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<p>MEP, Provisões, Passivos e Ativos Contingentes</p><p>Prof.ª Stephanie Kalynka</p><p>Descrição</p><p>Método de equivalência patrimonial (MEP), provisões, passivos</p><p>contingentes e ativos contingentes.</p><p>Propósito</p><p>Aplicar o método da equivalência patrimonial (MEP) e reconhecer os</p><p>procedimentos contábeis a serem adotados para as provisões, passivos</p><p>contingentes e ativos contingentes.</p><p>Objetivos</p><p>Módulo 1</p><p>Métodos de equivalência patrimonial</p><p>Aplicar o método de equivalência patrimonial.</p><p>Módulo 2</p><p>Provisões, passivos contingentes e ativos</p><p>contingentes</p><p>Reconhecer os procedimentos contábeis em provisões, passivos e</p><p>ativos contingentes.</p><p>As muitas dúvidas sobre como contabilizar os fatos</p><p>administrativos das empresas vão desde como contabilizar</p><p>investimentos, por exemplo, que são realizados em outras</p><p>companhias, até como registrar desastres que são ocasionados</p><p>por empresas e afetam o meio ambiente e as pessoas ao seu redor.</p><p>Pensando nisso, neste material, será possível compreender como</p><p>registrar e analisar os investimentos realizados por empresas</p><p>brasileiras, tal como o caso da Magazine Luiza, que investe na</p><p>empresa Netshoes. E vamos entender ainda como os lucros ou</p><p>prejuízos das empresas investidas impactam suas investidoras.</p><p>Além disso, veremos como a contabilidade trata o que se chama de</p><p>contingências, tal como o caso dos desastres que ocorreram nas</p><p>barragens das cidades de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.</p><p>Essas e outras operações estarão destacadas ao longo deste</p><p>material. Então, fica o convite para que você navegue neste</p><p>conteúdo!</p><p>Introdução</p><p>1 - Métodos de equivalência patrimonial</p><p>Ao �nal do módulo, você será capaz de aplicar o método de equivalência patrimonial.</p><p>Conceitos</p><p>Primeiras palavras</p><p>Você já parou para pensar por que algumas empresas investem em</p><p>outras? Normalmente quando pensamos nisso vem a nossa cabeça que</p><p>empresas investem em outras porque querem obter retornos.</p><p>E esse pensamento está correto, visto que o significado da palavra</p><p>investimento já nos remete a obter retorno. Logo, vamos entender ao</p><p>longo deste módulo o que devemos fazer contabilmente quando uma</p><p>empresa investe em outra. De forma específica, vamos tratar sobre</p><p>investimentos em coligadas, em controladas e em empreendimento</p><p>controlado em conjunto.</p><p>E já vamos começar dizendo que as empresas que possuem</p><p>investimentos em coligadas, em controladas e em empreendimento</p><p>controlado em conjunto precisam avaliar esses investimentos pelo</p><p>método da equivalência patrimonial (NBC TG 18).</p><p>Equivalência patrimonial (MEP) é um método de</p><p>contabilização por meio do qual o investimento é</p><p>inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é</p><p>ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na</p><p>participação do investidor sobre os ativos líquidos da</p><p>investida (NBC TG 18).</p><p>Ou seja, se uma empresa investe em outra, no momento da aquisição,</p><p>registramos na contabilidade o valor ao qual foi pago, mas na sequência</p><p>devemos utilizar o método da equivalência patrimonial para</p><p>contabilização desses investimentos.</p><p>As receitas ou as despesas da empresa que investiu incluem sua</p><p>participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados</p><p>abrangentes da empresa que investiu incluem a sua participação em</p><p>outros resultados abrangentes da investida (NBC TG 18).</p><p>Contabilizar pelo método equivalência patrimonial</p><p>significa dizer então que o investimento precisa refletir</p><p>o percentual do patrimônio líquido da empresa que foi</p><p>investida.</p><p>Mas antes de iniciarmos o entendimento prático dessa operação, vamos</p><p>verificar alguns conceitos iniciais para ficar mais fácil a compreensão.</p><p>Conceitos iniciais sobre equivalência</p><p>patrimonial</p><p>Vamos entender alguns conceitos que serão aplicados ao longo do</p><p>módulo para que possamos compreender a aplicabilidade da</p><p>equivalência patrimonial.</p><p>Vimos que as empresas que possuem investimentos em coligadas, em</p><p>controladas e em empreendimento controlado em conjunto precisam</p><p>avaliar esses investimentos pelo método da equivalência patrimonial.</p><p>Mas o que significa coligadas, controladas e empreendimento</p><p>controlado em conjunto? Vamos entender cada item.</p><p>Uma empresa é considerada coligada quando o investidor tem</p><p>influência significativa sobre ela. Influência significativa é o</p><p>poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e</p><p>operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle</p><p>individual ou conjunto dessas políticas.</p><p>Atenção: A Lei nº 6.404/76 presume existir influência</p><p>significativa quando se tem 20% ou mais do capital votante</p><p>(ações ordinárias) sem controlá-la.</p><p>Como exemplo, temos a empresa JBS S.A, que divulgou em sua</p><p>última publicação anual de relatórios contábeis que a empresa</p><p>JBS Ontario é reconhecida como uma coligada da JBS S.A, pois</p><p>apesar da empresa ter participação, ela não atende aos</p><p>requisitos de controle, devido a um acordo operacional com um</p><p>terceiro que possui todos os direitos de tomada de decisão e</p><p>exposição à variabilidade nos retornos. Nesse caso, a JBS S.A</p><p>Coligada </p><p>precisará contabilizar o investimento que possui na JBS Ontario</p><p>utilizando o método de equivalência patrimonial.</p><p>É considerada como controlada a entidade que é controlada por</p><p>outra empresa, ou seja, pela sua controladora.</p><p>A empresa Netshoes, por exemplo, é controlada pela empresa</p><p>Magazine Luiza. Logo, a empresa Magazine Luiza também</p><p>precisa registrar o investimento que possui na empresa</p><p>Netshoes utilizando o método de equivalência patrimonial.</p><p>Controlada </p><p>É um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o</p><p>controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os</p><p>ativos líquidos desse acordo.</p><p>A empresa Samarco (aquela do caso da barragem de</p><p>Mariana/MG), por exemplo, é uma Joint Venture de propriedade</p><p>da Vale S.A e da BHP Billiton Brasil Ltda, em que cada uma tem</p><p>50% de participação acionária. A empresa Vale, então, também</p><p>precisará registrar o investimento que possui na empresa</p><p>Samarco utilizando o método da equivalência patrimonial, assim</p><p>como a BHP Billiton Brasil Ltda fará a mesma coisa.</p><p>Diante dos conceitos apresentados, reforça-se que, se uma empresa</p><p>possui investimentos em coligadas, em controladas e em outras</p><p>sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob</p><p>controle comum, precisarão utilizar o método da equivalência</p><p>patrimonial para contabilização de seus investimentos pós-aquisição.