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É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais Anemi� � � � � a� aaaaaaaaaa� � � � � � � � � � � �.…. Beatriz Ignacio Carvalho - @beasroutine HEMATOPOIESE Formação das células sanguíneas a partir de células-tronco pluripotentes na medula óssea vermelha a partir das células-tronco mielóides e linfóides. 1. Células-tronco linfóides: linfócitos T e B. 2. Células-tronco mielóides: originam hemácias, plaquetas, monócitos, neutrófilos eosinófilos, basófilos e mastócitos. Durante a hematopoiese algumas células se diferenciam na linhagem progenitora, as UFC (unidades formadoras de colônia), sendo a unidade formadora das hemácias chamada UFC-E (eritrócitos). Na eritropoiese, a UFC-E origina o proeritroblasto ainda com núcleo, sob estímulo da eritropoetina produzida nos rins e auxiliado pela vitamina B12, importante para a formação do grupo heme e do ácido fólico. O proeritroblasto irá passar pelas etapas de eritroblasto basófilo, policromatófilo e ortocromático. A célula irá produzir hemoglobina e condensar e perder seu núcleo e organelas. Na próxima etapa, o reticulócito se cora de corante basofílico (azul de cresil brilhante ou de metileno) por conta dos seus remanescentes de organelas. É um estágio intermediário das hemácias maduras e cai na corrente sanguínea produzindo hemoglobina e se tornando hemácia em 1-2 dias. A contagem de reticulócitos avalia grau de compensação da medula na anemia, com mais reticulócitos na corrente sanguínea em anemias hemolíticas e menor contagem em anemias commedula hipoproliferativa. As hemácias possuem vida de 120 dias e após, são fagocitadas principalmente no baço, mas também no fígado, medula óssea e linfonodos. Suas membranas se fragilizam e É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais rompem ao passarem por pequenos vasos. Sua degradação gera produtos recicláveis. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO A anemia é definida como diminuição da concentração de hemoglobina do sangue abaixo dos valores de referência para a idade e o sexo. Anemia é um termo que se aplica, ao mesmo tempo, a uma síndrome clínica e a um quadro laboratorial caracterizado por diminuição do hematócrito, da concentração de hemoglobina no sangue, ou da concentração de hemácias por unidade de volume. OBS: A diminuição do número de eritrócitos - oligocitemia - isoladamente não serve para definir o estado anêmico, embora com frequência esteja presente em quase toda anemia. A OMS define anemia em adultos como hemoglobina abaixo de 13,0 g/dL em homens e 12,0 g/dL em mulheres. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS A classificação mais útil baseia-se nos índices hematimétricos e divide as anemias em microcíticas, normocíticas e macrocíticas. O critério morfológico não dá ideia da causa da anemia, mas do aspecto morfológico dos eritrócitos presentes na circulação. Segundo esse critério, as anemias podem ser classificadas em: ➔ Macrocíticas: Caracterizadas pela presença de hemácias de grande volume e geralmente hipercrômicas. Algumas dessas anemias macrocíticas podem ser megaloblásticas. ➔ Microcíticas: Tem predomínio de hemácias de pequeno volume e pobres em hemoglobina ou hipocrômicas. Incluem-se aqui as anemias ferroprivas. ➔ Normocíticas: São geralmente normocrômicas. Estão incluídas neste grupo as anemias hemolíticas e as aplasias medulares ou anemia aplástica Anemia verdadeira: caracterizada pela redução da massa eritrocitária, ou seja, do volume total de hemácias no organismo. Anemia relativa ou por diluição: quando há aumento do volume plasmático, sem correspondente aumento das hemácias. O exemplo mais comum de anemia relativa é a hemodiluição, que ocorre durante a gravidez. Excluídas as raras situações de hemodiluição, a queda da concentração de hemoglobina reflete uma redução da massa de eritrócitos. Os diferentes mecanismos conducentes à anemia podem ser agrupados em três causas básicas: 1. Perdas sanguíneas agudas (hemorragia aguda) 2. Menor produção de eritrócitos 3. Diminuição da sobrevida dos eritrócitos ANEMIAS CARENCIAIS . As anemias carenciais são um grupo de anemias caracterizadas por apresentar carência de elementos fundamentais para a eritropoiese: ferro, vitamina B12 ou folato. ANEMIA FERROPRIVA O ferro faz parte do grupo heme, que integra numerosas proteínas do organismo, como citocromos, citocromo oxigenase, peroxidases, catalase, mioglobina e hemoglobina. Sendo um metal pesado, o ferro livre é quase insolúvel e bastante tóxico, e por isso durante todo o seu ciclo metabólico está sempre ligado a proteínas de transporte ou funcionais. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais Assim, a hemoglobina é a principal forma funcional de ferro no organismo e também seu principal depósito, e por isso a anemia é a manifestação clínica mais proeminente da carência de ferro. Aproximadamente 1 mL de concentrado de hemácias contém 1 mg de ferro. Além da hemoglobina, o organismo armazena ferro em diferentes tecidos sob formas de ferritina e hemossiderina. DIETA E ABSORÇÃO DE FERRO: Após atravessar o enterócito, o ferro chega ao plasma onde se liga à transferrina. A transferrina pode receber ferro dos enterócitos e dos depósitos, e pode liberá-lo para os depósitos, para os eritroblastos, para o músculo, para a síntese de mioglobina, ou para diferentes tecidos para a síntese de enzimas e citocromos. A molécula de transferrina pode conter até dois átomos de ferro. Ela conduz e entrega ferro a tecidos que têm receptores de transferrina, principalmente os eritroblastos na medula óssea, que incorporam o ferro na hemoglobina. DEFINIÇÃO DA ANEMIA FERROPRIVA Na anemia ferropriva há um balanço negativo de ferro, isto é, a ingestão deste elemento é menor do que a necessidade do organismo. O ferro é armazenado na forma de ferritina e de hemossiderina. Nos homens, existem 600-1.200 mg de ferro estocado, enquanto nas mulheres esta reserva é inferior, de 100-400 mg. EPIDEMIOLOGIA DA ANEMIA FERROPRIVA A deficiência de Ferro (DF) é responsável por 75% de todos os casos de anemia. Estima-se a prevalência de DF em até 45% das crianças de até cinco anos de idade, e de até 50% nas mulheres em idade reprodutiva. Cerca de 500 milhões de mulheres e até de gestantes apresentam anemia por Deficiência de Ferro (DF) com resultados negativos na qualidade de vida, no feto e no lactente. Tanto em países subdesenvolvidos quanto em países desenvolvidos a DF advém principalmente de desigualdades sociais. É muito mais prevalente em estratos sociais mais baixos, nos grupos de menor renda, e na população menos educada. ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO DA ANEMIA FERROPRIVA A deficiência de ferro se instala por mecanismos diversos: 1. Aumento da necessidade 2. Excesso de perda (hemorragias) 3. Má absorção do ferro da alimentação 4. Dieta deficiente de ferro Em países desenvolvidos, a causa dominante é a perda crônica de sangue, sobretudo uterina e no trato gastrointestinal e a deficiência dietética raramente é a causa única ou predominante. Meio litro de sangue total contém cerca de 250 mg de ferro, e, apesar do aumento da absorção de ferro alimentar na fase inicial da deficiência de ferro, um balanço negativo é comum na perda crônica de sangue. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais OBS: São necessários cerca de 8 anos para um homem normal adulto desenvolver anemia ferropênica somente como resultado de dieta pobre ou defeito absortivo que resultem em absorção zero de ferro. Entre as causas citadas, as mais frequentes são relacionadas com o excesso de perda, podendo ser: 1. Perdas menstruais: menometrorragias (mioma, fibroma uterino). 2. Perdas digestivas: úlceras, câncer gastrointestinal, varizes esofágicas, parasitas (ancilostomíase), hemorroidas, divertículos. 3. Perdas cutâneas: doenças descamativas de evolução crônica levam à perda de ferro pela pele. 4. Outras perdas: epistaxis, hematúrias, hemossiderinúria. · 5. Má absorção do ferro da dieta: gastrectomia, esteatorréia, trânsito intestinal rápido. O aumento das necessidades nos lactentes, na adolescência, na gestação,na lactação e nas mulheres nos anos em que menstruam é responsável pelo alto risco de anemia nesses grupos clínicos particulares. Recém-nascidos têm um depósito de ferro derivado da destruição do excesso de eritrócitos (necessário na vida intrauterina), ainda maior no caso de clampeamento tardio do cordão umbilical. Contudo, passados 3 a 6 meses, há tendência a um balanço negativo de ferro devido ao rápido crescimento. Na gestação, há maior necessidade de ferro pelo aumento da massa eritróide materna – que pode chegar a 35% –, pela transferência de 300 mg de ferro para o feto e pela perda de sangue no parto. Outro mecanismo etiopatogênico da anemia ferropriva parece ser a presença do Helicobacter pylori na mucosa gástrica. Essa bactéria, como outras, necessita do ferro para crescer. OBS: Cada mL de sangue perdido resulta em redução de cerca de 0,5 mg de ferro. FISIOPATOLOGIA DA ANEMIA FERROPRIVA A anemia ferropriva se instala de modo lento e progressivo, desde que as perdas não sejam agudas e abundantes. Num primeiro estádio de depleção de ferro, os depósitos tendem a se esvaziar. Isto pode ser observado pela diminuição do ferro contido nos macrófagos medulares, bem como também pela redução da ferritina do plasma. Na