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<p>CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU</p><p>NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO</p><p>FAVENI</p><p>JOGOS E BRINCADEIRAS NA FORMAÇAO DA LINGUAGEM</p><p>TAMYRES ISOLINA DA SILVA DE BRITO</p><p>SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP</p><p>2022</p><p>TAMYRES ISOLINA DA SILVA DE BRITO</p><p>JOGOS E BRINCADEIRAS NA FORMAÇAO DA LINGUAGEM</p><p>Artigo científico apresentado à Faculdade</p><p>Venda Nova do Imigrante - FAVENI como</p><p>requisito parcial para obtenção do título</p><p>de Graduação.</p><p>SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP</p><p>2022</p><p>RESUMO</p><p>Este trabalho mostra a importância das brincadeiras na vida da criança e dos</p><p>cuidados com a segurança que o professor deve ter ao lidar com este recurso.</p><p>Quando se fala sobre psicomotor, fica claro que os mesmos estimulam o</p><p>desenvolvimento das áreas: física, psíquica, social, da linguagem e cognitiva da</p><p>criança. Devido a esta importância, o professor deve utilizá-los como ferramenta de</p><p>ensino no seu cotidiano em sala de aula. Porém, é necessário que o educador saiba</p><p>como utilizá-lo adequadamente de acordo com cada faixa etária e a forma de cuidar,</p><p>evitando acidentes. Portanto, deve-se levar em consideração, ao fazer a escolha de</p><p>uma atividade, suas utilidades e riscos. Este artigo é fruto de uma pesquisa</p><p>bibliográfica, realizada no período do ano de 2021, através de pesquisa em artigos,</p><p>livros e sites especializados. Para concluir, a pesquisa indica que brinquedos e</p><p>brincadeiras é um instrumento importante para o professor utilizar em sala de aula</p><p>para auxiliar como complemento na aprendizagem das crianças, desde que a sua</p><p>utilização seja feita da maneira correta.</p><p>Palavras-chave: Criança. Brincadeira. Segurança.</p><p>ABSTRACT</p><p>This work shows the importance of play in the child's life and the care with safety that</p><p>the teacher must have when dealing with this resource. When talking about</p><p>psychomotor, it is clear that they stimulate the development of areas: physical,</p><p>psychological, social, language and cognitive of the child. Due to this importance, the</p><p>teacher must use them as a teaching tool in their daily life in the classroom.</p><p>However, it is necessary that the educator knows how to use it properly according to</p><p>each age group and the way of caring, avoiding accidents. Therefore, when choosing</p><p>an activity, its uses and risks must be taken into account. This article is the result of a</p><p>bibliographic research, carried out in the period of 2021, through research in articles,</p><p>books and specialized websites. To conclude, the research indicates that toys and</p><p>games are an important instrument for the teacher to use in the classroom to help</p><p>complement children's learning, as long as they are used correctly.</p><p>Keywords: Child, Play, Safety.</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO...........................................................................................................10</p><p>1- LABORATÓRIO DE DESENVOLVOMENTO MOTOR.........................................11</p><p>1.1 - Educação Psicomotora..................................................................................12</p><p>2 - HISTÓRIA DO BRINQUEDO...............................................................................14</p><p>2.1 - Critérios para a escolha dos Brinquedos......................................................16</p><p>2.2 - Segurança dos Brinquedos...........................................................................17</p><p>2.3 – O Brincar na vida do ser humano.................................................................20</p><p>2.4 - O Brincar no desenvolvimento profissional...................................................21</p><p>3 - RESGATANDO A HISTÓRIA DO JOGO NA EDUCAÇÃO.................................23</p><p>3.1 – O papel do professor na aplicação da motricidade.....................................25</p><p>4 - PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA.......................................................27</p><p>4.1 – A adequação da Escola com a Sociedade...................................................28</p><p>4.2 - Educadores e Parceiros na Abordagem do Crescimento............................30</p><p>5 - A APRENDIZAGE.................................................................................................32</p><p>5.1 - O Processo de Desenvolvimento..................................................................33</p><p>5.2 - O professor na mediação e sua transformação............................................34</p><p>6 – DIFICULDADES A SEREM SUPERADAS..........................................................36</p><p>CONCLUSÃO............................................................................................................39</p><p>REFERÊNCIAS..........................................................................................................42</p><p>10</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Antigamente os brinquedos e as brincadeiras eram considerados um</p><p>passatempo para as crianças, As brincadeiras eram feitas sem ter qualquer</p><p>significado pedagógico. Porém a motricidade vem destinar ferramentas para</p><p>realização de atividades no tempo em que a criança busca seu conhecimento</p><p>escolar e torna mais visível a possibilidade de utilizar os jogos e brincadeiras</p><p>para desenvolver a aprendizagem de forma lúdica.</p><p>Este trabalho visa relatar os dados obtidos por meio de uma pesquisa</p><p>bibliográfica sobre os teóricos que tratam da ludicidade e brincadeiras na</p><p>educação básica. Trata-se de um assunto que tem conquistado espaço no</p><p>cenário nacional, seu uso permite construir um trabalho pedagógico que enseja</p><p>a produção de conhecimentos, de linguagens e de desenvolvimento.</p><p>A bibliografia disponível destaca a importância de obter novos</p><p>conhecimentos a respeito de jogos e brincadeiras para desenvolver trabalhos</p><p>pedagógicos na educação básica. Com eles é possível ensinar através do</p><p>lúdico para que os alunos obtenham um conhecimento significativo a partir do</p><p>que já trazem em sua bagagem cultural.</p><p>A escolha do tema deveu-se ao interesse de obter novos conhecimentos</p><p>a respeito da prática pedagógica a partir das atividades lúdicas. Percebendo-se</p><p>pelos estudos realizados que o ensino e aprendizagem na maioria das vezes</p><p>continuam sendo insatisfatório, o que sugere a necessidade de mudanças no</p><p>âmbito educacional.</p><p>Por meio da motricidade é possível melhorar o desenvolvimento social,</p><p>pessoal e cultural em qualquer fase da vida do homem, pois é de conhecimento</p><p>geral que os jogos e brincadeiras fazem parte da vida de todos, melhorando a</p><p>comunicação e a socialização do individuo.</p><p>Neste trabalho destacarei a importância dos jogos e brincadeiras no</p><p>processo psicomotor no desenvolvimento da criança e discorrerei sobre a</p><p>importância do lúdico no processo de ensino/aprendizagem, na concepção de</p><p>alguns teóricos sobre o tema escolhido: a motricidade na educação básica.</p><p>11</p><p>1 – LABORATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO MOTOR</p><p>O grande desafio para os educadores da sociedade pós-moderna é</p><p>como trabalhar com alunos que estejam “plugados” e alunos que estão à</p><p>margem e pertence à mesma sala de aula.</p><p>O problema que esse trabalho se debruçará o desafio que nós</p><p>educadores, sociedade e governo temos com a universalização do acesso a</p><p>tanto dos alunos como dos professores, bem como a qualificação do professor</p><p>no menor tempo possível.</p><p>Os conhecimentos prévios que possuímos são modificados a partir do</p><p>momento que são aproximados, são relacionados aos novos objetos de um</p><p>desenvolvimento psicomotor; assim não só transformamos o que possuímos,</p><p>mas interpretamos o novo de maneira singular para integrá-lo ao que é nosso</p><p>repertório de conhecimentos. Quando isso ocorre, dizemos que estamos</p><p>aprendendo significativamente, pois segundo aprender é atribuir significado, é</p><p>revisar e recrutar esquemas de conhecimento para dar conta</p><p>maneira o rumo das transformações na Educação da primeira</p><p>Infância não é linear e contínuo. Avanços e retrocessos vão marcando o curso</p><p>desta história que é pautada, indubitavelmente, por uma grande preocupação</p><p>com as crianças. Esta preocupação pode ser observada explicitamente na</p><p>configuração do espaço e na organização dos materiais. Desta maneira</p><p>acredito que o ambiente deve ser organizado pelo adulto a partir do</p><p>conhecimento que tem das crianças. Portanto o espaço de um serviço voltado</p><p>para as crianças traduz a cultura da infância, a imagem da criança, dos adultos</p><p>que o organizaram; é uma mensagem do projeto educativo concebido para</p><p>aquele grupo de crianças.</p><p>Pensar na Educação Infantil, na organização dos espaços e materiais</p><p>que facilitem o desenvolvimento do processo produtivo é um desafio, pois o</p><p>ambiente deve estar preparado para estimular a fantasia, a imaginação e a</p><p>criatividade, o uso atento de imagens e estímulos, a oferta de uma diferenciada</p><p>gama de experiências, além de ser também “estética e artisticamente válido”.