.:</p><p>esta conta possui natureza redutora.</p><p>● Ajustes da avaliação patrimonial: são valores decorrentes de reavaliações de ativos e</p><p>de outras avaliações ao preço de mercado ou preço justo.</p><p>Tema 3 - Lançamentos Contábeis envolvendo Receitas</p><p>A receita surge no curso das atividades ordinárias de uma entidade. Desse modo, elas são</p><p>consideradas como entradas provenientes de venda de bens, prestação de serviços e</p><p>utilização de ativos por terceiros que geram juros, royalties e dividendos.</p><p>Se classificam-se em:</p><p>● Receitas operacionais: são as provenientes do objeto de exploração da empresa.</p><p>Exemplos: venda de produtos, revenda de mercadorias, venda de prestação de</p><p>serviços.</p><p>● Outras receitas: são ingressos provenientes de transações não incluídas nas</p><p>atividades principais ou acessórias da empresa (operações alheias a sua finalidade</p><p>principal ou extraordinárias a ela). Exemplos: juros de aplicações, lucros na venda de</p><p>ativo (bens), honorários, receitas de aluguéis, royalties etc.</p><p>É importante você saber: a receita só pode ser reconhecida no período quando for provável</p><p>que seus benefícios econômicos realmente ocorrerão. Caso exista alguma incerteza em</p><p>relação ao seu repasse, como pode ocorrer na concessão de permissões entre operações</p><p>realizadas com empresas de autoridade governamental estrangeira, a receita somente deve</p><p>ser reconhecida quando a “incerteza desaparecer”.</p><p>Para efetuar os lançamentos contábeis, é importante você saber que as contas que envolvem</p><p>receitas são de resultado e possuem natureza credora. Comumente nessas contas são</p><p>realizados somente lançamentos a crédito, visto que sua finalidade é sempre agregar valor.</p><p>Nesse caso, existem também contas de resultado que possuem por finalidade “abater” o valor</p><p>das receitas, como exemplo: “devoluções, cancelamentos e abatimentos de vendas”. Elas</p><p>organizam-se na Demonstração do Resultado do Exercício.</p><p>Considerações finais: o reconhecimento da receita de vendas deve ser realizado no momento</p><p>da transferência de propriedade, e, em casos de receitas antecipadas, deve-se empregar o</p><p>Regime de Competência.</p><p>Tema 4 - Lançamentos Contábeis envolvendo Despesas</p><p>As despesas são entendidas como os valores desembolsados ou a utilização e o consumo de</p><p>bens e serviços para a obtenção de receitas. No entanto, é importante que você entenda que</p><p>esse conceito está relacionado com a manutenção (desembolsos) da estrutura administrativa</p><p>e comercial da empresa, e não ao processo de transformação ou produção dos bens e</p><p>produtos.</p><p>Veja alguns exemplos iniciais:</p><p>● salários do pessoal com suas respectivas contribuições trabalhistas;</p><p>● Aluguéis;</p><p>● energia elétrica;</p><p>● água consumida na área administrativa da empresa;</p><p>● internet etc.</p><p>Na Contabilidade, entende-se que o grande fato gerador de despesa é o esforço continuado</p><p>para produzir a receita, já que tanto a despesa é uma consequência para se obter receitas,</p><p>como receita pode derivar de despesa.</p><p>O reconhecimento da despesa se faz a partir de três principais critérios:</p><p>● Conceito atrelado à obtenção receita</p><p>● O reconhecimento da despesa a partir do consumo do bem</p><p>● Por regime de competência</p><p>As despesas são evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e são</p><p>agrupadas em alguns subgrupos:</p><p>● Despesas com vendas: são os desembolsos da empresa derivados da atividade da</p><p>venda do produto. Exemplos: salários com o pessoal de vendas e demais encargos</p><p>sociais, comissão dos vendedores, embalagens,</p><p>propaganda etc.</p><p>● Despesas gerais e administrativas: são os desembolsos realizados para a</p><p>manutenção da estrutura e administração da empresa. Exemplos: salário dos diretores,</p><p>despesas de manutenção, energia elétrica, telefone, água, fretes, combustíveis</p><p>relacionados a administração etc.</p><p>● Outras despesas: são os desembolsos realizados derivados de atividades acessórias</p><p>da empresa. Exemplos: despesas com aplicações financeiras ou com vendas de ativos.