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<p>SEMANA 03</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>1</p><p>CRONOGRAMA DE ESTUDOS – SEMANA 03</p><p>Metas Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira</p><p>09/01 10/01 11/01 12/01 13/01</p><p>Matéria - REVISÃO</p><p>- ÉTICA</p><p>-CONSTITUCIONAL</p><p>- ÉTICA</p><p>ADMINISTRATIVO</p><p>ÉTICA</p><p>CIVIL</p><p>ÉTICA</p><p>P.PENAL</p><p>ÉTICA</p><p>Assunto</p><p>DIREITOS E GARANTIAS</p><p>– ART.5º CF</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>DO ESTADO + BENS</p><p>PÚBLICOS</p><p>Obrigações</p><p>Questões</p><p>Prejudiciais,</p><p>Processos</p><p>Incidentes e</p><p>Competência</p><p>Questões REVISÃO</p><p>SEMANA 02</p><p>Mínimo 15 Mínimo 15 Mínimo 15 Mínimo 15</p><p>Leitura</p><p>Vade</p><p>- Art. 5º CF</p><p>- Art.37§6º CF</p><p>Art. 98 e SS CC</p><p>Consegui</p><p>Cumprir?</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>2</p><p>SEGUNDA-FEIRA – 09/01</p><p>REVISÃO DA SEMANA ANTERIOR – QUESTÕES ANEXADAS NA SEMANA 02</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>3</p><p>TERÇA-FEIRA – 10/01</p><p>CONSTITUCIONAL: DIREITOS E GARANTIAS – ART.5º CF</p><p>AULA NA PLATAFORMA</p><p>Art.5º CF</p><p>VI VII XII XVI XVII XVIII XIX</p><p>XX XXI XXXIII XXXIV XXXVII XXXVIII XLIII</p><p>XLIV LXIX LXX LXXI LXXII LXXIII LXXVI</p><p>O que você deve saber?</p><p>1. Súmula Vinculante 6 STF: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração</p><p>inferior ao salário-mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.</p><p>2. Artigo. 5°, VII da CF: É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas</p><p>entidades civis e militares de internação coletiva;</p><p>3. Artigo. 5°, XVI da CF: Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos</p><p>ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião</p><p>anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade</p><p>competente;</p><p>O STF fixou a seguinte tese:</p><p>A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com</p><p>a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê</p><p>de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local.</p><p>STF. Plenário. RE 806339, Rel. para acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020</p><p>(Repercussão Geral – Tema 855).</p><p>O que significa dizer?</p><p>• Esse prévio aviso deve ocorrer sempre que possível, mas, se não existir, não se pode</p><p>falar em reunião ilegal.</p><p>4. Artigo. 5°, XVII da CF: É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter</p><p>paramilitar.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>4</p><p>5. Artigo. 5°, XIX da CF: As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter</p><p>suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso (comp. diss.), o</p><p>trânsito em julgado;</p><p>6. Artigo. 5°, XXI da CF: As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm</p><p>legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;</p><p> SÚMULA 629 STF - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de</p><p>classe em favor dos associados independe da autorização destes.</p><p> SÚMULA 630 STF - A entidade de classe tem legitimação para o mandado de</p><p>segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da</p><p>respectiva categoria.</p><p>7. Artigo. 5°, XXXIII da CF: Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu</p><p>interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,</p><p>sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança</p><p>da sociedade e do Estado;</p><p>8. Artigo. 5°, XXXIV da CF: São a todos assegurados, independentemente do pagamento de</p><p>taxas:</p><p>a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou</p><p>abuso de poder;</p><p>b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento</p><p>de situações de interesse pessoal;</p><p>9. Princípio do Juiz natural: CF/88, Art. 5º XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;</p><p>e LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;</p><p>10. Artigo. 5°, LI da CF: Nenhum brasileiro será extraditado (REGRA), salvo o naturalizado</p><p>(EXCEÇÃO), em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado</p><p>envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, (antes ou depois da</p><p>naturalização) na forma da lei;</p><p>11. Artigo. 5°, LXX da CF: O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:</p><p>a) partido político com representação no Congresso Nacional;</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>5</p><p>b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em</p><p>funcionamento há pelo menos um ano (associação), em defesa dos interesses de seus</p><p>membros ou associados;</p><p>12. Artigo. 5°, LXXII da CF: Conceder-se-á habeas data:</p><p>a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,</p><p>constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter</p><p>público;</p><p>b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou</p><p>administrativo;</p><p>13. Artigo. 5°, LXXIII da CF: Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que</p><p>vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à</p><p>moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o</p><p>autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;</p><p>14. CF, art. 210, § 1º. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos</p><p>horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.</p><p>Link para Questões</p><p>Sugestão: Faça no mínimo 15 questões</p><p>Número de Questões:</p><p>Acertos Erros</p><p>Anotações</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes?discipline_ids%5B%5D=3&examining_board_ids%5B%5D=63&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&subject_ids%5B%5D=16249&subject_ids%5B%5D=16321</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>6</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>7</p><p>QUARTA-FEIRA – 11/01</p><p>Administrativo: Responsabilidade do Estado + Bens Públicos</p><p>AULA NA PLATAFORMA</p><p>O que você deve saber?