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1 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE CABO VERDE 
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 
4º ANO – 1º SEMESTRE, ANO LETIVO 2021/2022 
ENSINO CLINICO EM SAÚDE FAMILIAR E COMUNITÁRIA (VII) 
 
 
 
Dossier de aprendizagem 
 
 
 
 
 
Discente: 
Ilias Costa 
 
 
 
Praia, Janeiro de 2022 
2 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE CABO VERDE 
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 
4º ANO – 1º SEMESTRE, ANO LETIVO 2021/2022 
ENSINO CLINICO EM SAÚDE FAMILIAR E COMUNITÁRIA (VII) 
 
 
 
Dossier de aprendizagem 
 
 
 
 
 
Discente: 
Ilias Costa 
 
Supervisora: Denise Cardoso 
 
Praia, Janeiro de 2022 
3 
 
SUMÁRIO 
I- Introdução ...............................................................................................................5 
II- Caracterização do Centro de Saúde de Tira-Chapéu ..............................................6 
III- Estudo de caso ........................................................................................................9 
3.1- Objetivo geral: ....................................................................................................... 9 
3.2- Objetivos específicos: ............................................................................................ 9 
3.3- Enquadramento teórico ........................................................................................ 10 
3.4- Colheita de dados segundo Modelo de Calgary .................................................. 12 
3.4.1. Avaliação estrutural ....................................................................................... 12 
3.4.2- Desenvolvimento: ......................................................................................... 15 
3.4.3- Categoria funcional: ...................................................................................... 15 
3.4.4- Exame físico .................................................................................................. 16 
3.5- Apreciação da família .......................................................................................... 18 
3.6- Levantamento de problemas ................................................................................ 18 
3.6- Plano de cuidados realizado segundo a taxonomia NANDA, 2018-2020. .......... 19 
3.7- Conclusão do Estudo de caso .............................................................................. 20 
IV- Relatório de síntese e apreciação crítica do ensino clínico ..................................21 
V- Conclusão .............................................................................................................23 
VI- Referências bibliográficas ....................................................................................24 
VII- Anexos ..................................................................................................................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Agradecimentos 
Primeiramente agradeço a Deus pela saúde e a oportunidade, de ter realizado 
este Ensino Clinico. Agradeço a todos os profissionais do Centro de Saúde em 
especial aos enfermeiros Nira Dias, Leila Lopes, Orlando, e a auxiliar de enfermagem 
Lucia pelo acolhimento e orientações e pela disponibilidade com que fui recebido. 
Agradeço também a minha supervisora Denise Cardoso pela disponibilidade 
por estar sempre disponível para esclarecer dúvidas e pelas orientações. 
Também agradeço aos meus colegas pelo apoio, pela paciência, 
disponibilidade, esclarecimentos das dúvidas e principalmente pelo espirito de 
equipa, e a todos que de alguma forma contribuíram para a realização desse Ensino 
Clinico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
I- Introdução 
No âmbito da unidade curricular, Ensino Clinico VII em Saúde Familiar e 
comunitária, no 4ºano de licenciatura em Enfermagem 2ºsimestre foi elaborado um dossiê 
de aprendizagem descrevendo o percurso no Ensino Clinico VII, sendo esta unidade 
curricular de estrema importância para a nossa vida estudantil, e profissional, o ensino 
clinico que teve um período de 5 semanas e que decorreu entre os dias 7 de Dezembro e 
14 de janeiro. 
O ensino clinico é de extrema importância uma vez que, permite ao estudante 
aplicar os seus conhecimentos teóricos nas realizações das práticas, ou seja no contexto 
real, ganhando assim maior destreza manual. O conhecimento é um processo dinâmico, 
é importante que está construção seja feita de forma solida, para isso, precisámos de correr 
atrás das informações. No decorrer do ensino clinico foi proposto os seguintes objetivo 
em detrimento da competência a atingir durante o mesmo: 
Objetivos Geral: Aprofundar competências no âmbito da enfermagem familiar e 
comunitária. 
Objetivo especifico: 
 Assimilar os conteúdos lecionados para melhor compreensão; 
 Desenvolver as competências anteriormente aprendidas; 
 Desenvolver conhecimentos suficientes no âmbito dos cuidados primários para 
posteriormente intervir; 
 Realizar trabalhos com qualidade a nível de familiar e comunitário; 
 Recolher dados credíveis e com qualidade para melhor realização compreensão 
do caso; 
 Criar planos e estratégicas para a intervenção familiar. 
O dossiê conforme o guia proposto para elaboração do referido documento está 
estruturado da seguinte forma: primeiramente foi elaborado uma caracterização do centro 
de saúde em que se realizou o ensino clinico VII- que vai ser apresentado uma 
caracterização funcional do mesmo, em seguida segue a ilustração do estudo de caso 
realizado a uma família da nossa escolha seguindo o modelo de avaliação familiar de 
Calgary, seguindo-se de um relatório de síntese e apreciação crítica do ensino clínico e 
finalizando com a conclusão e referências bibliográficas. 
6 
 
II- Caracterização do centro de saúde de Tira-Chapéu 
O Centro de Saúde de Tira Chapéu, fica situado na localidade de Tira Chapéu, 
Cidade da Praia, Ilha de Santiago em Cabo Verde. É um dos bairros mais pequenos, ao 
Norte da Cidade, a pouco mais de 1 Km a Oeste do Plateau que é o Centro da Cidade. 
Possuí cerca de 150 hectares, o seu comprimento é de 680 metros a Leste e a sua largura 
vária mais de 660 metros a norte do centro e menos de 200 metros na parte mais ao norte, 
numa Latitude de 14.916868 e 23.521943 de Longitude. Foi construído e equipado no 
quadro da cooperação entre a república de cabo verde e a união europeia, inaugurado a, 
20 de maio de janeiro de 2009 por sua excelência o primeiro-ministro de cabo verde José 
Maria Neves. O centro de saúde funciona de segunda a sexta-feira das 08h às 15h, tendo 
como enfermeiro chefe o enfermeiro Orlando Moreno e diretora médica a Dra. Elisabeth 
Mosso. 
O centro de saúde de tira chapéu é uma instituição de referência, dão cobertura a 
um grande número da população com cerca de 5785 pessoas dos quais, 2974 são do sexo 
masculino e 2811 do sexo feminino bem como a zona de Bela Vista, Terra Branca, Alto 
da Glória, Palmarejo, Cidadela, Palmarejo Grande, Caiada. 
Estrutura 
Rés-do-chão: Logo à entrada há um balcão/recepção e uma sala de espera que no 
momento recebe um número restrito de pessoas devido a pandemia de covid-19, por essa 
razão as pessoas aguardam no lado de fora. Dispõem de uma sala de curativos e injetáveis 
onde fazem tratamento das feridas e injeções, a responsável da sala é uma enfermeira e 
de momento encontra-se um agente sanitário. 
Em seguida tem uma farmácia em que fornecem medicamentos às pessoas que 
foram dadas assistências no centro. Para adquirirem os medicamentos paga uma taxa de 
150 escudos, e as pessoas que tem cadastro social nível I e II, os pensionistas, crianças 
até 5 anos, ou grávidas são isentas da taxa. 
Na sala de triagem tem uma enfermeira, também realizam vários procedimentos 
de enfermagem, atendem cerca de 30 a 40 pessoas por dia. Tem uma sala de atendimentos 
aos idosos toda terça e quinta-feira, são realizadasconsulta de enfermagem aos idosos 
com doenças crónicas, são feitas educações para saúde sobre vários temas como 
alimentação, prática de exercícios físicos, regime terapêuticas e entre outros. 
7 
 
Dispõem de uma sala onde faziam atendimentos aos adolescentes, contudo neste 
momento funciona como sala de vacinação contra covid-19, tem dois enfermeiros. São 
feitos testes de covid (PCR e teste rápido). 
Dispõem de 3 consultórios médicos e 1 sala de radiografia que de momento não 
funciona, 1 dispensa e casa de banho para os utentes. 
Primeiro piso: Possui uma sala onde realizam atividades com as pessoas 
toxicodependentes todas as terças e quinta-feira e que são organizadas pelas assistentes 
sociais, reuniões com os profissionais do centro. 
Existe uma sala de atendimento a crianças onde são feitas as avaliações do 
crescimento e desenvolvimento das crianças, são administradas vacinas de segunda a 
sexta-feira são atendidas em média 30 a 40 crianças. Onde também realizam a 
administração das vacinas em crianças, são administradas de Segunda a sexta-feira: VPO 
(contra poliomielite), Pentavalente (contra Difteria, Tétano, Pertusis, Hemophilus inf. B, 
Hepatite B) e VPI (contra poliomielite injetável) de segunda a sexta; Tríplice Viral 
(contra parotidite, Rubéola, sarampo) quarta-feira e sexta-feira: Febra amarela terças e 
quinta. 
Tem uma sala de saúde reprodutiva, onde fazem consulta de pré-natal todos os 
dias das 8h às 12h e planeamento familiar a partir das 12:30, são feitos exames citológicos 
e vacinas de HPV nas crianças de 10 a 11 anos todas as quartas-feiras, e são atendidas 
cerca de 10 a 15 grávidas por dia. 
Há uma sala de psicologia onde realizam consultas todas as segundas e quartas-
feiras. Também tem consultas médicas em que segunda-feira fazem consultas para 
pessoas com VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) e PTV (Prevenção de 
Transmissão Vertical). Terça e quinta-feira são consultas para as grávidas e na sexta é 
consulta de pós-parto. As consultas de pediatria são realizadas todas as segundas e 
quartas-feiras e consulta de nutrição segunda e quarta-feira. 
Tem uma sala de assistente social em que todas as segundas, quartas e sexta-feira 
realizam visitas domiciliaria juntamente com os enfermeiros e os médicos. 
Dispõem também de um refeitório, sala de batas de homem e mulher, sala do 
pessoal do serviço. 
8 
 
