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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
© 2023 Editora Unoesc
Direitos desta edição reservados à Editora Unoesc
É proibida a reprodução desta obra, de toda ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios, sem a permissão expressa da editora.
Fone: (49) 3551-2000 - editora@unoesc.edu.br
Editora Unoesc
Coordenação
Tiago de Matia
Agente administrativa: Simone Dal Moro
Revisão metodológica: Carlos Libman
Projeto gráfico e diagramação: Simone Dal Moro
S471A Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e 
 Inovação para o Desenvolvimento Sustentável 
 (2022, 1, 24 a 28 de out. : Joaçaba, SC).
 Anais eletrônicos do I Seminário Internacional de 
Ciência, Tecnologia e Inovação para o 
Desenvolvimento Sustentável / Universidade do Oeste 
de Santa Catarina – Joaçaba: Editora Unoesc, 2022.
 164 p. ; 30 cm.
ISBN:
Inclui bibliografias
 
 1. Ciência – Pesquisa. 2. Inovações tecnológicas - 
Pesquisa. 3. Desenvolvimento sustentável - Pesquisa. I. 
Título.
CDD 303.4830981
Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc
Reitor
Ricardo Antonio De Marco
Vice-reitores de Campi
Campus de Chapecó
Carlos Eduardo Carvalho
Campus de São Miguel do Oeste
Vitor Carlos D’Agostini
Campus de Videira
Carla Fabiana Cazella
Campus de Xanxerê
Genesio Téo
Diretor Executivo
Jarlei Sartori
Pró-reitora de Ensino
Lindamir Secchi Gadler
Pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, 
Extensão e Inovação
Kurt Schneider
Conselho Editorial
Tiago de Matia
Sandra Fachineto
Aline Pertile Remor
Lisandra Antunes de Oliveira
Marilda Pasqual Schneider
Claudio Luiz Orço
Ieda Margarete Oro
Silvio Santos Junior
Carlos Luiz Strapazzon
Wilson Antônio Steinmetz
César Milton Baratto
Marconi Januário
Marcieli Maccari
Daniele Cristine Beuron
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 5
A CULTURA MAKER NA EDUCAÇÃO: PERSPECTIVAS PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM ............7
A FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E INOVAÇÃO DE SANTA CATARINA COMO 
AGENTE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL POR MEIO DA CT&I.........................................................13
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO E USO DE FERRAMENTAS LÚDICAS EDUCACIONAIS 
PARA SUSTENTABILIDADE DO MOVIMENTO DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ......................................... 17
A NATUREZA JURÍDICA DO IDEAL DE TRABALHO DECENTE .......................................................................... 21
ACCOUNTABILITY EDUCACIONAL NO BRASIL: INDICATIVOS DE RESPONSABILIZAÇÃO, 
REGULAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS .................................................................................................................. 29
ANÁLISE DA GESTÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU A PARTIR DA ESTRATÉGIA 
COMO PRÁTICA SOCIAL: A EXPERIÊNCIA DA UFFS ............................................................................................. 33
ANÁLISE DA PERSPECTIVA PRÁTICA DO PROFISSIONAL DA PSICOLOGIA EM SEU 
AMBIENTE DE TRABALHO ..................................................................................................................................................37
CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E O DIREITO FUNDAMENTAL AO 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ........................................................................................................................... 39
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS DO ESTUDANTE PESQUISADOR ................................................... 43
COMUNICAÇÃO INTEGRADA DO MARKETING (CIM) EM UMA EMPRESA 
SUPERMERCADISTA DE CHAPECÓ ............................................................................................................................. 49
EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR: PESQUISAS CORRELATAS.................................................................................... 53
EL SEMILLERO DE INVESTIGACION EN CIENCIAS APLICADAS (S.I.C.E); UNA ESTRATEGIA 
PARA LA SOSTENIBILIDAD EN EL DESARROLLO DE COMPETENCIAS CIENTIFICAS Y 
CIUDADANAS ..........................................................................................................................................................................57
ENSINO-APRENDIZAGEM DO PROJETO DE URBANISMO: INTERFACES COM SISTEMAS 
DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS .............................................................................................................................. 69
ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO NO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA: A IMPORTÂNCIA DAS 
PRIMEIRAS VIVÊNCIAS NA FUTURA ÁREA PROFISSIONAL ..............................................................................73
GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO INSTITUTO FEDERAL 
CATARINENSE: DESVIOS ENTRE ASPECTOS OSTENSIVO E PERFORMATIVO ........................................ 77
INTEGRACIÓN DIDÁCTICA DE LAS TIC PARA EL FOMENTO DE UNA CONCIENCIA 
AMBIENTAL SOSTENIBLE ................................................................................................................................................... 83
INVESTIGACIÓN, INNOVACIÓN UNA OPORTUNIDAD PARA EL DESARROLLO ...................................... 89
LIBERDADE DE IMPRENSA E A RESERVA DA INTIMIDADE DA VIDA PRIVADA ....................................... 95
MARKETING DIGITAL E SUA INFLUÊNCIA NA EMPRESA CONTÁBIL ............................................................101
NOVO ENSINO MÉDIO EM SANTA CATARINA: QUE DESAFIOS SE APRESENTAM NAS 
ESCOLAS PILOTO? .................................................................................................................................................................113
PESQUISA EM REDE: OBSERVAÇÃO ELEITORAL E CRIMINALIZAÇÃO DE FAKE NEWS EM 
ELEIÇÕES BRASILEIRAS .....................................................................................................................................................119
PROYECTOS PEDAGÓGICOS PRODUCTIVOS Y DESARROLLO RURAL SOSTENIBLE. UNA 
MIRADA DESDE LA INTEGRACIÓN CURRICULAR .................................................................................................125
SISTEMAS DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO INOVADOR PARA STARTUPS ................................. 137
SOLUÇÕES IMPLANTADAS PELAS EMPRESAS DA REGIÃO SUL NO PROGRAMA BRASIL 
MAIS ENTRE OS ANOS DE 2020 E 2021 ....................................................................................................................143
TESTES GENÉTICOS E SEUS ASPECTOS BIOÉTICOS .........................................................................................149
TRANSVERSALIDADE DA INOVAÇÃO E DO EMPREENDEDORISMO NA UNIVERSIDADE: 
UM ESTUDO DE CASO.........................................................................................................................................................153
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: A EFETIVIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA COMARCA DE 
CHAPECÓ ..................................................................................................................................................................................159
APRESENTAÇÃO 
I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA O 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Grande honra apresentar estes Anais de Evento, resultado do I Seminário Internacional de Ciência, 
Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, realizado nos dias 24 a 28 de outubro de 
2022, na Unoesc Campus de Chapecó, com 11 conferências destinadas a mais de 2 mil inscritos.
Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina 
(Fapesc), o evento contou com a participação de pesquisadores de instituições nacionais e do exterior, 
autoridades que administram instituições de fomento e de regulação, coordenadores de cursos, 
empresários, empreendedores, agentes públicos, rede Catarinense de Centros de Inovação, discentes e 
diplomados de todos os campi da Unoesc, das instituições parceiras, da comunidade externa e, sobretudo, 
dos professores e estudantes pesquisadoresdos programas de Mestrado e Doutorado da Unoesc (Mestrado 
e Doutorado em Direito, Mestrado e Doutorado em Administração, Mestrado e Doutorado em Educação, 
Mestrado em Sanidade e Produção Animal, Mestrado em Biociências e Saúde, Universidad de la Costa, 
Colômbia, e Universidad de Talca, do Chile), que em parceria realizaram este evento que buscou promover 
o compartilhamento de estudos e pesquisas sobre sistemas nacionais de CT&I, priorizando a abordagem 
da Agenda 2030, da OCDE, do governo central do Brasil (União Federal) e do Estado de Santa Catarina.
Palestraram no evento, o professor Dr. Paulo Ivo Koehntopp, Secretário Executivo da Acafe e 
professor titular da Univille; a professora Dra. Luciana Flor Correa Felipe, Assessora de Planejamento e 
Programas e Estratégico da Fapesc; a Gerente da Rede Catarinense de Centros de Inovação, Iuana Réus 
Abella; o vice-presidente de Integração da ACATE, Felipe de Oliveira Rodrigues; o ex-prefeito de Chapecó 
e ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon; o economista do 
Ipea, Dr. André Tortato Rauen; o professor titular da Universidad de Talca, Chile, Instituto de Biologia Vegetal 
Y Biotecnologia, Dr. Raul Simon Herrera Faundez; o gerente de negócios inovadores SDE/SC, Guilherme 
dos Santos Murara; o analista sênior do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Dr. 
Joelmo Jesus de Oliveira; o CEO do Valle Innovation Founder da Valle Innovation, o empresário Fernando 
Figueredo e o professor da Universidad De la Costa Colômbia, Dr. Freddy Marin Gonzalez. Após as palestras 
foram realizados mesas-redondas e debates que aprofundaram os assuntos tratados.
Resultado disso, as páginas que seguem são um extrato do I Seminário Internacional de Ciência, 
Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, onde estão publicados 27 trabalhos de notáveis 
profissionais e pensadores empenhados em conhecer o presente e discutir o futuro do desenvolvimento 
sustentável, a partir dos desafios no campo da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A CT&I são o sistema nervoso central de uma sociedade desenvolvida, seja do ponto de vista 
econômico, ambiental ou social. Portanto, urge que o Brasil mobilize os instrumentos que dispõe a serviço do 
Desenvolvimento Sustentável, visto que a sociedade, a economia e o meio ambiente não podem prescindir 
da contribuição da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Como toda obra coletiva, o que oferecemos precisa ser lido tendo-se em consideração a riqueza 
específica da contribuição de cada área do conhecimento, atentos a variedade de juízos, resultado de um 
ato minucioso e persistente de tecer letra por letra e de conter a ansiedade até sentir que deu o melhor de 
si, mesmo sabendo que ainda restou muito a se compreender e dizer. 
Como produto dos cérebros humanos, a pesquisa ganha vida própria, chega e dialoga com outros 
estudos e com os humanos entre si. Com este escopo, dedicamos esta obra a você leitor, no desejo que sua 
mente seja guiada no entendimento dos conteúdos que aqui se propõe. 
Aos escritores, suplicamos a energia necessária para que continuem produzindo e permitindo 
a todos projetar mundos, registrar tempos que não se repetem, visitar lugares e pessoas outrora 
desconhecidas.
Agradecemos a todos os que se empenharam na realização do evento e na elaboração das 
pesquisas que compõem esta publicação, que contribui sobremaneira para instigar a pesquisa de ponta 
e a conexão da Unoesc, seus cursos de Graduação e Programas de pós-graduação lato sensu e stricto 
sensu, para o que está sendo pensado no mundo inteiro em relação à Ciência, Tecnologia e Inovação para 
o Desenvolvimento Sustentável. Boa leitura a todos!
Celso Paulo Costa 
Diretor Acadêmico 
Unoesc Campus de Chapecó
7
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
A CULTURA MAKER NA EDUCAÇÃO: PERSPECTIVAS 
PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM
Celoy Aparecida Mascarello1
Cirlei Giombelli2
Michele Luciane Blind de Morais3 
Paula dos Santos Lopes4
Paulo Roberto Dalla Valle5
Valmir José Turcatto6
 INTRODUÇÃO 
 Vislumbramos cotidianamente as transformações que ocorrem na sociedade especialmente 
em função do desenvolvimento científico e tecnológico e pela rapidez com que estas mudanças são 
conhecidas em função da expansão e acesso à informação quase que de forma instantânea.
A leitura do livro “A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática” (2008) 
de Seymour Papert, constitui uma das inspirações metodológicas mais significativas deste texto. Isso 
porque nesse livro o matemático e educador estadunidense amplia a concepção de desenvolvimento 
humano ao acolher também mais amplamente a dimensão tecnológica, ou seja, pela ação criativa e 
compartilhável via computador. Com isso ele abordou uma impactante parábola7, na qual compara 
o grau de surpresas de um professor e um médico se fizessem uma viagem no tempo com a duração 
de um século.
Uma vez que num período em que tantas atividades humanas foram revolucionárias, não 
foram vistas mudanças comparáveis na forma como ainda os educandos são mobilizados a aprender.
Diante deste contexto, compreende-se que a cultura da inovação e do desenvolvimento 
tecnológico precisam estar presentes na prática pedagógica no contexto educacional, ainda mais 
1 Doutoranda em E d u c a ç ã o , Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade do Oeste de Santa 
Catarina – UNOESC. Bolsista UNIEDU. celomascarello@gmail.com.
2 Doutoranda em E d u c a ç ã o , Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade do Oeste de Santa 
Catarina – UNOESC. Bolsista FAPESC. cirleih@gmail.com.
3 Doutoranda em E d u c a ç ã o , Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade do Oeste de Santa 
Catarina – UNOESC. Bolsista CAPES. micheleblind10@yahoo.com.br.
4 Doutoranda em E d u c a ç ã o , Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade do Oeste de Santa 
Catarina – UNOESC. Bolsista CAPES. professorapaulalopes@gmail.com
5 Doutorando em E d u c a ç ã o , Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade do Oeste de Santa 
Catarina – UNOESC. Bolsista UNIEDU. pauloroberto.dallavalle@gmail.com.
6 Doutorando em E d u c a ç ã o , Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade do Oeste de Santa 
Catarina – UNOESC. Bolsista UNIEDU. vjturcatto@gmail.com.
7 Imagine um grupo de viajantes do tempo de um século anterior, entre eles um grupo de cirurgiões e outro de professores 
primário, cada qual ansioso para ver o quanto as coisas mudaram em sua profissão há cem anos ou mais no futuro. 
Imagine o espanto de os cirurgiões entrando numa sala de operações de hospital moderno. Embora pudessem entender 
que algum tipo operação estava ocorrendo e pudessem até mesmo ser capazes de adivinhar o órgão – na maioria dos 
casos seriam incapazes de imaginar o que o cirurgião estava tentando fazer ou qual a finalidade dos muitos aparelhos 
estranhos que ele e sua equipe cirúrgica estava utilizando. Os rituais de anti-sepsia e anestesia, os aparelhos eletrônicos 
com seus sinais de alarme de orientação e até mesmo as intensas luzes, tão familiares às platéias de televisão, seriam 
completamente estranhos para eles. Os professores viajantes do tempo responderiam de uma forma muito diferente a 
uma sala de primeiro grau moderna. Eles poderiam sentir-se intrigados com relação a alguns poucos objetos estranhos. 
Poderiam perceber que algumas técnicas padrão mudaram – e provavelmente discordariam entre si quanto a si as 
mudanças que observaram foram para melhor ou para pior -, mas perceberiam plenamente a finalidade da maior parte do 
que se estava tentando fazer e poderiam, com bastante facilidade, assumir a classe (Seymour Papert, apud Tajra 2001).
8 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
se observarmos as novas reorganizaçõese rearranjos curriculares provocados pela Base Nacional 
Curricular Comum (BNCC), que tem desafiado gestores educacionais a proporem uma escola com 
espaços mais atrativos e articulados com as novas configurações curriculares e capazes de promover 
o desenvolvimento de competências e habilidades dos estudantes.
Compreendendo este processo desafiador, nosso objetivo é tecer algumas considerações 
sobre a relevância dos espaços makers na escola, para tornar a escola mais atrativa, interativa e 
que possibilite a interação dos estudantes com a cultura científica, tecnológica e de inovação. Assim, 
diante do cenário que se apresenta na contemporaneidade e do desafio da educação propor espaços 
de aprendizagens mais significativos e articulados com o desenvolvimento tecnológico e científico, 
justifica-se a relevância de refletir sobre este tema, tão presente atualmente. 
Desta forma, o problema da pesquisa reside em favorecer o debate sobre como a cultura 
makers podem subsidiar ações e práticas pedagógicas que possam contribuir para articular processos 
de inovação, interseccionando o diálogo com as práticas de inovação e tecnologia no processo de 
ensino e aprendizagem.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho teórico reflexiva, com abordagem 
qualitativa, que apresenta breves contribuições acerca do tema.
METODOLOGIA
Para Minayo (2012, p. 14), “entendemos por metodologia o caminho do pensamento e a 
prática exercida na abordagem da realidade”. Essa realidade modifica-se constantemente, logo, 
a escolha do caminho é fundamental para nortear o estudo, pois, do contrário, qualquer percurso 
serviria podendo levar a nenhum lugar. 
Sendo assim, o percurso metodológico teve como embasamento os pressupostos do 
materialismo histórico-dialético, nos termos referidos por Triviños (2009). Segundo discorre o autor, o 
materialismo dialético tem por base a filosofia do marxismo, a qual busca pelo entendimento coerente 
e lógico dos fenômenos da natureza, da sociedade e do pensamento, compreender a realidade 
objetiva que se constrói pelos sujeitos em cada tempo histórico.
 
Por um lado, o materialismo dialético tem uma longa tradição na filosofia materialista e, por 
outro, que é também antiga concepção na evolução das ideias, baseia-se numa interpretação 
dialética do mundo. Ambas as raízes do pensar humano se unem para constituir, no materialismo 
dialético, uma concepção científica da realidade, enriquecida com a prática social da humanidade. 
(Triviños, 2009, p. 51).
 
Desta forma, entendemos que essa escolha metodológica, nos permitiu encontrar as 
ferramentas que nos auxiliaram na busca das múltiplas determinações que condicionam o objeto de 
pesquisa, pois, nesse processo buscamos a apreensão de que o fenômeno estudado é fruto de um 
processo histórico, social, complexo e contraditório.
9
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Os procedimentos metodológicos envolveram uma pesquisa bibliográfica de cunho teórico 
reflexiva, com abordagem qualitativa. Para Severino (2007, p.122), a pesquisa bibliográfica realiza-se pelo:
[...] registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como 
livros, artigos, teses etc. Utilizam-se dados de categorias teóricas já trabalhadas por outros 
pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem 
pesquisados. O pesquisador trabalha a partir de contribuições dos autores dos estudos analíticos 
constantes dos textos.
A pesquisa baseou-se no estudo da teoria já publicada, onde foi realizada a leitura, 
sistematização e fichamento das obras selecionadas.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O proposito deste texto foi favorecer o debate sobre como a cultura makers podem 
subsidiar ações e práticas pedagógicas que possam contribuir para articular processos de inovação 
interseccionando o diálogo com as práticas de inovação e tecnologia no processo de ensino e 
aprendizagem.
Antes de adentrar nas especificidades do que é uma cultura maker, recorremos à origem 
semântica do termo dividindo-o em duas palavras. Primeiramente, a palavra cultura no latim vem de 
“colere”, que significa cultivar. Esse termo é entendido na sociologia como a produção das pessoas, 
por meio das relações sociais, ao longo de determinado período e que resulta na cultura de uma 
sociedade. Por sua vez, a palavra “maker” tem origem inglesa, podendo ser traduzida como criador, 
autor ou fazedor. 
 A junção das duas palavras, cultura maker, sugere a capacidade dos seres humanos 
de cultivarem o próprio desenvolvimento de novos conhecimentos, transformando-os em ações 
criadas por eles mesmos. Tal potencial de criação pode ser ampliado por espaços que oportunizem 
pensar soluções para os problemas da sociedade, de forma sustentável, prospectando produção em 
larga escala. (SOUZA,2021).
 Independentemente de ter um espaço específico para desenvolver a cultura maker, 
ela já vem sendo implementada em vários ambientes, sejam escolares, sejam empresariais, buscando 
equipar laboratórios com esse fim. Foi por meio do aumento do uso de tecnologias na vida das 
pessoas, que essa cultura começou sua expansão.
A educação tem apresentado demandas que emergem destas novas relações provocadas 
pelo desenvolvimento, e também pela presença na escola, de crianças e jovens que têm acesso às 
variadas formas interativas, dinâmicas, tecnológicas e de inovação presentes fora da escola.
Nessa direção, Libânio (1998) argumenta que o mundo contemporâneo, neste momento 
da história denominado ora de sociedade pós-moderna, pós-industrial, ou pós-mercantil, ora de 
modernidade tardia – está marcado pelos avanços na comunicação e na informática e por outras 
tantas transformações tecnológicas e científicas. Essas transformações intervêm nas várias esferas 
10 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
da vida social, provocando mudanças econômicas, sociais, políticas, culturais, afetando, também as 
escolas e o exercício profissional da docência.
O cenário proporcionado pelas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação vem 
se colocando em desafio à educação, a cultura escolar, promovendo tensões que se revelam nos 
paradigmas das práticas escolares, ou seja, na forma escolar que se constituiu ao longo da história.
O uso dos espaços makers8 no contexto educacional brasileiro vem sendo amplamente 
discutido especialmente após a implantação da BNCC e seus desdobramentos na organização 
curricular e nos direitos de aprendizagem, bem como, pelas demandas que se apresentam em função 
da era tecnológica e de constante inovação que temos vivenciado.
Aliado a isso, observa-se que a escola tem sido desafiada a disponibilizar e potencializar 
práticas pedagógicas que articulem novas metodologias de ensino, e contemplando elementos 
advindos dos sistemas de inovação e desenvolvimento tecnológico. A presença de conceitos como 
pensamento educacional, cultura digital, inovação tecnológica, protagonismo estudantil, cada vez 
difundidos na contemporaneidade articulam-se a compreensão de espaço maker como um espaço 
de construção interativa.
Nestes espaços, privilegiam-se oportunidades do fazer e do aprender a fazer, a partir da 
descoberta, da partilha do participar, do apoiar e da cultura de criar, associando os conhecimentos 
científicos, culturais, e historicamente produzidos, com os recursos que possibilitam potencializar e 
colocar em prática estes conhecimentos favorecendo assim, a aprendizagem e novas descobertas 
e possibilidades de intervir e contribuir com a realidade, através de processos lúdicos, interativos, 
manipuláveis instigando ainda o desenvolvimento das competências e habilidade através da 
imaginação que é desafiada a integrar-se com as práticas de ensino. 
Silva et al. (2019), afirmam que os projetos makers9 podem contribuir paraestimular 
o desenvolvimento do raciocínio formal, defendem a proposta pois esta contribui para o que os 
alunos possam desenvolver suas capacidades cognitivas gerando novas aprendizagens quando tem 
oportunidades para além das práticas tradicionais que são vislumbradas no contexto escolar. 
Na esteira desse pensamento, a proposta do Ensino Maker surge como uma alternativa das 
abordagens tradicionais, de modo que alunos possam aprender conceitos STEM (do inglês: Science, 
Technology, Engineering and Mathematics) por meio do desenvolvimento de projetos, sendo mais 
ativos ao longo de sua própria experiência escolar e mais engajados em atividades centradas em 
novos tópicos e tecnologias. (SOUZA, 2021).
Para Papert (2008, p.135) “O tipo de conhecimento que as crianças mais precisam é o que as 
ajudará a obter mais conhecimento”. Dessa forma, a tarefa do professor na cultura maker é facilitar 
8 O espaço maker é um ambiente personalizado, que visa oferecer oportunidades para os estudantes colocarem a “mão 
na massa”. Nesse local, eles são incentivados a trabalhar a criatividade por meio da aplicação de atividades e projetos 
interdisciplinares com uso de tecnologia, objetos recicláveis e outros materiais.(SOUZA,2021).
9 O projeto Maker apresenta atividades que auxiliam os estudantes no desenvolvimento de diversas ideias por meio da 
prototipação, criação e elaboração de projetos com foco na solução de problemas reais e na metodologia “Faça você 
mesmo”. (SOUZA,2021).
11
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
um espaço de exploração, ao invés do acompanhamento estruturado do processo de ensino. Permite 
levar em conta, aprimorar e enriquecer o Ambiente Pessoal de Aprendizagem10 (APA) do aluno. 
Nessa direção, Silva et al. (2019) aponta que aprender é mais que aquisição de conhecimento, 
é um processo ativo de construção, e o ensino é o processo de apoio a essa construção. 
A aprendizagem maker contribui para trabalhar as chamadas habilidades do século XXI: 
criatividade, colaboração, pensamento crítico, iniciativa, etc. (Souza, 2021), promove a aprendizagem 
cooperativa, na qual os alunos aprendem a partir da interação com outros colegas e adultos (Silva 
et al., 2019). No movimento maker isso ocorre em duas escalas: a primeira se refere ao ambiente 
direto com seus parceiros de projeto, professores, etc. E a segunda com a comunidade maker11, cuja 
filosofia é baseada no conhecimento livre e open source12. A existência de manuais, vídeos tutoriais e 
outras ferramentas que são compartilhadas gratuitamente é frequente. Os alunos então aprendem 
cooperando com seu ambiente e também ensinando seus colegas e sua comunidade.
CONCLUSÕES
Os dados da pesquisa oferecem insights valiosos para entender a cultura maker como 
um movimento cultural baseado nos princípios do construtivismo ou aprendizagem ativa, onde o 
aluno o faz por meio da experiência, ou seja, aprende fazendo. Os criadores são os agentes ativos 
desse movimento que, na verdade, existe desde sempre; pessoas que manipulam os recursos à 
sua disposição para satisfazer suas necessidades e as de seu ambiente. Mas podemos dizer que 
a tecnologia impulsionou esse movimento e podemos considerar os makers como artesãos modernos 
fortalecidos graças à tecnologia e comunidades que os apoia e com quem aprendem e compartilham.
Acreditamos que nesse contexto é de fundamental importância o papel ativo dos professores 
nos processos escolares, ressignificando conceitos voltados para a construção do conhecimento e 
redirecionando práticas com base no construtivismo13.
Em suma, a pesquisa realizada oferece possibilidade para se pensar uma conexão visando 
conciliar muitos pontos conflitantes em relação às potencialidades e desafios da inserção da cultura 
Maker na educação. Certamente, o significado e o impacto do movimento Maker na educação é um 
processo em evolução que exigirá mais investigação e evidências empíricas. 
10 O termo Ambiente Pessoal de Aprendizagem foi proposto, pela primeira vez, por Bill Olivier e Oleg Liber (2001) na Bolton 
Institute, Inglaterra. A partir daí, o termo começou a ser amplamente estudado pela academia em várias partes do 
mundo. (RODRIGUES; MIRANDA,2010).
11 Comunidades onde seus integrantes compartilhem seus projetos e encontrem novas oportunidades de aprender, 
conectar e contribuir. 
12 Open source é um termo em inglês que significa código aberto.
13 Construtivismo é uma teoria sobre a origem do conhecimento que considera que a criança passa por estágios para 
adquirir e construir o conhecimento. Tem como objeto de estudo da alfabetização a língua escrita (Nunes, 1990).
12 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
AGRADECIMENTOS 
O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa de Bolsas Universitárias de Santa 
Catarina (UNIEDU), Lei Complementar nº 281, de 20 de janeiro de 2005, Lei Complementar nº 407, de 
25 de janeiro de 2008, Decreto nº 470, de 17 de fevereiro de 2020, Decreto nº 508, de 16 de março 
de 2020, Decreto nº 1.094, de 11 de janeiro de 2021, Portaria nº 1.652, de 24 de agosto de 2020.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
REFERÊNCIAS
BACICH, Lilian; MORAN, José. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem 
téorico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, Adeus professora? Novas exigências educacionais e 
profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, Maria Cecilia de Souza 
(Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro, RJ: Vozes, 2012.
NUNES, Therezinha. Construtivismo e alfabetização: um balanço crítico. Educ. Revista, Belo 
Horizonte, 1990. 
PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1994.
RODRIGUES, Pedro de Jesus; MIRANDA, Guilhermina Lobato. Ambientes pessoais de 
aprendizagem: concepções e práticas. RELATEC. 2013. Disponível em:<https://relatec.unex.es/
article/view/997/747>.Acesso em: 12 de nov. de 2022.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Cortez, 2007.
SILVA, K. et al. A cultura maker no ensino médio potencializando o aprendizado da matemática. Seminário 
internacional de educação, tecnologias e sociedade: Ensino híbrido. Rio Grande do Norte, 2019.
SOUZA, Laís dos Santos. A cultura maker na educação: perspectivas para o ensino e a 
aprendizagem de matemática. [Dissertação de Mestrado] Valparaíso, 2021. 67 f.
TRIVIÑOS, Augusto. Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa 
em educação. São Paulo: Atlas, 2007.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
A FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E 
INOVAÇÃO DE SANTA CATARINA COMO AGENTE DO 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL POR MEIO DA CT&I
Luciana Flor Correa Felipe1; Igor Rismo Coelho2
INTRODUÇÃO
O processo de ressignificação do papel do Estado e o processo de industrialização do Brasil 
tem interferido muito nas políticas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). 
 Nesta perspectiva, o estudo ora apresentado inclui-se nesse movimento, pois busca analisar 
o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) ao 
desenvolvimento sustentável, por meio da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), no período de 2019 
a 2022, às universidades comunitárias do Sistema Acafe.
Essa análise é necessária, não apenas para desvendar a realidade, mas, sobretudo, para incitar 
a sociedade a interferir nela, na luta pela cidadania e pela construçãode uma coletividade mais igualitária.
METODOLOGIA
Optou-se por realizar um estudo de caso sobre o apoio às Universidades Comunitárias, que 
segundo Silva; Oliveira; Silva (2021) pode contribuir na compreensão das problemáticas relacionadas 
a indivíduos, grupos sociais, organizações, políticas, instituições públicas, programas governamentais, 
problemáticas relacionadas a prática educativa, uma vez que realiza análises amplas e significativas 
sobre o objeto de pesquisa.
Outrossim, como subsídio a essa escolha elegeu-se a análise documental, que é compreendida 
como um processo que se utiliza de métodos e técnicas para a apreensão, compressão e análise de 
documentos dos mais variados tipos (FÁVERO; CENTENARO, 2019).
De modo objetivo, o corpus principal deste estudo constituiu-se, portanto, dos dados 
públicos, referentes aos números, índices e investimentos realizados pela Fapesc em CT&I, no período 
de 2019 a 2022; de onde foram extraídas as ideias centrais ou ancoragens de cunho qualitativo e 
interpretativo que subsidiaram as análises.
RESULTADOS
Todas as instituições do Ecossistema ACAFE tiveram projetos apoiados por meio de editais da 
FAPESC entre 2019 e 2022. Ao todo, foram fomentados 711 projetos coordenados por 522 pesquisadores 
1 Doutora em Educação Científica e Tecnológica pela UFSC, Assessora de Planejamento e Programas Estratégicos da 
FAPESC. E-mail: luciana.flor@fapesc.sc.gov.br 
2 Doutor em Zoologia pela UFMG, Coordenador de Projetos da FAPESC. E-mail: igor.coelho@fapesc.sc.gov.br
mailto:luciana.flor@fapesc.sc.gov.br
14 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
distintos e investidos cerca de R$47 milhões de reais (Figuras 1 e 2). Desse montante, 64% foram destinados 
para despesas de custeio, 29% para itens de capital e 7% para bolsas. Os projetos foram executados 
em 33 municípios que abrangeram as seis mesorregiões do Estado, o que evidencia a tendência de 
interiorização do fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação em Santa Catarina (Figura 3).
Figura 1. Número de projetos fomentados e pesquidadores por instituição de ensino 
por meio de editais da FAPESC entre 2019 e 2022.
Figura 2. Valor total contratado (em milhão de reais) por instituição de ensino entre 
os anos de 2019 e 2022.
Figura 3. Abrangência da FAPESC no fomento de projetos 
coordenados por pequisasdores das instituições 
comunitárias. O tamanho das bolhas reflete o número 
de projetos em cada município.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Fapesc é uma fundação pública, financiada pelo contribuinte do Estado de SC, com o 
objetivo de apoiar projetos de pesquisa, inovação, empreendedorismo e bolsas, em múltiplas 
instituições, em todas as áreas do conhecimento.
As principais linhas de ação da Fapesc são:
• Pesquisa
• Formação de Pessoas e Bolsas
• Eventos de Difusão em CTI
• Prêmios
• Cooperação Internacional
• Inovação
A Fapesc oferece suporte a programas com foco na geração e transferência de conhecimento; 
na interação de competências entre empresas, organizações públicas e instituições de ensino; 
incorporação de tecnologias aos setores econômicos e desenvolvimento de produtos ou serviços 
tecnológicos que tragam soluções de valor ao mercado. Além disso, investe na formação de pessoas e 
desenvolvimento de pesquisa e inovação, contribuindo para consolidação do ecossistema de CTI de SC.
Nesta perspectiva, a missão da Fapesc é: promover o ecossistema catarinense de Ciência, 
Tecnologia e Inovação por meio de fomento e da integração de seus agentes, objetivando o avanço 
de todas as áreas do conhecimento, o equilíbrio regional, o desenvolvimento econômico sustentável e 
a melhoria da qualidade de vida. 
Sendo sua visão: ser referência nacional como instituição promotora do desenvolvimento do 
ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação. E, seus valores: Transparência, Inovação, Meritocracia, 
Ética, Eficiência e Eficácia, Gestão Participativa, Comprometimento.
CONCLUSÕES 
Sem dúvida, o apoio da Fapesc tem sido muito importante para todas as áreas do conhecimento. 
Os editais são operacionalizados a partir das gerências com os seguintes resultados: 59% (419) dos 
projetos estão sob a coordenação da Gerência de Pesquisa da FAPESC e representam 58% do valor 
total contratado no período. Outros 26% (185) estão sob a liderança da gerência de Difusão, somando 
cerca de 19% dos recursos. Os 15% restantes, (107) dos projetos, estão vinculados a editais da área de 
Inovação, somando 24% dos valores pagos.
Quanto à distribuição nos editais, 96% dos projetos ligados à Difusão estão vinculados ao 
Programa “Proeventos” cujo objetivo é apoiar a realização de eventos científicos, tecnológicos e/
ou de inovação em Santa Catarina para promover o avanço de todas as áreas do conhecimento, o 
equilíbrio regional, o desenvolvimento econômico sustentável e a melhoria da qualidade de vida dos 
catarinenses.
16 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Já os 41% dos projetos de Inovação foram submetidos e aprovados em um único edital, 
lançado em 2021, denominado “Programa de Apoio ao Empreendedorismo Universitário Inovador no 
Estado de Santa Catarina”. Os demais projetos foram aprovados por meio de editais associados a 
outros programas, como: a) Programa de apoio à consolidação de núcleos de inovação tecnológica de 
instituições de pesquisa científica e tecnológica; b) Programa de Apoio a Pesquisa de Observatórios 
do Sistema Catarinense de Ciência, Tecnologia e Inovação Catarinense (CTI-SC); c) Programa de 
Incentivo a incubadoras de empresas catarinenses e, d) Programa de Apoio à Consolidação de 
Núcleos de Inovação Tecnológica de Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica no Estado 
de Santa Catarina, 2ª edição. É importante destacar que, dentre os editais de Inovação, foram 
contratados 7 projetos associados ao Programa DEVTI SC+TEC. Este, por sua vez, visa a capacitação 
para a formação de desenvolvedores em tecnologia de informação, cuja demanda está cada vez 
mais alta no mercado. 
Dos projetos de pesquisa, 75% foram aprovados em 5 editais, apresentados em ordem 
de representatividade: a) “Edital 27/2020 - Apoio à Infraestrutura para Grupos de Pesquisa da 
UDESC”; b) “Edital 15/2021 - Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação aos Grupos de Pesquisa da 
Associação Catarinense das Fundações Educacionais – ACAFE”; c) “Edital 12/2020 - Programa de 
Pesquisa Universal; d) “Edital 29/2021 - Programa Estruturante Acadêmico - Apoio à Infraestrutura 
de Laboratórios Acadêmicos do Estado de Santa Catarina e, e) Edital 27/2021 - Programa FAPESC 
de apoio a Ciência, Tecnologia e Inovação para Jovens Pesquisadores do estado de Santa Catarina. 
Estes editais somam sozinhos cerca de R$16,5 milhões em valores contratados.
 REFERÊNCIAS 
FÁVERO, A. A.; CENTENARO, J. B. A pesquisa documental nas investigações de políticas 
educacionais: potencialidades e limites. Revista Contrapontos Eletrônica, Vol. 19, Nº 1, Itajaí, JAN-
DEZ 2019. Disponível em: : www.univali.br/periodicos. Acesso em: 15 de nov. 2022.
SANTA CATARINA, Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina. 
Disponível em: https://fapesc.sc.gov.br/a-fapesc/. Acesso em: 24 de outubro de 2022.
SANTA CATARINA, Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina. Base 
de dados Fapesc. 2022.
http://www.univali.br/periodicos
https://fapesc.sc.gov.br/a-fapesc/
17
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO E USO DE 
FERRAMENTAS LÚDICAS EDUCACIONAIS 
PARA SUSTENTABILIDADE DO MOVIMENTO DA 
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Tiago Zonta 1; Mateus Eduardo Colling Eidt 2; Eduardo Kasper Copati 2; Thiago GuellaCamacho Ferronato 2
INTRODUÇÃO
O crescimento acelerado da tecnologia é uma realidade desde do início do novo século, com 
este crescimento foram iniciados movimentos conhecidos como Tranformação Digital ou Revolução 
Tecnológica. De qualquer forma, este crescimento ainda apresentava um preocupação tímida no mundo 
coorporativo e educacional, uma estratégia comum, sempre foi a espera de exemplos de sucesso para 
depois optar pelo investimento ou aplicação do novo. A oportunidade do crescimento tecnológico era 
conhecido, mas trazia números conservadores de que eles iriam se concretizar ao poucos até em 
torno de 2025, só que, no meio de todo este processo veio a pandemia e automaticamente uma 
acelarção em busca de inovações e a ideia de propor soluções para demandas do mercado modificou 
as previsões (KATSAMAKAS, 2022). 
 A pandemia confrontou evoluções em todas as esferas e trouxe o aumento da demanda 
de colaboradores principalmente nas profissões que se adapataram ao modelo chamado de Home 
Office. A preocupação com esse possível crescimento já estava sendo prevenido em países como 
os Estados Unidos com iniciativa como a Hora do Código inicada em 2013 (HOUROFCODE, 2022). 
Iniciativas como esta levaram o ensino da tecnologia para as escolas e teve a motivação de grandes 
empresas, inclusive do presidente Barack Obama. O movimento cresceu e foi adotado por diversos 
países, mas infelizmente o Brasil continuou apenas no plano das discussões de como seria incluir 
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar (BNCC, 2021).
Este artigo, então, traz um panorama de um estudo realizado com estudantes do curso de 
Engenharia de Computação no componente de Seminário Interdisciplinar de Extensão em que foram 
analisados diversas ferramentas criadas para esse movimento de aprendizagem tecnologica de forma 
lúdica denominado ensino de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM), sendo 
utilizada por escolas, professores e até mesmo por escolas privadas que trazem a oportunidade das 
crinaças e jovens terem acesso ao aprendizado tecnológico no formato similar ao ensino de línguas.
O objetivo, além de demonstrar as oportunidade e responsabilidade que os estudantes 
de cursos tecnológicos de gradução têm para com o crescimento de vossas profissões, procurando 
1 Docente/pesquisador do Grupo de pesquisa de Inovação e Tecnologias em Engenharias, Arquitetura e Urbanismo – 
ITEAU - UNOESC. E-mail: tiago.zonta@unoesc.edu.br.
2 Dicentes do curso de Engenharia de Computação – UNOESC. E-mail: mateuseidt10@gmail.com; duducopati123@gmail.
com; thiagogferronato@gmail.com.
mailto:tiago.zonta@unoesc.edu.br.
18 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
catalogar iniciativas que possam ser utilizadas por estudantes e profesores das escolas em busca do 
“diferente”, algo apontado pelos jovens como importante nos formatos de ensino atuais.
MÉTODOLOGIA
O trabalho foi pautado pela busca de embasamento e contextualização no campo científico. 
Foram onze iniciativas e ferramentas pesquisas e neste trabalho é aprensetando o resultado de três 
o Minecraft Education, a iniciativa da Goolge conhecida como GrassHopper e a plataforma completa 
da Code.org chamada studio.code.
Foram realizadas pesquisas quantitativas no Google Acadêmico para avaliar as publicações 
em carater científico existentes sobre o assunto. No caso do studio.code a pesquisa retornou 374 
citações, sendo 305 publicações intenacionais. No caso do GrassHopper a pesquisa teve que ser 
analisada, porque o termo se mistura com outros assuntos que não são a solução de aprendizado da 
Google. Para a iniciativa educacional do Minecraft foram encontrados 697 trabalhos em Português e 
12.400 internacionais. Todas as pesquisas foram realizadas no período de 2018 e 2022.
Além da pesquisa quantitativa, foi realizado um trabalho exploratório aplicado em que foram 
avaliadas as funcionalidades das soluções para identificar qual seria a melhor forma de utilização levando 
em consideração conteúdos, necessidades das idades dos alunos e melhor trilha para o aprendizado.
RESULTADOS
Os resultado obtidos ainda são iniciais no quesito aplicação, após o estudo realizado será 
realizado em sala de aula com crianças e jovens. No caso do studio.code, este, já vem sendo feito 
desde 2014 quando os curso de Engenharia de Computação ao conhecer o projeto da Hora do 
Código iniciou o processo de concientização e disseminação de informações sobre as profissões 
ligadas a área da Computação. Esse processo era baseado na apresentação em escolas e convites 
para as mesmas conhecerem os ambientes da Unoesc Chapecó. Com essas ações foi criada a equipe 
de robótica OescSpark e inciaram a participação em competições, ao mesmo tempo foi identificado 
investimentos realizados pelo governo em escolas estaduais e um dos exemplos de sucesso foi a 
criação da equipe Robotic League na Escola Estadual Colégio Bom Pastor, equipe essa destaque 
e campeã mundial em algumas categorias. O processo contínuo trouxe visibilidade e agora após a 
pandemia o que antes trazia um número pequeno de interessados agora enche salas e solicitações 
de cursos realcionados a programação e robótica. Outro fator pós pandemia é o crescimento da 
procura dos pais em querer saber mais sobre as denominadas profissões do futuro.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação deste trabalho foi baseada em apontamentos das necessidades 
apontadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2021) que orienta as práticas de ensino na 
educação básica
19
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Referente ao tema, a necessidade da disseminação das necesidades ligadas as tecnologias 
existe, e isso fica claro em editais de fomento ao ensino de profissionais em desenvolvimento de 
software, por exemplo, o edital Fapesc nº 42/2021 – Programa de Apoio a Curso de Formação de 
Desenvolvedores para Tecnologia de Informação (TI) no Ecossistema de Inovação de Santa Catarina 
– Programa DEV-TI SC+TEC (DEVTI, 2021). Esse cenário leva em consideração somente o estado 
de Santa Catarina, onde o processo e a preocupação com o atendimento as necessidades de 
sustentabilidade da Tranformação Digital já foram entendidas.
Como descrição de cada inictiva é possível destacar que o GrassHopper criado pela Google 
justamente para observar e criar talentos, mostra o embasamento necessário para o aprendizado de 
algortimos, permite a escolha por aprendizado de básico, intemediário ou focado, por exemplo, com 
o objetivo de desenvolvimento de games. Destaca o uso de funções, fluxo de código e variáveis. Traz 
um ementário completo com vários cursos nos quais os conteúdos se estendem de simples variáveis 
passando por Arrays, depuração de código, automação, manipulação de string, criação de funções, e 
FrontEnd, e se aprofunda até chegar em gráficos vetoriais, animações 3D, criação e manipulação de 
formas geométricas (GRASSHOPPER, 2022).
O Minecraft é um exemplo de iniciativa que nasceu da proposta do jogo que é considerado 
um sucesso em todo mundo, atualmente 1.2 bilhões de pessoas. A ideia partiu da utilização de sua 
estrutrua para o aprendizagem. O Minecraft é o segundo jogo mais jogado do mundo, ficando para 
atrás apenas para o tetris (MINECRAFT, 2022). O que chama atenção é que o Minecradt é um jogo que 
tem a base somente em quadrados, e quebra paradigmas da necessidade de gráficos exuberantes. 
Um jogo que percebeu a oportunidade destes ambientes e trouxe uma proposta educacional focada 
exclusivamente no contexto de sala de aula, o sistema lúdico que permite o criar aumentando o 
interesse pelo desenvolviemnto da criatividade, autonomia, trabalho em grupo.
Para finalizar o estudo, destacamos que uma das iniciativas mais completas de aprendizado, 
o studio.code é utilizado até mesmo porescolas privadas de ensino de programação e robótica. É 
uma plataforma de ensino da Code.org, uma plataforma sem fins lucrativos voltada para o ensino e a 
capacitação de estudantes para aprender ciência da computação (CODESTUDIO, 20221). A plataform 
disponibiliza todo um ambiente para o professor criar salas e acompanhar o desenvolvimento dos 
estudantes. Os cursos disponíveis vão desde crianças em fase de alfabetização até a possibilidade 
de atividades avançadas de programação lúdica utilizando programação em blocos. O ambiente 
também disponibiliza atividades chamadas de off-line para aplicação do parendizado tenológico 
desplugado, sem computadores.
