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<p>FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL</p><p>aula 03 - Fisiologia Animal II</p><p>Prof. Jair Camargo Ferreira</p><p>Sistema urinário</p><p>o Conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina</p><p>o URINA</p><p>• Principal líquido de excreção do organismo</p><p>o COMPONENTES</p><p>• Rins • Bexiga</p><p>• Ureteres • Uretra</p><p>Sistema urinário</p><p>Sistema urinário</p><p>Funções do sistema renal</p><p>1. Filtração sanguínea</p><p>• Produção /eliminação de urina</p><p>• Excreção de resíduos metabólicos (compostos</p><p>nitrogenados)</p><p>• Absorção de substâncias filtradas</p><p>2. Regulação do volume e composição do</p><p>líquido extracelular</p><p>• regula a água corporal (osmose)</p><p>3. Participa a eritropoiese</p><p>• síntese de eritropoietina</p><p>4. Regulação da pressão arterial</p><p>• Sistema RAA</p><p>5. Produção de hormônios</p><p>6. Regula o equilíbrio ácido-base e</p><p>controle do balanço eletrolítico</p><p>7. Manutenção do metabolismo ósseo</p><p>• reabsorção de cálcio e fósforo</p><p>Função endócrina do sistema renal</p><p>1. Controle da produção de eritrócitos</p><p>• Eritropoetina estimula a eritropoiese</p><p>2. Síntese de Renina</p><p>3. Ativação da vitamina D</p><p>4. Local de ação de</p><p>• Paratormônio (regulação do metabolismo de cálcio e fósforo)</p><p>• ADH</p><p>• Aldosterona</p><p>• Angiotensina II</p><p>Tipos de rins</p><p>1. Rins unilobulares ou unipiramidais</p><p>• Caninos felinos, equinos e pequenos ruminantes</p><p>Tipos de rins</p><p>2. Rins multilobulares ou multipiramidais</p><p>• Bovinos e suínos</p><p>Componentes renais</p><p>Componentes renais</p><p>Néfron</p><p>o Funções</p><p>1. Filtração</p><p>2. Reabsorção</p><p>3. Secreção</p><p>o Unidade funcional dos rins</p><p>• Quantidade varia de acordo com a espécie</p><p>Irrigação sanguínea do néfron</p><p>Tipos de néfron</p><p>o Cortical</p><p>• Glomérulos no córtex externo e médio</p><p>• alça de Henle até a junção corticomedular</p><p>e medula externa</p><p>• 80% dos néfrons</p><p>o Justamedular</p><p>• glomérulos no córtex próximo à medula</p><p>• alça de Henle mais profunda e dentro da</p><p>medula</p><p>• vasos retos circulam as alças de Henle</p><p>Tipos de néfron</p><p>Porções do néfron</p><p>o Porção tubular</p><p>a. Capsula de Bowman</p><p>b. Túbulo contorcido proximal</p><p>c. Alça de Henle</p><p>d. Túbulo contorcido distal</p><p>e. Ducto coletor</p><p>o Porção vascular</p><p>a. Arteríolas aferentes</p><p>b. Glomérulo</p><p>c. Arteríolas eferentes</p><p>d. Capilares peritubulares</p><p>Porções do néfron</p><p>PORÇÃO CORTICAL</p><p>o parte mais externa do rim</p><p>o localizado abaixo da cápsula renal</p><p>o estruturas localizadas no córtex</p><p>1. Cápsula Bowman</p><p>2. Túbulos proximais e distais</p><p>3. Porções superiores dos ductos coletores</p><p>Porções do néfron</p><p>PORÇÃO MEDULAR</p><p>o dividida em pirâmides renais</p><p>o base da pirâmide em direção ao córtex</p><p>o estruturas localizadas na medula/pirâmides</p><p>1. Ança de Henle</p><p>2. Ductos coletores</p><p>Porções do néfron</p><p>Corpúsculo renal (Glomérulo + Cápsula de Bowman)</p><p>Cápsula glomerular (Bowman)</p><p>o Estrutura em forma de bola em torno de uma teia de capilares arteriais</p><p>o Camada parietal externa composta por células epiteliais escamosas simples</p><p>o Camada visceral interna</p><p>• Circunda diretamente os capilares glomerulares</p><p>• Composta por células epiteliais especializadas conhecidas como podócitos</p><p>o