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1 UNIVERSIDADE DE CABO VERDE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 4º ANO – 1º SEMESTRE, ANO LETIVO 2021/2022 ENSINO CLINICO EM SAÚDE FAMILIAR E COMUNITÁRIA (VII) Dossier de aprendizagem Discente: Ilias Costa Praia, Janeiro de 2022 2 UNIVERSIDADE DE CABO VERDE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 4º ANO – 1º SEMESTRE, ANO LETIVO 2021/2022 ENSINO CLINICO EM SAÚDE FAMILIAR E COMUNITÁRIA (VII) Dossier de aprendizagem Discente: Ilias Costa Supervisora: Denise Cardoso Praia, Janeiro de 2022 3 SUMÁRIO I- Introdução ...............................................................................................................5 II- Caracterização do Centro de Saúde de Tira-Chapéu ..............................................6 III- Estudo de caso ........................................................................................................9 3.1- Objetivo geral: ....................................................................................................... 9 3.2- Objetivos específicos: ............................................................................................ 9 3.3- Enquadramento teórico ........................................................................................ 10 3.4- Colheita de dados segundo Modelo de Calgary .................................................. 12 3.4.1. Avaliação estrutural ....................................................................................... 12 3.4.2- Desenvolvimento: ......................................................................................... 15 3.4.3- Categoria funcional: ...................................................................................... 15 3.4.4- Exame físico .................................................................................................. 16 3.5- Apreciação da família .......................................................................................... 18 3.6- Levantamento de problemas ................................................................................ 18 3.6- Plano de cuidados realizado segundo a taxonomia NANDA, 2018-2020. .......... 19 3.7- Conclusão do Estudo de caso .............................................................................. 20 IV- Relatório de síntese e apreciação crítica do ensino clínico ..................................21 V- Conclusão .............................................................................................................23 VI- Referências bibliográficas ....................................................................................24 VII- Anexos ..................................................................................................................25 4 Agradecimentos Primeiramente agradeço a Deus pela saúde e a oportunidade, de ter realizado este Ensino Clinico. Agradeço a todos os profissionais do Centro de Saúde em especial aos enfermeiros Nira Dias, Leila Lopes, Orlando, e a auxiliar de enfermagem Lucia pelo acolhimento e orientações e pela disponibilidade com que fui recebido. Agradeço também a minha supervisora Denise Cardoso pela disponibilidade por estar sempre disponível para esclarecer dúvidas e pelas orientações. Também agradeço aos meus colegas pelo apoio, pela paciência, disponibilidade, esclarecimentos das dúvidas e principalmente pelo espirito de equipa, e a todos que de alguma forma contribuíram para a realização desse Ensino Clinico. 5 I- Introdução No âmbito da unidade curricular, Ensino Clinico VII em Saúde Familiar e comunitária, no 4ºano de licenciatura em Enfermagem 2ºsimestre foi elaborado um dossiê de aprendizagem descrevendo o percurso no Ensino Clinico VII, sendo esta unidade curricular de estrema importância para a nossa vida estudantil, e profissional, o ensino clinico que teve um período de 5 semanas e que decorreu entre os dias 7 de Dezembro e 14 de janeiro. O ensino clinico é de extrema importância uma vez que, permite ao estudante aplicar os seus conhecimentos teóricos nas realizações das práticas, ou seja no contexto real, ganhando assim maior destreza manual. O conhecimento é um processo dinâmico, é importante que está construção seja feita de forma solida, para isso, precisámos de correr atrás das informações. No decorrer do ensino clinico foi proposto os seguintes objetivo em detrimento da competência a atingir durante o mesmo: Objetivos Geral: Aprofundar competências no âmbito da enfermagem familiar e comunitária. Objetivo especifico: Assimilar os conteúdos lecionados para melhor compreensão; Desenvolver as competências anteriormente aprendidas; Desenvolver conhecimentos suficientes no âmbito dos cuidados primários para posteriormente intervir; Realizar trabalhos com qualidade a nível de familiar e comunitário; Recolher dados credíveis e com qualidade para melhor realização compreensão do caso; Criar planos e estratégicas para a intervenção familiar. O dossiê conforme o guia proposto para elaboração do referido documento está estruturado da seguinte forma: primeiramente foi elaborado uma caracterização do centro de saúde em que se realizou o ensino clinico VII- que vai ser apresentado uma caracterização funcional do mesmo, em seguida segue a ilustração do estudo de caso realizado a uma família da nossa escolha seguindo o modelo de avaliação familiar de Calgary, seguindo-se de um relatório de síntese e apreciação crítica do ensino clínico e finalizando com a conclusão e referências bibliográficas. 6 II- Caracterização do centro de saúde de Tira-Chapéu O Centro de Saúde de Tira Chapéu, fica situado na localidade de Tira Chapéu, Cidade da Praia, Ilha de Santiago em Cabo Verde. É um dos bairros mais pequenos, ao Norte da Cidade, a pouco mais de 1 Km a Oeste do Plateau que é o Centro da Cidade. Possuí cerca de 150 hectares, o seu comprimento é de 680 metros a Leste e a sua largura vária mais de 660 metros a norte do centro e menos de 200 metros na parte mais ao norte, numa Latitude de 14.916868 e 23.521943 de Longitude. Foi construído e equipado no quadro da cooperação entre a república de cabo verde e a união europeia, inaugurado a, 20 de maio de janeiro de 2009 por sua excelência o primeiro-ministro de cabo verde José Maria Neves. O centro de saúde funciona de segunda a sexta-feira das 08h às 15h, tendo como enfermeiro chefe o enfermeiro Orlando Moreno e diretora médica a Dra. Elisabeth Mosso. O centro de saúde de tira chapéu é uma instituição de referência, dão cobertura a um grande número da população com cerca de 5785 pessoas dos quais, 2974 são do sexo masculino e 2811 do sexo feminino bem como a zona de Bela Vista, Terra Branca, Alto da Glória, Palmarejo, Cidadela, Palmarejo Grande, Caiada. Estrutura Rés-do-chão: Logo à entrada há um balcão/recepção e uma sala de espera que no momento recebe um número restrito de pessoas devido a pandemia de covid-19, por essa razão as pessoas aguardam no lado de fora. Dispõem de uma sala de curativos e injetáveis onde fazem tratamento das feridas e injeções, a responsável da sala é uma enfermeira e de momento encontra-se um agente sanitário. Em seguida tem uma farmácia em que fornecem medicamentos às pessoas que foram dadas assistências no centro. Para adquirirem os medicamentos paga uma taxa de 150 escudos, e as pessoas que tem cadastro social nível I e II, os pensionistas, crianças até 5 anos, ou grávidas são isentas da taxa. Na sala de triagem tem uma enfermeira, também realizam vários procedimentos de enfermagem, atendem cerca de 30 a 40 pessoas por dia. Tem uma sala de atendimentos aos idosos toda terça e quinta-feira, são realizadasconsulta de enfermagem aos idosos com doenças crónicas, são feitas educações para saúde sobre vários temas como alimentação, prática de exercícios físicos, regime terapêuticas e entre outros. 7 Dispõem de uma sala onde faziam atendimentos aos adolescentes, contudo neste momento funciona como sala de vacinação contra covid-19, tem dois enfermeiros. São feitos testes de covid (PCR e teste rápido). Dispõem de 3 consultórios médicos e 1 sala de radiografia que de momento não funciona, 1 dispensa e casa de banho para os utentes. Primeiro piso: Possui uma sala onde realizam atividades com as pessoas toxicodependentes todas as terças e quinta-feira e que são organizadas pelas assistentes sociais, reuniões com os profissionais do centro. Existe uma sala de atendimento a crianças onde são feitas as avaliações do crescimento e desenvolvimento das crianças, são administradas vacinas de segunda a sexta-feira são atendidas em média 30 a 40 crianças. Onde também realizam a administração das vacinas em crianças, são administradas de Segunda a sexta-feira: VPO (contra poliomielite), Pentavalente (contra Difteria, Tétano, Pertusis, Hemophilus inf. B, Hepatite B) e VPI (contra poliomielite injetável) de segunda a sexta; Tríplice Viral (contra parotidite, Rubéola, sarampo) quarta-feira e sexta-feira: Febra amarela terças e quinta. Tem uma sala de saúde reprodutiva, onde fazem consulta de pré-natal todos os dias das 8h às 12h e planeamento familiar a partir das 12:30, são feitos exames citológicos e vacinas de HPV nas crianças de 10 a 11 anos todas as quartas-feiras, e são atendidas cerca de 10 a 15 grávidas por dia. Há uma sala de psicologia onde realizam consultas todas as segundas e quartas- feiras. Também tem consultas médicas em que segunda-feira fazem consultas para pessoas com VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) e PTV (Prevenção de Transmissão Vertical). Terça e quinta-feira são consultas para as grávidas e na sexta é consulta de pós-parto. As consultas de pediatria são realizadas todas as segundas e quartas-feiras e consulta de nutrição segunda e quarta-feira. Tem uma sala de assistente social em que todas as segundas, quartas e sexta-feira realizam visitas domiciliaria juntamente com os enfermeiros e os médicos. Dispõem também de um refeitório, sala de batas de homem e mulher, sala do pessoal do serviço. 