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SEMANA 1 – FERDINAND DE SAUSSURE (instaura o início da linguística como ciência) 
 
LÍNGUA: Conjunto de hábitos linguísticos que permitem a uma pessoa compreender e fazer-se compreender. É uma 
parte social da linguagem, exterior ao indivíduo. 
LINGUAGEM: A linguagem é multiforme (se manifesta através de diferentes tipos de signos) e heteróclita (não 
permite classificação e, regras definidas). Abrange os domínios: fisiológico, psíquico, social, histórico, cultural, 
ideológico... Também ao domínio individual e ao social 
Todo ser humano nasce dotado da capacidade da linguagem, essa capacidade se atualiza e se concretiza em uma 
língua específica que permite se comunicar com uma comunidade particular. 
 
• “Linguagem” é a capacidade geral que todos os seres humanos já nascem dotados.  
• “Língua” é um conjunto de hábitos linguísticos e é uma parte da linguagem. 
• “Fala” é a parte individual da linguagem 
 
AVRAM NOAM CHOMSKY (a língua é aberta, dinâmica e criativa) 
Gramática Gerativa: Permite a partir de um número ilimitado de regras, gerar um número infinito de sequências 
que são frases, associando-lhes uma descrição. 
O mecanismo dessa teoria é dedutivo, parte-se do que abstrato, um axioma (sentença ou proposição não provada) e 
um sistema de regras e chega a algo concreto, frases existentes na língua, essa é a concepção de gramática: um 
conjunto de regras que produzem as frases da língua. 
A teoria da linguagem deixa de ser descritiva e passa a ser explicativa e científica. 
Para Chomsky, a tarefa do linguista é descrever a competência do falante, a competência é a capacidade que o 
falante/ouvinte tem de produzir/entender todas as frases da língua. 
O falante sabe comparar estruturas sintáticas semelhantes, sabe separar frases que fazem parte da língua das que 
não fazem, etc... 
Não há interesse na performance (no desempenho dos falantes), mas seus usos concretos e a sua capacidade ideal 
que todos têm. 
Chomsky define como língua não só as frases existentes, mas também aquelas que ainda serão criadas a partir das 
regras. 
 
MIKHAIL BAKHTIN 
A língua tem natureza socioideológica, existe uma relação entre a língua e a sociedade. 
Considera o contexto social, histórico, cultural e ideológico, a língua e seus símbolos vão estar marcados pelo 
contexto. 
Permite a constituição do sujeito por meio da linguagem. 
 
CIÊNCIA LINGUÍSTICA 
Iniciou-se no século XX e visa descrever ou explicar a linguagem verbal humana. 
FONOLOGIA, estudo das unidades sonoras 
SINTAXE, estudo da estrutura das frases 
MOROFOLOGIA, estudo das formas das palavras 
SEMÂNTICA, estudo dos significados 
 
Signo linguístico: 
• Significado: Ideia e conceito 
• Significante: Fonema e letras 
 
PRINCÍPIO DA ARBRITARIEDADE: O laço que une o significante com o significado é arbitrário, convencional e 
imotivado (cultural também). 
Esse sistema é formado por unidades abstratas e convencionais. 
 
SAUSSURE E A DEFINIÇÃO DA LÍNGUA COMO OBJETO DE ESTUDOS 
Rômulo da Silva Vargas Rodrigues 
a língua seria o intermediário entre o pensamento e os sons, possibilitando, assim, que entre a massa amorfa do 
pensamento humano e a profusão indeterminada de sons, surja uma espécie de faixa de organização à qual se 
chamaria língua. Sendo assim, não haveria “nem materialização do pensamento, nem espiritualização do som”, 
afirma (p. 131), mas, tão somente a constituição da língua entre duas massas amorfas. 
Para Saussure, o signo lingüístico é fruto da associação entre uma imagem acústica – o chamado significante – e um 
conceito – chamado significado. A imagem acústica seria uma espécie de representação psíquica dos fonemas de 
que se compõem o signo. Enquanto o conceito, longe de ser uma imagem do que quer que possa ser referido pela 
língua, está relacionado ao processo de construção do significado no pensamento. Essas duas faces do signo, uma 
vez associadas, compõem sua integralidade. 
 
Uma comunidade linguística é caracterizada por um conjunto de normas. 
PORQUE 
a diversidade de normas se estabelece no interior de cada comunidade linguística. 
 