Recursos humanos 
Dispõem de 9 enfermeiros, 6 médicos, 1 assistente administrativa, 1 auxiliar de 
enfermagem, 4 agentes de serviço geral, 2 motoristas, 3 assistentes social, 2 psicólogas, 
1 fisioterapeuta, 1 nutricionista, 3 auxiliares administrativo e 1 farmacêutica. 
De acordo com as zonas de coberturas e número de pessoas que esse centro 
abrange, nota-se uma insuficiência de recursos humanos visto que o número de 
enfermeiros é insuficiente para dar resposta as demandas da comunidade. Nota-se que os 
enfermeiros ficam sobrecarregados com essas demandas o que afeta na organização de 
serviços e na sua prestação, e com a situação de Covid-19 torna-se ainda mais complicada 
pois alguns profissionais encontram-se infetados com covid-19 o que reduz ainda mais o 
número de profissional no serviço. 
Recursos humanos estes que são de muita importância também nas visitas 
domiciliares pois quando esses recursos são insuficientes no centro a parte da visita 
domiciliar é o que fica mais prejudicado porque os profissionais mesmo com a 
disponibilidade de ir a comunidade sentem essa dificuldade pelo número insuficiente de 
enfermeiros. 
Porém independentemente dos recursos humanos serem baixo, a dinâmica e 
trabalho de uma equipa multidisciplinar dos profissionais deste centro é positivo, visto 
que mesmo com os poucos recursos eles buscam dar uma resposta à altura do que é 
desejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
III- Estudo de caso 
No âmbito da unidade curricular, do ensino clinico VII em enfermagem saúde 
Familiar e comunitária, que se integra no 4º ano, 1° semestre do Curso de Licenciatura 
em Enfermagem, no Centro de Centro de Saúde de Tira Chapéu, foi nos proposto realizar 
um estudo de caso, baseado no Modelo de Calgary ,em que escolhemos uma família, por 
meio de um membro, a qual iremos elaborar um conjunto de planos e intervenções de 
acordo com a nossa capacidade de intervir para a melhoria e o progresso da família em 
estudo, e o mesmo. 
Segundo (Yin, 2011), o estudo de caso é o método que visa compreender 
fenômenos sociais complexos, preservando as características holísticas e significativas 
dos eventos da vida real, ainda o mesmo refere que é uma investigação empírica que 
avalia um fenômeno contemporâneo em profundidade e dentro de seu contexto de vida 
real, especialmente quando os limites entre fenômeno e contexto não são claramente 
evidentes. 
A escolha da utente deve se ao facto de ser um bebe de 6 meses de idade, que vai 
ser iniciado a introdução da alimentação mista (leite materno e outros alimentos) e que já 
se encontra com um peso elevado para a sua idade, assim apareceu uma oportunidade de 
conhecer a família no seu contexto principalmente no que tange a alimentação e orientar 
a mãe de modo que a introdução alimentar no bebé seja o mais adequado possível de 
modo a evitar possíveis complicações relacionado ao peso elevado nesse bebe. 
3.1- Objetivo geral: 
 Conhecer a família em estudo no seu contexto (segundo o modelo Calgary para 
avaliação Familiar). 
3.2- Objetivos específicos: 
 Realizar uma visita domiciliar; 
 Identificar as principais necessidades humanas básicas afetadas; 
 Elaborar um plano de cuidados segundo a Taxonomia CIPE (2015), direcionados as 
necessidades humanas básicas afetadas; 
 Desenvolver capacidades para a construção de um processo de enfermagem à família. 
 
 
10 
 
3.3- Enquadramento teórico 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno 
exclusivo (AME) até os seis meses em livre demanda, pois o leite materno é capaz de 
satisfazer todas as necessidades nutricionais de crianças nesta faixa etária sem a 
necessidade da introdução de nenhum outro alimento ou bebida. (SILVA, MP; MELLO, 
2021) 
Além disso, a OMS orienta que qualquer outro alimento ou bebida ofertado nesse 
período é considerado como alimento complementar, ainda que seja leite de origem 
animal. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno comprovadamente evita 
mortes infantis, diarreia, infecções respiratórias, reduz o risco de alergias e de obesidade, 
melhora a nutrição, promove o bom desenvolvimento da cavidade bucal, protege a mãe 
contra o câncer de mama, além de ter menor custo financeiro. (SILVA, MP; MELLO, 
2021) 
Os primeiros anos de vida de uma criança são caracterizados por rápida velocidade 
de crescimento e desenvolvimento, tendo a alimentação um papel fundamental para 
assegurar que tais fenômenos ocorram de forma adequada. A qualidade e a quantidade de 
alimentos consumidos pela criança são aspectos críticos e têm repercussões ao longo de 
toda a vida, associando-se ao perfil de saúde e nutrição, já que a infância é um dos estágios 
da vida biologicamente mais vulnerável às deficiências e aos distúrbios nutricionais 
(Lopes, et al. 2017). 
A introdução inadequada de alimentos à dieta do lactente pode resultar em 
consequências danosas para a saúde, principalmente quando a oferta é realizada antes do 
completo desenvolvimento fisiológico (Lopes, et al. 2017). 
Existem inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas para diagnosticar a 
obesidade. Pela facilidade e baixo custo, o índice de massa corporal (IMC) – quociente 
entre peso e o quadrado da altura – tem sido preconizado pela Organização Mundial de 
Saúde (OMS) para a verificação do estado nutricional em crianças e adolescentes. Além 
disso, outros métodos de avaliação corpórea podem também ser utilizados, como dobras 
cutâneas, bioimpedância e circunferência abdominal, uma vez que, nem todo excesso depeso e IMC elevado representam rigorosamente um aumento da adiposidade (ALMEIDA 
CA, et al. 2018). 
11 
 
É importante salientar que a obesidade infanto-juvenil está associada ao aumento 
do risco de desenvolvimento de muitas comorbidades, como intolerância à glicose e 
diabetes mellitus, doenças renais crônicas, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e 
alterações na estrutura e função cardíacas, doença hepática não alcoólica e apneia 
obstrutiva do sono (SANTOS AJ, et al., 2016). 
Além disso, ela traz consequências psicológicas graves para a vida da criança e 
do adolescente, que incluem baixa autoestima, imagem corporal distorcida, ansiedade e 
depressão (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2019). 
Tendo em vista essa relação causal da obesidade infantil com essas patologias, 
torna-se cada vez mais importante buscar estratégias para a sua prevenção, sendo uma 
delas a prática do aleitamento materno (ALMEIDA CA, et al., 2018). 
Acredita-se que a alimentação recebida no início da vida impacta diretamente na 
origem dos desvios nutricionais. Nesse contexto, o leite materno é o melhor alimento a 
ser ofertado ao neonato e proporciona múltiplos benefícios, tanto para a mãe quanto para 
o filho. A ingestão do leite materno é capaz de suprir as necessidades nutritivas dos 
primeiros meses e, no segundo ano de vida, permanece como essencial fonte de vitaminas, 
proteínas e gorduras (SANTOS AJ, et al., 2016). 
Além de ser um alimento de alto valor nutricional e isento de contaminação, 
fornece o ganho de peso adequado, oferece energia, proteção imunológica, estimula o 
vínculo afetivo, protege as vias respiratórias e o trato gastrointestinal contra doenças 
infecciosas e, para a mãe, pode ser um fator de proteção contra câncer de mama e ovário 
(SANTOS AJ, et al., 2016). 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3.4- Colheita de dados segundo modelo de Calgary 
Segundo Monteiro et.al (2016), O Modelo Calgary de Avaliação Familiar é 
composto por três categorias principais: a estrutural, a de desenvolvimento e a funcional. 
O Modelo Calgary de Intervenção Familiar (MCIF) realiza a intersecção dos domínios de 
funcionamento (cognitivo, afetivo e comportamental) com as intervenções familiares. 
O Modelo Calgary de Avaliação Familiar (MCAF) propõe esta possibilidade. 
Apresenta a família e todo seu contexto inserido, baseada no conceito de sistemas, na 
comunicação e mudança, sendo constituído por três categorias principais: estrutural, de 
desenvolvimento e funcional. 
Instrumentos utilizados para ampliar a abordagem de avaliação das famílias são: 
Genograma e Ecomapa. 
O Genograma é a descrição gráfica da estrutura e os vínculos de uma família, sua 
construção é considerada uma boa estratégia para ampliar a colheita e favorece a análise 
qualitativa da história da família. 
 O ecomapa é uma representação gráfica dos contatos dos membros com os outros 
vínculos sociais, identifica as relações e ligações da família com o meio em que vive. 
(Santos, Ferreira, Gomes, Araújo & Souza 2015). 
 
3.4.1. Avaliação estrutural 
 Interna 
A família é constituída por um grupo de pessoas que se relacionam entre si e são 
unidas por laços de consanguinidade, interesse ou apenas afetivos e que convivem em um 
contexto histórico, cultural, físico e político, permitindo uma identidade própria 
(Figueiredo & Martins, 2010) 
A família Sargaço se identifica como uma família nuclear, composta por 5 
pessoas, a mãe o pai e os 3 filhos. A casa em que vivem fica situado em achadinha e é de 
propriedade da própria família. 
O utente em estudo JMS é um bebe de 6 meses de idade, de sexo masculino 
nascido em 2021, de parto eutócico pós 37 semanas de gravidez, segundo a mãe não 
13 
 
apresenta nenhum tipo de doença. A entrevistada, mãe do utente em estudo RMS de 31 
anos de idade, de sexo feminino, heterossexual, estudou até o 8º ano de escolaridade, 
desempregada no momento, não referiu nenhum problema de saúde, filha de JM de 62 
anos de idade, de sexo masculino, heterossexual, segundo a entrevistada não tem nenhum 
problema de saúde, e de MM de sexo feminino de 57 anos de idade, doméstica, 
heterossexual segundo a entrevistada ela é Diabética. 
A entrevistada tem 8 irmãos, 5 do sexo feminino e 3 do sexo masculino, todos são 
heterossexuais, o irmão mais velho tem 34 anos e o mais novo tem 22 anos de idade. Ela 
vive em união de facto com PMS de 41 anos de idade, de sexo masculino, heterossexual, 
concluiu o ensino superior, trabalha na empresa MTCV. 
Na primeira relação a entrevistada teve uma filha que é a primeira filha de 12 anos 
de idade, heterossexual, frequenta o 7º do ensino secundário. Na atual relação ela teve 3 
filhos, a segunda filha de 6 anos de idade heterossexual, frequenta o ensino básico e o 
filho mais novo têm 6 meses de idade do sexo masculino. 
Genograma 
 
 
 
 
 
Legenda do Genograma: 
 
 
 
 
 
 
Masculino 
Diabetes Mielitos 
RMS Pessoa entrevistada 
JSS Utente em estudo 
Separação 
Relacionamento familiar 
Familia em estudo 
Feminino 
14 
 