</p><p>1. O Estado responde por atos ilícitos e atos lícitos. A responsabilidade estatal por atos lícitos</p><p>baseia-se no princípio da isonomia, tendo em vista que alguém sofreu um dano anormal e</p><p>específico, e o resto da sociedade será beneficiada. Exemplo: a construção de um cemitério ao</p><p>lado de um hotel.</p><p>2. Art.37 § 6º CF: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de</p><p>serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a</p><p>terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.</p><p>3. O STF não admite que se entre diretamente contra o servidor público embasando na Teoria</p><p>da Dupla Garantia, a primeira em favor da vítima de entrar contra o ente, e a segunda do</p><p>servidor só ser cobrado pelo ente.</p><p>4. O Estado deve indenizar o preso que se encontre em situação degradante, pois o Estado</p><p>deve manter os padrões mínimos de humanidade. (Informativo 854 STF).</p><p>5. Em regra, o Estado responde objetivamente pela morte de detento. Isso porque houve</p><p>inobservância de seu dever específico de proteção, previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88.</p><p>Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte do</p><p>detento não podia ser evitada. (STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC)</p><p>Macetes para acertar qualquer questão de Responsabilidade:</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>8</p><p>6.Sobre os bens públicos: Leitura: Art. 98 ao 103 CC</p><p>7. Conceito de bens públicos: Art. 98 do CC.</p><p>Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de</p><p>direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que</p><p>pertencerem.</p><p>8. Bens de uso comum do povo, uso especial e dominicais: Art. 99 do CC.</p><p>Art. 99. São bens públicos:</p><p>I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;</p><p>II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou</p><p>estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de</p><p>suas autarquias;</p><p>III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,</p><p>como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.</p><p>9. Saber que mesmo que o bem seja dominical ele é imprescritível (não está sujeito a</p><p>usucapião) – Súmula 340 STF.</p><p>10. Os bens dominicais podem ser alienados de acordo com o Art. 17 da Lei 8.666/93.</p><p>11. Os bens das empresas públicas e sociedades de economia mista são bens privados, pois</p><p>são pessoas jurídicas de direito privado. Caso prestem serviços públicos, embora os bens</p><p>continuem privados, possuirão prerrogativas públicas. Ex: impenhorabilidade dos bens dos</p><p>correios</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>9</p><p>MACETES PARA ACERTAR QUESTÕES DE BENS</p><p>Sugestão: Faça no mínimo 15 questões</p><p>Número de Questões:</p><p>Acertos: Erros:</p><p>Link para Questões</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes?discipline_ids%5B%5D=2&examining_board_ids%5B%5D=63&subject_ids%5B%5D=10&subject_ids%5B%5D=853</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>10</p><p>Anotações</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>11</p><p>QUINTA-FEIRA – 12/01</p><p>CIVIL: DIREITO DAS OBRIGAÇÕES *Arts.233 ao 420*</p><p>Leitura obrigatória do Código Civil:</p><p>CÓDIGO CIVIL</p><p>Art.233 Art.234 Art.266 Art.275 Art.276 Art. 277 Art.278 Art.279 Art.280</p><p>Art.281 Art.282 Art.283 Art.284 Art.285 Art.360 Art.408 Art.417 Art.420</p><p>O que você deve saber?</p><p>1.Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não</p><p>mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.</p><p>2. Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes</p><p>da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as</p><p>partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais</p><p>perdas e danos.</p><p>Exemplo: Antônio, vendedor, celebrou contrato de compra e venda com Joaquim,</p><p>compr</p><p>estabelecido ainda que a entrega do bem seria feita 30 dias depois, em 1º de outubro de</p><p>2016, na cidade do Rio de Janeiro, domicílio do vendedor. Contudo, no dia 25 de setembro,</p><p>uma chuva torrencial inundou diversos bairros da cidade e o carro foi destruído pela</p><p>enchente, com perda total. Considerando a descrição dos fatos, Joaquim</p><p>Re pois ainda não havia ocorrido a</p><p>tradição no momento do perecimento do bem.</p><p>3. Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial</p><p>ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores</p><p>continuam obrigados solidariamente pelo resto.</p><p>Paulo, João e Pedro, mutuários, contraíram empréstimo com Fernando, mutuante,</p><p>tornando-se, assim, devedores solidários do valor total de R$ 6.000,00 (seis mil reais).</p><p>Fernando, muito amigo de Paulo, exonerou-o da solidariedade. João, por sua vez, tornou-se</p><p>insolvente. No dia do vencimento da dívida, Pedro pagou integralmente o empréstimo.</p><p>Considerando a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.</p><p>Resposta: Apesar da exoneração da solidariedade, Pedro pode cobrar de Paulo o valor de R$</p><p>3.000,00 (três mil reais)</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>12</p><p>4. Art. 305. "O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a</p><p>reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor."</p><p>Exemplo: Jacira mora em um apartamento alugado, sendo a locação garantida por fiança</p><p>prestada por seu pai, José. Certa vez, Jacira conversava com sua irmã Laura acerca de suas</p><p>dificuldades financeiras, e declarou que temia não ser capaz de pagar o próximo aluguel do</p><p>imóvel. Compadecida da situação da irmã, Laura procurou o locador do imóvel e, na data de</p><p>vencimento do aluguel, pagou, em nome próprio, o valor devido por Jacira, sem oposição</p><p>desta.