A Linguística dá embasamento para vários campos do saber e ganha notoriedade a partir de 
Saussure, para quem a Linguística é o estudo científico que busca descrever ou explicar a 
linguagem verbal humana. 
A Linguística distingue-se da Gramática tradicional normativa, porque ela não tem o objetivo de 
prescrever normas ou ditar regras de correção para o uso da linguagem. Para a Linguística, tudo o que 
faz parte da língua interessa e é matéria de reflexão. Saussure conceitua a Linguística como um(a) 
sistema de signos um conjunto de unidades organizadas formando um todo. 
 
 
MORFOLOGIA -> Estudo das formas das frases. Explica o conhecimento linguístico que um falante nativo 
tem acerca do léxico de sua língua. 
FONOLOGIA GERATIVA -> Estudo das análises sonoras, o qual estabelece uma diferença de significado 
entre uma palavra e outra. É um subsistema linguístico, separado de outros componentes da gramática. 
SINTAXE GERATIVA -> Estudo da estrutura das frases, é uma abordagem formal em relação à linguagem 
humana, porque se ocupa das "formas" que estruturam fonemas, morfemas, palavras e frases — 
independente das diversas funções que essas formas possam assumir no uso da língua. 
 
 
 
SEMANA 2 – SIGNO LINGUÍSTICO 
 
São dicotomias Saussureanas: 
SINCRONIA: É o eixo das simultaneidades (relações entre os fatos existentes ao mesmo tempo num determinado 
momento do sistema linguístico), é também a descrição de estudo do funcionamento da língua. 
Saussure: É um estudo prioritário, o falante nativo não tem consciência dos fatos da língua quanto ao efeito do 
tempo. 
A relação entre significado e significante é arbitrária, o estudo da língua deve ser sincrônico (no mesmo tempo) 
 
DIACRONIA: Estuda a língua através dos tempos. O objeto de estudos é a relação entre um determinado fato e 
outros anteriores ou posteriores. É um trabalho diacrônico (através do tempo). 
 
• SINTAGMA: Tem caráter linear do signo linguístico, exclui a possibilidade de pronunciarmos dois elementos 
ao mesmo tempo (ou dizemos “vamos estudar” ou “vamos passear”, é uma escolha) na cadeia da fala um 
elemento se sucede de outro (é associativo/paradigmático ou sintagmático). 
 
• PARADIGMA: Um conjunto de unidades suscetíveis que podem aparecer no mesmo contexto, uma unidade 
quando aparece, exclui a outra, é uma espécie de reserva virtual da língua. 
 
Para Saussure a língua é um fenômeno social, é um conjunto de unidades que se relacionam organizadamente 
dentro de um todo. (é um sistema de signos) 
A fala é um ato de vontade e inteligência do indivíduo. 
 
O SIGNO tem duas características básicas: 
• Arbitrariedade: Não segue regras ou normas, não existe razão para que um significante(expressão) esteja 
associado a um significado(conteúdo/ideia). 
• Linearidade: É contínuo, um significado(conceito) pode ter vários significantes(palavras) (como variações 
linguísticas português/inglês) 
 
 
Para Saussure, a língua funciona em dois eixos principais, o SINTAGMÁTICO ou da combinação de 
elementos e o PARADIGMÁTICO que diz respeito ao eixo das associações. Para o linguista, o cientista da 
linguagem deve abordar o fenômeno linguístico em duas diferentes perspectivas: a) a que estuda a língua 
em um determinado momento ou perspectiva SINCRÔNICA. b) a que estuda a língua através dos tempos 
ou perspectiva DIACÔNICA. 
 
 
1. Louis Hjelmslev. - Sua teoria chamada de glossemática cria o termo “estrutura” para se referir à língua. 
2. Roman Jakobson. - Um precursor das investigações sobre a afasia na Linguística. 
3. William Labov. - Diacronia e sincronia não são dicotomias. A fala não é assistêmica. 
 
 
Ao compreender que o falante nativo não tem consciência da sucessão de fatos da língua no tempo, 
considera-se o estudo sincrônico prioridade, com base na teoria saussureana. Sendo assim, a relação 
entre significante e significado é afetadapelo tempo, por isso é necessário que o estudo da língua seja 
prioritariamente sincrônico. 
Definição de “sincronia”: A sincronia é o eixo das simultaneidades, no qual devem ser estudadas as 
relações entre os fatos existentes ao mesmo tempo em determinado momento do sistema linguístico, tanto 
no presente quanto no passado. 
 
