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<p>Autoria: Dr. Antonio Marcos Feliciano / Dra. Ana Celeste da Cruz David</p><p>Revisão técnica: Dra. Karine Araujo Silveira</p><p>METODOLOGIA CIENTÍFICA</p><p>QUAL É A</p><p>CONTRIBUIÇÃO DA</p><p>METODOLOGIA</p><p>CIENTÍFICA PARA A</p><p>CRIAÇÃO DO</p><p>CONHECIMENTO?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 1/27</p><p>Introdução</p><p>Houve um período da história humana em que o conhecimento religioso era</p><p>utilizado para explicar tudo o que acontecia na sociedade. Assim, aqueles que</p><p>apresentavam conhecimentos novos, contestando os religiosos, sofriam severas</p><p>punições, incluindo a pena de morte. Por isso, por um bom tempo, a sociedade</p><p>acreditou que a Terra não era redonda e que o horizonte era um grande abismo.</p><p>Hoje em dia, as crianças aprendem nos primeiros anos escolares que a Terra é,</p><p>de fato, redonda, que gira em torno do sol e que precisa ser preservada, pois é o</p><p>ambiente de vida da espécie humana e de tantos outros seres vivos. Isso se deu</p><p>graças aos esforços de inúmeros estudiosos, em que, aos poucos, os</p><p>conhecimentos de senso comum, fortemente fundamentados pelos</p><p>conhecimentos religiosos, foram desmisti�cados. Dessa forma, a ciência tomou</p><p>as rédeas do processo de criação do conhecimento, tendo como sua principal</p><p>fonte a Terra em todos os seus eventos, sejam sociais, naturais, biológicos e</p><p>econômicos, que foram gradativamente sistematizados e amparados por</p><p>modelos metodológicos.</p><p>Contudo, há conhecimento fora da ciência?</p><p>Essa pergunta possui uma resposta a�rmativa, sendo que a própria ciência</p><p>reconhece outros tipos de conhecimentos. No entanto, não devemos pensar</p><p>esse reconhecimento como sinônimo de conhecimento cientí�co. A�nal, o</p><p>conhecimento cientí�co, no sentido moderno do termo, surge no século XIX, e</p><p>como bem a�rma Burke (2016, p. 17), “[...] aplicar o termo a atividade de busca</p><p>do conhecimento em períodos anteriores a esse propicia o que há de mais</p><p>odioso para um historiador, o anacronismo”, ou seja, é inadequado a aplicação</p><p>do termo em um período histórico antecedente à sua formulação.</p><p>O conhecimento, então, é cientí�co quando sua criação ocorre por meio da</p><p>aplicação de métodos cientí�cos. Mas quais são os diferentes tipos de</p><p>conhecimento? De que forma se organiza o método cientí�co?</p><p>Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo deste primeiro capítulo,</p><p>em que veremos que há diferenças entre o conhecimento popular e o</p><p>conhecimento cientí�co, assim como também entenderemos que existem tipos</p><p>de conhecimentos diferentes. Ainda observaremos que o conhecimento</p><p>cientí�co é criado a partir da existência de um problema, cabendo à metodologia</p><p>cientí�ca e seu cabedal de instrumentos sistematizar dados e informações,</p><p>tornando-o, de fato, um conhecimento cientí�co, provável e apresentado sob uma</p><p>lógica do que o torna compreensível pelas pessoas.</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 2/27</p><p>Bons estudos!</p><p>Tempo estimado de leitura: 48 minutos.</p><p>Você deve conhecer alguém metódico, certo? Mas saberia dizer quais são os</p><p>atributos ou características de uma pessoa metódica? Ela pode ser identi�cada</p><p>por seu modo de agir, cuja cautela e sensatez são comuns em suas ações.</p><p>As pessoas precisam ser norteadas por regras, sejam elas sociais, como a ética,</p><p>que regula a conduta em sociedade; econômicas, que parametrizam as relações</p><p>no mercado; ou de legislação trabalhista, que regulamenta o ofício pro�ssional e</p><p>as relações de trabalho em empresas. Isso signi�ca que as regras são</p><p>onipresentes, importantes instrumentos para manter o equilíbrio das relações</p><p>entre as pessoas na sociedade.</p><p>O mesmo ocorre na execução de trabalhos de caráter cientí�co, em que as</p><p>regras estão presentes no método de pesquisa. Nesse sentido, podemos a�rmar</p><p>que o método ou a metodologia se con�gura como uma regra orientadora das</p><p>práticas investigativas da ciência. Por meio do método, o pesquisador indica os</p><p>caminhos trilhados para alcançar seus resultados. Assim, além de possibilitar o</p><p>reconhecimento cientí�co da sua pesquisa, é com o método que o pesquisador</p><p>conta a história do seu trabalho, as decisões tomadas, as limitações, entre</p><p>outros aspectos.</p><p>Dessa forma, também podemos a�rmar que o conhecimento é reconhecido</p><p>como cientí�co a partir da aplicação do método cientí�co, caracterizado como</p><p>sendo objetivo, racional, sistemático, geral e veri�cável. Devemos igualmente</p><p>acentuar que a ciência reconhece a existência de conhecimento fora dela, isto é,</p><p>conhecimentos criados sem o emprego de abordagem metodológica tal e qual</p><p>preconiza a ciência.</p><p>O conhecimento é o principal fator determinante no desenvolvimento da</p><p>sociedade, mas você sabe o que é conhecimento?</p><p>Segundo Magalhães (2005, p. 13, grifos do autor), “A palavra ‘conhecimento’ em</p><p>nossa língua deriva do latim cognocere, cuja etimologia signi�ca ‘conhecer junto’</p><p>ou ‘procurar saber’ e que, por sua vez, se relaciona com o grego gnosis,</p><p>1.1 Conhecimento e método científico</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 3/27</p><p>habitualmente traduzido com o próprio sentido de ‘conhecimento’”. O autor ainda</p><p>lembra que outra palavra que facilita o entendimento sobre o conhecimento é o</p><p>termo grego logos, que tem por signi�cado “fala”, “razão” ou “entendimento”.