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<p>3ª SÉRIE</p><p>Agosto/Setembro - 2024</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 1</p><p>Maio</p><p>Semana 1</p><p>Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação</p><p>Antes de ler os textos, vamos conversar? Observe as imagens.</p><p>TEXTO I: SÉRIE</p><p>Disponível em: https://exame.com/invest/academy/exame-academy-recomenda-serie-da-netflix-para-deixar-curiosos-atualizados/. Acesso em: 9 abr. 2024.</p><p>Explicando: série de documentário da Netflix aborda temas importantes da atualidade no formato audiovisual (Netflix/Reprodução</p><p>Disponível em:https://www.coelhonocinema.com.br/2020/09/netflix-o-dilema-das-redes-social.html. Acesso em 9 de abr. 2024.</p><p>Netflix – O Dilema das Redes (The Social Dilemma)</p><p>TEXTOII: FILME</p><p>- Você sabe o que é um produto cultural? Converse com seus(suas) colegas sobre o que pode ser um “produto cultural”.</p><p>- Você já assistiu algum desses produtos das imagens? Se você assistiu, o que achou?</p><p>- Você se lembra qual foi o último produto cultural que você adquiriu? Valeu a pena? Por quê?</p><p>- Antes de consumir um produto cultural você costuma pesquisar e buscar informações sobre esse produto?</p><p>- No dia a dia temos muitas situações nas quais precisamos nos comunicar e em muitas dessas situações fazemos uso de gêneros textuais. Você já ouviu falar no gênero Resenha Crítica?</p><p>- Você sabe em que veículos de comunicação as resenhas são publicadas?</p><p>- Você sabe qual é a diferença de Resenha Crítica e Resumo?</p><p>A Resenha Crítica é um texto do campo jornalístico-midiático que tem como principal característica a apresentação e análise crítica de uma obra (produto cultural). Ela tem como finalidade avaliar expondo a opinião do autor da resenha sobre um determinado produto cultural, como um livro, um filme entre outros. É um texto que busca persuadir o leitor/consumidor a aceitar/adquirir/consumir ou não, esse produto. Para isso, faz uso de argumentos e informações para defender um ponto de vista. É possível encontrar a resenha crítica tanto em textos escritos veiculados em jornais impressos ou mídias digitais quanto em podcasts ou publicações audiovisuais nas redes sociais ou em serviços de mensagem instantânea. Esse tipo de texto é predominantemente argumentativo no qual o autor defende um ponto de vista sobre um filme, uma série, um show etc., a fim de convencer o leitor. Por ser um texto de base argumentativa, prevalecem nele a concisão, a linguagem denotativa e o uso da norma-padrão da língua.</p><p>Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/redacao/resenha-critica.htm. Acesso em 8 de abr. 2024 (adaptado)</p><p>Estrutura de uma resenha crítica</p><p>Apresentação: o autor faz um breve resumo da obra a ser analisada tanto com informações técnicas quanto com informações sobre o conteúdo (do livro, do filme etc.).</p><p>Análise: é nessa parte que o autor interpretará e analisará as informações descritas/argumentativas. Isso vale para análise de obras literárias ou filmes, ou seja, é preciso dizer ao leitor quais pontos serão destacados sobre aquela produção (sejam positivos, sejam negativos).</p><p>Conclusão: aqui, o autor pode dar um parecer final sobre a obra ou mesmo retomar os principais tópicos abordados sobre ela.</p><p>Disponível em: https://www.portugues.com.br/redacao/a-resenha-critica---um-genero-ambito-jornalistico-.html#:~:text=Resenha%20cr%C3%ADtica%20%C3%A9%20um%20texto,s%C3%A9rie%20antes%20de%20consumi%2Dlos. Acesso em: 8 abr. 2024 (adaptado).</p><p>Leia os textos.</p><p>Texto I</p><p>Título original: Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada</p><p>Autora: Carolina Maria de Jesus</p><p>Editora: Ática</p><p>Gênero: Biográfico</p><p>Nota: 5</p><p>Sinopse: O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem a este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.</p><p>Para saber mais!</p><p>No ano de 2020, o Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada  escrito por Carolina Maria de Jesus, uma mulher preta, que só teve dois anos de estudo - somente o suficiente para aprender a ler e a escrever - e que viveu na extinta favela do Canindé, na cidade de São Paulo – completou 60 anos de publicação. Foi traduzido para vários idiomas. Atualmente, cerca de 40 países conhecem essa obra. A autora, portanto, conquistou lugar de destaque na literatura e na história nacional.</p><p>Texto II</p><p>RESENHA: QUARTO DO DESPEJO - DIÁRIO DE UMA FAVELADa</p><p>Como o próprio nome diz, a obra foi escrita em formato de diário. Nele, a autora vai relatando o seu sofrimento em ter que viver às margens da sociedade, dividindo o seu barraco com seus 3 filhos, Vera Eunice, José Carlos e João José. Carolina, que era mãe solteira, sustentava sua família com o dinheiro que conseguia catando papelão nas ruas de São Paulo.</p><p>Muitas coisas neste livro me chamaram atenção. Apesar de só ter estudado formalmente por 2 anos, Carolina escrevia seus textos de forma simples, mas com muita sensibilidade. Os textos foram publicados da mesma forma como foram escritos e portanto existem inúmeras palavras que estão grafadas fora da norma culta da língua portuguesa, mas isso não tira o brilho do trabalho dessa mulher, ao contrário, traz ainda mais sensibilidade ao texto.</p><p>Outra coisa que muito me chama a atenção, é a capacidade da autora de analisar as situações de forma muito crítica. Ela faz comentários sobre políticos da época, sobre o quanto a favela é um espaço esquecido dentro da cidade. E aproveitando o gancho, é possível perceber que mesmo 60 anos depois, muita coisa continua do mesmo jeito que ela relata no livro.[...]</p><p>São muitos os momentos em que a escritora traz relatos de fome. Não só a sua fome, mas a fome de outras pessoas, dos filhos, vizinhos, e de outros catadores de papel. Em alguns relatos, ela expõe a triste realidade de quem não tem o que comer e acaba comendo comidas já impróprias.</p><p>Apesar de não gostar da favela, da fome, da pobreza, Carolina também tem um traço muito forte de solidariedade para com as pessoas que vivem na comunidade. Em muitos momentos ela e seus filhos são hostilizados pelos vizinhos, mas mesmo assim, em muitos outros momentos ela presta ajuda a esses mesmos vizinhos.</p><p>Embora não tenha conhecimentos acadêmicos ou escolares, a autora demonstra uma visão crítica muito lúcida acerca do papel dos governos da época. Ela faz algumas críticas que vão além do senso comum.</p><p>A violência enfrentada pela população periférica fica explícita desde o começo. Não só a violência física, mas a violência social, moral e claro, física também. É triste olhar para essa história que já tem 60 anos e ver que a situação dessa população que vive às margens da sociedade continua tão ruim e até pior do que era nessa época.</p><p>Finalizo com uma quote dessa obra maravilhosa:</p><p>“Sempre ouvi dizer que o rico não tem tranquilidade de espírito. Mas o pobre também não tem, porque luta para arranjar dinheiro para comer.”</p><p>Disponível em:https://www.queriaestarlendo.com.br/2020/11/resenha-quarto-do-despejo-diario-de-uma.html. Acesso em: 10 abr. 2024 (adaptado).</p><p>2. O gênero “resenha crítica” é um texto proveniente do universo jornalístico, de caráter opinativo, no qual o autor tem como principal objetivo apresentar e analisar com criticidade uma determinada produção cultural a fim de influenciar o interlocutor a consumir esse produto, que muitas vezes pode ser ou não, recomendado. No texto em estudo, qual é a obra resenhada?</p><p>3. Considerando a forma composicional do gênero resenha crítica, isto é, a estrutura, o que pode ser observado no primeiro parágrafo? Marque as alternativas que respondam esse questionamento.</p><p>( ) Apresentação da obra resenhada (produto cultural).</p><p>( ) Pontos positivos e negativos do produto apresentado.</p><p>( ) Descrição dos aspectos principais que asseguram o tema geral da obra resenhada.</p><p>( ) Avaliação geral do produto resenhado e indicação para que a obra seja consumida.</p><p>4. Na construção desse gênero são</p><p>enfrentá-lo.” Relate os fatos de uma notícia que abordou sobre o preconceito racial e que você leu em um jornal impresso, assistiu em algum telejornal ou acompanhou pelas redes sociais. Descreva a sequência dos fatos que compõem a notícia, como: o que e como ocorreu, onde, quando, exemplos, o porquê etc. Não deixe de fazer reflexões usando os textos da coletânea e apresente o(s) impacto(s) que a notícia causou em você.</p><p>2. Leia a coletânea a seguir.</p><p>Coletânea</p><p>Texto I</p><p>Vini Jr. se pronuncia após novo caso de racismo de torcida em Madrid</p><p>Atacante brasileiro foi xingado por torcedores do Atlético de Madrid</p><p>Vini Jr. -  (Reprodução/Twitter)</p><p>Mais uma vez, um triste episódio de racismo sofrido por Vini Jr. Mesmo sem entrar em campo na partida entre Atlético de Madrid e Inter de Milão, o brasileiro foi alvo de cantos racistas antes da partida das oitavas de final da Champions League. Após ser chamado de “chipanzé” por torcedores do Atlético de Madrid, o jogador cobrou punições das entidades envolvidas no torneio. “Espero que vocês já tenham pensado na punição deles, Champions League e Uefa. É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente”, disse no seu perfil no X.</p><p>Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/vini-jr-se-pronuncia-apos-novo-caso-de-racismo-de-torcida-em-madrid/. Acesso</p><p>Texto II</p><p>[...]</p><p>O racismo é o ato de discriminar, isto é, fazer distinção de uma pessoa ou grupo por associar suas características físicas e étnicas a estigmas, estereótipos, preconceitos. Essa distinção implica um tratamento diferenciado, que resulta em exclusão, segregação, opressão, acontecendo em diversos níveis, como o espacial, cultural, social. Conforme definição do Artigo 1º do Estatuto da Igualdade Racial:</p><p>“Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.”</p><p>[...]</p><p>Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/racismo-no-brasil.htm. Acesso em: 29 abr. 2024.</p><p>Semana 4</p><p>REVISITANDO A MATRIZ SAEB</p><p>Leia o texto.