8 Recursos humanos Dispõem de 9 enfermeiros, 6 médicos, 1 assistente administrativa, 1 auxiliar de enfermagem, 4 agentes de serviço geral, 2 motoristas, 3 assistentes social, 2 psicólogas, 1 fisioterapeuta, 1 nutricionista, 3 auxiliares administrativo e 1 farmacêutica. De acordo com as zonas de coberturas e número de pessoas que esse centro abrange, nota-se uma insuficiência de recursos humanos visto que o número de enfermeiros é insuficiente para dar resposta as demandas da comunidade. Nota-se que os enfermeiros ficam sobrecarregados com essas demandas o que afeta na organização de serviços e na sua prestação, e com a situação de Covid-19 torna-se ainda mais complicada pois alguns profissionais encontram-se infetados com covid-19 o que reduz ainda mais o número de profissional no serviço. Recursos humanos estes que são de muita importância também nas visitas domiciliares pois quando esses recursos são insuficientes no centro a parte da visita domiciliar é o que fica mais prejudicado porque os profissionais mesmo com a disponibilidade de ir a comunidade sentem essa dificuldade pelo número insuficiente de enfermeiros. Porém independentemente dos recursos humanos serem baixo, a dinâmica e trabalho de uma equipa multidisciplinar dos profissionais deste centro é positivo, visto que mesmo com os poucos recursos eles buscam dar uma resposta à altura do que é desejado. 9 III- Estudo de caso No âmbito da unidade curricular, do ensino clinico VII em enfermagem saúde Familiar e comunitária, que se integra no 4º ano, 1° semestre do Curso de Licenciatura em Enfermagem, no Centro de Centro de Saúde de Tira Chapéu, foi nos proposto realizar um estudo de caso, baseado no Modelo de Calgary ,em que escolhemos uma família, por meio de um membro, a qual iremos elaborar um conjunto de planos e intervenções de acordo com a nossa capacidade de intervir para a melhoria e o progresso da família em estudo, e o mesmo. Segundo (Yin, 2011), o estudo de caso é o método que visa compreender fenômenos sociais complexos, preservando as características holísticas e significativas dos eventos da vida real, ainda o mesmo refere que é uma investigação empírica que avalia um fenômeno contemporâneo em profundidade e dentro de seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre fenômeno e contexto não são claramente evidentes. A escolha da utente deve se ao facto de ser um bebe de 6 meses de idade, que vai ser iniciado a introdução da alimentação mista (leite materno e outros alimentos) e que já se encontra com um peso elevado para a sua idade, assim apareceu uma oportunidade de conhecer a família no seu contexto principalmente no que tange a alimentação e orientar a mãe de modo que a introdução alimentar no bebé seja o mais adequado possível de modo a evitar possíveis complicações relacionado ao peso elevado nesse bebe. 3.1- Objetivo geral: Conhecer a família em estudo no seu contexto (segundo o modelo Calgary para avaliação Familiar). 3.2- Objetivos específicos: Realizar uma visita domiciliar; Identificar as principais necessidades humanas básicas afetadas; Elaborar um plano de cuidados segundo a Taxonomia CIPE (2015), direcionados as necessidades humanas básicas afetadas; Desenvolver capacidades para a construção de um processo de enfermagem à família. 10 3.3- Enquadramento teórico A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses em livre demanda, pois o leite materno é capaz de satisfazer todas as necessidades nutricionais de crianças nesta faixa etária sem a necessidade da introdução de nenhum outro alimento ou bebida. (SILVA, MP; MELLO, 2021) Além disso, a OMS orienta que qualquer outro alimento ou bebida ofertado nesse período é considerado como alimento complementar, ainda que seja leite de origem animal. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno comprovadamente evita mortes infantis, diarreia, infecções respiratórias, reduz o risco de alergias e de obesidade, melhora a nutrição, promove o bom desenvolvimento da cavidade bucal, protege a mãe contra o câncer de mama, além de ter menor custo financeiro. (SILVA, MP; MELLO, 2021) Os primeiros anos de vida de uma criança são caracterizados por rápida velocidade de crescimento e desenvolvimento, tendo a alimentação um papel fundamental para assegurar que tais fenômenos ocorram de forma adequada. A qualidade e a quantidade de alimentos consumidos pela criança são aspectos críticos e têm repercussões ao longo de toda a vida, associando-se ao perfil de saúde e nutrição, já que a infância é um dos estágios da vida biologicamente mais vulnerável às deficiências e aos distúrbios nutricionais (Lopes, et al. 2017). A introdução inadequada de alimentos à dieta do lactente pode resultar em consequências danosas para a saúde, principalmente quando a oferta é realizada antes do completo desenvolvimento fisiológico (Lopes, et al. 2017). Existem inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas para diagnosticar a obesidade. Pela facilidade e baixo custo, o índice de massa corporal (IMC) – quociente entre peso e o quadrado da altura – tem sido preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a verificação do estado nutricional em crianças e adolescentes. Além disso, outros métodos de avaliação corpórea podem também ser utilizados, como dobras cutâneas, bioimpedância e circunferência abdominal, uma vez que, nem todo excesso depeso e IMC elevado representam rigorosamente um aumento da adiposidade (ALMEIDA CA, et al. 2018). 11 É importante salientar que a obesidade infanto-juvenil está associada ao aumento do risco de desenvolvimento de muitas comorbidades, como intolerância à glicose e diabetes mellitus, doenças renais crônicas, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e alterações na estrutura e função cardíacas, doença hepática não alcoólica e apneia obstrutiva do sono (SANTOS AJ, et al., 2016). Além disso, ela traz consequências psicológicas graves para a vida da criança e do adolescente, que incluem baixa autoestima, imagem corporal distorcida, ansiedade e depressão (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2019). Tendo em vista essa relação causal da obesidade infantil com essas patologias, torna-se cada vez mais importante buscar estratégias para a sua prevenção, sendo uma delas a prática do aleitamento materno (ALMEIDA CA, et al., 2018). Acredita-se que a alimentação recebida no início da vida impacta diretamente na origem dos desvios nutricionais. Nesse contexto, o leite materno é o melhor alimento a ser ofertado ao neonato e proporciona múltiplos benefícios, tanto para a mãe quanto para o filho. A ingestão do leite materno é capaz de suprir as necessidades nutritivas dos primeiros meses e, no segundo ano de vida, permanece como essencial fonte de vitaminas, proteínas e gorduras (SANTOS AJ, et al., 2016). Além de ser um alimento de alto valor nutricional e isento de contaminação, fornece o ganho de peso adequado, oferece energia, proteção imunológica, estimula o vínculo afetivo, protege as vias respiratórias e o trato gastrointestinal contra doenças infecciosas e, para a mãe, pode ser um fator de proteção contra câncer de mama e ovário (SANTOS AJ, et al., 2016). 12 3.4- Colheita de dados segundo modelo de Calgary Segundo Monteiro et.al (2016), O Modelo Calgary de Avaliação Familiar é composto por três categorias principais: a estrutural, a de desenvolvimento e a funcional. O Modelo Calgary de Intervenção Familiar (MCIF) realiza a intersecção dos domínios de funcionamento (cognitivo, afetivo e comportamental) com as intervenções familiares. O Modelo Calgary de Avaliação Familiar (MCAF) propõe esta possibilidade. Apresenta a família e todo seu contexto inserido, baseada no conceito de sistemas, na comunicação e mudança, sendo constituído por três categorias principais: estrutural, de desenvolvimento e funcional. Instrumentos utilizados para ampliar a abordagem de avaliação das famílias são: Genograma e Ecomapa. O Genograma é a descrição gráfica da estrutura e os vínculos de uma família, sua construção é considerada uma boa estratégia para ampliar a colheita e favorece a análise qualitativa da história da família. O ecomapa é uma representação gráfica dos contatos dos membros com os outros vínculos sociais, identifica as relações e ligações da família com o meio em que vive. (Santos, Ferreira, Gomes, Araújo & Souza 2015). 