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<p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 1</p><p>AULA 8</p><p>1. Especificações de materiais e serviços. 2. Controle de material</p><p>(cimento, agregados, aditivos, concreto usinado, aço, madeira,</p><p>materiais cerâmicos, vidro etc). 3. Controle de execução de obras e</p><p>serviços.</p><p>Olá pessoal!</p><p>Chegamos à nossa aula 8. Na aula de hoje falaremos das características dos</p><p>principais materiais e serviços relacionados à execução de obras.</p><p>Embora não esteja explicitamente previsto no edital, abordarei nesta aula</p><p>algumas patologias comuns em obras e que são cobradas com frequência em</p><p>concursos. Como a ocorrência de determinadas patologias em obras, tais como</p><p>fissuras, desagregação de material, corrosão de armaduras, manchas, etc.,</p><p>está associada ao uso de materiais e técnicas impróprios, acho conveniente</p><p>estudá-las nesta aula de especificações de materiais e serviços.</p><p>Então, vamos à aula!</p><p>Marcelo Ribeiro.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 2</p><p>Primeiramente vejamos alguns conceitos fundamentais para a</p><p>compreensão dos tópicos dessa aula:</p><p>Controle tecnológico de concreto.</p><p>Qual é o objetivo do controle tecnológico?</p><p>O controle tecnológico deve comprovar que os materiais empregados na</p><p>elaboração do concreto atendem aos requisitos exigidos nas normas</p><p>respectivas. A principal norma é a NBR 12654/92 – Controle tecnológico de</p><p>materiais componentes do concreto.</p><p>O controle tecnológico é igual para todas as obras?</p><p>Não. O programa de controle tecnológico deve ser elaborado em função do</p><p>grau de responsabilidade da estrutura, das condições agressivas existentes no</p><p>local da obra, do conhecimento prévio das características dos materiais</p><p>disponíveis para a execução das obras e outras condições estabelecidas pelos</p><p>responsáveis por este controle.</p><p>Ao término da obra deve ser elaborado um relatório das análises e resultados</p><p>obtidos, encerrando com um parecer conclusivo da qualidade dos materiais</p><p>constituintes do concreto, emitido pelo responsável pelo controle.</p><p>Nota: Este relatório deve fazer parte dos documentos de aceitação da obra.</p><p>O concreto</p><p>O concreto é um material da construção civil composto por uma mistura de</p><p>cimento Portland, areia, pedra e água, além de outros materiais eventuais, os</p><p>aditivos e as adições.</p><p>Historicamente, os romanos foram os primeiros a usar uma versão deste</p><p>material conhecida por pozolana. No entanto, o material só veio a ser</p><p>desenvolvido e pesquisado no século XIX.</p><p>Quando armado com ferragens passivas, recebe o nome de concreto armado,</p><p>e quando for armado com ferragens ativas recebe o nome de concreto</p><p>protendido.</p><p>O cimento Portland</p><p>Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras</p><p>calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha uma</p><p>mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas</p><p>nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 3</p><p>construtor no mesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebeu esse</p><p>nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes</p><p>às rochas da ilha britânica de Portland.</p><p>O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades</p><p>aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água. Na</p><p>forma de concreto, torna-se uma pedra artificial, que pode ganhar formas e</p><p>volumes, de acordo com as necessidades de cada obra. Graças a essas</p><p>características, o concreto é o segundo material mais consumido pela</p><p>humanidade, superado apenas pela água.</p><p>NBR 12654/92 – Controle tecnológico de materiais componentes do</p><p>concreto</p><p>Esta norma fixa as condições exigíveis para realização do controle tecnológico</p><p>dos materiais componentes do concreto.</p><p>Tal norma não inclui recomendações para o caso de aplicações especiais de</p><p>concreto, tais como concreto-massa, concreto de pavimentação, concretos</p><p>leves, concretos sujeitos à ação de meios agressivos e outros.</p><p>Vamos destacar alguns pontos importantes da NBR 12654/92:</p><p>Etapas de execução do concreto</p><p>a) Caracterização dos materiais componentes;</p><p>b) Estudo de dosagem do concreto;</p><p>c) Ajuste e comprovação do traço de concreto;</p><p>d) Preparo do concreto.</p><p>Aceitação do concreto</p><p>a) Provisória</p><p>• Aceitação do concreto fresco;</p><p>• Verificação da conformidade do concreto, de acordo com as</p><p>especificações para o estado fresco.</p><p>b) Definitiva</p><p>• Verificação do atendimento a todos os requisitos especificados para o</p><p>concreto endurecido.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 4</p><p>Caracterização do concreto</p><p>Devem ser feitas algumas definições prévias de todas as características e</p><p>propriedades do concreto:</p><p>a) Definições dadas pelo projeto estrutural</p><p>• Fck e idade de controle;</p><p>• Fck para as etapas construtivas, tais como: retirada de cimbramento,</p><p>aplicação de protensão no manuseio de pré-moldados;</p><p>• Especificação dos requisitos correspondentes à durabilidade da estrutura</p><p>e de propriedades especiais do concreto (fresco/endurecido).</p><p>b) Definições dadas pelo construtor</p><p>• Escolha do local de preparo do concreto: será feito no canteiro de obras</p><p>ou fornecido por empresa de serviço de concretagem.</p><p>Ensaios técnicos. tipos e finalidades</p><p>Os ensaios técnicos são divididos em três grupos: Ensaios sobre os</p><p>constituintes do concreto; Ensaios sobre o concreto fresco e Ensaios sobre o</p><p>concreto endurecido.</p><p>1. Os ensaios sobre os constituintes do concreto</p><p>Antes da fabricação do concreto, a fornecedora deverá fazer alguns ensaios de</p><p>qualificação dos materiais constituintes.</p><p>O cimento Portland comum é um aglomerante simples, obtido a partir do</p><p>clínquer. O principal constituinte do cimento portland é o clínquer portland,</p><p>material sintetizado, resultante da calcinação a aproximadamente 1450°C de</p><p>uma mistura de calcário e argila e eventuais corretivos químicos de natureza</p><p>silicosa, aluminosa ou ferrífera, empregados de modo a garantir as reações da</p><p>mistura dentro dos limites específicos. O cimento comum (clinquer + gesso)</p><p>não é muito produzido. O cimento do tipo composto CP-II corresponde a mais</p><p>de 60% da produção de cimento.</p><p>Em todos os tipos de cimento, o gesso é utilizado em pequena quantidade,</p><p>cerca de 3% (é a única adição presente no CP-I), e está presente em todos os</p><p>tipos de cimento.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 5</p><p>Tem a função de retardar a pega (evitando que a reação seja muito rápida na</p><p>hidratação do cimento).</p><p>Atenção! Cuidado para não confundir o gesso colocado na fabricação do</p><p>cimento com adições de gesso ao concreto. Adicionar gesso ao concreto é</p><p>prejudicial.</p><p>Ensaios de qualificação do cimento Portand</p><p>Antes de ser iniciado o fornecimento, devem ser realizados ensaios do cimento</p><p>Portland em função dos requisitos e da localização da obra.</p><p>As amostras dependem da forma de entrega do cimento, que poderá ser em</p><p>sacos, contêiner ou a granel.</p><p>Ensaios que devem ser realizados no cimento:</p><p>a) finura: NBR 11579;</p><p>b) área específica</p><p>é a capacidade que algo tem de deixar passar a luz. A</p><p>transmissão luminosa é um fator que objetos não-opacos têm. Apesar de</p><p>variável, todos os objetos que não são opacos possuem certo fator de</p><p>transmissão luminosa.</p><p>Transparência é a qualidade de um objeto transparente, ou seja, um objeto</p><p>não opaco e não fosco. Um objeto transparente permite a clara distinção de</p><p>objetos ou pessoas através de sua espessura.</p><p>A questão está correta porque quanto maior o TL, mais luminosidade passa</p><p>pelo vidro.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>c) Quanto maior a Abs, mais calor fica retido no vidro.</p><p>A absorção de energia - Abs (Absortividade) representa a fração da radiação</p><p>solar total, incidente na normal que é absorvida pelo vidro. Dessa forma,</p><p>quanto maior a Abs, mais calor fica retido no vidro.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>d) Quanto maior a RL, menos luminosidade passa pelo vidro.</p><p>A reflexão luminosa (refletividade) é a parcela da radiação solar total,</p><p>incidente na direção normal, que é refletida pelo vidro.</p><p>Sua representação é dada pela porcentagem de energia solar que um vidro</p><p>reflete para dentro ou para fora de uma edificação. O número varia de 0 a</p><p>100%.</p><p>Quanto maior o número da refletividade externa, menos energia penetra no</p><p>interior do ambiente; quanto maior o número da refletividade interna, mais</p><p>energia solar é mantida dentro do cômodo.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 44</p><p>e) Quanto menor o FS, mais o vidro funciona como um filtro para o</p><p>calor.</p><p>O fator solar – FS (ou Fator de Ganho de Calor por Insolação – FGCI)</p><p>representa a transmissividade total (fator solar, ou seja, a soma das parcelas</p><p>de transmissão direta pelo vidro mais a parcela da energia absorvida e</p><p>reirradiada para o interior).</p><p>O Fator Solar depende da posição do sol e das condições exteriores, tais como</p><p>a convecção natural favorecida (ou não) pelo vento. Para o cálculo do Fator</p><p>Solar considera-se:</p><p>• O sol a 30° acima do horizonte, em plano perpendicular à fachada;</p><p>• Temperatura interior ambiente igual à temperatura exterior;</p><p>• Coeficiente de condutância térmica superficial (exterior: 23W/m2°C e</p><p>interior: 8W/m2°C).</p><p>O Fator Solar é a característica espectrofotométrica normalmente indicada</p><p>pelos fabricantes dos componentes transparentes/translúcidos, uma vez que</p><p>tal variável permite o cálculo do ganho de calor total.</p><p>Assim, a questão está certa porque quanto menor o FS, menor será o ganho</p><p>de calor do interior, o que significa que o vidro está funcionando como um bom</p><p>filtro para o calor.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>No processo de seleção dos materiais empregados na construção civil,</p><p>podem-se utilizar três critérios básicos, quais sejam: os de ordem</p><p>técnica; os de ordem econômica; e os de ordem estética. Embora todos</p><p>esses critérios sejam importantes, o fato de aqueles de ordem técnica</p><p>estarem intimamente relacionados com a segurança e a funcionalidade</p><p>da obra exige que eles mereçam considerável destaque nessa seleção.</p><p>Sobre os critérios técnicos relativos aos materiais de construção,</p><p>julgue os itens que se seguem.</p><p>9. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008)</p><p>A massa específica real dos agregados é definida como a massa da</p><p>unidade de volume do material, considerando, inclusive, o volume de</p><p>vazios.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 45</p><p>Pessoal, é importante que saibamos os índices físicos, que são relações entre</p><p>volume e peso das fases (sólida, líquida e gasosa) dos agregados. Estes índices</p><p>são utilizados na definição de propriedades físicas dos agregados. Os índices</p><p>mais cobrados em provas são os que constam dos manuais do DNIT, de forma</p><p>que é importante termos o conhecimento dos índices físicos apresentados na</p><p>figura a seguir:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 46</p><p>De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, temos o seguinte:</p><p>Assim, percebe-se que a massa específica real dos grãos do solo não considera</p><p>o volume de vazios do solo, mas somente o volume dos grãos, estando errada</p><p>a questão.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>10. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009) A cal</p><p>hidráulica é um produto apropriado para construções sob a água.</p><p>Pessoal, primeiramente veremos alguns conceitos sobre aglomerantes</p><p>hidráulicos e não hidráulicos.</p><p>Os cimentos hidráulicos são definidos como os aglomerantes que não só</p><p>endurecem através de reações com a água, como também formam um produto</p><p>resistente à água. Os aglomerantes derivados da calcinação da gipsita, ou de</p><p>carbonatos como a rocha calcária, são não-hidráulicos porque seus produtos</p><p>de hidratação não resistem à água. As argamassas de cal usadas em</p><p>estruturas antigas construídas pelos gregos e romanos foram tornadas</p><p>hidráulicas por adição de materiais pozolâmicos, os quais reagiram com a cal</p><p>para produzir um produto cimentante resistente à água.</p><p>Comparado aos aglomerantes gesso e cal, o cimento Portland e suas várias</p><p>modificações são os principais cimentos usados hoje em dia para a produção</p><p>de concreto estrutural. Isto porque o cimento Portland é verdadeiramente</p><p>hidráulico, não necessitando de adição de materiais pozolâmicos para</p><p>desenvolver as propriedades de resistência à água (MEHTA, 1994).</p><p>Cal</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 47</p><p>Cal é o nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de</p><p>rochas calcárias, que se apresentam sob diversas variedades, com</p><p>características resultantes da natureza da matéria-prima empregada e do</p><p>processamento conduzido.</p><p>A calcinação da rocha calcária pura resulta na produção de óxido de cálcio</p><p>puro. Nas rochas calcárias naturais, é comum a associação do carbonato de</p><p>cálcio com o carbonato de magnésio, que não constitui impureza propriamente</p><p>dita, mas altera algumas propriedades da cal. A sílica, os óxidos de ferro e de</p><p>alumínio são as impurezas que acompanham os carbonatos, em maior ou</p><p>menor grau, na constituição das rochas calcárias.</p><p>Observa-se que na fabricação da cal estas impurezas podem alterar bastante</p><p>as propriedades da cal produzida.</p><p>Cal virgem</p><p>A cal virgem (viva) não é ainda o aglomerante utilizado em construção. O</p><p>óxido deve ser hidratado, transformando-se em hidróxido, que é o constituinte</p><p>básico do aglomerante cal. A operação de hidratação recebe o nome de</p><p>extinção (reação fortemente exotérmica), e o hidróxido resultante denomina-</p><p>se cal extinta.</p><p>Cal extinta</p><p>A cal extinta (hidratada) é utilizada em mistura com água e areia, em</p><p>proporções apropriadas na elaboração de argamassas. Estas têm consistência</p><p>mais ou menos plástica, e endurecem por recombinação do hidróxido com o</p><p>gás carbônico presente na atmosfera, reconstituindo o carbonato original,</p><p>cujos cristais ligam-se de maneira permanente aos grãos de agregado</p><p>utilizado. Esse endurecimento se processa com lentidão e ocorre,</p><p>evidentemente de fora para dentro, exigindo uma certa porosidade que</p><p>permita, de um lado, a evaporação da água em excesso e, de outro, a</p><p>penetração do gás carbônico do ar atmosférico. Devido a este processo, este</p><p>aglomerante é chamado freqüentemente de cal aérea. A cal aérea não</p><p>endurece debaixo da água e depois de endurecida dissolve-se lentamente</p><p>debaixo da água.</p><p>Cal Pozolânica</p><p>Os romanos descobriram que, misturando uma cinza vulcânica encontrada nas</p><p>proximidades do Vesúvio, chamada pozolana, com cal hidratada (que entra em</p><p>proporção variável, de 25 a 45%), obtinham um aglomerante que endurecia</p><p>sob a água. Esse material, atualmente encontra-se em desuso. Sua reação de</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 48</p><p>endurecimento se dá por processo químico e produz um material resistente</p><p>sob a água.</p><p>Cal Hidráulica</p><p>O nome cal hidráulica é aplicado a uma família de aglomerante de composição</p><p>variada, obtidos pela calcinação de rochas calcárias que, natural ou</p><p>artificialmente, contenham uma porção apreciável de materiais argilosos. O</p><p>produto goza da propriedade de endurecer sob a água, embora, pela</p><p>quantidade de hidróxido de cálcio que contém, sofra também ação de</p><p>endurecimento pela carbonatação proveniente da fixação de CO2 do ar.</p><p>A cal hidráulica é fabricada por processos semelhante ao da fabricação da cal</p><p>comum. A matéria-prima é calcinada em fornos e o produto obtido</p><p>subseqüentemente extinto. Apesar de endurecer sob a água (reação de</p><p>hidratação) e resistir quando imerso, não é um produto apropriado para</p><p>construções sob a água, pois sua pega é muito lenta.</p><p>Assim, a questão está errada porque embora a cal hidráulica resista à água,</p><p>ela não é indicada para construções sob a água por causa de sua pega ser</p><p>muito lenta.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>11. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009) A cal viva, na</p><p>elaboração de argamassas, é utilizada em mistura com água e areia,</p><p>em proporções apropriadas.</p><p>Como vimos, a cal extinta (hidratada) é utilizada em mistura com água e areia,</p><p>em proporções apropriadas na elaboração de argamassas.</p><p>Não se utiliza a cal virgem (viva) na elaboração de argamassas, razão pela</p><p>qual a questão está errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>12. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) O clínquer, produto básico para a obtenção do</p><p>cimento Portland, é produzido a partir da fusão incipiente de uma</p><p>mistura de calcário e argila.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 49</p><p>Atenção! É muito comum em provas a cobrança de conhecimentos acerca do</p><p>clínquer.</p><p>Os clínqueres são nódulos de 5 a 25 mm de diâmetro de um material</p><p>sinterizado, produzido quando uma mistura de matérias-primas de composição</p><p>pré-determinada é aquecida a altas temperaturas.</p><p>O cimento Portland é um aglomerante hidráulico produzido pela moagem do</p><p>clínquer, que consiste essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos,</p><p>usualmente com uma ou mais formas de sulfato de cálcio com um produto de</p><p>adição.</p><p>No Brasil, o principal constituinte do cimento Portland é o clínquer portland,</p><p>material sintetizado, resultante da calcinação a aproximadamente 1450°C de</p><p>uma mistura de calcário e argila e eventuais corretivos químicos de natureza</p><p>silicosa, aluminosa ou ferrífera, empregados de modo a garantir as reações da</p><p>mistura dentro de limites específicos. O cimento comum (clínquer + gesso)</p><p>não é muito produzido. Os cimentos compostos (CP-II) representam mais de</p><p>70% da produção.</p><p>Ilustração do processo de fabricação de cimento:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 50</p><p>Dessa forma, a questão está correta porque apresenta a precisa definição de</p><p>clínquer.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>13. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Calor de hidratação é a energia aplicada</p><p>mecanicamente durante a mistura do concreto, que permite a</p><p>hidratação do cimento por meio da água de mistura.</p><p>O cimento Portland anidro não aglomera areia e agregado graúdo; ele só</p><p>adquire a propriedade adesiva quando misturado à água. Isto acontece porque</p><p>a reação química do cimento com a água, comumente chamada de hidratação</p><p>do cimento, gera produtos que possuem características de pega e</p><p>endurecimento.</p><p>Calor de hidratação</p><p>Os compostos do cimento Portland são produtos de reações a alta temperatura</p><p>que não estão em equilíbrio e por isso estão em um estado de energia elevada.</p><p>Quando um cimento é hidratado, os compostos reagem com a água para</p><p>atingir estados estáveis de baixa energia, e o processo é acompanhado pela</p><p>liberação de energia na forma de calor. Em outras palavras, as reações de</p><p>hidratação dos compostos do cimento Portland são exotérmicas.</p><p>O significado do calor de hidratação do cimento em tecnologia de concreto é</p><p>múltiplo. O calor de hidratação pode muitas vezes ser um problema (por</p><p>exemplo, em estruturas de concreto massa), e outras tantas vezes um auxílio</p><p>(por exemplo, em concretagem durante o inverno quando a temperatura</p><p>ambiente pode ser muito baixa para fornecer energia de ativação para as</p><p>reações de hidratação).</p><p>Assim, a questão está errada porque o calor de hidratação não é a energia</p><p>aplicada mecanicamente durante a mistura do concreto, mas sim a energia</p><p>liberada em forma de calor como resultado da hidratação do cimento.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>14. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Nas obras em concreto que ficam em contato com a</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 51</p><p>água do mar, deve ser utilizado como aglomerante o cimento Portland</p><p>comum, com alta resistência inicial.</p><p>Pessoal, o material mais cobrado pelo CESPE e pela ESAF em provas é o</p><p>cimento. Como existem vários tipos e consequentes aplicações, faremos uma</p><p>breve exposição acerca do cimento.</p><p>O que significam as siglas do tipo de cimento?</p><p>Os diferentes tipos de cimentos normalizados são designados pela sigla e pela</p><p>classe de resistência.</p><p>A sigla corresponde ao prefixo CP acrescido de algarismos romanos I a V,</p><p>sendo as classes de resistências indicadas pelos números 25, 32 e 40. Estas</p><p>apontam os valores mínimos de resistência à compressão (expressos em</p><p>megapascal - MPa), garantidos pelos fabricantes, após 28 dias de cura.</p><p>O mercado nacional dispõe de 8 opções, que atendem com igual desempenho</p><p>aos mais variados tipos de obras.</p><p>O cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas características e</p><p>propriedades, aos 11 tipos básicos de cimento Portland disponíveis no mercado</p><p>brasileiro. São eles:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 52</p><p>1. Cimento Portland Comum (CP I)</p><p>• CP I – Cimento Portland Comum</p><p>• CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição</p><p>2. Cimento Portland Composto (CP II)</p><p>• CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória</p><p>• CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana</p><p>• CP II-F – Cimento Portland Composto com Fíler</p><p>3. Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)</p><p>4. Cimento Portland Pozolânico (CP IV)</p><p>5. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)</p><p>6. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)</p><p>7. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)</p><p>8. Cimento Portland Branco (CPB)</p><p>Esses tipos se diferenciam de acordo com a proporção de clínquer e sulfatos de</p><p>cálcio, material carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e</p><p>calcário, acrescentadas no processo de moagem. Podem diferir também</p><p>em</p><p>função de propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor branca</p><p>etc. O próprio Cimento Portland Comum (CP I) pode conter adição (CP I-S),</p><p>neste caso, de 1% a 5% de material pozolânico, escória ou fíler calcário e o</p><p>restante de clínquer. O Cimento Portland Composto (CP II- E, CP II-Z e CP II-</p><p>F) tem adições de escória, pozolana e fíler, respectivamente, mas em</p><p>proporções um pouco maiores que no CP I-S. Já o Cimento Portland de Alto-</p><p>Forno (CP III) e o Cimento Portland Pozolânico (CP IV) contam com proporções</p><p>maiores de adições: escória, de 35% a 70% (CP III), e pozolana de 15% a</p><p>50% (CP IV).</p><p>Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732)</p><p>Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado</p><p>como retardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de</p><p>concreto em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 53</p><p>subterrâneas. O Cimento Portland comum é usado em serviços de construção</p><p>em geral, quando não são exigidas propriedades especiais do cimento.</p><p>Também é oferecido ao mercado o Cimento Portland Comum com Adições CP</p><p>I-S, com 5% de material pozolânico em massa, recomendado para construções</p><p>em geral, com as mesmas características.</p><p>Cimento Portland CP II (NBR 11578)</p><p>O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade</p><p>menor do que o gerado pelo Cimento Portland Comum. Seu uso, portanto, é</p><p>mais indicado em lançamentos maciços de concreto, onde o grande volume da</p><p>concretagem e a superfície relativamente pequena reduzem a capacidade de</p><p>resfriamento da massa. Este cimento também apresenta melhor resistência ao</p><p>ataque dos sulfatos contidos no solo. Recomendado para obras correntes de</p><p>engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e</p><p>protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. Veja as</p><p>recomendações de cada tipo de CP II:</p><p>Cimento Portland CP II-Z (com adição de material pozolânico): Empregado em</p><p>obras civis em geral, subterrâneas, marítimas e industriais. E para produção de</p><p>argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados</p><p>e artefatos de cimento. O concreto feito com este produto é mais impermeável</p><p>e por isso mais durável.</p><p>Cimento Portland Composto CP II-E (com adição de escória granulada de alto-</p><p>forno): Composição intermediária entre o cimento portland comum e o cimento</p><p>portland com adições (alto-forno e pozolânico). Este cimento combina com</p><p>bons resultados o baixo calor de hidratação com o aumento de resistência do</p><p>Cimento Portland Comum. Recomendado para estruturas que exijam um</p><p>desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacadas</p><p>por sulfatos.</p><p>Cimento Portland Composto CP II-F (com adição de material carbonático -</p><p>fíler): Para aplicações gerais. Pode ser usado no preparo de argamassas de</p><p>assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado,</p><p>protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa, elementos pré-</p><p>moldados e artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto, solo-</p><p>cimento, dentre outros.</p><p>Cimento Portland de Alto Forno CP III (com escória - NBR 5735)</p><p>Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de</p><p>hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 54</p><p>agregado, além de ser resistente a sulfatos. É um cimento que pode ter</p><p>aplicação geral em argamassas de assentamento, revestimento, argamassa</p><p>armada, de concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro e</p><p>outras. Mas é particularmente vantajoso em obras de concreto-massa, tais</p><p>como barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas,</p><p>pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de</p><p>líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados</p><p>reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e</p><p>pistas de aeroportos.</p><p>Cimento Portland CP IV (com pozolana - NBR 5736)</p><p>Para obras correntes, sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e</p><p>protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. É especialmente</p><p>indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos.</p><p>O concreto feito com este produto se torna mais impermeável, mais durável,</p><p>apresentando resistência mecânica à compressão superior à do concreto feito</p><p>com Cimento Portland Comum, a idades avançadas. Apresenta características</p><p>particulares que favorecem sua aplicação em casos de grande volume de</p><p>concreto devido ao baixo calor de hidratação.</p><p>Cimento Portland CP V ARI - (Alta Resistência Inicial - NBR 5733)</p><p>Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de</p><p>idade e de 53 MPa aos 28 dias, que superam em muito os valores normativos</p><p>de 14 MPa, 24 MPa e 34 MPa para 1, 3 e 7 dias, respectivamente, o CP V ARI é</p><p>recomendado no preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos</p><p>de cimento em indústrias de médio e pequeno porte, como fábricas de blocos</p><p>para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, mourões,</p><p>postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-fabricados. Pode ser</p><p>utilizado no preparo de concreto e argamassa em obras desde as pequenas</p><p>construções até as edificações de maior porte, e em todas as aplicações que</p><p>necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida. O</p><p>desenvolvimento dessa propriedade é conseguido pela utilização de uma</p><p>dosagem diferente de calcário e argila na produção do clínquer, e pela</p><p>moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a água o CP V ARI</p><p>adquire elevadas resistências, com maior velocidade.