</p><p>Catadores de tralhas e sonhos</p><p>(Milton Hatoum)</p><p>São centenas, talvez milhares os catadores de papel nessa megalópole. Puxam ou empurram carroças e catam objetos no lixo ou nas calçadas. É um museu de tralhas variadas: restos de materiais para construção, papel, caixas de papelão, embalagens de inúmeros produtos, e até mesmo objetos decorativos, alguns belos e antigos, desprezados por algum herdeiro. [...]</p><p>Era puxada por um velho e transportava uma avó e seu netinho, sentados em pilhas de papel. Perguntei ao carroceiro quanto ele cobrava pelo transporte de passageiros.</p><p>“Depende… Pra perto daqui, cinco reais. Pra fora do bairro, cobro 15 ou 12, depende do passageiro e do dia. Não gasto gasolina, nem nada, é só força mesmo, amigo.”</p><p>[...] A que mais me chamou atenção foi uma carroça linda, com uma pintura geométrica que lembra um quadro de Mondrian. Na lateral, estava escrito:</p><p>“Carrego todo tipo de tralha, e carrego um sonho dentro de mim”.</p><p>Era uma carroça mineira, pois ostentava uma bandeira de Minas. Conversei um pouco com esse carroceiro de São João del-Rei. [...] Esse objeto havia sido abandonado numa caixa de papelão e recolhido pelo caprichoso carroceiro de Minas.</p><p>[...] Depois o carroceiro abriu uma caixa e me mostrou livros velhos, em língua alemã. Disse que tinha encontrado tudo numa mesma calçada do Jardim Europa, e agora ia vender os livros para um sebo. Ele me olhou e acrescentou:</p><p>“Ando solto, não gosto de ser botado preso dentro de curral. A gente encontra cada coisa por aí… Só não encontra o que a gente sonha”.</p><p>Comprei a luminária desse filósofo ambulante, mas não me interessei pelos livros, que talvez sejam relidos por algum germanófilo de São Paulo.</p><p>Sei que não é fácil encontrar um sonho nas ruas; mas encontrei carroceiros simpáticos e um assunto para escrever esta crônica.</p><p>Disponível em: https://escrevendoofuturo.org.br/caderno_docente/coletanea_cronica/catadores-de-tralhas-e-sonhos-milton-hatoum/. Acesso em: 29 abr. 2024.</p><p>1.Nesse texto o foco narrativo evidencia um narrador</p><p>(A) personagem, pois conta a história e participa de todos os acontecimentos.</p><p>(B) personagem protagonista, porque possui uma relação íntima com a narrativa.</p><p>(C) observador, pois conta a história como alguém que a percebe de fora sem se envolver.</p><p>(D) onisciente intruso, porque conhece as emoções e pensamentos das personagens e expõe sua opinião a respeito.</p><p>(E) onisciente neutro, porque conhece intimamente os sentimentos de todas as personagens e narra com distanciamento.</p><p>2. No trecho: “Depende… Pra perto daqui, cinco reais. Pra fora do bairro, cobro 15 ou 12, depende do passageiro e do dia.”, as palavras sublinhadas são exemplos predominantes da linguagem</p><p>(A) formal.</p><p>(B) técnica.</p><p>(C) informal.</p><p>(D) científica.</p><p>(E) jornalística.</p><p>3. No fragmento: “Comprei a luminária desse filósofo ambulante, mas não me interessei pelos livros, que talvez sejam relidos por algum germanófilo de São Paulo.”, a palavra em destaque pode ser substituída sem alterar o sentido por</p><p>(A) todavia</p><p>(B) portanto</p><p>(C) outrossim</p><p>(D) possivelmente.</p><p>(E) consequentemente.</p><p>Leia o texto.</p><p>Uma lição de vida</p><p>Coprodução entre EUA, Quênia e Reino Unido, e dirigido por Justin Chadwick, Uma Lição de Vida promete emocionar com história verídica.</p><p>Num vilarejo do Quênia, Maruge (Oliver Litondo) ouve no rádio o anúncio da educação gratuita para todos. Não tendo tido oportunidade de estudar no passado, o senhor de 84 anos – um veterano da tribo Mau Mau que lutou para libertar o Quênia dos ingleses –  bate à porta da escola primária e espera uma chance de poder aprender a ler. Rejeitado de início, Maruge não desiste: já de uniforme escolar e uma pequena bolsa a tiracolo, volta a pedir por uma vaga e insiste até ser aceito pela professora Jane (Naomie Harris). Em meio a lembranças do doloroso passado, Maruge tem de enfrentar a revolta e as ameaças das autoridades, dos moradores da região e dos pais dos alunos, inconformados por um idoso ter sido aceito em uma classe de crianças de seis anos de idade.</p><p>A despeito da péssima escolha do título em português – seria mais interessante um que se aproximasse do original, The First Grader –, o longa nos brinda com uma trama de superação que, para nosso alívio, está bem distante da fórmula “autoajuda para assistir”.</p><p>Muito poderia ser dito acerca das belezas deste filme. Seja com relação à trama tocante, sem jamais escorregar no sentimentalismo piegas; ou então sobre os belíssimos planos fechados, capazes de causar sensações as mais diversas e que exprimem mais que palavras. Prefiro, no entanto, dar ênfase à força dos personagens e à entrega dos atores, aspectos capazes de arrepiar o espectador. Os protagonistas – o idoso Maruge e a professora Jane – colocam a determinação como base para se operar mudanças e apontam a educação como a ferramenta principal para isso.</p><p>Através de flashbacks bem situados, adentramos o passado de Maruge e somos confrontados com a chocante realidade da luta pela liberdade da ex-colônia britânica. A crueldade extrema e as condições mais desumanas foi o que Maruge encontrou nos campos de detenção na década de 50, (...). Veio a liberdade para o Quênia, a vida continuou. O passado, porém, nunca foi de todo extinto e permanece como uma ferida que dói, além de uma dívida histórica.</p><p>Uma Lição de Vida é a história de uma luta que atravessa gerações. A luta de Maronge para superar seu passado, ir à escola e aprender a ler; a luta de Jane pelo amor à educação; a luta diária das crianças em face das condições precárias da escola, em que cinco alunos dividem uma carteira e tantos</p><p>outros estudam sentados no chão. Mas também, trata-se de uma inspiradora história de conquista, portadora de uma verdade incontestável: “o aprendizado só termina quando tivermos terra nos ouvidos”.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: https://acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-resenha-de-filme-3o-ano-do-ensino-medio/. Acesso em: 29 abr.2024.</p><p>4. Em qual trecho predomina o ponto de vista defendido sobre o filme?</p><p>“...o longa nos brinda com uma trama de superação que, para nosso alívio, está bem distante da fórmula ‘autoajuda para assistir’.”</p><p>“...um veterano da tribo Mau Mau que lutou para libertar o Quênia dos ingleses –  bate à porta da escola primária e espera uma chance de poder aprender a ler.”</p><p>“Os protagonistas – o idoso Maruge e a professora Jane – colocam a determinação como base para se operar mudanças e apontam a educação como a ferramenta principal para isso.”</p><p>“ Através de flashbacks bem situados, adentramos o passado de Maruge e somos confrontados com a chocante realidade da luta pela liberdade da ex-colônia britânica.”</p><p>“ O passado, porém, nunca foi de todo extinto e permanece como uma ferida que dói, além de uma dívida histórica.”</p><p>5. Considerando o último parágrafo do texto, a informação principal é</p><p>“Uma Lição de Vida é a história de uma luta que atravessa gerações.”</p><p>“A luta de Maronge para superar seu passado, ir à escola e aprender a ler...”</p><p>“...a luta diária das crianças em face das condições precárias da escola...”</p><p>“...em que cinco alunos dividem uma carteira e tantos outros estudam sentados no chão.”</p><p>“...trata-se de uma inspiradora história de conquista, portadora de uma verdade incontestável...”</p><p>6. Qual é a finalidade desse texto?</p><p>(A) Narrar contando uma história sobre o vilarejo do Quênia.</p><p>(B) Avaliar expondo uma opinião sobre o filme: “Uma Lição de Vida.”</p><p>(C) Noticiar descrevendo as principais ações de uma trama de superação.</p><p>(D) Instruir pessoas por meio de “Uma Lição de Vida” mostrando uma luta que atravessa gerações.</p><p>(E) Relatar a luta de Maruge para superar seu passado e frequentar a escola para aprender a ler.</p><p>Leia o texto.</p><p>A sensível (Clarice Lispector)</p><p>Foi então que ela atravessou uma crise que nada parecia ter a ver com sua vida: uma crise de profunda piedade. A cabeça tão limitada, tão bem penteada, mal podia suportar perdoar tanto. Não podia olhar o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre – virava para o lado o rosto magoado, insuportável, por piedade, não suportando a glória do cantor. Na rua de repente comprimia o peito com as mãos enluvadas – assaltada de perdão. Sofria sem recompensa, sem mesmo a simpatia por si própria.</p><p>Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidade como de doença, escolheu um domingo em que o marido viajava para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear. Como se ainda fosse a menina que passeia na calçada. Sobretudo passeava muito quando “sentia” que o marido a enganava. Assim foi procurar a bordadeira, no domingo de manhã. Desceu uma rua cheia de lama, de galinhas e de crianças nuas – aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cara de fome, o marido tuberculoso – a bordadeira recusou-se a bordar a toalha porque não gostava de fazer ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa. “Sentia-se” tão suja pelo calor da manhã, e um de seus prazeres era pensar que sempre, desde pequena, fora muito limpa. Em casa almoçou sozinha, deitou-se no quarto meio escurecido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. Oh pelo menos uma vez não “sentia” nada. Senão talvez a perplexidade diante da liberdade da bordadeira pobre. Senão talvez um sentimento de espera. A liberdade.</p><p>Até que, dias depois, a sensibilidade se curou assim como uma ferida seca. [...]</p><p>Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cronica/#:~:text=A%20cr%C3%B4nica%20%C3%A9%20um%20g%C3%AAnero,de%20acontecimentos%20corriqueiros%20do%20cotidiano. Acesso em: 30 abr. 2024.</p><p>7. A escolha intencional do emprego do adjetivo “sensível” como substantivo no título sugere uma</p><p>ironia à ideia dos sentimentos ambíguos da senhora.</p><p>rispidez entre a relação da senhora com a bordadeira.</p><p>crítica à necessidade de simpatia que a senhora sofria.</p><p>sátira à liberdade que limita os sentimentos da senhora.