tentativa de aumentar o ferro circulante, há aumento da absorção deste pela mucosa intestinal. Então, pode ser observada discreta elevação da concentração de transferrina plasmática. Progredindo a ingestão deficiente de ferro ou o excesso da perda, observamos queda do ferro plasmático e diminuição da saturação da transferrina e da ferritina. Instala-se a eritropoiese deficiente quando, ao final, ocorrem: 1. Ausência de ferro nos depósitos (medula óssea com macrófagos sem grãos de ferro) É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais 2. Grande aumento da transferrina livre 3. Grande diminuição da saturação da transferrina 4. Grande baixa da ferritina e do ferro livre no plasma 5. Ausência de sideroblastos na medula óssea 6. Aumento da protoporfirina nos eritrócitos 7. Instalação da microcitose e da hipocromia por diminuição da síntese de hemoglobina. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ANEMIA FERROPRIVA Comum a todas as anemias: sintomas de baixa oxigenação tecidual, cuja intensidade varia. ➔ Taquicardia ➔ Fadiga ➔ Palidez subcutânea ➔ Tonturas ➔ Anorexia ➔ Alterações tróficas e nos anexos ➔ Glossite atrófica: inflamação e atrofia das papilas gustativas, acompanhada ou não de perversão do apetite. Pode haver geofagia (vontade de comer terra, papel, farináceos...) ➔ Disfagia intensa (síndrome de Plummer-Vinson) ➔ Amenorréia e redução da libido ➔ Baqueteamento digital e coiloníquia (unhas em forma de colher) ➔ Estomatite angular: irritação e fissuras nas comissuras labiais. ➔ Alterações do desenvolvimento motor e cognitivo em crianças DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA ANEMIA FERROPRIVA O hemograma é um teste rápido, barato e amplamente disponível no rastreio de anemia ferropriva, mas incapaz de detectar DF sem anemia. À microscopia, observam-se eritrócitos hipocrômicos e microcíticos, com raras células-alvo e pecilócitos em forma de lápis. A contagem de reticulócitos é baixa em relação ao grau de anemia. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais OBS: Quando a deficiência de ferro é associada à deficiência de folato ou de vitamina B12, surge um aspecto “dimórfico”, com dupla população de eritrócitos, uma macrocítica, outra microcítica e hipocrômica; a duplicidade pode corrigir, de forma recíproca, os índices hematimétricos e normalizá-los. Um aspecto dimórfico também é observado em pacientes com anemia ferropênica recentemente tratados com ferro, pela emergência de uma nova população de eritrócitos saturados de hemoglobina e de tamanho normal. Um aspecto similar pode ser visto quando o paciente recebe transfusão. A contagem de plaquetas, em geral, é levemente aumentada na deficiência de ferro, particularmente quando há hemorragia contínua. FERRO NA MEDULA ÓSSEA O exame da medula óssea para avaliar os depósitos de ferro não é feito rotineiramente, exceto em casos complexos. Na anemia ferropênica, há ausência de ferro depositado nos macrófagos e também nos eritroblastos em desenvolvimento. Os eritroblastos são pequenos e têm falhas no citoplasma. FERRO SÉRICO É a fração do ferro corporal que circula primariamente ligado à transferrina e encontra-se reduzido na DF. Varia com o ritmo circadiano e a alimentação e por isso, a coleta de sangue para sua dosagem deve ter horário e jejum padronizados. Está também reduzido na presença de inflamação, não devendo, desta forma, ser utilizado isoladamente para avaliação de DF. FERRITINA SÉRICA A dosagem da ferritina sérica está diretamente relacionada com a concentração de ferritina intracelular e, portanto, com o estoque corporal total. A deficiência de ferro é a única condição que gera ferritina sérica muito reduzida, o que torna a hiperferritinemia bastante específica deste diagnóstico. No entanto, valores normais ou elevados de ferritina não excluem a presença de DF pois a ferritina é uma proteína de fase aguda, tendo sua concentração sérica aumentada na presença de inflamação, infecção, doença hepática e malignidade, mesmo na presença de DF grave. TRATAMENTO DA ANEMIA FERROPRIVA O tratamento da DF consiste na reposição oral ou venosa. No entanto, é mandatória a investigação da causa e sua pronta correção do contrário, a reposição é paliativa e tende a ser ineficaz no longo prazo. Ferro por VIA ORAL A dose ideal para tratamento é de 180 a 200 mg de ferro elementar/dia para adultos e 1,5 a 2 mg de ferro elementar/dia para crianças dividida em 3 a 4 tomadas, preferencialmente com o estômago vazio, ou 30 minutos antes das principais refeições OBS: A forma ferrosa é mais bem absorvida que a férrica. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais O tratamento com ferro oral deve ser mantido durante um período suficiente para corrigir a anemia e repor os depósitos de ferro, o que geralmente significa pelo menos seis meses. A hemoglobina deve subir cerca de 2 g/dL a cada três semanas. Falta de resposta ao ferro por via oral tem várias causas possíveis e todas deverão ser consideradas antes da indicação de ferro por via parenteral. A prevalência de efeitos colaterais é de até 30%, notadamente do TGI: pirose e dor epigástrica, náuseas, vômitos, empachamento, dor abdominal em cólica, diarreia e obstipação. Ferro por VIA PARENTERAL A reposição parenteral de ferro é efetiva, cara, trabalhosa, não isenta de efeitos colaterais, e deve ser indicada em situações especiais A via intramuscular está associada à dor local, pigmentação irreversível da pele e linfonodomegalia. A infusão venosa pode estar associada a irritação, dor e queimação do sítio de punção, náuseas, gosto metálico na boca, hipotensão e reação anafilactoide, sendo que o principal fator no aparecimento dessas reações é a velocidade de infusão A resposta hematológica ao ferro por via parenteral não é mais rápida que a resposta à dosagem adequada de ferro por via oral, mas os depósitos são refeitos com mais rapidez. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA VITAMINA B12: A vitamina B12 é sintetizada na natureza por microrganismos. Os animais adquirem-na ingerindo alimentos de origem animal, pela produção interna das bactérias intestinais (o que não ocorre em seres humanos) ou pela ingestão de alimentos contaminados com bactérias. A vitamina consiste em um pequeno grupo de compostos, as cobalaminas, todas com a mesma estrutura básica, com um átomo de cobalto no centro de um anel corrina ligado a uma porção nucleotídica. A vitamina é encontrada em alimentos de origem animal, como fígado, carnes em geral, peixe e laticínios, mas não ocorre em frutas, cereais e verduras. ABSORÇÃO: A B12 é liberada das proteínas às quais vem ligada nos alimentos e se combina com a glicoproteína fator intrínseco (FI), sintetizada pelas células parietais gástricas. A vitamina B é absorvida no sangue portal, onde se liga à proteína plasmática transcobalamina (TC, também chamada de transcobalaminaII), que entrega B12 à medula óssea e a outros tecidos. A deficiência de TC causa anemia megaloblástica, uma vez que a B12 não entra na medula óssea (e em outras células) a partir do plasma, porém o nível sérico de B12 na deficiência de TC é normal FOLATO: O ácido fólico (pteroilglutâmico) é o composto-base de um grande grupo de compostos derivados, os folatos Esses dois nutrientes são muito importantes, pois atuam como coenzimas em reações que ocorrem na síntese de DNA. É, portanto, um distúrbio, ocasionado por uma alteração na síntese do DNA que se caracteriza por um estado em que a divisão celular se torna lenta, a despeito do crescimento citoplasmático. DEFINIÇÃO DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA As anemias megaloblásticas constituem um grupo de anemias em que os eritroblastos na medula óssea mostram uma anormalidade característica – atraso da maturação do núcleo em relação à do citoplasma. Resulta em hemácias aumentadas de tamanho (VCM > 100 fl), devido à maturação e divisão deficientes. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais EPIDEMIOLOGIA DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA As anemias resultantes de carências de vitamina B12 ou de folatos vão se tornando menos frequentes, em virtude da diminuição da ocorrência de carências nutricionais. No entanto, ainda são encontradas na prática médica, em especial entre grávidas de classes mais pobres, idosos e alcoólatras, na forma clássica da anemia perniciosa. ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA O defeito básico responsável por essa assincronia é a síntese defeituosa de DNA, geralmente causada por deficiência de vitamina B12 ou de folato. Com menor frequência, anomalias do metabolismo dessas vitaminas e outros defeitos na síntese do DNA podem causar aspecto hematológico idêntico. A anemia é o último estádio das deficiências nutricionais, surgindo quando as reservas orgânicas esgotaram-se em virtude do balanço negativo. No caso da vitamina B12, os depósitos são habitualmente suficientes para manter a eritropoiese por dois a cinco anos após haver cessado a absorção, enquanto que as reservas de folatos são suficientes apenas para três ou quatro meses. Genericamente, as causas de carências podem ser classificadas em: ➔ Menor ingestão do nutriente ➔ Menor absorção intestinal ➔ Defeitos do transporte ou metabolismo ➔ Aumento da excreção ou das perdas ➔ Aumento das necessidades fisiológicas ou patológicas CAUSAS DE CARÊNCIA DE VITAMINA B12 OU COBALAMINA ➔ Dieta: A vitamina B12 existe primariamente em alimentos de origem animal, não sendo encontrada em frutas e vegetais. As necessidades diárias são ínfimas (0,5-2 g/dia), e por isso a carência de vitamina B12 de origem alimentar é excepcional, somente ocorre em vegetarianos estritos após vários anos sem ingerir alimento de origem animal ➔ Absorção: A absorção de vitamina B12 ocorre predominantemente no íleo terminal e depende de uma glicoproteína produzida pelas células parietais da mucosa gástrica, denominada “Fator Intrínseco” (FI). ➔ Outras causas: A gastrectomia total leva à carência de vitamina B12, em um prazo em torno de cinco anos, se o paciente não receber suplementação da vitamina por via parenteral para manter o depósito CAUSAS DE CARÊNCIA DE FOLATOS A causa mais comum de carência de folatos é representada por dieta inadequada, por vezes associada a uma condição em que aumentam as necessidades diárias, habitualmente a gravidez ou o crescimento. Outras causas comuns são alcoolismo, idade avançada, doenças intestinais associadas à má absorção, pobreza e desnutrição. Em geral, deficiências de folato são resultantes da associação de mais de um mecanismo. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais FISIOPATOLOGIA DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA A hematopoese normal compreende intensa proliferação celular, que por sua vez implica a síntese de numerosas substâncias como DNA, RNA e proteínas. É necessário que a quantidade de DNA seja duplicada exatamente. Tanto os folatos como a vitamina B12 são indispensáveis para a síntese da timidina, um dos nucleotídeos que compõem o DNA, e a carência de um deles tem como consequênciamenor síntese de DNA. Os folatos participam dessa reação na forma de N5- N10-metilenotetraidrofolato, que cede um radical -CH3 (metil) à metilenotetraidrofolato (dUMP), transformando-a em timidinamonofosfato (dTMP) que, por sua vez, será incorporada ao DNA. A vitamina B12 participa indiretamente nesta reação, funcionando como coenzima da conversão de homocisteína em metionina, transformando simultaneamente o 5-metiltetraidrofolato em tetraidrofolato, a forma ativa de folato que participa da síntese de timidina. Na ausência de vitamina B12, o folato vai se transformando em 5-metiltetraidrofolato, uma forma de transporte do folato, inútil para síntese da timidina e do DNA. A síntese inadequada de DNA tem como consequência modificações do ciclo celular, retardo da duplicação e defeitos no reparo do DNA. Por outro lado, a síntese de RNA não está alterada, pois a timidina não é necessária para sua síntese. Não há, portanto, redução da formação de proteínas citoplasmáticas e do crescimento celular. Devido principalmente à lentidão da divisão celular na fase S do ciclo celular, há aumento do número de células com quantidade de DNA entre o diploide e o tetraploide. A maioria dessas células com lesões cromossômicas graves não é capaz de completar a divisão celular, sendo prematuramente destruídas na medula óssea. O quadro morfológico do sangue periférico e da medula óssea é idêntico nas deficiências de folatos ou de vitamina B12: dissociação de maturação núcleo-citoplasmática, produzindo células de tamanho aumentado e com alterações morfológicas características. O tipo mais comum de carência de vitamina B12 é representado pela anemia perniciosa, doença de natureza provavelmente imunológica, em que ocorre atrofia e infamação crônica da mucosa gástrica (gastrite atrófica), levando à ausência concomitante de fator intrínseco e da secreção de ácido clorídrico, com consequente má absorção da vitamina B12. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA A principal manifestação clínica é a anemia, apesar de plaquetopenia e neutropenia ocorrerem com frequência, sangramento ou É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais infecções secundárias à plaquetopenia são pouco comuns. Queixas por dano ao epitélio do TGI: diarreia, perda de apetite, estomatite angular e glossite (irritação da língua com ardência, dor e vermelhidão). Pode ser encontrada discreta a moderada esplenomegalia. Graus variados de palidez, com pele cor de limão (combinação de palidez com leve icterícia) são comuns. Na degeneração combinada subaguda da medula espinhal: parestesia, distúrbios motores, dificuldade de marcha, sinal de Romberg positivo, redução da sensibilidade vibratória… A tríade fraqueza, dor na língua e parestesia é comum na deficiência de B12. A deficiência de folato na gravidez aumenta a incidência de defeitos no tubo neural como anencefalia, espinha bífida e encefalocele. DIAGNÓSTICO DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA O hemograma rastreia