Espaço Bowman</p><p>• O espaço entre as camadas parietal e visceral da cápsula de Bowman</p><p>• Recolhe o filtrado (urina)</p><p>• Drena para o túbulo contornado proximal (TCP)</p><p>Corpúsculo renal</p><p>Vasos sanguíneos do corpúsculo renal</p><p>o Estrutura em forma de bola em torno de uma teia de capilares arteriais</p><p>o Camada parietal externa composta por células epiteliais escamosas simples</p><p>o Camada visceral interna</p><p>• Circunda diretamente os capilares glomerulares</p><p>• Composta por células epiteliais especializadas conhecidas como podócitos</p><p>o Espaço Bowman</p><p>• O espaço entre as camadas parietal e visceral da cápsula de Bowman</p><p>• Recolhe o filtrado (urina)</p><p>• Drena para o túbulo contornado proximal (TCP)</p><p>Vasos sanguíneos associados ao corpúsculo renal</p><p>1. Arteríola aferente</p><p>• Transporta sangue para o glomérulo</p><p>• Diâmetro relativamente grande</p><p>2. Capilares glomerulares</p><p>• teia de capilares entre as arteríolas aferentes e eferentes</p><p>• local da filtração renal</p><p>3. Arteríola eferente</p><p>• Transporta o sangue filtrado para fora do glomérulo</p><p>• Pequeno diâmetro (em comparação com a arteríola aferente)</p><p>Membrana de filtração renal</p><p>Membrana de filtração renal</p><p>o Barreira glomerular: principal filtro sanguíneo entre os capilares glomerulares e o espaço de Bowman</p><p>o Três camadas</p><p>1. Endotélio fenestrado que reveste os capilares glomerulares</p><p>2. Membrana basal glomerular (MBG):</p><p>3. Podócitos</p><p>• camada visceral da cápsula de Bowman</p><p>• envolvem os vasos, criando fendas de filtração</p><p>Barreira e filtração glomerular</p><p>Barreira e filtração glomerular</p><p>Barreira e filtração glomerular</p><p>Aparelho justaglomerular</p><p>Aparelho justaglomerular</p><p>o Pequena estrutura endócrina</p><p>o Função</p><p>• Síntese de Renina</p><p>a. Regulação do fluxo sanguíneo</p><p>b. Regulação do filtração glomerular</p><p>o Componentes</p><p>1. Mácula densa</p><p>2. Células mesangiais extraglomerulares</p><p>3. Células justaglomerulares</p><p>Aparelho justaglomerular</p><p>Aparelho justaglomerular</p><p>Aparelho justaglomerular</p><p>1. Mácula densa</p><p>• células tubulares (Túbulo Contorcido Distal) em contato com as arteríolas do glomérulo</p><p>• detecta variações nas [Na] sinalizando se deve produzir renina ou não</p><p>2. Células Justaglomerulares</p><p>• células das arteríolas do glomérulo em contato com a Mácula Densa</p><p>• secretam Renina em resposta aos estímulos da Mácula Densa</p><p>3. Células Mesangiais</p><p>• presentes no Espaço Mesangial, entre a Mácula Densa e arteríolas</p><p>• secretam prostaglandinas, possuem atividade fagocítica e fornecem suporte estrutural</p><p>Túbulo renal</p><p>o Túbulo longo e contínuo</p><p>a. ajusta o conteúdo do filtrado recebido no corpúsculo renal</p><p>b. túbulos drenam, finalmente, através da papila para os cálices</p><p>o Funções</p><p>a. Reabsorção de H2O, eletrólitos e nutrientes</p><p>b. Remoção de resíduos</p><p>o Segmentos</p><p>1. Túbulo contorcido proximal 3. Túbulo contorcido distal</p><p>2. Alça de Henle 4. Ducto coletor</p><p>Túbulo renal</p><p>a. Qual fenômeno fisiológico permite a passagem de substâncias do sangue para a cápsula renal? Cite uma diferença, quanto à composição,</p><p>entre o sangue e o líquido encontrado no interior da cápsula renal.</p><p>b. Que vantagem a alça néfrica mais longa confere ao roedor de deserto? Como o hormônio aldosterona atua na elevação da pressão arterial?