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<p>Direito Internacional Público e suas fontes;</p><p>ORIGEM E EVOLUÇÃO</p><p>Antiguidade</p><p>Idade Média</p><p>Idade Moderna</p><p>Idade Contemporânea</p><p>ANTIGUIDADE (4000 a.C)</p><p>- Normas antigas: Código de Hamurabi</p><p>- Institutos antigos: Arbitragem, troca de prisioneiros de guerra, imunidade diplomática, direito de asilo;</p><p>IDADE MÉDIA (476 a 1453)</p><p>- Feudos (feudalismo): desenvolvimento;</p><p>- Humanização da guerra, ex: Paz de Deus, trégua de Deus, noção de guerra justa (príncipe)</p><p>Alguns entendem que o Direito Internacional Público surgiu nesse momento;</p><p>- Tratados de Westphalha</p><p>- Guerra dos 30 anos: católicos e protestantes;</p><p>- Estado Soberano: elementos objetivos pode dizer em território bem definido, povo, governo soberano (estabelecer e manter a ordem interna e representar perante os demais países); o elemento subjetivo é a recognição: reconhecimento de um Estado pelos demais;</p><p>IDADE CONEMPORÂNEA (1789-hoje)</p><p>- Revolução Francesa</p><p>19/08</p><p>Primeira Guerra Mundial (1914-1918)</p><p>· Tratado de Versalhes (1919): Acordo que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. A Alemanha foi forçada a aceitar a responsabilidade pela guerra e a pagar reparações aos países vencedores, o que gerou ressentimento e instabilidade política no país.</p><p>· Liga das Nações: Organização internacional fundada em 1920 com o objetivo de manter a paz mundial e evitar novos conflitos. Porém, a Liga falhou em prevenir a Segunda Guerra Mundial.</p><p>Segunda Guerra Mundial (1939-1945)</p><p>Causas e Consequências: O ultranacionalismo alemão, impulsionado pelo ressentimento com o Tratado de Versalhes, levou ao surgimento do Partido Nazista, liderado por Adolf Hitler. Após uma tentativa de golpe fracassada, Hitler foi preso, durante o qual escreveu "Mein Kampf" (Minha Luta). Após sua ascensão ao poder, Hitler rearmou a Alemanha e iniciou a invasão da Polônia em 1939, desencadeando a Segunda Guerra Mundial.</p><p>Fim da Guerra e Criação de Organizações: O conflito resultou na morte de aproximadamente 60 milhões de pessoas. Com o fim da guerra em 1945, surgiram novas organizações internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), para prevenir futuros conflitos e promover a cooperação internacional.</p><p>Desenvolvimento do Direito Internacional Público Contemporâneo</p><p>Tribunais Internacionais: Com o fim da Segunda Guerra Mundial, foram estabelecidos tribunais internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), para julgar crimes de guerra e crimes contra a humanidade.</p><p>Direito Internacional Público: O ramo do Direito que regula as relações entre Estados e outros sujeitos de direito internacional, como organizações internacionais e pessoas físicas/jurídicas. Inclui normas consuetudinárias (costume) e convencionais (tratados, convenções).</p><p>Fases e Tendências do Direito Internacional</p><p>O Direito Internacional Público evoluiu por meio de várias tendências:</p><p>· Universalização: Expansão global das normas e princípios de direito internacional.</p><p>· Regionalização: Desenvolvimento de normas específicas em contextos regionais.</p><p>· Institucionalização: Criação de organizações internacionais para a aplicação e desenvolvimento do direito.</p><p>· Funcionalização: Enfoque em funções específicas, como direitos humanos e proteção ambiental.</p><p>· Humanização: Valorização dos direitos humanos no direito internacional.</p><p>· Objetivação: Desenvolvimento de normas com caráter obrigatório independente da vontade dos Estados.</p><p>· Codificação: Consolidação de normas consuetudinárias em tratados escritos.</p><p>· Jurisdicionalização: Criação de tribunais internacionais para a resolução de disputas.</p><p>Conceito de Direito Internacional Público</p><p>Ramo do direito que regula normas consuetudinárias e convencionais, estabelecidas por tratados e convenções, que governam as relações entre Estados, pessoas e outros sujeitos internacionais. Essas normas podem ser de caráter convencional, com Estados se unindo para criar tratados e acordos internacionais.</p><p>Sujeitos do Direito Internacional</p><p>Estados: Com território, povo e soberania bem definidos.</p><p>Organizações Internacionais: Como a ONU e a Santa Sé, que atuam em cenários internacionais.</p><p>Pessoas Físicas e Jurídicas: Podem agir no cenário das relações exteriores em nome próprio.</p><p>As normas podem ser convencionais, os próprios atores das relações exteriores vão se unir para criar e se submeter também mediante tratado internacional, convenção, acordo, etc.