 
A teoria saussureana trouxe inúmeras contribuições no estudo da língua, dentre elas as dicotomias: língua 
e fala, sintagma e paradigma, sincronia e diacronia, significante e significado. Vários autores partiram das 
ideias de Saussure, seja para contrariá-lo, seja para reiterar suas teorias. No que diz respeito aos estudos 
da fala, da língua e de sua diferenciação, a teoria saussureana indica que: 
a fala é assistemática, heterogênea e concreta; já a língua é sistemática, homogênea e abstrata. 
Dessa forma, a língua estabelece uma oposição à fala. 
 
 
Sabe-se que a teoria saussureana privilegia o estudo por meio da sincronia, pois preocupa-se com 
o estudo da estrutura da língua, com foco no estudo da língua em dado momento. Nessa teoria, a 
sincronia é interligada a dois eixos, os quais dão sustentação à teoria. 
Paradigmático e sintagmático 
 
 
SEMANA 3 - Semiologia, Valor e Estruturalismo 
Semiologia: Ciência geral dos signos 
Semiótica: Campo de estudo dos signos: linguísticos, visuais, ritos e costumes 
 
SIGNIFICANTE (FONEMAS E LETRAS) 
SIGNIFICADO (IDEIA E CONCEITO) 
 
Na segunda metade do século XX, importantes autores europeus como Roland Barthes e Umberto Eco 
adotaram o termo semiótica para designar seus estudos sobre os sistemas de significação. 
 
Princípios Saussure: 1 - A língua é forma e não substância 
2 - As unidades da língua só podem definir-se pelas suas relações 
 
Para Saussure, as unidades da língua somente podem ser definidas por meio de suas relações. 
O filósofo matemático Paul Benacerraf aplica os preceitos do Estruturalismo à sua área do conhecimento. 
Claude Lévi-Strauss foi um dos grandes nomes do Estruturalismo no século XX. 
 
“Para o linguista, a matéria dessa ciência é ‘constituída inicialmente por todas as manifestações da 
linguagem humana’ (SAUSSURE, 2006, p. 13)”. Segundo Ferdinand de Saussure, quais as tarefas 
da linguística? 
Dar conta da descrição das línguas, buscar deduzir as leis gerais das forças em jogo nas línguas e 
delimitar-se a si própria como ciência. 
 
Como Saussure define o objeto da linguística, a língua? 
Um sistema de signos distintos correspondentes a ideias distintas, um fenômeno psíquico. 
 
Fernando Moreno da Silva 
“Não há como negar que Ferdinand de Saussure alterou o quadro geral dos estudos linguísticos. 
Suas dicotomias, definindo nomenclaturas e métodos de investigação, trouxeram consequências 
profundas à linguística.” 
 
Mônica Nóbrega, conceito de valor: 
Os valores são definidos não positivamente por seu conteúdo, mas negativamente por suas relações com 
os outros termos do sistema. 
A sua característica mais exata é ser o que os outros não são. 
São definidos puramente como diferenciais 
 
Mônica Nóbrega sobre a teoria linguística saussuriana 
É uma tentativa de pensar a significação a partir da compreensão de que não há identidade possível para 
o signo fora do sistema. 
Toda a questão do sentido para Saussure está no movimento do sistema. 
É uma tentativa de pensar a significação fora do quadro das semânticas clássicas, a partir da 
especificidade (identidade) das unidades “flutuantes”. 
 
Nóbrega (2004, p. 104), IN ABSENTIA 
I. (V) No valor in absentia, há um valor sistêmico no paradigma, decorrente da noção de arbitrariedade 
sistêmica do signo. 
II. (V) O significado e o significante têm que funcionar como um valor para o outro. 
III. (V) O significado e o significante são inseparáveis. 
 
É a partir da oposição entre sincronia e diacronia que se estabelece, também, uma diferença entre 
os fatos sincrônicos e diacrônicos. 
I. (V) Os fatos sincrônicos são gerais, mas não têm caráter imperativo. 
II. (V) Os fatos sincrônicos são de natureza sistemática. 
III. (V) Os fatos sincrônicos estabelecem princípios de regularidade. 
IV. (V) Os fatos diacrônicos são imperativos. 
 