Ligação muito forte Ligação forte Ligação moderada Ligação superficial 
Familia Sargaço 
Centro de saúde 
de Tira chápeu 
Avô materna 
Igreja 
Escola 
Amigos 
Parentes 
Vizinhos 
 Externa 
No que diz respeito a estrutura externa, está família possui supra sistemas tais 
como, parentes, amigos, irmãos e vizinhos. Verificou-se que a família dispunha de 
diversos elementos do supra sistema familiar, ou seja, da rede de suporte social, como 
amigos, parentes, centro de saúde, vizinhos e escolas. 
Ecomapa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda do ecomapa 
 
 
 
 Contexto 
A família pertence a raça negra, língua materna crioulo, sendo de classe social 
media visto que numa família de 5 pessoas apenas o pai tem emprego fixo e cobre as 
despesas da casa com uma renda mensal de cerca de 40.000 escudos, e todos são católicos 
não praticantes. A entrevistada refere que condição econômica e a religião não afeta na 
procura e acesso aos serviços de saúde. 
15 
 
A casa é de propriedade da própria família, fica localizada em achadinha, é um 
T2, bem organizada possui uma cozinha, uma casa de banho ligado a uma rede de esgoto 
ligado a uma fossa séptica. Tem acesso a luz elétrica e água canalizada, consomem água 
engarrafadas. A casa tem uma boa iluminação, mas não possui boa ventilação tem janelas, 
mas permanecem a maior parte do tempo fechadas. A estrada que dá acesso a mesma é 
calcetada e a rua possui uma boa iluminação e proteção, tem acesso aos transportes 
públicos, nessa comunidade possui uma escola de EBI, no caminho da casa ao centro tem 
um total de 30 min. 
3.4.2- Desenvolvimento: 
 Estágios e Tarefas: 
Em relação aos estágios do ciclo vital da família segundo as etapas do ciclo vital 
definidas por Relvas a família encontra-se no estágio três de famílias com filhos em que 
a mãe e o pai desempenham o seu papel e assumem os seus compromissos, em que a mãe 
no momento desempregada desempenha mais as tarefas domesticas e cuida das crianças 
e o pai trabalha e contribui economicamente com as despesas. 
 Vínculos: 
Segundo o que foi afirmado pela entrevistada relativamente aos vínculos afetivos 
entre os membros da família há um bom relacionamento, em que cada membro respeita 
a opinião de cada integrante da família, e que o seu relacionamento é a base do respeito e 
do diálogo permitindo-lhes estabelecer uma relação saudável e amigável. 
3.4.3- Categoria funcional: 
 Instrumental e Expressiva 
Realçando que na família não existe pessoa idosa que vive entre eles e não levando 
a necessidade de aplicação das diferentes escalas de avaliação. A família realiza as suas 
atividades de vida diária sem dificuldades demonstrando um bom nível de funcionalidade 
e interatividade, tem respeito aos horários de alimentação e sono, as crianças realizam as 
3 refeições diárias e lanches, eles têm o habito de sentar-se àmesa e realizar as refeições 
todos juntos. A comunicação entre a família é saudável em que todos expressão seus 
sentimentos e todos têm a sua vez e voz, evidenciando o respeito e a empatia no centro 
das suas conversas e ações. 
16 
 
Os membros dessa família, comunicam entre si de forma respeitosa, possuem 
relação harmoniosa, realçando que dentro da família não tem aquele que recebe o título 
de chefe da casa, mas sim de representante da família, segundo a entrevistada eles tem 
um bom convívio e quando tem algum desentendimento, o resolvem com o diálogo. 
3.4.4- Exame físico 
O exame físico foi realizado a um membro que nos levou a escolha da família. O 
exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico e além de complementar a 
anamnese (entrevista clínica), fornece uma visão do utente como um todo, não 
segmentada. 
Para elaboração desse estudo, os dados recolhidos foram obtidos através de uma 
entrevista aberta com consentimento livre informado e para realização do mesmo as 
técnicas baseadas foram os seguintes: 
 Inspeção 
 Auscultação 
 Palpação 
 Olfato 
 Percussão 
Antecedentes pessoas 
Gestação de 37 semanas e 2 dias, parto Hospitalar, eutócico, PN-3100g, estatura 
48cm, PC-33 cm, Índice de APGAR-9/10, vacinação até aos 6 meses completa segundo 
o esquema nacional, AME 6 meses. Bom desenvolvimento neuro-psicomotor. 
Antecedentes familiares 
Mãe: 31 anos, G4P3A1, saudável; Pai:41 anos, saudável; irmãs de 12 anos e de 6 
anos, saudáveis. 
Exame físico: Céfalo caudal 
Cabeça: a palpação o crânio apresenta normocefálica, forma achatada, possui 
cabelo bem implantado, negro; fontanela bregmática e lambdoide normotensa. 
Face: simétrica, atípica e sem lesões aparente, expressão facial normal. 
17 
 
Olhos: pupilas isocóricas, redondas de tamanho normal e reativas à luz, 
esclerótica cor branca e limpa, íris de cor castanho-escuro, apresenta estrabismo. 
Ouvidos: estão bem implantadas (ápice do pavilhão auricular cruza uma linha 
imaginária com o ângulo lateral do olho), simétricas e com coloração igual à da pele. Boa 
higiene do pavilhão auricular e do conduto auditivo externo do ouvido, sem presença de 
lesões e malformação, sem sinais de dor a palpação do pavilhão auricular, possui 
substâncias serosas, apresenta boa acuidade auditiva. 
Nariz: simétricos, as asas do nariz sem alargamento, septo sem deformações, 
adejo ausente, com sinal de secreções, sem sinais de dor a palpação dos seios nasais. 
Boca: lábios simétricos, cavidade oral humedecida, lisa e rosada e com bom 
aspecto de higiene, sem sinais de infeção, língua íntegra, gengivas íntegras. 
Pescoço: Pescoço cilíndrico, na linha media do corpo. 
Tórax: simétrico, mamilos localizados na linha hemiclavicular, com simetria na 
expansão torácica. Apresenta respiração superficial, 30 ciclos por minuto 
Abdómen: mole, indolor á palpação, não apresenta nenhuma anomalia. 
Membros superiores: íntegros, sem presença de edema; unhas limpas, 
mobilidade dos membros superiores sem alterações. 
Membros inferiores: íntegros e sem presença de edemas, unhas limpas e sem 
sinais de infeções, também apresenta pouco mobilidade dos membros inferiores. 
Pênis: Encontra-se íntegra, com tamanho normal sem prurido, e sem alteração da 
coloração. 
Ânus: íntegro, com higiene satisfatória, eliminação vesical e intestinal presente 
de características fisiológicas. 
Pele: íntegra, macia e húmida e aparentemente normocoradas. 
 
 
 
18 
 
Avaliação do estado ponderal 
Neste momento aos 6 meses de idade a criança encontra-se com um peso de 9.900 
kg, Perímetro Cefálico (PC) de 68 cm e Estatura 68 cm de acordo com a avaliação do 
estado nutricional feita pela medição Antropométrica, indica-nos que a criança se 
encontra com peso elevado para idade (com o valor maior que o percentil 97). 
Avaliação do Desenvolvimento Neuro-Psicomotor 
Aos 6 meses de idade a criança é capaz de sentar-se com apoio, ri com 
gargalhadas, gira a cabeça em direção ao som da voz e emite sons. 
 
Contexto Familiar e Sócio – Comunitário 
A criança vive com os pais e irmãos, num bairro tranquilo, com iluminação 
pública, com rede de esgoto, com acesso ao transporte, estrada calcetada, e acesso a 
comunicação. 
3.5- Apreciação da família 
A família Sargaço de acordo com a escala de APGAR familiar de (SMILKTEIN) 
que avalia a funcionalidade da família, esta é funcional, em que todos se preocupam com 
o bem estar e proteção de todos os elementos da família. 
 3.6- Levantamento de Problemas 
No que tange ao levantamento dos problemas baseamos nos dados de acordo 
com o modelo de Calgary para avaliação familiar, levando em conta as três etapas do 
modelo. 
Categoria Funcional: 
 Hábitos alimentares desadequados; 
Contexto: 
 Ambiente: 
 Ventilação inadequada; 
 Bebe faz uso de andador sem garantia de segurança.
19 
 
3.6- Plano de cuidados realizado segundo a taxonomia NANDA, 2018-2020. 
 
 
Diagnostico de enfermagem segundo 
NANDA- 2018-2020 
Intervenções autónomas Intervenções interdependentes Avaliação 
Sobrepeso relacionada com aumento 
rápido de peso durante a amamentação 
 Orientar a família sobre a nutrição; 
 Orientar sobre a importância da 
amamentação. 
 Avaliar o peso da criança; 
 Avaliar desenvolvimento da 
criança. 
 
Desenvolvimento da criança inadequado 
relacionado peso elevado para a idade. 
 Promover desenvolvimento infantil: 
 Ensinar família sobre desenvolvimento 
infantil. 
 Avaliar os dados 
antropométricos da criança 
periodicamente; 
 Ensinar sobre alimentação 
infantil. 
 
Risco de crescimento desproporcional  Orientar a família sobre a introdução 
adequada dos alimentos. 
 Avaliar os dados 
antropométricos da criança 
periodicamente. 
 
Risco de queda relacionada com 
conhecimento insuficiente sobre 
precauções de segurança 
 Avaliar o ambiente; 
 Orientar a família sobre os riscos de 
queda; 
 Orientar ao controle do ambiente. 
 Ensinar a família sobre a 
prevenção de quedas; 
 Avaliar conhecimento sobre 
segurança ambiental. 
 