</p><p>Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfatos - NBR 5737)</p><p>O CP-RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de</p><p>esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de</p><p>solos. Pode ser usado em concreto dosado em central, concreto de alto</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 55</p><p>desempenho, obras de recuperação estrutural e industriais, concretos</p><p>projetado, armado e protendido, elementos pré-moldados de concreto, pisos</p><p>industriais, pavimentos, argamassa armada, argamassas e concretos</p><p>submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de</p><p>água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. De</p><p>acordo com a norma NBR 5737, cinco tipos básicos de cimento - CP I, CP II,</p><p>CP III, CP IV e CP V-ARI - podem ser resistentes aos sulfatos, desde que se</p><p>enquadrem em pelo menos uma das seguintes condições:</p><p>• Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições</p><p>carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente;</p><p>• Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória</p><p>granulada de alto-forno, em massa;</p><p>• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de</p><p>material pozolânico, em massa;</p><p>• Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa</p><p>duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos.</p><p>Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) - (NBR 13116)</p><p>O Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) é designado por siglas e</p><p>classes de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP III-32 (BC) é o</p><p>Cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado</p><p>pela sua composição. Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar</p><p>o</p><p>desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o</p><p>aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido</p><p>durante a hidratação do cimento.</p><p>Cimento Portland Branco (CPB) - (NBR 12989)</p><p>O Cimento Portland Branco se diferencia por sua coloração, e está classificado</p><p>em dois subtipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é aplicado em</p><p>concretos brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e</p><p>40, similares às dos demais tipos de cimento. Já o não estrutural não tem</p><p>indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e</p><p>em aplicações não estruturais. Pode ser utilizado nas mesmas aplicações do</p><p>cimento cinza. A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos</p><p>teores de óxido de ferro e manganês, em condições especiais durante a</p><p>fabricação, tais como resfriamento e moagem do produto e, principalmente,</p><p>utilizando o caulim no lugar da argila. O índice de brancura deve ser maior que</p><p>78%. Adequado aos projetos arquitetônicos mais ousados, o cimento branco</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 56</p><p>oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que pode ser associado a</p><p>pigmentos coloridos.</p><p>Ilustração de adições ao cimento:</p><p>O concreto quando em contato com a água do mar, formam-se sulfatos de</p><p>cálcio por reação do sulfato de magnésio da água do mar com o Ca(OH)2 do</p><p>cimento (formação de sal de Candelot).</p><p>Em face do exposto, a questão está errada porque para a aplicação nas obras</p><p>em concreto que ficam em contato com a água do mar recomenda-se a</p><p>utilização de cimentos pozolânicos e de escória de alto forno (menor calor de</p><p>hidratação e fissuram menos).</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>15. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009) Para</p><p>estancamento ou eliminação de vazamentos em caixas de água de</p><p>concreto, recomenda-se usar cimento portland de pega lenta.</p><p>Deve-se notar que o cimento Portland CP V ARI é de endurecimento rápido</p><p>(alta resistência inicial), mas não de pega rápida porque os tempos de início e</p><p>de final de pega do cimento são geralmente parecidos com os do cimento</p><p>Portland do tipo I.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 57</p><p>Para aplicações tais como reparos de emergência em juntas com vazamento e</p><p>concreto jateado, são necessários cimentos hidráulicos que não apenas sejam</p><p>de endurecimento rápido, mas de pega rápida. Essa necessidade é geralmente</p><p>satisfeita pela utilização de misturas de cimento Portland e gesso ou cimento</p><p>Portland e cimento de aluminato de cálcio, os quais fornecem tempos de pega</p><p>tão baixos quanto 10 minutos.</p><p>A durabilidade e a resistência última dos produtos endurecidos são bastante</p><p>baixas. Existem no mercado produtos aditivos aceleradores de pega, o que</p><p>proporciona uma pega muito rápida (3 a 5 minutos) e podem ser usados</p><p>nesses casos.</p><p>Se for necessário, existem ainda os aceleradores de pega ultrarrápidos, que</p><p>são costumeiramente utilizados para selar vazamentos/infiltrações de água,</p><p>cuja pega ocorre em segundos (15 a 30).</p><p>Os cimentos de pega normal iniciam a pega 1 hora após o contato com a água.</p><p>Assim, a questão está errada porque para estancamento ou eliminação de</p><p>vazamentos deve ser utilizado um cimento de pega rápida e não de pega lenta.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>16. (CESPE/TCE-TO/Analista de Controle Externo – Engenharia</p><p>Civil/2008) Os cimentos tipo Portland para utilização em construções</p><p>civis são diferenciados por códigos específicos. A denominação CP-I é</p><p>atribuída ao cimento Portland</p><p>a) comum.</p><p>b) comum com adição.</p><p>c) composto com escória.</p><p>d) composto com pozolana.</p><p>e) composto com fíler.</p><p>Como já vimos, o cimento Portland CP-I é o cimento Portland Comum.</p><p>Gabarito: Letra “a”.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 58</p><p>17. (CESPE/TRE-GO/Engenharia Civil/2008) Obtido por meio da</p><p>calcinação de uma mistura de calcário, argilas e gipsita, o cimento</p><p>Portland é o elemento ativo na confecção de diversas mesclas, de</p><p>pastas e do concreto. Considerando-se as características dos cimentos</p><p>padronizados utilizados na construção civil, é correto afirmar que o</p><p>cimento:</p><p>a) Portland branco é resultante da calcinação de uma mistura de</p><p>calcita, caolim e areia branca e pode ser utilizado em pré-moldados e</p><p>para a fabricação de ladrilhos hidráulicos.</p><p>Atenção! Pessoal, o CESPE e a ESAF cobram MUITO em prova o conhecimento</p><p>do cimento Portland Branco. Há questões de todo tipo, desde afirmações de</p><p>que o cimento Portland Branco não é tecnicamente um cimento (afirmação</p><p>errada) até questões que abordam aplicações específicas, como a fabricação</p><p>de ladrilhos hidráulicos. Dessa forma, devemos ter bem claro o conceito de</p><p>cimento branco e, por conseqüência, dos cimentos coloridos (que estão sendo</p><p>bastante utilizados no Brasil).</p><p>Como vimos, o cimento Portland Branco se diferencia por sua coloração, e está</p><p>classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. A cor branca é obtida</p><p>a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês,</p><p>em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e</p><p>moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila.</p><p>O cimento branco oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que</p><p>pode ser associado a pigmentos coloridos.</p><p>Os ladrilhos hidráulicos são feitos basicamente de cimento branco e agregados.</p><p>Por isso, as peças são porosas, requerendo proteção em sua superfície. Essa</p><p>proteção normalmente é feita com resinas e impermeabilizantes.</p><p>Dessa forma, a questão está correta porque dentre as diversas aplicações do</p><p>cimento branco, temos a fabricação de pré-moldados e de ladrilhos hidráulicos.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>b) aluminoso apresenta pega e endurecimento lentos e é recomendado</p><p>para obras em contato com a água do mar.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 59</p><p>Um tipo especial de cimento é o cimento aluminoso (que não é Portland). Ele é</p><p>um cimento refratário ao calor, utilizado para fazer concreto refratário para</p><p>construção de fornos, caldeiras, churrasqueiras, lareiras, etc.</p><p>Cimento Aluminoso</p><p>Os cimentos aluminosos são ligantes hidráulicos, cujo componente principal é o</p><p>aluminato de cálcio. Estes cimentos são fabricados a partir de misturas de</p><p>calcários com bauxitos ou com alumina, de forma a se obter cimentos com</p><p>teores de óxido de alumínio na faixa de 40% a 80%.</p><p>Estes produtos podem ser obtidos por dois processos, fusão ou sinterização:</p><p>• No processo de fusão as matérias-primas são moídas, dosadas e levadas</p><p>ao forno para fusão. O material fundido é descarregado em lingoteiras e</p><p>resfriado;</p><p>• No processo de sinterização as matérias-primas são secas, dosadas e</p><p>moídas em moinho de bolas até uma granulometria próxima ao do</p><p>cimento. Em seguida este pó é pelotizado, calcinado em fornos rotativos</p><p>e resfriado, obtendo-se o clínquer.</p><p>O clínquer de ambos os processos é britado e moído até a granulometria</p><p>desejada, obtendo-se dessa forma o cimento.</p><p>Aplicações: Os cimentos aluminosos são semelhantes aos cimentos Portland</p><p>usados na construção civil, em cuja composição predomina o silicato de cálcio.</p><p>No entanto, para suportar as condições a que são submetidas</p><p>as construções</p><p>refratárias nos processos industriais somente os cimentos aluminosos são</p><p>adequados. Estes são sempre utilizados em mistura com agregados refratários</p><p>para obtenção dos concretos refratários.</p><p>A questão está errada porque, como já vimos, o cimento indicado para</p><p>estruturas em contato com a água do mar deve ser pozolânico ou de escoria</p><p>de alto forno (menor calor de hidratação e fissuram menos).</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>c) pozolâmico é um aglomerante hidráulico de clínquer Portland,</p><p>gipsita e pozolana, não sendo indicado para a construção de estruturas</p><p>maciças de concreto.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 60</p><p>A questão está errada porque o cimento Portland CP-IV é especialmente</p><p>indicado para a construção de estruturas maciças de concreto uma vez que</p><p>apresenta características particulares que favorecem sua aplicação em casos</p><p>de grande volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>d) de alto forno é um aglomerante hidráulico constituído de clínquer</p><p>Portland, gipsita e escória granulada de autoforno, sendo indicado</p><p>como constituinte de pastas e caldas de injeção de bainhas de cabos</p><p>de protensão.</p><p>Assim como ocorreu com os aditivos, o aperfeiçoamento da manipulação das</p><p>adições - escórias, pozolanas e fíleres - induziu evoluções no uso do concreto,</p><p>acompanhando demandas da construção, como necessidade por durabilidade,</p><p>menor exigência de mão de obra e redução do impacto ambiental.</p><p>Hoje os cimentos modificados têm aplicações e desempenho comparáveis aos</p><p>dos cimentos Portland convencionais, mas há casos em que eles podem</p><p>agregar vantagens.</p><p>Com os cimentos de alto-forno e pozolânicos, ganhos podem decorrer da maior</p><p>estabilidade, durabilidade e impermeabilidade conferida ao concreto, bem</p><p>como ao calor de hidratação mais baixo. Outras características que podem ser</p><p>aproveitadas são a maior resistência ao ataque por sulfatos, a maior</p><p>resistência à compressão em idades mais avançadas, a maior resistência à</p><p>tração e à flexão e uma melhor ou igual durabilidade.</p><p>O emprego dos cimentos com escórias de alto-forno e pozolânicos, contudo,</p><p>deve ser cauteloso em pré-moldados com cura normal. Da mesma forma</p><p>recomenda-se evitar as concretagens com esses cimentos em ambientes muito</p><p>secos ou em temperaturas baixas. "Por conter sulfetos provenientes da</p><p>escória, o cimento Portland de alto-forno precisa ser evitado em caldas de</p><p>injeção para bainhas de protensão, embora no concreto protendido ou armado</p><p>não haja restrições de uso. Também deve ser evitado seu uso em argamassa</p><p>de assentamento de pisos e azulejos para não provocar manchas no</p><p>revestimento" (BATTAGIN).</p><p>Assim, a questão está errada porque os cimentos Portland de alto-forno e com</p><p>adição de pozolanas não devem ser utilizados para pastas e caldas de injeção</p><p>de bainhas de cabos de protensão.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 61</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>Na execução de peças estruturais de concreto armado, os materiais</p><p>utilizados devem ser cuidadosamente selecionados, a fim de não</p><p>comprometer a principal função dessas peças. Acerca dos materiais</p><p>que constituem o concreto armado, julgue os itens a seguir.</p><p>18. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) Como agregado graúdo pode-se</p><p>utilizar brita proveniente da desagregação de rochas graníticas e seixo</p><p>rolado.</p><p>Primeiramente, vamos conceituar os agregados.</p><p>Agregado</p><p>Pode ser definido como um material granular, sem forma e volume definidos,</p><p>de atividade química praticamente nula (inerte) e propriedades adequadas</p><p>para uso em obras de engenharia. Essas propriedades devem ser conhecidas e</p><p>serão caracterizadas nesse item. Classificação dos agregados segundo a</p><p>dimensão das partículas:</p><p>• Agregado graúdo: seixo rolado, brita (esses fragmentos são retidos na</p><p>peneira com abertura de 4,8 mm).</p><p>• Agregado miúdo: pó de pedra, areia (esses fragmentos passam na</p><p>peneira com 4,8 mm de abertura).</p><p>A aplicação desses materiais é variada podendo ser citado o uso em lastro de</p><p>vias férreas, bases para calçamento (lastro), adicionadas aos solos ou</p><p>materiais betuminosos para construir os pavimentos, na confecção de</p><p>argamassas e concretos, etc.</p><p>Britas</p><p>Provêm da desagregação das rochas em britadores e que após passar em</p><p>peneiras selecionadoras são classificadas de acordo com sua dimensão média,</p><p>variável de 4,8 a 76 mm. Classifica-se em brita número zero, um, dois, três e</p><p>quatro. São normalmente utilizadas para a confecção de concretos, podendo</p><p>ser obtidas de pedras graníticas ou calcárias.</p><p>Britas calcárias apresentam menor dureza e normalmente menor preço. Para</p><p>concreto armado a escolha da granulometria baseia-se no fato de que o</p><p>tamanho da brita não deve exceder 1/3 da menor dimensão da peça a</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 62</p><p>concretar. As mais utilizadas são as britas número 1 e 2. As britas podem ser</p><p>utilizadas também soltas sobre pátios de estacionamento e também como</p><p>isolante térmico em pequenos terraços.</p><p>Cascalho ou pedra de mão, são os agregado de maiores dimensões sendo</p><p>retidos na peneira 76 mm (pode chegar até a 250 mm). Utilizados</p><p>normalmente na confecção de concreto ciclópico e calçamentos.</p><p>Tabela com a classificação das britas:</p><p>Seixo rolado</p><p>Encontrado em leitos de rios deve ser lavado para se utilizá-lo em concretos. O</p><p>concreto feito com esse material apresenta boa resistência, inferior, porém, ao</p><p>feito com brita.</p><p>Dessa forma, o item está correto porque descreve com exatidão o agregado</p><p>graúdo tipo brita.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>19. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) No preparo da massa de</p><p>concreto, deve-se dar preferência à utilização e areia de rio (lavada)</p><p>de grão grande e angulosa.</p><p>A questão está correta porque no preparo de concreto utilizamos areia lavada</p><p>grossa, nos termos abaixo:</p><p>Areia</p><p>Obtida da desagregação de rochas apresentando-se com grãos de tamanhos</p><p>variados. Pode ser classificada, pela granulometria, em areia grossa, média e</p><p>fina. Deve ser sempre isenta de sais, óleos, graxas, materiais orgânicos, barro,</p><p>detritos e outros. Podem ser usadas as de rio e ou do solo (barranco). Não</p><p>devem ser usadas a areia de praia (por conter sal) e a areia com matéria</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 63</p><p>orgânica, que provocam trincas nas argamassas e prejudicam a ação química</p><p>do cimento.</p><p>As areias são usadas em concretos e argamassas.</p><p>Areias para concreto: Utiliza-se nesse caso a areia de rio (lavada),</p><p>principalmente para o concreto armado, com as seguintes características:</p><p>grãos grandes e angulosos (areia grossa); limpa; esfregada na mão deve ser</p><p>sonora e não fazer poeira e nem sujar a mão. Observar também a umidade,</p><p>pois quanto maior a umidade destas, menor será o seu peso específico.</p><p>Areia para alvenaria: Na primeira camada do revestimento de paredes</p><p>(emboço) usa-se a areia média. Para o revestimento final chamado reboco ou</p><p>massa fina, areia fina. Aceita pequena porcentagem de argila (terra) para o</p><p>assentamento de tijolos em alvenarias e no emboço.</p><p>É difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia de mesma</p><p>categoria. Essa desigualdade é conveniente, contribuindo para obtenção de</p><p>melhores resultados em seu</p><p>emprego, pois diminui a existência de vazios na</p><p>massa, e para a diminuição do volume dos aglomerantes (cimento, cal) na</p><p>mistura, que são materiais de maior custo.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>20. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em</p><p>Edificações/2008) Quanto ao aço utilizado em peças de concreto</p><p>armado, julgue os itens a seguir.</p><p>I) As barras de aço estocadas em uma obra devem ser separadas</p><p>segundo seu diâmetro, a fim de evitar problemas na identificação da</p><p>bitola.</p><p>Os aços para as armaduras devem ser estocados de forma a manterem</p><p>inalteradas suas características geométricas e suas propriedades, desde o</p><p>recebimento na obra até seu posicionamento final na estrutura.</p><p>Cada tipo e classe de barra, tela soldada, fio ou cordoalha utilizado na obra</p><p>deve ser claramente identificado logo após seu recebimento, de modo que não</p><p>ocorra troca involuntária quando de seu posicionamento na estrutura.</p><p>Para os aços recebidos cortados e dobrados, valem as mesmas prescrições</p><p>para as diferentes posições.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 64</p><p>A estocagem deve ser feita de modo a impedir o contato com qualquer tipo de</p><p>contaminante (solo, óleos, graxas, entre outros). (NBR 14931:2004)</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>II) Os fios e as barras de aço são normalmente cortados com</p><p>talhadeiras, tesourões e máquinas de corte manuais ou mecânicas.</p><p>A questão está correta porque descreve os equipamentos utilizados em obras</p><p>para o corte de fios e barras de aço para armaduras.</p><p>No concreto armado utilizam-se apenas as armaduras passivas, definidas como</p><p>as armaduras que não sejam usadas para produzir forças de protensão, isto é,</p><p>que não sejam previamente alongadas. Nos projetos de estruturas de concreto</p><p>armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480:2007 com o</p><p>valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50</p><p>e CA-60; as seções transversais nominais devem ser as estabelecidas na ABNT</p><p>NBR 7480:2007. As letras CA significam concreto armado, seguindo-se os</p><p>números que indicam o limite de escoamento em kgf/mm2 = kN/cm2. As</p><p>armaduras podem ser constituídas de barras, fios e telas de aço.</p><p>Barras e fios</p><p>Conforme o processo de fabricação e diagrama tensão-deformação, as barras e</p><p>fios são divididos nas Classes A e B; os aços Classe A são laminados a quente,</p><p>em geral com escoamento definido, caracterizado por patamar no diagrama</p><p>tensão-deformação, e os aços Classe B são encruados por deformação a frio e</p><p>sem patamar de escoamento. O limite de escoamento é definido como a</p><p>tensão que produz, no descarregamento, uma deformação unitária</p><p>permanente de 0,2%.</p><p>As barras e fios podem ser lisos ou providos de saliências ou mossas; para</p><p>cada categoria de aço, o coeficiente de conformação superficial mínimo,</p><p>determinado através de ensaios de acordo com a ABNT NBR 7477:1982, deve</p><p>atender ao indicado na ABNT NBR 7480:2007.</p><p>A configuração e a geometria das saliências ou mossas devem atender,</p><p>também, ao que é especificado nas seções 9 e 23 da ABNT NBR 6118:2007,</p><p>desde que existam solicitações cíclicas importantes.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 65</p><p>III) O posicionamento do estoque de aço dentro de um canteiro de</p><p>obra é indiferente, visto que o tempo de transporte interno na obra</p><p>pode ser contornado com a formação de uma equipe de serventes</p><p>especialmente para a realização deste serviço.</p><p>Pessoal, essa questão nós podemos responder apenas com base no senso</p><p>comum.</p><p>Em regra, nada é localizado dentro do canteiro de obra aleatoriamente.</p><p>Sempre se procura definir a localização dos elementos de forma a aperfeiçoar</p><p>os processos de trabalho a serem executados.</p><p>Assim, a questão está errada porque o estoque de aço dentro do canteiro deve</p><p>ser posicionado em local que garanta a adequada disposição do material,</p><p>garantindo sua conservação e permitindo seu transporte da forma mais</p><p>eficiente possível.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>IV) O desenvolvimento de corrosão durante a estocagem de aço em</p><p>obras não oferece grandes problemas, uma vez que o material corroído</p><p>melhora a aderência entre o aço e o concreto.</p><p>Nos termos da NBR 14931:2004, a superfície da armadura deve estar livre de</p><p>ferrugem e substâncias deletérias que possam afetar de maneira adversa o</p><p>aço, o concreto ou a aderência entre esses materiais. Armaduras que</p><p>apresentem produtos destacáveis na sua superfície em função de processo de</p><p>corrosão devem passar por limpeza superficial antes do lançamento do</p><p>concreto.</p><p>Após limpeza deve ser feita uma avaliação das condições da armadura, em</p><p>especial de eventuais reduções de seção.</p><p>Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em ambientes de</p><p>agressividade fraca a moderada, por períodos de até três meses, sem produtos</p><p>destacáveis e sem redução de seção, podem ser empregadas em estruturas de</p><p>concreto.</p><p>Dessa forma, a questão está errada porque a corrosão pode impossibilitar a</p><p>utilização do aço, a depender da sua intensidade.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 66</p><p>V) A armadura de arranque é opcional nos pilares, pois a transferência</p><p>de esforços entre pilares pode ser feita garantindo-se uma boa</p><p>concretagem.</p><p>Tecnicamente o enunciado da questão possui um equívoco. Nos termos da NBR</p><p>6118:2003 denomina-se arranque apenas a armadura que faz a ligação entre</p><p>o pilar e a fundação (sapata, bloco, tubulão, etc.). A ligação entre os pilares</p><p>(de um pavimento para o outro, por exemplo) não é denominada arranque,</p><p>tratando-se de uma emenda, em geral por traspasse.</p><p>Contudo, a questão está errada porque as emendas de pilares devem</p><p>obrigatoriamente garantir a continuidade da armadura do pilar, por qualquer</p><p>método previsto em norma (traspasse, luva rosqueada, solda).</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>Estão certos apenas os itens:</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e V.</p><p>d) III e IV.</p><p>e) IV e V.</p><p>Gabarito da questão: Letra “a”.</p><p>21. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006) Um</p><p>dos testes de recebimento de aço estrutural consiste em verificar se</p><p>estão marcados nas barras e fios o nome do fabricante, a categoria e o</p><p>diâmetro do material.</p><p>Como vimos, cada tipo e classe de barra, tela soldada, fio ou cordoalha</p><p>utilizado na obra deve ser claramente identificado logo após seu recebimento,</p><p>de modo que não ocorra troca involuntária quando de seu posicionamento na</p><p>estrutura.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 67</p><p>A identificação requer a conferência do fabricante, da categoria, do diâmetro</p><p>do material, da quantidade, e da identificação das peças quando se tratar de</p><p>aço cortado e dobrado, estando correta a questão.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>22. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em</p><p>Edificações/2008) A figura acima representa um diagrama tensão-</p><p>deformação de um aço submetido à tração. Com base nessa figura,</p><p>julgue os itens seguintes.</p><p>I) No trecho 0-1, tem-se tensões diretamente proporcionais às</p><p>deformações.</p><p>O trecho 0-1 é uma reta, garantindo proporcionalidade entre tensão e</p><p>deformação, estando correta a questão.</p><p>Caracteriza-se a resistência do aço pela sua resistência máxima à tração. O</p><p>valor de</p><p>tensão considerado como limite de resistência é o da Tensão de</p><p>Escoamento ou Limite de Escoamento.</p><p>Chama-se de escoamento o fenômeno observado em alguns metais, nos quais</p><p>ocorre acréscimo de deformação sem acréscimo de tensão. A tensão de</p><p>escoamento pode ser real ou convencional, conforme apresentam as figuras</p><p>mais abaixo.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 68</p><p>Ocorre tensão de escoamento real quando no gráfico tensão versus</p><p>deformação temos patamar de escoamento. O patamar de escoamento define</p><p>a tensão de escoamento real.</p><p>Ocorre tensão de escoamento convencional quando a tensão de escoamento é</p><p>definida, convencionalmente, como uma tensão que corresponde a uma</p><p>deformação residual de 0,2% (2 mm/m).</p><p>Os aços podem ser divididos conforme o processo de fabricação, ou seja:</p><p>Aços Tipo A</p><p>• Fabricados pelo processo de laminação a quente sem posterior</p><p>deformação a frio, ou por laminação a quente com encruamento a frio;</p><p>• Apresentam em seu gráfico de tensão x deformação um patamar de</p><p>escoamento;</p><p>• São denominados barras de aço.</p><p>Aços Tipo B</p><p>• Fabricados pelo processo de laminação a quente com posterior</p><p>deformação a frio (trefilação, estiramento ou processo equivalente);</p><p>• Não apresentam em seu gráfico tensão x deformação um patamar de</p><p>escoamento;</p><p>• São denominados fios de aço.</p><p>Ilustrações dos diagramas tensão versus deformação dos Aços Tipo A e B:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 69</p><p>Nos diagramas acima é perceptível a principal diferença entre os aços Tipo A e</p><p>Tipo B, que é o patamar de escoamento característico do Tipo A.</p><p>II) O patamar de escoamento desse aço é representado pelo trecho 2-</p><p>3, pois, quando ocorre o escoamento, o aço sofre ganho de tensão</p><p>devido à plastificação.</p><p>A questão está errada porque o patamar de escoamento é representado pelo</p><p>trecho 1-2.</p><p>III) O ponto 1 pode ser denominado como o limite elástico do aço.</p><p>O ponto 1 é o limite elástico (ou limite de escoamento) do aço.</p><p>IV) O limite de resistência do aço é dado pelo ponto 4.</p><p>A questão está errada porque o limite de resistência é dado pelo ponto 1.</p><p>V) A ruptura por tração do aço ocorre no ponto 3.</p><p>O ponto 4 representa o ponto de ruptura.</p><p>A quantidade de itens certos é igual a:</p><p>a) 1.</p><p>b) 2.</p><p>c) 3.</p><p>d) 4.</p><p>e) 5.</p><p>Gabarito: Letra B.