CONCLUSÕES
A motivação de trazer para os estudantes de cursos de tecnologia a oportunidade e 
necessidade de disseminar e saber explicar para os jovens sobre sua atuação é algo importante, 
confome mencionado é necessário esclarecer o que é verdade ou não sobre, por exemplo, os 
“robôs nos tomarem os empregos”. Antes da pandemia a motivação era da Universidade buscar 
20 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
parcerias para oferecer oportunidades para aplicação das Tranformações Digitais, hoje existe outra 
preocupação, que é, esclarecer um mercado que preocupa, devido a pessoas pouco instruidas de 
utilizarem assuntos em destaque, por exemplo, Inteligência Artificial para vender produtos e ideias de 
que tudo se resolve facilmente com a tecnologia. É necessário entender que existe um caminho pela 
frente e para isso será necessário mais profissionais disposníveis e aptos as oportunidades do futuro. 
É necessário entender a gama de possibilidades do ensino de STEAM, bem como como utilizá-lo para 
promover a motivação e o engajamento do aprender por meio de ferramentas lúdicas educacionais 
para sustentabilidade do movimento da transformação digital.
REFERÊNCIAS
BNCC. Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar: possibilidades. 
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/193-tecnologias-digitais-da-informacao-e-comunicacao-no-contexto-
escolar-possibilidades. Acesso em: nov. 2021).
CODESTUDIO. Qualquer um pode aprender ciência da computação. Disponível em: https://studio.
code.org/. Acesso em: out. 2021).
FAPESC. Edital de Chamada Pública Fapesc no 42/2021 – Programa de Apoio a Curso de 
Formação de Desenvolvedores para Tecnologia de Informação (TI) no Ecossistema de Inovação de 
Santa Catarina – Programa DEV-TI SC+TEC. Disponível em: https://fapesc.sc.gov.br/2021/10/29/
edital-de-chamada-publica-fapesc-no-42-2021-programa-de-apoio-a-curso-de-formacao-
de-desenvolvedores-para-tecnologia-de-informacao-ti-no-ecossistema-de-inovacao-de-santa-
catarina-3/. Acesso em: mar. 2022).
GRASSHOPPER. Learn to Code. 2022. Disponível em: https://grasshopper.app/pt_br/. Acesso em: 
arb. 2022).
HOUROFCODE. Hour of Code. 2022. Disponível em: https://hourofcode.com/br/learn. Acesso em: 
out. 2022).
KATSAMAKAS, E. Digital Transformation and Sustainable Business Models. Sustainability 
(Switzerland): Taylor and Francis Inc, v. 14, n. 11, p. 97–105, 2022.
MINECRAFT. Minecraft Education Edition. Disponível em: https://education.minecraft.net/pt-pt. 
Acesso em: out. 2022).
https://education.minecraft.net/pt-pt
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
A NATUREZA JURÍDICA DO IDEAL DE TRABALHO 
DECENTE
Isadora K. Lazaretti1; Dr.Carlos Luiz Strapazzon2
INTRODUÇÃO 
Este resumo tem como propósito apresentar resultados preliminares parciais de pesquisa 
de tese em nível de Doutorado em Direito, junto ao Programa de Pós-Graduação em Direito da 
Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, orientada pelo Prof. Dr. Carlos Luiz Strapazzon. 
A pesquisa em andamento aborda a temática central do trabalho decente, a efetivação de direitos 
sociais e o desenvolvimento sustentável e tem como referência espacial o cenário brasileiro, conjugada 
com um esforço de pesquisa empírica envolvendo o contexto da região oeste de Santa Catarina, a 
partir do marco temporal do ano de 1999. Envolve ainda uma dimensão normativa e outra de práticas 
sociais, particularmente, dos significados correntes de decência em alguns setores selecionados do 
mundo do trabalho e diretamente ligados às políticas públicas de efetivação de direitos sociais.A 
partir dessa delimitação, o objetivo geral deste trabalho consiste em demonstrar os resultados 
parciais da primeira fase da estratégia metodológica traçada pela pesquisadora no projeto de tese, 
consistente na coleta de dados e informações. O problema de pesquisa proposto na tese parte da 
carência de literatura analítica específica sobre o sentido jurídico e o propósito do trabalho decente 
no ordenamento jurídico brasileiro. O trabalho decente, tal como foi apresentado pela Organização 
Internacional do Trabalho, envolve a proteção de direitos sociais, como a alimentação, a segurança, a 
moradia, a educação e a segurança social. Contudo, o termo decente compreende desdobramentos 
que ultrapassam a esfera jurídica, de modo que os estudos sobre este tema parecem explorar 
apenas superficialmente as muitas possibilidades abertas desse conceito, especialmente no campo 
do trabalho, onde a ideia de decência admite diversos significados. 
METODOLOGIA
A pesquisa de tese está sendo desenvolvida sob rigorosa metodologia científica para 
elucidar, por um lado, a natureza jurídica do trabalho decente, ou seja, sua dimensão normativa, e por 
outro, a dimensão da efetividade, a partir de um olhar nas políticas direcionadas para a efetivação 
do trabalho decente. A estratégia metodológica traçada dividiu a pesquisa em duas fases: fase de 
coleta de dados e informações e fase de análise e redação de resultados. A coleta de dados priorizou 
fontes primárias e foi realizada a partir da pesquisa documental, com a adoção das técnicas de 
pesquisa normativa, pesquisa jurisprudencial, mapeamento de documentos oficiais da OIT, ONU, 
1 Doutoranda em Direito do Programa de Pós-Graduação em Direito – PPGD da Universidade do Oeste de Santa Catarina 
– UNOESC. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Segurança Social, Trabalho Decente e Desenvolvimento. 
E-mail: iklazaretti@gmail.com.
2 Docente do Programa de Pós-Graduação em Direito – PPGD da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC. 
Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Segurança Social, Trabalho Decente e Desenvolvimento. E-mail: strapazzon.
carlos.luiz@gmail.com.
22 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
OCDE, mapeamento de políticas públicas, além de revisões sistemáticas de literatura sobre o tema 
do trabalho decente. A fase de análise e redação de resultados está atualmente em andamento e 
tem como objetivo avaliar cada um dos dados coletados a partir da análise qualitativa, por meio da 
técnica de análise de conteúdo.
RESULTADOS
Esta seção apresenta resultados parciais da pesquisa realizada, especialmente do 
levantamento de dados e informações. A pesquisa documental para o levantamento do percentual 
de trabalhos publicados sobre trabalho decente considerou artigos, dissertações e teses. Para 
a seleção dos trabalhos foram considerados alguns critérios: para os artigos, foram selecionados 
somente artigos revisados por pares publicados entre os anos de 1999 até o mês de junho de 2022 
e que a expressão “trabalho decente” foi encontrada no título e no resumo; para teses e dissertações, 
a seleção foi realizada com base no conteúdo do título e do resumo e que abordaram diretamente a 
temática central. A distribuição dos trabalhos encontrados por base pesquisada pode ser visualizada 
na Tabela 1 e o percentual de trabalhos publicados pelo Gráfico 1.
Tabela 1 – Trabalhos publicadossobre trabalho decente
Gráfico 1 – Percentual de trabalhos publicados sobre trabalho decente
Elaborado por Isadora K. Lazaretti em 17 set. 2022
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
O mapeamento dos documentos oficiais da OIT, incluindo convenções, recomendações e 
resoluções considerou como critério para seleção a presença da palavra-chave “trabalho decente” 
no título do relatório ou documento. Quanto às convenções internacionais, foram analisadas 190 
convenções (dentre as vigentes e as revogadas), de modo que apenas uma versa sobre trabalho 
decente, que é a Convenção 189 sobre trabalho decente para trabalhadores domésticos, de 2011. 
As demais não tratam sobre trabalho decente. O termo “decente” somente começou a aparecer 
nas convenções a partir de 2003 e geralmente no preâmbulo, para ressaltar a missão da OIT de 
promover condições decentes de trabalho, como na Convenção 185 de Documentos de Identidade 
de Marítimos de 2003; na Convenção 187 de Estrutura Promocional para Segurança e Saúde 
Ocupacional, que ressalta que a promoção da segurança e saúde ocupacional faz parte da agenda de 
trabalho decente para todos da OIT; a Convenção 188 sobre Trabalho na Pesca de 2007 que também 
ressalta a missão central da OIT de promover condições decentes de trabalho; e a Convenção 190 
sobre Violência e Assédio de 2019, que reconhece violência e o assédio no mundo do trabalho como 
inaceitáveis e incompatíveis com o trabalho decente. Antes de 1999 o termo decente ou trabalho 
decente não aparecia nas convenções da OIT. Quanto às recomendações, foram analisadas as 206 
recomendações da OIT, dentre as que foram alteradas ou substituídos e as que se encontram em 
vigência. Deste número, apenas 07 fazem menção ao trabalho decente em algum momento de seu 
texto, mas apenas uma trata do trabalho decente de forma específica, que é a Recomendação sobre 
Emprego e Trabalho Decente para a Paz e Resiliência. Em relação aos documentos da OCDE sobre 
trabalho decente, poucos foram os documentos encontrados. A quantidade pode ser visualizada por 
meio do Gráfico 2.
Gráfico 2 - Quantidade de documentos da OIT e OCDE
Elaborado por Isadora K. Lazaretti em 17 set. 2022
A pesquisa normativa da legislação brasileira buscou identificar todas as leis trabalhistas e 
atos normativos infralegais que regulem, de forma direta e objetiva, o trabalho decente. Em busca 
preliminar junto ao site oficial do Planalto, a pesquisa com a palavra-chave “trabalho decente” 
apresentou 55 resultados. Ainda, a busca junto ao Diário Oficial da União com a mesma palavra-chave 
retornou 144 resultados. Contudo, em uma análise minuciosa de cada um dos resultados, verificou-se 
24 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
não existir nenhuma lei ou ato normativo infralegal que regule o trabalho decente no Brasil. O termo 
apenas é citado ao longo do texto normativo de alguns atos normativos sem caráter regulatório 
e específico ao trabalho decente. A seleção dos resultados teve como critérios o aparecimento da 
expressão “trabalho decente” no ato normativo e a forma como foi empregada. Foram descartados 
todos os documentos que embora constem a expressão em seu texto, não interessam à presente 
pesquisa, como editais, despachos, orientações, recomendações e nomeações. O percentual de atos 
normativos brasileiros encontrados pode ser visualizado por meio do Gráfico 3.
Gráfico 3 – Número de atos normativos brasileiros
 
Elaborado por Isadora K. Lazaretti em 17 set. 2022
A pesquisa normativa também apresentou resultados quanto ao número de leis em matéria 
de trabalho da China, dos Estados Unidos e da Argentina. Esse ponto da pesquisa ainda se encontra 
em andamento, mas resultados quantitativos preliminares podem ser verificados no Gráfico 4.
Gráfico 4 – Número de leis em matéria de trabalho, por país
Elaborado por Isadora K. Lazaretti em 17 set. 2022
Em relação à pesquisa jurisprudencial, as buscas realizadas retornaram resultados 
quantitativos de acórdãos consideráveis a depender do tribunal. Como critério de seleção, foi 
considerado o emprego da expressão “trabalho decente” no acórdão, sendo as buscas realizadas 
25
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
tanto pela ementa como pelo voto de julgamento. O número de acórdãos, por tribunal, pode ser 
observado no Gráfico 5.
Gráfico 5 - Acórdãos com o uso da expressão “trabalho 
decente” por tribunal
Elaborado por Isadora K. Lazaretti em 17 jun. 2022
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O surgimento da ideia de trabalho decente tem como marco inicial a utilização dessa 
expressão de forma oficial, pelo Diretor Geral da OIT, Juan Somavia, durante a 87ª Reunião da 
Conferência Internacional do Trabalho, que aconteceu em Genebra nos dias 1 a 17 de junho de 1999. 
A OIT propôs considera o trabalho decente como um objetivo global, que se resume a “promover 
oportunidades para que mulheres e homens obtenham um trabalho decente e produtivo, em 
condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humana” (ILO, 1999, s.p). A partir de 
1999, a OIT passou a integrar o trabalho decente na pauta de sua agenda, editando relatórios e 
uma gama de documentos sobre trabalho decente, além de realizar conferências e eventos, com 
discursos voltados à realização deste ideal. Entretanto, desde que foi lançado, a OIT não formulou um 
conceito claro que explique o significado da decência no trabalho ou ainda dos propósitos deste ideal. 
Também não é possível compreender a natureza jurídica do trabalho decente, na medida em que não 
é possível extrair, da forma como este conceito foi lançado, se representa um direito, um princípio ou 
uma diretriz, por exemplo. Segundo Uriarte (2000), o lançamento do trabalho decente foi visto como 
um “slogan” desprovido de conteúdo definido. Ghione (2001) entende que o trabalho decente contém 
uma escassa definição, mas ao mesmo tempo, constitui-se como uma novidade no discurso jurídico-
trabalhista, diante das consequências e implicações das propostas da OIT aos mercados de trabalho. 
O conceito de trabalho decente é utilizado pela OIT como uma metáfora para identificar a necessidade 
de melhorar as condições de trabalho das pessoas. Contudo, foi formulado pela OIT de forma muito 
vaga (VOSKO, 2002). Muitos estudiosos se debruçaram sobre o tema do trabalho decente, a fim de 
formular uma concepção mais clara deste conceito. Anker et al (2003) partem da ideia que o trabalho 
decente é a garantia do trabalho a todos aqueles que buscam encontrá-lo; um trabalho livre em 
termos de escolha, participação e discriminação; um trabalho produtivo que gere subsistência; um 
26 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
trabalho que assegure tratamento justo e igualitário; um trabalho que preserve a saúde e proteção 
financeira; e, por fim, trabalho decente seria um trabalho que trate os trabalhadores com respeito, 
que assegure liberdade de expressão e que possibilite a participação da tomada de decisões sobre 
condições de trabalho (ANKER et al, 2003). Da mesma forma, Ghai (2006) forneceu uma introdução 
analítica ao conceito e substância do trabalho decente, entendendo que a contribuição intelectual 
do trabalho decente vai muito além da expressão da essência da missão e das áreas de trabalho 
da OIT. Para ele, “os diferentes domínios dos componentes do trabalho decente reúnem questões 
relacionadas com os direitos no trabalho, voz e representação, segurança humana e emprego” (GHAI, 
2006, p. 3). Ele afirmou que o trabalho decente possui característica universal, por ser aplicável a 
todos os trabalhadores de todas as sociedades, e seus objetivos são válidos em todo o espectro 
da diversidade institucionale de desenvolvimento. A universalidade e a riqueza do paradigma do 
trabalho decente são realçadas pela dificuldade de sua aplicação em diferentes países, diante da 
diversidade nas estruturas econômicas, institucionais e na fase de desenvolvimento. Como destaca 
Abramo (2010), o trabalho decente pode ser compreendido como um conceito multidimensional, 
porque acrescenta à noção consolidada na OIT, a ideia de direitos, no sentido de que todo aquele que 
vive do seu trabalho é sujeito de direito e não apenas aquele que estão inseridos nos setores mais 
estruturados da economia. O trabalho decente seria então “um trabalho suficiente e desejável”, que 
envolve a garantia e a efetivação condições dignas e seguras de trabalho; a erradicação do trabalho 
escravo, infantil e degradante; a igualdade de gênero e de raça no trabalho, tanto em termos de 
igualdade de tratamento como igualmente de oportunidades; do acesso à segurança social; do 
poder de expressão e da possibilidade de ser ouvido, no local de trabalho e na própria comunidade 
(ABRAMO, 2015, p. 29). Ainda, o trabalho decente também foi considerado como uma tentativa de 
captar a integração de objetivos sociais e econômicos da OIT e seus elementos essenciais reúnem 
emprego, direitos laborais, segurança e representação, numa unidade internamente coerente que 
faz sentido quando considerada como um todo (RODGERS, 2002). A maioria dos autores que discute 
o trabalho decente em suas pesquisas, o faz com base em uma reinterpretação que igualmente se 
limitam aos objetivos estratégicos ou características já estabelecidas nos relatórios editados pela OIT. 
CONCLUSÕES
A pesquisa até então realizada permite concluir que, na sua maioria, os trabalhos publicados 
sobre trabalho decente não trazem nenhuma definição quanto à natureza jurídica e os propósitos deste 
ideal, principalmente considerando o ordenamento jurídico brasileiro. Também foi possível verificar que 
a OIT não utilizava os termos “decente” ou “decência” antes de 1999 e que o termo “decente” somente 
começou a aparecer nas convenções internacionais da OIT a partir do ano de 2003, geralmente no 
preâmbulo, para ressaltar a missão da OIT de promover condições decentes de trabalho, de forma muito 
genérica. A OIT possui apenas uma convenção sobre trabalho decente, que, entretanto, não define este 
ideal e tampouco trata especificamente sobre ele. Da mesma forma, as recomendações da OIT que 
versam sobre trabalho decente, igualmente, não é possível extrair uma definição ou compreender sua 
natureza jurídica. Isso evidencia que a OIT dispõe de grande produção de conteúdo doutrinário, ao 
27
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
mesmo tempo em que se verifica uma carência de produção normativa. A OCDE também não tem 
realizado discussões voltadas ao trabalho decente, diante da escassez de documentos encontrados 
sobre o tema. A pesquisa normativa realizada permite concluir, pelo menos por ora, que o Brasil não 
regula o trabalho decente, uma vez que não há nenhum ato normativo sobre a matéria, sendo utilizada 
a expressão de forma aleatória em atos normativos, sem cunho regulatório específico deste ideal. Os 
atos normativos encontrados, ocasião em que a expressão “trabalho decente” é utilizada são, na sua 
maioria, portarias e resoluções. Isso demonstra a precariedade regulatória do tema no Brasil e a opção 
por um modelo regulatório baseado em políticas de governo e não de Estado. A pesquisa jurisprudencial 
demonstrou, em uma análise preliminar, que o trabalho decente vem sendo empregado nos acórdãos 
proferidos no âmbito da Justiça do Trabalho brasileira como forma de fundamentar o conteúdo da 
decisão judicial proferida, não sendo possível extrair elementos que definam o trabalho decente, seu 
significado ou propósito no ordenamento jurídico brasileiro. 
AGRADECIMENTOS 
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
REFERÊNCIAS
ABRAMO, Laís Wendel. Trabalho Decente: o itinerário de uma proposta. Bahia Análise & Dados, 
Salvador, v. 20, n. 2/3, p. 151-171, jul./set. 2010.
____________. Uma década de promoção do trabalho decente no Brasil: uma estratégia de ação 
baseada no dialogo social. Organização Internacional do Trabalho: Genebra: OIT, 2015. 
ANKER, Richard et al. Measuring decent work with statistical indicators. International Labour 
Review, Genebra, v. 142, n. 2, p.147-177, 2003.
GHAI, Dharan. Decent work: universality and diversity. In: GHAI, Dharan (Ed.) Decent work: objectives 
and strategies. Genebra: International Labour Organization, 2006, p. 1-30.
____________. Decent work: concept and indicators. International Labour Review, International Labour 
Organization, vol. 142(2), 2003, p. 113-145.
ILO. INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION. Decent work. Report of the Director General to the 
87th Session International Labour Conference. Genebra, 1999. Disponível em: 
https://www.ilo.org/public/english/standards/relm/ilc/ilc87/rep-i.htm. Acesso em: 10 jun. 2021.
RODGERS, Gerry. El trabajo decente como una meta para la economía global. Boletín Técnico 
Interamericano de Formación Profesional: formación profesional, productividad y trabajo decente. 
Montevideo, n. 153, 2002, p.9-28.
28 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
____________. The goal of decent work. Institute of Development Studies Bulletin. Vol. 39, n. 8, May-
2008, p. 63-68.
URIARTE, Oscar Ermida. Trabajo decente y formación. Cinterba, 2001.
VOSKO, Leah F. Decent work: the shifting role of the ILO and the struggle for global social justice. 
Global Social Policy. 2002; vol. 2(I), p.19-46. 
29
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
ACCOUNTABILITY EDUCACIONAL NO BRASIL: 
INDICATIVOS DE RESPONSABILIZAÇÃO, REGULAÇÃO E 
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Silmara Terezinha Freitas1 
INTRODUÇÃO 
Inicialmente utilizada como um mecanismo para exigir prestação de contas e comprometer 
os agentes públicos pelos resultados obtidos (AFONSO, 2019), a accountability é introduzida 
no contexto da reforma do aparato estatal e, em sua esteira, da contra-reforma educacional, 
movimentos esses alinhados com uma perspectiva de Estado Neoliberal. Nesse contexto, a forma 
predominante de utilização dos mecanismos que compõem um sistema de accountability associa-
se à promessa de melhoria da qualidade educacional, contribuindo com a descaracterização da sua 
potencialidade enquanto instrumento que pode favorecer o protagonismo da comunidade escolar e 
a democratização dos processos educativos. Em tal contexto, ganham proeminência duas dimensões 
do controle social: a primeira, do Estado para a comunidade escolar e; a segunda, das ferramentas de 
accountability como instrumentos para responsabilizar os agentes escolares (diretores e professores) 
pelos resultados educacionais. 
Considerando este cenário, o estudo teve por objetivo identificar percepções e interpretações 
sobre o tema por meio da análise da produção de conhecimento realizada no Brasil no período 
compreendido entre 1990 a 2021 (justifica-se o presente recorte temporal, considerando o contexto da 
reforma educacional implementada no Brasil, a partir da década de 1990). Os trabalhos catalogados 
foram agrupados em descritores analíticos, considerando a associação, geralmente produzida na 
literatura da área da educação, entre avaliação em larga escala, regulação, responsabilização, 
prestação de contas e accountability.
METODOLOGIA 
No curso de análises de tipo mapeamento e com o intuito de contribuir com o debate 
sobre como o tema tem sido tratado na literatura da área, levantamos artigos, teses e dissertações 
disponibilizados nas plataformas ScieELo e BDTD,no período de 1990 e 2021, na área da Educação, 
considerando a incidência da expressão accountability educacional. As produções coletadas nas 
duas plataformas foram filtradas, considerando os seguintes critérios de busca: tempo, tipo de 
material, idioma (português), nacionalidade (Brasil), periódicos revisados por pares. O agrupamento 
obedeceu a ocorrência dos descritores analíticos: regulação, responsabilização e prestação de 
contas. A seleção destes descritores teve por referência Afonso (2019). O corpus documental, ficou 
1 Doutoranda em Educação, Programa de Pós-graduação em Educação – PPGEd da Unoesc Joaçaba. Pesquisadora do Grupo 
de Pesquisa Educação, Políticas Públicas e Cidadania. E-mail: silmara.fisica@gmail.com 
mailto:silmara.fisica@gmail.com
30 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
constituído por 35 produções agrupadas conforme incidência em um dos descritores, regulação 
(45,7%), responsabilização (42,9%) e prestação de contas (11,4%).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Por se tratar de um termo complexo e que engendra vários significados e interpretações, 
relacionadas a diferentes contextos e posicionamentos políticos e ideológicos, não existe uma 
unanimidade com relação ao conceito de accountability. Nesse estudo, adotamos a perspectiva de 
Afonso (2019, p.7) que a define “[...] como a resultante da interação de três dimensões essenciais: 
avaliação, prestação de contas e responsabilização.”
Estudos de mapeamento do tema da accountability educacional já foram desenvolvidos 
por diversos autores. Entre os mais recentes, podemos destacar o de Morais e Schneider (2019) que 
levantaram a produção de teses e dissertações publicadas entre 1986 e 2016 e o de Schneider e Miguel 
(2019) que investigaram artigos disponibilizados na plataforma Capes Periódicos, de 2001 a 2016.
No presente mapeamento, constatamos alguns movimentos interessantes sobre 
accountability educacional no Brasil, que independentemente do tipo de discussão há propensões 
teóricas similares sobre o conceito, relacionado predominantemente à prestação de contas e à 
responsabilização, com maior frequência para essa última. O autor mais referenciado nos escritos foi 
Almerindo Janela Afonso com incidência de 71,4% dos trabalhos. 
A abordagem qualitativa do problema de investigação sobressai-se em 68,6% das 
produções. Contudo, apresentam diversificação no tocante aos métodos e instrumentos de pesquisa. 
Causou estranhamento, entretanto, a ausência de explicitação da metodologia em 14,3% dos 
escritos. Encontramos artigos sobre os usos de mecanismos de accountability focalizando aspectos 
de programas de avaliação. Nestas produções, as discussões centram-se, em como esses programas 
impactam a prática pedagógica tornando-se marcos regulatórios do trabalho docente e formação 
dos currículos escolares. Os trabalhos do descritor analítico responsabilização tratam a temática 
em articulação com programas de incentivos, destacando iniciativas desenvolvidas em estados da 
federação do Brasil. Nesse contexto, concebem o pilar da responsabilização como um instrumento de 
gestão voltado ao cumprimento de metas por meio de avaliações externas às escolas e aplicadas em 
larga escala. No descritor analítico prestação de contas foram agrupados trabalhos que privilegiam 
a reflexão crítica às políticas de accountability educacional e apontam para a necessidade de maior 
aprofundamento como um dispositivo accountable de transparência das informações e justificação 
dos resultados educacionais.
CONCLUSÕES 
Na educação, o tema da accountability é inserido timidamente, associado às políticas de 
avaliação, regulação, responsabilização e prestação de contas. Destaca-se, a preocupação com 
os impactos das políticas implantadas por governos nacional, estaduais e municipais que utilizam 
31
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
ferramentas de accountability em associação com programas de avaliação em larga escala, da 
qualidade educacional. A preocupação, evidenciada recai sobre as mudanças nos processos da 
gestão dos sistemas de ensino, com consequências nas práticas curriculares e pedagógicas. O 
desenvolvimento de estudos que consideram a problematização dos aspectos aqui levantados 
poderá contribuir para o aprofundamento de análises que tomam como vetor políticas públicas de 
avaliação e regulação da qualidade educacional e seus efeitos.
AGRADECIMENTOS 
A autora Silmara Terezinha Freitas agradece ao Programa de Bolsas Universitárias do Estado 
de Santa Catarina (UNIEDU) pela concessão de bolsa no Programa de Pós Graduação em Educação. 
Em especial, a UNOESC e a professora orientadora de tese Dra. Marilda Pasqual Schneider pelas 
oportunidades, apoio e incentivo.
REFERÊNCIAS 
HABERMAS, Jürgen; MCCARTHY, Thomas; MCCARTHY, Thomas. The theory of communicative 
action. Boston: Beacon press, 1984.
AFONSO, A. J. Nem tudo que conta em educação é mensurável. Crítica à accountability baseada em 
testes estandardizados e rankings escolares. Revista Lusófona de Educação, v.13, n. 13. Lisboa, 2009.
AFONSO, A. J. Tendências regulatórias e impactos nas desigualdades educacionais. Educação & 
Sociedade, v. 40, Campinas, 2019.
MORAIS, M. L.B. Produção de conhecimento sobre accountability educacional: um estudo a partir 
de teses brasileiras (1987-2016). Dissertação de Mestrado em Educação. Universidade do Oeste de 
Santa Catarina, Joaçaba, 2019.
SCHNEIDER, M. P.; MIGUEL, S.S. Produção científica sobre avaliação, prestação de contas e 
responsabilização (accountability) no Brasil. Atos de Pesquisa em Educação - ISSN 1809-0354. 
v.14, n.1, jan./abr. Blumenau, 2019.
33
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
ANÁLISE DA GESTÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO 
SENSU A PARTIR DA ESTRATÉGIA COMO PRÁTICA 
SOCIAL: A EXPERIÊNCIA DA UFFS
Dr. Nelson Santos Machado1; Kelli Fiorentin2
INTRODUÇÃO
Os estudos de Estratégia como Prática Social (EPS) implicam em perspectivas sociológicas 
aplicadas à Administração nos diversos ambientes organizacionais (WHITTINGTON, 2004; WILSON; 
JARZABKOWSKI, 2004). 
A expansão do ensino superior público no Brasil ocorrida nas últimas décadas, promoveu a 
demanda natural por novos programas de pós-graduação stricto sensu (PPGSS), conforme apresenta 
o Balanço Social da Secretaria de Educação Superior (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO [MEC], n.d.).
A pós-graduação no Brasil é fomentada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior (CAPES) desde a década de 1970 (CABRAL; SILVA; PACHECO; MELO, 2020). O 
cenário gira em torno de decisões estratégicas contidas nos Planos Nacionais de Pós-Graduação 
(PNPG) e normativas publicadas pela CAPES, além do aporte subsidiado pelo Sistema Nacional da 
Pós-Graduação (SNPG).
O tema de pesquisa estabelece a análise da gestão da pós-graduação stricto sensu da 
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), entre os períodos de 2009 e 2019, pela lente teórica 
da Estratégia como Prática Social, e se direciona ao processo de strategizing (WHITTINGTON, 2003), 
admitindo a interconexão dos elementos considerados centrais para o campo da EPS, a práxis, a prática 
e os praticantes nos diferentes ambientes micro e macroorganizacionais (WHITTINGTON, 2006).
O objetivo geral consiste em analisar como ocorreu a formação da estratégia para a 
implantação da PGSS na UFFS, a partir dos pressupostos da Estratégia como Prática Social?
METODOLOGIA
A pesquisa assume uma abordagem qualitativa e foi realizada após envio ao Comitê de 
Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP), certificado sob o número 51594221.4.0000.5564, e 
parecer sob o número 5.020.211.
Foi desenvolvido um estudo de caso único sobre a gestão da pós-graduação stricto sensu, 
considerando o ambiente da UFFS, especificamente, os setoresque atuam de forma direta na PGSS. 
1 Professor do Mestrado Profissional e Doutorado em Administração da Unoesc Chapecó. E-mail: nelson.machado@
unoesc.edu.br 
2 Mestre em Administração pelo Mestrado Profissional em Administração – MPA – Unoesc. E-mail: kellifiorentin@gmail.com
34 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Foram definidas como técnicas de coleta de dados: a revisão bibliográfica, a pesquisa documental e 
aplicação de entrevistas semiestruturadas. 
Os participantes da pesquisa foram eleitos por meio da amostragem intencional, a partir do 
estudo in loco dos setores de pós-graduação da UFFS. Dos doze convidados, onze deram a devolutiva 
com o aceite para a participação e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
As entrevistas geraram dezesseis horas e dezoito minutos de fala e trezentas e uma laudas.
Para a análise dos dados qualitativos no estudo de caso foram explorados com mais 
profundidade os conceitos definidos por Yin (2016), sobre as cinco fases, com contribuições de Bardin 
(2011), sobre análise de conteúdo. O método de triangulação foi utilizado no período descritivo e 
analítico da pesquisa para validação dos dados de diferentes fontes (YIN, 2016).
Foi elaborada uma narrativa da trajetória histórica do processo de criação e implantação da 
PGSS na UFFS, propiciando um estudo temporal lógico dos eventos ocorridos, a partir da concepção 
do participante (ZACCARELLI; GODOY, 2013). A narrativa foi composta por 18 marcos históricos 
importantes, que serviram como base para a análise. 
Sobre as categorias de análise a priori, foi elaborado um framework conceitual que estabelece 
os principais elementos da EPS.Também foram estabelecidas categorias de análise a posteriori a 
partir de uma linha do tempo composta com os marcos históricos da pesquisa, bem como matrizes 
de EPS. Isso auxiliou na análise da gestão da PGSS sob a lente da EPS, observando os processos de 
strategizing por meio da interconexão entre os praticantes, práticas e práxis, incluindo as agendas 
sociológicas e gerenciais entre os estrategistas, praticantes de estratégia e stakeholders, por meio da 
análise do micro e macroambiente organizacional.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Durante a revisão teórica, foram visitadas as agendas de pesquisa em EPS de Whittington 
(2004) e Wilson e Jarzabkowski (2004), bem como os principais conceitos da estratégia vista como 
processo, para responder ao problema proposto na pesquisa. Whittington (2003) trouxe o termo 
“strategizing” para o contexto da prática de formulação de estratégias nas organizações.
Whittington (2006) apresentou três temas centrais que permeiam nos ambientes intra 
e extraorganizacionais: práxis, prática e praticantes. Fenton e Langley (2011) trazem um quarto 
elemento denominado “texto de estratégia”, como documentos que são elaborados com a finalidade 
de traduzir os discursos em texto para apresentá-los aos praticantes. A estratégia como prática 
proporciona visualizar respostas que tragam resultados emergentes (VAARA; WHITTINGTON, 2012). 
Para a PGSS, dados teóricos e empíricos sobre a CAPES, os PNPGs e o SNPG foram 
consultados em trabalhos de Cabral et al. (2020), Balsanello e Trevisol (2020), Trevisol e Pinto (2020), 
dentre outros. São estudados os PNPGs mais recentes, bem como as últimas Avaliações Quadrienais 
da CAPES inclusas no SNPG. A Proposta de Aprimoramento do Modelo de Avaliação da Pós-
Graduação tem um aspecto multidimensional e deve considerar a “formação de pessoal; produção 
35
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
científica e tecnológica; impactos e relevância social; internacionalização; inovação e transferência de 
conhecimento.” (TREVISOL; PINTO, 2020, p. 4).
O estudo teórico serve para avançar nas categorias de análise, estruturar o método de 
pesquisa e partir para a descrição e análise do conteúdo proposto.
CONCLUSÕES
A formação da estratégia para a implantação da PGSS na UFFS ocorreu desde o início 
pela conexão entre os elementos da EPS. Os principais achados da pesquisa estão centrados na 
interação dos praticantes, práticas e práxis nos diferentes ambientes organizacionais, e da geração 
de resultados emergentes para a pós-graduação da universidade pesquisada. A interação entre os 
estrategistas, os praticantes de estratégia e stakeholders criou um ambiente de negociação para a 
definição de prioridades que serviram de base para as primeiras iniciativas da PGSS na universidade. 
Foi identificado o uso de textos de estratégia como resultado de debates, úteis para difundir as 
práticas intersetoriais, além de proporcionar credibilidade e transparência ao trabalho que estava 
sendo realizado. Os marcos históricos da narrativa demonstraram os resultados emergentes 
derivados dos processos de strategizing. Como contribuição teórica, sugere-se o estudo da EPS a 
partir de dados longitudinais, para entender a interação entre praticantes, práticas e práxis. Propõe 
também o estudo sobre os PPGSS específicos, para corroborar com a gestão da pós-graduação.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos participantes da pesquisa, que nos atenderam com muito entusiasmo e 
presteza, e unanimemente registraram suas satisfações em cada entrevista realizada.
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. [2.ed.] São Paulo: Edições 70, 2011.
YIN, Robert K. Pesquisa Qualitativa do Início ao Fim. Porto Alegre: Penso, 2016.
CABRAL, T. L. DE O.; SILVA, F. C. DA; PACHECO, A. S. V.; MELO, P. A. DE. A CAPES e suas sete 
décadas. Revista Brasileira de Pós-Graduação. Brasília, v. 16, n. 36, p. 1-22, 29 out. 2020.
FENTON, C.; LANGLEY, A. Strategy as Practice and the Narrative Turn. Organization Studies. 
Londres, v. 32, n. 9, 25 jul. 2011. 
JARZABKOWSKI, P., BALOGUN, J., SEIDL, D. Strategizing: The challenges of a practice perspective. 
Human Relations. Londres, v. 60, n. 1, p. 5-27, jan. 2007.
36 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
VAARA, E.; WHITTINGTON, R. Strategy-as-practice: taking social practices seriously. The Academy 
of Management Annals. New York, v. 6, n. 1, p. 285-336, 1 jun. 2012.
WHITTINGTON, R. The Work of Strategizing and Organizing: for a practice perspective. Strategic 
Organization. Londres, v. 1, n. 1, p. 117-125, 2003. 
WHITTINGTON, R. Estratégia após o modernismo: recuperando a prática. Revista de Administração 
de Empresas – RAE. São Paulo, v. 44, n. 4, p. 44-53, 1 set. 2004. 
WHITTINGTON, R. Completing the practice turn in strategy research. Organization Studies, Londres, 
v. 27, n. 5, p. 613-634, 2006.
WILSON, D. C.; JARZABKOWSKI, P. Pensando e Agindo Estrategicamente: novos desafios para a 
análise estratégica. Revista de Administração de Empresas – RAE, São Paulo, v. 44, v. 4, p. 11-20, 1 
set. 2004.
ZACCARELLI, L. M.; GODOY, A. S. “Deixa eu te Contar uma Coisa...”: possibilidades do uso de 
narrativas e sua análise nas pesquisas em organizações. Revista Gestão Organizacional – RGO, 
Chapecó, SC, v. 6, Ed. Esp., p. 25-36, 2013.
BALSANELLO, G.; TREVISOL. J. V. As Políticas de Regulação e de Expansão da Pós-Graduação no 
Brasil (1961-2020). In: XIII REUNIÃO CIENTÍFICA DA ANPEd-Sul (2020). Blumenau, SC: 2020.
TREVISOL, J. V.; PINTO, A. L. B. V. A Autoavaliação nas Políticas da Pós-Graduação Brasileira. In: XIII 
REUNIÃO CIENTÍFICA DA ANPEd-Sul. Blumenau, SC: 2020.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). A democratização e expansão da educação superior no país 
2003 – 2014. Brasília: Autor, n.d.
37
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
ANÁLISE DA PERSPECTIVA PRÁTICA DO PROFISSIONAL 
DA PSICOLOGIA EM SEU AMBIENTE DE TRABALHO
Luciano Caon Pellin; Victória Grígolo.
INTRODUÇÃO
A palavra “Psicologia” tem origem grega, “psychés” que significaalma e “logos”, que diz respeito 
à razão ou estudo de algo. A Psicologia no período da antiguidade muito antes de ser considerada uma 
ciência já intrigava os filósofos. Aristóteles, filósofo grego, escreveu o livro Da Alma, que faz reflexões 
sobre aquilo que considera a essência dos seres, sua natureza, como se alimenta e sua influência no 
intelecto dos seres humanos. Durante os períodos seguintes, incontáveis pensadores se dedicaram 
ao estudo das faculdades mentais e consciência ou inconsciência dos indivíduos. No final do século 
XIX a Psicologia passa a ser considerada uma ciência experimental, através de estudos conduzidos na 
Alemanha. Nos dias atuais, o psicólogo estuda, e atua nos fenômenos psíquicos e comportamentais do 
ser humano através da análise de emoções, ideias e valores. Assim, consegue diagnosticar, prevenir 
e tratar doenças mentais, distúrbios emocionais e de personalidade, contribuindo no processo de 
fortalecimento ou reconstrução da saúde mental e física dos pacientes.
MÉTODOLOGIA
O estágio utilizou-se da técnica de entrevista com roteiro pré-definido, com o apoio de 
gravações de áudio e posteriormente com análise do discurso. Quanto ao método, o estudo classifica-
se como indutivo, especifico e observacional. Quanto aos objetivos, o estudo é descritivo, e quanto ao 
objeto classifica-se com um estudo de caso. Este estágio realizou-se no segundo semestre de 2022 
nas dependências da clínica da psicóloga Flávia Panaccione CRP – 12/12293, na cidade de Videira, 
Santa Catarina.
RESULTADOS
O estágio é o momento que o acadêmico tem a oportunidade de averiguar a relação teoria 
x prática da profissão. Os destaques do estudo é a psicologia organizacional, inserida nas empresas 
desde a contratação, avaliação de desempenho e até mesmo no processo de desligamento destes. 
Utilizando-se de testes que permitem a avaliação do trabalhador, pode ser citado como exemplo o 
teste HTP (Casa, Árvore, Pessoa), teste onde é observado como a pessoa interage em sociedade, 
sendo de grande importância em trabalho conjunto nas instituições empresariais. Ao decorrer do 
estágio, percebe-se a seriedade e comprometimento do trabalho e dos desafios da profissão. 
38 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Estudo feito com base na Psicologia Organizacional antes X atualmente. Abordou-se o 
fato de que, anteriormente, a função do psicólogo organizacional era de cronometrar o tempo de 
produção do trabalhador. Nos dias atuais, o psicólogo organizacional preocupa-se com a saúde 
física e mental de seus trabalhos, promovendo palestras motivacionais e trabalhos em equipes que 
realcem os pontos fortes de cada trabalhador, além de aplicar testes para seleção de vagas e atuar 
nos desligamentos da empresa. 
CONCLUSÕES
O estudo permitiu compreender a relação sala de aula e as rotinas de um Psicólogo. Permitiu 
visualizar as possíveis atuações do profissional e também compreender a importância dos testes 
avaliativos nas organizações que resultam em uma melhoria dos colaboradores. Por fim pode-se 
afirmar que os objetivos propostos no trabalho foram atingidos.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos direcionados a orientadora Professora M.a Fabiana Dagostini Piccoli e a 
Psicóloga Flávia Panaccione, que nos instruíram direcionaram para execução deste projeto.
REFERÊNCIAS
GIANNONI, Carla. A importância do estágio para a vida pessoal e profissional. Disponível em: 
https://www.segs.com.br/educacao/181661-a-importancia-do-estagio-para-a-vida-pessoal-e-
profissional . Acesso em: 25 de setembro de 2022. 
MENESES, Sara. Estágio, pra quê? 5 motivos para se tornar um estagiário. Disponível em: https://
noticias.portaldaindustria.com.br/listas/estagio-pra-que-5-motivos-para-se-tornar-um-
estagiario/. Acesso em: 25 de setembro de 2022.
BERNARDY, Katieli1; PAZ, Dirce Maria Teixeira2. IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Disponível em: https://home.unicruz.edu.br/seminario/
downloads/anais/ccs/importancia%20do%20estagio%20supervisionado%20para%20a%20
formacao%20de%20professores.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 2022. 
NOTICIASDOCIEEPR. A importância do estágio na vida profissional. Disponível em: https://www.
cieepr.org.br/a-importancia-do-estagio-na-vida-profissional/. Acesso em 25 de setembro de 2022. 
https://www.segs.com.br/educacao/181661-a-importancia-do-estagio-para-a-vida-pessoal-e-profissional
https://www.segs.com.br/educacao/181661-a-importancia-do-estagio-para-a-vida-pessoal-e-profissional
https://noticias.portaldaindustria.com.br/listas/estagio-pra-que-5-motivos-para-se-tornar-um-estagiario/
https://noticias.portaldaindustria.com.br/listas/estagio-pra-que-5-motivos-para-se-tornar-um-estagiario/
https://noticias.portaldaindustria.com.br/listas/estagio-pra-que-5-motivos-para-se-tornar-um-estagiario/
https://home.unicruz.edu.br/seminario/downloads/anais/ccs/importancia%20do%20estagio%20supervisionado%20para%20a%20formacao%20de%20professores.pdf
https://home.unicruz.edu.br/seminario/downloads/anais/ccs/importancia%20do%20estagio%20supervisionado%20para%20a%20formacao%20de%20professores.pdf
https://home.unicruz.edu.br/seminario/downloads/anais/ccs/importancia%20do%20estagio%20supervisionado%20para%20a%20formacao%20de%20professores.pdf
https://www.cieepr.org.br/a-importancia-do-estagio-na-vida-profissional/
https://www.cieepr.org.br/a-importancia-do-estagio-na-vida-profissional/
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E O DIREITO 
FUNDAMENTAL AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Celso Paulo Costa1
INTRODUÇÃO
Ciência, Tecnologia e Inovação, começaram a ganhar maior importância a partir do século 
XV e XVI no contexto das navegações e, sobretudo, no século XVIII, com a Revolução Industrial. Os 
efeitos colaterais da Revolução Industrial e do sistema capitalista que coloca a economia acima da 
natureza e da dignidade humana, cuja consequência é o desequilíbrio nos aspectos social, econômico 
e ambiental, fez surgir, na segunda metade do século XX, a proposta do Desenvolvimento Sustentável.
Essa problemática justifica por que ao longo das últimas décadas a questão do Desenvolvimento 
Sustentável tem atraído constante interesse nas pesquisas e práticas das organizações e instituições. 
A preocupação resulta da constatação de um cenário paradoxal de esgotamento dos recursos 
naturais, aquecimento global, desigualdade social e de um modelo econômico que coloca em risco o 
ecossistema da vida no planeta e a proteção dos direitos fundamentais.
Nesse cenário, o direito fundamental ao Desenvolvimento Sustentável, vem sendo denegado 
em favor das metas econômicas, o que requer analisar o debate contemporâneo acerca da articulação 
e adequação do sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. Diante 
disso, o objetivo deste estudo é o de investigar, por meio de uma pesquisa teórico-metodológica, as 
bases do Desenvolvimento Sustentável como um direito fundamental. 