20 
 
3.7- Conclusão do Estudo de caso 
 
O estudo de caso permitiu conhecer bem a família, e obter informações suficientes 
que enriqueceram os meus conhecimentos, e que deram luz aos conhecimentos já 
adquiridos, trata-se de uma família com filhos pequenos e que o mais novo integrante é 
um bebe com 6 meses, e que nessa faze inicia-se a introdução alimentar, visto que é um 
bebe com um peso elevado para a sua idade, esta fase se torna urgentemente muito 
importante pois é a partir da alimentação a situação pode se resolver ou complicar-se. 
Assim a minha apreciação e intervenções perspectivava-se como um bom 
instrumento e aliado para proporcionar uma alimentação adequada e uma melhor 
qualidade de vida não só para o bebe como também para a própria família. 
De acordo com os objetivos traçados para este estudo de caso posso dizer que 
consegui alcançá-los, e isso deve-se a orientação da minha supervisora e disponibilidade 
da família, a quem deixo os meus agradecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
IV- Relatório de síntese e apreciação crítica do ensino clínico 
No âmbito da unidade curricular Ensino Clínico VII (Ensino Clínico em 
enfermagem de familiar e comunitária), que se integra no 4º ano, 2° semestre do Curso 
de Licenciatura em Enfermagem, foi nos proposto realizar um relatório de síntese que é 
uma descrição sucinta e intencional, considerando a relevância psicoemocional, 
socioprofissional e de auto avaliação, dos aspetos significativos do ensino clínico e 
apreciação crítica do EC, cujo objetivo é fazer uma reflexão crítica de todo EC, neste 
relatório deve conter os seguintes tópicos: 
 Acolhimento e integração; 
 Incidentes críticos/ acontecimentos significativos; 
 Concretização dos objetivos específicos; 
 Apreciação global da experiência do ensino clínico. 
No que se concerne aoacolhimento e integração do ensino clinico, a primeira 
semana que é delineado para se integrar-se na estrutura inserida e o nosso não foi 
diferente, fomos recebido pela administradora do centro Anilce, onde fizemos uma visita 
rápida pela a estrutura, com acompanhamento de uma auxiliar de serviços gerais, afim de 
identificarmos melhor o mesmo, em que estamos inserido e depois fomos distribuídos 
consoante enfermeiros e serviços para desenvolvimento das práticas e posteriormente 
cumprimento dos objetivos solicitados para a realização do mesmo. 
A semana de integração não foi muito fácil, a adaptação foi um processo que 
iniciou com a integração e vem se estabelecendo durante o ensino clínico, pois este é de 
suma importância para que eu consiga alcançar os objetivos que foram traçadas para ser 
atingidos durante este ensino clínico, para isso foi preciso ajuda e disponibilidades dos 
profissionais que constitui a equipa do serviço, dos meus colegas, e da supervisora do 
ensino clinico. 
Em relação aos incidentes críticos não tive nenhum incidente e isso foi possível 
com a ajuda e orientação da equipe de enfermagem, e não só a todos os profissionais do 
serviço e com a supervisão da minha supervisora que foi de grande auxilio em todos os 
momentos, e também com a dedicação e respeito aos utentes e isso ajudou-me bastante 
para evitar erros que podem custar a uma vida. 
22 
 
No que se refere a concretização dos objetivos, acredito que alcancei a maioria 
dos objetivos traçados e isto só foi possível a uma dedicação e comprometimento não só 
da minha parte, como também por parte dos profissionais que fizeram com que esse 
ensino clinico se realiza-se da melhor forma possível. Em que pude ter uma visão mais 
ampla sobre a família, a criança e o processo de vacinação da criança como também da 
amamentação. 
Apreciação global da experiência do ensino clínico 
Todas as competências adquiridas até agora foram muito significativas, visto que 
são de suma importância, e em especial foi ter aprimorado o meu conhecimento na 
avaliação do desenvolvimento e crescimento das crianças de ter aprendido a realizar as 
vacinações nas crianças, no acolhimento das mães dos recém-nascidos, algo que já tinha 
estado em contato nos ensinos clínicos anteriores mas que nesse ensino clinico pude 
aprimorar ainda mais. 
Também foi uma grande valia o fato de ter realizado as visitas domiciliares, de 
poder conhecer as famílias no seu contexto e saber avaliar e colher dados e saber intervir 
da melhor forma, sem esquecer o fato de ter realizado seções educativas aprimorando 
mais a minha capacidade de comunicar e de transmitir informações incutindo nas pessoas 
os bons hábitos de promoção da saúde e de prevenções de doenças. Posto isso acredito 
que esse ensino clinico foi muito importante e produtivo onde pude colocar em pratica as 
teorias e práticas adquiridas na sala de aula e em ensino clinico anteriores. 
E tudo isto só foi possível com as orientações e do acompanhamento da 
supervisora, ela que mostrou sempre disponível e prestativa, onde esclareceu duvidas, 
deu dicas e chamou atenção quando algo não ia de acordo com o que aprende na sala de 
aula, ajudando no desenvolvimento de competências que nesse período se deseja. 
 
 
 
23 
 
V- Conclusão 
Este ensino clinico foi bastante produtivo devido tal como em todos os outros 
ensinos clínicos, mais o que tornou este especial foi o fato de proporcionar aos estudantes 
desenvolverem competências autônomas de chegar a comunidade através da identificação 
de uma família e criar estratégicas para a melhoria da qualidade de vida baseando na 
promoção da saúde e prevenção das doenças. 
Também no ensino clinico tivemos oportunidade de realizar várias secções 
educativas, de forma que pudemos trabalhar mais a nossa comunicação, partilhar 
conhecimentos e adquirir novos conhecimentos fruto das vivencias das pessoas em que 
aplicávamos as secções e também das dicas que a supervisora nos dava. 
Durante o ensino clinico tive algumas dificuldades em realizar a visita domiciliar 
devido ao Covid-19, mas pude correr atrás do tempo perdido e contornar essa dificuldade. 
No que diz respeito a minha trajetória neste EC, posso dizer que a minha prestação 
foi positiva, tanto em termos de procedimentos, quanto em termos de comportamento, 
atitude, espirito de equipa e responsabilidade, os objetivos do EC foram na maioria 
alcançados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
VI- Referências bibliográficas 
Almeida, C.A., Mello, E.D., Ribeiro, G.A., Almeida, C.C.; Falcão, M.C., Rego, 
C.M. Classificação da obesidade infantil. Medicina (Ribeirão Preto Online), v. 51, n. 2. 
p. 138-152, 2018. Acedido em 09/01/2022. Disponível em: 
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.co
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GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B 
Lopes WC et al. Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida. Rev 
Paul Pediatr. 2018;36(2):164-170, acedido em 14/01/2022. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004 
Santos, A.J.A.O.; Bispo, A.J.B.; Cruz, L.D. Padrão de aleitamento e estado 
nutricional de crianças até os seis meses de idade. HU Revista, v. 42, n 2. p. 119-124, 
2016. Acedido em: 10/01/2022. Disponível em: 
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/ind
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QFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg 
 Sociedade Brasileira De Pediatria. Manual de orientação: Obesidade na infância 
e na adolescência. Departamento Científico de Nutrologia. 3ª. Ed. – São Paulo: SBP. 
2019. acedido em: 10/01/2022. Disponível em: 
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/file
admin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-
_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFno
ECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r 
Silva, M.P., Mello, A.P. Impacto da introdução alimentar precoce no estado 
nutricional de crianças pré-escolares. Revista Saúde & Ciência online, v. 9, n. 1, (janeiro 
a abril de 2021). p. 110-129. Acedido em: 09/01/2022. Disponível em: 
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://rsc.revistas.ufcg.edu.
br/index.php/rsc/article/download/422/433/1145&ved=2ahUKEwiksMHxuqr1AhUF1R
oKHQQNC
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B
http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7rhttps://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r
25 
 
VII- Anexos 
 
REGISTO DE VISITA DOMICILIÁRIA (VD) 
VD nº 1 
SERVIÇO DE SAÚDE – UNIDADE: Centro de Saúde de Tira Chapéu 
1 - UTENTE: JMSS D.N: 18/06/2021 
Nome: Família Sargaço 
Telefone: 5940589 
2 - Motivo da Visita: Conhecer o Contexto da Família. 
3 - Tipo da Assistência: 
 Domiciliar: Curativa ( ) Preventiva/educação para a saúde (X) 
4 – Registo após a Visita/Avaliação: 
6 - Data da Visita: 23/12 /2021 
Assinaturas: 
Supervisora: Denise Cardoso 
Estudante: Ilias Costa
26 
 
PLANEAMENTO DE VISITA DOMICILIAR 
Família: Sargaço 
Elementos: 
Visita domiciliaria nº 1 
Tipo de visita: V. D de Caracter Investigador 
 
DATA OBJECTIVOS ACTIVIDADES AVALIAÇÃO 
21 dezembro de 
2021 
 
 
1. Conhecer a família no seu 
contexto; 
 
 
2. Conhecer tipo de Família; 
 
3. Avaliação do estilo de vida da 
família. 
 
 
 Localização da Habitação / 
Acessibilidade; 
 Descrição da Habitação (luz, 
saneamento, segurança e proteção 
ventilação); através de Observação/ 
Entrevista; 
 Descrição de cada elemento da 
Família; através de entrevista 
 Genograma; 
 Entrevista. 
 
27 
 
Guião de Entrevista 
 
Identificação do entrevistado 
Idade: 30 anos 
Sexo: M ( ) F ( X ) 
Naturalidade: Nossa senhora da Graça 
Estado civil: Solteiro ( ) ; Casado ( ) ; União de facto ( X ) ; Divorciado ( ) ; 
Viúvo( ) 
Residência: Achadinha 
Nível de escolaridade: 9º ano 
Profissão: Domestica 
Data: 23/12/2021 
Lugar: Achadinha 
 
A- Informações sobre a criança. 
1. Quantos filhos (as) a Sra. tem? 
 
2. Qual foi o tipo de parto? 
 
3. Qual foi a idade gestacional em que ela nasceu? 
 
4. Ocorreu alguma morte/aborto? 
 
5. Quantos anos ela tem? 
 
6. A criança possui registo civil de nascimento (RCN)? 
 
28 
 
7. No RCN da criança consta o nome de ambos os pais? 
8. Quem é o cuidador principal da criança? 
 
9. A senhora estuda ou trabalha atualmente? 
 
10. A criança possui Caderno de Saúde da Criança? 
 
11. O calendário vacinal da criança está atualizado? 
 
12. A criança está tendo o aleitamento exclusivo? 
 
13. Já introduziu algum alimento para a criança? 
 
14. A criança apresenta algum tipo de problema de saúde? Se sim, já foi 
diagnosticada? 
 
15. A criança está sendo acompanhada em alguma especialidade médica? 
 
16. Em qual serviço a criança está sendo acompanhada? 
 
 
B- Informações sobre a família. 
 