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 70</p><p>Julgue os itens a seguir acerca de aglomerantes utilizados em obras</p><p>civis.</p><p>23. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009) O ponto de</p><p>fulgor de um cimento asfáltico representa a temperatura crítica acima</p><p>da qual é necessário tomar precauções especiais para afastar o perigo</p><p>de incêndio durante o seu aquecimento e manipulação.</p><p>Pessoal, vejamos alguns aspectos sobre o ponto de fulgor.</p><p>Ponto de fulgor ou ponto de inflamação é a menor temperatura na qual um</p><p>combustível liberta vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura</p><p>inflamável por uma fonte externa de calor. O ponto de fulgor não é suficiente</p><p>para que a combustão seja mantida.</p><p>Por mistura inflamável, para a obtenção do ponto de fulgor, entenda-se a</p><p>quantidade de gás ou vapor misturada com o ar atmosférico suficiente para</p><p>iniciar uma inflamação em contacto com uma fonte de calor (isto é, a queima</p><p>abrupta do gás ou vapor), sem que haja a combustão do combustível</p><p>emitente.</p><p>Outro detalhe verificado é que, ao retirar-se a fonte de calor, acaba a</p><p>inflamação (queima) da mistura.</p><p>Trata-se de um dado importante para classificação dos produtos combustíveis,</p><p>em especial no que se refere à segurança, aos riscos de transporte,</p><p>armazenagem e manuseamento.</p><p>Nestes termos, a questão está correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>24. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Um dos ensaios usuais para se determinar a</p><p>resistência dos tijolos cerâmicos à compressão utiliza, como corpo de</p><p>prova, tijolos cortados ao meio e unidos, pela face maior, com pasta de</p><p>cimento.</p><p>Você sabe a diferença entre tijolo cerâmico e bloco cerâmico?</p><p>Nos termos da NBR 07170:1983, temos as seguintes definições:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 71</p><p>Tijolo maciço: tijolo que possui todas as faces plenas de material, podendo</p><p>apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área.</p><p>O tijolo maciço cerâmico é fabricado com argila, conformado por extrusão ou</p><p>prensagem, queimado à temperatura que permita ao produto final atender às</p><p>condições determinadas nesta Norma. Deve trazer a identificação do fabricante</p><p>sem que prejudique seu uso.</p><p>Nos termos da NBR 07171:1992, temos as seguintes definições:</p><p>Bloco cerâmico: componente de alvenaria que possui furos prismáticos e/ou</p><p>cilíndricos perpendiculares às faces que os contém.</p><p>O bloco cerâmico é fabricado basicamente com argila, conformado por</p><p>extrusão e queimado a uma temperatura que permita ao produto final atender</p><p>às condições determinadas nesta Norma.</p><p>O ensaio para verificação da resistência à compressão do tijolo maciço</p><p>cerâmico é especificado pela NBR 6460/83, e a questão está de acordo com o</p><p>procedimento previsto, estando correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>25. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Tintas e vernizes a óleo são aqueles cujo veículo</p><p>permanente é constituído de óleo de linhaça, cru ou cozido, e que</p><p>secam por oxidação.</p><p>A forma mais comum de combater a deterioração dos materiais é proteger as</p><p>superfícies com a aplicação de uma película resistente que impede a ação dos</p><p>agentes de destruição ou corrosão. Essa película pode ser obtida pela aplicação</p><p>de tintas, vernizes, lacas ou esmaltes.</p><p>Tinta é a dispersão de um ou mais pigmentos em um veículo (resina) que</p><p>quando aplicada em uma camada adequada forma um filme opaco e aderente</p><p>no substrato; portanto, é uma composição líquida pigmentada que se converte</p><p>em película sólida quando aplicada.</p><p>A tinta tem a função básica de proteger e embelezar as superfícies contra a</p><p>ação do sol, chuva, maresia e diversos outros agentes. Atualmente são</p><p>fabricadas tintas com as mais diversas finalidades: tintas luminescentes, tintas</p><p>que inibem o ataque de fungos, bactérias, algas e outros organismos, tintas</p><p>resistentes ao calor, à prova de fogo, etc.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 72</p><p>Vernizes, lacas e esmaltes</p><p>Vernizes são soluções de gomas ou resinas, naturais ou sintéticas, em um</p><p>veículo (óleo secativo, solvente volátil), soluções que são convertidas em uma</p><p>película útil transparente ou translúcida. Existem dois tipos: à base de óleo ou</p><p>à base de solventes.</p><p>Lacas são compostas de um veículo volátil, uma resina sintética, um</p><p>plastificante, cargas e, ocasionalmente um corante.</p><p>Esmaltes são obtidos adicionando-se pigmentos aos vernizes ou às lacas,</p><p>resultando daí uma verdadeira tinta caracterizadas pela capacidade de formar</p><p>um filme excepcionalmente liso.</p><p>Com a variedade de resinas sintéticas existentes atualmente e as modificações</p><p>que se podem introduzir com os diversos tipos de óleos, os vernizes</p><p>e as lacas</p><p>podem ser preparados para atender às mais variadas finalidades.</p><p>As tintas a óleo utilizam óleo de linhaça cru ou cozido e secam por oxidação,</p><p>isto quer dizer que ela seca por absorção de oxigênio da atmosfera e vai</p><p>endurecendo de fora para dentro. Dessa forma, a questão está correta. Ainda,</p><p>saiba que pode ser utilizado óleo de papoula no lugar do óleo de linhaça.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>26. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Os vidros de segurança aramados têm poder</p><p>antichamas superior a 30 minutos.</p><p>O vidro é um dos mais antigos materiais de construção. Os romanos já o</p><p>empregavam como janela, conforme se vê nas ruínas de Pompéia. O vidro</p><p>calco-sódico, o mais usado no mundo, é um complexo químico composto</p><p>aproximadamente por 70% de Sílica, 15% de óxido de sódio, 10% de óxido de</p><p>cálcio e 5% de outros óxidos.</p><p>Segundo a NBR 7210, o vidro é chamado de segurança quando sua tecnologia</p><p>de fabricação ou sua montagem permite reduzir a probabilidade dos acidentes</p><p>por choques, por deformação ou por incêndio.</p><p>Os vidros de segurança são os de resistência mecânica e características de</p><p>segurança superiores à dos vidros comuns; são indicados para áreas de maior</p><p>risco de acidentes (portas de vidro, laterais de vidro que possam ser</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 73</p><p>confundidas com portas, janelas baixas, sacadas, envidraçamento nos</p><p>banheiros e piscinas, clarabóias e envidraçamento em grandes alturas).</p><p>A diferença fundamental entre o vidro de segurança e os vidros comuns é que</p><p>ao ser fraturado, o vidro de segurança produz fragmentos menos suscetíveis</p><p>de causar ferimentos graves do que o vidro comum.</p><p>Vidro de Segurança: Aquele que, ao fraturar, produz fragmentos menos</p><p>suscetíveis de causar ferimentos graves do que o vidro recozido (comum) em</p><p>iguais condições.</p><p>Tipos de vidros de segurança:</p><p>• Tipo temperado: lâmina de vidro exposta a intensa variação de</p><p>temperatura visando redução de tensões internas;</p><p>• Tipo laminado: lâminas de vidro intercaladas com resina polivinil butiral</p><p>(PVB);</p><p>• Tipo aramado: malha metálica colocada na massa de vidro.</p><p>O vidro temperado tem esse nome por analogia ao aço temperado; ambos têm</p><p>sua resistência aumentada pela têmpera, um processo que consiste em</p><p>aquecer o material a uma temperatura crítica e depois resfriá-lo.</p><p>O vidro laminado consiste em duas ou mais lâminas de vidro fortemente</p><p>interligadas, sob calor e pressão, por uma ou mais camadas de polivinil butiral</p><p>- pvb, ou outra resina plástica.</p><p>Obs.: os vidros temperados e laminados não devem ser cortados nas obras,</p><p>necessitando ser especificados exatamente nas dimensões que ocorrem nas</p><p>obras.</p><p>O vidro aramado é um produto translúcido, incolor ou colorido, com elevado</p><p>nível de segurança. Em sua massa é incorporada uma malha metálica (tela</p><p>1/2" e 1"), que evita que os fragmentos desprendam-se em casos de quebras.</p><p>Possui ainda resistência anti-chamas, retardando a propagação do fogo em</p><p>incêndios (62 minutos), e boa atenuação acústica (de 28 a 31 dB). Seu</p><p>Coeficiente de Transmissão Térmica é de k=5,7 w/m2.°C).</p><p>No Brasil, o vidro aramado só é produzido na espessura de 7 mm, limitando-se</p><p>portanto seu uso às respectivas condições de segurança. Segundo a NBR</p><p>10.636:1989 - Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da</p><p>resistência ao fogo, os vidros antechamas devem resistir ao fogo por um</p><p>período superior a 30 minutos. Assim, a questão está correta.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 74</p><p>Foto de um vidro aramado:</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>27. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006) Para a especificação de vidros</p><p>nas várias etapas de uma edificação, é necessário conhecer os seus</p><p>tipos, principais propriedades e usos. Neste contexto, assinale a opção</p><p>incorreta.</p><p>a) Os vidros impressos gravados e esmaltados são em geral</p><p>empregados em painéis decorativos, janelas, portas, divisórias e boxes</p><p>de banheiro.</p><p>Vejamos primeiramente algumas definições:</p><p>Vidro Impresso: Obtido pelo transbordamento da massa fundida sobre cilindros</p><p>de laminação gravados com motivos ornamentais, deixando-se entre eles a</p><p>espessura desejada. É utilizado para locais onde se necessita privacidade sem</p><p>perda de luminosidade.</p><p>Vidros Esmaltados: Produzidos através da aplicação de esmaltes vitrificáveis</p><p>em cores lisas ou decoradas, fundido durante o processo de têmpera sobre a</p><p>superfície do vidro, permanecendo inalterável e irremovível. É utilizado</p><p>normalmente em cobertura de lajes, painéis decorativos, etc.</p><p>A questão está correta porque os vidros impressos gravados e esmaltados são</p><p>em geral empregados em painéis decorativos, janelas, portas, divisórias, boxes</p><p>de banheiro, vitrines, etc.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 75</p><p>b) Há obrigatoriedade de vidros de segurança em sacadas, vidraças e</p><p>vitrines, sendo exceção as claraboias e telhados.</p><p>Segundo a NBR 7199:1989 - Projeto, execução e aplicações de vidros na</p><p>construção civil, é necessário utilizar vidro de segurança nas seguintes</p><p>situações:</p><p>• Balaustradas, parapeitos e sacadas;</p><p>• Vidraças não verticais sobre passagens;</p><p>• Claraboias e telhados;</p><p>• Vitrines;</p><p>• Vidraças exteriores sem proteção adequada até 0,1 m do piso</p><p>(pavimentos térreos) e até 0,9 m do piso (demais pavimentos).</p><p>Assim, a questão está errada porque as claraboias e telhados são casos</p><p>previstos pela NBR 7199:1989 para utilização de vidros de segurança.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>c) Os vidros de segurança laminados são excelentes filtros de raios</p><p>ultravioleta.</p><p>O vidro de segurança laminado é constituído de duas ou mais lâminas de vidro</p><p>interligadas sob calor e pressão por uma ou mais camadas de polivinil butiral</p><p>(PVB) ou outra resina plástica resistente e flexível.</p><p>Em caso de quebra, os fragmentos ficam aderidos ao PVB. O PVB tem grande</p><p>elasticidade e mesmo muito deformado, os fragmentos mantém-se aderidos.</p><p>Além da segurança, o vidro laminado possui excelentes propriedades como</p><p>filtro de raios ultravioleta e isolante acústico (a película de PVB serve como</p><p>amortecimento para ondas acústicas).</p><p>Ainda, os vidros laminados múltiplos dão origem aos conhecidos vidros a prova</p><p>de balas.</p><p>Uma particularidade do vidro laminado é que sua colocação e manutenção</p><p>devem ser mais cuidadosas e detalhadas que para vidro comum, sob risco de</p><p>danificar a camada de PVB.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 76</p><p>d) Os vidros de segurança temperados são recomendados em locais</p><p>sujeitos a impacto, choques térmicos ou utilização sob condições</p><p>adversas, que requeiram resistência mecânica.</p><p>O vidro temperado é o vidro que passou por tratamento térmico (têmpera) ou</p><p>químico para modificar suas características como a dureza e resistência</p><p>mecânica.</p><p>O vidro temperado é mais rígido, tem maior resistência térmica e se estilhaça</p><p>em pequenos fragmentos quando é danificado.</p><p>Suas características torna-o menos susceptível a causar ferimentos graves ao</p><p>se estilhaçar mostrando grande utilidade quando a segurança é uma questão a</p><p>ser considerada. Por sua grande resistência e baixa probabilidade de</p><p>ferimentos ele é utilizado nas maiorias das</p><p>aplicações em que possa ocorrer</p><p>sua quebra por manuseio ou contato humano.</p><p>Têmpera: Aquecimento a altas temperaturas com posterior resfriamento</p><p>rápido. O objetivo é criar pré-tensões que aumentam a resistência à</p><p>compressão inicial do material.</p><p>Devido às ações induzidas internas no vidro, quando o vidro temperado recebe</p><p>um choque, rompe-se por completo, em pequenos fragmentos não</p><p>pontiagudos.</p><p>Visualmente, podem-se observar pequenas distorções em vidros temperados</p><p>quando expostos a luz polarizada que não representam defeitos.</p><p>Existe ainda a têmpera química, que tem o mesmo objetivo que a têmpera</p><p>térmica, mas o processo é diferente. O processo é caro e, além disso, não</p><p>produz fragmentos regulares como na têmpera térmica quando fraturado.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>e) A principal característica do vidro aramado é a sua resistência ao</p><p>fogo, sendo considerado um material anti-chama.</p><p>O vidro aramado é um produto translúcido, incolor ou colorido, com elevado</p><p>nível de segurança.</p><p>Em sua massa é incorporada uma malha metálica (tela 1/2" e 1"), que evita</p><p>que os fragmentos desprendam-se em casos de quebras.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 77</p><p>Possui ainda resistência anti-chamas, retardando a propagação do fogo em</p><p>incêndios (até 60 minutos), e boa atenuação acústica (em torno de 28 a 31</p><p>dB).</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>28. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009) O vidro</p><p>U-glas é recomendado quando se deseja transmissão luminosa de</p><p>maneira difusa (translucidez).</p><p>U-glas é um vidro impresso, translúcido, com seção em forma de U.</p><p>De uma rigidez elevada e auto-portante, U-Glas pode ser montado a alturas</p><p>elevadas. U-Glas utiliza-se em qualquer tipo de construção em que seja</p><p>exigido um elevado nível de iluminação (fábricas, garagens, hangares, etc.).</p><p>Ao contrário das peças de vidros convencionais, dispensa o uso de caixilharia.</p><p>Foto de uma aplicação de U-Glas:</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 78</p><p>Com relação a aglomerantes que são utilizados em diversas áreas da</p><p>construção civil, julgue os itens subsequentes.</p><p>29. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) O tempo de</p><p>pega de uma pasta de cimento é determinado por meio do ensaio de</p><p>slump.</p><p>Atenção! Pessoal, o ensaio mais cobrado em provas é o ensaio de slump.</p><p>Devido à importância desse ensaio para o concurso e mesmo para a prática</p><p>da engenharia de edificações, vamos nos estender um pouquinho no</p><p>comentário.</p><p>Ensaio de Slump ou Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone.</p><p>O Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone mede a consistência e a fluidez do</p><p>material, permitindo que se controle a uniformidade do concreto. A principal</p><p>função deste ensaio é fornecer uma metodologia simples e convincente para se</p><p>controlar a uniformidade da produção do concreto em diferentes betonadas.</p><p>Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto trabalhável, a</p><p>constância do abatimento indicará a uniformidade da trabalhabilidade.</p><p>Ilustração de um ensaio de slump:</p><p>Aparelhagem</p><p>Molde:</p><p>Ilustração do molde e da haste (medidas em mm):</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 79</p><p>Molde para o corpo-de-prova de ensaio, feito de metal não facilmente atacável</p><p>pela pasta de cimento, com espessura igual ou superior a 1,5 mm. O molde</p><p>pode ser confeccionado com ou sem costura, porém seu interior deve ser liso e</p><p>livre de protuberâncias criadas por rebites, parafusos, soldas e dobraduras. O</p><p>molde deve ter a forma de um tronco de cone oco, com as seguintes</p><p>dimensões internas:</p><p>• Diâmetro interno da base inferior: 200 mm ± 2 mm;</p><p>• Diâmetro interno da base superior: 100 mm ± 2 mm;</p><p>• Altura: 300 mm ± 2 mm.</p><p>As bases superior e inferior devem ser abertas e paralelas entre si, formando</p><p>ângulos retos com o eixo do cone. O molde deve ser provido, em sua parte</p><p>superior, de duas alças, posicionadas a dois terços de sua altura, e ter aletas</p><p>em sua parte inferior para mantê-lo estável.</p><p>Haste de compactação</p><p>De seção circular, reta, feita de aço ou outro metal adequado, com diâmetro</p><p>de 16 mm ± 1 mm, comprimento de 600 mm ± 2 mm e extremidades</p><p>arredondadas.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 80</p><p>Placa de base</p><p>Para apoio do molde: deve ser metálica, plana, quadrada ou retangular, com</p><p>lados de dimensão não inferior a 500 mm e espessura igual ou superior a 3</p><p>mm.</p><p>Concha</p><p>Deve ser confeccionada em aço ou outro material rígido e não absorvente. O</p><p>formato da concha não deve permitir a segregação do concreto durante a</p><p>operação de moldagem.</p><p>Régua metálica</p><p>Deve ser de aço ou outro metal adequado, graduada em milímetros, com</p><p>comprimento de 300 mm ± 2 mm e espessura de 3 mm ± 1 mm. Não se</p><p>aceita o emprego de materiais absorventes e quimicamente reativos com os</p><p>componentes do concreto.</p><p>Complemento tronco-cônico do molde</p><p>Deve ser feito de metal não facilmente atacável pela pasta de cimento,</p><p>adaptável à base superior do molde.</p><p>Ilustração do complemento tronco-cônico metálico de enchimento, adaptável à</p><p>base superior do molde:</p><p>Procedimento</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 81</p><p>1. Limpar e umedecer internamente o molde, e colocá-lo sobre a placa de</p><p>base, igualmente limpa e umedecida.</p><p>2. O operador deve posicionar-se com os pés sobre as aletas do molde, de</p><p>forma a mantê-lo estável, e enchê-lo de concreto em três camadas, cada</p><p>uma com aproximadamente um terço da altura do molde, até preenchê-</p><p>lo totalmente. Nota: a placa de base deve ser colocada sobre uma</p><p>superfície rígida, plana, horizontal e livre de vibrações.</p><p>3. Compactar cada camada com 25 golpes da haste de compactação,</p><p>distribuindo uniformemente os golpes sobre a seção de cada camada.</p><p>Nota: para a compactação da camada inferior, é necessário inclinar</p><p>levemente a haste e efetuar cerca da metade dos golpes em forma de</p><p>espiral até o centro.</p><p>4. Compactar a camada inferior através de toda a sua espessura.</p><p>5. Compactar a segunda camada e a camada superior, cada uma através de</p><p>toda a sua espessura, de forma que a haste apenas atinja a camada</p><p>inferior subjacente sem penetrá-la.</p><p>6. No preenchimento e na compactação da camada superior, acumular o</p><p>concreto sobre o molde antes de iniciar o adensamento. Se durante a</p><p>operação de compactação, a superfície do concreto ficar abaixo da borda</p><p>do molde, adicionar mais concreto para manter um excesso sobre a</p><p>superfície do molde durante toda a operação de compactação da camada</p><p>superior. Nota: para facilitar a operação de adensamento da última</p><p>camada de concreto, pode ser utilizado um complemento auxiliar tronco-</p><p>cônico.</p><p>7. Após o adensamento, retirar o complemento tronco-cônico e remover o</p><p>excesso de concreto com auxílio de uma colher de pedreiro e da própria</p><p>haste de compactação, que deve respaldar a superfície do concreto,</p><p>deslizando sobre os bordos do molde.</p><p>8. Limpar a placa de base e retirar o molde do concreto, levantando-o</p><p>cuidadosamente na direção vertical. A operação de retirar o molde deve</p><p>ser realizada em</p><p>5 s a 10 s, com um movimento constante para cima,</p><p>sem submeter o concreto a movimentos de torção lateral.</p><p>9. A operação completa, desde o início de preenchimento do molde com</p><p>concreto até sua retirada, deve ser realizada sem interrupções e</p><p>completar-se em um intervalo de 150 s. Nota: a duração total do ensaio</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 82</p><p>deve ser de no máximo 5 min., desde a coleta da amostra até o</p><p>desmolde (final do ensaio).</p><p>10. Imediatamente após a retirada do molde, medir o abatimento do</p><p>concreto, determinando a diferença entre a altura do molde e a altura do</p><p>eixo do corpo-de-prova, que corresponde à altura média do corpo-de-</p><p>prova desmoldado, aproximando aos 5 mm mais próximos.</p><p>11. Caso ocorra um desmoronamento ou deslizamento da massa do</p><p>concreto ao realizar o desmolde e esse evento impeça a medição do</p><p>assentamento, o ensaio deve ser desconsiderado e deve ser realizada</p><p>nova determinação sobre outra porção de concreto da amostra.</p><p>12. Caso nos dois ensaios consecutivos definidos em 11 ocorra um</p><p>desmoronamento ou deslizamento, o concreto não é necessariamente</p><p>plástico e coeso para aplicação do ensaio de abatimento.</p><p>Expressão do resultado</p><p>O abatimento do corpo-de-prova deve ser expresso em milímetros, com</p><p>aproximação de 5 mm, determinado como descrito em 10.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a</p><p>avaliação da consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a</p><p>partir do qual, observando-se as condições do concreto fresco, é</p><p>possível criar condições para o melhor controle do produto final na</p><p>estrutura da edificação. Com relação a esse teste, julgue os próximos</p><p>itens.</p><p>30. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) O ensaio de</p><p>abatimento é utilizado para se determinar a trabalhabilidade do</p><p>concreto analisado.</p><p>A questão está correta porque, conforme vimos na questão anterior, o Ensaio</p><p>de Abatimento do Tronco de Cone mede a consistência e a fluidez do material,</p><p>permitindo que se controle a uniformidade do concreto.</p><p>A principal função deste ensaio é fornecer uma metodologia simples e</p><p>convincente para se controlar a uniformidade da produção do concreto em</p><p>diferentes betonadas. Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 83</p><p>trabalhável, a constância do abatimento indicará a uniformidade da</p><p>trabalhabilidade.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>31. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) No teste, a</p><p>ocorrência de abatimento por cisalhamento caracteriza um concreto</p><p>com alta coesão.</p><p>A questão está errada porque, como já vimos, caso ocorra um</p><p>desmoronamento ou deslizamento da massa do concreto ao realizar o</p><p>desmolde e esse evento impeça a medição do assentamento, o ensaio de</p><p>slump deve ser desconsiderado e deve ser realizada nova determinação sobre</p><p>outra porção de concreto da amostra.</p><p>Caso novamente ocorra um desmoronamento ou deslizamento (abatimento por</p><p>cisalhamento), o concreto não é necessariamente plástico e coeso para</p><p>aplicação do ensaio de abatimento.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a</p><p>avaliação da consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a</p><p>partir do qual, observando-se as condições do concreto fresco, é</p><p>possível criar condições para o melhor controle do produto final na</p><p>estrutura da edificação. Com relação a esse teste, julgue o próximo</p><p>item.</p><p>32. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Tratando-</p><p>se de concreto dosado em central, o teste deve ser feito</p><p>imediatamente após a sua produção, ou seja, antes de qualquer</p><p>processo de transporte do material para a utilização na obra.</p><p>A questão está errada porque o ensaio de abatimento deve ser realizado após</p><p>a chegada do caminhão betoneira à obra, quando é feita a conferência e</p><p>correção, se necessária, da dosagem de água.</p><p>Com a chegada do caminhão na obra, antes do descarregamento, deve-se</p><p>verificar todas as características especificadas no pedido e consequentemente</p><p>no documento de entrega do concreto, que deve conter informações como:</p><p>volume do concreto; abatimento (slump test); resistência característica do</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 84</p><p>concreto à compressão (fck) ou o consumo de cimento; aditivo, quando</p><p>utilizado.</p><p>Antes da descarga do caminhão deve-se avaliar se a quantidade de água</p><p>existente no concreto está compatível com as especificações, não havendo</p><p>falta ou excesso de água. A falta de água dificulta a aplicação do concreto,</p><p>criando "nichos" de concretagem, e o excesso de água, embora facilite sua</p><p>aplicação, diminui consideravelmente sua resistência. Esta avaliação é feita por</p><p>meio de um ensaio simples, denominado ensaio de abatimento do concreto</p><p>(slump test).</p><p>As regras para a reposição de água perdida por evaporação são especificadas</p><p>pela norma técnica brasileira NBR 7212 - Execução de concreto dosado em</p><p>central-Procedimento. De uma forma geral, a adição de água permitida não</p><p>deve ultrapassar a medida do abatimento solicitada pela obra e especificada no</p><p>documento de entrega do concreto.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>33. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) O cimento Sorel</p><p>é formado por oxicloretos e, quando utilizado, resulta em um</p><p>componente especialmente duro e resistente à abrasão.</p><p>Pessoal, as bancas examinadoras têm cobrado cada vez mais tipos específicos</p><p>de cimento, como Sorel, Branco, Colorido, Aluminoso. Assim, vamos falar um</p><p>pouco sobre o cimento Sorel.</p><p>Cimento de Sorel, que possui o nome de seu inventor, Frenchman Stanislas</p><p>Sorel, é um cimento hidráulico resultado da mistura de óxido de magnésio e</p><p>cloreto de magnésio. Este material, que é chamado também do “cimento</p><p>magnésia,” é combinado geralmente com materiais de enchimento tais como a</p><p>areia ou a brita. Pode-se utilizar como ainda o óxido de zinco com cloreto de</p><p>zinco em vez dos compostos de magnésio.</p><p>Esse material é composto de um cloreto-hicróxido de magnésio com</p><p>propriedades cimentícias e foi largamente empregado na primeira metade do</p><p>século para a fabricação de pisos para vagões ferroviários. É um material</p><p>bastante prático, mas que tem características higroscópicas, absorvendo água</p><p>da atmosfera, caso não tenha a sua superfície protegida por meio de resina</p><p>impermeabilizante. O cimento de Sorel possui grande resistência mecânica,</p><p>superando em até seis vezes a resistência à compressão do cimento Portland e</p><p>apresenta ainda grande resistência à abrasão.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 85</p><p>Os produtos da reação desse material com a água incluem o ácido clorídrico,</p><p>de poder bastante corrosivo frente ao próprio hidróxido-cloreto de magnésio e</p><p>também frente a eventuais materiais estruturais, como a armação de ferro que</p><p>deve existir sob o cimento.</p><p>Por estas razões seu uso em estruturas não é recomendado e a questão está</p><p>correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>34. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia</p><p>Civil/2010) As telhas de cimento amianto são de fácil instalação, mas</p><p>comparativamente a outras opções, não apresentam bom isolamento</p><p>térmico.