3.4.1. Avaliação estrutural Interna A família é constituída por um grupo de pessoas que se relacionam entre si e são unidas por laços de consanguinidade, interesse ou apenas afetivos e que convivem em um contexto histórico, cultural, físico e político, permitindo uma identidade própria (Figueiredo & Martins, 2010) A família Sargaço se identifica como uma família nuclear, composta por 5 pessoas, a mãe o pai e os 3 filhos. A casa em que vivem fica situado em achadinha e é de propriedade da própria família. O utente em estudo JMS é um bebe de 6 meses de idade, de sexo masculino nascido em 2021, de parto eutócico pós 37 semanas de gravidez, segundo a mãe não 13 apresenta nenhum tipo de doença. A entrevistada, mãe do utente em estudo RMS de 31 anos de idade, de sexo feminino, heterossexual, estudou até o 8º ano de escolaridade, desempregada no momento, não referiu nenhum problema de saúde, filha de JM de 62 anos de idade, de sexo masculino, heterossexual, segundo a entrevistada não tem nenhum problema de saúde, e de MM de sexo feminino de 57 anos de idade, doméstica, heterossexual segundo a entrevistada ela é Diabética. A entrevistada tem 8 irmãos, 5 do sexo feminino e 3 do sexo masculino, todos são heterossexuais, o irmão mais velho tem 34 anos e o mais novo tem 22 anos de idade. Ela vive em união de facto com PMS de 41 anos de idade, de sexo masculino, heterossexual, concluiu o ensino superior, trabalha na empresa MTCV. Na primeira relação a entrevistada teve uma filha que é a primeira filha de 12 anos de idade, heterossexual, frequenta o 7º do ensino secundário. Na atual relação ela teve 3 filhos, a segunda filha de 6 anos de idade heterossexual, frequenta o ensino básico e o filho mais novo têm 6 meses de idade do sexo masculino. Genograma Legenda do Genograma: Masculino Diabetes Mielitos RMS Pessoa entrevistada JSS Utente em estudo Separação Relacionamento familiar Familia em estudo Feminino 14 Ligação muito forte Ligação forte Ligação moderada Ligação superficial Familia Sargaço Centro de saúde de Tira chápeu Avô materna Igreja Escola Amigos Parentes Vizinhos Externa No que diz respeito a estrutura externa, está família possui supra sistemas tais como, parentes, amigos, irmãos e vizinhos. Verificou-se que a família dispunha de diversos elementos do supra sistema familiar, ou seja, da rede de suporte social, como amigos, parentes, centro de saúde, vizinhos e escolas. Ecomapa Legenda do ecomapa Contexto A família pertence a raça negra, língua materna crioulo, sendo de classe social media visto que numa família de 5 pessoas apenas o pai tem emprego fixo e cobre as despesas da casa com uma renda mensal de cerca de 40.000 escudos, e todos são católicos não praticantes. A entrevistada refere que condição econômica e a religião não afeta na procura e acesso aos serviços de saúde. 15 A casa é de propriedade da própria família, fica localizada em achadinha, é um T2, bem organizada possui uma cozinha, uma casa de banho ligado a uma rede de esgoto ligado a uma fossa séptica. Tem acesso a luz elétrica e água canalizada, consomem água engarrafadas. A casa tem uma boa iluminação, mas não possui boa ventilação tem janelas, mas permanecem a maior parte do tempo fechadas. A estrada que dá acesso a mesma é calcetada e a rua possui uma boa iluminação e proteção, tem acesso aos transportes públicos, nessa comunidade possui uma escola de EBI, no caminho da casa ao centro tem um total de 30 min. 3.4.2- Desenvolvimento: Estágios e Tarefas: Em relação aos estágios do ciclo vital da família segundo as etapas do ciclo vital definidas por Relvas a família encontra-se no estágio três de famílias com filhos em que a mãe e o pai desempenham o seu papel e assumem os seus compromissos, em que a mãe no momento desempregada desempenha mais as tarefas domesticas e cuida das crianças e o pai trabalha e contribui economicamente com as despesas. Vínculos: Segundo o que foi afirmado pela entrevistada relativamente aos vínculos afetivos entre os membros da família há um bom relacionamento, em que cada membro respeita a opinião de cada integrante da família, e que o seu relacionamento é a base do respeito e do diálogo permitindo-lhes estabelecer uma relação saudável e amigável. 3.4.3- Categoria funcional: Instrumental e Expressiva Realçando que na família não existe pessoa idosa que vive entre eles e não levando a necessidade de aplicação das diferentes escalas de avaliação. A família realiza as suas atividades de vida diária sem dificuldades demonstrando um bom nível de funcionalidade e interatividade, tem respeito aos horários de alimentação e sono, as crianças realizam as 3 refeições diárias e lanches, eles têm o habito de sentar-se àmesa e realizar as refeições todos juntos. A comunicação entre a família é saudável em que todos expressão seus sentimentos e todos têm a sua vez e voz, evidenciando o respeito e a empatia no centro das suas conversas e ações. 16 Os membros dessa família, comunicam entre si de forma respeitosa, possuem relação harmoniosa, realçando que dentro da família não tem aquele que recebe o título de chefe da casa, mas sim de representante da família, segundo a entrevistada eles tem um bom convívio e quando tem algum desentendimento, o resolvem com o diálogo. 3.4.4- Exame físico O exame físico foi realizado a um membro que nos levou a escolha da família. O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico e além de complementar a anamnese (entrevista clínica), fornece uma visão do utente como um todo, não segmentada. Para elaboração desse estudo, os dados recolhidos foram obtidos através de uma entrevista aberta com consentimento livre informado e para realização do mesmo as técnicas baseadas foram os seguintes: Inspeção Auscultação Palpação Olfato Percussão Antecedentes pessoas Gestação de 37 semanas e 2 dias, parto Hospitalar, eutócico, PN-3100g, estatura 48cm, PC-33 cm, Índice de APGAR-9/10, vacinação até aos 6 meses completa segundo o esquema nacional, AME 6 meses. Bom desenvolvimento neuro-psicomotor. Antecedentes familiares Mãe: 31 anos, G4P3A1, saudável; Pai:41 anos, saudável; irmãs de 12 anos e de 6 anos, saudáveis. Exame físico: Céfalo caudal Cabeça: a palpação o crânio apresenta normocefálica, forma achatada, possui cabelo bem implantado, negro; fontanela bregmática e lambdoide normotensa. Face: simétrica, atípica e sem lesões aparente, expressão facial normal. 17 Olhos: pupilas isocóricas, redondas de tamanho normal e reativas à luz, esclerótica cor branca e limpa, íris de cor castanho-escuro, apresenta estrabismo. Ouvidos: estão bem implantadas (ápice do pavilhão auricular cruza uma linha imaginária com o ângulo lateral do olho), simétricas e com coloração igual à da pele. Boa higiene do pavilhão auricular e do conduto auditivo externo do ouvido, sem presença de lesões e malformação, sem sinais de dor a palpação do pavilhão auricular, possui substâncias serosas, apresenta boa acuidade auditiva. Nariz: simétricos, as asas do nariz sem alargamento, septo sem deformações, adejo ausente, com sinal de secreções, sem sinais de dor a palpação dos seios nasais. Boca: lábios simétricos, cavidade oral humedecida, lisa e rosada e com bom aspecto de higiene, sem sinais de infeção, língua íntegra, gengivas íntegras. Pescoço: Pescoço cilíndrico, na linha media do corpo. Tórax: simétrico, mamilos localizados na linha hemiclavicular, com simetria na expansão torácica. Apresenta respiração superficial, 30 ciclos por minuto Abdómen: mole, indolor á palpação, não apresenta nenhuma anomalia. Membros superiores: íntegros, sem presença de edema; unhas limpas, mobilidade dos membros superiores sem alterações. Membros inferiores: íntegros e sem presença de edemas, unhas limpas e sem sinais de infeções, também apresenta pouco mobilidade dos membros inferiores. Pênis: Encontra-se íntegra, com tamanho normal sem prurido, e sem alteração da coloração. Ânus: íntegro, com higiene satisfatória, eliminação vesical e intestinal presente de características fisiológicas. Pele: íntegra, macia e húmida e aparentemente normocoradas. 18 Avaliação do estado ponderal Neste momento aos 6 meses de idade a criança encontra-se com um peso de 9.900 kg, Perímetro Cefálico (PC) de 68 cm e Estatura 68 cm de acordo com a avaliação do estado nutricional feita pela medição Antropométrica, indica-nos que a criança se encontra com peso elevado para idade (com o valor maior que o percentil 97). Avaliação do Desenvolvimento Neuro-Psicomotor Aos 6 meses de idade a criança é capaz de sentar-se com apoio, ri com gargalhadas, gira a cabeça em direção ao som da voz e emite sons. Contexto Familiar e Sócio – Comunitário A criança vive com os pais e irmãos, num bairro tranquilo, com iluminação pública, com rede de esgoto, com acesso ao transporte, estrada calcetada, e acesso a comunicação. 3.5- Apreciação da família A família Sargaço de acordo com a escala de APGAR familiar de (SMILKTEIN) que avalia a funcionalidade da família, esta é funcional, em que todos se preocupam com o bem estar e proteção de todos os elementos da família. 3.6- Levantamento de Problemas No que tange ao levantamento dos problemas baseamos nos dados de acordo com o modelo de Calgary para avaliação familiar, levando em conta as três etapas do modelo. Categoria Funcional: Hábitos alimentares desadequados; Contexto: Ambiente: Ventilação inadequada; Bebe faz uso de andador sem garantia de segurança. 19 3.6- Plano de cuidados realizado segundo a taxonomia NANDA, 2018-2020. Diagnostico de enfermagem segundo NANDA- 2018-2020 Intervenções autónomas Intervenções interdependentes Avaliação Sobrepeso relacionada com aumento rápido de peso durante a amamentação Orientar a família sobre a nutrição; Orientar sobre a importância da amamentação. Avaliar o peso da criança; Avaliar desenvolvimento da criança. Desenvolvimento da criança inadequado relacionado peso elevado para a idade. Promover desenvolvimento infantil: Ensinar família sobre desenvolvimento infantil. Avaliar os dados antropométricos da criança periodicamente; Ensinar sobre alimentação infantil. Risco de crescimento desproporcional Orientar a família sobre a introdução adequada dos alimentos. Avaliar os dados antropométricos da criança periodicamente. Risco de queda relacionada com conhecimento insuficiente sobre precauções de segurança Avaliar o ambiente; Orientar a família sobre os riscos de queda; Orientar ao controle do ambiente. Ensinar a família sobre a prevenção de quedas; Avaliar conhecimento sobre segurança ambiental. 