</p><p>É importante lembrar: contabilmente, despesa não é sinônimo de custo. O custo é</p><p>relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços, enquanto que despesa diz respeito</p><p>aos gastos com a manutenção das atividades da entidade.</p><p>Ao realizar os lançamentos contábeis, é importante você saber que as contas que representam</p><p>despesas são classificadas como “de resultado” e possuem natureza débito. Comumente</p><p>nessas contas são realizados somente lançamentos a débito, visto que sua finalidade é</p><p>sempre agregar valor.</p><p>Tema 5 - Lançamentos Contábeis envolvendo Perdas e Ganhos</p><p>Vincula-se ao conceito de perdas o resultado líquido desfavorável de transações no</p><p>processo operacional da empresa. Ela é também entendida como um gasto que ocorre, mas</p><p>não proporciona nenhum benefício à empresa, diferentemente das despesas.</p><p>São desembolsos com sinistros com incêndio e inundações, perdas com vendas de imóveis,</p><p>terrenos, veículos etc. Assim como as despesas, elas causam uma redução no Ativo e no PL</p><p>da organização e são segregadas em duas classificações:</p><p>● Perdas normais: consideradas como perdas produtivas ou técnicas, sendo sempre</p><p>esperadas e inerentes ao processo operacional. Comumente as perdas normais são</p><p>consideradas como custo e seu lançamento ou controle é lançado pela produção ou</p><p>área gerencial da empresa. Exemplos: restos de madeiras em uma indústria de móveis,</p><p>sobras de tecidos (retalhos) em uma indústria de confecção, restos de ferro em uma</p><p>indústria metalúrgica.</p><p>● Perdas extraordinárias: são desembolsos não vinculados a qualquer desenvolvimento</p><p>normal do processo produtivo/operacional. Não são recorrentes e possuem caráter</p><p>involuntário, que normalmente prejudicam o resultado econômico da empresa.</p><p>Exemplos: estragos devido a enchentes, destruição de bens por incêndio, obsoletismo</p><p>em itens de estoque, descarte de produtos devido ao prazo de validade expirado,</p><p>greves ou paradas não previstas, ocorrência de defeitos irreversíveis em máquinas etc.</p><p>Nesses casos, as perdas são contabilizadas pelo seu valor total em uma conta de</p><p>resultado, com saldo devedor, causando uma redução no resultado do período.</p><p>O termo “ganhos”, ao contrário das perdas, representa resultados líquidos favoráveis de</p><p>transações ou eventos que ocorreram, porém, não são relacionados às operações normais</p><p>do empreendimento. Eles irão influenciar positivamente para um aumento do Patrimônio</p><p>Líquido da empresa.</p><p>Ao realizar o reconhecimento dos ganhos são adotados alguns critérios:</p><p>● Os lançamentos são realizados em uma conta de “ganhos” ou, então, denominada</p><p>“receitas extraordinárias”.</p><p>● Sua forma de reconhecimento deve ser igual ao das receitas.</p><p>As contas que apuram os ganhos de um período enquadram-se como “de resultado”, com</p><p>natureza credora, e influenciam no aumento dos benefícios econômicos / resultado da</p><p>empresa.</p><p>É importante você saber: os conceitos tratados nesta aula como PERDAS</p><p>EXTRAORDINÁRIAS e GANHOS são normalmente apresentados na Demonstração do</p><p>Resultado do Exercício (DRE) como subgrupo de uma conta denominada Outros Resultados,</p><p>pois são conhecidas como atividades acessórias.</p><p>Aula 5 ELABORAÇÃO DE RAZONETES E APURAÇÃO DE RESULTADOS</p><p>Postulados e Pressupostos da Informação Contábil – que existem dois principais, os Livros</p><p>Contábeis Obrigatórios elaborados pelas empresas, o “Livro Diário” e o “Livro Razão”. O</p><p>primeiro deles apresenta o registro de todas as operações contábeis diárias, enquanto o</p><p>segundo agrupa esses lançamentos descrevendo as alterações que eles geram no saldo de</p><p>cada conta.</p><p>Tema 1 - Elaboração de razonetes</p><p>Há alguns livros fiscais de caráter obrigatório para fins de elaboração, sendo um deles o Livro</p><p>Razão. Este documento, juntamente com o Livro Diário, representa um dos mais importantes</p><p>instrumentos de registro das operações, pois permite apurar de forma prática os saldos das</p><p>contas.