</p><p>afeição aos pensamentos e emoções explícitas da senhora.</p><p>8. Em qual trecho predomina uma relação de “causa e consequência”?</p><p>“Como se ainda fosse a menina que passeia na calçada.”</p><p>“ A cabeça tão limitada, tão bem penteada, mal podia suportar perdoar tanto.”</p><p>“Na rua de repente comprimia o peito com as mãos enluvadas – assaltada de perdão.”</p><p>“ – a bordadeira recusou-se a bordar a toalha porque não gostava de fazer ponto de cruz! Saiu afrontada e perplexa.”</p><p>“ Em casa almoçou sozinha, deitou-se no quarto meio escurecido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura.”</p><p>Leia o texto.</p><p>Carta aberta ao Inep quanto à adoção do Exame Nacional do Ensino Médio como critério de ingresso nas Universidades</p><p>O crescimento das nações depende da qualidade da formação básica. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, esta dependência é ainda mais crucial e uma avaliação continuada da qualidade da formação dos nossos jovens é fundamental. Ciente disto, o Governo Federal criou em 1998 um instrumento para avaliar o desempenho dos estudantes no término da educação básica, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Desde 2009 diversas medidas do governo estimularam a ampliação de sua utilização como ferramenta única nos processos de seleção para o ingresso no ensino superior.</p><p>A existência de estratégias que avaliem o ensino fundamental e médio é importante para balizar o planejamento e a reformulação dos destinos da educação brasileira. A adoção do mesmo exame como uma das formas de seleção dos estudantes em universidades é uma estratégia que tem seus aspectos interessantes, mas que deve ser implementada com prudência. Ao se constituir no único exame que permitirá o ingresso no ensino superior, todo o ensino médio se orientará por ele. [...] Muitas são as questões que poderiam ser levantadas com relação ao ENEM, mas duas dizem respeito diretamente à física e aos físicos: a qualidade das questões e a abrangência da prova.</p><p>[...] Nas últimas duas edições do exame 40% das questões referem-se à Mecânica, enquanto não há questões de Física Moderna. Se o ENEM se transformar em único instrumento de avaliação, uma consequência natural desta opção com um domínio de questões de Mecânica é que Física Moderna será banida da educação básica, o que é particularmente grave em um país que pretende ser protagonista em ciência e tecnologia.</p><p>O conselho da Sociedade Brasileira de Física, portanto, reconhece a importância de termos no país um instrumento de avaliação do ensino médio, mas salienta que o presente instrumento precisa ser aperfeiçoado. Neste sentido, colocamos esta sociedade à disposição do INEP para um processo de ampliação deste debate.</p><p>Disponível em: https://www.sbfisica.org.br/v1/arquivos_diversos/noticias/maio2014/carta-ao-INEP.pdf. Acesso em: 30 abr. 2024.</p><p>9. No trecho: “Nas últimas duas edições do exame 40% das questões referem-se à Mecânica, enquanto não há questões de Física Moderna.”, predomina uma argumento de</p><p>princípio.</p><p>comprovação.</p><p>exemplificação.</p><p>senso comum.</p><p>causa/consequência.</p><p>10. Em qual fragmento predomina um fato?</p><p>“O crescimento das nações depende da qualidade da formação básica.”</p><p>“A existência de estratégias que avaliem o ensino fundamental e médio é importante...”</p><p>“A adoção do mesmo exame como uma das formas de seleção dos estudantes em universidades é uma estratégia que tem seus aspectos interessantes...”</p><p>“Se o ENEM se transformar em único instrumento de avaliação, uma consequência natural desta opção com um domínio de questões de Mecânica é que Física Moderna será banida da educação básica...”</p><p>“Governo Federal criou em 1998 um instrumento para avaliar o desempenho dos estudantes no término da educação básica, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).”</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.png</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image1.png</p><p>image2.svg</p><p>image3.png</p><p>image4.svg</p><p>utilizados argumentos, informações que sustentam, de modo persuasivo, a defesa de um ponto de vista sobre o produto resenhado. No texto predominam sequências</p><p>descritivas, uma vez que apresentam, objetivamente, as características da obra “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”.</p><p>(b) argumentativas, pois emitem juízo de valor, ou seja, há opinião, posicionamento a respeito da obra “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”.</p><p>5. Os substantivos são elementos de uma das classes de palavras que compõem a gramática da língua portuguesa e caracterizam-se por nomear seres animados, como pessoas e animais, e inanimados, como objetos, lugares, estados, ações, qualidades etc. O termo surgiu a partir do latim “substantivus”, que quer dizer “o que há de substancial e real em algo”. Pode-se interpretar por meio desse significado que os substantivos são partes fundamentais de um texto. No trecho: “São muitos os momentos em que a escritora traz relatos de fome. Não só a sua fome, mas a fome de outras pessoas, dos filhos, vizinhos, e de outros catadores de papel.”, quais são os “substantivos”, que estão nomeando os seres e contribuindo com o sentido do texto?</p><p>6. No trecho da atividade anterior, o substantivo ‘fome’ aparece três vezes assumindo um sentido, pois a intenção dessa repetição é</p><p>(a) amenizar o fato de que a fome atingia toda a vizinhança.</p><p>(b) enfatizar que a fome atingia outras pessoas além da escritora.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 2</p><p>Ampliando os conhecimentos</p><p>7. Defina o que é uma resenha crítica, justificando as principais características desse gênero.</p><p>8. O texto oferece ao leitor informações sobre a obra que são apresentadas pelo autor da resenha e somadas às avaliações pessoais dele. Esse recurso linguístico, próprio das resenhas, está exemplificado em:</p><p>( ) “Os textos foram publicados da mesma forma como foram escritos e portanto existem inúmeras palavras que estão grafadas fora da norma culta da língua portuguesa, mas isso não tira o brilho do trabalho dessa mulher, ao contrário, traz ainda mais sensibilidade ao texto.”</p><p>( ) “Nele, a autora vai relatando o seu sofrimento em ter que viver às margens da sociedade, dividindo o seu barraco com seus 3 filhos, Vera Eunice, José Carlos e João José. Carolina, que era mãe solteira, sustentava sua família com o dinheiro que conseguia catando papelão nas ruas de São Paulo.”</p><p>9. A finalidade dessa resenha crítica é:</p><p>(A) Avaliar expondo um ponto de vista sobre o livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, da escritora Carolina Maria de Jesus.</p><p>(B) Narrar a história da vida da escritora “Carolina Maria de Jesus”, bem como as dificuldades pelas quais passaram seus filhos e vizinhos.</p><p>(C) Relatar que a escritora “Carolina Maria de Jesus” estudou apenas 2 anos e ainda assim, publicou livros importantes em língua portuguesa.</p><p>(D) Instruir os leitores da obra: “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, da escritora Carolina Maria de Jesus, a lerem a obra com sensibilidade.</p><p>(E ) Noticiar os acontecimentos reais e concretos quando a escritora “Carolina Maria de Jesus” morava em um barraco com seus 3 filhos e catava papelão nas ruas de São Paulo.</p><p>10.No texto em estudo, considerando a composição do gênero, predominam sequências descritivas/objetivas ou argumentativas/subjetivas? Responda justificando e sustente a sua resposta transcrevendo um trecho do texto.</p><p>11. Existem palavras/termos/expressões nos textos que articulam as ideias, as orações, como: as conjunções concessivas e adversativas, recursos linguísticos que podem ser utilizados para estabelecer relações de contraste, oposição ou concessão entre ideias e fatos. O uso dos termos destacados no fragmento: “Apesar de só ter estudado formalmente por 2 anos, Carolina escrevia seus textos de forma simples, mas com muita sensibilidade.”, gera inclusive uma quebra de expectativa no leitor. Nesse contexto, essas palavras podem ser substituídas no trecho, respectivamente, sem alteração de sentido por:</p><p>(A) Embora/portanto.</p><p>(B) Por que/também.</p><p>(C) Visto que/entretanto.</p><p>(D) Não obstante/porém.</p><p>(E) Dessa forma/porquanto.</p><p>12. Os discursos, ou seja, as falas/exposições/explicações podem apresentar “modalização,” que tem o papel de exprimir a posição do enunciador em relação àquilo que ele diz. No trecho: “E aproveitando o gancho, é possível perceber que mesmo 60 anos depois, muita coisa continua do mesmo jeito que ela relata no livro.”, a expressão destacada evidencia que o emissor da mensagem revela uma atitude relativa ao conteúdo que ele enuncia. Esse enunciador se posiciona modalizando o seu discurso sugerindo uma</p><p>proibição.</p><p>obrigação.</p><p>subjetividade.</p><p>situação de dever.</p><p>condição de verdade.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 3</p><p>Semana 2</p><p>Sistematizando os conhecimentos</p><p>Resumo da Obra</p><p>Dono do Cortiço, João Romão é um português ambicioso que explora seus empregados. Além de proprietário da habitação coletiva, ele é dono de uma pedreira e uma taverna.</p><p>Ainda que não seja o personagem principal da trama, muitas passagens do romance revelam sua ascensão social.</p><p>Ao mesmo tempo, é demostrada a degradação social dos menos favorecidos que vivem no cortiço.</p><p>Ao lado do cortiço aparece o sobrado aristocrático, em que vive o burguês Miranda, comerciante de tecidos, casado com Estela. Eles vivem um casamento infeliz[...]</p><p>Miranda demostra-se incomodado com o crescimento do cortiço e por esse motivo, entra em rivalidade com João Romão.</p><p>No entanto, com o intuito de ter um status social parecido com o de seu rival, João Romão casa-se com a filha de Miranda e Estela: Zulmira. A partir daí, ele consegue alcançar melhores condições sociais.</p><p>João Romão tem uma escrava chamada Bertoleza. Ele forjou uma carta de alforria para ela [...]</p><p>Entretanto, após seu casamento, Romão entrega sua escrava fugitiva. [...]