 
 
SEMANA 4 - Tendências Linguísticas e Concepções de Gramática 
 
 
GRAMÁTICA ESTRUTURALISTA: 
Pode ser caracterizada (como uma tendência de descrever a estrutura gramatical das línguas, vendo-as como um 
sistema autônomo, cujas partes se organizam em uma rede de relações de acordo com leis internas, ou seja, 
inerentes ao próprio sistema. (MARTELOTTA, 2010, p. 53) 
Ferdinand Saussure não considerava a necessária relação existente entre língua e uso. (não considerava a 
exterioridade da língua) (A língua em si mesma e por si mesma) 
 
GRAMÁTICA GERATIVA: 
O Gerativismo teve início nos Estados Unidos, no final da década de 1950, mais precisamente em 1957 
“a capacidade da linguagem é inata à espécie humana” – e não depende de estímulo 
 
Assim, quer vivesse em uma grande metrópole ou em uma selva totalmente isolada da civilização, o ser humano 
seria capaz de desenvolver a linguagem da mesma maneira, com a mesma complexidade de estruturas 
(MARTELOTTA, 2010, LYONS, 2009, SOUZA, 2014) 
 
“preocupasse em descrever e explicar a língua como processo mental, parte do sistema cognitivo do homem” 
De acordo com Chomsky, a faculdade da linguagem é geneticamente transmitida de maneira exclusiva na espécie 
humana 
 
Gramática Universal é o estágio inicial de um falante que está adquirindo uma língua. 
É o conjunto das propriedades gramaticais comuns compartilhadas por todas as línguas naturais. 
Se constitui de princípios e parâmetros, porém os segundos sem serem valores fixados. À medida que vão sendo 
fixados, vão surgindo as gramáticas das línguas. 
 
GRAMÁTICA FUNCIONALISTA: 
Surgiu a partir do pensamento de linguistas da Escola Linguística (ou Círculo Linguístico) de Praga, em contraposição 
às concepções de língua imanentes ao estruturalismo e ao gerativismo (LYONS, 2009). 
Estudo “[d]a relação entre as estruturas gramaticais das línguas e os diferentes contextos comunicativos em que elas 
são usadas” (CUNHA, 2010, p. 157), isto porque, para os funcionalistas “a língua não pode ser vista como 
absolutamente independente de todas as forças externas” (NEVES, 1997, p. 109). 
 
A gramática funcional considera o conceito de competência comunicativa, entendida como “a capacidade que os 
indivíduos têm não apenas de codificar e decodificar expressões, mas também de usar e interpretar essas 
expressões de uma maneira interacionalmente satisfatória” (NEVES, 1997: 15). 
(Todo o falante de uma língua é competente em seu idioma) 
 
Para ampliar a possibilidade de que a comunicação realmente se efetive, o falante deve estar consciente e atento 
tanto às suas formas de falar e agir quando às do(s) interlocutor(es). 
 
Com relação às características que envolvem os signos linguísticos, avalie as afirmativas a seguir. 
I. O significante se refere à impressão psíquica, em vez de estar relacionado ao som material. 
II. O significante deve ser compreendido como a representação ou como o processo mental, portanto 
apresenta ausência da pronúncia. 
III. A relação entre significado e significante é imotivada, embora ambos estejam em uma ligação 
inseparável. 
 
 
Para Noam Chomsky, a gramática gerativa considera dois fatores importantes, aos quais ele 
denominou de competência e de desempenho. 
I. A competência seria a capacidade inata que cada falante tem em seu idioma. 
II. Cada pessoa tem plenas condições de executar as mais diversas manifestações linguísticas, já que é 
conhecedora do sistema e de suas regras de funcionamento. 
IV. O desempenho seria a maneira como cada falante utiliza seus conhecimentos do sistema para a 
realização das expressões linguísticas necessárias. 
 
 
Até a década de 1950, a educação no Brasil era restrita à elite e, consequentemente, esta classe tinha o 
domínio da norma-padrão, pois desde crianças adquiriram o hábito da leitura e a escola as ensinava 
gramáticanormativa. Em 1959, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) estabeleceu a Nomenclatura 
Gramatical Brasileira (NGB) no país. 
 
O objetivo da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB). 
Unificar o tratamento da língua. 
 
 
Relações paradigmáticas. (Saussure) 
Oposição que ocorre entre a unidade inserida em determinado contexto e as outras que poderiam ocupar a mesma 
posição, as quais são recuperadas por meio da associação. 
 