</p><p>Vale ressaltar que o método da equivalência patrimonial deve ser</p><p>realizado mesmo que a investidora não controle a investida. É o caso de</p><p>ser uma coligada. Vamos entender melhor essa situação?</p><p>Atividade discursiva</p><p>Imagine que a entidade X adquira, em fevereiro de 2020, investimento</p><p>representativo de 21% do capital social votante da entidade Y,</p><p>considerado relevante, ou seja, tem-se influência significativa, mas não</p><p>há controle.</p><p>Em agosto de 2020, por força de acordo de acionistas, a empresa X</p><p>passa a exercer o controle sobre a administração dessa entidade.</p><p>Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) </p><p>Levando em consideração essa situação, em que momento a entidade X</p><p>deve adotar o método de equivalência patrimonial para avaliação desse</p><p>investimento?</p><p>Digite sua resposta aqui</p><p>Chave de resposta</p><p>A aplicação do método de equivalência patrimonial já deve ocorrer</p><p>a partir de fevereiro de 2020, visto que, nesse período, a empresa Y</p><p>é considerada uma coligada, ou seja, a empresa X possui</p><p>influência significativa sobre a empresa Y, sem controlá-la.</p><p>Agora ficou mais fácil de entender? É importante ficar atento as</p><p>informações.</p><p>Atenção!</p><p>Não confunda esse item com o momento da consolidação do balanço,</p><p>porque são coisas diferentes. A empresa fará os relatórios consolidados</p><p>a partir do momento que obteve o controle de fato, mas precisará</p><p>registrar seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial</p><p>mesmo antes disso, em suas demonstrações individuais.</p><p>Vamos verificar se ficou claro com mais exemplos!</p><p>Imagine que a empresa X tenha investimento nas seguintes empresas</p><p>elencadas:</p><p> Empresa Y</p><p>Controlada</p><p>da empresa X com 70% de participação.</p><p>Analisando os investimentos que a empresa X possui nas suas</p><p>investidas, podemos verificar que o método da equivalência patrimonial</p><p>será aplicado apenas nos investimentos que a empresa possui em Y e</p><p>W, porque a empresa não pode aplicar no investimento que possui na</p><p>empresa Z, pois não se tem influência significativa sobre ela.</p><p>Veja que ter influência significativa sobre a empresa investida é</p><p>fundamental para que se considere uma coligada e possa utilizar o</p><p>método da equivalência patrimonial.</p><p>Relembrando</p><p>Presume-se existir influência significativa quando se tem 20% ou mais</p><p>do capital votante (ações ordinárias) sem controlá-la.</p><p>MEP na prática</p><p>Método de equivalência patrimonial na prática</p><p>Vamos entender a aplicabilidade do método de equivalência patrimonial</p><p>utilizando alguns exemplos.</p><p>Exemplo 1</p><p>Imagine que determinada empresa denominada de X possui 60% do</p><p>capital da empresa Y.</p><p> Empresa W</p><p>Coligada da empresa X com 25% de participação.</p><p> Empresa Z</p><p>A empresa X não exerce influência significativa</p><p>sobre ela, mas possui participação de 10%.</p><p>Em 31.12.2020 a empresa X tem registrado em seu balanço patrimonial</p><p>o valor de R$400.000 referente a esse investimento. Ainda no ano de</p><p>2020 a empresa Y obteve um lucro de R$100.000.</p><p>Quando uma empresa investe em outra significa que ela quer obter</p><p>retornos. Portanto, usando o método de equivalência patrimonial, todos</p><p>os resultados apurados na empresa investida serão registrados na</p><p>investidora, de forma proporcional ao seu investimento.</p><p>Logo, podemos afirmar que o valor do investimento</p><p>aumenta ou diminui periodicamente com a</p><p>contabilização dos resultados e dividendos de suas</p><p>investidas.</p><p>No caso apresentado, 60% do lucro de R$100.000 pertence à empresa</p><p>X. Então, será registrado o seguinte lançamento contábil:</p><p>D – Investimento (ativo não circulante)</p><p>R$60.000</p><p>C – Receita de equivalência patrimonial (conta</p><p>de resultado)</p><p>R$60.000</p><p>Assim, o investimento registrado que era de R$400.000 passa agora a</p><p>ser R$460.000 (R$400.000 + R$60.000).</p><p>Vale ressaltar que, se o resultado da empresa investida for prejuízo,</p><p>também deve-se lançar na investidora. O lançamento no caso de</p><p>prejuízo será realizado nas seguintes contas:</p><p>D – Despesa de equivalência patrimonial (Conta de resultado)</p><p>C – Investimento (Ativo não circulante)</p><p>Lembrando que o registro inicial do investimento será realizado pelo</p><p>valor de custo e posteriormente será adotado o método de equivalência</p><p>patrimonial para registros proporcionais dos resultados da investida.</p><p>Exemplo 2</p><p>Imagine que a empresa X adquiriu 40% da empresa Y. O patrimônio</p><p>líquido da empresa Y era de R$100.000. Logo, o registro inicial na conta</p><p>de investimentos da empresa X será de R$40.000 (40% de R$100.000).</p><p>Mas e se a empresa X pagou R$45.000 pela empresa Y?</p><p>Se a empresa Y foi adquirida por R$45.000 e seu patrimônio líquido é de</p><p>R$100.000 e X adquiriu 40%, vamos registar na conta de investimentos o</p><p>valor de R$40.000 (40% de R$100.000), mas vamos lançar também a</p><p>saída de R$45.000 do banco.</p><p>Será necessário, então, no momento da aquisição, avaliar o valor justo</p><p>da empresa adquirida para cálculo de mais valia e para identificar se</p><p>houve uma compra vantajosa.</p><p>Vamos entender melhor esse registro inicial.</p><p>Imagine então que a empresa X adquiriu 40% da empresa Y por</p><p>R$45.000. O patrimônio líquido da empresa Y era de R$100.000, e,</p><p>levantando o valor justo do seu patrimônio líquido (o quanto vale seus</p><p>ativos e passivos líquidos), identificamos o valor total de R$48.000.</p><p>Nesse caso, temos a seguinte situação a ser registrada:</p><p>Lançamento inicial pelo método de custo</p><p>D – Investimentos (Ativo não circulante): R$40.000 (40% do</p><p>patrimônio líquido da empresa).</p><p>D – Mais valia (Investimentos, mas separado do anterior): R$8.000</p><p>(diferença entre o patrimônio líquido da empresa e o seu valor</p><p>justo).</p><p>C – Compra vantajosa (receita): R$3.000 (diferença entre o valor</p><p>pago pelo investimento e o valor justo do patrimônio líquido da</p><p>empresa).</p><p>C – Banco: R$45.000 (valor pago pelo investimento na empresa).</p><p>A partir desses registros iniciais, os lucros ou prejuízos e outros</p><p>resultados abrangentes da empresa Y serão registrados na empresa X,</p><p>de acordo com a proporcionalidade de 40%. Isso é utilizar a equivalência</p><p>patrimonial.</p><p>Então, imagine que a empresa Y apresentou lucro, no período, de</p><p>R$30.000 e declarou dividendos de R$10.000.</p><p>Logo, a empresa X efetuará os seguintes registros em sua contabilidade:</p><p>Lançamentos pelo método da equivalência patrimonial</p><p>Acompanhe:</p><p>Lançamento 1 - referente ao resultado do</p><p>período</p><p>D – Investimentos (ativo não circulante): R$12.000.