20 3.7- Conclusão do Estudo de caso O estudo de caso permitiu conhecer bem a família, e obter informações suficientes que enriqueceram os meus conhecimentos, e que deram luz aos conhecimentos já adquiridos, trata-se de uma família com filhos pequenos e que o mais novo integrante é um bebe com 6 meses, e que nessa faze inicia-se a introdução alimentar, visto que é um bebe com um peso elevado para a sua idade, esta fase se torna urgentemente muito importante pois é a partir da alimentação a situação pode se resolver ou complicar-se. Assim a minha apreciação e intervenções perspectivava-se como um bom instrumento e aliado para proporcionar uma alimentação adequada e uma melhor qualidade de vida não só para o bebe como também para a própria família. De acordo com os objetivos traçados para este estudo de caso posso dizer que consegui alcançá-los, e isso deve-se a orientação da minha supervisora e disponibilidade da família, a quem deixo os meus agradecimentos. 21 IV- Relatório de síntese e apreciação crítica do ensino clínico No âmbito da unidade curricular Ensino Clínico VII (Ensino Clínico em enfermagem de familiar e comunitária), que se integra no 4º ano, 2° semestre do Curso de Licenciatura em Enfermagem, foi nos proposto realizar um relatório de síntese que é uma descrição sucinta e intencional, considerando a relevância psicoemocional, socioprofissional e de auto avaliação, dos aspetos significativos do ensino clínico e apreciação crítica do EC, cujo objetivo é fazer uma reflexão crítica de todo EC, neste relatório deve conter os seguintes tópicos: Acolhimento e integração; Incidentes críticos/ acontecimentos significativos; Concretização dos objetivos específicos; Apreciação global da experiência do ensino clínico. No que se concerne aoacolhimento e integração do ensino clinico, a primeira semana que é delineado para se integrar-se na estrutura inserida e o nosso não foi diferente, fomos recebido pela administradora do centro Anilce, onde fizemos uma visita rápida pela a estrutura, com acompanhamento de uma auxiliar de serviços gerais, afim de identificarmos melhor o mesmo, em que estamos inserido e depois fomos distribuídos consoante enfermeiros e serviços para desenvolvimento das práticas e posteriormente cumprimento dos objetivos solicitados para a realização do mesmo. A semana de integração não foi muito fácil, a adaptação foi um processo que iniciou com a integração e vem se estabelecendo durante o ensino clínico, pois este é de suma importância para que eu consiga alcançar os objetivos que foram traçadas para ser atingidos durante este ensino clínico, para isso foi preciso ajuda e disponibilidades dos profissionais que constitui a equipa do serviço, dos meus colegas, e da supervisora do ensino clinico. Em relação aos incidentes críticos não tive nenhum incidente e isso foi possível com a ajuda e orientação da equipe de enfermagem, e não só a todos os profissionais do serviço e com a supervisão da minha supervisora que foi de grande auxilio em todos os momentos, e também com a dedicação e respeito aos utentes e isso ajudou-me bastante para evitar erros que podem custar a uma vida. 22 No que se refere a concretização dos objetivos, acredito que alcancei a maioria dos objetivos traçados e isto só foi possível a uma dedicação e comprometimento não só da minha parte, como também por parte dos profissionais que fizeram com que esse ensino clinico se realiza-se da melhor forma possível. Em que pude ter uma visão mais ampla sobre a família, a criança e o processo de vacinação da criança como também da amamentação. Apreciação global da experiência do ensino clínico Todas as competências adquiridas até agora foram muito significativas, visto que são de suma importância, e em especial foi ter aprimorado o meu conhecimento na avaliação do desenvolvimento e crescimento das crianças de ter aprendido a realizar as vacinações nas crianças, no acolhimento das mães dos recém-nascidos, algo que já tinha estado em contato nos ensinos clínicos anteriores mas que nesse ensino clinico pude aprimorar ainda mais. Também foi uma grande valia o fato de ter realizado as visitas domiciliares, de poder conhecer as famílias no seu contexto e saber avaliar e colher dados e saber intervir da melhor forma, sem esquecer o fato de ter realizado seções educativas aprimorando mais a minha capacidade de comunicar e de transmitir informações incutindo nas pessoas os bons hábitos de promoção da saúde e de prevenções de doenças. Posto isso acredito que esse ensino clinico foi muito importante e produtivo onde pude colocar em pratica as teorias e práticas adquiridas na sala de aula e em ensino clinico anteriores. E tudo isto só foi possível com as orientações e do acompanhamento da supervisora, ela que mostrou sempre disponível e prestativa, onde esclareceu duvidas, deu dicas e chamou atenção quando algo não ia de acordo com o que aprende na sala de aula, ajudando no desenvolvimento de competências que nesse período se deseja. 23 V- Conclusão Este ensino clinico foi bastante produtivo devido tal como em todos os outros ensinos clínicos, mais o que tornou este especial foi o fato de proporcionar aos estudantes desenvolverem competências autônomas de chegar a comunidade através da identificação de uma família e criar estratégicas para a melhoria da qualidade de vida baseando na promoção da saúde e prevenção das doenças. Também no ensino clinico tivemos oportunidade de realizar várias secções educativas, de forma que pudemos trabalhar mais a nossa comunicação, partilhar conhecimentos e adquirir novos conhecimentos fruto das vivencias das pessoas em que aplicávamos as secções e também das dicas que a supervisora nos dava. Durante o ensino clinico tive algumas dificuldades em realizar a visita domiciliar devido ao Covid-19, mas pude correr atrás do tempo perdido e contornar essa dificuldade. No que diz respeito a minha trajetória neste EC, posso dizer que a minha prestação foi positiva, tanto em termos de procedimentos, quanto em termos de comportamento, atitude, espirito de equipa e responsabilidade, os objetivos do EC foram na maioria alcançados. 24 VI- Referências bibliográficas Almeida, C.A., Mello, E.D., Ribeiro, G.A., Almeida, C.C.; Falcão, M.C., Rego, C.M. Classificação da obesidade infantil. Medicina (Ribeirão Preto Online), v. 51, n. 2. p. 138-152, 2018. Acedido em 09/01/2022. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.co m/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7 GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B Lopes WC et al. Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida. Rev Paul Pediatr. 2018;36(2):164-170, acedido em 14/01/2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004 Santos, A.J.A.O.; Bispo, A.J.B.; Cruz, L.D. Padrão de aleitamento e estado nutricional de crianças até os seis meses de idade. HU Revista, v. 42, n 2. p. 119-124, 2016. Acedido em: 10/01/2022. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/ind ex.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWs QFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg Sociedade Brasileira De Pediatria. Manual de orientação: Obesidade na infância e na adolescência. Departamento Científico de Nutrologia. 3ª. Ed. – São Paulo: SBP. 2019. acedido em: 10/01/2022. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/file admin/user_upload/Manual_de_Obesidade_- _3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFno ECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r Silva, M.P., Mello, A.P. Impacto da introdução alimentar precoce no estado nutricional de crianças pré-escolares. Revista Saúde & Ciência online, v. 9, n. 1, (janeiro a abril de 2021). p. 110-129. Acedido em: 09/01/2022. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://rsc.revistas.ufcg.edu. br/index.php/rsc/article/download/422/433/1145&ved=2ahUKEwiksMHxuqr1AhUF1R oKHQQNC https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJHR/article/view/15786&ved=2ahUKEwiblcfZuqr1AhXFzYUKHa7GDJQQFnoECAkQAQ&usg=AOvVaw03St8G_BxuyvouasyeCx6B http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004 https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2514&ved=2ahUKEwivorCiuqr1AhUpxIUKHSYmAWsQFnoECAUQAQ&usg=AOvVaw2EU3snmUWED6-L7PrAsMmg https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7rhttps://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Manual_de_Obesidade_-_3a_Ed_web_compressed.pdf&ved=2ahUKEwiX6qbHuqr1AhWp4IUKHcjuCXsQFnoECAYQAQ&usg=AOvVaw3rDEYxJUkEfuZlm7EjCK7r 25 VII- Anexos REGISTO DE VISITA DOMICILIÁRIA (VD) VD nº 1 SERVIÇO DE SAÚDE – UNIDADE: Centro de Saúde de Tira Chapéu 1 - UTENTE: JMSS D.N: 18/06/2021 Nome: Família Sargaço Telefone: 5940589 2 - Motivo da Visita: Conhecer o Contexto da Família. 3 - Tipo da Assistência: Domiciliar: Curativa ( ) Preventiva/educação para a saúde (X) 4 – Registo após a Visita/Avaliação: 6 - Data da Visita: 23/12 /2021 Assinaturas: Supervisora: Denise Cardoso Estudante: Ilias Costa 26 PLANEAMENTO DE VISITA DOMICILIAR Família: Sargaço Elementos: Visita domiciliaria nº 1 Tipo de visita: V. D de Caracter Investigador DATA OBJECTIVOS ACTIVIDADES AVALIAÇÃO 21 dezembro de 2021 1. Conhecer a família no seu contexto; 2. Conhecer tipo de Família; 3. Avaliação do estilo de vida da família. Localização da Habitação / Acessibilidade; Descrição da Habitação (luz, saneamento, segurança e proteção ventilação); através de Observação/ Entrevista; Descrição de cada elemento da Família; através de entrevista Genograma; Entrevista. 27 Guião de Entrevista Identificação do entrevistado Idade: 30 anos Sexo: M ( ) F ( X ) Naturalidade: Nossa senhora da Graça Estado civil: Solteiro ( ) ; Casado ( ) ; União de facto ( X ) ; Divorciado ( ) ; Viúvo( ) Residência: Achadinha Nível de escolaridade: 9º ano Profissão: Domestica Data: 23/12/2021 Lugar: Achadinha A- Informações sobre a criança. 