</p><p>As figuras ilustram néfrons de roedores que vivem em ambientes</p><p>distintos:</p><p>Formação da urina</p><p>Formação da urina</p><p>1. FILTRAÇÃO</p><p>a. Início da produção da urina</p><p>b. Sangue é filtrado pela membrana glomerular</p><p>1. FILTRAÇÃO</p><p>c. O filtrado segue dentro do túbulo renal</p><p>d. A porção retida segue pela arteríola em</p><p>paralelo ao túbulo renal</p><p>Formação da urina</p><p>2. REABSORÇÃO</p><p>• Ocorre de acordo com as necessidades do organismo</p><p>• Retorno da maioria de solvente e de soluto filtrados</p><p>• FILTRAÇÃO</p><p>• cerca de 99% de sódio e do plasma filtrado</p><p>serão reabsorvidos</p><p>Formação da urina</p><p>3. SECREÇÃO</p><p>• elimina produtos indesejáveis ao organismo</p><p>• excretas, excesso de íons, drogas metabolizadas, etc</p><p>• FILTRAÇÃO</p><p>• cerca de 99% de sódio e do plasma filtrado</p><p>serão reabsorvidos</p><p>Formação da urina</p><p>Formação da urina</p><p>Volume filtrado e reabsorvido</p><p>Formação da urina</p><p>o FILTRAÇÃO GLOMERULAR</p><p>• Transferência de fluido da porção vascular para a tubular</p><p>• Filtrado</p><p>i. 99% do filtrado é reabsorvido ao longo da porção tubular</p><p>ii. 01% origina a urina e será excretado</p><p>• Mecanismo da filtração glomerular</p><p>➢ Diferença de pressões</p><p>a. hidrostática sanguínea</p><p>b. hidrostática do filtrado</p><p>c. coloidosmótica</p><p>Mecanismo da filtração glomerular</p><p>o Baseia-se nas diferenças de pressão</p><p>1. Hidrostática sanguínea (PH)</p><p>• sangue capilar</p><p>• 55 mmHg</p><p>2. Hidrostática do filtrado ( Pfluido)</p><p>• capsula de Bowman</p><p>• 15 mmH g</p><p>3. Coloidosmótica (Pπ)</p><p>• plasma capilar</p><p>• 30 mmHg</p><p>Filtração glomerular</p><p>o Ultrafiltrado do sangue ou Filtrado glomerular</p><p>• Resultado da filtração glomerular</p><p>• Local</p><p>➢ entre a Cápsula de Bowman e o Tufo Capilar</p><p>• Composição</p><p>➢ semelhante ao plasma, mas com baixa concentração proteica</p><p>❖ Proteínas não são filtradas devido seu alto peso molecular</p><p>Proteínas > 70.000 daltons não são filtradas</p><p>Ex.: Albumina: 69.000 daltons (menor proteína plasmática)</p><p>Reabsorção do filtrado</p><p>o Local de reabsorção</p><p>1. Túbulo proximal: 70%</p><p>2. Demais porções: 30%</p><p>o Porções distais</p><p>• absorção fina de H2O e sais</p><p>• determina a [ urina ]</p><p>a. hiperosmótica</p><p>b. hiposmótica</p><p>• regulação hormonal (endócrina)</p><p>o Mecanismo de reabsorção</p><p>1. Difusão simples</p><p>2. Difusão facilitada</p><p>3. Transporte ativo</p><p>4. Osmose</p><p>o Principal mediador</p><p>• Na+</p><p>Túbulo proximal do néfron</p><p>Túbulo proximal do néfron</p><p>o Primeira porção dos túbulos</p><p>o Principal local de reabsorção</p><p>1. H2O</p><p>2. Eletrólitos</p><p>3. Glicose</p><p>4. aminoácidos</p><p>o Local de ação da Angiotensina II e Catecolaminas</p><p>• aumentam a reabsorção de Na+ e líquido</p><p>Túbulo proximal do néfron</p><p>o Reabsorção mediada pelo Na+</p><p>1. sódio é reabsorvido com auxílio da NaK-ATPase</p><p>2. Manutenção do Na+ intracelular em baixas</p><p>concentrações</p><p>3. Produção de gradiente necessário para que o Na+</p><p>luminal se difunda para a célula</p><p>4. Essa reabsorção de Na+ leva a reabsorção de</p><p>ânions, aminoácidos e H2O.