 
Uma oração corresponde, na gramática tradicional, a um período simples — nele, constitui uma oração 
absoluta. Concatenadas, as orações podem formar períodos compostos por coordenação (hauptsätze), 
por subordinação (nebensätze) ou por combinação de ambas as formas. Assim, os elementos, termos ou 
partes da oração (satzglieder) considerados essenciais ou fundamentais na gramática tradicional são o(a) 
Sujeito e o(a) predicado, sustentando-se no segundo a oração. 
 
 
Sobre o Funcionalismo (Souza) 
I. (V) Nenhuma sentença ou texto são produzidos sem uma função comunicativa. 
II. (V) O falante de uma língua é competente em seu idioma. 
III. (V) A língua não pode ser analisada separadamente das forças externas. 
 
 
SEMANA 5 – LÍNGUA E SOCIEDADE 
 
 
Pierre Bourdieu: A língua pode ser compreendida como um sistema simbólico 
 
Michel Foucault: Toda forma de saber é produto das relações de poder e “um novo poder gera um novo saber”. 
Quem fala, fala de algum lugar e a partir de algum direito reconhecido institucionalmente 
 
Mikhail Bakhtin: Todo signo é ideológico, marcado por conflitos de classes e possui caráter social 
 
Michel Pêcheux: Os efeitos de sentido se constituem entre interlocutores sócio-historicamente determinados 
 
TEORIA DA ENUNCIAÇÃO (ÉMILE BENVENISTE) 
Opõe-se à dicotomia LÍNGUA x FALA, apresentada por Saussure 
Busca compreender como Língua e Fala se relacionam e partir disso, estabelece a sua Teoria da Enunciação 
O foco é SUJEITO e sua grande contribuição foi na reflexão sobre a subjetividade (é na enunciação que o sujeito se 
manifesta e toma posição/se apresenta) 
 
LÍNGUA <- ENUNCIAÇÃO -> FALA 
 
Sobre enunciação: 
Enunciado: O que se diz (o conteúdo está situado em algum tempo, pessoa e espaço) 
Enunciador: Usa a língua pra falar 
É necessário que haja um método de enunciação através das classes linguísticas 
 
Categorias: 
a) EGO (Eu); (Sempre fala para um Tu/Você) 
b) HIC (Aqui); 
c) NUNC (Agora) 
 
- Assim é na e pela linguagem que temos a noção de sujeito. 
- Por isso, a Enunciação é uma prática social que pressupõe diálogo. 
- O sujeito é atravessado por enunciados e isso nos leva à constituição da SUBJETIVIDADE. 
 
“é um homem falando que encontramos no mundo, um homem falando com outro homem, e a linguagem ensina a 
própria definição do homem.” (BENVENISTE, 1991, p. 85) 
 
SUBJETIVIDADE é a capacidade do locutor para se propor como sujeito 
 
Língua e Linguagem são o lugar que sustenta a subjetividade que se apresenta na relação dialógica 
Enunciação como prática social e interativa 
 
“O querer-dizer do locutor se realiza acima de tudo na escolha de um gênero do discurso. Essa escolha é 
determinada em função da especificidade de uma dada esfera da comunicação verbal, das necessidades de uma 
temática (do objeto do sentido), do conjunto constituído dos parceiros etc. Depois disso, o intuito discursivo do 
locutor, sem que este renuncie à sua individualidade e à sua subjetividade, adapta-se e ajusta-se ao gênero 
escolhido, compõe-se e desenvolve-se na forma do gênero determinado (BAKHTIN, 1997, p. 302, grifo nosso).” 
 
O que direciona a escolha do gênero do discurso? 
O fato de toda palavra comportar um intuito discursivo 
 
Sobre variante analisadora do conteúdo: 
I - A personalidade do falante só existe enquanto ocupa uma posição semântica determinada. 
II – É transmitida de maneira estritamente objetiva, ela não existe para o transmissor. 
III - Não há aqui condições para que a individualidade do falante se cristalize numa imagem. 
 
Sobre a variante analisadora da expressão: 
A individualidade do falante é apresentada como maneira subjetiva 
 
Nesse sentido, segundo Bonini (2005), Adam propõe cinco tipos de sequências textuais: 
narrativa; descritiva; explicativa; argumentativa e dialogal 
 
 
1. Gêneros do discurso — (Bakhtin). São produtos da interação verbal, falamos sempre por meio de 
gêneros em dada esfera de atividade humana, ademais é o contexto que determina as características do 
gênero a ser utilizado. 
 