</p><p>Deve atentar em dispor de espaços adequados, organizados e aparelhados</p><p>com materiais e instrumentos abundantes e facilmente acessíveis a fim de</p><p>facilitar o encontro de cada criança com as pessoas, os objetos e o ambiente.</p><p>Por outro lado, não devem faltar locais que incentivem para o jogo individual e</p><p>para o relacionamento entre poucas crianças, promovendo um ambiente</p><p>personalizado, acolhedor.</p><p>A instituição de educação básica é, portanto, um sistema orgânico não</p><p>isolado em si mesmo, o caráter de instância aberta é um traço emblemático do</p><p>modelo de Educação servindo-se de base para estudos de uma Pedagogia da</p><p>Infancia, e engloba a promoção do intercâmbio com estabelecimentos</p><p>escolar/culturais do bairro e da cidade, a visita aos espaços sociais da</p><p>comunidade, mas não se esgota nestas iniciativas.</p><p>Portanto de acordo com os estudos dos autores analisados nesta</p><p>pesquisa ressalto que é preciso ter como pressuposto na constituição de uma</p><p>Pedagogia Infantil, pensar na criança como criança-ambiente, potente, crítica</p><p>do seu tempo, participante ativa da realidade social, investigadora,</p><p>elaboradora.</p><p>41</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra,</p><p>1995</p><p>ALMEIDA, Marcos T.P. O brincar na educação Infantil. In: Revista Virtual EF</p><p>Artigos. Natal/RN Vol. 03. Número 01. Maio, 2005. Disponível em:</p><p>http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo39.html. Acesso em: 03 set 2012.</p><p>ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2 ed. tradução de</p><p>Dora Flaksman. RJ: Afiliada, 1981</p><p>BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e Cultura / Gilles Brougére; revisão técnica e</p><p>versão</p><p>brasileira adaptada por Gisela Wajskop. 6ªed. São Paulo: Cortez, 2006</p><p>(Coleção</p><p>CURY Augusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro.</p><p>Sextante, 2003.</p><p>EDWARDS, Carolyn. Parceiro Promotor e Guia – Os Papéis dos Professores</p><p>de Reggio em ação. In: Edwards, Carolyn etall. As cem linguagens da</p><p>criança: a abordagem de Reggio Emilia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999</p><p>Emílio ou ROUSSEAU, Jean - Jacques. da Educação. R.io de Janeiro: Difel,</p><p>1979.</p><p>FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos (org.). Psicomotricidade – Da</p><p>educação infantil à gerontologia. São Paulo: Lovise, 2000.</p><p>https://britosd.blogspot.com/2012/12/monografia-o-ludico-jogos-brinquedos</p><p>e_9392.html</p><p>KISHIMOTO, T.M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 6. ed. São</p><p>Paulo: CORTEZ, 1994.</p><p>KISHIMOTO, Tizuko Mochida (org.). O Brincar e suas Teorias. São Paulo:</p><p>Pioneira Thompson Learning, 2002.</p><p>KISHIMOTO,Tizuko Morchida. (Org.). Jogos Infantis: o Jogo, a criança e a</p><p>educação. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.</p><p>MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do Lazer: uma introdução.</p><p>Campinas:Autores Associados, 2002 ( Coleção educação e esportes)</p><p>MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e Humanização. Campinas:</p><p>Papirus,2004.</p><p>MILITÃO, Albigenor & Rose. Jogos , Dinâmicas & Vivências Grupais. Rio de</p><p>Janeiro:Qualitymark, 2000.</p><p>MILITÃO, Albigenor & Rose. Histórias e Fábulas aplicadas a treinamento.</p><p>Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002</p><p>https://britosd.blogspot.com/2012/12/monografia-o-ludico-jogos-brinquedose_9392.html</p><p>https://britosd.blogspot.com/2012/12/monografia-o-ludico-jogos-brinquedose_9392.html</p><p>42</p><p>OLIVEIRA, Maria Alexandre de. Dinâmicas em literatura infantil. São Paulo:</p><p>Paulinas, 1988.</p><p>OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de (Org.). Educação infantil:</p><p>fundamentos e métodos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002.</p><p>PERROTTI, Edmir. A criança e a produção cultural. In: ZILBERMAN, Regina</p><p>(Org.). A produção cultural para a criança. Porto Alegre: Mercado Aberto,</p><p>1986</p><p>PINTO, Gerusa Rodrigues; LIMA, Regina Célia Villaça. O desenvolvimento da</p><p>criança. 6. ed. Belo Horizonte: FAPI, 2003.</p><p>VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,</p><p>1984.</p><p>VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A Formação Social da mente: O</p><p>Desenvolvimento dos Processos Psicológicos superiores. 4. ed. São</p><p>Paulo: Martins Fontes, 1991. 168p.</p><p>"A atenção indispensável aos fatores de heterogeneidade não pode, porém, ocultar aquilo que, para além das diferenças, contribui para considerar a infância como uma categoria social. Portanto, trata-se de avaliar um conjunto de variáveis que de algum...</p><p>possibilitando, deste modo, constatar a importância</p><p>do brinquedo e do brincar no desenvolvimento integral da criança.</p><p>Em cada período, na história da humanidade, brinquedos e</p><p>brincadeiras sempre estiveram presentes como atividades lúdicas, exercendo</p><p>um papel de fundamental importância na construção de mundo diante da</p><p>mentalidade infantil, como teorizam muitos estudiosos.</p><p>Para Breougére (2006),</p><p>olhar para o brinquedo é se confrontar com o que se é</p><p>ou, ao menos, com a imagem do mundo e da cultura que</p><p>se quer mostrar à criança. O brinquedo é um objeto que</p><p>traz em si uma realidade cultural, uma visão de mundo e</p><p>de criança. BREOUGÉRE (2006)</p><p>A história, no entanto, não é única e linear. Existem povos que viveram</p><p>processos distintos de desenvolvimento e que atribuíram diferentes noções de</p><p>famílias, adulto ou criança. Tal fato nos leva a perceber que os significados e</p><p>valores dados aos brinquedos e brincadeiras vão variar de acordo com o tempo</p><p>e com o contexto.</p><p>A história do brinquedo permite que se compreenda que, ao longo dos</p><p>séculos a criança e o brinquedo assumiram diferentes significados. Vemos, nos</p><p>dias atuais, que o aspecto visual veiculado pela televisão e brinquedos</p><p>eletrônicos, tem sido bem mais estimulado e imposto pela nossa sociedade de</p><p>consumo, modificando o repertório das brincadeiras e dos brinquedos infantis.</p><p>Diante disso, nesta pesquisa, indago-me: Qual o significado, no mundo atual,</p><p>da relação criança, brinquedo, brincadeiras?</p><p>A fim de melhor compreender as influências dos fatos históricos sobre os</p><p>brinquedos e a cultura lúdica, procurei informações que revelaram algumas</p><p>curiosidades. Desde tempos antigos, os brinquedos tiveram um importante</p><p>papel na vida das pessoas, tanto como objetos destinados à ludicidade, como</p><p>também para fins religiosos ou utilitários.</p><p>Por milhares de anos as crianças brincavam com brinquedos dos mais</p><p>variados tipo,jogos e brincadeiras culturais, por exemplo, foram usadas por</p><p>crianças no Continente Africano há milhares de anos atrás.</p><p>Na Grécia Antiga e no Império Romano, brinquedos comuns eram</p><p>barquinhos e espadas de madeiras, entre os meninos e bonecas entre as</p><p>meninas.</p><p>16</p><p>.</p><p>Existe, portanto, em torno dos brinquedos da primeira</p><p>infância e de suas origens, certa margem de</p><p>ambigüidade. Em torno dos anos 1600, a boneca não se</p><p>destinava apenas às meninas. Os meninos também</p><p>brincavam com elas. Dentro dos limites da primeira</p><p>infância, a discriminação moderna entre meninas e</p><p>meninos era menos nítida: ambos os sexos usavam o</p><p>mesmo traje, o mesmo vestido. (Áries,1981:91:92)</p><p>2.1 - Critérios para a escolha dos Brinquedos</p><p>Segundo Almeida (2012), são necessários alguns cuidados ao escolher</p><p>os brinquedos para as crianças. Tais medidas auxiliam pais, professores e</p><p>responsáveis a utilizarem ações que permitam diminuir os perigos da utilização</p><p>dos brinquedos inadequados pelas crianças.</p><p>Deve-se ter em mente os seguintes quesitos básicos, segundo</p><p>Almeida (2012):</p><p>A – Importância: É necessário levar em consideração que um bom brinquedo</p><p>não é o mais lindo e nem o mais caro, [...],sendo assim um bom brinquedo é o</p><p>que convida a criança a brincar, é o que desafia seu pensamento, é o que</p><p>mobiliza sua percepção, é o que proporciona experiências e descobertas e o</p><p>que trás a alegria e a satisfação de estar com o mesmo e alem disso faz</p><p>desenvolver o seu imaginário.</p><p>B - Faixa Etária: O brinquedo deve ser adequado à criança, considerando a</p><p>sua idade e o seu desenvolvimento, [...].</p><p>C – Faz de Conta: O brinquedo deve estimular a criatividade e a imaginação.</p><p>[...] O mais importante é que muitas vezes isto pode ser feito com pequenos</p><p>objetos como um pregador que se transforma em um avião ou um pedaço de</p><p>pau que vira uma espada.</p><p>D – Versatilidade: O brinquedo que pode ser utilizado de várias maneiras é um</p><p>convite à exploração e a criatividade. [...]</p><p>A aquisição de um novo brinquedo para as crianças brincarem e ter um</p><p>mínimo de segurança é importante que sejam seguidos às orientações acima.</p><p>As pessoas que irão fazer a compra dos brinquedos precisam ter um mínimo</p><p>de conhecimento sobre o desenvolvimento das crianças e ter claro o que</p><p>pretende estimular nas crianças.</p><p>17</p><p>Os brinquedos infantis, mesmo os mais simples, podem ser</p><p>instrumentos riquíssimos para proporcionar situações de aprendizagem e</p><p>momentos inesquecíveis para as crianças, mas devem ter cuidados na</p><p>escolha.