anemia megaloblástica mas não detecta deficiência de B12 ou B9. Achados do hemograma: ➔ Contagem de hemácias <4,4 milhões para homens e 3,9 milhões para mulheres ➔ Redução da hemoglobina <13 para homens e <12 para mulheres ➔ VCM >110 fL (se houver concomitância de ferro pode ser normal) ➔ HCM >27 pg (normal) ➔ Hematócrito <41% nos homens e <35% nas mulheres ➔ CHCM (concentrção de hemoglobina corpuscular média) >31,5 gdl (normal) ➔ RDW >15% (variação de tamanho) Microscopia: eritrócitos macrocíticos e normocrômicos com anisocitose (variação de tamanho) e formato oval. Leucograma: hipersegmentação dos neutrófilos (diferenciando da anemia macrocítica não megaloblástica, onde não há hipersegmentação dos neutrófilos), leucopenia e plaquetopenia. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais ➔ Baixa contagem de reticulócitos A bilirrubina indireta (não conjugada) e LDH estão aumentadas pela destruição de células na medula óssea. Namedula óssea os megaloblastos mostram características imaturas e há intensa hiperplasia medular. ➔ Dosagens de B12 e folato séricos e eritrocitários. Quando não há deficiência de B12, o folato eritrocitário é ummelhor preditor. TRATAMENTO DA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA Orientação e acompanhamento nutricional Reposição: o folato é feito oral e deve ser reposto profilaticamente na gravidez, anemias hemolíticas diálise e prematuridade. A B12 pode ser feita oral ou em casos específicos injetável, especialmente nos pacientes com gastrectomia e ou ressecção ileal. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais ANEMIAS HEMOLÍTICAS . Em geral, os mecanismos conducentes à hemólise podem ser sintetizados em quatro grupos, embora a causa exata seja obscura ou incompletamente estabelecida em muitas anemias hemolíticas. 1. Anormalidades da membrana das hemácias 2. Anormalidades da hemoglobina 3. Anormalidades das enzimas eritrocitárias 4. Fatores extrínsecos as hemácias OBS: As anemias hemolíticas compreendem um grupo de doenças em que a sobrevida das hemácias em circulação está acentuadamente reduzida e a medula óssea não é capaz de compensar mesmo aumentando sua produção. Nas anemias hemolíticas a medula óssea se mostra excepcionalmente hiperplásica. A medula óssea normal do adulto, depois de expansão total, é capaz de produzir eritrócitos em ritmo até ́6 a 8 vezes maior do que o normal, desde que seja “eficaz”. Isso causa acentuada reticulocitose. Esta hiper- regeneração reacional faz a anemia decorrente de hemólise só vir a ser notada quando a sobrevida eritrocitária for inferior a 30 dias. Quase todos os tipos de anemia hemolítica se distinguem pela existência de hemácias normocíticas e normocrômicas. CLASSIFICAÇÃO As anemias hereditárias resultam de defeitos “intrínsecos” dos eritrócitos, ao passo que as adquiridas geralmente resultam de uma alteração “extracorpuscular” ou “ambiental”. Há dois mecanismos de destruição de eritrócitos na anemia hemolítica. Pode haver excesso de remoção de eritrócitos por macrófagos do sistema RE (hemólise extravascular) ou destruição direta na circulação (hemólise intravascular) ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEREDITÁRIAS ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA A esferocitose hereditária (EH) é a anemia hemolítica hereditária mais comum em norte-europeus. A herança é autossômica dominante, com expressão variável, e raramente pode ser autossômica recessiva. PATOGÊNESE: A EH é causada por defeitos nas proteínas envolvidas nas interações verticais entre o esqueleto e a bicamada lipídica da membrana dos eritrócitos. A medula óssea produz eritrócitos de forma bicôncava normal, mas eles perdem porções de membrana e ficam cada vez mais esféricos (perda de área da superfície em relação ao volume) à medida que circulam pelo baço e pelo resto do sistema RE. A perda de membrana pode ser causada por liberação de partes da bicamada lipídica que não estejam adequadamente sustentadas pelo esqueleto. Por fim, os eritrócitos tornam-se incapazes de passar pela circulação esplênica e morrem prematuramente. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais Os sinais clínicos variam, mas geralmente incluem anemia hemolítica leve, icterícia, esplenomegalia, cálculos biliares de bilirrubina. Pode advir uma crise aplásica potencialmente fatal quando a interrupção súbita da produção de hemácias (frequentemente por parvovírus B19) provoca uma rápida queda nos índices de hematócrito e níveis de hemoglobina. ACHADOS HEMATOLÓGICOS: Há reticulocitose, em geral de 5 a 20%. A distensão sanguínea mostra microesferócitos, densamente corados, com diâmetro menor que o dos eritrócitos normais. A doença é tratada, em geral, com esplenectomia para reduzir a destruição das hemácias. Podem ser necessárias transfusões de sangue durante uma crise. ANEMIA FALCIFORME O gene HbS é transmitido por herança recessiva e pode se manifestar como traço de células falciformes ( heterozigoto com um gene HbS) ou anemia falciforme (com dois genes homozigotos HbS). A alteração molecular primária na anemia falciforme é representada pela substituição de uma única base no códon 6 do gene da globina ß, uma adenina (A) é substituída por uma timina (T) (GAG→GTC). Esta mutação resulta na substituição do resíduo glutamil na posição ß6 por um resíduo valil (ß6Glual) e tem como consequência final a polimerização das moléculas dessa hemoglobina anormal (HbS) quando desoxigenadas Os aspectos clínicos são de anemia hemolítica grave pontuada por crises. Crises vaso oclusivas ➔ Dolorosas: São as mais frequentes e podem ser esporádicas e imprevisíveis, ou precipitadas por fatores como infecção, acidose, desidratação e desoxigenação (altitude, cirurgia, parto, estase circulatória, exposição ao frio, exercício violento…). Infartos muito dolorosos ocorrem nos ossos (quadril, ombros e vértebras são comumente afetados). ➔ Viscerais: São causadas por deformação falciforme de eritrócitos e retenção de sangue em órgãos, quase sempre com grave exacerbação da anemia. A síndrome falcêmica torácica aguda é a causa mais comum de morte tanto em crianças como em adultos. O paciente apresenta-se com dispneia, queda de PO2, dor torácica e infiltrados pulmonares à radiografia de tórax. Trata-se com analgesia, oxigênio, exsanguinotransfusão e suporte ventilatório, se necessário. OBS: A hiperbilirrubinemia proveniente da degradação dos produtos da hemoglobina muitas vezes leva a icterícia e à produção de cálculos de pigmentos na vesícula biliar. Diagnóstico ➔ Hemácias falciformes e fragmentos de hemácias É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais ➔ Hemograma com anemia, VCM baixo, HCM baixo, CHCM baixo e RDW alto ➔ Anemia que afeta principalmente jovens negros ➔ Dor nos ossos, estômago e náuseas ➔ Dosagem de bilirrubina ➔ Eletroforese da hemoglobina anormal HbS Tratamento Atualmente não existe cura conhecida para a anemia falciforme. Portanto, as estratégias de tratamento devem se concentrar na prevenção de episódios de afoiçamento, manejo de sintomas e tratamento das complicações. ➔ Evitar episódios de crise e manejo de sintomas e complicações. Evitar atividade física e procurar ajuda médica em qualquer sinal ou infecção (são mais suscetíveis). ➔ O transplante de medula é uma cura, mas por ser agressivo e difícil quase não é feito. ➔ Medicamentos como a hidroxiuréia aumentam a hemoglobina fetal (HbF) e reduz a porcentagem de hemácias falciformes. ➔ Assim como todas as anemias: controle com folato e se necessário transfusões. TALASSEMIAS Constituem um grupo heterogêneo de doenças genéticas que resultam de diminuição da velocidade de síntese de cadeias α ou β. Clinicamente, as principais síndromes são: talassemia dependente de transfusão (talassemia maior), talassemia com anemia moderada, não dependente de transfusão (talassemia intermédia), devida a defeitos genéticos variados e o estado de portador de α ou β talassemia (talassemia menor). SÍNDROMES α-TALASSÊMICAS: São causadas por deleções, mais raramente por mutações, de genes α-globínicos.Normalmente temos 2 genes alfa em cada cromossomo e a classificação deste grupo se dá pelo número de deleções e suas localizações ➔ Talassemia alfa +: perda de um único gene em um cromossomo. São clinicamente assintomáticos. ➔ Talassemia alfa O: perda de ambos os genes no mesmo cromossomo. Desenvolvem anemia microcítica leve a moderada, mas sem sintomas. ➔ Pacientes que herdam genes alfa + e alfa 0 possuirão defeitos em 3 dos 4 genes. A produção nas cadeias alfa é muito prejudicada e tetrâmeros de cadeias beta se formam em excesso, as HbH nos adultos e na infância cadeias gama chamadas hemoglobina de Bart. Estes, possuem anemia hemolítica sintomática e esplenomegalia. ➔ A herança de 2 genes alfa 0 é letal ainda na vida intrauterina. SÍNDROMES β-TALASSÊMICAS (TALASSEMIA MAIOR): As lesões genéticas são, em sua maioria, mutações pontuais, em vez de deleções de genes. Essas mutações podem ocorrer dentro do complexo do próprio gene ou nas regiões promotoras ou amplificadoras. Certas mutações sãoparticularmente frequentes em algumas comunidades, o que pode simplificar o É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais diagnóstico pré- natal dirigido para a detecção de mutações no DNA fetal. Anemia grave começa a ser notada 3 a 6 meses após o nascimento, quando deve ocorrer a mudança de produção de cadeia