METODOLOGIA
A metodologia envolve pesquisa interdisciplinar, de modo a reunir conhecimentos sobre a 
convergência, no Brasil e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 
entre as temáticas do Direito, Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. 
Os instrumentos de investigação baseiam-se em fontes normativas, com técnicas de análise 
documental, estatísticas e de revisão bibliográfica. A partir do objetivo do trabalho, procedeu-se a 
adoção metodológica bibliográfica e documental, encontrada em periódicos, artigos, dissertações, 
teses e fontes normativas dispostas nas seguintes fontes: http://bdtd.ibict.br/vufind/, https://
catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/, https://www.scielo.br/, https://core.ac.uk/, https://
bityl.co/C03g, https://bit.ly/3gH5xKd, https://scholar.google.com/,https://www.researchgate.net/, 
https://academic.microsoft.com/home, https://www.dimensions.ai/, https://bit.ly/3gH5xKd, http://
1 Doutorando em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), com pesquisa centrada na área 
do Direito e Segurança Social, sob a orientação do professor Dr. Carlos Luiz Strapazzon. Mestre em Filosofia pela 
Universidade Federal de Santa Maria-RS (UFSM). É Diretor Acadêmico da Universidade do Oeste de Santa Catarina, 
Unoesc de Chapecó (2013-atual). Professor de Filosofia Jurídica e Direitos Humanos no curso de graduação em Direito 
da Unoesc Chapecó. Contato: celso.costa@unoesc.edu.br. 
http://bdtd.ibict.br/vufind/
https://www.scielo.br/
https://core.ac.uk/
https://bityl.co/C03g
https://bityl.co/C03g
https://bit.ly/3gH5xKd
https://scholar.google.com/
https://www.researchgate.net/
https://academic.microsoft.com/home
https://www.dimensions.ai/
https://bit.ly/3gH5xKd
http://repositorio.ipea.gov.br/
40 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
repositorio.ipea.gov.br/, livros e periódicos brasileiros disponíveis em http://www.bvce.org.br/ e em 
espanhol dispostos em https://biblio.juridicas.unam.mx/bjv. 
RESULTADOS 
No último dia 22 de setembro de 2022, o Ministério da Economia anunciou novos cortes e 
bloqueios no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), na cifra de 1,7 milhão 
de reais, ação que altera os recursos orçados para 2022 e que compromete ainda mais o avanço 
científico do país. 
Tais cortes afetam o sistema de CT&I do Brasil, uma vez que a pesquisa brasileira é 
largamente dependente das universidades, empresas e outras instituições de pesquisa financiadas 
com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação 
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível (CAPES) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico 
e Tecnológico (FNDCT). 
Uma análise no Sistema integrado de Planejamento e Orçamento da União (SIOP), evidencia 
que o MCTI, precisa lidar com cifras compatíveis aos anos de 2000 – considerado a inflação -, frente 
ao triplo da população universitária, aumento da população e problemas que requerem respostas da 
CT&I (NEGRI, 2021).
Gráfico 1 - Investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil 2000-2022
Fonte: SIOP. Elaboração do autor, 2022.
O gráfico mostra o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia (em bilhões de reais), 
desde que começou a ser medido, no ano 2000.
As drásticas reduções orçamentárias e de investimentos na política brasileira de Ciência, 
Tecnologia e Inovação refletem riscos de desmonte ao sistema de CT&I e um grande obstáculo ao 
Desenvolvimento Sustentável do Brasil, uma vez que CT&I representam o sistema nervoso central de 
uma sociedade desenvolvida, seja do ponto de vista econômico, ambiental e social. Portanto, urge 
que o Brasil mobilize os instrumentos que dispõe a serviço do Desenvolvimento Sustentável, visto que 
a sociedade não pode prescindir da contribuição da Ciência, Tecnologia e Inovação. 
http://repositorio.ipea.gov.br/
http://www.bvce.org.br/
https://biblio.juridicas.unam.mx/bjv
41
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Contemporaneamente, é amplamente difundido que a Ciência, Tecnologia e Inovação, são 
fatores determinantes para o Desenvolvimento Sustentável de uma nação. Que a capacidade de um 
país gerar riqueza e alcançar um Desenvolvimento Sustentável, está cada vez mais relacionado à sua 
competência em converter ciência e tecnologia em inovação, e essa capacidade depende da atuação e 
da interação de múltiplos agentes institucionais, destacadamente universidades, empresas e governo.
Buscando identificar os vários sentidos e contextos do Desenvolvimento Sustentável no 
texto constitucional brasileiro, evidenciou-se que a Constituição da República Federativa do Brasil 
(CRFB/88) faz referência ao desenvolvimento no preâmbulo, artigos 3º, inciso II2; e, 2253. 
Consoante a isso, a Constituição Federal Brasileira de 1988 concedeu um destaque inédito 
à Ciência, Tecnologia e Inovação na história do direito constitucional brasileiro, Capítulo IV, artigos 
2184 e 2195. Estabelece o apoio governamental à empresa de base tecnológica (Art. 218); a promoção 
de sistemas regionais (Art. 218, § 2.º); a vinculação de receita tributária para CT&I (Art. 218, § 5.º); 
e define que o desenvolvimento da Ciência pode ocorrer de forma compartilhada entre União e 
Município (Art. 23).
Se é verdade que o progresso de uma nação está intimamente ligado com o seu progresso 
em CT&I e de um aparato legal para viabilizar tais investimentos, o Brasil não fica devendo no quesito 
legal, contudo, apesar da crescente relevância política, social e econômica das CT&I no mundo, seu 
papel tem sido subestimado nos investimentos pelo Estado brasileiro. O investimento em Pesquisa e 
Desenvolvimento (P&D) é de apenas 1,3% de seu PIB, bem atrás de países desenvolvidos.
 Não bastasse a isso, as ameaças a CT&I brasileira decorrem dos graves cortes orçamentários 
que colocam em risco o sistema e vão na contramão de países desenvolvidos, que reforçam seus 
investimentos em CT&I como caminho para o Desenvolvimento sustentável. 
CONCLUSÕES 
Não obstante a previsão constitucional, o investimento em CT&I no Brasil anda na contramão 
de países desenvolvidos, apesar de representarem fatores determinantes de desenvolvimento de 
uma nação. Segundo a UNESCO (2021), o Brasil investe apenas 1,3% do seu PIB em tais Políticas 
Públicas, frente ao dobro deste investimento pelos países desenvolvidos da OCDE (MCTI, 2022).
No tocante a Ciência, evidencia-se que a produção científica brasileira está na 14º 
posição no ranking da produção científica mundial, contudo, quando se trata do impacto da nossa 
2 Garantir o desenvolvimento nacional.
3 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado [...], impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
4 O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a 
inovação.
5 Capítulo específico para a Ciência, Tecnologia e Inovação.
42 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
produção científica, o Brasil ocupa a 62º lugar entre 74 países no chamado ranking de impacto 
(Rank Score, 2020).
Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI, 2021), quando se fala 
em Inovação Tecnológica, ainda que 30% do nosso PIB venha de pequenas e médias empresas, 66% 
não tem o grau de maturidade digital que precisam para concorrer neste mercado cada vez mais 
inovador. Nesse ranking de competitividade digital, o Brasil está na posição 51 de 64 países, o que 
implica em dizer que nossa capacidade competitiva é baixíssima, em razão de falta de educação, 
investimento, segurança jurídica, etc. Não diferente disso, de acordo com a Confederação Nacional 
da Indústria (CNI), de 132 países avaliados, o Brasil ficou na 54º posição no ranking do Índice Global 
de Inovação (IGI, 2022).
Diante disso é fundamental fomentar Políticas Públicas e discussões de diferentes dimensões 
e significados da Ciência, Tecnologia e Inovação, que trazem em seu bojo mecanismos e paradigmas 
capazes de promover a efetivação do desenvolvimento sustentável e a realização de direitos sociais 
fundamentais.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), 
ao professor orientador Carlos Luiz Strapazzon, aos coordenadores dos programas de mestado e 
doutorado da Unoesc, aos parceiros da CUC da Colômbia e TALCA do Chile. 
REFERÊNCIAS 
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial 2021. Disponível em ABDI - Mapa da 
Digitalização das MPEs brasileiras.Acesso em: 12 out. 2022.
BRASIL [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. (promulgada em 5 de 
outubro de 1988). São Paulo: Saraiva, 2022. 
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e 
Inovação 2021. Brasília: MCTIC 2022. Disponível em: Slide 1 (www.gov.br). Acesso em: 15 out. 2022.
IGI. Índice Global de Inovação. 2022. Disponível em: Global Innovation Index | What is the future of 
innovation-driven growth? Acesso em: 15 out. 2022.
NEGRI, Fernanda de. Investimento em Ciência e Tecnologia é o menor em 12 anos. Disponível em: https://
digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20210825/281487869437864. Acesso em: 10 ago. 2021.
Rank Score. SCImago Journal & Country Rank (SJR). Disponível em: https://www.gazetadopovo.
com.br/educacao/brasil-esta-a-caminho-da-ultima-posicao-do-mundo-em-impacto-cientifico-
heranca-maldita/. Acesso em: 15 out. 2022.
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/
https://www.abdi.com.br/projetos/mapa-da-digitalizacao-das-mpes-brasileiras
https://www.abdi.com.br/projetos/mapa-da-digitalizacao-das-mpes-brasileiras
https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/indicadores/arquivo/indicadores_cti_2021.pdf
http://globalinnovationindex.org/Home
http://globalinnovationindex.org/Home
https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20210825/281487869437864
https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20210825/281487869437864
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/brasil-esta-a-caminho-da-ultima-posicao-do-mundo-em-impacto-cientifico-heranca-maldita/
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/brasil-esta-a-caminho-da-ultima-posicao-do-mundo-em-impacto-cientifico-heranca-maldita/
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/brasil-esta-a-caminho-da-ultima-posicao-do-mundo-em-impacto-cientifico-heranca-maldita/
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS DO ESTUDANTE 
PESQUISADOR
Sayonara de Fátima Teston1; Caroline Poerschke Vieira, Fábio Zanuzzo, Milena Ferraz, Natacha Ramos 
Partichelli, Natiele Andreoli Mulinari2
INTRODUÇÃO
Assumir atividades de pesquisa confere diferencial importante aos estudantes, pois como já 
se sabe, “quem não assume atividades de pesquisa durante a graduação ficará para trás no mercado 
de trabalho” (SAPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013, p. 21). Ao tempo que estar envolvido em atividades de 
iniciação científica (IC) é uma oportunidade, é também um desafio (MULINARI et al., 2022). E, entre 
os principais desafios, está a necessidade de exercitar e aprimorar competências.
Para realizar pesquisa, além de competências técnicas, como as citadas por Mulinari et al. 
(2022), de buscar referências interessantes e confiáveis, redigir texto científico, realizar a coleta de 
dados, analisar e descrever resultados, e participar de atividades de divulgação científica, também 
não se pode deixar de mencionar a importâncias das competêncas socioemocionais.
Macêdo e Silva (2020, p. 966) definem as competências socioemocionais como a “capacidade 
de tomar consciência, compreender, regular e expressar as emoções de forma apropriada para auxiliar 
na realização de tarefas, nos processos de aprendizagem, na resolução de problemas, na formação 
e na gestão de relacionamentos”. Ainda segundo os autores, essas competências auxiliam o indivíduo 
a se adaptar de forma mais efetiva às demandas complexas de crescimento e desenvolvimento 
ao longo da vida e seu desenvolvimento e uso adequado contribuem para aumentar o bem-estar 
pessoal e a qualidade das relações sociais. 
Neste sentido, o objetivo deste trabalho é promover reflexões sobre as competências 
socioemocionais de estudantes de graduação que se envolvem em atividades de pesquisa científica. 
O estudo é importante para a comunidade acadêmica, que, interessada em continuar promovendo o 
desenvolvimento de competências em estudantes por meio de atividades de investigação científica, é 
constantemente desafiada. Neste contexto, o estudo contribui para o tema do desenvolvimento social 
sustentável, no sentido de tornar a formação de jovens pesquisadores algo que pode ser gerido pela 
universidade, por meio do acompanhamento do desenvolvimento de competências socioemocionais. 
O texto também é relevante para estudantes, que ingressam em atividades de IC e poderão refletir 
sobre quais exigências virão, e o quanto elas são importantes para outras atividades cotidianas e 
laborais. E ainda, o trabalho contribui teoricamente para uma lacuna apontada por Macêdo e Silva 
(2020), sobre a importância de discutir o efeito das competências socioemocionais na vida cotidiana 
das pessoas, especialmente durante a execução de tarefas específicas, neste caso, a pesquisa de IC.
1 Professora/pesquisadora do Mestrado e Doutorado em Administração e do Curso de Psicologia e Administração, Unoesc, 
Grupo de Pesquisa CviP e Projeto de Pesquisa em Pessoas e Organizações. 
2 Estudantes/pesquisadores do Curso de Psicologia, Unoesc, Grupo de Pesquisa CviP e Projeto de Pesquisa em Pessoas e 
Organizações. 
44 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
MÉTODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência. O relato será apresentado levando em consideração 
as observações sobre competências socioemocionais de uma Professora orientadora de pesquisa em 
contato com cinco orientandos de graduação. Os estudantes participaram das atividades de IC no ano 
de 2022. Cada estudantes conduziu uma pesquisa diferente em comparação aos colegas, sob algum 
ou vários aspectos. Durante o processo de orientação, os estudantes foram desafiados a escrever 
um projeto de pesquisa, participar de orientações e reuniões do grupo, coletar dados empíricos, 
transcrever resultados, descrever resumos para dois eventos científicos, e organizar o relatório de 
resultados. Por fim, os estudantes colaboraram também com este trabalho, lendo os resultados e 
enviando contribuições antes do envio para publicação, o que contribuiu para o adensamento da 
confiabilidade da discussão, apresentada em conjunto com a seção intitulada fundamentação teórica.
RESULTADOS 
Macêdo e Silva (2020) criaram e validaram um instrumento de competências socioemocionais 
para o Brasil. O instrumento é composto por cinco dimensões: (1) consciência emocional, (2) regulação 
emocional, (3) consciência social, (4) autocontrole emocional, (5) criatividade emocional. As dimensões 
guiaram as observações da Professora pesquisadora durante as atividades de IC no ano de 2022. 
Um resumo das atividades e respectivas dimensões que foram observadas constam no Quadro 01.
Quadro 01 – Síntese dos resultados
Atividades de IC Dimensões de Competên-
cias Socioemocionais
Realizar coleta de dados e contato com sujeitos de pesquisa, mantendo 
a motivação diante de negativas, com atitudes concretas para conven-
cer e/ou engajar novos participantes.
Consciência emocional
Atender demandas acadêmicas, pessoais e profissionais concomitan-
temente, sendo flexível para ajustes de cronograma e de tarefas com 
foco no resultado da pesquisa.
regulação emocional
Trabalhar com outros pesquisadores, apresentar resultados em nome 
do grupo, além de participar de reuniões e orientações em grupo. consciência social
Organizar, apresentar e defender trabalho em eventos científicos, res-
pondendo dúvidas e comentários de outras pessoas. autocontrole emocional
Improvisar diante de situações de avaliação e/ou questionamentos, 
participar de forma colaborativa e positiva do grupo de orientação com 
incentivo aos demais membros.
criatividade emocional
Fonte: elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa (2022).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O conceito das dimensões de competâncias socioemocionais guiará o relato. O conceito 
de competências socioemocionais definido pelos autores é embasadoem diferentes estudos, entre 
os quais, aqueles que versaram sobre inteligência emocional, e consideram que uma resposta 
emocional organizada é adaptativa e tem potencial de transformar a interação pessoal e social em 
45
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
experiência enriquecedora (SALOVEY; MAYER, 1990). Macêdo e Silva (2020) também se embasaram 
nas afirmações de Pérez-Escoda et al. (2012), os quais afirmam que essas competências podem ser 
ensinadas. Assim, ser emocionalmente inteligente significa aprender a reconhecer e usar os estados 
emocionais próprios e dos outros para resolver problemas e regular o comportamento (PÉRES-
ESCODA et al., 2012; SALOVEY; MAYER, 1990). Sabe-se que, no caso de jovens estudantes, pode ser 
necessária a modificação comportamental (MILTENBERGER, 2018). 
A dimensão da consciência emocional se refere à capacidade de reconhecer e compreender 
os sentimentos e as emoções de si próprio e dos outros, mantendo uma atitude compassiva, de 
confiança mútua, agindo com empatia nos relacionamentos e na tomada de decisão (MACÊDO; 
SILVA, 2020). 
Durante a execução das pesquisas, a consciência emocional foi importante especialmente 
no momento em que o estudante foi a campo para realizar a coleta de dados. Esse momento da 
pesquisa exigiu que os estudantes encontrassem diferentes estratégias para acessar o público alvo. 
Assim, regular o comportamento para manter o engajamento com a pesquisa, apesar dos afetos 
negativos que perceberam em algumas pessoas que foram convidadas e se negaram a participar do 
estudo, foi necessário. Além disso, os estudantes que recebiam negativas ao convite para responder 
ao instrumento, precisaram reconhecer e compreender os sentimentos em si mesmos e nos outros, 
para tomar a decisão mais assertiva sobre insistir com aquele potencial sujeito de pesquisa ou buscar 
novos participantes. 
Do ponto de vista evolutivo, é importante que as pessoas sejam capazes de perceber as 
emoções nas pessoas ao seu redor. Essas habilidades perceptivas garantem uma cooperação 
interpessoal mais suave, permitindo o monitoramento do desprazer (SALOVEY; MAYER, 1990). Essas 
habilidades, exigem observação direta, que é a capacidade perceber o comportamento do outro na 
medida em que ocorre, sendo ele expresso de forma verbal ou não-verbal (MILTENBERGER, 2018).
Já a dimensão da regulação emocional se refere à capacidade de manejar as emoções de 
forma adequada para manter um desempenho satisfatório em situações de estresse, em médio e 
longo prazos, bem como, diz respeito a habilidade para adaptação a situações de mudança, com 
flexibilidade e lidar com as situações de pressão (MACÊDO; SILVA, 2020). 
Enquanto os estudantes estavam envolvidos com as diferentes tarefas exigidas pelas 
atividades de pesquisa, também precisaram atender à diferentes demandas do Curso no qual 
estavam matriculados, além de demandas da vida pessoal e profissional. Manejar as emoções diante 
deste cenário complexo e repleto de atividades exigiu regulação emocional. Além disso, durante a 
pesquisa, ajustes foram necessários após a apresentação do projeto de pesquisa, e a flexibilidade 
para modificar a pesquisa, rever participantes, e analisar dados com neutralidade, exigiu adaptações 
comportamentais. 
Para Salovey e Mayer (1990) indivíduos emocionalmente inteligentes e com habilidade de 
regulação emocional podem melhorar o seu próprio humor e o dos outros e até mesmo administrar 
as emoções de modo a motivar os outros carismaticamente. A habilidade de modificar os próprios 
46 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
comportamentos e emoções dos outros, ocorre a partir da capacidade de alterar eventos ambientais 
em pról da manutenção ou criação de um comportamento pessoal ou social (MILTENBERGER, 2018).
A dimensão consciência social diz respeito à capacidade de cooperar quando se trabalha em 
equipe, assumindo responsabilidades pelas ações, agindo com empatia e senso de colaboração ao 
reconhecer e entender as dificuldades do outro (MACÊDO; SILVA, 2020). 
Apesar de cada estudante ter a responsabilidade de apresentar o relatório individual de 
pesquisa, algumas atividades foram realizadas em grupo. Encontros de orientação e elaboração 
de um dos resumos foi fruto de construção coletiva. Também se percebeu que os estudantes que 
apresentavam essa competência mais desenvolvida logo assumiam posição de liderança para 
organizar e realizar atividades em nome dos demais. Neste sentido, as competências sociemocionais 
de consciência social foram exercitadas e testadas em diferentes momentos. 
Habilidades empáticas parecem auxiliar os estudantes a desenvolver a consciência social 
e vice-versa. Para Salovey e Mayer (1990) pessoas empáticas permitem avaliar com precisão 
as respostas afetivas dos outros e escolher comportamentos socialmente adaptativos e, como 
consequência, esses indivíduos devem ser percebidos como genuínos e calorosos pelos outros. Certos 
tipos de estímulos tendem a estimular respostas condicionadas e específicas (MILTENBERGER, 2018). 
No caso do grupo de estudantes, quanto maior o conhecimento sobre as tarefas, reconhecido em 
determinado membro pelo grupo, maior era empatia com aquele membro.
O autocontrole emocional também é uma dimensão das competências socioemocionais, e 
é a capacidade de manter as próprias emoções sob controle, em curto prazo, diante de situações 
estressantes, assumindo uma atitude de respeito quando os comportamentos dos outros são 
diferentes dos meus (MACÊDO; SILVA, 2020). 
Essa competência foi exercitada especialmente no momento da socialização dos trabalhos 
nos eventos científicos. Todos os estudantes, individualmente, precisaram apresentar pelo menos um 
trabalho em Congresso. Organizar a apresentação, apresentar o estudo dentro do tempo e com as 
informações necessárias, responder às dúvidas e comentários dos participantes foram situações que 
causaram estresse e emoções que precisaram ser administradas em curto prazo. 
Para Salovay e Mayer (1990), um meio através do qual as emoções são expressas é a 
linguagem. Para os autores, esse aprendizado interage com a capacidade de introspecção e de 
formar proposições coerentes após essa introspecção. No caso da apresentação de trabalhos, 
ocorre uma modelagem (MILTENBERGER, 2018), que se refere à aproximação sucessiva de uma nova 
competência, nesse caso, de apresentar verbalmente os trabalhos científicos, por meio do exercício 
de apresentação, primeiramente no grupo de orientação e posteriormente nos eventos.
A dimensão criatividade emocional se refere a capacidade de usar as emoções de forma 
criativa para solucionar problemas, gerenciar conflitos de forma construtiva, criar oportunidades 
para experimentar emoções positivas e estabelecer parcerias em prol do interesse coletivo e do bem-
estar social (MACÊDO; SILVA, 2020). 
47
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
A criativiade emocional foi percebida especialmente quando um dos resumos, construído à 
várias mãos precisava ser apresentado, assim, escolheu-se uma estudante para representar o grupo, 
mas os demais estavam presentes para apoiá-la no evento. Além disso, em todas as oportunidades 
em que haviam pequenas conquistas, ocorriam comemorações no grupo de whatsapp com 
parabenização, compartilhamento de frases positivas, fotografias e emojis comemorativos. 
Para Salovey e Mayer (1990) os afetos positivos podem facilitar respostas mais criativas 
às tarefas, propiciam a criação de um ambiente mais propenso a abertura para ideias incomuns 
ou criativas, além de oportunizarem maior probabilidade de descobrir princípios de organização 
de categorias e usá-las para integrar e lembrar informações. Assim, os estímulos funcionaramcomo reforçadores postivos, que têm, em sua essência, a função de resultar no fortalecimento do 
comportamento que originou o estímulo (MILTENBERGER, 2018). 
Neste sentido, pode-se afirmar que o trabalho gera reflexões sobre a necessidade das 
competências socioemocionais para estudantes de graduação que se envolvem em atividades de 
pesquisa científica. Os resultados se relacionam com as expectativas de contribuição empírica e com 
a literatura, já que é possível perceber, por meio das atividades cotidianas da pesquisa o quanto 
competências socioemocionais são exercitadas e se aprimoram por meio do processo de ensino-
aprendizagem (PÉREZ-ESCODA, 2018) para que sejam novamente utilizadas e revisitadas em outras 
oportunidades e vivências futuras.
CONCLUSÕES
Conclui-se principalmente que competências socioemocionais são exercitadas, com potencial 
aprimoramento, durante atividades de pesquisa de IC. Assim, como recomendações para futuros 
trabalhos, sugere-se utilização da escala de mensuração de competências socioemocionais antes do 
ingresso e ao final do processo de um ano como pesquisadores para verificar se houveram diferenças 
nos resultados, a partir de autorrelato dos estudantes. A escala também pode ser utilizada pelos 
professores orientadores como ferramente de avaliação. Os resultados desse relato são importantes 
para a comunidade acadêmica, especialmente professores orientadores e estudantes de IC, e para o 
avanço da teoria de competências sociomocionais, proposta por Macêdo e Silva (2020). 
AGRADECIMENTOS
Agradecemos especialmente ao Uniedu, que subsiduou as pesquisas dos estudantes por 
meio da concessão de bolsas, à Professora Sandra Tofollo, pela condução institucional, e à Unoesc.
REFERÊNCIAS
MACÊDO, José W. L.; SILVA, Anielson B. Construção e Validação de uma Escala de Competências 
Socioemocionais no Brasil. Rev. Psicol., Organ. Trab., v. 20, n. 2, p. 965-973, jun. 2020.
48 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
MILTENBERGER, Raymond G. Modificação do Comportamento: teoria e prática. 6 ed. São Paulo: 
Cengage, 2018
MULINARI, Natiele A. et al. A pesquisa de iniciação científica: desafios e conquistas. In: Academic 
Week - Inovação e Tecnologias nas Profissões, 2022, Chapecó, SC. Anais [...], Chapecó, 2022.
PÉREZ-ESCODA, Nuria. P. et al. Desarrollo de la competencia emocional de maestros y alumnos en 
contextos escolares. Electronic Journal of Research in Education Psychology, v. 10. n. 28, p. 1183-
1208, 2018.
SALOVEY, Peter; MAYER, John D. (1990). Emotional intelligence. Imagination, Cognition and 
Personality, v. 9, n. 3, p. 185–211.
SAMPIERI, Roberto H.; COLLADO, Carlos F.; LUCIO, María P. B. Metodologia de Pesquisa. Porto 
Alegre: Editora Penso, 2013.
49
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
COMUNICAÇÃO INTEGRADA DO MARKETING (CIM) EM 
UMA EMPRESA SUPERMERCADISTA DE CHAPECÓ 
Naiane Medeiros1; Daiane Pavan2 Inocencia Boita Dalbosco3
INTRODUÇÃO
O planejamento de comunicação visa diagnosticar e visualizar um problema que ocorre no 
ambiente de marketing e, atender às necessidades do consumidor e aos objetivos da empresa com o 
mercado de forma satisfatória e adequada (VASCONCELOS, 2009). A CIM consiste no desenvolvimento 
da comunicação estratégica organizacional junto ao mercado, promovendo, posicionando e divulgando 
produtos, serviços, marcas, benefícios e soluções (SANTIAGO, 2002). Tem como base um sistema 
gerencial integrado, utilizando como ferramenta o composto de comunicação -propaganda, publicidade, 
assessoria de imprensa, promoção de vendas, patrocínios, venda pessoal, internet, marketing direto, 
buscando atingir, com a utilização holística de todos os elementos deste composto, uma comunicação 
eficaz por parte do emissor junto ao seu consumidor-alvo (SANTIAGO, 2002).
A empresa lócus de pesquisa está localizada na cidade de Chapecó, iniciou em 29 de 
outubro de 1967, sendo 21.211 associados e 3.662 empregados atualmente, seu objetivo é promover 
o desenvolvimento econômico por meio da cooperação, sua trajetória demonstra a força da união em 
prol de um objetivo comum. 
O objetivo geral da pesquisa foi reestruturar a central de atendimento ao cliente em uma 
empresa supermercadista de Chapecó. A elaboração dos objetivos deu-se pela observação da 
importância dos processos do setor de marketing para a empresa, uma vez que reflete na imagem 
da marca da organização junto a sociedade. As empresas atualmente, em específico as varejistas, 
possuem a ideia e responsabilidade não apenas de vender os produtos de qualidade ao consumidor 
final, atendendo os preços do mercado, mas sim, comunicar-se de forma agradável e transparente 
no dia a dia, envolvendo a comunidade, família, bem-estar, empatia, flexibilidade e respeito.
MÉTODOLOGIA 
O método consiste na coleta de dados por meio de observação da rotina do departamento 
de marketing, foi realizado uma breve análise do cenário atual da empresa com os atendimentos 
digitais pelas redes sociais (Facebook e Instagram), e-mails, telefonemas e WhatsApp, visando 
assim, entender o processo do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) atual da empresa. Após 
observação, será realizado um questionário, conforme o segundo objetivo do plano de ação, sendo 
adicionado no sistema do aplicativo da empresa e aplicado para alguns clientes. Por meio deste 
questionário será identificado as dificuldades e qualidades dos atendimentos feitos pela empresa, 
1 Discente do curso de Administração da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc. E-mail: naianemedeiros@
outlook.com. 
2 Docente/pesquisador da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc. E-mail: daiane.pavan@unoesc.edu.br.
3 Docente/pesquisador da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc. E-mail: inocencia.dalbosco@unoesc.edu.br.
mailto:naianemedeiros@outlook.com
mailto:naianemedeiros@outlook.com
50 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
assim entender a percepção dos clientes com relação ao SAC e ao mercado. Esse questionário será 
apresentado por dados estatísticos, como por exemplo, os gráficos, sendo que irá mostrar a eficiência 
da comunicação e atendimentos feitos pela empresa em relação aos últimos meses e anos. 
Depois de analisar os dados coletados com a observação e questionário do contexto atual da 
empresa em relação ao SAC, propõe-se o documento descritivo. Assim, encontrar resultados referente 
a comunicação na organização e com clientes e suas falhas. Diante das análises e questionário, aponta-
se os resultados obtidos, para fim comparativo do antes e depois e propor a melhoria do SAC. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A CIM pode ser a base das relações humanas, quando bem utilizada, traz grandes contribuições 
para o mundo organizacional, desde o processo de vendas até o relacionamento entre os funcionários e 
gestores. Kotler (2012) menciona que a CIM é um processo de comunicação que abrange o planejamento, 
a criação, a integração e a implementação de diversas formas de comunicação (publicidade, promoção 
de vendas, eventos etc.) que são lançadas ao longo do tempo para os clientes.
Ela tem como objetivo macro lembrar, persuadir e informar, sempre integrando de forma 
harmônica a mensagem desejada junto ao público-alvo, chamando sua atenção, gerando interesse, 
desejo e, por consequência, uma possível compra (SANTIAGO, 2002). O comunicador mercadológico 
tem o papel de criar uma mensagem que aumente a atenção, reduza a dispersão e anule os ruídos, 
buscando uma resposta positiva dos consumidores. A mensagem, além de atrair a atenção, deve 
manter o interesse do receptor, mediante uma linguagem dirigida para cada audiência-alvo, buscando 
despertar o desejo de compra do produto ou serviço. 
Justamente por ser tema recente é possívelencontrar na literatura textos questionando 
seu real significado e relevância, bem como se a CIM não passa de uma nova moda, cuja influência 
será transitória. Além disso, é provável que os debates que o cercam irão permanecer na pauta de 
discussão de autores e pesquisadores de marketing e comunicação por um longo tempo. Uma vez que, 
segundo Kliatchko (2005), essa nova abordagem aos negócios e ao planejamento das comunicações 
de marketing se tornou uma tendência irreversível dentre os acadêmicos e profissionais de marketing. 
Vale lembrar também que a CIM não deve ter como seu público-alvo apenas o cliente ou cliente 
potencial, mas precisa incorporar outros agentes importantes. 
As estratégias de comunicação utilizadas pelas empresas são orientadas pelas escolhas do 
mercado-alvo e do posicionamento desejado. Cabe às empresas nesse processo levar ao mercado 
a sua mensagem de valor, que terá papel primordial na diferenciação perante os concorrentes. Para 
isso, o processo de comunicação deve ser planejado e integrado, levando em conta as diferentes 
possibilidades que o mix promocional proporciona a fim de se conseguir captar a atenção do cliente. 
As empresas devem prezar pelo bom atendimento e satisfação de seus clientes. “Para empresas 
centradas no cliente, a satisfação de clientes é ao mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de 
marketing. Empresas que alcançam altos índices de satisfação de clientes fazem questão que seu 
mercado-alvo saiba disso.” (KOTLER, 2000, p.59). 
51
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
A satisfação dos clientes traz diversos benefícios à empresa, como o marketing boca a boca 
realizado por clientes satisfeitos. A satisfação está diretamente ligada às expectativas dos clientes. “Se 
o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se o desempenho alcançar 
as expectativas, o cliente ficará satisfeito, se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará 
altamente satisfeito ou encantado.” (KOTLER; KELLER, 2012, p.58). Por meio da observação constatou 
que a empresa não possui um setor próprio para gerenciamento de uma central de atendimento 
ao cliente, além da linguagem utilizada pelo setor em conversação com os clientes que não possui 
nada estruturado de fato que reflita a imagem da empresa. Sendo que, a organização não possui 
posicionamento de marca. 
CONCLUSÕES 
Com a observação percebeu-se o que gera algumas dificuldades no dia a dia, sendo a falta 
de pessoas para fazer o atendimento, pois há apenas uma pessoa para o cargo, sendo que possui 
outras funções além dessa, portanto não conseguindo dar a atenção adequada e necessária. Uma 
ideia inicial seria futuramente criar um setor próprio para a central de atendimento, com pessoas 
qualificadas para o setor, pode-se criar um planejamento de novo setor e indicações de pessoas 
internas, já que a empresa presa pelas oportunidades dos de “casa”, e/ou buscar profissionais de fora 
com novas ideias e inovações e, buscar a aprovação da diretoria executiva que está na gerência da 
organização conforme organograma. Com relação a linguagem utilizada nos atendimentos, buscou-
se sempre pensar no público e sua marca remetente, porém nada estruturado de fato. A empresa 
possui uma marca mãe e outras cinco submarcas, cada uma delas possui uma rede social (Facebook e 
Instagram) para divulgação, criação de conteúdo, comunicação e atendimento. Porém a organização 
não possui posicionamento de marca, contudo, esse foi um dos projetos do setor desse ano de 2022, 
criar o posicionamento da marca mãe, onde este estudo auxiliou nesse processo também. Com o 
questionário, foi possível entender as percepções dos clientes com relação ao atendimento atual, 
forneceu informações, opiniões e feedbakcs. Todos que responderam ao questionário via aplicativo 
participaram de um sorteio, sendo um total de 5.618 clientes participantes.
REFERÊNCIAS
KOTLER, Philip. Administração de marketing. 2000. 
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing: a bíblia do marketing. São Paulo, 2012. 
KLIATCHKO, Jerry. Towards a new definition of integrated marketing communications 
(IMC). International Journal of Advertising, v. 24, n. 1, p. 7-34, 2005.
SANTIAGO, Marcelo Piragibe. Comunicação integrada de marketing. Coleção Gestão Empresarial, 2002. 
VASCONCELOS, Luciene Ricciotti. Planejamento de comunicação integrada: manual de 
sobrevivência para as organizações do século XXI. Summus Editorial, 2009. 
53
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR: PESQUISAS CORRELATAS
Vanessa Salete Pescador1; Marineiva Campos Moro de Oliveira2
INTRODUÇÃO
Os espaços formais e não formais fazem parte do contexto da Educação Não Escolar (ENE). 
Gohn (2006) ressalta que a educação é organizada como, a) educação formal que é caracterizada 
pelos processos de escolarização que acontecem nos espaços escolares, b) educação informal, aquela 
que ocorre nos diversos contextos sociais que o sujeito interage, c) educação não formal, aquela cuja 
os processos de desenvolvimento humano complementam os processos de escolarização formal. 
Com foco na ENE institucionalizada, utilizamos o termo institucionalizada no sentido de evidenciar que 
na educação não formal (ENF) há um processo objetivado de desenvolvimento humano subsidiado 
pelos processos pedagógicos, didáticos e metodológicos, mas que não são padronizados, pois sendo 
“institucionalizados” os espaços de ENE assumem uma organização praxiológica e ao mesmo tempo 
garantem sua diversidade de existência, o que não os padroniza como a educação formal, mas sim, 
como espaços de formação não escolarizados e sim institucionalizadas.
Diante dessa contextualização, a autora evidencia que a Educação Não Escolar tem como 
objetivos; a educação para a cidadania, justiça social, para direitos, liberdade, igualdade, para 
a democracia, contra a discriminação, para o exercício da cultura e manifestações das diferentes 
culturas. Dessa forma, as atividades não escolares visam atender às problemáticas e necessidades 
sociais de forma a atender os objetivos da proposta de ENE. Isso ocorre, ou deveria ocorrer, tanto 
no espaço da escola quanto fora dela, ou seja, a educação escolar e a Educação Não Escolar são 
parceiras e não competem entre si. Face a breve apresenta da ENE, este trabalho que é fruto de 
uma dissertação de mestrado em educação, propomos uma reflexão acerca de como as pesquisas 
correlatas dialogam sobre a ENE. 
METODOLOGIA
Esta pesquisa trata-se de um estudo bibliográfico que põe na roda do diálogo as produções 
correlatas acerca da ENE e analisa como o tema está sendo discutido no campo científico brasileiro 
a partir de 2015. Dessa forma, a pesquisa foi realizada por meio de busca no Catálogo de Teses e 
Dissertações da Capes, com recorte temporal de 2015 a dezembro de 2021. O recorte se justifica 
no ano de 2015, pois Zoppei (2015) publicou, a partir da nossa busca, a primeira tese de Doutorado 
trazendo um aprofundado levantamento histórico sobre a Educação Não Escolar no Brasil.
Utilizamos para a busca as palavras-chave; Educação Não Escolar, sem aspas, e encontramos 
820846 trabalhos, levando em conta a diversidade e quantidade de trabalhos, limitamos a busca 
1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação-UNOESC Joaçaba. Docente do curso de Educação Física-
UNOESC Chapecó, vanessaddr@yahoo.com.br.
2 Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação- UNOESC Joaçaba. Docente dos cursos da Unoesc Chapecó, 
marineivaoliveira@unoesc.edu.br
54 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
inserindo aspas - “educação não escolar” – e limitando a busca em teses e dissertações, objetivemos o 
resultado de 48 trabalhos publicados de 2015 a2021. Foram realizadas leituras dos 48 trabalhos e a 
partir da leitura iniciamos o processo de identificar quais dessas apresentam a ENE como um processo 
de formação humana e subsidiada por propostas pedagógicas que evidenciem a organização do 
trabalho pedagógico. Esses critérios foram atendidos por 17 produções científicas. 
RESULTADOS
A partir da leitura e análise das pesquisas selecionadas emergiram sete categorias. 
As categorias foram delimitadas de acordo com a aproximação do tema Educação Não Escolar 
como processo de formação humana subsidiado pelo trabalho pedagógico objetivado, orientado 
metodologicamente e pedagogicamente. Essas categorias são evidenciadas no quadro 1.
Quadro 1 – Síntese das produções correlatas 
Categoria Quantidade Descrição da categoria
Currículo: educação 
escolar e não escolar 7
Trabalhos que abordam a formação do pedagogo(a) para atuação 
na ENE, a presença da ENE nos projetos curriculares do curso de 
pedagogia e estágio supervisionado em espaços não escolares.
Educação Não Escolar: 
olhares acerca de 
diferentes temáticas 
2 Trabalhos que abordam como os diferentes saberes da Educação 
Escolar e Não Escolar se relacionam resultando na Educação Integral.
Formação humana em 
saúde desenvolvimento 
social e cultural 
8
Trabalhos que abordam elementos educativos entre a Enfermagem 
e Educação, apontando ações que emergem a partir do Agente 
Comunitário de Saúde. Trabalhos que abordam o teatro, Proerd, 
experiências sociais em espaços públicos e arte como prática 
educativa.
Fonte: Catálogo de Dissertações e Teses da Capes organizado pela autora em junho de 2022.
Observamos que dos trabalhos selecionados, a ENE na categoria currículo, educação 
não escolar X escolar e suas possibilidades articuladoras foram discutidas em sete (7) produções 
cientificas, as quais sinalizam a fragilidade da formação do pedagogo, especialmente, para atuar em 
espaços de educação não escolar. Ainda, as pesquisas apontam que as diretrizes que orientam os 
cursos de licenciatura limitam o debate acerca da educação não escolar. 
 A segunda categoria que emergiu foi a Educação Não Escolar: olhares acerca de diferentes 
temáticas, nessa as duas (2) produções destacam uma tentativa de formação para além da escola, 
exemplo, a institucionalização de programas de educação integral, como o programa Mais Educação, 
porém, as produções correlatas apresentam fragilidades na materialização da proposta de ENE na 
educação integral, pois seguiu-se o mesmo currículo para objetivos diferentes. 
A terceira categoria, formação humana em saúde desenvolvimento social e cultural, também 
evidenciada em oito (8) produções, destacam as contribuições dos espaços de educação não escolar 
como possibilidades formativas que completam a formação escolar. As pesquisas destacam os 
projetos sociais desenvolvidos em bairros em que moram as crianças em situação de vulnerabilidade 
social, e destacam que os projetos de ENE potencializaram a formação dessas crianças em áreas 
como saúde, cultura, esporte, economia e projetos de vida. 
55
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
As dezessete (17) pesquisas correlatas demonstram a relevância de reflexões sobre a ENE, 
tendo uma lacuna encontrada nas pesquisas, a necessidade de apresentar as propostas pedagógicas 
e documentos que organizam e orientam o trabalho nesses espaços de ENE. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O debate acerca desses espaços de ENE acontece desde os anos 1960, momento em que se 
registram as primeiras conquistas acerca das articulações da educação, cultura e arte na formação 
humana. Esses debates se fortalecem por meio de movimentos sociais e estudantis que começaram a 
se organizar nesse período (ZOPPEI, 2015). Para dialogarmos acerca desses movimentos, aparamo-
nos nas contribuições de Paulo Freire (1996) e Gadotti (2007), os quais nos possibilitam compreender 
a educação como um caminho, não como um fim unicamente escolar. As reflexões de Gadotti (2007, 
p. 26) preocupam-se que “a diversidade é a característica fundamental da humanidade. Por isso não 
pode haver um único modo de produzir e de reproduzir nossa existência no planeta”, levando-nos a 
pensar que não podemos ter somente um espaço definido como o espaço de formação humana. 
Desse modo, o desafio é pensar a ENE como uma via de formação. E, para pensar esses 
espaços, nos apropriamos das produções de Gohn (2015), a qual dialoga sobre a Educação Não 
Escolar Institucionalizada, para a autora, a ENE inicia com os movimentos de “programas e projetos 
sociais das ONG’s, dos anos de 1980 para cá. Já nos anos 1960 no Brasil, e depois, a partir de 1970, 
quando tínhamos movimentos ligados às pastorais [...]” (GOHN, 2015, p. 30).
A autora compreende que a ENE é uma via de formação humano que potencializa o acesso 
a todos da cultural, da arte, da criatividade, da profissionalização e de outras formas de produção 
humana que possibilitem ao sujeito sua emancipação e autonomia. 
CONCLUSÕES
Em síntese, as fragilidades apontadas nas produções correlatas, destacam especialmente a 
questão da formação de profissionais para atuarem nos espaços de ENE, da fragilidade de articulação 
com a educação formal, mas considerando as singularidades formativas da ENE. Por fim, podemos 
destacar a necessidade de produções que permitam pensar sobre a ENE como um espaço que vai 
além das ações práticas, do assistencialismo, e que tenha propostas pedagógicas orientadoras das 
ações desenvolvidas nesses espaços, inclusive analisar as propostas que orientam o trabalho nesses 
espaços se faz uma demanda iminente.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e 
Terra, 1996.
56 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
GADOTTI, Moacir. Paulo Freire e a educação popular. Proposta (Revista trimestral de debate da FASE), 
Rio de Janeiro, ano 31, n. 113, p. 21-27, jul./set. 2007. Disponível em: https://fase.org.br/pt/acervo/
revista-proposta/?k=paulo+freire+e+a+educa%C3%A7%C3%A3o+popular. Acesso em: 21 jan. 2021.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas 
colegiadas nas escolas. Ensaio: Avaliação e Política Pública em Educação, Rio de Janeiro, v. 
14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0104-40362006000100003&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 jan. 2021. DOI: https://
doi.org/10.1590/S0104-40362006000100003.
GOHN, Maria da Glória. Educação Não Formal no Campo das Artes. São Paulo: Cortez, 2015.