</p><p>Podemos pensar sobre o conhecimento para além da origem e da evolução</p><p>histórica do termo, ou seja, no contexto da sua história social, posto que</p><p>diferentes acontecimentos in�uenciem o que é considerado conhecimento em</p><p>épocas e lugares distintos. Na perspectiva marxista, por exemplo, a resposta</p><p>para essa questão é determinada pela classe social. No âmbito da sociologia do</p><p>conhecimento, evidencia-se o conhecimento como acontecimento localizado em</p><p>determinado tempo, lugar e comunidade (BURKE, 2016). Já no âmbito da</p><p>biologia do conhecimento, Matura e Varela (2011, p. 267) alertam que o</p><p>conhecimento nos obriga a assumirmos “[...] uma atitude de permanente vigília</p><p>contra a tentação da certeza”, desde que ele tanto revele quanto cumpra sua</p><p>função de ocultação.</p><p>Atualmente, muitas são as fontes de disseminação de informações e</p><p>conhecimentos. Podemos citar como exemplos os livros, as páginas da internet,</p><p>os pan�etos, os artigos, as revistas, os CDs e os DVDs. No entanto, sem as</p><p>conexões cognitivas, as informações contidas nesses meios de divulgação</p><p>�cam sem sentido, uma vez que é o cérebro humano que tem a capacidade de</p><p>processar e fazer as conexões, oferecendo sentido às informações e criando</p><p>novos conhecimentos, em um ciclo virtuoso, em que um conhecimento gera</p><p>outros.</p><p>Para Maturana e Varela (2011), os fenômenos cognitivos relacionam dois</p><p>mundos singulares: a tradição biológica, comum entre os homens e suas</p><p>heranças linguísticas; e as culturais, diversas e plurais.</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 4/27</p><p>Figura 1 - No mundo contemporâneo, o sentido social do conhecimento é poder.</p><p>Fonte: woaiss, Shutterstock, 2021.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há escrito a frase "Conhecimento é</p><p>poder", na cor branca em um fundo escuro.</p><p>Assim, vimos até aqui o que é considerado conhecimento e o quanto isso pode</p><p>variar com relação à local, época e grupo social a ser estudado. Por exemplo, em</p><p>sociedades ocidentais modernas, o conhecimento das parteiras, antes</p><p>valorizado em suas práticas sociais tradicionais, passou por um período obscuro,</p><p>fato que vem sendo revisado e retomado em suas origens e valorização. Dessa</p><p>forma, entendemos que o conhecimento cientí�co em movimento dinâmico vai</p><p>continuamente estabelecendo rupturas na forma de conhecer, construir</p><p>tecnologias, elaborar métodos e se relacionar com outros tipos de</p><p>conhecimento.</p><p>A ciência provê seu arcabouço de conceitos e de�nições a partir do que</p><p>acontece na sociedade, constituindo-a</p><p>em uma importante fonte para sua</p><p>criação. No entanto, vale ressaltar que nem tudo que acontece na sociedade é</p><p>abordado pela ciência. Apesar de relevantes, os conhecimentos sociais, de</p><p>senso comum ou popular, mantêm-se, mas, em muitos casos, não são objetos</p><p>de investigações cientí�cas.</p><p>1.1.1 O que é ciência? O que é conhecimento científico?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 5/27</p><p>Dessa forma, de�nir a ciência consiste em uma tarefa complexa, pois, já que a</p><p>sociedade é mutável, muitos de seus conceitos são efêmeros ou imprecisos.</p><p>Demo (1995) reconhece que na ciência nada é mais controverso do que sua</p><p>de�nição. Diante disso, o autor estabelece critérios possíveis para a condição</p><p>de�nidora do que se pode chamar de ciência: a coerência entre argumentação, o</p><p>corpo sistemático bem conduzido até suas conclusões congruentes entre si e</p><p>entre as premissas iniciais, a consistência argumentativa e sua atualidade, a</p><p>originalidade criativa e a objetivação como busca incessante da realidade (ainda</p><p>que parcial e provisória). Esses fatores, individualmente, mostram a</p><p>complexidade de de�nição do tema, e, quando se reúnem em um mesmo estudo,</p><p>possuem o poder de comprometer completamente qualquer pesquisa.</p><p>Apesar de apresentar os fatores limitantes à de�nição de ciência, é possível</p><p>encontrar entre pesquisadores e estudiosos um esforço autêntico no sentido de</p><p>encontrar parâmetros capazes de de�nirem esse termo. Assim, para Gil (2011, p.</p><p>02), a ciência pode ser considerada “[...] uma forma de conhecimento que tem</p><p>por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada — se possível,</p><p>com auxílio da linguagem matemática —, leis que regem os fenômenos”.</p><p>A de�nição supracitada indica claramente que a realidade não é ampla, profunda</p><p>e integralmente explicada em uma pesquisa, mas, sim, na sucessão de</p><p>pesquisas, pois são os diferentes e descontínuos enfoques que oferecem uma</p><p>visão mais ampla de compreensão da sociedade, sendo amparados por métodos</p><p>que robustecem a ciência.</p><p>Ainda sob o prisma conceitual, a história do conhecimento cientí�co reconhece o</p><p>pensamento cientí�co em suas diferentes e descontínuas formas, não como</p><p>uma evolução linear e um progresso sucessivo, mas “[...] como resultado de</p><p>Desde os avanços da cibernética, a ciência propôs a descrição do</p><p>funcionamento do sistema nervoso e do raciocínio humano mediante um</p><p>modelo de lógica matemática, uma vez que muitos são os campos</p><p>dedicados ao estudo das ciências cognitivas. A Neurociência, a Biologia</p><p>do Conhecimento e a Inteligência Arti�cial, por exemplo, utilizam-se do</p><p>rigor da metodologia cientí�ca para continuamente contribuir com a</p><p>criação do conhecimento.