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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER</p><p>ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA</p><p>BACHARELADO EM ENGENHARIA DA PRODUÇÃO</p><p>DISCIPLINA – TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA</p><p>DE PRODUÇÃO</p><p>ATIVIDADE PRÁTICA PROCESSO DE FABRICAÇÃO</p><p>DE LATAS DE AEROSSOL</p><p>MARCOS VINICIUS TINOCO TEIXEIRA</p><p>EMERSON DA SILVA SEIXAS</p><p>CORINTO - MG</p><p>2024</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Desde a sua introdução no Brasil em 1989, a lata de alumínio para bebidas tem passado</p><p>por significativas transformações devido à produção interna da chapa conforme as</p><p>especificações do produto e à chegada de empresas detentoras da tecnologia de fabricação. Nas</p><p>últimas três décadas, observa-se uma evolução marcante nas técnicas empregadas pelas</p><p>empresas produtoras de latas de alumínio para bebidas. Inicialmente fabricadas em três partes</p><p>distintas (corpo, fundo e tampa), utilizando equipamentos herdados da produção de latas de</p><p>aço, essas embalagens foram progressivamente aprimoradas para se tornarem elementos</p><p>sofisticados de consumo, alinhados com os mais recentes avanços tecnológicos. Este trabalho</p><p>tem como objetivo principal relatar detalhadamente o processo de fabricação de uma lata de</p><p>alumínio de 400 ml, destacando suas etapas e os principais aspectos envolvidos.</p><p>2 DESENVOLVIMENTO</p><p>Em um intervalo de 24 horas, uma unidade fabril demonstra sua capacidade de</p><p>produção ao fabricar mais de 3 milhões de latas. No Brasil, destacam-se três fabricantes</p><p>principais de latas de alumínio para bebidas: Crown, Latapack-Ball e Rexam. O processo de</p><p>fabricação das latas de alumínio é amplamente considerado simples e segue um padrão</p><p>uniforme entre todas as fabricantes.</p><p>Para a produção das latas, são necessárias duas linhas de produção distintas: uma para</p><p>a confecção do corpo da lata e outra para a fabricação da tampa. O processo de fabricação do</p><p>corpo da lata envolve processos distintos, que serão detalhadamente descritas a seguir.</p><p>Formação do Corpo: A lata começa com o alumínio laminado chegando à fábrica em grandes</p><p>bobinas que são então processadas na prensa de estampagem. Utilizando um equipamento</p><p>computadorizado, a chapa é cortada em vários discos que adquirem a forma de um copo raso.</p><p>Nesta etapa, o alumínio mantém a espessura original da lâmina. Todo o material excedente</p><p>desta fase é reciclado para a produção de novas chapas.</p><p>Fabricação do Corpo da Lata: e o processo de aparagem ocorrem da seguinte forma: o copo</p><p>raso segue para outra máquina, o BodyMaker, onde inicia sua transformação para o formato</p><p>final da lata. Nesta etapa, o copo raso é submetido a uma grande pressão por uma série de anéis</p><p>de precisão, sendo cada um ligeiramente menor que o anterior. Esse movimento reduz</p><p>gradualmente a espessura da parede do copo, aumentando seu comprimento e formando</p><p>simultaneamente o fundo da lata. Posteriormente, as latas passam pelo Trimmer, um</p><p>equipamento responsável por aparar a borda superior dos corpos já esticados, assegurando que</p><p>todos tenham o mesmo comprimento nominal.</p><p>Lavagem e Secagem: Após o nivelamento, os copos são submetidos a uma lavagem interna e</p><p>externa de alta eficiência, cujo objetivo é remover partículas e resíduos gerados durante o</p><p>processo de formação do corpo. Em seguida, são encaminhados para um forno de secagem.</p><p>Após essa etapa, as latas estão prontas para receber a impressão de seus rótulos.</p><p>Impressão do Rótulo e Revestimento Externo: Após o processo de lavagem e secagem, os</p><p>copos entram na fase de impressão dos rótulos. Na operação de impressão, os rótulos são</p><p>aplicados usando um sistema de dry offset, permitindo a utilização de várias cores</p><p>simultaneamente. As máquinas mais avançadas conseguem imprimir mais de duas mil latas</p><p>por minuto. Logo após a impressão, a lata recebe quase que simultaneamente uma camada</p><p>externa de verniz incolor para proporcionar um acabamento brilhante e durável, além de evitar</p><p>o descascamento da tinta. Também é aplicada uma camada no fundo da lata para assegurar sua</p><p>estabilidade.