ZOPPEI, Emerson. A educação não escolar no Brasil. 2015. 344f. Tese (Doutorado em Educação) – 
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
https://doi.org/10.1590/S0104-40362006000100003
https://doi.org/10.1590/S0104-40362006000100003
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
EL SEMILLERO DE INVESTIGACION EN CIENCIAS 
APLICADAS (S.I.C.E); UNA ESTRATEGIA PARA 
LA SOSTENIBILIDAD EN EL DESARROLLO DE 
COMPETENCIAS CIENTIFICAS Y CIUDADANAS 
Erquinio Alberto Taborda Martinez1; Adolfredo Cidrac Agamez Alvarez2; Fredy Marin Gonzalez3
INTRODUCCION
El Semillero de Investigación En Ciencias espaciales S.I.C.E es en una estrategia didáctica que 
permite el desarrollo sostenible de competencias científicas y ciudadanas en el nivel de enseñanza 
Básica y Media, desarrollado desde el año 2004 dirigido a toda la comunidad, que está comprometido 
con el mejoramiento de la calidad de la educación, la recreación y el buen uso del tiempo libre, a través 
de la investigación científica y el enfoque STEM, propendiendo porque los niños, niñas, adolescentes 
y adultos conozcan cómo hacer ciencia desde los parques, residencias y escuelas, convertidos en 
una gran aula educativaexperimental, desarrollando en la comunidad el interés hacia la divulgación, 
el conocimiento científico, su apropiación como ciudadano científico, generando el compromiso del 
público general en actividades de investigación científica y a muy temprana edad. 
Está ubicada en ciudad de Barranquilla, capital del departamento del Atlántico al norte de 
Colombia y se desarrolla en la Institución Educativa Distrital San Gabriel integrada por estudiantes 
con edades de 4 a 18 años, docentes y padres de familia.
Esta iniciativa pedagógica hace referencia a los Objetivos de Desarrollo Sostenibles O.D.S 
planteados en agenda 2030 y reafirmados por la Organización de las Naciones Unidas ONU.
A través de los semilleros S.I.C.E se brinda a los estudiantes la posibilidad de analizar y valorar 
el plan maestro institucional constituido por fases tales como:
PROGRAMA GLOBE-NASA; Nuestros integrantes contribuyen a la investigación científica 
desde casa y sus escuelas de origen, a través de las investigaciones “Las nubes y el sistema de 
variación de la temperatura en el departamento del Atlántico”, “Estudio comparativo de las larvas de 
mosquito presentes en la urbanización las gardenias, Barranquilla. Colombia” y Estudio descriptivo de 
árboles en Barranquilla, una razón entre salud, nutrición y vida” para ello utilizan datos recolectados 
mediante aplicaciones en celulares correlacionados con datos satelitales.
1 Maestrante en Educación, Programa. Maestria en Educación. - Universidad de la Costa C.U.C. E-mail: semillerosice8@gmail.com.
2 Maestrante en Educación, Programa. Maestría en Educación. - Universidad de la Costa C.U.C. E-mail: ado839@hotmail.com.
3 Profesor Titular III Tiempo Completo de la Universidad de la Costa, Colombia, adscrito al Departamento de Humanidades, 
en los programas de Doctorado y Maestría en Educación. Editor jefe de la Revista Cultura Educación y Sociedad y Líder de 
la Línea de Investigación en Calidad Educativa. Ratificado como investigador Senior por MINCIENCIAS (Colombia). Posee 
estudios de Licenciatura, Especialización y Maestría en Educación, así como Doctorado y Postdoctorado en Ciencias 
Humanas por la Universidad del Zulia, Venezuela, de la cual es Profesor Emérito. Email: fmarin@cuc.edu.co.
mailto:semillerosice8@gmail.com.
mailto:ado839@hotmail.com.
mailto:fmarin@cuc.edu.co
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Fotografía 1 - Equipo GLOBE Latinoamérica, (Colombia, 
Argentina, Uruguay y Perú)
 
Fuente: los autores.
ASTRONOMIA AL PARQUE; Actividad masiva que propende por la divulgación de la ciencia 
hacia la comunidad en todas las edades, mediante esta iniciativa podemos culturizar más a nuestra 
población en temas tan esquivos pero apasionantes, como lo es la Astronomía Observacional, 
la Astronáutica y la Mecánica Celeste, esto es posible con la implementación de Observaciones 
Astronómicas con Telescopios y binoculares, Ciclos de Charlas con expertos en el tema, Talleres para 
todas las edades, concursos de cohetería hidráulica y cometas tetraédricas.
Fotografía 2 - Estudiantes SICE desarrollando 
actividades científicas en parques 
urbanos de la ciudad de Barranquilla
Fuente: los autores.
MISION NASA. Actividad concentrada en el conocimiento del desarrollo evolutivo de 
la exploración espacial, consistente en llevar a niños y jóvenes destacados en las Olimpiadas 
Departamentales de Astronomía a conocer y a capacitarse en las instalaciones de la NASA, en los 
Estados Unidos con astronautas y científico.
Fotografía 3 - Estudiantes SICE desarrollando una capacitación en el centro espacial Langley 
de NASA en Hampton Virginia, año 2015
Fuente: los autores.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Para alcanzar un futuro sostenible, interrelacionando los objetivos de desarrollo con la 
cotidianidad y los desafíos globales a los cuales se enfrenta el joven día a día, prestando especial 
interés en el clima, la degradación ambiental, la paz y la justicia.
Este énfasis en los O.D.S #13, #15 y # 16 se desarrolla desde la escuela en los niveles 
donde los estudiantes desarrollan capacidades orientadas a fortalecer sus competencias 
científicas y ciudadanas. Desde este contexto referencial en la presente ponencia se exponen los 
fundamentos teóricos, conceptuales y operativos de una propuesta didáctica que contextualizada 
en el Semillero de Investigación en Ciencias Espaciales (S.I.C.E) contribuya a la sostenibilidad en 
el desarrollo de competencias ciudadanas y científicas en pro del mejoramiento de la calidad 
educativa
La sistematización de la propuesta incluye 6 apartados o secciones, donde se fundamentos 
teóricos, metodológicos y planes de acción que conducen a cumplir los objetivos del presente 
evento académico.
Se considera como punto de partida diversos trabajos relacionados con temáticas como: 
competencias científicas, competencias ciudadanas y la calidad educativa a nivel internacional, 
nacional y local que constituye marco de referencia.
En la metodología se evidencia la implementación de la propuesta, a través de un 
programa piloto en tres instituciones educativas colombianas con un cronograma de actividades 
desarrollado durante el año 2022 que conduce a unos hallazgos expuestos en el apartado de los 
resultados, lo que representa el insumo para generar las debidas conclusiones en función de la 
implementación de la estrategia didáctica en el pilotaje anteriormente identificado. Los objetivos 
de la presente estrategia didáctica se centran en determinar:
• Describir los fundamentos conceptuales, normativos y operativos de los semilleros de 
investigación en el ámbito educativo.
• Describir el desarrollo de competencias científicas estudiantiles desde los aportes de 
la formación ciudadana y la gestión de semilleros de investigación.
• Definir los componentes estructurales y funcionales de propuesta didáctica que 
contextualizada en el Semillero de Investigación en Ciencias Espaciales (S.I.C.E) 
contribuya a la sostenibilidad en el desarrollo de competencias ciudadanas y científicas 
en pro del mejoramiento de la calidad educativa.
• Validar la pertinencia de la propuesta presentada a través de un pilotaje en tres 
instituciones educativas del distrito de Barranquilla. 
MÉTODOLOGIA 
El desarrollo metodológico de esta propuesta didáctica se genera a partir de la forma 
como en la ciudad de Barranquilla, Colombia, fueron seleccionadas las instituciones educativas 
para un pilotaje, tomando en consideración los indicadores de calidad educativa que presentan 
60 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
al iniciar el año 2022, tales como nivel socioeconómico, índice de deserción escolar y puntaje en 
pruebas de estado ICFES.
En Colombia la educación se define como un proceso de formación permanente, personal 
cultural y social que se fundamenta en una concepción integral de la persona humana, de su dignidad, 
de sus derechos y de sus deberes (M.E.N), existe un sistema educativo que comprende los diferentes 
niveles de enseñanza y se esquematiza en la siguiente figura:
Figura 1 – Sistema Educativo Colombiano
Fuente: los autores. 
Esta propuesta didáctica se aplica en los niveles de educación Prescolar, Básica y Media con 
estudiantes con edades comprendidas entre los 5 y los 18 años de las instituciones educativas ubicadas 
en la localidad suroriente todas pertenecientes al distrito de Barranquilla, estos actores corresponden 
a niños y niñas matriculados en estos niveles educativos sin importar su estrato socioeconómico, 
motivados a conocer de una manera interactiva los principios científicos que describen los fenómenos 
naturales y sociales que ocurren en su cotidianidad.
Al respecto, es importante manifestar que la calidad educativa semide con base en 
la información del SIMAT (Sistema Integrado de Matrícula); sobre la población atendida en el 
sistema educativo, el Ministerio de Educación Nacional, realiza el procesamiento y análisis de la 
información, la cual es base para el cálculo de gran parte de los indicadores que componen el sistema 
de indicadores, 
La construcción del Sistema de Indicadores de Colombia se realizó tomando como marco 
de referencia el modelo desarrollado por la Organización para la Cooperación y el Desarrollo 
Económico -OCDE- en el año 1973, que rediseñó y dio un nuevo impulso al proyecto INES (Indicadores 
Internacionales de los Sistemas Educativos) adoptado por la Unión Europea, España, Estados Unidos 
61
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
y el modelo de análisis propuesto por la UNESCO ( Organización de las Naciones Unidas para la 
Educación, la Ciencia y la Cultura), Este sistema propone un conjunto de indicadores acordes con los 
objetivos, posibles de medir y cuantificar.
De este modo, el modelo comprende 5 categorías a saber: Indicadores de contexto, 
Indicadores de recursos, Indicadores de proceso, Indicadores de resultado, Indicadores de impacto.
De todos los indicadores de este modelo, la propuesta didáctica Semilleros de Investigación 
en Ciencias espaciales SICE apunta hacia el desarrollo de los indicadores de procesos ya que éstos 
informan sobre la organización y funcionamiento al interior del sistema educativo, en especial dentro 
de los establecimientos educativos y su clima escolar. Describen la trayectoria del estudiante en el 
proceso de aprendizaje.
Por las anteriores razones se estimó inicialmente realizar el pilotaje en escuelas IED San 
Gabriel, IED María Cano e IED Marco Fidel Suarez, todas se encuentran en la misma zona de 
influencia (localidad Suroriente de la ciudad), caracterizada por poseer un estrato socioeconómico 
de clase media, con déficit de árboles por habitante, presencia de arroyos canalizados y problemas 
ambientales, y presencia del parque botánico Armando Dugand Gnecco, con un rango de influencia 
para 5 barrios de la ciudad.
Se desarrolló un cronograma de actividades que inició en el mes de febrero del 2022 con la 
constitución de los semilleros SICE mediante actas firmadas por directivos, docentes y estudiantes; 
durante los siguientes meses se implementaron actividades como actividades capacitación a docentes 
y estudiantes, ciclos de formación permanente los días sábados, salidas de campo, desarrollo de 
investigaciones científicas en el ámbito medioambiental, contando con alianzas internacionales como 
la establecida con el Programa GLOBE con sede en los Estados Unidos y patrocinada por varias 
agencias gubernamentales de dicha nación donde destaca la NASA (Administración Nacional de 
Aeronáutica y del Espacio), La NOAA (Administración Nacional de la Atmosfera y el Océano) y el 
Departamento de Estado y finalizó en Octubre del mismo año con el desarrollo del primer encuentro 
Regional de semilleros SICE. En dicho cronograma se establecieron las pautas para lograr participar 
en el Simposio Internacional Virtual de Ciencias (VISS) versión 2022 con muy buenos comentarios por 
parte del comité evaluador conformado por expertos en investigación científica.
Además de asistir a Universidades locales, visitar los parques de la ciudad mediante la clase 
denominada “Ciencia al parque” donde los estudiantes, maestros y padres de familia se apropiaron 
del conocimiento a partir de la aplicación de protocolos científicos de investigación desglosados en 
cuatro líneas de investigación a saber:
Atmosfera. --- Aire.
Hidrosfera. --- Agua.
Pedosfera. --- Tierra.
Biosfera. --- Vida.
62 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Estos protocolos fueron desarrollados por científicos de GLOBE en variados idiomas y 
formatos, siendo más relevante por el uso de la tecnología para capturar los datos que posteriormente 
serian analizados, para tal fin se empleó el uso del celular (teléfono móvil), tabletas, computadores 
portátiles, material impreso, recursos de instrumentos de medición elaborados en clase usando 
Arduino1como el medidor de temperatura ambiente y medidor de calidad del aire o comprados en 
el comercio tales como: termómetros ambientales, barómetros, psicómetros entre otros necesarios 
para identificar variables ambientales.
 Al finalizar el año escolar en cuanto a los semilleros SICE se refiere, se proyectó para el 
año 2023 realizar el proceso con al menos 12 escuelas para ir integrando cada una a su contexto 
de investigación y así conformar la primera red de Semilleros SICE en la región Norte de Colombia, 
logrando avanzar con otros departamentos de la Costa Caribe colombiana.
RESULTADOS 
En desarrollo de la metodología para el diseño de esta propuesta didáctica evidencia 
los procesos de gestión académica operacionalizada a través de un cronograma sustentado con 
imágenes, actas y otros documentos.
Las actividades más destacadas desarrolladas durante el año 2022 fueron:
• Clases integradas de explicaciones de los formatos de investigación GLOBE: Contempla el 
desarrollo de jornadas de formación en el diligenciamiento de los formatos que componen 
los protocolos de recolección de datos. 
• Campaña investigativa: árboles alrededor del Mundo: Actividad que permite determinar 
la altura de los árboles en las localidades establecidas en diversos países, al mismo tiempo 
que los satélites de NASA determinas estos mismos valores desde el espacio.
• Reuniones con padres de familia: En esta propuesta se tiene en cuenta la participación 
activa de los padres de familia ya que éstos se involucran en las diversas actividades de 
competencias científicas y ciudadanas con liderazgo y acompañamiento.
• Elaboración de trabajos de investigación: Serie de actividades formativas y colaborativas 
donde se plantean lluvias de ideas sobre diversos problemas ambientales de la localidad, 
con soluciones basadas desde la implementación de esta metodología GLOBE finalizando 
con la participación en el Simposio Internacional Virtual de Ciencia con evaluación por 
parte del comité científico estipulado.
• Celebración del día de la Tierra: Actividad Mundial donde se resalta el valor de cooperación 
estudiantil para realizar acciones que permitan el desarrollo urbano con sostenibilidad, 
haciendo énfasis de la Isla Urbana de Calor como problema ambiental generado por el 
urbanismo no regulado o no controlado con efectividad, por parte de las autoridades 
competentes.
63
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Fotografía 4 – Evidencias correspondientes al desarrollo de protocolos 
de investigación GLOBE, Campaña de árboles alrededor del 
mundo, reuniones con padres de familia y jornadas de formación 
científica para el desarrollo de la investigación relacionada con el 
efecto Isla Urbana de Calor
Fuente: los autores. 
Figura 2 - Evidencias de participación en el Simposio Internacional 
Virtual de ciencia VISS GLOBE 2022 con correspondiente 
realimentación por parte de los jurados
Fuente: los autores.
Figura 3 - Evidencia de la presentación de la investigación realizada 
con los estudiantes en el Simposio Virtual Internacional de 
Ciencia IVSS GLOBE 2022
Fuente: los autores.
64 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Figura 4 - Evidencia de participación estudiantil en la Feria Latinoamericana de 
Ciencias Virtual desarrollado en Argentina y Uruguay año 2022
Fuente: los autores.
FUNDAMENTACIÓN TEÓRICA
Mediante la presente propuesta didáctica se responde la pregunta problema ¿Cuáles son los 
componentes estructurales y funcionales de una propuesta didáctica en desarrollo de la formaciónciudadana, que, contextualizada en los semilleros de investigación, contribuya al desarrollo de 
competencias científicas en pro del mejoramiento de la calidad educativa? En relación a los resultados 
obtenidos en la implementación de la metodología, es posible determinar que los estudiantes que 
integraron el semillero de investigación muestran habilidades y competencias muy específicas en la 
formulación de preguntas problemas, aplicación de protocolos científicos, análisis e interpretación de 
resultados, validación de experiencias comunicativas para la socialización de evidencias, resultados, 
conclusiones y propuestas que facilitan un entendimiento de las problemáticas ambientales actuales 
de la ciudad de Barranquilla en la localidad Sur oriente.
Todas estas competencias en el ámbito científico generan una apropiación del conocimiento 
de problemáticas ambientales actuales, propiciando un pensamiento crítico ante las competencias 
ciudadanas que originan las principales dificultades ambientales que conducen a la isla urbana de 
Calor, tales como la disposición de residuos sólidos, la tala de árboles urbanos, la falta de mantenimiento 
y cuidado de los árboles ubicados en la localidad.
Esos resultados obtenidos se relacionan con otros trabajos académicos revisados como 
literatura de fundamentación teórica, donde se resalta la Revista Cubana de Educación Médica 
Superior que saco a la luz un estudio realizado por Vallejo, Bella, Nader. & Rincón (2020), titulado 
“investigación y creatividad para el desarrollo de competencias científicas en estudiantes universitarios 
de la salud”, objetivamente enfocado en revisar las estrategias educativas que incrementan el interés 
de los estudiantes por la ciencia. 
Para lo anterior, los autores revisaron múltiples artículos con base a las palabras clave 
dentro de los cuales se resaltan:
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
• Vezub LF. La formación y el desarrollo profesional docente frente a los nuevos desafíos 
de la escolaridad. Profesorado. Revista de Currículum y Formación de Profesorado. 2007 
recuperado https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=56711102
• Álvarez Lires M, Arias Correa A, Pérez Rodríguez U, Serrallé Marzo F. La historia de las 
ciencias en el desarrollo de competencias científicas. Enseñanza de las Ciencias. 2013 
recuperado: https://core.ac.uk/download/pdf/13327047.pdf
• UNESCO. Hacia las sociedades del conocimiento. Organización de las Naciones Unidas 
para la Educación, la Ciencia y la Cultura: UNESCO; 2005 recuperado https://www2.
uned.es/ntedu/espanol/novedades/Sociedades_conocimiento.pdf
 luego de realizar un análisis a la información, se llegó a la conclusión que la promoción de 
la investigación científica y el desarrollo de la creatividad en estudiantes que ingresan al área de la 
salud, indiscutiblemente, servirán para impulsar el desarrollo de los futuros investigadores.
De igual manera en los estudiantes de las instituciones educativas que participaron en la 
propuesta, se evidencia el impulso que hace en ellos formar parte de un colectivo investigativo a 
través de la participación en eventos locales, nacionales e internacionales, asistencia a centros de 
investigaciones nacionales e internacionales, en todos ellos se observó un crecimiento en la forma de 
pensar, actuar y visionar los futuros escenarios de planificación urbanística en pro de la conservación 
del medio ambiente.
Se puede validar esta información en los enlaces:
https://www.instagram.com/reel/CjblkQavj8L/?igshid=MGMzMDdjNjc=
(Altamira International School/ encuentro Regional Semilleros SICE)
https://www.instagram.com/reel/Cja443wjHgk/?igshid=NDRkN2NkYzU=
(Secretaria de Educación de Barranquilla).
Los desempeños en las asignaturas que conforman el currículo escolar son altos, existen 
evidencias de buen rendimiento académico y convivencial en sus respectivos grados que cursan, 
evidenciando así el desarrollo de competencias científicas estudiantiles desde la gestión del semillero 
de investigación SICE. las competencias ciudadanas fueron fortalecidas en el manejo de residuos 
sólidos, conservación de los árboles y plantas en pro de mitigar el efecto isla urbana de calor en 
la localidad validando de esta forma la definición de los componentes funcionales de la estrategia 
didáctica contribuyendo a incentivar la sostenibilidad ambiental en el barrio, en los parques y sitios 
donde existan árboles, plantas, animales y el hombre, es decir, en un ecosistema.
CONCLUSIONES
Las competencias ciudadanas son fortalecidas en la medida que las competencias científicas 
se desarrollan en las rutinas académicas de los estudiantes; al abordar una investigación científica 
se obtienen conclusiones producto del desarrollo de una metodología especifica y al interiorizar sus 
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=56711102
https://core.ac.uk/download/pdf/13327047.pdf
https://www2.uned.es/ntedu/espanol/novedades/Sociedades_conocimiento.pdf
https://www2.uned.es/ntedu/espanol/novedades/Sociedades_conocimiento.pdf
https://www.instagram.com/reel/CjblkQavj8L/?igshid=MGMzMDdjNjc
https://www.instagram.com/reel/Cja443wjHgk/?igshid=NDRkN2NkYzU
66 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
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resultados el estudiante toma conciencia de su papel en la sociedad, así como también consolidará 
esfuerzos por preservar el medio ambiente en pro de tener un mejor futuro.
Los componentes conceptuales y estructurales de la propuesta didáctica ( Programa GLOBE, 
Misión NASA, Astronomía al parque), generaron el desarrollo de competencias ciudadanas a partir 
del desarrollo de competencias científicas en estudiantes del nivel educativo de Básica y Media en pro 
del mejoramiento de la calidad educativa en las instituciones educativas colombianas mediada por 
los semilleros de investigación SICE.
Desde esta concepción un semillero de investigación conlleva una visión asociada a un 
mejor futuro, con una sociedad pensante en su entorno natural y social, ciudadanos que contribuyen 
activamente a la ciencia con su esfuerzo intelectual o dando soporte al conocimiento con sus 
herramientas o recursos, a la vez que aportan valor a la investigación, los integrantes adquieren 
nuevos conocimientos o habilidades, y una mejor apropiación del método científico y sus implicaciones. 
Como resultado de este escenario abierto, colaborativo y transversal, las interacciones entre 
ciencia-sociedad-políticas de ciencia, tecnología en innovación mejoran, representando procesos 
más democráticos, basados en la toma de decisiones y evidencias propias del método científico.
Esta propuesta didáctica está regida por la enseñanza basada en problemas E.B.P y se 
fundamenta en la cotidianidad del estudiante apoyándose en el Aprendizaje basado en problemas 
(ABP) que según (Gil & De Guzmán, 1993), permite relacionar la cotidianidad del estudiante con los 
conceptos que son propios de cada grado de escolaridad. Mediante la investigación científica se 
concientiza a la comunidad sobre las causas y posibles soluciones a los problemas ambientales que 
impiden un desarrollo sostenible.
De igual manera se concluye en la necesidad de mejorar la calidad educativa; allí los 
semilleros de investigación juegan un papel clave para estimular la participación y el desarrollo de las 
competencias necesarias para alcanzar los indicadores preestablecidos. Los procesos de capacitación 
constante de los docentes son muy importantes, esto se ve reflejado en el trabajo de aula y fuera de 
ella, e igualmente se utiliza el diseño de planes de mejoramiento y la retroalimentación para corregir 
debilidades de los educandos y ayudar a desarrollar sus potencialidades acordes a sus necesidades 
en las diferentes áreas del saber.
Igualmente, tanto estudiantes como docentes consideran que las competencias científicasen la institución se ponen de manifiesto a través de la proactividad, la curiosidad, con proyectos 
de investigación propuestos dentro y fuera del aula escolar con objetivos claros y acordes a las 
actividades planeadas.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a la Universidad de la Costa CUC en el programa de Maestría en Educación 
por el apoyo significativo en los procesos de formación académica necesarios para el desarrollo de la 
presente propuesta.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Congratulados con la labor de las Instituciones educativas IED San Gabriel, IED María Cano e 
IED Marco Fidel Suarez por su apoyo en el fin de analizar y coorganizar los escenarios de investigación 
requeridos para sustentar el presente trabajo, esperando beneficiar a muchos estudiantes en 
Latinoamérica.
Agradecidos con el apoyo y recibimiento de la Unoesc Chapecó quienes con el evento 
I Seminario Internacional de Ciencia, Tecnología e Innovación para el Desarrollo Sostenible nos 
mostraron caopacidad de organización y apoyo especifico con acompañamiento permanente para 
culminar esta participación tan importante.
REFERÊNCIAS 
ÁLVAREZ, L.; MONTOYA, D. Prácticas Pedagógicas Que Realizan Los Docentes Para Promover El 
Liderazgo En Los Adolescentes De Los Grados 6° - 7° Y 8° En Dos Instituciones Educativas Privadas 
Del Valle De Aburrá. 2015- 2016. Trabajo De Grado. Universidad De Manizales Cinde, Sabaneta, 2016.
CASTRO, L.; LÓPEZ, N. Desarrollo de competencias científicas en estudiantes de grado quinto del 
colegio Chuniza a partir del diseño e implementación de un ambiente de aprendizaje en contexto, 
desde el enfoque CTSA bajo el concepto cambio químico. Universidad Pedagógica de Colombia. 
Tesis de maestría, 2018. Disponible: http://repository.pedagogica.edu.co › handle.
CEPAL, N. La Agenda 2030 y los Objetivos de Desarrollo Sostenible: una oportunidad para América 
Latina y el Caribe. Objetivos, metas e indicadores mundiales, 2019. Disponible: https://repositorio.
cepal.org/handle/11362/40155.
MARÍN, F. Investigación científica. Una visión integrada e interdisciplinaria. Zulia: Ediciones del 
Vicerrectorado Académico de la Universidad del Zulia, 2012.
MEN. Estándares básicos de competencias ciudadanas ¡Formar para la ciudadanía…! ¡Si es posible! 
Lo que necesitamos saber y saber hacer, Serie guías No. 6, 2003.
MEN. Estándares básicos de competencias en ciencias naturales y ciencias sociales. Formar en 
ciencias: ¡el desafío! Lo que necesitamos saber y saber hacer. Serie guías No. 7, 2004.
https://repositorio.cepal.org/handle/11362/40155
https://repositorio.cepal.org/handle/11362/40155
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
ENSINO-APRENDIZAGEM DO PROJETO DE 
URBANISMO: INTERFACES COM SISTEMAS DE 
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS 
Daiane Regina Valentini1, Renata Franceschet Goettems2, Ernestina Rita Meira Engel 3, Andreia Saugo4, Angela 
Favaretto5, Raquel Becker Miranda6, Rafaela Tedeschi Zonatto7.
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma experiência interdisciplinar realizada 
em ateliê de Projeto de Urbano e Paisagem no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade 
Federal da Fronteira Sul, Campus Erechim-RS. Essa experiência traz ao debate a incorporação de 
ferramentas de inovação tecnológica voltadas para o ensino-aprendizagem na área do urbanismo, 
fundamentais para a implementação de cidades inteligentes e sustentáveis.
Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) são sistemas interativos de mapeamento, 
baseados em estruturas de programação que permitem gerar, organizar e sistematizar informações 
geográficas sobre a sociedade e o espaço que ela ocupa e produz. Em SIG, a realidade é sistematizada 
em planos de informação virtuais que permitem a análise integrada de processos e eventos que tem 
expressão territorial e relevância ecológica e cultural.
As disciplinas de projeto, ou também chamadas de ateliê de projeto, são componentes onde 
os estudantes aplicam os conhecimentos adquiridos em outras disciplinas e vivências (BOHRER et.al, 
2019). Nelas, são desenvolvidas atividades projetivas, que se utilizam da criatividade e soluções técnicas 
como resposta a problemas da cidade. Para fundamentar tais atividades, exploram-se métodos de 
levantamento de dados, análises e diagnósticos que permitiam a percepção e apreensão espacial e, 
por isso, utilizavam-se de visitas e levantamentos de campo para uma área de estudos real. 
Com a pandemia da COVID-19, porém, as práticas das visitas técnicas e levantamentos 
de campo ficaram inviabilizadas. Como transpor essas dificuldades e superar os desafios do 
levantamento de dados, análises e diagnóstico urbanístico no ateliê de projeto de urbanismo? Como 
destaca Celani (2021), as interações colaborativas por meio de plataformas virtuais já eram utilizadas 
por profissionais da arquitetura e urbanismo há algum tempo. Porém, as ferramentas que embasam 
o levantamento de dados, análises e diagnósticos urbanísticos, ainda se mostravam bastante 
analógicas e com grande carência de objetividade e materialização nas etapas projetivas.
1 Universidade Federal da Fronteira Sul. daiane.valentini@uffs.edu.br;;
2 Universidade Federal da Fronteira Sul. renata.goettems@uffs.edu.br;
3 Egressa da Universidade Federal da Fronteira Sul. ernestinaengel@gmail.com;
4 Universidade Federal da Fronteira Sul. andreia.saugo@uffs.edu.br
5 Universidade Federal da Fronteira Sul. angela.favaretto@uffs.edu.br; 
6 Egressa da Universidade Federal da Fronteira Sul. raquelbeckermiranda@gmail.com;
7 Egressa da Universidade Federal da Fronteira Sul. rafaelatzonatto@hotmail.com.
mailto:daiane.valentini@uffs.edu.br
mailto:andreia.saugo@uffs.edu.br
mailto:angela.favaretto@uffs.edu.br
70 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
METODOLOGIA
 Este trabalho utiliza-se de materiais e métodos que visam refletir sobre experiências da 
implementação do SIG no ensino-aprendizagem do projeto de urbanismo através da utilização 
do software livre QGis (QGIS Development Team, 2018). A implantação do SIG teve interação com 
imagens e vídeos realizados por drone, bem como levantamento fotográfico e em vídeo realizado 
na área de estudos. Além do suporte da ferramenta QGis (QGIS Development Team, 2018) e Google 
Earth (GOOGLE, INC., 2021b) e Google Street View (GOOGLE, INC., 2021b).
As atividades foram desenvolvidas em formato de oficina, apoiadas por exercícios descritos 
em apostila e vídeos. Todas as atividades didáticas foram desenvolvidas com apoio de monitoria de 
ensino, que contribuíram sobremaneira para o aprendizado e qualificação das práticas educativas 
(GONÇALVES et. al, 2021).
RESULTADOS
Para que a disciplina possa se desenvolver de forma a abranger os conhecimentos relativos 
à paisagem e aos impactos das ações humanas no território, busca-se conhecer os locais de 
intervenção, levantar dados, analisar e diagnosticar a área de estudos. A figura 1 mostra mapas 
produzidos na oficina didática, onde são destacadas a estrutura de apresentação e configuração do 
SIG e os resultados da oficina estruturados em dois grupos: (I) Fatores Ecológicos; (II) Fatores Culturais 
ou antrópicos. Em (III) destaca-se a atividade de seminário onde foram identificadas e estudadas 
cinco unidades de paisagem, adotadas enquanto unidades de planejamento da área de estudo.
Figura 3. Resultados da oficina didática
 
Legenda: A - área de manuseio das camadas; B - área 
de trabalho georreferenciada; C - área de ferramentas 
de geoprocessamento. (I) Fatores Ecológicos; (II) 
Fatores Culturais ou antrópicos; (III) Atividade de 
seminário; (IV) Produto do seminário: 5 Unidades de 
paisagem (UP). Fonte: Elaboração das autoras, 2021.
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Anais Eletrônicos
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
As problemáticas relativas ao projeto e a gestão do território se colocam na atualidade com 
inúmeros desafios. Este trabalho destaca os desafios da implementação de tecnologias no ensino 
(SEDREZ; CELANI, 2014) às demandas territoriais, seja de consolidação da cidade em produção ou 
na cidade que se expande em novos parcelamentos do solo. 
A representação dos elementos da paisagem fundamentou-se na sobreposição dessas 
representações (MCHARG, 1969) organizados em dois grupos: os fatores ecológicos (tais como 
relevo, hidrografia, áreas de preservação permanente, formações florestais etc.) e os fatores culturais 
ou antrópicos (tais como ocupação urbana, agricultura, sistema viário, redes de infraestrutura, 
equipamentos públicos, etc.). Essas sobreposições revelam nuances de análise que somente são 
possíveis diante de um sistema inteligente capaz de processar e gerar nova informação espacial. Esse 
sistema inteligente permite compreender as características do ambiente em estudo, fazendo uso da 
melhor informação disponível e processando-as em uma enorme quantidade sobre o espaço e o tempo 
(XAVIER DA SILVA, 1999; MELLO FILHO, 2003; VALENTINI, 2020). Outrossim, modelos espaciais, mas 
seu uso combinado com sistemas popularizados de posicionamento como o googlemaps, google Earth 
e StreetView possibilitaram a elaboração e complementação de bases cartográficas incompletas ou 
inexistentes. O mapeamento e análise cartográficas é imprescindível para a compreensão do território 
e para a implementação de ações que visem a sustentabilidade urbana e ambiental.
CONCLUSÕES
O contexto trazido pela pandemia da Covid-19, impossibilitou a realização de visitas a campo 
e reforçou a necessidade da utilização de diferentes ferramentas e softwares de análise e projeto. A 
inserção do SIG na disciplina de Projeto Urbano e Paisagem foi determinante para o aprofundamento 
dos conhecimentos, bem como permitiu agilidade em cruzamentos de dados e aprofundamento dos 
estudos das áreas de intervenção. A adoção de tecnologias interativas permitiu maior sinergia nas 
aulas remotas e permitiu melhoraria na qualidade do ensino e aproximar os alunos das dinâmicas de 
exercício profissional na área do urbanismo e planejamento urbano e regional. Essa experiência traz ao 
debate a incorporação de ferramentas de inovação tecnológica voltadas para o ensino-aprendizagem 
na área do urbanismo, fundamentais para a implementação de cidades inteligentes e sustentáveis.
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos à Universidade Federal da Fronteira Sul pela bolsa de monitoria em ensino.
REFERÊNCIAS
BOHER, J. E. T.; SANTOS, L, M. A.; SILVA, J. P. M. da; BARIN, C. S. O acesso remoto como ferramenta 
de ensino de projeto nos cursos de arquitetura e urbanismo: educação inovadora e transformadora. 
In Anais do 2º Encontro Compartilhando Saberes. Universidade Federal de Santa Maria, 2019.
72 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
CELANI, G. Colaboração remota no projeto de Arquitetura e Urbanismo em um contexto de 
isolamento social. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, 6 (1), 163-167. 2021. https://
doi.org/10.21680/2448-296X.2021v6n1ID23866
GONÇALVES, M. F.; GONÇALVES, A. M.; FIALHO, B. F.; GONÇALVES, I. M. F. A importância da 
monitoria acadêmica no ensino superior. Práticas Educativas, memórias e oralidades - Rev. Pemo, 3 
(1), p. e313757. 2021. https://doi.org/10.47149/pemo.v3i1.3757
GOOGLE, Inc. (2021). Google Maps e Street View. https://www.google.com.br/maps/. (b)
MELLO FILHO, J. A. Qualidade de vida na região da Tijuca, RJ, por Geoprocessamento. 2003. 288 p. 
Tese (Geografia – Geoprocessamento) Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2003.
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SEDREZ, M.; CELANI, G. Ensino de projeto arquitetônico com a inclusão de novas tecnologias: 
uma abordagem pedagógica contemporânea. Pós - Revista do Programa de Pós-Graduação em 
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VALENTINI, D. R. Transformação e ressignificação espaço-temporal da paisagem territorial: o 
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XAVIER DA SILVA, J.. Geoprocessamento e SGIs. Rio de Janeiro: LAGEOP. CD-ROOM, 1999, 208p.
https://www.sketchbook.com/
HTTPS://DOI.ORG/10.11606/ISSN.2317-2762.V21I35P78-97
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO NO CURSO DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA: A IMPORTÂNCIA DAS PRIMEIRAS VIVÊNCIAS NA 
FUTURA ÁREA PROFISSIONAL
Ana Caroline Guimarães1; Vanessa Salete Pescador2
INTRODUÇÃO
A Educação Física é uma área da educação que a cada dia se faz mais necessária. Segundo 
Araújo e Souza (2019), estudantes em período escolar podem, através dela, adquirir um grande 
desenvolvimento cognitivo, físico e motor, assim como também os indivíduos de todas as idades 
encontram nessa área um meio de melhorar a saúde, bem-estar, qualidade de vida, tratamento 
e prevenção de doenças, meios de socialização e expressão, autoconhecimento, desenvolvimento 
cognitivo, entre diversos outros benefícios advindos da prática de dança, academia, aulas escolares, 
pilates, treinos esportivos, ou demais formas de exercício. Portanto, tem-se que a Educação Física é 
mais do que brincar ou aprender uma disciplina pelo currículo escolar. Trata-se também de educar 
corpo e mente e atuar na formação completa de um cidadão, unindo a construção social do mesmo 
e o cuidado com a saúde do corpo e da mente. Em vista disso, compreendemos que o trabalho de um 
profissional capacitado se faz necessário para que os objetivos da disciplina, em diferentes âmbitos, 
sejam atingidos.
Deste modo, o presente trabalho descreve os relatos e vivências acadêmicas de uma 
estudante do quarto período do curso de Educação Física Licenciatura, da UNOESC – Campus Chapecó, 
dentro do componente curricular Estágio Supervisionado II. Neste, foram realizadas observações de 
10 horas na modalidade de Ginástica Rítmica, tendo o objetivo central voltado para a ampliação dos 
conhecimentos e métodos didáticos no que diz respeito ao ensino do esporte, conhecendo de perto 
o mesmo e identificando metodologias de trabalho, vivenciando as atividades quando voltadas à um 
grupo infantil, sendo que as observações foram realizadas em uma turma de iniciação esportiva. A 
partir disso, objetivaram-se também os seguintes aspectos específicos: identificar maneiras didáticas 
de trabalhar o esporte; observar e compreender os meios de condução das aulas; entender e analisar 
as maneiras de comunicação entre professor e alunos; visualizar a aplicação dos fundamentos do 
esporte dentro da faixa etária em treinamento; identificar os benefícios gerais do esporte aos alunos 
durante a prática das atividades.
Portanto, almeja-se através deste estudo apresentar os benefícios e a importância do estágio 
supervisionado durante o período acadêmico, visando o desenvolvimento de um futuro profissional 
experiente e habilitado para atuar em sua área, tendo consigo seus próprios conhecimentos, capazes 
de modificar e melhorar os modelos de educação e didáticas atualmente atuantes nos sistemas 
1 Discente do curso de Educação Física-UNOESC Chapecó, anacarolineguimarae54@gmail.com. 
2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação-UNOESC Joaçaba. Docente do curso de Educação Física-
UNOESC Chapecó, vanessaddr@yahoo.com.br. 
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educacionais, avaliando ainda quais as possibilidades e meios para que isso aconteça ainda no 
momento de formação. 
METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado com base nas experiências vividas no campo de estágio 
acadêmico, seguido de pesquisas sobre a importância de tal componente na formação de um 
profissional habilitado ao exercício de sua função. Nesse processo, no primeiro momento do Estágio 
Supervisionado II, fomos direcionados para as aulas teóricas, ministradas pela professora do 
componente, no campus da UNOESC Chapecó. 
Nesse período inicial, foram realizadas as orientações gerais referentes aos processos exigidos 
no estágio, os encaminhamentos das documentações necessárias e o direcionamento inicial para as 
etapas do estágio. Na sequência, ao longo do período de aulas teóricas, foram realizadas as emissões 
de documentos e coleta de assinaturas dos responsáveis. Simultaneamente, junto às orientações da 
professora orientadora, demos início à construção do relatório de estágio, referente às partes cabíveis 
para o momento antecedente às observações, como o referencial teórico, por exemplo.
No momento seguinte, com os procedimentos e documentos finalizados, fomos direcionados 
ao campo de estágio, onde realizamos as observações e extração dos pontos e informações relevantes 
para a construção dos roteiros de observação e, ao final, conclusão do relatório de estágio. Durante 
esse período contamos com as orientações e auxílio da professora orientadora, esclarecendo dúvidas 
e direcionando para a construção do trabalho.
Em conseguinte, após a realização do estágio e construção do relatório, através de pesquisas 
sobre a modalidade e a disciplina da Educação Física, deu-se conta da grande importância desse 
momento na construção profissional, portanto, iniciaram-se pesquisas sobre as contribuições de tal 
componente no desenvolvimento acadêmico, resultando na base do presente trabalho.
RESULTADOS
O Estágio Supervisionado II foi realizado junto ao grupo AGIRC – Associação de Ginástica 
Rítmica de Chapecó, que também atende ao projeto Atleta do Futuro, promovido pela Fundação 
Municipal do Desporto. O período de realização de estágio foi de 31/08/2002 à 16/09/2002, sendo 
que as aulas observadas aconteceram no ginásio localizado no bairro Saic, nas quartas-feiras, das 
13h30min às 16h, e nas sextas-feiras, das 13h30min às 15h, para uma turma feminina do nível de 
iniciação, com idades entre 5 e 11 anos. 
Durante as observações, foram extraídos os principais pontos das metodologias adotadas 
pelo profissional ministrante das aulas, a sua relação com as alunas, as atividades, equipamentos, 
linguagem adotada, entre outros aspectos tidos como relevantes para possibilitar a compreensão da 
acadêmica sobre a forma de trabalhar o esporte, desenvolvendo também suas próprias análises e 
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senso crítico perante as situações, tendo como base sua trajetória acadêmica vivida até o momento 
da realização do estágio. 
Com base nas observações e avaliações das situações de aula, tornou-se possível 
compreender que um profissional precisa não somente atuar, mas também conhecer, ouvir, buscar 
por novas experiências, avaliar formas de agir e se posicionar dentro de cada momento da aula e 
possíveis eventualidades que possam acontecer, entre outros pontos de suma importância. Deste 
modo, tem-se o estágio de observação como fundamental, pensando na inserção do acadêmico no 
campo atuante, mesmo que ainda em posição de absorção de conhecimentos e não de transmissão 
e intervenção. Através disso pode-se observar novos espaços, novas modalidades, diferentes 
metodologias, formas de condução de aula e postura de profissionais, sendo pontos que contribuem 
para a formação do estudante, seja de forma positiva ou negativa, estando de acordo com a realidade 
que vivenciou no período de estágio.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Referente ao estágio, Silva et al (2017) traz em sua pesquisa diversos estudos de autores 
que defendem o período de estágio supervisionado durante a formação acadêmica como de extrema 
importância, sendo o momento de construção das análises e observações de um indivíduo a partir das 
vivências, tornando-se capaz de compreender o que o cerca, adquirindo seus próprios conhecimentos 
sem embasar-se somente naquilo que lhe é depositado por outros. Para eles, a construção profissional 
é pautada em meios críticos e reflexivos, capazes de levar o indivíduo a compreensão e construção de 
seus conhecimentos individuais a partir daqui que vê e percebe no mundo. Os autores afirmam que:
Para enfim, que estes princípios se constituam como uma base sólida desde o processo de 
formação inicial do professor, é fundamento que o estágio seja compreendido como uma forma 
dialética de se pensar a prática num movimento dinâmico de ação↔reflexão↔reflexão↔ação, a 
fim de construir uma nova realidade, alcançando novos patamares a partir da reflexão, dando 
origem a uma nova prática. (SILVA et al., 2017, p. 2)
No decorrer do processo de observações do estágio supervisionado, compreendeu-se que 
o educador físico é mais do que apenas um detentor de conhecimento, mas também um transmissor, 
que deve ser apto e qualificado para tal função. No momento de observações é notório que há muito 
a se extrair de uma aula além da matéria propriamente dita, pois trata-se de um conjunto de ações e 
metodologias fundamentais para a formação de um profissional competente. Por isso, conclui-se que 
o momento de ver e ouvir para o acadêmico faz-se cada dia mais importante, onde o mesmo, ainda 
em seu momento de aprendizagem, já dá início ao processo de construção de sua futura profissão, 
aprendendo sobre a ética, responsabilidade, versatilidade e demais qualidades fundamentais de um 
bom educador, o que lhe permite construir sua própria postura profissional de forma individual, a 
partir de suas vivências e reflexões. Por isso, reafirma-se a grande importância do período de estágio 
de observação para o acadêmico, que tem a oportunidade de conhecer, aprender e buscar através 
das experiências, boas ou ruins, formar o profissional que deseja ser em sua área de atuação.
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CONCLUSÕES
Em conclusão do presente trabalho, que possui como base os estudos empíricos e teóricos 
referentes ao estágio supervisionado, tem-se que este momento se faz fundamental para a formação 
acadêmica de um indivíduo, permitindo que o mesmo conheça e explore sua futura área de atuação, ainda 
no momento de sua formação. Como trazido pelos autores supracitados, é nesse momento que o estudante 
desenvolve sua reflexão e construção do senso crítico, tendo como base suas próprias experiências. 
Deste modo, o estágio de observação oferece vivências e permite que o aluno identifique, 
reflita e se construa profissionalmente por meio das suas experiências e observações. Além de 
possibilitar a compreensão de diversas realidades e didáticas que são apresentadas no campo de 
estágio, por meio de profissionais que já estão atuando na área, o que oportuniza o desenvolvimento 
do acadêmico(a), enquanto educador. Esse espaço de observação e reflexão promove novas 
possibilidades educativas, capaz de concordar ou discordar, e por fim, inovar ao ensinar e estabelecer 
seus próprios parâmetros de ensino.