</p><p>Telhas de cimento amianto ou fibro cimento são pastas de cimento amianto em</p><p>(exceto nos cimentos tipos CP III e CP IV);</p><p>c) tempos de início e fim de pega;</p><p>d) expansibilidade a quente;</p><p>e) resistência à compressão nas idades especificadas para cada tipo de</p><p>cimento: NBR 7215;</p><p>f) perda ao fogo;</p><p>g) resíduo insolúvel (exceto cimento CP IV);</p><p>h) trióxido de enxofre - SO3;</p><p>i) óxido de magnésio - MgO (exceto cimento CP III);</p><p>j) anidrido carbônico - CO2.</p><p>Ensaios de qualificação dos agregados</p><p>É importante perceber que, independentemente de ser miúdo ou graúdo</p><p>(graduação dos agregados), devem ser realizados os seguintes ensaios para</p><p>sua qualificação:</p><p>a) determinação da composição granulométrica (determina a</p><p>porcentagem de cada diâmetro);</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 6</p><p>b) determinação da massa unitária em estado solto (massa/volume</p><p>solto);</p><p>c) determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis;</p><p>d) determinação do teor de materiais pulverulentos (percentual de pó);</p><p>e) determinação do teor de partículas leves;</p><p>f) determinação do teor de cloretos e sulfatos solúveis em água.</p><p>Devem ainda ser realizados os seguintes ensaios nos agregados</p><p>miúdos (areia):</p><p>a) determinação de impurezas orgânicas húmicas;</p><p>b) ensaio de qualidade do agregado;</p><p>c) determinação do inchamento;</p><p>d) determinação da massa específica na condição “saturada superfície</p><p>seca” (primeiro deixa o material absorver água);</p><p>e) determinação da absorção de água.</p><p>Devem ainda ser realizados os seguintes ensaios nos agregados</p><p>graúdos (brita):</p><p>a) determinação da massa específica na condição saturada - superfície</p><p>seca;</p><p>b) determinação da absorção de água;</p><p>c) determinação da massa unitária compactada seca;</p><p>d) determinação do índice de forma pelo método do paquímetro;</p><p>e) determinação da abrasão “Los Angeles”.</p><p>2. Os ensaios sobre o concreto fresco</p><p>A NBR 6484 estabelece que no concreto fresco devem ser realizados os</p><p>seguintes ensaios:</p><p>a) consistência (estudaremos este caso ao longo dessa aula);</p><p>b) tempos de pega;</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 7</p><p>c) massa específica;</p><p>d) teor de ar incorporado;</p><p>e) exsudação;</p><p>f) perda de abatimento.</p><p>3. Os ensaios sobre o concreto endurecido</p><p>No concreto endurecido devem ser realizados os seguintes ensaios:</p><p>a) massa específica;</p><p>b) resistência à compressão axial;</p><p>c) resistência à tração por compressão diametral;</p><p>d) resistência à tração na flexão;</p><p>e) variações de comprimento;</p><p>Nota: Os corpos-de-prova para o ensaio de variações de comprimento devem</p><p>ser prismáticos, nas dimensões de 100 mm x 100 mm x 285 mm, com</p><p>comprimento efetivo de medida de 250 mm, moldados conforme a NBR</p><p>5738:2008, curados durante 14 dias em câmara úmida e, posteriormente, 14</p><p>dias ao ar, ocasião em que deve ser determinada a variação de comprimento.</p><p>Resistência à compressão axial</p><p>Nesse ensaio aplica-se uma carga a um corpo de prova cilíndrico. O valor da</p><p>resistência de ruptura à compressão é dado pela carga dividida pela área do</p><p>cilindro (pressão suportada pelo cilindro).</p><p>A resistência à compressão axial é de longe o ensaio mais usado para o</p><p>controle do concreto, tanto pela facilidade de execução e baixo custo quanto</p><p>pela sua importância na segurança das estruturas.</p><p>Ilustração do teste de resistência à compressão axial:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 8</p><p>Resistência à tração por compressão diametral</p><p>A norma vigente para este teste é a NBR 7222/2010 - Concreto e argamassa</p><p>— Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos</p><p>de prova cilíndricos.</p><p>É importante saber que o ensaio brasileiro de compressão diametral para</p><p>determinação indireta da resistência à tração (RT) foi desenvolvido pelo</p><p>Professor Lobo Carneiro (Carneiro, 1943) e ganhou popularidade em todo o</p><p>mundo, devido à facilidade e rapidez da execução. Esse ensaio também é</p><p>conhecido como “Ensaio Brasileiro, “Brazilian Test” e “Ensaio Lobo Carneiro”.</p><p>A aplicação de duas forças concentradas e diametralmente opostas de</p><p>compressão em um cilindro gera, ao longo do diâmetro solicitado, tensões de</p><p>tração uniformes perpendiculares a este diâmetro.</p><p>Veja que o corpo de prova é o mesmo que pode ser utilizado no ensaio de</p><p>compressão, só que aqui é colocado “deitado”. O corpo-de-prova é colocado</p><p>sobre o prato da máquina de compressão.</p><p>Entre os pratos e o corpo-de-prova em ensaio são utilizadas duas tiras de</p><p>chapa dura de fibra de madeira.</p><p>Ilustração referente ao Ensaio Brasileiro:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 9</p><p>Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos (NBR</p><p>5738/2008)</p><p>Vejamos o que esta norma prescreve:</p><p>Definição importante:</p><p>Dimensão básica dos corpos-de-prova (d): Medida expressa em milímetros,</p><p>utilizada como referência para os corpos-de-prova, sendo empregada a</p><p>dimensão do diâmetro no caso de corpos-de-prova cilíndricos e a dimensão da</p><p>menor aresta para os corpos-de-prova prismáticos.</p><p>Aparelhagem:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 10</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 11</p><p>Veja em corte e planta o molde cilíndrico:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 12</p><p>Molde prismático:</p><p>Preparação dos moldes:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 13</p><p>Após a moldagem dos corpos de prova, devem-se adensar os corpos de</p><p>prova, de acordo com os seguintes procedimentos:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 14</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 15</p><p>Os seguintes cuidados com a cura devem ser obedecidos:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 16</p><p>É importante saber como fazer a preparação das bases dos corpos-de-</p><p>prova cilíndricos:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM</p><p>dosagens especiais prensadas em formas específicas de acordo com variados</p><p>modelos.</p><p>Constituem coberturas mais leves que as de barro exigindo estrutura mais leve</p><p>e esbelta. Seus perfis são bastante variados sendo os mais comuns os</p><p>ondulados e os trapezoidais. Essas telhas para sua fixação exigem algumas</p><p>peças, dentre elas: parafusos com arruelas de chumbo, de 110 mm, 150 e 200</p><p>mm; diversos tipos de ganchos chatos para a fixação em madeira, concreto e</p><p>estrutura metálica; e ganchos com rosca e pino com rosca.</p><p>Tabela apresentando as características dos principais tipos de telhas:</p><p>Tipo Vantagens Desvantagens</p><p>Sanduíche e isopor Ótimo isolamento</p><p>térmico</p><p>Custo elevado</p><p>Sapé Bom isolamento</p><p>térmico e menor</p><p>custo</p><p>Risco de incêndio e</p><p>abrigo de insetos</p><p>Madeirit Material resistente Custo elevado</p><p>Telha de barro Bom isolamento</p><p>térmico</p><p>Dificuldade de</p><p>limpeza</p><p>Telha de cimento Praticidade Mau isolamento</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 86</p><p>amianto térmico</p><p>Telha de chapa</p><p>zincada</p><p>Boa durabilidade e</p><p>baixo custo</p><p>Mau isolamento</p><p>térmico e acústico</p><p>Alumínio simples Boa refletividade Sujeita a danos por</p><p>granizo e ventos</p><p>Assim, a questão está correta porque as telhas de cimento amianto são de fácil</p><p>instalação (praticidade) e não apresentam bom isolamento térmico.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>35. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Com relação a madeiras empregadas na construção</p><p>civil, a retratibilidade é a perda de resistência à compressão pelo corte</p><p>inadequado da peça em relação ao sentido das fibras.</p><p>A retratibilidade da madeira é o fenômeno relacionado à variação dimensional</p><p>da madeira, em função da troca de umidade do material com o meio que o</p><p>envolve, até que seja atingida uma condição de equilíbrio, chamada de</p><p>umidade de equilíbrio higroscópico.</p><p>As variações nas dimensões nas peças de madeira começam a ocorrer quando</p><p>se perde ou se ganha umidade abaixo do ponto de saturação das fibras, que,</p><p>de modo geral, situa-se ao redor de 28 a 30% de umidade. A variação</p><p>dimensional da madeira diz respeito às contrações e ao inchamento da</p><p>madeira.</p><p>As características de retração da madeira são bastante diferentes entre as</p><p>espécies, dependendo do modo de condução da secagem e do próprio</p><p>comportamento da madeira, o que leva ocasionalmente a alterações da forma</p><p>e à formação de fendas e empenos. Precauções especiais devem ser tomadas</p><p>nas situações em que se exige a estabilidade da madeira. Em edificações,</p><p>pisos, esquadrias, portas e móveis em geral, podem ocorrer sérios prejuízos,</p><p>chegando, mesmo, a inviabilizar o produto final se não se faz a correta</p><p>secagem até a umidade de equilíbrio das condições de uso.</p><p>Dessa forma, a questão está errada porque a retratibilidade da madeira não é</p><p>a perda de resistência, mas sim a variação de volume da madeira.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 87</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>36. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia</p><p>Civil/2010) A madeira não apresenta retração, para variações de</p><p>umidade abaixo da umidade correspondente ao ponto de saturação das</p><p>suas fibras.</p><p>Retratibilidade é a propriedade da madeira de alterar suas dimensões e o</p><p>volume quando seu teor de umidade varia entre o estado anidro e o estado de</p><p>saturação (impregnação) dos tecidos celulósicos.</p><p>Abaixo do ponto de saturação, o inchamento e a retração são proporcionais à</p><p>umidade, de forma que a questão está errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>37. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) Nas madeiras</p><p>utilizadas em estruturas, a resistência à compressão na direção</p><p>perpendicular às fibras é menor que a resistência à compressão na</p><p>direção paralela às fibras.</p><p>As árvores produtoras de madeira de construção são do tipo exogênico, que</p><p>crescem pela adição de camadas externas, sob a casca. A seção transversal de</p><p>um tronco de árvore possui as seguintes camadas:</p><p>Casca: proteção externa da árvore, formada por uma camada externa morta,</p><p>de espessura variável com a idade e as espécies, e uma fina camada interna,</p><p>de tecido vivo e macio, que conduz o alimento preparado nas folhas para as</p><p>partes em crescimento.</p><p>Alburno: camada formada por células vivas que conduzem a seiva das raízes</p><p>para as folhas.</p><p>Cerne: com o crescimento, as células vivas do alburno tornam-se inativas e</p><p>constituem o cerne, de coloração mais escura, passando a ter apenas função</p><p>de sustentar o tronco.</p><p>Medula: tecido macio em torno do qual se verifica o primeiro crescimento da</p><p>madeira, nos ramos novos.</p><p>As madeiras de construção devem ser retiradas de preferência do cerne, a</p><p>madeira do alburno é mais higroscópica que a do cerne, sendo mais sensível</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 88</p><p>do que esta última à decomposição por fungos, mas aceita melhor a</p><p>penetração por agentes protetores, como alcatrão e certos sais minerais.</p><p>Os troncos de árvores crescem pela adição de anéis em volta da medula; os</p><p>anéis são formados por divisão de células em uma camada microscópica</p><p>situada sob a casca, denominada câmbio ou líber, que também produz células</p><p>da casca.</p><p>As células da madeira, denominadas fibras, são como tubos de paredes finas</p><p>alinhados na direção axial do tronco e colados entre si. As fibras tem a função</p><p>de conduzir a seiva por tensão superficial e capilaridade através dos canais</p><p>formados pelas cadeias de células.</p><p>A madeira apresenta 3 (três) direções principais longitudinal (axial), radial e</p><p>tangencial.</p><p>Ilustração das direções principais da madeira:</p><p>Para o dimensionamento importam as propriedades nas direções das fibras</p><p>principais e na direção perpendicular a elas. A madeira possui elevada</p><p>resistência à tração paralela às fibras. Como exemplo de peças solicitadas a</p><p>este esforço, podemos citar a linha e o pendural das tesouras de coberturas.</p><p>A resistência à compressão paralela às fibras da madeira é elevada. Como</p><p>exemplo de peças sujeitas a este esforço, podemos citar os pilares, os</p><p>montantes e as empenas das tesouras.</p><p>A resistência à tração é superior à resistência à compressão no caso de</p><p>madeiras livres de defeitos.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 89</p><p>A resistência à compressão perpendicular às fibras da madeira é menor que na</p><p>direção paralela às fibras.</p><p>A resistência à tração perpendicular às fibras da madeira é baixa (cerca de 30</p><p>a 70 vezes menor que na direção paralela às fibras). Isto se deve à existência</p><p>de poucas fibras na direção perpendicular ao eixo da árvore e à conseqüente</p><p>falta de travamento das fibras longitudinais. Esta questão é crítica no caso de</p><p>peças curvas.</p><p>Dessa forma, a questão está correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>Julgue os itens subsequentes, relativos às características dos ladrilhos</p><p>cerâmicos empregados nas edificações.</p><p>38. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Entre as</p><p>características de resistência mecânica dos produtos empregados em</p><p>áreas de caldeiras, destaca-se a de resistência ao choque térmico.</p><p>Essa questão trata de um assunto que não tem nenhuma relação com os</p><p>ladrilhos cerâmicos. A questão se refere a caldeiras, que são, em regra, áreas</p><p>industriais nas quais não há emprego de ladrilhos cerâmicos.</p><p>Na realidade, o</p><p>enunciado se refere ao material constituinte da caldeira em si.</p><p>Em caldeiras que utilizam como combustível o carvão pulverizado, a maioria</p><p>dos problemas verificados em componentes devem-se a abrasão provocada</p><p>pelo choque das partículas de carvão em alta velocidade. Esta velocidade pode</p><p>chegar a 30m/s em alguns locais das caldeiras. Esse problema seria facilmente</p><p>resolvido se não fosse a presença de altas temperaturas e ainda a grande</p><p>variação da mesma, podendo essa variação chegar a 600ºC. Essa variação</p><p>gera um choque térmico elevado o que reduz a quantidade de materiais que</p><p>podem ser utilizados.</p><p>Assim, a questão está errada porque não são os produtos empregados em</p><p>áreas de caldeiras que devem resistir ao choque térmico, mas o produto</p><p>empregado na fabricação da própria caldeira. Ainda, o enunciado da questão</p><p>não tem pertinência com o comando agrupador do item e nem com a</p><p>engenharia civil em si.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 90</p><p>39. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Os ladrilhos</p><p>esmaltados devem ter, necessariamente, maior resistência ao impacto</p><p>do que os não esmaltados.</p><p>Os ladrilhos cerâmicos são moldados pelo método da prensagem a seco,</p><p>cuidando-se de preencher bem o molde para obter peças de espessura</p><p>uniforme e igualmente prensadas.</p><p>As temperaturas de cozimento são altas, de 1250 a 1300 °C, até alcançar um</p><p>elevado grau de vitrificação, tornando o material compacto e impermeável.</p><p>Os ladrilhos cerâmicos são de belo aspecto, geralmente de cor vermelha,</p><p>podendo apresentar-se coloridos com o uso de pigmentos adequados. São</p><p>duráveis, resistentes aos ácidos e de elevada resistência ao desgaste. Esta</p><p>última propriedade é a mais importante, pois são materiais usados em pisos.</p><p>A questão está errada porque os ladrilhos esmaltados têm maior resistência ao</p><p>desgaste (ao risco) e não ao impacto do que os ladrilhos sem revestimento de</p><p>esmalte.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>40. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007) Na</p><p>classificação de azulejos, nenhuma classe deve apresentar</p><p>imperfeições estruturais ou de superfície perceptíveis a olho nu, à</p><p>distância de um metro e com boa iluminação.</p><p>Produtos cerâmicos são materiais de construção obtidos pela moldagem,</p><p>secagem e cozimento de argilas ou misturas de materiais que contém argilas.</p><p>Exemplos de produtos cerâmicos para a construção: tijolos, telhas, azulejos,</p><p>ladrilhos, lajotas, manilhas, refratárias, etc.</p><p>Podemos classificá-los da seguinte forma:</p><p>Materiais de Cerâmica Vermelha</p><p>- porosos: tijolos, telhas, etc.;</p><p>- vidrados ou gresificados: ladrilhos, tijolos especiais, manilhas, etc.</p><p>Materiais de Louça</p><p>- pó de pedra: azulejos, materiais sanitários, etc.;</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 91</p><p>- grés: materiais sanitários, pastilhas e ladrilhos, etc.;</p><p>- porcelana: pastilhas e ladrilhos, porcelana elétrica, etc.</p><p>Materiais Refratários</p><p>- tijolos para fornos, chaminés, etc.</p><p>Azulejos</p><p>Utilizados como revestimento de paredes, formando superfícies laváveis. Ao</p><p>contrário de outros materiais cerâmicos que utilizam a argila comum para a</p><p>sua confecção, os azulejos são feitos com faiança (argila branca), recebendo</p><p>um tratamento com substâncias a base de silicatos e óxidos que se vitrificam</p><p>ao forno. Este tratamento torna a face brilhante e impermeável. As dimensões</p><p>mais comuns são de 15 x 15 cm, podendo haver variações para 11 x 11 cm e</p><p>formas retangulares. As cores são uniformes (brancos, azuis, rosas, etc.) ou</p><p>mescladas, formando</p><p>desenhos nos azulejos decorados. Os de cor branca são mais econômicos e</p><p>alcançam o mesmo resultado quanto à impermeabilização.</p><p>Os azulejos são especificados pela norma NBR 13.818/1997: Placas Cerâmicas</p><p>para Revestimento – Especificação e Métodos de Ensaio</p><p>Nos estudos a respeito dos azulejos, a classe A não deve apresentar</p><p>imperfeições estruturais ou de superfície perceptíveis a olho nu, a distância de</p><p>um metro e com boa iluminação.</p><p>Com relação às classes B e C, elas também não devem apresentar tais</p><p>imperfeições. Todavia, são admitidas imperfeições, ou seja, estas duas classes</p><p>podem apresentar imperfeições, excepcionalmente.</p><p>Devido ao caráter "excepcional" destas duas classes, a questão está errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>41. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007) A</p><p>impermeabilização estrutural de concreto já construído pode ser</p><p>conseguida por cristalização de produtos inorgânicos em contato com</p><p>a água no interior do concreto.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 92</p><p>Pessoal, uma coisa importante é que temos que entender que não existe um</p><p>produto impermeabilizante e sim sistemas de impermeabilização, onde</p><p>produtos são utilizados.</p><p>Para que uma estrutura seja impermeabilizada é necessário analisar as</p><p>interferências, o substrato, qual a sua constituição, se tem fissuras ou não,</p><p>qual será a sua utilização, se será submetido a produtos químicos, qual o</p><p>tráfego sobre ela, se ela sofrerá com pressão hidrostática (positiva ou</p><p>negativa), se ela será exposta às intempéries ou não, entre outras variáveis.</p><p>A partir dos questionamentos e análise visual da estrutura é que se pode</p><p>determinar o sistema de impermeabilização e quais produtos deverão ser</p><p>utilizados. Outra questão muito importante, e que normalmente é</p><p>subestimada, é a preparação da superfície para receber o produto</p><p>impermeabilizante. O sucesso da impermeabilização também depende, e</p><p>muito, da preparação da base, bem como: da mistura do produto, da sua</p><p>aplicação correta, do intervalo entre demãos, da sua cura (quando for o caso),</p><p>da sua proteção, do tratamento diferenciado das interferências (tubulação</p><p>incrustada, ralos, encontro entre pisos e paredes - principalmente quando a</p><p>parede é de alvenaria – encontro entre pisos e pilares, juntas de retração, de</p><p>dilatação e juntas frias, bicheiras, fissuras e trincas etc.)</p><p>A impermeabilização não pode ser pensada apenas como aplicação de um</p><p>produto, e sim como um sistema de impermeabilização. Não existe uma</p><p>fórmula rígida para impermeabilizar uma estrutura, nem um sistema único de</p><p>impermeabilização. O que se deve fazer é exigir referências e atestados dos</p><p>produtos que fazem parte do sistema de impermeabilização especificado, por</p><p>organizações e institutos nacionais e internacionais com comprovada</p><p>idoneidade técnica, bem como, solicitar do fabricante ou representante local a</p><p>metodologia de aplicação, para que se possa fazer a fiscalização da obra, e não</p><p>apenas delegar ao aplicador que execute a impermeabilização.</p><p>Os cristalizantes tradicionais atuam, basicamente, formando uma película com</p><p>alta aderência ao substrato e com grande poder impermeabilizante, ou seja,</p><p>funcionam como uma barreira impermeável. Eles são produtos que têm grande</p><p>utilidade em diversos sistemas de impermeabilização. Contudo, como são</p><p>produtos formadores de película, quando agredidos e danificados perdem o</p><p>efeito impermeabilizante nestes pontos.</p><p>Normalmente são muito eficientes quando aplicados para combater a pressão</p><p>hidrostática pelo lado positivo, que é quando a pressão hidrostática atua</p><p>diretamente sobre ele. Quando aplicado pelo lado negativo, como é o caso da</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof.</p><p>Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 93</p><p>aplicação típica em subsolos, onde a estrutura ficará sujeita a ação do lençol</p><p>freático, existem algumas considerações a fazer.</p><p>Primeiro, o produto terá sua eficiência ligada diretamente à aderência ao</p><p>substrato, com isso a qualidade do concreto é de suma importância para sua</p><p>eficiência e segundo, a irregularidade e textura da superfície do concreto</p><p>podem contribuir para reduzir a espessura do produto aplicado em alguns</p><p>pontos, reduzindo sua eficiência, ao mesmo tempo em, que pode propiciar</p><p>defeitos na continuidade do impermeabilizante.</p><p>O concreto armado ou protendido impermeabilizado como este sistema,</p><p>sofrerá com o efeito secagem e molhagem, devido a variação do nível do</p><p>lençol freático.</p><p>Neste caso a água terá livre acesso para transitar no concreto, visto que, a</p><p>impermeabilização é executada pelo lado negativo, possibilitando o surgimento</p><p>de células de corrosão na armadura da estrutura, ensejando futuros serviços</p><p>de recuperação de estruturas.</p><p>Outra possibilidade de falha é encontrada na interface entre peças estruturais,</p><p>ou seja, piso/pilares, pisos/parede, juntas serradas, etc. Estes pontos críticos</p><p>podem propiciar a descontinuidade da camada impermeabilizante, provocando</p><p>pontos falhos no sistema.</p><p>Em resumo, os produtos cristalizantes tradicionais têm sua eficiência</p><p>impermeável ligada diretamente à continuidade e uniformidade da espessura</p><p>de sua película, aderência ao substrato e principalmente a não agressão de sua</p><p>camada impermeabilizante.</p><p>Os produtos cristalizantes são aditivos ativos que reagem com vários</p><p>compostos químicos e com a umidade do concreto, formando cristais</p><p>insolúveis. Estes cristais selam fissuras de retração e capilares. Os agentes</p><p>químicos penetram no concreto por pressão de osmose, resultando numa</p><p>impermeabilização e numa proteção contra agentes químicos, carbonatação e</p><p>cloretos. Dessa forma, a questão está correta porque descreve corretamente</p><p>os impermeabilizantes cristalizantes.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>Em relação às características dos materiais de construção utilizados</p><p>em obras de engenharia civil, julgue os itens seguintes.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 94</p><p>42. (CESPE/TCE-RN/Inspetor de Controle Externo/ Engenharia</p><p>Civil/2009) O saibro, resultante da britagem artificial de cascalho, é</p><p>muito utilizado como agregado para concreto.</p><p>Saibro</p><p>Tem aparência de terra barrosa, basicamente de argila, proveniente da</p><p>desagregação de rochas. Pode-se dizer que é um material proveniente de solos</p><p>que não sejam muito arenosos e</p><p>nem muito argilosos. É utilizado como componente de argamasssas para</p><p>alvenaria e revestimentos. Não deve ser utilizado em paredes externas, pois a</p><p>ação da chuva e da radiação solar provocam trincas e fissuras na massa.</p><p>O saibro pode ser encontrado na natureza, neste caso podemos dizer que o</p><p>saibro é a rocha em início de decomposição, ou ser produzido por britagem de</p><p>cascalho, neste caso temos o chamado saibro britado. Contudo, em função do</p><p>alto teor de argila, o saibro não é utilizado como agregado para concreto, o</p><p>que torna a questão errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>43. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006) A</p><p>desvantagem de utilização de blocos silico-calcários é que a alvenaria</p><p>apresenta baixo índice de isolação acústica.</p><p>Bloco sílico-calcário</p><p>Segundo a norma alemã DIN-106 os blocos sílico-calcários são fabricados com</p><p>cal, areia fina de natureza quartzosa e água. Os blocos são moldados em</p><p>prensas de alta pressão e colocados, para endurecer, em fornos de alta</p><p>pressão e temperatura - as autoclaves.</p><p>O processo foi patenteado na Alemanha em 1880 e chamado de "Método de</p><p>produção de pedra artificial de areia". São produzidos em quase toda a Europa,</p><p>na Rússia, Estados Unidos, México e Canadá e outros países. Na Alemanha,</p><p>cerca de 70% dos blocos comercializados são sílico-calcários. No Brasil, os</p><p>blocos são produzidos desde 1976 e destinados à execução de alvenarias</p><p>estruturais. Os blocos podem ser vazados, perfurados e maciços, divididos em</p><p>linhas que seguem modulações de 12,5 cm e 20 cm com faixas de resistências</p><p>à compressão que variam entre 4,5 e 15 MPa. Devido às características</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 95</p><p>diferenciadas de absorção de água e retração recomendam-se valores de</p><p>argamassa diferentes para alvenarias estruturais e de vedação.</p><p>Pessoal, um material que tem sido cobrado com certa freqüência em provas é</p><p>o bloco de concreto celular. Assim, veremos seus principais aspectos.</p><p>Bloco de concreto celular</p><p>Os blocos de concreto celular autoclavados são produzidos industrialmente e</p><p>contêm, na composição, cimento, cal, areia e outros materiais silicosos aos</p><p>quais se adiciona um agente expansor. Estes blocos sempre são maciços.</p><p>A mistura passa por autoclaves, onde é feita uma cura a vapor sob pressão de</p><p>10 atms. Os blocos destinados à vedação devem ter resistência à compressão</p><p>de 2,5 MPa. Como são mais leves, os blocos apresentam dimensões de até 40</p><p>x 60 x 19 cm, mas podem ser facilmente cortados, lixados ou furados.</p><p>A leveza do material também proporciona redução nas cargas das fundações.</p><p>Outro diferencial desses blocos é o elevado isolamento térmico. A resistência</p><p>térmica é cerca de três vezes maior e a resistência ao fogo cerca de duas</p><p>vezes maior que a dos blocos de concreto e cerâmicos.</p><p>Além dessas características, a precisão dimensional dos blocos possibilita a</p><p>aplicação de uma estreita camada de revestimento interno. Cuidados</p><p>adicionais devem ser tomados na descarga e manuseio dos blocos, para evitar</p><p>quebras resultantes de empilhamento malfeito e armazenagem em locais</p><p>desnivelados. Sendo os blocos maiores e mais leves, cuidados particulares</p><p>devem ser observados no assentamento e na própria limitação de</p><p>deformabilidade da estrutura.</p><p>A questão está errada porque além de bom isolamento térmico, os blocos</p><p>sílico-calcários, assim como os blocos de concreto celular, oferecem bom</p><p>isolamento acústico.