</p><p>Reabsorção e secreção no túbulo proximal</p><p>Segmento inicial</p><p>do túbulo proximal</p><p>Segmento final</p><p>do túbulo proximal</p><p>Alça de Henle (Segmento descendente fina)</p><p>* Segmento ascendente fino é impermeável à H2O, mas reabsorve solutos. Logo, o filtrado tubular fica cada vez mais diluído</p><p>Alça de Henle (Segmento ascendente espesso)</p><p>*Local de a ação dos “diuréticos de alça” (ex: furosemida), os quais que a reabsorção de íons</p><p>Alça de Henle (Segmento ascendente espesso)</p><p>Alça de Henle (Segmento ascendente espesso)</p><p>Túbulo distal (porção inicial)</p><p>o Principal sítio de reabsorção tubular de cálcio</p><p>• reabsorção ativa de Ca2+</p><p>• Regulação pelo paratormônio e vitamina D</p><p>Túbulo distal (porção inicial)</p><p>o Local de a ação dos “diuréticos tiazídicos”</p><p>i. produz filtrado hiper concentrado</p><p>ii. dificulta a reabsorção da água</p><p>iii. aumentando a diurese</p><p>Túbulo distal (porção inicial)</p><p>Túbulo distal (porção final)</p><p>o Participação especial no mecanismo de controle da concentração da urina</p><p>• Túbulo distal + tubo coleto</p><p>Túbulo distal (porção final)</p><p>células</p><p>principais</p><p>células</p><p>intercaladas (tipo A)</p><p>células</p><p>intercaladas (tipo B)</p><p>1. Cel. intercaladas do tipo A reabsorvem bicarbonato e secretam H+ na acidose</p><p>2. Cel. intercaladas do tipo B secretam bicarbonato para o lúmen e reabsorvem H+ na alcalose</p><p>Ducto coletor</p><p>o Permeabilidade da água controlada pelo ADH</p><p>o Nível elevado de ADH</p><p>a. H2O é reabsorvida</p><p>b. redução do volume urinário</p><p>c. concentração da urina.</p><p>o Fundamental para o equilíbrio ácido-base</p><p>• capazes de secretar íons H+ contra o</p><p>gradiente de concentração</p><p>o Reabsorção de uréia</p><p>Ducto coletor</p><p>Secreção e reabsorção renal</p><p>Locais de ação dos antidiuréticos</p><p>1. Porção ascendente espessa da alça de Henle</p><p>• diuréticos de alça (ex: furosemida)</p><p>• inibem os co-transportadores Na+/K +/2Cl -</p><p>2. Porção inicial do túbulo contorcido distal</p><p>• diuréticos tiazídicos</p><p>• inibição carreadores Na+/Cl-</p><p>3. Células principais da porção final do túbulo contorcido distal</p><p>• diuréticos poupadores de potássio</p><p>• antagonistas da aldosterona e inibidores dos canais de Na+</p><p>Reabsorção do filtrado</p><p>o Na++, K++, Cl-- , bicarbonato, vitaminas, glicose e aminoácidos</p><p>• Importantes para a função do organismo</p><p>• Entram no filtrado glomerular durante a filtração glomerular</p><p>• baixo peso molecular</p><p>• Concentrações no filtrado glomerular são equivalentes às do plasma</p><p>• devem retornar ao sangue e não ser eliminadas na urina</p><p>Reabsorção tubular mediado por Na+</p><p>Reabsorção tubular mediado por Na+</p><p>o A reabsorção tubular de sais e água é fundamental para a regulação renal do equilíbrio</p><p>dos líquidos corpóreos</p><p>o A reabsorção da maior parte de substâncias é mediado por Na+</p><p>o Etapas</p><p>1. Transporte ativo de Na para fora dos túbulos</p><p>• Via Na+ /K+ ATPase</p><p>2. Gradiente eletrolítico gerado pelo transporte de Na + favorece o transporte de ânions</p><p>3. Geração de gradiente osmótico</p><p>4. Deslocamento de H2O seguindo o movimento de sais</p><p>5. Saida de H2O aumenta a [ sais ] dentro dos túbulos</p><p>6. Gradiente intratubular favorece a passagem de soluto de dentro para fora</p><p>Reabsorção de glicose mediada por Na+</p><p>Reabsorção de glicose mediada por Na+</p><p>o Transporte ativo mediado por Na+ e participação de proteínas co-transportadoras</p><p>o Etapas</p><p>1. Transporte ativo de Na+ gera gradiente de concentração</p><p>2. Gradiente favorece a entrada de Na de pela membrana basal</p><p>3. Outras substancias podem ser co-transportadas com o