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 6/27</p><p>diferentes maneiras de conhecer e construir os objetos cientí�cos, de elaborar</p><p>métodos e inventar tecnologias” (CHAUI, 2010, p. 223).</p><p>Figura 2 - O desenvolvimento científico e o tecnológico transformam a sociedade e a vida no planeta.</p><p>Fonte: Wichy, Shutterstock, 2021.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há uma pessoa com a mão esticada</p><p>e aberta para cima, mostrando um globo</p><p>terrestre com cadernos em volta do globo.</p><p>O fato é que podemos reiterar que a ciência evolui tal e qual a sociedade por não</p><p>haver sentido no afastamento da segunda em relação à primeira, uma vez que a</p><p>ciência in�uencia e é simultaneamente in�uenciada pela economia, pela política,</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 7/27</p><p>pela moral e por tudo que acontece na sociedade. Assim, a ciência busca</p><p>elementos para a construção do conhecimento, o que ocorre em todas as áreas,</p><p>fazendo com que ele seja algo amplo e complexo, mas fundamental para o</p><p>desenvolvimento da espécie humana.</p><p>O quadro a seguir apresenta alguns exemplos de tipos de conhecimentos e suas</p><p>aplicações.</p><p>Quadro 1 - Tipos de conhecimentos e suas aplicações.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em Feliciano, 2013, p. 44.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há um quadro com três colunas e 11</p><p>linhas sobre os tipos de conhecimentos e suas</p><p>aplicações. Na primeira coluna, há o tipo de</p><p>conhecimento, na segunda coluna, há a</p><p>definição e na terceira coluna, há a</p><p>aplicação/exemplo.</p><p>O quadro indica a íntima relação da ciência com a sociedade para a criação do</p><p>conhecimento cientí�co, oferecendo claros sinais da amplitude do</p><p>conhecimento. Além disso, podemos concluir que o conhecimento cientí�co não</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 8/27</p><p>é o único existente, além de não ser o único que depende de instrumentos</p><p>metodológicos para ser aferido.</p><p>Magalhães (2005) considera que o Homem faz uso do conhecimento para</p><p>transformar o meio em que vive, mantendo-se dominante na natureza. Isso</p><p>decorre da sua capacidade intelectual de fazer uso do conhecimento para o</p><p>desenvolvimento da espécie.</p><p>Para reforçar a ideia de que há amplas relações entre a sociedade e a ciência — e</p><p>que o conhecimento popular ou de senso comum é relevante na constituição do</p><p>conhecimento cientí�co —, Francelin (2004, p. 30) a�rma que “[...] os conceitos</p><p>nascem do cotidiano, são apropriados pelo meio cientí�co e tornam-se</p><p>cientí�cos ao romperem com esse cotidiano, com esse senso comum”. Dessa</p><p>forma, vale destacar que, na relação entre sociedade e ciência, considerando</p><p>situações coloniais, os conhecimentos dos colonizadores se tornaram</p><p>dominantes, ao passo que os conhecimentos dos colonizados se tornaram</p><p>subjugados, esquecidos ou desprestigiados.</p><p>Com isso, podemos a�rmar que o conhecimento cientí�co não é de�nitivo,</p><p>portanto, é provisório, podendo ligar um conhecimento ao outro, evidentemente,</p><p>a partir de novos estudos. Para os atores do senso comum, seus conceitos e</p><p>conhecimentos são de�nitivos, sendo que as modi�cações são difíceis de serem</p><p>percebidas, justamente pela ausência de aplicação de método que afere essas</p><p>mudanças.</p><p>Em ciências, os movimentos e as transformações se dão mediante a</p><p>consistência das questões formuladas, da curiosidade em conhecer, da incerteza</p><p>diante dos fenômenos, da lucidez em propor aos problemas naturais, físicos ou</p><p>sociais outras possibilidades de investigação. Dessa forma, ciência e</p><p>A aventura cibernética Matrix, de Lana Wachowski e Lilly Wachowski, é um</p><p>clássico do cinema na abordagem de temas como conhecimento e</p><p>ciência. Matrix, nesse caso, representa um sistema inteligente e arti�cial</p><p>(criatura) que destrói a inteligência criadora (criador) e, assim, instaura a</p><p>dúvida entre a realidade e a ilusão de um mundo real.</p><p>VOCÊ QUER VER?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 9/27</p><p>conhecimento cientí�co se utilizam de processos metodológicos para a</p><p>expansão das fronteiras da ciência, acolhendo todas as oportunidades para o</p><p>avanço cientí�co.</p><p>Você já imaginou como é complexo estudar a cultura de diferentes povos, o</p><p>melhoramento genético de plantas e animais ou o próprio comportamento</p><p>humano? Será que é possível desenvolver atividades sem registrá-las em</p><p>detalhes?</p><p>Na verdade, não é possível para nós, seres humanos, executarmos tarefas</p><p>complexas sem entendermos sua lógica, e isso é proporcionado ou facilitado</p><p>pela aplicação de métodos. O registro das atividades de pesquisa são requisitos</p><p>importantes em qualquer abordagem metodológica, mas, antecipadamente, é</p><p>comum não registrarmos tudo, e isso não é feito de má fé, mas porque o ser</p><p>humano possui uma grande di�culdade de colocar no papel o que está pensando</p><p>ou o que testemunha, sendo este um fator limitador mitigado pelo método</p><p>cientí�co. Entre seus objetivos, ele facilita a estruturação, o planejamento,</p><p>o</p><p>desenvolvimento, a execução e a análise em uma pesquisa.</p><p>Antes de evoluirmos na discussão conceitual sobre o método, é importante</p><p>saber o que é pesquisa. Segundo Magalhães (2005), pesquisar signi�ca “buscar”,</p><p>“inquirir”, consistindo em uma atividade que necessita de trabalho manual e</p><p>mental. Assim, se por meio do método é criado o conhecimento cientí�co, este,</p><p>por sua vez, é fundamentado por teorias, que, na visão de Magalhães (2005, p.