</p><p>Assim veremos que uma forma clássica de registro das contas nesse livro é por meio dos</p><p>razonetes. Esta ferramenta gráfica funciona como um controle de cada conta contábil (contas</p><p>analíticas/contas inseridas nos subgrupos), evidenciando de forma clara os lançamentos à</p><p>débito e à crédito e apurando o saldo final da conta.</p><p>É importante você lembrar que o saldo final das contas patrimoniais (saldo de encerramento</p><p>do período apresentado no Balanço Patrimonial) deverá ser sempre apresentado como saldo</p><p>inicial do razonete, no início de um novo exercício. Caso a conta tenha natureza devedora, o</p><p>saldo estará ao lado esquerdo, e se credora, ficará alocada ao lado direito.</p><p>Tema 2 - Elaboração da apuração do resultado do exercício - ARE</p><p>A ARE consiste em verificar o resultado obtido em um período (lucro, prejuízo ou ainda uma</p><p>situação nula) através das operações da organização. Esse processo é a etapa pré-inicial à</p><p>elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Por meio dela pode-se verificar</p><p>antecipadamente o resultado do período, e caso ele seja positivo, realizar as devidas provisões</p><p>para recolhimentos dos encargos sobre o lucro (Imposto de Renda e Contribuição Social).</p><p>A Apuração do Resultado do Exercício é realizada somente com as contas de resultado</p><p>(receitas, despesas, resultado financeiro). Para tal, deve-se realizar o encerramento dos saldos</p><p>finais (aqueles apurados nos razonetes) apresentados nessas contas.</p><p>A realização do ARE é feita por meio das contas com saldo credor (natureza credora – receitas,</p><p>ganhos) realiza-se o lançamento a débito nessas contas com o valor exatamente igual ao seu</p><p>saldo final, e em contrapartida escritura-o a crédito em uma conta normalmente denominada</p><p>“Resultado do período” ou ainda “Apuração do Resultado do Exercício”.</p><p>O procedimento aplicado com as contas de natureza devedora (custos, despesas, perdas) é</p><p>semelhante. O lançamento credor é realizado no valor do saldo final das contas e em</p><p>contrapartida a conta Resultado do período recebe os lançamentos a débito.</p><p>OBS: Com o advento da Lei 11.638/2007 a conta LUCROS ACUMULADOS não poderá</p><p>mais ficar registrada com saldo credor no Balanço Patrimonial assim como aparece no</p><p>material acima (somente devedor – nesse caso evidenciando um prejuízo). No entanto,</p><p>para fins didáticos manteve-se essa sugestão es estudo. Lembre-se que caso seja</p><p>apurado um lucro no período, este deve ser distribuído / destinado às reservas,</p><p>dividendos ou outras finalidades.</p><p>Tema 3 - Elaboração do balancete de verificação</p><p>Todas as transações que ocorrem nas organizações e que de alguma forma alteram o</p><p>patrimônio (aquelas denominadas fatos contábeis) devem ser escrituradas. Deste modo,</p><p>mensalmente as empresas possuirão dezenas de transações lançadas pelo “famoso” Método</p><p>das Partidas Dobradas.</p><p>O Balancete de Verificação tem como finalidade apurar possíveis erros nos registros</p><p>contábeis, sejam eles por algum equívoco na identificação da conta contábil de lançamento ou</p><p>na natureza do lançamento (erro ao debitar ou creditar no Livro Diário e, por conseguinte, no</p><p>Livro Razão). Esse procedimento é de natureza facultativa às empresas ou entidades, porém</p><p>pode ser útil para prever erros em lançamentos.</p><p>A estrutura do Balancete de Verificação é composta basicamente por três colunas. A primeira</p><p>delas apresentará o nome da conta contábil (patrimonial e de resultado), a segunda terá</p><p>descrito todos os saldos das contas de natureza devedora, enquanto a última apresentará os</p><p>saldos de natureza credora. Os saldos apresentados serão aqueles que constam no registro</p><p>dos Livros Diário e Razão (razonetes). Ao final da descrição de todas as contas, a soma dos</p><p>saldos a débito deverá ser igual à soma dos saldos a crédito. Ao atender a essa condição</p><p>possivelmente</p><p>não existirão possíveis erros relativos a escrituração de valores.</p><p>O formato dos balancetes pode diferenciar-se conforme o perfil da organização ou as</p><p>necessidades informacionais de cada uma. Além disso, atualmente existem softwares que</p><p>disponibilizam diferentes formas de agrupar as contas (por grupo patrimonial, por exemplo) e</p><p>podem ser empregados no processo de análise.