Portanto, defende-se a importância do estágio supervisionado como componente 
acadêmico desde os momentos iniciais do curso, permitindo a compreensão, desenvolvimento e 
maturação profissional, oportunizando a formação de profissionais habilitados não somente a 
ensinar ou reproduzir conteúdos, mas também a pensar, refletir e agir de forma crítica, através de 
seus pensamentos e vivência e não somente por intermédio do conhecimento de outros.
AGRADECIMENTOSAgradeço à UNOESC e ao projeto UNIEDU, Artigo 170, do qual sou bolsista, reconhecendo 
a fundamental atuação destes para a formação dos indivíduos. Agradeço aos meus professores, 
especialmente minha orientadora e incentivadora, professora Vanessa Pescador e, por fim, à Deus e 
a minha família pelas oportunidades, apoio e incentivo diário.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Antonio Victor; SOUZA, Francisco José Fornari. Importância da educação física escolar 
na formação do indivíduo. Lages, 2019. 18 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em 
Educação Física) – Centro Universitário UNIFACVEST,2019.
SILVA, Adriana Lúcia Leal da et al. Importância e contribuição do estágio supervisionado na 
formação do profissional de educação física. Revista de estudios e investigación en psicología y 
educación. v. Extr., n. 6, p. 247 - 252, 2017. Disponível em: https://revistas.udc.es/index.php/reipe/
article/view/reipe.2017.0.06.2564/pdf. Acesso em: 13 out. 2022.
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GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS NO INSTITUTO FEDERAL 
CATARINENSE: DESVIOS ENTRE ASPECTOS 
OSTENSIVO E PERFORMATIVO
Paulo Roberto da Silva1; Juliano Danilo Spuldaro2
INTRODUÇÃO
Uma maneira de se compreender rotinas organizacionais é considerar que elas são formadas 
por aspectos ostensivo e performativo (FELDMAN; PENTLAND, 2003). Nessa perspectiva, a presente 
pesquisa estudou a rotina de gestão e fiscalização de contratos do Instituto Federal Catarinense, 
instruídas por seu manual institucional. O estudo objetivou identificar as razões que expliquem os 
possíveis desalinhamentos entre a execução real (aspecto performativo) e as orientações formais 
(aspecto ostensivo). A base teórica de sustentação da pesquisa foram as rotinas organizacionais e 
routine dynamics. 
Os resultados evidenciaram que o manual não atingiu seu objetivo como elemento 
padronizante, atribuindo-se a 3 possíveis causas. Compreendido que a aproximação do aspecto 
performativo do ostensivo garante maior conformidade dos atos administrativos, a presente trabalho 
contribui com proposições nesse sentido. Os resultados permitem gerar contribuição gerencial e 
discussão no campo teórico das rotinas organizacionais em instituições públicas caracterizadas por 
autonomia administrativa de seus agentes.
MÉTODOLOGIA
A pesquisa se insere no campo de estudos das organizações, no tema de rotinas 
organizacionais, e estudou através de estudo de caso específico (YIN, 2016) a rotina de gestão e 
fiscalização de contratos no contexto da administração pública, mais especificamente em um 
ambiente caracterizado por descentralização administrativa, que caracteriza o Instituto Federal 
Catarinense - IFC. 
Foram utilizadas três fontes de dados: 1) levantamento bibliográfico e pesquisa documental 
para caracterizar a instituição e a rotina estudada e seus artefatos; 2) verificação dos processos 
administrativos associados a gestão e fiscalização dos contratos para levantar como os atos 
administrativos são realizados e documentados e por fim; 3) a realização de entrevistas semiestruturadas 
com os gestores de contratos para levantar como as rotinas são desenvolvidas de fato.
1 Mestrando do Programa de Mestrado Profissional de Administração (MPA) – Unoesc - Campus Chapecó. E-mail: paulo.
caixapessoal@gmail.com. 
2 Docente do Programa de Mestrado Profissional de Administração (MPA) – Unoesc - Campus Chapecó. E-mail: juliano.
spuldaro@unoesc.edu.br. 
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Do universo de pesquisa de 15 gestores de contrato, foram entrevistados 8. Thiry-Cherques 
(2009) indicam que a saturação teórica ocorre até a 12ª entrevista, e Guest, Bunce e Johnson (2006) 
indicam as categorias centrais são identificadas até a 6ª entrevista. Portanto, o quantitativo de 8 
gestores de contratos entrevistados mostrou-se adequado para o levantamento das evidências do 
estudo, uma vez que foram subsidiadas pelas documentações analisadas.
A técnica de análise dos dados foi a análise de conteúdo, que de acordo com Bardin (2011) 
pode ser segmentada em três etapas: 1) pré-análise; 2) exploração dos materiais e; 3) análise e 
interpretação dos dados e realização de inferências. 
RESULTADOS
A pesquisa constatou que a rotina de gestão e fiscalização de contratos é executada com 
algum grau de desalinhamento nos diferentes campi. As variações são observadas não só entre os 
diversos campi, mas também dentro deles, com o passar do tempo. No entanto, elas não representarem 
riscos de ordem legal, pois todas atenderam as exigências normativas de âmbito federal. A análise 
dos dados permitiu apontar 3 causas dos desalinhamentos, que são apresentadas na Tabela 1: 
Tabela 1 - Causas dos desalinhamentos entre o aspecto ostensivo e performativo
Causa Desvio Associado
Estrutura do Manual
Elementos Desatualizados
Falta de detalhamento das instruções
Elementos gráficos não compreendidos por alguns entrevistados
Falta de associação dos anexos com as etapas
Falta de versão editável dos anexos
Manual não apresenta apontamentos e cautelas relevantes a serem observadas
Fluxo do manual não contempla alimentação do sistema integrado de gestão
Dúvidas frequentes dos usuários não constam no manual
Implantação/
Divulgação
Não houve iniciativa ou campanha de adoção
O instrumento foi publicado em caráter orientativo e não obrigatório
Falta de sistemática de atualização e revisão
Rotinas e Hábitos 
Preexistentes
Preferência por utilizar modelos próprios, manter a forma de executar as tarefas, e 
hábito de buscar informação em fontes diversas
Fonte: o autor (2022).
A análise das causas apresentadas permitiu a proposição de pelo menos 3 medidas que 
objetivam aproximar a execução real da rotina com as instruções formais, sendo: a) efetuar uma 
revisão e atualização do instrumento formal; b) criar um ambiente colaborativo que permita a 
atualização constante e a construção coletiva do instrumento, e por fim; c) instituir uma política de 
monitoramento a orientação em conjunto com a unidade de controle interno da instituição. 
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Anais Eletrônicos
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os desalinhamentos identificados entre as instruções contidas no manual institucional em 
relação a execução da rotina não apresentam em um primeiro momento, problemas de ordem legal, 
pois essa variedade não é necessariamente prejudicial, e vista até como natural segundo Cohen 
(2007), quando se acomoda dentro dos limites estabelecidos da Instrução Normativa 05/2017 SEGES 
e nos limites dos demais instrumentos internos da instituição. 
Em relação aos hábitos existentes, as entrevistas revelaram que as rotinas dos novos 
gestores de contratos foram formadas pelas rotinas anteriores, como indicam Nelson e Winter (1982). 
Além disso, se constata que existe uma tendência de se repetir como já se fazia (ZANDER; KOGUT, 
1995). No entanto pelas características de autonomia administrativa e liberdade que as chefias dão 
aos gestores de contratos, estes não só se baseiam nas rotinas pré-estabelecidas, mas também 
promoveram pequenas adaptações ao seu modo de trabalho.
A observação de períodos de transição, como das instituições federais de ensino superior 
revela que a transição dos cargos e funções ocorrem frequentemente de maneira quase completa, se 
aproximando de uma ruptura. É possível que essa condição – transições concomitantes em múltiplos 
setores – amplifique as variações quando entendemos que as rotinas são disposições coletivas. Isso 
significa que quando ocorrer a alternância simultânea de agentes em ambos os lados do ponto de 
intersecção entre setores administrativos, podem ser convencionados com mais facilidade novas 
formas de organização e tramitação de artefatose usos de sistemas.
Dado o grau de liberdade de autonomia dos agentes no IFC, as rotinas se aproximam mais 
das descrições de rotinas como algo fluído e mutável. Mais adaptável do que padronizável, até pela 
própria natureza dos insumos da rotina de gestão de contratos que são diferentes materiais e serviços 
contratados, cada um com suas particularidades e especificidades.
A observação da rotina de gestão e fiscalização de contratos não dá certeza se as rotinas 
da administração pública podem ser vistas do ponto da economia evolutiva de Nelson e Winter 
(1982), pois se considerarmos as rotinas como genes, o IFC como órgão da administração pública não 
participa da seleção natural de mercado. Sua constituição e manutenção dependem essencialmente 
de vontade política justificada por meio de atendimento a demandas sociais. Portanto, eficiência 
administrativa mesmo constituindo princípio constitucional estabelecido no Art. 37 da Constituição 
Federal está ombreada com demais princípios administrativos, como por exemplo da legalidade, que 
exercem até maior influência nas atividades diárias.
Transportando esse entendimento para as rotinas, isso significa que nem sempre a rotina 
mais eficiente acaba sendo adotada, uma vez que determinados servidores preferem maior ou 
menor nível de formalidade que exigem como consequência maior esforço de realização, em troca do 
que podemos chamar de sensação de segurança/conformidade, o que pode resultar em formalismo 
excessivo e perda e eficiência.
Ao que parece quando da entrada dos novos gestores de contratos as pequenas alterações 
e adaptações acontecem, ou seja, nos períodos de transição. Estes períodos de transição costumam 
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ser por prazo certo especialmente nos campi mais tradicionais onde quando há a eleição de novo 
diretor-geral, as alternâncias de cargos e funções na administração das universidades ocorrem. Isso 
quer dizer que a alternância de poder, é uma característica das instituições federais de ensino superior. 
Desse modo, as orientações formais do manual podem assumir importante papel de transição como 
instrumento de orientação para avaliação da conformidade das rotinas existentes.
Reduzir essas variações, e aproximar a execução real das rotinas em relação a sua concepção 
formal no âmbito do Instituto Federal Catarinense implica atuar nas três causas observadas, e manter 
as orientações formais permanentemente atualizadas, fator que demandará esforços permanentes 
da administração.
CONCLUSÕES
Os resultados do trabalho evidenciam que as rotinas de gestão e fiscalização de contratos 
estão imersas em um ambiente altamente regulado, porém com margem para variações. A 
alternância no quadro de servidores é um aspecto que contribui para as variações observadas. Nessa 
perspectiva a criação de um ambiente colaborativo no lugar de um instrumento de orientação fixo, tal 
como o manual de gestão e fiscalização de contratos pode ser mais eficaz, na medida em que inclui 
os usuários na construção das instruções e na atualização destas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Instituto Federal Catarinense e seus servidores que viabilizaram a pesquisa. 
Agradeço a Unoesc – Campus Chapecó, na figura do orientador, prof. Dr. Juliano D. Spuldaro 
por fornecer o direcionamento necessário ao desenvolvimento da pesquisa.
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
COHEN, M. D. Reading Dewey: Reflections on the study of routine. Organization studies, 28(5), 773-
786, 2007.
FELDMAN, M. S.; PENTLAND, B. T. Reconceptualizing Organizational Routines as a Source of 
Flexibility and Change. Administrative Science Quarterly, 48(1), 94-118, 2003. doi: https://doi.
org/10.2307/3556620.
GUEST, G.; BUNCE, A.; JOHNSON, L. How Many Interviews Are Enough? Experiment with 
Data Saturation and Variability. Field Methods, 2006, 18(1), 59–82. Disponível em: https://doi.
org/10.1177/1525822X05279903.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge: Belknap 
Press/Harvard University Press, 1982.
THIRY-CHERQUES, H. R. Saturação em pesquisa qualitativa: estimativa empírica de 
dimensionamento. Revista PMKT, 20–27, 2009, 3 (Outubro).
YIN, R. K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.
ZANDER, U. K.; KOGUT, B. Knowledge and the speed of the transfer and imitation of organizational 
capabilities: and empirical test. Organization Science, 6(1), 76-92, 1995.
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INTEGRACIÓN DIDÁCTICA DE LAS TIC PARA EL FOMENTO 
DE UNA CONCIENCIA AMBIENTAL SOSTENIBLE
Lizeth Paola Fuentes Riaño1; Alex David Ruiz Meneses2; Freddy Marín-González3
INTRODUCCIÓN
En la presente ponencia se presentan los resultados de una investigación orientada al diseño 
de una propuesta fundamentada en la mediación didáctica de las TIC, que a través de la producción 
de contenidos digitales y el desarrollo del pensamiento visual contribuyan al fortalecimiento de una 
conciencia ambiental sostenible en estudiantes de básica secundaria. Para ello se explora de manera 
argumentativa la temática en distintas dimensiones, como son: tecnológica, política educativa, 
educación ambiental, metodológica y perfil actitudinal estudiantil. La metodología está fundamentada 
en un enfoque racionalista - deductivo, paradigma critico - mixto y método de razonamiento lógico 
deductivo; en cuanto al diseño de investigación, es de tipo documental, de campo y propositivo; 
cuyo contexto empírico es la Institución Educativa San José de Majagual – Sucre, Colombia. Los 
principales resultados se distinguen en la motivación que generan las técnicas visuales y recursos 
informáticos en los estudiantes, así como la importancia de elaborar propuestas interdisciplinares 
y transversales por parte de docentes y directivos docentes que contribuyan al fortalecimiento 
de la conciencia ambiental en los estudiantes. Los hallazgos sirven de insumo para el diseño de la 
propuesta pedagógica: PLANETÓN C.A, con el propósito de fortalecer desde procesos sostenibles la 
conciencia ambiental, incentivando el pensamiento visual y el desarrollo de videos digitales, enfocado 
hacia problemáticas ambientales del contexto. Se concluye en la necesidad de fomentar la conciencia 
ambiental en jóvenes de básica secundaria y garantizar su sostenibilidad, integrando iniciativas 
atractivas e interdisciplinares a través de la mediación didáctica de las TIC.
El uso de la tecnología evidencia cada vez más relevancia e incursión en los distintitos 
escenarios y actividades de los seres humanos, organismos internacionales tales como la Organización 
para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (ODCE), la Organización de las Naciones Unidas 
(ONU) o la Assessment and Teaching of 21st Century Skills (ATC21s), han dado directrices sobre 
las competencias a fomentar para los estudiantes del siglo XXI, entre las cuales el manejo de la 
información, la apropiación de las tecnologías digitales y la resolución de problemas, son algunos 
ejemplos. Por tanto, se resalta la importancia que tiene la apropiación de las TIC y los recursos 
tecnológicos informáticos en la formación de jóvenes competentes y en correspondencia con las 
directrices demandas por la sociedad contemporánea, donde, la resolución de problemas cumple un 
gran papel en relación a tomar partido para las transformaciones sociales de los distintos entornos. 
1 Especialista en Estudios Pedagógicos y candidata a Magister en Educación. Universidad de la Costa. Docente de 
Prescolar. Institución Distrital José Antonio Galán, Bogotá, DC. E-mail: lfuentes17@cuc.edu.co.
2 Especialista en Estudios Pedagógicos y Candidatoa Magister en Educación. Universidad de la Costa. Docente de Básica 
Secundaria y Media. Tecnología e Informática. Institución Educativa San José, Majagual – Sucre. E-mail: aruiz@cuc.edu.co.
3 Profesor Titular III Tiempo Completo de la Universidad de la Costa, Colombia, adscrito al Departamento de Humanidades, 
en los programas de Doctorado y Maestría en Educación.
84 Anais Eletrônicos
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Al respecto, se debe prestar atención a problemáticas tales como el cuidado del medio ambiente y el 
uso responsable de los desechos sólidos, agresores de la fauna, la flora y las fuentes hídricas.
Editor jefe de la Revista Cultura Educación y Sociedad y Líder de la Línea de Investigación en 
Calidad Educativa. Ratificado como investigador Senior por MINCIENCIAS (Colombia). Posee estudios 
de Licenciatura, Especialización y Maestría en Educación, así como Doctorado y Postdoctorado en 
Ciencias Humanas por la Universidad del Zulia, Venezuela, de la cual es Profesor Emérito.
En este orden de ideas, la presente investigación se desarrolla en la Institución Educativa 
San José, ubicada en la zona urbana del Municipio de Majagual, Departamento de Sucre (Colombia), 
donde se hace pertinente desarrollar una propuesta didáctica tecnológica que posibilite el fomento 
de la conciencia ambiental en estudiantes de básica secundaria, a través de la mediación didáctica 
de las TIC y el pensamiento visual; partiendo del supuesto de investigación: los estudiantes son 
indiferentes a las problemáticas medioambientales de su comunidad y hacen uso inapropiado de los 
residuos sólidos en los diferentes espacios de la Institución Educativa, repercutiendo negativamente 
su entorno y la manera de percibir o actuar en el contexto vivencial.
METODOLOGIA
El enfoque epistemológico del presente estudio es el Racionalista – Deductivo, en tanto 
consiste en anteponer los mecanismos de la razón para llegar a generar conocimiento. Se plantea, 
a su vez un paradigma mixto, puesto que integra un conjunto de procesos sistemáticos, empíricos 
y críticos, así como la recolección y análisis de datos cualitativos y cuantitativos, buscando obtener 
información más amplia del objeto de estudio que conlleven a una mayor exploración de los datos 
y una mejor comprensión del problema. (HERNÁNDEZ-SAMPIERI; MENDOZA, 2008). En cuanto al 
método de investigación, corresponde al método de razonamiento lógico deductivo; el cual, adapta 
los principios descubiertos a casos particulares a partir de la vinculación de juicios donde el papel 
de la deducción es doble: encontrar principios desconocidos mediante los conocidos y descubrir 
consecuencias desconocidas, de principios conocidos. (BEHAR, 2008). 
Por tanto el diseño de investigación, se constituye de tres componentes: el componente teórico 
– documental, el componente de campo y el componente propositivo. El alcance de la investigación 
parte del planteamiento del problema, en relación a las categorías de mediación didáctica de las 
TIC y fomento de la conciencia ambiental. En cuanto al componente teórico – documental se realizó 
el análisis de contenido a 3 documentos, los cuales fueron: el Proyecto Educativo Institucional (PEI), 
el plan de estudios de Ciencias Naturales y Educación Ambiental y las Mallas Curriculares de la 
Institución Educativa. Para el componente de campo se trabajó con 3 poblaciones, la población de 
unidades A: conformada por estudiantes de octavo grado de básica secundaria, la población de 
unidades B, conformada por los docentes de básica secundaria y media, y la población de unidades 
C, conformada por los directivos docentes de la Institución Educativa San José.
La técnica utilizada para el análisis de información cualitativa fue el análisis de contenido 
y el instrumento: matriz de análisis de contenido; en cuanto a la técnica utilizada para el análisis 
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de información cuantitativa fue la encuesta, con el instrumento: el cuestionario. Así mismo se aplicó 
técnicas para la validez y confiabilidad de los instrumentos, en el primer caso los instrumentos 
fueron sometidos a procesos de validez por 5 expertos. Para los instrumentos del diseño de campo, 
constituidos por 3 cuestionarios para las poblaciones A, B y C, se le determinó su confiabilidad 
utilizando el Indicador del Coeficiente de Alfa (α) de Cronbach.
RESULTADOS
Los resultados encontrados confirman en la importancia que tiene el desarrollo de videos 
y productos digitales para las clases con los estudiantes, en tanto son agradables y fáciles de 
usar para toda la comunidad en general, aunque es evidente en algunos casos la resistencia al 
cambio manifestado por los docentes de mayor edad. Por tanto, la integración de la tecnología en 
los procesos instituciones es un aspecto a mejorar, ya que permite crear espacios para el correcto 
uso de las TIC, en la escuela para propósitos educativos, puesto que, una correcta apropiación 
tecnológica promueve la transformación tanto del usuario como de la tecnología, no solo se da lugar 
a conocimientos y habilidades, sino que causa también transformaciones en la misma tecnología. 
(OVERDIJK; DIGGELEN, 2006). 
En cuanto al pensamiento visual y sus técnicas, todos los actores involucrados expresan 
estar de acuerdo con este tipo de iniciativas, en tanto despiertan el interés sobre las distintas 
temáticas vistas en la institución, además son del agrado de los jóvenes estudiantes, tan involucrados 
en tecnologías, aplicaciones y servicios de video streaming y demás técnicas de aprendizaje visual. 
Los resultados concernientes al perfil actitudinal de los actores, se clasifican según las 
dimensiones de la conciencia ambiental (CHULIÁ, 1995), en la dimensión cognitiva, todos los actores 
involucrados dicen saber y estar interesados en las temáticas y problemáticas medioambientes, así 
como iniciativas y normativas nacionales e internacionales, sin embargo en la dimensión conativa, los 
estudiantes expresan en su mayoría adoptar principios medioambientales, aunque la importancia 
de cumplir estos propósitos no es una prioridad; lo mismo ocurre con la dimensión activa, si bien en 
su mayoría expresa ser activos en campañas sobre el cuidado del medio ambiente, cierto porcentaje 
denota apatía y falta de interés en estos temas. Por último, en la dimensión afectiva, se evidencia en 
los estudiantes y comunidad en general el agrado por espacios verdes y cuerpos de agua limpios y en 
buen estado, aunque su cuidado y mantenimiento no parecen ser de su incumbencia y compromiso.
FUNDAMENTO TEORICO
Los artículos científicos, trabajos de maestría y doctorado, que se analizaron, son el resultado 
de una búsqueda de investigaciones internacionales y nacionales desarrolladas durante los últimos 4 
años, las cuales corresponden directamente con el objeto de estudio y en segundo lugar “siempre es 
conveniente efectuar la revisión de la literatura y presentarla de una manera organizada” teniendo 
presente que se debe vincular lógica y coherentemente los conceptos y proposiciones existentes” 
(HERNÁNDEZ; FERNÁNDEZ; BAPTISTA, 2014).
86 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
En cuanto a la categoría mediación didáctica de las TIC se evidenció la relevancia de concentrar 
el potencial de las habilidades de mediación didácticas: comunicación y tecnología audiovisual en 
una metodología de enseñanza aprendizaje, donde engloba las habilidades de multilenguaje y 
mediación audiovisual en un entorno digital, puesto que en la sociedad presente y tras la pandemia 
la comunicación audiovisual se ha convertido casi en la norma.
En torno a la categoría conciencia ambiental se encontró que la formación ambiental de 
los estudiantes se vio influenciadapor la implementación de la metodología con TIC de enseñanza 
de la educación ambiental para el desarrollo sostenible como complemento curricular, además se 
evidenció la importancia de aumentar la conciencia sobre el clima y los problemas relacionados con 
el cambio climático donde se busca que los estudiantes construyan una educación respetuosa con el 
clima y el medio ambiente.
La educación ambiental, es un área en constante proceso de desarrollo y reformulación 
tanto a nivel local, regional, nacional y mundial. Originándose en la conferencia de las naciones unidas 
sobre el Medio Ambiente celebrada en Estocolmo, Suecia, en junio de 1972. Donde se plantea a la 
Educación Ambiental, como una alternativa para que las sociedades internacionales promuevan el 
cuidado y conservación de la naturaleza. Quiva y Vera (2010). Finalmente, y de acuerdo con el análisis 
e interpretación de los datos cualitativos obtenidos de la matriz de análisis de contenido para los 
documentos PEI, Plan de estudio de Ciencias Naturales y Educación Ambiental y las Mallas Curriculares, 
así como de los datos cuantitativos obtenidos del cuestionario a los estudiantes, docentes y directivos 
docentes, se procede a definir los componentes estructurales y operativos de la propuesta didáctica 
fundamentada la mediación didáctica de las TIC, para el fomento de la conciencia ambiental, la cual 
lleva por título PLANETON C.A, el planeta te pide conciencia ambiental, cuyo propósito es fortalecer la 
conciencia ambiental, incentivando el pensamiento visual y el desarrollo de videos digitales, enfocado 
hacia problemáticas ambientales del contexto.
PLANETÓN C.A, desarrolla de manera interactiva e innovadora una serie de actividades 
que incluyen: desarrollar el pensamiento visual, conocer y manejar algunas apps de sonido, y edición 
de videos, reconocer problemáticas ambientales, transversalizando las categorías concernientes al 
presente estudio: conciencia ambiental y mediación didáctica de las TIC.
CONCLUSIONES
Los jóvenes sienten agrado y simpatía por temáticas relacionadas con la educación ambiental 
y el cuidado del medio ambiente, pero sin mucho compromiso.
La mediación didáctica de las TIC, es pertinente como estrategia integrada en la planeación 
de guías de aprendizaje y durante las prácticas pedagógicas. Al igual, el uso del pensamiento visual 
y los medios audiovisuales, permiten en el estudiante adquirir nuevos conocimientos; aportando 
innovación, atracción, capacidad de análisis, aprendizaje significativo y resolución de problemas.
87
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
El planteamiento de propuestas interactivas e innovadoras, de tipo interdisciplinar, que 
involucren la mediación didáctica de las TIC y el pensamiento visual, son iniciativas pertinentes, en 
concordancia con los cambios y trasformaciones sociales.
Como recomendación se hace pertinente que en la Institución Educativa San José de 
Majagual – Sucre, se lleve a cabo un trabajo de sensibilización orientado a lograr que se utilicen e 
integren las herramientas tecnológicas con fines académicos y educativos. Así como disponer de 
espacios que faciliten a los estudiantes la exploración por sí mismos de situaciones medioambientales, 
a través de iniciativas interdisciplinares y transversales, plasmadas en el PEI.
AGRADECIMIENTOS
A la Universidad de la Costa – CUC.
A la Institución Educativa San José del municipio de Majagual – Sucre y a la Institución 
Educativa Distrital José Antonio Galán, Colombia.
REFERENCIAS
BEHAR, D. Metodología de investigación. Bogotá. Colombia: Editorial Shalom, 2008.
CHULIÁ, E. La conciencia medioambiental de los españoles en los Noventa. ASP Research Paper 
12(a), 1995.
QUIVA, Dayli; VERA, Luis. La educación ambiental como herramienta para promover el desarrollo 
sostenible, 2010. Disponible: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=99317168008.
HERNÁNDEZ SAMPIERI, R.; MENDOZA, C. El matrimonio cuantitativo cualitativo: el paradigma 
mixto. En J. L. Álvarez Gayou (Presidente), 6º Congreso de Investigación en Sexología. Congreso 
efectuado por el Instituto Mexicano de Sexología, A. C. y la Universidad Juárez Autónoma de 
Tabasco, Villahermosa, Tabasco, México, 2008.
HERNÁNDEZ, R.; FERNÁNDEZ C.; Y BATISTA, M. Metodología de la investigación. México, México; 
Editorial Mc Graw Hill. 2014.
OVERDIJK, M.; DIGGELEN, V. D. “Technology appropriation in face-to-face collaborative learning,” 
First European Conference on Technology Enhanced Learning, 1-2 de octubre, Creta, Grecia: CEUR-
WS. 2006.
89
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
INVESTIGACIÓN, INNOVACIÓN UNA OPORTUNIDAD 
PARA EL DESARROLLO 
Raúl Herrera Faúndez1
INTRODUCCION
El presente trabajo revisa los aspectos que fundamentan los avances en investigación 
y desarrollo para los países miembros de OCDE y entrega antecedentes de como organismos 
multilaterales facilitan el trabajo de investigación multi-disciplinario.
La ciencia, tecnología e innovación, tienen un papel protagónico para sustentar crecimiento 
económico y productividad, mejorar la competitividad y el desarrollo sostenible, impactando 
positivamente en el mejoramiento de la calidad de vida de la sociedad. En ello, la investigación liderada 
en nuestros países ha permitido la implementación de nuevas técnicas y estrategias que sustentan el 
desarrollo. No es menor que muchas de las investigaciones realizadas se producen en la Universidad. 
Este ha su vez, es el modelo adoptado en los países del hemisferio norte, creando “spin off” y que ha 
permitido la consolidación de empresas en los más variados rubros del quehacer económico. Esta 
estrategia ha servido de modelo para que países del Asia también consoliden su desarrollo, lo cual 
sumado al gasto público en educación, permite que destaquen países como Corea del Sur, Taiwán, 
China, además de Japón.
El conocimiento generado por el desarrollo científico en Chile ha permitido innovar en 
diversos aspectos de nuestro ámbito productivo. La I+D permite a los países adoptar mejores 
tecnologías, proporciona nuevos y mejores bienes y los frutos de esta actividad se difunden al resto 
de la economía. La OECD entiende por investigación y desarrollo experimental al trabajo creativo 
realizado de manera sistemática con el propósito de aumentar el stock de conocimiento, incluyendo 
el conocimiento del hombre, la cultura y la sociedad, y el uso de este stock de conocimiento para 
crear nuevas aplicaciones. Se reconoce además tres actividades: (1) investigación base es un trabajo 
experimental o teórico realizado para adquirir nuevo conocimiento sobre el fundamento de fenómenos 
o hechos observables, sin tener en vista ninguna aplicación o uso particular, (2) investigación aplicada 
es también realizada para adquirir nuevo conocimiento, aunque está dirigida fundamentalmente 
hacia un objetivo específico y (3) desarrollo experimental es un trabajo que se basa en el conocimiento 
ganado en la investigación y/o la experiencia práctica que es dirigido a producir nuevos materiales, 
productos o servicios, a instalar nuevos procesos, sistemas o servicios, o a mejorar sustancialmente 
aquellos existentes o instalados (MARSHALL, 2012). 
Se entiende además que el desarrollo está íntimamente ligado a la tasa de gasto I+D/
PIB y se puede constatar que países de la OECD invierten en promedio al año 2020 2,67%, 
donde países como Israel o Corea del Sur están por sobre el promedio invirtiendo un 5,4% y 4,8%, 
respectivamente. A su tanto, en Europa, Bélgica y Austria poseen tasas de gastos público (GDP) de 
1 Académico en la Universidad de Talca, Chile; Instituto of Biological Science (IBC); PhD. E-mail: rherrerafaundez@gmail.com.
mailto:rherrerafaundez@gmail.com
90 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovaçãopara o Desenvolvimento Sustentável
3,3%, Alemania 3,1%, España 1,4%, teniendo en general estos países europeos un gasto promedio 
de 2,2%. En contraste países a este lado del mundo, cuyos índices son significativamente menores, 
como Argentina al año 2019 su tasa fue de 0,457% (no hay dato 2020), México, Colombia y Chile 
que presentan una tasa promedio de 0,3% (OECD, 2022). No es un secreto que aquellos países 
que dedican mayor porcentaje del PIB a investigación y desarrollo crecen más rápidamente, lo cual, 
permite a estos países adoptar mejores tecnologías, proporcionando nuevos y mejores bienes. La 
cadena de flujo que contempla para un área determinada la investigación, innovación, aumento de 
la producción en sistemas abiertos y transparentes, difunde hacia otras áreas de la economía, lo 
cual se constituye en un círculo económico virtuoso.
Chile y nuestros países están a una enorme distancia de los países desarrollados. De los 
34 países de la OCDE, somos el sexto con menor inversión anual en ciencia. La meta propuesta es 
alcanzar una inversión equivalente al 0,8% del PIB, sin embargo, actualmente sólo ocho países de 
esa organización invierten menos del 1%. Por tanto, un imperativo es mejorar las tasas de inversión 
(HERRERA; SILVA, 2005). En todo caso, el aumento de este índice no necesariamente es sinónimo de 
mejoramiento de los estándares de investigación científica en el país, se debe considera además el 
número de investigadores que laboran en cada país. Por otro lado, Chile es uno de los tres países que 
tienen menos de mil investigadores por cada millón de habitantes (Finlandia, por ejemplo, tiene casi 
diez veces más). El Ranking Global de Innovación 2021, elaborado por un organismo especializado 
de Naciones Unidas, clasificó a 132 países según su capacidad de innovación e inventiva de nuevos 
productos. Los top ten son Suiza, Suecia, USA, Reino Unido, Corea del Sur, Holanda, Finlandia, Singapur, 
Dinamarca y Alemania (Global Innovation Index Database, 2021). Los países latinoamericanos están 
bajo los cincuenta y rankeados como: Chile (53), al cual le siguen México (55), Costa Rica (56), Brasil 
(57), Uruguay (65), Colombia (67) Perú (70), Argentina (73), Panamá (83), Paraguay (88), Ecuador 
(91). Más abajo en el ranking se puede observar a Bolivia (104) y Honduras (108). 
Interesante que cuando se analiza el rendimiento en innovación al considerar los niveles de 
ingresos de nuestras economías. Chile y Uruguay consideradas como economías de altos ingresos, 
agrupan junto a Nueva Zelanda, Italia, España, Portugal, Polonia, Croacia con un rendimiento 
promedio de acuerdo con el nivel de desarrollo. En el grupo de ingreso medio, Brasil y Perú destacan 
sobre las expectativas para el nivel de desarrollo y agrupan junto a China, Sud-Africa o Bulgaria. En 
tanto, México, Costa Rica, Colombia, Paraguay, Ecuador, Guatemala, tiene un rendimiento promedio 
para este tipo de economías. En tanto, Argentina y República Dominicana tienen un rendimiento por 
debajo de las anteriores (GLOBAL INNOVATION INDEX DATABASE, 2021). Interesante de observar el 
caso de Suiza que ha estado en el primer lugar del ranking desde 2011, que presenta que presenta un 
gasto del PIB a 2019 de 3,147%, pero que se incrementa consistentemente desde un 2,259% invertido 
el año 2000 (OECD, 2022). Las políticas públicas que orientan la investigación y desarrollo son críticas 
para mantener y fortalecer las capacidades de nuestros países. Irlanda, Holanda o Dinamarca eran 
economías muy observadas la última década, sin embargo, han perdido competitividad e incluso 
Irlanda o Luxemburgo han salido de las primeras 15 economías en el ranking, quizás influenciadas por 
las políticas públicas aplicadas en esas economías. 
91
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Estas políticas públicas deben considerar adecuadamente el aporte de privados en 
investigación y desarrollo. En países del hemisferio norte más del 50% del gasto en investigación 
y desarrollo proviene de fuentes privadas, sin embargo, en nuestros países alcanza niveles muy 
bajos de inversión y que ha requerido, como el caso de Chile, que los aportes en investigación y 
desarrollo se descuenten del impuesto que pagan las empresas al Estado. La evidencia muestra una 
relación positiva en gasto eficiente para la innovación y desarrollo de nuestras economías (GLOBAL 
INNOVATION INDEX DATABASE, 2021).
En el caso de Chile, el financiamiento de investigación proviene esencialmente de los 
presupuestos que para estos efectos destina el gobierno a través de distintos programas y las 
Universidades. Los recursos provienen de fondos competitivos (FONDECYT, FONDAP, FIA, FONIS 
(Fondo Nacional de Investigación y Desarrollo en Salud), FONIDE (Fondo nacional de Investigación 
en Educación), Financiamiento basal para Centros de Excelencia a los cuales postulan tanto las 
Universidades como otras instituciones. Además, es posible acceder a fondos de Corporación de 
Fomento (Corfo). FONDECYT es la principal fuente de financiamiento para la investigación científica 
y tecnológica básica. Entendemos por este tipo de ciencia, la que no necesariamente genera un 
producto de licenciamiento. Hasta el 2011 Chile invertía alrededor del 0.5% del PIB en ciencia y 
tecnología en circunstancias que Israel invierte poco más del 4.8 % del PIB. Sin embargo, la inversión 
pública en el sistema nacional de investigación de innovación y desarrollo está en un 15% por encima 
del PIB. En cuanto al nivel de publicaciones, Chile tiene una tasa de 24,000 publicaciones por año, 
todas provenientes del sector académico. Holanda con un número similar de habitantes realiza 
178.000 publicaciones, 8% provenientes de la industria, 11% del Gobierno y 82% restantes del sector 
académico. En lo que Chile destaca es en el número de citaciones por publicación en el concierto 
Latinoamericano, pero ellas están ligadas muy particularmente al ámbito astronómico. Aun cuando 
Chile invierte poco en investigación, la tasa de citación por publicación es de 12,03 en circunstancias 
que en Argentina es de 9,85; Colombia 9,37; Brasil 8,98; México 8,92; Venezuela 7,64 y Cuba 5,0. 
En relación al número de publicaciones por gasto en investigación y desarrollo, Chile muestra una 
eficiencia 2,1 veces mayor que Argentina y 4 veces mayor que Brasil. Es interesante observar que 
para el sistema de financiamiento de FONDECYT hubo un aumento progresivo hasta el año 2013 
($ 74.903.670), sin embargo, dicha cifra de aporte al Programa disminuyó en los siguientes dos 
años. Evidentemente se requiere un mayor aporte del estado en investigación, en conjunto con un 
sustantivo aporte de privados, ello permitirá mantener un crecimiento sostenido como lo observado 
en los últimos años.
La inversión en formación de capital humano avanzado es una prioridad. El desarrollo en 
investigación e innovación no se sostiene si los índices de inversión en esta área son bajos. La tasa de 
graduación en los doctorados para Chile llegó a 24 por cada millón de habitantes en 2012. En tanto 
México formó a 33 doctores por cada millón de personas y Suiza 452 doctores. En Chile al año 2012 
tenía un total de sólo 3.648 investigadores, una cifra muy por debajo del promedio internacional. Con 
todo, la inserción laboral de profesionales con grado de doctor implicó que un 42% de los graduados 
se desempeña en el área académica, el 18% en el sector privado y el 14% en el sector público. La 
baja incorporación de investigadores con grado de doctor en el sector privado puede ser uno de los 
92 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
factores del bajo avance en innovación que muestra el país. Esto tampoco relaciona con los índices 
de gasto en educación. Si bien Chile ostenta el primer lugar en gasto para esta área, no muestralos 
mismos índices en productividad que muestran países como Suiza, Israel o Corea del Sur, que gastan 
sobre el promedio OCDE en esta área. Más aún, países como Alemania, Austria, Japón, Finlandia 
tienen un gasto menor al promedio, pero sus economías son más productivas en investigación y 
desarrollo como lo muestran los datos anteriores (OCDE, 2022).
Con todo, un aspecto que se debe tener presente para mejorar los resultados en investigación 
y desarrollo es el fortalecimiento de grupos de investigación que colaborativamente lo hacen desde 
distintos países. La Unión Europea (EU) financia, a través del programa de investigación y desarrollo, 
proyectos de investigación, no solo multidisciplinarios, sino que debe incluir dentro de los equipos 
de investigación a miembros de países europeos, pero también a investigadores de otros países 
no miembros de la UE, que incluye varios latinoamericanos e Israel. Dentro de sus objetivos esta 
fortalecer la posición en ciencia de la EU, así como la innovación industrial, lo que incluye la inversión 
en tecnología de frontera y el acceso a capital y apoyo de pequeñas empresas. 
Mercosur es una organización multilateral de países sudamericanos, que promueve la 
integración, pero también cuenta con un programa incipiente para investigación y desarrollo. Este 
programa pudiese ser más activo en promover el trabajo colaborativo entre investigadores de los 
países miembros y asociados
La pandemia por el COVID-19 que nos afecta actualmente es una muestra de como el 
esfuerzo conjunto de investigadores de distintos países puede permitir alcanzar los objetivos que 
se plantean. Si, se entendía que dos años el periodo normal para la liberación de una vacuna, en 
el caso de COVID-19 este periodo se acortó a 9 meses. El esfuerzo público-privado facilitó contar 
con los equipos de investigación para desarrollo, validación en campo y las autorizaciones legales 
por parte de los países para hacer los ensayos. Si bien nuestros países participaron en los ensayos, 
permitió establecer líneas de trabajo de más largo aliento, al promover entre otras cosas una 
instancia de conversación entre los distintos actores que buscaban una solución al grave problema 
que enfrentamos.
AGRADECIMENTOS
Se agradece financiamiento ANID-Fondecyt proyecto N° 1201011.
REFERENCIAS 
GLOBAL INNOVATION INDEX DATABASE; Tracking innovation through the Covid-19 crisis. World 
Intellectual Property Organization, 2021.
HERRERA, Raúl; SILVA, Herman. Innovación, desarrollo y negocios en biotecnología. En: Economía 
del conocimiento y nueva agricultura. (Barrera A., Venegas V., Tomic T., Rojas H. Editores). LOM 
ediciones Ltda, 2005.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
MARSHALL, Pablo; Estudio de capacidades regionales en ciencia, tecnología e innovación. Informe 
Final Conicyt, 2012.
OECD; Research and development (R&D) - Gross domestic spending on R&D - OECD Data. 
Disponible: https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm, 2022.
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
LIBERDADE DE IMPRENSA E A RESERVA DA 
INTIMIDADE DA VIDA PRIVADA
Francy Hellen da Silva1
Maria Luiza Marinho de Mello2
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como tema o conflito existente entre a liberdade de imprensa e o 
direito à privacidade. A Constituição Federal de 1988, no art. 5º, inciso X, assegura a inviolabilidade 
da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, além da indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação. Por outro viés, os meios de comunicação são 
responsáveis por levar a informação sobre os fatos que acontecem momentaneamente para a 
sociedade, ou seja, são encarregados de converter tais eventos em notícias. Portanto, compreende-
se como liberdade de imprensa o exercício de expressão e do direito de informação por meio dos 
órgãos de comunicação. 
Atualmente, vive-se a era da socialização dos espaços privados, isto é, há um culto à 
observação da intimidade alheia. Tornou-se normal essa exposição pessoal dentro das mídias sociais 
e o resultado disso foi a criação de uma tensão entre a liberdade de imprensa e o direito à privacidade, 
visto que, muitas vezes, os meios de comunicação, no exercício de manifestação do pensamento e 
informação, praticam atos abusivos que causam danos às vítimas. Daí a necessidade de estudo sobre 
os limites do direito de informar e a indigência de proteger a vida privada, cujo problema da presente 
pesquisa formula-se em: de que forma é possível que o direito à intimidade prevaleça em detrimento 
ao direito da liberdade de imprensa? 
Ante a problemática, tem-se como objetivo geral a apresentação dos principais 
posicionamentos a respeito do tema em debate, quais sejam, os limites estabelecidos para o 
dinamismo da imprensa, posto que cabe a ela concorrer para a formação da consciência de uma 
sociedade. Os objetivos específicos consistem em: discutir a relação entre liberdade de expressão e 
direito à intimidade; entender de que forma pode ser resolvida tal contradição entre esses direitos 
fundamentais; demonstrar se é admissível um direito constitucional limitar o outro, ou ainda, se existe 
a possibilidade de anulação entre eles com base na colisão de princípios intercalada. 
MÉTODOLOGIA
Por meio do uso das técnicas bibliográfica e documental, bem como de jurisprudências, 
realizou-se a pesquisa. O método utilizado foi o dedutivo, uma vez que se partiu de uma análise geral 
para a particular, até a conclusão, foram ponderados os conceitos e noções acerca da liberdade de 
imprensa e do direito à intimidade. Além disso, usou-se a abordagem qualitativa, foram ponderados 
1 Acadêmica do 10º período do Curso de Direito da Unoesc Chapecó; francy.9@hotmail.com
2 Docente/Professora Maria Luiza Mello; Mestra em Direito. E-mail: marialuiza.mello@unoesc.edu.br
96 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
os conceitos e noções acerca da liberdade de imprensa e do direito à intimidade. Trata-se de um tema 
inserido na seção de direitos fundamentais, abrangendo conceitos jurídicos e sociais. Uma análise mais 
específica foi realizada com o direito da reserva da intimidade da vida privada e a liberdade de imprensa.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A Lei da Imprensa, 5.250 (BRASIL, 1967), traz como conceito de imprensa os jornais e 
periódicos, além da radiodifusão e agências de notícias, ou seja, trata-se de todos os meios de difusão 
de informação ao público cujo alcance é imediato. Com a promulgação da nova Carta Magna, a 
referida lei que regulamentava a manifestação do pensamento e informação, direitos fundamentais 
da Constituição Federal, passou a ser considerada incompatível. O Poder Judiciário ainda a usava 
como objeto de aplicação até meados do ano de 2010, porém, com o julgamento da ADPF 130, 
sobreveio a decretação pelo STF da não recepção em sua totalidade, dado a inconstitucionalidade 
que fora imposta por um Estado autoritário violador de direitos básicos, sendo assim vista como 
alheia aos anseios e necessidades de um Estado Democrático de Direito (HAIDAR, 2009). 