</p><p>D – Receita de equivalência patrimonial (conta de resultado): R$12.000.</p><p>Lançamento 2 - referente à declaração de</p><p>dividendo</p><p>D – Dividendos a receber (ativo não circulante): R$4.000.</p><p>C – Investimentos (ativo não circulante): R$4.000.</p><p>A receita de equivalência patrimonial foi calculada da seguinte maneira:</p><p>40% de R$30.000 é igual a R$12.000.</p><p>E o dividendo foi calculada da seguinte maneira: 40% de R$10.000 é</p><p>igual a R$4.000.</p><p>Agora que vimos como registrar o investimento inicial pelo método de</p><p>custo, vamos para mais exemplos de como aplicar o método da</p><p>equivalência patrimonial.</p><p>Exemplo 3</p><p>Imagine que a empresa X invista em três outras empresas: Y, Z e W. Os</p><p>dados sobre a classificação e os percentuais de participação em cada</p><p>empresa estão descritos no quadro.</p><p>Empresa investida Classificação</p><p>Percentual de</p><p>participação</p><p>Y Controladora 70%</p><p>Z Coligada 25%</p><p>W Sem influência 10%</p><p>Quadro 1: Dados sobre os investimentos da empresa X.</p><p>Stephanie Kalynka.</p><p>Na equivalência patrimonial, precisamos aplicar o percentual de</p><p>participação no resultado da empresa investida e lançar esse valor</p><p>apurado na empresa investidora.</p><p>Vamos apurar, então, a equivalência patrimonial que será registrada na</p><p>empresa X.</p><p>O primeiro passo a se fazer é verificar a classificação das investidas na</p><p>investidora.</p><p>Veja que a empresa X possui participação de 10% sobre a empresa W e</p><p>não possui influência sobre ela. Logo, não se aplicará equivalência</p><p>patrimonial no investimento da empresa W.</p><p>Já os investimentos nas demais empresas passarão por equivalência</p><p>patrimonial e, então, faremos a aplicação do percentual sobre seus</p><p>resultados.</p><p>Vamos verificar como fica?</p><p>Investimento na empresa Y = Aplica-se 70% no lucro de R$100.000,</p><p>logo uma receita de equivalência igual a R$70.000.</p><p>Investimento na empresa Z = Aplica-se 25% no prejuízo de</p><p>R$50.000, então temos uma despesa com equivalência</p><p>patrimonial de R$12.500.</p><p>Portanto, temos um resultado de equivalência patrimonial positiva de</p><p>R$57.500 a ser lançado na empresa X.</p><p>Vamos entender de onde veio R$57.500.</p><p>Para encontrar o valor de R$57.500, basta diminuir o valor de R$70.000</p><p>da receita de equivalência patrimonial de R$12.500 da despesa de</p><p>equivalência patrimonial. Veja que a empresa Z apresentou um</p><p>resultado com prejuízo, logo esse prejuízo precisa ser repassado para a</p><p>investidora, também proporcionalmente à sua participação.</p><p>Vamos entender agora como lançar, ou seja, como registrar esse</p><p>resultado de equivalência patrimonial que foi ilustrado.</p><p>Referente ao investimento na empresa Y, tem-</p><p>se o seguinte registro na empresa X</p><p>D – Investimento empresa Y (ativo não circulante): R$70.000.</p><p>C – Receita com equivalência patrimonial (conta de resultado):</p><p>R$70.000.</p><p>Referente ao investimento na empresa Z,</p><p>tem-se o seguinte registro na empresa X</p><p>D – Despesa com equivalência patrimonial (conta de resultado):</p><p>R$12.500.</p><p>C – Investimento empresa Z (ativo não circulante): R$12.500.</p><p>Veja que teremos um resultado líquido positivo de equivalência</p><p>patrimonial de R$57.500.</p><p>Talvez você esteja se perguntando o que devemos fazer com o lucro da</p><p>empresa W. A empresa X apenas registrará em sua contabilidade a sua</p><p>participação sobre o lucro dessa investida quando ela pagar os</p><p>dividendos, sendo que, nesse momento, registra-se uma receita e uma</p><p>entrada no banco da empresa X.</p><p>Exemplo 4</p><p>Imagine agora que a empresa Alfa tenha adquirido 25% da empresa</p><p>Beta.</p><p>A empresa Beta apurou um lucro líquido de R$100.000 e em seu</p><p>estatuto prevê a distribuição de 30% do seu lucro líquido.</p><p>Para aplicar o método de equivalência patrimonial, primeiro vamos</p><p>registrar o percentual da participação da empresa Alfa na empresa</p><p>Beta.</p><p>D – Investimento (ativo não circulante)</p><p>R$25.000</p><p>C – Receita de equivalência patrimonial (conta</p><p>de resultado)</p><p>R$25.000</p><p>Ou seja, 25% de participação no lucro da empresa que foi de R$100.000.</p><p>Então, temos uma receita de equivalência patrimonial igual a R$25.000.</p><p>Na sequência, vamos precisar registrar a parte do lucro que cabe à</p><p>empresa Alfa e que será distribuído pela empresa Beta.</p><p>Nesse caso 30% do lucro da empresa Beta será distribuído aos seus</p><p>acionistas, ou seja, R$30.000 do total do lucro de R$100.000, no entanto,</p><p>a empresa Alfa possui 25% de participação na empresa Beta, logo tem</p><p>direito a receber R$7.500 de dividendos.</p><p>O lançamento dos dividendos a receber também precisa ser realizado,</p><p>sendo contabilizado da seguinte maneira:</p><p>D – Dividendos a receber (ativo não circulante): R$7.500.</p><p>C – Investimento (ativo não circulante): R$7.500.</p><p>Já quando o dividendo for distribuído, será zerado o valor da conta</p><p>dividendos a receber e alocado na conta caixa ou banco, conforme</p><p>demonstração de lançamento a seguir:</p><p>D – Banco (ativo circulante): R$7.500.</p><p>C – Dividendos a receber (ativo não circulante): R$7.500.</p><p>Atenção!</p><p>Se tivermos lucros não realizados referente a operações entre empresas</p><p>coligadas e controladas, precisamos calcular os lucros não realizados</p><p>para fazer a equivalência patrimonial. Vejamos agora como proceder</p><p>nessas situações.</p><p>Caso 1: Lucros não realizados em empresas coligadas</p><p>Imagine que a empresa Y é coligada da empresa X e que a empresa X</p><p>possui 40% de Y. Imagine ainda que a empresa Y, em 20/11/2020,</p><p>vendeu mercadorias para a empresa X ao valor de R$200.000,00 e que o</p><p>custo dessa mercadoria foi de R$120.000 para a empresa Y.</p><p>A empresa X, na apuração do balanço patrimonial do ano de 2020,</p><p>constatou que permaneciam em seus estoques 50% daquelas</p><p>mercadorias que foram adquiridas da empresa Y. A empresa Y teve um</p><p>lucro líquido de R$120.000,00 no ano de 2020.</p><p>Diante dos dados, vamos entender como encontrar o valor de</p><p>equivalência patrimonial desse caso. Vamos inicialmente encontrar o</p><p>lucro não realizado.</p><p> A receita de vendas da empresa Y pela venda</p><p>realizada para a empresa X foi de R$200.000.</p><p> Já o custo das mercadorias vendidas da empresa Y</p><p>para a empresa X foi de R$120.000.</p><p>Assim, o lucro não realizado foi de 50% de R$80.000, que fecha o valor</p><p>total de R$40.000.</p><p>Vamos pegar agora o lucro do período menos o lucro não realizado:</p><p>R$120.000 – R$40.000 = R$80.000.</p><p>E aplicamos, por fim, o percentual de 40% sobre o lucro realizado de</p><p>R$80.000.