</p><p>Secagem, cura e revestimento interno: Após a aplicação dos rótulos, as latas seguem para</p><p>outro forno, desta vez para curar o verniz de proteção aplicado externamente. Em seguida, é</p><p>aplicado o verniz interno, que forma um revestimento protetor dentro da lata. Este</p><p>procedimento é essencial para garantir que o líquido envasado não entre em contato com a</p><p>superfície metálica, prevenindo possíveis oxidações ou alterações no sabor da bebida. Após a</p><p>aplicação do verniz interno, as latas são conduzidas a outro forno para secagem e cura deste</p><p>revestimento interno.</p><p>Formação do pescoço: Após a rotulagem, o copo segue para o processo de formação do</p><p>pescoço, onde a extremidade aberta do copo é submetida a uma pressão que reduz o diâmetro</p><p>da abertura, formando o pescoço e o perfil da borda para a colocação da tampa.</p><p>Fabricação da tampa: A primeira etapa do processo de fabricação da tampa é conhecida como</p><p>formação da tampa básica. Na prensa, um disco é cortado e moldado através de várias etapas</p><p>até que a reborda seja formada, na qual todas as partes da tampa são moldadas para garantir</p><p>sua recravação, ou seja, sua fixação na lata.</p><p>Aplicação do composto selante: As tampas básicas recebem uma quantidade controlada de</p><p>selante sobre uma área específica da reborda. Esse selante auxilia na vedação perfeita no</p><p>momento da recravação, prevenindo vazamentos ou perda de gás.</p><p>Formação do anel e conversão da tampa básica em tampa acabada: Nesta fase, as tampas</p><p>básicas são transformadas em tampas acabadas. Este processo envolve operações minuciosas</p><p>de conformação do metal para formar os relevos, o rebite para sustentar o anel e a linha de</p><p>corte que permite a abertura da tampa. Trata-se de uma etapa extremamente complexa que</p><p>requer rigoroso controle.</p><p>Logística reversa: Desde o início de sua produção no Brasil, há mais de 30 anos, as latas de</p><p>alumínio para bebidas sempre estiveram ligadas a programas de reciclagem. O objetivo da</p><p>indústria tem sido garantir o retorno da matéria-prima ao ciclo produtivo, proporcionando</p><p>benefícios ambientais, sociais e econômicos.</p><p>Bobinas de Alumínio Latas de Aerossol Máquina de Rotulagem</p><p>3 IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS</p><p>Identificação dos Processos Utilizados na Indústria de Polímeros Metalmecânica:</p><p>O material utilizado para fabricar as latas de aerossol são folhas de flandres, que consistem</p><p>em chapas finas de aço revestidas com estanho, conferindo robustez à embalagem. Este</p><p>material possui um acabamento metálico brilhante e excelentes propriedades de resistência à</p><p>corrosão e soldabilidade, além de criar uma barreira eficaz contra exposição solar, poeira e</p><p>bactérias que poderiam degradar a fórmula contida na embalagem. A montagem começa</p><p>alimentando as folhas de flandres na linha, onde são enroladas, soldadas para formar a virola.</p><p>Após a aplicação de verniz nas superfícies, que são curadas em fornos ao longo da</p><p>linha, as virolas são transportadas por um sistema que se ramifica antes da cravação. Os três</p><p>componentes - cúpula, fundo e virola - são então montados nos equipamentos responsáveis</p><p>pela ligação mecânica, através do processo de cravação dupla. Este processo é crucial para</p><p>garantir a integridade e a estanqueidade da embalagem finalizada.</p><p>Após a montagem, os transportadores são reunidos novamente e a embalagem é</p><p>submetida a testes de estanqueidade antes de ser colocada em paletes para envio completo.</p><p>Integração no Ciclo de Vida do Produto Para Atender às Necessidades dos Clientes: Sim,</p><p>pois utiliza um material resistente que preserva eficazmente o produto.