</p><p>No cortiço, a vida é simples e dura. Grande parte do enredo retrata a vida de seus moradores e de seus envolvimentos. Rita baiana é uma mulata de grande carisma e que conhece todos os moradores da habitação coletiva. [...]</p><p>Jerônimo é um homem honesto que trabalha na pedreira de João Romão. É casado com a portuguesa Piedade e juntos tem uma filha. [...]</p><p>O incêndio no cortiço foi um dos fatores principais para que muitos moradores se transferissem para outro cortiço, o “cabeça-de-gato”. Com isso, o local foi reformado e a avenida recebeu o nome de “Avenida São Romão”.</p><p>Disponível em: https://m.magazineluiza.com.br/livro-o-cortico-aluisio-de-azevedo/p/237516200/li/ldic/. Acesso em: 11 abr. 2024 (adaptado).</p><p>Para saber mais!</p><p>Aluísio Azevedo foi o principal autor da vertente naturalista no Brasil e o primeiro escritor a viver de literatura no país. O cortiço é uma leitura obrigatória para ingresso em diversas universidades brasileiras, bem como para a compreensão das estruturas sociais cariocas no final do século XIX, pautadas na exploração econômica e na perpetuação das desigualdades.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/aluisio-azevedo.htm. Acesso em: 11 abr. 2024 (adaptado).</p><p>13. Marque R para os aspectos do gênero Resumo e RC para Resenha Crítica.</p><p>( ) Representação fidedigna do objeto/obra/produto apresentado.</p><p>( ) É um texto impessoal, conciso e predominantemente descritivo.</p><p>( ) Avalia emitindo juízo de valor sobre a obra / produto analisado(a).</p><p>( ) Texto sintetizado, priorizando somente o que é abordado na produção.</p><p>( ) Apresenta base argumentativa e ponto de vista daquele que a escreve.</p><p>13. No trecho: “Ao lado do cortiço aparece o sobrado aristocrático, em que vive o burguês Miranda, comerciante de tecidos, casado com Estela.”, predomina a objetividade ou a subjetividade? Justifique considerando as principais características do gênero Resumo.</p><p>Leia o texto.</p><p>RESENHA DE FILME: 42 – A HISTÓRIA DE UMA LENDA – COMO MUDAR O MUNDO SENDO VOCÊ MESMO, COM JACKIE ROBINSON</p><p>“Dólares não são preto e branco, eles são verdes”. Essa é uma das frases que mais transparece o início de uma nova era no beisebol,</p><p>retratada no filme 42 – A história de uma Lenda. O número 42, representado no nome do filme, é sagrado para o esporte norte-americano, pois pertencia ao jogador Jackie Robinson, primeiro afro-americano a integrar-se à Major League Baseball – em português, Liga Principal de Beisebol.</p><p>Baseado na história do jogador e personalidade honrada pelo beisebol, Jackie Robinson, a produção é protagonizada por Chadwick Boseman, ator de Pantera Negra que faleceu em agosto de 2020. Boseman realizou o papel de Jackie transparecendo independência, coragem, profundidade e intensidade do personagem, que possui personalidade forte e não abdica de seus valores para atingir seu objetivo.</p><p>Ao longo do filme, o protagonista reafirma sua independência e, ao mesmo tempo, desenvolve sua forma de se relacionar com a equipe de futebol diante um ato anti racista do colega de time, que o defende de ataques racistas do técnico do time adversário, Ben Chapman (Alan Tudky). Jackie o agradece, o que leva Brandon, jogador que não apoiava a entrada de Robinson no time, aprende a aceitar as mudanças e a evolução da sociedade na aceitação de pessoas independente da cor ou raça.</p><p>Robinson foi recrutado pelo personagem Branch Rickey (Harrison Ford), executivo de um time que está na maior competição da modalidade esportiva de beisebol no país. Quando Rickey diz que os dólares são verdes e não pretos e brancos em resposta à pergunta se não seria polêmico a escalação de um jogador afro-americano à liga, não é apenas para reforçar seu interesse financeiro, mas, também para promover a inclusão, sobretudo, de jovens negros. No momento em que Jackie é colocado no time, Rickey rebate as críticas e o racismo que o jogador recebe ao entrar em campo.</p><p>“Você é a cura, Jackie”, diz Rickey. Essa frase possui uma interpretação profunda para o significado do contexto estadunidense retratado no filme – a segregação racial. A entrada de um jogador negro na liga de beisebol predominante formada por homens brancos gerou intolerância na população racista. Há momentos da história que demonstram a agressividade ao insultá-lo sem limites. Robinson tem que se deslocar à Daytona Beach para evitar ataques raciais, se desconcentra no jogo quando o técnico do time adversário não para de ofendê-lo e é recebido com vaias nos jogos. Porém, diante das atrocidades de um corpo social com mentalidade preconceituosa e discriminatória, Jackie encontra a cura de sua própria raiva internalizada e assim, inspira crianças a serem corajosas que nem ele.</p><p>O longa mostra as dificuldades e os desafios da realização do sonho de Jackie e, também, a importância de refletirmos sobre o contexto histórico e a batalha interna que pessoas excluídas socialmente enfrentam pela falta de oportunidades. “Você é o cara mais corajoso que já vi”, a equipe percebe a coragem e a importância de Jackie para o esporte, sua personalidade e caráter não foram modificados pela fama ou afetados de forma negativa devido aos comentários racistas e de repúdio. Robinson revolucionou o beisebol e contribuiu para que o racismo estrutural enfraquecesse, mesmo expressando raiva de anos sofrendo racismo e sem mudar a si mesmo. Sim, ele quebrou paradigmas que possuem reflexo significativo tanto no filme, quanto na vida real.</p><p>Uma curiosidade da história real de Jackie Robinson é que em 1962, o jogador foi ingressado no Hall da Fama do Beisebol e em 1997 a Liga Principal de Beisebol aposentou o número 42, de seu uniforme, nos times da modalidade esportiva. Robinson foi o primeiro atleta a receber essa honra. Assim, no dia 15 de abril de 2004, foi marcado o “Jackie Robinson Day”, data em que jogadores das equipes norte-americanas de beisebol usam a camiseta com o número 42 estampado nas costas. Tal dia também é comemorada a entrada de Jackie na Liga através do time Brooklyn Dodgers.</p><p>Disponível em: https://infinitaeph.com.br/2022/05/27/resenha-de-filme-42-a-historia-de-uma-lenda-como-mudar-o-mundo-sendo-voce-mesmo-com-jackie-robinson/. Acesso em: 11 abr. 2024.</p><p>14. A resenha crítica é um texto de cunho jornalístico, ou seja, prevalece nele o caráter argumentativo e opinativo. Geralmente, o resenhista faz um breve resumo da obra e depois apresenta uma análise. Apresente e exemplifique os aspectos principais da “introdução”, “análise da resenha” e “conclusão”.</p><p>15. “Baseado na história do jogador e personalidade honrada pelo beisebol, Jackie Robinson, a produção é protagonizada por Chadwick Boseman, ator de Pantera Negra que faleceu em agosto de 2020. Boseman realizou o papel de Jackie transparecendo independência, coragem, profundidade e intensidade do personagem, que possui personalidade forte e não abdica de seus valores para atingir seu objetivo.”, transcreva do fragmento a parte que evidencia uma opinião do resenhista.</p><p>16. Em: “A história de uma Lenda. O número 42, representado no nome do filme, é sagrado para o esporte norte-americano, pois pertencia ao jogador Jackie Robinson, primeiro afro-americano a integrar-se à Major League Baseball – em português, Liga Principal de Beisebol.”</p><p>a) Quais são as palavras/expressões que podem substituir o termo destacado no trecho, sem alteração de sentido?</p><p>( ) uma vez que ( ) porque ( ) portanto ( ) visto que ( ) conforme</p><p>b) Qual é a relação (conclusão, adição, explicação, oposição, causa) que a palavra destacada estabelece nesse trecho?</p><p>17. A pontuação é fundamental para a organização dos diferentes tipos de texto, contribuindo para a coesão, coerência e clareza daquilo que se escreve. Os parênteses, por exemplo, é um sinal de pontuação que pode isolar ideias acessórias, contribuindo para uma melhor organização das informações contidas nos textos. O uso dos parênteses tem caráter múltiplo e muitas vezes depende de determinados contextos. No trecho: “Robinson foi recrutado pelo personagem Branch Rickey (Harrison Ford), executivo de um time que está na maior competição da modalidade esportiva de beisebol no país.”, os parênteses foram utilizados para</p><p>( ) explicar quem era o personagem. ( ) isolar um elemento acessório do trecho.</p><p>18. Retomando o gênero resumo e resenha crítica, construa um comentário explicando a diferença entre esses dois gêneros.</p><p>19. QUESTÃO 24 – (ENEM - 2018)</p><p>A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo</p><p>Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos nessas imagens dissemina um imaginário racista apresentado sob a forma de uma estética racista que camufla a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos produtos apresentados. O discurso midiático-publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano.</p><p>Frente a essa discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias para uma “descolonização estética” que empodere os sujeitos negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da diversidade.</p><p>Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação, diversidade.</p><p>SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n.16, jun. 2017 (adaptado).</p><p>O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela</p><p>impessoalidade, na organização</p><p>da objetividade das informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e “Evidencia-se”.</p><p>seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do texto, como em “imaginário racista” e “estética do negro”.</p><p>nominalização, produzida por meio de processos derivacionais na formação de palavras, como “inferiorização” e “desvalorização”.</p><p>adjetivação, organizada para criar uma terminologia antirracista, como em “ética da diversidade” e “descolonização estética”.</p><p>Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/2018_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 11 abr. 2024.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 1</p><p>Semana 3</p><p>Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação</p><p>1. Antes de ler os textos, vamos conversar?