1. Quantos filhos (as) a Sra. tem? 2. Qual foi o tipo de parto? 3. Qual foi a idade gestacional em que ela nasceu? 4. Ocorreu alguma morte/aborto? 5. Quantos anos ela tem? 6. A criança possui registo civil de nascimento (RCN)? 28 7. No RCN da criança consta o nome de ambos os pais? 8. Quem é o cuidador principal da criança? 9. A senhora estuda ou trabalha atualmente? 10. A criança possui Caderno de Saúde da Criança? 11. O calendário vacinal da criança está atualizado? 12. A criança está tendo o aleitamento exclusivo? 13. Já introduziu algum alimento para a criança? 14. A criança apresenta algum tipo de problema de saúde? Se sim, já foi diagnosticada? 15. A criança está sendo acompanhada em alguma especialidade médica? 16. Em qual serviço a criança está sendo acompanhada? B- Informações sobre a família. 1. Quem faz parte da sua família, alguém mais vive com vocês? 2. Quantos são do sexo feminino e quantos do sexo masculino? 3. Qual a idade dos membros da sua família? 4. Qual o nível de escolaridade dos membros da família? 5. Qual a profissão deles? 6. Os homens fazem atividades entre si, e quais as que as mulheres fazem? 29 7. Qual o efeito que essas atividades causam sobre o nível de estresse familiar? 8. Como descreves a relação entre os membros da sua família? 9. Como consideras a relação da sua família com os seus vizinhos? 10. Como consideras a relação da sua família com os amigos da família? 11. Qual a renda mensal da sua família? 12. Alguém mais contribui para a renda da sua família? 13. Como considera o rendimento da família? 14. A vossa situação financeira influência de algum modo na utilização de recursos de saúde? 15. Recebe algum apoio da sua família perante algum problema? 16. Com que frequência a sua família procura os serviços de saúde? 17. Qual a religião que a sua família frequenta? E com que frequência a frequentam? 18. A religião que eles frequentam são um apoio para eles? 19. A sua família utiliza o diálogo e o respeito para a resolução dos problemas? 20. Que significado tem a família extensa (família de origem e de procriação) para o funcionamento dessa família? 21. Algum familiar seu tem algum problema de saúde? 22. Já ouviu falar em doenças crónicas, se sim qual? 30 23. Algum familiar seu tem alguma dessas doenças, se sim quem? 24. Qual o hábito de repouso e sono da sua família? 25. Quantas refeições fazem por dia? 26. Quais são os hábitos alimentares da família? 27. Tem algum idoso que vive com vocês? 28. Ele consegue realizar os seus hábitos de vida diária sozinho, se não quem o ajuda a realiza-los? C- Informações habitacionais e da comunidade. 1. Esta casa é de propriedade da família? 2. Quantos quartos tem no domicilio? 3. A casa tem acesso a água canalizada? 4. O domicilio tem casa de banho? 5. O domicilio tem acesso a rede de esgoto? 6. A casa tem acesso a eletricidade? 7. A casa tem uma boa ventilação? 8. A comunidade tem uma boa iluminação? 9. A comunidade tem um fácil acesso ao transporte? 10. Com que frequência fazem a recolha de lixo na comunidade? 31 11. Quais os serviços comunitários que a sua família utiliza? 12. A sua comunidade é segura? 13. Há algo mais que a Sr. queira partilhar sobre sua família conosco 32 QUADRO 1- MATRIZ DE PLANIFICAÇÃO DA SESSÃO EDUCATIVA Projeto “Djuda minino ri” Tema Higiene oral Data ̸ Hora 16-12-2021 às 11h Local Tempo previsto Jardim A Flor 20 Minutos Formadores responsáveis Ilias Costa, Keila Vieira & Nélson Costa Convidado (as) Docente Denise Cardoso, Enfermeiras Grupo-alvo Alunos de 4 a 6anos do jardim A Flor Objetivo (s) geral (ais) Sensibilizar sobre a importância de uma boa pratica de higiene oral nas crianças do jardim A Flor. 33 QUADRO 2- PLANO DA SESSÃO EDUCATIVA Ação Objetivo Especifico Conteúdo Metodologia e Estratégia Recursos Atividades dos formandos Avaliação Duração Introdução -Apresentar os formadores, formandos. -Identificar a temática a ser abordado Apresentação dos formadores e formandos. -Interativa, Interpretativo e participativo Os formandos vão dizer os seus nomes. -Dinâmica de interpretação: -Os formadores vão apresentar aos formandos os seguintes objetos: Balão cheio de ar com desenho de uma cara triste, desenho de pasta dentífrica e escova. E os formandos vão tentar decifrar sobre a temática que vai ser abordado. Formadores e Formandos; - Balão; Ocupar os seus lugares na sala; Dizer os seus nomes. -Que os formandos sejam capazes de interpretar através da observação a temática que será apresentada. Observar o interesse e a interação dos formandos -Avaliar o conhecimento dos formandos através da resposta dada em relação aos objetos apresentados. 5 min 34 Desenvolvimento -Conhecer o que é higiene oral. -Descrever a importância de higiene oral; -Conceito de higiene oral -Vantagens de ter uma boa higienização oral: Interativo explicativo, expositivo e interrogativo Dinâmica: Dramatização /Fantoche: “Os formadores irão desenvolver uma dramatização lúdica sobre a higiene oral” Objetivo: demonstrar a importância da higiene oral. Formadores e formandos; -Escova de dentes; -pasta dentífrica; -copo de agua; -“fio dental” -meias coloridas. -que os formandos demonstrem interesse na dinâmica. - Através de questões sobre o que aprenderam com a dinâmica e que importância eles atribuem sobre a higiene oral. 5 min 35 Discriminaruma prática correta sobre higiene oral Prática correta de uma boa higiene oral. Interativo demonstrativo e participativo - Com todos os materiais necessários para a higienização oral os formadores irão evidenciar os passos para uma prática correta de higienização oral. Objetivo: estimular os formandos a desenvolverem hábitos de higiene orais corretos através da demonstração e em seguida a turma irá realizar a prática. Formadores e formandos; -Escova; -Pasta Dentífrica; -Copo; -Fio dental; -Arcada dentária. -Mostrar interesse na demonstração. - Avaliar com perguntas sobre como devemos fazer a lavagem dos dentes de forma correta. 5 min Conclusão Resumir a temática aos formandos. Resumo do tema Interrogativo e Interativo Solicitar a dois voluntários que façam a técnica correta de praticar higiene oral descrevendo todos os passos a seguir. Formadores e formandos; -Arcada dentária; - Escova; -Fio dental; - Sala. - Dois formandos (voluntários) irão simular a lavagem dos dentes na arcada dentária e o uso do fio dental. -Avaliar se o conhecimento transmitido foi claro e assimilado pelos formandos 5 min 36 Enquadramento teórico- Higiene Oral Segundo a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946) a saúde é definida como “perfeito bem-estar, físico, mental e social e não somente ausência de doença”. Os principais determinantes de saúde incluem o ambiente social e económico, o ambiente físico e as caraterísticas e os comportamentos individuais da pessoa (OMS, 2009, citado por, Carvalhais 2014). De facto, uma higiene oral deficiente poderá trazer consequências económicas indesejáveis (individuais e comunitárias), psicológicas e mais diretamente sobre a saúde do indivíduo. A OMS considera que uma boca saudável é aquela que apresenta ausência de dor oro facial crónica, cancro de cavidade oral ou garganta, feridas, defeitos congénitos, caries, perda de dentes e outras doenças ou distúrbios da cavidade oral (OMS, 2003, cit. por, Carvalhais 2014). Higiene oral - é a prática de manter a boca, dentes, língua, bochechas e gengivas limpos e saudáveis para, assim, prevenir e evitar problemas na boca tais como as cáries, a periodontite, a gengivite e ainda ajudar a combater a halitose (mau hálito). Vantagens de uma boa higiene oral Sorriso saudável e brilhante; Prevenir e evitar a formação da indesejada placa bacteriana; Melhorar a sua qualidade de vida; Reduzir o número de ida ao dentista. Os seus dentes ficam mais limpos e sem resíduos As suas gengivas ficam mais saudáveis A sua boca fica livre de episódios regulares de mau hálito (halitose) (Carvalhais 2014). 37 Problemas causadas por falta de higiene oral Cuidar dos dentes não constitui meramente uma questão de estética, mas sim uma questão de saúde (Bisla, 2000, cit. por, Carvalhais 2014). Diversas doenças sistémicas podem ter origem em infeções orais como: a endocardite bacteriana (infeção grave das válvulas cárdicas). Uma higiene oral deficiente poderá resultar em: caries dentaria, gengivite, halitose, periodontite, sensibilidade dentária, aftas e xerostomia (boca seca). Sendo a cárie dentária a que mais prevalece nas crianças e jovens, é de particular importância conhecer a forma como se desenvolve e a sua relação com a falta de higiene oral. A cárie dentária é definida como uma doença infeciosa, pois eruptiva, transmissível e caracterizada por uma destruição progressiva dos tecidos mineralizados dos dentes. Elas podem ser originadas pelo crescimento excessivo de bactérias nomeadamente estreptococos mutans e Lactobacilos, a diminuição do fluxo salivar e uma alimentação rica em hidratos de carbono (Neto, 2014). Dispositivos e produtos utilizados em higiene oral Escovas de dentes – tem como funcionalidade removerem a placa bacteriana e restos alimentares que se depositem nos dentes e nos tecidos orais através do processo de escovagem (Gonçalves, 2017) A seleção da escova dos dentes apropriada deverá ser feita com base nas preferências do consumidor, nível de destreza, idade, posição dos dentes e condição oral (Gonçalves, 2017). Fios dentários e escovilhões – a escovagem por si só não é eficaz na remoção da placa Inter dentária. Para o efeito são utilizados os fios dentários e os escovilhões em casos clínicos específicos, como no