</p><p>Atendimento aos Requisitos Ambientais e Logística Reversa: No caso de as latas de</p><p>aerossol serem classificadas como resíduos perigosos, é crucial estimar</p><p>a geração anual de</p><p>aproximadamente 13 mil toneladas de resíduos. O INPEV estima que o retorno de embalagens</p><p>vazias de agrotóxicos em 2005 foi de menos de 18 mil toneladas, mostrando que esses materiais</p><p>não são muito reciclados e, quando descartados no meio ambiente, têm degradação lenta.</p><p>Integração dos Diversos Setores da Organização (logística, produção, compras,</p><p>marketing, fornecedores, engenharia de produtos): É evidente que novas regulamentações</p><p>e um aumento no número de grupos de interesse impuseram mais restrições aos profissionais</p><p>de marketing, afetando diretamente as decisões de compra da empresa. Os profissionais de</p><p>marketing agora colaboram com os departamentos jurídico, de relações públicas e de</p><p>atendimento ao consumidor. Fornecedores e redes de distribuição também são impactados</p><p>diretamente ou indiretamente. Grupos científicos têm influência significativa no</p><p>desenvolvimento de produtos em spray, com suas opiniões muitas vezes influenciando decisões</p><p>de fabricação de aerossóis, afetando ambos os setores (Kotler, 2000, p. 174).</p><p>Agilidade no Processo Produtivo Para Redução de Perdas de Setup e Maior Rapidez nas</p><p>Entregas: Uma empresa demonstra maior eficiência quando há agilidade e economia de tempo.</p><p>Adaptar-se aos meios de acelerar os processos e utilizar eficazmente recursos, além de</p><p>conhecer ferramentas para melhorias contínuas, resulta na produção de grandes lotes com um</p><p>suprimento adequado.</p><p>4 CONCLUSÃO</p><p>Observa-se que o processo de fabricação de latas de bebidas de alumínio alcançou um alto</p><p>nível de desenvolvimento tecnológico. As empresas responsáveis por sua produção estão</p><p>constantemente em busca de alta performance, flexibilidade, competitividade e melhoria</p><p>contínua.</p><p>Isso se reflete em investimentos significativos em inovações tecnológicas e na</p><p>capacitação de profissionais competentes para gerenciar projetos de forma eficaz, visando</p><p>alcançar os objetivos estratégicos das organizações, com foco na redução de desperdícios e no</p><p>aumento dos lucros.</p><p>Este tipo de embalagem é amplamente aceito pelo mercado de bebidas e pelos</p><p>consumidores, proporcionando um retorno financeiro garantido. As indústrias, portanto,</p><p>investem consideravelmente para atender aos requisitos ambientais e implementar a logística</p><p>reversa, dado que seus produtos são completamente recicláveis.</p><p>5 BIBLIOGRAFIA</p><p>https://www.cerviflan.com.br/produtos/aerossois.html</p><p>https://www.bispharma.com.br/latas-de-aerossol/</p><p>https://solmatic.pl/pt/not%C3%ADcias/475_como-%C3%A9-a-produ%C3%A7%C3%A3o-</p><p>de-aeross%C3%B3is</p><p>https://aercamp.com.br/2022/04/08/o-processo-e-a-producao-do-envase-de-aerossois/</p><p>https://aerosollarevista.com/2016/11/proceso-en-el-desarrollo-de-un-producto-en-aerosol/</p><p>https://www.cerviflan.com.br/produtos/aerossois.html</p><p>https://www.bispharma.com.br/latas-de-aerossol/</p><p>https://ital.agricultura.sp.gov.br/arquivos/cetea/informativo/v17n1/v17n1_artigo3.pdf</p><p>https://www.coppermetal.com.br/blog/logistica-reversa-para-</p><p>metais/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw7s20BhBFEiwABVIMrcHqvyUestl94KW7eJV370s</p><p>plFz4Dcr0qynUi7I6ARffkAwAQ8U08xoC0ysQAvD_BwE</p><p>https://ital.agricultura.sp.gov.br/arquivos/cetea/informativo/v17n1/v17n1_artigo3.pdf</p><p>https://www.coppermetal.com.br/blog/logistica-reversa-para-metais/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw7s20BhBFEiwABVIMrcHqvyUestl94KW7eJV370splFz4Dcr0qynUi7I6ARffkAwAQ8U08xoC0ysQAvD_BwE</p><p>https://www.coppermetal.com.br/blog/logistica-reversa-para-metais/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw7s20BhBFEiwABVIMrcHqvyUestl94KW7eJV370splFz4Dcr0qynUi7I6ARffkAwAQ8U08xoC0ysQAvD_BwE</p><p>https://www.coppermetal.com.br/blog/logistica-reversa-para-metais/?gad_source=1&gclid=CjwKCAjw7s20BhBFEiwABVIMrcHqvyUestl94KW7eJV370splFz4Dcr0qynUi7I6ARffkAwAQ8U08xoC0ysQAvD_BwE</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>2 DESENVOLVIMENTO</p><p>3 IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS</p><p>4 CONCLUSÃO</p><p>5 BIBLIOGRAFIA</p>