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<p>ESCOLA PROVINCIAL DA FRELIMO-SOFALA</p><p>HIGIENE E PECUÁRIA</p><p>TEMA: SARNA E GUMBORO</p><p>Discentes:</p><p>Ana Castigo</p><p>Biaca Fambanamato Docente: Angélica Tinga</p><p>Carolina Fernando</p><p>Fernando Faruque Chieia</p><p>João Zacarias Chissequera</p><p>Marta Morais Campira</p><p>Mitó Fernando Diquissone</p><p>Paulo António Taunde</p><p>Rachide Neves</p><p>Rebeca João</p><p>Salvador Victor</p><p>EPF</p><p>Beira, fevereiro de 2022</p><p>Índice</p><p>1.0 Introdução .......................................................................................................................... 2</p><p>2.0 Sarna .................................................................................................................................. 3</p><p>2.1 Conceito ......................................................................................................................... 3</p><p>2.2 Tipos de Sarna ................................................................................................................ 3</p><p>2.2.1 Sarna Demodécica .................................................................................................... 3</p><p>2.2.2 Sarna Sarcóptica ....................................................................................................... 4</p><p>2.2.3 Sarna Otodécica ........................................................................................................ 4</p><p>2.3 Causas e formas de transmissão ....................................................................................... 5</p><p>2.4 Sintomas da sarna ........................................................................................................... 5</p><p>2.5 Diagnóstico e tratamento ................................................................................................. 5</p><p>2.6 Prevenção da sarna em cachorros ..................................................................................... 5</p><p>3. Gumboro .............................................................................................................................. 6</p><p>3.1 Patogenia da doença de Gumboro .................................................................................... 7</p><p>3.2 Sintomas da doença de Gumboro em aves ........................................................................ 8</p><p>3.2 Transmissão da doença Gumboro .................................................................................... 8</p><p>3.3 Prevenção da doença Gumboro ........................................................................................ 9</p><p>3.4 Diagnóstico da doença de Gumboro em aves.................................................................... 9</p><p>3.5 Tratamento para doença de Gumboro em aves ................................................................10</p><p>4. Conclusão ...........................................................................................................................11</p><p>5. Bibliografia .........................................................................................................................12</p><p>2</p><p>1.0 Introdução</p><p>O presente trabalho aborda a respeito de Sarna e Gumboro na perspectiva da pecuária, isto é, tratar-</p><p>se-á, destes assuntos exclusivamente em animais domésticos (caninos). E no âmbito da mesma,</p><p>debruçar-se-á, sobre agente etiológico, transmissão, sintomas, prevenção e tratamentos. Importa</p><p>referir que a pele é o