Desde a revogação da Lei 5.520/67, o ordenamento jurídico brasileiro não conta com 
nenhuma legislação infraconstitucional para regulamentar e coibir o abuso no exercício da liberdade 
de expressão, em especial à liberdade de imprensa. Nesse contexto, uma nova lei de imprensa é 
imprescindível para determinar restrições ao exercício das liberdades, ‘‘[...] no anseio de que os 
abusos decorrentes de uma interpretação equivocada como sobredireitos não afastem o exercício 
das liberdades comunicativas de seus propósitos emancipadores.’’ (TÔRRES, 2013). 
O termo liberdade de imprensa – um dos desdobramentos da liberdade de expressão – 
significa queos meios de comunicação são livres para manifestar sua opinião, criticar, informar, 
investigar, denunciar desde que com responsabilidade para com a sociedade e com compromisso com 
a veracidade, objetividade, precisão e equilíbrio na divulgação das informações (IMPRENSA LIVRE, 
2002). Portanto, a liberdade de imprensa é exercida e reconhecida pelas ferramentas de difusão da 
manifestação (notícias), observando-se a sua conexão com as ideias de expressão e informação, pois 
o meio apenas determina o espaço expressivo e ao mesmo tempo a atividade requer a transmissão 
de informações (MIRAGEM, 2009; BARROSO, 2005). 
O direito à liberdade de imprensa se torna limitado devido às prerrogativas de cunho pessoal, 
como personalidade, intimidade e privacidade, das quais os princípios a elas inerentes determinam 
que o indivíduo possui o direito de fazer ou não fazer, senão em virtude da lei. Daí a colisão de interesses 
entre a informação e a privacidade. Ou seja, a partir do momento que se desrespeita a liberdade dos 
demais, o direito de informar passa a se tornar não absoluto, delimitando assim o pleno exercício em 
detrimento da dignidade da pessoa humana (MELLO, 2009). 
Diante do exposto, a existência de limitações ao direito à liberdade de expressão explica-se 
tanto pela necessidade de harmonia entre os direitos fundamentais como pelo reconhecimento de 
que esse direito é concebido para assegurar a dignidade da pessoa humana, sendo inadmissível sua 
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
interpretação como uma garantia acima das demais, apta a atentar contra o desenvolvimento da 
personalidade individual (TAVARES, 2013; FERNANDES, 2011; MAGALHÃES, 2008).
Vale mencionar que a liberdade de informação jornalística compreende o direito de informar 
e, bem como o do cidadão de ser devidamente informado. Qualquer legislação infraconstitucional 
que constitua embaraço a atividade jornalística, por expressa disposição da Carta Magna, deve 
ser declarada inconstitucional, conforme o art. 220, §1°. Este dispositivo assegura a liberdade de 
informação jornalística, desde que observe o disposto no próprio texto constitucional nos incisos IV, V, 
X, XIII e XIV do artigo 5. Tal liberdade deve ser exercida de forma compatível com a tutela constitucional 
da intimidade e da honra das pessoas, evitando situações de abuso ao direito de informação previsto 
na Constituição (PINHO, 2007).
Dessa forma, por se tratar de um direito limitado, a liberdade de imprensa implica 
responsabilidade. Quando ocorre a violação de um direito, seja ele intrínseco à imprensa ou à 
dignidade da pessoa humana, verifica-se a anulação dos princípios legais e éticos que invocam 
um caráter punitivo para aqueles que abusam da liberdade de manifestação de pensamento ou a 
utilizam com irresponsabilidade. Logo, os limites estabelecidos para informar estão estendidos até o 
momento em que não atinjam outros direitos constitucionais (REALE JÚNIOR, 2010).
Qualquer fato noticiado pela imprensa é considerado realidade pelo público, e por isso as 
limitações impostas pela Carta Magna devem ser plenamente respeitadas, principalmente quando 
versam sobre a honra do ser humano (SANTOS, 2008). Na tentativa de coibir os possíveis excessos que 
possam ser praticados pelos jornalistas, a Constituição de 1988 (BRASIL, 1988), ao passo que garante 
liberdade de opinião, também estabelece restrições que são necessárias para garantir a paz social.
A colisão entre direitos se dá quando o exercício de um direito fundamental por parte do seu 
titular colide com o exercício do direito de mesma espécie por parte de outro titular (CANOTILHO, 2003). 
Verifica-se um verdadeiro choque de direitos. De igual modo, a colisão entre o exercício da liberdade 
de imprensa e os direitos à reserva da vida privada é bastante frequente. Como já visto, são direitos 
de caráter absoluto que acabam se limitando reciprocamente. Portanto, tais direitos fundamentais 
tornam-se relativos e dependerão de um equilíbrio e ponderação para solução de litígios. 
Para evitar o conflito entre tais direitos, faz-se necessário considerar que as normas dos 
direitos fundamentais são entendidas como exigências ou imperativas de otimização, realizadas, se 
possível, com base no contexto jurídico da situação fática. É indispensável, à vista disso, a figura do 
juízo de ponderação e/ou harmonização para solucionar a tensão entre o direito à privacidade e 
a liberdade de imprensa estabelecendo uma relação de precedência condicionada, verificando as 
circunstâncias de cada caso concreto e sopesando os interesses conflitantes (SILVA, 2000). 
Utilizando a técnica de ponderação de princípios, o magistrado consegue analisar qual 
dos bens jurídicos fundamentais envolvidos teria mais peso, indicando assim qual deles teria maior 
incidência para a aplicação. Dito de outro modo, não há uma fórmula específica a ser usada, em alguns 
casos vencerá o direito à informação e, em outros, a proteção da personalidade (BARCELLOS, 2005).
A veracidade dos fatos é um dos principais parâmetros constitucionais observados para a 
ponderação. Na hipótese de colisão entre direitos de expressão e direitos à vida privada, imagem, 
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honra e intimidade, a divulgação de informação falsa em detrimento de direito da personalidade de 
outrem não constitui direito fundamental. Torna-se necessário então observar quais foram os meios 
empregados para obtenção da informação publicada, devendo sempre levar em conta vias lícitas, 
legais e admissíveis em direito, pois da mesma maneira que a Constituição Federal veda provas 
obtidas por meios ilícitos, também proíbe a divulgação de fatos os quais se teve acesso mediante 
cometimento de uma infração (BARROSO, 2005). Logo, a natureza dos fatos é de grande importância 
para analisar se são passíveis de divulgação. Informações como enchentes, desmoronamentos, 
acidentes e crimes em geral são notícias independentemente dos personagens envolvidos por haver 
evidente interesse jornalístico.
Dizer que a imprensa é plenamente livre é uma violência ao próprio Estado de Direito, além 
de haver limitação clara no texto constitucional, existe uma desproporção gigantesca de forças entre 
o cidadão e os grandes meios de comunicação em massa, do que se depreende a urgente tutela do 
indivíduo (COSTA JUNIOR apud CICCO, 1980). A grande questão é como compor os conflitos entre 
o direito à informação e à privacidade, tendo em vista que ambos possuem proteção constitucional? 
(FARIAS, 2000).
CONCLUSÕES 
No presente trabalho, procurou-se entender como é a aplicação da técnica de ponderação 
e de sua importância frente à colisão de normas, visto que por se tratar de uma estratégia utilizada 
pelo Poder Judiciário, não há uma forma específica empregada, é buscado a decisão mais justa ao 
caso concreto através de sua individualização e particularidades. 
Trata-se de um tema polêmico, dado que sempre haverá um alto grau de subjetividade na 
valoração de princípios que se colidem em situações fáticas. Apesar de ser uma garantia fundamental 
estabelecida na Constituição Federal Brasileira, o princípio da liberdade de expressão não pode ser 
reconhecido como direito absoluto, deve-se haver uma limitação frente a outros princípios, como a 
vida privada. 
Depreende-se que o direito, posto de forma aberta em normas como os princípios e os 
direitos fundamentais, vem se adequando às mudanças sociais, primando sempre pela prestação 
jurisdicional efetiva visto que não há uma regra predeterminada para solucionar o conflito entre 
direitos fundamentais. Em um Estado Democrático de Direito, a formação da opinião pública deve 
ser caracterizada pela pluralidade de canais comunicativos que viabilize a expressão dos diferentes 
setores da sociedade.AGRADECIMENTOS 
Em primeiro lugar, a Deus, que fez com que meus objetivos fossem alcançados, durante todos 
os meus anos de estudos. À milha família, principalmente meus pais, pelo amor e apoio incondicional. 
99
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Aos professores e orientadora Malu Mello, pelas correções e ensinamentos que me permitiram 
apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional.
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planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 mar. 2022.
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101
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
MARKETING DIGITAL E SUA INFLUÊNCIA NA EMPRESA 
CONTÁBIL 
Cristiane Maraiza André1 
Gilberto Pinzetta2 
RESUMO 
Marketing Digital atingiu diversas plataformas online, entre elas as redes sociais, sites e campanhas 
para aumentar a visibilidade das empresas. No ramo Contábil não tem sido diferente, as empresas 
apostam no marketing criando novas plataformas para seus clientes, como plataformas de cursos 
online, que auxiliam o cliente a ter um aprendizado maior sobre legislação, tributação e a prática 
contábil do dia a dia. Nesse contexto, realizou-se uma pesquisa para analisar a influência do marketing 
digital nas empresas contábeis de Chapecó-SC. Levando em consideração que atualmente poucos 
escritórios de Chapecó possuem uma equipe especializada em marketing, buscou-se pesquisar e 
investigar como esses escritórios debatem suas estratégias, quais são seus objetivos quando se trata de 
alcançar clientes com estratégias de marketing e também os métodos nos quais utilizam para realizar a 
conquista de novos clientes, tendo em vista que o ramo contábil atualmente é muito competitivo. Sendo 
assim, foram realizadas pesquisas, com aplicação de questionários para coleta de dados, juntamente 
com os sócios-proprietários e contadores dos escritórios. Os resultados da pesquisa evidenciam que 
as principais estratégias de marketing digital adotadas pelos escritórios no qual se aplicou a pesquisa, 
evidenciando a facilidade das redes sociais tem trazido diversos resultados positivos às empresas, mas 
não basta somente divulgar a empresa e seus serviços, e sim possuir uma boa estratégia de Marketing 
que mostre aos futuros clientes o porquê confiar no seu trabalho e na sua marca. 
Palavras-chave: Estratégias. Marketing digital. Escritório de contabilidade. 
1 INTRODUÇÃO 
O mundo está cada vez mais tecnológico e o avanço das redes sociais proporcionou o 
desenvolvimento do Marketing Digital. A facilidade das redes sociais tem trazido diversos resultados 
positivos às empresas. Não basta somente divulgar a empresa e seus serviços, mas sim possuir uma boa 
estratégia de Marketing que mostre aos futuros clientes o porquê de confiar no seu trabalho e na sua 
marca. Segundo Costa (2013), uma estratégia de marketing é composta por um conjunto de peças, cada 
uma com um objetivo diferente, mas com um elemento em comum: a marca da empresa. Sendo assim 
este projeto traz a influência do Marketing no ramo Contábil, tanto para atrair novos clientes quanto para 
auxiliar na comunicação da empresa com seus clientes atuais. 
O Marketing Digital atingiu diversas plataformas online, entre redes sociais, aplicativos e sites, 
com campanhas para aumentar a visibilidade das empresas. No ramo Contábil não tem sido diferente, as 
empresas apostam no marketing criando novas plataformas para seus clientes, dentre elas plataformas 
de cursos online, que auxiliam o cliente a ter um aprendizado maior sobre legislação, tributação e a prática 
1 Aluna no Curso de Ciências Contábeis da Unoesc, E-mail: criis.maraaiza@gmail.com - Fone: (49) 98838-3993 - Chapecó 
– Santa Catarina - Brasil.
2 Professor nos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Unoesc, E-mail: gilberto.pinzetta@unoesc.edu.br – Fone: 
(49) 98805-2585 – Chapecó – Santa Catarina – Brasil. 
102 Anais Eletrônicos
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contábil do dia a dia. Vale ressaltar que muitas empresas ainda utilizam o marketing “boca a boca”, que 
basicamente é a indicação de clientes que obtiveram uma boa experiência com o serviço contratado. 
O marketing pode ser observado como uma ferramenta de vantagem competitiva e de 
divulgação aos contadores, ou seja, um instrumento que os auxilie nas suas organizações e tragam 
destaque aos mesmos dentro de um mercado tão competitivo, se tornando uma alternativa viável na 
busca pelo desenvolvimento e sobrevivência da empresa. O marketing tem o mesmo objetivo tanto para 
bens como para serviços prestados, porém deve ser administrado de formas diferentes, uma vez que 
cada aplicação tem sua abordagem diferenciada. 
Destaca-se a importância da empresa ter um setor voltado totalmente ao marketing para 
alavancar seu negócio. No entender de Kotler e Armstrong (1998, p. 03), “muita gente pensa em marketing 
apenas como vendas e propaganda. [...] Hoje em dia, o marketing deve ser compreendido não só no antigo 
sentido de vender – ‘dizer e vender’- mas também de satisfazer as necessidades do cliente”. Marketing é 
uma mentalidade que acaba tendo seu foco total no cliente e acaba se tornando uma maneira de ver e 
abordar as oportunidades e ameaçasque surjam no mercado, tendo em vista atender e satisfazer cada 
vez mais a necessidade dos clientes atuais. 
Nesse contexto, o estudo está inserido de forma transversal e contribui de alguma forma para 
o desenvolvimento das áreas prioritárias indicadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e 
Comunicações (MCTIC), e busca responder a seguinte problemática de pesquisa: Qual a influência do 
marketing digital nas empresas contábeis de Chapecó-SC? 
Sendo assim, este estudo tem como objetivo geral demonstrar quais são as principais estratégias 
de marketing digital utilizados pelos principais escritórios de contabilidade do município de Chapecó-SC. 
Visto que o marketing atualmente é a principal base para uma boa estratégia de prospecção de novos 
clientes e contribui para o sucesso do escritório, podendo mostrar de forma clara a qualidade dos serviços 
ali prestados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A fundamentação teórica tem por finalidade abordar os principais autores que tratam os 
temas referente ao marketing, estratégia de marketing e marketing contábil. Boaventura (2004, p. 
63), “são os suportes teóricos que sustentam o problema”. Gil (2002, p. 162), comenta que” essa 
fundamentação não pode ser constituída apenas por referências ou sínteses dos estudos feitos, 
mas por discussão crítica do estado atual da questão”. Assim, a revisão teórica deve esclarecer os 
pressupostos teóricos que dão fundamentação à pesquisa e as contribuições proporcionadas por 
investigações anteriores 
2.1 ESTRATÉGIAS DE MARKETING 
Divulgar um produto ou serviço já não é mais a única tarefa que as empresas precisam 
desenvolver para convencer uma pessoa a tornar-se seu cliente. Para Kotler (2010), marketing 
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais, tendo como principal 
objetivo suprir as necessidades humanas gerando lucro. 
O marketing indica muito mais do que propaganda ou vendas pessoais. Marketing é a 
atividade, grupo de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que 
tenham valor para os consumidores, clientes, sócios e para a sociedade em geral (FUTREL, 2014 
p.36). Futrel também afirma que a prática de marketing é uma ação que está presente no dia a dia 
das pessoas, como por exemplo, tentar convencer alguém a usar cinto de segurança, votar no seu 
candidato ou até mesmo abaixar o volume do som enquanto outra pessoa estuda, tudo isso são 
atividades de marketing. Quando as pessoas decidem satisfazer suas necessidades e vontades por 
meio da troca, o marketing está envolvido (FUTREL, 2014). 
Para Kotler e Keller (2006, p. 03) “o marketing é um processo administrativo e social pelo 
qual indivíduos e grupos obtêm ou que necessitam ou desejam, por meio de criação, oferta e troca de 
produtos e valor com os outros”. 
Kotler (2000), define que o mercado possui demandas infinitas, mas recursos escassos. 
Neste caso, é necessário que o mercado possua um produto ou ofereça um serviço para melhorar 
seu desempenho e qualidade, gerando uma alta concorrência entre o mercado empresarial. 
Diante destes conceitos, o marketing pode ser reconhecido como uma ferramenta que tem 
como objetivo satisfazer as necessidades humanas valendo-se da criação, oferta e troca de produtos 
e serviços entre pessoas (KOTLER, 2010).
A figura a seguir mostra como os conceitos de marketing estão vinculados. É importante 
notar que cada conceito é construído com base no que o antecede. 
Figura 01 – Principais Conceitos de Marketing. 
Fonte: Adaptado, Kotler e Armstrong, 2003, p. 4 
Para Cobra (2001), é mais do que uma forma de ver o mercado e adaptar produtos ou 
serviços capazes de suprir as necessidades humanas, mas também um compromisso com a busca da 
melhoria da qualidade de vida das pessoas, e para que o marketing esteja realmente adotado pela 
104 Anais Eletrônicos
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empresa, é importante que ele se torne uma filosofia gerencial, ou seja, deve servir de paradigma em 
todas as atividades organizacionais (COBRA, 2001). 
Os profissionais de marketing se envolvem na gestão da troca de diferentes tipos de bens, 
serviços, experiências, pessoas, informações, organizações e ideias. O profissional de marketing é alguém 
que busca uma resposta de outra parte denominada cliente potencial (prospect) (KOTLER, 2000). 
O marketing é “essencial para o sucesso de toda organização”, e “sua função mais do que 
qualquer outra nos negócios é lidar com clientes”. Entender, criar, comunicar, proporcionar valor e 
satisfação, constitui a essência do marketing moderno. Muitas pessoas pensam em marketing como 
vendas e propagandas, porém, vendas e propagandas constituem apenas a ponta do iceberg, são 
apenas duas das muitas funções e não necessariamente as mais importantes. (ARMSTRONG e 
KOTLER, 2003, p. 3). 
Neste contexto, as empresas buscam atender as necessidades humanas por meio de uma 
proposta de valor, que será materializada por meio da oferta que pode ser uma combinação de 
produtos, serviços, informações e experiências. Já a satisfação, de acordo com Kotler (2014), reflete 
os julgamentos comparativos de uma pessoa sobre o desempenho
percebido de um produto em relação às suas expectativas: se o desempenho percebido 
for abaixo não atinge as expectativas, o cliente fica decepcionado. Se o desempenho alcançar 
as expectativas, o cliente fica satisfeito. E se o desempenho supera as expectativas, o cliente fica 
encantado (KOTLER, 2014). 
É desenvolver e entregar valor, obter os resultados estratégicos esperados e alinhar as 
pessoas aos valores criados, liderando e motivando os colaboradores e parceiros para a mudança, e 
incentivando o alto desempenho com base em relacionamentos sustentáveis. Segundo Brandstad e 
Lucier (apud Lima, 2007), o pilar para estes objetivos da gestão de marketing é o bom relacionamento 
com todos os públicos de interesse, não só clientes, mas também fornecedores, parceiros, acionistas 
e concorrentes. 
De acordo com Lima (2012), o marketing é uma atividade fundamentalmente estratégica, 
palavra esta que é originária da palavra grega stratégós, de stratos, exército, e ago, liderança ou 
comando. Esta palavra hoje é umas das mais utilizadas no mundo corporativo. Dentre todas as 
definições acerca deste conceito, pode-se dizer que a estratégia é a criação de uma vantagem 
exclusiva e valiosa (LIMA, 2012). 
Referente a estratégia de marketing, Lima (2012, p. 44) considera que “A estratégia de 
marketing fundamenta-se no estudo detalhado de variáveis que norteiam o ambiente de uma 
empresa - as variáveis controláveis e as incontroláveis - e na aplicação de ações que possibilitam a 
empresa alcançar seus objetivos de mercado.” 
No entanto, tratando-se de empresa do ramo contábil, o profissional contador deve ter como 
base no exercício de sua profissão as resoluções emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e 
Conselho Regional de Contabilidade (CFC, 1996). No que se refere a propaganda de seus serviços, há 
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
algumas vedações, e sabendo que a propaganda é uma das atividades do marketing dentro de uma 
organização, deve-se haver atenção ao que está estipulado no Art. 3º: 
Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade: 
I. Anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que 
resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, em detrimento aos 
demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, 
especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes; 
II. Assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízomoral ou desprestígio para a classe; (CFC, 1996). 
Na Resolução CFC 803/1996, não há nenhuma indicação que vede a propaganda ou até 
mesmo desenvolver atividades de marketing numa empresa contábil. O que visa é que haja somente 
alguns cuidados para proceder corretamente, sem denegrir a classe de colegas contadores.
Da mesma forma que a fase digital revolucionou a prestação de serviços contábeis o 
marketing digital vai revolucionar a forma como conquista-se clientes, relaciona-se com o mercado 
e divulga-se os serviços de contabilidade. A abordagem, proposta de serviços, comunicação e 
muitos outros fatores tem uma nova roupagem hoje no mercado e adaptar a sua empresa contábil 
a esse novo cenário é fundamental para que você possa conquistar novos clientes. É exatamente 
nesse respeito que o marketing contábil digital tem maior influência, na conquista de novos clientes 
(HERNANDES, 2014, p.65). 
De acordo com Limeira (2007), o marketing interativo evoluiu para o marketing eletrônico, 
também denominado marketing digital. A expectativa é de que o marketing digital venha a se tornar 
uma estratégia competitiva, primordial e amplamente adotada pelas empresas. 
2.2 MARKETING DIGITAL 
O Marketing Digital vem ocupando cada vez mais espaço no cenário quando se trata de 
divulgação de empresas e serviços. A definição de Marketing Digital se dá como “promoção de 
produtos ou marcas por meio de mídias digitais”. Para Kotler (2016), considerado o pai do Marketing, 
o Marketing Digital ou Marketing 4.0 é a atualização do Marketing que compreende a realidade 
do consumidor conectado, que é aquele que leva em consideração, na sua decisão de compra, 
informações disponíveis na internet sobre empresas e produtos. 
Segundo Kotler (2016), há um mundo totalmente novo. A estrutura de poder está passando 
por mudanças drásticas. A internet, que trouxe conectividade e transparência, tem sido em grande 
parte responsável por essas transformações. A transparência trazida pela internet também permite 
que empresários de países emergentes se inspirem em seus colegas dos países desenvolvidos. Eles 
estão criando empresas com os mesmos serviços, porém marcadas por mudanças locais na execução. 
Os consumidores comunicam-se entre si e conversam sobre marcas e empresas. Do ponto 
de vista da comunicação de marketing, os consumidores não são mais alvos passivos; estão se 
tornando mídias ativas de comunicação. A Sephora, marca de produtos de beleza, vem explorando 
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
comunidades como uma nova forma de ativos de mídia. A empresa desenvolveu uma comunidade 
de mídia social na qual todo o conteúdo gerado por esta é incorporado à plataforma Beauty Talk. 
Ela se tornou uma mídia confiável para clientes que estão tentando consultar outros membros da 
comunidade. (KOTLER 2016).
Para Kotler (2016), os profissionais de marketing precisam embarcar na mudança para um 
cenário de negócios mais horizontal, inclusivo e social. O mercado está se tornando mais inclusivo. A 
mídia social elimina barreiras geográficas e demográficas, permitindo às pessoas se conectarem e se 
comunicarem, e, às empresas, inovarem por meio da colaboração. Os consumidores estão adotando 
uma orientação mais horizontal. Desconfiam cada vez mais da comunicação de marketing das marcas 
e preferem confiar no círculo social (amigos, família, fãs e seguidores). Por fim, o processo de compra 
dos consumidores está se tornando mais social do que nunca. Eles prestam mais atenção ao seu 
círculo social ao tomar decisões. E buscam conselhos e avaliações tanto on-line como off-line. 
Segundo Limeira (2007), o marketing digital pode ser entendido como o conjunto de ações 
de marketing intermediadas por canais eletrônicos, onde o cliente controla a quantidade e o tipo de 
informação recebida. Já de acordo com Cobra e Brezzo (2010), o marketing digital inclui o chamado 
Internet marketing ou e-marketing, mas também pode incluir outros canais e incorporar diferentes 
formas do comércio eletrônico. 
Nas palavras de Kotler (2009), p.635), o marketing se tornou comum em empresas, pois 
assim elas encontram, atingem e comunicam seus clientes de forma rápida, e isso ocorre por quatro 
vantagens que o ambiente digital proporciona: 
[...] O marketing online apresenta pelo menos quatro grandes vantagens. Primeiro, 
tanto as grandes como pequenas empresas podem enfrentar seus custos. Segundo, 
não há limite real de espaço para a propaganda, sem contraste com as mídias 
impressas, o rádio e a televisão. Terceiro, o acesso e a recuperação das informações 
são rápidos, comparados com o correio noturno e até mesmo o fax. Quatro, a compra 
pode ser feita com privacidade e rapidez [...] 
Segundo Oliveira e Lucena (2012), as empresas esperam cada vez mais que seus clientes 
busquem em âmbito virtual satisfazerem seus desejos e necessidades, além de conquistar novos 
clientes eletronicamente. 
Os principais elementos, segundo Hernandes (2014), que fazem parte do marketing digital, 
são: site contábil, artigos e notícias, Facebook e e-mail marketing. Site contábil vem a ser a base 
fundamental da estratégia de marketing, é importante não errar nele, pois se isso acontecer, pode 
ser toda a sua estratégia dando errado (HERNANDES, 2014). 
Outra ferramenta de marketing é inbound marketing que, segundo Gomes (2016), o principal 
objetivo é atrair e fidelizar clientes. Em português livre, inbound marketing quer dizer marketing de 
atração, ou seja, a ideia principal não é ir atrás do cliente, e sim despertar o interesse nele para que 
ele venha até a empresa e se interesse pelo que ela oferece. Conforme Gomes (2016), o outbound 
marketing, ou o marketing tradicional, por sua vez tem como
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
principal objetivo trazer clientes oferecendo serviços ou produtos. A ideia é ir atrás do cliente 
ativamente e não necessariamente gerar o interesse genuíno desse possível cliente na sua empresa 
(GOMES, 2016). 
Uma técnica de Marketing muito eficiente, segundo PEÇANHA (2015) é o Inbound Marketing. 
Trata-se de um conjunto de estratégias de marketing que visam atrair e converter clientes usando 
conteúdo relevante. Diferente do marketing tradicional, no Inbound Marketing a empresa não vai 
atrás de clientes, mas explora canais como mecanismos que faz o Inbound Marketing tão eficiente e 
útil para empresas de todos os tipos é o seu processo de operação. Ele é bem simples de entender, e 
se divide em 4 etapas: 
1. Atrair: a regra número 1 das conversões online é conseguir tráfego qualificado para os 
seus canais digitais. Por isso, a primeira etapa da metodologia Inbound é fazer com que 
estranhos se tornem visitantes regulares, por meio de conteúdo relevante; 
2. Converter: o objetivo de conseguir um grande número de visitantes é converter o máximo 
deles em leads, ou seja, transformá-los em oportunidades reais de venda; 
3. Vender: depois de nutrir os leads gerados usando mais conteúdo relevante, é preciso 
avaliar quem está no estágio certo e fechar a venda; 
4. Encantar: a relação com o cliente não termina depois da compra. Pelo contrário, agora 
começa uma nova jornada, que visa encantá-lo a fim de que se torne um promotor da 
marca e atraia mais clientes para o seu negócio. 
A seguir pode-se observar por meio do quadro 01, como este método pode auxiliar os 
escritórios contábeis: 
Quadro 01: Inbound Marketing
Topo do Funil:
Nesta etapa o cliente sabe apenas de qual é seu problema e para o que precisa do 
determinado serviço. Ainda não sabe qual escritório contábil contratar, o que o faz 
pesquisar nas redes sobre os escritórios próximos a ele.
Meio do Funil: Nesta etapa, é válido mostrar ao cliente sua cartela de serviços prestados, o que está ao 
alcance do seu escritório fazer para resolvero problema no qual o cliente se encontra.
Fundo do Funil:
Na etapa final, irá convencer o cliente a fechar com seus serviços contábeis, colocando 
a seu favor o seu diferencial dentro do ramo, quais os serviços prestados que poderiam 
solucionar o problema do seu cliente em um prazo menor que os concorrentes.
Fonte: Adaptado de PEÇANHA, 2015. 
No quadro acima podemos observar como o método de funil auxilia os escritórios na 
captação de novos clientes, no topo do funil temos a etapa na qual identificamos qual é o problema 
do cliente e para o que ele necessita do determinado serviço. No meio do funil podemos observar que, 
após encontrado o escritório no qual irá prestar os serviços necessários ao cliente, o próprio escritório 
mostra para o cliente quais são seus serviços prestados e seu
diferencial na hora de resolver o problema no qual o cliente se encontra. Já no fundo do funil, 
o escritório precisa convencer o cliente que seu serviço será a melhor opção de contratação para ele 
no momento, levantando seus diferenciais para solucionar o problema do cliente. 
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3 METODOLOGIA 
Uma pesquisa passa a ser realizada quando não temos domínio e conhecimento suficiente 
do assunto. Para compreender o desenvolvimento das empresas participantes neste estudo, foi 
adotado o estudo qualitativo e quantitativo com a técnica de levantamento de campo. Esse estudo 
nos permite pesquisar, coletar, analisar e interpretar as estratégias usadas pelas empresas na vida 
real para que o avanço do seu marketing obtenha bons resultados. Segundo Gil (1996, p.19) pode-se 
definir pesquisa “como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar 
respostas aos problemas que são propostos”. A pesquisa “é requerida quando não se dispõe de 
informação suficiente para responder ao problema”, ela é “desenvolvida mediante o concurso dos 
conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos 
científicos”. 
Os dados para este estudo foram obtidos através da abordagem pelo método qualitativo, 
por meio da análise do marketing das empresas participantes, os métodos no qual as empresas 
já utilizam atualmente, envio de questionamentos de pesquisa aos responsáveis pelo marketing 
da empresa. Nestes questionamentos foram coletados dados como quais programas as empresas 
utilizam para fazer seu marketing, se a empresa possui um setor específico que cuide desta parte e 
também qual a porcentagem de evolução da empresa em relação ao marketing, qual seu investimento 
com esta ferramenta que o auxilia ao ganho de clientes e maior visibilidade. 
Segundo Raupp e Beuren (2006, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises 
mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. Os autores justificam o uso de 
pesquisa qualitativa na área contábil, por se tratar de uma ciência social. Para analisar os dados 
e entender se a empresa possui um projeto específico para o marketing digital, foram utilizados 
dados que estão ligados diretamente a ferramentas estratégicas, aspectos do comportamento das 
empresas e a eficácia das atividades já utilizadas por elas. Conforme Freitas (2014), esses dados 
necessitam de interpretação mais ampla, que não se restrinja a fatores numéricos, mas que busque 
a compreensão das informações obtidas e dos fatores que as influenciam.
Com base nessa análise geral da empresa, foi possível definir novas estratégias para que 
as empresas possam ter um marketing forte voltado a sua busca por resultados em cada área, 
seja ela novos clientes, maior visibilidade ou voltado a sua manutenção no mercado competitivo da 
contabilidade. Fez-se necessário obter as informações com intuito de saber quais estratégias de 
marketing vem sendo utilizadas pelos escritórios para captar novos clientes e manter os já existentes. 
Sendo assim, notou-se que seria necessário obter um contato direto com os escritórios, para 
compreender melhor a utilização do marketing digital contábil . Segundo Silva (2010, p 57), “consiste 
em coleta direta de informação no local em que acontecem os fenômenos; é aquela que se realiza 
fora do laboratório, no próprio terreno das ocorrências. 
Após a aplicação e recebimento da devolutiva de todos os questionários, foi utilizado o 
programa (software) Microsoft Excel para a organização dos dados obtidos, que visou organizar, 
classificar e extrair informações relevantes para o presente estudo, apresentadas de forma descritiva. 
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Anais Eletrônicos
Para identificar os Escritórios Contábeis da cidade de Chapecó/SC foi realizado contatos 
com o Conselho Regional de Contabilidade CRC/SC, com o Sindicato dos Contabilistas de Chapecó e 
com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município de Chapecó/SC. Diante das negativas 
das informações solicitadas, com a justificativa da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, foram 
realizadas buscas na internet e redes sociais e obtidos contatos/e-mails de 10 (dez) Escritórios 
Contábeis na cidade de Chapecó, para os quais foram enviados os questionários, destes somente 03 
(três) responderam. Essa quantidade de respostas limita significativamente os resultados da pesquisa, 
pois representa somente esses 03 (três) Escritórios Contábeis, não sendo possível generalizar os 
resultados. 
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 
A presente pesquisa foi realizada em uma única etapa e ocorreu com a aplicação do 
questionário para os sócios proprietários de 10 escritórios de contabilidade do município de Chapecó, 
escolhidos de acordo com sua representatividade no município, a fim de identificar aspectos 
relacionados à atual realidade no marketing contábil desses escritórios. 
A intenção inicial dos pesquisadores era aplicar o questionário aos 5 maiores escritórios de 
contabilidade de Chapecó – SC, no entanto visto que alguns escritórios optaram por não contribuir 
com a pesquisa, optou-se por 03 (três) escritórios para fazer o levantamento do questionário referente 
ao marketing digital contábil aplicado às estratégias dos mesmos.
4.1 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
Com base nos questionários aplicados pode-se observar informações em relação ao tempo 
de existência e atuação no mercado e quantidade de clientes no qual os escritórios pesquisados 
prestam serviços de contabilidade. Esta pergunta foi realizada com a finalidade de identificar a 
representatividade do escritório junto ao município de Chapecó – SC. 
Em relação a esse questionamento observa-se que os escritórios de contabilidade citados 
na pesquisa já possuem tempo relevante de atuação, concentrando-se em 10 (dez) anos ou mais 
e com mais de 90 (noventa) clientes cada um, provando assim a sua ancoragem e confiabilidade 
no município de Chapecó – SC. Outra informação significativa refere-se aos serviços oferecidos por 
ambos os escritórios, que conforme citado na pesquisa é a escrituração contábil, assessoria contábil 
e financeira, consultoria empresarial e escrituração fiscal. 
Conforme retorno diante da pesquisa aplicada nos escritórios de contabilidade, nota-se que 
possuem estratégias de marketing na qual adotam para se manter ativos no mercado e manter sua 
carteira de clientes. Entende-se que o marketing digital aplicado à área da contabilidade tem extrema 
importância na tomada de decisões, sendo elas na criação, comunicação e no marketing de seus produtos 
e serviços oferecidos. Como o ramo da contabilidade é competitivo, o questionário aplicado visou auxiliar 
na compreensão das estratégias que os escritórios podem utilizar na cidade de Chapecó-SC. 
110 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Para ter conhecimento de quais métodos os escritórios utilizam atualmente,foi aplicado 
uma questão referente a instrumentos de divulgação utilizado pelos mesmos, buscando entender 
como os clientes conhecem os serviços prestados, sendo assim, um dos escritórios respondeu que 
sim, atualmente usa estratégias de marketing para captar novos clientes, porém outro afirma utilizar 
mais a estratégia da divulgação boca a boca. 
Buscou-se identificar quais critérios são utilizados pelos entrevistados para determinar 
o preço cobrado pelos serviços prestados. Além de questionar quais são os critérios, solicitou-se 
também que os respondentes indicassem a ordem na qual são utilizados. Dentro desta questão 
pode-se notar no quadro 1 a ordem na qual foram respondidas pelos entrevistados.
Quadro 01 - Critérios utilizados para determinar os preços 
No quadro 1 nota-se que os escritórios levam em consideração primeiramente a responsabilidade 
na qual terão diante do serviço oferecido ao cliente. Em seguida observa-se a complexidade do serviço 
oferecido, seguido do volume de atividades a serem desenvolvidas e a relevância do serviço prestado. 
Percebe-se que os entrevistados levam esses fatores em consideração na hora de determinar 
o preço do seu serviço pois envolve vários aspectos neste serviço oferecido, tais como: funcionários, o 
tempo no qual é realizado as atividades e o custo que esse processo irá gerar ao escritório. Seguindo 
esta linha, nota-se que os escritórios utilizam do marketing como critério dos seus preços, conforme 
dito por Kotler e Armstrong (2003, p. 267) “os custos podem ser um importante elemento (na) 
estratégia de determinação de preços”. 
Sendo assim, visando conhecer melhor os escritórios entrevistados, perguntou-se por qual 
meio ocorre a sua ampliação de carteira de clientes atualmente. Com relação à captação, inicialmente 
questionou-se aos entrevistados com que frequência surgem novos clientes para o escritório, um 
deles declarou que a carteira de clientes muda todo mês e outro escritório disse que muda toda 
semana. Em seguida, perguntou-se como ocorre a ampliação da carteira de clientes. Conforme o 
quadro 2 pode-se ver em posições quais são os principais meios. 
Quadro 02 - Captação de Clientes 
111
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Conforme o quadro 2, nota-se que o principal meio de captação ocorre pela indicação de 
amigos, o famoso “boca a boca”. Em seguida são as redes sociais, na qual o marketing
digital é mais ativo, tendo em vista que atualmente o digital está fortalecido pelas redes sociais 
pois é desta forma que se aproxima os clientes das promoções e propagandas oferecidas pelos escritórios. 
Também observa-se que em seguida há as indicações de outros profissionais, visitas a possíveis novos 
clientes e a procura espontânea. Neste contexto encaixa o comentário de Kotler e Armstrong (2003, p. 
475) “clientes compram da empresa que acreditam que lhes oferece o mais alto valor entregue”. 
Atualmente empresários que confiam suas empresas em determinados escritórios 
contábeis, não visam uma mudança para outro concorrente devido ao bom serviço prestado, sendo 
assim ocorre a confiança com quem é indicado, pois como alguns escritórios não utilizam estratégias 
para captação de novos clientes, os novos clientes do mercado acabam procurando indicações com 
conhecidos, tornando assim a indicação “boca a boca” a mais utilizada atualmente. No entanto, como 
pode ser percebido no quadro 02, o marketing digital está cada vez mais sendo utilizado para a 
captação e relacionamento com os clientes. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Essa pesquisa procurou analisar escritórios de contabilidade do município de Chapecó-SC 
que já fazem a utilização do marketing digital de forma estratégica, buscando captar novos clientes 
e ao mesmo tempo manter seus clientes atuais. Pode-se observar que são desenvolvidas ações 
de marketing que podem ser vistas como estratégias competitivas, visto que são elaboradas com 
base em estudos de mercado, análise do público-alvo, entre outros quesitos e com base no Art. 3° 
do Código de Ética do Profissional Contábil, que determina que os contadores não podem divulgar 
propagandas que resultem em diminuição do colega, Organização Contábil ou da classe, sendo 
permitida a apresentação de serviços ofertados, títulos, relação de clientes, e especializações. 
Sendo assim, os escritórios de contabilidade não estão impedidos de realizar atividades de 
marketing, é preciso apenas, se atentar para alguns quesitos voltados para a promoção dos serviços 
oferecidos pela empresa. Nota-se que a conquista de novos clientes ocorre geralmente por meio de 
indicações feitas por amigos que conhecem os serviços ofertados pelo escritório. Porém, as ações de 
marketing desenvolvidas pelos escritórios pesquisados, auxiliam na determinação dos preços dos 
serviços oferecidos e os cuidados com seus novos e antigos clientes. 
Quando questionados sobre o conhecimento que possuem sobre o marketing, a resposta foi 
satisfatória, pois consideram o marketing como um importante instrumento para a
divulgação de seus serviços, tendo em vista o vasto mercado do mundo digital, o avanço 
das tecnologias e o fácil acesso a informações na atualidade. Sendo assim o Marketing Digital tem 
influenciado cada vez mais empresas do ramo contábil a terem em seus escritórios profissionais 
voltados a estratégias para a divulgação dos serviços da empresa, mesmo tendo um grande alcance 
de clientes por meio de indicações, os pesquisados concordam que as divulgações em redes sociais e 
mídias da cidade também trazem um grande alcance de clientes. 
112 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Por meio da análise dos dados obtidos nesta pesquisa, infere-se que foram atendidos todos 
os objetivos propostos nesta investigação, bem como respondidos os questionamentos levantados, 
mesmo com a limitação de escritórios participantes, visto que possuem a mesma finalidade. 
Com relação às limitações da pesquisa, vale ressaltar que houve dificuldades para delimitar a 
amostra, visto que primeiramente os pesquisadores procuraram o Conselho Regional de Contabilidade 
para obter a relação de escritórios de Contabilidade situados no município de Chapecó, e o referido 
órgão não pode atender à solicitação devido às novas normas da Lei de Proteção de Dados, sendo 
assim houve procura espontânea de escritórios, no qual também houve limitações pois em alguns dos 
escritórios entrevistados os contadores responsáveis não quiseram responder a pesquisa, e outros 
não devolveram o questionário respondido ou os pesquisadores não tiveram retorno. Por fim, dois 
deles aceitaram responder o questionário e participar da pesquisa proposta. 
Em resumo, espera-se que o material produzido a partir deste projeto de pesquisa seja útil na 
elaboração de outros trabalhos sobre a mesma temática, bem como para os profissionais Contábeis 
em geral, no sentido de que passem a visualizar o marketing como um importante instrumento que 
pode ajudá-los a oferecer melhores serviços para a sociedade. 
REFERÊNCIAS 
ARMSTRONG, Gary; KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. (9.E.d.). São Paulo: Pearson, 2003. 
COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil. (3.E.d.). Rio de janeiro: Elsevier, 2009. 
COBRA, Marcos. BREZZO, Roberto. O novo marketing. Rio de Janeiro. Editora Elsevier.2010. 
KOTLER, Phlip. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson, 2000.
KOTLER, Philip. KARTAJYA, Hermawan. SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0, do tradicional ao digital. 
ed. Sextante, 2016. 
LIMEIRA, Tania M. Vidigal. E-marketing: o marketing na Internet com casos brasileiros. 2. Ed.. São 
Pualo: Saraiva,2007.
113
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
NOVO ENSINO MÉDIO EM SANTA CATARINA: QUE 
DESAFIOS SE APRESENTAM NAS ESCOLASPILOTO?
Juliana Nespolo Heinrichs1; Camila Regina Rostirola2
INTRODUÇÃO
Uma das mudanças significativas que estamos vivenciando na educação é a Reforma do 
Ensino Médio, via Lei nº 13.415 de 2017, aprovada a partir de Medida Provisória. Tal reforma se justifica 
devido aos baixos resultados apresentados nessa etapa de ensino, pela elevada taxa de evasão 
escolar e pela demanda de rever os currículos. Assim, a Reforma trouxe mudanças na organização, 
na carga horária e no currículo. Logo, novas demandas também são requeridas da escola e de todos 
os envolvidos, uma vez que o processo de escuta e escolha dos itinerários formativos, na parte que se 
refere aos componentes curriculares eletivos e as trilhas de aprofundamento, é conduzido pela equipe 
gestora juntamente com os professores, pais e alunos, dentre tantas outras atividades designadas a 
escola. A legislação estipulou como prazo o ano de 2022 para iniciar a implantação do Novo Ensino 
Médio em todas as escolas de ensino médio brasileiras. Entretanto, ainda no ano de 2020, o Estado 
de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SED), realizou a implementação 
do Novo Ensino Médio nas turmas do 1º ano, em 120 unidades escolares, denominadas escolas-piloto. 
Entende-se como escolas-piloto, as unidades escolares (ues) que optaram em aderir a esse novo 
modelo. Para tanto, as ues, deveriam atender às exigências do Ministério da Educação, definidos pela 
Resolução nº 21, de 14 de novembro de 2018 e pela Portaria 649/2018, a qual solicitava, entre outros 
requisitos, a obrigatoriamente de que 30% das escolas fossem de Escolas de Ensino Médio em Tempo 
Integral (EMTI), escolas que já possuíam jornada diária de cinco horas e que, preferencialmente, 
tivessem participado do Programa Ensino Médio Inovador - ProEMI, (BRASIL, 2018). Atendendo 
a esses critérios, a escola optava pela adesão, não sendo uma escolha ou imposição da SED. A 
estrutura curricular do Ensino Médio em Santa Catarina, foi pensada de forma a contemplar, assim 
como previsto na Lei, uma parte de Formação Geral Básica com carga horária total máxima de 1.800 
horas, e uma segunda parte, denominada Parte Flexível, com carga horária total mínima de 1.200 
horas, consolidada via oferta de itinerários formativos. Os Itinerários Formativos compreendem uma 
organização composta por: Projeto de Vida, Componentes Curriculares Eletivos, Segunda Língua 
Estrangeira e Trilhas de Aprofundamento. Frente ao exposto, o presente estudo tem como problema 
de pesquisa identificar: quais são os desafios enfrentados pelas escolas-piloto de Santa Catarina na 
implementação do Novo Ensino Médio? E como objetivo geral analisar, em um contexto de reformas, 
os desafios que perpassam a implementação do Novo Ensino Médio nas escolas-piloto de Santa 
Catarina e como objetivos específicos: a) abordar teoricamente o Novo Ensino Médio, bem como os 
aspectos legais que normatizam essa etapa da educação básica no Brasil; b) identificar a concepção 
de educação que subjaz ao Novo Ensino Médio, assim como os interesses e determinações que 
1 Mestranda em Educação, Programa de Pós-graduação em Educação – PPGEd da Unoesc Joaçaba. Pesquisadora do 
Grupo de Pesquisa Educação, Políticas Públicas e Cidadania. E-mail: julinespolo2018@gmail.com.