</p><p>34) signi�ca “ver”, ou seja, “A teoria é uma visão generalizada de fenômeno de</p><p>qualquer natureza, que possa ser comprovado de alguma forma [...]”. Essa forma</p><p>de comprovação das visões generalizadas ocorre por meio do emprego do</p><p>método.</p><p>Todo método requer registros que identi�quem o passo a passo de uma</p><p>pesquisa em suas diferentes etapas, por isso, muitos autores de�nem método</p><p>como o caminho trilhado em uma pesquisa. Segundo o Houaiss (2004, p. 494),</p><p>método signi�ca “[...] procedimentos, técnica ou meio para atingir um objetivo;</p><p>processo organizado de ensino, pesquisa, apresentação, etc.”.</p><p>1.2 Metodologia como processo de pesquisa</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 10/27</p><p>A aplicação do método nas pesquisas também objetiva sistematizar dados e</p><p>informações por meio de processos cienti�camente reconhecimentos, visando a</p><p>criação de um conhecimento novo, a partir do conhecimento existente. Não</p><p>estamos tratando de substituições de conhecimentos, mas de agregação e</p><p>contribuição da ciência à sociedade.</p><p>A meta de toda equipe esportiva é vencer, mas você sabe que para reunir um</p><p>time de vencedores é preciso criar condições para que sejam reunidas</p><p>competências que se complementam, não é? Além disso, se faz necessário o</p><p>planejamento, a estratégia, os planos e a tática. Ou seja, não é su�ciente jogar e</p><p>ter sorte, uma vez que é preciso ser metódico. Nesse sentido, Magalhães (2005,</p><p>p. 19) a�rma que o conhecimento não surge do nada, “[...] mas sim, do legado</p><p>cultural que cada um de nós recebe na vida”. Por isso, é possível a�rmar que</p><p>cada pessoa é dotada de conhecimentos, mas, para torná-los cienti�camente</p><p>reconhecidos, é necessário o domínio de instrumentos metodológicos e do</p><p>entendimento das técnicas de pesquisa, bem como da pesquisa por si como um</p><p>processo de criação do conhecimento.</p><p>Sem dúvida alguma, mesmo considerando e reconhecendo a existência de</p><p>conhecimento fora do âmbito cientí�co, deve-se destacar dois aspectos: o</p><p>primeiro diz respeito a necessidade precípua da aplicação de um método para</p><p>que o conhecimento resultante de uma pesquisa tenha reconhecimento</p><p>cientí�co; em segundo lugar, na academia, produz-se conhecimento cientí�co,</p><p>portanto, há a necessidade de conhecimento e aplicação de métodos para as</p><p>pesquisas nas diversas áreas.</p><p>O método é uma ordem que você deve dispor para que tenha seu curso</p><p>natural. Destaca-se que quando o pesquisador tem segurança de que os</p><p>objetivos especí�cos atendem o objetivo geral, respondendo à pergunta</p><p>ou ao problema de pesquisa, há condições de se iniciar a pesquisa. Dessa</p><p>forma, uma pesquisa bem elaborada pode contribuir e revolucionar a</p><p>ciência (são raras). Contudo, uma pesquisa em que os elementos</p><p>metodológicos não mantêm interação, tende a marcar a vida do</p><p>pesquisador como seu grande fracasso.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&c… 11/27</p><p>Dessa forma, a metodologia cientí�ca aplicada exige dos pesquisadores, mais</p><p>do que conhecimentos sobre o método e a área, temas ou assuntos</p><p>pesquisados, muita disciplina para não extrapolar os limites, não ser prolixo ou</p><p>sintético nos registros. Isto é, na pesquisa, o método facilita a compreensão do</p><p>pesquisador sobre o fenômeno ou o evento investigado.</p><p>Sem o método, há di�culdades de compreensão ampla e profunda dos</p><p>fenômenos ou eventos que ocorrem na sociedade, e isso acontece por vários</p><p>motivos, desde a falta de conhecimento de causas e efeitos, passando pela falta</p><p>de argumentos e chegando, por exemplo, à não percepção de relações entre</p><p>eventos ou fenômenos.</p><p>Nesse sentido, podemos a�rmar que a aplicação de métodos cientí�cos amplia</p><p>a capacidade de visão do pesquisador sobre o objeto de pesquisa, facilita a</p><p>compreensão e a análise dos resultados da pesquisa, amplia a compreensão</p><p>sobre o tema, permite a descoberta de novos assuntos e campos de pesquisa e</p><p>amplia a visão de mundo dos pesquisadores e leitores. O método cientí�co,</p><p>portanto, torna-se essencial para o desenvolvimento de qualquer pesquisa,</p><p>sendo fundamental na criação do conhecimento.</p><p>Gareth Morgan possui uma biogra�a interessante, cujas contribuições</p><p>para as re�exões sobre métodos de pesquisa são amplamente</p><p>reconhecidas na academia. Em sua obra “Imagens da Organização”, de</p><p>2002, o professor faz uma abordagem pragmática da aplicação de</p><p>diferentes escolas do método cientí�co, como o materialismo histórico, o</p><p>positivismo e a fenomenologia. Vale a pena conferir!</p><p>VOCÊ O CONHECE?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 12/27</p><p>Figura 3 - A disponibilidade de dados contribui para o avanço do conhecimento científico.</p><p>Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2021.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há uma pessoa e um ambiente mais</p><p>escuro, com as duas mãos viradas para cima</p><p>mostrando alguns desenhos de gráficos, nesses</p><p>desenhos, há uma luminosidade como se fosse</p><p>para dar destaque aos desenhos dos gráficos.