</p><p>Agora temos uma receita de equivalência patrimonial igual a R$32.000.</p><p>Outra maneira para compreendermos o cálculo é apresentada no</p><p>quadro. Veja!</p><p>Lucro da Coligada</p><p>R$</p><p>120.000</p><p>Participação na coligada 40%</p><p>= Total (lucro da coligada x %) R$ 48.000</p><p>- Lucro não realizado com o percentual aplicado</p><p>(R$ 40.000 x 40%)</p><p>(R$</p><p>16.000)</p><p>= Valor da equivalência R$ 32.000</p><p>Quadro 2: Equivalência patrimonial com lucros não realizados em coligadas.</p><p>Stephanie Kalynka.</p><p>Vamos agora entender como fazer os cálculos se tivermos investimento</p><p>em empresas controladas e se houver lucros não realizados.</p><p>Caso 2: Lucros não realizados em empresas controladas</p><p>Imagine a mesma situação anterior, mas agora com controlada em vez</p><p>de coligada.</p><p> Desse modo, o lucro dessa operação entre coligada</p><p>foi de R$80.000 (R$200.000 menos R$120.000).</p><p>Então, temos que a empresa Y é controlada da empresa X e a empresa X</p><p>possui 40% de Y.</p><p>A empresa Y, em 20/11/2020, vendeu mercadorias para a empresa X ao</p><p>valor de R$ 200.000,00. O custo dessa mercadoria foi de R$ 120.000</p><p>para a empresa Y. A empresa X, na apuração do Balanço Patrimonial do</p><p>ano de 2020, constatou que permaneciam em seus Estoques 50%</p><p>daquelas mercadorias que foram adquiridas da empresa Y.</p><p>A empresa Y teve um Lucro Líquido de R$ 120.000,00 no ano de 2020.</p><p>Vamos inicialmente encontrar o lucro não realizado.</p><p>A Receita de vendas da empresa Y pela venda realizada para a empresa</p><p>X foi de R$ 200.000.</p><p>Já o custo das mercadorias vendidas da empresa Y para a empresa X</p><p>foi de R$ 120.000.</p><p>Então, o Lucro dessa operação entre controlada e controladora foi de R$</p><p>80.000 (R$ 200.000 menos R$ 120.000).</p><p>Logo, o Lucro não realizado foi de 50% de R$ 80.000, que fecha o valor</p><p>total de R$ 40.000.</p><p>Atenção!</p><p>Não devemos aplicar, no caso de empresas controladas, o percentual de</p><p>participação sobre o lucro não realizado.</p><p>Então, vamos aplicar o percentual apenas sobre o lucro de R$ 120.000 e</p><p>depois deduzir todo o lucro não realizado.</p><p>Outra maneira para compreendermos o cálculo é apresentada no</p><p>quadro. Veja!</p><p>Equivalência patrimonial com lucros não realizado em</p><p>controladas</p><p>Lucro da Controlada</p><p>R$</p><p>120.000</p><p>Participação na coligada 40%</p><p>= Total (lucro da controlada x %) R$ 48.000</p><p>- Lucro não realizado sem aplicar o percentual</p><p>de participação</p><p>R$ 40.000</p><p>Equivalência patrimonial com lucros não realizado em</p><p>controladas</p><p>= Valor da equivalência R$ 8.000</p><p>Quadro 3: Equivalência patrimonial com lucros não realizado em controladas.</p><p>Stephanie Kalynka.</p><p>Veja que, nesse caso, a receita de equivalência patrimonial foi de R$</p><p>8.000.</p><p>Equivalência patrimonial no Brasil</p><p>Equivalência patrimonial em empresas</p><p>brasileiras</p><p>Chegou o momento de identificar as equivalências patrimoniais nos</p><p>relatórios contábeis de algumas empresas brasileiras, começando com</p><p>a JBS S.A.</p><p>A empresa JBS S.A apresenta muitos investimentos em seus relatórios</p><p>contábeis que são registrados pelo método de equivalência patrimonial.</p><p>Observe!</p><p>Participação</p><p>percentual</p><p>Total de ativos</p><p>i. Em controladas:</p><p>JBS Embalagens</p><p>Metálicas</p><p>99,95% 85.409</p><p>JBS Confinamento 100% 618.624</p><p>Conceria Priante 100% 218.723</p><p>JBS Global</p><p>Luxembourg (*)</p><p>100%</p><p>Participação</p><p>percentual</p><p>Total de ativos</p><p>JBS Leather</p><p>International</p><p>100% 743.095</p><p>Brazservice 100% 98.968</p><p>Seara Alimentos 100%</p><p>Rigamonti 100%</p><p>Enersea 100% 855</p><p>JBS Mendoza 100%</p><p>Midup</p><p>Participações</p><p>100%</p><p>JBS Asset</p><p>Management</p><p>100% 103.030</p><p>JBS Investments II 100% 17.159.938</p><p>JBS Investments</p><p>Luxembourg</p><p>100% 148.324.946</p><p>Swift Foods 100% 476</p><p>JBS Toledo 100% 207.272</p><p>JBS Chile 100% 33.938</p><p>ii. Em joint venture:</p><p>Meat Snack</p><p>Partners</p><p>50% 344.453</p><p>Tabela 1: Informações sobre os investimentos, em 2020, da JBS S.A.</p><p>(*) Em dezembro de 2020, a subsidiária indireta JBS Global Luxembourg foi transferida para JBS</p><p>Investments Luxembourg, mediante contribuição de reserva de capital.</p><p>Notas explicativas da JBS S.A, 2020, p. 17.</p><p>Para entendermos a aplicação dos dados da equivalência patrimonial na</p><p>empresa JBS S.A, vamos começar analisando o investimento em Joint</p><p>Venture, isto é, o investimento que a empresa tem na Meat Snack</p><p>Partners. Veja que a JBS S.A possui 50% de participação percentual</p><p>sobre ela. A tabela 1 apresenta, ainda, dados como total de ativos,</p><p>capital social, patrimônio líquido + ágio, receita líquida e lucro líquido da</p><p>empresa Meat.</p><p>Diante dos dados, percebemos que a empresa Meat Snack Partners teve</p><p>um lucro líquido de R$100.236.000, logo a empresa JBS S.A, para o</p><p>cálculo da equivalência patrimonial, aplicará 50% correspondente à sua</p><p>participação, que resultará no valor de R$50.118.000.</p><p>Vamos analisar agora mais uma tabela, também com dados retirados</p><p>das notas explicativas da empresa.</p><p>Saldo em 31.12.19 Adição</p><p>Meat Snack</p><p>Partners</p><p>93.633</p><p>JBS Ontario (10) 58.725</p><p>Total 93.633 58.725</p><p>Tabela 2: Movimentação dos investimentos de 2020 da JBS S.A.</p><p>(10) Em 11 de maio de 2020, a subsidiária indireta da Companhia JBS Foods Canada ULC,</p><p>adquiriu 100% da participação acionária da Vantage Foods Inc. (após a aquisição denominada</p><p>“JBS Ontario”), pelo montante pago em caixa de US$10,4 milhões (equivalente a R$ 60.341 na</p><p>data da transação). JBS Ontario</p><p>foi reconhecida como uma coligada, pois não atende aos</p><p>requisitos de controle, devido a um acordo operacional com um terceiro que possui todos os</p><p>direitos de tomada de decisão e exposição à variabilidade nos retornos.</p><p>Notas explicativas, JBS S.A, p. 18.</p><p>Diante desses dados apresentados na tabela 2, percebe-se que a</p><p>empresa JBS S.A tinha em 31/12/2019 um saldo de R$93.633 na conta</p><p>investimentos referente à empresa Meat Snack Partners. Veja que foi</p><p>registrado em 2020 na JBS S.A um resultado de equivalência</p><p>patrimonial de R$50.118.000, que corresponde 50% de R$100.236.000.</p><p>Houve ainda uma distribuição de dividendos no valor de R$30.000. Isso</p><p>fez com que o valor do investimento que era de R$93.633.000 passasse</p><p>a ser R$113.751.000 (R$93.633.000 – R$30.000.000 + R$50.118.000).</p><p>Vamos verificar agora as informações sobre os investimentos na</p><p>empresa JBS S.A no ano de 2019. Primeiro verifique os dados da tabela.</p><p>Observe!