</p><p>Curiosidades: Balancete de Verificação pode ser emitido a qualquer tempo pela</p><p>organização. É comum que o mesmo seja apurado mensalmente, prestando informações</p><p>acerca da posição financeira da companhia para sua Administração. Conforme a</p><p>necessidade informacional, algumas empresas optam por preparar balancetes</p><p>trimestrais ou até mesmo semestrais.</p><p>Tema 4 - Elaboração de demonstração de resultados</p><p>A elaboração e divulgação da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como</p><p>objetivo principal descrever como é formado o resultado líquido econômico do exercício,</p><p>adotando para tal procedimento o regime de competência. Nesta demonstração são</p><p>evidenciadas as receitas, despesas e custos apurados em um período de operação da</p><p>empresa.</p><p>DRE é uma forma de se mensurar o resultado da organização e, consequentemente avaliar</p><p>seu desempenho. O mesmo é apurado a partir da seguinte fórmula:</p><p>Os dados disponibilizados nesse demonstrativo permitem que o usuário da informação contábil</p><p>avalie por meio indicadores de rentabilidade e lucratividade o sucesso de seu negócio. As</p><p>informações ali prestadas são também úteis para prever a capacidade que a entidade possui</p><p>de gerar caixa a partir dos recursos disponíveis e a eficácia com que a entidade usa recursos</p><p>adicionais (CPC 00 R1, 2011).</p><p>A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta em sua estrutura o resultado final</p><p>apurado nas contas de resultado ao final do período. Nela são descritos os saldos</p><p>contidos antes do encerramento dos razonetes para a conta patrimonial (de lucros ou</p><p>prejuízos). Em sua estrutura, a DRE é organizada primeiramente com as contas operacionais</p><p>(receitas, custos e despesas operacionais), para então descrever os resultados financeiros</p><p>(despesas e receitas financeiras).</p><p>Quanto aos saldos contábeis, comumente são apresentados os valores referentes ao</p><p>exercício atual e do ano anterior para melhor comparação. Assim como no Balanço Patrimonial,</p><p>as contas são organizadas em grupos e subgrupos, sendo os principais deles brevemente</p><p>descritos:</p><p>● Receitas [natureza credora] - São as entradas, ou outros aumentos nos ativos de uma</p><p>entidade, advindos da venda de ativos, prestação de serviços ou outras atividades que</p><p>se constituam como atividade principal de atuação da entidade. Exemplo: Vendas,</p><p>honorários, juros, aluguéis.</p><p>Observação: No lançamento contábil a somente será reconhecida no período em que</p><p>for provável que seus benefícios econômicos realmente ocorrerão. Caso exista alguma</p><p>incerteza em relação ao seu repasse, a receita somente deve ser reconhecida quando a</p><p>“incerteza desaparecer” (CPC 30 R1, 2012).</p><p>● Deduções da receita - Representam decréscimos nos benefícios econômicos relativos</p><p>as deduções, devoluções, abatimentos concedidos, descontos comerciais</p><p>incondicionais e os tributos sobre vendas e/ou serviços prestados.</p><p>● Despesas [natureza devedora] - Representam decréscimos nos benefícios</p><p>econômicos durante o período contábil que são relacionados a manutenção</p><p>(desembolsos) da estrutura administrativa e comercial da empresa (CPC 00 R1, 2011).</p><p>As despesas não se referem àqueles desembolsos relativos ao processo de</p><p>transformação ou produção dos bens e produtos, esses na DRE são apresentados</p><p>como custos. As despesas são categorizadas na DRE em três categorias:</p><p>○ Despesas com vendas: relativas a venda de produtos, mercadorias ou</p><p>prestação de serviços. Exemplos: salários do setor, respectivos encargos</p><p>sociais, marketing, comissões.</p><p>○ Despesas gerais e administrativas: relativas a operação administrativa da</p><p>empresa. Exemplos: salários do setor administrativo e respectivos encargos</p><p>sociais, aluguel, água, energia elétrica, telefone, materiais de escritório.</p><p>○ Outras despesas e outras receitas: são agrupadas entre despesas e receitas,</p><p>sendo evidenciado na DRE a apuração positiva (receita) ou negativa (despesa).