1. Quem faz parte da sua família, alguém mais vive com vocês? 
 
2. Quantos são do sexo feminino e quantos do sexo masculino? 
 
3. Qual a idade dos membros da sua família? 
 
4. Qual o nível de escolaridade dos membros da família? 
 
5. Qual a profissão deles? 
 
6. Os homens fazem atividades entre si, e quais as que as mulheres fazem? 
29 
 
 
7. Qual o efeito que essas atividades causam sobre o nível de estresse familiar? 
 
8. Como descreves a relação entre os membros da sua família? 
 
9. Como consideras a relação da sua família com os seus vizinhos? 
 
10. Como consideras a relação da sua família com os amigos da família? 
 
11. Qual a renda mensal da sua família? 
 
12. Alguém mais contribui para a renda da sua família? 
 
13. Como considera o rendimento da família? 
 
14. A vossa situação financeira influência de algum modo na utilização de recursos 
de saúde? 
 
15. Recebe algum apoio da sua família perante algum problema? 
 
16. Com que frequência a sua família procura os serviços de saúde? 
 
17. Qual a religião que a sua família frequenta? E com que frequência a frequentam? 
 
18. A religião que eles frequentam são um apoio para eles? 
 
19. A sua família utiliza o diálogo e o respeito para a resolução dos problemas? 
 
20. Que significado tem a família extensa (família de origem e de procriação) para o 
funcionamento dessa família? 
 
21. Algum familiar seu tem algum problema de saúde? 
 
22. Já ouviu falar em doenças crónicas, se sim qual? 
30 
 
 
23. Algum familiar seu tem alguma dessas doenças, se sim quem? 
24. Qual o hábito de repouso e sono da sua família? 
 
25. Quantas refeições fazem por dia? 
 
26. Quais são os hábitos alimentares da família? 
 
27. Tem algum idoso que vive com vocês? 
 
28. Ele consegue realizar os seus hábitos de vida diária sozinho, se não quem o 
ajuda a realiza-los? 
 
C- Informações habitacionais e da comunidade. 
 
1. Esta casa é de propriedade da família? 
 
2. Quantos quartos tem no domicilio? 
 
3. A casa tem acesso a água canalizada? 
 
4. O domicilio tem casa de banho? 
 
5. O domicilio tem acesso a rede de esgoto? 
 
6. A casa tem acesso a eletricidade? 
 
7. A casa tem uma boa ventilação? 
 
8. A comunidade tem uma boa iluminação? 
 
9. A comunidade tem um fácil acesso ao transporte? 
 
10. Com que frequência fazem a recolha de lixo na comunidade? 
31 
 
 
11. Quais os serviços comunitários que a sua família utiliza? 
 
12. A sua comunidade é segura? 
 
13. Há algo mais que a Sr. queira partilhar sobre sua família conosco
32 
 
QUADRO 1- MATRIZ DE PLANIFICAÇÃO DA SESSÃO EDUCATIVA 
 
 
 
 
Projeto “Djuda minino ri” 
Tema Higiene oral 
Data ̸ Hora 16-12-2021 às 11h 
Local 
Tempo previsto 
Jardim A Flor 
20 Minutos 
Formadores responsáveis Ilias Costa, Keila Vieira & Nélson Costa 
Convidado (as) Docente Denise Cardoso, Enfermeiras 
Grupo-alvo Alunos de 4 a 6anos do jardim A Flor 
Objetivo (s) geral (ais) Sensibilizar sobre a importância de uma boa pratica de higiene oral 
nas crianças do jardim A Flor. 
33 
 
QUADRO 2- PLANO DA SESSÃO EDUCATIVA 
Ação Objetivo 
Especifico 
Conteúdo Metodologia e Estratégia Recursos Atividades dos 
formandos 
Avaliação Duração 
Introdução -Apresentar os 
formadores, 
formandos. 
-Identificar a 
temática a ser 
abordado 
Apresentação 
dos formadores 
e formandos. 
 
-Interativa, Interpretativo e 
participativo 
Os formandos vão dizer os seus 
nomes. 
-Dinâmica de interpretação: 
-Os formadores vão apresentar 
aos formandos os seguintes 
objetos: Balão cheio de ar com 
desenho de uma cara triste, 
desenho de pasta dentífrica e 
escova. E os formandos vão 
tentar decifrar sobre a temática 
que vai ser abordado. 
Formadores e 
Formandos; 
- Balão; 
 
Ocupar os seus 
lugares na sala; 
Dizer os seus 
nomes. 
-Que os 
formandos sejam 
capazes de 
interpretar através 
da observação a 
temática que será 
apresentada. 
Observar o 
interesse e a 
interação dos 
formandos 
-Avaliar o 
conhecimento 
dos formandos 
através da 
resposta dada em 
relação aos 
objetos 
apresentados. 
 
 
5 min 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
-Conhecer o que é 
higiene oral. 
 
-Descrever a 
importância de 
higiene oral; 
 
-Conceito de 
higiene oral 
 
-Vantagens de 
ter uma boa 
higienização 
oral: 
 
Interativo explicativo, 
expositivo e interrogativo 
Dinâmica: Dramatização 
/Fantoche: “Os formadores irão 
desenvolver uma dramatização 
lúdica sobre a higiene oral” 
Objetivo: demonstrar a 
importância da higiene oral. 
Formadores e 
formandos; 
-Escova de 
dentes; 
-pasta 
dentífrica; 
-copo de 
agua; 
-“fio dental” 
-meias 
coloridas. 
-que os 
formandos 
demonstrem 
interesse na 
dinâmica. 
- Através de 
questões sobre o 
que aprenderam 
com a dinâmica e 
que importância 
eles atribuem 
sobre a higiene 
oral. 
 
 
 
5 min 
35 
 
 Discriminaruma 
prática correta 
sobre higiene oral 
Prática correta 
de uma boa 
higiene oral. 
Interativo demonstrativo e 
participativo 
- Com todos os materiais 
necessários para a higienização 
oral os formadores irão 
evidenciar os passos para uma 
prática correta de higienização 
oral. 
Objetivo: estimular os 
formandos a desenvolverem 
hábitos de higiene orais corretos 
através da demonstração e em 
seguida a turma irá realizar a 
prática. 
Formadores e 
formandos; 
-Escova; 
-Pasta 
Dentífrica; 
-Copo; 
-Fio dental; 
-Arcada 
dentária. 
 
 
-Mostrar interesse 
na demonstração. 
- Avaliar com 
perguntas sobre 
como devemos 
fazer a lavagem 
dos dentes de 
forma correta. 
 
 
5 min 
Conclusão Resumir a 
temática aos 
formandos. 
Resumo do 
tema 
Interrogativo e 
Interativo 
Solicitar a dois voluntários que 
façam a técnica correta de 
praticar higiene oral 
descrevendo todos os passos a 
seguir. 
Formadores e 
formandos; 
-Arcada 
dentária; 
- Escova; 
-Fio dental; 
- Sala. 
- Dois formandos 
(voluntários) irão 
simular a lavagem 
dos dentes na 
arcada dentária e 
o uso do fio 
dental. 
-Avaliar se o 
conhecimento 
transmitido foi 
claro e assimilado 
pelos formandos 
 
5 min 
36 
 
Enquadramento teórico- Higiene Oral 
Segundo a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946) a saúde é 
definida como “perfeito bem-estar, físico, mental e social e não somente ausência de doença”. 
Os principais determinantes de saúde incluem o ambiente social e económico, o ambiente 
físico e as caraterísticas e os comportamentos individuais da pessoa (OMS, 2009, citado por, 
Carvalhais 2014). 
De facto, uma higiene oral deficiente poderá trazer consequências económicas 
indesejáveis (individuais e comunitárias), psicológicas e mais diretamente sobre a saúde do 
indivíduo. A OMS considera que uma boca saudável é aquela que apresenta ausência de dor 
oro facial crónica, cancro de cavidade oral ou garganta, feridas, defeitos congénitos, caries, 
perda de dentes e outras doenças ou distúrbios da cavidade oral (OMS, 2003, cit. por, 
Carvalhais 2014). 
Higiene oral - é a prática de manter a boca, dentes, língua, bochechas e gengivas 
limpos e saudáveis para, assim, prevenir e evitar problemas na boca tais como as cáries, a 
periodontite, a gengivite e ainda ajudar a combater a halitose (mau hálito). 
Vantagens de uma boa higiene oral 
 Sorriso saudável e brilhante; 
 Prevenir e evitar a formação da indesejada placa bacteriana; 
 Melhorar a sua qualidade de vida; 
 Reduzir o número de ida ao dentista. 
 Os seus dentes ficam mais limpos e sem resíduos 
 As suas gengivas ficam mais saudáveis 
 A sua boca fica livre de episódios regulares de mau hálito (halitose) 
(Carvalhais 2014). 
 
 
 
37 
 
Problemas causadas por falta de higiene oral 
Cuidar dos dentes não constitui meramente uma questão de estética, mas sim uma 
questão de saúde (Bisla, 2000, cit. por, Carvalhais 2014). 
Diversas doenças sistémicas podem ter origem em infeções orais como: a endocardite 
bacteriana (infeção grave das válvulas cárdicas). Uma higiene oral deficiente poderá resultar 
em: caries dentaria, gengivite, halitose, periodontite, sensibilidade dentária, aftas e 
xerostomia (boca seca). 
Sendo a cárie dentária a que mais prevalece nas crianças e jovens, é de particular 
importância conhecer a forma como se desenvolve e a sua relação com a falta de higiene oral. 
A cárie dentária é definida como uma doença infeciosa, pois eruptiva, transmissível e 
caracterizada por uma destruição progressiva dos tecidos mineralizados dos dentes. Elas 
podem ser originadas pelo crescimento excessivo de bactérias nomeadamente estreptococos 
mutans e Lactobacilos, a diminuição do fluxo salivar e uma alimentação rica em hidratos de 
carbono (Neto, 2014). 
 
Dispositivos e produtos utilizados em higiene oral 
 Escovas de dentes – tem como funcionalidade removerem a placa bacteriana 
e restos alimentares que se depositem nos dentes e nos tecidos orais através do 
processo de escovagem (Gonçalves, 2017) 
A seleção da escova dos dentes apropriada deverá ser feita com base nas preferências 
do consumidor, nível de destreza, idade, posição dos dentes e condição oral 
(Gonçalves, 2017). 
 Fios dentários e escovilhões – a escovagem por si só não é eficaz na remoção 
da placa Inter dentária. Para o efeito são utilizados os fios dentários e os escovilhões 
em casos clínicos específicos, como no caso de diastemas acentuados ou em 
reabilitações fixas com pontos (Gonçalves, 2017). E essencialmente existem dois 
tipos de fio dentário que se podem usar: os fios de nylon e os fios de PTFE. 
 