</p><p>Resposta: Nesse cenário, em relação ao débito do aluguel daquele mês, Laura, como</p><p>terceira não interessada, tem apenas direito de regresso em face de Jacira.</p><p>5. Saber que nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se</p><p>estipulou. Art. 252 CC.</p><p>6. Saber sobra Arras ou Sinal:</p><p>Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras,</p><p>dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou</p><p>computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.</p><p>Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por</p><p>desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu</p><p>haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização</p><p>monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de</p><p>advogado.</p><p>Exemplo:</p><p>Lucas, interessado na aquisição de um carro seminovo, procurou Leonardo, que revende</p><p>veículos usados. Ao final das tratativas, e para garantir que o negócio seria fechado, Lucas</p><p>pagou a Leonardo um percentual do valor do veículo, a título de sinal. Após a celebração do</p><p>contrato, porém, Leonardo informou a Lucas que, infelizmente, o carro que haviam</p><p>negociado já havia sido prometido informalmente para um outro comprador, velho amigo</p><p>de Leonardo, motivo pelo qual Leonardo não honraria a avença. Frustrado, diante do</p><p>inadimplemento de Leonardo, Lucas procurou você, como advogado(a), para orientá-lo.</p><p>Resposta: Leonardo terá de restituir a Lucas o valor pago a título de sinal, mais o seu</p><p>equivalente, com atualização monetária, juros e honorários de advogado.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio</p><p>pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>13</p><p>7. Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os</p><p>do preço por conta do comprador.</p><p>8. O que é adimplemento substancial?</p><p>O adimplemento substancial ocorre quando há o cumprimento relevante do contrato, com</p><p>mora insignificante, podendo afastar a alegação de exceção do contrato não cumprido.</p><p>Exemplo: Renata financiou a aquisição de seu veículo em 36 parcelas e vinha pagando</p><p>pontualmente todas as prestações. Entretanto, a recente perda de seu emprego fez com</p><p>que não conseguisse manter em dia a dívida, tendo deixado de pagar, justamente, as duas</p><p>últimas prestações (35ª e 36ª). O banco que financiou a aquisição, diante do</p><p>inadimplemento, optou pela resolução do contrato. Tendo em vista o pagamento das 34</p><p>parcelas anteriores, pode-se afirmar que a conduta da instituição financeira viola o princípio</p><p>da boa-fé, em razão do(a)</p><p>Resposta: Adimplemento Substancial.</p><p>9. Obrigações naturais irrepetíveis: Quando a obrigação se forma na intenção de haver</p><p>obtenção de fim ilícito, proibido por lei.</p><p>1) Mútuo a menor</p><p>2) Doação</p><p>3) Jogo e aposta</p><p>4) Dívida prescrita</p><p>Em outras palavras...</p><p>Dívidas de jogos ou de aposta, se ilícitas ou toleradas, não obrigam a pagamento.</p><p>Exemplo: Paguei para o agenciador do jogo do bicho, e quero o meu dinheiro de volta! Posso</p><p>reclamar devolução? Não! Tem exceção? Sim, salvo se foi ganha por dolo ou se menor ou</p><p>interdito!</p><p>Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode</p><p>recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o</p><p>perdente é menor ou interdito.</p><p>§ 3º Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em</p><p>competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se</p><p>submetam às prescrições legais e regulamentares.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>14</p><p>Veja outro exemplo de obrigações naturais irrepetíveis:</p><p>Doação - Art. 564. Não se revogam por ingratidão:</p><p>III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;</p><p>Exemplo: João fez uma doação para um matador de aluguel, e quer pegar o dinheiro de volta!</p><p>Não adianta fazer a doação sabendo que é caso de obrigação natural, para posteriormente</p><p>tentar revogar a doação.</p><p>10. Extinção das obrigações</p><p>Dação em</p><p>pagamento –</p><p>Art. 356 e SS</p><p>Novação</p><p>Art. 360 e SS</p><p>Compensação</p><p>Art. 368 e SS</p><p>Confusão</p><p>Art. 381 e SS</p><p>Remissão das</p><p>dívidas</p><p>Art. 385 e ss</p><p>Credor aceita</p><p>receber</p><p>prestação</p><p>diversa da que</p><p>lhe é devida.</p><p>Ex: Mari deve</p><p>80,00 a João, e</p><p>combina de</p><p>pagar com um</p><p>cronograma da</p><p>Blazute.</p><p>Criação de</p><p>obrigação nova</p><p>para extinguir a</p><p>anterior.</p><p>Extinção das</p><p>obrigações entre</p><p>duas pessoas que</p><p>são credoras e</p><p>devedoras uma da</p><p>outra ao mesmo</p><p>tempo.</p><p>Extinção da</p><p>obrigação pela</p><p>reunião, em uma</p><p>única pessoa, das</p><p>qualidades de</p><p>credora e</p><p>devedora na</p><p>relação jurídica.</p><p>Ex: Herdeiro</p><p>recebe de</p><p>herança crédito</p><p>contra si mesmo.</p><p>Exoneração</p><p>da dívida do</p><p>devedor, por</p><p>liberalidade</p><p>do credor</p><p>11. Cláusula Penal – Obrigação acessória (pecuniária ou não) determinada pelos contratantes.</p><p>Link para Questões</p><p>Sugestão: Faça no mínimo 15 questões</p><p>Número de Questões:</p><p>Acertos: Erros:</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes?discipline_ids%5B%5D=8&examining_board_ids%5B%5D=63&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&subject_ids%5B%5D=63</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>15</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>16</p><p>SEXTA-FEIRA – 13/01</p><p>Processo Penal: Questões Prejudiciais, Processos Incidentes e Competência</p><p>Questões de natureza penal ou extrapenal, que podem surgir no decorrer do processo ou</p><p>desde seu início.</p><p>Principais artigos:</p><p>Atenção.: Alteração do Pacote Anticrime.</p><p>Art. 122, 124-A, 133 e 133-A, do CPP.