</p><p>Participação</p><p>percentual</p><p>Total de ativos</p><p>i. Em controladas:</p><p>JBS Embalagens</p><p>Metálicas</p><p>99% 85.306</p><p>JBS Confinamento 100% 842.021</p><p>Conceria Priante 100% 152.674</p><p>JBS Global</p><p>Luxembourg</p><p>100% 85.748.402</p><p>JBS Leather</p><p>International</p><p>100% 603.522</p><p>Brazservice 100% 72.233</p><p>Seara Alimentos 100% 26.160.836</p><p>Rigamonti 100% 388.136</p><p>Enersea 100% 957</p><p>JBS Mendoza 100% 19</p><p>Midup</p><p>Participações</p><p>100% 17.298</p><p>JBS Asset</p><p>Management</p><p>100% 86.461</p><p>JBS Investments II 100% 11.897.819</p><p>JBS Investments</p><p>Luxembourg</p><p>100% 141</p><p>Violet Holdings 100% 249</p><p>Participação</p><p>percentual</p><p>Total de ativos</p><p>ii. Em joint venture:</p><p>Meat Snack</p><p>Partners</p><p>50% 265.332</p><p>Tabela 3: Informações sobre os investimentos em 2019 da JBS S.A</p><p>Notas explicativas, JBS S.A, p. 18.</p><p>Vejamos agora o investimento realizado na empresa JBS Embalagens</p><p>Metálicas, empresa controlada pela JBS S.A, a qual possui participação</p><p>societária de 99%.</p><p>Em 2019, a empresa JBS Embalagens Metálicas apresentou um prejuízo</p><p>de R$30.379.000. Logo a empresa JBS S.A registrou um resultado do</p><p>período de despesa com equivalência patrimonial de R$30.075.000</p><p>(99% de R$30.379.000). O valor do investimento na empresa JBS S.A era</p><p>de (R$82.197.000) e passou a ser no final do ano de R$112.272.000.</p><p>Veja na tabela 4.</p><p>Saldo em</p><p>31.12.18</p><p>Adição</p><p>(Baixa)</p><p>Variação</p><p>cambial</p><p>JBS</p><p>Embalagens</p><p>Metálicas</p><p>-82.197</p><p>JBS</p><p>Confinamento</p><p>512.233 40.000</p><p>Conceria</p><p>Priante</p><p>10.026 135.598 -3.545</p><p>JBS Holding</p><p>GmbH</p><p>695.580 -695.611 -29.144</p><p>JBS Global</p><p>Luxembourg</p><p>19.716.731 -4.362.188 1.078.923</p><p>JBS Leather</p><p>International</p><p>-354.264 359.208 -12.129</p><p>Brazservice -72.070</p><p>Seara</p><p>Alimentos</p><p>3.728.133</p><p>Meat Snack</p><p>Partners</p><p>84.967 -25.500</p><p>Rigamonti 139.236 22.342 3.529</p><p>Enersea -481</p><p>JBS Mendoza 758 -279</p><p>Midup</p><p>Participações</p><p>17.966</p><p>JBS</p><p>Milestone</p><p>11 -11</p><p>JBS Asset</p><p>Management</p><p>84.170 3.475</p><p>JBS</p><p>Investments II</p><p>GmbH</p><p>114 -720</p><p>JBS</p><p>Investments</p><p>Luxembourg</p><p>- 145 763</p><p>Violet</p><p>Holdings</p><p>- 247 2</p><p>Subtotal 24.480.913 -4.525.770 1.040.875</p><p>Provisão para</p><p>perda de</p><p>509.012</p><p>investimentos</p><p>(*)</p><p>Total 24.989.925</p><p>Tabela 4: Movimentação dos investimentos de 2019 da JBS S.A.</p><p>Notas explicativas da JBS S.A, 2020, p. 189.</p><p>Agora vamos analisar os registros de equivalência patrimonial da</p><p>empresa Magazine Luiza. Confira os dados da próxima tabela!</p><p>Controladas</p><p>Participação</p><p>Quotas Ações %</p><p>Netshoes 1.514.532.428 100%</p><p>Época cosméticos 34.405.475 100%</p><p>Magalu Pagamento 2.000.000 100%</p><p>Integra Commerce 100 100%</p><p>Consórcio Luiza 6.500 100%</p><p>Magalog 16.726 100%</p><p>Softbox 23.273.616 100%</p><p>Kelex 100 100%</p><p>Certa 100 100%</p><p>Movimentação Saldo inicial AFAC</p><p>Netshoes 768.904 141.000</p><p>Época cosméticos 58.025 46.000</p><p>Movimentação Saldo inicial AFAC</p><p>Magalu Pagamento 1.992 71.000</p><p>Integra Commerce 2.841</p><p>Consórcio Luiza 44.372</p><p>Magalog 14.039 92.500</p><p>Softbox 43.921 14.219</p><p>Kelex 1.009</p><p>Certa 470</p><p>Total 935.573 364.719</p><p>Tabela 5: Movimentação dos investimentos em controladas de 2020 da Magazine Luiza.</p><p>Notas explicativas da Magazine Luiza, 2020, p. 44.</p><p>Veja que a empresa Netshoes, em 2020, apresentou um prejuízo de</p><p>R$195.207.000. Logo, sendo uma controlada integral da Magazine Luiza,</p><p>refletiu um resultado negativo de equivalência patrimonial em sua</p><p>controlada do mesmo valor.</p><p>Agora verifique o investimento na empresa Integra Commerce,</p><p>registrado na Magazine Luiza no início de 2020 por R$2.841.000, a qual</p><p>detém 100% do capital. A empresa Integra Commerce apresentou um</p><p>prejuízo de R$671.000. Assim, a empresa Magazine Luiza registrou</p><p>também 100% do prejuízo da sua controlada e o saldo do seu</p><p>investimento passou a ser de R$2.170.000.</p><p>Por fim, vamos analisar o investimento na empresa Kelex, onde a</p><p>Magazine Luiza também detém 100% do capital e apresentou, no início</p><p>de 2020, o valor de R$1.009.000.</p><p>Durante o período de 2020 a empresa Kelex apresentou lucro de</p><p>R$63.000. Então, tendo a empresa 100% do seu capital, registrou 100%</p><p>do seu lucro como receita de equivalência patrimonial, em que o saldo</p><p>final do seu investimento no balanço patrimonial passou a ser de</p><p>R$1.072.000.</p><p>Aplicação do método de equivalência</p><p>patrimonial</p><p>Veja agora como aplicar o método de equivalência patrimonial. Confira!</p><p></p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>(FDC, 2012) A legislação vigente determina que sejam coligadas as</p><p>sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa,</p><p>isto é, quando a investidora detém ou exerce o poder de participar</p><p>nas decisões das políticas financeiras ou operacionais da investida,</p><p>sem, contudo, controlá-la. Essa influência significativa também é</p><p>presumida quando a companhia investidora, nas mesmas</p><p>condições anteriores, possuir a seguinte porcentagem do capital</p><p>votante da investida:</p><p>Parabéns! A alternativa C está correta.</p><p>A Lei vigente sobre o assunto é a Lei nº 6.404/76, que presume</p><p>existir influência significativa quando se tem 20% ou mais do capital</p><p>votante, sem controlá-la.</p><p>Questão 2</p><p>(IBADE, 2019) Empresa com investimentos em coligadas faz o</p><p>registro em sua contabilidade da declaração de dividendos feita por</p><p>essa investida. A conta que receberá o crédito desse lançamento</p><p>será</p><p>A 5%</p><p>B 10%</p><p>C 20% ou mais</p><p>D entre 5% e 10%</p><p>E entre 10% e 20%</p><p>Parabéns! A alternativa A está correta.</p><p>O lançamento contábil referente ao registro da declaração de</p><p>dividendos é o débito na conta dividendos a receber e o crédito na</p><p>conta investimento.</p><p>2 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes</p><p>Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os procedimentos contábeis em</p><p>provisões, passivos e ativos contingentes.</p><p>A investimento.</p><p>B receita de dividendos.</p><p>C receita financeira.</p><p>D dividendos a receber.</p><p>E dividendos a pagar.</p><p>Provisão</p><p>Primeiras palavras</p><p>Na contabilidade, muitas são as confusões sobre alguns termos e</p><p>contabilizações. E agora que já entendemos como registrar os</p><p>investimentos usando o método da equivalência patrimonial, vamos</p><p>compreender alguns termos que também podem gerar muitas dúvidas</p><p>no dia a dia do profissional contábil. Esses termos são: provisão,</p><p>passivo contingente e ativo contingente.