 
38 
 
 Pasta dentífricas – a pasta dentífrica é um produto que é utilizado como 
auxiliar na escovagem, ajudando na remoção da placa bacteriana (Gonçalves, 2017). 
Existem uma enorme variedade de pastas dentífricas no mercado que vão de um 
encontroas necessidades das pessoas e as suas preferências como: o branqueador, 
controlo de tártaros, proteção da sensibilidade e anti cárie). A maioria das pastas 
dentífricas contém flúor em maior ou menor quantidade para além de outros 
constituintes de base: carbonato de cálcio, óxidos de alumínios hidratados, géis de 
sílica desidratados, carbonato de magnésio, fosfatos e silicatos. O flúor atua 
fortalecendo o esmalte e remineralizando alguma cárie existente (Gonçalves, 2017). 
Passos para uma boa higienização 
 Primeiramente, enxague 
Antes mesmo de iniciar a escovação, faça um bochecho com água para eliminar os 
resíduos dos alimentos e ajudar na escovação. 
 Procure a escova certa 
Uma escovação eficiente depende prioritariamente de uma boa escova. Por isso, 
procure sempre escovas ultra macias. Prefira as escovas de cabos lisos, pois cabos 
emborrachados podem acumular sujeiras e facilitar a proliferação de bactérias. E lembre-se 
que a escova deve ser trocada a cada dois ou três meses para que as cerdas continuem ativas 
e eficientes. 
 Pasta de dentes 
Não é necessário encher a escova de pasta. Um pouco, equivalente a um grão de 
ervilha, já é o suficiente. Procure sempre escolher as pastas que não são abrasivas. Pastas 
contendo flúor só são recomendadas para adultos. Como a água que escovamos os dentes já 
é fluoretada, no caso das crianças, o excesso de flúor pode ser prejudicial. 
 
 
39 
 
 Escove de maneira eficiente 
A escovação deve ser realizada sempre de cima para baixo, no sentido contrário ao 
da gengiva. Caso contrário, você apenas está levando a sujeira para ela. O ideal é contar com 
uma inclinação de 45⁰, de modo que as cerdas passem tanto pelos dentes quanto pela gengiva. 
Ao terminar de escovar um determinado canto da boca, não volte a ele depois. 
 Limpeza da língua 
A limpeza da língua é outro passo importante em especial porque evita o mau hálito. 
A halitose está relacionada à presença de um tipo de placa bacteriana formada sobre a língua. 
Para promover uma limpeza eficiente, o ideal não é escovar a língua, mas sim utilizar 
higienizadores específicos. A escova foi desenvolvida para escovar os dentes apenas e 
quando utilizada para a língua, além de não promover o efeito desejado, provoca desconforto 
e ânsias. 
 
 
 
http://promo.dentalprev.com.br/passo-a-passo-para-uma-higiene-bucal-completa
40 
 
 Consulte um dentista periodicamente 
Por fim, além da limpeza diária periodicamente, consulte o dentista para limpezas mais 
profundas e completas, e uma alimentação balanceada é um grande aliado para manter uma 
boa saúde oral. 
Orientações 
 Escovar os dentes pelo menos três vezes por dia, depois das refeições durante dois 
minutos; 
 Utilizar uma escova de dentes adequada, que deve ser substituída de dois em dois 
meses 
 Utilizar pasta dentífrica com fluoreto (1000-1500 ppm); 
 Fazer refeições equilibradas, com diminuição da quantidade e frequência de 
ingestão de açúcar (Gonçalves, 2017).41 
 
Referências Bibliográficas: 
Gonçalves, A.F.A. (2017) A saúde oral em contexto de creche (dissertação de mestrado. 
Apresentada no instituto superior de educação e ciências. Lisboa. Disponível em: 
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857 acedido em 13-12-2021. 
Neto, J.L.R., (2014), Prevalência da Cárie Dentária numa população de utentes em 
cuidados de saúde primários inscritos na Unidade Saúde Familiar (USF) Espinho. Disponível 
em: https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849 acedido em 13-12-2021. Acedido em 14-12-
2021. 
Carvalhais, F. P. M. (2014) Saúde oral em escolar em idade escolar: o papel fundamental 
do enfermeiro (dissertação de mestrado). Apresentada na Universidade Fernando Pessoa, 
Porto. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf 
acedido em 13-12-2021. 
 
Anexos 
 
Anexo 1-Dramatização/ Fantoche 
Cada um dos formadores utilizando uma meia na mão, vão incorporar um dos 
materiais de higiene oral e falar da sua importância, dando a entender que esse objeto é o 
mais importante, e no final um dos formadores utilizando um material vai falar da 
importância de todos os objetos. 
 
 
 
 
 
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857
https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849%20acedido%20em%2013-12-2021
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf
42 
 
 
Avaliação da secção da saúde oral realizada no jardim 
De um modo geral foi uma boa secção, conseguimos transmitir as informações que 
pretendíamos, mas devido a faixa etária das crianças no início sentiu-se algumas dificuldades 
em captar a atenção delas, pelo fato de ser a primeira secção desse ensino clinico e também 
devido ao conteúdo ter sido desenvolvido de uma maneira mais teórica houve algumas 
dificuldades por parte delas, em se interagirem, mas no decorrer da secção conseguimos 
interagir melhor com elas e adequando melhor a linguagem e com a ajuda da supervisora 
conseguimos alcançar os objetivos traçados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
Plano de uma Ação Educativa Aleitamento materno exclusivo 
Projeto "Dal mama sima e kre" 
Ação Sessão de Educação para Saúde 
Tema Importância do aleitamento materno exclusivo 
Data 
Hora 
05.01.2022 
10:00 
Local previsto 
Tempo previsto 
Centro de saúde de Tira Chapéu 
15 min 
Formador (es) 
responsável 
Ilias Costa 
Nelson Costa 
Keila Vieira 
Formador (es) convidado 
(s) 
Enf. Leila, Nira Dias, Orlando 
Docente Denise Cardoso 
Grupo-alvo Grávidas e Puérperas 
Objectivo geral 
Consciencializar as grávidas e Puerperas sobre a 
importância do aleitamento materno exclusivo 
Demonstrar a técnica correta de amamentação 
44 
 
Ação Objetivos específicos Conteúdos Metodologia
/Estratégias 
Recursos Atividades dos 
formandos 
Avaliação Duração 
Introdução / 
acolhimento 
 
 
Conhecer os formandos. 
(Quebra gelo) 
 
 
 
Os formandos irão 
dizer o nome 
Chuvas de ideias 
 
Interativa; 
 
Humanos 
Formadores 
Formandos. 
 
Participativa Participação 
e interesse 
 
3 Minutos 
Desenvolvimento Que as gravidas sejam 
capazes de: 
 Conhecer a 
importância do 
aleitamento 
materno 
exclusivo até aos 
6 meses. 
 Explicar as 
vantagens da 
amamentação 
exclusiva 
 Definição do 
aleitamento 
materno 
exclusivo. 
 Vantagens da 
amamentação 
exclusiva 
 Técnica da 
amamentação
. 
 
Expositiva 
Interativa 
 
Humano 
Formandos. 
Materiais 
 
Assistir a 
apresentação. 
Interagir com os 
formadores. 
Apontar 
possíveis dúvidas 
durante a 
apresentação. 
 
 
Atenção e 
Interesse. 
Participação 
 
 
 
9 Minutos 
45 
 
 Demonstrar a 
técnica corretas 
da amamentação, 
 
 
Conclusão Verificar se os 
formandos conseguiram 
captar as informações 
que foram passadas. 
Colocar em prática a 
técnica demostrada e 
refletirem sobre a 
importância da 
amamentação. 
Interativa 
 
Humanos 
Formadores 
Formandos. 
 
- Refletir sobre as 
informações que 
lhe foram 
passadas. 
Fazer a 
demostração da 
técnica. 
Avaliar a 
aprendizage
m através de 
questões 
colocadas 
aos 
formandos e 
na 
demostração 
da técnica. 
3 Minutos 
1 
 
Revisão da literatura 
Aleitamento materno exclusivo até aos seis meses 
Para Araújo e Almeida (2007) A amamentação é um ato natural inerente a toda mulher que 
acabou de gerar um filho, logo a nascença essa prática é iniciada, nascendo a criança já com 
reflexos de busca, apreensão, sucção e deglutição, capacidades que o permitem extrair o seu 
leite. A amamentação é o ato da criança adquirir o leite materno sugando a mama da mãe, 
de acordo com os processos fisiológicos do corpo, a toda mulher é capaz de amamentar, 
porém esse fato não assegura que todas elas executem o aleitamento. 
 Campos (2011) defende que o leite é um alimento vivo e completo, que contémtodos os 
nutrientes necessários e nas proporções adequadas, contribuindo assim para a diminuição 
da morbimortalidade perinatal e infantil. É considerado um dos alimentos fundamentais 
para a promoção e proteção da saúde das crianças em todo o mundo, pois nele se encontram 
todos os nutrientes que um lactente precisa nos 6 primeiros meses de vida. 
Para Levy e Bértolo, ( 2012 ) “o leite materno é um alimento vivo, completo e natural, 
adequado para todos os recém-nascidos, salvo raras exceções”. Exceções essas que como se 
sabe podem ser devido a doenças da mãe, ou então desejos e motivos pessoal da mesma. 
 
VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO 
1.O leite materno contém substâncias chamadas anticorpos, que protegem o bebê das 
infecções. 
O leite materno é o mais completo alimento para o bebê até o 6º mês de vida. 
Protege o bebê contra doenças como: diarréia, resfriados, infecções urinárias e respiratórias, 
alergias e problemas na arcada dentária, entre outras. 
Está comprovado através de muitos estudos que, em condições precárias de vida, as 
chances da criança ter diarréia e outras infecções são muitas vezes maiores em crianças que 
tomam mamadeira do que naquelas que são amamentadas. 
2 
 
Hoje sabe se que o leite materno contém fatores de proteção, os chamados anticorpos, 
contra muitas doenças. Essas substâncias, que passam da mãe pra o filho através do leite 
protegem o bebê contra infecções ( Siqueira, 2009). 
2.O leite materno é mais adequado do ponto de vista nutricional 
A principal vantagem do leite de peito está na composição dos seus nutrientes. Ele 
preenche todas as necessidades nutricionais da criança até os 6 meses de vida. A qualidade 
e a quantidade dos seus componentes são especialmente adequadas àquela criança para a 
qual foi feito. Isso quer dizer que a quantidade de proteínas, vitaminas e sais minerais que 
existem no leite estão ali na medida certa para preencher as necessidades do bebê. Além 
disso, o bebê digere melhor o leite materno, bem como absorve melhor os seus nutrientes 
do que quando toma leite de vaca (Ministério de Saúde). 
Na natureza, o leite que cada fêmea produz é o mais adequado para as suas crias. Acontece 
a mesma coisa com a mulher: seu leite é o mais adequado para a criança. 
3.O leite materno é prático e higiênico 
O leite de peito é muito mais higiênico, não tem risco de contaminação, porque não precisa 
ser preparado, passa direto do peito da mãe para a boca da criança e já vem na temperatura 
ideal. 
É mais prático porque já está pronto e aquecido. Não se perde tempo preparando, nem 
lavando mamadeira e panelas. 
4.É mais econômico criar filhos com o leite materno 
Outro fato que ocorre após o desmame, é a dificuldade das mães em preparar leite de vaca 
nas medidas adequadas. Como o leite é muito caro, na hora de preparar a mamadeira a mãe 
acaba misturando água demais no leite. Isso faz com que o bebê não receba as quantidades 
de nutrientes necessários. 
Mesmo quando o leite é distribuído nos serviços de saúde, as pessoas recebem uma 
quantidade pequena dele.E como quase sempre existem outras crianças a serem 
3 
 
alimentadas na casa, a mãe acaba preparando mais fraco para que as outras também possam 
beber. 
Uma das soluções que as mães encontram para engrossas o leite misturado com água é 
acrescentar a ele fubá, creme de arroz ou qualquer outro tipo de farinha. Como 
consequência disso, muitas crianças ficam mais fracas porque não tomam a quantidade de 
leite de que precisam. Algumas podem até engordar, devido á farinha que engrossa o leite 
mas são crianças com pouca resistência, principalmente às infecções. 
É comum ver as crianças que vinham bem na curva de peso, com o desmame começarem a 
ter infecções e a emagrecer, descendo na curva do peso. 
5.O aleitamento materno favorece o relacionamento mãe e filho 
Outro aspecto importante é que a amamentação permite que a mãe e o bebê tenham uma 
relação mais próxima. É claro que uma mamadeira pode ser dada também com muito 
carinho. A amamentação, entretanto, cria mais oportunidades para mãe e filho estarem 
juntos, mantendo um contato mais íntimo, que pode contribuir para o estabelecimento de 
relações sócio afetivas necessárias ao desenvolvimento da criança. 
Vantagens do aleitamento materno exclusivo para o Bebê 
·O leite materno é o mais completo alimento para o bebê até o 6º mês de vida, pois possui 
todos os nutrientes que a criança necessita para crescer e desenvolver. 
·Auxilia o movimento dos músculos e ossos da face, promovendo melhor flexibilidade na 
articulação das estruturas que participam da fala. 
·É de fácil digestão. 
·Estimula o padrão respiratório nasal no bebê, facilitando a oxigenação de suas estruturas 
faciais. 
·É uma forma muito especial e fortalecedora do relacionamento entre mãe e filho, que 
transmite segurança, carinho e amor como bebê. 
4 
 
·Favorece um bom desenvolvimento físico e mental da criança e, consequentemente, 
estabilidade emocional e maior adaptação nas etapas da vida. 
Vantagens do aleitamento materno exclusivo para a Mãe 
·Não custa nada, é de fácil aquisição, temperatura ideal, estando livre de contaminações 
externas e pronto para o consumo. 
·Em geral, o corpo retorna ao normal mais rapidamente; 
·Ajuda a reduzir o sangramento, diminuindo o tempo em que o útero e o volume do seio 
costumam levar para voltar ao tamanho normal. 
·diminuição do risco de câncer de mama. 
·Aumento da autoestima e fortalecimento do vínculo mãe-filho ao promover o contato pele 
a pele. 
(Margotto,2004). 
Técnica de amamentação 
Apesar da sucção do bebê ser um ato reflexo, o bebê precisa aprender a retirar o leite do 
peito de forma eficiente. O mais importante é a pega correta, ela irá prevenir fissuras e dor 
e vai garantir o sucesso da amamentação. 
Para começar a amamentar esteja com uma roupa confortável, procure sentar em local 
tranquilo apoiando os braços, os pés e as costas e a cabeça. Uso de uma poltrona com o 
encosto alto e travesseiros e um banquinho para os pés pode ajudar. O bebê deverá sempre 
estar inclinado com o peito mais alto que a barriga. 
Pega correta 
1. Primeiro lubrifique a mama com o próprio leite (faça uma pequena ordenha e passe 
o leite na areola). 
2. Leve o bebê ao peito e não o peito ao bebê 
5 
 
3. Corpo do bebê todo voltado para a mãe, o apoio do bebê deve ser feito nos ombros e 
não na cabeça, que deve permanecer livre para inclinar-se para trás. Braço inferior 
do bebê ao redor da cintura da mãe, corpo voltado sobre ela, quadris firmes, 
pescoço levemente estendido. Bebê ao mesmo nível da mama, sustentada por fralda 
se necessário, boca centrada em frente ao mamilo. 
4. Segurar o peito ajuda o bebê abocanhar de forma adequada. A forma correta é com 
o polegar da mãe acima da aréola e o indicador e a palma da mão abaixo. Isto 
facilita a “pega” adequada Sempre iniciar a amamentação pela mama mais cheia (se 
estiver muito cheia ou ingurgitada, o bebê não consegue abocanhar adequadamente 
a auréola, será fundamental fazer a ordenha manual) 
5. Boca bem aberta abocanhando toda a parte inferior da aréola e parte superior (areola 
é a parte mais escura do peito em volta do bico (importante a criança abocanhar 
cerca de 2cm do tecido mamário além do mamilo para que a amamentação seja 
eficiente) 
6. Lábios do bebê curvados para fora, não enrolados. 
7. Língua do bebê sobre a gengiva inferior, algumas vezes visível (Verificar voltando-
se suavemente o lábio inferior para baixo - ver se a língua está debaixo do mamilo). 
8. Inspecionar as bochechas da criança para ver se está sugando (Pode-se ver a criança 
engolindo lenta e profundamente (suga, faz uma pausa e suga), as vezes faz algumas 
pausas. 
(Levy e Bértolo, 2012) 
 
 
 
 
 
6 
 
Avaliação da secção educativa aleitamento materno exclusivo realizada no Centro de 
Saúde de Tira Chapéu. 
 A secção realizada no Centro de Saúde, decorreu com muita tranquilidade e com boa 
adesão das gravidas e mães que estavam a amamentar, do decorrer da secção pudemos 
constatar que as formandas tinha algumas dúvidas, duvidas que foram desaparecendo 
consoante íamos explicando e fornecendo informações para elas e com ajuda da supervisora 
que também explicava algumas coisas durante a secção. O que demonstra que conseguimos 
alcançar o nosso objetivo. E que a informação foi passada. E também pudemos retirar alguns 
novos conhecimentos e adquirir novas informações o que nos ajudara na nossa vida 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1- Matriz de planificação da sessão educativa 
Projeto “Djuda minino ri” 
Tema Higiene oral 
Data ̸ Hora 12-01-2022 às 11h 
Local 
Tempo previsto 
Escola Luar 
20 Minutos 
Formadores responsáveis Ilias Costa, Keila Vieira & Nélson Costa 
Convidado (as) Docente Denise Cardoso, Enfermeiras 
Grupo-alvo Alunos do 1º ano da escola Luar 
Objetivo (s) geral (ais) Sensibilizar sobre a importância de uma boa pratica de higiene oral 
nas crianças da Escola Luar. 
 
 
 
8 
 
Quadro 2- Plano da sessão educativa 
Ação Objetivo 
Especifico 
Conteúdo Metodologia e Estratégia Recursos Atividades dos 
formandos 
Avaliação Duração 
Introdução -Apresentar os 
formadores, 
formandos. 
-Identificar a 
temática a ser 
abordado 
Apresentação 
dos formadores 
e formandos. 
 
-Interativa, Interpretativo e 
participativo 
Os formandos vão dizer os seus 
nomes. 
-Dinâmica de interpretação: 
-Os formadores vão apresentar 
aos formandos os seguintes 
objetos: Balão cheio de ar com 
desenho de uma cara triste, 
desenho de pasta dentífrica e 
escova. E os formandos vão 
tentar decifrar sobre a temática 
que vai ser abordado. 
Formadores e 
Formandos; 
- Balão; 
 
Ocupar os seus 
lugares na sala; 
Dizer os seus 
nomes. 
-Que os 
formandos sejam 
capazes de 
interpretar através 
da observação a 
temática que será 
apresentada. 
Observar o 
interesse e a 
interação dos 
formandos 
-Avaliar o 
conhecimento 
dos formandos 
através da 
resposta dada em 
relação aos 
objetos 
apresentados. 
 
 
5 min 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
-Conhecer o que é 
higiene oral. 
 
-Descrever a 
importância de 
higiene oral; 
 
-Conceito de 
higiene oral 
 
-Vantagens de 
ter uma boa 
higienização 
oral: 
 
Interativo explicativo, 
expositivo e interrogativo 
Dinâmica: Dramatização 
/Fantoche: “Os formadores irão 
desenvolver uma dramatização 
lúdica sobre a higiene oral” 
Objetivo: demonstrar a 
importância da higiene oral. 
Formadores e 
formandos; 
-Escova de 
dentes; 
-pasta 
dentífrica; 
-copo de 
agua; 
-“fio dental” 
-meias 
coloridas. 
-que os 
formandos 
demonstrem 
interesse na 
dinâmica. 
- Através de 
questões sobre o 
que aprenderam 
com a dinâmica e 
que importância 
eles atribuem 
sobre a higiene 
oral. 
 
 
 
5 min 
10 
 
 Discriminar uma 
prática correta 
sobrehigiene oral 
Prática correta 
de uma boa 
higiene oral. 
Interativo demonstrativo e 
participativo 
- Com todos os materiais 
necessários para a higienização 
oral os formadores irão 
evidenciar os passos para uma 
prática correta de higienização 
oral. 
Objetivo: estimular os 
formandos a desenvolverem 
hábitos de higiene orais corretos 
através da demonstração e em 
seguida a turma irá realizar a 
prática. 
Formadores e 
formandos; 
-Escova; 
-Pasta 
Dentífrica; 
-Copo; 
-Fio dental; 
-Arcada 
dentária. 
 
 
-Mostrar interesse 
na demonstração. 
- Avaliar com 
perguntas sobre 
como devemos 
fazer a lavagem 
dos dentes de 
forma correta. 
 