caso de diastemas acentuados ou em reabilitações fixas com pontos (Gonçalves, 2017). E essencialmente existem dois tipos de fio dentário que se podem usar: os fios de nylon e os fios de PTFE. 38 Pasta dentífricas – a pasta dentífrica é um produto que é utilizado como auxiliar na escovagem, ajudando na remoção da placa bacteriana (Gonçalves, 2017). Existem uma enorme variedade de pastas dentífricas no mercado que vão de um encontroas necessidades das pessoas e as suas preferências como: o branqueador, controlo de tártaros, proteção da sensibilidade e anti cárie). A maioria das pastas dentífricas contém flúor em maior ou menor quantidade para além de outros constituintes de base: carbonato de cálcio, óxidos de alumínios hidratados, géis de sílica desidratados, carbonato de magnésio, fosfatos e silicatos. O flúor atua fortalecendo o esmalte e remineralizando alguma cárie existente (Gonçalves, 2017). Passos para uma boa higienização Primeiramente, enxague Antes mesmo de iniciar a escovação, faça um bochecho com água para eliminar os resíduos dos alimentos e ajudar na escovação. Procure a escova certa Uma escovação eficiente depende prioritariamente de uma boa escova. Por isso, procure sempre escovas ultra macias. Prefira as escovas de cabos lisos, pois cabos emborrachados podem acumular sujeiras e facilitar a proliferação de bactérias. E lembre-se que a escova deve ser trocada a cada dois ou três meses para que as cerdas continuem ativas e eficientes. Pasta de dentes Não é necessário encher a escova de pasta. Um pouco, equivalente a um grão de ervilha, já é o suficiente. Procure sempre escolher as pastas que não são abrasivas. Pastas contendo flúor só são recomendadas para adultos. Como a água que escovamos os dentes já é fluoretada, no caso das crianças, o excesso de flúor pode ser prejudicial. 39 Escove de maneira eficiente A escovação deve ser realizada sempre de cima para baixo, no sentido contrário ao da gengiva. Caso contrário, você apenas está levando a sujeira para ela. O ideal é contar com uma inclinação de 45⁰, de modo que as cerdas passem tanto pelos dentes quanto pela gengiva. Ao terminar de escovar um determinado canto da boca, não volte a ele depois. Limpeza da língua A limpeza da língua é outro passo importante em especial porque evita o mau hálito. A halitose está relacionada à presença de um tipo de placa bacteriana formada sobre a língua. Para promover uma limpeza eficiente, o ideal não é escovar a língua, mas sim utilizar higienizadores específicos. A escova foi desenvolvida para escovar os dentes apenas e quando utilizada para a língua, além de não promover o efeito desejado, provoca desconforto e ânsias. http://promo.dentalprev.com.br/passo-a-passo-para-uma-higiene-bucal-completa 40 Consulte um dentista periodicamente Por fim, além da limpeza diária periodicamente, consulte o dentista para limpezas mais profundas e completas, e uma alimentação balanceada é um grande aliado para manter uma boa saúde oral. Orientações Escovar os dentes pelo menos três vezes por dia, depois das refeições durante dois minutos; Utilizar uma escova de dentes adequada, que deve ser substituída de dois em dois meses Utilizar pasta dentífrica com fluoreto (1000-1500 ppm); Fazer refeições equilibradas, com diminuição da quantidade e frequência de ingestão de açúcar (Gonçalves, 2017).41 Referências Bibliográficas: Gonçalves, A.F.A. (2017) A saúde oral em contexto de creche (dissertação de mestrado. Apresentada no instituto superior de educação e ciências. Lisboa. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857 acedido em 13-12-2021. Neto, J.L.R., (2014), Prevalência da Cárie Dentária numa população de utentes em cuidados de saúde primários inscritos na Unidade Saúde Familiar (USF) Espinho. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849 acedido em 13-12-2021. Acedido em 14-12- 2021. Carvalhais, F. P. M. (2014) Saúde oral em escolar em idade escolar: o papel fundamental do enfermeiro (dissertação de mestrado). Apresentada na Universidade Fernando Pessoa, Porto. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf acedido em 13-12-2021. Anexos Anexo 1-Dramatização/ Fantoche Cada um dos formadores utilizando uma meia na mão, vão incorporar um dos materiais de higiene oral e falar da sua importância, dando a entender que esse objeto é o mais importante, e no final um dos formadores utilizando um material vai falar da importância de todos os objetos. https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857 https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849%20acedido%20em%2013-12-2021 https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf 42 Avaliação da secção da saúde oral realizada no jardim De um modo geral foi uma boa secção, conseguimos transmitir as informações que pretendíamos, mas devido a faixa etária das crianças no início sentiu-se algumas dificuldades em captar a atenção delas, pelo fato de ser a primeira secção desse ensino clinico e também devido ao conteúdo ter sido desenvolvido de uma maneira mais teórica houve algumas dificuldades por parte delas, em se interagirem, mas no decorrer da secção conseguimos interagir melhor com elas e adequando melhor a linguagem e com a ajuda da supervisora conseguimos alcançar os objetivos traçados. 43 Plano de uma Ação Educativa Aleitamento materno exclusivo Projeto "Dal mama sima e kre" Ação Sessão de Educação para Saúde Tema Importância do aleitamento materno exclusivo Data Hora 05.01.2022 10:00 Local previsto Tempo previsto Centro de saúde de Tira Chapéu 15 min Formador (es) responsável Ilias Costa Nelson Costa Keila Vieira Formador (es) convidado (s) Enf. Leila, Nira Dias, Orlando Docente Denise Cardoso Grupo-alvo Grávidas e Puérperas Objectivo geral Consciencializar as grávidas e Puerperas sobre a importância do aleitamento materno exclusivo Demonstrar a técnica correta de amamentação 44 Ação Objetivos específicos Conteúdos Metodologia /Estratégias Recursos Atividades dos formandos Avaliação Duração Introdução / acolhimento Conhecer os formandos. (Quebra gelo) Os formandos irão dizer o nome Chuvas de ideias Interativa; Humanos Formadores Formandos. Participativa Participação e interesse 3 Minutos Desenvolvimento Que as gravidas sejam capazes de: Conhecer a importância do aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses. Explicar as vantagens da amamentação exclusiva Definição do aleitamento materno exclusivo. Vantagens da amamentação exclusiva Técnica da amamentação . Expositiva Interativa Humano Formandos. Materiais Assistir a apresentação. Interagir com os formadores. Apontar possíveis dúvidas durante a apresentação. Atenção e Interesse. Participação 9 Minutos 45 Demonstrar a técnica corretas da amamentação, Conclusão Verificar se os formandos conseguiram captar as informações que foram passadas. Colocar em prática a técnica demostrada e refletirem sobre a importância da amamentação. Interativa Humanos Formadores Formandos. - Refletir sobre as informações que lhe foram passadas. Fazer a demostração da técnica. Avaliar a aprendizage m através de questões colocadas aos formandos e na demostração da técnica. 3 Minutos 1 Revisão da literatura Aleitamento materno exclusivo até aos seis meses Para Araújo e Almeida (2007) A amamentação é um ato natural inerente a toda mulher que acabou de gerar um filho, logo a nascença essa prática é iniciada, nascendo a criança já com reflexos de busca, apreensão, sucção e deglutição, capacidades que o permitem extrair o seu leite. A amamentação é o ato da criança adquirir o leite materno sugando a mama da mãe, de acordo com os processos fisiológicos do corpo, a toda mulher é capaz de amamentar, porém esse fato não assegura que todas elas executem o aleitamento. Campos (2011) defende que o leite é um alimento vivo e completo, que contémtodos os nutrientes necessários e nas proporções adequadas, contribuindo assim para a diminuição da morbimortalidade perinatal e infantil. É considerado um dos alimentos fundamentais para a promoção e proteção da saúde das crianças em todo o mundo, pois nele se encontram todos os nutrientes que um lactente precisa nos 6 primeiros meses de vida. Para Levy e Bértolo, ( 2012 ) “o leite materno é um alimento vivo, completo e natural, adequado para todos os recém-nascidos, salvo raras exceções”. Exceções essas que como se sabe podem ser devido a doenças da mãe, ou então desejos e motivos pessoal da mesma. VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO 1.O leite materno contém substâncias chamadas anticorpos, que protegem o bebê das infecções. O leite materno é o mais completo alimento para o bebê até o 6º mês de vida. Protege o bebê contra doenças como: diarréia, resfriados, infecções urinárias e respiratórias, alergias e problemas na arcada dentária, entre outras. Está comprovado através de muitos estudos que, em condições precárias de vida, as chances da criança ter diarréia e outras infecções são muitas vezes maiores em crianças que tomam mamadeira do que naquelas que são amamentadas. 2 Hoje sabe se que o leite materno contém fatores de proteção, os chamados anticorpos, contra muitas doenças. Essas substâncias, que passam da mãe pra o filho através do leite protegem o bebê contra infecções ( Siqueira, 2009). 2.O leite materno é mais adequado do ponto de vista nutricional A principal vantagem do leite de peito está na composição dos seus nutrientes. Ele preenche todas as necessidades nutricionais da criança até os 6 meses de vida. A qualidade e a quantidade dos seus componentes são especialmente adequadas àquela criança para a qual foi feito. Isso quer dizer que a quantidade de proteínas, vitaminas e sais minerais que existem no leite estão ali na medida certa para preencher as necessidades do bebê. Além disso, o bebê digere melhor o leite materno, bem como absorve melhor os seus nutrientes do que quando toma leite de vaca (Ministério de Saúde). Na natureza, o leite que cada fêmea produz é o mais adequado para as suas crias. Acontece a mesma coisa com a mulher: seu leite é o mais adequado para a criança. 