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>44. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) Suponha que, na</p><p>reforma de uma escola antiga, sejam empregados blocos de concreto</p><p>celular. Nessa situação, o material empregado possui vantagens como</p><p>leveza no carregamento, boa resistência e fácil manejo, além de os</p><p>blocos poderem ser serrados, furados, escarificados e pregados.</p><p>Blocos leves de concreto celular.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 96</p><p>O bloco leve de concreto celular foi desenvolvido com o</p><p>intuito de aumentar a produtividade, otimizar os recursos</p><p>disponíveis e de aumentar a rentabilidade no item</p><p>alvenaria.</p><p>Os blocos leves podem chegar a serem 75% mais leves do</p><p>que o sistema tradicional de alvenaria.</p><p>Aumento de área útil</p><p>A alvenaria executada em concreto celular proporciona um ganho substancial</p><p>de área útil as edificações. Enquanto uma parede de tijolo cerâmico rebocado</p><p>tem 15cm de espessura a mesma parede em concreto celular tem 8 cm. Sendo</p><p>assim há um ganho de 88% de área.</p><p>Isolamento térmico e acústico</p><p>Já que o ar faz parte da composição do concreto celular (água, cimento, areia</p><p>e ar), o produto possui propriedades de isolante térmico e isolante acústico</p><p>superiores a alvenaria tradicional.</p><p>Economia no custo final da obra</p><p>Considerando-se o fato de que na obra convencional a carga é de 1.400</p><p>kg/m3, o alívio</p><p>de carga é bastante significativo, já que o peso do concreto</p><p>celular é de 600 kg/m3. Com a adoção do sistema a economia é de 28% no</p><p>custo das fundações, 22% no total do volume de concreto da superestrutura,</p><p>33% de economia no aço das armaduras, 34% na área de formas de pilares e</p><p>vigas e 100% de economia em chapisco e reboco.</p><p>Descarga e armazenamento</p><p>Os blocos de concreto celular devem ser descarregados e armazenados bem</p><p>empilhados (na vertical), em local coberto, seco e ventilado.</p><p>Como cortar o bloco de concreto celular</p><p>Os blocos podem ser serrados, furados, escarificados (para</p><p>passagem de tubulações) e pregados. Utilizam-se as mesmas</p><p>ferramentas empregadas em trabalhos com madeiras,</p><p>reduzindo-se as perdas.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 97</p><p>45. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006)</p><p>Paredes de gesso acartonado têm como inconveniente a</p><p>impossibilidade de receberem instalações hidráulicas.</p><p>Pessoal, vejamos alguns aspectos complementares sobre o dry-wall (gesso</p><p>acartonado).</p><p>Gesso acartonado</p><p>O gesso acartonado é um material produzido industrialmente e com qualidade</p><p>controlada, utilizado em todos os tipos de obra.</p><p>As paredes de gesso acartonado são também conhecidas como Drywall, que é</p><p>uma expressão em inglês que significa “parede seca”, ou seja, que não</p><p>necessita de argamassa para sua construção, como ocorre com a alvenaria.</p><p>A parede Drywall é composta por uma estrutura rígida formada por perfis de</p><p>aço, nos quais são parafusadas as chapas de gesso especiais para esse</p><p>sistema.</p><p>As placas de gesso acartonado substituem alvenarias e argamassas de</p><p>revestimento em uma única operação, permitindo a fácil instalação dos dutos</p><p>de água, energia e dados. O sistema consiste, basicamente, em uma estrutura</p><p>interna que suporta painel de gesso, formando paredes mais ou menos</p><p>espessas que podem, inclusive, serem curvas.</p><p>Assim, aplicam-se a divisórias ou acabamentos internos, em ambientes</p><p>diversos, como cinemas, hospitais, hotéis e banheiros.</p><p>Dessa forma, a questão está errada.</p><p>Ilustração de uma parede de gesso acartonado (drywall):</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 98</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>O aparecimento de determinadas patologias nas estruturas de</p><p>concreto armado, tais como fissuras, desagregação do material,</p><p>corrosão de armaduras etc., está associado a diversas causas, como</p><p>uso de materiais impróprios, presença de substâncias indesejadas na</p><p>massa do concreto, deficiências nas armaduras, entre outras. Com</p><p>relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.</p><p>46. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Em dias de temperatura ambiente elevada, altas</p><p>concentrações de cloretos podem causar, na concretagem,</p><p>endurecimento excessivamente rápido do concreto, o que pode</p><p>comprometer o acabamento da superfície.</p><p>Segundo a NBR 14931:2004 - Execução de estruturas de concreto -</p><p>Procedimento, quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 99</p><p>muito quente (acima de 35ºC) e, em especial, quando a umidade relativa do ar</p><p>for baixa (menor que 50%) e a velocidade do vento alta (superior a 30 m/s),</p><p>devem ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de</p><p>consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto.</p><p>Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento, devem ser</p><p>tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto.</p><p>Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo</p><p>responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa se as</p><p>condições ambientais foram adversas, com temperatura ambiente superior a</p><p>40ºC ou vento acima de 60 m/s.</p><p>O concreto armado é um dos materiais de construção mais utilizados no Brasil,</p><p>principalmente para a construção de habitações de múltiplos andares. Uma</p><p>grande parte do cimento é consumido em obras habitacionais na região</p><p>litorânea, pois a maior concentração populacional do país encontra-se nas</p><p>proximidades de seu litoral, região que apresenta uma agressividade para o</p><p>concreto armado, principalmente pela ação dos íons cloretos provenientes da</p><p>atmosfera marinha.</p><p>A ação de agentes agressivos no concreto provoca sua degradação, sendo os</p><p>íons cloretos um dos principais agentes. A penetração dos íons cloretos no</p><p>concreto se dá de diversas maneiras, entre elas pode-se citar uso de aditivos</p><p>que contenham cloretos, impurezas nos agregados, o ambiente a que está</p><p>exposta a estrutura. Os principais fatores que afetam a penetração de íons</p><p>cloretos no concreto são os fatores inerentes ao concreto e os fatores</p><p>ambientais. Os mecanismos de transportes dos cloretos são migração,</p><p>absorção capilar, permeabilidade e difusão.</p><p>Nas estruturas de concreto a cura adequada é condição essencial para</p><p>obtenção de um concreto durável conforme as especificações do projeto</p><p>estrutural. A cura é realizada por duas razões básicas: hidratar o quanto</p><p>possível o cimento e reduzir ao máximo a retração do concreto, fatores</p><p>intrínsecos à durabilidade. As características superficiais do concreto são as</p><p>mais afetadas por uma cura inadequada, como a permeabilidade, a</p><p>carbonatação, a ocorrência de fissuração, etc.</p><p>Os cloretos são elementos muito utilizados nos aditivos aceleradores de pega.</p><p>E, como já vimos, devem ter seu uso restrito ao concreto não-armado porque</p><p>os cloretos atacam a armadura. Os cloretos agem nos cristais do cimento,</p><p>principalmente no Silicato de Cálcio, elemento responsável pela resistência da</p><p>pasta nos primeiros 28 dias.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 100</p><p>Assim, a questão traz dois elementos que causam a aceleração da pega do</p><p>concreto: alta temperatura e alta concentração de cloretos. Como vimos, a</p><p>pega acelerada requer maior cuidado com a cura do concreto para evitar a</p><p>ocorrência de fissuração por retração na secagem do concreto e para garantir</p><p>a correta hidratação do cimento. Dessa forma, a questão está correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>47. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e</p><p>Aquaviário/2008) Para se evitar a fissuração superficial do concreto,</p><p>recomenda-se adicionar cal livre ou óxido de magnésio à massa de</p><p>concreto, de forma a reduzir seu tempo de endurecimento.</p><p>Como vimos na questão anterior, para evitar a fissuração do concreto devemos</p><p>garantir uma cura adequada. Para tanto, devem ser tomadas providências para</p><p>reduzir a perda de água do concreto. Dessa forma, quanto maior o tempo de</p><p>endurecimento do concreto, menor será a ocorrência de fissuração.</p><p>Como vimos, a cal virgem (também denominada cal viva ou cal ordinária) é o</p><p>principal produto da calcinação das rochas carbonatadas cálcicas e cálcio-</p><p>magnesianas. O termo cal virgem é o consagrado na literatura brasileira e nas</p><p>normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, para designar o produto</p><p>composto predominantemente por óxido de cálcio e óxido de magnésio,</p><p>resultantes da calcinação, à temperatura de 900 a 1200 °C, de calcários,</p><p>calcários magnesianos e dolomitos.</p><p>A cal virgem é classificada conforme o óxido predominante como indicado a</p><p>seguir:</p><p>• Cal virgem cálcica: óxido de cálcio entre 100% e</p><p>90% dos óxidos totais</p><p>presentes;</p><p>• Cal virgem magnesiana: Teores intermediários de óxido de cálcio, entre</p><p>90% e 65% dos óxidos totais presentes;</p><p>• Cal virgem dolomítica: teores de cálcio entre 65% e 58% dos óxidos</p><p>totais presentes.</p><p>A cal livre, se adicionada ao concreto, absorverá água para sua própria</p><p>hidratação (extinção) e ainda liberará calor uma vez que sua hidratação é uma</p><p>reação exotérmica. Ambas estas características são prejudiciais à cura do</p><p>concreto. Assim, a questão está errada.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 101</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>As estruturas de concreto devem ser dimensionadas e executadas de</p><p>forma a que se garanta a sua vida útil e funcionalidade. A respeito de</p><p>patologias e durabilidade de estruturas de concreto, julgue os itens</p><p>seguintes.</p><p>48. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) O óxido de</p><p>magnésio, um dos constituintes do cimento, pode ser expansivo</p><p>quando estiver na forma de pericálcio e sua expansão pode provocar</p><p>fissuramentos.</p><p>A estabilidade dimensional do concreto (expansão, retração, fissuração) e a</p><p>resistência química do concreto (água do mar, salinidade do ar, poluição</p><p>atmosférica) estão intimamente ligadas às características físicas e químicas do</p><p>cimento (tais como finura, expansibilidade, composição potencial, presença de</p><p>cal livre, óxido de magnésio, etc.) e não tanto à sua resistência mecânica.</p><p>Expansibilidade de Certos Constituintes do Cimento</p><p>Alguns constituintes do cimento podem ser expansivos, o que pode levar a que</p><p>o concreto também o seja, ocasionando a fissuração do mesmo e o</p><p>desenvolvimento de problemas patológicos na estrutura.</p><p>O óxido de magnésio (MgO), um dos constituintes do cimento, poderá ser</p><p>expansivo quando estiver na forma de pericálcio (periclásio), que irá se</p><p>hidratar de maneira muito lenta após o endurecimento do cimento (e do</p><p>concreto), resultando no aumento do volume.</p><p>A cal livre é um constituinte normalmente presente no cimento Portland. A</p><p>hidratação da cal livre é expansiva, podendo dar lugar à fissuração superficial</p><p>do concreto e até mesmo provocar sua debilitação e destruição. A cal liberada</p><p>pela hidratação dos silicatos, componentes que têm a maior parcela de</p><p>responsabilidade nas resistências mecânicas dos cimentos, é, por sua vez,</p><p>atacável por águas puras, ácidas ou carbonatadas.</p><p>Pessoal, essa questão teve gabarito preliminar CERTO e no definitivo foi</p><p>alterado para ERRADO. Conceitualmente, o assunto tratado está correto,</p><p>conforme comentamos. A única razão que eu consigo ver para terem mudado</p><p>o gabarito dessa questão é relacionada à redação do enunciado. Talvez tenham</p><p>entendido que ao não citar no enunciado que a expansão do óxido de</p><p>magnésio causa fissuração do concreto, estaria errado porque essa expansão</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 102</p><p>não causa fissuração no cimento endurecido. Como a questão não falou que se</p><p>tratava de fissura em concreto, pode ter sido essa linha de argumentação que</p><p>resultou na mudança do gabarito.</p><p>Gabarito: Ver comentário.</p><p>49. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) Em caso de</p><p>cobrimentos pouco espessos, altos teores de cloreto de cálcio no</p><p>concreto podem acelerar o processo de corrosão das armaduras.</p><p>Pessoal, mais uma vez temos uma questão que cobra repetidamente um</p><p>assunto já cobrado pela banca. Eu mantive essa questão para reforçar a dica</p><p>de que é muito importante conhecermos a aplicação do cloreto de cálcio nas</p><p>estruturas de concreto.</p><p>A corrosão da armadura é um problema crítico, que pode comprometer</p><p>severamente a segurança e a capacidade de serviço das estruturas. Os</p><p>principais fatores que provocam a corrosão são o meio ambiente, o qual a</p><p>estrutura está inserida e o cobrimento inadequado de concreto.</p><p>Este cobrimento é responsável tanto pela proteção física (barreira), como pela</p><p>proteção química da armadura, quando este propicia um meio alcalino elevado</p><p>com a consequente passivação da mesma.</p><p>O nível de agressão dos íons cloreto depende muito da quantidade presente no</p><p>meio ambiente ou inserido no concreto. Pode-se tolerar uma certa quantidade</p><p>de íons cloreto sem que se tenha risco de corrosão. Entretanto, existe um</p><p>valor limite de íons cloreto, para que estes possam romper a película</p><p>passivadora e induzir a corrosão das armaduras.</p><p>Diante do exposto, a questão está correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>50. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) Águas com</p><p>elevados teores de sulfato de cálcio ou de potássio em contato com</p><p>elementos de concreto não provocam danos a tais elementos.</p><p>O sulfato de cálcio ou de potássio são sais parcialmente solúveis e muito</p><p>solúveis, respectivamente, em água. Águas com elevadores teores destes</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 103</p><p>elementos provocam danos aos elementos de concreto porque ocorrem</p><p>reações dos sulfatos com componentes do cimento, resultando em um</p><p>aumento do volume do concreto que provoca sua expansão e desagregação.</p><p>Os sulfatos encontram-se presentes em águas que contêm resíduos industriais,</p><p>nas águas subterrâneas em geral e na água do mar, sendo que os sulfatos</p><p>mais perigosos para o concreto são o amoníaco, (NH4)2SO2, o cálcico, CaSO4,</p><p>o de magnésio, MgSO4 e o de sódio, Na2SO4. Dessa forma, a questão está</p><p>errada.</p><p>Com relação aos danos causados às estruturas pela água, temos que uma</p><p>patologia muito comum em obras é a eflorescência. A eflorescência é a</p><p>formação de depósitos salinos na superfície das alvenarias, concreto ou</p><p>argamassas, etc., como resultado da sua exposição à água de infiltrações ou</p><p>intempéries.</p><p>É considerado um dano, por alterar a aparência do elemento onde se deposita.</p><p>Há casos em que seus sais constituintes podem ser agressivos e causar</p><p>degradação profunda. A modificação no aspecto visual é intensa onde há um</p><p>contraste de cor entre os sais e o substrato sobre as quais se deposita, por</p><p>exemplo, a formação branca do carbonato de cálcio sobre tijolo vermelho.</p><p>Quimicamente a eflorescência é constituída principalmente de sais de metais</p><p>alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio, solúveis ou</p><p>parcialmente solúveis em água). Pela ação da água de chuva ou do solo estes</p><p>sais são dissolvidos e migram para a superfície e a evaporação da água resulta</p><p>na formação de depósitos salinos.</p><p>Fatores que contribuem para a formação de eflorescências</p><p>Devem agir em conjunto:</p><p>• teor de sais solúveis;</p><p>• pressão hidrostática para proporcionar a migração para a superfície;</p><p>• presença de água.</p><p>Fatores externos que contribuem:</p><p>• quantidade de água;</p><p>• tempo de contato;</p><p>• elevação da temperatura;</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 104</p><p>• porosidade dos componentes.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>51. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) A viga ilustrada</p><p>no desenho abaixo apresenta padrão de fissuração típico causado por</p><p>flexocompressão.</p><p>A ilustração da questão mostra dois tipos de fissuras.</p><p>Na parte inferior da viga temos fissuras decorrentes da falta ou insuficiência de</p><p>armadura positiva no meio do vão para combater a flexão.</p><p>Na face superior da viga as fissuras indicam o esmagamento do concreto em</p><p>função da dimensão insuficiente</p><p>da seção do meio do vão para resistir à</p><p>compressão causada pelo momento positivo.</p><p>A combinação destes dois fenômenos causa uma típica fissuração devida à</p><p>flexocompressão, estando correta a questão.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>52. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) O desenho a</p><p>seguir apresenta a face inferior de uma laje em que o padrão de</p><p>fissuração mostrado é devido à flexão por insuficiência de armadura</p><p>para momentos positivos.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 105</p><p>A questão está errada porque a figura acima ilustra um caso típico de</p><p>fissuração por esmagamento do concreto, por reduzida espessura da laje. As</p><p>fissuras surgem na face inferior, por deficiência diante dos momentos</p><p>negativos.</p><p>Caso este mesmo padrão de fissuração fosse observado na face superior, seria</p><p>devido à insuficiência de armadura para os momentos negativos.</p><p>A fissuração por flexão, devida a insuficiência de armadura para os momentos</p><p>positivos é ilustrada abaixo, sendo o caso de surgimento das fissuras na face</p><p>inferior.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>No Brasil, é comum o uso do concreto armado e da alvenaria na</p><p>construção de edificações. A esse respeito, julgue os itens a seguir.</p><p>53. CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) Entre os</p><p>componentes do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas, estão as</p><p>alvenarias confinadas entre viga inferior de apoio e viga superior. Na</p><p>situação em que a viga inferior se flexiona mais que a viga superior,</p><p>normalmente surgem trincas inclinadas nos cantos inferiores da</p><p>parede.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 106</p><p>Uma das principais causas de fissuras em edificações é a deformação</p><p>das estruturas de concreto armado.</p><p>Os componentes do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas e lajes são as</p><p>alvenarias. Veja abaixo a formação de bielas de compressão devido à</p><p>deformação das vigas.</p><p>Figura ilustrando um componente fletido ocasionando a formação de bielas de</p><p>compressão em paredes sem aberturas:</p><p>Para paredes de vedação sem aberturas de portas e janelas existem três</p><p>configurações típicas de trincas:</p><p>a) O componente de apoio deforma-se mais que o componente superior,</p><p>dando o surgimento de trincas inclinadas nos cantos superiores da</p><p>parede, oriundas do carregamento não uniforme da viga superior sobre o</p><p>painel, já que existe a tendência de ocorrer maior carregamento junto</p><p>aos cantos das paredes. Na parte inferior do painel normalmente surge</p><p>um trinca horizontal, quando o comprimento da parede é superior à sua</p><p>altura, aparece o efeito de arco e a trinca horizontal desvia-se em</p><p>direção aos vértices inferiores do painel.</p><p>Ilustração de trincas em paredes de vedação: deformação do suporte maior</p><p>que a deformação da viga superior:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 107</p><p>b) O componente de apoio deforma-se menos que o componente superior.</p><p>Nesse caso, a parede comporta-se como viga, resultando fissuras</p><p>semelhantes ao caso de flexão de vigas de concreto armado.</p><p>Ilustração de trincas em parede de vedação: deformação do suporte inferior à</p><p>deformação da viga superior:</p><p>c) O componente de apoio e o componente superior apresentam</p><p>deformações aproximadamente iguais. Nessa circunstância a parede é</p><p>submetida principalmente a tensões de cisalhamento. As fissuras</p><p>iniciam-se nos vértices inferiores do painel, propagando</p><p>aproximadamente a 45º, conforme mostra a figura abaixo.</p><p>Ilustração de trincas em parede de vedação: deformação do suporte idêntica à</p><p>deformação da viga superior:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 108</p><p>Assim, a questão está errada porque a trinca descrita no enunciado é a do</p><p>caso “c” e não do caso “a”, como afirmado na questão.</p><p>Nas alvenarias de vedação com presença de aberturas, as fissuras poderão</p><p>ganhar configurações diversas, em função da extensão das paredes, da</p><p>intensidade da movimentação do tamanho e da posição dessas aberturas.</p><p>Ilustração de componente fletido ocasionando a formação de bielas de</p><p>compressão em paredes com aberturas (janelas):</p><p>Ilustração de configuração típica de fissuras em paredes com aberturas</p><p>causadas pela deformação dos componentes estruturais:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 109</p><p>Ilustração de configuração típica de fissuras em paredes estruturais com</p><p>aberturas:</p><p>Ilustração de componente fletido ocasionando a formação de bielas de</p><p>compressão em paredes com aberturas (portas):</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 110</p><p>Um caso bastante típico de fissuração provocada pela falta de rigidez estrutural</p><p>é aquele que se observa nas regiões em balanço de vigas, problema</p><p>importante em edifícios sobre pilotis, onde o balanço é intencionalmente</p><p>utilizado para alívio dos momentos positivos.</p><p>A deflexão da viga na região em balanço normalmente provoca o aparecimento</p><p>de fissuras de cisalhamento na alvenaria e ou destacamentos entre a parede e</p><p>a estrutura.</p><p>Ilustração de componente fletido ocasionando a formação de bielas de</p><p>compressão em região de balanço da viga:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 111</p><p>Ilustração de trincas na alvenaria provocadas por deflexão da região em</p><p>balanço da viga:</p><p>Outro caso típico de fissuração, em alvenarias estruturais, é aquele provocado</p><p>pela excessiva deformação de lajes ancoradas nas paredes, introduzindo nas</p><p>paredes esforços de flexão lateral. Sob essa solicitação, desenvolve-se próxima</p><p>à base da parede uma trinca horizontal, que se estende praticamente por toda</p><p>a parede, como mostra a figura abaixo.</p><p>Ilustração de trinca horizontal na base da parede provocada pela deformação</p><p>excessiva da laje (rotação da laje):</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 112</p><p>As trincas em construções podem ocorrer por diversas razões. Com</p><p>relação aos desenhos acima, que ilustram alguns tipos de trincas em</p><p>construções civis, julgue os itens subsecutivos.</p><p>54. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia</p><p>Civil/2010) O padrão de fissuramento apresentado no desenho III</p><p>pode ter sido causado por expansão dos tijolos por absorção de</p><p>umidade.</p><p>Ultimamente tem sido utilizado, com certa frequência, o livro do Ercio Thomaz</p><p>como fonte para fazer questões sobre trincas em edifícios.</p><p>O desenho III, mostrado na página 38 do livro, mostra o fissuramento vertical</p><p>da alvenaria no canto do edifício causado pela</p><p>expansão dos tijolos por</p><p>absorção de umidade. Assim, a questão está correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>55. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia</p><p>Civil/2010) O padrão de trincas apresentado no desenho I pode ter</p><p>sido causado por tensões de cisalhamento provocadas por expansão</p><p>térmica da laje de cobertura.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 113</p><p>O desenho I, constante da página 25 do livro, ilustra trincas de cisalhamento</p><p>provocadas por expansão térmica da laje de cobertura. Assim, a questão está</p><p>correta.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>56. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia</p><p>Civil/2010) O padrão de fissuras apresentado no desenho II pode ter</p><p>sido causado por recalque da construção advindo da contração do solo</p><p>por perda de umidade provocada por vegetação próxima.</p><p>O desenho II, constante da página 121 do livro, mostra fissuras na argamassa</p><p>de revestimento provenientes do ataque por sulfatos. Logo, a questão está</p><p>errada.</p><p>Abaixo, coloco a ilustração de uma trinca provocada por recalque advindo da</p><p>contração do solo devida à retirada de água por vegetação próxima (página 99</p><p>do livro do Ercio Thomaz):</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>57. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) A desagregação</p><p>da camada de concreto que envolve a armadura pode ser uma</p><p>indicação de corrosão da armadura.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 114</p><p>O dano ao concreto provocado pela corrosão da armadura pode se dar na</p><p>forma de expansão, fissuração, destacamento do cobrimento de concreto e</p><p>redução da seção transversal da armadura, podendo ocorrer o colapso</p><p>estrutural. Dessa forma, a questão está correta.</p><p>A fissuração do concreto provém do aumento de volume dos produtos de</p><p>corrosão. Estes aumentos de volume podem ser até 10 vezes superiores ao</p><p>volume inicial do aço, podendo causar pressões internas maiores que 15 MPa,</p><p>chegando, em alguns casos, até 40 MPa (CÂNOVAS, 1984).</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>58. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) A madeira falquejada é obtida de</p><p>troncos por corte com machado.</p><p>As madeiras utilizadas na construção podem classificar-se em duas categorias:</p><p>Madeiras maciças:</p><p>• madeira bruta ou roliça- empregada em forma de tronco,</p><p>• servindo para estacas, escoramentos, postes, colunas.</p><p>• madeira falquejada- tem as faces laterais aparadas a machado,</p><p>formando seções maciças, quadradas ou retangulares, é utilizada em</p><p>estacas, pontes e etc.</p><p>• madeira serrada- é o produto natural mais utilizado. O tronco é cortado</p><p>nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio, passando</p><p>depois por um período de secagem. Apresenta limitações geométricas</p><p>tanto em termos de comprimento quanto em dimensões da seção</p><p>transversal.</p><p>Madeiras industrializadas:</p><p>• madeira compensada- é o produto mais antigo, formado pela colagem de</p><p>lâminas finas alternadamente ortogonais.</p><p>• madeira laminada e colada- é o produto estrutural de madeira de mais</p><p>importante nos países da Europa e da América do Norte. A madeira</p><p>selecionada é cortada em lâminas, de 15mm a 50mm de espessura, que</p><p>são coladas sob pressão, formando grandes vigas.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 115</p><p>• madeira recomposta- sob esta denominação encontram-se produtos na</p><p>forma de placas desenvolvidos a partir de resíduos da madeira em flocos,</p><p>lamelas ou partículas. Em geral não são consideradas materiais de</p><p>construção devido a baixa resistência e durabilidade, sendo muito</p><p>utilizadas na indústria de móveis</p><p>A questão está correta porque a madeira falquejada é obtida de troncos por</p><p>corte com machado, sendo utilizada em estacas, pontes, etc.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>59. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) A greta, ou venta, é um defeito da</p><p>madeira caracterizado por separação entre anéis anuais, provocada</p><p>por tensões internas devido ao crescimento lateral da árvore, ou por</p><p>ações externas, como flexão devido ao vento.