</p><p>20/08</p><p>CARACTERÍSTICAS do Direito Internacional Público</p><p>a) Horizontariedade: todos iguais, ninguém manda mais que ninguém</p><p>b) Cooperação: todos os países podem ajudar a desenvolver-se (cultural, social e econômica)</p><p>c) Voluntariedade: não existem imposições</p><p>ONU (Organização das Nações Unidas):</p><p>Conselho de Direitos Humanos, Conselho de Desenvolvimento Social, Conselho de Segurança</p><p>15 Integrantes: 10 rotativos, 5 permanentes (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China), os permanentes tem poder de voto e veto, os rotativos só tem poder de voto</p><p>Direito Internacional Público e Direito Interno Estatal</p><p>Teoria Dualista e Monista</p><p>Dualismo: dois sistemas diferentes; incorporada – validade</p><p>Críticas: soberania ilimitada do Estado, direito internacional e interno em oposição (é indispensável a criação de uma norma interna que trate do mesmo assunto), desconsideração do princípio da identidade (não considera os costumes internacionais e princípios gerais do direito)</p><p>O costume pode afastar a aplicação de um tratado internacional</p><p>Monista: um sistema</p><p>Tratado assinado e ratificado</p><p>Espécies de Monismo</p><p>- Nacionalista</p><p>- Internacionalista: nenhum estado pode alegar razões de direito interno para descumprimento de norma internacional</p><p>- Internacionalista Deológico: faz concessões a certas normas internacionais</p><p>DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO</p><p>Relação entre pessoas;</p><p>a) Elemento estrangeiro</p><p>b) Conflito de lei no espaço</p><p>CONCEITO: regulação das relações jurídicas entre pessoas que tenham a presença de um elemento estrangeiro e o conflito de uma lei no espaço, definindo qual é o direito e qual jurisdição deverá ser aplicada</p><p>Art. 21 ao 25 CPC</p><p>Art. 21 e 22: Competência concorrente</p><p>Art. 23: competência exclusiva</p><p>Autor da herança: de cujus</p><p>Homologação de sentença estrangeira: STJ</p><p>Art. 7 ao 18 LINDB – Decreto 4.657/42</p><p>Art. 76 a 78 CC</p><p>26/08</p><p>Art. 7º - Domicílio</p><p>- Direito de Família</p><p>- Capacidade</p><p>- Personalidade</p><p>- Nome</p><p>Art. 8º</p><p>- Bens imóveis (situação do bem)</p><p>- Bens móveis (domicílio do Proprietário)</p><p>Art. 9º</p><p>Obrigações e contratos;</p><p>Local de constituição da obrigação ou local da residência do proponente</p><p>Art. 10º</p><p>Sucessão por morte ou ausência</p><p>Lei do país em que era domiciliado o de cujus</p><p>Homologação de sentença estrangeira: Art. 105,I, alínea , CF – STJ</p><p>Execução ou cumprimento de sentença – Justiça Federal – 1º Grau – Ar. 109, X, CF</p><p>Art. 15 LINDB</p><p>Art. 960 do CPC</p><p>Subsidiário: Regimento interno do STJ</p><p>Sentença estrangeira x Sentença internacional</p><p>Convenção de Haia: Decreto 8.660/16 – Brasil signatário desde 1961 “Convenção sobre eliminação da exigência de documentos públicos estrangeiros”</p><p>- A apostila de haia consiste em uma anotação a margem de um documento ou ao final de uma carta, neste caso a apostila é definida como um certificado emitido nos termos da Convenção que autentica a origem de um documento público.</p><p>27/08</p><p>DIREITO DOS TRATADOS</p><p>Estabelecido no Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional;</p><p>Doutrina e jurisprudência: fonte auxiliar; não é uma fonte técnica.</p><p>O Tratado Internacional vai conferir segurança e estabilidade para um Estado nas relações exteriores – vontade livre e conjugada dos Estados e das organizações internacionais e intergovernamentais</p><p>Plenos poderes (semelhante a procuração): significa um documento expedido pela autoridade competente de um Estado e pelo qual são designadas uma ou várias pessoas para representar o Estado, negociação, adoção e autenticação de texto do Tratado</p><p>CLASSIFICAÇÃO FORMAL</p><p>a) qualidade das partes</p><p>b) número das partes: Bilateralidade ou Multilateralidade</p><p>b) procedimento: no Brasil, ato solene</p><p>Modalidades diferentes de expressão de consentimento;</p><p>Tratado de Tordesilhas – bilateral</p><p>- Elaboração e adoção do texto e sua autenticação</p><p>-</p><p>Decisão do Estado de se submeter ao Tratado</p><p>- Notificação internacional dessa decisão</p><p>- Entrada em vigor desse tratado, conforme as suas próprias disposições</p><p>Convenção de Viena</p><p>Tratado: acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste instrumento público, quer conste de dois ou mais instrumentos que sejam conexos, dominação específica</p><p>Plenipotencial: figura que nomeia para representar o país, no Brasil é o Chefe de Estado;</p><p>Se inicia pelo preâmbulo (introdução – resumo sobre oque aquele tratado vai dispor), não tem valor jurídico.</p>