</p><p>2.2 - Segurança dos Brinquedos</p><p>Quando se fala em segurança dos brinquedos é importante que se</p><p>tenham alguns cuidados para a aquisição e utilização dos mesmos.</p><p>Segundo Almeida 2012:</p><p>Brinquedo é um tipo de treinamento divertido para a criança, através</p><p>dele é que ela começa a aprender conhecer e compreender o mundo que a</p><p>rodeia.</p><p>Existem brinquedos para todas as faixas etárias. Não adianta forçar a</p><p>natureza. Quanto mais adequado à idade da criança, mais útil ele é. Se o</p><p>brinquedo puder ser utilizado em várias idades acompanhando o</p><p>desenvolvimento, melhor ainda.</p><p>Brinquedos que servem para adultos brincarem e crianças assistirem</p><p>não são estimulantes. Pelo contrário, habituam a criança a ser um mero</p><p>espectador.</p><p>Bom brinquedo estimula a imaginação e desenvolve a criatividade.</p><p>Brinquedos que ensinam apenas a repetir mecanicamente o que os outros</p><p>fazem são prejudiciais, irritantes e monótonos.</p><p>Criança gosta de brinquedos que possibilitem ação e movimento, com</p><p>isso, aprende a coordenar olhos, mãos e o corpo, garantindo com naturalidade</p><p>e prazer uma maior saúde física e mental no futuro.</p><p>Brinquedo sério é aquele que educa a criança para uma vida saudável,</p><p>livre, solidária, onde o companheirismo e a amizade sejam os pilares básicos.</p><p>Evite tudo o que condiciona a padrões discutíveis como a discriminação</p><p>sexual, racial, religiosa e social. Afaste brincadeiras que incentiva a vitória a</p><p>qualquer custo, a esperteza fora das regras, à conquista de lucro ilegal, a</p><p>compra ou venda através de meios desonestos.</p><p>Sendo assim, é preciso ter cuidado com os vendedores ambulantes, pois</p><p>vendem muitos brinquedos que não têm garantia de qualidade e segurança</p><p>para as crianças. Desta forma é necessário prestar muita atenção nos riscos</p><p>possíveis.</p><p>18</p><p>Os produtos que não apresentam o selo de certificação de qualidade</p><p>não foram testados quanto aos riscos que podem oferecer as crianças,</p><p>podendo ocasionar sérios acidentes como intoxicação, choques elétricos e</p><p>perfurações, ou serem prejudiciais à saúde, causando alergias, por exemplo. O</p><p>brinquedo, que tem a finalidade de entreter, pode se transformar em uma arma</p><p>e causar sérios danos à criança.</p><p>Para evitar imprevistos, os pais devem estar atentos a algumas regras</p><p>de segurança antes de oferecer alguns objetos aos pequenos.</p><p>Os princípios básicos, segundo Harada et al (apud BRÊTAS, 2006,</p><p>p.223) são: seleção, supervisão, manutenção e armazenamento:</p><p>Seleção: é importante seguir as orientações preconizadas pelo</p><p>fabricante e avaliar a qualidade do brinquedo. No momento da compra,</p><p>considere a idade, as habilidades, a capacidade e o interesse da criança.</p><p>Supervisão: mesmo em espaços projetados para brincadeiras, as</p><p>crianças necessitam estar sob supervisão constante de um adulto, pois sua</p><p>curiosidade inata pode colocá-la em situação de perigo.</p><p>Manutenção: é importante escolher brinquedos projetados e fabricados</p><p>com superfícies e dimensões que facilitam sua limpeza.</p><p>Armazenamento: a manutenção dos brinquedos deve ser partilhada</p><p>desde cedo com a criança para que ela desenvolva o senso de</p><p>responsabilidade pelo que lhe pertence.</p><p>Os brinquedos infantis devem seguir, cada vez mais, as regras de</p><p>segurança.</p><p>Mediante do contexto atual, no qual os pais preferem comprar muitos</p><p>brinquedos para as crianças ficarem quietas sem ficarem solicitando a atenção</p><p>constantemente, é importante, que os mesmos comecem a pensar na questão</p><p>da segurança dos brinquedos, já que</p><p>estes também apresentam perigo se</p><p>forem utilizados de qualquer maneira.</p><p>Sobre a questão dos brinquedos nas diversas faixas etárias das</p><p>crianças, citam-se abaixo algumas sugestões para a utilização dos mesmos:</p><p>De 0 a 3 anos: desde os primeiros dias de vida a criança já brinca</p><p>através das primeiras caretas feitas pelos pais, com os mobílies, chocalhos,</p><p>pelúcias, entre outros, devemos cuidar do manuseio desses brinquedos para</p><p>que não haja acidentes isto pode ser feito através da observação também é</p><p>necessário estar atento ao ambiente em que acriança se encontra verificando e</p><p>19</p><p>não há objetos possa colocar a boca, pois esta fase é caracterizada por ser</p><p>oral já que tudo é posto na boca. Uma das melhores maneiras de prevenção é</p><p>auxiliando e ensinando a criança como utilizar o objeto.</p><p>Dos 4 aos 9 anos: Esta é a fase em que a locomoção esta se</p><p>garantindo,querem novas aventuras, logo gostam de bicicletas, skates, patins,</p><p>etc. Assim, os adultos precisam mostrar as regras para evitar acidentes. Outro</p><p>fator presente é ode os jogos de faz-de-conta, através das representações do</p><p>que vivenciam, os livros devem estar sempre presentes, mas para fazer com</p><p>que a criança se interesse é necessário que os pais ou professores conheçam</p><p>a história antes de as lerem para as crianças, pois as mesmas percebem</p><p>quando um ser humano está inseguro.</p><p>Dos 9 aos 14 anos: já nesta fase os brinquedos eletrônicos sobressaem</p><p>mais que os outros, mas também temos jogos de tabuleiros, de mesa, etc.</p><p>Ainda nesta fase é necessário que os pais orientem seus filhos sobre o</p><p>manuseio e também verifiquem a faixa etária para não fornecer as crianças ou</p><p>adolescente algo que prejudiquem os mesmos futuramente. Um bom exemplo</p><p>para realizar esta verificação é em relação os jogos violentose aos sites de</p><p>internet.</p><p>Vale lembrar, conforme Oliveira Filho, que:</p><p>“Os jogos eletrônicos são adequados para todas as idades. As</p><p>preocupações com estes brinquedos se restringem à</p><p>adequação do tema, à capacidade crítica da criança e ao</p><p>tempo despendido sem atividade física pela criança”.(Oliveira</p><p>Filho:apud ABC DA SAUDE, 2012).</p><p>Desta forma, é necessário que os pais dividam o tempo da criança e</p><p>criem um objetivo prévio em relação ao que ele quer que a criança desenvolva</p><p>para depois realizar as brincadeiras.</p><p>Assim, com as pesquisas realizadas, os adultos responsáveis pelas</p><p>crianças, não devem agir por impulso ao comprar os brinquedos, lembrando</p><p>que cada idade tem suas limitações, como orientadores, respeitar a capacidade</p><p>de cada uma e fornecer divertimentos a todas.</p><p>20</p><p>2.3 - O Brincar na Vida do ser Humano</p><p>Existem vários momentos onde ao brincar ocorre e que nos</p><p>acompanham por toda a vida. Pode acontecer de uma forma espontânea como</p><p>uma frase ou um gesto num momento rápido de descontração do dia a dia.</p><p>Também acontece a brincadeira no momento escolhido, como os jogos</p><p>e outras formas de brincar que podem ter o objetivo de divertimento, interação,</p><p>relaxamento ou mesmo a brincadeira realizada por educadores ou qualquer</p><p>pessoa numa situação de interação profissional, em trabalho voluntário ou não.</p><p>Mais importante que os adultos sejam pessoas que</p><p>saibam jogar, é fundamental que se recupere o lúdico no</p><p>universo adulto. ‘Saber jogar’ é mais do que mostrar</p><p>algumas brincadeiras e jogos às crianças, é sentir prazer</p><p>no jogo... Se for difícil ainda encontrar hoje adultos</p><p>privilegiados nesta convivência com o lúdico (...).</p><p>(ANDRADE, 1994, apud, CERIZARA,apud, KISHIMOTO,</p><p>(2002, p.135)</p><p>Algumas pessoas têm muita dificuldade para brincar, principalmente</p><p>quando são convidadas a participar de brincadeiras e jogos que julgam ser</p><p>infantis. Vários podem ser os motivos, que aqui não serão estudados, mas</p><p>como exemplo citou as pessoas que não tiveram oportunidade de viver a</p><p>brincadeira na infância e por isso não sabem como agir diante de situações de</p><p>brincadeiras infantis, ficando deslocadas e receosas.</p><p>Isso pode tornar se um problema tanto no nível psicológico quanto no</p><p>social e profissional. Outro exemplo: um educador, seja no infantil ou de séries</p><p>iniciais ou não, tem que se permitir ser brincante, estar em algum momento</p><p>disponível para a brincadeira, uma vez que necessita no seu dia a dia desse</p><p>espírito para acompanhar as crianças, adolescentes e jovens com quem terá</p><p>que interagir. Nesse caso, há a necessidade de saber brincar e estar</p><p>predisposto a essa ação. Além disso, manter a disposição para a brincadeira</p><p>ajudará também aos pais a cumprirem, de forma completa e multidimensional,</p><p>a educação de seus filhos.</p><p>Sabemos da necessidade, na infância e na adolescência, da brincadeira</p><p>para o desenvolvimento completo do ser humano e, do jogo como meio de</p><p>aprendizagem de valores éticos essenciais à vida em grupo, no entanto,</p><p>algumas pesquisas apontam para a necessidade de continuar a atividade</p><p>21</p><p>lúdica na vida adulta em prol da manutenção da capacidade intelectual e por</p><p>facilitar a interação social, importante em todas as fases da vida.</p><p>Segundo Kishimoto:</p><p>“Embora não se possam generalizar pesquisas de</p><p>animais para o campo humano, tem se observado que</p><p>macacos criados em laboratórios, com 20 minutos de</p><p>jogos diários com parceiros, não perdem a capacidade</p><p>intelectual e social, o que não ocorre com os que</p><p>permanecem isolados.” KISHIMOTO(2002, p.147),</p><p>Além de facilitar ou melhorar os relacionamentos sociais o brincar</p><p>também parece ser importante para o corpo, oferecendo prazeres, ativando</p><p>sensações e estimulando a criatividade.