</p><p>Podemos entender, então, que não importa se a pesquisa é de caráter qualitativo</p><p>ou quantitativo, se terá uso de bancos de dados para o processamento, se os</p><p>dados serão coletados por meio de modernos instrumentos tecnológicos ou se</p><p>em um caderno ou prancheta. O importante mesmo é a escolha correta do</p><p>método, a aplicação adequada de seus instrumentos e a postura ética do</p><p>pesquisador, bem como a congregação de aspectos que levam ao</p><p>desenvolvimento suave, natural e sem percalços de uma pesquisa.</p><p>Atualmente, os conhecimentos retratam com maior �delidade a realidade da</p><p>sociedade, que, por sua vez, consegue perceber com mais clareza sua</p><p>aplicabilidade para o seu próprio desenvolvimento. A pesquisa baseada em</p><p>métodos fez evoluir consideravelmente a ciência, afastando o empirismo</p><p>exacerbado de outros tempos.</p><p>Inspirado em Magalhães (2005), consideramos que a ciência e a pesquisa devem</p><p>muito ao empírico, à observação do fato ou evento em sua essência. No entanto,</p><p>o perigo do empirismo consiste em tornar uma verdade absoluta naquilo que se</p><p>experimenta pelos sentidos, que faz parte da percepção individual: “Os sentidos</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 13/27</p><p>são nossa interface com a realidade, mas são também a origem dos enganos</p><p>para nosso conhecimento, e que não há tantas realidades quanto existem</p><p>diferentes olhares” (MAGALHÃES, 2005, p. 30).</p><p>No atual momento, o rigor metodológico nas pesquisas afasta esse perigo típico</p><p>do empirismo, qual seja a verdade universal a partir do olhar individual.</p><p>Respeitados os elementos, a pesquisa tende a gerar conhecimentos relevantes</p><p>por meio de resultados atraentes, permitindo o surgimento de novas relações de</p><p>conhecimentos e campos de atuação para a pesquisa com o emprego do</p><p>método.</p><p>A metodologia como processo cientí�co é múltipla e diversi�cada, a ponto de</p><p>abranger todos os procedimentos considerados úteis pelos cientistas. Exige,</p><p>então, disciplina, clareza, atenção e domínio do campo de investigação para a</p><p>escolha da metodologia mais adequada às condições da pesquisa a ser</p><p>realizada. Assim, desde o pesquisador iniciante ao mais experiente, percorrer as</p><p>etapas da pesquisa cientí�ca se torna fundamental.</p><p>Ver um �lho entrar para uma universidade é o sonho da maioria dos pais, certo?</p><p>Os jovens fecundam essa ideia</p><p>durante o Ensino Médio, sendo que, após isso,</p><p>surgem os vestibulares, as tensões, as festas e as alegrias. Ou seja, diversos</p><p>sentimentos a�oram quando esses indivíduos são aprovados para entrarem no</p><p>Ensino Superior, quando fazem a matrícula na primeira fase de um curso de</p><p>graduação. Contudo, muitos estudantes não sabem sobre qual tema e problema</p><p>de pesquisa devem escrever em seus trabalhos de conclusão de curso (TCC).</p><p>Para falar a verdade, a maioria não conhece a metodologia cientí�ca, mas os</p><p>perseverantes que chegarem ao �nal do curso terão que escrever um trabalho</p><p>baseado em uma pesquisa acadêmica, com aplicação de método, orientação e</p><p>defesa.</p><p>No mundo acadêmico, especialmente na graduação, o professor orientador</p><p>precisa ser paciente para compreender que os estudantes não possuem o</p><p>preparo su�ciente para entender teoricamente o método. Além disso, muitos</p><p>professores conhecem os procedimentos metodológicos, mas poucos</p><p>conhecem os métodos cientí�cos, sendo que esse aspecto é muito importante</p><p>1.3 Etapas da pesquisa científica: escolha do</p><p>tema e problema</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 14/27</p><p>quando ocorre o processo de orientação de TCC, em que o professor precisa</p><p>compreender o tema e o problema propostos pelo estudante para identi�car a</p><p>melhor abordagem metodológica para a pesquisa a ser feita.</p><p>O tema e o problema de pesquisa podem até parecer fáceis de serem</p><p>idealizados, mas a di�culdade está em escrevê-los e, principalmente, descrevê-</p><p>los. Por isso, quanto mais bem preparado for o professor orientador, menos</p><p>conturbada será a passagem do estudante pela fase de pesquisa para o TCC.</p><p>Contudo, é lógico que o estudante orientando, apesar de inúmeros autores</p><p>a�rmarem que precisam agir com independência, por atividade e maturidade na</p><p>relação com os orientadores, isso, na verdade pouco acontece. Por certo, há uma</p><p>saudável relação de dependência, e isso não ocorre apenas em termos de</p><p>conhecimentos. Isso signi�ca que o professor é possuidor de um espectro de</p><p>conhecimento mais robusto que o aluno.</p><p>A relação entre orientador e orientando durante o processo de pesquisa</p><p>precisa ser transparente, honesta e ética, ou seja, uma cumplicidade que</p><p>possui data de início e término no relacionamento. Sem dúvida, essa</p><p>relação e o próprio processo de orientação possui di�culdades. O texto</p><p>“Di�culdades do processo de orientação em trabalhos de conclusão de</p><p>curso (TCC): um estudo com os docentes do curso de Administração de</p><p>uma instituição privada de Ensino Superior” traz algumas das di�culdades</p><p>que podem ser resolvidas nesse processo. Você pode ler clicando no</p><p>botão a seguir.</p><p>Acesse</p><p>(https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/1011/1147)</p><p>VOCÊ QUER LER?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 15/27</p><p>https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/1011/1147</p><p>https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/1011/1147</p><p>Com pouca experiência e sem grandes estímulos institucionais, isso acaba por</p><p>limitar a visão de mundo do estudante, sendo aspectos determinantes para</p><p>equívocos na de�nição do tema e problema de pesquisa. A compreensão mais</p><p>ampla e profunda do método cientí�co requer tempo de maturação, esforço e</p><p>dedicação aos estudos, condições facilitadoras à árdua tarefa da pesquisa.