</p><p>Para não haver mais confusão sobre esses assuntos, vamos agora</p><p>entender cada termo e saber como devemos apresentá-los na</p><p>contabilidade das empresas.</p><p>O que é provisão?</p><p>O termo provisão é muito utilizado dentro dos departamentos contábeis</p><p>das empresas e significa um passivo de prazo ou de valor incertos.</p><p>De acordo com a NBC TG 25, passivo é uma obrigação</p><p>presente da entidade, derivada de eventos passados,</p><p>cuja liquidação se espera que resulte em saída de</p><p>recursos da empresa, capazes de gerar benefícios</p><p>econômicos.</p><p>Ou seja, provisão representa uma obrigação atual da empresa que foi</p><p>constituída no passado e que se espera pagar por ela, no entanto, os</p><p>valores e os prazos de pagamento dessa obrigação são incertos.</p><p>Como exemplo, vamos lembrar da barragem de rejeitos que se rompeu</p><p>na mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, Minas Gerais.</p><p>O rompimento liberou um fluxo de rejeitos, destruindo algumas das</p><p>instalações da empresa Vale, afetando as comunidades locais e</p><p>causando</p><p>impacto no meio ambiente. A Vale divulgou em suas notas</p><p>explicativas que os rejeitos liberados causaram um impacto de cerca de</p><p>315km de extensão, atingindo as proximidades do rio Paraopeba.</p><p>O rompimento da barragem em Brumadinho resultou ainda em muitas</p><p>mortes. Como consequência do rompimento da barragem, a empresa</p><p>Vale vem reconhecendo provisões para atender aos compromissos</p><p>assumidos, incluindo descaracterização de barragens, indenizações</p><p>individuais aos que foram afetados pelo evento, gastos com reparação</p><p>das áreas impactadas e compensação à sociedade.</p><p>Atenção!</p><p>De acordo com a NBC TG 25, uma provisão só deve ser reconhecida</p><p>quando:</p><p>1. a empresa tem uma obrigação presente, seja ela legal ou não</p><p>formalizada, como resultado de evento passado;</p><p>2. seja provável que será necessária uma saída de recursos que</p><p>incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação;</p><p>3. possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.</p><p>E cabe ressaltar que, se essas condições não forem satisfeitas,</p><p>nenhuma provisão deve ser reconhecida. Lembrando, ainda, que</p><p>reconhecer uma provisão significa lançá-la na contabilidade.</p><p>Vamos entender melhor o que significa cada uma das três condições</p><p>para se reconhecer uma provisão.</p><p>Obrigação presente como resultado de evento passado</p><p>Uma obrigação presente como resultado de evento passado significa</p><p>que, no passado, a empresa adquiriu uma obrigação que, hoje, é</p><p>presente.</p><p>Quando não for claro que existe uma obrigação presente, leva-se em</p><p>consideração todas as evidências disponíveis e, por meio delas,</p><p>presume-se que um evento passado dá origem a uma obrigação</p><p>presente quando é mais provável que sim do que não que exista uma</p><p>obrigação presente na data do balanço.</p><p>Exemplo</p><p>Em casos de processos judiciais, pode trazer dúvidas se existe ou não</p><p>uma obrigação presente derivada de um evento passado e, nesses</p><p>casos, precisamos recorrer à opinião de advogados e peritos.</p><p>Lembra do caso de Brumadinho? Os advogados da empresa Vale</p><p>apontaram que é provável que a empresa tenha que pagar as</p><p>indenizações. As evidências levantadas para determinação do</p><p>reconhecimento ou não levará em consideração os seguintes pontos</p><p>apresentados pela NBC TG 25. Confira!</p><p>Um evento resultado do passado que conduz a uma obrigação presente</p><p>é chamado de um evento que cria obrigação. Porém, para ser um evento</p><p>que cria obrigação, é necessário que a empresa não tenha qualquer</p><p>alternativa realista senão liquidar a obrigação criada. De acordo com a</p><p>NBC TG 25, esse é o caso somente:</p><p>1. quando a liquidação da obrigação pode ser imposta legalmente.</p><p>2. na hipótese de obrigação não formalizada, quando o evento (que</p><p>pode ser uma ação da entidade) cria expectativas válidas em</p><p>terceiros de que a entidade cumprirá a obrigação.</p><p>No caso do rompimento da barragem em Brumadinho, percebe-se a</p><p>existência de uma liquidação das obrigações com o município e com as</p><p>vítimas e seus familiares.</p><p>Provável saída de recursos que incorporam benefícios futuros</p><p>Para que um passivo seja reconhecido, é necessário haver não somente</p><p>uma obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de</p><p>recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar essa</p><p>obrigação.</p><p>Para a NBC TG 25, no entanto, uma saída de recursos é considerada</p><p>provável se o evento for mais provável que sim do que não de ocorrer,</p><p>isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do que a</p><p>probabilidade de não acontecer. Quando não for provável que exista</p><p>uma obrigação presente, a empresa divulga um passivo contingente, a</p><p>menos que a possibilidade de saída de recursos que incorporam</p><p>benefícios econômicos seja remota.</p><p>Estimativa con�ável</p><p>É necessário o uso de estimativas das provisões, sendo isso</p><p>especialmente verdadeiro no caso de provisões, que, pela sua natureza,</p><p>são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do balanço.</p><p>Nos casos em que nenhuma estimativa confiável possa ser feita, existe</p><p>um passivo que não pode ser reconhecido (NBC TG 25).</p><p>Gelbcke et al.(2018) elenca alguns exemplos típicos de provisões:</p><p>1. Provisão para garantias de produtos, mercadorias e serviços;</p><p>2. Provisão para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis;</p><p>3. Provisão para reestruturação;</p><p>4. Provisão para danos ambientais causados pela entidade;</p><p>5. Provisão para compensações ou penalidades por quebra de</p><p>contratos;</p><p>�. Obrigação por retirada de serviço de ativos de longo prazo;</p><p>7. Provisão para benefícios a empregados;</p><p>�. Provisão para obrigação de restituição.</p><p>O registro contábil de uma provisão, na sua maioria, é</p><p>na conta débito de despesa e a crédito no passivo</p><p>como provisão para contingência.</p><p>Passivo contingente</p><p>Quando se fala em provisões e passivos contingentes, vamos sempre</p><p>recorrer a três palavras:</p><p></p><p>Provável</p><p></p><p>Possível</p><p></p><p>Remota</p><p>Isto é, uma obrigação quando não é certa, pode ser considerada como</p><p>provável, possível ou remota.</p><p>Se for provável, temos uma provisão e devemos contabilizar e divulgar</p><p>em nota explicativa. No entanto, se for uma obrigação possível, vamos</p><p>chamar de passivo contingente, e passivos contingentes não se</p><p>contabilizam, mas sim se evidenciam em notas explicativas. Já se a</p><p>obrigação for remota, não se reconhece e nem se divulga.