</p><p>“No brincar, o corpo obtém satisfação ao participar da</p><p>dramatização, e no fantasiar ele a obtém de forma</p><p>secundária, pelo fato de fantasiar ocorrerem excitações</p><p>somáticas localizadas, assim como com o funcionamento</p><p>corporal.” WINNICOTT,( 1990, p.72)</p><p>2.4 - O Brincar no Desenvolvimento Profissional</p><p>Muitos são os livros de Dinâmicas de Grupos, Jogos Operativos e</p><p>Vivências Grupais utilizados em treinamentos de funcionários em todas as</p><p>áreas, objetivando principalmente mudar comportamentos, sensibilizar,</p><p>trabalhar problemas de relacionamentos interpessoais com o objetivo final de</p><p>gerar um aprendizado individual ou grupal e que segundo:</p><p>(...) diferentes níveis de aprendizagem: nível cognitivo</p><p>(informações, conhecimentos, compreensão, intelectual),</p><p>nível emocional (emoções e sentimentos, gostos,</p><p>preferências), nível atitudinal (percepções,</p><p>conhecimentos e predisposição para ação integrados) e</p><p>comportamental (atuação e competência) MOSCOVICI</p><p>(1985), apud MILITÃO, (2005, P.19)</p><p>Observando técnicas, dinâmicas e jogos apresentados por autores como</p><p>Antunes (2004), Gonçalves e Perpétuo (2005) e Rose e Albigenor Militão (2002</p><p>e 2005), fica muito claro que a brincadeira também é coisa séria. Muitas vezes</p><p>consegue-se alcançar um objetivo através do jogo e da brincadeira muito mais</p><p>eficazmente do que numa preleção, por exemplo, que dificilmente levasse à</p><p>internalização da mensagem pelo grupo de forma satisfatória.</p><p>22</p><p>No meio organizacional, sobretudo em termos das</p><p>atividades de treinamento, torna-se essencial o</p><p>desenvolvimento da criatividade para que a rotina não</p><p>acabe por prejudicar a efetividade dos programas. (...)</p><p>vale dizer que a criatividade pode ser incentivada por</p><p>meio da valorização de alguns comportamentos, como</p><p>comportamento divergente, flexibilidade e originalidade,</p><p>adaptação</p><p>às situações novas, mobilização para correr</p><p>riscos,aproveitamento de experiências anteriores (bem</p><p>sucedidas ou não), capacidade para discernir e observar.</p><p>(CARVALHO E SERAFIM, (1995), apud RIBEIRO,</p><p>(2007)</p><p>Atualmente, utilizar técnicas de dinâmicas de grupo e até mesmo jogos</p><p>de aventura em treinamentos externos tem sido o ponto alto dos profissionais</p><p>especializados onde se busca além do aprendizado, a interação entre o grupo,</p><p>a identificação de lideranças e a observação de conflitos dentro do grupo e que</p><p>poderão</p><p>ser trabalhados num outro momento (servindo a atividade ao mesmo</p><p>temo de diagnóstico).Somado a isso, a convivência em outro ambiente a</p><p>quebra da rotina e a oxigenação criativa do grupo.</p><p>Percebendo então como a brincadeira e o jogo vêm fazendo parte do</p><p>mundo do trabalho e como a brincadeira está mais próxima das crianças e</p><p>adultos do que muitos se poderiam.</p><p>Acreditando que o brincar se manifesta favoravelmente em situações de</p><p>lazer. Desta forma, buscando através dos escritos de Marcellino (2002) uma</p><p>visão em nível sociocultural sobre o lazer, no caso estudado pelo autor no</p><p>contexto brasileiro. Este reconhece o valor terapêutico do lazer e chama</p><p>atenção para questões como o lazer orientado para toda a faixa etária, o lazer</p><p>obtido dentro de casa e a necessidade de se criar espaços favoráveis ao lazer.</p><p>O autor chama atenção no parágrafo abaixo, para o lazer. Num país</p><p>subdesenvolvido não se espera que a maioria das pessoas tenha acesso a</p><p>outros locais de divertimento e lazer como clubes, cinemas e até mesmo os</p><p>passeios ao ar livre, pois no mínimo, se necessita de algum recurso financeiro</p><p>para o deslocamento até esses locais. Sendo assim, resta a função primeira de</p><p>proteger e prover também diversão e lazer de qualidade. A brincadeira como</p><p>lazer, fica então prejudicada, embora não seja impossível de acontecer,</p><p>provavelmente se restringirá à criatividade infantil.</p><p>23</p><p>Todas as pesquisas dão conta de que a grande maioria</p><p>da população, notadamente nos grandes centros</p><p>urbanos,desenvolve suas atividades de lazer,</p><p>prioritariamente, no ambiente doméstico. O lar é o</p><p>principal equipamento não específico de lazer, ou seja,</p><p>espaço não construído de modo particular para essa</p><p>função, mas que eventualmente pode cumpri-</p><p>la.(MARCELLINO, 2002, p. 29)</p><p>Marcellino (2002, p. 46) nos faz refletir a questão do lazer também na</p><p>escola dentro de uma visão mais ampla de vida onde todas as faixas etárias</p><p>devem ser levadas em conta. As autoridades não devem preocupar-se</p><p>somente com o lazer para os jovens. Devem antes, lembrar de que o púbico</p><p>infantil vem aumentando e mostrando novas demandas e exigindo nova</p><p>postura em relação à criança. Este necessita ter seus espaços dentro da</p><p>sociedade permitidos o respeito, incluindo-se aí locais para o lazer que</p><p>contribuirão para uma qualidade de vida digna beneficiando quem está em</p><p>busca de um futuro promissor com boa parte da sua cota de responsabilidades</p><p>e trabalho as que ainda têm muito a oferecer.</p><p>Encarar a vida de modo integrado (idem, 2002, p.46) como sugere o</p><p>autor implica em considerar, além da complexidade do ser humano, valorização</p><p>todas as fases da vida tendo implícitas as suas interdependências e</p><p>importância no bem estar geral do ser humano. Uma simples mudança no</p><p>modo de ver o ser humano e sua trajetória poderia melhorar em muito a vida na</p><p>dos educando. Cabe nos refletir e revelar as evidências buscando</p><p>fundamentação para então propor essa mudança. No brincar e no jogo,</p><p>aprendem se regras e convenções. Os jogos trazem oportunidades variadas de</p><p>praticar o relacionamento interpessoal, a aceitação de regras e o espírito de</p><p>coletividade ou equipe que serão a semente para futuras ações no contexto</p><p>social e oportunizando a percepção e a consciência grupal.</p><p>3 - RESGATANDO A HISTÓRIA DO JOGO NA EDUCAÇÃO</p><p>Já vimos anteriormente que a criatividade não só faz parte da vida</p><p>humana como também é necessária à sua sobrevivência. Foi graças a ela</p><p>também que o homem alcançou seu estágio atual de pensamento superior e</p><p>criou estratégias para seu conforto e subsistência. Essa criatividade, estando</p><p>mais ou menos evidenciada, em situações saudáveis está presente em todo</p><p>ser humano.</p><p>24</p><p>Criando-se condições para que a criatividade seja exercitada e flua</p><p>naturalmente, favorecendo tanto o indivíduo e deixando que ele participe, seja</p><p>ativo na sociedade sendo uma pessoa completa e feliz, como a própria</p><p>sociedade que se beneficiaria de pessoas com capacidade para encontrar</p><p>soluções para problemas da vida moderna. Para que isso ocorra, na escola,</p><p>com os alunos ou fora dele, são preciso momentos que a favoreçam como, por</p><p>exemplo, momentos de lazer.</p><p>“Brincar, ter momentos de lazer, não pode ser mais considerado como</p><p>não estar fazendo nada”, apenas momento de descanso na jornada escolar ou</p><p>estar à toa,ou seja, são mais que um simples julgamento de valor. Os</p><p>momentos de lazer são propícios ao brincar em suas várias formas e</p><p>favorecem o pensamento criativo entre outros benefícios vistos até aqui,</p><p>desenvolvimento motor e intelectual.</p><p>Em todos os tempos, para todos os povos, os brinquedos, brincadeiras</p><p>evocam as mais sublimes lembranças. São objetos mágicos, que vão</p><p>passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar crianças e</p><p>adultos.</p><p>A brincadeira não é um mero passatempo, ela ajuda no desenvolvimento</p><p>das crianças, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo.</p><p>O jogo pode ser visto como: resultado de um sistema linguístico que</p><p>funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras e um objeto.</p><p>No primeiro caso, o sentido do jogo depende da linguagem de cada</p><p>contexto social. Enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que</p><p>cada sociedade lhe atribui. É este aspecto que nos mostra porque,</p><p>dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significações distintas.</p><p>No segundo caso, um sistema de regras permite identificar, em qualquer</p><p>jogo, uma estrutura sequêncial que especifica sua modalidade. Tais estruturas</p><p>sequênciais de regras permitem diferenciar cada jogo, ou seja, quando alguém</p><p>joga, esta executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo, desenvolvendo</p><p>uma atividade lúdica. O terceiro sentido refere-se ao jogo enquanto objeto.</p><p>Os três aspectos citados permitem uma primeira compreensão do jogo,</p><p>diferenciando significados atribuídos por culturas diferentes, pelas regras e</p><p>objetos que o caracterizam.</p><p>Através do jogo a criança: libera e canaliza suas energias; tem o poder</p><p>de transformar uma realidade difícil; propicia condições de liberação da</p><p>25</p><p>fantasia; é uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador, há</p><p>sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o</p><p>interesse da criança, e à medida que joga ela vai conhecendo melhor,</p><p>construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios</p><p>propícios à construção do conhecimento.