</p><p>As peças de madeira podem apresentar defeitos tais como:</p><p>Nós: Imperfeições nos pontos onde existiam galhos. Os galhos vivos na época</p><p>do abate da árvore produzem nós firmes e os galhos mortos produzem nós</p><p>soltos, estes últimos podem cair durante a serragem da peça produzindo furos.</p><p>Nos nós, as fibras longitudinais sofrem desvios de direção o que baixa a</p><p>resistência à tração.</p><p>Fendas: Aberturas nas extremidades das peças, produzidas pela secagem mais</p><p>rápida da superfície. Podem ser evitadas mediante a secagem lenta e uniforme</p><p>da madeira.</p><p>Gretas ou ventas: Separação entre os anéis anuais, provocada por tensões</p><p>internas devidas ao crescimento lateral da árvore, ou por ações externas,</p><p>como flexão devida ao vento.</p><p>Abaulamento: Encurvamento na direção da largura da peça.</p><p>Arqueadura: Encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da</p><p>peça.</p><p>Fibras reversas: Fibras não paralelas ao eixo da peça, podem ser provocadas</p><p>por causas naturais ou serragem. As causas naturais devem-se a proximidade</p><p>de nós ou ao crescimento das fibras em forma de espiral. A serragem da peça</p><p>em plano inadequado pode produzir peças com fibras inclinadas em relação ao</p><p>eixo. As fibras reversas reduzem a resistência da madeira.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 116</p><p>Esmoada ou quina morta: Canto arredondado, formado pela curvatura natural</p><p>do tronco. A quina morta significa elevada proporção de alburno.</p><p>Como visto, a questão descreve corretamente as gretas ou ventas.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>60. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) Devido às suas precárias</p><p>propriedades mecânicas, o ipê-roxo não deve ser utilizado em</p><p>estruturas de madeira.</p><p>As madeiras utilizadas na construção são obtidas de troncos de árvores,</p><p>dividem-se em:</p><p>Madeiras duras: provenientes de árvores frondosas (dicotiledôneas, que</p><p>possuem folhas achatadas e largas), de crescimento lento. Ex: ipê,</p><p>aroeira,carvalho, etc.</p><p>Madeiras macias: provenientes em geral das coníferas (com folhas em forma</p><p>de agulhas ou escamas), de crescimento rápido. Ex: pinheiro-do-paraná,</p><p>pinheiros europeus, etc.</p><p>A questão está errada porque o ipê-roxo (e outros ipês) são madeiras duras,</p><p>de amplo uso na construção civil.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>61. (CESPE/Banco da Amazônia/Técnico Científico /Engenharia</p><p>Civil/2007) A resistência da madeira não é afetada pela temperatura</p><p>do ambiente.</p><p>A NBR 7190:1997 - Projeto de estruturas de madeira, quando se refere à</p><p>condição-padrão de referência para as propriedades de resistência e de rigidez</p><p>da madeira, traz que: “admite-se como desprezível a influência da</p><p>temperatura na faixa usual de utilização de 10°C a 60°C”.</p><p>Ainda, nos termos da NBR 7190, a influência da temperatura nas propriedades</p><p>de resistência e de rigidez da madeira deve ser considerada apenas quando as</p><p>peças estruturais puderem estar submetidas por longos períodos de tempo a</p><p>temperaturas fora da faixa usual (10°C a 60°C) de utilização.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 117</p><p>Por fim, segundo ensaios publicados na literatura, a resistência mecânica da</p><p>madeira serrada</p><p>quando submetida a uma temperatura constante, de uma</p><p>hora de duração, a níveis acima de 80ºC tem um significativo aumento, em</p><p>torno de 50% de seu valor inicial. Contudo, a resistência da madeira sofre uma</p><p>redução significativa a temperaturas acima de 180º C.</p><p>Dessa forma, como a NBR 7190 especifica que a resistência da madeira apenas</p><p>não é afetada pela temperatura do ambiente até determinado limite, sendo</p><p>que ela é afetada pela temperatura ambiente acima daquele limite, a questão</p><p>está errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>Colegas, chegamos ao final de nossa aula 8.</p><p>Aguardo vocês para nosso próximo encontro.</p><p>Bons estudos!</p><p>Marcelo Ribeiro</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 118</p><p>LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA</p><p>1. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –</p><p>Item 68) No concreto ciclópico, as pedras-de-mão são dispostas em camadas e</p><p>convenientemente afastadas, de modo a serem envolvidas pela massa.</p><p>2. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 16) Para a especificação e</p><p>execução do serviço referente à argamassa de revestimento, é necessário</p><p>conhecer o desempenho de algumas de suas propriedades, tanto no estado</p><p>fresco como endurecido. Nesse contexto, afirma-se que:</p><p>a) na determinação da massa específica absoluta, não são considerados os</p><p>vazios existentes no volume de argamassa.</p><p>b) à medida que cresce o teor de ar incorporado em uma argamassa, a sua</p><p>massa específica relativa aumenta.</p><p>c) quanto menor for o módulo de deformação, menor é a capacidade da</p><p>argamassa de absorver deformação.</p><p>d) o tempo de sarrafeamento e desempeno é o tempo necessário para a</p><p>argamassa adquirir parte da água de amassamento.</p><p>e) a resistência mecânica diminui com a redução da proporção de agregados</p><p>na argamassa.</p><p>3. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 28) Aceleradores são</p><p>substâncias que, adicionadas ao concreto, diminuem o tempo de início de</p><p>pega, desenvolvendo mais rapidamente as resistências iniciais. Considerando-</p><p>se os conceitos a seguir, assinale a opção correta.</p><p>a) O cloreto de cálcio é recomendado em concreto de elementos estruturais</p><p>protendidos.</p><p>b) O cloreto de cálcio tem pouco efeito sobre o tempo de pega do cimento.</p><p>c) A presença de um estabilizador retarda a hidratação ou endurecimento do</p><p>concreto.</p><p>d) A trietanolamina é mais eficaz que o cloreto de cálcio como acelerador.</p><p>e) Aceleradores de pega ultrarrápidos não devem ser utilizados para selamento</p><p>de vazamentos de água.</p><p>4. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004</p><p>– Item 73) A corrosão de armaduras em estruturas de concreto é um dos</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 119</p><p>principais mecanismos de deterioração que afetam a sua durabilidade. Sobre a</p><p>corrosão em armaduras, é incorreto afirmar que</p><p>a) o processo de corrosão estabelece uma expansão local no concreto,</p><p>originando o surgimento de tensões de tração no material e sua fissuração.</p><p>b) as estruturas expostas ao ambiente marítimo são altamente propensas a</p><p>apresentarem problemas de corrosão, principalmente aquelas</p><p>permanentemente submersas em água salgada.</p><p>c) com relação ao concreto armado, o processo de corrosão eletroquímica é</p><p>muito mais relevante que o de oxidação.</p><p>d) a presença do hidróxido de cálcio liberado na hidratação do cimento</p><p>Portland é extremamente importante para a proteção das armaduras contra a</p><p>corrosão.</p><p>e) a redução da permeabilidade a gases e água do concreto possibilita a</p><p>redução da ação dos mecanismos de corrosão.</p><p>5. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010 – Item 70) No caso de</p><p>verificação de existência de fissuras na parede provocadas por ataque de</p><p>sulfatos, recomendam-se a remoção do revestimento, a eliminação do acesso</p><p>da umidade à parede, a secagem da superfície e a aplicação de novo</p><p>revestimento constituído por cal, areia e cimento resistente a sulfatos.</p><p>6. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004</p><p>– Item 57) Com relação a aditivos utilizados para a modificação das</p><p>propriedades de concretos e argamassas, é incorreto afirmar que</p><p>a) os aditivos incorporadores de ar melhoram a trabalhabilidade e reduzem as</p><p>resistências mecânicas de concretos e argamassas.</p><p>b) o cloreto de cálcio não deve ser empregado como aditivo acelerador em</p><p>estruturas com aço protendido.</p><p>c) os aditivos plastificantes permitem a redução da relação água/cimento,</p><p>acarretando o aumento da resistência e da permeabilidade dos concretos e</p><p>argamassas.</p><p>d) um dos problemas no uso de aditivos superfluidificantes é a rápida perda da</p><p>consistência fluída inicial estabelecida para o concreto.</p><p>e) o uso de aditivos retardadores permite a realização de concretagens em</p><p>dias com temperatura elevada.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 120</p><p>7. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 30) Considerando-se três</p><p>tipos de controle de qualidade do concreto, no aspecto de resistência à</p><p>compressão: por amostragem total (caso a), por controle estatístico por</p><p>amostragem parcial (caso b) e por controle estatístico por amostragem parcial</p><p>excepcional (caso c), assinale a opção incorreta.</p><p>a) O caso a é o mais recomendável devido tratar-se de amostragem 100 %,</p><p>onde todas as betonadas são inspecionadas.</p><p>b) No caso a, o valor representativo da amostra é o da resistência obtido</p><p>diretamente na amostra.</p><p>c) No caso b, os resultados ficam sujeitos a amostradores estatísticos que</p><p>aumentam a grandeza do valor obtido.</p><p>d) No caso b, o tamanho da amostra é estipulado em função do volume a ser</p><p>produzido.</p><p>e) No caso c, uma amostra de material ruim pode levar a que todo o lote seja</p><p>mal avaliado.</p><p>8. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004</p><p>– Item 59) Considerando-se as principais propriedades térmicas dos vidros – a</p><p>transmissão luminosa – TL, o coeficiente de sombreamento CS, a absorção de</p><p>energia Abs, a reflexão luminosa RL e o fator solar FS –, assinalar a opção</p><p>incorreta.</p><p>a) Quanto menor o CS, mais calor penetra no ambiente através do vidro.</p><p>b) Quanto maior o TL, mais luminosidade passa pelo vidro.</p><p>c) Quanto maior a Abs, mais calor fica retido no vidro.</p><p>d) Quanto maior a RL, menos luminosidade passa pelo vidro.</p><p>e) Quanto menor o FS, mais o vidro funciona como um filtro para o calor.</p><p>No processo de seleção dos materiais empregados na construção civil, podem-</p><p>se utilizar três critérios básicos, quais sejam: os de ordem técnica; os de</p><p>ordem econômica; e os de ordem estética. Embora todos esses critérios sejam</p><p>importantes, o fato de aqueles de ordem técnica estarem intimamente</p><p>relacionados com a segurança e a funcionalidade da obra exige que eles</p><p>mereçam considerável destaque nessa seleção. Sobre os critérios técnicos</p><p>relativos aos materiais de construção, julgue os itens que se seguem.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 121</p><p>9. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item 95)</p><p>A massa específica real dos agregados é definida como a massa da unidade de</p><p>volume do material, considerando, inclusive, o volume de vazios.</p><p>10. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009 - Item 116)</p><p>A cal</p><p>hidráulica é um produto apropriado para construções sob a água.</p><p>11. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009 – Item 68) A cal viva,</p><p>na elaboração de argamassas, é utilizada em mistura com água e areia, em</p><p>proporções apropriadas.</p><p>12. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>96) O clínquer, produto básico para a obtenção do cimento Portland, é</p><p>produzido a partir da fusão incipiente de uma mistura de calcário e argila.</p><p>13. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>97) Calor de hidratação é a energia aplicada mecanicamente durante a mistura</p><p>do concreto, que permite a hidratação do cimento por meio da água de</p><p>mistura.</p><p>14. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>98) Nas obras em concreto que ficam em contato com a água do mar, deve ser</p><p>utilizado como aglomerante o cimento Portland comum, com alta resistência</p><p>inicial.</p><p>15. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009 - Item 117) Para</p><p>estancamento ou eliminação de vazamentos em caixas de água de concreto,</p><p>recomenda-se usar cimento portland de pega lenta.</p><p>16. (CESPE/TCE-TO/Analista de Controle Externo – Engenharia Civil/2008 –</p><p>Item 59) Os cimentos tipo Portland para utilização em construções civis são</p><p>diferenciados por códigos específicos. A denominação CP-I é atribuída ao</p><p>cimento Portland</p><p>a) comum.</p><p>b) comum com adição.</p><p>c) composto com escória.</p><p>d) composto com pozolana.</p><p>e) composto com fíler.</p><p>17. (CESPE/TRE-GO/Engenharia Civil/2008 – Item 34) Obtido por meio da</p><p>calcinação de uma mistura de calcário, argilas e gipsita, o cimento Portland é o</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 122</p><p>elemento ativo na confecção de diversas mesclas, de pastas e do concreto.</p><p>Considerando-se as características dos cimentos padronizados utilizados na</p><p>construção civil, é correto afirmar que o cimento:</p><p>a) Portland branco é resultante da calcinação de uma mistura de calcita, caolim</p><p>e areia branca e pode ser utilizado em pré-moldados e para a fabricação de</p><p>ladrilhos hidráulicos.</p><p>b) aluminoso apresenta pega e endurecimento lentos e é recomendado para</p><p>obras em contato com a água do mar.</p><p>c) pozolâmico é um aglomerante hidráulico de clínquer Portland, gipsita e</p><p>pozolana, não sendo indicado para a construção de estruturas maciças de</p><p>concreto.</p><p>d) de alto forno é um aglomerante hidráulico constituído de clínquer Portland,</p><p>gipsita e escória granulada de autoforno, sendo indicado como constituinte de</p><p>pastas e caldas de injeção de bainhas de cabos de protensão.</p><p>Na execução de peças estruturais de concreto armado, os materiais utilizados</p><p>devem ser cuidadosamente selecionados, a fim de não comprometer a</p><p>principal função dessas peças. Acerca dos materiais que constituem o concreto</p><p>armado, julgue os itens a seguir.</p><p>18. (CESPE/ANAC/Especialista/2009 - Item 38) Como agregado graúdo pode-</p><p>se utilizar brita proveniente da desagregação de rochas graníticas e seixo</p><p>rolado.</p><p>19. (CESPE/ANAC/Especialista/2009 - Item 37) No preparo da massa de</p><p>concreto, deve-se dar preferência à utilização e areia de rio (lavada) de grão</p><p>grande e angulosa.</p><p>20. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em</p><p>Edificações/2008 – Item 75) Quanto ao aço utilizado em peças de concreto</p><p>armado, julgue os itens a seguir.</p><p>I) As barras de aço estocadas em uma obra devem ser separadas segundo seu</p><p>diâmetro, a fim de evitar problemas na identificação da bitola.</p><p>II) Os fios e as barras de aço são normalmente cortados com talhadeiras,</p><p>tesourões e máquinas de corte manuais ou mecânicas.</p><p>III) O posicionamento do estoque de aço dentro de um canteiro de obra é</p><p>indiferente, visto que o tempo de transporte interno na obra pode ser</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 123</p><p>contornado com a formação de uma equipe de serventes especialmente para a</p><p>realização deste serviço.</p><p>IV) O desenvolvimento de corrosão durante a estocagem de aço em obras não</p><p>oferece grandes problemas, uma vez que o material corroído melhora a</p><p>aderência entre o aço e o concreto.</p><p>V) A armadura de arranque é opcional nos pilares, pois a transferência de</p><p>esforços entre pilares pode ser feita garantindo-se uma boa concretagem.</p><p>Estão certos apenas os itens:</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e V.</p><p>d) III e IV.</p><p>e) IV e V.</p><p>21. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006 – Item 108)</p><p>Um dos testes de recebimento de aço estrutural consiste em verificar se estão</p><p>marcados nas barras e fios o nome do fabricante, a categoria e o diâmetro do</p><p>material.</p><p>22. (CESPE/TCE-TO/Assistente de Controle Externo/ Técnico em</p><p>Edificações/2008 – Item 77) A figura acima representa um diagrama tensão-</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 124</p><p>deformação de um aço submetido à tração. Com base nessa figura, julgue os</p><p>itens seguintes.</p><p>I) No trecho 0-1, tem-se tensões diretamente proporcionais às deformações.</p><p>II) O patamar de escoamento desse aço é representado pelo trecho 2-3, pois,</p><p>quando ocorre o escoamento, o aço sofre ganho de tensão devido à</p><p>plastificação.</p><p>III) O ponto 1 pode ser denominado como o limite elástico do aço.</p><p>IV) O limite de resistência do aço é dado pelo ponto 4.</p><p>V) A ruptura por tração do aço ocorre no ponto 3.</p><p>A quantidade de itens certos é igual a:</p><p>a) 1.</p><p>b) 2.</p><p>c) 3.</p><p>d) 4.</p><p>e) 5.</p><p>Julgue os itens a seguir acerca de aglomerantes utilizados em obras civis.</p><p>23. (CESPE/ANTAQ/Especialista/Engenharia Civil/2009 – Item 69) O ponto de</p><p>fulgor de um cimento asfáltico representa a temperatura crítica acima da qual</p><p>é necessário tomar precauções especiais para afastar o perigo de incêndio</p><p>durante o seu aquecimento e manipulação.</p><p>24. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>100) Um dos ensaios usuais para se determinar a resistência dos tijolos</p><p>cerâmicos à compressão utiliza, como corpo de prova, tijolos cortados ao meio</p><p>e unidos, pela face maior, com pasta de cimento.</p><p>25. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>101) Tintas e vernizes a óleo são aqueles cujo veículo permanente é</p><p>constituído de óleo de linhaça, cru ou cozido, e que secam por oxidação.</p><p>26. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>102) Os vidros de segurança aramados têm poder antichamas superior a 30</p><p>minutos.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 125</p><p>27. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006 – Item 34) Para a especificação de vidros</p><p>nas várias etapas de uma edificação, é necessário conhecer os seus tipos,</p><p>principais propriedades e usos. Neste contexto, assinale a opção incorreta.</p><p>a) Os vidros impressos gravados e esmaltados são em geral empregados em</p><p>painéis decorativos, janelas, portas, divisórias e boxes de banheiro.</p><p>b) Há obrigatoriedade de vidros de segurança em sacadas, vidraças e vitrines,</p><p>sendo exceção as claraboias e telhados.</p><p>c) Os vidros de segurança laminados são excelentes filtros de raios</p><p>ultravioleta.</p><p>d) Os vidros de segurança temperados são recomendados em locais sujeitos a</p><p>impacto, choques térmicos ou utilização sob condições adversas, que</p><p>requeiram resistência mecânica.</p><p>e) A principal característica do vidro aramado é a sua resistência</p><p>ao fogo,</p><p>sendo considerado um material anti-chama.</p><p>28. (CESPE/CETURB-ES/Técnico em Manutenção Civil/2009 - Item 119) O</p><p>vidro U-glas é recomendado quando se deseja transmissão luminosa de</p><p>maneira difusa (translucidez).</p><p>Com relação a aglomerantes que são utilizados em diversas áreas da</p><p>construção civil, julgue os itens subsequentes.</p><p>29. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009 – Item 58) O tempo de</p><p>pega de uma pasta de cimento é determinado por meio do ensaio de slump.</p><p>Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a avaliação da</p><p>consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a partir do qual,</p><p>observando-se as condições do concreto fresco, é possível criar condições para</p><p>o melhor controle do produto final na estrutura da edificação. Com relação a</p><p>esse teste, julgue os próximos itens.</p><p>30. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 - Item 167) O ensaio</p><p>de abatimento é utilizado para se determinar a trabalhabilidade do concreto</p><p>analisado.</p><p>31. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 - Item 168) No teste,</p><p>a ocorrência de abatimento por cisalhamento caracteriza um concreto com alta</p><p>coesão.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 126</p><p>Um dos testes não destrutivos usualmente empregados para a avaliação da</p><p>consistência do concreto é o ensaio de abatimento, a partir do qual,</p><p>observando-se as condições do concreto fresco, é possível criar condições para</p><p>o melhor controle do produto final na estrutura da edificação. Com relação a</p><p>esse teste, julgue os próximos itens.</p><p>32. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 – Item 169)</p><p>Tratando-se de concreto dosado em central, o teste deve ser feito</p><p>imediatamente após a sua produção, ou seja, antes de qualquer processo de</p><p>transporte do material para a utilização na obra.</p><p>33. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009 – Item 61) O cimento</p><p>Sorel é formado por oxicloretos e, quando utilizado, resulta em um</p><p>componente especialmente duro e resistente à abrasão.</p><p>34. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –</p><p>Item 67) As telhas de cimento amianto são de fácil instalação, mas</p><p>comparativamente a outras opções, não apresentam bom isolamento térmico.</p><p>35. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>99) Com relação a madeiras empregadas na construção civil, a retratibilidade é</p><p>a perda de resistência à compressão pelo corte inadequado da peça em relação</p><p>ao sentido das fibras.</p><p>36. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –</p><p>Item 66) A madeira não apresenta retração, para variações de umidade abaixo</p><p>da umidade correspondente ao ponto de saturação das suas fibras.</p><p>37. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009 – Item 76) Nas madeiras</p><p>utilizadas em estruturas, a resistência à compressão na direção perpendicular</p><p>às fibras é menor que a resistência à compressão na direção paralela às fibras.</p><p>Julgue os itens subsequentes, relativos às características dos ladrilhos</p><p>cerâmicos empregados nas edificações.</p><p>38. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 – Item 165) Entre as</p><p>características de resistência mecânica dos produtos empregados em áreas de</p><p>caldeiras, destaca-se a de resistência ao choque térmico.</p><p>39. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009 – Item 166) Os</p><p>ladrilhos esmaltados devem ter, necessariamente, maior resistência ao</p><p>impacto do que os não esmaltados.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 127</p><p>40. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007 - Item 197) Na</p><p>classificação de azulejos, nenhuma classe deve apresentar imperfeições</p><p>estruturais ou de superfície perceptíveis a olho nu, à distância de um metro e</p><p>com boa iluminação.</p><p>41. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007 - Item 200) A</p><p>impermeabilização estrutural de concreto já construído pode ser conseguida</p><p>por cristalização de produtos inorgânicos em contato com a água no interior do</p><p>concreto.</p><p>Em relação às características dos materiais de construção utilizados em obras</p><p>de engenharia civil, julgue os itens seguintes.</p><p>42. (CESPE/TCE-RN/Inspetor de Controle Externo/ Engenharia Civil/2009 –</p><p>Item 51) O saibro, resultante da britagem artificial de cascalho, é muito</p><p>utilizado como agregado para concreto.</p><p>43. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006 – Item 101) A</p><p>desvantagem de utilização de blocos silico-calcários é que a alvenaria</p><p>apresenta baixo índice de isolação acústica.</p><p>44. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010 – Item 62) Suponha que,</p><p>na reforma de uma escola antiga, sejam empregados blocos de concreto</p><p>celular. Nessa situação, o material empregado possui vantagens como leveza</p><p>no carregamento, boa resistência e fácil manejo, além de os blocos poderem</p><p>ser serrados, furados, escarificados e pregados.</p><p>45. (CESPE/MPE-TO/Analista Ministerial – Engenharia Civil/2006 – Item 103)</p><p>Paredes de gesso acartonado têm como inconveniente a impossibilidade de</p><p>receberem instalações hidráulicas.</p><p>O aparecimento de determinadas patologias nas estruturas de concreto</p><p>armado, tais como fissuras, desagregação do material, corrosão de armaduras</p><p>etc., está associado a diversas causas, como uso de materiais impróprios,</p><p>presença de substâncias indesejadas na massa do concreto, deficiências nas</p><p>armaduras, entre outras. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.</p><p>46. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>57) Em dias de temperatura ambiente elevada, altas concentrações de cloretos</p><p>podem causar, na concretagem, endurecimento excessivamente rápido do</p><p>concreto, o que pode comprometer o acabamento da superfície.</p><p>47. (CESPE/MPOG/Analista de Infraestrutura/Civil e Aquaviário/2008 – Item</p><p>58) Para se evitar a fissuração superficial do concreto, recomenda-se adicionar</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 128</p><p>cal livre ou óxido de magnésio à massa de concreto, de forma a reduzir seu</p><p>tempo de endurecimento.</p><p>As estruturas de concreto devem ser dimensionadas e executadas de forma a</p><p>que se garanta a sua vida útil e funcionalidade. A respeito de patologias e</p><p>durabilidade de estruturas de concreto, julgue os itens seguintes.</p><p>48. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 51) O óxido de</p><p>magnésio, um dos constituintes do cimento, pode ser expansivo quando</p><p>estiver na forma de pericálcio e sua expansão pode provocar fissuramentos.</p><p>49. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 52) Em caso de</p><p>cobrimentos pouco espessos, altos teores de cloreto de cálcio no concreto</p><p>podem acelerar o processo de corrosão das armaduras.</p><p>50. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 53) Águas com</p><p>elevados teores de sulfato de cálcio ou de potássio em contato com elementos</p><p>de concreto não provocam danos a tais elementos.</p><p>51. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 54) A viga</p><p>ilustrada no desenho abaixo apresenta padrão de fissuração típico causado por</p><p>flexocompressão.</p><p>52. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 55) O desenho a</p><p>seguir apresenta a face inferior de uma laje em que o padrão de fissuração</p><p>mostrado é devido à flexão por insuficiência de armadura para momentos</p><p>positivos.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 17</p><p>1. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia</p><p>Civil/2010) No concreto ciclópico, as pedras-de-mão são dispostas em</p><p>camadas e convenientemente afastadas, de modo a serem envolvidas</p><p>pela massa.</p><p>O termo “ciclópico” teve origem na Grécia antiga, onde foram erguidos fortes</p><p>com blocos de pedra gigantes – colocados uns sobre os outros, sem</p><p>argamassa. O emprego de grandes rochas reduzia o número de juntas e,</p><p>consequentemente, os pontos fracos da alvenaria. Os gregos acreditavam que</p><p>somente criaturas místicas conhecidas como ciclópicos, seres gigantes de um</p><p>olho só, poderiam ser fortes o suficiente para manipular grandes blocos.</p><p>Atualmente, esta técnica ainda é utilizada, porém o tamanho das rochas foi</p><p>reduzido e o concreto adicionado na composição. As aplicações do concreto</p><p>ciclópico são diversas, sendo normalmente usado em fundações, muros de</p><p>arrimo, barragens e outras estruturas.</p><p>Basicamente, trata-se de um concreto convencional com a adição de pedra de</p><p>mão, também conhecida como matacão ou pedra marroada. Esta é uma rocha</p><p>bruta de granulometria variada com grande dimensão (geralmente acima de</p><p>10 cm) obtida na primeira britagem.</p><p>O método construtivo e o controle tecnológico são similares ao processo</p><p>convencional, porém não é usual o emprego da armadura na estrutura. Após a</p><p>montagem da fôrma, o concreto é lançado em camadas de 50 centímetros e</p><p>então vibrado. A pedra limpa e saturada de água é incorporada à massa</p><p>manualmente e posicionada a uma distância aproximada de 15 centímetros</p><p>entre elas.