2 Docente do Programa de Pós-graduação em Educação – PPGEd da Unoesc Joaçaba. Pesquisadora do Grupo de 
Pesquisa Educação, Políticas Públicas e Cidadania.E-mail:camila.rostirola@unoesc.edu.br.
114 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
concorreram na sua proposição; c) compreender a forma como o estado de Santa Catarina organizou 
o Novo Ensino Médio; d) identificar mudanças advindas da implementação do Novo Ensino Médio nas 
escolas-piloto catarinenses; e) verificar repercussões no processo de implementação do Novo Ensino 
Médio em Santa Catarina.
METODOLOGIA
Essa pesquisa, ainda em andamento, está vinculada à Linha de Pesquisa Educação, Políticas 
Públicas e Cidadania, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Oeste de 
Santa Catarina. Para a sua construção, adotamos uma abordagem de natureza qualitativa, pois 
buscamos compreender a totalidade da temática estudada. No que tange a pesquisa qualitativa, 
Minayo (1994, p.21-22) destaca que esta “trabalha com um universo de significados, motivos, 
aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, 
dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”. 
Quanto aos fins, é uma pesquisa exploratória, dada a atualidade do tema e a necessidade de realizar 
uma análise mais aprofundada sobre os desafios encontrados na implementação do Novo Ensino 
Médio no Estado de Santa Catarina. Conforme defende Gil (2021, p. 43), a pesquisa exploratória 
tem “como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista 
a formulação de problemas mais precisos”. O conjunto de pressupostos teóricos e epistemológicos 
que orientam os procedimentos metodológicos deste estudo fundamenta-se na metodologia 
histórico-crítica, cuja base é a dialética. É importante abordarmos o tema sobre a implementação 
do Novo Ensino Médio, a partir da dialética, a fim de fazer o movimento de compreensão, saindo da 
aparência e buscando a essência, confrontando conceitos, buscando uma relação dialógica sobre 
o fenômeno estudado. Logo, ter por base esses pressupostos implica “compreender a educação 
escolar tal como ela se manifesta no presente, mas entendida essa manifestação como resultado 
de um longo processo de transformação histórica” (SAVIANI, 2011, p. 80). Além disso, a pesquisa tem 
uma abordagem crítica, pois busca estabelecer um diálogo de reflexão entre a teoria e o objeto de 
investigação, com vistas a compreender a verdade, o sentido, a realidade a ser estudada, dentro do 
contexto histórico que está inserida. Considerando, portanto, os pressupostos epistemológicos da 
dialética e a metodologia histórico-crítica, recorremos a pesquisa bibliográfica e documental, com 
vistas a compreender a temática do Novo Ensino Médio, bem como os documentos normativos que 
informam e regulamentam a implementação do NEM no Brasil e no Estado de Santa Catarina. Como 
instrumento de coleta de dados serão realizados questionários aos gestores das 120 escolas piloto 
do Novo Ensino Médio de Santa Catarina, através do google forms. O questionário será estruturado 
com perguntas abertas e fechadas. Após a coleta, os questionários serão categorizados e analisados 
tendo por base a técnica da análise de conteúdo, nos termos aludidos por Bardin. Para Bardin (2016), 
a análise de conteúdo busca conhecer o que está por trás das palavras, uma vez que tem como 
ponto de partida a mensagem, a partir de técnicas e com procedimentos sistemáticos. Desta forma, 
faremos uma pré- análise, ou seja, a preparação do material, do corpus, seguido da exploração e do 
tratamento dos resultados e interpretações.
115
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Historicamente a educação foi e continua sendo marcada por uma divisão de classes, entre 
a classe abastada e a classe trabalhadora, sendo a educação privilégio de alguns em detrimento a 
outros. Nesse contexto, o Ensino Médio repercute tal cenário na medida em que carrega ao longo 
de sua história a busca pela identidade e suas finalidades, pois traz a dicotomia entre o ensino 
propedêutico e o ensino profissionalizante, evidenciando a relação entre educação e trabalho e a 
luta de classes. Para a classe popular era ofertado o ensino médio que preparava para o mercado 
de trabalho, como por exemplo, os cursos de magistério. Na década de 60 com a promulgação 
da primeira Lei de Diretrizes e Bases - LDB 4024/61, o Ensino Médio começoua ganhar espaço e 
identidade, apesar de ser pensado e focado na dualidade e divisão de classes. A LDB, no artigo 34 
especifica que “o ensino médio será ministrado em dois ciclos, o ginasial e o colegial, e abrangerá, 
entre outros, os cursos secundários, técnicos e de formação de professores para o ensino primário e 
pré-primário”. (BRASIL, 1961). Esta legislação foi revogada pela Lei nº 5692/71. Na década de 90, foi 
sancionada a LDB nº 9394/96 e o Ensino Médio passou a compor a etapa final da educação básica, 
com duração mínima de três anos e finalidades especificas para essa etapa, das quais ressaltamos o 
aprofundamento dos conhecimentos obtidos no ensino fundamental e a preparação para o trabalho 
e a cidadania. (BRASIL, 1996). Apesar dos avanços, o Ensino Médio não é uma etapa obrigatória, pois 
a obrigatoriedade se dá pela faixa etária, dos 4 aos 17 anos e não pelas etapas a serem cursadas. 
Assim, muitos alunos que apresentam distorção idade série, não concluem o ensino médio, pois se 
evadem da escola antes de finalizar o curso. No ano de 2017, sob a justificativa de que o Ensino 
médio apresentava baixos resultados nas avaliações, com altos índices de evasão escolar, ocorre 
a Reforma do Ensino Médio. Para compreender as transformações que estão ocorrendo no âmbito 
educacional brasileiro, especificamente no Ensino Médio, delimitamos um recorte temporal, a partir 
de 2017, quando foi sancionada a Lei nº 13.415 de 16 de fevereiro de 2017, que instituiu a Reforma 
do Ensino Médio, alterando a LDB. Essa Lei foi aprovada a partir da Medida Provisória nº 746, de 
22 de setembro de 2016, a qual atende aos interesses do setor privado e do Conselho Nacional de 
Secretários da Educação, sendo alvo de críticas devido à forma de aprovação do Projeto de Lei, 
tudo feito em curto prazo, sem que fossem abertos espaços para debate. (KUENZER, 2017). Os 
motivos que justificaram a necessidade da reforma e a implementação do Novo Ensino Médio estão 
alicerçados nos baixos resultados dos indicadores educacionais, na elevada taxa de evasão escolar 
e na necessidade de rever os currículos, pois o currículo do Ensino Médio era visto como “[...] extenso, 
superficial e fragmentado, que não dialoga com a juventude, com o setor produtivo, tampouco com as 
demandas do século XXI” (BRASIL, 2016). As principais mudanças que a reforma estabeleceu foram 
a organização, com a oferta de itinerários formativos, o currículo pautado no desenvolvimento de 
competências e habilidades conforme propõem à Base Nacional Comum Curricular, a ampliação 
da carga horária, e a possibilidade de realização de parcerias público-privadas, além das previstas 
para a formação técnica e profissional, assim como a mercantilização da educação básica. (SILVA; 
SCHEIBE, 2017). 
116 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
CONCLUSÕES
Esta pesquisa ainda está em andamento, logo não temos resultados para apresentar, pois 
até o momento realizamos apenas parte da revisão de literatura. No entanto, é valido ressaltar 
a relevância estudo dada a necessidade de empreender uma discussão acerca dos desafios que 
perpassam a implementação do Novo Ensino Médio nas escolas-piloto de Santa Catarina, assim 
como pela atualidade e relevância da temática e, por identificarmos poucos estudos que têm se 
ocupado em estudar o NEM em Santa Catarina. Ante tal cenário, acreditamos que os resultados 
deste estudo irão contribuir para melhor compreender os desafios que perpassam a implementação 
do Novo Ensino Médio nas escolas-piloto de Santa Catarina, bem como as mudanças ocorridas e as 
dificuldades encontradas.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho está sendo realizado com apoio financeiro, através de bolsa de estudo 
UNIEDU/FUMDES Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior.
REFERENCIAS
BRASIL. Lei nº 4024/61, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 11429, 27 dez. 1961. Disponível em: 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-
publicacaooriginal-1-pl.html. 
BRASIL. Lei nº 5692/71, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º 
graus, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 6377, 12 ago. 1971. 
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-
357752-publicacaooriginal-1-pl.html.
BRASIL. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 27833, 23 dez. 1996. Disponível em: https://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
BRASIL. Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016. Institui a Política de Fomento à 
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 
de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências. Diário Oficial 
da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, (Edição Extra), 23 set. 2016. Disponível em: https://legislacao.
presidencia.gov.br/atos/?tipo=MPV&numero=746&ano=2016&ato=762ITUE1EeZpWT31a.
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html
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BRASIL. Portaria nº 649, de 10 de julho de 2018. Institui o Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio 
e estabelece diretrizes, parâmetros e critérios para participação. Diário Oficial da União: seção 1, 
Brasília, DF, p. 72, 11 set. 2018. Disponível em: https://siteal.iiep.unesco.org/sites/default/files/sit_
accion_files/portaria_no_649_de_10_de_julho_de_2018_-_imprensa_nacional.pdf.
BRASIL. Resolução nº21, de 14 de novembro de 2018. Destina recursos financeiros, nos moldes 
operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola, a escolas públicas estaduais 
e distritais, a fim de apoiar a implementação do Novo Ensino Médio e a realização da avaliação de 
impacto do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário Oficial 
da União: seção 1, Brasília, DF, p. 51-52, 16 nov. 2018. Disponível em: https://www.fnde.gov.br/
index.php/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/item/12185-resolu%C3%A7%C3%A3o-
n%C2%BA-21,-de-14-de-novembro-de-2018.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução por Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São 
Paulo: Edições 70, 2016. 
DA SILVA, M. R.; SCHEIBE, L. Reforma do ensino médio: Pragmatismo e lógica mercantil. Retratos 
da Escola, [S. l.], v. 11, n. 20, p. 19–31, 2017. DOI: 10.22420/rde.v11i20.769. Disponível em: https://
retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/769. 
Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2021. 
KUENZER, Acácia Zeneida. Trabalho e Escola: A Flexibilização do Ensino Médio no contexto do 
regime de acumulação flexível. Educ. Soc., Campinas, v. 38, nº. 139, p.331-354, abr.-jun., 2017.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 11.ed. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. 
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. rev. Campinas: 
Autores Associados, 2011. 137 p.
119
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PESQUISA EM REDE: OBSERVAÇÃO ELEITORAL E 
CRIMINALIZAÇÃO DE FAKE NEWS EM ELEIÇÕES 
BRASILEIRAS
Adriana M. F. Festugatto1; Deise H. K. Lora2; GustavoC. de Jesus3; Marco Aurélio Rodrigues da Cunha e Cruz 4
INTRODUÇÃO 
O cenário político mundial foi profundamente afetado pela era digital e coincide com o uso 
massivo de mídias digitais para disseminar desinformações. Ocorre que além da utilização positiva desse 
meio de comunicação, o mesmo instrumento tem sido aplicado para manipulações eleitorais. Nesse 
sentido, o fenômeno fake news (desinformação somado às redes sociais), quando voltado à conjuntura 
eleitoral, apresenta um fim especial de agir, diretamente voltado à distorção do debate para influenciar 
o processo de formação da vontade sufragista e, como tal, deve ser coibido pelo direito. O problema 
de pesquisa é, então, determinar qual a relevância criminal à desinformação eleitoral à partir de redes 
sociais. Cabe ressaltar que a presente pesquisa é resultado de estudos sequenciais realizados junto ao 
Grupo de Pesquisa Proteção das Liberdades na Sociedade do Controle – PPGD/UNOESC. O presente 
texto refere-se ao resultado conjunto da observação das eleições municipais 2020, em Chapecó/SC, 
à observação do pleito eleitoral 2022 (estadual e federal - ainda em curso). O método utilizado é o 
dialético e a técnica de pesquisa compreende a apreciação direta de documentação (estudo bibliográfico 
e análise de dados públicos). A pesquisa justifica-se pela necessidade de aferição dos impactos da 
desinformação em sede do direito à liberdade do voto e os possíveis meios de enfrentamento. Em 
sede conclusiva parcial (estudo ainda em curso), identificou-se que durante as eleições de 2020 em 
Chapecó-SC não houve relação direta entre fake news e demandas criminais, mas o fenômeno esteve 
largamente presente, demonstrando que há necessidade de formulação de mecanismos eficientes 
para esclarecimento da população. Atualmente a investigação encontra-se em fase de observação do 
pleito eleitoral de 2022, inclusive com participação oficial junto à equipe nomeada pelo TSE brasileiro, 
ao lado de outras instituições nacionais e também internacionais. 
METODOLOGIA 
O método empregado foi dialético, através da crítica qualitativa à dogmática jurídica e se 
operacionalizou através de estudos de caso observacionais (pleitos eleitorais municipais, estaduais e 
federal). Nas etapas já concluídas (eleições 2020), o trabalho compreendeu as fases eleitoral e pós-
1 Mestre em Direitos Fundamentais pela UNOESC, doutoranda, possui graduação em Direito pela Universidade 
Comunitária da Região de Chapecó e pós-graduação pela FIE. Integra o Grupo de Pesquisa Proteção das Liberdades na 
Sociedade do Controle. E-mail: adrianafestugatto@gmail.com.
2 Doutora em Ciências Criminais pela PUCRS (2018), mestre em Direito pela UFSC (2002) e graduada em Direito pela 
UFSC (1999). É docente titular do curso de graduação em Direito da UNOESC. E-mail: deise.lora@unoesc.edu.br. 
3 Discente em Direito – UNOESC. Integra Grupo de Pesquisa Proteção das Liberdades na Sociedade do Controle. E-mail: 
gustavocandido011@gmail.com.
4 Doutor em Direito, docente titular dos cursos de mestrado e doutorado em Direitos Fundamentais da UNOESC. É líder do Grupo 
de Pesquisa Proteção das Liberdades na Sociedade do Controle. E-mail: marco.cruz@unoesc.edu.br
mailto:GUSTAVOCANDIDO011@gmail.com
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eleitoral, com coleta de dados em ações judiciais públicas, disponíveis em sites oficiais vinculados ao 
TRE/SC e TSE. Atualmente e, em paralelo à análise bibliográfica, a pesquisa volta-se à observação 
das eleições 2022 (estaduais e federais), ainda em andamento. 
RESULTADOS 
Os resultados dessa pesquisa referem-se à observação de pleitos eleitorais, objetivando 
analisar a instrumentalização e operacionalização do fenômeno da desinformação eleitoral e seus 
consequentes impactos criminais. Na primeira etapa, durante as eleições municipais (2020) verificou-
se que 24% (vinte e quatro por cento) de todas as demandas propostas durante o período eleitoral em 
Chapecó versaram sobre notícias falsas. Não se identificou consequências criminais, porém, ressalta-
se que se constatou a ineficácia parcial do atual direito de resposta, ante ao anonimato nas redes 
sociais. Recomendou-se aprimoramento do atual direito de resposta, multas e consequências civis 
em médio prazo. Os dados obtidos durante o pleito 2022 (eleições estaduais e federal) estão em fase 
de coleta e análise e devem ser divulgados no decorrer de 2023. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O termo fake news, como é popularmente chamado, passou a ser utilizado para conceituar 
esforços deliberados para ludibriar, a partir do uso tecnologia da web aberta como propulsor 
em velocidade e alcance (ALLCOTT; GENTZKOW, 2017, p. 213). Com o avanço das tecnologias de 
informação e comunicação, há facilidade de acesso às redes sociais e à internet, mas inexiste 
regulamentação adequada. Segundo a Organização das Nações Unidas no ano de 2019, o total de 
4,1 bilhões de pessoas têm acesso à internet mundial (ONU NEWS, 2019). 
 A partir desse contexto, Morais e Festugatto (2020, p. 80) apontam alguns possíveis 
reflexos do fenômeno comunicacional desinformativo para o debate democrático e para o processo 
eleitoral. Em suas análises os autores consideram o direito fundamental à informação, em suas três 
extensões: de informar, de se informar e ser informado. 
Diante dessas premissas, a pesquisa trata da relevância da criminalização da desinformação 
eleitoral, a partir de no mínimo três ciclos eleitorais (municipal, estadual e federal). A ideia central é 
analisar as demandas eleitorais que abordem as questões atinentes ao controle informacional 
pela internet, demonstrando os meios utilizados para a propagação de desinformação, bem como 
evidenciando a análise jurisdicional das ações propostas. Em síntese, frisa-se que esse resumo decorre 
da observação eleitoral em momentos e abrangência distintas 2020 (já concluído) e 2022 (fase atual). 
 Sobre o fundamento teórico que envolve a pesquisa, para Merriam-Webster (2021), 
ainda que o termo fake news tenha destaque atualmente, a expressão é antiga, com uso geral já 
no Século XIX, tendo a primeira aparição do termo em 1810. Nesse sentido, Sousa (2017, p. 2394) 
cita o evento que ocorreu no ano de 1904, quando se propagaram diversos fatos inverídicos no que 
ficou conhecido como “Revolta da Vacina”. O referido movimento foi uma campanha de vacinação 
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
obrigatória contra a varíola que ocorreu no estado do Rio de Janeiro, na qual as vacinas foram 
rejeitadas por boatos acerca dos efeitos que poderiam causar (FIOCRUZ, 2005). A autora refere 
também fatos mais recentes, como o caso de falsas informações acerca dos casos de microcefalia em 
bebês no Brasil, já em 2017 (SOUSA, 2017, p. 2396/2397).
Em sua tradução literal, fake news, termo adotado do inglês, significa “notícias falsas”. No 
entanto, tal compreensão acaba não contribuindo para o entendimento global desse fenômeno 
comunicacional, já que não se trata de notícias. Para Letria, a notícia é “um fato verdadeiro, inédito ou 
atual, de interesse geral, que se comunica com o público, depois de recolhido, pesquisado e avaliado 
por quem controla o meio utilizado para a sua difusão” (2000, p. 27). Em consequência, Rais sustenta 
que não se trata de notícia, mas de fraude, qualificada pelo dolo e pelo dano (2019, p. 36).
Nesse contexto jurídico, atualmente houve uma modificação operacional que se somou à 
difusão do fenômeno. Assim, grandes empresas midiáticas que mantinham seu público a partir de 
jornais impressos ou pelas televisões, passaram a adotar a internet e as redes sociais para maior 
amplitude de divulgação. É comum que as pessoas se inteirem de fatos pelos meios digitais, tanto 
que em 2018, noventa por cento dos brasileiros utilizaram a rede para buscarnotícias, sendo que dois 
terços dos entrevistados declararam usar redes sociais para se informar (DIGITAL NEWS REPORT, 
2018, p. 116/117).
Atualmente, as redes sociais são as grandes influenciadoras. O aplicativo Facebook, por 
exemplo, contava com mais de 2,8 bilhões de usuários ativos no ano de 2020, sendo a rede social 
mais utilizada no mundo (EXAME, 2021). Adicionalmente, segundo estudo realizado junto ao Instituto 
de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, as notícias falsas são espalhadas 70% mais 
rápido do que as que possuem caráter verdadeiro. Por isso, podem alcançar um número muito maior de 
pessoas e embaraçar o alcance de notícias verdadeiras (VOSOUGHI; ROY; ARAL, 2018, p. 29).
Para Sousa (2017, p. 2394), muito disso se dá porque “as notícias falsas fazem apelo às 
emoções e às crenças coletivas e individuais” se tornando, manipulações intencionais com objetivo 
variável. Nesse sentido, “uma questão-chave para entender o caráter tóxico deste tema é a sua 
conjugação com a pós-verdade” (LASSALLE, 2019, p. 158). Sobre o assunto, Roiz (2018, p. 48), cita 
que a pós-verdade “é um discurso no qual a circunstância da prova, da comprovação e efetiva 
demonstração por meio de documentação e/ou testemunhos aferíveis, torna-se desnecessária e a 
simples afirmação sem respaldo tem o caráter de verdadeiro”. Já Santana e Martins (2018, p. 140) 
acrescentam que “a pós-verdade é em si uma distorção de um direito fundamental à informação que 
constitui base para defesa da cidadania”.
 Durante a pesquisa evidenciou-se que os grandes eventos que envolveram as fake 
news, como o brexit, eleições presidenciais estadunidenses de 2016, e as eleições presidenciais 
brasileiras de 2018, obtiveram grandes impactos globais. Por exemplo, nas eleições que consagraram 
Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, as redes sociais serviram como impulsionadores 
da desinformação, principalmente através do uso de robôs para a disseminação massiva (KAUFMAN, 
D., e SANTAELLA, L. 2020). Os resultados desse compartilhamento, segundo o estudo realizado por 
(NYHAN; GUESS; e REIFLER, 2018, p. 4 e 23) foram no sentido de que 27% dos eleitores leu pelo 
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menos uma notícia falsa no período analisado e que estas representaram 2,6% de todos os textos 
lidos em sites noticiosos (dados esses referentes a apenas 2.525 eleitores pesquisados).
Ainda para ilustrar esses episódios internacionais, rememora-se que em novembro de 1993 
foi criada a União Europeia, com a finalidade de integração política e econômica de 28 países do 
continente europeu (COMISSÃO EUROPEIA, 2013). Entre os países acordantes, o Reino Unido constava 
como país fundador. Ocorre que em junho de 2016, em votação popular local, optou-se pela saída do 
país do grupo. Esse fato ficou conhecido como brexit, abreviação da palavra Britain (Grã-Bretanha) e 
exit (saída). As condições que permearam esse evento foram marcadas pela disseminação em larga 
escala de fake news. Situação semelhante ocorreu quanto à corrida Presidencial norte-americana no 
ano de 2016, em que se constatou o compartilhamento desenfreado de desinformação, a exemplo 
de: 1) “o Papa declarou apoio a Donald Trump” (NEWS, 2016); 2) “Hillary Clinton comanda rede de 
pedofilia em Washington” (WENDLING, 2018). 
Especificamente quanto ao cruzamento de dados, a pesquisa revelou que a utilização de 
robôs normalmente ocorre em pleitos mais amplos (como Brasil 2018, brexit e EUA 2016), motivo 
pelo qual não esteve presente de forma tão ostensiva em Chapecó 2020. Porém, no primeiro estágio 
da investigação, verificou-se que mesmo em uma eleição de proporções menores, 24% das ações 
judiciais propostas versaram sobre desinformação eleitoral. Isso revelou tanto a permanência quanto 
o crescimento do fenômeno. O estágio atual da pesquisa deve avaliar se essa tendência será mantida 
no atual pleito (2022) para, então, apontar estratégias de enfrentamento. 
AGRADECIMENTOS 
Agradece-se ao UNIEDU – Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina, responsável 
pelo fomento à pesquisa, ao GEP Proteção das Liberdades na Sociedade do Controle - PPGD em 
Direito da UNOESC, e à UNOESC Chapecó.
REFERÊNCIAS 
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Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/noticia/revolta-da- vacina-2>. Acesso em: 20 nov 2021.
ALLCOTT, Hunt; GENTZKOW Matthew. Social media and fake news in the 2016 election. National Bureau 
of Economic Research - Journal of Economic Perspectives, Standford, v. 31, n. 2, p. 211–236, spring 2017.
BOLZAN DE MORAIS, Jose Luis. FESTUGATTO, Adriana Martins Ferreira. A Democracia 
Desinformada: eleições e fake news. Porto Alegre: Livraria do Advogado. 2021.
DIGITAL NEWS REPORT 2018. Reuters Institute, 2018. Disponível em: <https://s3-eu-west-1.
amazonaws.com/media.digitalnewsreport.org/wp-content/uploads/2018/06/digital-news-
report-2018.pdf>. Acesso em 08 dez 2021.
https://portal.fiocruz.br/noticia/revolta-da-
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
GUESS, Andrew M.; NYHAN, Brendan; REIFLER, Jason. Exposure to untrustworthy websites in the 
2016 U.S. election. US National Library of Medicine. 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.
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KAUFMAN, D., & SANTAELLA, L. O papel dos algoritmos de inteligência artificial nas redes 
sociais. Revista FAMECOS, v. 27, 29 maio 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.15448/1980-
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LASSALLE, José María. Ciberleviatã: el colapso de la democracia leberal frente a la revolución 
digital. Barcelona: Arpa, 2019.
LETRIA, Joaquim. Pequeno Breviário Jornalístico. Lisboa, Editorial Notícias, 2ª ed., 2000.
MERRIAM-WEBSTER. Fake. Merriam-Webster.com Dictionary. Acesso em 15 nov 2021. Disponível 
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ROIZ, Diogo da Silva. Uma “era de pós-verdade”, ou a invenção de um novo inventário de mentiras? 
Os desafios da educação, a fragilidade dos direitos humanos e a manipulação política: estudos 
introdutórios. In: ROIZ, Diogo da Silva; GOMES, Geovane Ferreira; SANTANA, Isael José (org.). A 
(pós-) verdade em uma época de mutações civilizacionais. Serra: Milifontes, 2018.
SOUSA, Amanda Moura de. O papel do bibliotecário como mediador da informação na era da pós-
verdade. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação., [s.l], v. 13, n. esp., p.2390-2402, 2017.
VOSOUGHI, Soroush; ROY, Deb; ARAL, Sinan. The spread of true and false news online. Science. v. 
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https://www.merriam-webster.com/dictionary/fake%20news
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
PROYECTOS PEDAGÓGICOS PRODUCTIVOS Y 
DESARROLLO RURAL SOSTENIBLE. UNA MIRADA 
DESDE LA INTEGRACIÓN CURRICULAR
Rubén Díaz Manchego1; Maribel Pabón Ruiz2; Freddy Marín González3
INTRODUCCIÓN
La orientación de proyectos pedagógicos hacia las necesidades de la comunidad que 
rodea los centros educativos se ha dado en Colombia desde hace varias décadas, pero con mayor 
fuerza a partir de la Ley General de Educación (1994), que dio las bases conceptuales y legales para 
que las instituciones educativas impartierandentro de la educación media (dos últimos años de 
formación escolar) con carácter técnico – agrícola, en el sector rural, la cual permite la preparación 
necesaria para el desempeño laboral y la productividad (art. 32). Así que, en muchas regiones del 
país, las instituciones construyeron sus Proyectos Educativos Institucionales (PEI) en torno a enfoques 
agropecuarios, pues es uno de los sectores económicos más importantes del país.
Es el caso de la Institución Educativa Técnico Diversificado de Buenavista de San Marcos, 
Sucre (IETDB) y la Institución Educativa Técnico Agrícola Juan Domínguez Romero de Caracolí, 
Malambo, Atlántico (IETAC), Colombia, donde los estudiantes de educación media reciben formación 
técnico agrícola, no solo desde las asignaturas técnicas dadas en el plan de estudios de cada 
institución, sino que, además, reciben el apoyo de los programas complementarios respaldados por el 
Servicio Nacional de Aprendizaje (SENA), lo cual, favorece sus aprendizajes y desempeños dentro de 
la institución. Estos centros educativos se convierten en responsables de los procesos de formación 
en sus localidades y de acuerdo con su Proyecto Educativo Institucional (PEI) se deberían proyectar a 
la comunidad como facilitadoras de conocimientos acordes al énfasis institucional, aportando bases 
tecnológicas para el fortalecimiento agrícola y pecuario en sus estudiantes, con la misión de cambiar 
su realidad social, contextual y económica de las comunidades, sin embargo, no se está evidenciando 
como se esperaría. 
Por lo anterior, se plantea como objetivo analizar el proceso de integración curricular de 
los Proyectos Pedagógicos Productivos y su contribución a procesos de desarrollo rural sostenible, 
justificado en que no solo de la agricultura misma como motor de desarrollo global sino del progreso 
comunitario, incentiva el diseño y fortalecimiento de los programas contribuyentes a la formación de 
quienes pueden participar en proyectos que promuevan la producción agrícola y el mejoramiento de 
calidad de vida, son tanto relevantes como pertinentes desde el punto de vista científico como social.
1 Investigador. Universidad de la Costa. Correo institucional rdiaz30@cuc.edu.co.
2 Investigadora. Universidad de la Costa. Correo institucional mapabon11@cuc.edu.co COMPLETEN EL DE UDS.
3 Profesor Titular III Tiempo Completo de la Universidad de la Costa, Colombia, adscrito al Departamento de Humanidades, 
en los programas de Doctorado y Maestría en Educación. Editor jefe de la Revista Cultura Educación y Sociedad y Líder de 
la Línea de Investigación en Calidad Educativa. Ratificado como investigador Senior por MINCIENCIAS (Colombia). Posee 
estudios de Licenciatura, Especialización y Maestría en Educación, así como Doctorado y Postdoctorado en Ciencias 
Humanas por la Universidad del Zulia, Venezuela, de la cual es Profesor Emérito. fmarin1@cuc.edu.co.
mailto:rdiaz30@cuc.edu.co
mailto:mapabon11@cuc.edu.co
mailto:fmarin1@cuc.edu.co
126 Anais Eletrônicos
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FUNDAMENTACIÓN TEÓRICA
Las teorías que sustentaron el desarrollo de esta investigación están enmarcadas dentro 
del campo educativo y propician las interacciones de la escuela con el entorno, las metodologías y los 
propósitos que se quieren lograr. Para ello se considera de gran soporte la teoría crítico – social de Freire 
(1968), como se citó en Lima y Soto (2020), quien afirma que el conocimiento se construye a partir de las 
experiencias de cada sujeto, partiendo de la realidad histórica, política y económica, lo cual permiten una 
transformación social desde el análisis y reflexión del contexto, comprometidos con el desarrollo local. 
Lo que se traduce en que la concepción de la institución educativa y de sus proyectos, deben estar en 
concordancia con el entorno y los cambios que se quieren generar en la comunidad, donde la escuela es 
vista como transformadora de las realidades sociales.
En este sentido, Ausubel (1963), como se citó en Moreira et al. (1997), en su teoría del aprendizaje 
significativo, reconoce la interacción de la nueva información conectada con conceptos relevantes ya 
existentes, permitiendo la asociación de ellos con la realidad contextual. En correspondencia a ello, el 
conocimiento se construye cuando el individuo se conecta con su entorno y retroalimenta su aprendizaje. 
Una oportunidad para ampliarse en los centros educativos donde se decide estructurar un proyecto 
educativo girando en torno a la realidad de los estudiantes y sus familias, pensando en un desarrollo rural 
sostenible, pues, se esperaría la conexión de los aprendizajes al cobrar sentido para quien aprende, es 
decir, se logre un aprendizaje significativo desde la implementación de los PPP.
Por lo anterior, se considera importante resaltar la teoría del desarrollo rural comunitario, 
teniendo en cuenta que el objetivo general de esta investigación se orienta hacia el análisis de la 
integración curricular de los PPP al desarrollo rural sostenible, las bases teóricas se orientan hacia dicho 
desarrollo, pero, además, al darse en un contexto educativo, la comunidad circundante debe ser tenida en 
cuenta como primeros beneficiarios (MURRAY; DUNN, 1995); en este sentido. el liderazgo, la mediación, la 
resolución de conflictos y el trabajo en equipo permiten impulsar el desarrollo sostenible de su comunidad.
Cabe destacar la correspondencia de la presente investigación con la teoría del aprendizaje 
basado en proyectos (ABP), la cual parte de la idea central de que el conocimiento se construye desde 
la solución de un problema del contexto, con la integración de las diferentes áreas, así, se potencializa el 
espíritu de iniciativa de responsabilidad, solidaridad y de libertad a través, de la acción e interacción de 
la información, teniendo una orientación integradora en la que el estudiante reúne los conocimientos de 
diversas áreas para lograr una meta o alcanzar cierto aprendizaje, por tanto, los PPP pueden mediante 
esta metodología, integrar los contenidos curriculares para alcanzar la meta del desarrollo sostenible en 
la zona rural, (KILPATRICK, 1918).
Por consiguiente, la teoría del desarrollo endógeno propuesta por Vázquez – Baquero (1998), 
trata de una aproximación territorial al desarrollo que hace referencia a los procesos de crecimiento 
y acumulación de capital de territorios que tienen una cultura e instituciones propias. Lo anterior 
constituye la respuesta de los actores locales a los desafíos de la globalización. Por consiguiente, la visión 
estratégica del desarrollo endógeno tiene la ventaja de reconocer las respuestas locales a los desafíos 
y oportunidades que presenta el proceso de integración económica, tratando de resolver los problemas 
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
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Anais Eletrônicos
y atender las necesidades del territorio. Ello consiste en un proceso de transformaciones y cambios 
endógenos, impulsados por la creatividad y la capacidad emprendedora existente en el territorio, lo cual 
se ve reflejado en la implementación de los PPP como herramienta pedagógica.
En esta misma línea de pensamiento, se resalta la teoría del trabajo colaborativo de Vygotsky 
(1974) como se citó en Roselli (2011), quien plantea que el aprendizaje se construye mediante la interacción 
de las dinámicas de trabajo en grupo y social, favoreciendo el razonamiento y el pensamiento crítico. Por 
tanto, se llega a un conocimiento a través del aporte que hace el otro, el cual, puede ser otra persona u otra 
área del saber; esta teoría refuerza la idea de la integración curricular en la escuela, para lograr que se 
den las interrelaciones entre ideas y conceptos, pero además un trabajo colaborativo entre docentes que 
incentiven a los estudiantes a aprender de manera integrada para beneficio de ellos y de sucomunidad.
Así pues se requiere la motivación intrínseca, para realizar un trabajo consciente e interdisciplinar, 
capaz de reconocer las potencialidades de cada uno de los estudiantes, y estas sirvan de impulso interno 
para su proceso de autorregulación; en este sentido, el compromiso con su formación académica y todos 
los procesos que se adelanten en el establecimiento educativo, se garantizan por la conciencia adquirida 
de la autosuperación como lo plantea Deci y Ryan (1980) en su teoría de autodeterminación; de hecho, 
eso fortalece lo que se pretende alcanzar con la implementación de los PPP como proceso integrado en el 
currículo de las instituciones educativas.
En definitiva, la teoría del aprendizaje por descubrimiento de Bruner (1966), así como las que se 
han analizado de manera interrelacionadas, plantea que la enseñanza, tiene como centro al alumno, desde 
un modelo de educación constructivista. En él, los estudiantes a través de investigación y resoluciones de 
problemas logran el aprendizaje final, adaptándose a sus propias necesidades contextuales, resaltando 
el valor pedagógico de los PPP como herramienta educativa para transformar las realidades sociales, 
contextuales y por ende aportar de manera significativa al desarrollo rural sostenible. Las relaciones 
teóricas se evidencian en el siguiente mapa:
Figura 1 – Mapa relacional del sistema teórico de la investigación
Fuente: Elaboración propia.
128 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
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METODOLOGÍA
Los fundamentos que guían la presente investigación están dados desde el enfoque 
epistemológico empirista inductivo, donde la presencia de patrones regulares como producto 
del conocimiento científico explican la dependencia mutua entre los hechos que se estudian; esto 
puede ser establecido desde la observación de la repetición de eventos que permiten establecer 
inferencias probabilísticas y así, predecir comportamientos futuros (Pulgar et al. 2014; YÁÑEZ, 2018). 
En consecuencia, se dice que el paradigma que los rige es el positivista del que se desprende la 
metodología cuantitativa de investigación que, a través del principio de verificación de proposiciones, 
válida los saberes que provienen de la experiencia y la observación (HERNÁNDEZ et al., 2014). 
Para cumplir con los objetivos propuestos y de acuerdo con el enfoque investigativo, se dividió 
la investigación, primero, en un análisis documental del Proyecto Educativo Institucional (PEI), los 
planes de mejoramiento institucional (PMI) y los planes de áreas y, segundo, un análisis de campo con 
la participación de los estudiantes de décimo grado, docentes, directivos docentes, padres de familia 
y egresados, utilizando para ello, la encuesta como técnica de recolección de datos, cuyo instrumento 
es el cuestionario. Llevando a cabo cada etapa en las dos instituciones de estudio.
De tal manera que, para el diseño documental, el instrumento fue una matriz de análisis 
de contenido que permite alcanzar el nivel cognitivo descriptivo, sienta las bases para el nivel 
interpretativo y permite consignar las contrastaciones y referentes teóricos; de esta se hicieron 
tres modelos, uno para cada documento (PEI, PMI y Planes de área); todos estos cuentan con siete 
entradas en columnas para consignar la información de variable, dimensión, indicador, criterio de 
análisis, hallazgos, contrastación y referentes teóricos y, en la última, inferencias argumentativas. 
Para el diseño de campo, la segunda etapa de esta investigación se aplicó como técnica 
la encuesta por muestreo para lo cual se usó como instrumento, 5 modelos de cuestionario según 
cada uno de los sujetos que hacen parte de la investigación. Las primeras aseveraciones variaron 
de acuerdo con la información que se quería obtener de cada uno de ellos y las aseveraciones de 
indagación específicas al propósito de la investigación se dispusieron de acuerdo con la función que 
cada sujeto cumple dentro del análisis.
Para facilitar la aplicación de estos cuestionarios, se hizo a través de la plataforma de Google 
forms, luego, los datos obtenidos fueron consignados en matrices de Microsoft Excel, organizados por 
tipo de sujetos de investigación y señalando el número de la aseveración correspondiente a cada 
cuestionario; para consignar el porcentaje que eligió las alternativas tipo escala Likert: siempre, casi 
siempre, a veces, casi nunca y nunca.
Para graficar estos resultados, se procesaron los datos en columnas 100 % agrupadas que 
se usan para comparar la contribución del porcentaje por valor individual al total, en cada pregunta 
planteada y al exponerlas en grupos según la respectiva variable, lo que permite visualizar de manera 
general la tendencia de respuesta por institución.
Por otra parte, los datos recolectados al aplicar las encuestas por muestreo permiten 
determinar la percepción que tienen cada uno de los sujetos implicados en la práctica de la integración 
129
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
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curricular de los PPP y determinar el estado de dicha integración y sus efectos en el desarrollo rural 
sostenible
En cuanto a los niveles de conocimiento pretendidos en el proceso dados en una estructura 
diacrónica, esta investigación toma tres fases, la descriptiva, la explicativa y contrastiva (MARÍN, 
2012). Para la primera, la fase descriptiva, se parte de una realidad no suficientemente conocida 
para darle la relevancia necesaria y con el registro de los hechos, llegar a una caracterización de 
dicha realidad; ahora, por ser de enfoque empirista - inductivo, la técnica debe ser la cuantificación 
aritmética o estadística. 
En la segunda fase, la explicativa, se acogen las descripciones exhaustivas de la realidad 
buscando las relaciones de dependencia en los hechos registrados en la fase anterior, explorando 
modelos teóricos que permitan elaborar predicciones, todo esto aunado con la técnica de introducción 
y construcciones probabilísticas. Y, en la tercera fase, la contrastiva, se verifica la veracidad de las 
teorías, contrastando y satisfaciendo las necesidades a través de argumentos y contrargumentos, 
mediante las técnicas experimentales o cuasi experimentales. 
Esta investigación, particularmente, usa una técnica cuasi experimental, así se mantiene 
dentro del enfoque empirista inductivo, pero sin aleatoriedad en la distribución de los sujetos de 
estudio puesto que fueron elegidos por conveniencia o según disponibilidad. Al respecto Battaglia 
(2008), como se citó en Hernández et al. (2014, p. 390) dice “las muestras por conveniencia están 
formadas por los casos disponibles a los cuales tenemos acceso”. Sin embargo, esta misma condición 
de la cuasi experiencia requiere que se haga un registro y análisis más minucioso para evitar los 
sesgos en los resultados.
En cuanto a la validez de los instrumentos, las matrices de análisis de contenido y los 
cuestionarios cuentan con la validez por juicio de experto, a quienes se presentó un portafolio para 
revisión cumpliendo los protocolos establecidos para este fin, pero los cuestionarios, cuentan además 
con la fiabilidad que da la medida del alfa de Cronbach.
Tabela 1 - Alfa de Cronbach cuestionarios
Cuestionario IETDB
Alfa de Cronbach
IETAC
Alfa de Cronbach
Para directivos docentes 0,6407 0,744
Para docentes 0,984 0,968
Para estudiantes 0,836 0,988
Para padres y madres 0,8107 0,945
Para egresados 0,988 0,984
Fuente: Elaboración propia a partir del cálculo hecho con base en los datos obtenidos de la aplicación de cada 
uno de los cuestionarios. 
RESULTADOS
Los resultados se presentan primero en el análisis de contenido de los PEI, los PMI y los 
planes de área, para luego, mostrar los resultados del análisis de campo desde las variables y las 
dimensiones establecidas en la matriz de operacionalizaciónde variables. 
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ANÁLISIS DE CONTENIDO DE LOS PEI
Partiendo del análisis de contenido del PEI, se pudo determinar que al relacionar la 
dimensión pedagógica con el énfasis institucional de los PEI de los centros educativos se nota que en 
los documentos está prevista la promoción del desarrollo de la construcción social del conocimiento y 
el fortalecimiento de una cultura productiva, contando con un modelo pedagógico acorde al contexto 
y un enfoque que guía los procesos académicos, de este modo se tiene en cuenta las características 
del establecimiento educativo y las exigencias del entorno, garantizando la práctica pedagógica 
desarrollada bajo criterios de calidad, sin embargo, se requiere mejorar la infraestructura de 
las instituciones en la zona rural, donde se puedan ejecutar los proyectos, involucrando las áreas 
académicas y a su núcleo familiar, las prácticas pedagógicas que realizan los docentes en su trabajo 
diario con los estudiantes son desarrolladas de manera aislada por cada área. 
Al respecto, Méndez y Giraldo (2022) documentaron una realidad que se viene presentando 
en Colombia con quienes reciben formación en ciencias agropecuarias, en cuanto a la extensión y 
desarrollo rural se refiere, es decir, a la hora de acompañar a la comunidad con la transferencia 
de información con la intención de aportar en el progreso social, económico y técnico de la zona de 
influencia, no tienen las condiciones para lograrlo. Los autores citados atribuyen esta circunstancia a 
las carencias formativas de los proyectos pedagógicos en la dirección de lo social, por lo que resulta 
relevante que las instituciones garanticen que la promoción prevista en sus PEI se hagan realidad 
en la práctica pedagógica, así mismo la Ley 115 de 1994, art.142 y su decreto reglamentario 1860, 
art.19, establece que se le debe otorgar mayor participación a la comunidad educativa, para tomar 
decisiones de las acciones que se van a implementar en la escuela y que beneficien a todos.
Por consiguiente, es de considerar la importancia de la inversión en el sector educativo para 
el progreso de la sociedad; es necesario actualizar y fortalecer a las secretarías de educación en la 
administración de los recursos financieros del sector educativo; con el fin de garantizar la obtención 
de resultados en términos de cobertura, calidad y eficiencia, acorde con las políticas educativas de 
los Planes de Desarrollo Nacional y Territorial, dando respuesta a una de las preguntas asociadas de 
la presente investigación.
En lo que se refiere a la interacción escuela comunidad, específicamente al seguimiento de 
proyectos que garanticen la participación del egresado, lo cual, beneficiaría a la juventud rural dándole 
una oportunidad para ver el campo como una alternativa viable de un proyecto de vida exitoso. En el 
contexto latinoamericano ya se han realizado estudios que podrían inspirar a investigaciones similares 
apoyadas por las instituciones educativas en cuanto a cómo motivar a la juventud rural a quedarse 
para trabajar en el campo para fomentar el desarrollo rural. Analizando lo expresado por Rodríguez 
et al. (2022) al identificar los factores que influyen en los jóvenes que viven en dos comunidades 
agrícolas rurales, evaluando cuantitativamente si el entorno social y natural de los jóvenes rurales 
son factores que influyen en su interés por vivir en el campo. Al final concluye que, la escuela, debe 
ser el lugar donde se promueva el sentimiento de pertenencia a la comunidad y el desarrollo de una 
131
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
identidad rural entre los jóvenes que permitan fomentar el liderazgo, la creatividad y la iniciativa en la 
generación de alternativas de progreso para su territorio, y por ende, su desarrollo rural sostenible.