</p><p>Enquadram-se nessa categoria outros elementos não relacionados aos</p><p>subgrupos anteriores. Exemplos: Resultado da Equivalência Patrimonial; Venda</p><p>de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante.</p><p>● Resultados financeiros - Existe na DRE um subgrupo distinto com a finalidade de</p><p>apresentar a mensuração de resultados financeiros. Por meio dele são evidenciadas as</p><p>receitas ou despesas financeiras do período que não estão relacionadas a operação da</p><p>empresa.</p><p>Tema 5 - Elaboração de balanço patrimonial</p><p>A divulgação do Balanço Patrimonial (BP) tem como finalidade principal apresentar a</p><p>posição patrimonial financeira da organização em um determinado momento (comumente</p><p>ao final de cada ano). O termo "Balanço" é derivado da ideia de equilíbrio – por isso entende-se</p><p>que a equação patrimonial é:</p><p>A elaboração do Balanço Patrimonial apresenta o saldo final dos razonetes das contas</p><p>patrimoniais, sendo as contas do Ativo organizadas por ordem de liquidez e as do Passivo por</p><p>exigibilidade. Os grupos patrimoniais seguem alguns aspectos principais:</p><p>Ativo - São contas registradas ao lado esquerdo e representam todos os bens e direitos</p><p>pertencentes à entidade. Divide-se em:</p><p>● O Ativo Circulante é composto por contas que estão em constante mutação dentro</p><p>do patrimônio (normalmente seu capital de giro). São discriminados os seguintes</p><p>subgrupos: disponibilidades, créditos, estoques, outros ativos em circulação.</p><p>● O Ativo não Circulante elencas contas de conversão em dinheiro no Longo Prazo,</p><p>ou de natureza permanente (a empresa não tem intenção de vender). São</p><p>discriminados os seguintes subgrupos: Ativos Realizáveis a Longo Prazo,</p><p>Investimentos, Imobilizado e Intangível.</p><p>Passivo - São contas registradas ao lado direito do Balanço Patrimonial e representam as</p><p>obrigações da empresa junto a terceiros (credores). Divide-se em:</p><p>● O Passivo Circulante é composto por obrigações junto a terceiros com vencimento</p><p>em até um ano após a data de fechamento do balanço. São alguns de seus</p><p>subgrupos: empréstimos e financiamentos, fornecedores, obrigações trabalhistas,</p><p>obrigações tributárias, fornecedores, provisões etc.</p><p>● O Passivo Circulante é composto por obrigações junto a terceiros com vencimento</p><p>em até um ano após a data de fechamento do balanço. São alguns de seus</p><p>subgrupos: empréstimos e financiamentos, fornecedores, obrigações trabalhistas,</p><p>obrigações tributárias, fornecedores, provisões etc.</p><p>Patrimônio Líquido - São contas registradas ao lado direito do Balanço Patrimonial,</p><p>juntamente com o Passivo, pois entende-se que esse grupo evidencia as obrigações que a</p><p>organização possui para com seus sócios, acionistas, etc. O mesmo representa o capital</p><p>próprio investido na empresa, ou ainda, a diferença entre os bens, direitos e obrigações. São</p><p>grupos evidenciados no Patrimônio Líquido: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas</p><p>de Lucros.</p><p>O Balanço Patrimonial apresentará todas as contas que são patrimoniais e,</p><p>diferentemente da Demonstração do Resultado do Exercício, elas apresentam saldo</p><p>cumulativo ao longo dos períodos, ou seja, não são encerradas.</p><p>Para elaborar o Balanço Patrimonial precisamos primeiramente transferir o saldo da conta</p><p>Resultado Líquido (conta de resultado) para uma conta patrimonial. Fazemos em duas etapas:</p><p>1. Transferimos o saldo para uma conta transitória de lucros acumulados.</p><p>2. Após o saldo é novamente distribuído para reservas, dividendo, etc – assim como</p><p>definido em assembleia.</p><p>Neste caso adotaremos somente o procedimento de transferir o resultado do período para a</p><p>conta do Patrimônio Líquido de Reserva de Lucros.</p><p>É importante você saber: na elaboração do Balanço Patrimonial, as contas do Ativo foram</p><p>apresentadas por ordem de liquidez e do Passivo conforme sua exigibilidade. A fim de facilitar</p><p>a visualização, os saldos dos subgrupos são apresentados em uma coluna recuada e o</p>