maior órgão do corpo e funciona como uma barreira entre o animal e o meio</p><p>ambiente, fornecendo proteção contra lesão física, química e microbiológica; é formada pela</p><p>epiderme, derme e hipoderme (FARIAS, 2007). As dermatopatias podem ser causadas por uma</p><p>série de fatores, dentre eles as infecções parasitárias causadas por carrapatos, pulgas, miíases,</p><p>piolhos, ácaros, entre outros (WHITE; KWOCHKA, 2003). Estas são enfermidades cosmopolitas</p><p>que representam aproximadamente 30% do total de casos atendidos em hospitais e clínicas</p><p>veterinárias de animais de companhia (GAMITO, 2008). Ectoparasitose é um diagnóstico</p><p>diferencial para todos os pacientes veterinários que apresentam uma causa primária ou sinais</p><p>clínicos sugestivos de prurido (PINCHBECK; HILLIER, 2008). Prurido é uma das queixas mais</p><p>comuns dos proprietários na clínica de pequenos animais e pode ser subjetivamente definido como</p><p>a sensação que promove o desejo de coçar, ou a sensação incômoda de irritação na pele (IHRKE,</p><p>1997).</p><p>3</p><p>2.0 Sarna</p><p>2.1 Conceito</p><p>A sarna é uma doença causada por ácaros, pequenos aracnídeos parasitas que se alojam na pele do</p><p>animal e começam a se alimentar dela, causando vermelhidão, coceira, feridas e outros sintomas.</p><p>A sarna é uma designação de doença na pele do animal, uma dermatose originada por um ácaro,</p><p>onde ocorre uma inflamação com prurido intenso com crostas hemorrágicas, perda de pêlos e</p><p>através da coceira provoca o aparecimento de feridas, sendo este de extremo desconforto ao animal</p><p>(PICCININ et al., 2008).</p><p>2.2 Tipos de Sarna</p><p>Segundo a médica-veterinária da Petz, Dra. Tatiana Lina Santos, existem três tipos principais de</p><p>sarna em cachorro. Cada um é causado por diferentes ácaros, que possuem características distintas.</p><p>2.2.1 Sarna Demodécica</p><p>Também conhecida como sarna negra em cachorro, ela é causada pelo ácaro Demodex canis, um</p><p>parasita que, normalmente, está presente na pele dos animais. Quando o pet está com baixa</p><p>imunidade, ocorre em caso de estresse ou doença, por exemplo: o ácaro pode se proliferar, surgindo</p><p>as manifestações clínicas típicas da sarna que ele provoca.</p><p>Nesse caso, o cão tem um tipo de sarna transmitida por outro animal em um lugar específico. As</p><p>falhas de pelo podem ser localizadas, geralmente, aparecendo nos membros e na cabeça. Quando</p><p>elas acometem mais de cinco pontos no corpo do cachorro, a doença passa a ser considerada</p><p>generalizada. Essa doença pode fazer com que o cão desenvolva algumas manchas escuras, por</p><p>isso também é conhecida como sarna negra. Ela é genética e se desenvolve quando o cão fica com</p><p>a imunidade baixa. Além disso, pode ser transmitida da mãe para o filhote e pode se manifestar em</p><p>locais isolados ou em todo o corpo.</p><p>Figura 1: Sarna Demodécia</p><p>4</p><p>2.2.2 Sarna Sarcóptica</p><p>A sarna sarcóptica, também chamada de escabiose, é uma designação relacionada a um tipo de</p><p>doença e muito frequente na pele do animal, caracterizando-se como uma dermatose ocasionada</p><p>pela presença de ácaros. A infestação manifesta-se com prurido intenso na pele, formando crostas</p><p>hemorrágicas, perda de pêlos e provocando o aparecimento de feridas (PICCININ et al., 2008).</p><p>É uma das mais comuns entre os cachorros. Também conhecida como escabiose, é causada pelo</p><p>Sarcoptes scabiei. Diferente do parasita da demodécica, este ácaro não é natural da própria pele.