</p><p>INCIDENTES PROCESSUAIS</p><p>São assuntos que surgem durante um processo penal e que precisam ser decididos</p><p>antes de prosseguir com sua conclusão.</p><p>Os incidentes processuais dividem-se em dois:</p><p>QUESTÕES PREJUDICIAIS QUESTÕES INCIDENTAIS</p><p>Dizem respeito ao mérito do processo; tem</p><p>natureza de direito material, são autônomas.</p><p>Passíveis de análise tanto na esfera cível</p><p>quanto penal.</p><p>- São relativas à existência de um crime e por</p><p>isto condicionam a decisão da questão</p><p>principal.</p><p>Podem ser HOMOGÊNEAS ou</p><p>HETEROGÊNEAS</p><p>HOMOGÊNEA: versa sobre matéria do</p><p>mesmo ramo do direito da causa principal.</p><p>EX: exceção de verdade nos crimes de calúnia.</p><p>Os casos de exceção da verdade estão no</p><p>próprio código penal, ou seja, mesmo ramo</p><p>do direito da causa principal (calúnia).</p><p>Tanto a imputação principal quanto a</p><p>prejudicial serão resolvidas no âmbito</p><p>criminal.</p><p>HETEROGÊNEA: envolve ramo do direito</p><p>Como o próprio nome induz, trata-se de</p><p>eventualidades que podem aparecer no</p><p>decorrer do processo e devem ser resolvidas</p><p>no processo penal.</p><p>-Incidente é aquilo que sobrevém no curso do</p><p>processo, o acessório.</p><p>São as questões que, por serem relacionadas</p><p>ao processo, podem ser solucionadas pelo</p><p>próprio juiz criminal.</p><p>São:</p><p> Exceções;</p><p> Conflito de jurisdição;</p><p> Restituição de coisas apreendidas;</p><p> Medidas assecuratórias;</p><p> Incidente de falsidade documental;</p><p> Incidente de insanidade mental.</p><p>Art.92</p><p>CPP</p><p>Art.93CPP Art.96</p><p>CPP</p><p>Art.98,</p><p>CPP</p><p>Art.101</p><p>CPP</p><p>Art.104</p><p>CPP</p><p>Art.107</p><p>CP</p><p>Art. 108</p><p>CP</p><p>Art.110</p><p>CPP</p><p>Art.111</p><p>CPP</p><p>Art.120</p><p>CPP</p><p>Art.125</p><p>CPP</p><p>Art.131</p><p>CPP</p><p>Art.149</p><p>CPP</p><p>Art.151</p><p>CPP</p><p>Art.153</p><p>CPP</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>17</p><p>distinto da causa principal.</p><p>EX: discussão sobre a validade do primeiro</p><p>casamento na caracterização do crime de</p><p>bigamia. A questão sobre o estado civil do réu</p><p>deverá ser resolvida na esfera cível, ou seja,</p><p>ramo distinto do direito.</p><p>QUESTÕES INCIDENTAIS</p><p>O que é Exceção? A exceção pode ser de suspeição, incompetência, litispendência ou</p><p>de ilegitimidade de parte.</p><p>Exceção de suspeição: Envolve a imparcialidade do juiz, do MP, jurados, funcionários</p><p>da justiça, intérpretes, peritos.</p><p>Há a existência de um vínculo ou relacionamento com algumas das partes,</p><p>comprometendo a imparcialidade. Quando reconhecida enseja o afastamento, ou seja,</p><p>um juiz, por exemplo, será afastado do processo e os autos serão remetidos a um juiz</p><p>substituto.</p><p>Os atos processuais serão declarados nulos, a partir da causa que ensejou a suspeição.</p><p>Exceção de incompetência: qual é alegada a incompetência do juízo para julgar</p><p>determinado processo.</p><p>Exceção de litispendência: quando há mais de uma ação penal tramitando, com a</p><p>mesma causa de pedir e as mesmas partes.</p><p>Exceção de ilegitimidade de parte: alegação de que a parte é ilegítima, ou seja, não</p><p>pode atuar no processo. É uma condição da ação.</p><p>Exceção de coisa julgada: quando a matéria já foi decidida de forma definitiva em</p><p>outra ação penal. Diz respeito aos mesmos fatos e mesmas partes.</p><p>SOBRE AS DEMAIS QUESTÕES INCIDENTAIS</p><p> Conflito de jurisdição: dois ou mais juízes se consideram, ao mesmo tempo,</p><p>competentes ou incompetentes.</p><p> Restituição de coisas apreendidas: fim de restituir, ao proprietário ou a quem</p><p>tenha legítimo direito, os bens lícitos apreendidos em inquérito ou processo</p><p>criminal.</p><p> Medidas assecuratórias:</p><p>conjunto de medidas cautelares que visam assegurar</p><p>direitos do ofendido e a responsabilização pecuniária do criminoso (sequestro,</p><p>arresto e hipoteca legal).</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>18</p><p> Incidente de falsidade documental: finalidade de determinada prova documental</p><p>ser declarada falsa.</p><p> Incidente de insanidade mental: procedimento para verificação, através de perícia</p><p>médica, da saúde mental do réu, em processo penal.</p><p>Não se fala em exceção de suspeição da autoridade policial. Todavia, se o delegado</p><p>é suspeito, deve declarar-se como tal, afastando-se da condução da investigação (art.</p><p>107, CPP).</p><p>Vale lembrar que, no processo penal, apenas a incompetência territorial é relativa.</p><p>Nos casos de grave violação aos Direitos Humanos, o Incidente permite ao PGR suscitar</p><p>o deslocamento de processo do âmbito estadual para a federal.</p><p>O juiz poderá suspender a ação penal a depender tão somente da prévia propositura da</p><p>ação cível pelo acusado. Certo ou errado?</p><p>São três requisitos: propositura da ação cível; questão de difícil solução; questão</p><p>probatória não limitada pela lei cível. Por isso, a afirmação está errada.</p><p>Quanto à atividade propulsora do juiz no processo penal, segundo a doutrina e a</p><p>jurisprudência dominantes, poderá o juiz:</p><p>De ofício voltar a decretar medida cautelar revogada, a qual contou com anterior</p><p>requerimento do Ministério Público, se sobrevierem razões que a justifiquem.</p><p>A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo</p><p>superveniente. Correto!</p><p>É imprescindível que a exceção de suspeição arguida por assistido da Defensoria Pública</p><p>venha acompanhada de mandato para tal finalidade. Correto!</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>19</p><p>João, delegado de polícia, participou de uma investigação em que foram presos vários</p><p>indivíduos, entre eles, seu irmão. Durante o inquérito, alguns desses indivíduos foram</p><p>indiciados, mas não o irmão do delegado de polícia, João. Nesse caso, a defesa pode</p><p>opor exceção de suspeição visando anular a investigação?