</p><p>- Você conhece o gênero textual Tirinha?</p><p>- Você costuma ler Tirinhas?</p><p>- Em quais veículos (meios) de comunicação você acha que o gênero Tirinha é publicado?</p><p>Conhecendo o gênero textual</p><p>A Tira ou Tirinha é um gênero textual que segundo o dicionário Houaiss (versão eletrônica) apresenta a seguinte definição para “tira”:   Segmento ou fragmento de história em quadrinhos, geralmente com três ou quatro quadros, e apresentado em jornais ou revistas numa só faixa horizontal.  As tirinhas também são muito comuns na última página dos gibis. Entretanto, nesse espaço, aparecem na vertical. São principalmente reconhecidas por seu caráter humorístico e pelo número reduzido de quadrinhos.</p><p>Características do gênero Tirinha</p><p>Brevidade: a tirinha é curta, geralmente com apenas algumas cenas.</p><p>Enquadramento: as tirinhas seguem um formato de enquadramento, com cada quadro contendo uma parte da história.</p><p>Humor: esse gênero é conhecido por ser uma forma de arte que tem o humor, elemento-chave na maioria das tirinhas.</p><p>Personagens: a maioria das tirinhas apresenta personagens recorrentes.</p><p>Temas: as tirinhas podem abordar uma ampla gama de temas, incluindo amor, família, política e muito mais.</p><p>Ironia: a ironia é frequentemente usada em tirinhas para adicionar um toque de humor sutil ou para destacar uma verdade universal.</p><p>Final inesperado: muitas vezes as tirinhas apresentam um final inesperado que surpreende o leitor.</p><p>Arte simples: geralmente, esse gênero apresenta uma arte simples e estilizada que é fácil de entender e apreciar.</p><p>Linguagem: é um elemento importante em tirinhas. O texto deve ser claro e conciso, mas também deve ser divertido e inteligente.</p><p>Formato vertical: As tirinhas geralmente têm um formato vertical, que as torna ideais para publicação em jornais e revistas. Também podem aparecer na horizontal.</p><p>Disponível em: https://www.caracteristicass.de/br/tirinha/. Acesso em: 12 abr. 2024 (adaptado).</p><p>Leia o texto.</p><p>Disponível em: http://www.willtirando.com.br/anesia-417/ Acesso em: 12 abr. 2024.</p><p>2. Marque as características que mostram que o texto em estudo é uma tirinha.</p><p>( ) Formato horizontal.</p><p>( ) É um texto informativo.</p><p>( ) Há poucas personagens.</p><p>( ) A linguagem é clara e concisa.</p><p>( ) O texto apresenta traços de humor.</p><p>( ) É um texto curto com apenas quatro quadrinhos.</p><p>( ) A arte na construção dos quadrinhos é rebuscada.</p><p>( ) Há um enquadramento, pois em cada quadro tem uma parte da história.</p><p>3. As palavras/expressões, dependendo do contexto de uso, podem ter “sentido denotativo”, ou “sentido conotativo.” O denotativo é o real, concreto, literal (significado básico). Já o conotativo, é o figurado, criativo, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ganham um novo significado, uma nova interpretação. Qual é o significado da palavra “maratona”, considerando o sentido denotativo?</p><p>4. Com o advento da tecnologia, e consequentemente, dos memes da Internet, surgem cada vez mais os “neologismos”, ou seja, composição de uma nova palavra na língua ou ação de atribuir um novo significado a uma palavra existente. Isso ocorre porque a língua está em constante uso. Retire do texto uma palavra considerada um ‘neologismo’.</p><p>5. Explique para que foi utilizada a palavra ‘maratonar’ no primeiro quadrinho, considerando a situação comunicativa em que ela foi empregada.</p><p>6. Nos textos, o “vocativo” é um termo/palavra usado(a) para chamar, invocar, interpelar diretamente o interlocutor e que cumpre uma função apelativa de 2ª pessoa. Geralmente, é isolado por vírgulas ou seguido de ponto de exclamação e pode ser usado no início, meio ou fim das orações. Ele é um termo isolado, que serve apenas como um chamamento e não deve ser confundido com o sujeito da oração, pois o vocativo não faz parte da estrutura sintática (da oração). Em: “Acabei de maratonar uma série, vó!”, a palavra destacada é um vocativo, pois faz um/uma</p><p>( ) explicação. ( ) invocação.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 2</p><p>Ampliando os conhecimentos</p><p>Leia o texto.</p><p>Disponível em:https://www.jornalecao.com.br/2016/12/23/turma-do-guaiba-tirinha-78/. Acesso em 15 de abr. 2024.</p><p>7. O texto em estudo é do gênero Tirinha. Justifique apresentando as principais características do gênero.</p><p>8. O texto em estudo trata de quê?</p><p>9. Esse texto foi escrito com qual finalidade/objetivo?</p><p>10. No trecho: “ou seja: os resíduos só são ruins quando estão no lugar errado!”, a expressão destacada estabelece uma ideia predominante de</p><p>(A) adição.</p><p>(B) condição.</p><p>(C) proporção.</p><p>(D) explicação.</p><p>(E) consequência.</p><p>11. Em três quadrinhos há a expressão: “Puxa, eu não sabia disso!”, o termo ‘disso’ foi repetido propositalmente para quê? Justifique considerando as características do gênero em estudo.</p><p>12. Na expressão “Puxa, eu não sabia disso!”, o ponto de exclamação sugere uma</p><p>( ) subjetividade do emissor da mensagem. ( ) inexpressividade do emissor da mensagem.</p><p>13. O que causa humor no texto?</p><p>14. As interjeições que constituem uma classe de palavras cuja função é a de expressar surpresa, susto, hesitação, alegria etc. por parte do emissor do enunciado, podem também ser utilizadas para chamar a atenção do interlocutor do texto. Justifique para quê foi utilizada a interjeição “Ah” no trecho: “Ah, disso eu já sabia...”</p><p>15. As reticências é um sinal gráfico de pontuação que pode indicar uma ação que ainda não terminou, além de transmitir sentimentos como dúvidas, hesitações, suspense, surpresa. Também pode sugerir, enfatizar, fazer refletir sobre uma ideia dentre outros aspectos. O que sugere o uso das reticências no trecho: “Ah, disso eu já sabia...”</p><p>16. Releia o fragmento: “Os resíduos secos podem ser reutilizados ou, então, reciclados, servindo como matéria-prima para fazer novos produtos.”, qual é o significado das palavras destacadas nessa situação de comunicação.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 3</p><p>Sistematizando os conhecimentos</p><p>Leia os textos.</p><p>Texto I</p><p>O poeta Fernando Pessoa foi o maior poeta português do século XX, nasceu e morreu em Lisboa (1888-1935). De imediato, o que chama a atenção do leitor diante da obra de Fernando Pessoa é o fenômeno da heteronímia. Heterônimos são personagens criados pelo poeta, dotados de história pessoal e de personalidade própria. Pessoa criou vários heterônimos, dos quais os mais famosos foram: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.</p><p>Disponível em: https://www.coladaweb.com/biografias/fernando-pessoa. Acesso em: 15 abr. 2024.</p><p>Texto II</p><p>MAR PORTUGUÊS</p><p>Fernando Pessoa</p><p>Ó mar salgado, quanto do teu sal</p><p>São lágrimas de Portugal!</p><p>Por te cruzarmos, quantas mães choraram,</p><p>Quantos filhos em vão rezaram!</p><p>Quantas noivas ficaram por casar</p><p>Para que fosses nosso, ó mar!</p><p>Valeu a pena? Tudo vale a pena</p><p>Se a alma não é pequena.</p><p>Quem quere passar além do Bojador</p><p>Tem que passar além da dor.</p><p>Deus ao mar o perigo e o abismo deu,</p><p>Mas nele é que espelhou o céu.</p><p>Disponível em: https://www.grijalvo.com/Citas/b_Pessoa_Mar_portugues.htm. Acesso em: 15 abr. 2024.</p><p>Texto III</p><p>Disponível em: https://www.indagacao.com.br/2019/04/ueg-2019-o-sentido-da-tirinha-e-constituido-a-partir-da-relacao-que-estabelece-com-os-famosos-versos-de-fernando-pessoa.html#google_vignette.</p><p>Acesso em: 15 abr. 2024.</p><p>17. O que os dois textos têm em comum considerando a linguagem verbal (escrita)) e a não verbal? Descreva o que você conseguiu perceber.</p><p>18. Considerando que os textos e os discursos dialogam uns com os outros, a referência feita na tirinha à imagem do escritor, ao nome “Fernando Pessoa”, bem como a alguns versos do poema “Mar Português”, revela as relações entre texto e discurso. Quais são essas relações?</p><p>19. Existem muitos tipos de intertextualidade, como: “Alusão” – referência de modo explícito ou implícito ao texto-fonte. “Citação” – utiliza-se as próprias palavras do texto-fonte entre aspas. “Paródia” – imitação com humor, sátira que altera levemente o sentido. Na tirinha predomina qual tipo de relação entre textos?</p><p>20. O humor é uma característica muito presente nas Tirinhas. O que provoca humor nesse texto?</p><p>Estudante, para chegar à resposta da questão 106 (Enem), além da leitura analítica do texto, é necessário considerar o gênero textual, bem como compreender o enunciado: “Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?”, atente para as palavras/expressões-chave: “estratégia argumentativa” e “persuadir” – existe uma tentativa de convencimento/persuasão retomando a História Clássica da Branca de Neve e o “celular” (atualidade). Lembre-se: argumentação/persuasão/discurso são indissociáveis.</p><p>21. QUESTÃO 106 – (ENEM - 2012)</p><p>Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?</p><p>(A) Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor.</p><p>(B) Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica.</p><p>(C) Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico.</p><p>(D) Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores.</p><p>(E) Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios do consumidor.</p><p>Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2012/dia2_caderno7_azul.pdf. Acesso em: 15 abr. 2024.</p><p>Semana 4</p><p>Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação</p><p>Antes de ler os textos, vamos conversar?</p><p>- Você considera a leitura importante? Por quê?</p><p>- Você concorda que por meio dos livros é possível disseminar conhecimento e promover transformações sociais?</p><p>- Se alguém lhe dissesse que muitas livrarias no país corriam risco de serem fechadas você argumentaria emitindo uma opinião?</p><p>- Você sabia que para cada situação de comunicação podemos fazer uso de um gênero textual? Por exemplo, se for preciso argumentar sobre um problema social, como o fechamento de livrarias, podemos escrever uma “Carta Aberta”. Você conhece esse gênero textual? Já leu ou escreveu uma carta aberta?