</p><p>Por isso, esse tipo de sarna em cachorro só se manifesta quando há contato com o microrganismo.</p><p>Figura 2: Sarna Sarcóptica</p><p>2.2.3 Sarna Otodécica</p><p>Também é conhecida como sarna de ouvido, causada pelo ácaro Otodectes cynotis. Como o nome</p><p>indica, ela atinge a parte interna da orelha do cachorro. É contagiosa e só aparece se o cachorro</p><p>tiver contato com um animal que tenha o parasita. Além disso, é muito comum entre os gatos.</p><p>Popularmente chamada de sarna de ouvido, ela atinge apenas a região auricular do animal gerando</p><p>acúmulo de cera. Por causa disso, o animal sente bastante coceira na região e pode desenvolver</p><p>inflamações, como a otite, ou feridas ao tentar aliviar o incômodo causado.</p><p>Figura 3: Sarna Otodécica</p><p>5</p><p>2.3 Causas e formas de transmissão</p><p>Os diferentes tipos de ácaros causadores das sarnas chegam por caminhos diferentes à pele do cão.</p><p>“Os parasitas da sarna demodécica são transmitidos de mãe para filho ainda no período de</p><p>amamentação”, explica a Dra. Tatiana Santos. “No entanto, eles podem existir de maneira</p><p>controlada na maior parte da vida do cachorro”, continua a especialista.</p><p>Em períodos de baixa imunidade, os ácaros proliferam-se,</p><p>causando a chamada sarna negra. Já os</p><p>tipos sarcópticos e a otodécicos são transmitidos a partir do contato com cachorros contaminados.</p><p>2.4 Sintomas da sarna</p><p>Apesar de existirem diferentes tipos de sarna em cachorro, os sintomas costumam ser bem</p><p>parecidos, sendo os principais:</p><p>• Alopecia (queda de pelo);</p><p>• Coceira (as lesões de sarna demodécica coçam quando já estão contaminadas por bactérias);</p><p>• Descamação;</p><p>• Escoriações;</p><p>• Feridas;</p><p>• Vermelhidão ou hiperpigmentação (a pele escurece);</p><p>• Odor forte;</p><p>• Perda de peso.</p><p>2.5 Diagnóstico e tratamento</p><p>Os veterinários podem diagnosticar a sarna em cachorro por meio de exames clínicos. “O raspado</p><p>de pele é o exame mais utilizado”, afirma a Dra. Tatiana Santos, que reforça a importância de um</p><p>acompanhamento especializado. “Nesse caso, o profissional vai tentar localizar e identificar o ácaro</p><p>usando o microscópio.” Segundo ela, só um especialista sabe indicar como tratar sarna em cachorro</p><p>de acordo com cada caso. “O tratamento é realizado por meio de medicações via oral, substâncias</p><p>tópicas e até banhos com produtos específicos. Tudo vai depender da avaliação clínica feita pelo</p><p>médico-veterinário”, conclui.</p><p>2.6 Prevenção da sarna em cachorros</p><p>Para prevenir que seu filho de quatro patas tenha sarna, alguns cuidados são essenciais. Como</p><p>pontos principais, podemos destacar:</p><p>6</p><p>• Necessidade de higienização do ambiente;</p><p>• Evitar que o cachorro tenha contato com cachorros contaminados;</p><p>• Evitar estresse e fornecer uma alimentação adequada, para garantir um bom sistema</p><p>imunológico;</p><p>• Levar o animal somente em pet shops e clínicas confiáveis;</p><p>• Dar banho com regularidade em locais de confiança;</p><p>• Limpar as orelhas e os condutos auditivos;</p><p>• Caso o cachorro tenha contato com um cachorro contaminado, higienizar comedouros,</p><p>bebedouros e brinquedos;</p><p>• Manter em dia o calendário de vacinação e vermifugação;</p><p>• Fazer acompanhamento regular com um médico-veterinário.</p><p>Para os cachorros que já foram contaminados e estão se recuperando, há alguns cuidados</p><p>adicionais. Entre eles, a Dra. Tatiana sugere suplementos vitamínicos, para reforçar o sistema</p><p>imunológico, e a substâncias de prevenção de parasitas, como pipetas ou comprimidos, encontrados</p><p>em lojas especializadas.