</p><p>Não cabe exceção de suspeição, mas pode o delegado de polícia declarar-se suspeito,</p><p>só se declarando eventual nulidade caso haja prejuízo demonstrado pela eventual</p><p>suspeição.</p><p>Ver artigos 69 a 87 do CPP.</p><p>Principais artigos:</p><p>Art.70 CPP Art.73 CPP Art.74 CPP Art.76 CPP Art.77 CPP Art.78 CPP Art.79 CP Art. 86 CP</p><p>COMPETÊNCIA = DELIMITAÇÃO DA JURISDIÇÃO</p><p>O Estado é o titular da jurisdição, cabendo apenas a ele solucionar conflitos criminais e</p><p>pacificar a sociedade, a fim de evitar e proibir a vingança privada.</p><p>O que é jurisdição?</p><p>Jurisdição é o poder-dever do Estado, representado pela figura do juiz, que deverá</p><p>dizer o direito a ser aplicado a cada caso concreto. Ou seja, o Estado dá ao juiz um</p><p>poder (jurisdição), mas estabelece em quais casos ele poderá utilizar este poder,</p><p>estabelecendo sua competência.</p><p>L q “ z” é é</p><p>ministro, pertencentes ao Poder Judiciário (art. 92, CF).</p><p>Súmula 556 STF</p><p>É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia</p><p>mista.</p><p>Súmula 702 STF</p><p>A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de</p><p>competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá</p><p>ao respectivo tribunal de segundo grau.</p><p>No processo penal a competência é residual, ou seja, caberá à Justiça Estadual julgar tudo que</p><p>não for da Justiça Federal ou das Justiças especializadas.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>20</p><p>Crimes conexos com os eleitorais sempre serão de competência da Justiça Eleitoral. Exceto: Os crimes</p><p>dolosos contra vida + crime eleitoral. Neste caso haverá a cisão, separação dos processos.</p><p>Jurisprudência importante sobre este tema.: STF, informativo 933.</p><p>São de competência da Justiça Federal q “BIS” q</p><p>autarquia e empresa pública. Não engloba a Sociedade de Economia Mista.</p><p>B I S</p><p>B bens da União; I interesse da União; S serviços da União</p><p>Competência no processo penal divide-se em:</p><p> Em razão da matéria;</p><p> Em razão da função ou pessoa,</p><p> Funcional;</p><p> Em razão do lugar.</p><p>Matéria: define a competência de acordo com o ramo do Poder Judiciário. Assim, há</p><p>matéria que é da competência das justiças comuns e outras das justiças especializadas.</p><p>EX: matéria envolvendo violência doméstica contra a mulher, cuja competência é da</p><p>justiça especializada, ou seja, não será um juiz da justiça comum que conduzirá e</p><p>julgará o caso, mas um juiz da vara de violência doméstica contra a mulher, seguindo o</p><p>procedimento especial definido para os crimes de violência doméstica contra a</p><p>mulher.</p><p>Função: também considerada como sendo em razão da pessoa (ratione personae), o</p><p>que não é muito coerente, por se tratar de competência que leva em consideração a</p><p>função exercida e não a pessoa. É o chamado foro por prerrogativa de função, ou foro</p><p>privilegiado.</p><p>Não tem relação com a pessoa do acusado, mas sim com as suas funções, como, por</p><p>exemplo, no caso do Presidente da República, que a competência para seu processo e</p><p>julgamento é do STF, em se tratando de crimes comuns.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>21</p><p>Funcional: é a distribuição feita pela lei entre diversos juízes da mesma instância ou de</p><p>instâncias diversas para, num processo, ou em um segmento ou fase do seu</p><p>desenvolvimento, praticar determinados atos. Nesse caso, a competência é fixada</p><p>conforme a função que cada um dos vários órgãos jurisdicionais exerce em um</p><p>processo.</p><p>EX: um processo criminal passa por várias fases (audiência de custódia, fase de</p><p>instrução, recursal, fase de execução) e para cada fase há um juiz competente. A</p><p>audiência de custódia será realizada pelo juiz das garantias, a fase de instrução será</p><p>realizada pelo juiz que instruirá o processo, se houver recurso o processo será</p><p>remetido a outros juízes (desembargadores) e se condenado caberá ao juiz da</p><p>execução dar prosseguimento aos atos.</p><p>Lugar: basicamente se refere à medida e o limite da jurisdição, ou seja, a delimitação</p><p>do poder jurisdicional.</p><p>Todos estes critérios fixados pelo artigo 69 do CPP se relacionam com a divisão da</p><p>competência feita a cima:</p><p>Critérios de fixação (ler artigo 69, CPP):</p><p>• nfração</p><p>• í ê é</p><p>• z</p><p>•</p><p>• x ê</p><p>•</p><p>•</p><p>O foro por prerrogativa de função consiste na ideia de que a pessoa que exerce</p><p>determinadas funções públicas não pode ser julgada por juízes de 1º grau, mas sim por</p><p>tribunais, que terão competência originária.</p><p>Juiz prevento é aquele que primeiro pratica um ato do processo, ainda que na fase</p><p>investigativa como: prisão preventiva, temporária, busca e apreensão, interceptação</p><p>telefônica, dentre outras.</p><p>Não previne o juízo:</p><p> Plantão judiciário</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>22</p><p> Julgamento do habeas corpus ou do mandado de segurança apresentados no</p><p>decorrer do inquérito policial.</p><p>Art. 70 do CPP - A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que</p><p>se consumar a</p><p>infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.</p><p>Súmula 122 STJ - Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes</p><p>conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do</p><p>Código de Processo Penal.</p><p>Como já dito outras vezes, a nulidade será relativa apenas quando não se observar</p><p>a competência material em razão do lugar, sendo absoluta nos demais casos.</p><p>Conflitos de competência:</p><p>É possível que haja conflito ao ser determinado a competência, ou seja, dois juízes, por</p><p>exemplo, podem se achar no direito de julgar um determinado caso, ou o contrário.