2. Gêneros textuais — (Schneuwly). São objetos que usamos para nos comunicar, instrumentos de 
comunicação socialmente elaborados ou instrumentos da comunicação entre as pessoas, além disso são 
privilegiados para a aprendizagem. 
 
3. Sequências textuais — (Adam Marcuschi). Se valem da ideia de estabilidade ao propor que os 
gêneros primários sejam vistos como tipos nucleares e responsáveis pela estruturação dos gêneros 
secundários, além do mais são componentes textuais dos quais os gêneros são compostos. 
 
 
Adam se apoiou no(s) conceito de gênero proposto(s) por Bakhtin, que o(s) define como tipos 
relativamente estáveis de enunciados; no conceito de enunciado como unidade concreta de texto; e, 
principalmente, na subdivisão dos gêneros em primários e secundários para construir o conceito de 
sequência textual. 
 
Com relação à abordagem proposta por Schneuwly: 
I. Essa tese, levantada por Schneuwly, visa à comprovação de que o gênero é um instrumento mediador 
da relação entre sujeito e linguagem. 
II. Schneuwly destaca que os gêneros secundários não são regulados de maneira direta à situação, pois 
funcionam psicologicamente por elementos separados e precisam de outras ferramentas de controle. 
III. É na ação da linguagem que o gênero primário se estabelece. 
IV. É por meio de outros mecanismos que o gênero secundário se estabelece. 
 
 
I. (V) A consciência, assim como a ideologia, é constituída por signos, chamados de interiores, e 
todo signo (interior ou exterior) tem uma natureza social. 
II. (V) A consciência só pode ser concebida em sua natureza social e está repleta de signos sociais. 
 
 
Tendo em vista que “as visões de mundo não se desvinculam da linguagem, porque a ideologia é 
vista como algo imanente à realidade, é indissociável da linguagem” (FIORIN, 1998. p. 33). Assim, 
as ideias e os discursos são, então, a expressão da vida real. Nesse sentido, pode-se compreender 
que a linguagem é entendida como um estímulo da realidade, assim como ela cristaliza e reflete as 
práticas sociais. 
O elo entre linguagem e ideologia se dá por meio da expressão da realidade, na sua concretização na 
sociedade 
 
 
SEMANA 6 – VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO 
 
SOCIOLINGUÍSTICA – Estuda a língua em uso na sociedade (de forma heterogênea), voltando sua 
atenção para os aspectos linguísticos e sociais 
A sociolinguística é o estudo da língua em seu uso real e do local onde ele se dá, pois compreende a 
língua não como algo autônomo, mas dependente do contexto situacional, levando em conta as variações 
sociais que a envolvem, como a cultura e a própria história das pessoas. 
 
Variações linguísticas 
As variações linguísticas são um fenômeno fortemente condicionados por fatores sociais; 
As variações linguísticas são um fenômeno fortemente condicionados por fatores estilísticos; 
As variações linguísticas são um fenômeno fortemente condicionados por fatores avaliativos; 
“No que diz respeito à língua falada no Brasil, devemos considerar, antes de mais nada, que o nosso não 
é um país monolíngue a despeito de termos instituída a língua portuguesa como o idioma oficial. O 
plurilinguísmo é observado não só no sentido de diferentes idiomas (tupi-guarani, português, italiano, 
alemão, etc), mas também se manifesta no âmbito de uma mesma língua, no caso que nos interessa aqui, 
no âmbito da língua portuguesa.” 
 
Diferente do formalismo, o FUNCIONALISMO compreende a língua enquanto objeto social, assim como 
busca entende-la a partir de sua função, e não como sistema autônomoou essencialmente cognitivo. 
 
A história da identidade da língua nacional 
I - Se alongará por meio de acontecimentos múltiplos, como acordos; 
II - Acontecerá por meio de acontecimentos múltiplos, como por exemplo, fundação de academias; 
III - Acontecerá por meio de acontecimentos múltiplos, como regulamentos escolares, constituintes e 
outros; 
IV – Não acontecerá por meio de acontecimentos múltiplos e sim, simples. 
Com relação a procedimentos que contextualizam a obra literária 
I. Fornecer um quadro da época, com os principais acontecimentos. 
II. Apresentar dados biográficos do autor. 
III. Resumo da obra englobando tema, personagens, enredo, espaço e tempo. Se for gênero literário 
poesia, deve incluir conteúdo, rimas e imagens. 
IV. Anunciar as tendências estéticas vigentes por meio das escolas literárias. Assim, engajar as 
habilidades da escola mediante os conhecimentos das escolas literárias. 
 