</p><p>3. Gumboro</p><p>A doença de Gumboro é uma infecção viral que afeta principalmente pintinhos, entre as primeiras</p><p>3 e 6 semanas de vida. Também pode afetar outras aves, como patos e perus, razão pela qual é uma</p><p>das doenças mais comuns em aves de granja. A doença se caracteriza por afetar os órgãos linfoides,</p><p>principalmente a bursa de Fabricius das aves, causando imunossupressão por afetar a produção de</p><p>células do sistema imunológico. Além disso, ocorrem processos de hipersensibilidade de tipo III</p><p>com danos aos rins ou pequenas artérias. imunossupressão nessas aves. É uma doença de grande</p><p>importância sanitária e econômica, que afeta a avicultura. Apresenta alta taxa de mortalidade e é</p><p>capaz de infectar entre 50% e 90% das aves. Por sua grande ação imunossupressora, favorece</p><p>infecções secundárias e compromete a vacinação já realizada. O contágio se dá pelo contato com</p><p>fezes de frangos infectados ou por água, fomites (vermes) e alimentos contaminados por eles.</p><p>7</p><p>Figura 4: Ave com a doença Gumboro</p><p>3.1 Patogenia da doença de Gumboro</p><p>O vírus entra por via oral, chega ao intestino, onde se replica em macrófagos e linfócitos T na</p><p>mucosa intestinal. A primeira viremia (vírus no sangue) começa 12 horas após a infecção. Passa</p><p>para o fígado, onde se replica nos macrófagos hepáticos e nos linfócitos B imaturos da bursa de</p><p>Fabricius. Após o processo anterior, a segunda viremia ocorre e então o vírus se replica nos órgãos</p><p>linfoides da bursa de Fabricius, timo, baço, glândulas de harder dos olhos e tonsilas cecais. Isso</p><p>leva à destruição das células linfoides, o que causa uma deficiência do sistema imunológico. Além</p><p>disso, ocorre uma hipersensibilidade de tipo 3 com deposição de complexos imunes nos rins e</p><p>pequenas artérias, causando nefromegalia e microtrombos, hemorragias e edema, respectivamente.</p><p>A doença de Gumboro é causada pelo vírus da bursite infecciosa aviária (IBD), pertencente à</p><p>família Birnaviridae e ao gênero Avibirnavirus. É um vírus muito resistente no ambiente, à</p><p>temperatura, a um pH entre 2 e 12 e aos desinfetantes.</p><p>É um vírus de RNA que possui um sorotipo patogênico, o sorotipo I, e um sorotipo não patogênico,</p><p>o sorotipo II. O sorotipo I inclui quatro patotipos:</p><p>• Cepas clássicas;</p><p>• Cepas de campo leves e vacinais;</p><p>• Variantes antigênicas;</p><p>• Cepas hipervirulentas.</p><p>8</p><p>3.2 Sintomas da doença de Gumboro em aves</p><p>Duas formas da doença podem ocorrer em aves: subclínica e clínica. Dependendo da apresentação,</p><p>os sintomas da doença de Gumboro podem variar:</p><p>➢ Forma subclínica da doença de Gumboro</p><p>A forma subclínica ocorre em pintinhos com menos de 3 semanas de idade com baixa imunidade</p><p>materna. Nessas aves, há uma baixa taxa de conversão e de ganho de peso médio diário, ou seja,</p><p>como são mais fracos, precisam comer mais, e mesmo assim não ganham peso. Da mesma forma,</p><p>há aumento no consumo de água, imunossupressão e diarreia leve.</p><p>➢ Forma clínica da doença de Gumboro em aves</p><p>Esta forma aparece em aves entre 3 e 6 semanas, sendo caracterizada por apresentar os seguintes</p><p>sintomas:</p><p>• Febre;</p><p>• Depressão;</p><p>• Penas eriçadas;</p><p>• Coceira;</p><p>• Prolapso da cloaca;</p><p>• Desidratação;</p><p>• Pequenas hemorragias na musculatura;</p><p>• Dilatação de ureteres.