Otro estudio que sirve de ejemplo es realizado por Monteiro y Peña (2022) en Brasil, 
en jóvenes campesinos de 17 a 39 años de edad para determinar los factores que influencian la 
construcción positiva de la identidad social de una familia agricultora, estableciendo que en buena 
medida depende de la seguridad financiera que proporcione y que, esta se ve afectada por la 
carencia de oportunidades de trabajo y de una infraestructura insuficiente para el transporte de su 
producción. Al final, la pesquisa permitió establecer el perfil de los jóvenes productores que es útil a 
la hora de establecer posibles proyectos y su efectividad en el camino del desarrollo sostenible rural.
Para ello, los objetivos planteados deben estar direccionados en formar un ser capaz de 
trasformar su propia realidad, desde la aplicación de conocimientos técnico – agropecuarios en la 
construcción microempresarial y autosostenibles; esto describe la contribución de los fundamentos 
curriculares y didácticos articulados con los PPP para la transformación de la zona rural, sin embargo, 
la situación real de la aplicación de los conocimientos técnico – agropecuarios no trasciende en el 
contexto social del estudiante, por lo tanto, no es coherente con lo que se establece en el PEI. 
En referencia a lo anterior Valle et al. (1999) considera las estrategias de aprendizaje como 
secuencias, procedimientos y/o planes direccionados hacia el alcance de metas de aprendizaje. Las 
estrategias de aprendizaje se desarrollan a través de actividades intencionadas que guían las prácticas 
educativas. Por su parte el MEN (2003) destaca la planeación al ser entendida como un proceso 
cíclico que requiere de flexibilidad y capacidad para reconocer otros rumbos sobre las acciones y 
experiencias planteadas con el fin de dar respuesta oportuna a los intereses, inquietudes, propuestas 
y necesidades de los jóvenes y sus familias” (p. 8). Por tanto, los procesos que se proyecten deben 
permitir, en su diseño y ejecución, la integración de participantes y construir nuevas experiencias; en 
consecuencia, la planeación resume los propósitos de desarrollo y aprendizaje, lo que le otorga un 
espacio importante a la intencionalidad pedagógica. 
Referente al análisis del desarrollo rural sostenible se debería seguir las directrices que a 
nivel nacional e internacional se vienen dando sobre la calidad y pertinencia de la educación; por esta 
razón, se requiere el apoyo de las instituciones analizadas sobre las experiencias significativas, en las 
acciones pedagógicas direccionadas a la trasformación social, de modo que impacte en el desarrollo 
rural, todo esto alcanzado con la implementación de los PPP como estrategia de innovación para 
motivar a la investigación y a su aporte al crecimiento económico. 
De esta misma variable, se analiza la dimensión económica donde se infiere que los 
estudiantes desde los grados de la básica secundaria, deberían estar motivados hacia la educación 
media técnica; lo cual quiere decir, que se requiere ser objetivo con los fines educativos propuestos 
y para la modalidad institucional es indispensable la elaboración de programas educativos para el 
trabajo y el desarrollo humano, de tal manera que se posibilite desde el establecimiento educativo 
la comercialización de los productos obtenidos en los PPP; de esta manera, se mejoraría la condición 
económica de la población. Referente al Desarrollo Rural Sostenible se analiza la valoración de las 
necesidades básicas de la comunidad educativa en lo referente a la seguridad alimentaria. Se deduce 
132 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
la importancia de la alimentación en el crecimiento, rendimiento, salud de los niños y jóvenes en edad 
escolar. Es importante tener claridad de la cantidad de estudiantes que se encuentran en situaciones 
de dificultad, para lo cual se debería apoyar sualimentación y se evita la deserción escolar. Para ello 
se requiere activar mecanismos de relación con los diferentes actores educativos los cuales permitan 
superar las necesidades básicas de la comunidad e implementar estrategias como los PPP para 
superar las problemáticas del entorno. 
ANÁLISIS DE LAS UNIDADES DE CAMPO
Gráfico 1 - Resultado de encuesta a docentes 
 
Fuente: Elaboración propia.
PPP…5 a la 12. Integración Curricular: (IC)…13 a la 23. Desarrollo rural: (DR)…24 a la 31.
Hallazgos:
En la IETDB: En los planes de estudio no existe acuerdos para promover los ppp.
La didáctica y método de enseñanza permiten un aprendizaje significativo, no involucra los ppp (I.C).
A veces se ayuda en la mejora de condiciones de vida D.R
En la IETAC: No hay consistencia en la planeación de actividades y proyectos; no identifican el contexto 
socioeconómico. (PPP).
Hay un trabajo para acercarse a la sistematización de estos procesos (I.C)
El desarrollo rural en el plano educativo es escaso. (D.R).
Análisis e interpretación:
El aprendizaje basado en proyectos y el aprendizaje en equipo, mejoran los procesos enseñanza 
aprendizaje (Kilpatrick, 1918).
EL papel protagónico de los docentes es lograr el propósito de los ppp como bien lo afirma Vázquez 
– Baquero, (1998).
Inferencia argumentativa: Los docentes de instituciones rurales con modalidad técnico agropecuaria, 
deberían reconocer el valor pedagógico y formativo que tienen los ppp para transformar la realidad 
socioeconómica de los estudiantes y su núcleo familiar.
Gráfico 2 - Resultado de encuesta a estudiantes 
Fuente: Elaboración propia.
PPP…4 a la 10. Integración Curricular: (IC)…11 a la 13. Desarrollo rural: (DR)…14 a la 18.
133
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Hallazgos:
En la IETDB: Los ppp beneficia a que se dé la seguridad alimentaria y con ello el desarrollo sostenible.
Fortalecer los acuerdos para clima envolvente. (I.C)
No hay concordancia con las propuestas para mejorar sus condiciones de vida. (D.R)
En la IETAC: Los ppp ayudan a la seguridad alimentaria y con ello el desarrollo sostenible.
Acuerdos entre cada una de las áreas para fortalecer el aprendizaje. (I.C)
Duda general, de que los ppp sirven para satisfacer las necesidades alimentarias (D.R).
Análisis e interpretación:
• Rodríguez et al (2022) la importancia de analizar las causas por las que un estudiante 
aprecia o no su entorno. 
• El estudiante se sienta protagonista al dar soluciones a los problemas del contexto, ABP. 
(Kilpatrick, 1918).
• Vygotsky (1974) el trabajo colaborativo, permite a través de la interacción un verdadero 
conocimiento.
• Inferencia argumentativa: Se hace necesario una adecuada motivación que los lleve a 
sentirse identificado con el énfasis institucional de modo que orienten su proyecto de 
vida hacia el emprendimiento y creación microempresarial, garantizando la seguridad 
alimentaria.
Gráfico 3 - Resultado de encuesta a egresados
Fuente: Elaboración propia.
PPP. 4 a la 11. Integración Curricular: (IC). 12 a la 19. Desarrollo rural: (DR 20 a la 24.
Hallazgos:
En la IETDB: Piensan que los ppp impartidos en la institución cumplen el papel de motivar a la 
vinculación del egresado al sector productivo. (PPP)
Ven una buena integración curricular. (I.C)
Creen que los ppp brindan oportunidades para el desarrollo rural junto con sus familias. (D.R)
En la IETAC: La institución cumple su papel de motivar a la vinculación al sector laboral productivo. 
(PPP)
Algunas veces favorece el desarrollo de competencias y tiene en cuenta su realidad. (I.C)
Los ppp como oportunidad para el desarrollo rural junto con sus familias. (D.R)
Análisis e interpretación:
• Promover el emprendimiento en el sector rural genera una transformación del pensamiento 
económico (Pérez,2021).
• Cuando la práctica pedagógica es contextualizada se consolidan soluciones para la 
diversa población atendida. (Rodríguez 2020).
Inferencia argumentativa: Las respuestas de estos sujetos pueden estar motivadas por las 
experiencias significativas que pudieron tener en su vida de estudiantes, donde adquirieron las 
habilidades y competencia. Aunque sus desempeños no corresponden al énfasis institucional.
134 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
CONCLUSIONES
Las instituciones educativas de carácter técnico agrícola tienen un compromiso fundamental 
con el desarrollo rural sostenible de sus regiones, puesto que, de la formación orientada a sus 
estudiantes dependerá buena parte de la fuerza laboral y de construcción social, económica y cultural 
recibida influirá en su futuro; convirtiéndose un medio de construcción de conocimientos, desarrollo de 
habilidades y la adquisición de competencias, razones suficientes, para que los jóvenes se queden en 
sus regiones y continúen el legado de sus familias, pero con perspectivas de mejores condiciones de 
vida. Por lo tanto, después de realizada la reflexión de las unidades de análisis, tantos documentales 
como de campo, se concluye que:
• La capacitación para docentes en torno a la integración curricular de los ppp, impacta 
en el proceso de aprendizaje de conocimientos teórico – práctico en los estudiantes y 
contribuye al desarrollo socio-productivo de su comunidad. 
• Las instituciones analizadas se caracterizan por incluir en sus documentos institucionales 
PEI, PMI y planes de área, aspectos fundamentales de los ppp, sin embargo se requiere 
que sean incorporados como políticas de carácter institucional.
• Se reconoce en el IETAC y la IETDB, la importancia de la inclusión de los PPP en el PEI - 
PMI y Planes de área, pero no se evidenció su efecto en emprendimientos individuales y/o 
colectivos.
• La institución educativas debería crear estrategias para identificar las dificultades 
socio – económicas de su comunidad, mediante la concientización de la importancia de 
implementar los ppp. 
• A nivel individual, no se tiene claro si se logra que el trabajo institucional trascienda lo 
suficiente, dado por la incertidumbre en comprender los componentes básicos del énfasis 
institucional y su relación con su proyecto de vida.
• Percepción de la comunidad educativa, hacia los PPP, los cuales deben motivar por la 
ampliación de la formación, atención a las necesidades del contexto en la búsqueda de 
un desarrollo rural sostenible.
• Los ppp tendrían que vincular los intereses de los estudiantes al desarrollar las clases, ya 
que al trabajar en proyectos, sus habilidades creativas se activan y pueden tener elementos 
para los emprendimientos propios que tengan que ver con procesos productivos agrícolas
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https://doi.org/10.3390/su14010546
137
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
SISTEMAS DE MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO 
INOVADOR PARA STARTUPS
Karen Benetti¹; Fabio Lazzarotti²
INTRODUÇÃO 
Sistemas de mensuração de desempenho são um conjunto de indicadores utilizados para 
medir os resultados das metas e objetivos organizacionais. Permitem verificar se os esforços, recursos 
e competências estão sendo empregados com eficiência, visando à melhoria de desempenho e de 
posicionamento no mercado competitivo. Os indicadores de desempenho precisam estar alinhados ao 
tipo de negócio, inclusive para as startups, que atuam com empreendimentos inovadores em ambientes 
turbulentos e dinâmicos. Há uma variedade de abordagens teóricas desenvolvidas ao longo dos anos 
sobre sistemas de medição de desempenho e inovação nas organizações, demonstrando a relevância 
e a complexidade do tema (ADAMS; BESSANT; PHELPS, 2006; GUTIERREZ; SCAVARDA; FIORENCIO; 
et al., 2015; TATICCHI; BALACHANDRAN, 2008). Assim, é desafiador obter uma visão geral de todas as 
teorias a fim de apresentar uma síntese da literatura, em virtude das inúmeras ferramentas e técnicas 
de mensuração de desempenho, que buscam apontar as métricas mais apropriadas (PAPULOVÁ; 
GAŽOVÁ; ŠLENKER; et al., 2021). Nesse sentido, o objetivo deste estudo consiste em apresentar o 
estado da arte sobre sistemas de medição de desempenho inovador para startups. A pesquisa se 
justifica pela escassez de modelos de mensuração de desempenho com indicadores específicos para 
os modelos de negócios inovadores das startups, apesar da ampla gama de modelos de medição 
de desempenho na área de administração. A literatura demonstra que a maioria das startups não 
consegue adaptar e utilizar as metodologias tradicionais de gestão e avaliação de desempenho 
(ROMPHO, 2018). Deste modo, se revela a problemática do estudo, pois a falta desses modelos implica 
dificuldade aos empreendedores e gestores para mensurar o desempenho e os resultados em inovação 
de suas startups, que são empresas atuantes em ambientes dinâmicos, onde os sistemas de medição 
de desempenho devem ter capacidade adaptativa e evoluir conforme as mutações organizacionais 
(ANTUNES et al., 2021; STRITESKA; ZAPLETAL; JELINKOVA, 2018)
METODOLOGIA
O referencial teórico foi construído a partir de revisão não sistemática de literatura, por meio 
da técnica snowballing. Para a seleção inicial, foram utilizadas as bases de dados Scopus, Web of 
Science e EBSCO. As seguintes strings de busca foram aplicadas: ‘performance indicators’, ‘startup’ 
and ‘innovation management’. Adicionalmente, acrescentou-se a string ‘performance measurement’, 
visando ao retorno de maior volume de estudos. A partir dos resultados, efetuou-se a leitura dos 
títulos e resumos dos artigos, com posterior leitura integral dos artigos relevantes, aplicando-se 
então a técnica de snowballing. Os artigos científicos utilizados atendem aos seguintes critérios: a) 
138 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
estudo potencialmente relevante no tema; b) avaliação da qualidade da pesquisa para o problema 
de estudo; e c) expressividade e aplicabilidade dos achados.
RESULTADOS 
Como resultados, o trabalho apresenta um resumo dos principais modelos de mensuração 
de desempenho da literatura, com as respectivas dimensões de desempenho. Cada modelo se 
diferencia conforme o enfoque de abordagem, observando-se a inexistência de um sistema com 
um conjunto padronizado de indicadores para mensurar o desempenho inovador das startups, o 
que pode dificultar esse monitoramento. Foi também elaborada uma tabela das quatro principais 
dimensões de desempenho para startups, com os indicadores-chave de desempenho.
Tabela 1 - Dimensões para mensuração de desempenho inovador em startups
Dimensão de Desempenho Indicadores de Desempenho Inovador 
Fi
na
nc
ei
ro
Controles financeiros de lucratividade e rentabilidade
Controles de custos
Gestão financeira (planejamento e sistemas de suporte)
Estrutura de capital (investimentos e financiamentos)
D
e 
P
es
so
as
Formação e experiência dos empreendedores
Características pessoais dos empreendedores
Descentralização de poder decisório
Competência da equipe
Treinamento e capacitação de pessoas
Resultados por colaborador
D
e 
M
er
ca
do
Marketing e vendas
Satisfação dos clientesAnálise de mercado e monitoramento de necessidades dos consumidores
Parcerias com atores externos
In
ov
ad
or
 
Investimentos em inovação e P&D
Lançamento de novos produtos e serviços
Competência e treinamento de equipe para inovação
Cultura organizacional para inovação 
Inovação aberta
Propriedade intelectual
Captação de recursos financeiros 
Fonte: o autor.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os sistemas de medição de desempenho auxiliam as empresas a conhecer sua situação 
organizacional atual (FRANCO-SANTOS; LUCIANETTI; BOURNE, 2012), corrigir eventuais desvios 
nas suas metas e estratégias (KAPLAN; NORTON, 1996; SEVERGNINI; VIEIRAM; GALDAMEZ, 2018), 
executar operações de negócios de forma eficaz e eficiente (AHMAD; ZABRI, 2016) e garantir a 
estabilidade e prosperidade corporativa (OWAIS; KISS, 2020; TANGKESALU; SUSENO, 2018). 
https://www.emerald.com/insight/search?q=Elizandra%20Severgnini
139
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
Gerenciar o desempenho e a progressão das atividades da organização é importante para manter 
a inovação e melhorar o empreendedorismo (RIES, 2019). De acordo com Davila e Foster (2003) e 
Rompho (2018), conforme as empresas evoluem no seu ciclo de vida, o monitoramento simples dá 
espaço ao uso de sistemas de controles gerenciais mais robustos, com ferramentas para mensurar 
o desempenho.
Considerando que a medição de desempenho é essencial à tomada de decisões gerenciais, 
a empresa deve criar um conjunto de medidas para coletar dados de seu desempenho, para 
posterior análise e utilização dessas informações em prol da melhoria da performance organizacional 
(SMITH; BITITCI, 2017). Singh, Darwish e Potocnik (2016) sugerem que a medição de desempenho 
organizacional deve ser avaliada com medidas objetivas e subjetivas.
Ao tratar das startups, Antunes et al. (2021) afirmam que o processo de escolha e 
estruturação de indicadores para medir e gerenciar o desempenho leva à revisão dos objetivos e 
metas das startups, o que conduz a um entendimento mais abrangente da complexidade dessas 
empresas, bem como gera adequação das atividades e evolução dos negócios. Todavia, alertam 
sobre a falta de alinhamento em adaptações de modelos de mensuração de desempenho de grandes 
para micro e pequenas empresas, a qual se torna mais crítica devido aos ciclos de vida dinâmicos 
das startups e de sua natureza única. Isso impacta diretamente na condução dos negócios, porque 
sem o apoio de instrumentos adequados de gestão, o caminho é a falha do empreendimento (RIES, 
2019). Segundo Blank e Dorf (2014) as startups falham justamente pelo fato de os empreendedores 
aplicarem ferramentas de negócios tradicionais adaptadas, sendo que o modelo de negócios é 
contrastante em relação às grandes empresas. 
As principais fragilidades dos modelos tradicionais para a perspectiva das startups são: não 
cobrir a complexidade dessas empresas; ênfase excessiva em maximização de lucro; inconsistência 
das medidas com as estratégias de empresas iniciantes; não considerar todos os stakeholders 
relevantes; e ignorar riscos de negócios (ANTUNES et al., 2021).
CONCLUSÕES 
Observa-se na literatura da área de administração uma ampla gama de modelos de 
mensuração de desempenho, mas há escassez desses modelos com indicadores específicos para as 
startups. Por atuarem em ambientes turbulentos, a maioria das startups não consegue adaptar e 
utilizar os métodos tradicionais de avaliação de desempenho, o que impacta diretamente na condução 
e sustentabilidade desses empreendimentos inovadores. Percebe-se que as startups demandam 
monitoramento regular do desempenho para garantir resposta flexível às mudanças do mercado. 
Esse monitoramento deve ser viabilizado por indicadores que reflitam o ambiente dinâmico em que se 
desenvolvem os seus modelos de negócios. Com a síntese dos sistemas de medição de desempenho 
inovador apresentada neste estudo, espera-se contribuir para tomadas de decisões mais assertivas 
dos empreendedores das startups, baseadas em indicadores e ferramentas apropriadas para gestão 
de startups, com implementação de estratégias e direcionamento dos investimentos nas áreas 
140 Anais Eletrônicos
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e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
prioritárias da organização, proporcionando redução de riscos, desempenho superior e crescimento 
dos negócios. 
AGRADECIMENTOS 
A autora Karen Benetti agradece ao Programa de Bolsas Universitárias do Estado de Santa 
Catarina (UNIEDU) pela concessão de bolsa de iniciação científica.
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141
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
SOLUÇÕES IMPLANTADAS PELAS EMPRESAS DA 
REGIÃO SUL NO PROGRAMA BRASIL MAIS ENTRE OS 
ANOS DE 2020 E 2021
Leandro Hupalo1
INTRODUÇÃO
De um modo geral, as empresas oferecem relevantes contribuições para a sociedade. Sob 
a ótica da economia, contribuem para a geração de renda e para o desenvolvimento decorrente da 
mesma. Sob a ótica social, possibilitam, a partir do desenvolvimento econômico, o acesso à educação e 
ao ensino através da democratização das oportunidades à população. E, sob a ótica empreendedora, 
possibilitam empreender, criar e inovar. 
Nesse sentido, as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) estão inseridas neste 
contexto, com características e contribuições específicas. Tais categorias de empresas possuem restrições 
de inserção no mercado em detrimento, sobretudo, da limitação de receita que impacta diretamente em 
seu orçamento e na intensidade de seus negócios. Assim, a comunicação e as estratégias em relação às 
empresas necessitam de performance diferenciada para garantir êxito em suas ações.
O Programa Brasil Mais consiste em um acompanhamento individualizado a microempresas 
e empresas de pequeno porte de um Agente Local de Inovação (ALI) que, através de metodologia 
e ferramentas específicas, atende os empresários em um ciclo de quatro meses identificando 
um problema, definindo e implantando uma solução e avaliando a solução implantada. Ao final 
do acompanhamento é gerado um indicador de produtividade de cada empresa com base no 
faturamento bruto, custos variáveis e número de pessoas ocupadas.
Desta forma, o estudo teve como objetivo principal identificar as principais soluções 
implementadas pelas empresas participantes do Programa Brasil Mais na Região Sul do Brasil 
durante os Ciclos 1, 2 e 3. O estudo tem ainda como objetivos específicos: (a) apresentar o Programa 
Brasil Mais e sua metodologia; (b) comparar a evolução das empresas atendidas pelo programa 
em relação aos indicadores de produtividade e do Radar da Inovação e; (c) relacionar as soluções 
implantadas com a melhoria dos indicadores das empresas nos estados analisados.
METODOLOGIA
O estudo caracteriza-se por uma abordagem predominantemente quantitativa. Para 
Fonseca (2002), a pesquisa quantitativa se centra na objetividade, pois ao ser influenciada pelo 
positivismo considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados 
brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. Quanto à natureza, a 
1 Pesquisador CNPq. Orientador Programa Brasil Mais Sebrae. Professor na Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe 
(UNIARP). Professor do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais da Faculdade Senac Videira. E-mail: 
leandrohupalo.lh@gmail.com.
mailto:estudante@unoesc.edu.br
144 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
pesquisa caracteriza-se como explicativa. De acordo com Gil (2019), este tipo de pesquisa preocupa-
se em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, ou 
seja, explica o porquê das coisas através dos resultados oferecidos. 
Quanto à natureza, o estudo caracteriza-se como uma pesquisa aplicada. Segundo Thiollent 
(2009), a pesquisa aplicada está empenhada na elaboração de diagnósticos, identificação de 
problemas e busca de soluções, respondendo a uma demanda formulada por clientes, atores sociais 
ou instituições. Em relação aos objetivos o estudo possui características de pesquisa descritiva ao 
apresentar os fatos e fenômenos de determinada realidade. Segundo Vergara (2000), a pesquisa 
descritiva expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo 
correlações entre variáveis e definindo sua natureza. 
No que tange os procedimentos, o estudo possui características de pesquisa de levantamento, 
pois propõe-se a buscar dados socioeconômicos em bases abertas e públicas. Entre as vantagens dos 
levantamentos, temos o conhecimento direto da realidade, economia e rapidez, e obtenção de dados 
agrupados em tabelas que possibilitam uma riqueza na análise estatística (GERHARDT et al., 2009).
Os dados que originaram as análises foram obtidos através de relatórios gerenciais internos 
do Sebrae referentes aos Ciclos 1, 2 e 3 do Programa Brasil Mais realizado entre novembro de 2020 e 
outubro de 2021 nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ou seja, a Região Sul do país, 
totalizando 5.788 empresas atendidas divididas pelos setores agropecuária, comércio, indústria e serviços.
Como categorias de análise relacionadas ao desempenho das empresas dos estados 
da Região Sul considerou-se: (a) as empresas participantes dos Ciclos 1, 2 e 3; (b) as empresas 
enquadradas como ME ou EPP e; (c) as empresas que realizaram as medições inicial e final, ou 
seja, que participaram de todas as etapas do Programa Brasil Mais. Para a análise das soluções 
implantadas nas empresas, para além das categorias de análise citadas acima, considerou-se 
também as empresas que obtiveram um aumento da produtividade igual ou superior à 500%, ou seja, 
que quintuplicaram o indicador. Para a análise dos dados foram utilizadas ferramentas de planilhas 
eletrônicas para construção de gráficos e cálculos estatísticos.
Para a identificação dos problemas e soluções foi utilizado o Radar de Inovação, sendo este 
um instrumento que tem o objetivo de medir a maturidade no grau de inovação das Micro e Pequenas 
empresas, com base em alguns fatores que visam à competitividade. Essa ferramenta é utilizada 
pelos Agentes Locais de Inovação para realizar a medição na maturidade das empresas atendidas 
pelo programa, com o intuito de identificar as reais necessidades da empresa quanto a inovação, e 
assim, elaborar um plano de ação com sugestões práticas para a empresa com soluções inovadoras.
RESULTADOS
O Programa Brasil Mais é uma iniciativa do Ministério da Economia (ME) em parceria com 
o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com o Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa visa aumentar a produtividade e a 
competitividade das empresas brasileiras através a promoção de melhorias rápidas de baixo custo 
145
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
e alto impacto. O programa oferece às microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) 
soluções para melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios.
O Programa BrasilMais tem como objetivo atacar um dos principais problemas que é a baixa 
produtividade das empresas, melhorando as competências gerenciais e digitais desses negócios por 
meio de intervenções rápidas, de baixo custo, que começam desde conteúdos digitais na plataforma 
do programa até o atendimento efetivo para empresas de todos os setores, comércio, serviços e 
indústria (SEBRAE, 2020).
Tal metodologia se trata de uma jornada de quatro meses, onde o Agente Local de Inovação 
(ALI) mantém contato com os empresários inscritos e qualificados para atendimento. Durante os 
meses, é aplicada uma metodologia específica do programa, a qual é direcionada para identificar 
os problemas dos empresários, e através de aplicação de ferramentas de gestão, contribuir para 
solucioná-los.
Durante o Ciclos 1, 2 e 3 do Programa Brasil Mais foram atendidas 5.788 empresas na Região 
Sul do Brasil e abrangendo 472 municípios, sendo 121 no estado do Paraná, 210 em Santa Catarina 
e 141 no Rio Grande do Sul, equivalendo a uma cobertura em relação aos municípios de cada estado 
de 30,33%, 71,19% e 28,37%, respectivamente. 
Ao todo, foram 201 ALIs em trabalho de campo contribuindo para que empreendedores 
identificassem um problema e encontrassem e implantassem uma solução, avaliando a efetividade 
da mesma em busca do aumento da produtividade através da elevação do faturamento bruto e da 
queda dos custos variáveis e do número de pessoas ocupadas. A Tabela 1 apresenta o número de 
empresas atendidas durante os Ciclos 1, 2 e 3 do Programa Brasil Mais por setor econômico.
Os dados evidenciam que Santa Catarina atendeu 3.031 empresas (52,37%) nos Ciclos 1, 2 e 
3, seguida do Rio Grande do Sul com 1.725 atendimentos (29,80%) e do Paraná com 1.032 empresas 
atendidas (17,83%). O setor de serviços foi a área com maior predominância de atendimentos 
empresariais nos três estados da Região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul que apresentou 
um índice de 44,75% de atendimentos no referido setor nos ciclos analisados. Constata-se, ainda, 
a inexpressiva participação de empresas do setor do agronegócio, totalizando apenas 0,16% dos 
atendimentos no período analisado para os estados pertencentes ao estudo.
Em relação ao porte foram consideradas as empresas que se enquadravam como ME e 
EPP. O porte de empresa com maior predominância de atendimentos durante os Ciclos 1, 2 e 3 do 
Programa Brasil Mais na Região Sul do país foi ME (81,84%), sendo o restante do porte EPP (18,16%). 
Segundo o Sebrae (2019), classifica-se como ME uma empresa que possui até 9 empregados para o 
setor de comércio e serviços e até 19 empregados para o setor da indústria. Uma ME deve apresentar 
faturamento bruto igual ou inferior a R$ 360 mil anual, optando pela forma de tributação Simples 
Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, além de possuir registro na Junta Comercial ou cartório de 
pessoas jurídicas (BRASIL, 2006).
A partir dos dados evidencia-se que, em média, as empresas participantes do Programa 
Brasil Mais nos estados da Região Sul do Brasil apresentaram evolução em relação ao indicador 
146 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
produtividade que, de acordo com a metodologia adotada pelo programa, é resultado da diferença 
entre o faturamento bruto e os custos variáveis dividido pelo número de pessoas ocupadas. Nesse 
sentido, destacaram-se os estados o Paraná nos Ciclos 1 e 2, com uma variação no indicador de 
155,60% e 16,64%, respectivamente, o estado de Santa Catarina no Ciclo 3 com uma variação de 
78,03%. De modo geral, nos ciclos analisados, a Região Sul apresentou uma variação de 41,10%, ou 
seja, resultando num aumento significativo da produtividade.
Ainda de acordo com os dados, percebe-se que na Região Sul houve uma variação do 
faturamento bruto de 15,19%, passando de uma média de R$ 302.449,92 na mediação inicial para 
R$ 348.402,19 na medição final, com destaque para o Paraná. Em relação aos custos variáveis 
constata-se uma variação média entre os estados analisados de 7,70%, com destaque para o Rio 
Grande do Sul, sugerindo que as empresas promoveram algum tipo de melhoria no negócio. Em 
média, as empresas da Região Sul do Brasil reduziram a força de trabalho durante a participação no 
Programa Brasil Mais com uma variação de -0,83%, sendo o Paraná o estado com a maior redução 
do número de pessoas ocupadas.
De modo geral, em relação a variação dos indicadores do Radar da Inovação e considerando 
o período analisado, o estado do Paraná destaca-se em relação à Práticas Sustentáveis (59,83%), o 
estado de Santa Catarina destaca-se em relação à Inovação (12,13%) e o estado do Rio Grande Sul 
em relação à Gestão por Indicadores (27,23%), Gestão das Operações (10,68%), Marketing (17,13%) e 
Transformação Digital (8,57%). Levando-se em consideração a Região Sul durante os Ciclos 1, 2 e 3, 
a variação na média dos indicadores do Radar da Inovação constatada foi de 20,46%, com destaque 
para as empresas de Santa Catarina (35,95%).
Durante o Programa Brasil Mais os Agentes Locais de Inovação acompanham as empresas 
na busca de soluções para os problemas encontrados e validados junto aos empresários. Durante os 
Ciclos 1, 2 e 3, as empresas dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul realizaram 
ações em busca do aumento da produtividade e, conforme os dados levantados nesse estudo, na 
média todos os indicadores apresentaram variação positiva, considerando-se a Região Sul. Nesse 
sentido, conforme já descrito nos procedimentos metodológicos, o presente estudo adotou como 
recorte as empresas que obtiveram uma variação do indicador produtividade que, ao menos, tenha 
quintuplicado em relação ao início da medição.
A partir dos problemas apresentados pelas empresas do estado do Paraná, percebe-se que 
a maiorias das soluções estão relacionadas com a adoção de práticas relacionadas ao marketing (4) e 
implantação de ferramentas de gestão (4), seguida de apenas uma solução voltada para a prototipação. 
Entre as empresas apresentadas no Quadro 1, 77,78% são ME e 22,22% são EPP. De modo geral, foram 
soluções de baixa complexidade, como a implantação de planilhas eletrônicas, e que resultaram em um 
aumento médio da produtividade de 1.265,76% entre as medições inicial e final.
De acordo com os problemas apresentados pelas empresas do estado de Santa Catarina, 
percebe-se que a maioria das soluções estão relacionadas a ações de marketing (10), a adoção de 
ferramentas de gestão (8), prototipagem de produto (1) e gestão de processos (1). Entre as empresas 
apresentadas no Quadro 2, 90,00% são ME e 10,00% são EPP. De modo geral, também se tratam 
147
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
de soluções de baixa complexidade, como o uso das redes sociais para divulgação de produtos e 
promoções, e que resultaram em um aumento médio da produtividade de 3.640,13% entre as 
medições inicial e final, com um aumento de faturamento médio de 677,61%.
Conforme os problemas apresentados pelas empresas do estado do Rio Grande do Sul, 
percebe-se que a maioria das soluções estão relacionadas com a adoção de ferramentas de 
marketing (11), seguida de ferramentas de gestão (4) e processos (4). Entre as empresas apresentadas 
no Quadro 3, 78,95% são ME e 21,05% são EPP. De modo geral, também se tratam de soluções de 
baixa complexidade e que resultaram em um aumento médio da produtividade de 1.317,63% entre as 
medições inicial e final, com um aumento de faturamento médio de 254,73%.
CONCLUSÕES
Em relação ao Programa Brasil Mais, iniciativa do Governo Federal através do Ministério 
da Economia e em parceria com o CNPq e o Sebrae, evidenciou-se sua capacidade de contribuir 
com o desenvolvimento econômico dos pequenos negócios, alavancando-os, sobretudo, a partir da 
implantação de soluções em problemasidentificados a partir da aplicação de metodologia específica. 
Foram 5.788 empresas atendidas entre novembro de 2020 e outubro de 2021 que tiveram a 
oportunidade de alavancar seus negócios com o apoio dos ALIs, sobretudo em período de pandemia 
e incerteza econômica.
Quanto aos resultados do Programa Brasil Mais percebeu-se um impacto significativo no 
aumento do faturamento bruto das empresas participantes, apresentando uma variação média 
de 15,19% no indicador, ou seja, passando de um faturamento médio nos ciclos analisados de R$ 
302.449,92 para R$ 348.402,19 ao final da medição final. O número de pessoas ocupadas por 
empresa apresentou uma redução de 0,83% e atingiu uma média de 7,54 pessoas ocupadas. 
A produtividade apresentou um aumento de 41,10% durante a participação das empresas 
da Região Sul do país, atingindo um total de R$ 26.094,62 ao final do Ciclo 3 ante a marca de R$ 
19.494,32 no Ciclo 1. Cabe ressaltar que a produtividade é um indicador que depende diretamente 
das variáveis faturamento bruto, custos variáveis e número de pessoas ocupadas, sendo possível 
perceber que, mesmo com o aumento dos custos variáveis, que sugerem melhorias nas empresas, 
houve aumento da produtividade.
No que tange as soluções implantadas para os problemas observados a partir da aplicação 
do Radar da Inovação e acompanhamento dos Agentes Locais de Inovação, evidencia-se que se 
tratam, em sua maior, de ações de baixa ou nenhuma complexidade sob o ponto de vista da inovação 
e da tecnologia. Entre as soluções implantadas destacam-se àquelas relacionadas ao marketing, 
sobretudo a partir do marketing digital, e às ferramentas de gestão, como planilhas eletrônicas 
de controle. Nesse sentido, cabe ressaltar a falta de conhecimento dos empresários sobre alguns 
processos do cotidiano da empresa que, somado à insegurança em relação ao uso de tecnologias 
digitais, acabam por apresentar dificuldades de crescimento do negócio.
148 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
É importante destacar que o estudo possui limitações, sendo uma delas a análise de apenas 
os Ciclos 1, 2 e 3 do Programa Brasil Mais, pois até o final do programa, em 2022, serão realizados 
seis ciclos e que, certamente, se analisados em sua totalidade, apontarão para novas conclusões. 
Ainda sobre a possibilidade de, futuramente, se analisar todos os ciclos do programa, ressalta-se 
que muitos negócios têm sua natureza própria e são afetados pela sazonalidade das atividades, 
como sorveterias, por exemplo, que tem uma maior demanda quando o clima está mais quente. 
AGRADECIMENTOS
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Serviço Brasileiro 
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
REFERÊNCIAS
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Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera os dispositivos das Leis nº 8.212 e 8.213, 
ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 
no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar 
no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de 
outubro de 1999. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 15 dez. 2006. Disponível em: http://
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I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
Anais Eletrônicos
TESTES GENÉTICOS E SEUS ASPECTOS BIOÉTICOS
Bernardo Mattiello Cazella1 ; Elcio Luiz Bonamigo2
INTRODUÇÃO
O sequenciamento do genoma humano possibilitou o desenvolvimento de diversos testes 
genéticos, com finalidade de prever, diagnosticar e gerenciar doenças e outras características dos 
pacientes. Seus benefícios (como diagnóstico preciso, identificação pré-sintomática de riscos, terapia 
personalizada, prognóstico mais acurado e prevenção de reações adversas a medicamentos) são 
inegáveis e diminuem a necessidade de procedimentos menos informativos e, muitas vezes, invasivos. 
Embora esse avanço seja muito positivo, devem-se considerar os paradigmas bioéticos e sociais 
envolvidos. Assim, esse trabalho teve como objetivo revisar a literatura recente sobre as preocupações 
éticas em torno dos exames de genética.
METODOLOGIA
Revisão bibliográfica a partir da coleta de dados recentes na base PubMed, utilizando 
diferentes combinações dos descritores “genetic testing”, “ethics” e “bioethics”.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Foram encontrados 1.414 resultados referentes ao assunto e selecionados os 9 mais 
pertinentes para o trabalho. Quatro princípios bioéticos básicos podem ser aplicados no contexto 
de testes genéticos: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça (RENTERÍA; MITCHELL; DE 
LARA, 2020). No campo da oncologia, embora muitos pacientes tenham sido tratados com sucesso 
com base nos perfis moleculares dos tumores, algumas preocupações bioéticas são identificadas, 
como a necessidade de consentimento informado, a privacidade e confidencialidade e o acesso 
às terapias direcionadas através dos testes (PIERGENTILI et al., 2022). No âmbito das doenças 
neurodegenerativas, como os testes geralmente são voltados para doenças graves e incuráveis, 
ao apontar a predisposição a elas o princípio da não maleficência pode ser comprometido, dado o 
possível sofrimento da pessoa ao tomar conhecimento da condição de portadora de um mal sem 
possibilidade de tratamento (ROBERTS; PATTERSON; UHLMANN, 2020). Em pediatria um importante 
desafio é a divulgação de achados secundários que predizem condições de início na idade adulta. 
Esses dados deveriam ser liberados no resultado apenas quando inequivocamente apontassem 
para uma condição patogênica, cuja evidência apoiasse os benefícios de uma intervenção precoce 
(EICHINGER et al., 2021). Outro grande problema é o status de portador, onde o risco de uma 
1 Mestrando em Biociências e Saúde, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado em Biociências e Saúde. 
Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus Joaçaba. Pesquisador do Grupo de Pesquisa “Biociências no 
processo saúde-doença”. E-mail: bernardocazella@gmail.com
2 Docente do programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado em Biociências e Saúde. Universidade do Oeste de 
Santa Catarina, Campus Joaçaba. E-mail: elcio.bonamigo@unoesc.edu.br
mailto:estudante@unoesc.edu.br
mailto:estudante@unoesc.edu.br
mailto:estudante@unoesc.edu.br
mailto:estudante@unoesc.edu.br
150 Anais Eletrônicos
I Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
condição específica é conferido às gerações futuras (BRITTAIN; SCOTT; THOMAS, 2017). No campo 
da fertilização in vitro, não obstante os testes tenham como objetivo prevenir doenças genéticas na 
prole e melhorar as taxas de gravidez, apresentam o potencial de serem abusados para discriminare selecionar embriões contra condições indesejáveis pelos pais (SULLIVAN-PYKE; DOKRAS, 2018). 
Ainda, identificam-se implicações bioéticas nos testes vendidos diretamente ao consumidor, como 
a falta de acompanhamento profissional para indicação, interpretação e aconselhamento genético, 
a validade científica questionável de alguns testes, publicidade enganosa, testes em menores, usos 
secundários e privacidade dos dados. Seu uso, muitas vezes poderia ser classificado como futilidade 
(NIEMIEC; KALOKAIRINOU; HOWARD, 2017).
CONCLUSÕES
Os testes genéticos representam um importante avanço em medicina diagnóstica e preditiva. 
Seus benefícios coexistem com dilemas bioéticos importantes, que representam uma mudança de 
paradigma e precisam ser discutidos: risco de resultados não interpretáveis, danos psicológicos, 
modelo de aconselhamento não adequado, custo elevado, necessidade de indicação, validade e 
utilidade clínica dos testes e acesso aos serviços. Acima de tudo, verifica-se que o trabalho na área 
da genética não pode se esgotar no laboratório, pois envolve um processo relacional entre médico e 
paciente, desde a proposta de execução do teste até a comunicação dos resultados da investigação 
realizada e o aconselhamento genético ao paciente, que inclui uma abordagem psicológica e de apoio 
(BIN et al., 2018).
Palavras-chave: Testes genéticos. Bioética. Ética.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado 
em Biociências e Saúde, da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus Joaçaba.
REFERÊNCIAS
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TRANSVERSALIDADE DA INOVAÇÃO E DO 
EMPREENDEDORISMO NA UNIVERSIDADE: UM ESTUDO 
DE CASO
Luciana Flor Correa Felipe1; Fábio Zabot Holthausen2
INTRODUÇÃO3
O mundo globalizado encontra-se em uma situação particularmente grave de incapacidade 
de gerar crescimento econômico e minimizar a galopante taxa de desempregos. Tal desafio, que não 
é diferente no Brasil, pressupõe entre outras medidas, assumir a inovação e o empreendedorismo 
como estratégias viáveis de solução. 
Numa retrospectiva histórica, pode-se constatar que, até a década de 50, o desenvolvimento 
industrial no Brasil foi caracterizado por uma baixa sofisticação tecnológica e pela importação de 
tecnologia geralmente incorporada em novos produtos. Foi durante as décadas de 50 e 60 que o Brasil 
montou sua estrutura de educação, ciência e tecnologia, através da criação do Conselho Nacional de 
Pesquisas – CNPq (hoje Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), da Fundação 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, da Financiadora de Estudos 
e Projetos – FINEP e da criação de vários centros de pesquisas ligados ao setor público.
Desde então, a inovação tem se mostrado cada vez mais essencial para a sobrevivência das 
empresas no mercado, sendo prioridade em países desenvolvidos e em desenvolvimento, com destaque 
para as experiências europeias, asiática e norte-americana. Isto porque, é uma ferramenta que 
contribui para o sucesso das empresas que sofrem com a grande concorrência e crescente exigência 
dos consumidores, em querer produtos e serviços de qualidade e diferenciados. Ou seja, inovar é 
necessário para as empresas conseguirem competir em um cenário de negócios em rápida mutação. 
Mas essa não é uma ação que possa ocorrer em caráter isolado, pois implica numa nova 
política econômica e uma nova atitude do setor produtivo, do governo e também das universidades, 
uma vez que, estas últimas são as principais geradoras do conhecimento. Além disso, também exige 
investimentos.
Visando sintonizar essas demandas, no Brasil foi instituído um novo marco legal para o 
apoio à inovação e criado um amplo e diversificado conjunto de instrumentos destinado a incentivar 
a adoção de estratégias inovativas pelas empresas. 
Esse novo cenário, no entanto, representa um grande desafio para as instituições envolvidas 
nesse processo –– seja porque as obriga a adaptar suas formas de operação, uniformizar conceitos 
1 Doutora em Educação Científica e Tecnológica pela UFSC, Assessora de Planejamento e Programas Estratégicos da 
FAPESC. E-mail: luciana.flor@fapesc.sc.gov.br 
2 Presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). E-mail: fabio.
holthausen@fapesc.sc.gov.br 
3 O presente trabalho é apenas um recorte de um amplo estudo realizado sobre o tema e, que, por restrição de espaço, 
está apresentado aqui de forma resumida. 
mailto:luciana.flor@fapesc.sc.gov.br
mailto:fabio.holthausen@fapesc.sc.gov.br
mailto:fabio.holthausen@fapesc.sc.gov.br
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e fortalecer seus quadros técnicos, seja porque lhes impõe a necessidade de definir prioridades, 
estratégias de ação e resultados esperados.
Diante desse movimento, a Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) criou em 2009, 
sua Agência de Gestão, Desenvolvimento Científico, Tecnologia e Inovação (AGETEC) com a função 
de promover o estreitamento das relações da Universidade com o setor produtivo e o governo, para 
gerar conhecimento científico e tecnológico para empresas e organizações e, promover a melhoria 
constante da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. Os resultados desta implantação, 
inicialmente foram muito positivos, mas com o tempo percebeu-se que, limitar uma proposta de 
mudança organizacional à uma estrutura (agência), significava minimizar, conscientemente ou não, o 
objetivo de uma transformação educacional que deveria, além de qualitativa, ser transversal. 
Diante disso, um grupo de experts da AGETEC apresentou uma proposta de transversalização 
(descompactação e capilarização) das atividades de Inovação e Empreendedorismo na UNISUL, 
propondo direcionadores para ações de ensino, pesquisa e extensão, que possibilitassem uma 
interação mais fluida da academia com entidades, setor produtivo e governo e, por consequência 
fomentassem o desenvolvimento sustentável. 
Assim, o presente trabalho pretende, a partir de um estudo de caso operacionalizado pela 
pesquisa-ação, apresentar a experiência da AGETEC no processo de transversalização das atividades 
de inovação e empreendedorismo

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