</p><p>3.1 - O Papel do professor na aplicação da Motricidade</p><p>A estruturação geral tem se dado em torno dos conceitos de tempo,</p><p>espaço, cultura, identidade, autonomia e participação, em diálogo com os</p><p>pressupostos teóricos da Sociologia, História, Psicologia, Pedagogia e Arte.</p><p>À medida que uma criança avança na carreira escolar, parte de suas</p><p>dificuldades pode derivar de seu sucesso ou fracasso nos estudos, bem como</p><p>no relacionamento com professores e colegas. As crianças não podem deixar</p><p>de experimentar um sentimento de insatisfação se tiverem de viver um dia-a-</p><p>dia de fracassos, sem interesse pelas suas tarefas e sem encontrar um prazer</p><p>verdadeiro na companhia das pessoas a que estão associadas.</p><p>Os pais e os professores devem ter boa vontade e paciência para</p><p>trabalhar juntos. É importante reconhecer que existem certos problemas que a</p><p>criança tem de resolver sozinha. Existem outros que não têm solução, mas</p><p>uma criança pode aprender a viver com eles e até fortalecer-se com essa</p><p>experiência.</p><p>O professor deve ter atenção especial para com os alunos que</p><p>fracassam. Neste contexto, espera-se uma série de medidas preventivas e</p><p>corretivas, a partir dos resultados psicomotores.</p><p>Ao se estudar como ocorre a construção do esquema corporal no</p><p>indivíduo, necessita-se estudar outro conceito que, comumente, é mal</p><p>empregado: imagem corporal. Este é eminentemente da ordem do inconsciente</p><p>enquanto o esquema corporal é em parte consciente e também, pré-</p><p>consciente.</p><p>Ao observar a criança em suas brincadeiras, é possível perceber se há</p><p>algum desvio psicomotor. Portanto, os jogos e brincadeiras não devem ser</p><p>entendidos apenas como práticas de entretenimento, mas sim uma forma de</p><p>promover a aprendizagem de vários aspectos, principalmente se realizadas em</p><p>um ambiente motivador e agradável.</p><p>26</p><p>Diante dessas considerações, percebo que é de extrema</p><p>importância refletir sobre nossas práticas, além de analisar e recriar nossas</p><p>metodologias de ensino. É preciso oportunizar as possibilidades para as</p><p>crianças da Educação Infantil, pois o aprender deve estar cercado de</p><p>intenções, motivações e desejos de se comunicar com o seu meio.</p><p>A Instituição Escolar seja, particular, pública, central ou periférica,</p><p>sempre surgem alunos a cada ano, que apresentam uma aprendizagem lenta</p><p>diante dos outros da mesma faixa etária e série.</p><p>A aprendizagem depende de fatores internos e externos, ou seja, os</p><p>internos referem-se ao funcionamento do organismo, a psicomotricidade, a</p><p>estrutura cognitiva, enfim ao seu corpo; já os externos estão associados ao</p><p>contexto no qual está inserido. Frente a isso a Unidade Escolar, deve estar</p><p>sempre observando e analisando o que realmente prejudica o ensino-</p><p>aprendizagem desse alunado no processo educacional. Neste contexto,</p><p>deve haver um ambiente lúdico e profissional qualificados, para proporcionar</p><p>assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar, para</p><p>melhoria das condições do processo educacional, bem como, a informação à</p><p>família do discente sobre o processo que o mesmo está tendo na Unidade</p><p>escolar.</p><p>Proporcionar a todas as crianças bons materiais lúdicos, sobretudo para</p><p>as que têm necessidades especiais, através da pesquisa e cooperação com</p><p>serviços da comunidade como grupos de animação para crianças em idade</p><p>pré-escolar, bibliotecas e veículos de animação itinerantes de brinquedos.</p><p>Se o objetivo é formar professores que vão educar crianças de 0 a 6</p><p>anos, em escolas temos que questionar como crianças dessas faixas etárias</p><p>aprendem, se desenvolvem e se socializam.</p><p>São pelo contato com brinquedos e materiais concretos ou pedagógicos</p><p>que se estimulam às primeiras conversas, as trocas de ideias, os contatos com</p><p>parceiros, o imaginário infantil, a exploração e a descoberta de relações.</p><p>Portanto, estudar o brinquedo e o material pedagógico é essencial para a</p><p>formação docente.</p><p>Partindo do pressuposto de que é brincando que a criança ordena o</p><p>mundo a sua volta, assimilando experiências e informações, interessei-me</p><p>pelas atividades lúdicas e seus valores, também sua aplicação na área</p><p>educacional.</p><p>27</p><p>Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas</p><p>dificuldades, tendo, portando, um caráter preventivo e terapêutico.</p><p>Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e</p><p>a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento,</p><p>para que possam compreender e entender suas características evitando assim</p><p>cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade.</p><p>Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir</p><p>através das etapas de diagnóstico e tratamento.</p><p>A Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, advinda de uma</p><p>demanda, o problema de aprendizagem, colocado num território pouco</p><p>explorado, situado além dos limites da Psicologia e da própria Pedagogia.</p><p>Evoluiu devido à existência de recursos, ainda que embrionários, para atender</p><p>a essa demanda, constituindo-se assim, numa prática.</p><p>4 – PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA</p><p>É por meio de registro que é preciso mostrar as evidências de</p><p>informações no presente e no futuro retratando cenários que aparecem e que</p><p>muitas vezes na prática do psicopedagogo, produzindo conhecimento e</p><p>auxiliando pais, alunos e professores na melhor forma das ações para que não</p><p>fique em promessas e assim aproxima a família de práticas sociais.</p><p>Em algum momento é possível pensar no objetivo que a família participa</p><p>da escola. Mas não é isso que acontece. Pais cada vez mais envolvidos com</p><p>seu cotidiano e não há espaço para que ajuste nas questões escolares.</p><p>Reserva muito pouco tempo para esses momentos pontuais.</p><p>Inicialmente a escola olhou para a família com desconfiança e quando</p><p>não teve alternativa, apenas suportou a participação dos pais na condição de</p><p>ouvintes dos relatos por eles produzidos acerca da trajetória disciplinar e</p><p>pedagógica dos alunos. Os pais, por outro lado, devido ao tempo cada vez</p><p>mais escasso, principalmente por causa do trabalho e as tarefas do dia a dia</p><p>acabaram passando grande parte de suas tarefas à escola e</p><p>consequentemente aos educadores.</p><p>Quando a escola anda junto com a família, a aprendizagem</p><p>acontece de forma mais avançada, mas hoje é raro encontrarmos pais e</p><p>professores que falem a mesma língua em relação aos seus filhos e alunos.</p><p>28</p><p>Vivemos em uma sociedade em que há uma pluralidade muito grande de</p><p>conceitos em relação ao que se deve ou não passar para as crianças e jovens.</p><p>Podemos dizer que essa pluralidade se deve às classes sociais diferentes, mas</p><p>venho observando que não é apenas isso, pois muitos jovens estão se</p><p>tornando pais cedo de mais e isso não acontece apenas nas classes sociais</p><p>mais baixas. O fato é que, independente da classe social, as crianças e jovens</p><p>estão sendo cada vez menos preparados devido ao despreparo de seus pais e</p><p>aos educadores sobrecarregados tendo de desempenhar funções que não</p><p>deveria ser de suas responsabilidades.</p><p>A participação da família na escola hoje, quase se resume em reuniões</p><p>periódicas para acompanhar o desempenho de seus filhos na escola. Mas o</p><p>ano de experiências em sala de aula nos mostra que geralmente aqueles</p><p>alunos que mais necessitam da participação dos seus pais são os que menos</p><p>têm. Isso se deve de uma política pedagógica falida que já não faz mais parte</p><p>de nosso tempo. Precisamos de práticas que realmente tragam os pais a uma</p><p>reflexão e a conclusão de que seus filhos precisam de referências para se</p><p>desenvolver com mentes saudáveis e essas referências não podem vir de</p><p>outros a não ser de seu próprio lar.</p><p>Somente quando a família voltar a ocupar o seu lugar na educação de</p><p>nossas crianças e jovens, poderá voltar a sonhar com um mundo melhor.</p><p>4.1 - A Adequação da Escola com a Sociedade</p><p>Não consigo encontrar palavra melhor para descrever o que a</p><p>humanidade vem enfrentando nos últimos tempos. Uma epidemia que se</p><p>alastra e se torna mais forte a cada geração. Isso nos leva a refletir: qual ou</p><p>quais são as causas, quais os personagens envolvidos? Vem-me a mente dois</p><p>nomes: pais e professores.</p><p>Cury (2003, p 09) nos diz que “Os pais e professores lutam pelo mesmo</p><p>sonho o de tornar seus filhos e alunos felizes, saudáveis e sábios, mas jamais</p><p>estiveram tão perdidos na árdua tarefa de educar.” O que precisamos fazer</p><p>para realizarmos esse sonho de forma a trazer de volta a harmonia nos lares e</p><p>escolas, trazer de volta o respeito, a paz que o ser humano precisa para ter</p><p>qualidade de vida. Vamos deixar nossos filhos e alunos se tornarem vítimas de</p><p>um sistema social e educacional doentio que nós mesmos criamos e quais são</p><p>as soluções que ataquem diretamente esse problema?