</p><p>Diante desse entendimento, podemos verificar o que aborda a NBC TG</p><p>25 sobre o assunto: Segundo a Norma, passivo contingente é:</p><p> Obrigação possível</p><p>Uma obrigação possível que resulta de eventos</p><p>passados e cuja existência será confirmada apenas</p><p>pela ocorrência ou não de um ou mais eventos</p><p>futuros incertos não totalmente sob controle da</p><p>entidade.</p><p>É interessante que seja reforçado que as empresas não devem</p><p>reconhecer um passivo contingente, mas sim divulgá-lo em nota</p><p>explicativa. Ele só não será divulgado em notas explicativas caso seja</p><p>remota a possibilidade de uma saída de recursos que incorporem</p><p>benefícios econômicos.</p><p>Vamos entender melhor essa explicação, no quadro.</p><p>Tipo de obrigação Procedimento contábil</p><p>Obrigação presente qwue</p><p>provavelmente requer uma saída</p><p>de recursos.</p><p>Reconhece a provisão e</p><p>divulga em nota</p><p>explicativa</p><p>Obrigação possível ou obrigação</p><p>presente que pode requerer, mas</p><p>provavelmente não irá requerer,</p><p>uma saída de recursos.</p><p>Divulga em nota</p><p>explicativa</p><p>Obrigação possível ou obrigação</p><p>presente cuja probabilidade de</p><p>uma saída de recursos é remota.</p><p>Nenhum procedimento</p><p>Quadro 3: Tipos de obrigação e procedimento contábil.</p><p>Adaptado de NBC TG25.</p><p>Existe um truque que pode nos ajudar a lembrar do que fazer</p><p>contabilmente para cada tipo de obrigação. Esse truque está na palavra</p><p>PROPOR.</p><p> Obrigação presente</p><p>Uma obrigação presente que resulta de eventos</p><p>passados, mas que não é reconhecida porque:</p><p>(i) não é provável que uma saída de recursos que</p><p>incorporam benefícios econômicos seja exigida</p><p>para liquidar a obrigação;</p><p>(bi) o valor da obrigação não pode ser mensurado</p><p>com suficiente confiabilidade.</p><p>É só lembrarmos assim: o que vem primeiro tem mais destaque, na</p><p>sequência, o destaque vai caindo até chegar no último que não tem</p><p>destaque algum. Ficou confuso? Calma!</p><p>Vamos imaginar que determinada empresa possui duas ações correndo</p><p>contra ela, sendo levantado seus valores estimados e suas</p><p>probabilidades de perda dos processos, conforme o quadro.</p><p>Processo Valor estimado</p><p>Probabilidade d</p><p>perda do proces</p><p>Ação trabalhista R$ 1.550.000 Provável</p><p>Processo ambiental R$ 2.000.000 Possível</p><p>Ação fiscal R$ 500.000 Remota</p><p> PRO é de Provável</p><p>Quando é a obrigação provável temos a figura da</p><p>provisão, ou seja, devemos lançar na contabilidade</p><p>e divulgar em nota explicativa.</p><p> PO é de Possível</p><p>Quando a obrigação é possível, não devemos</p><p>lançar, mas sim divulgar em nota explicativa.</p><p> R é de Remota</p><p>Quando a obrigação é remota não devemos fazer</p><p>nada, nem reconhecer, nem divulgar.</p><p>Quadro 4: Probabilidades de perda de processos.</p><p>Stephanie Kalynka.</p><p>Diante dos processos apresentados, a empresa precisará registrar na</p><p>contabilidade uma provisão para contingência no valor de R$1.550.000</p><p>e esse processo</p><p>também será evidenciado em notas explicativas.</p><p>Já o processo ambiental no valor de R$2.000.000 não será registrado,</p><p>no entanto, por ter uma probabilidade de perda possível, será</p><p>evidenciado em notas explicativas.</p><p>E por fim, quanto à ação fiscal, não será realizado nenhum procedimento</p><p>contábil, pois sua possibilidade de perda é remota.</p><p>Ativo contingente</p><p>Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e</p><p>cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um</p><p>ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da</p><p>entidade (NBC TG 25).</p><p>No caso de ativo contingente, podemos pensar ao contrário do passivo</p><p>contingente, por exemplo, se a empresa tem a possibilidade de receber</p><p>por uma ação judicial e não a pagar por uma indenização.</p><p>Atenção!</p><p>Cabe ressaltar que a empresa não deve reconhecer (lançar) um ativo</p><p>contingente. No entanto, quando a realização do ganho é praticamente</p><p>certa, então o ativo não é um ativo contingente e o seu reconhecimento</p><p>é adequado.</p><p>O ativo contingente é divulgado em notas explicativas quando for</p><p>provável a entrada de benefícios econômicos.</p><p>Os ativos contingentes devem ser avaliados periodicamente para</p><p>garantir que os desenvolvimentos sejam apropriadamente refletidos nas</p><p>demonstrações contábeis.</p><p>Ao avaliar um ativo contingente e constatar que é praticamente certo</p><p>que ocorrerá uma entrada de benefícios econômicos, o ativo e o</p><p>correspondente ganho são reconhecidos nas demonstrações contábeis</p><p>do período em que ocorrer a mudança de estimativa. Se a entrada de</p><p>benefícios econômicos se tornar provável, a entidade divulga o ativo</p><p>contingente.</p><p>Para entender melhor, veja o quadro!</p><p>Tipo de entrada</p><p>Procedimento</p><p>contábil</p><p>A entrada de benefícios econômicos</p><p>é praticamente certa.</p><p>O ativo não é</p><p>contigente</p><p>A entrada de benefícios econômicos</p><p>é provável, mas não praticamente</p><p>certa.</p><p>Divulga em nota</p><p>explicativa</p><p>A entrada não é provável.</p><p>Nenhum</p><p>procedimento</p><p>Quadro 5: Tipos de entrada e procedimento contábil.</p><p>Adaptado de NBC TG25.</p><p>Vamos verificar no quadro 6 um exemplo de provisão, passivo</p><p>contingente e ativo contingente da empresa Vale. Todos os itens que</p><p>estão apresentados foram apontados nas notas explicativas da</p><p>empresa em 2020.</p><p>Tipo Fato ocorrido</p><p>Provisão No âmbito das indenizações</p><p>individuais, a Vale e a Defensoria</p><p>Pública do Estado de Minas Gerais</p><p>formalizaram, em 5 de abril de 2019,</p><p>um termo de compromisso por meio</p><p>do qual as pessoas atingidas pelo</p><p>rompimento da Barragem de</p><p>Brumadinho podem optar por negociar</p><p>com a Vale a celebração de acordos</p><p>extrajudiciais, individuais ou por grupo</p><p>familiar, para estabelecer a</p><p>indenização por danos materiais e</p><p>morais por eles sofridos. Esse termo</p><p>de compromisso estabelece a base</p><p>para uma ampla variedade de</p><p>Tipo Fato ocorrido</p><p>pagamentos de indenização, os quais</p><p>foram definidos com base superiores à</p><p>jurisprudência dos Tribunais</p><p>brasileiros, observando preceitos e</p><p>normas da Organização das Nações</p><p>Unidas (ONU). O saldo desta provisão</p><p>era de R$930 em 31 de dezembro de</p><p>2020 (R$2.992 em 31 de dezembro de</p><p>2019). Adicionalmente, em 2019, a</p><p>Companhia foi notificada da</p><p>imposição de multas administrativas</p><p>pelo Instituto Brasileiro do Meio</p><p>Ambiente e dos Recursos Naturais</p><p>Renováveis (IBAMA), no montante de</p><p>R$250. Em julho de 2020, a</p><p>Companhia firmou um acordo com o</p><p>IBAMA, no qual R$150 serão aplicados</p><p>em projetos ambientais em 7 parques</p><p>no Estado de Minas Gerais, cobrindo</p><p>uma área de aproximadamente 794 mil</p><p>hectares, e R$100 serão destinados a</p><p>programas relacionados a saneamento</p><p>básico no Estado de Minas Gerais.