</p><p>A pedra de mão não é considerada na dosagem do concreto e é colocada</p><p>separadamente para não danificar as lâminas internas (facas) do caminhão</p><p>betoneira. Esta rocha deve ter o mesmo padrão de qualidade da brita utilizada</p><p>na dosagem.</p><p>A resistência à compressão do concreto, a proporção entre concreto/pedra de</p><p>mão e o recobrimento da rocha devem atender às especificações determinadas</p><p>pelo engenheiro responsável da obra ou pelo órgão contratante.</p><p>Apesar de ter um método de execução simples, o emprego do concreto</p><p>ciclópico é recomendado em peças de grandes dimensões e com maquinário</p><p>específico. Em pequenas obras, pode gerar problemas de recebimento,</p><p>armazenamento e transporte interno da rocha, sendo utilizado que unicamente</p><p>na concretagem das bases de tubulões.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 18</p><p>Foto de uma pedra de mão:</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>2. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Para a especificação e</p><p>execução do serviço referente à argamassa de revestimento, é</p><p>necessário conhecer o desempenho de algumas de suas propriedades,</p><p>tanto no estado fresco como endurecido. Nesse contexto, afirma-se</p><p>que:</p><p>a) na determinação da massa específica absoluta, não são</p><p>considerados os vazios existentes no volume de argamassa.</p><p>Para que os revestimentos de argamassa possam cumprir adequadamente as</p><p>suas funções, eles precisam apresentar um conjunto de propriedades</p><p>específicas, que são relativas à argamassa nos estados fresco e endurecido.</p><p>O entendimento dessas propriedades e dos fatores que influenciam a sua</p><p>obtenção permite prever o comportamento do revestimento nas diferentes</p><p>situações de uso.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 19</p><p>As principais propriedades da argamassa no estado fresco, que resultam nas</p><p>propriedades do estado endurecido, estão apresentadas na figura abaixo:</p><p>Propriedades da Argamassa no Estado Fresco</p><p>Massa específica e teor de ar incorporado: A massa específica diz respeito à</p><p>relação entre a massa da argamassa e o seu volume e pode ser absoluta ou</p><p>relativa.</p><p>Na determinação da massa específica absoluta, não são considerados os vazios</p><p>existentes no volume de argamassa. Já na relativa, também chamada massa</p><p>unitária, consideram-se os vazios. A massa específica é imprescindível na</p><p>dosagem das argamassas, para a conversão do traço em massa para traço em</p><p>volume, que são comumente empregados na produção das argamassas em</p><p>obra.</p><p>O teor de ar é a quantidade de ar existente em certo volume de argamassa. À</p><p>medida que cresce o teor de ar, a massa específica relativa da argamassa</p><p>diminui.</p><p>Essas duas propriedades vão interferir em outras propriedades da argamassa</p><p>no estado fresco, como a trabalhabilidade. Uma argamassa com menor massa</p><p>específica e maior teor de ar, apresenta melhor trabalhabilidade.</p><p>O teor de ar da argamassa pode ser aumentado através dos aditivos</p><p>incorporadores de ar. Mas o uso desses aditivos deve ser muito criterioso, pois</p><p>pode interferir negativamente nas demais propriedades da argamassa. Um</p><p>aumento do teor de ar incorporado pode prejudicar a resistência mecânica e a</p><p>aderência da argamassa, por exemplo.</p><p>Trabalhabilidade: É uma propriedade de avaliação qualitativa. Uma argamassa</p><p>é considerada trabalhável quando:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 20</p><p>• deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida;</p><p>• mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser</p><p>lançada;</p><p>• distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base;</p><p>• não endurece rapidamente quando aplicada.</p><p>Alguns aspectos interferem nessa propriedade como as características dos</p><p>materiais constituintes da argamassa e o seu proporcionamento. A presença da</p><p>cal e de aditivos incorporadores de ar, por exemplo, melhoram essa</p><p>propriedade até um determinado limite.</p><p>Retenção de água: Representa a capacidade de a argamassa reter a água de</p><p>amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação. A retenção</p><p>permite que as reações de endurecimento da argamassa se tornem mais</p><p>gradativas, promovendo a adequada hidratação do cimento e consequente</p><p>ganho de resistência. A rápida perda de água compromete a aderência, a</p><p>capacidade de absorver deformações, a resistência mecânica e, com isso, a</p><p>durabilidade e a estanqueidade do revestimento e da vedação ficam</p><p>comprometidas.</p><p>Da mesma forma que a trabalhabilidade, os fatores influentes na retenção de</p><p>água são as características e proporcionamento dos materiais constituintes da</p><p>argamassa. A presença da cal e de aditivos pode melhorar essa propriedade.</p><p>Aderência inicial: A aderência inicial depende: das outras propriedades da</p><p>argamassa no estado fresco; das características da base de aplicação, como a</p><p>porosidade, rugosidade, condições de limpeza; da superfície de contato efetivo</p><p>entre a argamassa e a base.</p><p>Para se obter uma adequada aderência inicial, a argamassa deve apresentar a</p><p>trabalhabilidade e retenção de água adequadas à sucção da base e às</p><p>condições de exposição. Deve, também, ser comprimida após a sua aplicação,</p><p>para promover o maior contato com a base. Além disso, a base deve estar</p><p>limpa, com rugosidade adequada e sem oleosidade.</p><p>Caso essas condições não sejam atendidas, pode haver problema com a</p><p>aderência, como a perda de aderência em função da entrada rápida da pasta</p><p>nos poros da base, por exemplo. Isso acontece devido à sucção da base ser</p><p>maior que a retenção de água da argamassa, causando a descontinuidade da</p><p>camada de argamassa sobre a base.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 129</p><p>No Brasil, é comum o uso do concreto armado e da alvenaria na construção de</p><p>edificações. A esse respeito, julgue os itens a seguir.</p><p>53. CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010 – Item 69) Entre os</p><p>componentes do edifício mais suscetíveis à flexão de vigas, estão as alvenarias</p><p>confinadas entre viga inferior de apoio e viga superior. Na situação em que a</p><p>viga inferior se flexiona mais que a viga superior, normalmente surgem trincas</p><p>inclinadas nos cantos inferiores da parede.</p><p>As trincas em construções podem ocorrer por diversas razões. Com relação aos</p><p>desenhos acima, que ilustram alguns tipos de trincas em construções civis,</p><p>julgue os itens subsecutivos.</p><p>54. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –</p><p>Item 78) O padrão de fissuramento apresentado no desenho III pode ter sido</p><p>causado por expansão dos tijolos por absorção de umidade.</p><p>55. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –</p><p>Item 79) O padrão de trincas apresentado no desenho I pode ter sido causado</p><p>por tensões de cisalhamento provocadas por expansão térmica da laje de</p><p>cobertura.</p><p>56. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010 –</p><p>Item 80) O padrão de fissuras apresentado no desenho II pode ter sido</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 130</p><p>causado por recalque da construção advindo da contração do solo por perda de</p><p>umidade provocada por vegetação próxima.</p><p>57. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004 – Item 56) A</p><p>desagregação da camada de concreto que envolve a armadura pode ser uma</p><p>indicação de corrosão da armadura.</p><p>58. (CESPE/ME/Engenheiro/2008 – Item 72) A madeira falquejada é obtida de</p><p>troncos por corte com machado.</p><p>59. (CESPE/ME/Engenheiro/2008 – Item 73) A greta, ou venta, é um defeito</p><p>da madeira caracterizado por separação entre anéis anuais, provocada por</p><p>tensões internas devido ao crescimento lateral da árvore, ou por ações</p><p>externas, como flexão devido ao vento.</p><p>60. (CESPE/ME/Engenheiro/2008 – Item 74) Devido às suas precárias</p><p>propriedades mecânicas, o ipê-roxo não deve ser utilizado em estruturas de</p><p>madeira.</p><p>61. (CESPE/Banco da Amazônia/Técnico Científico /Engenharia Civil/2007 –</p><p>Item 67) A resistência da madeira não é afetada pela temperatura do</p><p>ambiente.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 131</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:</p><p>Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. Libânio M. Pinheiro São</p><p>Carlos, maio de 2007.</p><p>Técnica das Construções. Edmundo Rodrigues.</p><p>O edifício e seu Acabamento. Hélio Alves Azeredo. Prática de Construção Civil</p><p>Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. Libânio M. Pinheiro São</p><p>Carlos, maio de 2007.</p><p>Manual de Projetos – SEAP.</p><p>SALGADO, Mônica Santos. Apostila para a disciplina Processos Construtivos III</p><p>FAU:UFRJ, 2007</p><p>A técnica de Edificar – Walid Yazigi.</p><p>Materiais de Construção – Eladio G. R. Petrucci.</p><p>Trincas em Edifícios – Ercio Thomaz.</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 21</p><p>Retração na secagem: Ocorre em função da evaporação da água de</p><p>amassamento da argamassa e, também, pelas reações de hidratação e</p><p>carbonatação dos aglomerantes. A retração pode acabar causando a formação</p><p>de fissuras no revestimento.</p><p>As fissuras podem ser prejudiciais ou não prejudiciais (microfissuras). As</p><p>fissuras prejudiciais permitem a percolação da água pelo revestimento já no</p><p>estado endurecido, comprometendo a sua estanqueidade à água.</p><p>Os fatores que influenciam essa propriedade são: as características e o</p><p>proporcionamento dos materiais constituintes da argamassa; a espessura e o</p><p>intervalo de aplicação das camadas; o respeito ao tempo de sarrafeamento e</p><p>desempeno.</p><p>As argamassas com um alto teor de cimento, denominadas “fortes”, são mais</p><p>sujeitas às tensões que causarão o aparecimento de fissuras prejudiciais</p><p>durante a secagem, além das trincas e possíveis descolamentos da argamassa</p><p>já no estado endurecido. Já as argamassas mais “fracas”, são menos sujeitas</p><p>ao aparecimento das fissuras prejudiciais.</p><p>Com relação à espessura, as camadas de argamassa que são aplicadas em</p><p>espessuras maiores, superiores a 25 mm, estão mais sujeitas a sofrerem</p><p>retração na secagem e apresentarem fissuras. No caso do intervalo de</p><p>aplicação entre duas camadas do revestimento de argamassa, é recomendado</p><p>que sejam aguardados 7 dias, no mínimo, pois nesse período a retração da</p><p>argamassa já é grande, da ordem de 60% a 80% do valor total.</p><p>O tempo de sarrafeamento e desempeno significa o período de tempo</p><p>necessário para a argamassa perder parte da água de amassamento e chegar</p><p>a uma umidade adequada para iniciar essas operações de acabamento</p><p>superficial da camada de argamassa. Caso essas operações sejam feitas com a</p><p>argamassa muito úmida podem ser formadas as fissuras e até mesmo ocorrer</p><p>o descolamento da argamassa em regiões da superfície já revestida.</p><p>Propriedades da Argamassa no Estado Endurecido</p><p>As propriedades da argamassa no estado endurecido equivalem às</p><p>propriedades do próprio revestimento.</p><p>Aderência: É a propriedade do revestimento manter-se fixo ao substrato,</p><p>através da resistência às tensões normais e tangenciais que surgem na</p><p>interface base-revestimento. É resultante da resistência de aderência à tração,</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 22</p><p>da resistência de aderência ao cisalhamento e da extensão de aderência da</p><p>argamassa.</p><p>A aderência depende: das propriedades da argamassa no estado fresco; dos</p><p>procedimentos de execução do revestimento; da natureza e características da</p><p>base e da sua limpeza superficial.</p><p>Capacidade de absorver deformações: É a propriedade do revestimento</p><p>quando estiver sob tensão, mas sofrendo deformação sem ruptura ou através</p><p>de fissuras não prejudiciais. As fissuras são decorrentes do alívio de tensões</p><p>originadas pelas deformações da base.</p><p>As deformações podem ser de grande ou de pequena amplitude. O</p><p>revestimento só tem a responsabilidade de absorver as deformações de</p><p>pequena amplitude que ocorrem em função da ação da umidade ou da</p><p>temperatura e não as de grande amplitude, provenientes de outros fatores,</p><p>como recalques estruturais, por exemplo.</p><p>A capacidade de absorver deformações depende:</p><p>• do módulo de deformação da argamassa - quanto menor for o módulo de</p><p>deformação (menor teor de cimento), maior a capacidade de absorver</p><p>deformações;</p><p>• da espessura das camadas - espessuras maiores contribuem para</p><p>melhorar essa propriedade; entretanto, deve-se tomar cuidado para não</p><p>se ter espessuras excessivas que poderão comprometer a aderência;</p><p>• das juntas de trabalho do revestimento - as juntas delimitam panos com</p><p>dimensões menores, compatíveis com as deformações, contribuindo para</p><p>a obtenção de um revestimento sem fissuras prejudiciais;</p><p>• da técnica de execução - a compressão após a aplicação da argamassa e,</p><p>também, a compressão durante o acabamento superficial, iniciado no</p><p>momento correto, vão contribuir para o não aparecimento de fissuras.</p><p>O aparecimento de fissuras prejudiciais compromete a aderência, a</p><p>estanqueidade, o acabamento superficial e a durabilidade do revestimento.</p><p>Resistência mecânica: Propriedade dos revestimentos suportarem as ações</p><p>mecânicas de diferentes naturezas, devidas à abrasão superficial, ao impacto e</p><p>à contração termo-higroscópica</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 23</p><p>Depende do consumo e natureza dos agregados e aglomerantes da argamassa</p><p>empregada e da técnica de execução que busca a compactação da argamassa</p><p>durante a sua aplicação e acabamento.</p><p>A resistência mecânica aumenta com a redução da proporção de agregado na</p><p>argamassa e varia inversamente com a relação água/cimento da argamassa.</p><p>Permeabilidade: A permeabilidade está relacionada à passagem de água pela</p><p>camada de revestimento, constituída de argamassa, que é um material poroso</p><p>e permite a percolação da água tanto no estado líquido como de vapor. É uma</p><p>propriedade bastante relacionada ao conjunto base-revestimento.</p><p>O revestimento deve ser estanque à água, impedindo a sua percolação. Mas, é</p><p>recomendável que o revestimento seja permeável ao vapor para favorecer a</p><p>secagem de umidade de infiltração (como a água da chuva, por exemplo) ou</p><p>decorrente da ação direta do vapor de água, principalmente nos banheiros.</p><p>Quando existem fissuras no revestimento, o caminho para percolação da água</p><p>é direto até a base e, com isso, a estanqueidade da vedação fica</p><p>comprometida.</p><p>Essa propriedade depende: da natureza da base; da composição e dosagem da</p><p>argamassa; da técnica de execução; da espessura da camada de revestimento</p><p>e do acabamento final.</p><p>Durabilidade: É uma propriedade do período de uso do revestimento,</p><p>resultante das propriedades do revestimento no estado endurecido e que</p><p>reflete o desempenho do revestimento frente as ações do meio externo ao</p><p>longo do tempo.</p><p>Alguns fatores prejudicam a durabilidade do revestimento, tais como: a</p><p>fissuração do revestimento; a espessura excessiva; a cultura e proliferação de</p><p>microorganismos; a qualidade das argamassas; a falta de manutenção.</p><p>Logo, a questão está correta porque na determinação da massa específica</p><p>absoluta, não são considerados os vazios existentes no volume de argamassa.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>b) à medida que cresce o teor de ar incorporado em uma argamassa, a</p><p>sua massa específica relativa aumenta.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 24</p><p>Como vimos na letra “a”, à medida que cresce o teor de ar, a massa específica</p><p>relativa da argamassa diminui. Logo, a questão está errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>c) quanto menor for o módulo de deformação, menor é a capacidade</p><p>da argamassa de absorver deformação.</p><p>A questão está errada porque quanto menor for o módulo de deformação</p><p>(menor teor de cimento), maior será a capacidade da argamassa de absorver</p><p>deformações.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>d) o tempo de sarrafeamento e desempeno é o tempo necessário para</p><p>a argamassa adquirir parte da água de amassamento.</p><p>Como vimos, o tempo de sarrafeamento e desempeno significa o período de</p><p>tempo necessário para a argamassa perder parte da água de amassamento e</p><p>chegar a uma umidade adequada para iniciar essas operações de acabamento</p><p>superficial da camada de argamassa. Assim, a questão está errada.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>e) a resistência mecânica diminui com a redução</p><p>da proporção de</p><p>agregados na argamassa.</p><p>A questão está errada porque a resistência mecânica da argamassa aumenta</p><p>com a redução da proporção de agregado na argamassa e varia inversamente</p><p>com a relação água/cimento da argamassa.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>3. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Aceleradores são</p><p>substâncias que, adicionadas ao concreto, diminuem o tempo de início</p><p>de pega, desenvolvendo mais rapidamente as resistências iniciais.</p><p>Considerando-se os conceitos a seguir, assinale a opção correta.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 25</p><p>a) O cloreto de cálcio é recomendado em concreto de elementos</p><p>estruturais protendidos.</p><p>Atenção! É muito importante que saibamos alguns aspectos relacionados ao</p><p>Cloreto de Cálcio porque este elemento está intimamente ligado à</p><p>durabilidade das estruturas de concreto armado e é frequentemente cobrado</p><p>em provas.</p><p>Um dos principais fatores que comprometem a durabilidade das estruturas de</p><p>concreto armado é a corrosão da armadura e o cloreto de cálcio é uma de suas</p><p>causas.</p><p>Este é um problema crítico, que pode comprometer severamente a segurança</p><p>e a capacidade de serviço das estruturas. Os principais fatores que provocam a</p><p>corrosão são o meio ambiente em que a estrutura está inserida e o cobrimento</p><p>inadequado de concreto.</p><p>Este cobrimento é responsável tanto pela proteção física (barreira), como pela</p><p>proteção química da armadura, quando este propicia um meio alcalino elevado</p><p>com a consequente passivação da mesma.</p><p>A NBR 6118/2003 estabelece o seguinte com relação à qualidade do concreto</p><p>de cobrimento:</p><p>“7.4.1 Atendidas as demais condições estabelecidas nesta seção, a</p><p>durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do</p><p>concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.</p><p>7.4.2 Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da estrutura</p><p>frente ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto devem estabelecer</p><p>os parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta destes e devido à</p><p>existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a</p><p>resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os</p><p>requisitos mínimos expressos na tabela 7.1”.</p><p>Tabela (7.1) com a correspondência entre classe de agressividade do ambiente</p><p>e qualidade do concreto:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 26</p><p>7.4.4 Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição</p><p>em estruturas de concreto armado ou protendido.</p><p>Pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com o</p><p>ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica.</p><p>Basicamente, são dois os processos principais de corrosão que podem sofrer as</p><p>armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão</p><p>propriamente dita.</p><p>Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, com</p><p>formação de uma película de óxido. Este tipo de corrosão é extremamente</p><p>lento à temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das</p><p>superfícies metálicas, salvo se existirem gases extremamente agressivos na</p><p>atmosfera.</p><p>Este fenômeno ocorre, preponderantemente, durante a fabricação de fios e</p><p>barras de aço. Contudo, este não é o fenômeno principal de corrosão nas</p><p>estruturas convencionais de concreto.</p><p>Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza</p><p>preponderantemente eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão</p><p>acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície dos</p><p>fios ou barras de aço. Esta película é causada pela presença de umidade no</p><p>concreto. Este tipo de corrosão é também responsável pelo ataque que sofrem</p><p>as armaduras antes de seu emprego, quando ainda armazenadas no canteiro.</p><p>É o tipo de corrosão que o engenheiro civil deve conhecer e com a qual deve</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 27</p><p>se preocupar. É melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois</p><p>de iniciado o processo.</p><p>Corrosão em meio aquoso</p><p>O mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a</p><p>maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido (U.R.</p><p>> 60%).</p><p>Esta corrosão conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de</p><p>corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem.</p><p>O papel do cobrimento de concreto</p><p>Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por natureza</p><p>e desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa proteção</p><p>baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através de</p><p>proteção física e proteção química.</p><p>Proteção física</p><p>Um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade,</p><p>sem "ninhos", com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por</p><p>impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos</p><p>externos.</p><p>Esses agentes podem estar contidos na atmosfera, em águas residuais, águas</p><p>do mar, águas industriais, dejetos orgânicos etc. Não deve, tampouco, conter</p><p>agentes ou elementos agressivos internos, eventualmente utilizados no seu</p><p>preparo por absoluto desconhecimento dos responsáveis, sob pena de perder,</p><p>ou nem mesmo alcançar, essa capacidade física de proteção contra a ação do</p><p>meio ambiente.</p><p>Proteção química</p><p>Em ambiente altamente alcalino, é formada uma capa ou película protetora de</p><p>caráter passivo. A alcalinidade do concreto deriva das reações de hidratação</p><p>dos silicatos de cálcio (C3 S e C2S) que liberam certa porcentagem de</p><p>Ca(OH)2, podendo atingir cerca de 25% (~100 kg/m3 de concreto) da massa</p><p>total de compostos hidratados presentes na pasta Essa base forte (Ca(OH)2 )</p><p>dissolve-se em água e preenche os poros e capilares do concreto, conferindo-</p><p>lhe um caráter alcalino. O hidróxido de cálcio tem um pH da ordem de 12,6 (à</p><p>temperatura ambiente) que proporciona uma passivação do aço.</p><p>Sintomas</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 28</p><p>Nas regiões em que o concreto não é adequado, ou não recobre, ou recobre</p><p>deficientemente a armadura, a corrosão torna-se progressiva com a</p><p>conseqüente formação de óxihidróxidos de ferro, que passam a ocupar</p><p>volumes de 3 a 10 vezes superiores ao volume original do aço da armadura,</p><p>podendo causar pressões de expansão superiores a 15 MPa (150 kgf/cm2).</p><p>Essas tensões provocam, inicialmente, a fissuração do concreto na direção</p><p>paralela à armadura corroída, o que favorece a carbonatação e a penetração</p><p>de CO2 e agentes agressivos, podendo causar o lascamento do concreto.</p><p>Nos componentes estruturais, onde o concreto pode sofrer tração e fissuras,</p><p>tais como lajes e vigas, o risco de corrosão é mais acentuado do que em</p><p>painéis e componentes que trabalhem predominantemente à compressão.</p><p>Elementos Agressivos Incorporados ao Concreto</p><p>É usual, na maioria das vezes por desconhecimento dos técnicos envolvidos, a</p><p>incorporação de elementos agressivos durante o próprio preparo do concreto.</p><p>O agente agressivo mais comum é o cloreto ( íon Cl‾ ) que pode ser</p><p>adicionado involuntariamente ao concreto, a partir de aditivos aceleradores de</p><p>endurecimento, agregados e águas contaminadas ou até a partir de</p><p>tratamentos de limpeza (como, por exemplo, o ácido muriático).</p><p>A grande</p><p>maioria dos aditivos aceleradores de pega e endurecimento tem na</p><p>sua composição cloreto de cálcio (CaCl2 ). Esse sal dissolve, liberando ânions</p><p>Cl‾ que podem destruir a película passivadora proporcionada pelo meio</p><p>alcalino, e acelerar permanentemente a corrosão.</p><p>Na realidade, o problema de corrosão é bastante complexo, envolvendo uma</p><p>série de outros fatores que fazem com que ora ocorra corrosão e ora não</p><p>ocorra, para teores iguais de cloretos.</p><p>Finalmente, os cloretos podem ser incorporados ao concreto,</p><p>involuntariamente, através de tratamentos superficiais de limpeza com ácido</p><p>muriático, que nada mais é do que um ácido clorídrico comercial. É comum</p><p>esse tipo de acontecimento, pois a maioria das recomendações de fabricantes</p><p>de pastilhas e pisos aconselham limpeza com ácidos. Sempre que houver risco</p><p>de impregnação dessa solução na estrutura de concreto - e quase sempre o há</p><p>- deve-se estudar outra forma de limpeza ou prever, por ocasião do projeto e</p><p>execução, o concreto e o cobrimento de armadura mais adequados.</p><p>Embora não muito comum, o que também pode acarretar problemas, é o</p><p>emprego de agregados com concreções ferruginosas, na maioria decorrentes</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 29</p><p>de rochas em alteração. Agregados contendo piritas (sulfeto de ferro (FeS2)</p><p>encontrado em granitos, gnaisses, rochas sedimentares e certas areias),</p><p>goetita (óxido de ferro hidratado encontrado em concreções lateríticas), mar-</p><p>casita, pirrotita e concreções ferruginosas podem dar compostos expansivos e</p><p>solúveis ao oxidarem-se. Isso acarreta vazios no concreto que contribuem para</p><p>o aumento da permeabilidade e redução da proteção física do cobrimento.</p><p>De modo geral, todos os elementos que, ao serem incorporados ao concreto,</p><p>contribuem para o aumento de sua permeabilidade poderão ser considerados</p><p>agressivos à armadura. Entre esses se pode citar: teor elevado de matéria</p><p>orgânica presente no agregado, teor elevado de materiais pulverulentos, teor</p><p>elevado de torrões de argila, matérias carbonosas, sulfetos e enxofre,</p><p>eventualmente presentes em excesso nas adições de escória.</p><p>Influência do Meio Ambiente</p><p>Entre os principais tipos de meios ambientes caracterizados através de tipos de</p><p>atmosfera, onde se localiza a estrutura de concreto, pode-se ter as atmosferas</p><p>rural, urbana, marinha, industrial e viciada, como se descreve a seguir.</p><p>• Atmosfera rural: Considera-se as regiões ao ar livre, à grande distância</p><p>das fontes poluidoras de ar, que se caracteriza por um baixo teor de</p><p>poluentes. Tal atmosfera tem fraca ação agressiva às armaduras imersas</p><p>em concreto, sendo bastante lento o processo de redução da proteção</p><p>química proporcionada pelo cobrimento de concreto.</p><p>• Atmosfera urbana: Considera-se as regiões ao ar livre, dentro de centros</p><p>populacionais maiores. Essas atmosferas de cidade contêm,</p><p>normalmente, impurezas em forma de óxidos de enxofre (S02 ), fuligem</p><p>ácida e outros agentes agressivos, tais como C02 , NOx, H2 S, SO4 etc.