</p><p>29</p><p>A afetividade é um fator de grande importância na vida de qualquer ser</p><p>humano, e deve estar presente em todas as relações sociais em que estamos</p><p>inseridos. A família como sendo o primeiro meio social vivido por nós precisa</p><p>estar firmada em uma boa relação de afetividade a fim de proporcionar um</p><p>desenvolvimento saudável, para que se consiga interagir em outras relações</p><p>sociais. A escola deve ter como objetivo a construção do sujeito ativo, com</p><p>pensamento crítico e desafiador do próprio e novos conhecimentos, não</p><p>deixando de lado seu papel social, de integração e respeito, demonstrando</p><p>carinho e atenção aos alunos,</p><p>produzindo qualidade de vida juntamente com a</p><p>família.</p><p>Cada dia que passa notou os pais mais perdidos na educação de seus</p><p>filhos. Antigamente as crianças eram corrigidas com surras, castigos e</p><p>palmadas. Hoje tudo isso foi abolido, isso é ótimo, mas esqueceram de ensinar</p><p>aos pais uma nova forma de corrigir seus filhos. Esqueceram de ensiná-los que</p><p>apesar de abolidas essas técnicas violentas ainda fazem parte do seu papel</p><p>corrigir e educar seus filhos. Em função disso, preferiram jogar a</p><p>responsabilidade nas instituições escolares e consequentemente nas mãos dos</p><p>professores. Esses por sinal estão sobrecarregados tendo que desempenhar o</p><p>papel de educadores e pais ao mesmo tempo, o que na verdade não é o seu</p><p>papel, pois sabemos que o vínculo que uma criança ou jovem tem com os pais,</p><p>o professor não pode substituir.</p><p>Algo precisa ser feito. Não podemos deixar que nossas crianças e</p><p>jovens se transformem em futuros marginais só porque não tiveram referências</p><p>positivas na infância por falta de uma família presente e professores capazes</p><p>de lhes oferecerem afeto e amor.</p><p>Precisamos romper as barreiras que separa família e escola para que</p><p>possamos enxergar a solução ideal que realmente venha fazer a diferença e</p><p>não apenas mascare o problema. Não vejo outra solução a não ser tentar</p><p>resgatar a educação e os princípios perdidos no ambiente familiar. O que</p><p>temos feito até agora é trabalhar com as crianças e jovens, mas precisamos</p><p>concluir que não podemos suportar a carga de substituir o papel dos pais e tão</p><p>pouco os pais não podem dar o que não tem.</p><p>A família precisa reaprender a educar seus filhos, coisa que foi perdida</p><p>no passar dos tempos. Talvez caiba a nós educadores levá-la a esse</p><p>conhecimento levando-a a reflexão e entendimento que só através de valores</p><p>30</p><p>podemos resgatar o amor, o respeito, à dignidade humana que precisamos</p><p>para vivermos bem em sociedade. Essa tarefa é urgente e árdua, pois envolve</p><p>mudança de cultura. Uma cultura errada que foi se instalando durante gerações</p><p>e como a cada geração os problemas aumentam, talvez daqui a alguns anos</p><p>possa ser tarde demais.</p><p>4.2 Educadores e Parceiros na Abordagem do Crescimento</p><p>Propondo de esta maneira deslocar o olhar afetivo sobre a criança no</p><p>sentido de percebê-la como sujeito exigindo do educador redimensionar,</p><p>também, seu papel no projeto educativo psicomotor, para tornar-se</p><p>coparticipantes, parceiros, os dois polos da díade criança adulto extrapola as</p><p>posições hierarquizadas do antigo par aluno-professor para inserir-se na</p><p>cultura como aprendizes, construtores/desveladores da realidade científica e</p><p>estética.</p><p>As crianças, nesta abordagem são protagonistas ativas e competentes</p><p>que buscam a realização através do diálogo e da interação com outros, na vida</p><p>coletiva das salas de aulas, da comunidade e da cultura, com professores</p><p>servindo como guias.</p><p>O dia a dia do trabalho do professor e psicopedagogos envolve desafios</p><p>e decisões constantes em vista o currículo emergente. Uma tarefa difícil para</p><p>os professores e especialistas de ajudar as crianças a encontrarem problemas</p><p>suficientemente grandes e difíceis para engajarem sua energia e pensamento</p><p>ao longo do tempo. Uma das dificuldades também ressaltadas é saber como e</p><p>quando interferir, pois isso depende de uma análise de momento a momento</p><p>do pensamento das crianças.</p><p>Desta forma, educadores e psicopedagogos devem estar atentos em</p><p>possibilitar um vínculo positivo das crianças com o processo de exploração do</p><p>mundo, ao invés de crianças passivas e respondentes, vislumbra-se a</p><p>constituição de sujeitos ativos.</p><p>O professor em Reggio Emilia como explicita Edwards, (1999) criaram</p><p>junta uma forma coerente de pensar e falar sobre o papel do professor dentro e</p><p>fora da sala de aula, baseada em uma filosofia explícita sobre a natureza da</p><p>criança como aprendiz.</p><p>31</p><p>O papel do professor como analisa Edwards, é acima de tudo o de</p><p>ouvinte, observador e de alguém que entende a estratégia que as crianças</p><p>usam em situação de aprendizagem. Tem também o papel de distribuidor de</p><p>oportunidades, onde a criança pode muitas vezes recorrer quando precisa</p><p>tomar prestada uma palavra, um gesto.</p><p>O trabalho dos professores, como ressalta Edwards, (1999) centraliza-se</p><p>em provocar oportunidades de crescimento moto/intelectual por uma ou mais</p><p>crianças, especialmente, escutando as palavras das crianças e oferecendo</p><p>essas mesmas palavras ao grupo para reestimular e estender sua discussão e</p><p>atividade conjunta.</p><p>O dia a dia do trabalho do professor envolve desafios e decisões</p><p>constantes em vista o currículo emergente. Uma tarefa difícil para os</p><p>professores é a de ajudar as crianças a encontrarem problemas</p><p>suficientemente grandes e difíceis para engajarem sua energia e pensamento</p><p>ao longo do tempo. Uma das dificuldades também ressaltadas é saber como e</p><p>quando interferir, pois isso depende de uma análise de momento a momento</p><p>do pensamento das crianças.</p><p>Desta forma, educadores e especialistas, devem estar atentos em</p><p>possibilitar um vínculo positivo das crianças com o processo de exploração do</p><p>mundo, ao invés de crianças passivas e respondentes, vislumbra-se a</p><p>constituição de sujeitos ativos.</p><p>Portanto, deve-se observar uma valorização da cultura, da palavra e da</p><p>ação dos alunados o que não significa negar o papel do adulto como mediador,</p><p>organizador do cotidiano. O educador deve problematizar as condições de</p><p>ação das crianças; ter sensibilidade e disponibilidade; ser companheiro de</p><p>brincadeiras; estabelecer cumplicidade. Assim, a continuidade e diversificação</p><p>das experiências garantem a produção de significados, fundamental na</p><p>estruturação das aprendizagens, na relação com o mundo externo, na</p><p>socialização. Claramente inspirado em Vygotsky, da, portanto importância as</p><p>interações sociais, na constituição do sujeito, na aprendizagem, no processo</p><p>produtivo. A incompletude é uma das características do ser humano, assim, a</p><p>infância não existe em si, mas necessariamente em relação a, pois ela se dá</p><p>no diálogo com o Outro, na interação social.</p><p>32</p><p>Enquanto instrumento de aproximação com a realidade e agente do</p><p>desenvolvimento da criança, Vygotsky (apud FERREIRA, 2000) assim se</p><p>manifesta a respeito da função lúdica:</p><p>... o brinquedo contém todas as tendências do</p><p>desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele</p><p>mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento. Apesar</p><p>da relação brinquedo-desenvolvimento poder ser</p><p>comparada à relação instrução-desenvolvimento, o</p><p>brinquedo fornece ampla estrutura básica para</p><p>mudanças das necessidades e da consciência. A ação</p><p>na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a</p><p>criação das interações voluntárias e a formação dos</p><p>planos da vida real e motivações volitivas – tudo aparece</p><p>no brinquedo, que se constitui, assim, no mais alto nível</p><p>de desenvolvimento pré-escolar. A criança desenvolve-</p><p>se, essencialmente, através da atividade de brinquedo.</p><p>Somente neste sentido o brinquedo pode ser</p><p>considerado uma atividade condutora que determina o</p><p>desenvolvimento da criança Vygotsky(apud</p><p>FERREIRA, 2000 p. 13).</p><p>Os analise e reflexão desta abordagem me fez concluir que o ser</p><p>apresenta qualidades como possibilidades interativas diversas; capacidade de</p><p>estabelecer, de modo concomitante, relação de parceria com familiares, e</p><p>outros adultos; curiosidade intelectual; expressividade; exploração; fantasia que</p><p>convida o deslocamento do papel da instituição e do educador, de atendentes,</p><p>supridores, dirigentes, para companheiros de jogo, conversa construção,</p><p>elaboração de histórias, de significados.</p><p>É importante notar que, além de apontar um panorama teórico inovador,</p><p>na medida em que enfatizam as capacidades relacionais e comunicacionais da</p><p>criança pequena, a abordagem Reggio Emilia abraça situações da prática,</p><p>iluminando o fazer do educador, a organização cotidiana, as mediações.</p><p>Chama-nos atenção a importante participação das diferentes instâncias da</p><p>sociedade, no sentido de viabilizar essa “base cultural” sobre a qual a</p><p>Pedagogia e as brincadeiras pode ser alicerçada.</p><p>5 - A APRENDIZAGEM</p><p>Não se pode exercer uma ação pedagógica permeada de afeto, sem um</p><p>real interesse em que o indivíduo a quem o aprendizado se destina, não</p><p>perpasse por estes significativos pilares.