 
Os(as) Normas linguísticas se referem ao que podemos chamar de regras de uma língua, englobam o 
que se diz em certo(a) grupo/comunidade de falantes. Norma é entendida como totalidade de usos 
comuns a algum(a) comunidade linguística. O(a) sistema linguístico (língua) pode originar diferentes 
normas linguísticas dependendo dos diversos grupos sociais composto por seus falantes. 
 
 
Compreender que a escola deve ensinar a norma culta é fundamental. Esse aprendizado tem como 
objetivo preparar o aluno para o domínio de outras variedades, assim ele pode adequar o uso 
linguístico às diferentes situações. 
I. Primeiramente, é necessário que o professor faça o reconhecimento da realidade Sociolinguística da 
turma e da comunidade de onde está atuando, constatando os diferentes dialetos, sejam regionais ou 
sociais. 
PORQUE 
II. Pode-se entender que os dialetos são da mesma forma válidos, não havendo razões para legitimar 
discriminações dos falantes que não costumam usar o dialeto padrão. Cabe à escola reconhecer o uso 
não padrão como sistema linguístico que apresenta estrutura adequada, devendo tratar com respeito a 
linguagem dos alunos. 
 
 
 
Na tentativa de construção de padrão linguístico, pode decorrer, de uma maneira histórica de 
constituição de autonomia, a independência dos Estados. Adotar uma norma-padrão exige 
desconsiderar interesses regionais, deixando de lado questões de cultura e de diversidade 
linguística. Assim, uma norma-padrão tende a ter como base variedades linguísticas do uso das 
elites dominantes. 
I. A partir da origem de sua criação, a norma-padrão desvia de seus usos reais e se codifica em 
gramáticas e dicionários de línguas. 
II. O grande objetivo do surgimento da norma-padrão brasileira foi combater a linguagem popular. 
III. As noções de norma culta e norma-padrão são intrinsecamente questões ideológicas. 
IV. Embora as variedades linguísticas tenham uma equivalência de função, elas apresentam valores 
sociais diferentes. 
 
 
SEMANA 7 – ESCOLAS DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS 
 
Psicolinguística: Responsável pelas conexões entre a linguagem e a mente 
Antropologia Linguística: Se propõe a ser o ramo da antropologia que estuda o ser humano a partir da 
linguagem com que se comunica 
Geolinguística: Promove o estudo científico das variantes regionais da língua, relacionando língua, 
estatística e geografia 
Neurolinguística: Busca compreender as relações entre o cérebro e a linguagem, se preocupa também 
com os distúrbios da fala 
Semântica: Estudo da significação das palavras e da relação entre signos e referentes 
Pragmática: Busca estudar a língua levando-se em conta a relação entre os interlocutores bem como a 
situação discursiva, entende as relações práticas da língua. 
Gramática: Estudo descritivo e sistematização da língua, mostra como são as regras e seus usos 
Fonologia: Estuda os fonemas da língua e a relação entre o som e as possiblidades de combinações 
Fonética: Estudo dos fonemas como elementos mínimos da gramática, abarca o som das falas em suas 
realizações concretas 
Morfologia: Estudo das classes gramaticais, as palavras em suas respectivas funções 
Sintaxe: Estuda das funções das palavras e suas posições, concordâncias e regências nas frases 
Filologia: Estudo rigoroso de textos quanto aos aspectos históricos de natureza morfológica, sintática e 
fonológica 
Lexicologia: Estudo técnico e científico sobre os princípios da pesquisa e seleção de vocabulários e 
palavras 
Estilística: Estudo da língua em sua função estética ou expressiva 
Política Linguística: Estuda a língua portuguesa internacionalmente, quem fala, porque e de onde veio e 
seus efeitos sobre os povos e países 
 