 
5 min 
Conclusão Resumir a 
temática aos 
formandos. 
Resumo do 
tema 
Interrogativo e 
Interativo 
Solicitar a dois voluntários que 
façam a técnica correta de 
Formadores e 
formandos; 
-Arcada 
dentária; 
- Dois formandos 
(voluntários) irão 
simular a lavagem 
dos dentes na 
arcada dentária e 
-Avaliar se o 
conhecimento 
transmitido foi 
claro e assimilado 
pelos formandos 
 
5 min 
11 
 
praticar higiene oral 
descrevendo todos os passos a 
seguir. 
- Escova; 
-Fio dental; 
- Sala. 
o uso do fio 
dental. 
12 
 
1.1. Enquadramento teórico- Higiene Oral 
Segundo a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946) a saúde é 
definida como “perfeito bem-estar, físico, mental e social e não somente ausência de doença”. 
Os principais determinantes de saúde incluem o ambiente social e económico, o ambiente 
físico e as caraterísticas e os comportamentos individuais da pessoa (OMS, 2009, citado por, 
Carvalhais 2014). 
As crianças são completamente dependentes do meio que as rodeia. Assim, as 
condições em que crescem e se desenvolvem, favoráveis ou não, influenciam a sua formação. 
A saúde oral deve ter início nos primeiros anos de vida da criança, sendo essencial para o seu 
bem-estar e qualidade de vida (Chandna & Adlakha, 2015). 
Sendo a boca o primeiro órgão de contato com o meio externo, uma boca saudável 
reflete-se quando a pessoa come, fala e socializa sem dor ou desconforto (Gonçalves, 2017) 
De facto, uma higiene oral deficiente poderá trazer consequências económicas 
indesejáveis (individuais e comunitárias), psicológicas e mais diretamente sobre a saúde do 
indivíduo. A OMS considera que uma boca saudável é aquela que apresenta ausência de dor 
oro facial crónica, cancro de cavidade oral ou garganta, feridas, defeitos congénitos, caries, 
perda de dentes e outras doenças ou distúrbios da cavidade oral (OMS, 2003, cit. por, 
Carvalhais 2014). 
Alguns estudos evidenciam a eficácia de programas educativos na melhoria das 
condições de saúde oral dos estudantes e revelam influenciar na diminuição da prevalência 
da cárie dentária, no sangramento gengival e na presença da placa visível. Os problemas orais 
podem limitar as atividades escolares, além de gerar um impacto psicossocial negativo na 
qualidade de vida (Oliveira et al., 2015). 
Desta forma, a higiene oral deve ser incluída na promoção da saúde o mais 
precocemente possível, devendo a saúde e a higiene fazer parte das rotinas diárias do Jardim-
de-infância e escolas (Silva et al., 2016). 
13 
 
Higiene oral - é a prática de manter a boca, dentes, língua, bochechas e gengivas 
limpos e saudáveis para, assim, prevenir e evitar problemas na boca tais como as cáries, a 
periodontite, a gengivite e ainda ajudar a combater a halitose (mau hálito). 
Vantagens de uma boa higiene oral 
✔ Sorriso saudável e brilhante; 
✔ Prevenir e evitar a formação da indesejada placa bacteriana; 
✔ Melhorar a sua qualidade de vida; 
✔ Reduzir o número de ida ao dentista. 
✔ Os seus dentes ficam mais limpos e sem resíduos 
✔ As suas gengivas ficam mais saudáveis 
✔ A sua boca fica livre de episódios regulares de mau hálito (halitose) 
(Carvalhais 2014). 
 
Problemas causadas por falta de higiene oral 
Cuidar dos dentes não constitui meramente uma questão de estética, mas sim uma 
questão de saúde (Bisla, 2000, cit. por, Carvalhais 2014). 
Diversas doenças sistémicas podem ter origem em infeções orais como: a endocardite 
bacteriana (infeção grave das válvulas cárdicas). Uma higiene oral deficiente poderá resultar 
em: caries dentaria, gengivite, halitose, periodontite, sensibilidade dentária, aftas e 
xerostomia (boca seca). 
Sendo a cárie dentária a que mais prevalece nas crianças e jovens, é de particular 
importância conhecer a forma como se desenvolve e a sua relação com a falta de higiene oral. 
A cárie dentária é definida como uma doença infeciosa, pois eruptiva, transmissível e 
caracterizada por uma destruição progressiva dos tecidos mineralizados dos dentes. Elas 
podem ser originadas pelo crescimento excessivo de bactérias nomeadamente estreptococos 
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mutans e Lactobacilos, a diminuição do fluxo salivar e uma alimentação rica em hidratos de 
carbono (Neto, 2014). 
Dispositivos e produtos utilizados em higiene oral 
✔ Escovas de dentes – tem como funcionalidade removerem a placa bacteriana 
e restos alimentares que se depositem nos dentes e nos tecidos orais através do 
processo de escovagem (Gonçalves, 2017) 
A seleção da escova dos dentes apropriada deverá ser feita com base nas preferências 
do consumidor, nível de destreza, idade, posição dos dentes e condição oral 
(Gonçalves, 2017). 
 
✔ Fios dentários e escovilhões – a escovagem por si só não é eficaz na remoção 
da placa Inter dentária. Para o efeito são utilizados os fios dentários e os escovilhões 
em casos clínicos específicos (Gonçalves, 2017). 
 
✔ Pasta dentífricas – a pasta dentífrica é um produto que é utilizado como 
auxiliar na escovagem, ajudando na remoção da placa bacteriana (Gonçalves, 2017). 
Existem uma enorme variedade de pastas dentífricas no mercado que vão de um 
encontro com as necessidades das pessoas e as suas preferências. A maioria das pastas 
dentífricas contém flúor em maior ou menor quantidade para além de outros 
constituintes de base. O flúor atua fortalecendo o esmalte e remineralizando alguma 
cárie existente (Gonçalves, 2017). 
 
Passos para uma boa higienização 
● Primeiramente, enxague 
Antes mesmo de iniciar a escovação, faça um bochecho com água para eliminar os 
resíduos dos alimentos e ajudar na escovação. 
● Procure a escova certa 
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Uma escovação eficiente depende prioritariamente de uma boa escova. Por isso, 
procure sempre escovas ultra macias. Prefira as escovas de cabos lisos, pois cabos 
emborrachados podem acumular sujeiras e facilitar a proliferação de bactérias. E lembre-se 
que a escova deve ser trocada a cada dois ou três meses para que as cerdas continuem ativas 
e eficientes. 
● Pasta de dentes 
Não é necessário encher a escova de pasta. Um pouco, equivalente a um grão de 
ervilha, já é o suficiente. Procure sempre escolher as pastas que não são abrasivas. Pastas 
contendo flúor só são recomendadas para adultos. Como a água que escovamos os dentes já 
é fluoretada, no caso das crianças, o excesso de flúor pode ser prejudicial. 
● Escove de maneira eficiente 
A escovação deve ser realizada sempre de cima para baixo, no sentido contrário ao 
da gengiva. Caso contrário, você apenas está levando a sujeira para ela. O ideal é contar com 
uma inclinação, de modo que as cerdas passem tanto pelos dentes quanto pela gengiva. Ao 
terminar de escovar um determinado canto da boca, não volte a ele depois. 
● Limpeza da língua 
A limpeza da língua é outro passo importante em especial porque evita o mau hálito. 
A halitose está relacionada à presença de um tipo de placa bacteriana formada sobre a língua. 
Para promover uma limpeza eficiente, o ideal não é escovar a língua, mas sim utilizar 
higienizadores específicos. A escova foi desenvolvida para escovar os dentes apenas e 
quando utilizada para a língua, além de não promover o efeito desejado, provoca desconforto 
e ânsias. 
http://promo.dentalprev.com.br/passo-a-passo-para-uma-higiene-bucal-completa16 
 
 
 
● Consulte um dentista periodicamente 
Por fim, além da limpeza diária periodicamente, consulte o dentista para limpezas mais 
profundas e completas, e uma alimentação balanceada é um grande aliado para manter uma 
boa saúde oral. 
Orientações 
● Escovar os dentes pelo menos três vezes por dia, depois das refeições durante dois 
minutos; 
● Utilizar uma escova de dentes adequada, que deve ser substituída de dois em dois 
meses 
● Utilizar pasta dentífrica com fluoreto; 
● Fazer refeições equilibradas, com diminuição da quantidade e frequência de 
ingestão de açúcar (Gonçalves, 2017). 
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Referências Bibliográficas: 
Carvalhais, F. P. M. (2014) Saúde oral em escolar em idade escolar: o papel fundamental 
do enfermeiro (dissertação de mestrado). Apresentada na Universidade Fernando Pessoa, 
Porto. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf 
acedido em 27-12-2021. 
Chandna, P., & Adlakha, V. K. (2015). Infant Oral Health. In Emerging Trends in Oral 
Health Sciences and Dentistry. INTECH. Disponível em: 
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf acedido em: 27-12-2021 
Gonçalves, A.F.A. (2017) A saúde oral em contexto de creche (dissertação de mestrado. 
Apresentada no instituto superior de educação e ciências. Lisboa. Disponível em: 
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857 acedido em 27-12-2021. 
Neto, J.L.R., (2014), Prevalência da Cárie Dentária numa população de utentes em 
cuidados de saúde primários inscritos na Unidade Saúde Familiar (USF) Espinho. Disponível 
em: https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849 acedido em 13-12-2021. Acedido em 27-12-
2021. 
 
Anexos 
 
Anexo 1-Dramatização/ Fantoche 
Cada um dos formadores utilizando uma meia na mão, vão incorporar um dos 
materiais de higiene oral e falar da sua importância, dando a entender que esse objeto é o 
mais importante, e no final um dos formadores utilizando um material vai falar da 
importância de todos os objetos. 
 
 
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857
https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849%20acedido%20em%2013-12-2021
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Avaliação da secção educativa sobre a higiene oral realizada na escola EBI. 
Nesta secção educativa realizada na escola pudemos melhorar os aspectos que havia 
falhado na primeira secção, visto que o tema foi o mesmo, em que dessa vez o conteúdo e a 
abordagem foi mais de encontro com a idade e características dessas crianças. Também viu-
se um maior controle da nossa parte como formadores, em que soubemos captar melhor a 
atenção dos formandos, adequamos melhor a linguagem e a transmissão de informações e 
soubemos gerir melhor o nosso tempo. 
Durante a secção pudemos observar que as crianças tinham algum conhecimento 
sobre o tema e participaram muito na secção, e o facto de desenvolvermos esse tema foi 
uma mais valia pois conseguimos pegar nos conhecimentos que eles já têm e aprimoramos 
esses conhecimentos munindo eles com mais informações e melhores práticas.

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