</p><p>P : “ íz q esso, ou dois juízes não</p><p>q ” A é q</p><p>resolver este conflito? Após entender isso, leia o artigo 114 do CPP.</p><p>O conflito pode ser POSITIVO ou NEGATIVO.</p><p>POSITIVO</p><p>Quando dois ou mais magistrados entendem que são competentes para a causa.</p><p>NEGATIVO</p><p>Quando dois ou mais magistrados entendem que são incompetentes para a causa.</p><p>Art. 114. Haverá conflito de jurisdição:</p><p>I - Quando duas ou mais autoridades judiciárias se considerarem competentes, ou</p><p>incompetentes, para conhecer do mesmo fato criminoso;</p><p>II - Quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de juízo, junção ou separação de</p><p>processos.</p><p>A solução do conflito de competência é afeta ao Tribunal imediatamente superior</p><p>aos órgãos judicantes envolvidos.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>23</p><p>Súmula n. 59 do STJ: “N h ê x</p><p>â íz ”</p><p>O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes.</p><p>Art. 115. O conflito poderá ser suscitado:</p><p>I – Pela parte interessada;</p><p>II – Pelos órgãos do Ministério Público junto a qualquer dos juízos em dissídio;</p><p>III – Por qualquer dos juízes ou tribunais em causa.</p><p>Apesar de não haver previsão legal, o assistente de acusação é legitimado a</p><p>levantar o conflito, pois possui amplo interesse na relação processual.</p><p>A incompetência pode ser relativa ou absoluta!</p><p>Incompetência relativa = Nulidade RELATIVA</p><p>No caso de o vício não ser suscitado oportunamente, ocorrerá o fenômeno da</p><p>“ ” q ê</p><p>o juiz que até então seria incompetente passa a ser, e continuará no processo.</p><p>Incompetência absoluta = Nulidade ABSOLUTA</p><p>Pode ser suscitada a qualquer tempo.</p><p>CONEXÃO E CONTINÊNCIA</p><p>O que é CONEXÃO?</p><p>A conexão está prevista no art. 76, CPP, e exige pluralidade de crimes praticados,</p><p>q “ z” -se a infrações ligadas entre si.</p><p>A conexão pode ser de três espécies:</p><p>Intersubjetiva (art. 76, I, CPP);</p><p>Objetiva (art. 76, II, CPP);</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>24</p><p>Instrumental (art. 76, III, CPP).</p><p>Art. 76 - A competência será determinada pela conexão:</p><p>O inciso I se refere a conexão intersubjetiva, que se divide em intersubjetiva por</p><p>simultaneidade, por concurso e por reciprocidade:</p><p>I – Se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo,</p><p>por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o</p><p>tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;</p><p>Simultaneidade</p><p>(ocasional):</p><p>Várias pessoas</p><p>Várias infrações</p><p>Mesmas condições de</p><p>tempo e lugar, sem</p><p>concurso de agentes.</p><p>EX: saqueadores de carga</p><p>de caminhão tombado.</p><p>Concurso</p><p>(concursal):</p><p>Várias pessoas</p><p>Várias infrações</p><p>Em concurso de agentes</p><p>(há forte liame), embora</p><p>em condições de tempo e</p><p>lugar distintas, servindo</p><p>uma infração como</p><p>suporte à outra.</p><p>Reciprocidade:</p><p>Várias pessoas</p><p>Várias infrações</p><p>Umas contra as outras</p><p>EX: Briga entre torcidas</p><p>organizadas de futebol.</p><p>EX: 4 agentes roubam alguns carros e, no dia seguinte, já em</p><p>outra cidade, se encontram com mais 4 agentes, em seguida</p><p>todos realizam o assalto a um banco, com os carros roubados,</p><p>e em depois fogem.</p><p>Já o inciso ll se refere a conexão objetiva, que é dividida em teleológica e</p><p>consequencial:</p><p>II – Se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as</p><p>outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;</p><p>Teleológica (lógica ou finalista): um</p><p>crime é praticado para assegurar a</p><p>execução de outro, ou seja, comete o</p><p>primeiro por causa do segundo.</p><p>EX: Matar o segurança para sequestrar</p><p>o cantor famoso.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>25</p><p>Consequencial: o crime é praticado</p><p>para garantir a ocultação, impunidade</p><p>ou vantagem do outro, ou seja, comete</p><p>o segundo por causa do primeiro.</p><p>EX: Matar testemunha.</p><p>O inciso lll, por sua vez, é caracterizado quando a prova de uma infração ou de</p><p>circunstâncias elementares influir na prova de outra, por isso é chamada de conexão</p><p>probatória, instrumental ou processual.</p><p>III – quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias</p><p>elementares influir na prova de outra ”</p><p>O que é CONTINÊNCIA?</p><p>Na continência vários agentes praticam uma infração ou várias infrações são</p><p>cometidas por um agente.</p><p>Há duas hipóteses de continência (artigo 77 CPP):</p><p>Inciso I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;</p><p>Inciso II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos artigos 70, 73 e 74</p><p>do Código Penal.</p><p>Inciso I - Por cumulação subjetiva:</p><p>Vários agentes praticaram o mesmo</p><p>crime.</p><p>Há unidade de fato (um crime) e</p><p>pluralidade de agentes.</p><p>EX: Quatro pessoas cometem um furto.</p><p>Inciso II - Por cumulação objetiva:</p><p>Concurso formal de crimes: o agente,</p><p>mediante uma conduta, pratica dois ou</p><p>mais crimes;</p><p>Aberratio ictus: o agente atinge pessoa</p><p>que queria e também outra;</p><p>Aberratio criminis: o agente atinge o</p><p>resultado que queria e também outro.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>26</p><p>Nessas três possibilidades do inciso ll, em um só processo reunirão vários resultados,</p><p>mas advindo de uma só conduta.</p><p>A conexão e a continência gerarão o julgamento de diversos delitos ou</p><p>pessoas em um só processo.</p><p>O foro por prerrogativa de função pode ser estendido aos corréus sem que isto</p><p>implique em violação de princípios, ou seja, é possível que corréus que não tenham</p><p>foro por prerrogativa de função sejam julgados neste âmbito, se houver corréus que</p><p>fazem jus a este foro.