PIERCE: Filósofo Norte-Americano, atua no campo da Semiótica, diferencia símbolo, ícone e signo. 
Fundador do Pragmatismo. 
JAKOBSON: Linguista Russo, fundador do Círculo Linguístico, influenciou o Estruturalismo, 
Antropologia e a Psicanálise. Estuda o Simbolismo da arte e a relação som e sentido. “O objeto da 
semiótica é a comunicação de mensagens verbais ou não, enquanto o campo da linguística se restringe a 
mensagens verbais”. Fundador da Fonologia. Propôs os Elementos da Comunicação. São elementos 
do ato comunicativo: Emissor, Receptor, Código e Contexto. 
BENVENISTE: Linguista francês que estudou as línguas indo-europeias, se contrapôs a Saussure em 
alguns pontos sobre a Linguística, publicou a obra: Problemas da Linguística Geral. É contra o 
Behaviorismo, estuda o Sujeito, Sentido e Subjetividade. “A linguagem é o lugar onde o indivíduo se 
constitui como falante e como sujeito”. Fundador da Teoria da Enunciação. Estudou a língua vista no 
seio da sociedade e da cultura. 
 
Fiorin (2008), dois princípios do fazer ciência: 
(i) O princípio da Triagem: Provoca o isolamento do pesquisador e de seu grupo. 
(ii) O princípio da Mistura: O saber científico deve se pautar na construção coletiva do 
conhecimento. 
 
Saussure utiliza a metáfora do jogo de xadrez para explicar o conjunto de relações na linguagem. 
A política linguística e é uma área de política pública porque é um dever de instituições que gerem a 
sociedade, inclusive a família. 
É uma área interdisciplinar na linguística a análise do discurso, que engloba psicanálise e 
materialismo histórico. 
 
 
A escola é a instituição oficial na qual os indivíduos se preparam para a vida em sociedade. Sendo 
assim, no ensino da língua materna, leva o aluno a desenvolver competências e habilidades para 
utilizar de forma correta a língua em sociedade. Ao adotar uma base científica, era esperado que a 
escola conseguisse levar seus alunos a se apropriarem de competências linguísticas, sem buscar 
mudar as competências já adquiridas pelos dialetos sociais. Porém nem sempre a escola e os seus 
professores estão preparados para exercerem esse trabalho. Alguns autores, ao tratar dessa 
questão, indicam algumas competências necessárias no ensino da língua. 
 III. O professor, ao reconhecer os dialetos sociais estigmatizados como um sistema linguístico diferente, 
mas capaz de oferecer os mesmos recursos expressivos das variedades cultas, contribuirá com a 
aprendizagem. 
 IV. As variedades cultas, em suas diferentes expressões de uso e modalidade, são impostas como as 
únicas legítimas, as únicas corretas, o que deve ser repensado pela escola. 
 
 
“Os neogramáticos, influenciados pelas ideias positivistas e evolucionistas, adotaram 
rigorosamente o princípio de que as mudanças fonéticas ocorriam como resultado de uma ação 
mecânica” (CYRANKA, 2014, p. 169), resultantes de forças fisiológicas e psíquicas que escapam ao 
controle do homem, as quais tinham que ser explicadas. 
I. Os neogramáticos não tinham interesse na reconstrução das línguas remotas pela comparação de 
vocábulos e estruturas 
PORQUE 
II. Para os estudiosos da neogramática, era mais importante a formulação de uma teoria da mudança. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira 
 
 
A proposição do paradigma saussureano provocou reações entre os linguistas. O gerativismo,por 
sua vez, não conquistou a adesão de alguns estudiosos, os quais perceberam que a fala, a qual foi 
colocada de lado por Saussure, constituía um dos aspectos fundamentais na construção do 
fenômeno da linguagem. Nesse sentido, os estudos se voltaram para a língua e para a linguagem, 
sem deixar de valorizar a fala e as suas realizações no contexto social. Alguns autores tornaram-se 
referência nos estudos da Linguística, com focos diferenciados. 
 
1. Hugo Ernst Mario Schuchardt (1842-1927). 
Estudou as diversas variedades de fala existentes em uma comunidade qualquer, as quais são 
condicionadas por fatores como o sexo, a idade e o nível de escolaridade do falante 
 
2. Antoine Meillet (1866-1936). 
Discípulo de Saussure, indicou o caráter social da língua, marcado pela cultura e pela civilização, 
como causa da heterogeneidade geradora de mudanças 
 
3. Benjamin Lee Whorf (1897-1941). 
Estudou as línguas indígenas dos Estados Unidos

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