Na +</p><p>4. A segunda substância é na membrana basolateral por difusão facilitada</p><p>Reabsorção de água</p><p>❖ Reabsorção de H2O acompanha a reabsorção de</p><p>Na+, exceto na alça de Henle</p><p>Reabsorção de água</p><p>o Processo</p><p>i. Reabsorção do soluto (Na+, Cl --, HCO3-), glicose e aminoácidos</p><p>ii. aumento da osmolaridade do espaço peritubular</p><p>iii. Maior pressão osmótica</p><p>iv. Reabsorção de água</p><p>o Locais de absorção</p><p>a. 70% é reabsorvia no Túbulo Contorcido Proximal</p><p>b. 30% é reabsorvida no Túbulo Contorcido Distal e Ducto Coletor</p><p>o ação do ADH e aldosterona</p><p>Reabsorção de água</p><p>1. Hormônio Anti-diurético (ADH) ou Vasopressina</p><p>• Secreção induzida pelo aumento na concentração plasmática de solutos e na queda de água</p><p>➢ aumento da osmolaridade estimula a produção do ADH pelo hipotálamo</p><p>• Função</p><p>a. Induz absorção de água pelas células epiteliais do Túbulo Contorcido Distal e Ducto Coletor</p><p>b. Aumentando a densidade da urina</p><p>2. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona</p><p>• Aldosterona estimula a reabsorção de sódio e, consequentemente, de água</p><p>Reabsorção de água</p><p>1. Hormônio Anti-diurético (ADH) ou Vasopressina</p><p>• Secreção induzida pelo aumento na concentração plasmática de solutos e na queda de água</p><p>➢ aumento da osmolaridade estimula a produção do ADH pelo hipotálamo</p><p>• Função</p><p>a. Induz absorção de água pelas células epiteliais do Túbulo Contorcido Distal e Ducto Coletor</p><p>b. Aumentando a densidade da urina</p><p>2. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona</p><p>• Aldosterona estimula a reabsorção de sódio e, consequentemente, de água</p><p>Ação da vasopressina</p><p>❖ Deficiência na liberação de ADH induz poliuria</p><p>Ação da vasopressina</p><p>Ação da vasopressina</p><p>1. ADH é sintetizada no hipotálamo e secretada pela glândula pituitária posterior</p><p>2. Nas células principais do ducto coletor renal</p><p>a. ADH liga-se ao receptor de vasopressina tipo 2 (V2R)</p><p>b. ativação da proteína quinase A (PKA)</p><p>c. aumenta de aquaporina-2 (AQP2) na membrana plasmática apical</p><p>d. estimulando sua translocação de vesículas de armazenamento intracelular</p><p>3. Absorção celular de água via AQP2</p><p>4. Saída celular da água para interstício via aquaporina-3 (AQP3) e aquaporina-4 (AQP4)</p><p>SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA</p><p>Reabsorção de água</p><p>Reabsorção de água</p><p>o Distribuição de aquaporina (AQP) ao longo do néfron</p><p>1. Túbulo proximal</p><p>• AQP1 e AQP7</p><p>• altamente permeável à água</p><p>• 70% da reabsorção total de água</p><p>2. Ramo descente da alça de Henle</p><p>• AQP1</p><p>• 20% da reabsorção de água</p><p>3. O ducto coletor</p><p>• Três tipos de AQPs (2, 3 e 4)</p><p>• 0 a 9% da reabsorção de água</p><p>Reabsorção de proteínas e peptídeos</p><p>o Transporte ativo mediado por Na+ e participação de proteínas co-transportadoras</p><p>o Etapas</p><p>1. Transporte ativo de Na+ gera gradiente de concentração</p><p>2. Gradiente favorece a entrada de Na de pela membrana basal</p><p>3. Outras substancias podem ser co-transportadas com o Na +</p><p>4. A segunda substância é na membrana basolateral por difusão facilitada</p><p>Recirculação de ureia</p><p>o Além do NaCl , a ureia também contribui para a osmolaridade do fluido</p><p>o A ureia resultada do metabolismo das proteínas ingeridas como alimento</p><p>• A amônia é convertida em ureia no fígado</p><p>o A ureia de origem