</p><p>Além disso, ocorre aumento do tamanho da bursa de Fabricius nos primeiros 4 dias, posterior</p><p>congestão e hemorragia com entre 4 a 7 dias e, por fim, ela diminui de tamanho devido à atrofia e</p><p>depleção linfoide, causando a imunossupressão que caracteriza a doença.</p><p>3.2 Transmissão da doença Gumboro</p><p>Por estar presente no ambiente, à transmissão do vírus acontece de forma horizontal. As aves são</p><p>infectadas pelo contato direto com matéria orgânica ou equipamentos de uso comum que tiveram</p><p>contato com animais contaminados. Nas aves, a IBD chega, por meio da circulação sanguínea, à</p><p>bolsa de Fabrícius, seguindo para baço, timo e rim, causando alterações nos tecidos e</p><p>imunossupressão relacionada com a depleção de linfócitos B. “Os animais afetados sofrem com</p><p>9</p><p>imunossupressão e ficam suscetíveis à ação de outras doenças infeciosas. Esses fatores somados</p><p>trazem uma série de prejuízos econômicos relacionados à perda do desempenho zootécnico, a</p><p>morte dos animais e ao aumento de condenações no frigorífico”, detalha Carvalho. As sequelas</p><p>associadas à Gumboro incluem: dermatite gangrenosa, corpos de inclusão na Síndrome de hepatite-</p><p>anêmica, infecção por E. Coli, entre outros.</p><p>3.3 Prevenção da doença Gumboro</p><p>Para controlar a doença são necessários investimentos em biosseguridade e vacinação para garantir</p><p>a proteção contínua das aves contra infecção pela IBD, desde o alojamento dos pintos de um dia</p><p>até a saída para o abatedouro. “Como o agente está presente na granja, o desafio irá acontecer. A</p><p>variáveis são apenas a severidade e os impactos dentro da produção”, conta Carvalho. Sempre em</p><p>busca de soluções que facilitem o dia a dia do produtor, a Ceva Saúde Animal desenvolveu a</p><p>Transmune, vacina viva liofilizada complexo-imune com a cepa Winterfield 2512 e anticorpos IBD</p><p>para imunização ativa de aves contra a Doença de Gumboro. Com formulação única, Transmune</p><p>alcança a bolsa de Fabrícius induzindo proteção imediata e completa e a produção de anticorpos</p><p>protetivos contra o vírus de Gumboro. “Com uma única dose aplicada in-ovo ou subcutânea no</p><p>primeiro dia de vida, o produto protege a ave por toda sua vida contra o desafio de qualquer tipo</p><p>de cepa da doença”.</p><p>3.4 Diagnóstico da doença de Gumboro em aves</p><p>O diagnóstico clínico nos fará suspeitar da doença de Gumboro ou bursite infecciosa, com sintomas</p><p>semelhantes aos indicados em pintinhos de 3 a</p><p>6 semanas de idade. É necessário fazer um</p><p>diagnóstico diferencial com as seguintes doenças das aves:</p><p>• Anemia infecciosa aviária;</p><p>• Doença de Marek;</p><p>• Leucose linfoide;</p><p>• Gripe aviária;</p><p>• Doença de Newcastle;</p><p>• Bronquite infecciosa aviária;</p><p>• Coccidiose aviária.</p><p>10</p><p>O diagnóstico será feito após a coleta das amostras e seu envio ao laboratório para exames</p><p>laboratoriais diretos em busca do vírus e indiretos em busca de anticorpos. Os exames diretos</p><p>incluem:</p><p>• Isolamento viral;</p><p>• Imunohistoquímica;</p><p>• ELISA de captura de antígeno;</p><p>• RT-PCR.</p><p>Os exames indiretos consistem em:</p><p>• AGP;</p><p>• Soroneutralização viral;</p><p>• ELISA indireto.</p><p>3.5 Tratamento para doença de Gumboro em aves</p><p>O tratamento da bursite infecciosa é limitado. Devido aos danos causados aos rins, muitos</p><p>medicamentos são contraindicados por seus efeitos colaterais renais. Portanto, atualmente não se</p><p>pode mais utilizar antibióticos para infecções secundárias de maneira preventiva.