</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 1</p><p>Viajava uma jardineira, expresso ou perua, como se diz, de Goiânia para Goianápolis. Levava na coberta, entre malas e trouxas, um caixão vazio de defunto, destinado para uma pessoa falecida naquele distrito.</p><p>Logo adiante na estrada, um homem parado dá sinal e a perua para.</p><p>Dentro, tudo cheio. O homem que precisava de seguir sua viagem aceitou viajar na coberta com os volumes e o caixão vazio. Subiu. O tempo tinha se fechado para chuva e logo começou a pingar grosso. O sujeito em cima achou que não seria nada demais ele entrar dentro do caixão e ali se defender da chuva. Pensou e melhor fez. Entrou, espichou bem as pernas, ajeitou a cabeça na almofadinha que ia dentro, puxou a tampa e, bem confortado, ouvia a chuva cair.</p><p>Mais adiante, dois outros esperavam condução. Deram sinal e a perua parou de novo: os homens subiram a escadinha e se acocoraram no alto. Iam conversando e molhados com a chuva fina e insistente.</p><p>Passado algum tempo o que ia resguardado escutando a conversa ali em cima levantou devagarinho a tampa do caixão e perguntou de dentro, só isto: “Companheiro, será que a chuva já passou?”. Foi um salto só, que os dois embobados fizeram do coletivo correndo.</p><p>Um quebrou a perna, o outro partiu braços e costelas e ficaram ambos estatelados do susto e sem fala, na estrada.</p><p>Cora Coralina. In. Medos e assombrações.</p><p>.</p><p>2. O título pode fisgar o leitor e ajudá-lo na intuição de sentidos, levantamento de hipóteses, por exemplo. Pode despertar no leitor desejo de ler / conhecer o texto. Leia o título do conto da escritora Cora Coralina e escreva alguns sentimentos, sensações, emoções que esse título pode despertar.</p><p>3. Quando se pensa na produção de “textos narrativos”, é fundamental atentar-se para o fato de que o “enredo”, ou seja, a “história completa”, deve ser a “recriação da realidade” e não uma “reprodução da realidade”. Para que aconteça essa recriação, a narrativa, ao ser construída, precisa de elementos característicos e essenciais, dentre eles, os principais são: “enredo” - a sequência de acontecimentos da história / “narrador” - a voz que conta a história / “personagem” - quem participa da história / “lugar / espaço” - onde as ações acontecem / “tempo” - quando as ações acontecem./ “desfecho” - solução para o conflito. No texto “Medo”, um homem (personagem da história), que precisava seguir viagem “aceitou viajar na coberta com os volumes e o caixão vazio.”, pois estava</p><p>( ) cansado de viajar. ( ) com medo da estrada. ( ) começando a chover forte.</p><p>Conhecendo o gênero textual</p><p>A Carta Aberta é um gênero textual com função de direcionar alguma mensagem, questionamento ou solicitação de determinado indivíduo ou grupo para alguma pessoa ou organização de reconhecimento público. Por meio desse texto, o autor procura defender um ponto de vista e convencer não apenas o destinatário, como também o público que tiver acesso à carta. A estrutura desse gênero se assemelha às das cartas pessoais, mas possui um caráter argumentativo, tendo em vista que sempre defende uma opinião. Desse modo, a carta aberta se estrutura de modo estratégico, para o autor convencer o leitor e/ou leitores a respeito de seu “ponto de vista”- configurando-se, assim, em um gênero textual público. A carta aberta é muito semelhante a uma carta comum, possui geralmente remetente e destinatário, data, local e assinatura, bem como uma mensagem direta, direcionada objetivamente do autor para o leitor. Entretanto, esse gênero é produzido em contextos e com funções diferentes, voltando-se primordialmente para uma função social.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-aberta.htm. Acesso em: 16 abr. 2024 (adaptado).</p><p>Para saber mais!</p><p>Estrutura e características da carta aberta em geral: título / introdução / desenvolvimento / conclusão / despedida / assinatura.</p><p>O título é o nome que você dará a sua carta aberta. Geralmente o título é objetivo e pontual (por exemplo, “Carta Aberta ao Ministério da Educação”), indicando tanto o gênero quanto o destinatário. Deve vir centralizado no topo do texto.</p><p>A introdução (primeiro parágrafo), o momento das apresentações sobre as ideias e temáticas que serão discutidas. A função principal da introdução é situar o leitor a respeito do que será abordado.</p><p>O desenvolvimento é a parte do texto em que as questões apresentadas na introdução são aprofundadas. É o espaço no qual se pode explicar melhor os conceitos apresentados ou a situação do problema abordado, aprofundar em como isso interfere na vida das pessoas ou por que isso é um problema. (Além disso, nessa parte, é essencial que se apresentem e se desenvolvam os argumentos que embasam o posicionamento crítico defendido, podendo, para isso, lançar mão de outros textos, como dados estatísticos, gráficos, reportagens, pesquisas, entre outros, no intuito de fortalecer seu ponto de vista.)</p><p>Na conclusão, encerram-se os debates a respeito da questão apresentada e se encaminha a um desfecho no qual, comumente, se apresenta uma sugestão para o problema identificado. Além disso, é possível também fazer uma conclusão crítica, sugerindo,</p><p>ao destinatário e a todos os leitores, uma reflexão a respeito do assunto.</p><p>A despedida é uma pequena frase na qual o remetente agradece a atenção e se despede do destinatário com certo grau de formalidade. Utiliza-se geralmente a forma “Atenciosamente,”.</p><p>A assinatura é a identificação oficial do remetente e pode se referir a uma pessoa ou a um grupo ou instituição.</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-aberta.htm. Acesso em: 16 abr. 2024 (adaptado).</p><p>Estudante, o gênero textual “carta aberta” geralmente segue uma estrutura, como título/introdução/desenvolvimento /conclusão/despedida/assinatura. Porém, existe carta aberta que prioriza (introdução/desenvolvimento/ conclusão) e são mais subjetivas. Afinal, o que determina o gênero são as características textuais que devem predominar no texto, como o uso das estratégias de argumentação na construção dos argumentos, a defesa de um ponto de vista e a persuasão/convencimento. Apresentamos a seguir o Texto I: uma carta aberta mais objetiva com estrutura marcada, e o Texto II: uma carta aberta mais subjetiva.</p><p>Leia os textos.</p><p>Texto I</p><p>Carta aberta à população brasileira</p><p>Prezados Cidadãos e Cidadãs,</p><p>O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. Infelizmente, nosso país ainda não está preparado para atender às demandas dessa população.</p><p>Este é o retrato da saúde pública no Brasil, que, apesar dos indiscutíveis avanços, apresenta um cenário de deficiências e falta de integração em todos os níveis de atenção à saúde: primária (atendimento deficiente nas unidades de saúde da atenção básica), secundária (carência de centros de referência com atendimento por especialistas) e terciária (atendimento hospitalar com abordagem ao idoso centrada na doença), ou seja, não há, na prática, uma rede de atenção à saúde do idoso.</p><p>Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) vem a público manifestar suas preocupações com o presente e o futuro dos idosos no Brasil. É preciso garantir a saúde como direito universal. Esperamos que tanto nossos atuais quanto os futuros governantes e legisladores reflitam sobre a necessidade de investir na saúde e na qualidade de vida associada ao envelhecimento.</p><p>Dignidade à saúde do idoso!</p><p>Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2014.</p><p>Disponível em: www.sbgg.org.br. Acesso em: 8 mai. 2024 (adaptado).</p><p>2. Aponte o que “geralmente” são características estruturais desse gênero e que são apresentadas na “ Carta aberta à população brasileira”.</p><p>( ) Título objetivo e pontual.</p><p>( ) Uso de vocativo (termo de chamamento).</p><p>( ) Introdução sobe o tema que será discutido – “envelhecimento populacional”.</p><p>( ) Desenvolvimento no qual os argumentos sobre o assunto são aprofundados.</p><p>( ) Conclusão que encerra a discussão sugerindo caminhos para amenizar o problema abordado.</p><p>( ) Para finalizar há uma subjetividade em forma de um pedido.</p><p>( ) Data.</p><p>( ) Despedida com a palavra: “Atenciosamente,”.</p><p>Texto II</p><p>Cartas de amor aos livros</p><p>O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.</p><p>As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos — gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.</p><p>Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.</p><p>Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da Companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia comum que na mensuração da produtividade individual, teve que medir de maneira diversa seus custos, ou simplesmente cortar despesas. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir.</p><p>Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros.</p><p>Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer. Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla. Todos os tipos de livro precisam sobreviver.</p><p>)</p><p>Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação. Pensem nos editores que, com poucos recursos, continuam neste ramo que exige tanto de nós e que podem não estar conosco em breve. Cada editora e livraria que fechar suas portas fechará múltiplas outras em nossa vida intelectual e afetiva.</p><p>Presentear com livros hoje representa não só a valorização de um instrumento fundamental da sociedade para lutar por um mundo mais justo como a sobrevivência de um pequeno editor ou o emprego de um bom funcionário em uma editora de porte maior; representa uma grande ajuda à continuidade de muitas livrarias e um pequeno ato de amor a quem tanto nos deu, desde cedo: o livro.</p><p>Luiz Schwarcz</p><p>Disponível em: https://www.blogdacompanhia.com.br/conteudos/visualizar/Cartas-de-amor-aos-livros. Acesso em: 16 abr. 2024.</p><p>3. Qual</p><p>é o título desse texto?</p><p>4. Qual é a palavra-chave do título que retoma o gênero textual em estudo?