hepática é excretada pelos rins</p><p>o Peso molecular da ureia: 60 daltons (sofre filtração)</p><p>o Nem toda ureia filtrada é excretada</p><p>• Cerca de 40% é reabsorvida</p><p>• reabsorção depende da osmolaridade do fluido tubular (depende da ação do ADH)</p><p>• reabsorção renal da ureia é aumentada pelo ADH</p><p>Recirculação de ureia</p><p>o Túbulo proximal</p><p>• reabsorção de 50% da ureia</p><p>o Alça de</p><p>Henle</p><p>• secreção passiva de 50%</p><p>• reabsorção de 30%</p><p>o Ductos coletores</p><p>• reabsorção de 50% da ureia pelas UT-A1 e UT</p><p>• ADH regula a reabsorção via o UT-A1</p><p>❖ A ureia reabsorvida no interstício contribui para o gradiente corticomedular</p><p>❖ No final, 60% da ureia filtrada é retida para este fim e 40% é excretada</p><p>Recirculação de ureia</p><p>Depuração de glicólise e ureia</p><p>Inervação renal</p><p>o Fornecida pelo SNA Simpático</p><p>• Inervação Adrenérgica</p><p>• depende da liberação de Noradrenalina</p><p>o Atividade nervosa simpática renal eferente</p><p>** sigla (ANSRE)</p><p>1. Vasoconstrição da arteríola aferente</p><p>2. Reabsorção tubular de Na</p><p>3. Estimulação da produção de Renina</p><p>o Nervos renais pós-ganglionares entram no</p><p>hilo renal</p><p>Mecanismos neurais</p><p>o Epinefrina (adrenalina) e Norepinefrina</p><p>• Família das catecolaminas secretadas pela glândula suprarenal</p><p>• Síntese mediada pelo sistema nervoso simpático</p><p>• Atuam em diversos sistemas</p><p>o Ação no sistema renal</p><p>• vasoconstrição das arteríolas (diminui o fluxo sanguíneo renal)</p><p>Regulação da taxa de filtração glomerular (TFG)</p><p>o O rim possui diferentes níveis de mecanismos reguladores da TFG</p><p>1. Autorregulação do fluxo sanguíneo renal em geral</p><p>2. Constrição e dilatação das arteríolas aferentes e eferentes</p><p>3. Feedback túbulo-glomerular</p><p>4. Mecanismos de ajuste fino</p><p>a. Parácrino</p><p>b. endócrino</p><p>c. neural</p><p>Autorregulação renal</p><p>o Reflexo renorrenal</p><p>• sistema de retroalimentação</p><p>• controla a função excretora renal</p><p>o Receptores sensoriais renais</p><p>• mecanorreceptores</p><p>• respondem a aumentos da pressão intrarrenal</p><p>o Nervos renais aferentes</p><p>• Inibição da ANSRE contralateral</p><p>• Excreção de Na+ e H2O no rim oposto</p><p>Autorregulação renal</p><p>o Principal função</p><p>a. manter a TFG relativamente constante</p><p>b. permitir o controle fino da excreção</p><p>renal</p><p>o A TGF deve ser constante mesmo</p><p>com oscilação da P.A. média</p><p>Autorregulação renal</p><p>• Na autorregulação normal, a taxa de filtração</p><p>glomerular (TFG) é mantida até que a pressão</p><p>arterial média caia abaixo de 80 mm Hg</p><p>• Em animais com autorregulação comprometida, a</p><p>TFG cai abaixo dos valores normais mesmo com</p><p>pressão arterial dentro da normalidade, o que</p><p>resulta em isquemia normotensa e insuficiência</p><p>renal aguda.</p><p>Autorregulação renal</p><p>Autorregulação renal</p><p>Autorregulação renal</p><p>Resposta miogênica na autorregulação renal</p><p>Resposta miogênica na autorregulação renal</p><p>1. Diante de um aumento de P.A sistêmica</p><p>i. Estiramento da musculatura lisa da arteríola aferente</p><p>ii. vasoconstrição de arteríola eferente</p><p>iii. diminuição de FSR</p><p>2. Diante de uma diminuição de P.A sistêmica</p><p>i. descompressão da musculatura lisa da arteríola aferente</p><p>ii. vasodilatação de arteríola eferente</p><p>iii. aumento de FSR</p><p>• Mantém FSR constante dentro de uma faixa de PAs