</p><p>Esses aspectos agem, por outro lado, como facilitadores para o robustecimento</p><p>da visão de mundo, que consiste em um importante fator nas decisões a serem</p><p>tomadas.</p><p>Jovens estudantes podem até implicitamente saber o querem pesquisar, mas,</p><p>para terem certeza, sobretudo da viabilidade da pesquisa, no amplo sentido do</p><p>termo, Magalhães (2005, p. 33) sugere que pensem em quatro perguntas: “O que</p><p>vai ser observado? Que técnicas serão usadas na observação? Como será</p><p>registrada a observação? Como evitar erros gerados pela observação e</p><p>interpretação da observação?”. Dessa forma, no dizer de Tunes, Melo e Menezes</p><p>(2000, p. 98), é “[...] necessário que o pesquisador saiba escolher o problema de</p><p>pesquisa, aja com iniciativa e independência do orientador, tenha imaginação</p><p>criativa e outras qualidades semelhantes”.</p><p>Essas perguntas nos permitem a�rmar que a boa escolha do método tende a</p><p>respondê-las com certa facilidade, mas, antes do método, é fundamental o</p><p>conhecimento amplo e aprofundado sobre o tema da pesquisa, pois é dessa</p><p>forma que se de�ne com clareza o problema.</p><p>A seguir, vejamos o relato de experiência do professor Macêdo (2004) sobre os</p><p>estudos apresentados em sua tese de doutorado no Departamento de Ciências</p><p>da Educação da Universidade de Paris VIII.</p><p>O �lme Sociedade dos Poetas Mortos, de Peter Weir, lançado em 1989,</p><p>exibe uma crítica poética e bem ilustrada sobre a educação tradicional</p><p>nos Estados Unidos, na década de 1950; a educação centrada na</p><p>autoridade do professor, sendo repetitiva e mecânica; e uma visão de</p><p>educação para a liberdade de pensamento, para o estímulo à curiosidade</p><p>investigativa. Vale a pena conhecer melhor o enredo.</p><p>VOCÊ QUER VER?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 16/27</p><p>Com isso, podemos entender que o problema precisa ser bem de�nido e</p><p>delimitado, necessitando de objetividade para ser estruturado</p><p>metodologicamente. O conhecimento profundo do tema permite ao pesquisador</p><p>navegar em águas calmas. Contudo, um problema de�nido sem critérios tende a</p><p>gerar confusões conceituais e equívocos teóricos, limitações de ordem para a</p><p>pesquisa, levando, comumente, o pesquisador a desistir do trabalho.</p><p>Bonin (2010, p. 06) considera que, no processo de construção da problemática,</p><p>O objetivo principal da tese de Macêdo foi a análise de dois programas de</p><p>educação infantil públicos, em instituições localizadas em bairros</p><p>periféricos de Salvador, na Bahia, sendo um de concepção compensatória</p><p>e outro de concepção comunitária.</p><p>Mas como ele fez para chegar a esse objetivo?</p><p>O professor relata que após discutir em sua dissertação de mestrado a</p><p>temática da educação infantil pública, cuja concepção supõe a educação</p><p>como forma de compensar possíveis de�ciências intelectuais, afetivas e</p><p>culturais; foi instigado a aprofundar o estudo acerca das pedagogias</p><p>compensatórias, re�etindo sobre a natureza dessa concepção em sua</p><p>própria formação e prática.</p><p>Esse aprofundamento de estudos o levou a conhecer diferentes</p><p>programas de educação pré-escolar, oferecidos por organizações</p><p>comunitárias em bairros da periferia de Salvador. Assim, o professor</p><p>chegou à questão norteadora do estudo do doutorado “[...] através da</p><p>análise de programas pré-escolares públicos concretos, como emergem e</p><p>se dinamizam as perspectivas compensatória e comunitária em educação</p><p>pré-escolar pública” (MACÊDO, 2004, p. 236).</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 17/27</p><p>Figura 4 - Etapas do processo de desenvolvimento do método científico.</p><p>Fonte: Andrea Danti, Shutterstock, 2021.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há um quadro de cor verde, com as</p><p>palavras hipótese, experimento, resultado e</p><p>conclusão na cor branca, formando um círculo. A</p><p>palavra hipótese tem uma seta que está na</p><p>direção da palavra experimento, com uma seta</p><p>na direção da palavra resultado, com uma seta</p><p>na direção da palavra conclusão, com uma seta</p><p>na direção da palavra hipótese. Na imagem,</p><p>também há um braço de uma pessoa com uma</p><p>vareta na mão apontando para o quadro.</p><p>[...] é preciso trabalhar o olhar para operar com sensibilidade e</p><p>abertura para o concreto investigado. O olhar atento, aberto e</p><p>reflexivo capacita a perceber que os objetos concretos podem</p><p>oferecer resistências, “restos” que não se deixam enquadrar nas</p><p>proposições explicativas com as quais vamos operando.</p><p>03/05/2024,</p><p>17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 18/27</p><p>A escolha do problema de pesquisa não é neutra, nem desinteressada, uma vez</p><p>que se relaciona com condições práticas de produção, fontes de �nanciamento e</p><p>condições institucionais. Isso porque muitas dessas pesquisas respondem a</p><p>demandas de empresas, órgãos governamentais, institutos de pesquisa, centros</p><p>de tecnologia ou instituições educacionais.</p><p>A formulação do problema de pesquisa é sempre um desa�o</p><p>que se impõe ao pesquisador. É recomendado fazer a</p><p>formulação do problema na forma interrogativa, sendo que</p><p>essa estrutura poderá favorecer a �nalização do trabalho no</p><p>momento de apresentação das conclusões, mediante a</p><p>resposta ao questionamento inicial. Contudo, outras formas de</p><p>enunciado do problema são encontradas na literatura cientí�ca</p><p>também.