3.O leite materno é prático e higiênico O leite de peito é muito mais higiênico, não tem risco de contaminação, porque não precisa ser preparado, passa direto do peito da mãe para a boca da criança e já vem na temperatura ideal. É mais prático porque já está pronto e aquecido. Não se perde tempo preparando, nem lavando mamadeira e panelas. 4.É mais econômico criar filhos com o leite materno Outro fato que ocorre após o desmame, é a dificuldade das mães em preparar leite de vaca nas medidas adequadas. Como o leite é muito caro, na hora de preparar a mamadeira a mãe acaba misturando água demais no leite. Isso faz com que o bebê não receba as quantidades de nutrientes necessários. Mesmo quando o leite é distribuído nos serviços de saúde, as pessoas recebem uma quantidade pequena dele.E como quase sempre existem outras crianças a serem 3 alimentadas na casa, a mãe acaba preparando mais fraco para que as outras também possam beber. Uma das soluções que as mães encontram para engrossas o leite misturado com água é acrescentar a ele fubá, creme de arroz ou qualquer outro tipo de farinha. Como consequência disso, muitas crianças ficam mais fracas porque não tomam a quantidade de leite de que precisam. Algumas podem até engordar, devido á farinha que engrossa o leite mas são crianças com pouca resistência, principalmente às infecções. É comum ver as crianças que vinham bem na curva de peso, com o desmame começarem a ter infecções e a emagrecer, descendo na curva do peso. 5.O aleitamento materno favorece o relacionamento mãe e filho Outro aspecto importante é que a amamentação permite que a mãe e o bebê tenham uma relação mais próxima. É claro que uma mamadeira pode ser dada também com muito carinho. A amamentação, entretanto, cria mais oportunidades para mãe e filho estarem juntos, mantendo um contato mais íntimo, que pode contribuir para o estabelecimento de relações sócio afetivas necessárias ao desenvolvimento da criança. Vantagens do aleitamento materno exclusivo para o Bebê ·O leite materno é o mais completo alimento para o bebê até o 6º mês de vida, pois possui todos os nutrientes que a criança necessita para crescer e desenvolver. ·Auxilia o movimento dos músculos e ossos da face, promovendo melhor flexibilidade na articulação das estruturas que participam da fala. ·É de fácil digestão. ·Estimula o padrão respiratório nasal no bebê, facilitando a oxigenação de suas estruturas faciais. ·É uma forma muito especial e fortalecedora do relacionamento entre mãe e filho, que transmite segurança, carinho e amor como bebê. 4 ·Favorece um bom desenvolvimento físico e mental da criança e, consequentemente, estabilidade emocional e maior adaptação nas etapas da vida. Vantagens do aleitamento materno exclusivo para a Mãe ·Não custa nada, é de fácil aquisição, temperatura ideal, estando livre de contaminações externas e pronto para o consumo. ·Em geral, o corpo retorna ao normal mais rapidamente; ·Ajuda a reduzir o sangramento, diminuindo o tempo em que o útero e o volume do seio costumam levar para voltar ao tamanho normal. ·diminuição do risco de câncer de mama. ·Aumento da autoestima e fortalecimento do vínculo mãe-filho ao promover o contato pele a pele. (Margotto,2004). Técnica de amamentação Apesar da sucção do bebê ser um ato reflexo, o bebê precisa aprender a retirar o leite do peito de forma eficiente. O mais importante é a pega correta, ela irá prevenir fissuras e dor e vai garantir o sucesso da amamentação. Para começar a amamentar esteja com uma roupa confortável, procure sentar em local tranquilo apoiando os braços, os pés e as costas e a cabeça. Uso de uma poltrona com o encosto alto e travesseiros e um banquinho para os pés pode ajudar. O bebê deverá sempre estar inclinado com o peito mais alto que a barriga. Pega correta 1. Primeiro lubrifique a mama com o próprio leite (faça uma pequena ordenha e passe o leite na areola). 2. Leve o bebê ao peito e não o peito ao bebê 5 3. Corpo do bebê todo voltado para a mãe, o apoio do bebê deve ser feito nos ombros e não na cabeça, que deve permanecer livre para inclinar-se para trás. Braço inferior do bebê ao redor da cintura da mãe, corpo voltado sobre ela, quadris firmes, pescoço levemente estendido. Bebê ao mesmo nível da mama, sustentada por fralda se necessário, boca centrada em frente ao mamilo. 4. Segurar o peito ajuda o bebê abocanhar de forma adequada. A forma correta é com o polegar da mãe acima da aréola e o indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega” adequada Sempre iniciar a amamentação pela mama mais cheia (se estiver muito cheia ou ingurgitada, o bebê não consegue abocanhar adequadamente a auréola, será fundamental fazer a ordenha manual) 5. Boca bem aberta abocanhando toda a parte inferior da aréola e parte superior (areola é a parte mais escura do peito em volta do bico (importante a criança abocanhar cerca de 2cm do tecido mamário além do mamilo para que a amamentação seja eficiente) 6. Lábios do bebê curvados para fora, não enrolados. 7. Língua do bebê sobre a gengiva inferior, algumas vezes visível (Verificar voltando- se suavemente o lábio inferior para baixo - ver se a língua está debaixo do mamilo). 8. Inspecionar as bochechas da criança para ver se está sugando (Pode-se ver a criança engolindo lenta e profundamente (suga, faz uma pausa e suga), as vezes faz algumas pausas. (Levy e Bértolo, 2012) 6 Avaliação da secção educativa aleitamento materno exclusivo realizada no Centro de Saúde de Tira Chapéu. A secção realizada no Centro de Saúde, decorreu com muita tranquilidade e com boa adesão das gravidas e mães que estavam a amamentar, do decorrer da secção pudemos constatar que as formandas tinha algumas dúvidas, duvidas que foram desaparecendo consoante íamos explicando e fornecendo informações para elas e com ajuda da supervisora que também explicava algumas coisas durante a secção. O que demonstra que conseguimos alcançar o nosso objetivo. E que a informação foi passada. E também pudemos retirar alguns novos conhecimentos e adquirir novas informações o que nos ajudara na nossa vida profissional. 7 Quadro 1- Matriz de planificação da sessão educativa Projeto “Djuda minino ri” Tema Higiene oral Data ̸ Hora 12-01-2022 às 11h Local Tempo previsto Escola Luar 20 Minutos Formadores responsáveis Ilias Costa, Keila Vieira & Nélson Costa Convidado (as) Docente Denise Cardoso, Enfermeiras Grupo-alvo Alunos do 1º ano da escola Luar Objetivo (s) geral (ais) Sensibilizar sobre a importância de uma boa pratica de higiene oral nas crianças da Escola Luar. 8 Quadro 2- Plano da sessão educativa Ação Objetivo Especifico Conteúdo Metodologia e Estratégia Recursos Atividades dos formandos Avaliação Duração Introdução -Apresentar os formadores, formandos. -Identificar a temática a ser abordado Apresentação dos formadores e formandos. -Interativa, Interpretativo e participativo Os formandos vão dizer os seus nomes. -Dinâmica de interpretação: -Os formadores vão apresentar aos formandos os seguintes objetos: Balão cheio de ar com desenho de uma cara triste, desenho de pasta dentífrica e escova. E os formandos vão tentar decifrar sobre a temática que vai ser abordado. Formadores e Formandos; - Balão; Ocupar os seus lugares na sala; Dizer os seus nomes. -Que os formandos sejam capazes de interpretar através da observação a temática que será apresentada. Observar o interesse e a interação dos formandos -Avaliar o conhecimento dos formandos através da resposta dada em relação aos objetos apresentados. 5 min 9 Desenvolvimento -Conhecer o que é higiene oral. -Descrever a importância de higiene oral; -Conceito de higiene oral -Vantagens de ter uma boa higienização oral: Interativo explicativo, expositivo e interrogativo Dinâmica: Dramatização /Fantoche: “Os formadores irão desenvolver uma dramatização lúdica sobre a higiene oral” Objetivo: demonstrar a importância da higiene oral. Formadores e formandos; -Escova de dentes; -pasta dentífrica; -copo de agua; -“fio dental” -meias coloridas. -que os formandos demonstrem interesse na dinâmica. - Através de questões sobre o que aprenderam com a dinâmica e que importância eles atribuem sobre a higiene oral. 5 min 10 Discriminar uma prática correta sobrehigiene oral Prática correta de uma boa higiene oral. Interativo demonstrativo e participativo - Com todos os materiais necessários para a higienização oral os formadores irão evidenciar os passos para uma prática correta de higienização oral. Objetivo: estimular os formandos a desenvolverem hábitos de higiene orais corretos através da demonstração e em seguida a turma irá realizar a prática. Formadores e formandos; -Escova; -Pasta Dentífrica; -Copo; -Fio dental; -Arcada dentária. -Mostrar interesse na demonstração. - Avaliar com perguntas sobre como devemos fazer a lavagem dos dentes de forma correta. 5 min Conclusão Resumir a temática aos formandos. Resumo do tema Interrogativo e Interativo Solicitar a dois voluntários que façam a técnica correta de Formadores e formandos; -Arcada dentária; - Dois formandos (voluntários) irão simular a lavagem dos dentes na arcada dentária e -Avaliar se o conhecimento transmitido foi claro e assimilado pelos formandos 5 min 11 praticar higiene oral descrevendo todos os passos a seguir. - Escova; -Fio dental; - Sala. o uso do fio dental. 