</p><p>• Atmosfera marinha: Considera-se as regiões ao ar livre, sobre o mar e</p><p>perto da costa. A atmosfera marinha contém cloretos de sódio e de</p><p>magnésio, quer em forma de cristais, quer em forma de gotículas de</p><p>água salgada. Essa atmosfera pode também conter sulfatos. Esses</p><p>elementos são extremamente agressivos e contribuem para a aceleração</p><p>do processo de corrosão das armaduras embebidas em concreto, mesmo</p><p>quando em pequenas proporções. Como referência, pode-se dizer que a</p><p>velocidade de corrosão em atmosfera marinha pode ser da ordem de 30</p><p>a 40 vezes superior à que ocorre em atmosfera rural (pura). Daí o fato</p><p>de processos construtivos apresentarem-se adequados para obras</p><p>localizadas no interior - quando uma eventual corrosão só será notável</p><p>após 8 anos - enquanto que em regiões litorâneas não se mostram</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 30</p><p>convenientes, apresentando sinais acentuados de corrosão em apenas 2</p><p>a 3 meses, algumas vezes antes mesmo de concluídas as obras.</p><p>• Atmosfera industrial: Considera-se as regiões ao ar livre em zonas</p><p>industriais contaminadas por gases e cinzas. Atmosferas industriais</p><p>podem acelerar de 60 a 80 vezes mais o processo de corrosão, quando</p><p>comparadas a situações equivalentes em atmosferas rurais (puras).</p><p>• Atmosfera viciada: Considera-se as regiões em locais fechados com baixa</p><p>taxa de renovação de ar. Nestes locais pode haver uma intensificação da</p><p>concentração e até geração de gases agressivos às armaduras de</p><p>concreto. O exemplo mais significativo é a ação do ácido sulfúrico,</p><p>gerado em coletores e interceptadores de esgoto, a partir da presença de</p><p>sulfetos (S‾‾). À medida que o esgoto flui pela rede coletora, a</p><p>concentração de oxigênio dissolvido gradualmente diminui, devido a uma</p><p>demanda que é maior que o fornecimento. Em algum ponto do sistema,</p><p>o oxigênio é exaurido e os sulfetos aparecem.</p><p>A corrosão das armaduras no concreto armado é um fenômeno que só ocorre</p><p>quando as condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento de concreto</p><p>são insuficientes.</p><p>Essa insuficiência, como visto, pode ser acarretada por agentes com origem</p><p>em diferentes fontes, sendo sempre necessário identificá-las, a fim de que se</p><p>possa lograr uma proteção efetiva e duradoura.</p><p>Cabe ressaltar que o fenômeno da corrosão de armaduras é mais frequente do</p><p>que qualquer outro fenômeno de degradação das estruturas de concreto</p><p>armado, comprometendo-as tanto do ponto de vista estético, quanto do ponto</p><p>de vista de segurança e sendo sempre dispendioso o seu reparo ou</p><p>recuperação.</p><p>A fiel observância dos cobrimentos mínimos, da qualidade do concreto e da</p><p>uniformidade de execução podem evitar esse problema.</p><p>De qualquer forma, sendo um fenômeno expansivo, na maioria dos casos</p><p>torna-se visível a tempo, possibilitando a tomada rápida de medidas de</p><p>recuperação e proteção.</p><p>Em razão do exposto, a questão está errada porque o cloreto de cálcio não é</p><p>recomendado em nenhum tipo de concreto estrutural, sendo utilizado apenas</p><p>em concretos não armados.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 31</p><p>b) O cloreto de cálcio tem pouco efeito sobre o tempo de pega do</p><p>cimento.</p><p>Na linguagem de obra, dizer que o "concreto está dando pega" significa dizer</p><p>que o concreto começou a perder a plasticidade, tornando mais difícil a sua</p><p>aplicação.</p><p>Em outras palavras, o processo de pega é a mudança de estado das misturas</p><p>que contem cimento e água (pastas, argamassas e concretos), de uma</p><p>condição de maleabilidade, até deixarem de se deformar a ação de pequenos</p><p>esforços.</p><p>“Início de pega” é o intervalo de tempo existente entre a adição de água ao</p><p>cimento e o começo da reação.</p><p>Conforme este tempo de “início”, o cimento tem as seguintes classificações:</p><p>• Pega rápida: menor do que 30 minutos;</p><p>• Pega semi-rápida: entre 30 e 60 minutos;</p><p>• Pega normal; mais do que 60 minutos.</p><p>O tempo de “fim de pega” também é contado a partir da adição da água ao</p><p>cimento, levando em média de 5 a 10 horas para os cimentos normais.</p><p>Como vimos, a grande maioria dos aditivos aceleradores de pega e</p><p>endurecimento tem na sua composição cloreto de cálcio (CaCl2 ). Esse sal</p><p>dissolve, liberando ânions Cl‾ que podem destruir a película passivadora</p><p>proporcionada pelo meio alcalino, e acelerar permanentemente a corrosão.</p><p>Os aceleradores mais eficazes são feitos à base de cloreto de cálcio.</p><p>Estes</p><p>aditivos facilitam a dissolução da cal e da sílica, nos silicatos, e da</p><p>alumina, nos aluminatos.</p><p>Existem ainda aceleradores à base de formiato de cálcio, trietanolamina e</p><p>vários outros sais, que agem com muito menos eficiência sobre a hidratação</p><p>do C3S.</p><p>Assim, a questão está errada porque o cloreto de cálcio é o mais eficiente</p><p>aditivo para obter a redução do tempo de pega do cimento.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 32</p><p>Importante: O gabarito dessa questão foi considerado pela ESAF como sendo</p><p>a letra B. Assim, a ESAF considerou a letra B como certa e a letra C como</p><p>errada. Contudo, não existe margem para interpretação diversa da que expus</p><p>na aula. Devido a esta divergência, tomei especial cuidado em buscar a</p><p>eventual fonte utilizada pela ESAF para afirmar que o cloreto de cálcio tem</p><p>pouco efeito sobre o tempo de pega do cimento e que a presença de um</p><p>estabilizador não retarda a hidratação ou endurecimento do concreto, contudo</p><p>após extensa pesquisa não encontrei ninguém que afirme isso.</p><p>c) A presença de um estabilizador retarda a hidratação ou</p><p>endurecimento do concreto.</p><p>Pessoal, essa questão trata de um tipo específico de aditivo, o Aditivo</p><p>Estabilizador de Hidratação – AEH.</p><p>Há determinados imprevistos que podem impossibilitar a utilização do concreto</p><p>fresco na obra, como a quebra de caminhão betoneira ou da bomba de</p><p>concreto, falta de energia elétrica na obra, problema nas formas ou ferragens,</p><p>etc.</p><p>Nestes casos, para evitar a sua perda, é possível utilizar o AEH para estabilizar</p><p>a hidratação e prolongar o seu tempo de aplicação. É importante ressaltar que</p><p>esta propriedade é alcançada somente nos casos em que o concreto não</p><p>iniciou a pega.</p><p>O período do concreto estabilizado varia de acordo com o tipo do cimento, teor</p><p>do aditivo em relação ao consumo do aglomerante ou a composição química do</p><p>estabilizador. Para reativar a pega, basta misturar um novo concreto, um</p><p>aditivo acelerador ou ainda aguardar o término do efeito do estabilizador</p><p>calculado na dosagem do aditivo e a hidratação voltará a prosseguir</p><p>normalmente.</p><p>Estes aditivos, chamados estabilizadores ou inibidores de hidratação, podem</p><p>ser considerados uma espécie de “super-retardadores”, com capacidade de</p><p>retardo controlado de algumas horas até dias.</p><p>Porém, há um conceito básico que os diferem entre si. Alguns retardadores,</p><p>quando utilizados em grandes dosagens – cerca de 1% da massa do cimento -,</p><p>podem causar efeito contrário, ou seja, acelerar a pega.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 33</p><p>Já o AEH poderá ter a quantidade aumentada de acordo com o tempo de</p><p>estabilização necessário. Alguns fabricantes indicam dosagem de 0,2 a 2,5%</p><p>sobre o consumo do cimento.</p><p>Assim, a questão está certa porque a presença de um estabilizador retarda a</p><p>hidratação ou endurecimento do concreto.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>d) A trietanolamina é mais eficaz que o cloreto de cálcio como</p><p>acelerador.</p><p>A questão está errada porque a trietanolamina, assim como o formiato de</p><p>cálcio, é muito menos eficiente como acelerador de pega do que o cloreto de</p><p>cálcio.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>e) Aceleradores de pega ultra-rápidos não devem ser utilizados para</p><p>selamento de vazamentos de água.</p><p>A questão está errada porque os aceleradores de pega ultra-rápidos são</p><p>costumeiramente utilizados para selar vazamentos/infiltrações de água.</p><p>Em casos em que a água jorra constantemente e o tempo para aplicação é</p><p>muito curto recomenda-se a utilização de aditivos aceleradores de pega ultra-</p><p>rápidos.</p><p>Este tipo de produto é indicado para tamponamento de infiltrações de água sob</p><p>pressão em subsolos, poços de elevadores, cortinas, galerias e outras</p><p>estruturas submetidas a infiltração por lençol freático.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>4. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia</p><p>Civil/2004) A corrosão de armaduras em estruturas de concreto é um</p><p>dos principais mecanismos de deterioração que afetam a sua</p><p>durabilidade. Sobre a corrosão em armaduras, é incorreto afirmar que:</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 34</p><p>a) o processo de corrosão estabelece uma expansão local no concreto,</p><p>originando o surgimento de tensões de tração no material e sua</p><p>fissuração.</p><p>Atenção! Essa questão é ilustrativa para novamente percebermos como uma</p><p>mesma banca utiliza questões muito parecidas ao longo dos anos. Percebam</p><p>que esta questão cobra os mesmos conhecimentos cobrados na questão</p><p>anterior.</p><p>Conforme vimos na questão 3, nas regiões em que o concreto não é adequado,</p><p>ou não recobre, ou recobre deficientemente a armadura, a corrosão torna-se</p><p>progressiva com a conseqüente formação de óxihidróxidos de ferro, que</p><p>passam a ocupar volumes de 3 a 10 vezes superiores ao volume original do</p><p>aço da armadura, podendo causar pressões de expansão superiores a 15 MPa</p><p>(150 kgf/cm2).</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>b) as estruturas expostas ao ambiente marítimo são altamente</p><p>propensas a apresentarem problemas de corrosão, principalmente</p><p>aquelas permanentemente submersas em água salgada.</p><p>Em algumas estruturas, tais como obras marítimas, a incidência de corrosão</p><p>pode ser mais importante que a própria ação da água de mar sobre o concreto.</p><p>Conclui-se que a deterioração dos pilares e colunas em águas de mar deve-se,</p><p>principalmente, à corrosão das armaduras.</p><p>A fiel observância dos cobrimentos mínimos, da qualidade do concreto e da</p><p>uniformidade de execução pode evitar esse problema.</p><p>Assim, a questão está errada porque embora as estruturas expostas ao</p><p>ambiente marítimo sejam altamente propensas a apresentarem problemas de</p><p>corrosão, isto se deve aos elementos presentes na atmosfera marinha (no ar)</p><p>e não em função do contato com a água salgada.</p><p>Tanto é assim que inclusive as estruturas localizadas apenas perto da costa,</p><p>sem contato com água marítima, sofrem com este problema.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 35</p><p>c) com relação ao concreto armado, o processo de corrosão</p><p>eletroquímica é muito mais relevante que o de oxidação.</p><p>Pessoal, conforme já comentamos na questão 3, basicamente, são dois os</p><p>processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para</p><p>concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita.</p><p>Ainda, a oxidação não é o fenômeno principal de corrosão nas estruturas</p><p>convencionais.</p><p>Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza</p><p>preponderantemente eletroquímica.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>d) a presença do hidróxido de cálcio liberado na hidratação do cimento</p><p>Portland é extremamente importante para a proteção das armaduras</p><p>contra a corrosão.</p><p>Em ambiente altamente alcalino, é formada uma capa ou película protetora de</p><p>caráter passivo. A alcalinidade do concreto deriva das reações de hidratação</p><p>dos silicatos de cálcio (C3 S e C2S) que liberam certa porcentagem de</p><p>Ca(OH)2, podendo atingir cerca de 25% (~100 kg/m3 de concreto) da massa</p><p>total de compostos hidratados presentes na pasta Essa base forte (Ca(OH)2 )</p><p>dissolve-se em água e preenche os poros e capilares do concreto, conferindo-</p><p>lhe um caráter alcalino. O hidróxido de cálcio tem um pH da ordem de 12,6 (à</p><p>temperatura ambiente) que proporciona uma passivação do aço.</p><p>A questão está correta porque a presença do hidróxido de cálcio liberado na</p><p>hidratação do cimento Portland constitui a proteção química do concreto</p><p>armado à armadura.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>e) a redução da permeabilidade a gases e água do concreto possibilita</p><p>a redução da ação dos mecanismos de corrosão.</p><p>A questão está correta por que a redução da permeabilidade a gases e água do</p><p>concreto constitui a proteção física do concreto armado à armadura.</p><p>Um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade,</p><p>sem "ninhos", com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 36</p><p>impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos</p><p>externos.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>5. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No caso de</p><p>verificação de existência de fissuras na parede provocadas por ataque</p><p>de sulfatos, recomendam-se a remoção do revestimento, a eliminação</p><p>do acesso da umidade à parede, a secagem da superfície e a aplicação</p><p>de novo revestimento constituído por cal, areia e cimento resistente a</p><p>sulfatos.</p><p>O aluminato tricálcico, um constituinte normal dos cimentos, pode reagir com</p><p>sulfatos em solução formando um composto denominado sulfoaluminato</p><p>tricálcico ou etringita, sendo que esta reação é acompanhada de grande</p><p>expansão. Portanto, para que a reação ocorra, é necessária a presença de</p><p>cimento, de água e de sulfatos solúveis; por esse motivo a utilização conjunta</p><p>de cimento e gesso é potencialmente perigosa.</p><p>Assim, a questão está certa porque no caso de verificação de existência de</p><p>fissuras na parede provocadas por ataque de sulfatos, a remoção do</p><p>revestimento, a eliminação do acesso da umidade à parede (para evitar os</p><p>sulfatos em solução), a secagem da superfície e a aplicação de novo</p><p>revestimento constituído por cal, areia e cimento resistente a sulfatos são</p><p>medidas eficientes para solucionar o problema.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>6. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia</p><p>Civil/2004) Com relação a aditivos utilizados para a modificação das</p><p>propriedades de concretos e argamassas, é incorreto afirmar que:</p><p>a) os aditivos incorporadores de ar melhoram a trabalhabilidade e</p><p>reduzem as resistências mecânicas de concretos e argamassas.</p><p>Os aditivos incorporadores de ar são produtos cuja função principal é produzir</p><p>um concreto com um número elevado de microbolhas de ar, estáveis,</p><p>separadas entre si e distribuídas uniformemente.</p><p>Estes aditivos surgiram para atender a necessidade dos países onde há inverno</p><p>rigoroso, com congelamento das estruturas, de obter um concreto com</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 37</p><p>estabilidade frente à ação do ciclo gelo-degelo. A utilização de aditivo</p><p>incorporador de ar em nosso país justifica-se em razão de seus efeitos</p><p>secundários sobre o concreto, quais sejam: melhoria na trabalhabilidade e</p><p>aumento da coesão do concreto fresco, além da diminuição da massa</p><p>específica.</p><p>Ainda, o ar incorporado incrementa diminui a segregação e exsudação</p><p>(migração de água livre para a superfície do concreto).</p><p>Uma vez que os aditivos incorporadores de ar, como o nome já diz, incorporam</p><p>ar ao concreto ou à argamassa, o resultado é um concreto/argamassa menos</p><p>denso (menor massa específica) e consequentemente com menor resistência</p><p>mecânica.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>b) o cloreto de cálcio não deve ser empregado como aditivo acelerador</p><p>em estruturas com aço protendido.</p><p>Importante! Pessoal, temos novamente uma questão que demonstra como</p><p>uma mesma banca cobra o mesmo assunto em diferentes provas. Essa</p><p>questão é idêntica à questão 3, letra “a”, da aula, que vem a ser da prova da</p><p>CGU de 2008.</p><p>Conforme comentamos na questão 3, letra “a”, a questão está errada porque o</p><p>cloreto de cálcio não é recomendado em nenhum tipo de concreto estrutural,</p><p>sendo utilizado apenas em concretos não armados.</p><p>A NBR 6118:2003 veda o emprego de aditivos com cloreto, nos seguintes</p><p>termos:</p><p>“7.4.4 Não é permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composição</p><p>em estruturas de concreto armado ou protendido.”</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>c) os aditivos plastificantes permitem a redução da relação</p><p>água/cimento, acarretando o aumento da resistência e da</p><p>permeabilidade dos concretos e argamassas.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 38</p><p>Os aditivos plastificantes para adição em argamassas e concretos permitem a</p><p>redução da quantidade de água necessária na mistura, melhorando com isso</p><p>todas as propriedades do concreto e sua trabalhabilidade, reduzindo a</p><p>permeabilidade do concreto.</p><p>Ainda, existem os aditivos superplastificantes ou superfluidificantes. Estes</p><p>proporcionam a obtenção de concreto e argamassas auto-adensáveis e com</p><p>alta fluidez, e podem reduzir em até 25 % a água de amassamento, resultando</p><p>em maiores resistências e menor permeabilidade de concretos e argamassas.</p><p>A questão está errada porque os aditivos plastificantes e superplastificantes</p><p>resultam no aumento da resistência e na diminuição da permeabilidade dos</p><p>concretos e argamassas.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>d) um dos problemas no uso de aditivos superfluidificantes é a rápida</p><p>perda da consistência fluída inicial estabelecida para o concreto.</p><p>Uma das limitações à difusão dos superfluidificantes é representada pela perda</p><p>da consistência inicial do concreto fluido com aditivo superfluidificante. Tal fato</p><p>é marcante quando se necessita transportar o concreto por longa distância,</p><p>particularmente em climas quentes. Já numa instalação de pré-fabricação</p><p>pode-se até tirar vantagem desta perda de consistência, no caso do concreto</p><p>ser curado a vapor, porque permite uma cura mais breve.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>e) o uso de aditivos retardadores permite a realização de concretagens</p><p>em dias com temperatura elevada.</p><p>Os aditivos retardadores de pega atuam sobre os elementos que desenvolvem</p><p>a pega e o calor de hidratação nos cristais de cimento, o Aluminato Tricálcico e</p><p>o Silicato Tricálcico. Os retardadores irão inibir o desenvolvimento da pega por</p><p>algum tempo, que vai depender da dosagem de aditivo utilizada. Ao mesmo</p><p>tempo auxiliam no controle do calor de hidratação.</p><p>Eles não deixam o calor de hidratação chegar a altas temperaturas, uma das</p><p>principais causas de fissuras e futuras impermeabilidades, quedas de</p><p>resistência e baixas na durabilidade. Com o retardo do início de pega, o calor</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 39</p><p>de hidratação irá distribuir-se por possuir maior espaço de tempo até o final da</p><p>pega.</p><p>Os retardadores de pega proporcionam ao concreto, melhores condições de</p><p>concretagem, sendo recomendados quando o concreto é usinado e deve-se</p><p>deslocar em grandes distâncias ou quando em dias muito quentes, para o</p><p>controle do calor de hidratação.</p><p>Ainda, o aditivo proporciona melhoria na trabalhabilidade e melhora a</p><p>aderência do concreto a armadura.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>7. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Considerando-se três</p><p>tipos de controle de qualidade do concreto, no aspecto de resistência à</p><p>compressão: por amostragem total (caso a),</p><p>por controle estatístico</p><p>por amostragem parcial (caso b) e por controle estatístico por</p><p>amostragem parcial excepcional (caso c), assinale a opção incorreta.</p><p>a) O caso a é o mais recomendável devido tratar-se de amostragem</p><p>100 %, onde todas as betonadas são inspecionadas.</p><p>O objetivo principal do controle de qualidade do concreto, no aspecto de</p><p>resistência à compressão, é determinar o fck (resistência característica do</p><p>concreto à compressão) de um concreto produzido in situ ou fornecido por uma</p><p>central dosadora, de forma a verificar a segurança da estrutura.</p><p>A homogeneidade do concreto é influenciada pela variabilidade dos agregados,</p><p>cimento e aditivos usados, pois cada um contribuirá para a variação na</p><p>resistência do concreto.</p><p>A temperatura do concreto fresco interfere na quantidade de água necessária à</p><p>absorção da consistência adequada e, consequentemente, contribui para a</p><p>variação de resistência.</p><p>Nos termos da NBR 12655:2006 - Concreto de cimento Portland - Preparo,</p><p>controle e recebimento – Procedimento, existem três tipos de controle da</p><p>resistência do concreto:</p><p>• Controle estatístico do concreto por amostragem parcial;</p><p>• Controle do concreto por amostragem total;</p><p>• Controle do concreto em casos excepcionais.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 40</p><p>A amostragem total consiste em realizar ensaios de todo lote (ou betonada) de</p><p>concreto utilizado na obra. A amostragem estatística realiza ensaios de parte</p><p>dos lotes (ou betonadas) de concreto utilizados na obra e extrapola o resultado</p><p>obtido para todo o concreto utilizado.</p><p>O controle é realizado mediante ensaios de resistência nos quais os corpos-de-</p><p>prova indicam mais a resistência potencial do que a real de uma estrutura.</p><p>Para serem significativas, as conclusões sobre resistência do concreto devem</p><p>se basear numa amostragem de ensaios, da qual se possam estimar com</p><p>razoável precisão as características do concreto. Ensaios insuficientes</p><p>resultarão em conclusões não muito confiáveis.</p><p>As amostras deverão ser coletadas aleatoriamente. Cada exemplar é</p><p>constituído por dois corpos-de-prova, moldados de acordo com a NBR 5738,</p><p>para cada idade de rompimento, moldados no mesmo ato.</p><p>Define-se como resistência do exemplar a maior dos dois resultados de</p><p>resistência à compressão dos corpos-de-prova, ensaiados de acordo com a</p><p>NBR 5739.</p><p>Algumas definições importantes da NBR 12655:</p><p>FCK - Resistência característica do concreto à compressão: É o valor de</p><p>referência que adota o projetista como base de cálculo. Está associada a um</p><p>nível de confiança de 95%. Chama-se também resistência característica</p><p>especificada ou de projeto.</p><p>FCK ef.- Resistência característica real ou efetiva do concreto à compressão:</p><p>Correspondente ao concreto de uma região homogênea da estrutura, é o valor</p><p>que tem uma probabilidade de 0,95 de ser igualado à resistência de um corpo-</p><p>de-prova cilíndrico tomado aleatoriamente dentro da região. Essa resistência</p><p>característica real é um valor impossível de ser conhecido, pois seria</p><p>necessário ensaiar todo o concreto da região considerada.</p><p>FCK.est - Resistência característica estimada do concreto à compressão:</p><p>Correspondente ao concreto de um lote que supõe homogêneo. É o valor</p><p>obtido ao ensaiar alguns corpos-de-prova cilíndricos e aplicar aos resultados</p><p>obtidos uma fórmula matemática. Resulta uma estimativa, feita a partir de</p><p>uma amostragem, e não uma certeza absoluta do valor da resistência</p><p>característica real do concreto do lote em exame.</p><p>A questão está correta porque a amostragem total é o mais recomendável</p><p>devido tratar-se de amostragem 100 %, onde todas as betonadas são</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 41</p><p>inspecionadas. Contudo, é importante fazermos a ressalva de que em obras de</p><p>maior vulto, com grandes volumes de concreto, é necessário fazer a análise</p><p>econômica do controle por amostragem total, podendo optar pela amostragem</p><p>estatística.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>b) No caso a, o valor representativo da amostra é o da resistência</p><p>obtido diretamente na amostra.</p><p>Como na amostragem total são realizados ensaios de todos os lotes (ou</p><p>betonadas) de concreto utilizados na obra, o valor de resistência obtido dos</p><p>ensaios é considerado como o valor representativo da amostra.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>c) No caso b, os resultados ficam sujeitos a amostradores estatísticos</p><p>que aumentam a grandeza do valor obtido.</p><p>Como na amostragem estatística não são realizados ensaios de todos os lotes</p><p>(ou betonadas) de concreto utilizados na obra, o valor de resistência obtido</p><p>dos ensaios é multiplicado por um redutor (amostrador estatístico) de forma a</p><p>obter a resistência representativa da amostra.</p><p>Quanto maior a representatividade da amostra utilizada, menor será o redutor</p><p>a ser aplicado no resultado obtido nos ensaios.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>d) No caso b, o tamanho da amostra é estipulado em função do volume</p><p>a ser produzido.</p><p>O tamanho da amostra utilizada na amostragem estatística é função do volume</p><p>de concreto a ser utilizado. Quanto maior o volume, maior a amostra</p><p>necessária.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 42</p><p>e) No caso c, uma amostra de material ruim pode levar a que todo o</p><p>lote seja mal avaliado.</p><p>Pode-se dividir a estrutura em lotes correspondentes a no máximo 10 m3 e</p><p>amostrá-los com número de exemplares entre 2 e 5. Nestes casos,</p><p>denominados excepcionais, o valor estimado da resistência característica é</p><p>dado por uma fórmula matemática que multiplica o valor obtido nos ensaios</p><p>por um redutor, que vai de 0,75 a 0,91, a depender da condição de preparo do</p><p>concreto e do número de exemplares.</p><p>Gabarito: Item CERTO.</p><p>8. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia</p><p>Civil/2004) Considerando-se as principais propriedades térmicas dos</p><p>vidros – a transmissão luminosa – TL, o coeficiente de sombreamento</p><p>CS, a absorção de energia Abs, a reflexão luminosa RL e o fator solar</p><p>FS –, assinalar a opção incorreta.</p><p>a) Quanto menor o CS, mais calor penetra no ambiente através do</p><p>vidro.</p><p>O conhecimento das propriedades térmicas e lumínicas de materiais</p><p>transparentes ou translúcidos, como vidros e policarbonatos, é importante na</p><p>solução de problemas relacionados ao conforto em ambientes construídos. As</p><p>principais informações necessárias são a porcentagem de radiação solar ou de</p><p>luz que atravessa um determinado componente, como a placa de vidro de uma</p><p>janela, além da quantidade de calor irradiado pela sua superfície.</p><p>O coeficiente de sombreamento - CS é a razão do ganho de calor (energia)</p><p>solar através de um determinado vidro para o ganho de calor solar do vidro</p><p>padrão (um vidro monolítico incolor de 3 mm), sob circunstâncias idênticas. É</p><p>o índice mais conhecido e geralmente aceito, tanto pela indústria como na</p><p>construção civil como referência comparativa entre vidros.</p><p>A questão está errada porque quanto menor o CS, menos calor penetra no</p><p>ambiente através do vidro.</p><p>Gabarito: Item ERRADO.</p><p>b) Quanto maior o TL, mais luminosidade passa pelo vidro.</p><p>OBRAS DE EDIFICAÇÕES ESPECIAIS, PLANEJAMENTO, NORMAS,</p><p>FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EM EXERCÍCIOS PARA A CGU.</p><p>PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO</p><p>Prof. Marcelo Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 43</p><p>Você sabe a diferença entre transparência e transmissão luminosa?</p><p>Luminosidade</p>