</p><p>Apesar de ser possível esta atração, não é obrigatória, ou seja, é facultado ao tribunal</p><p>do caso concreto, pois é uma hipótese de separação facultativa dos processos.</p><p>Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as</p><p>seguintes regras:</p><p> Os crimes comuns conexos aos crimes dolosos contra a vida serão atraídos para</p><p>julgamento pelo Tribunal do Júri.</p><p> Quando houver concurso entre jurisdições da mesma categoria, será competente o juízo</p><p>do local da infração com a pena mais grave, mas caso as penas sejam iguais, será</p><p>competente o foro do local onde ocorreu o maior número de infrações.</p><p> Não sendo possível aplicar as regras anteriores, a competência será firmada pela</p><p>prevenção.</p><p> Será predominante a jurisdição de maior graduação, no caso de concurso de jurisdições</p><p>de</p><p>diversas categorias.</p><p> Predominará a jurisdição especial quando ocorrer o concurso entre esta e a jurisdição</p><p>comum.</p><p>Artigo 78 CPP:</p><p>I - No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a</p><p>competência do júri;</p><p>Il - No concurso de jurisdições da mesma categoria:</p><p>a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;</p><p>b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas</p><p>forem de igual gravidade;</p><p>c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos;</p><p>III – No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;</p><p>IV – No concurso entre a jurisdição comum e a especial, esta prevalecerá.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>27</p><p>No caso de conexão entre crime eleitoral e crime doloso contra a vida, haverá a</p><p>separação dos processos.</p><p>A conexão e continência, em regra, acarretam a unidade de julgamento,</p><p>mas, excepcionalmente, haverá a separação dos processos, que pode ser</p><p>obrigatória ou facultativa.</p><p>Os artigos 79 e 80 do CPP dispõem sobre estas separações da seguinte forma:</p><p>Será OBRIGATÓRIA</p><p> No concurso entre a jurisdição comum e a militar;</p><p> No concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.</p><p> Caso durante o processo seja deflagrado um incidente de insanidade mental;</p><p>No caso de réu citado por edital que não apresenta resposta, também haverá a</p><p>separação dos processos. Em relação aos demais o processo irá seguir e em relação</p><p>ao citado por edital haverá a suspensão.</p><p>Será FACULTATIVA</p><p>Quando o juízo entender que é conveniente para a instrução.</p><p>“S q õ</p><p>praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo</p><p>excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por</p><p>z ”</p><p>Quanto ao procedimento do júri, temos que fazer a seguinte distinção:</p><p>Ao final da primeira fase, caso haja a desclassificação do crime doloso contra a vida,</p><p>absolvição sumária ou impronúncia, as infrações conexas ou continentes serão</p><p>remetidas ao seu juízo competente.</p><p>Na segunda fase (etapa do júri), caso os jurados absolvam o réu pelo crime doloso</p><p>contra a vida, continuam competentes para apreciar os delitos conexos. Mas, se</p><p>houver desclassificação do crime doloso contra a vida para outro que não possua esta</p><p>natureza, o delito desclassificado, e os conexos, passam para alçada do juiz presidente</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>28</p><p>do júri. Ou seja, se os jurados são competentes para julgar um crime então julgará os</p><p>demais, caso não sejam competentes não julgarão nenhum.</p><p>Fazer leitura dos artigos 81 e 82 do CPP.</p><p>Art. 109 CF: Aos juízes federais compete processar e julgar:</p><p>IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou</p><p>interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as</p><p>contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;</p><p>Exemplo 1:</p><p>Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII</p><p>- Primeira Fase</p><p>Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) no interior</p><p>da sede da Caixa Econômica Federal, empresa pública, em Vitória (ES), ocasião em que</p><p>subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. Ao sair do estabelecimento, para assegurar a fuga,</p><p>subtraiu, mediante grave ameaça, o carro da vítima, Cláudia (Art. 157 – pena: reclusão, de 4 a</p><p>10 anos, e multa). Houve perseguição policial, somente vindo Caio a ser preso na cidade de</p><p>Cariacica, onde foi encontrado em seu poder um celular produto de crime anterior (Art. 180 –</p><p>pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).</p><p>Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo simples e</p><p>receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção que indica a</p><p>Vara Criminal competente para o julgamento de Caio.</p><p>Resposta: A Justiça Federal, em relação a todos os delitos.</p><p>Exemplo 2: Na cidade de Angra dos Reis, Sérgio encontra um documento adulterado (logo,</p><p>falso), que, originariamente, fora expedido por órgão estadual. Valendo-se de tal documento,</p><p>comparece a uma agência da Caixa Econômica Federal localizada na cidade do Rio de Janeiro</p><p>e apresenta o documento falso ao gerente do estabelecimento. Desconfiando da veracidade</p><p>da documentação, o gerente do estabelecimento bancário chama a Polícia, e Sérgio é preso</p><p>em flagrante, sendo denunciado pela prática do crime de uso de documento falso (Art. 304 do</p><p>Código Penal) perante uma das Varas Criminais da Justiça Estadual da cidade do Rio de Janeiro.</p><p>Considerando as informações narradas, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal</p><p>de Justiça, o advogado de Sérgio deverá:</p><p>Resposta: alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser</p><p>considerada a cidade do Rio de Janeiro para definir o critério territorial.