</p><p>5. Os textos formais exigem a “impessoalização da linguagem”, isto é, às vezes, é necessário omitir/ocultar os agentes do discurso para ocultar nossa opinião pessoal e as diversas vozes que compõem um texto. Nesse caso, é preciso escrever evitando a 1ª pessoa do discurso (Eu/Nós) e fazer o uso da 3ª pessoa do plural (Eles/Elas/ A sociedade/ As pessoas etc.) No fragmento: “Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.”, predomina uma estratégia de impessoalização? Justifique.</p><p>6. Os elementos articuladores, ou seja, operadores argumentativos são elementos linguísticos que servem para deixar claro o caráter argumentativo do texto em muitos casos. Além disso, eles atuam para que o texto seja compreendido e tenha sentido (coerência e coesão). No fragmento: “Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação.”, as palavras destacadas podem ser substituídas respectivamente sem alteração de sentido por:</p><p>( ) bem como / as quais ( ) e também / a que ( ) ademais / uma vez que</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 2</p><p>Ampliando os conhecimentos</p><p>7. O desenvolvimento do gênero carta aberta é a parte que retoma o que foi apresentado na “introdução” para aprofundar a argumentação e explicar como a problemática interfere na vida das pessoas. Retire do segundo parágrafo, o tópico frasal, isto é, o período principal que, nesse texto, retoma explicitamente o problema.</p><p>O tópico frasal é:</p><p>8. Retomando no texto “Cartas de amor aos livros”, o desenvolvimento, que é a parte em que as questões/problemas são argumentados e sustentados, comprovados, aprofundados, retire alguns trechos com “intertextos”, isto é, outros textos (exemplos, dados estatísticos, pesquisas, fatos entre outros) que embasam o posicionamento crítico defendido.</p><p>9. Qual é a temática da carta em estudo?</p><p>10. O autor da carta, dono de uma grande editora, expõe suas opiniões a respeito dessa problemática. Ele escreve uma carta aberta com qual objetivo/finalidade? Apresente um trecho que justifique a sua resposta.</p><p>11. No trecho: “Mas no Brasil de hoje a história é outra.”, qual é a relação estabelecida no texto pela conjunção destacada?</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 3</p><p>Sistematizando os conhecimentos</p><p>12. O gênero carta aberta tem como uma das funções direcionar alguma mensagem, solicitação, questionamento de determinado indivíduo ou grupo para uma pessoa ou organização de reconhecimento público. Assim, por meio desse texto, o autor procura defender um ponto de vista e convencer não apenas o destinatário, como também o público que tiver acesso à carta. Qual é o trecho a seguir que apresenta de modo predominante uma defesa do ponto de vista do autor?</p><p>(A) “Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.”</p><p>(B) “Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente.”</p><p>(C ) “Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis.”</p><p>(D) “A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia...”</p><p>(E) “As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo...”</p><p>13. No trecho: “As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje.”, predomina um argumento de</p><p>(A) autoridade.</p><p>(B) comprovação.</p><p>(C) exemplificação.</p><p>(D) analogia histórica.</p><p>(E) causa/consequência.</p><p>14. Na conclusão, geralmente, encerram-se os debates a respeito da questão/problema apresentando uma possível solução. Ou pode ser feita também uma conclusão crítica, sugerindo ao destinatário e a todos os leitores, uma reflexão sobre o assunto. A conclusão do texto em estudo foi elaborada de que forma? Cite trechos do texto para justificar a sua resposta.</p><p>15. A acentuação existe para estabelecer um sistema que organize a tonicidade das palavras, classificando as sílabas de uma palavra como tônicas ou átonas. Quando as palavras são proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas de maneira mais sutil, como átonas. Tem-se uma diferença entre as palavras: tem e têm. A palavra “tem” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo não é acentuada e na terceira pessoa do plural do presente do indicativo deve receber o acento circunflexo. Justifique o emprego do acento gráfico na palavra destacada no trecho: “Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver...”</p><p>Estudante, para chegar à resposta da questão 127 (Enem), além da leitura analítica do texto, é necessário considerar o gênero textual, bem como compreender o enunciado: “O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas mostram que seu texto foi elaborado em linguagem” – considere as palavras/expressões-chave do enunciado: ‘opções linguísticas’ / ‘linguagem’, bem como as “variações linguísticas”.</p><p>16. QUESTÃO 127 – (ENEM - 2010)</p><p>Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.</p><p>Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.</p><p>O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas mostram que seu texto foi elaborado em linguagem</p><p>(A) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.</p><p>(B) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.</p><p>(C) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.</p><p>(D) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.</p><p>(E) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 1</p><p>Semana 1</p><p>Contextualizando o gênero textual, o tema e o campo de atuação</p><p>Antes de ler os textos, vamos conversar?</p><p>- Você já ouviu falar no gênero Crônica?</p><p>- Você costuma ler crônicas? Onde? Em jornais, revistas ou em blogs da internet?</p><p>- Você tem ideia sobre quais assuntos tratam as crônicas?</p><p>- Você acha que a Crônica é um texto literário ou não literário?</p><p>- Você sabe o que é um texto literário e não literário?</p><p>Conhecendo o gênero textual</p><p>A crônica é um gênero discursivo no qual, com base na observação e no relato de fatos cotidianos, o autor manifesta sua perspectiva subjetiva, oferecendo uma</p><p>interpretação que revela ao leitor algo que não é percebido pelo senso comum. Assim, o objetivo da crônica é discutir aquilo que parece invisível para a maioria das pessoas. Também, visa divertir ou levar à reflexão sobre a vida e os comportamentos humanos. A crônica pode apresentar elementos básicos da narrativa (fatos, personagens, tempo e lugar) e tem como uma de suas tendências tratar de acontecimentos característicos de uma sociedade.</p><p>Disponível em: https://centrodeselecao.ufg.br/2020/ps-ufginclui-libras/sistema/provas_gabarito/provas/CADERNO-REDA%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em: 18 abr.2024.</p><p>Para saber mais!</p><p>Crônica é um gênero de texto tão flexível que pode usar a “máscara” de outros gêneros, como o conto, a dissertação, a memória, o ensaio ou a poesia, sem se confundir com nenhum deles. É leve, despretensiosa como uma conversa entre velhos amigos, e tem a capacidade de, por vezes, nos fazer enxergar coisas belas e grandiosas em pequenos detalhes do cotidiano que costumam passar despercebidos. [...]</p><p>A crônica é um gênero que ocupa o espaço do entretenimento, da reflexão mais leve. É colocada como uma pausa para o leitor fatigado de textos mais densos. Nas revistas, por exemplo, em geral é estampada na última página. Ao escrever, os cronistas buscam emocionar e envolver seus leitores, convidando-os a refletir, de modo sutil, sobre situações do cotidiano, vistas por meio de olhares irônicos, sérios ou poéticos, mas sempre agudos e atentos.</p><p>Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/arquivos/8147/caderno-cronica.pdf. Acesso em: 18 abr. 2024.</p><p>Fernando Sabino romancista e cronista, foi um autor da terceira fase do modernismo brasileiro (ou pós-modernismo). Seus livros mais conhecidos são “O encontro marcado” e “O grande mentecapto”. A terceira geração modernista (terceira fase do modernismo ou fase pós-modernista) representa o último momento do movimento modernista no Brasil.</p><p>Leia o texto.</p><p>Cem cruzeiros a mais</p><p>Fernando Sabino</p><p>Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a mais. Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.</p><p>Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:</p><p>– Tenham paciência, mas está na hora do meu café.</p><p>Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar-se do guichê antes de encerrar-se o expediente.</p><p>No dia seguinte era o primeiro da fila:</p><p>– Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.</p><p>– Eu?</p><p>Só então reparou que o funcionário era outro.</p><p>– Seu colega, então. Um de bigodinho.</p><p>– O Mafra.</p><p>– Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.</p><p>– Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo...</p><p>Ele coçou a cabeça, aborrecido:</p><p>– Está bem, foi o Mafra. E daí?</p><p>O funcionário lhe explicou com toda urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:</p><p>– Isto aqui é uma pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na  recebedoria. O próximo!</p><p>O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o cotovelo. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria.</p><p>– O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.</p><p>– Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais.</p><p>Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? E não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então? Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?</p><p>– Mil não: cem. A troco de devolução.</p><p>– Troco de devolução. Entenda-se.</p><p>– Pois devolvo e acabou-se.</p><p>– Só com o chefe. O próximo!</p><p>O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia</p><p>hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.</p><p>– Já que o senhor faz tanta questão de devolver.</p><p>– Questão absoluta.</p><p>– Louvo o seu escrúpulo.</p><p>– Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.</p><p>– Quem disse isso?</p><p>– Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.</p><p>– O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!</p><p>– Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.