12 1.1. Enquadramento teórico- Higiene Oral Segundo a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1946) a saúde é definida como “perfeito bem-estar, físico, mental e social e não somente ausência de doença”. Os principais determinantes de saúde incluem o ambiente social e económico, o ambiente físico e as caraterísticas e os comportamentos individuais da pessoa (OMS, 2009, citado por, Carvalhais 2014). As crianças são completamente dependentes do meio que as rodeia. Assim, as condições em que crescem e se desenvolvem, favoráveis ou não, influenciam a sua formação. A saúde oral deve ter início nos primeiros anos de vida da criança, sendo essencial para o seu bem-estar e qualidade de vida (Chandna & Adlakha, 2015). Sendo a boca o primeiro órgão de contato com o meio externo, uma boca saudável reflete-se quando a pessoa come, fala e socializa sem dor ou desconforto (Gonçalves, 2017) De facto, uma higiene oral deficiente poderá trazer consequências económicas indesejáveis (individuais e comunitárias), psicológicas e mais diretamente sobre a saúde do indivíduo. A OMS considera que uma boca saudável é aquela que apresenta ausência de dor oro facial crónica, cancro de cavidade oral ou garganta, feridas, defeitos congénitos, caries, perda de dentes e outras doenças ou distúrbios da cavidade oral (OMS, 2003, cit. por, Carvalhais 2014). Alguns estudos evidenciam a eficácia de programas educativos na melhoria das condições de saúde oral dos estudantes e revelam influenciar na diminuição da prevalência da cárie dentária, no sangramento gengival e na presença da placa visível. Os problemas orais podem limitar as atividades escolares, além de gerar um impacto psicossocial negativo na qualidade de vida (Oliveira et al., 2015). Desta forma, a higiene oral deve ser incluída na promoção da saúde o mais precocemente possível, devendo a saúde e a higiene fazer parte das rotinas diárias do Jardim- de-infância e escolas (Silva et al., 2016). 13 Higiene oral - é a prática de manter a boca, dentes, língua, bochechas e gengivas limpos e saudáveis para, assim, prevenir e evitar problemas na boca tais como as cáries, a periodontite, a gengivite e ainda ajudar a combater a halitose (mau hálito). Vantagens de uma boa higiene oral ✔ Sorriso saudável e brilhante; ✔ Prevenir e evitar a formação da indesejada placa bacteriana; ✔ Melhorar a sua qualidade de vida; ✔ Reduzir o número de ida ao dentista. ✔ Os seus dentes ficam mais limpos e sem resíduos ✔ As suas gengivas ficam mais saudáveis ✔ A sua boca fica livre de episódios regulares de mau hálito (halitose) (Carvalhais 2014). Problemas causadas por falta de higiene oral Cuidar dos dentes não constitui meramente uma questão de estética, mas sim uma questão de saúde (Bisla, 2000, cit. por, Carvalhais 2014). Diversas doenças sistémicas podem ter origem em infeções orais como: a endocardite bacteriana (infeção grave das válvulas cárdicas). Uma higiene oral deficiente poderá resultar em: caries dentaria, gengivite, halitose, periodontite, sensibilidade dentária, aftas e xerostomia (boca seca). Sendo a cárie dentária a que mais prevalece nas crianças e jovens, é de particular importância conhecer a forma como se desenvolve e a sua relação com a falta de higiene oral. A cárie dentária é definida como uma doença infeciosa, pois eruptiva, transmissível e caracterizada por uma destruição progressiva dos tecidos mineralizados dos dentes. Elas podem ser originadas pelo crescimento excessivo de bactérias nomeadamente estreptococos 14 mutans e Lactobacilos, a diminuição do fluxo salivar e uma alimentação rica em hidratos de carbono (Neto, 2014). Dispositivos e produtos utilizados em higiene oral ✔ Escovas de dentes – tem como funcionalidade removerem a placa bacteriana e restos alimentares que se depositem nos dentes e nos tecidos orais através do processo de escovagem (Gonçalves, 2017) A seleção da escova dos dentes apropriada deverá ser feita com base nas preferências do consumidor, nível de destreza, idade, posição dos dentes e condição oral (Gonçalves, 2017). ✔ Fios dentários e escovilhões – a escovagem por si só não é eficaz na remoção da placa Inter dentária. Para o efeito são utilizados os fios dentários e os escovilhões em casos clínicos específicos (Gonçalves, 2017). ✔ Pasta dentífricas – a pasta dentífrica é um produto que é utilizado como auxiliar na escovagem, ajudando na remoção da placa bacteriana (Gonçalves, 2017). Existem uma enorme variedade de pastas dentífricas no mercado que vão de um encontro com as necessidades das pessoas e as suas preferências. A maioria das pastas dentífricas contém flúor em maior ou menor quantidade para além de outros constituintes de base. O flúor atua fortalecendo o esmalte e remineralizando alguma cárie existente (Gonçalves, 2017). Passos para uma boa higienização ● Primeiramente, enxague Antes mesmo de iniciar a escovação, faça um bochecho com água para eliminar os resíduos dos alimentos e ajudar na escovação. ● Procure a escova certa 15 Uma escovação eficiente depende prioritariamente de uma boa escova. Por isso, procure sempre escovas ultra macias. Prefira as escovas de cabos lisos, pois cabos emborrachados podem acumular sujeiras e facilitar a proliferação de bactérias. E lembre-se que a escova deve ser trocada a cada dois ou três meses para que as cerdas continuem ativas e eficientes. ● Pasta de dentes Não é necessário encher a escova de pasta. Um pouco, equivalente a um grão de ervilha, já é o suficiente. Procure sempre escolher as pastas que não são abrasivas. Pastas contendo flúor só são recomendadas para adultos. Como a água que escovamos os dentes já é fluoretada, no caso das crianças, o excesso de flúor pode ser prejudicial. ● Escove de maneira eficiente A escovação deve ser realizada sempre de cima para baixo, no sentido contrário ao da gengiva. Caso contrário, você apenas está levando a sujeira para ela. O ideal é contar com uma inclinação, de modo que as cerdas passem tanto pelos dentes quanto pela gengiva. Ao terminar de escovar um determinado canto da boca, não volte a ele depois. ● Limpeza da língua A limpeza da língua é outro passo importante em especial porque evita o mau hálito. A halitose está relacionada à presença de um tipo de placa bacteriana formada sobre a língua. Para promover uma limpeza eficiente, o ideal não é escovar a língua, mas sim utilizar higienizadores específicos. A escova foi desenvolvida para escovar os dentes apenas e quando utilizada para a língua, além de não promover o efeito desejado, provoca desconforto e ânsias. http://promo.dentalprev.com.br/passo-a-passo-para-uma-higiene-bucal-completa16 ● Consulte um dentista periodicamente Por fim, além da limpeza diária periodicamente, consulte o dentista para limpezas mais profundas e completas, e uma alimentação balanceada é um grande aliado para manter uma boa saúde oral. Orientações ● Escovar os dentes pelo menos três vezes por dia, depois das refeições durante dois minutos; ● Utilizar uma escova de dentes adequada, que deve ser substituída de dois em dois meses ● Utilizar pasta dentífrica com fluoreto; ● Fazer refeições equilibradas, com diminuição da quantidade e frequência de ingestão de açúcar (Gonçalves, 2017). 17 Referências Bibliográficas: Carvalhais, F. P. M. (2014) Saúde oral em escolar em idade escolar: o papel fundamental do enfermeiro (dissertação de mestrado). Apresentada na Universidade Fernando Pessoa, Porto. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf acedido em 27-12-2021. Chandna, P., & Adlakha, V. K. (2015). Infant Oral Health. In Emerging Trends in Oral Health Sciences and Dentistry. INTECH. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf acedido em: 27-12-2021 Gonçalves, A.F.A. (2017) A saúde oral em contexto de creche (dissertação de mestrado. Apresentada no instituto superior de educação e ciências. Lisboa. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857 acedido em 27-12-2021. Neto, J.L.R., (2014), Prevalência da Cárie Dentária numa população de utentes em cuidados de saúde primários inscritos na Unidade Saúde Familiar (USF) Espinho. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849 acedido em 13-12-2021. Acedido em 27-12- 2021. Anexos Anexo 1-Dramatização/ Fantoche Cada um dos formadores utilizando uma meia na mão, vão incorporar um dos materiais de higiene oral e falar da sua importância, dando a entender que esse objeto é o mais importante, e no final um dos formadores utilizando um material vai falar da importância de todos os objetos. https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4877/1/PPG_18005.pdf https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/21857 https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/4849%20acedido%20em%2013-12-2021 18 Avaliação da secção educativa sobre a higiene oral realizada na escola EBI. Nesta secção educativa realizada na escola pudemos melhorar os aspectos que havia falhado na primeira secção, visto que o tema foi o mesmo, em que dessa vez o conteúdo e a abordagem foi mais de encontro com a idade e características dessas crianças. Também viu- se um maior controle da nossa parte como formadores, em que soubemos captar melhor a atenção dos formandos, adequamos melhor a linguagem e a transmissão de informações e soubemos gerir melhor o nosso tempo. Durante a secção pudemos observar que as crianças tinham algum conhecimento sobre o tema e participaram muito na secção, e o facto de desenvolvermos esse tema foi uma mais valia pois conseguimos pegar nos conhecimentos que eles já têm e aprimoramos esses conhecimentos munindo eles com mais informações e melhores práticas.