arteriais médias normais (faixa autorreguladora)</p><p>• FSR estável permite que outros mecanismos regulatórios (em vez da PA sistémica) regulem a TFG</p><p>Hemodinâmica glomerular</p><p>o Regulação primária da filtração glomerular</p><p>• ocorre dentro do próprio glomérulo</p><p>o Mecanismo</p><p>• constrição e dilatação das arteríolas aferentes e eferentes</p><p>o Parâmetros</p><p>1. FSR (fluxo sanguíneo renal)</p><p>2. TFG (Taxa de filtração glomerular)</p><p>3. PUF (Pressão do ultrafiltrado)</p><p>4. Fluxo tubular</p><p>❖ PUF está correlacionado com a pressão hidrostática capilar glomerular (PGC)</p><p>❖ Fluxo tubular refere-se à urina primária filtrada que sai do espaço de Bowman</p><p>Constrição e dilatação das arteríolas aferentes e eferentes</p><p>o Vasoconstrição da arteríola aferente o Vasoconstrição da arteríola eferente</p><p>• Diminuição de 1. Fluxo sanguíneo renal</p><p>2. Pressão arterial capilar</p><p>3. Taxa filtração glomerular</p><p>• Diminuição de 1. Fluxo sanguíneo renal</p><p>• Aumento de 1. Pressão arterial capilar</p><p>2. Taxa filtração glomerular</p><p>Constrição e dilatação das arteríolas aferentes e eferentes</p><p>1. Constrição da arteríola aferente</p><p>• maior influxo maior FSR maior TFG maior fluxo tubular</p><p>2. Dilação da arteríola aferente</p><p>• menor influxo menor FSR menor TFG menor fluxo tubular</p><p>3. Constrição da arteríola eferente</p><p>• menor influxo maior FSR maior TFG menor FSR</p><p>4. Dilatação da arteríola eferente</p><p>• maior efluxo menor PUF menor TFG maior FSR</p><p>Hemodinâmica glomerular</p><p>o Regulação primária da filtração glomerular</p><p>• ocorre dentro do próprio glomérulo</p><p>o Mecanismo</p><p>• constrição e dilatação das arteríolas aferentes e eferentes</p><p>o Parâmetros</p><p>1. FSR (fluxo sanguíneo renal)</p><p>2. TFG (Taxa de filtração glomerular)</p><p>3. PUF (Pressão do ultrafiltrado)</p><p>4. Fluxo tubular</p><p>❖ PUF está correlacionado com a pressão hidrostática capilar glomerular (PGC)</p><p>❖ Fluxo tubular refere-se à urina primária filtrada que sai do espaço de Bowman</p><p>SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA</p><p>SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA</p><p>• ↓ Pressão arterial → ↓ estiramento da arteríola aferente → libertação de renina</p><p>• ↑ Renina → ↑ angiotensina I → ↑ angiotensina II</p><p>1. Vasoconstrição sistémica → ↑ Pressão arterial para manter o FSR</p><p>2. Estimula a aldosterona → ↑ Na+ e reabsorção de água → ↑ Pressão arterial sistémica e FSR</p><p>** Vasoconstrição de arteríolas aferente e eferente, mas com mais constrição do eferente → ↑ P GC → ↑ TFG mas ↓ em FSR</p><p>*** ↑ Pressão arterial tem os efeitos opostos</p><p>Retroalimentação tubuloglomerular da TFG</p><p>o Local</p><p>• túbulos distais (células da mácula densa)</p><p>o Resposta à alterações no fluxo sanguíneo renal (FSR)</p><p>o Altera a secreção de substâncias que afetam a TFG</p><p>o Mecanismo I</p><p>i. Macula densa detecta ↑ fluxo de NaCl (indica aumento de ↑</p><p>ii. Secreão de adenosina</p><p>iii. Contração de arteríolas aferentes</p><p>iv. Dilatação de arteríolas eferentes</p><p>Retroalimentação tubuloglomerular da TFG</p><p>Retroalimentação tubuloglomerular da TFG</p><p>o Mecanismo II</p><p>• Ativação do SRAA</p><p>i. ↓ TFG</p><p>ii. ↓ fluxo tubular de NaCl</p><p>iii. células da mácula densa detectam ↓ fluxo</p><p>iv. libertação de renina + inibição da adenosina</p><p>v. ↑ TFG</p><p>vi. Dilatação de arteríolas eferentes</p><p>Respostas metabólicas renal ao fluxo tubular alto e