</p><p>33</p><p>Aprender a conhecer – É necessário tornar prazeroso o ato de</p><p>compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não</p><p>seja efêmero, para que se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a</p><p>curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente. É preciso também</p><p>pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar.</p><p>Aprender a fazer – Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se</p><p>no setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede</p><p>que o indivíduo esteja apto a enfrentar novas situações de emprego e a</p><p>trabalhar em equipe, desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na</p><p>reelaborarão conceitual e nas trocas, valores necessários ao trabalho coletivo.</p><p>Ter iniciativa e intuição, gostar de certa dose de risco, saber comunicar-se e</p><p>resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de técnicas</p><p>a serem trabalhadas.</p><p>Aprender a conviver – No mundo atual, este é um importantíssimo</p><p>aprendizado por ser valorizado quem aprende a viver com os outros, a</p><p>compreendê-los, a desenvolver a percepção de interdependência, a administrar</p><p>conflitos, a participar de projetos comuns, a ter prazer no esforço comum.</p><p>Aprender a ser – É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético</p><p>estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico,</p><p>imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação</p><p>à inteligência. A aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando</p><p>nenhuma das potencialidades de cada indivíduo.</p><p>5.1 - O Processo de Desenvolvimento</p><p>Ao utilizar a produtividade e o equilíbrio no processo das crianças é</p><p>possível alcançar inúmeras ações que possibilitam uma aprendizagem eficaz,</p><p>como denotam os teóricos.</p><p>Criando-se condições para que a criatividade seja exercitada e flua</p><p>naturalmente, favorecendo tanto o indivíduo e deixando que ele participe, seja</p><p>ativo na sociedade sendo uma pessoa completa e feliz, como a própria</p><p>sociedade que se beneficiaria de pessoas com capacidade para encontrar</p><p>34</p><p>soluções para problemas da vida moderna. Para que isso ocorra, na escola, no</p><p>trabalho ou fora dele, são preciso momentos que a favoreçam como, por</p><p>exemplo, momentos de lazer.</p><p>Como instrumento pedagógico, pois incentiva a interação e desperta o</p><p>interesse pelo tema estudado, além de fomentar o prazer e a curiosidade.</p><p>Brincar, ter momentos de lazer, não pode ser mais considerado como</p><p>não estar fazendo nada, apenas momento de descanso na jornada de trabalho</p><p>ou estar à toa, ou seja, são mais que um simples julgamento de valor. Os</p><p>momentos de lazer são propícios ao brincar em suas várias formas e</p><p>favorecem o pensamento criativo entre outros benefícios vistos até aqui, e</p><p>problematizar as práticas, advindas das mais diversas manifestações culturais</p><p>presentes no seu cotidiano, enfatizando para melhor compreensão.</p><p>A utilização de jogos e brincadeiras nos textos variados podem se tornar</p><p>excelentes recursos para facilitar a participação, integração e comunicação dos</p><p>alunos que, por certo, terão meios para compreender e expressar-se bem,</p><p>inclusive na língua padrão, após o domínio das diferentes linguagens e</p><p>instrumentos.</p><p>Muitas propostas pedagógicas se baseiam em atividades onde o lúdico</p><p>possa estar presente, de forma constante no ambiente educacional. Tal</p><p>afirmação baseia-se nos amplos estudos acadêmicos que estudiosos</p><p>apropriam-se ao levantar informações sobre a psicologia educacional, como</p><p>também em inúmeros exemplos satisfatórios que a exploração de materiais</p><p>didáticos pode proporcionar ao educando, principalmente no desenvolvimento</p><p>motor e intelectual.</p><p>5.2 - O Professor na Mediação de Transforma</p><p>A estruturação geral tem se dado em torno dos conceitos de tempo,</p><p>espaço, cultura, identidade, autonomia e participação, em diálogo, com os</p><p>pressupostos teóricos da Sociologia, História, Psicologia, Pedagogia e Arte.</p><p>À medida que uma criança avança na carreira escolar, parte de suas</p><p>dificuldades pode derivar de seu sucesso ou fracasso nos estudos, bem como</p><p>no relacionamento com professores e colegas. As crianças não podem deixar</p><p>de experimentar um sentimento de insatisfação se tiverem de viver um dia a dia</p><p>35</p><p>de fracassos, sem interesse pelas suas tarefas e sem encontrar um prazer</p><p>verdadeiro na companhia das pessoas a que estão associadas.</p><p>Os pais e os professores devem ter boa vontade e paciência para</p><p>trabalhar juntos. É importante reconhecer que existem certos problemas que a</p><p>criança tem de resolver sozinha. Existem outros que não têm solução, mas</p><p>uma criança pode aprender a viver com eles e até fortalecer-se com essa</p><p>experiência.</p><p>O professor deverá ter atenção especial para com os alunos que</p><p>fracassam. Neste contexto, espera-se uma série de medidas preventivas e</p><p>corretivas, a partir dos resultados da avaliação. Desde então, recomenda-se ao</p><p>professor.</p><p>A formação de professores articuladora é, hoje, uma preocupação</p><p>constante para aqueles que acreditam na necessidade de transformar o quadro</p><p>educacional presente, pois da forma como ele se apresenta fica evidente que</p><p>não condiz com as reais necessidades dos que procuram a escola com o</p><p>intuito de aprender o saber, para que, de posse dele, tenham condição de</p><p>reivindicar seus direitos e cumprir seus deveres na sociedade.</p><p>O professor é a peça chave desse processo, e deve ser encarado como</p><p>um elemento essencial e fundamental.</p><p>Ao se estudar como ocorre a construção do esquema corporal no</p><p>indivíduo, necessita-se estudar outro conceito que, comumente, é mal</p><p>empregado: imagem corporal. Este é eminentemente da ordem do inconsciente</p><p>enquanto o esquema corporal é em parte consciente e também, pré-</p><p>consciente.</p><p>Ao observar a criança em suas brincadeiras, é possível perceber se há</p><p>algum desvio psicomotor. Portanto, os jogos e brincadeiras não devem ser</p><p>entendidos apenas como práticas de entretenimento, mas sim uma forma de</p><p>promover a aprendizagem de vários aspectos, principalmente se realizadas em</p><p>um ambiente motivador e agradável.</p><p>Diante dessas considerações, percebemos que é de extrema</p><p>importância refletir sobre nossas práticas, além de analisar e recriar nossas</p><p>metodologias de ensino. É preciso oportunizar as possibilidades para os</p><p>educandos, pois o aprender deve estar cercado de intenções, motivações e</p><p>desejos de se comunicar com o seu meio.</p><p>36</p><p>A Instituição Escolar seja, particular, pública, central ou periférica,</p><p>sempre surgem alunos a cada ano, que apresentam uma aprendizagem lenta</p><p>diante dos outros da mesma faixa etária e série.</p><p>A aprendizagem depende de fatores internos e externos, ou seja, os</p><p>internos referem-se ao funcionamento do organismo, a psicopedagogia, a</p><p>estrutura cognitiva, enfim ao seu corpo, já os externos estão associados ao</p><p>contexto no qual está inserido. Frente a isso a Unidade Escolar, deve estar</p><p>sempre observando e analisando o que realmente prejudica o ensino-</p><p>aprendizagem desse alunado no processo educacional. Neste contexto, deve</p><p>haver um ambiente lúdico e profissional qualificados, para proporcionar</p><p>assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar, para</p><p>melhoria das condições do processo educacional, bem como, a informação à</p><p>família do discente sobre o processo que o mesmo está tendo na Unidade</p><p>escolar.</p><p>Proporcionar a todas as crianças bons materiais lúdicos, sobretudo para</p><p>as que têm necessidades especiais, através da pesquisa e cooperação com</p><p>serviços</p><p>da comunidade como grupos de animação para crianças em idade</p><p>pré-escolar, bibliotecas e veículos de animação itinerantes de brinquedos.</p><p>São pelo contato com brinquedos e materiais concretos ou pedagógicos</p><p>que se estimulam às primeiras conversas, as trocas de ideias, os contatos com</p><p>parceiros, o imaginário, a exploração e a descoberta de relações. Portanto,</p><p>estudar o brinquedo e o material pedagógico é essencial para a formação</p><p>docente.</p><p>Partindo do pressuposto de que é brincando que a criança ordena o</p><p>mundo a sua volta, assimilando experiências e informações, interessei-me</p><p>pelas atividades lúdicas e seus valores, também sua aplicação na área</p><p>educacional.</p><p>6 - DIFICULDADES A SEREM SUPERADAS</p><p>Uma das grandes dificuldades desta estratégia é com relação ao tempo,</p><p>pois os temas exigem um envolvimento do professor e do aluno no processo</p><p>em busca do conhecimento. Na maioria das escolas hoje em dia, em especial</p><p>daquelas de ensino fundamental, a maior preocupação é em terminar o</p><p>conteúdo programático. Atropelam-se matérias, que às vezes são vistas sem</p><p>37</p><p>nenhum significado para os alunos. Com isso, perde-se em qualidade, pois os</p><p>alunos acham que estão aprendendo, quando na verdade decoram fórmulas</p><p>desprovidas de significados.