</p><p>Obs: Súmula 546/STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento</p><p>falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento</p><p>público, não importando a qualificação do órgão expedidor.</p><p>O tribunal do Júri pode julgar crime que não seja doloso contra a vida?</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>29</p><p>Sim. Se o crime for conexo ao crime doloso contra a vida, será julgado também pelo Tribunal</p><p>do Júri. Um furto, poderia ir a júri, se fosse conexo com um crime doloso contra a vida.</p><p>Haverá prevenção: Quando for crime permanente (sequestro) ou continuado (furto, furto,</p><p>furto- mesmo modus operandi) ou ainda quando o réu tiver mais de um domicílio ou incerto o</p><p>limite territorial.</p><p>JULGADOS IMPORTANTES</p><p>STF/759: Compete à justiça federal processar e julgar ação penal referente a crime</p><p>cometido contra sociedade de economia mista, quando demonstrado o interesse</p><p>jurídico da União.</p><p>Não havendo esta demonstração, a Justiça Federal julgará casos envolvendo apenas as</p><p>empresas públicas, como a caixa Econômica Federal e a Empresa de Correios e</p><p>Telégrafos.</p><p>Pelo fato de as fundações públicas de Direito Público serem espécies de autarquias, se</p><p>federais, os crimes praticados em detrimento dos seus bens, serviços ou interesses</p><p>serão processados e julgados pela Justiça Federal.</p><p>Súmula 122 do STJ: “C J Federal o processo e julgamento unificado dos</p><p>crimes conexos de competência federal e estadual.</p><p>Súmula n. 147: “C J Federal processar e julgar os crimes praticados</p><p>contra funcionário público federal, quando relacionados x í ”</p><p>O crime praticado por funcionário público federal no exercício da função ou em razão</p><p>dela atrairá a competência da Justiça Federal, se houver dano a bens, serviços ou</p><p>interesses da União, do contrário, a competência será estadual.</p><p>Súmula 165 do STJ: “C ete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso</p><p>testemunho cometido no processo trabalhista”</p><p>Apesar de a súmula se expressar em relação ao crime de falso testemunho, o mesmo</p><p>entendimento pode ser utilizado para qualquer crime dentro de um processo</p><p>trabalhista (fraude processual, coação no curso do processo, exploração de prestígio,</p><p>desacato etc.), visto que a Justiça do Trabalho não possui competência penal.</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado</p><p>pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>30</p><p>STJ (Info 636): Compete à Justiça Federal apreciar o pedido de medida protetiva de</p><p>urgência decorrente de crime de ameaça contra a mulher, cometido por meio de rede</p><p>social de grande alcance, quando iniciado no estrangeiro e o seu resultado ocorrer no</p><p>Brasil.</p><p>Súmula 208 STJ: “C J Federal processar e julgar prefeito municipal por</p><p>desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”</p><p>No que se refere ao crime praticado por prefeito municipal envolvendo</p><p>verbas oriundas da União:</p><p>Verba incorporada ao patrimônio do município = Justiça Estatual</p><p>Verba não incorporada ao patrimônio do município = Justiça Federal</p><p>Se a verba depende de prestação de contas perante órgão federal, essa verba não foi</p><p>incorporada ao patrimônio do município.</p><p>Súmula 209 STJ: “C J Estadual processar e julgar prefeito por desvio de</p><p>ô ”</p><p>Súmula 522 do STF: “S ê x q</p><p>competência será da Justiça Federal, compete a justiça dos Estados o processo e o</p><p>julgamento dos crimes relativos a ”</p><p>Súmula 104 do STJ: “C J Estadual o processo e julgamento dos crimes</p><p>de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de</p><p>ensino”</p><p>Súmula 38 do STJ: “C J Estadual Comum, na vigência da CF/1988, o</p><p>processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens,</p><p>U ”</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>31</p><p>CAI MUITO NAS PROVAS:</p><p>CRIME</p><p> CHEQUE FALSO</p><p> CHEQUE SEM FUNDOS ou COM</p><p>PAGAMENTO FRUSTRADO ou MEDIANTE</p><p>DEPÓSITO / TRANSFERÊNCIA DE VALORES</p><p> CHEQUE FRAUDADO</p><p>COMPETÊNCIA</p><p>Local da obtenção da vantagem</p><p>ilícita</p><p>Domicílio da vítima (havendo</p><p>pluralidade de vítimas = prevenção)</p><p>Local da agência bancária da</p><p>vítima</p><p>Nos termos do Código de Processo Penal, é correto afirmar que a competência será,</p><p>na hipótese, entre outros, do crime de estelionato, quando praticados mediante</p><p>emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, definida</p><p>pelo local do domicílio da vítima, local da agencia bancária ou da obtenção da</p><p>vantagem? Resposta: local do domicílio da vítima.</p><p>Prometeu, domiciliado em Curitiba, durante uma viagem a passeio para Londrina,</p><p>efetuou a compra de um notebook de propriedade de Hera, emitindo um cheque</p><p>sem fundo, de sua conta corrente, para pagar o objeto. Considerando que Hera é</p><p>domiciliada em Londrina e que a agência bancária de Prometeu está localizada em</p><p>Campinas, é correto afirmar que a competência territorial para julgar o delito será do</p><p>local onde se situa a agência que recusou o pagamento, no caso, o município de</p><p>Campinas. Certo ou errado? A competência será o local do domicílio da vítima, ou</p><p>seja, Londrina.</p><p>Link para questões</p><p>Faça no mínimo 15 questões</p><p>Número de Questões:</p><p>Acertos: Erros:</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes?discipline_ids%5B%5D=10&examining_board_ids%5B%5D=63&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true&subject_ids%5B%5D=152&subject_ids%5B%5D=153&subject_ids%5B%5D=20583</p><p>Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido</p><p>qualquer tipo de repasse.</p><p>32</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>Monique Farias</p><p>moniqueecampos61@gmail.com</p><p>090.741.734-54</p>