</p><p>– Impossível: tem de dar entrada no protocolo.</p><p>Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do  vidro e foi-se embora.</p><p>Disponível em: https://www.universodosleitores.com/2013/03/texto-da-semana-cem-cruzeiros-mais-de.html. Acesso em: 18 abr. 2024</p><p>.</p><p>2. A crônica é um gênero textual curto e escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, como jornais, revistas. Esse gênero pode apresentar os elementos básicos da narrativa (fatos, personagens, lugar, tempo) e tem como uma de suas tendências tratar de acontecimentos característicos de uma sociedade. Qual é o assunto da crônica “Cem cruzeiros a mais”?</p><p>3. Indique os elementos básicos da crônica em estudo.</p><p>( ) fatos.</p><p>( ) lugar.</p><p>( ) tempo.</p><p>( ) narrador.</p><p>( ) personagens.</p><p>( ) argumentos.</p><p>4. Os elementos operadores/articuladores servem para evidenciar as estratégias argumentativas, por exemplo, bem como contribuem com a coesão/coerência do texto, por meio da relação entre as diferentes ideias apresentadas. Existem diversas funções que são desempenhadas por esses elementos, como conclusão, condição, explicação, causa/consequência, oposição, finalidade entre outras. Cada função possui um conjunto de elementos que podem ser utilizados, porém é necessário atentar-se ao contexto de uso, porque ele pode modificar o sentido, a relação do articulador. Considerando o contexto do texto, no trecho: “Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:”, a expressão destacada estabelece uma relação de conclusão, explicação ou finalidade?</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 2</p><p>Ampliando os conhecimentos</p><p>Para saber mais!</p><p>Suporte: crônicas geralmente são textos breves publicados em livros, jornais, revistas e na internet.</p><p>Linguagem: coloquial, espontânea e descontraída, estabelecendo uma conversa direta com o leitor.</p><p>Subjetividade: a(o) autora(or) da crônica expressa suas opiniões, sentimentos, visões e experiências pessoais, criando uma conexão íntima com o leitor.</p><p>Foco narrativo: primeira pessoa e autor-personagem ou terceira pessoa e autor-observador.</p><p>Tom: muitas vezes, a crônica adota um tom humorístico, utilizando ironia e sarcasmo para comentar situações cotidianas, expondo contradições e ridicularizando comportamentos. Também pode apresentar um tom poético ou reflexivo.</p><p>Temas: acontecimentos e situações do dia a dia, trivialidades, observações pessoais e reflexões sobre a vida cotidiana ou sobre a sociedade, costumes, valores, políticas e questões relevantes do contexto em que é escrita.</p><p>Estrutura: a crônica não possui uma estrutura fixa, podendo variar em extensão e formato. Pode ser curta ou longa, apresentar diálogos, descrições, fragmentos de memórias, entre outros elementos narrativos, proporcionando flexibilidade criativa.</p><p>Disponível em: https://escrevendoofuturo.org.br/caderno_docente/cronica/refletindo-um-pouco-mais-sobre-o-genero/. Acesso em: 19 abr. 2024 (adaptado).</p><p>5. A crônica não possui uma estrutura fixa, assim, ela pode variar em extensão. Pode ser longa, curta, apresentar diálogos, descrições, fragmentos de memórias, dentre outros elementos que possibilitam uma certa flexibilidade criativa. O texto em estudo apresenta diálogos? Justifique transcrevendo exemplos do texto.</p><p>6. O foco narrativo é a perspectiva de quem narra/conta uma história, seja ela</p><p>uma crônica, um conto, uma novela, um romance entre outras. Isso porque o “narrador” conta uma história a partir de seu ponto de vista. Assim, esse narrador pode ser uma personagem da história, ou ele pode estar de fora da história, apenas observando os acontecimentos e contando o que vê. Nesse caso, o narrador pode ser “observador” ou “onisciente”, Em geral, nas crônicas o “foco narrativo” pode ser em primeira pessoa (autor/narrador-personagem) ou terceira pessoa (autor/narrador-observador). Na crônica “Cem cruzeiros a mais”, qual é o foco narrativo? Retire fragmentos do texto que comprovam a sua resposta.</p><p>7. No trecho: “No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.”, nas expressões destacadas predominam um elemento básico da crônica narrativa. Qual é esse elemento?</p><p>8. Uma característica importante no gênero “crônica” é a “subjetividade”, ou seja, as qualidades e características individuais de uma pessoa, tudo aquilo que há de mais particular, que envolve sentimentos, desejos, expectativas, gostos, aversões, experiências pessoais. Transcreva do texto trechos que evidenciam a predominância de subjetividade que cria conexão com o leitor.</p><p>9. A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos esses em que essa fusão se encontra demarcada pelo acento grave (`) indicador de crase: à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais. No fragmento: “Voltou à tarde...”, considerando o emprego do sinal “grave” indicativo de “crase”, há uma locução adverbial feminina de:</p><p>(A) modo.</p><p>(B) tempo.</p><p>(C ) dúvida.</p><p>(D) afirmação.</p><p>(E) intensidade.</p><p>GRUPO DE ATIVIDADES 3</p><p>Semana 2</p><p>Sistematizando os conhecimentos</p><p>10. Todas as vezes que lemos ou analisamos um texto é preciso lembrar que nele há a presença de “função/(ões) da linguagem”, isto é, formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante. As funções da linguagem são seis e em cada texto, há a predominância de alguma delas, porque pode parecer mais de uma. Cada uma dessas funções estabelece ligação com os elementos presentes na comunicação: “emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto”. Assim, elas determinam o objetivo/finalidade dos atos comunicativos. São elas: referencial, expressiva, apelativa, poética, fática e metalinguística. Indique a função da linguagem que predomina nos trechos a seguir.</p><p>“Louvo o seu escrúpulo.”</p><p>b)“– Está bem, foi o Mafra. E daí?”</p><p>c) “O Araújo sempre se metendo a entendido!</p><p>d) “...o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.”</p><p>11. De forma direta e simples, “intertextualidade” significa a retomada de um texto em outro. Porém, quando falamos em texto, não estamos, necessariamente, nos referindo somente ao texto verbal (escrito ou falado). Mas também, textos, como escultura, pintura, fotografia (não verbais). Nas artes, é comum que uma obra se utilize de uma ideia, de citação, de uma peça de teatro, de uma pintura, letra de uma música ou qualquer outra forma de expressão artística. Retomando a crônica “Cem cruzeiros a mais”, no trecho: “O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o cotovelo. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou, indeciso.”, há uma “intertextualidade”, transcreva-a e</p><p>12. De onde foi retirado esse intertexto?</p><p>13. O escritor Fernando Sabino, ao utilizar o trecho: ‘Amar o próximo como a ti mesmo!’, intencionalmente, mudou o “ponto final” para o “ponto de exclamação”. Que efeito de sentido sugere o uso do ponto de exclamação nesse contexto?</p><p>14. No gênero crônica, muitas vezes, é adotado um “tom” humorístico, utilizando ironia e sarcasmo (objetivo de ofender, desprezar ou zombar) para comentar situações do dia a dia, como a crítica sobre comportamentos. Retire do texto alguns trechos nos quais aparecem um ‘tom’ carregado de ironia, ou seja, o uso de palavras ou expressões de sentido diverso ou oposto que define algo conforme o contexto.</p><p>15. Nesse texto, em alguns momentos foram utilizados termos, palavras que estabelecem chamamento, interpelação ao interlocutor do discurso – os “vocativos.” Identifique e sublinhe nos trechos a seguir exemplos desses vocativos.</p><p>Estudante, para chegar à resposta da questão 35 (Enem), além da leitura analítica do texto, é necessário considerar o gênero textual, bem como compreender o enunciado: “No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora questiona características do gênero crônica, como” – é muito importante considerar expressões/palavras-chave como: ‘atividade do cronista’ e ‘características do gênero crônica.’ Vale considerar que logo no início a cronista Clarice Lispector já propõe questionamentos sobre o “gênero crônica” – “Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito?” – atos comunicativos que se manifestam de maneira breve. Ademais, no decorrer do texto, lamenta que suas crônicas não possam proporcionar “mudanças mais profundas” e “interiores”, pelo fato de ter que construir um texto para ser lido em poucos minutos num “jornal” (periódico).</p><p>16. QUESTÃO 35 – (ENEM - 2022)</p><p>Ser cronista Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto. Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.</p><p>E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente. LISPECTOR, C. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.</p><p>No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora questiona características do gênero crônica, como</p><p>(A) relação distanciada entre os interlocutores.</p><p>(B) articulação de vários núcleos narrativos.</p><p>(C) brevidade no tratamento da temática.</p><p>(D) descrição minuciosa dos personagens.</p><p>(E) público leitor exclusivo.</p><p>Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2022_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 29 abr. 2024.</p><p>PRODUÇÃO TEXTUAL</p><p>HORA DE PRODUZIR!</p><p>1. A crônica é um gênero discursivo no qual, com base na observação e no relato de fatos cotidianos, o autor manifesta sua perspectiva subjetiva, oferecendo uma interpretação que revela ao leitor algo que não é percebido pelo senso comum. Assim, o objetivo da crônica é discutir aquilo que parece invisível para a maioria das pessoas. Também, tem a finalidade/objetivo de divertir ou levar à reflexão sobre a vida e sobre os comportamentos humanos. A crônica pode apresentar elementos básicos da narrativa (fatos, personagens, tempo e lugar) e tem como uma de suas habilidades tratar de acontecimentos característicos de uma sociedade.</p><p>Escreva uma crônica para ser publicada em uma revista semanal, discutindo sobre: “O preconceito racial no Brasil e os desafios para</p>

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