</p><p>Por tudo isso, não existe tratamento para a doença de Gumboro em aves e o controle da doença</p><p>deve ser feito por meio de medidas preventivas e de biossegurança:</p><p>• Vacinação com vacinas vivas em animais em crescimento 3 dias antes da perda da</p><p>imunidade materna, antes que esses anticorpos caiam para menos de 200; ou vacinas</p><p>inativadas em reprodutoras e galinhas poedeiras para aumentar a imunidade materna para</p><p>futuros pintinhos. Assim, existe uma vacina contra a doença de Gumboro, não para</p><p>combatê-la uma vez que o pintinho tenha sido infectado, mas para evitar que ela se</p><p>desenvolva;</p><p>• Limpeza e desinfecção da granja ou casa;</p><p>• Controle de acesso à granja;</p><p>• Controle de insetos que podem transmitir o vírus em rações e camas;</p><p>• Prevenção de outras doenças debilitantes (anemia infecciosa, marek, deficiências</p><p>nutricionais, estresse...).</p><p>11</p><p>4. Conclusão</p><p>A melhor forma de diagnosticar a doença nos cães, é somando-se os dados da anamnese, que deve</p><p>ser bem minuciosa, ao exame clínico geral, juntamente ao exame microscópico e o exame do</p><p>reflexo otopodal. Quando ainda existir dúvida, pode-se tentar o diagnóstico terapêutico.</p><p>Atualmente, existem diversas formas de tratamento para a doença, porém as mais empregadas e</p><p>com resultados mais rápidos e eficazes são as terapias sistêmicas, empregadas por via subcutânea,</p><p>via oral ou via tópica, dependendo do medicamento a ser utilizado, associado a banhos semanais</p><p>com xampu anti-sépticos para evitar a contaminação secundária, até a resolução total das lesões. O</p><p>isolamento dos animais infectados deve ser escrupulosamente seguido bem como os cuidados de</p><p>proteção, (luvas, roupa descartável...) ao realizar o tratamento, pelo risco de contágio fácil desta</p><p>doença de pele. O ambiente contaminado por ácaros deve ser higienizado e tratado com um produto</p><p>acaricida. Todos os animais co-habitantes devem ser tratados simultaneamente. Os problemas da</p><p>pele, que são chamados de dermatopatias podem ser causados por uma série de fatores, dentre eles</p><p>parasitas (carrapatos, pulgas, miíases, piolhos, ácaros, etc); agentes infecciosos (bactérias, fungos,</p><p>etc). As lesões de pele são facilmente observadas pelos proprietários de animais, pois, além de ser</p><p>um órgão externo que pode apresentar alterações, os animais com dermatopatias costumam</p><p>manifestar sintomas. E dentre as diferentes enfermidades tegumentares que acometem os caninos</p><p>domésticos, as dermatites parasitárias, em especial as causadas por ácaros que provocam sarna,</p><p>assumem um papel de extrema importância, não só pelo número de ocorrência, mas pelo potencial</p><p>zoonótico inerente à algumas dessas ectoparasitoses.</p><p>A Doença Infecciosa da Bursa (IBD), conhecida também como Gumboro, é uma das mais</p><p>desafiadoras enfermidades da indústria avícola mundial. Altamente contagiosa, a patologia traz</p><p>uma série de impactos econômicos para produção provenientes dos investimentos para a proteção</p><p>das aves e o controle da infecção no campo. A enfermidade atinge a bolsa de Fabrícius, um</p><p>importante órgão linfoide primário, e compromete a resposta imune das aves causando</p><p>imunossupressão e aumento da mortalidade. Por ser enzoótica, a IBD sobrevive nas granjas por</p><p>longos períodos. O vírus costuma se hospedar nas camas, o que coloca pressão a cada novo</p><p>alojamento e torna a probabilidade de desafio na granja extremamente alta.