</p><p>O problema de pesquisa em si deve ser viável e adequado a</p><p>investigação, dentro das condições práticas de sua execução,</p><p>como tempo, recursos materiais, humanos e �nanceiros.</p><p>Características relevantes são a clareza e a precisão com que</p><p>são empregados os termos na formulação do problema,</p><p>devendo guardar coerência e coesão dentro do campo de</p><p>conhecimento delimitado, além de informar os limites de sua</p><p>aplicabilidade. Os cuidados com os princípios éticos devem</p><p>ser observados na formulação da pesquisa cientí�ca em todas</p><p>as suas etapas.</p><p>Ter a real percepção de um problema é bem mais complexo do</p><p>que “achar” que sabe da existência dele. Para o pesquisador, o</p><p>problema precisa ser relevante cienti�camente, socialmente,</p><p>economicamente ou ambientalmente, isto é, ter relevância</p><p>para a sociedade. Mas, também, dependendo do tipo de</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 19/27</p><p>Na construção metodológica da pesquisa, a articulação entre escolha do tema e</p><p>a formulação do problema são o substrato necessário às etapas seguintes de</p><p>de�nição dos objetivos geral e especí�cos.</p><p>conhecimento criado sobre o problema, o pesquisador poderá</p><p>optar em descrever aspectos relacionados e possíveis</p><p>soluções.</p><p>Assim, a pesquisa poderá ampliar as discussões sobre o</p><p>problema, sem efetivamente resolvê-lo. Por isso, lembre-se de</p><p>que o conhecimento é construído e que, muitas vezes, propor a</p><p>resolução de um problema pode trazer frustrações. Dessa</p><p>forma, tema e problema assumem importância no escopo de</p><p>uma pesquisa, pois oferecem notoriedade à própria pesquisa e</p><p>ao pesquisador, encontram reconhecimento e relevância por</p><p>parte da sociedade, possuem escopo metodológico que os</p><p>fundamentam e reúnem elementos para a viabilidade de uma</p><p>pesquisa.</p><p>Você já pensou sobre o motivo de de�nirmos objetivos em uma pesquisa</p><p>cientí�ca ou em um trabalho acadêmico?</p><p>Ao de�nir os objetivos de um trabalho, você pode apresentar uma abordagem</p><p>histórica, ser descritivo ou trazer um propósito para o objeto geral, que possui</p><p>intimidade com o problema e com o tema. Pense, também, que os objetivos</p><p>especí�cos são de�nidos para estabelecerem etapas e nortearem</p><p>procedimentos de pesquisa, a �m de alcançar o objetivo geral.</p><p>1.4 Etapas da pesquisa científica: objetivos</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 20/27</p><p>Além disso, vale ressaltar que não se concebe projetos de pesquisa cientí�ca ou</p><p>acadêmica apenas para vermos seus objetivos comprovados, mas, sim, para que</p><p>demonstre a relevância do tema, a potencialidade do problema para novas</p><p>investigações e a possibilidade de novos conhecimentos que podem ser criados.</p><p>Com isso, na pesquisa cientí�ca, é de fundamental importância relacionar o</p><p>objetivo ao problema e às hipóteses, posto que, no �nal, o pesquisador constata</p><p>que cada um desses elementos responde o outro. Sobretudo, quando se trata de</p><p>pesquisadores com pouca experiência, convém ao orientador o papel de</p><p>efetivamente debater e atuar, visando a evitar um dos erros mais comuns nos</p><p>trabalhos acadêmicos: transcrever o problema no objetivo, fazendo o famoso</p><p>jogo de palavras por meio de sinônimos. Esse é um risco que, se não for</p><p>percebido, tende a colocar em cheque qualquer pesquisa.</p><p>Você deve ter claro, também, que a relação entre o problema e o objetivo será</p><p>mantida durante todo o processo de pesquisa, por isso, são complementares.</p><p>Essa complementariedade �ca evidente na di�culdade em formular os objetivos.</p><p>Conforme apresenta Minayo, Deslandes e Gomes (1994, p. 42), em uma pesquisa</p><p>cientí�ca, é possível a formulação de um objetivo geral “[...] de dimensões</p><p>amplas”, complementados por outros objetivos especí�cos.</p><p>Os métodos de veri�cação do conhecimento possuem uma história ao</p><p>longo do tempo. Além disso, os instrumentos de validação do</p><p>conhecimento sofreram e sofrem mudanças em cada época. A posição</p><p>ocupada pela tradição oral na validação e na con�abilidade do</p><p>conhecimento foi substituída pela escrita, contudo, essa transição foi</p><p>lenta e gradual. Burke (2016, p. 101) apresenta como exemplo uma</p><p>disputa entre o rei Henrique I e o arcebispo Canterbury, no século XII, em</p><p>que os defensores do rei se referem a uma carta enviada pelo papa em</p><p>apoio ao arcebispo como “[...] nada mais do que um pergaminho de pele</p><p>de ovelha marcado com tinta preta”, indigno de comparação com as falas</p><p>de três bispos. Atualmente, escrita e tradição oral ocupam espaço como</p><p>instrumentos de validação e con�abilidade do conhecimento.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 21/27</p><p>Figura 5 - Características dos tipos de objetivos geral e específicos aplicados em pesquisa científica.</p><p>Fonte: MINAYO, DESLANDES e GOMES, 1994, p. 42.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há um esquema com as</p><p>características dos tipos de objetivos geral e</p><p>específicos aplicados em pesquisa científica. No</p><p>esquema, há dois retângulos na cor laranja e</p><p>duas "lacunas" na cor cinza. O retângulo do lado</p><p>esquerdo mostra o objetivo geral e o retângulo</p><p>do lado direito mostra os objetivos específicos.