</p><p>Apesar da estratégia aqui proposta exigir um tempo maior para ser</p><p>executada, comparada à forma tradicional de ensino, acredito que para a</p><p>finalidade maior: formar cidadãos, ela é mais eficaz. Quando o aluno aprende</p><p>algo que lhe interessa de alguma forma, dificilmente ele esquece, é o que</p><p>chamamos de aprendizagem significativa.</p><p>Outro problema é com relação à escolha dos temas. Eles devem ser</p><p>escolhidos pelo professor de modo a englobar os conteúdos do ano inteiro,</p><p>mas sempre levando em conta a realidade dos alunos. Por isso eles não são</p><p>escolhidos pelo aluno, como é na proposta dos Temas Geradores de Paulo</p><p>Freire.</p><p>Neste trabalho dificilmente se conseguiria desatrelar mecânica, óptica e</p><p>eletricidade, por exemplo, pois o tema iria exigir que se falasse um pouco de</p><p>cada coisa, algum assunto com mais ênfase de que outro. Deste modo, o</p><p>professor encontraria dificuldades de implantar um psicopedagogo a maneira</p><p>em que está estruturado. No ensino fundamental, onde esta ordem não está</p><p>definida, o trabalho com o NEE que poderá ser mais bem desenvolvido.</p><p>A repetição dos conteúdos também pode ser um problema a ser</p><p>contornado. Como os temas são diversos, aparecerão conceitos que se</p><p>repetirão e, em vez de falar novamente deles no contexto que se pede, pode-</p><p>se apenas relembrá-los, caso já tenha sido bem explorado, ou deve-se</p><p>aproveitar a oportunidade para aprofundá-los, caso tenha-se falado</p><p>superficialmente. “Os níveis de aprofundamento de conteúdos re-visitados</p><p>devem ser previamente estabelecidos na fase de planejamento do curso”</p><p>(BRITO, 2004).</p><p>As dificuldades são inerentes de cada metodologia. O que as novas</p><p>propostas como esta sugerem é que se minimizem alguns problemas</p><p>enfrentados na educação atual possibilitando o melhoramento do processo</p><p>Ensino-Aprendizagem.</p><p>O que apontou demandou várias discussões, principalmente, como está</p><p>acontecendo o encaminhamento destes alunos. Estes questionamentos se</p><p>apresentaram mais significativos quando pensados no trabalho na sala de</p><p>recursos. Com certeza estamos a passos pequenos na elaboração da inclusão</p><p>38</p><p>de forma a elaborar conceitos como possibilidades, e sim temos dificuldades a</p><p>serem superadas. Desta forma quero colocar os elementos fundamentais na</p><p>construção deste trabalho de finalização desta etapa de minha trajetória na</p><p>perspectiva do processo inclusivo.</p><p>Como falar do Psicopedagogo sem falar da articulação pedagógica e</p><p>prática que envolve a escola, família e aluno. A partir destas discussões vem a</p><p>pratica vivenciada neste período de estudos e debate, para tanto utilizei</p><p>algumas práticas de escuta da formação da psicologia, retornando ao viés de</p><p>ter um olhar significativo para a família nestes elementos de avaliação para a</p><p>sala de recursos, sendo considerada a parte mais importante para conhecer os</p><p>alunos. Outro viés é buscar conhecer as possibilidades dos alunos com</p><p>necessidades especificas e não fechar o que o limita, e acredito ser este o</p><p>fundamental trabalho do professor da sala de recurso. Este ponto é o que</p><p>considero mais importante, o tripé escola, família e professor.</p><p>Considero que se estes três segmentos trabalham juntos na construção</p><p>de demandas para o aluno progredir nos estudos criando possibilidades</p><p>através de suas habilidades. Neste fundamento perpassa pela “escuta” de</p><p>palavras ditas ou silenciadas, ou seja, algo que se submete a interpretações</p><p>nos enganos, mas que abrem um acesso à significação. Com isso, estamos</p><p>sempre abordando a incluir um psicopedagogo na escola no âmbito de fazer do</p><p>conhecimento mais significativo para cada realidade vivenciada. Partindo dos</p><p>debates e aprofundamentos dos conceitos em torno a incluir que é produtiva a</p><p>busca de entender os elementos conceituais da lei e da historia, pois ajudou na</p><p>construção das analises da pratica e da teoria o que é pra acontece e o que</p><p>esta sendo realizado. Além de entender melhor o atendimento educacional</p><p>especializado neste intermédio da proposta escolar, buscando orientar o leitor</p><p>neste momento de pesquisa a compreender os caminhos e desencontros que</p><p>se evoluiu até o momento na consolidação do processo de incluir dos</p><p>educandos.</p><p>39</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Tendo como base o levantamento bibliográfico realizada nesta</p><p>pesquisa considera que paralelamente à construção da nova imagem da</p><p>infância e do novo lugar do adulto na relação com as crianças, emergem</p><p>princípios orientadores das práticas no interior das instituições que as atendem.</p><p>Como foi analisado na proposta, observar sistematicamente as crianças</p><p>e elaborar registros são eixos fundamentais nas instituições italianas de</p><p>educação infantil. Tanto os registros realizados com as crianças, no curso dos</p><p>projetos pedagógicos, quanto àquela experiência dos por parte dos</p><p>educadores, são constantes. Durante o mergulho investigativo numa dada</p><p>realidade da comunidade, ou do universo científico, as crianças são</p><p>convocadas a registrar o que veem, o que experimentam. Suas produções são</p><p>expostas, lidas, vistas e revistas dia-a-dia; de acordo com o projeto, novas</p><p>produções são feitas e comparadas às anteriores. Assim, as experiências vão</p><p>sendo aprofundadas e redimensionadas.</p><p>Na, observação e registro já são realizados em diversas instituições que</p><p>pude conhecer nos estágios; porém, muitas vezes, revestidos da ideia</p><p>de prestação de contas aos pais ou de avaliação e mensuração dos resultados</p><p>das crianças. Classificações e hierarquizações costumam denotar o caráter</p><p>adulto cêntrico destas práticas. Já na realidade italiana, o processo</p><p>de produção de adultos e crianças ganha sentido na medida de sua</p><p>visibilidade, podendo ser adequadamente reexaminado, analisado,</p><p>reconstruído e socializado.</p><p>Posso dizer que na realidade brasileira não é pouco comum</p><p>perguntarmo-nos pelos sinais caracterizadores das instituições voltadas à</p><p>criança pequena. De certo, englobar os serviços de creches e pré-escolas no</p><p>termo educação infantis representa uma conquista na integração destas</p><p>instâncias.</p><p>No momento atual, como foi visto no transcorrer desta pesquisa, a</p><p>perspectiva da interligação entre creche/escola da infância, a derrubada da</p><p>visão assistencialista e escolarizada, possibilitando o direito de todas as</p><p>crianças à educação infantil através de serviços públicos e gratuitos e a</p><p>afirmação da socialização como aspecto principal da educação da criança</p><p>pequena, permitem-nos dizer que a escola da infância conquista uma</p><p>40</p><p>identidade pedagógica, no lugar da institucionalização, a socialização; ao invés</p><p>do sujeito aluno, ilumina-se a criança como sujeito-social, criança ambiente.</p><p>Desta</p>maneira o rumo das transformações na Educação da primeira 
Infância não é linear e contínuo. Avanços e retrocessos vão marcando o curso 
desta história que é pautada, indubitavelmente, por uma grande preocupação 
com as crianças. Esta preocupação pode ser observada explicitamente na 
configuração do espaço e na organização dos materiais. Desta maneira 
acredito que o ambiente deve ser organizado pelo adulto a partir do 
conhecimento que tem das crianças. Portanto o espaço de um serviço voltado 
para as crianças traduz a cultura da infância, a imagem da criança, dos adultos 
que o organizaram; é uma mensagem do projeto educativo concebido para 
aquele grupo de crianças. 
 Pensar na Educação Infantil, na organização dos espaços e materiais 
que facilitem o desenvolvimento do processo produtivo é um desafio, pois o 
ambiente deve estar preparado para estimular a fantasia, a imaginação e a 
criatividade, o uso atento de imagens e estímulos, a oferta de uma diferenciada 
gama de experiências, além de ser também “estética e artisticamente válido”. 
Deve atentar em dispor de espaços adequados, organizados e aparelhados 
com materiais e instrumentos abundantes e facilmente acessíveis a fim de 
facilitar o encontro de cada criança com as pessoas, os objetos e o ambiente. 
Por outro lado, não devem faltar locais que incentivem para o jogo individual e 
para o relacionamento entre poucas crianças, promovendo um ambiente 
personalizado, acolhedor. 
A instituição de educação básica é, portanto, um sistema orgânico não 
isolado em si mesmo, o caráter de instância aberta é um traço emblemático do 
modelo de Educação servindo-se de base para estudos de uma Pedagogia da 
Infancia, e engloba a promoção do intercâmbio com estabelecimentos 
escolar/culturais do bairro e da cidade, a visita aos espaços sociais da 
comunidade, mas não se esgota nestas iniciativas. 
Portanto de acordo com os estudos dos autores analisados nesta 
pesquisa ressalto que é preciso ter como pressuposto na constituição de uma 
Pedagogia Infantil, pensar na criança como criança-ambiente, potente, crítica 
do seu tempo, participante ativa da realidade social, investigadora, 
elaboradora. 
 
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	"A atenção indispensável aos fatores de heterogeneidade não pode, porém, ocultar aquilo que, para além das diferenças, contribui para considerar a infância como uma categoria social. Portanto, trata-se de avaliar um conjunto de variáveis que de algum...

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