</p><p>12</p><p>5. Bibliografia</p><p>1. FARIAS, M. R. DE. Dermatite Atópica Canina: da fisiologia ao tratamento. Revista Clínica</p><p>Veterinária, Ano XII, n. 69, julho/agosto, 2007.</p><p>2. GAMITO, M. S. R.; Dermatites parasitárias no cão. Dissertação (Mestrado Integrado em</p><p>Medicina Veterinária). Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de</p><p>Lisboa. 2009.</p><p>3. IHRKE, P. J. Prurido. In: ETTINGER, S. J. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 4.ed.</p><p>Vol. 1. São Paulo: Manole, 1997. Cap. 48. P. 302-308.</p><p>4. PINCHBECK, L. R.; HILLIER, A. Escabiose, Sarna Notoédrica e Queiletielose. In:</p><p>BIRCHARD. S. J. Manual Saunders, Clínica de Pequenos Animais. 3.ed. São Paulo: Roca,</p><p>2008. Cap. 44. p. 473-478.</p><p>5. PICCININ, A., FERRARI, M. L. O. P., PRADO M. O., SPIGOLON, Z. Sarna Sarcóptica</p><p>em cães. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Garça/SP, v. 7, n. 10, 2008.</p><p>6. WHITE, P. D.; KWOCHKA, K. W. Distúrbios dermatológicos. In: FENNER, W. R.</p><p>Consulta rápida em clínica veterinária. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.</p><p>Cap. 25. p. 344-378.</p><p>7. https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Sarna-</p><p>sarc%C3%B3ptica-revis%C3%A3o-de-literatura-Beatriz-de-Souza-Kern.pdf</p><p>8. http://www.cstrold.sti.ufcg.edu.br/grad_med_vet/mono2011_1/andrea_kalline_soares_frei</p><p>tas.pdf</p><p>9. https://www.petz.com.br/blog/cachorros/saude-e-cuidados-cachorros/sarna-em-cachorro/</p><p>10. https://www.peritoanimal.com.br/doenca-de-gumboro-em-aves-sintomas-e-tratamento-</p><p>23584.html</p><p>11. https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/gumboro-um-desafio-para-a-industria-</p><p>avicola/20180221-143511-u133</p><p>12. Portal Veterinaria. La enfermedad de Gumboro (I). Disponível em:</p><p><https://www.portalveterinaria.com/avicultura/articulos/11277/la-enfermedad-de-</p><p>gumboro-i.html>. Acesso em 03 de fevereiro de 2022.</p><p>13. Portal Veterinaria. La enfermedad de Gumboro (II). Disponível em:</p><p><https://www.portalveterinaria.com/articoli/articulos/11297/la-enfermedad-de-gumboro-</p><p>y-ii.html>. Acesso em 03 de Fevereiro de 2022.</p><p>14. El sitio avícola. Enfermedad infecciosa de la Bursa (Gumboro). Disponível em:</p><p><https://www.elsitioavicola.com/publications/6/enfermedades-de-las-</p><p>aves/270/enfermedad-infecciosa-de-la-bursa-gumboro/>. Acesso em 03 de fevereiro de</p><p>2022.</p><p>https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Sarna-sarc%C3%B3ptica-revis%C3%A3o-de-literatura-Beatriz-de-Souza-Kern.pdf</p><p>https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Sarna-sarc%C3%B3ptica-revis%C3%A3o-de-literatura-Beatriz-de-Souza-Kern.pdf</p><p>http://www.cstrold.sti.ufcg.edu.br/grad_med_vet/mono2011_1/andrea_kalline_soares_freitas.pdf</p><p>http://www.cstrold.sti.ufcg.edu.br/grad_med_vet/mono2011_1/andrea_kalline_soares_freitas.pdf</p><p>https://www.petz.com.br/blog/cachorros/saude-e-cuidados-cachorros/sarna-em-cachorro/</p><p>https://www.peritoanimal.com.br/doenca-de-gumboro-em-aves-sintomas-e-tratamento-23584.html</p><p>https://www.peritoanimal.com.br/doenca-de-gumboro-em-aves-sintomas-e-tratamento-23584.html</p><p>https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/gumboro-um-desafio-para-a-industria-avicola/20180221-143511-u133</p><p>https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/gumboro-um-desafio-para-a-industria-avicola/20180221-143511-u133</p>