</p><p>Ademais, vale dizer que o exercício de elaboração dos objetivos é complexo, por</p><p>isso, o pesquisador deve ter sempre em mente o problema de pesquisa, caso</p><p>contrário, tende a cometer outro erro comum: dividir o objetivo geral entre os</p><p>objetivos especí�cos, enquanto que, conforme caracterizado, os objetivos</p><p>especí�cos são etapas para se alcançar o objetivo geral. Aliás, não pense que</p><p>esse tipo de erro é cometido apenas por pesquisadores inexperientes, uma vez</p><p>que ocorre com estudantes de graduação, especialização, mestrado e</p><p>doutorado.</p><p>Objetivos realistas não são de�nidos de forma displicente ou apenas escritos</p><p>para satisfazer uma etapa do projeto de pesquisa, por isso, também é importante</p><p>dimensionar a contribuição do trabalho de pesquisa para a ciência. Isso signi�ca</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 22/27</p><p>que, de forma geral, todas as pesquisas oferecem contribuições, mas</p><p>pouquíssimas revolucionam a ciência, pois esse não é o objetivo máximo da</p><p>pesquisa, mas, sim, o primeiro, que é robustecer a ciência e criar conhecimento</p><p>novo.</p><p>Como você sabe, os objetivos de uma pesquisa podem oferecer possibilidades</p><p>interessantes para a pesquisa, mas, também, podem signi�car uma cilada, ou</p><p>seja, tornar o trabalho sem efeito e genérico, cujo desdobramento é perceptível</p><p>na vulnerabilidade das conclusões. Nesse contexto, Larocca, Rosso e Souza</p><p>(2005, p. 126-127) apresentam categorias de objetivos de pesquisa, conforme</p><p>identi�cados no quadro a seguir.</p><p>Você pode aprender um pouco mais sobre a complexidade, os requisitos e</p><p>a importância do processo de elaboração de objetivos para uma pesquisa</p><p>com a leitura do texto “Como Elaborar Objetivos de Pesquisa”,</p><p>de Sandra</p><p>Mattos. Ele está disponível no botão a seguir.</p><p>Acesse (https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-</p><p>pesquisa-sandra-mattos.html)</p><p>VOCÊ QUER LER?</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 23/27</p><p>https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-pesquisa-sandra-mattos.html</p><p>https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-pesquisa-sandra-mattos.html</p><p>https://docplayer.com.br/33106200-Como-elaborar-objetivos-de-pesquisa-sandra-mattos.html</p><p>Quadro 2 - Classificação geral das categorias de objetivos de pesquisa.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em LAROCCA, ROSSO e SOUZA, 2005.</p><p>#PraCegoVer</p><p>Na imagem, há um quadro sobre a classificação</p><p>geral das categorias de objetivos de pesquisa. No</p><p>quadro, há quatro retângulos na cor laranja e</p><p>quatro colunas na cor cinza. O primeiro</p><p>retângulo mostra os objetivos compreensivos, o</p><p>segundo retângulo mostra os objetivos</p><p>avaliativos, o terceiro retângulo mostra os</p><p>objetivos propositivos e o quarto retângulo</p><p>mostra os objetivos descritivos.</p><p>O objetivo de um projeto de pesquisa enfatiza a verdadeira expressão do</p><p>signi�cado da pesquisa, contudo, ele não é determinante para o êxito, mas, de</p><p>forma isolada, pode fragilizar signi�cativamente uma pesquisa.</p><p>Sendo assim, a metodologia cientí�ca, desde sua criação histórica e social, tem</p><p>contribuído de forma signi�cativa para a criação do conhecimento de maneira</p><p>sistemática, rigorosa e racional, desenvolvendo e aplicando métodos e</p><p>tecnologias capazes de proporem soluções a problemas e questões emergentes</p><p>e contemporâneos.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 24/27</p><p>Você concluiu os estudos sobre a contribuição da metodologia cientí�ca para a</p><p>criação do conhecimento. Com essa discussão, esperamos que você se sinta</p><p>competente para de�nir um projeto de pesquisa, distinguir os diferentes tipos de</p><p>conhecimento, re�etir sobre as etapas da pesquisa e compreender a relação</p><p>estabelecida entre tema, problema e objetivos na pesquisa cientí�ca.</p><p>Nesta unidade, você teve a oportunidade de:</p><p>entender os princípios da ciência e do conhecimento</p><p>cientí�co;</p><p>analisar as relações do conhecimento cientí�co com a</p><p>sociedade;</p><p>entender a metodologia cientí�ca como um processo de</p><p>pesquisa;</p><p>compreender o que são tema e problema de pesquisa;</p><p>compreender o que são os objetivos de uma pesquisa;</p><p>identi�car temas, problema e objetivos de pesquisa.</p><p>Clique para baixar conteúdo deste tema.</p><p>BONIN, J. A. Delineamentos para pensar a metodologia como práxis na</p><p>pesquisa em comunicação. 2010. Disponível em: <</p><p>(http://www.processocom.org/wp-content/uploads/2015/08/BONIN-</p><p>Referências</p><p>03/05/2024, 17:43 Metodologia Científica</p><p>https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=YMOBksCA0G%2bu21cN533uYg%3d%3d&l=rPqGXYAZM5wiyL%2bzTpvSCQ%3d%3d&… 25/27</p><p>http://www.processocom.org/wp-content/uploads/2015/08/BONIN-Rastros-2010.pdf.%20Acesso%20em%20fev./2018</p><p>Rastros-</p><p>2010.pdf.%20Acesso%20em%20fev./2018)http://www.processocom.org/</p><p>wp-content/uploads/2015/08/BONIN-Rastros-2010.pdf</p><p>(http://www.processocom.org/wp-content/uploads/2015/08/BONIN-</p><p>Rastros-2010.pdf)>. Acesso em: 24/02/2018.</p><p>BURKE, P. O que é história do conhecimento?. São Paulo: UNESP, 2016.</p><p>CHAUI, M. Convite à Filoso�a. São Paulo: Ática, 2010.</p><p>DEMO, P. Metodologia Cientí�ca em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas,</p><p>1995.</p><p>FRANCELIN, M. M. Ciência, senso comum e revoluções cientí�cas:</p><p>ressonâncias e paradoxos. Ci. Inf. 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