baixo</p><p>Resposta renal ao aumento pressão arterial</p><p>Resposta renal ao aumento pressão arterial</p><p>Mecanismo de ajuste fino</p><p>o MECANISMOS PARÁCRINOS</p><p>1. Vasoconstritores arteríolas</p><p>• ↓ FSR</p><p>a. Endotelinas</p><p>b. Leucotrienos</p><p>2. Vasodilatadores arteríolas</p><p>• ↑ FSR</p><p>a. Oxido nítrico</p><p>b. Prostaglandinas</p><p>Mecanismo de ajuste fino</p><p>o MECANISMOS ENDÓCRINOS</p><p>1. Angiotensina II</p><p>• ↑ pressão hidrostática glomerular (constrição da arteríola eferente) → ↑ TFG e ↓ FSR</p><p>2. Peptídeo natriurético atrial (ANP)</p><p>• vasodilatação da arteríola aferente → ↑ TFG e ↑ FSR</p><p>Mecanismo de ajuste fino</p><p>o MECANISMOS NEURAIS</p><p>• Estímulo do Sistema Nervoso Simpático</p><p>i. Secreção de epinefrina e noradrenalina</p><p>ii. Vasoconstrição das arteríolas mediada</p><p>iii. ↓ FSR</p><p>Urina</p><p>o Subproduto do organismo</p><p>o Mamíferos: fluido excretório resultante da filtragem renal do sangue nos rins</p><p>o Aves e répteis: excreção sólida ou semi sólida</p><p>o Estéril (na ausência de doenças)</p><p>o Secretado pelos rins</p><p>o Estéril (na ausência de doenças)</p><p>o Excretado pela uretra</p><p>o Micção</p><p>• método primário para excretar substâncias químicas</p><p>solúveis em H2O</p><p>Urina em mamíferos</p><p>o COR</p><p>• Geralmente amarela</p><p>• derivada da bilirrubina (urobilina)</p><p>o ODOR</p><p>• Característico da espécie e depende da dieta e medicamentos.</p><p>o ASPECTO</p><p>• Transparente</p><p>o Equinos</p><p>• turva devido presença de sais de oxalato e fosfato</p><p>Urina em mamíferos</p><p>o Consistência</p><p>• Aquosa na maior parte das espécies</p><p>** Equinos</p><p>• alta concentrações de carbonatos e fosfatos que podem precipitar em repouso</p><p>o Muco</p><p>• impede a precipitação</p><p>• auxilia o transporte dos sais</p><p>• evita o depósito na pelve renal</p><p>Urina em mamíferos</p><p>o Densidade</p><p>• Depende do tipo de néfron e da volemia</p><p>o Quantidade</p><p>• Depende da dieta, atividade física, temperatura ambiental, consumo de água</p><p>o pH</p><p>• Influência da alimentação</p><p>a. Carnívoros: ácido</p><p>b. Herbívoros: alcalina</p><p>Conteúdos anormais na urina</p><p>Coloração de urina (canino)</p><p>Termos relacionais</p><p>Urolitíase em gatos</p><p>Urolitíase em gatos</p><p>• uma das doenças mais relevantes do trato urinário de</p><p>felinos</p><p>• formação de cálculos de oxalato de cálcio e estruvita</p><p>• gera sinais clínicos como dor e desconforto.</p><p>Necrose Tubular Aguda Isquêmica</p><p>Bexiga e Micção</p><p>o Micção</p><p>• Esvaziamento da bexiga</p><p>o Preenchimento e esvaziamento</p><p>• 2 reflexos</p><p>1. Reflexo Espinhal Sacral</p><p>2. Reflexo do Tronco Cerebral</p><p>o Inervação da bexiga</p><p>• Parassimpática para o corpo e colo da vesícula urinária</p><p>• contração do músculo detrusor</p><p>Bexiga e Micção</p><p>1. Reflexo do Tronco Cerebral</p><p>• impede a contração da bexiga e o relaxamento do esfíncter</p><p>• Permite o acúmulo da urina na bexiga</p><p>2. Reflexo Espinhal Sacral</p><p>• distensão da bexiga estimula receptores da parede vesical</p><p>a. Desencadeia a contração do músculo detrusor da bexiga</p><p>b. Relaxamento do esfíncter uretral no momento da micção</p><p>**Receptores de fluxo na uretra asseguram o esvaziamento completo da bexiga</p><p>Reflexos da micção</p><p>Reflexos da micção</p><p>Reflexos da micção</p><p>FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL</p><p>aula 03 - Fisiologia Animal II</p><p>Prof. Jair Camargo Ferreira</p>