</p><p>Passivo</p><p>Contingente</p><p>A Companhia é parte em ações civis</p><p>públicas movidas por associações</p><p>representativas de comunidades</p><p>indígenas Kayapó e Xikrin, do Estado</p><p>do Pará, que buscam a suspensão das</p><p>licenças ambientais dos</p><p>empreendimentos de Onça Puma</p><p>(níquel), Salobo (cobre) e S11D</p><p>(minério de ferro). As associações</p><p>alegam, entre outros aspectos, que</p><p>não foram conduzidos estudos</p><p>apropriados sobre as comunidades</p><p>indígenas próximas destas operações</p><p>durante o processo de licenciamento</p><p>ambiental, os quais foram</p><p>regularmente processados e</p><p>aprovados pelos órgãos licenciadores</p><p>competentes e gozam de presunção</p><p>legal de legitimidade. A Companhia</p><p>entende que a probabilidade de perda</p><p>Tipo Fato ocorrido</p><p>nestas ações é possível, contudo, o</p><p>montante de eventuais perdas</p><p>resultantes da possível paralisação</p><p>destas operações ou ações</p><p>compensatórias para impedir a</p><p>suspensão destas licenças ambientais</p><p>não podem ser estimadas com</p><p>confiabilidade.</p><p>Ativo Contingente</p><p>Em 2015, a Companhia ingressou com</p><p>Execução da Sentença referente à</p><p>decisão transitada em julgado que</p><p>reconheceu parcialmente o seu direito</p><p>de receber as diferenças de correção</p><p>monetária e juros de empréstimo</p><p>compulsório, relativamente à terceira</p><p>conversão de ações da Eletrobrás, no</p><p>período entre 1987 e 1993. Em</p><p>novembro de 2019, a Companhia</p><p>requereu o pagamento do valor</p><p>reconhecido pela Eletrobrás como</p><p>devido, o que foi deferido pelo juízo.</p><p>Em agosto de 2020, a Companhia</p><p>recebeu R$301, e o valor</p><p>remanescente ainda está em</p><p>avaliação. Portanto, o ativo</p><p>contingente do montante em</p><p>discussão não foi reconhecido nas</p><p>demonstrações financeiras da</p><p>Companhia.</p><p>Quadro 6: Provisão, passivo contingente e ativo contingente da empresa Vale.</p><p>Notas explicativas, 2020, Vale.</p><p>Provisões, passivos e ativos</p><p>contingentes</p><p></p><p>Veja agora os procedimentos contábeis a serem adotados para as</p><p>provisões, os passivos e os ativos contingentes. Vamos lá!</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos.</p><p>Vamos praticar alguns conceitos?</p><p>Questão 1</p><p>(VUNESP, 2016) Fatos ocorridos que surgem normalmente de</p><p>evento não planejado ou de outros não esperados, que dão origem</p><p>à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para uma</p><p>entidade, são considerados</p><p>Parabéns! A alternativa E está correta.</p><p>Os ativos contingentes surgem de eventos não planejados, ou de</p><p>outros que não se espera, e dão a possibilidade de entrada de</p><p>recurso para a empresa.</p><p>Questão 2</p><p>A passivos contingentes.</p><p>B outras contas a receber.</p><p>C receitas extraordinárias.</p><p>D variações patrimoniais.</p><p>E ativos contingentes.</p><p>(VUNESP, 2020) Uma obrigação possível, que resulta de eventos</p><p>passados, e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência</p><p>ou não de um ou mais eventos futuros incertos, não totalmente sob</p><p>controle da entidade, é considerada conforme norma brasileira de</p><p>contabilidade como</p><p>Parabéns! A alternativa A está correta.</p><p>O passivo contingente representa uma obrigação possível, que</p><p>resulta de eventos passados, e cuja existência será confirmada</p><p>apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros</p><p>incertos, não totalmente sob controle da entidade.</p><p>Considerações �nais</p><p>Como vimos, as empresas que possuem investimentos em coligadas,</p><p>controladas e empreendimento controlado em conjunto precisam</p><p>registrá-los pelo método de equivalência patrimonial. Significa que</p><p>nessas situações, as empresas precisam considerar em seus</p><p>investimentos os percentuais correspondentes a suas aplicações sobre</p><p>o resultado do período da investida. Mesmo que a empresa obtenha</p><p>prejuízo, verificamos que é necessário, inclusive, registrar a despesa</p><p>referente à equivalência patrimonial na empresa investida.</p><p>A passivo contingente.</p><p>B provisão.</p><p>C contas a pagar.</p><p>D passivo oneroso.</p><p>E passivo oculto.</p><p>Vimos ainda conceitos e procedimentos contábeis a serem adotados</p><p>em caso de contingências. Verificamos que, quando as empresas</p><p>possuem situação em que a probabilidade de perda de processos seja</p><p>provável, é necessário o reconhecimento contábil em provisão para</p><p>contingência e a evidenciação em notas explicativas. Porém, se a perda</p><p>for possível, é necessário apenas a evidenciação em notas explicativas</p><p>e, sendo remota a probabilidade, não se deve adotar nenhum</p><p>procedimento contábil. Já nas situações em que a probabilidade de</p><p>ganho de alguma contingência for provável, deve-se evidenciar em nota</p><p>explicativa</p><p>um ativo contingente.</p><p>Podcast</p><p>Para encerrar, acompanhe os procedimentos necessários para as</p><p>provisões, os passivos e os ativos contingentes. Ouça!</p><p></p><p>Explore +</p><p>Confira agora as indicações que separamos especialmente para você!</p><p>Acesse o site da B3 e veja os investimentos das atuais empresas</p><p>brasileiras.</p><p>Assista aos seguintes vídeos do canal Profª Camila Sa, no YouTube:</p><p>Equivalência Patrimonial</p><p>CPC 25 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes</p><p>Referências</p><p>B3. A Bolsa do Brasil. Consultado na internet em: 27 de jan. 2022.</p><p>BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as</p><p>Sociedades por Ações. Brasília, 1976.</p><p>GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a</p><p>todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC.</p><p>2. ed. São Paulo: Atlas, 2018.</p><p>NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABLIDADE. NBC. NBC TG 18 (R3) –</p><p>Investimento em coligada, em controlada e em empreendimento</p><p>controlado em conjunto. Brasília, 2017.</p><p>NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABLIDADE. NBC. NBC TG 25 (R2) –</p><p>Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Brasília, 2017.</p><p>SUAVE, R. et al. Divulgação de Passivos Contingentes nas empresas</p><p>mais líquidas da BM&FBOVESPA. Revista da UNIFEBE, v. 1 n. 11, 2013.</p><p>ALGUÉM pediu sua empresa em joint venture? O que analisar antes do</p><p>‘sim’. Endeavor Brasil, out. 2016.</p><p>Material para download</p><p>Clique no botão abaixo para fazer o download do</p><p>conteúdo completo em formato PDF.</p><p>Download material</p><p>O que você achou do conteúdo?</p><p>Relatar problema</p><p>javascript:CriaPDF()</p>