γ para β. A criança, em geral, passa a apresentar atraso no desenvolvimento, palidez progressiva e abdome inchado. ➔ Talassemia beta +: perda de um único gene em um cromossomo. ➔ Talassemia beta 0: perda de ambos os genes no mesmo cromossomo. ➔ Talassemia beta-delta: pacientes heterozigotos ou homozigotospaa anomalias em dois genes diferentes da globina, o beta e o delta. A doença apresenta-se sob três formas clínicas: ➔ Talassemia maior: forma grave (que se denominava anemia de Cooley), dependente de transfusões, correspondente a homozigotos ou heterozigotos compostos. ➔ Talassemia intermediária: forma sintomática menos grave, com níveis de hemoglobina 8-10 g/dL, em geral não dependente de transfusão. ➔ Talassemia menor: heterozigotos clinicamente assintomáticos podem ser detectados por alterações laboratoriais. Manifestações clínicas (talassemia beta maior) A anemia grave começa a ser notada no primeiro ano após o nascimento, com a mudança da produção de cadeia gama para beta. ➔ Há atraso no desenvolvimento e crescimento, palidez progressiva e abdome inchado. ➔ Hepatomegalia e esplenomegalia pela destruição excessiva de eritrócitos, por hematopoiese extramedular e posteriormente por sobrecarga de ferro. ➔ Expansão dos ossos pela intensa hiperplasia eritroide da medula óssea, levando às fáscies talassêmicas e adelgaçamento do córtex de muitos osso, com tendências de fraturas e formação de bossas no crânio com aspecto radiológico de fios de escova. ➔ Icterícia e colelitíase pelo aumento da bilirrubina. ➔ Úlceras por baixa oxigenação tecidual. ➔ A sobrecarga de ferro se acumulando no miocárdio pode causar IC e no fígado provocando distúrbios funcionais e cirrose. Costuma ser necessária quelação de ferro. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais Diagnóstico ➔ Anemia microcítica, hipocrômica e policitemia ➔ Esfregaço com eritrócitos microcíticos hipocrômicos, com eritroblastos, células-alvo e pontilhado basófilo ➔ Aumento da contagem de reticulócitos ➔ Eletroforese de hemoglobina: aumento de A2 indica talassemia-beta menor, hemoglobina F junto com a A2 aumentadas indica talassemia-beta maior. ➔ Bilirrubina aumentada, ferro e ferritina. Teste de DNA pré-natal ➔ Biópsia medular com hiperplasia eritróide ➔ Exames de imagem mostrando os ossos com afilamento cortical e aparência de fios de cabelo. Tratamento Transfusões ➔ Transplante de medula óssea ➔ Esplenectomia ➔ Quelação do ferro ➔ Luspatercepte: proteína combinante injetável que inibe sinalização da via beta do fator do crescimento. Reduz a necessidade de transfusões. O tratamento pode ser realizado através de transplante de medula óssea, transfusões sanguíneas, esplenectomia. ANEMIAS HEMOLÍTICAS ADQUIRIDAS Vários fatores adquiridos, exógenos às hemácias, produzem hemólise diretamente por destruição da membrana ou por lise celular mediada por anticorpos. Diversos medicamentos, produtos químicos, toxinas, venenos e infecções como a malária destroem amembrana das hemácias. A hemólise também pode ser causada por fatores mecânicos, como próteses valvares cardíacas, vasculite e queimaduras graves. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais Muitos tipos de anemia hemolítica são mediados pelo sistema imunológico, causadas por anticorpos que destroem as hemácias. Podem ser produzidos auto-anticorpos em resposta ao uso de determinadas substâncias ou a um processo patológico. O teste direto de antiglobulina, também conhecido como teste de Coombs, é usado para diagnosticar anemias hemolíticas imunes. Detecta anticorpos ou proteínas do sistema complemento na superfície das hemácias. Nesse teste, hemácias lavadas e livres de soro são misturadas com um reagente de globulina anti-humana. Elas se aglutinam quando se ligam ao reagente e unem os anticorpos ou complemento nas hemácias adjacentes. O resultado TDA é positivo em casos de anemia hemolítica autoimune, eritroblastose fetal (doença do Rh do recém-nascido), reações transfusionais e hemólise induzida por substâncias. O teste indireto da antiglobulina detecta anticorpos no soro, e o resultado é positivo para anticorpos específicos. TRATAMENTO ➔ Transfusões ➔ Transplante de medula óssea ➔ Esplenectomia ➔ Quelação do ferro Luspatercepte: proteína combinante injetável que inibe a sinalização da via beta do fator do crescimento. Reduz a necessidade de transfusões. É PROIBIDO o compartilhamento desses materiais REFERÊNCIAS … KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul; ASTER, Jon.Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. Grupo GEN, 2016. NORRIS, Tommie. L Porth. Fisiopatologia, 10 ed. Grupo GEN, 2021. BROADDUS, V. 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